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VIUDA DE HERNANDO Y COMPAÑÍA

A r e n a l , 11, M a d r i d .

BIBLIOTECA CLÁSICA.
Comprenderá esta Biblioteca las obras completas de los autores grie-
gos y latinos y las más selectas de los clásicos españoles, ingleses,
alemanes, italianos, franc-ses y portugueses. -
Se publica en tomos en 8.° elegantemente impresos en papel sati-
nado, de 400 á 500 páginas. .
Tudas las traducciones son directas del idioma en que lian sido
escritas las obras originales y están hechas por las personas más com-
petentes.
Se publica un tomo cada mes.
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paña. v c u a t r o p e s e t a s encuadernado en tela, pasta ó media pasta.
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c u e n t a c é n t i m o s , y encua lernado en tela, pasta ó media pasta,
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Y COMPAÑÍA, calle del Arenal, 1 1 , Madrid.
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C l á s i c o s latinos. Tomo«.

OBRAS PUBLICADAS.

CICERÓN.—Obras completas, t r a d u c c i ó n de D. Marcelino Mcnéndez y Pelayo, D. Ma-


nuel V a l b n e n a y D. F r a n c i s c o N a v a r r o . (14, • 6, 59. 60. 73. 75, 77, 79, 83 y 14
HOMERO.—La Iliaca, t r a d u c c i ó n en v e r s o p o r D. .Tosé Gómez H e r m o s i l l a , con Se h a n publicado 10 t o m o s que c o m p r e n d e n las Obras didácticas, t o m o s 1.*
n o t a s c r i t i c a s del mismo y un e s t u d i o de D. Marcelino Menéndez y Pelayo y ®.*; las filosóficas, 3.°, 4 . ° , 5 ° y 6.°; las Cartas familiares, 7.° y 8.°, y l a i
sobre las t r a d u c c i o n e s «riegas ile La Jliuda. (1, 2 y 3) 3 Carlas po'ilicas, 9 y 10.
— La Odisea, traducción e n verso de D. Federico B a r á l b a r , c a t e d r á t i c o del I n s t i - TÁCITO.— Los Anales—V,da de Agrícola, y Diálogo de los oradores, t r a d u c c i ó n da
t u t o de V itoria.—La Batracomiomaquia, poema burlesco, t r a d u c c i ó n en verso D. Carlos Colo-na p r e c e d i d a do u n estudio critico del Sr. Menéndez y Pe-
de D. G e n a r o Alenda. (95 y 96) j layo. (17 y 18)
HERODOTO.—LO* Atiere libros de la historia, traducción del P . P o u , d e la Compafiia
— Las Historias y hs cost umbres de los germanos, traducción de Colonia. ( 4 0 ) . .
de Jesús. (6 y 7) ¡
SALUSTIO.—Conjuración de Catilina; Oven a de Jugurta, y Fragmentos de la grande
PLUTARCO.— Las vidas páratelas, t r a d u c c i ó n de D. A n t o n i o R a n z Romanillos. (21,
Historia, t r a d u c c i ó n del i n f a n t e D. G a b i i e l y d e l S r . Menéndez y Pelayo. ( I I ) .
2 2 , 2 3 , 24 y 28) 5 CÉSAR.—Los Comentarios de ta guerra de las G'tlias y de la civil, t r a d u c c i ó n de d o n
ABISTÚFANEs.—Teatro ampielo, t r a d u c c i ó n de Baráiiiar, precedida d e u n estudio
José Goya y M u n i a i n . (44 y 45)
sobre el t e a t r o g r i e g o y sus t r a d u c t o r e s castellanos p e r D . Marcelino Menén-
SUKTONIO.— Vidas de los doce Césares, t r a d u c c i ó n de D. NorbertO Castilla. (64)
doz y Pelayo. (27. 31, 42) 3
SÉNECA.—Epístolas morales, t r a d u c c i ó n de D . F r a n c i s c o N a v a r r o , canónigo d«
POETAS BU ÓI.ICOS URIRGOS. - ( T , óciito. Bión y Metro.) T r a d u c c i ó n en verso, de d o n
la c a t e d r a l d e G r a n a d a . (66)
I g n a c i o Montes de O c a , Obispo de L i n a r e s ( l l é i i r o ) . (29) 1
— Tratados filosóficos, t r a d u c c i ó n d e F e r n á n d e z N a v a r r c t e y N a v a r r o . (67 y 70). :
PfcíDARO - Olas, traducción en verso del Sr. Montes de Oca, p r e c e d i d a d e la Vida
OVIDIO.—¿«J Heroidas. t r a d u c c i ó n e n verso de Diego Mexia. (7G)
de Pinilaro. (57) 1
— Las Metamorfosis, traducción en verso de P e d r o Sánchez de V i a n a . (105 y 106).
ESQUILO —Teatro completo, t r a d u c i d o y a n o t a d o por D. F e r n a n d o B r i e v a , c a t e d r á -
FLORO.— Compendio de las h-tañas romanas, t r a d u c c i ó n de D. Eloy Díaz J i m é n e z ,
t i c o de l a Universidad d« G r a n a d a . Precede á la t r a d u c c i ó n n n e x t e n s o
c a t e d r á t i c o ate) i n s t i t u t o de León. (84)
estudio c r i t i c o so'ire el t e a t r o g r i e g o . (32) 1 QÜECTILIANO.—Instituciones oratorias, t r a d u c c i ó n de los P P . de las Escuelas Pias,
TUCTUIHES.—//ÍI'Í)/-ÍA de. la guerra ilel Peloponeso, t r a d u c c i ó n de G r a c i á n , n u e v a - Rodríguez y Sandier. (103 y 104) ••
m e n t e c o r r e g i d a (120 y 123' ¡ QUINTO CUHCIO. - Vida de Alejandro, t r a lncción de D. M a t e o I b á ñ e z de Segovia,
XBÍOFONTK.—Las Helénicas i histeria griega, c o n t i n u a c i ó n de l a Historia de la m a r q u é s de Corpa. (107 y 108)
guerra del Peh-p- ueso He Tucydides. T r a d n c c i ó u de D. E n r i q u e S o m s , cate- ESTACIO.—La Tebaida, traducción e n verso de J u a n de A r j o n a . (109 y 110)
dráli o de la U m v e r s i d a l de SalHmnr.ca. (119) \ LUCANO.—La Fursalia, traducción en verso d e D. J u a n d e J i u r e g u i . A c o m p a ñ a
— La Cy rapedia ó Historia de Cyro ti Hay ir, t r a d u c c i ó n de G r a c i á n , corregida á a ¡ t a t r a d u c c i ó n la q u e JAiiregni h i z o de la Amina de T o r c u a t o T a j - o , y
p o r Flórez Canseco. (48) 1 la precede 1111 juicio c r i t i c o de L u c a n o , p o r D E MIio Cautelar. (113 y 114).
— J/isloria de la entrada de Cyro el itenor en Asia y de la retirada de los diez mil TITO LIVIO.—Décadas de la Historia Romana, t r a d u c c i ó n d e D. F r a n c i s c o N a v a r r o .
griegos que. fueron con él. t r a lncción de G r a c i á n . corregirla por Canseco (46). 1 (111, 112. 115, 11C, l i s , 121 y
LUCIANO,—Obras completas, t r a d u c c i ó n de D. Cristóbal V i d a l , c a t e d r á t i c o de la TERTULIANO.—A/>ologia contra los gentiles en defensa de los cristianos, traducción
U n i v e r s i d a 1 d e Sevilla, y de D. Fcd rico Baráib-ir. (55, 128, 132 y 138) 4 de F r a v P c l r o M a ñ e r o , obUi-o q u e f u é de T a r a z o n a . (125)
ARRIANO.— Expediciones de Alejandro, t r a d u c c i ó n d e B a r á i b a r . ( 5 t ) 1 HISTORIA AUGUSTA, c o n t i n u a c i ó n de la de Los doce Césares, de Suetonio, t r a d u c c i ó n
POETAS LÍlucos GLUBGOS.—(Anacre'-nte, Safo. Tirito, Simonides, Arquíl gi, Mfleagro, da D. Francisco N a v a r r o . (129,131 y 134)
A'istó eles, etc.), traducción en verso d e los Sres Menóndez y Pelayo, Baráibar, MARCIAL Y FKDUO —Epigramas y fábulas, traducción en verso de J á n r e g u i , Argen-
Conde, C a n g a ArgUelles-y Castillo y Ayensa. (69) 1 s o l a , I r i a r t e , D . J u a n i , S a l i n a s , el P . Murell y D . V í c t o r Suárez Caua-
POLIBIO.—Historia Universal, duran'e la república, romana, t r a d u c c i ó n d e D. A m - lleja. (140, 141 v 144)
brosio R u i Bamba. (71, 7.2 y 74) 3 TERENCIU.—Teatro completo, t r a d u c c i ó n de P e d r o Simón Abril, r e f u n d i d a y a n o t a d a
PLATÓN.—¿a República, traducción d e D . J o s é T o m á s y G a r c i a . (93 y 94) 2 por D V í c t o r F e r n a n d e z Llora, c a t e d r á t i c o del I n s t i n t o de M u r c i a . ( 1 4 2 ) .
DIÓGKNES LAKHCIO.-— Vidas y opiniones de los filósofos más ilustres, t r a d u c c i ó n de APULEYO.—El asno de oro, t r a d u c c i ó n de Diego López d e C o r t e g a n a , a r c e d i a n o q u e
D. José O r t i z y Sanz. (97 y 98) 2 fué de Sevilla.
MORALISTAS GRIEGOS.—(Marco Aurilio, Teofrastro, Epiciclo, Cebes.) T r a d u c c i ó n d e PUNIÓ EL JOVEN.—Panegírico de Trujano y cartas, t r a d u c c i ó n de B a r r e d a y N a v a r r o , J
Diaz de M i r a n d a , IVdro Simón Abril, L u c i a n o Blum y López de Ayala. (117). 1 CORNELIO NEPOTE.— Vidas de varones Hustres, t r a d u c c i ó n d e Ovieoo >
JOSKFO.—Historia de las guerras de los judíos y de la destrucción del templo y ciudad
Clasicos espanoles.
de Jerusalem, t r a d u c c i ó n de D. J u a n M a r t i n Cordero. (145 y 146) 2
ISÓCRAIXS.— Oraciones políticas y forenses y cartas, traducción de D. A n t o n i o R a n z CERVANTES.—Novelas ejemplares y viaje iel Parnaso. (4 y '
CALDERÓX DE LA BAIICA,—T-atro sel'eto- con u n e s t u d i o p r e l i m i n a r de D . Marce-
R o m a n i l l o s , precedida de juicios críticos d e Dionisio de H a l i c a r n a s o y d e
4
MÜLLOT. ( 1 5 2 y 1 5 3 ) 2
lino M e c è c d e z y P-:layo. ( 3 6 , 3 7 , 38 y 39)
HURTADO DK MENDOZA.—Obras en prosa. (41)
QUEVKDO.—Obras satíricas y /esticas (33V
QUINTANA.— Vidas de españoles célebres. (12 y 13)
DUQUE DE RIVAS.—Subletación de Xá/ioles. (35)
ALCALÁ G ALLANO.—Recuerdos de un anciano (8)
MANUEL DK ME«?.— Guerra de Cataluña y Puliticn Militar. (65)
ANTOLOGÍA DE IMETA-N Límeos CASTELLANOS» ordenada por D. Marcelino Ménéndez
y Pelayo...
Precede á cada t o m o nn extenso juicio critico del Sr. Menéndez y Pelayo.
Se h a n publicado los tomos 1.° y 2." J 3 G y 149).

Clásicos ingleses.
LOUD MACAULAT.—Estudios literarios, t r a d u c c i ó n de D. Mariano J u d e r í a s Bén-
der (11)
— Estudios históricos, traducción del mismo. (16)
— Estudios políticos, traducción del mismo. (19)
— Estudios biográficos, traducción del mismo (25)
— Esludios críticos, traducción del mismo. ( 3 0 j
— Estadías de política p literatura, t r a d u c c i ó n del mismo. (99) CRISTÓBAL COLÓN
— Vidas de políticas ingleses, traducción del mismo. (82)
— Historia déla revolución inglesa, traducción de D. Mariano J u d e r í a s Bénder Y

y D. Daniel Lópe?. (47, 56. 63 y 68)


— Historia d'l Reinado de Guillermo III. continuación de la Historia de la revo-
lución inglesa, traducción de D. Daniel Ló-.iezv (87, 88, 89, 90, 91 y 92) EL DESCUBRIMIENTO DE AMÉRICA
— Discursos parlamentarios, traducción del mismo (78)
MILTOS.—l'araíso perdido, traducción en verso de D. J n a n Escoiquiz. (60 y 5 1 ) . . .
SHAKESPEARE.-R.N/RA selecfo, traducción de D Guillermo Macphersnn, c o n u n
estudio sobre Shakespeare de D. Eduardo Benot. (80, 81, 85 y 107) M - L . L ,

C l á s i c o s italianos.
MANZONI.—Los iVovios, traducción de D. J u a n Nicasio Gallego. (31)
— La Moral Católica, traducción de D. Francisco Navarro. (52)
— Tragedias, poesías y obras varias, traducción d o Baráibar. (150 y 151)
GÜICCIABÍJINL—Historia de Italia, desde 1494 á 1532, traducida por el rey D. Fe-
lipe IV. (127, 130, 133. 135, 137 y 139)
MAQUIAVELO.—Obras butíricas, traducción de D . Lnis N a v a r r o

Clásicos alemanes.
SCHTLLER.—Teatro completo, traducción de D. Eduardo Mier. (43, 49 y 82)
HEINE.—Poemas y fantasías, traducción en verso de D. Josó J . Herrero. (61)
— Cuadros de viaje, traducción de D Lorenzo G. Agi-jas. (124 y 126)
GOITTHK.— Viaje á Italia. Traducción de D. 1 Fanny Garrido. (147 y 148)

Clásicos franceses.
LAMARTINE.—Civilizadores y conquistadores, traducción de D. N o r b e r t o Castilla
y D . M. J u d e r í a s Bénder. (53 y 54)

Clásicos portugueses.
CAMOENS.—LOS Instadas, traducción en verso de D. L a m b e r t o Gil. (100)
— Poesías selectas, traducción del mismo, ( l o l )
B I B L I O T E C A C L Á S I C A
TOMO CLXIII

CRISTÓBAL COLÓN

n n n n 1i
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likJvUJ LI!

HISTORIA
DE LA GEOGRAFÍA D E L NUEVO CONTINENTE
Y DE LOS PROGRESOS D E LA ASTRONOMÍA NÁUTICA
EN LOS SIGLOS XV Y X V I

OBRA ESCRITA EN FRANCÉS


POR

ALEJANDRO DE HUMBOLDT
TRADUCIDA AI. CASTET¿AL»J)R .

TOR'-' ¿ TT

D. LUIS NAVARRO Y CALVO

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T O M O I

Capilla Alfonsina
MADRID Biblioteca. Vnwemmria
L I I 5 R E R I A D E LA V I U D A D E H E R N A N D O Y C
cnlle del Arenal, uúm. 11

1892

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PRÓLOGO.

Los siglos en que se revela con mayor viveza el mo-


vimiento intelectual presentan el carácter distintivo de
ISRABLECIMIBSTO TIPOGRÁFICO «SUCESORES DE RIVADEKETRA3 una-tendencia invariable hacia determinado objeto, y á
Paseo de San Vicente, 20. la activa energia de esta tendencia deben su grandeza y
su esplendor.
L a no interrumpida serie de descubrimientos geográ-
ficos, producto de noble comunidad de inspiración y de
arrojo de portugueses y castellanos, y la lucha tan larga
¿fe
f : • • como sangrienta por la reacción de la reforma religiosa
m m
y por los movimientos políticos encaminados á refundir
fe-tíílf
% las instituciones sociales, han preocupado sucesivamente
los ánimos, dando á determinados períodos especial fiso-
nomía.
j^r El siglo xv, del cual me ocupo especialmente en esta
M « ' R obra, es de un Ínteres tal, que podría ser calificado de
posición en la escala cronométrica de los progresos de ia
razón. Situado entre dos civilizaciones de distinto ca-
L a s investigaciones históricas que en este momento
rácter, preséntase como m a n d o intermedio que & la vez
publico son extracto de un trabajo al que he dedicado
pertenece á la E d a d Media y á los modernos tiempos.
durante treinta años, y con la mayor predilección, todos
E s este siglo el de los grandes descubrimientos en el es-
los momentos libres de apremiantes tareas. P o r haber
pacio; el de las nuevas rutas abiertas á las comunicacio-
visitado durante mis primeros viajes la parte meridional
nes de los pueblos; el de los primeros vislumbres de una
de la isla de Cuba, las extremidades oriental y occiden-
geografía física comprensiva de todos los climas y de to-
tal dé Tierra Firme y esas costas de Guayaquil y de la
das las alturas. Sí; para los habitantes de la vieja E u -
P u n á , célebres en la historia de los primeros descubri-
ropa h a «duplicado las obras de la creación» el contacto
mientos, la lectura de las obras que contienen las n a r r a -
con tantas cosas nuevas, proporcionando vasto campo á
ciones de los Conquistadores h a tenido para mí especial
la inteligencia y modificando insensiblemente las opinio-
atractivo, y las investigaciones hechas en algunos archi-
nes, las leyes y las costumbres políticas. J a m á s descu-
vos de América y en bibliotecas de diferentes partes de
brimiento alguno puramente material, ensanchando el
E u r o p a me han facilitado el estudio de una rama des-
horizonte, produjo u n cambio moral más extraordinario cuidada de la literatura española. Halagábame la espe-
y duradero; levantóse entonces el velo bajo el cual," du- ranza de que una larga permanencia en las regiones
rante millares de años, permanecía oculta la mitad del menos visitadas del Nuevo Mundo; el conocimiento lo-
globo terrestre, como esa mitad del globo lunar, que, á cal del clima, de las comarcas y de las costumbres; el
pesar de las pequeñas oscilaciones causadas por la libra- hábito de determinar la posición astronómica de las lo-
ción, permanecerá invisible á los habitantes de la tierra, calidades, de trazar el curso de los ríos y la dirección de
mientras no se perturbe esencialmente el sistema plane- las cordilleras; el mayor cuidado, en fin, para averiguar
tario. l a ; diferentes denominaciones que en la maravillosa va-
También h a n sido, indudablemente, los modernos riedad de sus idiomas dan los indígenas á los mismos
tiempos fecundos en descubrimientos geográficos, en puntos, me darían á conocer en los relatos de los pri-
empresas audaces y dignas de admiración, hacia el Sud- mitivos viajeros algunas combinaciones de hechos que
este del Gran Océano y en las regiones polares; pero Ja sagacidad de los geógrafos é historiadores modernos
estas empresas, relacionadas con intereses puramente de América no hubiese advertido. E s t a esperanza alentó
científicos, no han sido, como las de la segunda mitad del mi ánimo, mientras investigando las fuentes de estos
siglo xv y principios del x v i , el carácter dominante de conocimientos necesité estudiar libros donde sobresalía,
la época, su peculiar tendencia.
en unos, el candor propio del antiguo lenguaje y una orden de Carlos I V en los archivos de Simancas, de
admirable exactitud de descripciones, y en otros, la pro- Sevilla y de la Torre do Tombo. E s t o s documentos jus-
lijidad enfática y la afición á una falsa erudición que es tificativos debían publicarse al final de su Historia del
característica en los escritores monásticos. Nuevo Mundo, de la cual desgraciadamente sólo ha visto
N o he de limitarme á las investigaciones sobre la la luz el tomo 1, que da idea muy imperfecta del extenso
geografía de América y la primitiva historia de sus pue. plan de esta empresa histórica.
blos, que el estudio de las pinturas antiguas ó de las Desde el año de 1825 quedó ampliamente indemni-
tradiciones y los mitos del Perú, de los Andes, de Quito zado el mundo sabio de esta privación, por haber salido
y de Cundinamarca han puesto en claro; extenderé mi á luz tres tomos de la Colección de viajes y descubri-
trabajo á la cosmografía del siglo xv y á los métodos as- mientos que hicieron por mar los españoles desde fines
tronómicos cuyo empleo ensayaban los navegantes desde del siglo xv. E s t a obra de D . Martin Fernández de N a -
que el decreto pontificio determinando la línea de demar- varrete, emprendida en vastas proporciones y redactada
cación aumentó el afán con que se buscaba «el secreto en todas sus partes con sana crítica, es uno de los mo-
de las longitudes». Acudiendo constantemente á docu- numentos históricos más importantes de los tiempos
mentos que en los tiempos modernos son con más fre- modernos. Sólo la Colección diplomática contiene más
cuencia citados que atentamente examinados, 110 siempre de cuatrocientos documentos relativos al importante pe-
mis investigaciones han sido estériles, y el público que ríodo de 1487 á 1515, algunos de los cuales eran cono-
alentó y aceptó benévolamente mis largas publicaciones cidos por el Códice Columbo Americano, publicado en
ha acogido con algún interés los resultados de este tra- 1825 á costa de los Decuriones de Genova. Comparados
bajo, consignados incidentalmente en el Ensayo político entre sí y con las relaciones de los primeros Conquista-
sobre la Nueva España, la Relación histórica de mis dores, estudiados por personas conocedoras de las loca-
viajes á las regiones equinocciales y Los monumentos de lidades del Nuevo M u n d o y que comprendan bien el
los antiguos pueblos de América. espíritu del siglo de Colón y de León X , podrán estos
A n t e s de salir para la costa de Paria, el primer punto materiales progresivamente, y todavía durante largo
continental del Nuevo Mundo que vió Colón, tuve la tiempo, producir preciosos resultados en el estudio de
buena suerte de escuchar en Madrid los consejos del los descubrimientos y del antiguo estado de América.
sabio historiógrafo D . J u a n Bautista Muñoz, y de ad- Posee Francia u n a traducción de la mayor parte de la
mirar los preciosos materiales que había recogido por obra de Navarrete, hecha por M. de Verneuil y M. d é l a

r
-Roquette, y esta misma obra fue' origen de la Vida de á toda ella. E n los individuos como en las masas, hay u n
Colón, debida á la pluma de un escritor que lia ilus- principio conservador que mantiene el acto vital del des-
trado á su patria con composiciones en las que brillan á arrollo de la razón. Si el siglo x v llegó t a n rápidamente
la vez la inspiración poe'tica y el talento de pintar el á cumplir su misión, fué porque preparó los gérmenes la
cuadro de una tierra inculta, fecundada por una civili- serie de hombres eminentes que vivieron en la E d a d
zación naciente. Mr* W a s h i n g t o n I r v i n g ha demostrado Media, Roger Bacou, Alberto el Grande, D u n s Scot y
que á los grandes talentos no les es incompatible la cul- Vicente de Beauvais.
t u r a de las artes de la imaginación y la facultad de de- Cuando Diego Rivero volvió en 1525 del Congreso
dicarse con f r u t o á los severos estudios del historió- de P u e n t e de Caya, cerca de Yelves, ya estaban trazados
grafo; pero por el objeto y la forma literaria de su los grandes contornos del Nuevo M u n d o desde la Tierra
trabajo, el autor americano tenía que prescindir de las del Fuego h a s t a el Labrador. L o s progresos eran n a t u -
minuciosas discusiones de geografía y astronomía náu- ralmente m á s lentos en las costas occidentales, y , sin
tica á que la aridez de mis habituales trabajos desde embargo, en 1545 Rodríguez Cabrillo avanzó ya hasta
hace largo tiempo me condena. el Norte de Monterey; y "cuando este grande é intrépido
A l examinar los sucesos que ocasionaron el descubri- navegante pereció cerca del canal de Santa Bárbara, en
miento del otro hemisferio, procuro sobre todo hacer ver Nueva California, su piloto Bartolomé Ferrelo continuó
la continuidad de ideas, la ligazón de opiniones q u e , al el reconocimiento de la tierra h a s t a el grado 4 3 de lati-
t r a v é s de las supuestas tinieblas de la Edad Media, unen tud, cerca del cabo Oxford de Yancouver.
el final del siglo x v con los tiempos de Aristóteles, E r a - Tal era entonces el ardimiento y la rivalidad de los
tosthenes y Strabón. H e querido probar que en todas las pueblos comerciantes, españoles, ingleses y portugueses,
épocas de la vida de los pueblos, cuanto se refiere á los que bastaron cincuenta años para diseñar la configura-
progresos de la razón tiene las raíces en los siglos ante- ción de las g r a n d e s masas continentales del otro hemisfe-
riores. E l desarrollo de la inteligencia ó su aplicación á rio, al Sud y al Norte del Ecuador. Tan cierto es, como
las necesidades materiales de las sociedades sólo pare- observa u n juicioso literato, M . Yillemain {Melanges
cen nulos cuando la lentitud ó el aislamiento de los pro- historiques, 1.1, pág. 452), que «cuando un siglo empieza
gresos hacen su marcha insensible ó, mejor dicho, menos á trabajar, impulsado por u n a grande esperanza, no des-
aparente. L a raza humana no está sujeta, en mi opinión, cansa hasta convertirla en realidad.»
á alternativas de esplendores y obscuridades que afecten
L a extensa obra que preparaba sobre la historia y
geografía de ambas Américas y la rectificación progre- P o r no perder completamente el fruto de las antedi-
siva de las posiciones astronómicas la abandoné cuando chas investigaciones, he concentrado en este examen crí-
mi viaje al A s i a boreal y al mar Caspio. H a influido tico los resultados en mi concepto más interesantes. A l
después en mi ánimo una nueva serie de ideas, dismi- lado de hechos nuevos coloco otros, quizá conocidos de
nuyendo la predilección que había concebido por este a n t i g u o , pero que ofrecen combinaciones y puntos de
trabajo desde mi primera vuelta á Europa. Creo deber vista de indudable novedad.
poner término á mis escritos relativos á América, y esta Daré algunos detalles acerca del misterioso personaje
resolución es para mí menos sensible desde que un via- Martinus Hylacomilus y sobre su Introducción á la cos-
jero de los más instruidos en los tiempos modernos, mografía, en la cual, ya en 1507, y por tanto un año
M . Boussingault, después de doce años de arriesgadas y antes de que el mapa fragmentario del Nuevo Mundo
penosas correrías, ha vuelto felizmente á su patria y po- fuese publicado sin nombre en una edición de Ptolomeo,
drá seguir proyectando luz sobre los fenómenos magné- propuso la denominación de América. Encontraremos
ticos y meteorológicos, sobre la geología, la configuración este nombre empleado, no en un mapa, sino en un libro
hipsométrica del su?lo y la naturaleza química de las anónimo ( Globus Mundi) falsamente atribuido á Lori-
producciones del Nuevo Mundo. t u s Glareanus é impreso en 1509, tres años antes de la
Espero dar pronto á luz el cuarto y último tomo de carta de Vadiano á Rodolfo Agrícola y anterior en trece
la Relación histórica, única obra de esta larga serie de al mapa de Ptolomeo con el nombre de América. U n
publicaciones americanas que está por terminar. De los mapamundi de Appiano, inserto en el Pomponio Atela,
dos A t l a s que acompañan á la Relación histórica, el de Vadiano, presenta también dicho nombre y precede
primero, el A t l a s pintoresco, contiene la explicación de por tanto en dos años al mapa de Ptolomeo de 1522.

las láminas publicadas con los títulos de de las Sería faltar á los deberes de afectuoso reconocimiento
cordilleras y Monumentos de los pueblos indígenas de si, al terminar este prólogo, no rindiera público home-
América. L a obra que publico en este momento imprí- naje al barón Walckenaer, mi colega en el Instituto, á
mese también en forma grande para que sirva de texto cuyo noble celo en el cultivo de las ciencias no se limita
al Atlas geográfico y físico (1). enriquecerlas con sus propios trabajos, sino también
procura ayudar con sus consejos y facilitando el libre
(1) La edición in-folio contendrá además el AndUsis razo- uso de su vasta biblioteca á cuantos desean recorrer la
nada de los materiales de que me he valido para construir les
mapas y los perfiles liipsométricos. misma senda que él. E n t r e las riquezas que contiene esta
biblioteca, he tenido la dicha de averiguar con el señor presentados al Instituto. «Mr. Oltmanns, dice M r . De-
Walc-kenaer, en la primavera del año 1832, durante mi lambre, ha demostrado con sus trabajos de geografía
último viaje á P a r í s , el autor y la fecha de un mapamundi astronómica que posee notables conocimientos y la pa-
que ha dado ocasión á observaciones interesantísimas. ciencia necesaria para ejecutar los cálculos más largos y
E l Nuevo Continente fue' dibujado por J u a n de la monótonos, estando dotado de la sagacidad bastante para
Cosa, que acompañó á Cristóbal Colón en su segundo descubrir métodos nuevos ó reformar los conocidos.»
viaje, y que era el piloto de Alonso de Ojeda en la ex- E l interesante Ánnuaire du burean des longitudes pu-
pedición de 1 4 9 9 , en la cual iba Amérigo Yespucci. blica anualmente las tablas de M r . Oltmanns, que sirven
P a r a comprender la importancia de este monumento para calcular la altura de las montañas, conforme á las
geográfico, basta recordar que es anterior en seis años á observaciones barométricas; tablas que por su precisión
la muerte de Colón, y que los mapas más antiguos de é ingeniosa brevedad tanto h a n contribuido al conoci-
América, no insertos en las ediciones de Ptolomeo ó en miento de las desigualdades de la superficie del globo.
las cosmografías del siglo x v i conocidas hasta ahora, son
Poco tiempo antes de su muerte había terminado
los de 1527 y 1529 de la biblioteca del G r a n Duque de
M r . Oltmanns los cálculos de todas mis observaciones
Sajonia Weymar. L a última es la más conocida, porque
astronómicas hechas en Siberia, de las cuales sólo muy
lleva el nombre de Diego Rivero.
pocas pude yo calcular durante un rápido y á veces tra-
Termino este prólogo con la expresión de un gran bajoso viaje. E s t e recuerdo de inextinguible reconoci-
sentimiento. L a viva alegría que me produjo la noticia, miento no está fuera de lugar en una obra destinada,
con tanta impaciencia esperada, de haber recobrado la como la presente, á investigaciones acerca de la historia
libertad mi amigo y compañero de viaje Mr. Bonpland, la de la Geografía.
h a perturbado una pérdida dolorosa. Mr. Oltmanns, A. DE HUMBOLDT.
miembro de la Academia de Berlín, que me había de- Berlín, Noviembre 1833.

mostrado su afectuosa adhesión al redactar mis obser-


vaciones astronómicas hechas en el Nuevo Continente,
h a muerto hace pocos días víctima de cruel enfermedad.
E l mejor elogio que puedo hacer de él es recordar la
prueba de estimación que le h a tributado un sabio ilustre,
M r . Delambre, en el análisis de los trabajos matemáticos
INTRODUCCIÓN.

E l descubrimiento del Nuevo Mundo y los trabajos


realizados para dar á conocer su geografía, 110 sólo han
levantado el velo que durante siglos cubría una gran
parte de la superficie del globo, sino ejercido incontesta-
ble influencia en el perfeccionamiento de los mapas y en
general en los procedimientos gráficos, como también en
los métodos astronómicos propios para determinar la
posición de los lugares.
Al estudiar los progresos de la civilización vemos cons-
tantemente que la sagacidad del hombre aumenta á me-
dida que se extiende el campo de sus investigaciones. La
astronomía náutica, la geografía física (comprendiendo
bajo este nombre hasta las nociones de las variedádes
de la especie humana, y la distribución de los animales
y de las plantas), la geología de los volcanes, la historia
natural descriptiva, todas las ramas de las cieucias han
cambiado de aspecto desde fines del siglo xv y principios
del xvi. L a nuera tierra ofrecía á los marinos u n des-
t í a n profundamente el grande y maravilloso final del
arrollo de costas en 120 grados de latitud; á los natura- siglo x v . «Cada d í a , escribe Pedro Mártir de Anghiera
listas , nuevas familias de vegetales y cuadrúpedos di- en sus cartas de 1498 y 1494 (1), nos llegan nuevos
fíciles de clasificar conforme á los tipos y métodos prodigios de ese Mundo Nuevo, de esos antípodas del
conocidos; al filósofo, u n a misma raza de hombres di- Oeste, que un genovés (Christophorus quídam Colonus,
versamente modificada por l a r g a influencia de alimenta- vir Ligur) acaba de descubrir. Nuestro amigo Pomponio
ción , temperatura y costumbres, pasando (sin el estado Lcetus (el gran propagandista de la literatura clásica
intermedio de pueblos nómadas pastores) de la vida de r o m a n a , perseguido en R o m a á causa de la libertad dé
cazador á la vida agrícola, dividida por infinidad de sus opiniones religiosas) no ha podido contener las lá-
lenguas de rara estructura gramatical, pero modelada grimas de alegría al darle yo las primeras noticias de
en un mismo tipo. A l físico y al geólogo presenta in- este inesperado acontecimiento.» Y añade Anghiera con
mensa cordillera de m o n t a ñ a s , levantada por fuegos poética locuacidad: «¿A quién admirarán hoy entre nos-
subterráneos, rica en metales preciosos, conteniendo en otros los descubrimientos atribuidos á Saturno, á Ceres
su rápida pendiente y en sus escalonadas m e s e t a s , en y á Triptolemo? ¿Qué más hicieron los fenicios cuando
espacio pequeño, los climas y las producciones de las
zonas más opuestas. J a m á s , desde el principio de las
sociedades, se engrandeció por t a n prodigiosa manera la
esfera de las ideas relativas al mundo exterior; nunca (1) Prie lieti ti a prosiliisse te. vixque á lachiymis pne gaudio
temperasse, quando literas adspexisti meas, quibus de antipo-
sintió el hombre una necesidad m á s apremiante de ob- (lum orbe latenti hactenus, te certiorem feci, mi suavissime
servar la naturaleza y de multiplicar los medios de inte- Pomponi. insinuasti. Ex tuis ipsis literis colligo. quid senseris.
rrogarla con éxito. Censisti autem, tantique rem fecisti, quanti virum summa doc-
trina insignitum decuit. Quis namque cibus sublimibus pifes tari
Podría creerse que estos asombrosos descubrimientos
potest ingeniis isto suavior? quod condimenti™ gratius? A me
que, por decirlo así, se secundaban m u t u a m e n t e ; que fació conjeturara. Beavi sentio spiri tus meos, quando acci tos
estas dobles conquistas en el m u n d o físico y en el mundo alloquor prudentes aliquos ex Ms qui al) ea redeant provincia
intelectual, no fueron dignamente apreciadas hasta (Hispaniola insula). Implicent ánimos pecuniarum cumulis au-
gendis miseri avari : nostras nos mentes, postquam Deo pieni
nuestros días, hasta un siglo en que la historia de la aliquandiu fuerimus, contemplando, huyusceroodi rerum noti-
civilización humana ha sido descrita por filósofos capa- tia demulceamus.—Esta carta, que con tanto acierto pinta los
ces de abarcar de una mirada los progresos de la geo- placeres de la inteligencia, lia sido escrita, conforme á la común
grafía astronómica y física, el arte del n a v e g a r , la opinión, á fines de Diciembre de 1493.(0/«« Epistolarum Te-
tri Martyrü Angleríi Mediolanenm, Protonotarii Apostolici,
botánica y la zoología descriptivas. P e r o los contempo- Prioris Archiepiscopatus Gratanenñs, atque ieontüiis rerum
ráneos de Cristóbal Colón nos ponen de manifiesto cómo Indicar un Ilitpanìcis). Amstelodami, 1670; Epist. CLII. pá-
en su misma época había hombres superiores que sen- gina 84.
en apartadas regiones reunieron pueblos errantes y f u n -
daron nuevas ciudades? Reservado estaba á nuestra compuesto por Raimundo Lulio (1), de Mallorca, en
1286, que se usaban verdaderas cartas marinas á fines
época ver acrecentarse de esta suerte nuestras concep-
de siglo XIII. Sin embargo, comparando los mapas a n -
ciones y aparecer impensadamente en el horizonte tantas
teriores de Andrés Bianco, de Benincasa, de Jacobo de
cosas nuevas.»
Giroldis, de F r a Mauro y de Martín Behaim, con un
Cuando se estudian los primeros historiadores de la
mapamundi que el barón Walckenaer y yo hemos reco-
conquista y se comparan sus obras, sobre todo las de
nocido recientemente ser de 1500 y de mano de J u a n
Acosta, de Oviedo y de Barcia, á las investigaciones de
de la C o s a , campañero de Colón, sorprende que sea
los viajeros modernos, sorprende encontrar el germen
bastante medio siglo para producir cambio tan grande,
de las más importantes verdades físicas en los escritores no sólo en las ideas cosmográficas, sino también en el
españoles del décimosexto siglo. A n t e el aspecto de u n trazado y concordancia de las líneas de yacimiento. N o
nuevo continente aislado en la vasta extensión de los debe olvidarse que Behaim, Colón, Vespucci, Gama y
mares, presentábanse á la vez á la activa curiosidad de Magallanes eran contemporáneos de Regiomontanus,
los primeros viajeros y de aquellos que meditaban sus de Pablo Toscanelli, de Rodrigo Faleiro y de otros as-
relatos, la mayoría de las importantes cuestiones que trónomos célebres que comunicaban sus conocimientos á
aun hoy día nos preocupan acerca de la unidad de la los navegantes y geógrafos de sus tiempos.
especie humana y de sus desviaciones de un tipo pri-
Los grandes descubrimientos del hemisferio occiden-
mitivo; sobre las emigraciones de los pueblos, la filia-
tal no fueron producto de feliz casualidad. Injusto sería
ción de las lenguas, más distintas á veces en las raí-
buscar el primer germen en esas disposiciones instinti-
ces que en las flexiones ó formas gramaticales; sobre
vas del alma á que atribuye la posteridad lo que es re-
las emigraciones de las especies vegetales y animales;
sultado deilarga meditación. C o l ó n , Cabrillo, Gali y
sobre las causas de los vientos alisios y de las corrientes
tantos otros navegantes que h a s t a Sebastián Viscayno
pelásgicas; sobre el decrecimiento del calor en la rápida han ilustrado los anales de la marina española, eran,
pendiente de las cordilleras y en las profundidades del para la época en que vivieron, hombres notables por su
Océano, acerca de la reacción de unos volcanes sobre instrucción. Hicieron importantes descubrimientos por-
otros y de la influencia que ejercen en los terremotos. E l que tenían ideas exactas de la figura de la tierra y de la
perfeccionamiento de la geografía y de la astronomía longitud de las distancias por recorrer; porque sabían
náutica (dos objetos de los cuales nos ocuparemos con discutir los trabajos de sus antepasados, observar los
preferencia en esta obra) empiezan al mismo tiempo
que el de la Historia natural descriptiva y el de la física
del globo en general. (1) Acerca de los trabajos científicos de este hombre extraor-
dinario, véase Capmany, Memorias históricas del comercio de
Vemos en el Fénix de las Maravillas del Mundo,
Barcelona. Qu®st. II, pág. 68.
vientos reinantes en las diversas zonas, m e d i r la varia- L a relación que tienen entre si los materiales em-
ción de la aguja m a g n é t i c a para corregir s u ruta y lo pleados en las diferentes secciones de esta obra es tan
largo del camino, poner en práctica los métodos menos íntima, que con frecuencia necesito acudir á las mismas
imperfectos que los geómetras de entonces proponían fuentes para poner en claro la historia de u n descubri-
para dirigir u n barco en la soledad de los mares. miento que ha influido h a s t a nuestros días en el destino
L a astronomía náutica continuó sin duda e n la infan- de los pueblos de Europa, en el perfeccionamiento de
cia hasta que se conoció el uso de los instrumentos de las ciencias y en la teoría de las instituciones más ó
reflexión y los relojes marinos. E n el arte de la navega- menos favorables á la libertad.
ción, tan íntimamente ligado á los adelantos de las cien,
cias matemáticas y al perfeccionamiento de los instru-
mentos de óptica, los progresos, por causa de esta unión,
son necesariamente lentos y á veceá se interrumpen. L a s
prácticas de pilotaje usadas en las grandes expediciones
de Colón, de G a m a y de M a g a l l a n e s , que t a n inciertas
nos parecen, hubieran admirado, no diré á l o s marinos
fenicios, cartagineses y griegos, sino hasta á los hábiles
navegantes catalanes, vascos, dieppeses y venecianos de
los siglos x m y x i v . Desde esta época encontramos los
indicios de diversos métodos de longitud, casi idénticos
á los nuestros, ideados con grandísimo t r a b a j o , pero im-
practicables á causa de la imperfección de los instru-
mentos á propósito para medir el tiempo y l a s distancias
angulares.
E n este Examen crítico t r a t a r é sucesivamente: prime-
ro, de las causas que prepararon y produjeron el descu-
brimiento del N u e v o M u n d o ; segundo, de algunos he-
chos relativos á Colón y á Ame'rigo Vespucci, como
también de las f e c h a s de los descubrimientos geográ-
ficos; tercero, de los primeros mapas del N u e v o Mundo
y de la época en que se propuso el nombre d e América;
cuarto, de los progresos de la astronomía n á u t i c a y de 1
trazado de mapas eu los siglos x v y xvi.
CAUSAS
QUE PREPARARON Y PRODUJERON EL DESCUBRIMIENTO

DEL NUEVO MUNDO.

I.

Lo que se proponía Colón en sus viajes de descubrimiento.

Ingeniosamente h a dicho D'Anville que el mayor de


los errores (1) en la geografía de Ptolomeo, guió á los
hombres en el mayor descubrimiento de nuevas tierras.
De igual manera puede decirse que la tradición fabu-
losa, ó más bien, el mito nestoriano del preste J u a n ,
que desde el siglo x i hasta el xv ha ido avanzando poco
á poco del E s t e del Asia hacia la meseta de Habesch,
h a contribuido poderosamente á los conocimientos geo-
gráficos de la Edad Media.
E l motivo que excita un movimiento, llámese como
se quiera, error, previsión vaga é instintiva, argumento

(1) La suposición de que Asia se extendía hacia el Oriente


.más allá de los 180 grados de longitud. Véase también REN-
NELL, Geograjrfty of Ilorodutus, pág. 685.
razonado, conduce á ensanchar la esfera de las ideas, á nuscritos auténticos de su padre, el conjunto de razones
abrir nuevas vías al poder de la inteligencia. en que fundaba u n proyecto cuya ejecución fué aplazán-
Comparando e n t r e sí documentos de distintas épocas, dose durante veintidós años h a s t a la vejez de Colón.
nótase que Cristóbal C o l ó n , a n t e s y después de su des- Newton á la edad de veinticuatro años lo había des-
cubrimiento, á m e d i d a que avanzaba en e d a d , emitió cubierto todo, el cálculo de las fluxiones, la atracción
opiniones contradictorias acerca de los verdaderos mó- universal y lo que llamó análisis de la luz; mientras
viles de su primera y feliz expedición. Se h a demos- • Colón contaba cincuenta y seis años cuando, saliendo
trado recientemente (1) que fué en P o r t u g a l hacia 1470, de la barra de Río de Saltes el 3 de Agosto de 1492,
esto e s , tres años a n t e s de recibir los consejos del flo- emprendía la carrera de los grandes descubrimientos, y
rentino Pablo T o s c a n e l l i , donde y cuando Colón conci J había cumplido sesenta y ocho cuando su último y peli-
bió la primera idea de su empresa. F u n d á r o n s e entonces groso viaje á las costas de Veragua y de los Mosquitos.
las esperanzas de este g r a n d e h o m b r e , como es sabido, A n t e s de su primer viaje, en 1492, para acreditar su
en lo que llamó «razones de cosmografía», en la corta sistema y probar que por el Oeste y por camino más
distancia que se suponía entre las costas occidentales corto se podía ir «á la tierra de las especias», dió Colón
de Europa y A f r i c a y las del C a t h a y y Z i p a n g u , en las importancia á motivos y sucesos de escaso valer que,
opiniones de Aristóteles y de Séneca y en algunos indi- después de su muerte, sirvieron á sus enemigos, en el
cios de tierras hacia el Oeste de que había tenido cono- famoso pleito entre el fiscal del Rey y D . Diego Colón,
cimiento en P o r t o S a n t o , M a d e r a y las A z o r e s . para hacer creer que el descubrimiento de América, fácil
Fernando C o l ó n , en la Vida del Almirante, nos ha y previsto desde hacía largo tiempo, no había sido com-
transmitido en cinco capítulos (2), y conforme á los rna- pletamente nuevo. D e estos sucesos insignificantes, de
estos motivos deducidos de las opiniones de los antiguos,
de algunos indicios de tierras, y en general de los cono-
(1) N A V A R R E T E , Viajes de los españoles, t. x, pág. L X X I V . cimientos cosmográficos, prescindió Colón en sus últi-
(2) Capítulos V al IX. No ha sido posible descubrir hasta ahora
el original español de esta biografía, cuyo manuscrito puso el mos días. La lettera rarísima (1) dirigida al rey F e r -
nieto de Cristóbal Colón, D. Luis, Duque de Veragua, en manos nando y á la reina Isabel desde Jamaica el 7 de Julio
de un patricio genovés llamado Foraari. De una copia que sin de 1503, y aun más el bosquejo de la obra extravagante
duda era bastante defectuosa fué traducido en 1571 al italiano
por Alfonso de Ulloa, y retraducido del italiano al español
en 1749, para insertarlo en la colección de Historiadores pri- (1) Es la que llegó á ser célebre por la reimpresión italiana
mitivos de Indias, de González Barcia (t. i, pág. 128). Compá- que hizo Morglli, bibliotecario de Venecia, en Bassano en 1810.
rese también Antonio de León, Epitome de 7a Biblioteca Había sido ya impresa en español en los primeros años del si-
Oriental y Occidental náutica y geogràfica, 1629, pág. 62; y glo xvi. ( A N T O N I O D E L E Ó N P I N E L O . Biblioteca Occidental,
SPOTORXO, Códice diplomático [Colombo Americano, 1823, p á -
1738, t. II, pág. 566), y aun en italiano, según Bossi, en Venecia
gina L X I I I .
en 1505.
de las Profecías, escrito en parte de puño y letra del aprovechó razón, ni matemática, ni mapamundos: llana-
Almirante con posterioridad al año de 1504 (diez y ocho mente se cumplió lo que dijo Isías» (1): «Nuestro Re-
meses antes de su fallecimiento), prueban con cuánta dentor dijo que antes de la consumación deste mundo
fuerza de persuasión se había apoderado progresiva- se habrá de cumplir todo lo quéstaba escrito por los
mente de su alma u n a teología mística (1). « Y a dije,
escribe Cristóbal Colón (folio iv de las Profecías), que (1) Poco antes, sin embargo, en la misma carta á sus Sobera-
para la esecucion de la impresa de las Indias, no me nos explícase Colón con la mayor ingenuidad acerca de su pro-
pia erudición, cuya importancia, al parecer, desconoce. «De muy
pequeña edad entre em la mar navegando, é lo he continuado
(1) Documentos diplomáticos, n. CXL. Libro de las Profe- fasta hoy. La mesma arte inclina á quien le prosigue á desear
cías que juntó el almirante D. Cristóbal Colón, de la recupera- de saber los secretos deste mundo, i'a pasan de cuarenta años
ción de la santa ciudad de Ilierusalem. y del descubrimiento que yo voy en este uso. Todo lo que fasta hoy se navega, todo
de las Indias. (NAVARRETE, t. II, páginas 260, 265, 272). En lo he andado. Trato y conversación he tenido con gente sabia,
Septiembre de 1501 envió Colón este manuscrito teológico que, eclesiásticos é seglares, latinos y griegos, judios y moros, y con
á pesar de la diferencia de países y de siglos, recuerda involun- otros muchos de otras setas.
tariamente las graves discusiones del inmortal Newton, sobfe » A este mi deseo (conocer los secretos de este mundo) fallé á
el undécimo cuerno de la cuarta fierj, de Daniel (BREWSTER, Nuestro Señor muy propicio, y hobe dél para ello espirito de
Life nf Xen-tlion, 1831, pág. 279), á un cartujo, el P. Gaspar inteligencia. En la marinería me fizo abondoso; de astrologia
Gorricio, para que lo perfeccionara y adornara con sabias citas. me dió lo que abastaba, y así de geometría y arismética; y en-
Sitúo este suceso diez y ocho meses antes de la muerte del Al- genio en el ánima y manos para detjujar esferas y en ellas las
mirante, ocurrida en 20 de Mayo de 1506, porque al final del cibdades, rios y montañas, islas y puertos, todo en su propio
manuscrito de las Profecías se trata del eclipse de luna que ob. sitio.
servó Colón cerca del cabo oriental de la isla de Haití el 11 de
Septiembre de 1504. Pero hay otra parte de las Profecías, por »En este tiempo (en su juventud) he yo visto y puesto estudio'
ejemplo, la que trata del peligro del próximo fin del mundo, an- en ver de todas escrituras, cosmografía, historias, corónicas y
terior á 1501. «San Agustín, dice Colón, diz que la fin desté filosofía, y de otras artes ansí que me abrió Nuestro Señor el
mundo ha de ser en el sétimo millenar de los años de la creación entendimiento con mano palpable, á que era hacedero navegar
dél: los sacros Teologos le siguen, en especial el cardenal Pedro de aquí á las Indias, y me abrió la voluntad para la ejecución
de Ailiaco (Pairo cl'Ailly, nacido en Compiegne en 1350). Déla dello; y con este fuego vine ó, V. A. Todos aquellos que supieron
criación del mundo ó de Ádam fasta el avenimiento de Nuestro de mi impresa con risa la negaron burlando : todas las ciencias
Señor Jesucristo son cinco mil é trescientos y cuarenta é tres de que dije arriba no me aprovecharon ni las autoridades de
años y trescientos y diez y ocho dias, por la cuenta del rey ellas: en solo V. A. quedó la fe y constancia, ¿quién dubda que
D. Alonso, la cual se tiene por la más cierta, con los cuales, po- esta lumbre que fué del Espíritu Santo, asi como de mi, e! cual
niendo mil y quingcntos y uno imperfeto, son por todos seis mil con rayos de claridad maravillosos consoló con su santa y sacra
ochocientos cuarenta y cinco imperfetos. Segund esta cuenta Escritura á Vos muy alta y clara con cuarenta y cuatro libros
no falta salvo ciento é cincuenta y cinco años para compli- del viejo Testamento, y cuatro evangelios con veinte é tres epís-
miento de siete mil, en los cuales digo arriba, por las autori- tolas de aquellos bienaventurados Apóstoles, avivándome que
dades dichas, que habrá de fenecer el mundo.» yo prosiguiese, y de contino, sin cesar un momento me avivan
con gran priesa?» Fol. IV de las Profecías. Leyendo estas líneas
Profetas, el Evangelio debe ser predicado en toda la
dicha república. E s t a s fechas se fundan en documentos
tierra y la ciudad s a n t a debe ser restituida á la Iglesia,
que reciente y cuidadosamente han sido examinados (1).
Nuestro Señor ha querido hacer un g r a n milagro con N o se sabe de cierto si Colón fué de Lisboa á Génova,
mi viaje á la India. P r e c i s o es apresurar el término de después de desembarcar en España.
esta obra, lumbre que f u é del Espíritu Santo, porque
Visitando sucesivamente el convento de la Habida
por mis cálculos, ele a q u í hasta el fenecer del m u n d o
(cerca de Palos), Sevilla, Córdoba y Salamanca, sufrió
sólo restan ciento cicuenta años.» las continuas dilaciones que se oponían á sus proyectos,
Según Colón, debía, pues, ocurrir el fin del mundo en hasta Abril de 1492. Dice Fernando Colón, en la Histo-
1656, entre la muerte de Descartes y la de Pascal. ria del Almirante, que en Portugal fué donde empezó
Sin seguir el rastro de estas ilusiones, examinaremos éste á conjeturar que si los portugueses navegaban tan
m á s de cerca lo que se relaciona con las primeras y lejos hacia el Sud, podría navegarse también hacia Oc-
verdaderas causas del g r a n descubrimiento de América. cidente y encontrar tierras en esta ruta. Dicha afirma-
N o ignoro que este a s u n t o lo han t r a t a d o con frecuen- ción es por lo menos inexacta. Cuantos escritos posee-
cia hábiles historiadores, aunque por lo general con u n a mos de mano del Almirante, la carta del astrónomo
falta de crítica, de p r o f u n d o conocimiento de los tiem- Pablo Toscanelli y la gran Crónica de Bartolomé de las
pos anteriores y de serios estudios de las fuentes y do- Casas (2), estudiada por Herrera, Muñoz y Navarrete,
cumentos originales q u e con pesar se n o t a hasta en
algunas partes de la célebre obra de R o b e r t s o n . L a ma-
(1) MUÑOZ, Historia del Xuevo Mundo, lib. II, párrafo 21.
teria no está agotada, ni mucho menos, desde que el
NAVARRETE, t. i, páginas L X X I X — L X X X I . R E S I E S A L , dice en
Gobierno español h a proporcionado con munificencia su Historia de Chiapa (lib. II, cap. Vil), que desde 1486 estaba
tantos materiales nuevos á la investigación de los he- Colón al servicio de España, y que á fines de dicho año se veri-
chos, y desde que los propios escritos d e l gran marino ficaron las disputas cosmográficas de Salamanca en el convento
de San Esteban, durante las cuales los monjes dominicos se
genovés nos han revelado perfectamente la especialidad mostraron más tratables é instruidos que los profesores de la
de su carácter. Universidad.
Vivió Colón en P o r t u g a l á fines del reinado de A l - (2) Las Casas estudió derecho en Salamanca y pasó con
fonso V, desde 1470 h a s t a fin de 1484. E n 1485 hizo Ovando á Haití. Poseía muchas cartas del Almirante y hasta
un corto viaje á G é n o v a para ofrecer sus servicios á un escrito autógrafo, «sobre indicios de tierras occidentales,
reunidos por pilotos y marineros portugueses y españoles». Fer-
nando Colón contaba catorce años de edad cuando acompañó
Uenas de candorosa ingenuidad, se comprende la dificultad de á su padre en el cuarto y último viaje, y aunque en general es
traducir con la energía propia de la antigua lengua castellana mejor crítico y más juicioso historiador -que Bartolomé de Las
los escritos de un hombre que con excesiva modestia se llama Casas, muéstrase muy reservado y de un laconismo que á veces
á si mismo: lego marinero, non doto en letras y hombre mun- desespera en todo lo que se relaciona con el origen genealógico
danal. y las aventuras del Almirante antes de 1492.
DESCUBRIMIENTO DE AMÉRICA. 29

prueban que Cristóbal Colón designó, como objeto prin-


consigo el gran cacique, y refirióme cómo concibió la
cipal, y pudiera decir casi único de su empresa, «buscar
primera idea de buscar las tierras del G r a n K h a n (sobe-
el Levante por el Poniente (L). Pasar á donde nacen
rano del Asia Oriental) navegando al Occidente.»
las especerías (2) navegando al Occidente. H e reci-
E s t a s frases relativas al primer viaje del Almirante
bido al Almirante en mi casa—cuenta el amigo íntimo
fueron admitidas tan usualmente h a s t a principios del
de Colón, Bernáldez (3), m á s conocido con el nombre
siglo xvi, que las encontramos en la relación de las
de Gura párroco de la villa de los Palacios—cuando
primeras aventuras de Sebastián Cabot, debida al le-
volvió á Castilla (de su segando viaje) en 1496, llevando
gado Galeas Butrigarius (1). « E n Londres, cuando
por devoción, y según su costumbre, un cordón de San
llegaron á la corte de Enrique V I I , dice este legado,
Francisco y u n a s ropas de color, dé hábito de fraile de
las primeras noticias del descubrimiento de las costas de
San Francisco de la Observancia (4). Traía entonces
la India, hecho por el genovés Cristóbal Colón, todo
el mundo convino en que era cosa casi divina navegar
(1) H E B K E R A , Historia de las Indias Occidentales, dec. I , por Occidente hacia Oriente, donde las especias se crian
lib. X, cap. vi. (a thing more divina than human, to sail by the west to the
(2) Primera y segunda carta de Pablo Toscanelli á Cristóbal east, where spices grows).J>
Colón. (Colección diplomática, núm. l.°, en NAVARRETE, t. II,
páginas 1 y 3.) L a idea de encontrar grandes tierras en el camino de
(3) B E R N Á L D E Z , Historia de los Reyes Católicos, cap. V I I - E u r o p a á las costas orientales de Asia era para Colón y
El motivo de visitar las tierras del Gran Khan, para enseñarle, Toscanelli un objeto secundario. E n el primer viaje, en-
conforme á su, deseo, la fe cristiana, se expresa en la carta al Rey
contrándose á unos 28° de latitud y á 9 o al Occidente
y á la Reina, puesta al frente del Diario del primer viaje de Co-
lón, según la copia de Las Casas. Vuestras Altezas ordenaron del meridiano de la isla de Corvo, el 19 de Septiembre
que no fuese por tierra al Oriente (á la India y á los pueblos de 1492, creyó el Almirante que estaban próximas al-
del Gran Kan), por donde se acostumbra de andar, salvo por g u n a s tierras (2); pero su voluntad era (según las pro-
el camino de Occidente, por donde hasta hoy no sabemos por
cierta fe que haya pasado nadie. La instrucción Real dada á
Amerigo Vespucci el 15 de Septiembre de 1506, copiada por
Muñoz en los Archivos de la Contratación de Sevilla, habla cano. Este aserto carece de fundamento. (Navarrete, t. m , pá-
también de la armada que el Sr. B. Fernando mandó hacer gina 176.)
para ir á descubrir el na°imiento de la especería. ( N A V A - (1) Memoir on Sebastian Cabot, illustrated by documents
RRETE. t. I, pág. 2; Códice diplomático, núm. CL, t. II, pá- of the rolls, nom first published, 1831, pág. 10.
gina 317.) (2) NAVARRETE, 1.1, pág. 2. Véase también la relación del
viaje en el miércoles y en al sábado (páginas 16 y 17), donde Co-
(4) También Las Casas, Historia de las Indias, lib. I, ca-
lón dice, «que no se quiso detener, pues su fin era pasar á las
pítulo c u , dice que iba vestido como fraile franciscano. Indias, y si se detuviera no fuera buen seso.» Y más adelante
Herrera refiere que el famoso navegante Alonso de Ojeda, que (haciendo distinción entre el continente de Asia y las islas que
acompañó á Colón, en su segundo viaje, se hizo fraile francis- lo rodean), añade, «que si erraban la isla de Cipango no pudie-
•pías palabras del diario de rata), «seguir adelante h a s t a
las Indias, porque, placiendo á Dios, á la vuelta se ve- especias y oro en el mar de Cin, es decir, en los mares
ría todo.» del J a p ó n , de la China y del gran archipiélago de las
Indias. E l mapa mundi de Martín Behaim presenta,
Toscanelli, que por lo menos desde el año 1474 se
desde el grado 4 5 Norte hasta el 40 Sud, una serie de
ocupaba teóricamente de los mismos proyectos que Co-
islas opuestas á la extremidad del Asia. E s t a cadena
lón, sólo nombra en el camino por recorrer al Occidente
de islas contiene el pequeño Catliay, Zipangu (Niphon),
la isla Antilia, que se encontrará á 225 leguas de dis-
comprendido casi por completo en la zona tórrida, A r -
tancia antes de llegar á Cipango (al Japón). « L a carta gyré, colocado á la extremidad oriental del mundo co-
que os envió para S. M. (el Rey de Portugal), dice Tos- nocido de los antiguos y de los árabes; J a v a Mayor
canelli en su carta al canónigo de Lisboa Fernando (Borneo), J a v a Menor ( S u m a t r a ) , donde permaneció
Martínez, está hecha y pintada de mi mano, en la cual Marco Polo cinco meses, y aprendió á conocer el sagotal
va pintado todo el fin del Poniente, tomando desde I r - y la especie de rinoceronte de dos cuernos y piel poco
landia al Austro, hasta el fin de Guinea, con todas las arrugada, propia de esta isla, Candym y A n g a m a .
islas que están situadas en este viaje, á cuyo frente está
Cuando llegó Colón en su primer viaje (el 14 de No-
pintado en derechura por Poniente el principio de las
viembre de 1492) á las costas septentrionales de Cuba,
Indias, con las islas y lugares por donde podéis andar,
que al principio creyó ser Zipangu, maravillóle ante el
y cuánto os podríais apartar del polo Artico por la línea Viejo Canal, cerca de Puerto del Príncipe, la belleza de
equinoccial, y por cuánto espacio; esto es, con cuántas un grupo de verdes cayos que en su ardiente imagina-
leguas podríais llegar á aquellos lugares fértilísimos de ción juzgaba formar parte, según sus propias palabras,
especería y piedras preciosas; y no os admiréis de que «de aquellas inumerabiles islas que en los niapamun-
llame Poniente al país en que nace la especería, que dos en fin del Oriente se ponen» (1).
comunmente se dice nacer en Levante, porque los que
navegaren á Poniente siempre hallarán en Poniente los
referidos lugares, y los que fueren por tierra á Levante (1) Véase el Diario del Almirante, en NAVARRETE, t, I. pá-
gina 58. En el Diario copiado por lias Casas se lee: «Miércoles,
siempre hallarán en Levante los dichos lugares.» 14 de Xovicmbre de 1492. Dice el Almirante que cree que estas
Según el sistema geográfico de esta época, "fundado islas son aquellas inumerabiles que en los mapamundos en fin del
casi únicamente, en cuanto al Asia oriental y marítima, Oriente se ponen.» Dice también Colón que creía que el grupo
de estas islas se extendería y ensancharía hacia el Sud, y que
en las relaciones de Marco Polo, Balducci Pelogetti y en ellas encontraría «grandísimas riquezas y piedras preciosas
Nicolás de Conti, figurábanse multitud de islas ricas éñ y especería.» El Atlas de mapas catalanes de la Biblioteca Real
de París, que data del año 1374, y del que poseemos minucioso
estudio debido á la sagacidad de Mr. Buchón, tiene un?, leyenda
ran tan presto tomar tierra, y que era mejor una vez ir á tierra relativa al mar de la India, que indica la existencia en él de
nrme y después á las islas.» 7.548 islas, «ricas en piedras finas y metales preciosos.» En el
ALEJANDRO DE HÜMBOLDT.

Se lia dicho con bastante exactitud que Colón se costas asiáticas; en los informes tomados de obras anti-
mostró al defender su proyecto menos temerario y más guas, de escritores árabes y acaso de Marco Polo; en
sabio de lo que se le había supuesto (1). L a exposición indicios de tierras situadas al Oeste de las islas de Cabo
de razones que alegaba, mejor hecha en las Décadas de Verde, Porto Santo y las Azores, que en diversas épocas
Herrera (2) que en la Vida del Almirante, escrita por se creyó advertir ó por la observación de algunos fenó-
su hijo D . Fernando, h a pasado de este último libro á menos físicos ó por las relaciones de marinos á quienes
todas las historias modernas del descubrimiento de A m é - arrastraron las tempestades ó las corrientes.
rica. Clasificando estas razones conforme á la naturaleza
Conviene también distinguir entre las ideas que pre-
de los conocimientos que las produjeron, y comparándo-
ocupaban al grande hombre antes y durante el curso de
las en parte á los documentos originales que podemos
sus descubrimientos, y las reflexiones que estos mismos
consultar hoy, vemos que la esperanza de llegar, bus-
descubrimientos produjeron en él posteriormente. Debe
cando el Levante por el Poniente, á las regiones de Asia,
• comparárselas con hechos, no todos por igual compro-
fértiles en especias, ricas en diamantes y en metales pre-
bados ó bien interpretados, como la relación de un sa-
ciosos, la fundaba Colón en la idea de la esfericidad de
cerdote budista, Hoe'íchin, sobre el F u s a n g y Tahan
la tierra; en la relación de la extensión de los mares y
(año 500); los descubrimientos de la Groenlandia, del
de los continentes; en la cercanía de las costas de la
Vinland y de la embocadura del San Lorenzo, por Erilc
península ibérica y de Africa á las islas inmediatas al
R a u d a (985), Bjoern (1001) y Madoc ap Owen (1170);
Asia tropical; en u n grave error en la longitud de las
la aventurera expedición de los árabes errantes (Alma-
grurim) (1) de Lisboa (1147); la navegación al Oeste
hacia la India del genovés Guido de Vivaldi (1281), y
mapamundi de Martín Behaim, terminado en 1492, se encuen- de Teodosio Doria (1292), cuya suerte se ignora; y
tra una cita de Marco Polo (lib. III, cap. 42), de 12.700 islas,
«con montañas de oro, de perlas y doce clases de especias» finalmente, los viajes con t a n t a frecuencia comentados
(mit vil Edelgestain, Perleim, nnd Golt Peragen, 12 lei Speze- de los hermanos Zeni de Yenecia (1380).
rey wiul ívunderliehem Volch, datan lang zu sehreiben), dice H e colocado estos hechos y tradiciones por orden cro-
Behaim en su antiguo y enérgico lenguaje. GOTTL. VON MURE,
Diplom. Gescli, von Martin Beliaim, 1778, pág. 37. La cita de nológico para demostrar que ascienden hasta mil años
Marco Polo no es exacta. El viajero veneciano habla de 12.700 antes de Colón, quien, en un siglo de heroísmo y de eru-
islas (lib. III, cap. 38), aludiendo á las Maldivas (ed. de Mars- dición renaciente, aun se complacía con los recuerdos de
den, pág. 717), Behaim transporta este grupo de islas al Nor- la Atlántida de Solón y de la célebre profecía contenida
deste, lo cual influyó en las opiniones de los navegantes al fin
en un coro de la Medea de Séneca.
del siglo XV.
(1) M A L T E B R U N , Geographie Universelle, 1831, t. i, pá-
gina 616. (1) Almarurim significa mejor engañados en sus esperanzas,
(2) Dec. I, lib. i, cap. 1 al 6. y. la raíz de esta palabra es meghrur.
clima, la fuerza física de los hombres, la pureza de las
costumbres, todos los bienes eran propios de las extre-
midades del disco terrestre ( 1 ) . D e aquí el vago (2)
deseo de llegar á él, ó por el P h a s e (3) ó por las co-
lumnas de Briareo. L a especial configuración de la
cuenca del Mediterráneo, abierta al Occidente, impulsó el
interés de los navegantes fenicios hacia la parte atlán-
II.
tica del Océano. La historia de la Geografía presenta
esta serie de intentos desde los tiempos más remotos
Progreso de las ideas cosmográficas antes de Colón. para avanzar progresivamente en la dirección occidental,
intentos debidos al ansia de ganancias, á curiosidad
aventurera ó al azar de las tormentas; presenta además
E l estado de nuestra civilización europea nos con- larga serie de descubrimientos presididos por la misma
duce involuntariamente á Grecia como punto de partida, idea y favorecidos por los mismos accidentes. Desde
Colceus de Sanios, arrastrado por los vientos de Levante
lo mismo al investigar las opiniones que contienen los
fuera de su camino, en su travesía de la isla de Platea á
gérmenes de las que h o y dominan, que al recorrer la
las costas de Egipto, se llega á las gigantescas empresas
larga serie de las atrevidas tentativas realizadas con ob-
de Colón y de Magallanes. E l horizonte geográfico se
jeto de ensanchar el horizonte geográfico.
ensancha poco á poco desde el mar Egeo al meridiano
D u r a n t e largo tiempo, la tierra, conforme á las ideas
de las Syrtes, desde aquí á las columnas de Hércules y
de los primeros poetas de la escuela jónica, era un disco
fuera del Estrecho, con I l a n n ó n hacia el Sur y con P y -
cuyas orillas ocupaba el Océano, disco inclinado un poco
theas hacia el Norte. L a s atrevidas empresas de los
hacia el Sud á causa del peso que producía la abundante
vegetación en los trópicos ( 1 ) .
Hacia estas orillas se situaban el Elíseo, las islas de
los Bienaventurados, los Hiperbóreos y el pueblo justo (1) «Lo que liay más bello en la tierra habitada se encuen-
de los Etiopes. L a fertilidad del suelo, la templanza del tra en las extremidades», dice Hcrodoto, lib. III, cap. 107;
quien, como Tliales y Anaximenes, no cree en la forma esférica
de la tierra (lib. v, cap. 92).
( 1 ) P L U T A R C O , Be plac. phil., n r , 12. Pasaje repetido por (2) B R E D O W , Untersuch, iiier alte Geschichte und Geogra-
Galieno, Be Phil. Historia, cap. 21, ed. Külm, 1830, t. xix, phie, 1 8 0 0 , pág. 7 8 . U K E R T . Geographie der Griechen und Rö-
pág. 294. Esta es una de las causas indicadas por Demócrito y mer, vol. II, parte 1.A, páginas 234-243.
que recuerda la falta de equilibrio que, según un mito javanés, (3) En la época mítica de la expedición de los argonautas
Batara Guru, el Ser Supremo, observaba en la tierra inclinada todavía se sospechaba que el mar interior tenia también co-
al Oeste, al cual puso remedio trasladando algunas montañas. municación por el Nordeste con el gran rio Océano.
fenicios fueron precedidas (1) de los tímidos ensayos blemente en la época de Filipo de Macedonia, designa
de los marinos de Creta, Samos y Focea. E l antiguo más allá de Cerne un mar de Sargazo, una abundancia
conocimiento que los fenicios tenían del río Oce'ano, más de fuco que anuncia la proximidad de las islas de Cabo
allá de las columnas de Hércules, acaso lo pone de ma- Verde, pero que no me parece idéntico al mar de Sar-
nifiesto el mismo nombre que adoptaron los helenos para gazo que menciona el pseudo Aristóteles en la compila-
designar el mar exterior (2). ción conocida con el nombre de Narraciones maravi-
Desde los tiempos homéricos creían los griegos que á llosas (1).
Poniente había parajes ricos y fértiles; pero su conoci- Cuando no se quieren perder de vista las grandes di-
miento exacto de la cuenca del Mediterráneo no se ex- visiones naturales de la geografía física y su constante
tendía más allá del meridiano de la Gran Syrte y de infiuéncia en los destinos de los pueblos, reconócense en
Sicilia. Toda la parte occidental de esta cuenca que los las épocas memorables de los progresos de la navegación
fenicios surcaban hacía ya largo tiempo, no la conocie- del Mediterráneo de E s t e á Oeste las tres grandes cuen-
ron los helenos hasta después del viaje, cuya importancia cas parciales en que se subdivide la gran depresión de
reconoció Herodoto (3), de Colceus de Samos, que llegó este mar, según he indicado ya en otra obra (2). La
h a s t a Tartesus y el cabo Soloé. cuenca del mar Egeo está limitada al Sur por una curva
E l Periplo atribuido á Scylax (4), compuesto proba-

(1) S TRABÓN, l i b . I I I , p á g . 224. E n el p a s a j e d e l l i b . i , p á -


gina 82, la restricción «poco después de la época del sitio de (1) SCYL. CARYAND. Peripl (Hudson, t. I I , págs. 53 y 54);
Troya» refiérese á la fundación de las colonias. AXISTOT., Bemirabil. anscnltat., pág. 1157.—ARISTOT., graace,
(2) La primera expedición griega más allá de las columnas exrecensione Bekkeri, 1831, pág. 844, párrafo 136). En este úl-
de Hércules es la de Colceus, posterior sin duda á la época de timo pasaje, del cual me ocuparé también más adelante al exa-
Homero; sería, pues, posible que los fenicios hubiesen transmi- minar la posición del Mar de Sargazo de los navegantes portu-
tido á los helenos la noción del mar exterior y la frase que la gueses, háblase de la abundancia de atunes que la mar arroja
designa. con el sargazo, y que salados y puestos en toneles eran llevados
(3) Lib. iv, cap. 152. Fundándose Voss en la época de la á Cartago Paréceme que esta indicación confirma lo que dice
colonización de Cyrene, sitúa la expedición de Colseus antes de M. de Kohler (Tarielios ó Recherelies sur VBistoire et les An-
la diez y ocho Olimpiada, más de 708 años antes de nuestra era. tiquités des péclieries de la.Russie Meridionale, 1832, pág. 22),
Según las recientes investigaciones de Mr. Letronne, la expedi- sobre el comercio en tarichos (pescados salados) de la ciudad
ción de los de Samos corresponde al primer año de la Olimpiada de Turdetania y sobre las pesquerías fuera de las columnas de
treinta y cinco. Hércules.
(4) Sobre Scylax y la verdadera época de la redacción del (2) Relation historique, t. I I I , pág. 236. Las divisiones que
Periplo que ha llegado hasta nosotros, véanse N I E B U H R (Kleine especifica Aristóteles (Be Mundo, cap. n i ; Bekk., pág. 393) sólo
Schr., J. I, 1810, pág. 105); UKERT (Geographie der Grieclien se refieren á los golfos y sinuosidades del Mar Interior compa-
und Romer, 1816, t. i , Abth. 2, páginas 285-297); M, LE- rados á un puerto en que, entrando por el estrecho las aguas
TRONNE, Journal des Savants. Febrero-Mayo, 1825. del Océano, llegan á estar más tranquilas.
que pasa por Rodas, Candía, Cerigo y el cabo Meleo; Ecphantos y Eraclides del Puente) (1) y de Parmenides
la cuenca de las Syrtes tiende á cerrarse entre el cabo de Elea; expuesta y defendida con admirable claridad
Bon, la isla Pantelaria, el banco que M. Smyth nombra por Aristóteles (2), no se necesitó grande esfuerzo de
Adven ture Bank y el cabo Grantola, tendencia cuya ingenio para entrever la posibilidad de navegar desde la
acción continua acaba de demostrar la aparición de una extremidad de Europa y Africa á las costas orientales
nueva isla volcánica (isla de Grabam). N o debe olvidarse de Asia. Encontramos, en efecto, esta posibilidad clara-
que esta reseña de geografía física presenta á Cartago mente enunciada en el Tratado del cielo, del Stagirita
fundada cerca del p u n t o en que la cuenca tirrena (de (últimas líneas del libro segundo), y en dos lugares cé-
Cerdeña y de las islas Baleares) se une á la cuenca jó- lebres de Strabón (3). Por ahora basta enunciar aquí
nica (de Malta y de las Syrtes), y que la Grecia comer- que ambos autores hablan de un solo mar que baña las
ciante dominaba á la vez por su posición en esta última costas opuestas. N o considera Aristóteles la distancia
cuenca y en la del mar E g e o . La expedición de Colceus muy grande, y deduce ingeniosamente d é l a geografía de
de Sanios (1) fué la que abrió á los griegos la tercera los animales un argumento en favor de su opinión. Re-
cuerda los elefantes que viven en las regiones extremas
y más occidental de estas cuencas, terminada por las
y opuestas, y así confirma (sea dicho iucidentalmente) la
columnas de Hércules.
antigua existencia de estos grandes paquidermos al
Desde que á la hipótesis del disco de la tierra na-
Noroeste del desierto de Sahara (4). Considera muy
dando en el a g u a , sustituyó la idea de la esfericidad
probable que además de la gran isla que forman Europa,
de la tierra, idea propia de los Pitagóricos (Ilicétas,
Asia y Africa, existan en el hemisferio opuesto otras

(1) Copérnico, en la dedicatoiia á Paulo III del tratado de


(1) Véase una Memoria de Mr. Letroune, llena de elevadas KevohUUmibus orbium ccelestium, atribuye, quizá menos por
consideraciones acerca de la historia de la geografía antigua falta de erudición que por ocultar su audacia, su propio
(Essai sur les ¡dees cosmograpliiques quise. rattaeient au nom sistema de la revolución de los planetas alrededor del sol á los
d Atlas, pág. 9 y 1 0 ; en Mr. de F E E U S S A C , Bulletin Universel Pitagóricos, ora á Hicetas y á Heraclides del Puente, ora á Phi-
des Sciences, Marzo 1831, sección vil). Prueba el autor que la lolao y á Ecphanto. Pero en la antigüedad sólo fueron verdade-
expedición de Colceus, realizada en una época en que los hele- ros copernicanos Aristarco de Samos y Seleuco deErythrea, no
nos de íbera ignoraban hasta la posición de la Libia, sólo pre- empleando ni Ilestia ni Auticlithon.
cedió en setenta años á la composición del poema mitico-poli-
tic.o de Solón sobre la Atlántida que ocasionó la transfor- (2) De Calo, lib. II, cap. xiv, págs. 297 y 298 (ed. Bekk.).
( 3 ) STRABÓX, l i b . i , p á g . 103, y l i b . I I , p á g . 1 6 2 A l m .
mación del personaje de Atlas, el Titán, en Atlas montaña,
situada fuera del estrecho, y sosteniendo el cielo. Acerca de (4) En el Periplo de Hannón háblase de existencia de ele-
este Atlas montaña, he hecho algunas conjeturas en mis Ta- fantes á media jornada de navegación al Sur del cabo Espar-
bleaux de la Nature, t. IX, pág. 150. tel (Véase B R E D O W , Untcrsuch. iiber alte Gcschichte und Geo-
graphie. St. I, pág. 33, y mi Relation Mstorique, t. I, pág. 172),
menos grandes (1). Strabón no encuentra otro obs- las burlas que emplearon los epicúreos para combatir el
táculo para pasar de Iberia á las Indias que la desme- dogma pitagórico y la esfericidad de la tierra. P o r for-
surada anchura del Océano Atlántico. t u n a la generalidad no asintió á estas ilusiones. L a
L a s ideas que acabarnos de exponer se conservaron y Topografía cristiana (1) vagamente atribuida á un mer-
propagaron entre gran número de hombres notables á cader de A l e j a n d r í a , que se hizo fraile en el reinado
través de la E d a d Media hasta la época de Colón. V e r - del emperador Justiniano, y al cual llaman Cosmas I n -
dad es que los escrúpulos teológicos de Lactancio, de dicopleustes, nos da á conocer en forma sistemática las
S a n J u a n Crisóstomo y de algunos otros Padres de la extrañas opiniones de los Padres de la Iglesia. Vuelve á
Iglesia, contribuyeron á impulsar el espíritu humano ser la tierra una superficie plana, no un disco, como en
en un sentido retrógrado. Repetíanse las objeciones y tiempo de Thales, sino un paralelógramo rodeado de las
aguas del Océano y simétricamente recortado por cuatro
golfos (el mar Caspio, los golfos de Arabia y de Persia
A menos de extender considerablemente hacia el Sur el conoci-
y el Romanorum sinus, es decir, nuestro Mediterráneo).
miento que los antiguos tenían de la costa occidental de África,
y de que el gran río Chremestes (Meteor., lib. i , cap. 13, Según la enumeración que Strabón hizo clásica (2):
pág. 150) sea el Senegal, no podría aceptarse la idea de que «Más allá del Océano que circunda los cuatro lados del
Aristóteles conocía el Oeste de África hasta el paralelo de Agi-
continente interior, el cual representa el área del taber-
symba, al Norte del cual no admite Ptolomeo, acaso sin haber
visto el diario deHannón, ni elefantes, ni rinocerontes, ni ne- náculo de Moisés, hay situada otra tierra que contiene
gros de cabello rizado (Véase P T O L O M E O , Geogr., lib. i, cap. 9. el paraíso y que habitaron los hombres hasta la época
y las discusiones de Mr. Letronne sobre la tradición de Halma del diluvio.» Equivocadamente se h a querido comparar
en el Journal des Savans. Abril, 1831, pág. 274). Refiérame sólo
en esta nota á los elefantes, al Norte del Sahara, en las costas
oceánicas occidentales de África ó en el reino de Fez. Estrabón
(lib. x v n , pág. 1.183 Alm., pág. 827 Cas.) nombra también los (1) COSMAS, Chistianorum ojñnio de mundo, en M O N T E A u-
cocodrilos, completamente iguales á los del Nilo, y nada dice CON, Collectio nova Patr. et Script, gnec., 1706, t. II, páginas
de la antigua existencia de elefantes en el Atlas mediterráneo 113-315 (el mapa, pág. 189), W I L I A M V I N C E N T Commerce and
oriental, reconocida por Eliano (vil, 2), y acerca de la cual navigation of tlie ancients, t. ir, páginas 533, 537, 567. BRE-
DOW, St. 2, páginas 786 y 797. M A N N E R T , Einleit. in die Géo-
Mr. Cuvier (Ossemens fossües, ed. 2.a, 1.1, pág. 74) ha presen-
tado interesantes observaciones. Todo esto pertenece á la His- graphie der Alten, 1829, páginas 188-192. Atribuíase al mismo
toria de los animales, es decir, á los cambios sufridos por conse- Cosmas una obra menos teórica ( Cosmograpliia universalis), en
cuencia del transcurso de los siglos en la distribución geográfica la que debía haber tratado especialmente de la tierra situada
de los animales en el globo; historia muy distinta de la parte más allá del Océan^ Más adelante hablaré de las analogías que
descriptiva, vulgarmente llamada Historia natural de los ani- presenta la circunvalación de montañas que suponían los Pa-
males. dres de la Iglesia más allá del Océano homérico, con los mitos
de la India, el mundo Kaf de los árabes, y algunas opiniones
( 1 ) A R I S T O T . , Da Mundo, cap. 3, pág. 392, Bekker. y helénicas antiquísimas.
Meteor. lib. II, cap. 5, pág. 362. ( 2 ) STRABÓN, U, p á g . 1 8 2 A l m . , p á g . 1 2 1 C a s .
á América, esta tierra antediluviana, opuesta no á la
coronaba la cima de la montaña del purgatorio está si-
Europa occidental, sino á toda la isla de forma cuadri-
tuado, según él, en medio de los mares del hemisferio
longa del antiguo continente.
austral, en los antípodas de Jerusalén (1).
Se ha supuesto que al llegar Cristóbal Colón á la
E l mapamundi del Indicopleustes llama la atención
embocadura del Orinoco reconoció en esta región el pa-
por su ingenua y bárbara sencillez. Producto del siglo v i ,
raíso terrestre, según los dogmas de la Topografía cris-
apenas presenta la imagen de los primeros ensayos geo-
tiana; pero el A l m i r a n t e no menciona para nada á Cos-
gráficos de los griegos, y muy bien puede creerse que, á
mas, ni en la carta que en 1498 dirigió á los Reyes
pesar de ser más de trescientos años posterior á Clau-
Católicos, fechada en la isla de Haití, carta llena de
dio Ptolomeo, es muy inferior al P i n a x de Hecátea que
rasgos de pedantesca erudición, ni en el libro de las
el tirano Aristagoro (2) llevó á E s p a r t a .
Profecías. P a r a situar el paraíso en la América del Sur
E l autor de la Topografía cristiana, á quien se debe
no tuvo otros motivos que la abundancia de Jas aguas
la interesante inscripción del monumento de Adulis,
dulces que la riegan, la belleza de un clima que, sobre el
tuvo, no obstante, el mérito de saber que las costas del
mar, parecióle singularmente templado y la extraña hi-
país de los Tzines (3), de donde viene la s e d a , están
pótesis (1) de una protuberancia irregular de la tierra
opuestas al Levante y bañadas por un mar oriental.
hacia Occidente, donde «la costa de P a r i a está más pró-
E s t e fué el primer paso dado para rectificar las ideas
xima á la bóveda celeste que España».
acerca de la posición de la I n d i a y de la China' (país de
Acaso sea más exacta la conjetura de que en la cos-
mología de Dante (mezcla de ideas cristianas y árabes)
esta tierra habitada sólo por la prima gente, y á la cual
se llega saliendo del Estrecho y navegando entre Sibilia (1) D A N T E , Purgatorio, canto I, v. 2 2 ; canto IV, v. 139,
y Setta (Sevilla y Ceuta), primero de E s t e á Oestedietro Infierno, canto xxvi, v. 100-127 (Divina Comedia, col comento
de G. Hiagioli. 1818, t. I, páginas 484-487).
al solé, y después al Sudoeste, está relacionada con la
(2) HERODOTO, l i b . V, c a p . 49.
cosmología de algunos Padres de la Iglesia, del modo (3) MONTFAUCON, 1. c., pág. 37 (Tzinistam Oceaiutg ad orien-
que Cosmas (si efectivamente hubo un monje así lla- tan ambit, COSM., lib. xi). En la geografía de.Tolomeo, el Si-
mado) la sistematizó. P e r o Dante, muy erudito y filó- tiar um Sinns (parte del mar de Sin de Edrisi), era la emboca-
dura del Sinns magnus, y Tilinte estaba situada en la costa
sofo, admitía la esfericidad de la tierra, y el paraíso que
occidental del extremo del continente asiático, que, reuniendo
al Oeste el Prasum Promontorium de Africa, fonnaba la costa
• meridional del mar interior de la India. Al contrario, en el sis-
(1) G O M A R A , Ilist. General, cap. 8, pág. 110. Véase so- tema más antiguo de Eratosthenes, Tirinas estaba situada en el
bre los fundamentos de esta hipótesis y las censuras que oca- mismo paralelo de Rodas en la costa oriental de Asia, y la em-
sionó a Colón aun durante su vida, mi Relation lmtorl- bocadura del Ganges se encontraba en esta misma costil figu-
que, 1.1, pág. 506. rada, inclinándose do Nordeste á Sudoeste.
los Tzinès) y de la dirección de las costas de Asia, Lacia
las cuales bogaba la expedición de Colón (1). (rasgo de u n mito geográfico; alude á la dirección de la
corriente que, según Rennell, viene del cabo Finisterre
Inspirado por los árabes, por los cosmógrafos italianos
á lo largo de las costas de Portugal y entra por el E s -
y alemanes, por las narraciones de Marco Polo, que le
trecho de Gibraltar). E l Mar Tenebroso llámase así
transmitió Toscanelli, y sobre todo por las obras del
(Edrisi ( 1 ) mismo dice el motivo en estos términos,
cardenal Pedro d'Ailly, el g r a n navegante bebía en
según la versión l a t i n a ) : Quoniam scilicet ultra illud
fuentes que le proporcionaban abundantes motivos para
quid sit ignoratur. Nullus enim hominum habere potiut
la ejecución de su proyecto y le aniínaban á buscar el
quidquam cerli de ipso ob difficilem ejus navigationem,
Levante y las preciosas especias por la vía de Poniente.
lucís obscuritatem (singular propiedad de un mar en que
Escojamos entre Ibs árabes el geógrafo de la Nubia: Edrisi sitúa las islas Afortunadas, el dschasajir el cha-
«El mar que baña las costas occidentales de Africa, lidath, derivando de cliuld, paraíso, islas que gozan del
dice el scherif Edrisi, e n t r a en el Mediterráneo {Mare más bello cielo) «et frequentiam procellarum.Nemo nauta-
Damascenum) por el canal que Dhoulcarnain, personaje
heroico bicorne, confundido con el hijo de Filipo de M a -
cedonia h.zo abrir en tiempo de Abraham. E s t e bicorne Edrisi, dice: «Is enim ad populos Andalusise cum pervonisset
et continuas corum quas cum incolis Sus (térras |Barbarorum
ordeno la nivelación de la superficie de las aguas. U n a metrópolis, Hartmann) habebant pugnas audivisset, operariis
reunión de geómetras encontró el Mar Tenebroso (el atque geometris ad se convocatis suum de arida illa térra fo-
Oceano) algo más elevado ( 2 ) que el Mediterráneo» dieuda et canali aperiendo animum explicuit, precipitque illis,
ut ten te solum cum utriusque maris requore metirentur; quod
ubi prses ti tele, deprehenderunt á Mari magno (tenebroso) pa-
ñi m superari altitudinem Damaseenum.) Viene después la des-
(I) También "en COSMAS cree advertir Montfaucon Janri- cripción de los diques artificiales construidos por Dhoulcar-
bar nain «cuyos restos vió Edrisi en las épocas de aguas bajas».
f " M r e g Í Ó n mU >' — e n la que
e a la pimienta y donde hay cristianos como en Sieledivar Acerca del personaje principal de este mito, véase H E R B E L O T ,
S S S f í S)MaléAA lDdicopleustes
C1

< 3 5 Bibl. Orient. (art, Escander Dhoulcarnain y Kheder ó Klied-


ber), y E D B I S I , África, ed. de J . M . Hartmann, 1 7 9 6 , pág. 3 1 3 .
1619
' *** 1 4 8 ' E s probable (1) Páginas 6, 39, 147 (Hartmann, pág. 7). M. Kurtzmann,
a d6 Canal abiert0 r
tioLlf, Í P° M o v l c a r Á m (que en una Memoria premiada por la Facultad filosófica de Gottinga
ene dos pernos), y deXheder, 6 más bien Chidr (el p e r s l (Comment. de África geograph. Xub., 1791, pág. 8), explica el
M J Í qUC; S e g Ú n D j e v h a r i
" f u é u ' 1 0 ^ los compañeros ele nombre de Mare Tenebrosum por la tradición de una nube vista
al Oeste de Porto Santo, que descansaba en la superficie del
mar, visión análoga á la de la fabulosa isla de San Borondón
ó Brendan que los habitantes de Madera y de la Gomera veían
todos los años al Oeste, y que llamó singularmente la atención
de Colón, cuando antes de 1492 buscaba por todas partes argu-
mentos en que apoyar su sistema.
rum auserít illud sulcare aut in altum navigare. >Si'se lian
explorado algunos puntos es á corta distancia de las otras masas continentales, separadas de las que forman
costas; sábese, sin embargo, que el Mar Tenebroso (el Europa, Asia y Africa, cree que el hemisferio opuesto
Atlántico) contiene muchas islas, unas habitadas y otras al nuestro es enteramente acuático. Oceanus ambit me-
diam partem terra; quasi zona, adeo ut media tantum pars
desiertas» (non obrutce, devastadas, como dice la ver-
terree appareat ac si esset ovum immersum in aquam era-
sión latina). « E l m a r de Sin (de la China) que baílalas
tere contentam (1); nam eodem modo dimidia pars terree
tierras de G o g y de Magog (la extremidad oriental del
est obruta mari.
Asia) comunica con el M a r Tenebroso. P o r la parte de
Asia las últimas tierras son las islas Vac-vac, ultra quas Sabido es que entre los cosmógrafos de la Edad Me-
quid sit ignoratur» (1). H e aquí, pues, mencionada dia como entre los de la antigüedad, desde Parmenides
de Elea hasta los Alejandrinos, había dos opiniones
por los árabes, como en el pasaje de Aristóteles {De
respecto á la extensión de las zonas habitables. Edrisi,
Cielo, ii, 14), con t a n t a frecuencia citado por Colón, la
á quien acabamos de nombrar, y cuya influencia ha sido
unión de los mares de la China y del Atlántico tenebroso.
tan poderosa durante siglos, colocaba toda la tierra h a -
Pero Edrisi, en vez de suponer, como los escritores de
bitada en la zona templada septentrional (2); pero cien
la antigüedad, m u c h a s grandes islas terrestres, es decir,
años después de él, Alberto el Grande (Alberto de Boils-
tädt) no dudaba en manera alguna que la superficie del
(1) EDRISI, páginas 36 y 37. Este es el notable pasaje en
que,se: menciona la grande isla Malai (Malaca.'), muy extensa
de Este a Oeste, y Soborma ó Sumatra, que es la Java minar
de Marco Polo. Ednsi terminó su obra el año 1153, unos ciento (1) El final de este pasaje (Edrisi, pág. 3) casi recuerda la
sesenta anos antes que Abulfeda. Así, pues, las islas Vac-vac imagen cosmogónica que empleaba la escuela de Thales; sin
mejor dicho üac-uac, eran en el siglo x n la última tierra co- embargo, Edrisi construyó para el rey Roger II de Sicilia un
(¡lobo terrestre de plata, según d'Herbeloty Pococke, de 800
a 0 marcos de peso ( W I L L I A M V I N C E N T , Commerce and naviga-
;;::tm ? n t ° >e n
r 0re*S t' y0 p °e vStaban los en ^ 0 .
23 T ! TT ' tiempos de Homero y He- timi, t. Il, pág. 568), y en las primeras páginas de sus Jlelaxa-
tiones animi curiosi, admite: Terram esse rotundam globi ins-
c o á l l f r - a S , H e S p , ! r Í d e S y l a s G - g o - a s . No d'eben
confundirse las islas Vac-vac del mar de Sin con una isla del tar, ac non habere perfectam rotunditatcm quia flint in illa
mismo nombre, cerca de Sofala, en la costa oriental de África deelivitales, et aqua finii ab acclivi ad declive. La circunfe-
(Hartmann, paginas 104-109). Las primeras, según Bakui y Ebn rencia de la tierra está indicada en Edrisi conforme al cálculo
Tophaili, comentado por Eichhorn, son «tan ricas de oro, que de ios indios, expresión que aumenta el número de testimonios
dados por los Sres. Colebrooke, Guillermo de Schlegel, v re-
uaZ7l i r 1 1 ^ d e C 3 t e m e t a 1 ' y e l árbol que grita cientemente Federico Rosen (en su traducción y comentario
m k u a k i los que desembarcan (sin duda cuando algunos ¿•an- del álgebra, de Mohamed Ben Musa), de lo cosechado por los
des Psittaceas anidaban en ellos), tienen en la extremidad de árabes en la literatura más antigua de los indios.
sus ramas, primero abundantes flores, y después, en vez de fru-
tos, bellas muchachas que llegaron á ser objeto de exportación (2) Creatura; omites simt septemtrionali terra; parte, etc.
y que Masudi Khothbeddin llamapuellas LvaskiZZT (Edrisi, pág. 2).
globo estaba habitada h a s t a el g r a d o 50 de latitud aus- chos mares interpuestos; acaso también (la afición á lo
tral (1). Celoso propagandista de las obras de Aristó- maravilloso, y á lo maravilloso más raro, mézclase siem-
teles, que empezaban á d a r á conocer los árabes de pre en el siglo X I I I á las observaciones más juiciosas),
E s p a ñ a y los rabinos arabizantes, f u é Alberto para la acaso también algún poder magnético retiene las carnes
Europa cristiana lo que A v i c e n a s había sido para el humanas, como el imán retiene el hierro.
Oriente. Sus diversos t r a t a d o s son más que paráfrasis x Además los pueblos de la zona tórrida, lejos de sufrir
de Aristóteles: el Líber cosmographicus de natura loco- en su inteligencia por el calor del clima, son muy ins-
rum es un compendio de g e o g r a f í a física en que expone truidos, como lo prueban los libros de filosofía y de as-
el autor, no sin sagacidad, cómo la diferencia de latitud tronomía que han llegado á nosotros de la India» (1).
y el estado de la superficie t e r r e s t r e producen simultá- E n la edición de E s t r a s b u r g o , de que me valgo, y que
neamente la diferencia local de los climas (2). «Toda se publicó tres a ñ o s después de la muerte de Amerigo
la zona tórrida es habitable, y es u n a inepcia del pueblo Vespucci ( 2 ) , el editor Jorge Tanstetter se maravilló
0vulgaris imperitia) el creer que los que tienen los pies tanto de las conjeturas de Alberto el Grande acerca de
dirigidos hacia nosotros deben necesariamente caerse. las tierras del hemisferio austral, habitado hasta el grado
Los mismos climas se repiten en el hemisferio inferior 50 de latitud, que consideró la navegación de Amerigo
al otro lado del Ecuador, y e x i s t e n dos razas de etiopes Vespucci como una pr ofecia cumplida.
(negros de cabellos lanosos), los del trópico boreal y los E s t a s mismas nociones sobre la posibilidad de ir di-
negros del trópico austral (no necesito recordar que estas rectamente á la India por la vía del Oeste, sobre las
ideas las enunciaron claramente Aristóteles, Cicerón,
Strabón y Pomponio Mela). E l hemisferio inferior,
antípoda al nuestro, no es completamente acuático; en (1) Esta fe en la erudición astronómica de los indios en un
provincial de los dominicos, que ignoraba hasta el nombre de
gran parte está habitado, y si los hombres de estas leja- sánscrito, es muy notable.
nas regiones no llegan á nosotros es á causa de los an- (2) Su muerte, como lo ha comprobado Muñoz con docu-
mentos auténticos, ocurrió en Sevilla el 22 de Febrero de 1512.
y no como pretende el biógrafo de Vespucci, Bandini, en 1516,
( 1 ) A L B E R T I M A G N I G E R M A N I , I'hilosoph. princípis, Lí- en Terceira Si es cierto que Vespucci vió, como él asegura, en
ber cosmographicus de natura locorum, Argentor 1515 fol 14 b su tercer viaje (desde Mayo de 1501 á Septiembre de 1502) la
y 23 a. constelación de la Osa Mayor en el horizonte, llegó en las cos-
tas orientales de América hasta el grado 2<¡ de latitud austral,
(2) Los razonamientos de Alberto el Grande sobre el calor
y no hasta el 32 como él mismo afirma. Más cierto es que Juan
mas ó menos grande producido por el ángulo de incidencia de
Diaz de Solis navegó en 150S hasta el grado 40 Sur, sin ver, no
los rayos solares, variable con las latitudes y las estaciones,
obstante, la embocadura del Bio de la Plata, que descubrió en
como sobre los efectos frigoríficos y caloríficos de las montañas
un segundo viaje, partiendo del puerto de Lepe en Octubre
(loe. cit., lib. n i , fol. 23 b.) son muy exactos y parecen no per-
de 1515.
tenecer á la época en que vivía este hombre eruditísimo.
partes de la tierra que son habitables y la relación entre hace cuarenta años, en las ciudades y en los monaste-
las superficies de los continentes y de los mares (la ex- rios, al lado de la ignorancia general de los pueblos».
tensión de éstos considerábase erróneamente entonces me- Cuando se trata de una continuación de ideas, de un
nor que la de las tierras), encuéntranse en Roger Bacon, enlace de opiniones, preciso es contar por algo esa parte
hombre prodigioso por la variedad de sus conocimientos, de la Edad Media en que se agrupan, alrededor de Roger
la libertad de su espíritu y la tendencia de sus trabajos Bacon, Alberto el Grande, Scott, Vicente de Beauvais
hacia la reforma de los estudios físicos. Continuando la y viajeros de tanto mérito como Plano Carpini, Ascelin,
vía abierta por los árabes para perfeccionar los instru- Rubruquis y Marco Polo. E n todas las épocas de la
mentos y los métodos de observación, no sólo f u é el vida de los pueblos, lo que toca al progreso de la razón,
fundador (1) de la ciencia experimental, sino que abarcó a l perfeccionamiento de la inteligencia, tiene las raíces
simultáneamente en su vasta erudición cuanto podía -en los siglos anteriores, y esta división de edades, con-
aprender en las obras de Aristóteles, más asequibles desde sagrada por los historiadores modernos, tiende á separar
poco tiempo antes por las versiones de Miguel Scott, y lo que está ligado por mutuo encadenamiento. A veces
en las relaciones de dos viajeros contemporáneos suyos, en medio de una aparente inercia germinan grandes
Rubruquis y P l a n o Carpini. N o rebaja el mérito de Colón ideas en algunos privilegiados talentos, y en el curso de
el recuerdo de esta continuación de opiniones y de con- u n desarrollo intelectual no interrumpido, pero limitado,
jeturas, que se reconoce (á través de la pretendida uni- por decirlo así, á u n corto espacio, débense memorables
versalidad de las tinieblas de la Edad Media) desde los descubrimientos á impulsos lejanos y casi inadvertidos.
cosmógrafos de la antigüedad, hasta el fin del siglo xv.
E n t r e los autores que consultaba Colón y que después
L a s tinieblas se extendían sin duda sobre las masas;
•examinaremos, á ninguno cita con tanta predilección
pero en los conventos y en los colegios conservaron
como al cardenal Pedro de Ailly (1), ó como se le llama
algunas personas las tradiciones de la antigüedad. Bacon
en latín, P e t r u s de Alliaco. Probablemente el Almirante
mismo, reconociendo lo que llama el poder de la erudición
aprendió en el tratado De Imagine Mundi cuanto sabía
y del conocimiento de las lenguas, «da cuenta de u n a ar-
de las opiniones de Aristóteles, de Strabón y de Séneca
diente afición al estudio que observa, sobre todo desde
sobre la facilidad de ir á la India por el camino de Occi-
dente. U n hecho raro parece probar especialmente la
profunda impresión que dejó en su ánimo la lectura del
( 1 ) F R A T B I S R O G E R I B A C O N , ORD. M I N O R U M , Opas ma-
jun, Londini, 1733, páginas 445, 447. Al hablar de este grande
hombre del siglo X I I I , no nece3Íto recordar que la libertad de
espíritu de Roger Bacon no le emancipaba completamente de (1) Obispo de Cambray desde 1396, y citado freruentemente
las quimeras de la química de las transformaciones y de la afi- en tiempo de Colón con la denominación de Cardenalis Cama-
ción á la astrologia. Esperaba, sin embargo, hacer ésta «menos racensis. El Almirante le llama Pedro de Ailiaco, y su hijo don
engañosa por el perfeccionamiento de las tablas astronómicas.» Fernando, en la Vida de su padre, Pedro de Heliaco.
octavo capítulo del t r a t a d o de Alliaco que se titula De
yera el tomo indicado, ó que llevara consigo á bordo del
quantitate terree habitcibilis. Sorprende encontrar un largo
buque en su tercer viaje una copia manuscrita (1) del
extracto, y casi la traducción de este capítulo, en una
Irnago Mundi sólo, y que la mención simultánea de los
carta de Colón escrita desde la isla de H a i t í (Hispa-
niola) á los Reyes Católicos, pocas semanas después de
volver de la costa de P a r i a (1). F o r m a n las obras de
(1) Toscauelli, en su carta al canónigo Martínez (escrita
Alliaco dnce trataditos, cuatro de ellos de cosmografía» en 1474), no cita el nombre de Marco Polo, ni se le encuentra
reunidos todos en u n solo volumen de u n a s 350 pá- en los escritos de Cristóbal y de Fernando Colón. Tengo algu-
ginas ( 2 ) , al cual h a y añadidos algunos escritos del nas dudas acerca de las nociones que, según Ximénez, Muñoz
y Navarrete, debe haber sacado de los capítulos 68 y 77
canciller de la Universidad de P a r í s J u a n Charlier de del lib. II de Marco Polo, relativamente al Quinsayy á-Zaitun.
Gerson. E s probable q u e este tomo no fuera impreso Más adelante veremos lo que puede corresponder á este via-
hasta 1490. Como en las Profecías cita también Colón jero ó á Nicolás de Conti, de quien nos ha dejado Pogge
páginas enteras de las obras de Alliaco (3), y al mismo algunos fragmentos, por desgracia muy incompletos. No ne-
garé que el uso de las copias manuscritas fuese bastante común
tiempo cita también á Gerson, es probable que pose- en la época en que preocupaban á Colón sus proyectos de des-
cubrimientos, es decir, entre 1471 y 1492. La impresión más an-
tigua de Marco Polo es la traducción alemana. Publicóse en
(1) Después de su tercer viaje llegó Colón á Haiti el 30 de Viena en 1177, tres años después que la carta de Toscanelli, y
Agosto de 1493. Los buques que trajeron la carta á que aquí me sin duda quedó desconocida é ininteligible para el sabio floren-
refiero, partieron el 1S de Octubre del mismo año. (MUÑOZ, li- tino. También es poco probable que Colón pudiera tacar par-
bro vi, § 43). tido de esta versión alemana; y si no vió la versión latina de
(2) Este volumen en folio, que lie estudiado cuidadosamente Marco Polo, sin fecha ni lugar de impresión, conservada en el
y comparado con las grandes ediciones de Alberto el Grande y Museo Británico (versión que se supone ser de 1484 ó de 1490),
de Roger líacon, ni está paginado, ni contiene indicación del. debe creerse que antes de su primer viaje.sólo pudo aprovechar
lugar donde vió la luz; pero se sabe, con bastante exactitud, copias manuscritas de Marco Polo, probablemente de la traduc-
que el tratado De Imagine Mundi ha sido escrito en 1410 é im- ción latina del monje Pepino ó Pepuri de Bolonia, hecha
preso por primera vez en 1 4 9 0 ( J O A N N I S L A U N O I I CONSTAN- en 1320, que circulaba unida á antiquísimas versiones manus-
T I E N S I S , Regü Navarra; Gymnasii ParisiensisHistoria, 1677, critas italianas. Las impresiones más amiguas del viajero v e
tomo II, pág. 478). Existe también, de Pedro de Ailly, Qums- necianoson: en alemán de 1477; en latín de 1490 (Marco Polo
tiones ¡n sp/twrummundi Joannis de Sacrobosco, y Tractatus tranxlated by Marsdcn, páginas 57, 62, 70, 74, 75). Respecto á
•viper librvm Meteororum (impreso en Strasburgo en 1504, y en Aristóteles y á Strabón, que cita Colón con tanta frecuencia,
Viena en 1509). Las cinco memorias: De Concordantia astrono- pudo ver ediciones latinas del libro De Cado (Padua, 1473) y de
miem veritatis cum theologia, recuerdan algunos trabajos mo- la Geografía de Strabon (Venecia, 1472); pero es más verosímil,
dernísimos de Teología liebralzante, publicados cuatrocientos- según he dicho, que el Almirante citara los autores antiguos por
años después del cardenal d'Ailly. los extractos que de ellos encontró en Alliaco y otros cosmó-
-grafos italianos, españoles ó árabes que habitualmente consul-
J j j j i Na VAREETE, Documentos diplom,, t. II, páginas 262- taba.
nombres de Alliaco y Gerson sea paramente accidental. lum majus, especie de Djihan numa (espejo del mundo),
H e observado, comparando diferentes textos, que el pá- compuesto por orden de San Luis y de la reina Marga-
rrafo traducido por el Almirante en su carta á los M o - rita de Provenza, nos ha conservado, conforme á las rela-
narcas, lo tomó casi literalmente Alliaco del Opus majus ciones de Simón de Saint Quentin los viajes de Ascelin,
de Roger Bacon. Verdad es que el Cardenal dice al final Roger Bacon presenta los preciosos extractos de las
del Imago Mundi: «scriptura ex pluribus auctoribus re- relaciones oficiales de J u a n de P l a n o Carpini, y sobre
collecta anno MCCCCX»; pero entre tantos nombres de todo de Ruisbroek ó Rubruquis, que generalmente llama
autores clásicos y de cosmógrafos árabes, jamás cita el frater Willielmus, quem dominus rex Frandce misit ad
nombre célebre de Roger Bacon. Tartaros. E l viaje del monje de Brabante al E s t e de
Puede creerse que Colón tenía también á la vista el Asia precedió en diez y ocho años al de Marco Polo, y
final de este mismo pasaje de Alliaco, cuando al princi- confirmó la exactitud de las primeras nociones de Hero-
pio de la carta de 1498 excita á los Monarcas á conti- doto, Aristóteles, Diodoro y Ptolomeo acerca de la exis-
nuar las grandes empresas, á imitación «de Alejandro,- tencia del mar Caspio como mar interior. F u é el primero
que dió á conocer la analogía del alemán con u n idioma
que envió á ver el regimiento de la isla de Trapobana
indogermánico, que habían conservado en Crimea algunos
en India, y Nerón César á ver las fuentes del Nilo y la
restos de tribus de godos ó de alanos. Atravesó la Gran
razón por qué crecían en el verano, cuando las aguas
H u n n i a ó Hungría (Yugria), pasando el Volga (Etliel)
son pocas, y de Salomón, que envió á ver el monte So-
hacia la extremidad del Ural Baschkir (tierra Pascatyr,
pora» (1).
corrupción del nombre Bachghird), y por lo que creo po-
E s verosímil que la obra de Roger B a c o n , ciento cua-
der deducir de mis conocimientos de estas comarcas, es
renta años más antigua que los tratados cosmográficos
probable que recorriera las planicies de Guberlinsk y de
de Pedro d'Ailly, no la conociera el Almirante; sin em- Orskaja. E s el primero de todos los geógrafos cristianos
bargo, el Opus majus contenía muchas más noticias so- que da una idea exacta de la posición de China, la cual
bre el interior de Asia y la extremidad oriental de este designa con el nombre mogol de Khatliay (Cathaia), de
continente que el Imago Mundi. sus fábricas de seda y de su papel moneda, en el que
D e igual suerte que Vicente Beauvais en el Specu- hay impresos algunos signos « U l t r a Thebet qui solent
comedere parentes suos causa pietatis, ut non faceret eis
alia sepulchra nisi viscera sua, est Magna Catahia (1)
(1) Esta frase de monte Sopora á donde Salomón envió sus- quaj Seres dicitur apud philosophos; et est in extremitate
exploradores al fin del Oriente, es bastante singular. Sin em-
bargo, Colón, al nombrar el monte Sopora, se refiere sin duda á.
Opliir, nombre que los Setenta escriben Soplara, Sopliir, So-
jihara. La última foima ha hecho que se relacionara con la So- (1) Son las propias palabras de Eoger Bacon en el Opus
fara de Edrisi, célebre por su abundancia de oro. majus, páginas 190, 231, 233.
orientis á parte aquilonari respecta I r i d i » , divisa ab ea
la batalla de Wahlstad (9 de Abril de 1241), debilitando
per sinum raaris et montes. H i c fiunt panni sericei, et
sus fuerzas, dió ocasión á estos viajes extraordinarios en
istorum Gathaiorum moneta rulgaris est carta de gamba-
que la diplomacia monacal se ocultaba bajo el velo del
sio in qua imprimunt (1) quasdam lineas.»
proselitismo y de la piedad. E r a aquella la época m e m o '
L a s valerosas expediciones que como humildes mon-
rabie entre la muerte de Tchinghiz y de Kubla'i-Khan,
jes hicieron P l a n o Carpini, R u b r u q u i s , Bartolomé de
en que el gran imperio Mogol, que acababa de dividirse
Cremona y Ascelin á las comarcas m á s lejanas de Asia,
entre los descendientes del fundador, aun conservaba
pusieron en circulación nueva serie de ideas en la época de alguna unidad por la supremacía de la dinastía de los
Bacon. El funesto desbordamiento de los mogoles á tra- Y u a n , residente en la extremidad oriental del mundo
vés de Polonia h a s t a m á s allá del O d e r , donde les detuvo conocido.
E s t a unidad de voluntad y de instituciones facilitaba
(1) Según las investigaciones de K L A P R O T H (Journal Asia- el acceso, en condiciones no reproducidas posteriormente
tique, 1822, 1.1, pág. 264), los primeros asignados de los tárta- de una vasta región del Asia central al Sud del Altai
ros, grabados en madera, y las primeras cajas de descuento y al Norte de la cordillera de K u e n l u m ó K u l k u n ,
para el papel moneda datan del año 1155 (un siglo antes de la que rodea el Tibet septentrional, desde la depresión del
misión de Rubruquis á Asia). El papel moneda existía va en
mar Caspio, desde el Djiliun ( O x u s ) y el Sihun ( J a r x a -
China desde fines del siglo x . Los primeros naipes grabados en
tes), h a s t a la embocadura de H u a n g - h o y las costas de
madera son del año 1120. La imprenta china (con caracteres no
móviles) publicó el primer libro impreso sobre letras grabadas Quinsai y de Zaitun. L a s obras cosmográficas escritas
en madera en 952. Esta cditio princeps precedió 484 años al en esta época anuncian ese crecimiento de ideas que
descubrimiento del ingenioso artífice de Guttenberg, descubri- acompaña siempre al ensanche físico del horizonte. F a -
r á 0 P
° h a C e r S e á fines d e l s i g l ° x i " , á la vuelta de voreció los largos 'viajes de los Poli (Maffio ó Mateo,
soriZlt i S ' f t e VÍajer°' ca su
Villione, hubiera llamado Nicolás y Marcos, de 1250 á 1295), el estado del Asia
Ión del lector acerca de ]a im renta en la
0h !f p P central, en donde, por las relaciones y comunicaciones
China. p o r o n o menciona lo que llegó á serle muy familiar, y rápidas entre pueblos pastores y seniisalvajes y pueblos
W M C a S °p S á D l a Í m p r e n t a * e l u s o d e l Además, al nom letrados ó instruidos desde hacía largo tiempo, la bar-
e ? 6 l / a p e l m o n e ( ^ a chino, indica
en CaraCte
indirectamente barie y la civilización por extraño modo se tocaban.
Josaphat Bárha * * * - -Aviles.
reCOrrÍÓ l a P e r s i a e n 1436 el
i ! , }T ' año Roger Bacon terminó su larga y gloriosa carrera un
quesecree ser el del descubrimiento de nuestra imprenta, y
que conoció esta moneda, introducida en China por los J ¿ año antes del regreso de Marco Polo; no podía, pues,
tener conocimiento alguno de este viaje extraordinario.
c a l l a o n a , r r a m e n t e : H l n qUGl Si S e n d e
P moneta di
SÍ m U t a C n n U O T a
: : ° «tampa; é la moneta L a segunda mitad del siglo x m , fecundada por tantos
atoa taíit a del anno, si porta alia zecca dove gli é data gérmenes de conceptos nuevos, poniendo por el comercio
dl n o v a é
pagando tutta via due per centi di
moneta d argento buona.» de los písanos, de los genoveses y de los venecianos el
Occidente en contacto con las regiones de Oriente, tan
interesantes por las producciones de su suelo, los progre-
sos de las artes industriales y la variedad de las institu-
ciones sociales, dio poderoso impulso al movimiento de
ideas, al ardiente deseo de atrevidas empresas que ilus-
traron la era del infante D. Enrique, de Colón y de
Gama.
III.

Ideas cosmográficas de Colón y causas que le impulsaban


al descubrimiento de las Indias.

E l cardenal d'Ailly, cuyas obras tanto estimaba Co-


lón, ocupábase desgraciadamente más en trabajos de
erudición clásica que de las relaciones de los viajeros
inmediatos á su época. A u n q u e escribió ciento cua-
renta añosdespues de Roger Bacon, j a m á s cita los tra-
bajos de Marco Polo, consignados desde 1320 en un
manuscrito latino de Franco Pipino de Bolonia: ignora
los vastos proyectos de Sanuto Torsello, encaminados á
cambiar la dirección del comercio de la India, la exis-
tencia de las islas Antilia y Brasil (Bracir) revelada por
Picigano, y los viajes de los Zeni á las regiones sep-
tentrionales del Atlántico. N o fué en los tratados cos-
mográficos del Cardenal donde Colón aprendió las no-
ciones de las tierras occidentales que según Toscanelli
ofrecían abrigo en el camino de la India por el Oeste.
Pedro d'Ailly ni siquiera conocía el nombre de Catliai,
y su geografía, á excepción de algunas citas árabes,
recuerda menos el siglo de Ptolomeo que el de Isidoro
de Sevilla. Unicamente insiste con frecuencia (y quizá
Occidente en contacto con las regiones de Oriente, tan
interesantes por las producciones de su suelo, los progre-
sos de las artes industriales y la variedad de las institu-
ciones sociales, dio poderoso impulso al movimiento de
ideas, al ardiente deseo de atrevidas empresas que ilus-
traron la era del infante D. Enrique, de Colón y de
Gama.
III.

Ideas cosmográficas de Colón y causas que le impulsaban


al descubrimiento de las Indias.

E l cardenal d'Ailly, cuyas obras tanto estimaba Co-


lón, ocupábase desgraciadamente más en trabajos de
erudición clásica que de las relaciones de los viajeros
inmediatos á su época. A u n q u e escribió ciento cua-
renta añosdespues de Roger Bacon, j a m á s cita los tra-
bajos de Marco Polo, consignados desde 1320 en un
manuscrito latino de Franco Pipino de Bolonia: ignora
los vastos proyectos de Sanuto Torsello, encaminados á
cambiar la dirección del comercio de la India, la exis-
tencia de las islas Antilia y Brasil (Bracir) revelada por
Picigano, y los viajes de los Zeni á las regiones sep-
tentrionales del Atlántico. N o fué en los tratados cos-
mográficos del Cardenal donde Colón aprendió las no-
ciones de las tierras occidentales que según Toscanelli
ofrecían abrigo en el camino de la India por el Oeste.
Pedro d'Ailly ni siquiera conocía el nombre de Catliai,
y su geografía, á excepción de algunas citas árabes,
recuerda menos el siglo de Ptolomeo que el de Isidoro
de Sevilla. Unicamente insiste con frecuencia (y quizá
por ello era el afecto de Colón á compilaciones tan me- También en el Cuadro del mundo conocido (1) de Pedro
dianas) en la gran extensión del A s i a hacia el Oriente, d'Ailty pudo aprender Colón que, según Alfragan, el
y en lo próximas que estaban la I n d i a y E s p a ñ a . Al valor absoluto de los grados expresados en leguas es
notable párrafo (Imago Mundi, cap. VIII) tomado lite- menor de lo que generalmente se admite. Alfragan, ó
ralmente de Roger Bacon, y que antes cité, pueden a ñ a - más bien A l Fergani, llamado así por el sitio donde
dirse los siguientes: « M u l t o major est longitudo terra? nació (porque el verdadero nombre del astrónomo árabe
versus Orientem quam ponat Ptbolomeus, et secundum es A h m e d Mohammed E b n Kotahir, ó Kethir, de F e r -
philosophos Oceanus qui e x t e n d i t u r inter finem H y s p a - gana en Sagdiana), no da en rigor más que el resultado
niffl ulterioris, id est Africas á parte Occidentis, et inter de la célebre medida de algunos grados terrestres que el
principium India* á parte Orientis, non est magne lati- califa A l m a m u m hizo practicar en la llanura de Sindjar.
tudinis. l í a m .expertum est quod hoc mare navigabile E n vez de expresar este resultado por codos negros, lo
est paueissimis diebus si v e n t u s sit conveniens, et ideo expresa por millas, y el Almirante, sin fijarse en la per-
illud principium India? in Oriente non potest m u l t u m fecta ignorancia en que hasta E b n Iouni, el más inge-
distaíe á fine Africa?.— F r o n t e m Indice meridianum nioso astrónomo de aquel tiempo, nos dejaron, relativa-
mente al valor del módulo empleado, tomó las millas de
alluit maris brachium descendens á mari Océano quod
A l f r a g a n , por las millas italianas de que liabitualmente
est inter Indiam et H y s p a n i a m inferiorem, seu A f r i -
se servía en sus viajes. Don Fernando Colón, al conser-
c a m . — A polo in polum d e c u r r i t a q u a in corpus maris et
varnos el extracto del tratado (2) de su padre «sobre
extenditur inter finem Hyspania? et inter principium
la posibilidad de habitar todas las zonas», y también
India? lion magna? l a t i t u d i n i s , u t principium India?
possit esse ultra medietatem a?quinoctialis circuli sub
terra valde accedens ad finem Iíyspania?. E t Aristóteles
(1) L. C. Mapa Mundi, sección V I I I , de quantitatc terrrr.
et ejus comentator, libro Cceli etMimdi, ad hue inducunt
La prueba de que Colón media la distancia recorrida en mi-
rationemquod elephantes esse non possent: ideo conclu- llas italianas encuéntrase en el diario de su primer viaje, vier-
dit ha?c loca esse propinqua et mare intermedium esse nes 3 de Agosto de 1492, donde dice «sesenta millas que son
parvum» (1). Se concibe que una misma idea, t a n t a s ve- quince leguas». Las leguas marinas españolas son de tres millas,
'l omas Pareacchi {holepiu famose del Mundo), cuya segunda
ces repetida, debía agradar grandemente á los que, como
edición es de 1576 recuerda que diez y siete y media leguas ó
Toscanelli y Colón, meditaban de continuo pasar desde 70 millas de Italia forman un grado. No se usaban por tanto en
E s p a ñ a d las costas orientales de A s i a (ad illam partem los siglos xv y xvi las antiguas millas romanas que en número
sub pedibus nostris sitam) por l a vía de Occidente. de 75 formaban un grado ecuatorial.
(2) «Memoriaó anotación que hizo el Almirante, mostrando
ser hábilables todas las cinco zonas con la experiencia de la
(1) Parece que el Cardenal tenía á la vista el pasaje de navegación » B A R C I A , Historiadores primitivos de Indias,
Strabón, t. II, pág. 161. tomo i, páginas 4, 6.

f
otro manuscrito (1) que comprende las causas en que
India, seria aquel fin el que está cerca de los otros por
el grande hombre fundaba las esperanzas en el buen
Occidente (de la parte más occidental de E u r o p a y de
éxito de su expedición, nos muestra la importancia que África).» Pero hay más aún; en otro sitio (en el Tratado
entonces se daba á la opinión de Alfragan sobre el ver- de las zonas habitables) dice expresamente el A l m i r a n t e :
dadero tamaño de la tierra. «Lo que hacía creer más al «Navegando muchas veces desde Lisboa á Guinea, en-
Almirante, dice F e r n a n d o Colón, que aquel espacio (la contré (1), observando con atención, que el grado co-
distancia entre E s p a ñ a y Asia) eia la opinión de Alfra- rresponde en la tierra á 56 millas y dos tercios».
gano, y los que le siguen, que pone la redondez de la
Si estas nociones no las aprendió el Almirante en las
tierra mucho menor que los demás autores y cosmógra- obras del cardenal d'Ailly, las obtendría por vía menos
fos, no atribuyendo á cada grado de ella mas que 56 indirecta, por alguna de las traducciones árabe-latinas, á
millas y dos tercios, de cuya opinión infería que, siendo las que, según parece, recurría con frecuencia durante
pequeña toda la esfera, había de ser por fuerza pequeño sus estudios cosmográficos en Portugal y en España.
el espacio que Marino dejaba por desconocido, y en poco
Después de largas consideraciones acerca de Ptolomeo
tiempo navegado, de que infería asimismo que, pues y Marín de Tyro, Catigara y la Etiopía, el Ganges y la
aun todavía no estaba descubierto el fin oriental de la posición del Paraíso terrestre, añade Colón en una carta
dirigida á los reyes Fernando é Isabel y fechada en
Jamaica el 7 de Julio de 1503: «El mundo no es tan
(1) «Estando el Almirante en Portugal, empezó á conjetu- grande como dice el vulgo, y un grado de la equinoccial
rar que del mismo modo que los portugueses navegaron tan está 56 millas y dos tercios: pero esto se tocará con el
lejos al Mediodía, podría navegarse la vuelta de Occidente y
hallar tierra en aquel viaje; y para confirmarse más en este
dictamen, empezó de nuevo á ver los autores cosmógrafos que
Había leído antes, y á considerar las razones astrológicas que (1) ¿Por qué medios? Sin duda comparando las altitudes
podían corroborar su intento, y consiguientemente notaba todos obtenidas á los resultados de la estima, y considerando ios
los indicios de que oía hablar á algunas personas y marineros rumbos en los cuales se singlaba. Inútil es recordar aquí de
por si en alguna manera podría ayudarse de ellos. De todas es- cuántos elementos inciertos dependía este cálculo, sobre todo
tas cosas supo también valerse el Almirante, que vino á creer añadiendo á estas incertidumbres la imperfección de la medida
por sin duda que al Occidente de Canarias y de las islas de del surco por la corredera ó cadena de la popa, y el efecto de
Cabo \ erde había muchas islas, que era posible navegar á la influencia de las corientes y de la declinación variable de la
ellas y descubrirlas: y para q u e s e vea de cuán débiles argu- brújula. En la carta á los Monarcas Católicos donde hace la
mentos llegó a fabricarse ó salir á luz una máquina tan grande, relación del tercer viaje de descubrimiento, vemos al Almi-
y para satisfacer á muchos que desean saber distintamente los rante practicar la valuación del valor de un grado equinoccial,
motivos que tuvo para venir en conocimiento de estas tierras según Alfragan. Aplica esta valuación aunque confusamente á
y tomar a su cargo esta empresa, referiré lo que he hallado en la longitud del Golfo de las Perlas (Golfo de Paria) y á la dis-
sus escritos sobre esta materia,» tancia de este golfo á las islas Canarias. NAVARRETE, t. i, pá-
gina 258.
dedo.» Véase, pues, la importancia que el A l m i r a n t e
per inaccesum antea Oceanum Conmentariolus) se afirma
daba á la idea de la pequeñez del globo y de la breve-
que el «mundo de la India» (mundus quem Indican vo-
dad del camino p o r donde se llega á la tierra aurífera de
citabant) fué adivinado, no por Cristóbal C o l ó n , sino
Veragua, «de que V u e s t r a s Altezas, dice, son t a n seño-
por su hermano Bartolomé, «que concibió la idea de una
res como de Xerez y de Toledo».
navegación hacia el Oeste al fijar en Lisboa los descu-
E s muy interesante observar el desarrollo progresivo
brimientos hechos por los portugueses más allá de S a n
de una grande idea y descubrir una á una las impresio-
J o r g e de la Mina en los mapamundis que dibujaba para
nes que determinaron el descubrimiento de u n hemisferio ganarse la vida». E l autor habla con algún desdén de
entero. La permanencia en puntos situados, por decirlo Cristóbal Colón (intra pueriles annos parvis literulis
así, en el límite del m u n d o conocido, en Lisboa, en las imbuti). E s t e mismo aserto repite el obispo A g u s t í n
Azores, en P u e r t o S a n t o ; la costumbre de ver partir con Giustiniano, que de la proyectada edición de una Biblia
frecuencia expediciones de descubrimiento por una r u t a políglota completa, solamente imprimió en Genova en
que se desaprueba; la posibilidad de oir de boca de los 1516 la colección de los Salmos. Sabiendo que el Almi-
mismos marinos l o s hechos ó las ilusiones que les pro- rante se vanagloriaba de haber realizado las profecías
porcionaron las a v e n t u r a d a s expediciones hacia el Oeste; del salmo diez y ocho, Giustiniano, que era obispo de
finalmente, el a t e n t o examen de las cosmografías de las Nebbio, en Córcega, y monje de la orden de Santo D o -
diversas épocas, f u e r o n las circunstancias que excitaron, mingo, aprovechó esta ocasión (1) para dar una bio-
vivificaron, por decirlo así, en el alma ardiente de Colón grafía de Cristóbal Colón y noticia de sus descubri-
tan grandes y nobles proyectos. N o se debe atribuir á mientos. Don Fernando Colón (2) ha probado con los
una sola causa lo que pertenece al conjunto de inspira-
ciones que recibe u n hombre superior d u r a n t e los largos
años que preceden á u n descubrimiento. (1) El verso 5.°, que contiene las siguientes palabras: Et
RN ornnem terram exibit so RUS eorum et in fines orbis térra verba
E n un tratadito (1) escrito probablemente hacia 1 4 9 9 corum, d.ó ocasión á este raro episodio, que no se esperaba por
por el genovés A n t o n i o Gallo (De Navigatione Columbi cierto encontrar en un salterio.
(2) Vida de D. Cristóbal Colón, cap. x. Al fin de este capí-
se trata del
mapamundi que Bartolomé Colón dibujó en
(1) Dos páginas extraordinariamente raras que publicó por Londres en 1488 para el rey Enrique VII, y de los versos exá-
primera, vez Muratori conforme á un manuscrito conservado metros que el dibujante se atribuye haber compuesto:
en vlénova (Rerum Italicarum Seriptores, 1733, t. XXIII, pá-
Pingilur hic eliam nuper suka/a carints
gina 302). El mismo Antonio Gallo ha escrito De Rebus Ge-
I/ispanis, zana illa, prius incógnita g°.nti,
nuensium, 1 4 6 6 - 1 4 7 8 . Se vanagloria de haber redactado el breve Tórrida, qua: taniem nvnc estab noltisima multii.
comentario De Navigatione Columbi conforme á las cartas fir-
madas por el Almirante (.epístolas quas vidimus manu propria La exactitud histórica exigirla en estos versos el elogio de
Columbis subscriptas). los portugueses, quienes visitaban entonces más que los espa-
ñoles las costas tropicales de África.
manuscritos d e su padre que fué éste quien enseñó á
nes el fiscal quería atribuir el mérito del descubrimiento
Bartolomé, «hombre poco letrado», el arte náutico y el del continente americano.
dibujo de c a r t a s de marear, y rechaza (1) con la urba-
Adviértese en lo poco que nos ha quedado de los es-
nidad que e n todos tiempos ha caracterizado las dispu-
critos de Colón, sea en lo que conservó su hijo, ó en su
tas literarias «las trece mentiras de Giustiniano». La
correspondencia con los soberanos ó con personas de la
magistratura de Génoya empleó otra refutación más di- corte de Isabel, ó , en fin, en el bosquejo de la obra de
recta; con p e n a s severas confiscó la obra. P o r lo demás, las Profecías, que lo que más atormentabala imaginación
vemos en documentos encontrados en los archivos, que, del grande hombre y lo que buscaba con mayor empeño
aun durante s u s viajes, acostumbraba Cristóbal Colón á en las obras de los antiguos y en los cosmógrafos más
trazar la configuración de las costas. Una carta de ma- inmediatos á su siglo era la proximidad entre la India y
rear de la isla de la Trinidad y del golfo de Paria, dibu- las costas de E s p a ñ a ; el conocimiento de la grande ex-
jada durante su tercer viaje (probablemente en Agosto tensión de Asia hacía el Oriente; el número de islas ri-
de 1498), llegó á ser célebre en el pleito entre el fiscal cas y fértiles que rodeaban las costas orientales del con-
del Rey y los herederos del Almirante. E s t e hace men- tinente asiático; la pequeñez absoluta de nuestro pla-
ción de ella al fin de la carta dirigida á los Reyes á su neta, y la relación que en general presenta el úrea de las
vuelta á S a n t o Domingo. E s la pintura, ó, como dice tierras y de los mares en la superficie del globo.
Alonso de O j e d a , la figura de lo que el Almirante había E s t a variedad de consideraciones, que debían condu-
descubierto (2); carta que guió á los navegantes á quie- cir todas al mismo objeto, anuncia u n a amplitud de mi-
ras poco común. P e r o en un siglo en que faltaba cono-
cimiento preciso de los hechos, puesto que el mismo
(1) Vida de D. Cristóbal Colón, cap. II. Aunque 1). Fer-
nando muestra generalmente altivez de sentimientos y declara
que el hijo de Cristóbal Colón no necesita más gloria heredita- de marear los rumbos y vientos por donde liabia llegado á Pa-
ria que la que puede legar un grande hombre, su ira contra el ria. Por aquella carta se habían hecho otras é por ellas habían
obispo Giustiniano la exitó, según parece, un motivo poco filo- venido Pedro Alonso Merino (Niño) e Ojeda.» Era más que la
sófico. El Obispo había dicho en el salterio «que la familia del pintura de la tierra firme; era una carta de navegar. De igual
Almirante ejercía pobremente un oficio manual)). suerte creo que lo dicho en una carta de la reina Isabel, reci
- ( 2 ) N A V A R R E T E . Viajes y descubrimientos de los españoles, bida por Colón en Septiembre de 1-193 en el Puerto de Santa
tomo III. Colección diplomática, págs. 539, 583, 586 y 587. María, respecto á la carta de marcar que el Almirante había
«Estándo cerca de Paria, el Almirante demandó á los pilotos prometido á la Reina, y cuyo envío exige ésta con tantas ins-
el punto de viaje que llevaban, éunosdecian que estaban en tancias, no era más que el trazado de los descubrimientos del
la mar de España, é otros en la mar de Escocia» (sin duda primer viaje. (NAVARRETE, t. n , pág. 107, núm. LXX.) Sería
á causa del mar alto y agitado que se encuentra en las in- muy interesante encontrar estos diseños de mano de Colón, so-
mediaciones de la isla de la Trinidad). «El Almirante (dice bfe todo los correspondientes á las tierras vistas el viernes 12
el testigo Bernardo de Ibarra) envió á España en una carta tle de Octubre de 1492.
descubrimiento de Colón asentaba las bases de u n a geo-
Á los catorce años interrumpió Colón sus estudios
grafía física, ésta extensión de miras no encontraba
académicos en Pavía. Sin estar de completo acuerdo con
apoyo en la exactitud de las observaciones.
Antonio Gallo respecto á la insignificancia de estos es-
P o r fortuna, los errores favorecían la ejecución del
tudios (parvulœ literulce), se comprende que la causa
proyecto, inspirando u n valor que las ideas más exactas
del desarreglo de erudición y de teología algo mística,
de las dimensiones d e l globo, de la longitud de Catigara,
advertida en muchos de sus escritos, data de la época de
del Cathal y de Z ¡panga, del tamaño de los mares y de su permanencia en Lisboa (1). A una vida aventurera,
la pequeñez de los continentes hubieran quebrantado.
Colón censura á P t o l o m e o por haber acortado la e x -
tensión de las tierras hacia el Este, fijada por M a r i n de ^1) Es muy difícil clasificar, según sus épocas, los aconte-
cimientos de la vida de Colón antes de que llegara á España.
Tyro, y rechaza t o d a s las opiniones de los antiguos (1) Con pocas excepciones, acepto el resultado de las investigacio-
sobre la relación e n q u e están los continentes y los m a - nes de Muñoz y de Navarrete. Fernando Colón, en la Vida del
res, afirmando, s e g ú n hemos visto antes, que «el m u n d o Almirante, cap. XIII, dice que el viaje á Thulé lo hizo en Fe-
brero de 1477, citando una anotación de puño y letra de su
es poco: el enjuto d e ello es seis partes, la séptima so-
padre; y Spotorno fija la fecha de una expedición á Túnez
lamente cubierta de agua» (2). E s t e es el resultado d e en 1478. (Códice diplomático Columba-Americano, 1823, pá-
la geografía física q n e aprendió Colón en el cuarto libro gina XIII.) Si estos datos no son dudosos, porque Spotorno
de E s d r a s , l l a m a d o antiquisimamente en la iglesia quiere también que el nacimiento de Cristóbal Colón fuera
en 1447 en vez de 1436, los viajes á Thulé y á Túnez, como
griega el Apocalipsis de E s d r a s , é inventado p r o b a b l e -
también los que hizo á la costa de Guinea, se habrían verifi-
mente por un judío que vivía fuera de Palestina e n el cado después de la llegada del Almirante á Lisboa. Discutire-
siglo primero de n u e s t r a era. E s t e Apocalipsis f o r m a el mos en otro sitio la cuestión de si la isla que Colón llama
primer libro de E s d r a s en la versión etiópica publicada Thyle ó Tile, cuyas costas meridionales se encuentran á 73 gra-
dos de latitud, y donde «tantos negociantes de Brístol llevan
recientemente en O x f o r d . sus mercancías», puede ser la Islandia. No cito entre las aven-
turas de Colón la más extraordinaria, la que, fiando en la au-
toridad de Fernando Colón, repiten tantos biógrafos modernos,
( 1 ) P L I N I O I I , 6S. E s el elocuente párrafo sobre la extrema como si ignoraran las observaciones criticas del abate Ximénez
pequeñez de los continentes que termina con estas palabras; y del historiógrafo D. Juan Bautista Muñoz. Preténdese que
uHfec e*t materia gloriee ilustra, hcec sedes; Kie tumultuatur Colón, después de navegar largo tiempo con su pariente, el fa-
humanum genus, hir instauramus bella civilia mutuisque cu— moso corsario genovés llamado Colombo el Mozo, para no con-
dibus laxiorem fai-i/ims terram.n fundirle con su abuelo el Almirante que había vencido á los
(2) Colón, en la c a r t a de 7 de Julio de 1503; N A V A R R E T E musulmanes, arrojóse al mar cuando el incendio de dos barcos
tomo i , pág. 300; BARCIA, t. i , pág. 6. La lectura de ciertos sujetos con garfios de abordaje en un combate contra las gale-
libros de filósofos (dice también su hijo D. Fernando) enseñó ras venecianas, verificado entre Lisboa y el Cabo de San Vi-
al Almirante que la mayor parte de nuestro globo estaba e n cente. Fernando Colón dice que este suceso fué causa de que
seco. su padre fijase la residencia en Portugal, y que se refiere en la
á los viajes al Levante y al Norte (á las islas Fíeróer ó á y cuatro á los cuarenta y ocho años de edad, rehiciera,
Islandia), sucedió a l g ú n descanso favorable á los traba- por decirlo así, sus estudios. «Para confirmarse más en
jos literarios. E s probable que durante su larga perma- el dictamen de navegar la vuelta de Occidente (dice
nencia en Portugal desde 1470 á 1484, desde los treinta Fernando Colón) para llegar á la tierra del Gran Ivan,
empezó de nuevo á ver los autores cosmógrafos que había
leído antes y á considerar las razones astrológicas que
décima década4elTito I.ivio desuépoca. Marco Antonio Sabe- podían corroborar su intento.»
llico, bibliotecario de San Marcos. Pero Cristóbal Colón llegó á
E n las investigaciones históricas conviene descender
Lisboa en 1470, y Sabellico (Rhapsod. hist. en., dec. x, lib. 8;
é Hist. ver. Venet., dec. iv, lib. 3) dice que el suceso ocurrió de las generalidades á los detalles de los hechos, y como
en 1485. ( L E Ó X X I M É X E Z , Bel Gnomone florentino, 1756, pá- el objeto de mi trabajo es obtener por el exanien crítico
gina X L V I I ; M U Ñ O Z , Intr., pág. vi.) Ahora bien; en 1485 en- de los documentos que nos quedan de puño y letra de
contrábase Colón hacía más de un año en España ganándose la Cristóbal Colón el conocimiento íntimo de las ideas que
vida con dibujos de cartas de marear y la venta de libros de
estampas; probablemente habitaba en el Puerto de Santa Ma- le indujeron al descubrimiento de América, he tratado
ría , en casa de su protector el Duque de Medinaceli. de formar juicio exacto de los libros que consultaba
Paréceme que esta última circunstancia resulta probada por Colón habitualmente, procurando adivinar cuáles eran
una carta del Duque de Medinaceli, fechada el 19 de Marzo los autores antiguos que más influyeron en su imagina-
de 1493, en la que reclama de la corte algún privilegio de co-
mercio, «por ser el primero que dió á conocer al Gobierno espa-
ñol este Colomo (El Duque transforma el apellido Colón casi
en el de uno de los hombres más influyentes en aquella época, mirante en el libro de las Profecías. (Manipulas de avctori-
Juan de Coloma) ( Códice diplomático Colimbo-Americano, pá- taribus, dictis ac sententüs ct ptopftetiis cirea materiam
gina 55) que ha hallado tan grande cosa». En 20 de Enero recuperando Sanctce Civitatis et ¡nontis Bei-Sion; atl Ferd. et
de 1486 encontramos ya al Almirante al servicio de los Reyes Helisab. reges «ostros).
Católicos. (NAV ARRETE, 1.1, pág. XLII, t. II, Bocumcntos dipl, Estos religiosos ayudaron á Colón á aplicar las citas de los
núm. 14, pág. 20.) profetas á su empresa del descubrimiento del Nuevo Mundo.
Colón dice, al principio de la relación de su tercer viaje, que
En cuanto á los estudios, parece que Colón los continuó celo-
cuando todos se burlaban de él, sólo dos frailes fueron constan-
samente, viviendo en intimidad durante su permanencia en Es-
tes amigos suyos. Las Casas en su Historia cree que el Almi-
paña con algunos religiosos muy instruidos como el franciscano
rante alude á Diego de Deza y á Fr. Antonio de Marchena,
Juan Pérez, guardián del convento de la'Rábida, cerca de Palos,
que acaso sea el guardián del convento de la Rábida Juan Pé-
convento en el que Colón pidió un pedazo de pan para/su hijo,
rez. El Almirante debió nombrar también al médico García
durante la para él triste época en que, al exponer sus proyectos,
Hernández (de Palos), que asistió á las primeras conferen-
se le respondía que todo era un poco de aire. Consultó también
cias de la Rábida, y que, como testigo en el pleito con el fiscal
al padre dominico Diego Deza, profesor de Teología de la Uni-
del Rey, prestó tan señalados servicios á D. Diego Colón y á
versidad de Salamanca, que tenía á su cargo la educación del
sus herederos. (NAVARRETE, t. III ; Colección dipl., pági-
infante D. Juan, y fué después arzobispo de Sevilla; y final-
nas 561, 596 y 604.)
mente, al cartujo Fr. Gaspar Gorricio, que trabajó con el Al-
ción, incesantemente ocupada en vastos proyectos. Re-
podía consultar cuando llegó á Portugal. Confirma esta
uniré los pasajes mencionados por el A l m i r a n t e en los
afirmación lo que antes copió de la carta de Colón de
escritos que de él tenemos, y los que su hijo D . Fernando
1498, comparándola al Opus majus, de Roger Bacon, y
presenta como causas de la empresa ( A u t o r i d a d de los
á la Enciclopedia (Imago Mundi), del Cardenal d'Ailly-
escritores para mover al Almirante á descubrir las In-
Llego, pues, al detalle de los hechos.
dias) conforme á las memorias de su p a d r e .
Don Fernando Colón cita, conforme á los manuscri-
Los autores de este tiempo indican r a r a vez, y cuando
tos de su padre (Historia del Almirante, capítulos vi,
lo hacen, con muy poca precisión, el libro y capítulo de
v i i y v i n ) , como causas que indujeron á éste á empren-
donde toman las citas, porque años a n t e s del descu- der el viaje de descubrimiento las siguientes:
brimiento de América los libros impresos eran tan raros,
1.° Aristóteles, en el segundo libro Del Cielo y del
que no existía ninguna edición del texto de Herodoto,
Mundo, con el comentario de Averroes, dice que desde
de Strabón, ó de los libros de física de Aristóteles. E n
las Indias se puede pasar á Cádiz en pocos días. E s el
general, me ha sido fácil adivinar los p a s a j e s de autori-
pasaje De Ccelo, n , 1 4 ; pero la frase «en pocos días» es
dades clásicas en que el A l m i r a n t e fundaba sus pruebas
de Séneca y no de Aristóteles. También Pedro Mártir de
cuando, al alegar las opiniones de los escritores antiguos,
Anghiera, en carta escrita en 1495 ( E p . 164, ed. Elze-
las desarrollaba. Puede creerse que d u r a n t e su perma-
vir, 1670, pág. 93) al cardenal Bernardino, añade, des-
nencia en Lisboa y Sevilla, desde 1470 á 1 4 9 2 , hizo que pués de hablar de las maravillas del segundo viaje de
le ayudaran los eruditos de estas poblaciones; al menos Colón, en el cual creyó éste no estar apartado más de
vemos que, poco después, e n 1501, tuvo el buen tino de dos horas (en longitud expresada por una medula de
consultar al P a d r e G a s p a r Gorricio y d e conseguir le tiempo) del Quersoneso de Oro de Ptolomeo: «Hanc
proporcionara, para el libro de las Profecías, autoridades ergo terram Almirantus iste se humano generi prajbuise,
que hacían al caso de Jerusalén, es decir, relacionadas •quia latentem invenerit sua industria suoque labore, glo-
con la conquista del S a n t o Sepulcro, objeto definitivo riatur. Indi® Gangetidis continentem, eam esse plagani
de la conquista de los tesoros de la I n d i a Occidental.
Debe creerse, sin e m b a r g o , que, en general, el Almi-
rante debió sus inspiraciones más bien á las obras de Edad Media muchas traducciones manuscritas de los libros de
física de Aristóteles, entre ellas la versión de Miguel Scott.
Isidoro de Sevilla, de Averroes y de P e d r o de Ailly, Strabón no fué publicado en griego hasta diez años después de
que á las raras traducciones latinas y españolas (1) qué la muerte de Colón, pero pudo éste aprovechar las traducciones
latinas de Roma (1467) y de Venecia (1472). Los clásicos lati-
nos eran los de más circulación, especialmente Séneca, que
(1 Las versiones latinas de los libros de Aristóteles De Cmlo. tanto animaba al paso desde España á la India, cuyas obras
De Meteorología y De. Animalibus, hechas sobre las de Averroes, fueron impresas en 1475; Solino, que vió la luz en 1473; Pom-
se publicaron en 1473, 1474 y 1476. Circulaban además en la ponio Mela en 1471, y Plinio desde 1469.
contendit: nec Aristóteles, qui in libro de Ccelo et Mundo
que preocupaban á Colón, sino es en Qucest. Natur., v,
non longo intervallo distare á littoribus Hispanice Iridian
18, 9 , donde dice: « A n Alexander ulterior Bactris et
ait, Senecaque ac nonnulli alii ut admirer patiuntur.»
I n d i s velit quarere quid sit ultra M a g n u m Mare?»
E s t o s mismos recuerdos clásicos se presentaron á la ima-
Cuando Cristóbal Colón, en su tercer viaje, escribió á los
ginación de A n g h i e r a , después del primer viaje de Co-
monarcas españoles desde la isla de Haiti, en 1498, una
lón, en una carta dirigida al Arzobispo de Braga, fe-
carta interesantísima, induciéndoles á imitar los valero-
chada en el mes de Octubre de 1498 (Ep. 135, pág. 74).
sos ejemplos de «Ñero César, que envió á ver las fuentes
2." «Séneca, en las Naturales Qucestiones, l i k i , dice
del NUOD ( N A V A R R E T E , t. 1, pág. 244), indudablemente
que desde las últimas p a r t e s de España pudiera pasar un
tenia á la vista el texto de Séneca, en que el filósofo
navio á las I n d i a s en pocos días, con vientos.» E s t e es el cortesano muestra á Nerón como noble apreciador de
pasaje de Séneca, Naturales Qucest., Prajf., § 1 1 , q U e el todas las virtudes en u n a época en que éste desdeñaba
cardenal d'Ailly, engañado (1) por el Opus major de Ba- «flagitiorum et scelerum valamenta». « E g o quidem», dice
con, pág. 1 8 5 , cita como perteneciente al lib. v de Sé- Séneca (Natur. Qucest., vi, 8, 3) «centuriones dúos quos
neca. N a d a he encontrado en éste referente á las ideas Ñero Ca?sar, u t aliarum virtutum ita veritatis amantis-
simus, ad investigandum caput Nili miserat (1), audivi

(1) Encuéntrase en J O A N N I S F C H O N E R I CAROLOSTAD narrantes »


Opusculum geographicwn, 1533, parte II, cap. x, gran número 3.° E l poeta trágico Séneca, que algunos creen ser el
de citas falsas de autores clásicos aplicadas «á la América que mismo filósofo (duda expresada también por D . Fer-
no e* una parte de la India superior.» Esta «India superior»,
nando Colón), escribió para el coro de Medea: « Vie-
denominación de la Edad Media, designaba las tierras al Nord- '
este de la India, extra Gangem; y como de muy antiguo y hasta nient annis sécula seris»; profecía que el Almirante ha
los tiempos de Cosmas, por la confusión homérica de la Etiopía cumplido. Tanto fijó la atención de Colón este pasaje,
y de la India, la India exterior abarcaba al Oeste la Arabia y que se le encuentra copiado entero dos veces ( 2 ) de su
la Troglodítica (LETRONNE, Christ. de Niib., 1832, páginas 33 letra en el bosquejo de su famoso libro de las Profecías,
y 130), de igual manera en tiempos posteriores fué aplicado el
nombre de India á las tierras más orientales. Esta extensión comenzado en 1501. Añade allí u n a traducción española
del mismo nombre influyó en las denominaciones dadas á Amé- tan inexacta como l a que pone su hijo, y mucho menos
rica. De las tres Indias de M A R C O POLO ( I I , 77- M 3 9 y 43- poética de lo que es frecuentemente la prosa del Almi-
Africa, EDRISI, pág. 81, Hartm.), la segunda ó media (la Albí-
sima) era la India interior de Philostorgo y de muchos escrito-
res eclesiásticos; pero no de Cosmas, cuya otra India ó India
interior es el país de la seda, es decir, la India superior de los (1) Los resultados de esta misión más allá de Méroc pueden
geógrafos de los siglos x v y xvr. El conocimiento de estas di- verse en Plinio, vi, 29.
ferencias es indispensable para el estudio de los escritos geográ- (2) NA VARRETE, t. 11, páginas 264 y 272. El Almirante
ficos é historíeos de la Edad Media. añade: ((Seneca in v i i tragetide Mede® in Choro audax ni-
mium.» Es el final del acto segundo.
ALEJANDRO DE Ht'MDOLDT.

rante, por ejemplo, la famosa relación dirigida á los M o - teles, y por tanto, de mayor autoridad y más universal-
narcas (1) y fechada e n Jamaica el 7 de J u l i o de 1503, mente reconocida en la Edad Media, debo indicar un
relación tan animada como un drama. U n a de estas error de los catedráticos de Salamanca en sus disputas
copias de los seis versos de Medea encuéntrase interca- cosmográficas con Cristóbal Colón. Sabido es que los
lada en una carta á la reina Isabel, llena de citas bíblicas; Monarcas encargaron, probablemente hacia el fin de 1487,
la otra está entre las observaciones de eclipses lunares al Prior del P r a d o ( 1 ) , fraile de San Jerónimo y con-
hechas en Haiti y en J a n a h i c a (Jamaica) en 1494 y 1504:
E l historiador H e r r e r a (2) acusa á S é n e c a , sin añadir
(1) Fray Hernando de Talavera, que después fué primer Ar-
la cita del t e x t o , de u n grande error, porque el filósofo
zobispo de Granada, y que no debe ser confundido con el Ar-
romano imaginó que América sería descubierta algún zobispo de Sevilla, antes Obispo de Palencia, D. Diego de Deza,
día por la parte del N o r t e y no hacia el Oeste. E s t e con- dominicano, sin el cual (carta del A Imirante á su hijo D. Diego
cepto de Herrera contiene una alusión al citado coro de fechada el 21 de Diciembre) «Sus Altezas no hubieran adqui-
rido las Indias». En efecto, después del franciscano Fr. Juan
Medea. Indudablemente, Séneca no es profeta; peio H e - Pérez de Marchena, guardián del convento de la Rábida, Deza
rrera se equivocó por u n a falsa interpretación del verso fué el amigo más fiel é íntimo de Colón.
Nec sit terris ultima Thule. L o que genuinamente dice Se cree con fundamento que la disputa de Salamanca ocu-
el poeta es que la nueva tierra estará m á s lejana que la rrió durante el invierno de 1487, porque el sitio de Málaga ter-
isla que se creía en su tiempo colocada en el extremo minó el 18 de Agosto de 1487, y la época de la disputa está in-
dicada, por la estancia de los Monarcas en Salamanca durante
del mundo conocido, pero no que se encontrará en la di- el invierno, después del sitio citado. Según asegura el historió-
rección de Thule, á la cual Colón en sus Profecías pa- grafo Muñoz, Colón, favorecido por los dominicos, habitaba en
g a n a s y bíblicas l l a m a , no Thyle (3), sino «última Salamanca en el convento mismo de San Esteban con el citado
profesor de Teología Fr. Diego de Deza. Vemos también que las
Tille», y en su manuscrito sobre las «cinco zonas habi-
primeras remuneraciones concedidas á Colón sonde 1487 y 1488
tables» pretende ( 4 ) haberla visitado, en Febrero de por cédula del Obispo de Palencia; sin embargo, el favor sin-
1477, lo cual, cronológicamente, es poco probable. A n t e s gular, pero comodísimo para un viajero, de alojarse gratis él y
de dejar de hablar de Séneca, más asequible que A r i s t ó - los suyos en todos los dominios de España, procede del decreto
de Córdoba de 12 de Mayo de 1489.
Al hablar de estos hechos anteriores al primer viaje, debo re-
cordar uno curioso que Navarrete, relacionando fechas con
(1) N A VARRETE, t. I, páginas 303, 309 y 312. sagacidad, ha puesto en claro, á saber, que no fueron tanto las
(2) Historia de las Indias Occidentales, Dee. i, lib. I ca- persuasiones y buena amistad del Obispo de Palencia, D. Diego
pitulo I, pág. 2. de Deza, las que impidieron á Cristóbal Colón volver á Lisboa
(3) En muchos manuscritos de P O M P O N I O M E L A se le llama y aceptar k>s nuevos ofrecimientos del Rey de Portugal, conte-
Tile y Tijle. nidos en una carta de 20 de Marzo de 1488, como los amores y
(4) Vida del Almirante, cap. iv. Más adelante trataré este el avanzado estado de preñez de una bella dama cordobesa, doña
asunto. Beatriz Enriquez, madre de D. Fernando Colón, hijo natural
fesor de la R e i n a , defender la gran causa de los descu- (por vía de cuestión) trataba si el Océano era infinito, de
brimientos occidentales, ante los profesores, «que eran suerte que el mundo era muy grande para ir en tres años
ignorantes », dice D . F e r n a n d o Colón en la Vida de su al fin del L e v a n t e , como quería. N a d a , absolutamente
padre, «y 110 pudieron comprender nada de los discursos nada, hay en las Cuestiones Naturales de Séneca que
del A l m i r a n t e , que tampoco quería explicarse mucho, pueda justificar este aserto. A l contrario, está refutado
temiendo no le sucediese lo que en Portugal», donde tra- en el pasaje de Séneca ( P r í e f . , § 1 1 ) que no era des-
taron de robarle el secreto para aprovecharlo sin su con- conocido á D . F e r n a n d o ( V i d a del Almirante, capitulo
curso, conforme á la treta aconsejada por el doctor VII).
C a g a d i l l a , ó más bien (porque así era el verdadero 4.° Aristóteles, «en el libro de Las Cosas Naturales,
nombre de este prelado) de D . Diego Ortiz, obispo de habla de haber navegado por el mar Atlántico algunos
Ceuta, natural de Calcadilla, cerca de Salamanca. Con mercaderes cartagineses á una isla fertilisíma, la cual
razón observa Muñoz cuán sensible es que no hayan ponían los portugueses en sus mapas con el nombre de
quedado documentos de esta controversia científica, por- de Antilia, fuera ella, ó una de las islas que se veían
que nos darían á conocer de un modo preciso el estado todos los años ( á favor de ciertas circunstancias meteo-
de las matemáticas y de la astronomía en las Universi- rológicas) al Oeste de las A z o r e s , de Madera y de la
dades españolas del siglo xv. Sólo sabemos que Colón Gomera.» E s t e es el pasaje de las Mir ahiles Ausculta-
llevaba escritos de antemano los argumentos que debía tiones del pseudo Aristóteles, libro que M r . Niebuhr cree
explanar en favor de su empresa durante las conferencias escrito hacia la 130 Olimpiada, es decir, seis Olimpiadas
tenidas en el convento de dominicos de San Esteban. después de la muerte de Theophrasto. Tómase gran tra-
E s probable que los documentos conteniendo las princi- bajo Fernando Colón para probar, contra Oviedo, que
pales causas del descubrimiento, y que quedaron en ma- esta isla de los cartagineses no era Haití ni C u b a , ni
nos del hijo de Colón, de Bernáldez, cura de los Pala- ninguna de las descubiertas por su padre, y cuyo nú-
mero, en la época más desventurada de su vida (en 1500),
cios, y de Bartolomé de las Casas, estuvieran redactados
en un f r a g m e n t o de carta autógrafa ( N A V A R R E T E , Co-
conforme á las notas comunicadas á los catedráticos de
lección diplom., t. 11, pág. 2 5 4 ) , exagera hasta 1.700.
Salamanca. Fernando Colón refiere que los catedráticos
Verdad es que en esta controversia quéjase D . Fernando
objetaron al Almirante con la autoridad de Séneca, que
de que, ignorando el griego, su adversario 110 haya po-
dido leer el pasaje de Aristóteles sino en los libros de
f r a y Teófilo de Ferraris; pero él mismo en esta ocasión
del Almirante, nacido el 15 de Agosto de 1188. Esta dama so-
110 daba pruebas de una erudición muy sólida. Confunde
brevivió á Colón, quien en el testamento puso una cláusula en
su favor, añadiendo ingenuamente: «la razón dello non es licito la isla de Atlanta, al N o r t e del Euripo, en el canal, entre
; de la escrebir aqui.» Los biógrafos del grande hombre, como de la Lócrida y la E u b e a , separada del continente por u n
costumbre, no han mostrado tan virtuosa discrección.

r
terremoto (Thucydides, n i , 39; P l i n i o , n , 8 8 ) , con la
tres viajeros á la India da á conocer fácilmente que Co-
Atlántída de Solón y de P l a t ó n (1); convierte en dos
lón quiso alegar el texto de Strabón, lib. xv, pág. 1011
personas distintas á Statio Seboso (2), que permaneció A l m . , pág. 690 Cas.
algún tiempo en Cádiz para adquirir noticias de las islas
Casi superfluo es repetir aquí que una parte de estos
del mar exterior, y t o m a las islas A z o r e s , cuyas minas
pasajes (los de Aristóteles, Séneca y Ptolomeo) se en-
nadie lia elogiado, por las Cassitérides (3).
cuentran también mencionados en la carta del A l m i -
5.° Strabón, « e n el lib. primo y secundo de su Cos- rante del año 1498 y en su Libro de las Profecías. E s t e
mografía», Labia de la extensión desmesurada del A t l á n - último, si se exceptúa el coro de la Medea de Séneca,
tico, única causa que impide el paso de E s p a ñ a á la I n d i a sólo contiene citas de P r o f e t a s , de Padres de la Iglesia
(es el texto lib. i , p á g . 113 A l m . , p á g i n a s 64 y 65 Cas., y y de algunos rabinos convertidos. mezcla de teología
la opinión de Posidonio sobre la navegación del Atlántico mística y de erudición cosmográfica que, al parecer, ca-
cuando es favorecida por los vientos de Sudeste, lib. n , racteriza la vejez de Cristóbal Colón. E n efecto, cuanto
página 161 Alm., pág. 102 Cas.). no toca al círculo estrecho de los intereses materiales de
6.'J Strabón, en el lib. v, por la inmensa prolongación la vida, se eleva en el alma ardiente de este hombre ex-
de la India hacia el E s t e , según C t é s i a s , Onesicrito y traordinario á una esfera más noble, á un espiritualismo
Nearco. La cita del lib. v es f a l s a , porque en este libro misterioso. E n su opinión, la conquista de la India recién
solo se habla de Italia; pero el testimonio invocado de descubierta no debe tener importancia sino en cuanto
realiza las antiguas profecías y conduce, por los tesoros
que da, á la conquista de la tumba de Cristo (á la resti-
tución de la Casa Santa). Todas las cartas del A l m i -
(1) «En fin, esta isla Atlántica podría ser la isla de que Sé- rante expresan su ansiedad por acumular oro. A u n q u e
neca hace mención en el sexto libro de Zas Cosas Naturales
d u d a , hasta la época de su muerte, que América esté
(el pasaje- Quvstiones Nat., vi, 24) dice, según el pensamiento
de T ucidides, qm, pendiente la guerra de Morca, fué sumergida separada del Asia Oriental, esej-ibe ya en 1498 á la
enteramente ó eu parte una isla llamada Atlántica, de que ha- Reina que Castilla posee hoy otro mundo y que recibirá
bla Platón en el Timeo.» pronto barcos cargados de oro, el cual servirá para ex-
tender la fe en el universo, «porque el oro es excelentis-
wl2n¿5itaCí l ,Seb0S° qUe d¡Cen E n cuant0
á las islas
He pérides de Seboso, «el Almirante tuvo por cierto que fuesen simo; del oro se hace tesoro, y con él, quien lo tiene,
as de las Indias». Yo ignoro lo que sea un Tratado Cosmográfico hace quanto qiuere en el mujido, y llega á que echa las
aJrí T n a í l C S d d (historiador ?) J ulio Capitalino, animas al Paraíso.» E x t r a ñ a mezcla de ideas y de sen-
que cita Fernando Colón, cap. vil.
(3) De este error participan casi todos los hombres instruí- timientos en un hombre superior, dotado de clara inte-
g
ligencia y de invencible valor en la adversidad; imbuido
iZÍ* 7 ^ ? ' a 3 1 0 6 t a f f i b i é Q ( e P ' s t • 7«9): «In Cassi- en la teología escolástica, y, sin embargo, muy apto para
te dibus insuhs quas Portugalensis, earum possessor, Azorum
ínsulas nuncupat.quíe acciderunt, audito.»
el manejo de los negocios; de una imaginación ardiente
y hasta desordenada, que impensadamente se eleva, del
lenguaje sencillo é ingenuo del marino á las más feli-
ces inspiraciones poéticas, reflejando en é l , por decirlo
así, cuanto la E d a d Media produce de raro y sublime
á la vez.

IV.

•Opiniones de los antiguos sobre la geografía física del globo


y manera de figurarla.

E n el Apéndice á esta obra publicaremos los textos


citados en los escritos de Colón y que por confesión pro-
pia influyeron en su empresa. Creo que su reunión ten-
drá además otro interés: el de aclarar la historia de la
geografía en general.
E s curiosísimo reunir y comparar las opiniones que los
antiguos se habían formado de la posibilidad de comu-
nicaciones entre las extremidades opuestas de la tierra
habitada, como de la existencia de algunas otras masas
continentales separadas de ella. E s t a s opiniones fueron
transmitiéndose en no interrumpida serie al través de la
Edad Media.
Desde los Orígenes de Isidoro de Sevilla hasta la
Margarita filosófica de J o r g e Reisch, prior del convento
de los Cartujos de F r i b u r g o , libro que tan grande in-
fluencia ejerció en el estado de los conocimientos en el
el manejo de los negocios; de una imaginación ardiente
y hasta desordenada, que impensadamente se eleva, del
lenguaje sencillo é ingenuo del marino á las más feli-
ces inspiraciones poéticas, reflejando en é l , por decirlo
así, cuanto la E d a d Media produce de raro y sublime
á la vez.

IV.

•Opiniones de los antiguos sobre la geografía física del globo


y manera de figurarla.

E n el Apéndice á esta obra publicaremos los textos


citados en los escritos de Colón y que por confesión pro-
pia influyeron en su empresa. Creo que su reunión ten-
drá además otro interés: el de aclarar la historia de la
geografía en general.
E s curiosísimo reunir y comparar las opiniones que los
antiguos se habían formado de la posibilidad de comu-
nicaciones entre las extremidades opuestas de la tierra
habitada, como de la existencia de algunas otras masas
continentales separadas de ella. E s t a s opiniones fueron
transmitiéndose en no interrumpida serie al través de la
Edad Media.
Desde los Orígenes de Isidoro de Sevilla hasta la
Margarita filosófica de J o r g e Reisch, prior del convento
de los Cartujos de F r i b u r g o , libro que tan grande in-
fluencia ejerció en el estado de los conocimientos en el
siglo xvi (1) y cuyo nombre está hoy casi olvidado; los
L o s hechos de la historia y de la geografía primiti-
hombres más célebres, Vicente de Beauvais (Vincentius
vas no son sólo ficciones ingeniosas, puesto que reflejan
Bellovacensis, autor del Speculum raajus), J u a n Salis-
las opiniones formadas acerca del mundo real. E l gran
bury (Joannes parvus Sarisberiensis), Roger Bacon y
continente más allá del Mar Cronieno y esa Atlántida
P e d r o d'Ailly tomaron de A r i s t ó t e l e s , de P l i n i o , des-
de Solón que preocupaba á los contemporáneos de Cris-
graciadamente m á s conocido que Strabón, y de Séneca
tóbal Colón, jamás tuvieron la realidad local que se les
lo que se relaciona con la cosmografía y la física del
asigna; ¿pero es preciso, por ello, considerarlos sentina
globo. P o r esta continua filiación, las indicadas ideas se
fabularum y desdeñar como á los Cabiros, los miste-
conservaron y dominaron los ánimos cuando el ardiente
rios samotracios y cuanto se refiere á las primeras for-
deseo de las empresas marítimas sucedió al no menos mas de creencias, relativas á los cultos, lo que atañe á
ardiente de las largas peregrinaciones por el interior de la configuración del globo y á la filiación de los pueblos
las tierras. y de las lenguas, creencias que son el producto instintivo
A l llegar á las cuestiones que ofrecen importancia é de la inteligencia humana?
interesan a los estudios filológicos, no puedo p a s a r e n L a idea de la probable existencia de una masa de
silencio lo que peternece menos á la descripción del tierra separada de la que habitamos por vasta extensión
mundo real que al ciclo de la geografía mítica. de mares, debió ocurrir desde los tiempos más remotos.
Sucede al espacio lo mismo que al tiempo. No se E s tan natural al hombre franquear con la imaginación
puede tratar la historia bajo u n punto de vista filosó- los límites del espacio y soñar la existencia de algo más
fico, dejando en completo olvido los tiempos heroicos. allá del horizonte oceánico, que aun en los tiempos en
Los mitos de los pueblos, mezclados á la historia y á que se creía la tierra u n disco de superficie plana ó lige-
la geografía, no pertenecen por completo al mundo ramente cóncava, podía imaginarse que más allá de la
ideal; si uno de sus rasgos distintivos es la vaguedad: cintura del Océano homérico existía alguna otra habita-
si el símbolo cubre en ellos la realidad con un velo más ción de hombres, otra otxov¡j.£v>j, el Lokaloha de los mi-
ó menos espeso, los mitos, íntimamente ligados entre sí, tos indios, anillo de montañas situado más allá del sép-
revelan, sin e m b a r g o , la raíz de las primeras nociones timo mar.
cosmográficas y físicas. E s t e concepto debía tomar más desarrollo conforme
se iba extendiendo la navegación al Oeste de las colum-
nas de Briareo ó de i E g a m o n , multiplicándose los cuen-
(1) Prueba esta influencia la rapidez con que se repitieron
tos de los viajeros fenicios-, y cuando se pudo formar al-
las ediciones de la Enciclopedia de Reiscli en los primeros
veinte anos, lie he valido de la edición do 1503, que Panzer guna idea de los contornos, ó, mejor dicho, de la forma
y Ebert consideran la más antigua; pero después demostraré limitada de nuestra masa continental. L a gran tierra
que esta obra fué escrita antes de 1496. situada hacia el Noroeste, q u e , como Meropis, está in-
dic«ida en los fragmentos de Theopompo y como conti- localidad, hacían la zona ecuatorial y el Ecuador mismo
nente cronieno en dos pasajes de Plutarco que después menos cálidos que las regiones más próximas á los tró-
examinaremos, corresponde á una serie de mitos que, á picos, sumergían, por efecto de una corriente ecuatorial,
pesar de los sarcasmos poco ingeniosos de los Padres de esta parte de la superficie del globo, que, quemada por
la Iglesia ( 1 ) , es de remota antigüedad en la esfera de el sol, no la creían en manera alguna á propósito para
las opiniones helénicas, como todo lo que se relaciona ser habitada.
con Sileno, adivino y personaje cosmogónico,ó á ese im- Propagaron principalmente esta cuestión el estoico
perio de los Titanes y de S a t u r n o , progresivamente re- Cleanthes y el gramático Cratés. Refutóla Gemino, pero
chazado hacia el Oeste y Noroeste (2). reapareció con gran crédito á principios del siglo v en la
E l mito de la Atlántida ó de un gran continente occi- teoría de las impulsiones oceánicas que Macrobio expuso
dental, aunque no se le crea importado de Egipto y sí como una explicación del flujo y reflujo del mar. Mas allá
debido exclusivamente al genio poético de Solón, data de este brazo del Océano ecuatorial que atraviesa la zona
por lo menos del siglo vi antes de nuestra era. Cuando tórrida, más allá de nuestra masa de tierras continenta-
la hipótesis de la esfericidad de la tierra, producto de la les, extendidas en forma de clamyde y aisladas en una
escuela délos Pitagóricos llegó á extenderse y á apode- parte del hemisferio boreal, suponíase la existencia de
rarse de los ánimos, las discusiones sobre las zonas habi- otras masas de tierras, en las cuales se repiten los mis-
tables y la probabilidad de la existencia de otras tierras mos fenómenos climatéricos que observamos en las
cuyo clima era igual al nuestro en paralelos lieterónimos nuestras. N o parecía probable que la gran porción de la
y en estaciones opuestas, convirtiéronse en materia de un superficie del globo no ocupada por nuestro otxwjiivj} es-
capítulo indispensable en todo tratado de la esfera ó de tuviera toda cubierta de agua. Ideas de equilibrio y si-
cosmografía. metría cuya falsa aplicación h a n producido, hasta en
tiempos modernos, muchas ilusiones geográficas, opo-
Los que comoPolibio y Eratosthenes no habían obser-
níanse, al parecer, á ello.
vado que la elevación de las tierras, el decrecimiento de
la marcha aparente del sol al aproximarse á los trópicos Bajo la influencia de estas ideas empezaron á aparecer
y el alejamiento de dos pasos del sol por el zenit de la grupos aislados de continentes en el hemisferio opuesto,
indicados por Aristóteles y su escuela (Meteorológica, n ,
(1) T E R T U L I A N O , De Palito, cap. n . «Viderit Anaximander 5; De Mundo, cap. m ) ; los dos pueblos etíopes de Cra-
si plures (mundos) putat: viderit si quis uspiam alius ad Me- tés, uno de los cuales h a b i t a b a al Sud del brazo de mar
ropas, ut Silenus penes aures Midte blatit, aptas sane grandio- ecuatorial: el otro mundo de Strabón; el alter orbis de
ribus fabulis, k. (Véase también Tertuliano, adversas TIermog. Tomponio Me'.a; una verdadera tierra austral (1); las
cap. xxv). «Silenum illum de alio orbe ab3everantem.»
(2) Según Theopompo, el mismo Saturno es entre los occi-
dentales una encarnación del invierno. (1) «Quod si est alter orbis suntque opositi nobis á mendie
dos zonas {cinguli) habitables (1) de Cicerón \Somn.
Scip., cap vi), una de las cuales es la de nuestros anti- hemisferio opuesto al nuestro, hemisferio que los geó-
podas insulares; en fin, la tierra quadríñda ó las quatuor grafos poblaban á su gusto (1).
habitationes vel Ínsula (cuatro masas de tierra separadas H e creído deber dar esta reseña general de las ideas
entre sí) de Macrobio (Comm. in Somn. Scip., n , 9). que constantemente se han formado los hombres acerca
E n el sistema pitagórico de Philolao, conforme al cual de la existencia de otro mundo ó de continentes trans-
oceánicos desde los tiempos más remotos. Los Padres de
el sol es u n inmenso reflector que recibe la luz de u n
la Iglesia, de quienes el monje Cosmas fué intérprete,
cuerpo central (Iiestia), la tierra y el Antichthon de
desfiguraron estos conceptos primitivos del modo más
Hicetas de Siracusa (Nicetas, según algunos manuscri-
extraño, suponiendo una térra ultra Oceanum que encua-
tos de Cicerón, Academ. Qucest., v i , 39; CEcetes, según
draba el paralelógramo de su mapa mundi. Viviendo la
Plutarco, de Plac.Phil., n i , 9), movíanse paralelamente
Edad Media sólo de recuerdos que suponía clásicos y sin
conforme á su órbita común; pero el A n t i c h t h o n era el
fe en sus propios descubrimientos, si no creía encontrar
en los antiguos indicios de ellos, estuvo hasta los tiem-
Antichthones; ne illud quidem á vero nimium abscesserit, in pos de Colón agitada por todas las ilusiones cosmográ-
Sllis terns ortum amnen (Nilum) ubi subter maria esco alveo ficas de los siglos anteriores.
penetravent, in'nostris rursus emergere et hac re solstitio accres-
cere, quod tune hierns sit unde oritur.» (TZSCHUCKE, ad Vel A l lado de esta tendencia tan natural, y por lo mismo
voi. Il, p. I, páginas 226 y 334). Lo de la oposición de là tan general, de suponer muchas tierras habitadas que
estación de las lluvias en el trópico de Cáncer y en el de Capri- los mares separaban, encuéntrase otra no menos a n t i g u a :
cornio es la teoría de los sacerdotes egipcios expuesta por Eu- la de considerar las islas ó los puntos dé tierras nueva-
cloxio (PLUTARCO, De plac. pMl., iv, i). La hipótesis del Océano
mente descubiertos, como contiguos y formando parte
llenando la región ecuatorial, hacía indispensable el subter-
fugio del paso submarino del Nilo. Esta idea, adoptada por de un gran continente. E n esta última forma fueron re-
i nuostorges en el siglo v para unirla á las ilusiones teológicas, presentadas primeramente las Islas Británicas (Dión
no era opuestaá la física délos antiguos, que con el mavor Cassio x x x i x , 50; Flor., i i i , 10), y Ceylán (Trapobana
atrevimiento suponían comunicaciones fluviales entre el Pe- ó Sielediv), «quaj Hipparcho (2) prima pars Orbis alte-
loponeso y Sicilia; y Cosmas Indicopleustes hace también que
nazcan los cuatro ríos del Paraíso en su continente trans-
b S T ' 7 n P r CaUaleS subterráneos á
° muestra tierra ha- (1) «Antichtones alteram (terrai part cm) non alteram in-
colimus.» (Mêla, I, 1, 2). Ya hemos visto antes que estos An-
(1) «Duo (cinguli) sunt habitabiles; quomm australis ille tichtones de Mêla, habitantes del hemisferio austral, están
ir. quo qui msistunt, adversa nobis urgent vestigia, nihil ad separados de nuestra masa continental por el Océano, que cu-
vestrnm genus. Hic autem alter subjectus AquiloS, quem in bre el centro de la zona tórrida.
cohtis-parva q u i d a m est insula, circumf usa ilio mari quod Ocea- (2) La cita de Hipparco resulta dudosa (TZSCHUCKE, ad
mrm appelatis, (CICER., Opp. edit. Schutz, , xvr! p. „ , p á- Mêla, vol. n , parte III, pág. 251) cuando se recuerda que más
de ciento ciencuenta años antes de Hipparco, en la expedición
rius dicitur» (Hela, n i , 7, 7). E s t a expresión tan carac-
Indicopleustes, Montfaucon, n , 132). Afortunadamente
terística de un otro mundo, encuéntrase en Plinio unida
esta hipótesis de un mar cerrado, desconocido para Stra-
á la de tierra de los antichtones «Trapobanen alterum
bón, que rechaza to los los istmos desde el estrecho de
orbem esse diu existimatum est, Antichthonum appella-
Hércules hasta el mar Rojo, no estorbó ni detuvo los
tione». (Plin., vi, 22, § 24.)
descubrimientos de los intrépidos navegantes del si-
L a historia de los descubrimientos geográficos mo- glo xv, á pesar de que la falsa erudición ejercía en ellos
dernos nos muestra la misma inclinación á transformar, más influencia de lo que generalmente se cree.
gracias á prolongaciones de contornos fantásticos y
P o r un procedimiento semejante, en el célebre mapa de
uniones imaginarias, los cabos de muchas islas y de
América que J u a n Ruysch añadió á la edición de la
vastos continentes. H a y más; la predilección por las li-
Geografía de Ptolomeo, publicada en Roma en 1508,
gaduras que acabamos de iudicar en el trazado de los
encuéntrase, según la observación de M r . Walclcenaer,
mapas, conduce á otro procedimiento, hallado lo mismo no sólo la Gruenlant (Groenlandia), sino también Terra-
en Ptolomeo que en los geógrafos de nuestro siglo. nova y los Baccalaurce, completamente separados de la
Cuando las extremidades de las tierras que se han América insular, es decir del Mundus Novus, de la Terra
unido ó alineado en continentes se acercan á nuestros Sanctíe Crucis, y reunidos al continente septentrional
oixw[iív»¡, abandónase la hipótesis de los continentes se- de Asia (la tierra de Gog, las costas del Plisacus Sinus,
parados y se les une á puntos antiguamente conocidos. y el país de Ergigai).
D e este modo Marín de Tyro y Ptolomeo transforma-
Separaciones idénticas, aunque mucho más atrevi-
ron el mar de la India en un mar cerrado ó mediterrá-
das (1), porque unen todo el Canadá y la Florida al
neo. Imaginábase que la península transgangética, donde Asia boreal, y los separan de Brasilia (la América del
estaba situada Catígara (Caitogora, Edrisi, pág. 57),
más allá del Sinus Magnus, en la extremidad oriental
del Asia, se unía hacia el Oeste por medio de u n a tierra
(1) JoANííiS SCHONERI Carolostadii. Opusculum Geogra-
incógnita al promontorio P r a s u m (cabo Delgado), y á la phicum ( 4 0 páginas en 4.°) Noricte, anno X X X I I I (sic), lib. I I ,
costa africana de Azania (Ayan, el Zingium de Cosmas cap. 20. En cuanto á Plisceus (Plisacus) Sinus de Juan
Ruysch, en el cual desemboca el Policaeus Jluvius, parece á
primera vista reconocer en él algún rastro de geografía anti-
macedónica, Onesicrito y Megasthenes habían reconocido Tra- gua; pero estos nombres son sencillamente alteraciones viciosas
bobana como isla (Strabón, xv, pág. 1.011; Alm. pág. 689 Cas.); de Pouli Sagam, de Marco Polo, puente del rio Sagan (el Sang-
opinión expresada hasta en el pseudo Aristóteles {De Mundo, kanho de los chinos), cerca de la ciudad de Khanbalon ó Tatú
cap. III), donde Trabobana, como isla, es comparada á Albión (KLAPROTH , Táblcaux historiques n.° 22). Latinizando se ha
y á Jerne. El texto de M E L A ( I I I , 7 7), está probablemente convertido PuUsangam en Pulisica, y Fulisica en Polisacus.
coiTompido, como lo prueban las siguientes palabras: Sed quia Mas adelante hablaré de los nombres de las ciudades comer-
habitatur ciales de China, tal y como los altera Colón.
Sud) «extendida hacia Melacha (Malacca) y Z a n z i b a r
(costa e' isla de Z a n g u e b a r , quizá la isla A k g i a de los
árabes)», reaparecen en 1533 en la cosmografía de J u a n
Schoner.
Posteriormente, Sebastián Munster, uno de los r e s t a u -
radores de las ciencias geográficas, une la Groenlandia
Y.
á la Noruega, y a u n en nuestros días, entre los meridia-
nos del cabo de H o r n o s y el de Buena Esperanza, hay
de vez en cuando el capricho de reunir islas próximas al Influencia de Pablo Toscanelli en los proyectos
de Cristóbal Colón.
círculo polar antàrtico en grandes masas continentales.

Sin negar la influencia que las opiniones y los testi-


monios de los antiguos han ejercido en el ánimo de
Cristóbal Colón, no diremos, sin embargo, que el descu-
brimiento de América se debe á Pytheas (1), á Eratosthe-
nes (2) ó á Posidonio (3). Colón, después de lograr su
propósito, distingue con legítimo orgullo entre el mérito
de la ejecución y el de los acertados presentimientos. A l
llegar á Lisboa, de vuelta de su primer viaje, escribe
(el 14 de Marzo de 1493) á su protector D . L u i s San-
tángel, ministro de Hacienda por la corona de A r a g ó n :
«Consecuti sumus quce hactenus mortalium vires minime
atügerant: nam si harum Insularum (Indice supra Gan-
t/cm) quidpiam ali jui scripserunt aut locuti sunt, oranes

(1) M A N N E S T , Einleit. in die Geogr. der Alten., 1S29, pá-


gina 79.
( 2 ) L U D I D E L E R , Proleg. de Meteorología Grwerr.et Ho-
rnau., 1832, pág. 6. El pasaje de Strabón, X, pág. 115 Alm., pá-
ginas 64 y 65 Cas , presenta, en efecto, una opinión de Eratós-
thenes y no de Pythéas, como pretende Mr. Mannert. Véase
también ÜUHKOPF ad Scnecam, t. v, pág. 11.
, (3) STRABÓN, I I , p á g . 1 6 1 A l m . , p á g . 102 C a s .
Sud) «extendida hacia Melacha (Malacca) y Z a n z i b a r
(costa e' isla de Z a n g u e b a r , quizá la isla A k g i a de los
árabes)», reaparecen en 1533 en la cosmografía de J u a n
Schoner.
Posteriormente, Sebastián Munster, uno de los r e s t a u -
radores de las ciencias geográficas, une la Groenlandia
Y.
á la Noruega, y a u n en nuestros días, entre los meridia-
nos del cabo de H o r n o s y el de Buena Esperanza, hay
de vez en cuando el capricho de reunir islas próximas al Influencia de Pablo Toscanelli en los proyectos
de Cristóbal Colón.
círculo polar antàrtico en grandes masas continentales.

Sin negar la influencia que las opiniones y los testi-


monios de los antiguos han ejercido en el ánimo de
Cristóbal Colón, no diremos, sin embargo, que el descu-
brimiento de América se debe á Pytheas (1), á Eratosthe-
nes (2) ó á Posidonio (3). Colón, después de lograr su
propósito, distingue con legítimo orgullo entre el mérito
de la ejecución y el de los acertados presentimientos. A l
llegar á Lisboa, de vuelta de su primer viaje, escribe
(el 14 de Marzo de 1493) á su protector D . L u i s San-
tángel, ministro de Hacienda por la corona de A r a g ó n :
«Consecuti sumus quce hactenus mortalium vires minime
atügerant: nam si harum Insularum (Indice supra Gan-
t/cin) quidpiam ali jui scripserunt aut locuti sunt, oranes

(1) M A N N E S T , Einleit. in die Gcogr. der Alten., 1S29, pá-


gina 79.
( 2 ) L U D I D E L E R , Proleg. de Meteorología Grwerr.et Ro-
man., 1832, pág. 6. El pasaje de Strabón, X, pág. 115 Alm., pá-
ginas 64 y 65 Cas , presenta, en efecto, una opinión de Eratós-
thenes y no de Pythéas, como pretende Mr. Mannert. Yéase
también RUHKOPF ad Senecam, t. Y, pág. 11.
, (3) STRABÓN, I I , p á g . 1 6 1 A l m . , p á g . 102 C a s .
per ambages et conjeturas, nemo, se eas vidisse asserit;
de Toscanelli, escritas primitivamente en latín é impre-
unde prope videbatur fabula» (1).
sas muchas veces: limitaréme á llamar la atención sobre
A l g ú n tiempo después añade el Almirante en la carta
algunos conceptos de ellas, cuya importancia histórica no
á los Reyes, fechada en la isla de H a i t í en Octubre de
se ha hecho resaltar bastante, porque en cuestiones de
1498: «Todos los que habían oído (mi) plática, todos lo
esta índole siempre habrá que acudir á los documentos
tenían á burla, salvo dos frailes que siempre fueron cons-
del siglo xv.
tantes» (probablemente el guardián del convento de la
« L a autoridad de los autores clásicos y otras seme-
Rábida, fray Pérez de Marchena, franciscano, y el do-
jantes de este autor (Pedro de Heliaco), dice Fernando
minico fray Diego de D e z a , que permanecieron cons-
Colón, fueron las que movieron más al Almirante para
tantes en sus opiniones).
creer su imaginación, como también un maestro, Paulo
A la influencia de ambos religiosos y al gran corazón Físico (1), florentin, hijo de Domingo, contemporáneo
de la reina Isabel (2) debió Colón la dicha de realizar
su vasto proyecto, y también á la de Pablo (del Pozzo)
Toscanelli, que, con sus consejos, dióle mayor seguridad fundamento al excelente artículo TOSCANELLI, redactado
por M. de Angelis en el vol. XLVI de la Biographie un! verselle);
de ejecutarlo. N o esperaba, sin duda, la buena fortuna Journal des Savans, Enero 1758. NAVABRETE, t. II, páginas
de encontrarse en perfecta identidad de miras con uno 1 y 4. (Véanse también Bossi, Vita di Christ. Colombo, pági-
de los más ilustres geógrafos de su época, y el mismo nas 1 0 5 y 153; CANOVAÍ, Viaggi di Amer. Vespucei, páginas
Colón confiesa que esta conformidad de razonamientos 3 5 5 y 3 7 0 ; B A L D E L L I , II Millione, t. I , páginas 6 0 y 6 2 ) .
(1) Humboldt traduce la palabra físico por médico, y da la
le alentó en la idea que se había formado de las ventajas siguiente explicación. Aunque Toscanelli fuese sin duda uno de
de un camino á la India por la vía del Oeste, y de la los astrónomos y de los físicos más célebres de su época, y aun-
esperanza de encontrar islas antes de llegar á la costa que en Italia se le llamaba con frecuencia Pablo el físico
de Asia. No pondré aquí el texto (3) de las dos cartas (Paulas phisicus), traduzco la palabra española/í'siVo por mé-
dico. Dicha pa'abra en los siglos XV y XVI se tomaba exclusi-
vamente en este sentido, y fué aplicada por ejemplo á Maestro
Bernal, físico de la carabela Capitana en 1502; al amigo de
(1) Cito conforme á la traducción de Léander de Cozco, por Colón, García Hernández, físico de Palos, etc. Podría sorpren-
haberse perdido para nosotros el original español, á excepción der también el encontrar en la Vida del Almirante donde no
de algunos fragmentos que Muñoz encontró en los manuscritos se pone el apellido Toscanelli, la extraña adición, o. Maestro
de Bernáldez, el cura de Los Palacios. Pardo,físico del Maestro Domingo florentina; pero esta e3 la
(2) «Ese gran corazón que se muestra en las grandes cosas». manera casi helénica y árabe de indicar la filiación. Pablo era
(Hermosa frase contenida en la misma carta de 1498.) hijo de Domingo, y en el testamento de Nicolás Nicoli, hecho en
(3) Habiéndose perdido el texto original, sólo conocemos la 1428, encuéntrase también nombrado entre los conservadores
traducción española. Vida del Almirante, cap. vil; LEONARDO de la célebre biblioteca del convento degli Angelí de Monaci
X I M E N E Z Del vecclño cnuovo gnomone florentino, 1757, LXXIX
Camaldolesi: Magister Paulus Magistrí Domenici medicus.
LEONARDO X I M E H E Z , p á g . LXXIV.
y X C V I I (Las investigaciones de este sabio jesuíta sirvieron de
del mismo Almirante, el cual dio causa en g r a n parte á
que emprendiese este viaje con más.ánimo.» L a prueba de este encadenamiento de ideas, de este
Toscanelli, inclinado al estudio de las matemáticas, á movimiento intelectual desde la segunda mitad del si-
glo xv, la encontramos en las cartas de Toscanelli y en
causa de u n convite en casa de Felipe Bruneleschi y de
todos los escritores notables de su época. Cristoforo L a n -
la ingeniosa conversación que en él sostuvo este arqui-
dino, florentino, traductor de Plinio y comentador de
tecto y mecánico, distinguióse entre todos los astróno-
Virgilio, habla del concurso de extranjeros en su patria >
mos de su época d u r a n t e u n a larga carrera (llegó a la
de hombres que llegaban de las regiones más lejanas,
edad de ochenta y cinco años), por su constante atención
que circa initia Tanais habitant. Ego autem interfui cum
á los descubrimientos náuticos y á los viajes por tierra.
Florentice illos Paulus physicus diligenter quaque inte-
E r a entonces Italia el centro de las grandes operacio- rrogaret (1). E s t a s relaciones con los negociantes que
nes comerciales que los písanos, venecianos y genove- venían de Oriente, hasta de la misma India y del archi-
ses hacían con el A s i a austral (1), por la vía de Alejan- piélago i n d i o , como el veneciano Nicolás Conti (2),
dría, del mar Rojo y de Bassora y con las costas del mar enardecieron la imaginación del anciano.
Caspio y la Sogdiana, por la vía de Azov (Tana). No se
ocupaba sólo Toscanelli en la corrección de las tablas
solares y lunares por las observaciones gnomónicas y de (1) Georgicon ed (Ltmdinus, Venet., 1520, pág. 48).
(2) La mejor prueba de la impresión profunda que esta co-
astrolabio, como de cuanto podía facilitar el empleo de
rrespondencia con Toscanelli hizo en el ánimo de Colón, es la
los métodos de astronomía náutica, ampliamente discu- introducción del Diario de ruta de su primer viaje, donde casi
tidos, pero rara vez empleados hasta entonces; aplicó repite las palabras empleadas por el geómetra florentino.
también su inteligencia á la comparación de la geografía
COLÓN. TOSCANELLI.
antigua con los resultados de los descubrimientos mo-
«La información que yo ha- «Las partes de Indias donde
dernos y con la utilidad práctica que el comercio de bía dado a VV. AA. délas tie- se podrá ir y el dominio de
E u r o p a podría sacar de este género de trabajos abriendo rras de India y de un principe un principe llamado Gran
que es llamado Gran (Jan. que Can, que es lo mismo que Rey
un camino directo al país de las especias por medio de quiere decir en nuestro ro- de los reyes; sus predecesores
mance Rey de los reyes, como enviaron embajadores al Papa
la navegación hacia el Oeste. muchas veces él y sus antece- pidiéndole maestros que les
sores habían enviado á Roma instruyesen en nuestra fe.»
á pedir doctores en nuestra
santa fe, porque les enseñasen
(1) «El gran obstáculo para el comercio de la India por el en ella.»
interior de Asia, dice un escritor del siglo XVI, consiste en la Pudo sin duda Colón tomar estas nociones del Millionc de
barbarie de los pueblos tártaros que, no pudiendo atacar la In- Marco Polo, á quien no nombra, como tampoco á Toscanelli;
dia por mar, hacen invasiones por tierra y la saquean y arrui- pero la serie de las ideas y las palabras paréceme que indican
nan, como sucede á la pobre Italia, convertida en presa de ale- una reminiscencia de la carta de Toscanelli al canónigo Mar-
manes, franceses y españoles.» (RAMUSIO, 1.1, pág. 338.) tínez.
r
Más de setenta y siete años contaba ya cuando escri- veían doscientas ciudades con puentes de mármol, fabri-
bió á Colón: «Alabo vuestro designio de navegar á Oc- cadas sobre las riberas de u n río solo. E l país es bello, y
cidente, y estoy persuadido que habréis visto, por mi nosotros debíamos haberle descubierto por las grandes
carta, que el viaje que deseáis emprender no es tan difícil riquezas que contiene y la cantidad de oro, plata y pe-
como se piensa; antes al contrario, la derrota (es decir, drería que puede sacarse de él; escogen para gobernado-
la travesía desde las costas occidentales de Europa á las res los más sabios, sin consideración á la nobleza y á la
Indias de las especias, Iridie delle-spezierie, como decían hacienda. Hallaréis en el mapa que hay desde Lisboa
los florentinos y los venecianos) es segura por los para- á la famosa ciudad de Quisay, tomando el camino dere-
jes que he señalado; quedaríais persuadido enteramente cho á Poniente, veintiséis espacios, cada uno de 150
si hubieseis comunicado como yo con muchas personas millas. Quisay (Quinsai) tiene 35 leguas de ámbito;
que han estado en estos países (la India de las especias), su nombre quiere decir ciudad del cielo: vense allí diez
y estad seguro de ver reinos poderosos, cantidad de ciu- grandes puentes de mármol sobre gruesas columnas de
dades pobladas y ricas provincias», etc. una extraña magnificencia: está situada en la provincia
E n la carta al canónigo Martínez dice también Tos- de Mango, cerca de Catay» (1).
canelli: «Dé sólo el puerto de Zaiton (Zaithun), uno de E s probable que las animadas relaciones del veneciano
los más hermosos y famosos de Levante, parten todos Nicolás de Conti, que vino á Florencia en 1444, después
los años más de cien bajeles cargados de pimienta, sin de veinticinco años de viajes por Syria, el golfo Pérsico,
contar otros que vuelven cargados de toda clase de es- la l u d i a á ambos lados del Ganges, la China meridional,
pecias. E s grande y poblado el país; tiene muchas pro-
vincias y muchos reinos del dominio de un príncipe
solo, llamado el Gran Can (Khan), que es lo mismo que (1) No ignoro que todos los comentadores de las cartas de
Toscanelli creen poder citar los capítulos del viaje de Marco
Iley de Reyes. Ordinariamente tiene su residencia en el
Polo, donde el astrónomo florentino aprendió las nociones sobre
Catay. Sus predecesores deseaban tener comercio con los el comercio de pimienta de Zaithun (lib. II, cap. 77), y la
cristianos, y ha doscientos años que enviaron embajado- magnificencia de la gran ciudad de Quisai (lib. n , capi-
res al P a p a , pidiéndole maestros que les instruyesen en tulo 68); pero aquí debo observar que existen dudas acerca
de lo que con preferencia pudo saber por Nicolás de Conti ó
nuestra fe; pero no pudieron llegar á Roma y se vieron por las conversaciones con viajeros recientemente llegados
precisados á volverse por los embarazos que hallaron en del Asia Oriental, ó por el manuscrito de Poggio. No encuentro
el camino. E n tiempo del papa Eugenio I V vino un la traducción de Gran Can (Bey dé los reyes): (Conti traduce
embajador que le aseguró el afecto que tenían á los cató- Emperador) y de Quinsay (Ciudad del cielo), más que en
Marco Polo; pero los 12.000 puentes de Quisay en la relación
licos los príncipes y pueblos de su país; estuve con él de Marco Polo, los reduce Toscanelli (y esto me llama mucho
largo tiempo; me habló de la magnificencia de su Rey, la atención) á diez, y el circuito de Quisay es casi igual al que
de los grandes ríos que había en su tierra, y que se refiere Nicolás de Conti. (RAMDSIO, 1.1, pág. 310 b.)
el archipiélago de la Sonda,, Ceylán, el mar Rojo y
tencia referir con entera verdad las aventuras de sus
Egipto, de igual suerte que la frecuencia de relaciones,
viajes al secretario pontificio, el célebre filólogo Francisco
comerciales con estas ricas comarcas, hicieran muy f a -
Poggio Bracciolini. Perteneciendo también yo á la clase
miliar á Toscanelli el conocimiento topográfico del Asia
de viajeros, no examinaré imprudentemente si, al impo-
meridional y oriental. Toscanelli vivió siempre en Flo-
ner tal penitencia, hubo más malicia que benignidad. Se
rencia, y allí fué donde el papa E u g e n i o I V (de la fami-
concibe que la lectura de ciertos viajes pueda imponerse
lia Condolmeri de Venecia) perdonó al viajero Conti, su
como ruda expiación; pero referir los incidentes de una
compatriota, la apostasía (1), imponiéndole por peni-
vida de aventuras con toda verdad, con ogni verita (asi
era la cláusula de la absolución pontificia), sólo es cas-
(1) Nicolás de Conti tuvo que renegar de la fe para salvar
tigo cuando se desconfía de la formalidad del via-
la vida. Ramusio, según la edición de Venecia de 1613, dice que
esta absolución fué en 1449; pero el papa Eugenio IV murió dos jero (1).
años antes. La redacción latina del viaje de Conti, hecha por
ese mismo Poggio á quien se debe el descubrimiento de tantos
preciosos manuscritos de clásicos latinos en Suiza y en Alema- lunghe di diversi colorí.» Pigafetta observó bien que no son las
nia, no ha llegado hasta nosotros. Lo que poseemos en italiano plumas de las alas, sino las de los costados las que se prolongan
del viaje de Conti es una traducción hecha de la versión por- formando penachos más largos que el cuerpo. No vió las alas,
tuguesa de Valentín Fernández, y desgraciadamente no pasa cuya existencia niega, porque generalmente los indígenas, al di-
de ser un fragmento incorrectísimo. En la Giava maggiore secar el ave para el comercio, le arrancan las patas y las alas.
(Borneo?) Conti vió pájaros del paraíso, ueelli senza piedi «I-Ianno opinione i Morí, añade el historiador del viaje de Ma-
(RAM., 1.1, pág. 341 b). Son los mismos pájaros del sol (passa- gallanes, che questo ucello venga del Paradiso terrestre é chia-
res da sol), de los primeros navegantes portugueses. (REIXH manlo manucodiata, ció é, ucello di Pio.n (RAMUSIO, 1.1, pá-
FORSTER, Zool. ind., 1795, pág. 30). He aquí las palabras de gina 367 b.) Esta palabra, repetida en la relación del viaje de
Conti, que sin duda no vió más que los pájaros preparados por Magallanes, hecha por un secretario del emperador Carlos V en
los indígenas y transportados de isla en isla como objetos de una carta al Cardenal-Obispo de Salzburgo (l. c., pág. 351 b), es,
adorno: «Nella Giava maggiore trovansi uccelli molte volte según observación de mi hermano, que consta en su gran obra
che sono senza piedi, grandi come colombi, di penne molto sobre la lengua Kavi ó Javanesa, una alteración de la palabra
sottili e con la coda lunga, i quali sempre si posano sopra gli malaya manuh-decata formada de mam, en malayo pájaro, y
arbori; le carne di quali non si mangiano, ma la pelle e la coda decata, eu malayo y sánscrito divino. La palabra manult-de-
sono in grande stima perche s'usano per ornamento del capo.» vata convirtióla el viajero italiano en manuco-diata.
(Nicolás de Conti en RAMUSIO, t. i, pág. 345). Este pasaje, (1) Acaso la misma obra de Marco Polo inspiró al papa
muy notable, no ha llamado la atención de los zoólogos moder- Eugenio IV tanta desconfianza en la veracidad de los viajeros.
nos. Pigafetta cree también que se refiere á aves muertas y di- Sabemos por el testimonio de F. Jacopo di Aqui que se burlaron
secadas, pero que afortunadamente tienen patas. «11 re di de Marco Polo hasta el punto de haber siempre, en las masca-
Tidore mandó duoi uccelli bellisimi della grandezza d'una tor- radas en Venecia, largo tiempo después de su muerte, algunos
tola, la testa piccola col becco lungo é lunghe le gambe uno que tomaban su nombre y le imitaban para divertir al pueblo,
palmo e sottili: non hanno ali, ma, in luogo di quelle, penne refiriéndole cosas extraordinarias. Lo mismo se hizo después
con Pigafetta. AMOUETTI, Yoyagc de baldonado, pág. 67.
La permanencia de Nicolás de Conti y de Poggio en gatal, cuando el regreso de Nicolás y de Maffeo (Mateo)
una ciudad en que Toscanelli, según su propio testimo- Poli, padre y tío del célebre Marco Polo, conocido pri-
nio y el de Cristoforo Landino, buscaba sin cesar po- meramente con el nombre un poco satírico de Messer
nerse en relación con los.hombres que el comercio había Marco Milione. É s t e fué quien, según la oportuna frase
conducido al país de las especias, debía necesariamente del viejo Sansovino, descubrió un nuevo mundo antes de
hacer revivir los "recuerdos que Marco Polo dejó de las Colón, y cuya admirable obra poseemos.
maravillas de Quinsay y de Cambalu. del frecuente E n cuanto á la segunda embajada en tiempo de E u -
arribo de buques al puerto de Zaithun y de las riquezas genio I Y , no hay indicio alguno en el viaje de Conti de
del Mango. E s t a conformidad de tradiciones, la celebri- que trajera misión alguna del Gran Can. ¿Cómo es po-
dad de las mismas localidades, renovada con siglo y sible que P o g g i o , en el corto epílogo añadido en honor
medio de intervalo, debían influir tanto en el activo es- del viajero «que ha visto, dice, países por nadie recorri-
píritu de Toscanelli, que probablemente es Nicolás de dos desde los tiempos de Tiberio», no había de mencio-
Conti el designado, sin nombrarle en la 3egunda carta á nar incidente tan honroso? ¿Cómo Toscanelli, que niega
Colón, entre los viajeros al Asia á quienes conviene oir á Nicolás y Maffeo Poli el título de embajadores (1), y
para comprender la facilidad y utilidad del viaje á la I n - que recuerda expresamente que los encargados de la
dia por el Oeste. misión quedaron en el camino y sin llegar á Italia, h u -
biera hablado del veneciano Conti como de un embaja-
N o puedo creer, sin embargo, como el abate Ximenez
dor mogol «que ponderaba la magnificencia de su rey
y tantos otros autores que le h a n copiado, que «el em-
y el afecto de su país hacia los católicos?»
bajador del Gran Can», llegado á Florencia en tiempo
de Eugenio I Y , y del que se habla en la carta al canó- Nicolás de Conti, después de perder en la peste de
nigo Martínez, sea el mismo Nicolás de Conti. E n la E g i p t o su mujer, dos hijos y dos criados, volvió con los
carta se designan dos embajadores Mogoles ; el uno otros dos hijos que le quedaban á Venecia. De venir en
«doscientos años antes, el otro en tiempo de Toscanelli». su compañía algún embajador del Can, no hubiese sido
L a primera embajada es, sin duda, la que fracasó en
12G7 por la enfermedad de un señor mogol (1), K h o -
papa Clemente IV les detuvo largo tiempo en Acre. Ahora
bien; como la carta de Toscanelli es de 25 de Junio de 1471, la
expresión ha doscientos años es suficientemente exacta.
(1) Khogatal se separó de los viajeros á 20 jornadas del ca- (1) Título que podía aplicárseles con tanta más razón,
mino de Bokhara «Il Barone s'ammalò gravemente per volontà cuanto que ellos mismos se lo dieron, según la relación de
del quale e per consiglio di molti lasciandolo, seguitorno il loro Marco, y traían una carta para el Papa: «II Grand Can propo-
viaggio (dell A rmenia Minore al parto di Giazza) » Traduc- nendo nelVanimo suo di rolerli (idetti due fratclli) vwn-
ción de R A M U S I O (t. N , pág. 3 , a.) Nicolai y Maffeo Poli vol- dar ambasciatori al Papa, valle liaver prima il consiglio
vieron á Venecia en 1271, porque la noticia de la muerte del de'suoi baroni.»
olvidado en la minuciosa y detallada relación de su viaje.
Lorenzo Giraldi se encargó de que llegaran á Toscanelli
Ignoro absolutamente quién fuera el personaje mogol
las cartas escritas por Colón. Sólo conocemos las res-
con el cual tuvo Toscanelli, según dice, larga conferen-
puestas de éste en número de dos:
cia durante el pontificado de Eugenio I V , que duró diez
«Veo, dice la primera carta de Toscanelli, el noble y
y seis años; pero, por las razones expuestas, creo poco
gran deseo vuestro de querer pasar adonde nacen las
probable fuera un viajero veneciano que llegaba como
especerías, por lo cual, en respuesta de vuestra carta, os
penitente á Florencia. Acaso hubo alguna equivocación,
envío la copia de otra que escribí algunos días ha á u n
quizá un error originado por una de esas mistificaciones,
amigo mío, doméstico del Serenísimo Rey de Portugal,
diplomáticas á que hemos visto expuestas las primeras
antes de las guerras de Castilla, en respuesta de otra
cortes de Europa, aun en tiempos modernos, cuando al-
que me escribió de orden de su Alteza sobre el caso re-
gunos aventureros asiáticos ó africanos se suponían en- ferido.)) Como la carta al canónigo de Lisboa está fe-
cargados de los intereses de sus príncipes. chada en Florencia el 25 de Junio de 1 4 7 4 , puede
Sea cualquiera la influencia que ejerciese en el ánimo creerse, á causa de la frase incidental algunos días ha (1),
de Colón la carta de Toscanelli, e s , sin e m b a r g o , una que Colón consultó á Toscanelli á principios del mismo
prueba cierta (y lo recordamos en honor de aquél) de la
anterioridad de los proyectos del navegante genovés.
Llegó éste á Lisboa en 1470 é hizo amistad con el flo- (1) El jesuíta Ximenez, en su comentario á las cartas de
rentino Lorenzo Giraldi, como en Sevilla vivió en ínti- Toscanelli, encuentra alguna obscuridad en esta designación
del tiempo, algunos días ha, y la frase que le sigue inmediata-
mas relaciones con otro florentino, J u a n Berardi, jefe de mente, antes de las guerras de Castilla. Opino que, por ligero
una casa de comercio en la que estaba empleado Ame- error de puntuación, se ha separado con una coma esta última
rigo Vespucci. E n todos los puertos de movimiento frase de la palabra doméstico. La carta auuncia sencillamente
comercial, tanto de E u r o p a como de las costas septen- que el canónigo estaba al servicio de Portugal largo tiempo
antes de las perturbaciones del reino de Castilla, suscitadas por
trionales de Africa y de L e v a n t e , había entonces esta- el destronamiento del rey Enrique IV en 1465, y su reposición
blecidos negociantes italianos. Supo con certeza Colón en el trono en 1468. Otro error de mayor importancia, por re-
que el rey de Portugal Alfonso Y había hecho pedir á ferirse al descubrimiento del cabo de Buena Esperanza, se des-
lizó en el comentario de Ximenez. Toscanelli escribió al canó-
Toscanelli, por medio del canónigo Fernando Martínez,
nigo Martínez que el camino que propone para llegar por el
una instrucción detallada acerca del camino de la India Océano Occidental al país de las especias, e3 cortísimo, más
por la vía del Oeste, y esta noticia debió alarmar á quien corto que el que necesitaban hacer los portugueses para ir á la
con grande empeño proyectaba lo mismo. costa de Guinea (el camino por la via del mar es brevísimo: lo
tengo por más corto que el que hacéis á Guinea). El abate Xi-
L a gran fama que gozaba el astrónomo de Florencia menez dice il camino que voi f ate per Guinea, lo que tiene muy
engendró en Colón la esperanza de aprovechar las luces dsitinto sentido, pues permitiría preguntar si los negociantes
del sabio italiano para la consolidación de su empresa. atravesaban la Guinea. Gnom. Fior., páginas LXXXII y LXXXIV.
año. E s t a fecha no carece de importancia para la histo-
ria del descubrimiento de América, porque directamente ahora me decís que su Alteza quisiera alguna declara-
contradice el cuento que refieren el inca Garcilaso, Go- ción ó demostración para que entienda y se pueda tomar
mara y A c o s t a (1), de que un piloto de Huelva llamado este camino, por lo cual, sabiendo yo mostrársele con la
Alonso Sánchez, que en una travesía de España á las esfera en la mano, haciéndole ver cómo está el mundo,
islas Canarias, en 1484, pretendió haber llegado á im- sin embargo he de terminado, para más facilidad y ma-
pulso de los vientos del E s t e hasta las costas de Santo yor inteligencia, mostrar el referido camino en una carta
Domingo, fué , sin d u d a , quien, al volver á la isla Ter- semejante á las de marear, y así se la envío á su Majes-
cera, hizo nacer en el ánimo del Almirante la primera tad, hecha y pintada de mi mano, en la cual va pintado
idea de su expedición. Y a Oviedo califica esta anécdota todo el fin del P o n i e n t e , tomando desde Irlandia al
de «fábula que circula entre la plebe», y el misterioso Austro hasta el fin de Guinea, con todas las islas que
viaje de Alonso Sánchez es posterior en diez años á la están situadas en este viaje, á cuya frente está pintado
correspondencia con Toscanelli. en derechura por Poniente el principio de las Indias,
con las islas y lugares por donde podéis andar y cuánto
Pero si esta correspondencia prueba que Colón seocu.
os podríais apartar del Polo Artico por la línea equinoc-
paba del proyecto de buscar el país de las especias por
cial, y por cuanto espacio, esto e s , con cuántas leguas
el Oeste mucho antes de entrar en relaciones con el cé-
podríais llegar á aquellos lugares fértilísimos de espece-
lebre astrónomo de Florencia, queda indeciso cuál de los
ría y piedras preciosas.»
dos, Colón ó Toscanelli, fué el primero en entrever la
E s t e párrafo prueba suficientemente que mucho antes
posibilidad de esta nueva vía abierta á la navegación de
de 1474 había aconsejado Toscanelli al Gobierno portu-
la India.
g u é s el camino que siguió Colón y que accidentalmente
Toscanelli, según antes hemos dicho, contaba setenta
produjo el descubrimiento de América.
y siete años de edad cuando habló de su proyecto al
Parece natural que esta misma idea ocurriera á la vez
canónigo Martínez y probablemente la persuasión de la
á muchos hombres instruidos y con empeño ocupados en
brevedad del camino (brevísimo camino) á través del
extender la esfera de los descubrimientos: debió nacer
Océano Atlántico databa de mucho antes en su ánimo.
en la imaginación de Martín Behaim, cuyo famoso globo
Dice terminantemente: « A u n q u e yo he tratado otras
construido en 1492 (Ápfel, la manzana terrestre) sitúa
muchas veces del brevísimo camino que hay de aquí á
«el rey de Mango, Cambalu y el Catliay á 100 grados al
las Indias donde nacen las especerías, por la vía del mar,
Oeste de las Azores», como lo hacían Toscanelli, Colón
el cual tengo por más corto que el que hacéis á Guinea,
y cuantos creían al Asia excesivamente prolongada hacia
Oriente.
(1) GARCILASO. Coment. Reales, lib. i , cap. 3; GOMARA, Y a hemos visto que Toscanelli y Colón distinguen en
Historia de las Indias, cap. 13; ACOSTA, lib. I, cap. 19.
sus escritos el objeto principal de la empresa (encontrar
el camino más corto para ir á la I n d i a ) del secundario
intentaron los pasos por Suroeste y el Noroeste ( 1 ) .
(el descubrimiento de algunas islas). Toscanelli distin-
L a influencia que Toscanelli ejerció en el ánimo de
gue además «las islas que se encontrarán en el camino Colón recuerda involuntariamente la cuestión promo-
(que están situadas en este viaje), por ejemplo, la Anti- vida por Vincent, de si el descubrimiento de la navega-
lia, de las próximas á la I n d i a continental, por ejemplo, ción á las Indias doblando el cabo de Buena Esperanza
Cipango, y las islas con las cuales trafican los negocian- se debe á Corvilham ó á Gama. N o cabe duda de que
tes de diferentes naciones». Corvilham, después de vivir en Calicut, en Goa y entre
H a s t a la misma nota histórica que Colón puso al los árabes de Sofala en la costa oriental de Africa, es-
frente de su Diario de navegación, terminado en 15 de cribió á J u a n I I , rey de Portugal, por mediación de dos
Marzo de 1493, d a por motivo del viaje el deseo de los judíos, A b r a h a m y Josef (2), que los barcos portugue-
Reyes Católicos de conocer las inclinaciones de un po- ses, si continuaban costeando el Africa occidental hacia
deroso príncipe de la India, el Gran Can, en favor de la el Sud, llegarían á la extremidad de este continente, y
religión cristiana, «y ordenaron, a ñ a d e , que yo no fuese al llegar á este extremo debían dirigir la ruta en el
por tierra al Oriente, por donde se acostumbra de an- Océano oriental hacia Sofal y la isla de la L u n a (3)
dar, salvo por el camino de Occidente, por donde hasta
hoy no sabemos, por cierta f e , que haya pasado na-
die» (1).
(1) Aunque al escribir estos párrafos (Febrero de 1S34) no
N o se trata (en este preámbulo del Diario de Colón) ha desembocado ningún buque por el canal de Barrow en el
de las islas y de la Tierra Firme por descubrir en la mar de Kamtcliatka, ó costeado América desde la península
Mar Oceana, sino como resultado probabilísimo de una de Melville y el Príncipe Regent-Inlet hasta la bahía de Kotze-
empresa cuyo principal objeto es dirigirse con la ar- bue. los brillantes descubrimientos de Parry, Franklin y Bee-
chey no dejan, al parecer, duda acerca de la comunicación
mada suficiente á las dichas partidas de India. (Las del entre el mar de Baffin y el estrecho de Behring.
Gran Can.) (2) Pedreio de Covilham y Alonso de Pay va se embarcaron
en Barcelona en 1487 para saber noticias del Preste Juan. Los
L a expedición proyectada no fué, pues, en un princi-
dos judíos se unieron á Covilham en el Cairo á su vuelta de
pio, propiamente hablando, un viaje de descubrimiento Sofala y de Adem.
de tierras nuevas, sino un viaje que debía comprobar la (3) Según d'Herbelot, la isla Seranda de Ediisi (HARTMANN
existencia del paso libre á las Indias por el Oeste, como rechaza este sinónimo, Africa, pág. 115); Magastar ó Madai-
Magallanes, P a r r y , líoss y Franklin comprobaron ó gascar (corrupción de la palabra Madagache) de Marco Polo,
llamada después, á principios del siglo XVI, isla de San Lorenzo
de los Portugueses. Con esta última denominación encuentro
la isla de Madagascar en un mapa-mundi dibujado en Sevilla
en 1527, y por tanto, anterior en dos años al célebre mapa de
(1) N A V A R R E T E , 1 . 1 , pág. 2. La frase saber de cierta fe es Diego Rivero, conservado también en la Biblioteca de Weimar
notable por lo modesta.
(Madagascar). Renovaba también Corvilham, fundán-
dose en las recientes experiencias de los navegantes pañeros de fortuna) per caus dos perigos é tormentos
árabes de Sofala y de toda la costa de Zanguébar y de qu3 em dobrar delle pasaram, l h e puzeram nome Tor-
mentoso» (1). G a m a fué, pues, por decirlo así, prece-
Mozambique, las ideas expuestas por muchos en la anti-
dido en una empresa que, para la prosperidad comercial
güedad sobre la forma triangular del Africa austral, au-
de los portugueses, fué el principio de nueva vida.
mentando así la confianza de Gama; pero hay gran
Mencioné antes la carta marítima que Toscanelli h a -
distancia de la posibilidad del éxito, probado con argu-
bía dibujado para el canónigo Martínez, á fin de mostrar
mentos irrecusables, á la atrevida ejecución de los pro-
la ruta que debía seguirse para llegar desde las costas de
yectos de Colón y de Gama, P o r lo demás, este último
Portugal al «principio de las Indias.» E s t e mapa, en el
tenía una ventaja que no podía ofrecer Toscanelli al na-
cual el astrónomo florentino había «pintado de su mano»
vegante genovés. Cuando el 20 de Noviembre de 1497
todas las islas situadas en el camino, sirvió, por decirlo
llegó á la extremidad de Africa (1), sabía ya que en-
así, de guía á Colón en su primer viaje: en tal sentido
contraría al otro lado una costa en dirección del Oeste-
merece mayor interés del que hasta ahora ha inspirado.
Sudoeste al Este-Nordeste, puesto que el cabo Tormen-
A l enviar Toscanelli á Colón una copia de su carta al
toso, que el rey J u a n con feliz presentimiento llamó canónigo.Fernando Martínez, dice claramente: «os envío
cabo de Buena Esperanza, no sólo lo descubrió Barto- otra carta de marear semejante á la que envié (al Canó-
lomé Díaz, sino también lo dobló en Mayo de 1487 nigo)» (2). E n la carta escrita al Canónigo añade que
E s t a circunstancia, á que no se ha dado el valor qud hay «desde Lisboa á la famosa ciudad de Quisay, to-
tiene, la expresa claramente Barros en el tercer libro de mando el camino derecho á Poniente, 26 espacios cada
la primera Década: «Bartholomeu Díaz (con sus com- uno de 150 millas, mientras desde la isla Antilia hasta

Ambos mapas presentan ya también la posición de las islas de

S (1) Gama
i partió °°n 108 nombres
T de Portugal dü M a
— y
el 8 de Julio de 1497, y lle-ó á
(1) Dec. I, lib. III, cap. 4, pág. 190. Como Toscanelli acon-
sejó á los portugueses buscar el camino de la India, no por la
ruta de Guinea, sino por la del Oeste, es muy extraño error atri-
buir á este astrónomo el conocimiento del Cabo de Buena Es-
l u í del R ^ T R e n % e n ~ N ° V Í e m b r e d e 1 4 9 7 á l a ^ e m b o c a -
peranza desde 1474 y la creencia de que pudo comunicarlo á los
de la o x ^ d ' J Í T 1 ' d 0 D d e t u V 0 l a P r i m e r a »otieia
de la proximidad de hombres blancos y de barcos de construc- venecianos. LE BRET. Gesch. von Venedig, t. N , pág. 226;
F NERO
; DE I 4 9 S ;
* ¿ L E M ^
Sprengel Gesch. der geogr. Eutd., 1792, pág. 390.
D
de 1498 y volvio a Portugal el 19 de Julio de 1499 Duró esta (2) «Os envío otra carta de marear, semejante á laque yo le
expedición memorable, según datos exactos, dos a L H u e v e envié al Canónigo.» Jle ha parecido extraordinario que en la
frase que indica la distancia de Lisboa á Quisai, diga Tosca-
^ w ' í n m f n T 1 ¿ 133 T D d Í a S ¿ días, rnieií-
nelli «hallaréis en un mapa», en vez de «en mi mapa ó carta de
qques
u « dde
e TLiverpool
hll : T95l 6días.
1 es de n medÍa de 6Sta traTesía
en los bu-
marean).
la de Cipango, se encuentran 10 espacios, que hacen 2 2 5
leguas.» y que este marino emplea en su Diario de r u t a (1);
Ignoramos á cuántos espacios situaba Toscaneíli el acaso sea una milla más pequeña, de 760 toesas, cinco
Japón (Cipango), al E s t e de K a n p h u (hoy Hantgcheu-fu de las cuales f o r m a n una legua geográfica de 15 al
y entonces Q u i n s a y ó Quisay); pero como esta distancia grado. Como los] espacios no se valúan en grados y las
es efectivamente, tomando á Ieddo por el centro del conjeturas del abate Ximenez, comentador de la carta
J a p ó n , de 16 grados de longitud, y la valuación de de Toscaneíli, son erróneas (2), es imposible encontrar
Iíehaim (1) difiere m u y poco de la moderna, se deduce
que Toscaneíli contaba probablemente desde Portugal á
(1) Diario de 1492: «Viernes 5 de Agosto. Anduvimos (desdo
Antilia un quinto y de A n t i l i a á Quinsay aproximada- la barra de Saltes) con fuerte virazón 60 millas, que son 15 le-
mente cuatro quintos de todo el camino desde Lisboa á g u a s ( N A V A R E E T E , t. i , p á g . 1 3 ) .
la China. (2) Comparando atentamente la carta que publica el abate
Ximenez en su Onomone Florentino, con laque Fernando Colón
M á s difícil es averiguar el valor absoluto de los espa- encontró entre los papeles de su padre, y era conocida de Las
cios del mapa de Toscaneíli. E s t a s grandes divisiones que Casas, encuentro muchas adiciones y alteraciones del texto. Sa-
bemos por la Vida del Almirante, que la célebre carta de Tos-
abarcan cierto número de grados, y que a u n empleamos
caneíli estaba escrita en latín, conforme á la costumbre que
para no desfigurar nuestros mapas trazando los meridia- prevalecía entonces entre los sabios. Puede esto cansar sorpresa
nos grado por grado, se usaban ya en la época de Pto- al recordar que se trata de un italiano de Florencia, el cual
lomeo. E n c u é n d a s e l a s indicando un número redondo escribe cartas á un italiano de Génova, que habitaba en Lisboa
desde 1470, y que esta correspondencia pasaba por manos de
de millas marinas ó de grados de longitud en casi todos
Lorenzo Giraldo, indudablemente de la familia de los Gi-
los mapas manuscritos de los siglos x v y xvi que he raldi, orginaria de Florencia (BARCIA, t. i, págs. 5-6); pero
podido examinar, por ejemplo, en los de Ribero y de Toscaneíli recordaba tan poco la nacionalidad italiana de Co-
J u a n de la Cosa, E l geómetra de Florencia presenta dos lón, que á juzgar por la frase con que termina su segunda carta
pudiera presumirse que en Florencia se tenia á Colón por por-
valuaciones de los espacios que emplea, una en leguas y tugués. «Estad seguro de ver (en el Cathay) reinos poderosos,
otra en millas. Si, según él, un espacio es igual á 22 1 / t cantidad de ciudades pobladas y ricas provincias que abundan
leguas ó 150 millas, resulta que una legua equivale á de toda suerte de pedrerías, y causará grande alegría al Rey
(el Gran Can) y á los Principes que reinan en estas tierras fe-
6 7 , millas. N o se refiere, pues, á la legua marina ita-
3anas, abrirles el camino para comunicar con los cristianos á
liana de 4 millas, usada en tiempo de Colón en Genova, fin de hacerse instruir en la Religión Católica y en todas las
ciencias que tenemos. Por lo cual, y otras muchas cosas que po-
drían decirse, no me admiro tengáis tan gran corazón como toda
la nación portuguesa, en que siempre ha habido hombres seña-
lados en todas empresas.)) No teniendo á la vista en este mo-
O) El mapa de Martín Behaim, que expresa las creencias mento la traducción italiana de la Vida del Almirante, publi-
geográficas del siglo xv, da una diferencia de longitud de
13 grados. cada en Venecia, en 1571, por Alfonso de ülloa con el título
salida á este laberinto de medidas con tan yagas deno-
«derechamente al Occidente» desde Lisboa á Quinsay:
minaciones. N o se puede reducir con precisión á grados
sin embargo, en la hipótesis de las leguas m á s largas
de longitud la distancia de veintiséis veces 22 '/»leguas
(de 15 al grado ecuatorial), no se llega sino cerca del
que Toscanelli supone que tendría que recorrer Colón,
grado 50 de longitud (para 585 leguas) en el paralelo de
38° 42', lo que situaría la costa de la China en el meri-
de Istoria del Sr. D. Fernando Colombo nelle quali si ha par- diano del río Essequibo y de la parte occidental de Te-
tieolare e vera relazione della vita de'fatti deU'Ammiraglio, rranova.
no puedo comprobar si las alteraciones del texto en la carta ita-
liana que presenta el Gnomone de Ximenez, son efecto de la Ocasión tendré de hablar más adelante de esta proxi-
negligencia del Abate ó de la de Ulloa. Se ha hecho decir al as- midad del Asia oriental, que motivaba la frase brevísimo
trónomo florentino, que los 26 espacios de distancia que hay cumino empleada por Toscanelli en su carta al canónigo
desde Lisboa á Quinsay tienen cada uno 250 (en vez de 150) mi- Martínez, mientras que en la segunda carta dirigida á
llas; se han añadido palabras sin sentido, por ejemplo, los 10 es-
pacios de distancia de Cipango á Antilia hacen «2.500 millas», Colón dice sencillamente: «habréis visto que el viaje que
ó 225 leguas. Más adelante (y en contradicción notoria con deseáis emprender no es tan difícil como se piensa.»
las cifras que preceden) la gran ciudad de Quinsay tiene «100 E n su primer viaje de descubrimiento guiábase Colón
millas» ó 35 leguas de ámbito. En fin, y como glosa puesta por
por una carta marina que llevaba á bordo, y navegaba
acaso en medio de la descripción de Quinsay, ueste espacio es
casi la tercera parte de la esfera.» Las frases puestas entre co- con la seguridad propia de un hombre que sabe debe en-
millas son variantes leetiones, ó mejor dicho, falsificaciones del contrar lo que busca. E l Diario descubierto por Muñoz
texto. Conforme á estos datos falsos, la longitud de una legua en los archivos del Duque del Infantado es buena prueba
sería unas veces de once y un décimo millas, y otras de dos y de ello.
ocho décimas. El abate Ximenez deduce del modo más arbitra-
rio (páginas 92-94) que un espacio equivale á cinco grados de Hay una circunstancia notabilísima que merece ser
longitud; que cincuenta millas ó veintidós y media leguas de examinada con los datos proporcionados en el texto,
Toscanelii forman un grado, y que la distancia desde Lisboa á copia de puño y letra del Obispo de Chiapa: tres días
Quinsay es de 130 grados. Fúndanse estas conclusiones, en después que Colón creyó haber observado por primera
parte, en la analogía de las proyecciones de Ptolomeo (Geogr.,
vez la declinación de la aguja imantada, el 13 de Sep-
I, 23), que dividía el cuarto de la circunferencia ecuatorial en tiembre de 1492, el estado del cielo, las masas de fuco
18 partes, como Eudoxio dividía (GEMINÜS, Elem. Astr., capi-
tulo 15) toda la circunferencia polar en 60 partes iguales, lo
cual da diferencias de cinco grados de longitud y seis de lati- mino esta larga disertación numérica haciendo observar que si
tud. Pero aunqueToscanelli valúa «un espacio de su mapa en Toscanelli tomó la descripción de Quisai (Ivinsai) de MARCO
veintidós y media leguas», la suposición de cinco grados de POLO (lib. II, cap. 68), encontró el circuito de los muros va-
longitud daría, para el paralelo de 38 grados y 42 minutos al que luado solamente en 100 li chinos, y que estos 100 li, llamados
se refiere este cálculo, tres y media leguas por grado de longi- millas chinas en los manuscritos del viajero veneciano, los tra-
tud, resultado absurdo, porque no concuerda con ninguna ex- dujo vagamente por 35 leguas, ignorando que 192 li forman un
tensión que en cualquier tiempo se haya llamado legua. Ter- grado ecuatorial.
flotante y otras circunstancias le hicieron creer que se
Septiembre fué el Almirante á la carabela Pinta para
encontraba cerca de alguna isla, pero no de tierra firme,
hablar con Martín Alonso Pinzón sobre una carta que
«porque la tierra firme, dice el Almirante, hago más ade-
le había enviado tres días antes, y en la cual parece que
lante» (1). E l 19 de Septiembre continuaban las seña-
el Almirante había pintado algunas islas en este mar.
les de proximidad de tierra, y lloviznaba sin viento. E l
Martín Alonso decía que estaban próximos á estas islas,
Almirante no quiso apartarse de su camino para buscar
y así parecía al Almirante, añadiendo que la causa de no
esta tierra. E s t a b a seguro de que por las p a r t e s del
encontrar las islas debía ser la corriente, que llevaba los
N o r t e y del Sud había islas, y en efecto las había, n a -
barcos á Nordeste y que no habían andado tanto (al
vegando por medio de ellas, porque su voluntad e r a ir
Oeste) como los pilotos decían. Por consecuencia, el Al-
primero á la I n d i a con tiempo tan favorable, y « á la mirante, al volver á su carabela, quiso que se le enviase
vuelta se vería todo placiendo á Dios®. Son s u s p a j la carta marina, lo cual se hizo por medio de una cuerda,
labras. y «comenzó á cartear en ella con su piloto y marineros,
E n la mañana del 20 de Septiembre vinieron á c a n t a r h a s t a que, al sol puesto, subió ol Martín Alonso en la
en lo alto de los mástiles pajarillos que viven en tierra, popa de su navio, y con mucha alegría llamó al A l m i -
y se fueron á la caída de la tarde (2). E l martes 2 o de rante pidiéndole albricias que veía tierra.» Lo que no
resultó cierto.
(1) Digo en el testo: tres días después que Colón creyó ha- El 3 de Octubre, dice el Almirante en su Diario «que
ber observado por primera vez la declinación magnética, porque no se quiso detener, barloventeando la semana pasada y
Pcregrini había observado ya esta declinación en Europa estos días que había t a n t a s señales de tierra, aunque
en 1269.
tenía noticia de ciertas islas en aquella comarca, por no
(2) Este suceso es extraordinario, y lo refiere el Diario con
una ingenuidad que no deja lugar á duda. El barco se encon-
traba entonces en medio del Océano Atlántico, á 290 leguas ma-
rinas (de 20 al grado) de distancia de la tierra más próxima, la El teniente de navio D. Manuel Moreno, que acompañó á
isla de Flores, y los pájaros cantores no habían sido arrastrados Churruca en su expedición cronométrica en las Antillas, sitúa
por las tormentas. En su segundo viaje, el 24 de Octubre estas rompientes en la latitud 28" 0' longitud, 43° 22' al Occi-
de 1493, vió Colón golondrinas cuando su punto de estima le dente de París. En la noche del 21 de Septiembre, Colón se en-
situaba á 340 leguas al ONO. de las islas del Cabo Verde. contraba, pues, á cuatro millas marinas al NE. de este peligro
( Vida del Almirante, pág. 43). Comparando Navarrete los pun- que hubiese podido retardar el descubrimiento del Nuevo
tos de estima tomados, los rumbos y las distancias, cree que Mundo hasta el 22 de Abril de 1500, día en que Pedro Alvarez
desde el 19 al 22 de Septiembre, época en que el Almirante ob- Cabral, en su viaje á la India, fué llevado por las corrientes á
servó tantas señales de proximidad de tierra, se aproximaba á las costas del Brasil. No encuentro estas rompientes en los ma-
las rompientes que los marinos españoles aseguran haber des- pas ingleses recién publicados, y su existencia merece ser com-
cubierto hacia el gran banco de fuco ó algas flotantes el año probada, tanto á causa de la seguridad de la navegación, como
de 1802. por el interés histórico que inspira.
se detener, pues su fin era pasar á las Indias, y si se Comprendo perfectamente por qué entonces inquie-
detuviera, dice él que no fuera buen seso.» taba á Colón y á Pinzón no ver la isla de Cipango (Zi-
Finalmente, el 6 de Octubre, seis antes del gran día pangri, de Marco Polo), porque Colón había anunciado
del descubrimiento de Guanahaní (viernes 12 de Octu- que era la primera tierra que encontrarían á 750 leguas
bre), «Martín Alonso Pinzón dijo que sería bien nave-
gar á la cuarta del Oeste, á la parte de Sudueste; y al y 607); y que la travesía del Golfo de las Domas, favorecida por
Almirante pareció que no decía esto Martín Alonso por el tiempo más bonancible y un mar generalmente tranquilo, no
la isla de Cipango, y el Almirante vía que si la erraban podía consternar por modo tan extravagante á hombres aveza-
que no pudieran tan presto tomar tierra, y que era mejor dos al mar. Entre el 22 y el 25 de Septiembre los compañeros
de Colón, según testimonio de su hijo y de Herrera (Vida del
una vez ir á la tierra firme, y después (al retorno) á las Almirante, cap. 19; HERRERA, dec. i, lib. i, cap. 10), querían
islas» (1). arrojar al mar á su capitán mientras estuviese embebido en el
estudio de las estrellas. En el Diario no se pinta el descontento
con tan vivos colores; dice únicamente Colón que el viento
(1) NAVARRETE, t. i, páginas 9, 11, 13, 16 y 17. Dice asi contrario ONO. que sopló el 22 de Septiembre, «mucho me fué
lileralmcnte, conservando la irregularidad de las frases, por la necesario, porque mi gentt andaba muy estimulados, que pen-
costumbre de Las Casas de embrollar el estilo de Colón copiando saba que no ventaban estos mares vientos para volver á Es-
á veces sus palabras y extractando otras el texto. El pasaje re- paña».
lativo á Cipango paréceme ininteligible tal como lo escribe. El 23 de Septiembre dice: «Y como la mar estuviese mansa
(«Esta noche dijo Martin Alonso que sería bien navegar á la y llana, murmuraba la gente, diciendo: que pues por allí no
parte del Sudueste: y al Almirante pareció que no decía esto había mar grande, que nunca ventaría para volver á España.»
Martín Alonso por la isla de Cipango, y el Almirante via que El cuento de Oviedo, sobre los tres días que concedieron A Co-
si la erraban que no pudieran tan presto tomar tierra»), si no lón para continuar avanzando hacia el Oeste, copiado por todos
se cambia la puntuación y se pone un punto entre las palabras los biógrafos y poetas moderaos, ya lo ha refutado Muñoz
no y decía. (lib. III, § 7). D. Fernando Colón, que quería tan mal á Alonso
Examinando en el Diario de Colón los días en que Oviedo y Pinzón, como Las Casas á D. Fernando, no refiere el hecho men-
Herrera señalan grandes indicios de motín en las tripulaciones, cionado, y se limita á decir «que la gente estuvo para amoti-
sorprende no encontrar rastros de estos sucesos. Como á los his- narse , perseverando en las momuraciones y conjuraciones»
toriadores gustan los efectos dramáticos que resultan de la opo- ( Vida del Almirante, cap. 20). Además, el día 7 de Octubre el
sición de los caracteres, han creído engrandecer al marino ge- único suceso apuntado en el Diario es un cambio de ruta. Desde
novés exagerando los peligros á que sucesivamente le exponían el 30 de Septiembre había seguido el Almirante el camino di-
la malicia, el miedo ó la ignorancia de sus marineros. Olvidase rectamente hacia el Oeste en una extensión de 250 leguas ma-
que los marinos españoles, especialmente los catalanes, los vas- rinas, siguiendo el paralelo de 25 grados y medio; el 7 de Octu-
cos y los andaluces de Palos, desde hacía siglo y medio frecuen- bre (en la mañana siguiente á la conferencia con Martin Alonso
Pinzón sobre la proximidad de Cipango) en la Niña creyeron
taban las costas de Guinea y de Escocia; que la vista de una
ver tierra. Al ponerse el sol se reconoció que no era verdad;
erupción en el Pico de Tenerife no podía dar espanta, como pre-
pero como las bandadas de aves dirigíanse al SO., «sin duda
tende Fernando Colón, á hombres habituados á visitar las Ca-
para dormir en tierra, el Almirante, siguiendo la experiencia
narias, Nápoles y Mesina. (NAVARRETE, t. m , páginas 605
al Oeste de Canarias, según lo refiere su liijo Fernando.
la isla de Guanahani. Más adelante, el 14 de Noviembre
E l Diario original dice que h a s t a el 1.° de Octubre ha-
de 1492, menciona el diario, con ocasión de los cabos ó
bían anclado 707 leguas, no desde el Puerto de Palos,
islotes que bordean la costa Nordeste de Cuba, alas is-
sino desde la Gomera, ó en general las Canarias, según
las innumerables que en los mapainundos al fin del
la explicación del A l m i r a n t e relativa á la distancia en
Oriente se ponen.»
que se encontraba el 19 de Septiembre. A h o r a bien;
U n historiador muy juicioso, M. Sprengel, traductor
del 1.° al 6 de Octubre, el camino andado al Oeste era,
de la obra de Muñoz, no titubea en suponer que Colón
adicionando los datos parciales, de 259 leguas. E l 6 de
se guiaba por la misma carta de ruta que le envió Tosca-
Octubre creíase Colón, p o r tanto, á 966 leguas de dis-
nelli en 1474. Indudablemente, esta carta se consideraba
tancia, ó sean 216 más allá del punto en que calculaba
importantísima, porque los manuscritos dejados por L a s
la situación de Cipango.
Casas dicen (lib. i, c a p . x n de la Historia de las Indias)
H e reunido todos los p a s a j e s relativos á la carta ma- que este prelado, á la edad de ochenta y cinco años,
rina que parece haber g u i a d o á Colón antes de llegar á época en que terminó la citada Historia, aun poseía tan
notable monumento, «la carta de marear que Toscanelli
envió á Colón». A h o r a bien; una carta marina conser-
de los portugueses que habían descubierto la mayoría de las vada cincuenta y tres años después de la muerte de su
islas que poseen (las Azores?), siguiendo el vuelo 'de las aves,
autor, con mayor motivo debía encontrarse en 1492 á
permitió abandonar la ruta hacia el Oeste, y dirigirse al OSO.
con el propósito de continuar en esta dirección durante dos bordo de la carabela (capitana) Santa María. Observe-
días. No se habla ni una palabra de revuelta ni sublevación: la mos, sin embargo, que la que Colón envió el 25 de
frase, acordó dejar el camino del Oueste, es la única que parece Septiembre á la carabela Pinta estaba pintada (dibu-
indicar que Colón cedió á las instancias. Esta nueva dirección jada) por sus propias manos. Las Casas dice claramente
le fué provechosa. Por lo demás, sin que pueda sospecharse mo-
tivo alguno que le obligara á ello, el Almirante había ya cam- en el extracto que poseemos del Diario: «donde según
biado el rumbo de igual manera el 21 de Septiembre. Después parece tenía pintadas el Almirante ciertas islas.»
de haber seguido escrupulosamente el paralelo de «Somera (la-
titud 28 grados) durante 390 leguas marinas, gobernó de pronto La correspondencia con Toscanelli precedió en diez y
al SO. para seguir el paralelo de 25 grados y medio. El 8 de Oc- ocho años á la grande época del descubrimiento del
tubre, que debía ser el día tan peligroso por la sedición, según nuevo continente, y Colón aprovechó, sin duda, este
Oviedo, está señalado en el Diario de Colón como día muy fa- intervalo para procurarse otros materiales. Seguramente
vorable para el progreso de la navegación. «La mar, dice el Al-
mirante, está como el rio de Sevilla, gracias á Dios; los aires no llegó á ver, como pronto probaremos, el mapamundi
muy dulces, como en Abril en Sevilla, que es placer estar en de Martín Behaim, pero pudo estudiar en los de Jacobo
ellos, tan olorosos son.» Estas lineas escritas bajo la impresión de Giroldis, de A n d r é s Bianco ó de Grazioso Benin-
de aquellos momentos no anuncian ciertamente los terrores de casa.
un espíritu alarmado.
Cuando por primera vez escribió á Toscanelli, fundaba
su razonamiento en u n a esferilla que envió á maestro
Colón conservó la costumbre de llamar á las Pequeñas
Paulo, según dice su hijo D . Fernando. E s probable que
Antillas «islas Caribes», ó las primeras islas de las I n -
después, y sobre todo cuando la famosa disputa con los
dias (1). Además, el camino que s ; guió en 1492 no es
profesores de Salamanca, empleara esferas y mapas como
el que Toscanelli trazó en su carta y que parecía seguir
argumentos en favor de su proyecto de navegación hacia
el Oeste. L o que él defendía era su sistema y no el de
Toscanelli, y por g r a n d e que haya sido la influencia
al papa Alejandro VI (Febrero de 1502) no da el nombre de
de los consejos y de la carta del astrónomo florentino en Antillas á ningún grupo de las 1.400 islajquesevanagloria.no
el ánimo de Colón, sería fiar demasiado en la humildad sin alguna esageración, haber descubierto. (NAVARRETE, Do-
y abnegación del genio creador, suponer que el Almirante cumentos dipl., 1.1, pág. 5; t. II, pág. 280). No fué, pues, Cris-
tóbal Colón quien introdujo el nombre de Antillas en la geo-
explicó á los sabios de Salamanca, ó durante el viaje, á grafía moderna. En su sistema Haití (la Española) era Ophir
Martín Alonso P i n z ó n , la dirección de la travesía hacia ó Ci pango. «Les había dicho muchas veces, dice su hijo, que no
la India valiéndose de u n a carta ó mapa de Toscanelli. esperaba ver tierra hasta haber navegado 750 leguas hacia el
Occidente de Canarias, en cuyo término había también dicho
Aficionado Colón á los trabajos gráficos, dibujaría e'1 que hallaría la Española, llamada entonces Cipango» (Vida,
mismo, con los datos de Toscanelli y otros materiales, del Alm., cap. 20). La primera aplicación del nombre Antilia:
una carta marina representando esa tercera parte de la insulte á las islas de América, es un rasgo de erudición de
Pedro Mártir de Anghiera. Volvió Cristóbal Colón de su primer
superficie del globo que permanecía desconocida desde
viaje el 15 de Marzo de 1493, y en la primera década de la
las costas de P o r t u g a l y de la Mina hasta las costas Oceanica, dedicada al cardenal Ascanio Sforza en Noviembre
orientales y australes del Asia. de 1493, encuentro ya: «In Hispaniola Ophiram Insulam sese
Muñoz insiste (lib. n , § 1 7 ) en que Colón supo la reperise refert (Colunus), sed cosmographicorum tractu dili-
existencia de la Antilia por la carta y el mapa de Tos- genter considérate, Antilise insulte i lite et adjacente3 alias »
canelli; pero creo poder afirmar que en ningún escrito Dec. i, lib. i, pág. 1. Posteriormente Vespucci en su pretendida
segunda navegación de 1499, llama Antiglia «la isla que Colón
del Almirante, ni a u n de su hijo D. Fernando, se en- lia descubierto pocos años há», es decir, Haití. En el siglo xvi,
cuentra el nombre de Antilia, que ya era conocido en el las islas Caribes, al SE. de Puerto Rico (Borrinquen). tenían en
siglo xiv, ni el de Antillas q u e , especialmente desde el los cuadros de posiciones geográficas que se procuraba añadir á
reinado de Carlos V , se dió al archipiélago tropical de los tratados de geografía la denominación de Antiglia: insulte.
Uno de los ejemplos más antiguos que conozzo de estos cuadros
América ( l ) . de posiciones está en una obra de J U A N SCHONER (Opusculun
geogr. ex diversorum libris et cartis collectum), publicado en
1533. Véanse los curiosos capítulos (sect. II, capítulos 20 y 21)
(1) Sin embargo, en el Diario de la primera navegación De regionibw extra Ptolomwum deque insulis circa Asiam et
(jueves 9 de Agosto de 1192) habla Colón de estas islas que, pa- Indiam et novas regiones hvjus tertia orbis partís.
recidas a las ilusiones del espejismo, se creía ver todos los años (1) Relación de 1504. (NAVARRETE, t. i,, pág. 282; Vida
al Oeste de las Azores, de las Canarias y de Madera. En su carta del Alm., cap. 100.)
el paralelo de Lisboa ( « t o m a n d o el camino derecho á Gonzalo Fernández de Oviedo ( 1 ) atribuye á u n ma-
Poniente»), aunque la diferencia de latitud entre Lisboa rino portugués (Vicente Díaz, de la villa de Tabira), su-
y Quinsai ( H a n g t h e u f u ) sea casi de nueve grados, y de poniendo que este marino, al volver de la costa de Gui-
que Toscanelli, al principio de la misma carta, hable nea, encontró u n a tierra al Oeste de Madera. E s t e
también, aunque vagamente, de la distancia que en este cuento de Oviedo, relacionado con las pretendidas tenta-
camino «podríase apartar del polo Artico hacia la línea tivas de los hermanos Lucas y Francisco de Cazzana, no
equinoccial». Colón determinó, sin d u d a por las hipótesis
merece atención (2).
de la posición de Cipango, seguir una dirección más me-
ridional. Durante más de la mitad del camino siguió el
(1) O V I E D O , Ilist. nat. y gen. de las Indias, cap. 3.
paralelo de la Gomera, con t a n t a mayor constancia,
(2) B A R C I A , p á g . 7, a; H E R R E R A , 1 . 1 , p á g . 4.
cuanto que, como dice ingenuamente su hijo, temía per-
der su autoridad si, cambiando de rumbo, pareciera no
saber dónde iba.

E s t a ruta, muy distinta de la que los marinos toman


hoy para ir á las Antillas, condujo á Colón directamente
al través del gran banco de f u c u s , que se extiende al
Oeste del meridiano de Corvo, desde los 19 á los 22
grados de latitud; y á pesar de dos desviaciones de la
ruta hacia el Sudoeste (el 24 de Septiembre y el 8 de
Octubre), Colón se creía en el paralelo (1) de la isla de
Hierro (latitud 27° 4 5 ' ) cuando el descubrimiento de
Guanahaní.
N o discutiré aquí la existencia de otra carta que de-
bió haber guiado al Almirante, y que su contemporáneo

(1) «Los hombres de esta isla tienen los cabellos no crespos,


salvo corral ios y gruesos, como sedas de caballo, y todos de la
frente y cabeza muy ancha, más que otra generación que fasta
aquí haya visto, y los ojos muy fermosos y no pequeños, y ellos
ninguno prieto, salvo de la color de los canarios, ni se debe
esperar otra cosa, pues está deste oueste con la isla del Hierro
en Canarias so una linea.» (En el mismo paralelo.) (Diario de
Colón en 13 de Octubre de 1492.)
H e procurado precisar el grado de importancia que
debe atribuirse á las relaciones de Toscanelli con Colón
en una época en que éste había adquirido ya por sí
mismo la convicción del éxito de su empresa. Toscanelli
proporcionó nuevos datos, que, por ser numéricos, eran
VI. más seguros y preciosos para meditaciones de esta ín-
dole; f u é , como dice D . Fernando Colón, la causa más
Cristóbal Colón y Martín Behaim. poderosa del ánimo con que el Almirante se lanzó á la
inmensidad de un mar desconocido, y, cosa extraña, la
posteridad casi h a olvidado (1) esta influencia del geó-
E n todas las épocas de avanzada civilización ha ocu- metra florentino, obstinándose durante largo tiempo en
rrido á los descubrimientos geográficos lo mismo que á
colocar al lado de Cristóbal Colón otro personaje, mere-
las invenciones en las artes y á las grandes inspiracio-
cedor sin duda de la mayor consideración como geógrafo,
nes en literatura y en las ciencias, por medio de las cua-
como viajero y como marino, pero que verosímilmente
les intenta el espíritu humano abrirse nuevos caminos;
dirigió todas sus miras al camino de la India rodeando
al principio se niega el descubrimiento ó la exactitud del
la extremidad de Africa.
invento, después su importancia, y, últimamente, su
Se ha dicho que Martín Behaim ó Beheim había des-
originalidad. E s t o s tres grados de duda alivian, por lo
cubierto el archipiélago de las Azores y revelado á Colón,
menos durante algún tiempo, las penas que la envidia
no sólo el camino hacia el Asia oriental, sino también
ocasiona. Tal costumbre, cuyo motivo es casi siempre
menos filosófico que las discusiones á que sirve de ori- la existencia de un nuevo continente; y que señaló en
g e n , data de mucho antes de la fundación de aquella un globo el estrecho á que dió su nombre Magallanes,
Academia de Italia que dudaba de todo menos de sus por lo que con más justicia se le debía llamar (2) Fretum
propios acuerdos (1). Bohemicum, como América entera Behaimia y hasta Bo •
hernia occidental.
«Cuando Colón prometió un nuevo hemisferio, dice el
ilustre autor del Estudio sobre las costumbres y el genio (1) El historiador Herrera no conoció el nombre de Tosca-
dé las naciones, decíasele que este hemisferio 110 podía nelli, ni tampoco el sabio autor del Commerce and Kavigation
oí thc Ancients, M. Yincent, que en su Bissertation sur les
existir, y, cuando lo descubrió, se pretendía que era ya Seres (t. I I , págs. 6 1 3 - 6 1 8 ) discute con gran sagacidad las dife-
conocido de largo tiempo atrás.» rentes causas de la empresa de Colón.
( 2 ) W A G E N S E I L , Sacra ^arentalla B. Georgia Frid. Be-
haim o dicata, pág. 1 6 . P O S T E L dice ya terminantemente en la
(1) Academia dei Bubbiosi. anteriora la de los Stabili v
de los Gelosi. página 22 de su Cosmografía: «Ad 54 grad. (lat. mer.) ubi est
Martini Bohemi fretum á Magaglianeso alias nuncupatum.»
Cuanto más misterioso aparece este hombre en su ori-
madas) del país que la produce. Se le halla en Nurem-
gen, más se le quiere engrandecer. Se le supone u n a s berg, en la Zistelgasse, en casa de su primo el senador
veces noble portugue's, otras bohemio de raza slava r Miguel Behaim, terminando en 1492 el globo que quiere
nacido en la isla de F a y a l (1) (en el grupo de las Azo- dejar como recuerdo «á su cara patria antes de partir
res), otras ciudadano de Nuremberg. Encuéntrasele en
Venecia, en Amberes y en Yiena, ocupado durante más
grvm et Piper longum) que Dioscórides conocía ya (capi-
de veinte años en el comercio de paños; construyendo en
tulo 189) con el nombre indio rcrapi (del sánscrito pij>pali)
Lisboa un astrolabio que llegó á ser de grande impor- que Edrisi describe (Geogr. Nub., 1619, pág. 61) con nota-
tancia para los m a r i n o s ; viajando con Diego Cam por ble exactitud, y que por su largo transporte á través del Asia
las costas de Africa h a s t a m á s allá del Ecuador, y tra- se encarecía mucho en los mercados de Italia.
Como las producciones vegetales análogas y que se reempla-
yendo la malagueta (2) (una de las especias más esti- zan mutuamente en el comercio toman siempre el mismo nom-
bre, el de malagueta, tan célebre en el siglo xv, y que nuestros
farmacéuticos han transformado en meleguetta, maniguettej
(1) «Y cuanto más se extienda la parte oriental de la India
cardamonum piperatum, paréceme que se deriva de la palabra
al Oriente hacia las islas del cabo Verde, más fácil será llegar
india pimiento, tal y como se usa en la lengua de Sumatra En-
á ella en pocos días: esta opinión se la confirmó á Colón su
cuentro en la Cosmografía de S E B A S T I A N M Ü N S T E R (edición
amigo Martin de Bohemia, portugués, natural de la isla de
de 1550, pág. 1.093): «lingua patria Sumatrenses piper, molona
Fayal, gran cosmògrafo» (HEBREBA, déc. i, lib. i, cap. 2).
dicunt.» El sabio autor de la Materia médica of Hindoostan,
Sorprendeque ROBERTSON (Hist. ofAmer., 1777, t . n , pág. 4 3 4 ) ,
M. Aiijslie, da también (edición de Madrás, 1813, pág. 34) aí
á pesar de las luminosas disertaciones de un profesor de Gottin-
Piper nigruin en tamul la denominación de mellaghoo. En
ga, M. TOZEN, publicadas en 1761 (Ber n-ahre und evite Ent-
sánscrito, mallaja y maricha son sinónimos de pippali; la
decher deruen Welt gegen die ungcgriindeten Ansprüche von
primera palabra designa, según Wilson, más especialmente el
Vespucci und Bealiim, págs. 87, 113), y la obra aun más anti-
Pipar nigrum, la segunda el Piper longum. Creo que el nom-
gua de DOPPELMAYR (Hist. Nachr. von Niirnberger Matliem,
bre de Molucas (las Malucos) se deriva de Malaga ó Mallaja
und Kiinstlern, pág. 30), haya caído enei mismo error de creer
nombre de la pimienta.
portugués á Martín Behaim. El título de gran cosmógrafo que
le da Herrera prueba que no le confundía con el canónigo por- El gran mérito «de haber llegado hasta las regiones de África
tugués Martínez, encargado por su Gobierno de la correspon- donde se cría la planta de la malaguetta», ha sido negado á
dencia con Toscanelli sobre el camino más corto para ir á las Behaim y á Diego Cam y atribuido á Alfonso de Aveiro
Indias. ( S P R E X G E L , Gesch. dar geogr. Entd., págs. 3 7 6 , 3 8 6 ) . Pero
Aveiro llegó al reino de Benin en 1486, dos años después de la
(2) Es la semilla del Amomum Granum Paradisi de Afze- expedición de Cam (BARROS, d e c . I , l i b . 3 , c a p . 3, p á g . ' 1 7 8 ,
lius, objeto de muy importante comercio (sobre todo para la edición de Lisboa, 1778; NAVARRETE, t. i, páginas xxxix
ciudad de Amberes) antes de la expedición de Gama. Esta se- y XL. Examinando las notas que Martín Behaim añadió á su
milla de una Drymirhisea, poco conocida hasta hoy, llegaba globo al lado de las tierras cuyas costas delineó, encuentro que
entonces á las costas septentrionales de Berbería por medio de distingue los granos del paraíso, la verdadera pimienta y la
las caravanas de Guinea que atravesaban el desierto de Sahara. canela. «La primera de estas especias (Paradieskorner) se cria
La malagueta rivalizaba con la verdadera pimienta (Piper ni- en el reino de Gambia; la segunda en el Furfur, á 1.200 leguas
para el lugar donde tiene su casa á 700 millas de Ale-
gran fama de cosmógrafo de u n hombre que fija su do-
mania», mientras Colón emprende su primera expedi-
micilio durante diez y seis años en la isla de F a y a l , á la
ción; está en las Azores en casa de su suegro el caba-
extremidad occidental del mundo conocido, debía prestar-
llero Iobst con Hürter, mientras Vasco de Gama descubre
se, aun en los tiempos en que comenzaba á imperar una
el camino á las I n d i a s , rodeando la parte meridional de
sana crítica histórica, á conjeturas é hipótesis especiosas.
Africa.
E l ardimiento con que u n profesor de Altorf, Cristó-
Nació probablemente el mismo año que Cristóbal Co-
bal Wagenseil, había atribuido á Behaim el descubri-
lón, y muere en Lisboa (según las investigaciones de
miento de América, excitó el interés patriótico de Leib-
Mr. de Murr), en el mismo mes que el descubridor de
n i t z , según se ve en un párrafo de una carta suya á
A m é r i c a , cuya gloria jamás quiso empañar. Su muerte
Tomás B u r n e t , del año 1697. Los trabajos de Fede-
precedió en cerca de dos años al descubrimiento del mar
rico Stuven (1) ( e n Giessen), de Doppelmayr y de
del Sur por Vasco Núñez de Balboa, y en trece años á
M r . Otto (2), h a n obedecido á las mismas ilusiones, y
la expedición de Magallanes, á quien debió confiar «el
puede creerse que las disertaciones juiciosas de Tozen (3),
secreto del estrecho».
•profesor de Goettinga, del conde Rinaldo Carli (4), de
Vida tan extraordinaria y constantemente agitada, la
M r . de Murr (5), compatriota de la respetable familia de

(1) Diss• de vero Novi Orbis inventare. Francfort, 1714.


de distancia de Portugal; la tercera á 2.300 leguas, desde donde (2) Trans. of the Amer. Phil. soe. lusld. at Philatlelphia t. n
regresamos para volver al lado de nuestro Rey, después de diez (1786), pág. 120. La Noticia histórica, de Doppelmayr, sobre
y nueve meses de ausencia.» Por tanto, en 1485 da Behaim en el los matemáticos y los artistas de Nuremberg, contiene precio-
mismo globo preciosas nociones acerca del transporte de las es- sos detalles acerca de la vida de Behaim y del primer grabado
pecias de Java y de Ceylan (Seilan) á Venecia y á Francfort, del globo conservado en la familia del cosmógrafo; mientras
nociones debidas en parte á maese (mister) Bartoloméi, floren- la Disertación de Stüven, y sobre todo la Memoriade Mr. Otto,
tino, que refirió en Venecia al papa Eugenio IV lo que durante prueban profunda ignorancia de la geografía del siglo XV.
veinticuatro años (hasta 1424) había visto en Oriente (MURR.,
(3) Der ivhar und erste Entdeekcr der neuen Welt, Christohp
Dipl. Gcsch , páginas 25 y 36). Véase, pues, ;de nuevo á este
Colón, Gott, 1761. Pero antes de Tozen, el autor de una exce-
papa Eugenio IV, que Toscanelli cita en su primera carta á
lente historia de rortugal, M. Gebauer, había refutado ya á
Colón y que llegó al Pontificado en 1431, en relaciones con los
Stüven (Port. fíesch., t. i, pág. 124). Compárese también al
viajeros de Asia. Finalmente, recuerdo también que Cristóbal
sabio bibliógrafo Fraucisco Cancellieri. Notizie di Colombo di
Colón llama á toda la costa de Guinea Costa de Maneguetta
Cuccaro. Roma, 1809, pág. 39.
(costa del grano del paraíso), cerca de la cual vió «algunas si-
renas, aunque no eran tan semejantes á las mujeres como las (4) Opnsouli scelti di Milano, t. xv, pág. 72.
pintan» (Vida del Alvi., cap. IV). Hoy se da este nombre es- (5) Dip. fíesch. des Portug. brriikmten. llitters Martin
pecialmente á la costa situada en dirección del NO. al SE., Jjehaim; dos ediciones, la primera de 1778, la segunda de 1801.
entre el cabo Mesurado y el cabo Palma, de 6o 26' á 4° 3' de De las obras Telati vas á Behaim, que acabo de citar, sólo esta
latitud boreal. •última ha sido traducida al francés y por un traductor habilí-
simo, M. Jansen.
los Behaim, aun'floreciente en Nuremberg, habrían sido Los parientes y los contemporáneos del hombre célebre
suficientes para refutar cargos t a n vagos contra Colón hablan en el primer documento que acabo de citar «de
y Magallanes. Pero h a n aparecido posteriormente las Bohemorum (1) familia in civitate Nurinbergensi ultra
mismas dudas en obras que son, por otra parte, muy ducentos (2) annos perdurante.»
dignas de estimación. E s también probable que el nombre de Behaim ó Be-
Creo, pues, que aislando menos los hechos que pre- heim, que esta familia ilustre empleaba indiferentemente
senta la biografía del cosmógrafo, suficientemente des- á fines del siglo xv, sea sólo una designación étnica (aus
enredada hoy de la serie de descubrimientos de loa Bóheim ó Bóhem, natural de Bohemia), como los nom-
españoles y de los portugueses en el mismo período, se bres tan comunes en Alemania de Schwabe, de Sachs y
puede llegar á algunas consideraciones más satisfacto- de Preuss.
rias que las presentadas hasta ahora. Resulta del conjunto de estos hechos, minuciosa-
N o ha sido por causa de la analogía de los sonidos el mente expuestos, ser verosímil que nuestro gran cosmó-
llamar á Behaim Martín de Bohemia en el Diario de grafo dió ocasión por sí mismo á la costumbre seguida
Navegación de P i g a f e t t a y en las Décadas de Barros. en Portugal y en España de llamarle Martín de Bohe-
La familia del cosmógrafo pretende descender de la a n - mia. Herrera, añadiendo á su nombre el elogio de cos-
tigua familia bohemia de Schwarzbach, en el círculo de mógrafo de gran opinión, le llama dos veces (3) portu-
Pilsen. H e visto que el magistrado de la ciudad libre de
Nuremberg, en una carta al rey D . Manuel de P o r t u g a l
(1) EH una de las inscripciones puestas en memoria de
(del 7 de Junio de 1518), usa indistintamente ios n o m - Behaim («Miles auratus qui Africanos Mauros fortiter debella-
bres de Martinus Behaim y d e M a r t i n u s Bohemus. T a m - vit et ultra finem orbis terra uxoravit») háblase también de su
bién advierto que el cosmógrafo, al firmar una carta de esposa (Martini Bohemi uxor), hija del gobernador de las
Azores ó Catheridcs por Cassiterides; es una falsa erudición
Amberes (del 11 de Marzo de 1494), Martein Beheim,
copiada del globo de Behaim.
quiere que sus parientes le escriban á las islas F l a m e n - (2) La primera traducción alemana de la Biblia, que quedó
cas (Azores), con las señas Domino M. Boheimo militi. manuscrita y conservada en la biblioteca Paulina de Leipzig,
N o cometen, pues, error ni Pigafetta ni Barros con- fué hecha en 1343 por Mathias Behaim, y en 1421 Miguel Be-
haim de Weinsberg estaba reputado como uno de los más céle-
fundiendo un nombre de país con otro de familia (1).
bres poetas del ciclo de los Meistersánger.
(3) Déc. i , lib. I, cap. 2. Dèe. i l , lib. II, cap. 19. El se-
(1) En una época en que la geografía se estudiaba en Fran- gundo párrafo está copiado del Diario italiano de Pigafetta,
cia con menos celo que en la actualidad, el inventor de una donde se encuentra la expresión «Martino di Boemia, uomo
bomba pneumática, Otton de Gericke, que frecuentemente fir- eccellentissimo», sin añadir nacido en Fayal. Este diario, del
maba Cónsul Magdéburgcnsis y publicaba sus Experimenta cual dió Eamusio un extracto, ha sido publicado por N. Amo-
Magdeburgica, fué citado con el nombre de Señor Magde- retti con el titulo de Primo viaggio intorno al globo terrac-
burgo. queo en 1800, según el manuscrito conservado en la biolioteca
:

Í
ALEJANDRO DE HÜ11B0LDT.

gue's nacido en la isla de Fayal. N o debe sorprender este


E) suegro de Colón, Bartolomé Muñiz Perestrello,
error, considerando que Beliaim estuvo al servicio del
tuvo en P o r t o Santo la misma posición política que
Bey de P o r t u g a l en u n a célebre expedición marítima á
Iobst (Jodocus) de Hürter, señor de Murkirchen (Moer-
las costas de A f r i c a ; que en 1485 fué nombrado caba-
kerken) y Harbrck (en Flandes), suegro de Martín Be-
llero de la Orden de Cristo, y que en unión de los dos
haim, tenía en Fayal. Cristóbal Colón vivió algún tiempo
médicos del rey D . J u a n I I , «maese Rodrigo y el judío
en las posesiones de su esposa D. a Felipa Muñiz Peres-
maese Josef, se le nombró miembro de una Junta de
trello en P o r t o Santo, donde nació su hijo Diego Colón;
Mathematicos encargada de indicar el medio de navegar
de igual manera Behaim habitó con su esposa J u a n a de
con arreglo á la altura del sol (1), y que pasó más de
Macedo en Fayal, donde ésta dió á luz un hijo que, poco
veinte años de su vida en Lisboa ó en una colonia por-
después de la muerte de su padre, fué preso á causa de
tuguesa, en la factoría flamenca de Fayal».
un homicidio involuntario.
Cristóbal Colón y Martín Behaim, tan próximos en
Discútese si estos dos hombres célebres (y la celebri-
las épocas de su nacimiento y de su muerte, presentan
dad de Beliaim precedió sólo en doce años á la de Co-
en su vida privada otra identidad de situación que con-
lón) se vieron en las islas Azores, y si Behaim dió á Co-
tribuyó singularmente al desarrollo de sus aficiones á
lón las noticias de troncos de pinos, cadáveres y hasta
los descubrimientos geográficos. Uno y otro entraron
canoas cubiertas de pieles y llenas de hombres de raza
por casamiento en familias que poseían por herencia el
desconocida que las corrientes y los vientos habían lle-
gobierno de islas consideradas entonces, aunque por
vado á las costas de Fayal, de la Graciosa y de Flores;
error, como nuevamente descubiertas y situadas en los
noticias que, unidas á las que el Almirante adquirió en
confines del mundo conocido, en el Mare tenebrosum de
P o r t o Santo, le alentaron en sus esperanzas de grandes
los geógrafos árabes ultra quod nemo scit quid continea-
descubrimientos.
tur ( 2 ) .
Cierto es que su hijo D . Fernando dice (Vida del Al-
mirante, cap. v m ) : «Los moradores de las Azores le
Ambrosiana. Pero la compilación de Herrera es mucho más
completa, sobre todo en lo que se refiere á la astronomía (véase,
por ejemplo, el cálculo de las diferencias de altura de la luna y capitulo 11). Por una permutación de consonantes igualmente
de Júpiter, observados el 17 de^Diciembre de 1519. (Herrera, viciosa, los escritores de la conquista llaman al guerrero Felipe
Déc. II, lib. iv, cap. 10). El historiador español, no sólo ha to- de Huten, célebre por su expedición al Dorado, de la que di un
mado datos en Castañeda, Barros y Antonio Pigafetta, sino comentario geográfico en la Relación de mi viaje (t. II, capí-
también en otros documentos manuscritos que desconocemos. tulo 33, pág. 454), Felipe de TJtcn, TJrre y hasta TJtre. Por
(1) BARROS, Asia, Déc. i , lib. 4, cap. 2. esta última transformación, los nombres de dos ilustres fami-
(2) EDRISI, pág. 147. En la Vida do Infante I). Henrique, lias, los Hürter y Iluten, se transforman en portugués y en es-
por el padre FREIRE (Lisboa, 1758, pág. 335), Hürter es llama- pañol, casi á su terminación, en el mismo grupo de letras Utra
do Jorge de Utra. Barros escribe Jos Lutra (Dec. I , lib. III, y Vire.
contaron (á Colón) que cuando soplaba viento de P o -
niente únicamente disipar las dudas que suscita la historia de
»>' P ei- o el Almirante podía adquirir estos infor-
esta época. N o negaré que Colón hay-a tocado anterior-
mes en cualquier puerto de Portugal ó de España, pues
mente en Fayal, porque se ignoran las fechas de sus ex-
sabemos positivamente por la Historia de las Indias, de
pediciones lejanas á Tyle (Islandia?), á San Jorge de la
L a s Casas, que en E s p a ñ a y en el monasterio de la R á -
bida f u é donde conoció Colon el viaje de Pedro de V e -
Carlos el Temerario. (En el globo de Behaim contienen un error
lasco, natural de P a l o s , q u e , partiendo de Fayal y des-
estas palabras: «La isla ha sido dada en 1466 por el Rey de Por-
pués de navegar al Poniente 150 leguas (lo que debió tugal á su hermana madama Isabel, duquesa de Borgoña.» (El
situarle más allá del borde oriental de la gran banda rey hermano de Isabel era Eduardo, muerto en 1438). Perma-
de f a c a s ) , reconoció la isla de Plores. nencia de Behaim en Fayal desde 1486 á 1490; en Nuremberg
desde 1491 á 1493; en Flandes y en Francia en 1494; de nuevo
A n t e s del descubrimiento de América sólo estuvo Be- en Fayal desde 1494 á 1506. Vuelve á Lisboa y muere el 29 de
haim en Fayal durante los años 1486 y 1 4 9 0 , y en este Julio de 1506, según opinión de M. de Murr. (Muerte de Colón
intervalo no salió Colón de España; pero los'dos mari- en Valladolid el 20 de Mayo de 1506.)
nos vivieron en Lisboa desde 1482 á 1484. E n este ul- La fecha de la muerte de Martín Bahaim no carece de impor-
tancia para el esamen de los conocimientos adquiridos en esta
timo año fué cuando Beliaimpartió con Diego C a m p a r a
época relativamente á la configuración de la América del Sur,
un largo viaje á Africa, y Colón, enojado por los desde- y sobre la posibilidad de que el cosmógrafo de Nuremberg haya
nes del Gobierno portugués, fué á Sevilla. E l conoci- podido entrever la existencia de un paso del Océano Atlántico
miento positivo y sincrónico (1) de los hechos puede al mar del Sur.
Sabemos que el Eey Católico, desde su vuelta de Nápoles,
en 1506 ocupóse de una gran expedición destinada á las Indias
(1) Nacimiento de Behaim hacia el año de 1430, probable- Orientales y al descubrimiento de un estrecho en el continente
mente en 1436) Navarrete cree lo más probable qu¡ Colón na- americano, y que sobre este asunto fué consultado Vespucci
ciera también en este año de 1436). Viajes de Behaim comer- (NAVARRETE, t. i r , Cód. dipl, n ú m . 160, p á g . 317; t . n i , pá-
ciando en panos en 1457 á Venecia, desde 1477 á 1479 á Malinas ginas 47 y 294). Dos años después (1508) se verificó la expedi-
ción de Solís y de Yáñez Pinzón, en la cual estos intrépidos
d ^ í m f ™ permaneció enNuremberg marinos llegaron hasta cerca del grado 40 de latitud meridio-
desde 1471 á 14,o, y partió en 1475 para Italia. Ta en un viaie nal, sin reconocer, no obstante, la desembocadura del Rio de
anterior, en 1461, había descubierto en Venecia el manuscrito de la Plata.
los seisprimeroslibrosde Diophantes). Permanencia deBehaim
Se ve, pues, que el principio del siglo xvi, es decir, en la ve-
en Portuga desde 1480 á 1484. (Colón habitó en la misma Z
jez de Behaim, era una época extraordinariamente fértil en
c óndesde 1470 á 1484, á menos que no interrumpieran su es- proyectos de grandes descubrimientos. Me he ocupado reciente-
tancia algunas navegaciones entre 1471 y 1481). Behaim se casa mente en determinar la fecha de la muerte de nuestro cosmó-
en Fayal en 1486 con la hija del gobernador lobst de líürter grafo, y los datos que á ruego mío ha tomado una persona digna
Un COl
\ ° T flamenca á F a ? a l y á Keo a causa dé de la mayor confianza en casa del barón Segismundo Federico
a donación que hizo el rey Alfonso V de Portugal en 1466 de Carlos de Behaim, jefe actual de la familia y propietario del
la primera de estas islas á su tía Isabel de Borgoña, madre de globo de 1492, no son favorables al cálculo de M d e Murr. Este
Mina (1) y á la costa de Guinea, ya fueran antes de 1470, llena de aventuras, no sería sorprendente que Colón h u -
ó entre 1470 y 1482. E n su Memoria «sobre las cinco biera tocado en las Azores.
zonas habitables», dice positivamente Colón, aunque E n cuanto á que Behaim y Colón tuvieran relaciones
merezca el dicho poco crédito, «que estuvo en el mes de personales, la cosa es muy probable, aunque no exista
Febrero de 1477 cien leguas más allá de Tyle, cuya parte ninguna prueba directa. E s t o s dos hombres célebres se
austral está á 73 grados de latitud.» E n su vida, tan encontraron en Lisboa en los mismos años y ocupados
en proyectos náuticos. L o s mismos médicos del rey
J u a n I I , maese Rodrigo y el judío maese Josef, que re-
sabio estimó como prueba decisiva la carta de un primo de cibieron encargo de Diego Ortiz, obispo de Ceuta, de
Martín Behaim, fechada en 30 de Enero de 1507, que manifiesta examinar el proyecto de Colón relativo á un viaje á Ci-
deseo de saber «lo que ha sido de la esposa, el hijo y los parien- pango (1), y en general hacia el Oeste, trabajaron con
tes de Martin, dónde están y qué hacen». M. de Murr cree, por
tanto, errónea la fecha de 29 de Julio de 1507, indicada en un Martín Behaim, según he dicho antes, en la construc-
monumento funerario (Scutum trifolinuvi) en la iglesia de ción de un astrolabio adaptado á la navegación. Parece
Santa Catalina de Nuremberg, y supone que el retrato del cos- natural que médicos del Rey á quienes «era costumbre
mógrafo existente en los archivos de la familia Behaim tiene consultar en todos los asuntos de cosmografía» pusieran
la fecha de 1506. (Bipl. Gesch., páginas 117, 127 y 136). Como
á Colón en relaciones con Behaim: también Herrera, sin
el monumento funerario fué construido en 1519 á costa de su
hijo, parece extraño que se hayan equivocado en la fecha de la que sepamos en qué otro motivo se f u n d a , dice que Co-
inscripción. lón fué alentado en sus ideas sobre la proximidad del
Un vandalismo muy común en la época en que vivimos ha Asia por su amigo Martín de Bohemia. Debo, sin em-
destruido todas las inscripciones y todos los monumentos de la bargo, hacer constar aquí que estos consejos fueron se-
iglesia de Santa Catalina, transformada en 1806 en almacén de guramente muy tardíos, porque vemos por las cartas de
heno y de leña; pero en la parte superior del gran retrato que se
Toscanelli que, seis años antes de la llegada de Behaim
conserva en la casa donde está el globo se lee: Obiit a MDVII
Lisabonce, y no 1506 como dice M. de Murr. Además, un álbum á Lisboa, preocupaba ya á Colón tenazmente su expe-
genealógico que data de 1732, pero que contiene la descen- dición.
dencia de los Behaim de Schawarzbach desde 1207 contiene
figuradas las armas del caballero Martín Behaim, y una noticia Otro sabio que hubiera podido relacionar á Colón y
biográfica que termina en alemán con estas palabras : Murió el Toscanelli con Behaim, fué el más célebre astrónomo de
29 de Julio de 1507.
(1) « Yo estuve en la fortaleza de San Jorge de la Mina
(1) BARROS, Asia, !>éc. I , lib. U L , cap. 2 ; Vida del Almi-
{Vida del Ahn., cap. iv). Lo terminante de la afirmación no
deja lugar á duda. Según la crónica de Ruy de Pina, el fortín rante, cap. x; HERRERA, Déc. i, lib. i, cap. 7. El Obispo de
de Mina ó d'Elmina fué construido en 1481; por consiguiente, Ceuta, que los historiadores de aquel tiempo llaman doctor
el viaje de Colón á la costa de Africa no pudo ser anteriora Calcadilla, porque había nacido en Calcadilla, en Galicia, acon-
este año.» sejó al rey Juan II aprovecharse secretamente del proyecto de
Colón que los médicos calificaron de negocio fabuloso.
esta época, Regiomontanus (Camilo J u a n Müller, na-
de navegar per altura do sol. Barros designa ( 1 ) al
tural de Kcenigsberg en Franconia) que habitó desde 1471
cosmógrafo con estas palabras: «.Martin de Bohemia
á 1475 en la patria de Behaim y dedicó en 1463 á Tos-
natural daquellas partes ó qual se gloreaba ser discípulo
canelli su tratado de Quadratura circuli, es decir, su re-
de Joanne de Monte Regio, affamado astronomo.D Sin
futación de la pretendida resolución de este problema,
duda porque Behaim se vanagloriaba de ser discípulo de
por el cardenal Nicolás de Cusa, N o satisfecho de las
Regiomontanus y, por llegar de la misma ciudad en que
Tablas del rey Alfonso que satíricamente califica de
el papa Sixto I V había hecho proponer á Regiomonta-
Somnium Alphonsinum, publicó Regiomontanus en N u - nus ir á Roma para trabajar en la reforma del calenda-
remberg sus famosas Efemérides astronómicas calcula- rio , su reputación de cosmógrafo se acreditó pronto en
das de antemano para los años de 1475 á 1506 y que Portugal, al lado de la de tantos hombres ocupados en
sirvieron en las costas de Africa, América y la I n d i a perfeccionar el arte de la navegación (2).
en los primeros grandes viajes de descubrimientos de
Regiomontanus era entonces célebre por la invención
Bartolomé Díaz, de Colón, de Vespucci (1) y de Gama.
A u n admitiendo que Behaim, durante la época de sus
(1) BARROS, Da Asia, nova ediqao, Lisboa, 177S; Déc. I, li-
viajes de comercio á Yenecia, Viena y Flandes, sólo bro IV, cap. 2, pág. 282; M. DE MURR (Dipl. Gesch, pág. 94),
haya residido accidentalmente en su ciudad natal ¡ no es pretende, sin embargo, que ningún escritor portugués, á excep-
menos probable que h a podido aprovecharse, si no d é l a s ción de Manuel Téllez de Sylva, conoció el nombre de Martín
Behaim. Véanselas sabias y juiciosas investigaciones de M. Lich-
lecciones, al menos de los escritos de su compatriota
tenstein acerca de los primeros descubrimientos portugueses
Regiomontanus. Y a hemos citado el testimonio de Ba- en el Vaterlandiscke Museum, 1810, B. i, páginas 376 y 387.
rros, que dice, hablando «de la necesidad sentida por los ( 2 ) B A R R O W , Voyages intlio de Artia Región», 1 8 1 8 , pá-
portugueses de no seguir tímidamente las c o s t a s , sino gina 2S. De los dos médicos portugueses que estaban con Behaim
de acudir á la observación de los astros», que Behaim en la «Junta del Astrolabio», no se indica como de origen judio
más que maese Josepe (Joseph). El otro, maese Rodrigo, ¿seria
( probablemente poco antes de 1484) fué miembro á la acaso el mismo personaje que aparece después, en 1517, como as-
J u n t a que por orden del rey J u a n I I estuvo encargada de trónomo á quien consultaba Magallanes? Me refiero al bachiller
construir un astrolabio, de calcular las tablas de la de- Ruy, ó Rodrigo Faleiro, «que decían los portugueses, era un gran
cosmógrafo porque tenia un demojiio familiar, pues él nada sa-
clinación del sol y de enseñar á los marinos una maneira
bia»; HERRERA, Década II, lib. II, cap. 19; t. i, pág. 293. Este
Faleiro ó Falero enseñaba á Magallanes métodos de longitudes;
pero no quiso embarcarse con él, por haber leído en los astros
que el astrónomo moriría durante la expedición (AMORETTI, pá-
•Í í ~ T T T r " , G n l a intr °<iucción al Trattato de Naviga-
gina 28), lo que efectivamente sucedió en la persona del astró-
f ? T ± t m Í ° P^fetta. (Véase Primo Viaggioin-
torno al globo, 1800, pág. 208). Xo he encontrado en l f c a r t a s nomo y célebre piloto mayor de Sevilla, Andrés de San Martín,
que le reemplazó y fué asesinado en la isla de Cebú (RAMD-
duebe
e b haber I a C 0 T I C Íen
í ' S r observado Ón de Marte
1499. y la este marino sio, 1.1, página 361 B).
de su meteoróscopo, y el astrolabio de Behaim, que se sible que Behaim no tuviera conocimiento, ó por sí mismo
fijaba al palo mayor del barco, acaso no era más que ó por su suegro, de un suceso como el descubrimiento de
una imitación simplificada de aquél. Además, los ins- los Bacallaos por los portugueses, 'que habría precedido
trumentos de astronomía náutica «á propósito para en- en veintinueve años á la llegada de Colón á Guanahani?
contrar en el mar la hora de la noche por las estrellas» ¿Cómo es posible que no situara estas tierras occidenta-
existían desde fines del siglo X I I I en la marina catalana les en su globo construido en 1492? ¿Cómo es posible
y en la de Mallorca. Tal era el astrolabio que inventa y que ni siquiera las mencionase en una de las minuciosas
describe Raimundo L u l i o e n 1295 en su Arte de nave- notas que acompañan al mapamundi? E s t a s considera-
gar (1). Se equivoca Barros al creer que en la época ciones deben añadirse á los argumentos que el ingenioso
de los descubrimientos hechos á lo largo de la costa de y sabio autor del Memoir of Sebastián Cabot (1) ha ex-
Africa bajo los auspicios del infante D . Enrique de puesto recientemente contra el viaje de Joao V a s Cor-
Portugal se empezó á comprenderla necesidad de guiarse tereal á las costas de América del Norte y en pro del
en plena mar por la observación de los astros. Parece descubrimiento de este continente por J u a n Cabot el 24
de Junio de 1497 (2).
•que ignora el descubrimiento de las Azores por los nor-
mandos, y los largos y atrevidos viajes de los marinos Llama la atención que el excelente historiador portu-
catalanes á las costas tropicales de Africa y á las partes gués Barros, que cita á Martín Behaim como miembro
septentrionales de la Gran Bretaña. de la comisión náutica del astrolabio, ignore, al pare-
La larga permanencia de Behaim en las Azores du-
rante dos épocas, una de 1486 á 1490, y otra de 1494 (1) Londres, 1831, páginas 56, 78 y 288 (tlie Londe). En la
á 1506, constituye un poderoso argumento contra la célebre patente Real de 3 de Febrero de 1498 encontrada en
pretensión de que Joao V a s Cortereal descubrió la tierra Bolls Chapel, se distingue la tierra firme y las islas descubier-
de los Bacallaos (Terranova) en 1463. E s t e marino ha- tas por John Cabot. El autor del Memoir of Scb. Cabot procura
demostrar que Prima Vista, Terra priéivm visa, First sight.
bía sido nombrado, según Cordeyro, autor de la Historia Terra Nova ó Newland de John Cabot no designa la isla que
insulana del Océano occidental, gobernador de Ter- llamamos hoy Terranova; son denominaciones generales que
ceira el 12 de Abril de 1464. Ahora bien; sabemos que comprenden gran extensión del continente.
el suegro de Behaim, Iobst de Hürter, llegó pocos años (2) Descubrimiento continental, anterior sin duda al de la
costa de Paria por Colón, pero no al de los nomiandos-scandi-
después á las Azores, con el título de gobernador y feu-
navos. Parece que Las Casas, al referir en su Historia de las
datario de la colonia flamenca de Fayal. ¿Cómo es po- Indias la tradición que existía entre los naturales de la isla de
Haití, «de una aparición súbita (pero anterior á Colón) de hom-
bres blancos y barbudos, tenia también noticia de un antiguo
(1) NAVARRETE, Bise, histórica sobre las Cruzadas. 1816, descubrimiento de la tierra de los Bacallaos, vista por un ma-
página 100; M. Yicent cometió el extraño error de confundir rino de Galicia en una travesía á las costas de Irlanda.» (NA-
el astrolabio de Behaim con una carta marina. VARRETE, t. I, p á g . XLVIII.)
cer (1), la parte que tomó en Ja expedición de Die<*o
Cam en 1484 á la embocadura del río Zaire ó Con^o- L a ingenuidad con que Behaim habla de las primeras
nombrado primero río P e d r a o á causa de un pilar dé expediciones portuguesas, de sí mismo y de «su querido
piedra puesto como señal de t o m a de posesión. De ello se suegro M. Iobst, residente en Fayal,» da gran carácter
ha querido deducir que esta participación es tan fabulosa de verosimilitud á los comentarios de su carta; y no
como su influencia sobre Colón y sobre Magallanes. creo que se deba oponer á estos testimonios la fecha del
P a r a mi no existe tal duda. Si Beahim se embarcó con día (18 de Febrero de 1485), en que, según u n a nota
Cam como piloto y cosmógrafo para practicar su astro- conservada en los archivos de familia, recibió Martín
labio, casi lo mismo que Vespucci en la expedición de Behaim la Orden de caballero de Cristo en la ciudad de
Alonso de Ojeda (Diciembre de 1 4 9 8 - J u n i o de 1500) Albassauas (Alcobaca?). E s t e documento, cuya e'poca se
el silencio de Barrios nada tiene de extraordinario. ' ignora, y que no tiene carácter alguno oficial, ni es de le-
E n las notas que Beliaim añadió á su globo en 1492, tra de Behaim, ni está redactado en su nombre. Sabido es
habla en cuatro sitios distintos (en el título del globo- á cuántos errores se lia prestado la manera de escribir los
en Cabo Verde; cerca de las islas del Príncipe y dé números árabes (indios) á fines del siglo xv. Si no hay
Santo l o m a s , y en el cabo de Buena Esperanza) de dos error en el año y debe leerse 1483 por 1485, podría
carabelas con las cuales el rey J u a n I I hizo explorar las verse en ello un simple error en la indicación del mes de
costas de Africa. A ñ a d e , del modo más terminante, «que Febrero, porque el viaje de Cam, comenzado en 1484,
fue enviado en esta expedición por su rey, y que duró duró sólo diez y nueve meses. Behaim encontrábase
diez y nueve meses.» Behaim no nombra á D i e - o Cam- •todavía seguramente en la costa de Africa el 18 de
pero H a r t m a n n Schedel en su Líber Chronicarum (2) F e b r e r o de 1485; y es menos probable que el nombra-
impreso en N u r e m b e r g en 1493, cuando el cosmógrafo miento de caballero fuera una recompensa por la inven-
vivía aún en esta ciudad, reunió los dos nombres: « P n e - ción del astrolabio, que una gracia concedida al compa-
S a l e , s beni instructis J o h a n n e s I I P o r t u g a l ! « rex ñero de Diego Cam á consecuencia de una expedición en
anuo 1483, patronos dúos Jacobum (?) Canum P o r t u - que habían pasado el Ecuador hasta mas allá del sexto
galensem, et Martinum Bohemum, hominem germanum grado de latitud austral y recogido el grano del Paraíso
ex JN uremberga, de bona Bohemorum familia natum (malagueta) en el clima en que se produce.
qui superato circulo equinoxiali in alterum orbem ex-
La época de la residencia de Colón y de Behaim en
cepti sunt.»
Lisboa era aquella de verdadera gloria y entusiasmo na-
cional en que el hijo de Alfonso V , al subir al trono,
continuaba la serie de descubrimientos á lo largo de la
(1) Déc. I, lib. Iir, cap. 3, pág. 173 costa de Africa, interrumpida por la muerte (1460) del
infante D . Enrique, duque de Viseo, tío de Alfonso V .
Pero conviene no olvidar que los trabajos de los ma-
lo
rinos catalanes fueron para el Africa occidental lo que
marinos de Dieppe habían ido en 1364 á Sierra Leona
los de los marinos normando-escandinavos habían sido
y á Río Sestos (Sesters River), llamado entonces Río
para el N o r t e del Nuevo Continente. Unos y otros pre-
del Pequeño Dieppe. E n 1365 llegaron á la Costa de
cedieron á los descubrimientos que han ilustrado los
Oro, según la relación de Villaut, señor de Belle-
nombres de D . Enrique y de Isabel de Castilla,
fonds (1). U n mallorquín, maese Jacobo, fué elegido por
L a isla de Mallorca fué desde el siglo x m un centro
el Infante para presidir la célebre Academia de Sagres.
de conocimientos científicos en el difícil arte de nave-
E n los descubrimientos geográficos ha ocurrido lo
gar. Sabemos por el Fénix de las maravillas del orbe,
mismo que en los de las ciencias físicas. L a s tentativas
de Raimundo Lulio, que los mallorquines y los cata-
con buen éxito, pero que permanecen aisladas largo
lanes ( 1 ) usaban cartas de marear mucho antes de
tiempo, o no se saben ó son condenadas al olvido; sólo
1286; que se fabricaban en Mallorca instrumentos, gro- cuando los descubrimientos se suceden y relacionan en-
seros sin duda, pero destinados á determinar el tiempo tre sí, se coloca el primer eslabón de una serie en el punto
y la altura del polo á bordo de los barcos. Desde allí en que comienza á no ser interrumpida. Llena está la
los conocimientos, que en su origen fueron aprendidos de historia de la geografía de estos errores sistemáticos que
los árabes, se extendieron á toda la cuenca del Medite- comprenden h a s t a el siglo xvi las navegaciones á Nueva
rráneo. L a s ordenanzas de A r a g ó n prescribieron desde Guinea, Nueva Holanda y á muchos archipiélagos del
el año 1359 que cada galera debía ir provista, no sólo Océano Pacífico (2). Atribúyese el descubrimiento de
de u n a , sino de dos cartas marinas (2). U n marino ca-
talán, D . J a i m e Ferrer, llegó en el mes de Agosto
(1) E S T A N C E L I N , Recherches sur les voyages des naviga-
de 1346 á la desembocadura de Río de Oro (3), cinco teurs normands en Afrique, aux Indes Orientales et en Amé-
grados al Sur del famoso Cabo de Non que el infante rique. 1832, pág. 72. Cada Mosto, como ha observado M. de
D . Enrique se vanagloriaba de que lo hubieran doblado Itossel, no encuentra señales del establecimiento francés. Juan
de Betancourt navegó también por la costa africana desde
por primera vez los barcos portugueses en 1419. Los C¡abo Cantín á Río do O uro, mucho tiempo antes que los por-
tugueses (VIERA, Historia de Canarias, üb. n i . párrafo 30;
libro iv, § 4).
(1) C R I S T Ó B A L C L A D E R A , Investigaciones históricas sobre
(2) «Illias de Papuas quer dizer Negros, á que muitos por
los principales descubrimientos de los españoles, 1794, pág. X.
esta ida de D. Jorge (de Menezes) en 1526, chamam Ilhas
(2) SALAZAB, Discurso sobre los progresos de la Ilydro-
de D. Jorge, que estam á leste das Ilhas de Maluco distancia
grafia.
de 200 leguas.» (BABROS, Da Asia, Déc. iv. lib. i, cap. 16,
(3) Según las sabias y curiosas investigaciones inéditas do ed. Lisboa, 1777; t, iv, párrafo 1, páginas 101 y 104.) Menos
M. Buchón en un Atlas catalán de 1374, conservado en la Bi- certidumbre hay respecto á la expedición tan citada de Antonio
blioteca Real de París, y dibujado treinta y un años antes de la Abreu y de Francisco Serrano «en outro Novo Mundo», t. III,
fundación de la Academia náutica de Sagres (MALTE BRÜN, p . 1. p á g . 6 0 0 ( D I E G O DE COXTO, l i b . v i l , c a p . 3 ) . L a s dos
fíeogr, univ., ed. de M. Huot, 1.1, pág. 524). Islas Infortunadas, Isole Sfortunate (lat, austr. 9o y 15° y
las Azores, que son las Cassiterides de P e d r o Mártir equinocciales del A Erica occidental á los. navegantes del
de Anghiera (1) y de B e h a i m , el de la isla de Ma- siglo xv. Confúndense los marinos que reconocieron
dera (2), el de las islas de Cabo Verde y de las costas tierras con los primeros que las descubrieron; y no aludo
ahora á la relación tan debatida del viaje de H a n n o n
alejadas una de otra 200 leguas), descubiertas al Este de las is- que Rennell y M. Heeren ( I I , i, pág. 520) llevan hasta
las de la Sociedad por Magallanes en Enero de 1521, y no olvi- más allá del Gambia, situando «la región ardiente de
dadas por Ortelius en el Atlas de 1 5 7 0 ( P I G A F E T T A , Primo
Thymiamata» en Cabo Verde y tomando por el Senegal,
Viaggio intorno al globo, ed. de Carlos Amoretti, 1800, pág. .451
parecen ser «las isletas pequeñas deshabitadas, llamadas por no el Chrestes, que creo muy distinto de Chremetes, «uno
Magallanes Islas desventuradas ( H E B B E B A , DÉC. ir, lib. i x , de los mayores ríos del mundo», según Aristóteles
capítulo 15: t. i, pág. 453). Gaetano descubrió en 1542 las islas (Met., lib. i, pág. 3 5 0 , Bekk), sino el río sin nombre,
Sandwich; Quirós y Mendaña en 1595 y 1605 el Archipiélago poblado, según H a n n ó n , de cocodrilos y de hipopóta-
del Espíritu Santo (las Nuevas Hébridas de Cook), Malicolo y
probablemente Otahiti (la Sagitaria de Quirós), H U M B O L D T , mos ; limitaréme á nociones más ciertas y recientes.
Essai politique sur la Nomelle Espagne, t. i r , páginas 111 Mucho antes de los nobles esfuerzos del infante don
y 113.
E n r i q u e , duque de Viseo, y de la fundación de la Aca-
Acerca de los primeros descubrimientos de las costas de Nueva demia de Sagres (Tercanabal en el Algarve ó villa do
Holanda, reconocidas por los portugueses desde 1530 á 1542,
Infante), dirigida por un piloto cosmógrafo catalán,
véanse los mapas del Museo Británico núm. 5413; la hidrografía
del Atlas de Juan Rotz ó Roty, dedicada al rey de Inglaterra En- maese Jacobo de Mallorca' (1), los cabos Non (Nam) y
rique VIII; el Atlas de Guillermo le Testu, piloto provenzal,y
el de Juan Valard de Dieppe (1552), examinado por M. Coque- «1 nombre igualmente significativo de Isola di Legname, medio
bet Mombret. Cuando la gloria del capitán Cook, llegada á su siglo antes de la expedición y colonización de Juan González
mayor esplendor, cansó á las medianías y excitó la envidia de Zarco, de Tristán Vas y de ese Bartolomé Muñiz Perestrelo
los que habían cesado de navegar, se hizo tardía justicia á los (BARROS, déc. I, lib. i, cap. 2), que Fernando Colón llama
portugueses, á Gómez de Sequeira, á Mendaña, á Luis Váez de Pedro Moñes Perestrelo y que Spotorno cree italiano, como el
Torres y á Saavedra Cedrón. Otros motivos menos personales •célebre almirante de la familia Palastrello, de Plasencia (Sto-
y más nobles han obligado á seguir el mismo camino y condu- ria letter. de la Liguria, t. II, pág. 246).
cido á ingeniosas y sabias investigaciones.
(1) BARROS, déc. i, lib. I, capítulos 2 y 16 (t. I, p. i, p á -
(1) Epist. 769 (edic. Par, 1670, pág. 447). Las Catherides ginas 21 y 133). El cabo Non, más temido que lo fué en el
del globo de Behaim (MüRB., Dipi. Gesch., 1801, pág. 27, y siglo pasado el de Hornos, encuéntrase, sin embargo, 23' al
B I N N E T , Verliandeling óver de Nederld, Ontd., 1829, pág. 17). Norte del paralelo de Tenerife' á pocos días de navegación de
Las Azores figuran con el nombre de islas de Bracir desde Cádiz. El proverbio portugués, Quem passa ó cabo de Xam, ou
1367 en el célebre mapamundi de Picigano. tornara ou náo, debía desacreditarlo fácilmente la voluntad de
(2) Un mapa de Portulano Mediceo de 1351, otro de la •un príncipe que, como el infante D. Enrique, había adoptado
antigua biblioteca Pinelli, dibujado en 1384 y conservado hoy la bella divisa francesa: Talent de bien faire. BARROS, déc. i,
en la preciosa colección geográfica de M. "Walckenaer, en París, •libro I, capítulos 2. 4 v 16; lib. II, cap. 2 (t. i, p. i. págs. 19,
y B A L D E L L I (Marco Polo, t. i, pág. C L X V I I I ) , indican ya con 36, 134,148).
Bojador habían sido ya doblados (1) (el último es el
titud 8 o 30'), y procuraba seguir sus huellas. Pero antes
cabo Buzedor de A n d r é s Bianco y de Livio Sanuto). E l
que los portugueses, creo que los de ninguna nación de
Portulano Mediceo, obra de u n piloto genovés, que el
Europa fueron más allá del Ecuador (1). L a región ai
conde Baldelli nos h a dado á eonocer (Polo, t. i, pá-
Sur de la bahía de B i a f r a , notable por el encuentro en
gina CLV), indica desde 1351 el Caco di Non. Marino»
catalanes, como lo prueba el A t l a s de 1374 examinado
por M. Buchón, habían estado al jorn de Sant Lorens,
qui es a X d'agost de 1 3 4 6 , ochenta y seis años ante» (1) No es en manera alguna probable que en el mapamundi
circular, que se atribuye generalmente á Andrés Bianco y que
que el almirante portugués Gilianez (1) en Río de Oro
acaso contiene á la vez (FORMALEONI, pág. 55) nociones del
(Río do O uro, lat. 23° 56'). E l valeroso J u a n de B e t a n - siglo X I I I y de otros que datan, como las cartas costeñas de
court sabía que antes de la expedición de Alvaro Be- Bianco, del año de 1436, el inmenso golfo designado con el
cerra, es decir, antes de terminar el siglo xxv, los mari- nombre fantástico de Nidus Abimalson 6 Abimalion (Abime-
nos normandos habían llegado hasta Sierra Leona (la- lek?) sea el golfo de Guinea (Chinata de Vivaldi en 1281; fía-
nuya del Portulano Mediceo, atribuido á un piloto genovés;
Guinauha, segdn BARROS, en la lengua de los indígenas).
Como antes del Portulam de Benincasa las cartas más anti-
Acerca del cabo Buzedor, véase FORMALEONI, páginas 20 guas catalanas é italianas no presentaban graduación en lati-
y 24. Paréceme, además, bastante dudoso que el nombre de tud, sería muy aventurado decir cuáles fueron los límites de
cabo de Non sea de origen portugués. PTOLOMEO, lib. iv, capí- este golfo; pero la orientación del mapamundi de Bianco más
tulo vi, indica ya en esta costa el río Nuius, y la traducción bien prueba que el Nidus Abimalson representa la extremidad
latina de la frase griega dice Nunii ostia. Es probablemente el austral de Africa.
Bambotum de Polibio (Plinio, V. i). Véase, sobre la latitud de Una carta árabe conservada en Oxford, que data del año 906
este punto, G O S S E L L I N , Rech., 1.1, pág. 132. de la Hegira y que acompaña la geografía de Edrisi (del si-
Edrisi conocía también, un poco más al Sur, á tres jornadas glo XII de nuestra era), presenta en el Belad Mufrada y Al
en el interior, la población de Mil ó Wada Nun, lo que recuer- Lamlam, el Senegal, comunicando á la vez con el Níger y el
da la costa de Nul ó Belad de Non de Leo el Africano (EDKISI, Nilo. Pero estos conocimientos del África occidental fueron ad-
edición de Hartmann, pág. 131). La geografía de ambos conti- quiridos por informaciones del comercio terrestre, no por viaje3
nentes está llena de estas tentativas de pueblos de la Europa marítimos (VINCENT, Periple oftlie Erythr. sea, pár. i. App.,
latina para adoptar las denominaciones indígenas y suponerlas página. 86). En el texto de Edrisi, las nociones sobre el lito-
una etimología sacada de las lenguas romanas. Estos esfuerzos ral de la Senegambia son casi nulas (HARTMANN, África, pá-
y alardes de ingenio datan de los griegos y los romanos. ginas 4, 35, 37 y 114). El j*olfo de Guinea, con el nombre de
Sinus iEthiopicus, y el Senegal comunicando con el Nilo, como
(1-1) Parece que los portugueses, antes que Gilianez hubiese en el mapa ó carta de Edrisi, se encuentran en el mapamundi
doblado los cabos Non y Bojador (BARROS, déc. i, lib. i, capí- de Fra Mauro de 1457 y 1459. Barros conocía también Tungu-
tulos 4 y 5, t. I, p. i, páginas 42 y 43), habían realizado afor- butn (Tombuctu), el rio y la ciudad de Genna ó Janni (Djenne,
tunadas tentativas en el mismo sentido en 1418, 1419 y 1423 Jinnie), no el Dafur de Fra Mauro, pero si la hipótesis de la
( N A V A R R E T E , t. I, pág. X X V I I . V I N C E N T , Periplc of tilo
unión del Senegal )Canaga ó Senhaga de Edrisi) con el Nilo
JErythr. sea, p. i, pág. 192). (tomo I, p. i, pág. 221).
ella de dos corrientes opuestas (del N O . y SE.), llegó á
E n t r e estos dos puntos extremos se encuentra situada
.ser desde 1471 á 1 4 7 4 , ocho ú once años despu'és de-la
muerte del infante D . Enrique, el centro del comercio la señal (Padrao de San Jorge) de la desembocadura del
[rescate) del oro, dado en firme á un activísimo mer- río Zaire ó «Río do P a d r á o do Reyno de Congo» (lati-
cader de Lisboa, F e r n a n d o Gómez. tud aust. 6® 5') y la señal del cabo San Agustín (Pa-
dráo do Sancto Agostinho, lat. aust. 13°) (1). •
E n esta época fueron sucesivamente descubiertas la
Behaim no nombra nunca á Diego Cam, ni en sus
isla de F e r n a n d o P ó , llamada primero I l h a Formosa, y
cartas, ni en las aclaraciones de su globo; pero repito
Jas de S. Tliomás, do Príncipe y d ' A n n o Bom (1).
que cita claramente y muchas veces esta expedición (2),
E s t a última isla (lat. aust. I o 2 4 ' 18") fué la pri-
«en la cual el que ha construido este globo tomó parte
mera que encontraron los portugueses al Sur del Ecua-
y fué enviado por el Rey de Portugal para descubrir lo
dor; pero en las dos expediciones, inmediata una á otra,
.que Ptolomeo no había visto», llamándola la expedición
que emprendió J u a n Cam al reino del Congo en 1484
de dos carabelas de 1484 y 1485. Indica el gran río
y 1485, en una de las cuales tomó parte Martín Behaim,
Zaire con el nombre que le dió Diego Cam á causa de
f u é descubierto (no me detengo en las latitudes, referidas
la señal de piedra (Padráo de San Jorge), pero tan poco
con bastante corrección por el mismo Barros) un espacio
correcto en la antigua ortografía portuguesa, como en la
de costa comprendido entre los paralelos de I o 50' (cabo
de su propia lengua, llama al Zaire, no río de Pedráo,
de S a n t a Catalina), y 22° de latitud austral ( la señal
sino río de Patrón. Todos nuestros mejores mapas mo-
de piedra (2), M a n g a de Areas, al S u r de cabo Frío)
dernos han conservado la costumbre de nombrar al cabo
al Sur de la embocadura del Zaire Cabo Padrón.
(1) BARROS, d é c . i , l i b . n , c a p . 2 ( t . i , p . r , p á g i n s s ,43, E l conocimiento que Behaim tenía de la factoría de
lio y 146), según un pasaje del mismo autor, que desgraciada- A n g r a de Gato (3) y del santo personaje (4) que sólo
mente no une la cronología á los acontecimientos como He-
rrera, podría creerse el descubrimiento de la isla Formosa más
(1) liARRROS, déc. 1, lib. III, capítulos 3 y 4 (t. 1, pági-
g u m o al ano de 1484 (déc. 1, lib. n i , cap. 3, t. 1, p. I ; pá _
nas 17.1,173, 175,176, 178, 185 y 192.)
(2) MüRR., páginas 4, 23, 24, 26, 80, 82, 104, 106, 108
J , 2 2 ^ o d e pedra. Hasta la expedición de Cam, las se- y 111.
ñales de los portugueses eran cruces de madera, y esta denomi- (3) M U R R , p á g . 1 1 0 ; BARROS, 1 . 1 , p . 1, p á g . 178.
1 á (4) Behaim le llama Organ, (pág. 112); denominación que
duí^delo l í ' ^ f - — — " y desemboca-
duras de los ríos, sin añadir alguna indicación particular del podría relacionarse con la de la provincia de Organónde Rubri-
«too ha causado mucha confusión en la geografía del lírica quis; pero el verdadero nombre del santón, según Barros (t. 1,
occidental. E cabo de Santa Catalina, donde" comen aron os p. 1, pág. 1 SI), es Ogan, acaso O-Khan, como reminiscencia
descubrimientos de Cam, era el último punto á que se había del Ung ó Un-Khan, de Marco Polo (cap. 42. B A L D E L L I ,
dCl l e y Alf0nS V ;
.tomo 11, pág. 100). Es el nieto del Preste Juan, Nestoriano
Santes
d cteS 1480
f (BARROS,
^ T ? 1.1, °
p. 1, pág. 172). -nsecuenciL Jvéraite, muerto por Gengisklian en 1203, transportado en el
enseñaba la punta del pie por detrás de una cortina
al parecer, la existencia de relaciones íntimas entre Mar-
de seda, y de quien los misioneros cristianos enviados
tín Behaim y Diego Cam. Como este último hizo dos
á Asia y Africa se sirvieron durante tres siglos para
viajes («descubrió por duas vezes», dice Barros), podría
mixtificar á los soberanos de E u r o p a , prueban también,
suponerse que Behaim sólo le acompañó en la primera
expedición de 1 4 8 4 , lo cual no explicaría, sin embargo,
siglo xv del Este al Oeste á Caracorum, en Abisinia, según los ni el error de una señal colocada, según el globo de N u -
informes dados por Covilham y Juan Alfonso de Aveiro. No
remberg, el 18 de Enero de 1485 en la bahía de la Ta-
debe confundirse con Ogan (Vang-khan) de África, otro per-
sonaje misterioso cuyas costumbres asiáticas, según Marco Polo bla, ni la posibilidad de que Behaim fuera el 18 de F e -
(hb. i, cap. 21; BALDELLX, t. ix, páginas 62 y 65), eran mu- brero de 1485 al convento de Alcobaça para recibir la
cho menos severas, y que como Viejo de la Montara (Alaudin ó orden de caballero del Cristo.
Vegho de la Montagna) figura también en el Mediodía de
Africa en el mapamundi de Bianco.
M. Lichtenstein, en un trabajo que se distingue por la exce- Cruz, en la bahía de Algoa, de la cual se despidió en 1487
lente crítica histórica, ha demostrado que hay error de fecha (como se leixara hum filho desterrado pera sempre). No debe
en el globo de Nuremberg, cuando Behaim sitúa cerca del cabo sorprender que este naufragio fuera atribuido á un gran co-
de Buena Esperanza,, que llama Terra Fragosa, la siguiente meta que se vió entonces en el hemisferio austral durante
nota:«Aquí las columnas (señales) del Rey de Portugal fueron once días, desde el 12 al 23 de Mayo de 1500, sin que cam-
colocadas el 1S de Enero de 1485.» (MUER, páginas 21 y 110) biara de posición». (BARROS, t. i, p. i, páginas 382 y 392.)

S l ^ i e g í , a l / U r d e l P a d r á ° d e M a n § a d e A r eas, á los 22
5 ÍUÓ B a r t o l o m é
S K I , T Díaz quien descubrió,
probablemente en Mayo de 1487, el cabo de Buena Esperanza
(cabo tormentoso), viniendo del Este, de la señal de la isla de
f a n t t ? ° Z ^n la bahía de Algoa (latitud austral 33° 50'; longi-
„ ; d e l c a b 0 d e Buena Esperanza), y que ,uso°la
e n l a b a
l ^ J ir ^ i ^ d e l a T a b l a (LICHTENSTEIN, e n
\aterí Museum Hamburgo, 1810, páginas 372-389; VINCENT
PeripleofJu' Erytkr.sea, p. I, PÁG . 2 0 S ; BARROS, t. I, p. I',
páginas 188 190,192 y 288). Confundiendo Behaim sea la ¿
tce ™ ' 8 e a l 0 S 7 Í a j e S d e C a m y d e Bartolomé Díaz, no
dice «pusimos», sino «las columnas fueron puestas», lo cual
deja su veracidad eu menos peligro. No era el célebre Bartolo-
había d M a d
^ " e l c a b 0 d e Buena Esperanza y
Z^te l o a s e f e m i d a d . a u s t r a l d e Á f r í c a - d i r i » i d a d * Este l
Dleg0 DíaZ
Jelama ' í 7 7 ' « >a expedición
d o l T f V h r Í ^ / f ? , C Í Ó m UD n a u ^ r a o ' ° e n 1500, cuan-
Vm
vmurió ° , d B r a S Ü a l C a b ° d e Buena Esperanza,
y muñó muy cerca de esa.señal (Padráo) de la isla de Santa
compañeros de Magallanes que tavieron la dicha de vol-
ver á Europa el 6 de Septiembre de 1522. « P r e t o r e
Portugallico F e r n a n d o , ab insularibus bello exagitatis
in regione aromatum ¡equatori vicina interfecto, qua-
tuorque reliquis é classicula quinqué navium deperditis,
una tantum regressa est, dicta Victoria, cribro terèbra-
VII. tiors>, escribe el mismo mes Pedro Mártir de Anghiera
al Obispo de Cosenza (1).

Martin Behaim y Magallanes.


(1) Pedro Mártir, lib. XXXV, ep. 767 (ed. Par. 1670, pa-
gina 416). La carta al Arzobispo está fechada en Valladolid,
III cal. Sept, MDXXII, y hay un error de cifra en esta indica-
«No hablaré, dice Volt-aire en el Estudio sobre las
ción. El buque Victoria no tocó en parte alguna desde las islas
costumbres, de ese ciudadano de Nuremberg, de quien de Cabo Verde, y la fecha de la llegada á la bahía de San-
fabulosamente se asegura que f u é en 1460 al estrecho lúcar, el 6 de Septiembre, es exacta. PIGAFETTA, Primo viag-
de Magallanes.» Pretensión tan absurda, y sin embargo, gio intorno al globo, pág. 183; H E R R E R A , Déc. I I I , lib. iv, ca-
pitulo i (ed. de Amberes, 1728, t. II, pág. 95). No debe sorpren-
tan repetida, merecería escasa atención, si no hubiera en
der el corto número de compañeros de Magallanes (18) que
la vida de Magallanes y h a s t a en el relato que de la ex- cuenta Pigafetta, mientras Herrera habla de «los 30 marinos
pedición de este m a r i n o hizo Antonio P i g a f e t t a algo que á las órdenes de Juan Sebastián Elcano (natural de Gue-
tan extraordinario q u e , al parecer, obliga al historiador taria, en la provincia de Guipúzcoa, embarcado en 1519 como
patrón de la nave la Concepción, hombre intrépido cuyo nom-
á someter el problema á concienzudo examen. bre no debe ser olvidado, y á quien ni la antigüedad ni la Edad
Creo que arrojará nueva luz sobre hechos que á pri- Media pueden oponer rival alguno) volvieron en la nao Vic-
mera vista, parecen singularmente enigmáticos, un dato toria». HERRERA, Déc, II, lib. i v , cap. i x (t. i , pág. 339); Dé-
cada III, lib. iv, capítulos 2 y 4 ( t . II, páginas 98 y 100). El
que he tomado de u n a antiquísima edición de la Geogra-
historiógrafo de la India no comprende á Pigafetta, que, siendo
fía de Ptolomeo. caballero de Bodas y agregado á la legación apostólica de mon-
Dos obras de cuya autoridad no puede dudarse: las señor Francisco Chiericato en España, sólo se embarcó como
Décadas de Antonio de H e r r e r a , y el Manuscrito de voluntario y curioso, en el número de los 30 «que fueron vesti-
dos á costa de la cortei), y los 18 de que habla Pigafetta forman
P i g a f e t t a , conservado en la Biblioteca Ambrosiana de con los 13 que retuvieron prisioneros los portugueses en la isla
M i l á n , y publicado por el Sr. Amoretti en 1800, dan á de Cabo Verde, y fueron reclamados con insistencia desde la
conocer la influencia que ejerció Behaim en el descubri- llegada de Juan Sebastián Elcano á la bahía de Sanlúcar
«las 30 personas» salvadas en el buque Victoria, excluyendo á
miento del estrecho patagónico. Merece preferencia la
Pigafetta.
autoridad de P i g a f e t t a , por ser uno de los diez y ocho
Pero la obra que poseemos de P i g a f e t t a no es el rrera tuvieron á la vista las notas originales del piloto
mismo Diario que tan cuidadosamente redactó día por más instruido de la expedición, A n d r é s de San Martin.
día b a s t a el 9 de Julio de 1522 en que llegó á la isla de Herrera, que pudo disponer libremente de los archivos
Santiago de Cabo Yerde, y supo que los portugueses h a - de Felipe I I desde 1596, y que en 1601 había publi-
bitantes de dicha isla llamaban jueves al mismo día que cado ya las cuatro primeras décadas de su historia, en-
según su Diario era mie'rcoles. «Mi sorpresa, dice P i g a -
contraría el Diario del piloto entre gran número de
fetta, f u é tanto más grande (1), cuanto que por no haber
documentos que después se han perdido, y ha dado, des-
estado enfermo durante el viaje, tenía indicados sin in-
graciadamente sin comprenderlos, extensos detalles de
terrupción todos los días de la semana. Posteriormente
observaciones astronómicas, tanto respecto á las latitu-
advertimos que no había ningún error, y que, viajando
des, como á las tentativas, bastante infructuosas, de apli-
siempre hacia Occidente y siguiendo el camino del sol, la
car los preceptos que R u y Faler ó Faleiro (ó del demonio
volver al mismo sitio debíamos haber ganado veinticua-
familiar de este astrónomo) le había enseñado para en-
tro horas.»
contrar las longitudes por la declinación (1) de la Lnna,
E l verdadero Diario de Pigafetta fué presentado al las ocultaciones de las estrellas, la diferencia de altura
emperador Carlos V . Lo que existe en la Biblioteca A m - de la L u n a y de Júpiter (2) y las oposiciones de la
brosiaua es el extracto de otro Diario enviado al P a p a L u n a y de V e n u s (3).
Clemente V I I y al gran maestre de Rodas, Felipe de
Villiers de Lisie Adam.
(1) «La t longitudine s'argcmenta de la latitudine de la
Indudablemente López de Castanheda, Barros y He- Luna.» PIGAFETTA, Trasunto del Trattato di Navigazione, pá-
gina 219.
(2) H E R R E R A presenta el tipo de este cálculo, déc. II,
(1) PIGAFFETTA Primo viaggio, pág. 182 Los marineros del libro iv, cap. 10 (t. i, pág. 338). Comparando atentamente He-
\ tetona advirtieron con espanto «que durante el viaje alrede- rrera y Pigafetta, me he convencido de que no eran idénticos
dor del globo habían comido de carne el viernes y celebrado las los materiales que cada uno empleaba. Citaré sólo el 13 y el 17
Pascuas el lunes»». (Herrera, t. ir, pág. 95.) Anghiera, que era de Diciembre de 1519, el 7 de Febrero y el 11 de Octubre
algo inclinado á burlarse, da á entender en su correspondencia de 1520, el de la trágica historia de la traición en el Rio de San
que el problema de el día perdido, como con más razón se le Julián. Pigafetta atribuye al Cabo de las Vírgenes la latitud
llama, mortificó largo tiempo á los compañeros de Magallanes de 52° 3', mientras los elementos numéricos de la observación
«quonam yero pacto classicula, de qua puto vos non ignorare, de 28 de Octubre de 1520, referida por Herrera, arrojan 52° 56'
parallellum circuerit integrum, proras ad Occidentem solem (véase Pigafetta, páginas 16, 24, 33, 35, y Herrera, 1.1, pági-
vertens semper, doñee ad Orientem illarum una, garyophyllis nas 339, 447, 449 y 451). Acerca de la coincidencia de la lle-
onusta, redierit et in eo discursu unum sibi defuisse repererit, gada de la Victoria y de Contarini, véase R A N K E , Piipstc, 1.1,
quaa stomachis exilibus impossibilia videbuntur, per ejus rei ad página 153.
unguem discussam narrationem in Decade mea quarta videbi-
tis». ( P E D R O MÁRTIR, ep. 770, p á g . 448.)
(3) BARROS, déc. n i , lib. v, cap. 10 (t. n i , p á r r a f o 1.°, pá-
gina 657). El historiógrafo portugués no cita, como Herrera,
L a s nociones publicadas por Herrera sobre la primera
expedición alrededor del mundo, son las más circuns- nistros del Rey (sin duda el cardenal Ximénez y mon-
tanciadas: las de los autores portugueses, por lo demás señor de Gebres) le apremiaban con preguntas, M a g a -
muy recomendables, no podían ser igualmente detalla- lanes les confió que iría primero á tocar en el cabo de
das, porque se debían á comunicaciones parciales y clan- Santa María, es decir, en la desembocadura del Río de
destinas llegadas de la India. E l embajador veneciano la Plata (Rio de Solís) y que desde allí seguiría la costa
Contarini habla también desde el año 1522 del día (al Sud) hasta hallar el estrecho; si no encontraba el
perdido. paso al otro mar (porque los ministros objetaban la po-
sibilidad de no encontrarlo), iría á las Molucas por el ca-
* Examinemos primero los documentos alegados en fa-
mino de los portugueses, es decir, por el cabo de Buena
vor dé Martín Beliaim, documentos anteriores á la par-
Esperanza. Añadió que estaba tanto más seguro de en-
tida de Magallanes. Cuando éste, diez años después de
contrar un estrecho, cuanto que lo había visto (sin indi-
la muerte del geógrafo alemán, irritado por la ingrati-
car el lugar) «en una carta marina construida por Mar-
tud del Gobierno portugués en la India, con una pierna
tín de Bohemia, portugués, natural de la isla de Fayal,
lisiada por un lanzazo, temerario en sus proyectos, in- cosmógrafo de gran reputación, carta que le había dado
flexible al ejecutarlos, presentóse por primera vez á la mucha luz acerca del estrecho.»
corte de España en Valladolid y mostró á J u a n Rodrí-
guez de Fonseca, obispo de Burgos, «un globo bien pin- Tal es la relación que hace Herrera (1) de la primera
tado», en el cual estaba marcada la ruta que pensaba entrevista de Magallanes con los españoles en 1517.
seguir, dejó en blanco, como era de suponer, el estrecho, Transcurrieron dos años antes de que la expedición pu-
diera darse á la vela (el 10 de Agosto de 1519). Los di-
para que no le pudieran robar su secreto. Como los nu-
plomáticos portugueses trabajaron tenazmente, mientras
permaneció la corte en Barcelona, para desacreditar al
los elementos numéricos; pero con amargas quejas, y bien jefe de la expedición, diciendo que era un aventurero li-
injustas por cierto, contra las Efemérides de Eegiomontanus,
da las fechas de cuatro observaciones de longitud, sacadas dé gero, hablador é indigno de confianza (2).
un libro que Duarte de Eezende (Feitor de Maluco) se procuró
furtivamente en la India y le envió á Lisboa. De igual proce-
dencia poseía también Barros el cuarto capitulo de los treinta (1) Déc. II, lib. II, capítulos 20 y 21; lib. IV, cap. 10 (t. I,
que forman un tratado de longitudes («vulgarmente llamadas páginas 103, 195 y 338).
distancia de meridiano fijadas por la altura de leste oeste») (2) « Hombre hablador y de poca sustancia.» Parece que la
compuesto por Ruy Faleiro para el uso particular de Maga- diplomacia fué más activa cuando vino un embajador á Zara-
llanes (t. n i , p. 1.", páginas 660 y 661). Barros, que nació goza á negociar el matrimonio de la hermana de Carlos V (doña
en 1496, encontrábase en África, en el fortín de la Mina, cuando Leonor) con el rey D. Manuel. «Se avisó á Magallanes que él y
llegaron á España los restos de la expedición de Magallanes su amigo, el astrónomo Ruy Falero, serían asesinados (diplo-
en 1522 (t. iii, p. 1.«, pág. 235). máticamente) , lo cual obligó al obispo de Burgos á ocultarles
todas las noches en su palacio.
H e aquí el testimonio de Pigafetta (1), amigo perso- que buscaba al Sud de la desembocadura del Río de la
nal de Magallanes y (según se ve en la narración del P l a t a ; segundo, que atribuía esta carta á Behaim, muerto
terrible suceso ocurrido en Río San J u l i á n , cuando el hacía diez años en las Azores.
tesorero Luis de Mendoza fué descuartizado) inclinado E s bastante raro que, dada su aversión patriótica con-
á enaltecer la reputación de su jefe. « E l 21 de Octubre tra España, el mordaz é ingenioso historiógrafo de la
de 1520 encontramos un estrecho, al cual dimos el nom- India portuguesa, Barros, no haya procurado rebajar el
bre de las once mil Vírgenes, por ser el día consagrado á mérito del traidor recordando que el descubrimiento del
ellas. Sin el saber de nuestro capitán, no se hubiera po- estrecho no se debió á su sagacidad, sino á haber visto
dido desembocar este estrecho porque todos creímos que una carta marina conservada en los archivos del rey
estaba cerrado; pero nuestro capitán se había informado D . Manuel. E s t e silencio de Barros parece probar que
de que debía pasar por un estrecho singularmente oculto, la tradición de la supuesta previsión de Behaim no ha-
habiéndole visto en una carta conservada en los archivos bía llegado á las Molucas.
(tesorería) del Rey de Portugal y dibujada por un cos- Compréndese, en efecto, que Magallanes tuviera más
mógrafo excelente, Martín de Bohemia.» interés en hablar de la existencia de un estrecho como
Estos testimonios, tomados de escritos contemporá- de cosa indudable y conocida de cosmógrafos célebres
neos (porque claro es que Herrera poseía el Diario de antes de haber llegado á él y cuando sólo trataba de ins-
San Martín), prueban dos cosas: primero, que Magalla- pirar confianza en sus proyectos, que más tarde, cuando
nes había visto en una carta en Portugal (2) el estrecho pasó al Océano Pacífico.
L a s traducciones del viaje de Benzoni y las numero-
(1) Primo viaggio, pág. 36, y la Introduzione del señor sas obras del orientalista Guillermo Postel (1) contri-
AMORETTI, páginas xx-xxvi.
(2) Antes ..liemos visto que estos testimonios contemporá-
neos nada nos enseñan acerca del lugar donde se encontraba
el mapa. Pigafetta cita solamente los archivos (el tesoro) del convento de Alcobaca donde Magallanes debió haber visto un
Eey de Portugal. Gozaba de tan grande reputación un mapa mapa de Behaim. ( S T U V E N , I)e vero Xov. Orhis inv., pág. 41;
veneciano, traido de Italia en 1428 por el infante D. Pedro, T O S E N , Der ivahre Entd., pág. 14). Aunque Behaim nació
duque de Coimbra, hermano del famoso infante D. Enrique, en 1430 y hasta 1479 ocupóse en comerciar en Alemania, no se
duque de Viseo, y colocado en el convento de Alcobaca, que temió atribuirle, sea el mapa veneciano de 1428, sea la copia
Francisco de Souza Tavares suponía haber visto indicado en del gran mapamundi del convento de los Camaldulenses de
él, como cola del dragón occidental de las Hespérides, el estre- San Miguel de Murano, que el rey Alfonso V había hecho di-
cho de Magallanes. ( A N T O N I O G A L V A X O , Trat. dos descubr., bujar en 1459 en el taller de mapas de Fra Mauro y de Andrés
p á g i n a x v ; MANUEL DI FARIA Y SOUSA, Europa Portuguesa, Bianco (ZURLA, pág. 85).
tomo III, cap. I, pág. 554; ZüRLA, il Mapjjávipndo di Era (1) Cosmograph ira disciplina, cap. II. pág. 22; De Univer-
Mauro, páginas 7, 86, 87 y 143; V I N C E N T , Per ¡plus of the sitate líber, pág. 37. Este hombre raro, perseguido por los teó-
Eryt.hr., páginas 197 y 199.) Además, se creyó que era en el logos, nació en 1510 y murió en 1581. Es uno de los pocos que
Luyeron mucho á propagar la idea de que Magallanes
no había hecho m á s que seguir la r u t a indicada por
Behaim. Postel t a m b i é n , como antes he indicado, sólo
habla de « F r e t u m M a r t i n i Bohemi á Magaglianesco L u -
sitano alias n u n c u p a t u m , quodque t e r r a m incognitam
australem ab A t l a n t i d e (America) separata.
A n t e todo, expondré la serie de los descubrimientos
V I H .
hechos en la costa oriental de la América del S u r h a s t a
la época en que Magallanes vino á hablar del estrecho
al Obispo de B u r g o s . L o s datos parciales que voy á Primeros descubrimientos en la costa oriental de América.
referir fúndanse e n el atento estudio de documentos re-
cientemente publicados.
Cristóbal Colón (1) comenzó su tercer viaje el 30 de
Mayo de 1498, partiendo de Sanlúcar. E l 1.° de Agosto
antes de Bochart se ocuparon de la lingüística comparada,
ciencia que, gracias á la filosofía y á los conocimientos más ex- del mismo año descubrió la Tierra Firme del delta del
tensos en nuestro siglo, ha llegado á ser tan importante para la Orinoco (isla Santa), y cuatro días después hizo desem-
historia de los pueblos y su mutua filiación.
(1) Los cambios que ha sufrido la nomenclatura de los di-
ferentes cabos de la isla de la Trinidad y la supuesta identidad
de las partes del continente americano que Colón, en su tercer
viaje, designó con el nombre de Isla Santa y de Tierra ó Isla
de Gracia, han hecho dudosa la cuestión de saber si fué la parte
de tierra firme vista por primera vez. He discutido este proble-
ma antes de la publicación de los documentos de Navarrete en
la Relation kistorique, t. II, pág. 72, nota 3." La costa primera-
mente descubierta fué la oriental de la provincia de Cumanái
al este de Caño Macareo, cerca de Punta Redonda, parte baja
llamada Isla Santa, y no la parte montañosa de la costa de Pa-
ria, que forma la costa NO. del golfo de las Perlas ó de la Ba-
llena, paraje que Colón designaba con el nombre de Isla de
Gracia. Cuando su primer viaje, en Noviembre de 1492, á las
costas de Cuba, estaba persuadido el Almirante de que se en-
contraba en un continente («es cierto, dice, que ésta es la
tierra firme», Diario, 1.° de Noviembre). Esta opinión, confir-
mada en el segundo viaje y solemnizada por el juramento de
Luyeron mucho á propagar la idea de que Magallanes
no había hecho m á s que seguir la r u t a indicada por
Behaim. Postel t a m b i é n , como antes he indicado, sólo
habla de « F r e t u m M a r t i n i Bohemi á Magaglianesco L u -
sitano alias n u n c u p a t u m , quodque t e r r a m incognitam
australem ab A t l a n t i d e (America) separata.
A n t e todo, expondré la serie de los descubrimientos
V I H .
hechos en la costa oriental de la América del S u r h a s t a
la época en que Magallanes vino á hablar del estrecho
al Obispo de B u r g o s . L o s datos parciales que voy á Primeros descubrimientos en la costa oriental de América.
referir fúndanse e n el atento estudio de documentos re-
cientemente publicados.
Cristóbal Colón (1) comenzó su tercer viaje el 30 de
Mayo de 1498, partiendo de Sanlúcar. E l 1.° de Agosto
antes de Bochart se ocuparon de la lingüística comparada,
ciencia que, gracias á la filosofía y á los conocimientos más ex- del mismo año descubrió la Tierra Firme del delta del
tensos en nuestro siglo, ha llegado á ser tan importante para la Orinoco (isla Santa), y cuatro días después hizo desem-
historia de los pueblos y su mutua filiación.
(1) Los cambios que ha sufrido la nomenclatura de los di-
ferentes cabos de la isla de la Trinidad y la supuesta identidad
de las partes del continente americano que Colón, en su tercer
viaje, designó con el nombre de Isla Santa y de Tierra ó Isla
de Gracia, han hecho dudosa la cuestión de saber si fué la parte
de tierra firme vista por primera vez. He discutido este proble-
ma antes de la publicación de los documentos de Navarrete en
la Relation kistorique, t. II, pág. 72, nota 3." La costa primera-
mente descubierta fué la oriental de la provincia de Cumanái
al este de Caño Macareo, cerca de Punta Redonda, parte baja
llamada Isla Santa, y no la parte montañosa de la costa de Pa-
ria, que forma la costa NO. del golfo de las Perlas ó de la Ba-
llena, paraje que Colón designaba con el nombre de Isla de
Gracia. Cuando su primer viaje, en Noviembre de 1492, á las
costas de Cuba, estaba persuadido el Almirante de que se en-
contraba en un continente («es cierto, dice, que ésta es la
tierra firme», Diario, 1.° de Noviembre). Esta opinión, confir-
mada en el segundo viaje y solemnizada por el juramento de
barcar su tripulación por primera vez en el continente E l descubrimiento que hizo Sebastián Cabot de la
americano equinoccial, en el golfo de P a r i a (en la costa América septentrional, desde la bahía de Hudson hasta
de la isla de Gracia). el sur de Virginia, con u n barco de Brístol (the Matthew)
toda la tripulación el 12 de Junio de 1491, la conservó Colón data del verano de 1497.
hasta su vuelta de Paria á Hai'ti en 1498. Dice terminante-
mente: «En el viaje que yo fui á descubrir la tierra firme es- No habla Colón en su carta á los Reyes Católicos de esta vista
tuve treinta y tres dias sin concebir sueño, pero no se me daña-. de Tierra Firme hacia el Sur, ni siqniera se encuentra en ella
ron los ojos ni se me rompieron de sangre y con tantos dolores nombrada la Isla Santa, sin duda porque en el viaje desde la
como agora.» (Carta á los Reyes Católicos, conservada en el Margarita á Hai'ti había tenido tiempo de reflexionar acerca de
archivo del Infantado.) (NAVARRETE, t. I, páginas 46 y 252.) la semejanza y probable unión de las costas continentales de
Este convencimiento de Colón de no haber descubierto en la tierra baja más meridional de la Isla Santa y de la tierra
1498 sino un punto más meridional y más oriental del conti- montañosa y más septentrional de la Isla de Gracia. «Creyendo
nente de Asia visto en 1492 y 1494, ha contribuido quizá á pri- que era otra isla (dice Herrera siguiendo á Las Casas) distinta
varnos de una relación más detallada escrita por el mismo Al- de Isla Santa, le puso nombre de Gracia, y le pareció altísima
mirante. tierra.»
El martes 31 de Julio de 1498, un marinero de Huelva, Alonso El 2 de Agosto se pasó por la Boca de la Sierpe (hoy Canal
Pérez, descubrió desde lo alto de un mástil una tierra de tres del Soldado, por cuya abertura comunica el pequeño golfo de
mogotes. Era el cabo SE. de la isla de la Trinidad, hoy Punta Paria ó de la Ballena, al Sur, con la mar. El día 5 de Agosto
Galeota, llamada entonces Punta Galea según la carta del Al- fué cuando por primera vez se puso el pie en el continente de
mirante, y Punta Galera según su hijo D. Fernando. La Punta América, á 5 leguas de distancia de cabo de Lapa, donde Pedro
Galera de los hidrógrafos modernos, el cabo NE. de la Trinidad, de Terreros hizo la risible ceremonia, tan repetida en nuestros
nunca llegó á verla el Almirante. dias, de una toma de posesión. La oftalmía impidió al Almi-
El miércoles 1.° de Agosto, después de haber hecho aguada rante desembarcar, pero no el hacer la «pintura de la tierra»,
en la Punta de la Playa, en la costa meridional de la isla de la que envió á los Monarcas, y que después guió á Alonso de Ojeda
Trinidad, al este de la Punta del Arenal (cabo SE. de la isla, cuando, desde las costas de Surinam, vino al golfo de Paria
acaso en la embocadura de los arroyos Erin y Moruga) «vieron (Segunda pregunta del Pleyto del fiscal, 1513-1515, N A V A -
sobre la mano izquierda (la proa al oeste) la Tierra Firme á 25 RRETE, t. n i , páginas 5 y 359). Cabe sospechar que la circuns-
leguas de distancia (esta valuación, como las siguientes, están tancia de no haber desembarcado indujo al piloto de la expedi-
aumentadas en la mitad), aunque pensaron que era otra isla, ción, Pedro de Ledesma, quince años después, á decir en el
y creyéndolo asi el Almirante, la puso por nombre Isla Santa.» pleito malignamente, y contra todos los demás testimonios,
Así lo dice el hijo de Colón ( Vida del Almirante, cap. 67. HE- «que Colón descubrió la Punta de la Galea de la Trinidad, pero
BREBA, déc. I, lib. n i , cap. 10, t. I, pág. 67. Véanse también no la Tierra Firme que se dice ser Asia».
los testimonios en el pleito del Fisco contra los herederos de La expedición salió el 15 de Agosto por la abertura septen-
Colón, NAVARRETE, doc. LXIX, t. n i , págs. 539-551 y 579-583, trional del golfo de Paria, y á ésta es á la que únicamente
entre los cuales se descubre la existencia de un manuscrito, en llama el Almirante Boca del Dragón. He juzgado conveniente
el que un marinero, Pedro Mateos, de la villa de Higuey, marcó poner en claro estos hechos, por el conocimiento detallado que
en 1498 todas las montañas y los ríos, y se lo quitó Cristóbal adquirí de las localidades durante mi estancia en las montañas
Colón.) de Paria y en las misiones de Caiipe.
Alonso de Ojeda, acompañado de J u a n de la Cosa y
de Santa C r u z , según Manuel de Valdovinos). F u é el
de Amerigo Yespucci (Ojeda nombra á este último, Mo-
primero que en la desembocadura del Iviapare ú Orino-
rigo Vespuche, en el pleito del Fiscal contra los herede-
co, por medio de un artificio improvisado (escalfador de
ros de Colón, según se ve en la 5. a pregunta del mismo),
barbero), que sólo podía abrirse en el fondo del agua,
partió el 19 de Mayo de 1499, y tocó tierra á fin de J u -
reconoció que en una profundidad de ocho brazas y me-
nio del mismo año en las costas de Surinam hacia el d i a , las primeras dos brazas del fondo eran de agua
6° de latitud boreal. A su vuelta vió las desembocadu- salada, cubierta hacia la superficie de agua dulce (testi-
ras de río Esequibo y del Orinoco. monio del médico García Hernández en el pleito: NA-
Vicente Yáñez P i n z ó n , el mismo que mandaba la VARRETE, t. n i , p á g . 549).
Niña en el primer viaje de Colón, salió de Palos á prin-
Desde la desembocadura del río de las A m a z o n a s
cipios de Diciembre da 1 4 9 9 , atravesó por primera vez volvió á la costa de Paria.
el Ecuador en la región americana del Océano Atlántico,
Tiene de notable la expedición de Lepe que dobló el
y el 20 de Enero de 1500 descubrió el cabo de San cabo de San A g u s t í n , llamado por él Rostro Hermoso
A g u s t í n , llamado por Pinzón (Pleito, preg. 7. a ; N A V A - (.Pleito del Fiscal, 8. a pregunta; N A V A R R E T E , t. m , pá-
R R E T E , t. I I I , páginas 547 y 552) cabo de Santa M a - ginas 319 y 553), y observó que más allá de este cabo
ría de la Consolación, latitud austral 8 o 19'. V i ó , por continúa la costa del Brasil en dirección SO., como así
t a n t o , una parte del Brasil, la provincia de Pernam- es (véanse las hermosas cartas hidrográficas del almi-
buco, cuarenta y ocho días antes de la partida de Cabral, rante Roussin), entre los 8 ' y los 13° de latitud austral.
á quien generalmente se atribuye el descubrimiento del E s t a observación pudo generalizar desde 1500 la idea
Brasil. Favorecido por las corrientes de E S E . al O N O . de la configuración piramidal de la América del Sur.
(porque hacia la parte más convexa y más oriental de la
N o cito después de Lepe, ó como formando parte de
América meridional, como hacia la parte cóncava del esta expedición, al comendador Alonso Vélez de Men-
Africa en la bahía de B i a f r a , que parece corresponderle, doza, cuyo viaje, á pesar del testimonio oficial del piloto
las corrientes se dividen y cambian de dirección), Vi- J u a n Rodríguez Serrano, es dudoso. ( N A V A R R E T E , t. m ,
cente Yáñez Pinzón siguió la costa al Oeste del Cabo de páginas 319 y 594).
San Roque (lat. a u s t , 5 o 28'), y descubrió la desembo- Pedro Alvarez Cabral, enviado por el rey D . Manuel
cadura del A m a z o n a s , que llamó Paricura. de Portugal á las Indias orientales (á Calicut), por el
Del mismo puerto de P a l o s , y poco después de la par- camino de Vasco de G a m a , queriendo evitar ( B A R R O S ,
tida de Vicente Y á ñ e z P i n z ó n , probablemente en los década i, lib. v, cap. i , t. i , pág. 386) las calmas del
últimos días del año 1 4 9 9 , salió Diego Lepe. Siguió la golfo de Guinea y los vientos de SO. que soplan entre
misma r u t a y tocó también en el Cabo de San Agustín los cabos Palma y López, impensadamente llegó á tierra
(Cabo de Santa M a r í a de la Consolación; después Cabo el 24 de Abril de 1500 en las costas del Brasil, hacia el
décimo grado de latitud austral; por consecuencia, entre
ficada por la configuración del continente americano.
Porto Francés y la desembocadura del río S a n F r a n -
Desde el décimo grado de latitud austral costeó aún
cisco (probablemente cerca del río Liquia), á la extre-
Cabral durante algunos días la costa americana hacia el
midad meridional de la provincia de Pernambuco, á 15
Sur hasta P u e r t o Seguro, y desde allí dirigió el rumbo,
ó 20 leguas marinas de los parajes que los españoles
favorecido quizá por la corriente (southern connecting
Vicente Yáñez Pinzón y Diego de Lepe habían recono-
current), que impulsa al E S E . en dirección del banco
cido tres meses antes.
A guillas, al Cabo de Buena Esperanza, donde pereció
Compréndese por la curiosa carta que el rey D. M a - Bartolomé Díaz en un naufragio, al Sur de la bahía de
nuel escribió á los Reyes Católicos el 29 de Julio de 1501 A l g o a , según antes dije.
(NAVARRETE, t. III, Doc. núm. 13, pág. 94), que en
Durante los años de 1505 á 1507 ocupóse con prefe-
Portugal no se adivinó la posibilidad de estar unida esta
rencia la corte de E s p a ñ a en que se buscara un camino
tierra, llamada Terra Santa Cruz, y habitada por una raza
directo hacia el Oeste para llegar «al nacimiento de la
cobriza de cabellos lacios, á la tierra de Paria, cuyo des-
especería», descubriendo al efecto algún estrecho en las
cubrimiento era conocido en España desde el mes de Di- costas meridionales del Brasil. Vespucci, á quien Colón
ciembre de 1498; pero se preveía desde entonces (lo cual había recomendado eficazmente (carta de Sevilla de 15
es muy notable), la importancia que una tierra situada, de Febrero de 1505), Vicente Yáñez Pinzón, J u a n de
por decirlo así, en el camino del Cabo de Buena Espe- la Cosa y Solis, fueron consultados para una grande
ranza debía tener para la navegación de la India ( « L a - expedición que debía partir en Febrero de 1507; pero
qual tierra parece que milagrosamente quiso nuestro Se- que, por las influencias portuguesas y la escasa armonía
ñor que hallase, porque es muy conveniente y necesaria que reinaba entre F e r n a n d o el Católico, á su vuelta de
para la navegación de la I n d i a , porque allí Pedro Alva- Nápoles, y su yerno el rey Felipe I , fracasó. E s t a fué
rez reparó sus navios y tomó aguan). la época en que estuvo favorecido Vespucci ( H E R R E R A ,
E l exacto conocimiento que hoy tenemos de la multi- déc. i, lib. vi, cap. 16; lib. v n , cap. 1, t. i, páginas 142
plicidad de estas corrientes ó ríos pelásgicos de distintas y 148; N A V A R R E T E , t. I I I , páginas 47, 294, 302 y 321).
temperaturas que atraviesan el gran valle longitudinal Vicente Yáñez Pinzón y J u a n Díaz de Solís partieron
del Atlántico, explica fácilmente la derivación extraor- de Sanlúcar el 29 de J u n i o de 1508, y reconocieron la
dinaria hacia el O. que sufrió la escuadrilla de Cabral. costa desde el cabo de San A g u s t í n hasta el paralelo de
Cometióse la imprudencia de atravesar el Ecuador en 4 0 ° Sur, cerca del rio Colorado, pero sin ver la des-
una longitud demasiado occidental, y por efecto de la embocadura del Río de la Plata, que está 5 o más al
corriente ecuatorial media (empleo la nomenclatura del Norte.
mayor Rennell), entróse en la corriente del Brasil, que
Vasco N ú ñ e z de Balboa vió el mar del Sur el 25 de
sólo es la continuación de la corriente equinoccial, modi- Septiembre de 1513, desde lo alto de la Sierra de Qua-
requa (Pedro Mártir, ep. 540, pág. 206), y algunos días golfo de Uraba, donde principiaba el gobierno de Ojeda,
después, cuando Alonso Martín, de Don Benito, encontró y oficialmente embellecida en las cédulas reales de 27 de
una bajada al golfo de S a n Miguel, y en una canoa fué J u l i o y 2 de Agosto de 1513 con el hermoso nombre
el primero en navegar por dicho m a r , Balboa, siguiendo de Castilla de Oro (1) y Castilla de Aurifia (sin duda
por el camino que los indígenas abrieron, entró espada aurífera).
en mano en el agua h a s t a llegarle á las rodillas para to- J u a n Díaz de Solís murió durante sus éxitos, después
mar posesión del Océano nuevamente descubierto. Los de llegar en el reconocimiento de las costas occidentales
éxitos de Balboa sólo duraron cuatro años, porque en de América hasta los 36° de latitud austral. Salió del
1517 le decapitaron por orden de su mortal enemigo puerto de Lepe el 8 de Octubre de 1515; llegó al cabo
Pedrarias Dávila (ó con más exactitud Pedro Arias de de S a n Roque del Brasil (lat. 5° 2 8 ' 1 7 " S u r ) ; diseñó
Avila) y del licenciado Espinosa. Había escrito poco el yacimiento de la costa, doblando, como lo hicieron V i -
tiempo antes al rey F e r n a n d o , en carta encontrada en cente Yáñez Pinzón y Diego de Lepe, el cabo de San
los archivos de Sevilla, «que V . A . mande que ningund Agustín (cabo de Santa María de la Consolación ó de
bachiller en leyes y otro ninguno, si no fuere de medi- Rostro Hermoso), hasta la bahía de Río J a n e i r o ; tocó,
cina, pase á estas partes de la tierra firme, porque nin- favorecido siempre por las corrientes que se dirigen
gund bachiller acá pasa que no sea diablo y tienen vida de al S S O . en el cabo de la Cananea (lat. 25° 10'), en la
diablos» (Navarrete, t. n i , doc. 4.° de la sec. 3. a ). isla de la P l a t a (hoy Santa Catalina) (lat. 27° 3 6 0 , en
las islas de los Lobos, cerca de Maldonado, y, en fin, en
J u a n Díaz de Solís f u é el encargado «de pasar al mar
el puerto de Nuestra Señora de la Candelaria, que se
del Sur á espaldas de Castilla de Oro (parte N O . de la
creyó estaba á los 35° de latitud austral, probablemente
América meridional) y avanzar 1.700 leguas más allá
entre Maldonado (lat. 34° 5 3 ' 27'') y Montevideo (lati-
de la línea de demarcación ; de reconocer si Castilla de
t u d 34° 54' 8"). Allí descubrieron los españoles esa
Oro es una isla, y de enviar á la isla de Cuba la figura
gran abertura de la mar dulce que llamaron río de Solís.
de la costa, si algún estrecho ó abertura hacía posible
Después de anclar en el interior del río, cerca de una isla
este envío» (Navarrete, t. n i , docs. 35 y 36). N o se eje-
(islote de Martín García), cuya latitud austral se fijaba
cutó ninguno de estos vastos proyectos de descubrimiento
de un estrecho ó de circunnavegación de la América del
S u r para llegar á la costa occidental del gobierno de favor por ser gran cortesano y de buenos dichos, hombre hijo-
Pedro Arias de Avila, parte de la Tierra Firme, situada dalgo, modesto y de blanda condicion, hombre de á cavallo,
entre Veragua (gobierno de Diego de Nicuesa) (1) y el tañedor de vihuela y trinchante á Don Enrique Enriquez, tio
del Eey Católico.» HERRERA, dèe. I, lib. v i l , capítulos 7 y 1(>.
(1) Doy aquí los verdaderos limites de la Castilla del Oro
(1) Los historiadores contemporáneos describen en los si- en la época en que la Tierra Firme estaba explotada como en
guientes términos el carácter de este hombre valeroso: «Tenía arrendamiento en provecho de los conquistadores que la
en 34° 40', los indígenas asesinaron á Solis y á ocho
que eran comunes los vasos de plata en Tenochtitlán, y
d é l o s que le acompañaban; probablemente en Agosto
Herrera olvida que el conquistador de Méjico desem-
de 1516. Herrera (déc. i i , lib. i , cap. 1 7 ; déc. iv
ca barcó el 19 de Septiembre en la playa de Yeracruz
P- Mem. of Seb Cabot, 1831, pág. 104)
(Chalchicuecan), y que, llegado á la capital, mandó fa-
nos ha conservado una parte del Diario de la expedi-
bricar á los plateros indígenas (aztecas) desde los pri-
ción, al menos los detalles de las posiciones, que demues-
meros días, conforme á los modelos españoles, no sólo
t r a n notable progreso desde Colón en la precisión de
cuchillos y cucharas de plata, sino también figurillas de
Jas observaciones de las alturas meridianas del sol.
santos para enviarlas á E u r o p a ; por tanto, las muestras
A u n q u e Gomara lo niega, parece que la denominación
de plata americana debieron ser vistas siete ú ocho años
de Río de Solís fué cambiada por la de Río de la Plata
antes que Diego García y Sebastián Cabot se encontra-
cuando la expedición de Diego García en 1 5 2 7 , quien
ran en el Río de Solís, en la costa perteneciente hoy á la
encontró allí placas de p l a t a , que probablemente proce-
República Argentina.
dían de las minas de P o t o s í , en manos de los indios
g u a r n a s . «Fueron las primeras muestras americanas de E n vista de los datos cronológicos expuestos en este
este metal que se recibieron en España», según asegura resumen de descubrimientos, superfluo sería refutar la
Herrera; pero dudo de la exactitud de esta noticia. opinión de los que atribuyen á Cabot el descubrimiento
Los reyes aztecas hacían explotar las minas argentí- del Río de la P l a t a .
feras de Tasco (Tlachco, en la provincia mejicana de E n Valladolid, en 1517, fué donde Magallanes mani-
Cohuixco), que yo he visitado (Essai pol., t. m , pág 115 festó sus proyectos de descubrir un estrecho que preten-
segunda edición). Cortés dice en sus cartas á Carlos V día haber visto trazado en un mapa de Behaim.

habían descubierto (NAVARRETE, t. n i , docs. núms. 1. 2 y 28


337 y 313; H U M B 0 L D 1
s F í ' * * * t.nipá:
Sn ;f^ín, , m n p a m QUG
u n d l d e Eiber0 de 1529 la
'
SÓ1 CORRES on
' denominá-
rfn S? •t , ° P de á üraba y al Da-
ñen se aplica a toda la parte septentrional de Tierra Firme
] 5 S COm a D t e S
x S l l f r , ° ; ° demostrado, l a d e n o m i n S
el cabo í e t VC, P r ° r C Í a d G C u m a n á > emprendía desde
el cabo déla \ ela al golfo de Uraba. Cuando el rey Fernando
encargo en 1513 á su embajador en Rema. ¿losen Jerónimo de
Papa la creación de u n
obispado
E S S f 1 1 ^ A n ^ U a ( d e l a p r ° ™ d e Dañen), la
Castilla de Oro fue llamada, en la jerarquía eclesiástica. Bce-
tica aurea. '
opiniqnes, y la que de éstas domina por el momento, da
una dirección especial á las empresas marítimas. Cuando
los resultados de las nuevas exploraciones no confirman
las hipótesis forjadas de antemano, no por eso dejan de
consignarse éstas en los m a p a s , donde á veces quedan
estereotipadas durante siglos.
Para reunir dos épocas muy apartadas, citaré como
IX. ejemplos: 1.°, el mapa de América de R u y s c h , publi-
cado en la edición romana de Ptolomeo en 1508 (dos
Influencia de la configuración de África en las ideas sobre años después de la muerte de Colón), mapa que, con-
la que debía tener América. forme á las opiniones sistemáticas, reúne simultánea-
mente la Groenlandia (Gruentland) y Terra nova ( I n -
sula Bacalauras), á los Gog y Magog del Asia Oriental,
y las partes occidentales de la isla de Cuba á la Florida;
E n esta larga serie de descubrimientos desde la des-
2.°, una obra muy moderna y estimadísima por muchos
embocadura del Orinoco basta la del Río de la P l a t a , la
conceptos, la cuarta edición del mapamundi de P u r d y ,
época de la muerte de M a r t í n Behaim coincide con los
en el cual, á pesar de cuanto hoy se sabe (1) tanto so-
grandes armamentos que preparaba la Corte de E s p a ñ a
bre el origen y la emigración de Occidente á Oriente del
para buscar hacia el Sur el paso á la tierra de las espe-
mito del Dorado, como sobre el terreno comprendido
cias , siendo uno de sus resultados más importantes la entre las fuentes del Carony y del Río Branco, al S u r
expedición de P i n z ó n y de Solís al Río Colorado, á los de la cordillera de Pacaraina, el lago Parima está figu-
40° de latitud austral (en 1508). rado como una cuenca de 30 leguas de diámetro, casi lo
E n geografía como en historia, los hechos y las opi- mismo que lo representa Joducus Houdius.
niones influyen entre sí mutuamente, y con frecuencia
acaban por confundirse. Modifican esta reacción ó in- Las cartas geográficas expresan las opiniones y los
fluencia recíproca el carácter del siglo, los intereses do- conocimientos más ó menos limitados del que las lia
minantes y la autoridad de algunos hombres notables. formado, pero no figuran el estado de los descubrimien-
tos. Lo que se encuentra dibujado en los mapas (espe-
E l curso del Níger y el emplazamiento de esa ciudad
cialmente en los siglos x i v , xv y xvi) es una mezcla
africana (Tombuctu), cuya miseria actual contrasta con
su antiguo esplendor comercial, presenta en los estudios
geográficos notable ejemplo de esas fluctuaciones de hi-
pótesis y de hechos imperfectamente conocidos. U n des- (1) Véase mi Relation hist orí que, t. I, páginas 699-713, y
cubrimiento que llama mucho la atención modifica las tomo II, pág. 224.
de hechos comprobados y de conjeturas presentadas paralelo con el golfo de Guinea, encuéntrase á trece gra-
como hechos. dos y medio más al Sur.
Sería sin duda desconocer los progresos de la geogra- Desde Cabo Verde á la desembocadura del Gambia,
fía y las causas que los han apresurado, desacreditar los el Africa occidental se inclina ya al S E . á 15° de dis-
ingeniosos procedimientos del arte que combina lo cono- tancia del Ecuador, mientras en la América del Sud
cido con lo desconocido. L o s resultados de estos proce- hasta el paralelo de 5 o de latitud austral continúa pro-
dimientos sólo son temibles cuando el trazado de los longándose de N O . á S E .
mapas no presenta los medios de conocer lo que ha sido La creencia de que era posible la circunnavegación
visto y lo que se supone que puede existir. del Africa, subsistió desde la más remota antigüedad á
N o debe perderse de vista en este problema la in- través de toda la E d a d Media. Fundábase, no diré en
fluencia que han ejercido en la representación del tra- hechos comprobados (los restos de los barcos españoles
zado de las costas y en la configuración general de los encontrados en las costas del mar Rojo no los constitu-
yen seguramente), sino en la creencia de estos hechos y
continentes, las opiniones, las conjeturas y los deseos
en el conocimiento más ó menos exacto de la forma tra-
excitados por los grandes intereses políticos y comercia-
pezoidal ó piramidal del continente.
les. E s t a anticipación de las conjeturas á los descubri-
mientos reales y positivos, y los motivos más ó menos Mientras no se recorrían más que las costas occiden-
sólidos en que se funda, nos darán alguna luz acerca tales hasta el cabo Bojador y las orientales hasta el
de la convicción que Magallanes tenía desde 1517 de Norte de cabo Aromata (Guardafuí), podía suponerse
la existencia de un estrecho que no descubrió hasta que Africa, lejos de estrecharse hacia el Sud, continuaba
ensanchándose, y esta fué en efecto la opinión de Marino
1520.
de Tyro y de Ptolomeo (1), que desde el promontorio
Desde la expedición de Diego de Lepe (1500), y la
observación que hizo este navegante de que, doblando el
cabo de San Agustín, la costa empezaba á tomar la di- (1) Geogr., lib. IV, cap. 9; lib. I I , cap. 5, donde á « la
rección de SO., podía conjeturarse en Europa la forma tierra desconocida» que rodea el mar de la India al Mediodía
se la nombra dos veces, mientras á mitad del mismo cap. 5 al
piramidal de la América del Sur. Las relaciones de po-
mismo mar de la India se le compara, como mar cerrado, al
sición geográfica de esta mitad del Nuevo Continente Caspio. M. Gossellin (Reclt., 1.1, pág. 45), atribuye á Hipparco
y del Africa son tales (y este hecho notable ha influido esta hipótesis de una división del Océano en muchas cuencas y
•probablemente también,- en el origen de las cosas, en la la prolongación oriental del África. Hasta ha publicado dos
mapas del sistema de Hipparco, presentando la tierra descono-
desigual prolongación de las tierras hacia el polo aus- cida que une Africa y Asia. El único pasaje que se puede
tral), que la gran convexidad del continente americano alegar en justificación de esta identidad de la geografía siste-
\(el vasto proniontorio brasileño), correspondiente á la mática de Ptolomeo y de Hipparco (la era del primero de estos
geógrafos está separada de la del segundo por Strabón y Posi--
sinuosidad opuesta del Africa, lejos de estar en.el mismo
P r a s u m . al Sur del cabo R a p t u m , prolongaban el Africa
oriental hacia el E s t e para unirla por medio de una tie- E n efecto; los sistemas, fruto de ciertas predileccio-
rra desconocida (especie de tierra austral) á Cattigara y nes ó de deferencia á la autoridad de un hombre celebre,
al oriente de Asia. permanecen independientes de los progresos de los des-
Si se admite que esta ficción llega á la época de cubrimientos y de la extensión creciente de la navega-
Hipparco y por t a n t o á la escuela de Alejandría, siglo ción. A pesar de estos cambios de opiniones, triunfa la
y medio antes de n u e s t r a era, y se compara el estado de idea de un mar libre y contiguo que baña la extremidad
los descubrimientos geográficos correspondiente á los austral del Africa.
tiempos de Eratosthenes, de Cratés de Malíes (confun- E l gran crédito que dos escritores de mediana impor-
dido por Mr. Gossellin en su Tiech. geogr., t. i, pág. 104, tancia, Mela y Solino (1), gozaban en España, en la
con Cratés, el Cínico al hacerle, contemporáneo de A l e - patria de San Isidoro, en ese mismo país que llegó á ser
jandro), de Posidonio y de Strabón, que admiten la po- en la Edad Media el centro de la literatura geográfica
sibilidad de la circunnavegación de Africa, con el que de los árabes, contribuyó mucho á rectificar las induc-
tenían en tiempo de Hipparco, de Marino de Tyro y de ciones que en pro de la circunnavegación de Africa po-
Ptolomeo, se llega al triste resultado de que, en la a n t i - dían sacarse del comercio de la India, del golfo Pérsico
güedad, las opiniones recientes son con frecuencia me-
nos exactas que muchas de las que le precedieron ( t r e s
siglos transcurrieron entre Cratés, el comentador de H o - (1) Antes dije la poderosa influencia que en la dirección de
mero, y Ptolomeo las ideas de Cristóbal Colón ejercieron los pasajes de Strabón,
repetidos por el cardenal dAilly. He aquí un pasaje de Solino
que, por sus afirmaciones positivas, produjo grande efecto en la
Edad Media. «Omneillud mare ab India ad usque Cades voluit
domo, que, como Eratosthenes, eran de opinión contraria) en- (Juba) intelligi navigabile, cori tantum flatibus.» Llámase
cuéntrase en Strabón, lib. i, pág. 10 Alm., pág. 5, Cas también fastuosamente «loca stationum et spatiorum modum»
Trátase en este sitio de la división del Océano en muchas cuen- (SOLINO, Ex. Plin, págs. 874-879). San Isidoro era de la misma
cas separadas por istmos y de la influencia probable de estes opinión de Cratés, de Eratosthenes y de Solino (Orígenes, li-
istmos en la desigualdad de los fenómenos de las mareas No bro xiv, cap. v). El pasaje de Solino está tomado de P L I N I O
se nombra a Hipparco sino por haber combatido, conforme al (VI, 29), que comienza el Atlántico en el cabo Mosylon de
testimonio de Seleuco el Babilonio, la identidad general de los Etiopia y reúne en un mismo capititulo ( u , 67) cuanto podía
fenómenos de flujo y reflujo; y aunque por inducción, estas excitar el ardimiento de los marinos portugueses del siglo XV.
opiniones ponen á Hipparco en oposición con Cratés, que ad- El viento NO. (eaurus ó argestes de los griegos) no está acer-
mite la posibilidad de una circunnavegación, confieso, sin em- tadamente elegido para explicar una navegación desde la India
bargo, que el pasaje citado no me convence completamente de ó del mar Rojo á Cádiz ; es, sin duda, una reminiscencia de la ^
la desigualdad de configuración que, á la extensión en latitud, expedición de Eudoxio, en la cual Posidonio (STRABÓN, lib. n ,
deben haber dado al Africa Ptolomeo é Hipparco, cerca del mar página 157 Alm., pág. 99 Cas.) hace intervenir «continuós vien-
tos del Oeste» ; pero también Eudoxio procuraba dar la vuelta
al Africa del Oeste al Este.
y del Yemen con las costas de Azania, de Zanzibar especialmente, anterior en cuarenta años á la circunna-
(Zanguébar), de Soffala y de la isla de San Lorenzo, el- vegación de Vasco de Gama, es el que presenta con
Magastar (Madagascar) de Marco Polo, cuyo litoral mayor claridad el promontorio del Africa austral, con el
estaba desde muy antiguo habitado por tribus árabes. nombre de Capo di Diab.
Largo tiempo antes de Bartolomé Díaz y de Vasco L a configuración de esta extremidad del continente
de Gama, vemos la extremidad triangular de Africa merece particular atención. Presenta el aspecto de una
representada en el planisferio de Sanuto, 1306, anejo al isla triangular, en la cual al N E . del Copo ai Diab
Secreta fidelium crucis y publicado por Bongars (1), (nuestro cabo de Buena Esperanza) se encuentran ins-
en el Portulaneo della Mediceo Laurenziana de 1351, criptos los nombres de Soffala y de Xengíbar, y está
obra genovesa que el conde Baldelli ha dado á cono- separada de la Abassia (la Abisinia), según las propias
cer (2) en el Planisferio de la Palatina de Florencia palabras del autor del mapamundi, «por un canal rodeado
de 1417, discutido por el cardenal Zurla (3), y sobre de altas montañas y frondosas selvas». E s t e canal, que
todo, en el famoso mapamundi de F r a Mauro, construido tiene la dirección de N N E . á SSO. es tan estrecho,
en los años de 1457 á 1459 (4). Este último mapa «que reina en él perpetua oscuridad y los remolinos que
forma el agua hacen peligrar los barcos.» Tales indica-
ciones y el aspecto del mapa prueban que se figura la
(1) Gesta Dei per francos, ed. 1611, t. ir, páginas 281, 296; extremidad del continente como separada de la gran
Marino Sanuto, á quien no se debe confundir con Livio Sanuto, masa más boreal por un estrecho, que recuerda involun-
geógrafo del siglo xvi, y que se llama á si mismo en un manus- tariamente el de Magallanes.
crito de la Biblioteca Laurentina de 1321 (iMarinus Sanuto die-
tus Toixellus, de Venecciis », predicó acertadamente una cru- U n a inscripción puesta al lado del cabo de Diab in-
zada en interés del comercio, deseando destruir la prosperidad dica que en 1420 dobló dicho cabo un barco indio,
de Egipto y dirigir todas las mercancías de la India por Bagdad,
Zoncho de India (Junco de la India), viniendo del
Bassora y Tauris (Tebriz) á Kaffa, Tana (Azow) y á las costas
asiáticas del Mediterráneo. Nacido en 1260, compatriota y con- E s t e en busca de las islas de los Hombres y de las Muje-
temporáneo de Marco Polo, el viajero de Oriente, Sanuto no res (habitadas separadamente por los de cada sexo), que
conoció el Milione, pero si, probablemente, la geografía de Abu están más allá; y que después de cuarenta jornadas y
Bihan (Albiruni), de la que tomó datos Abulfeda. De carácter
de andar más de 2.000 leguas sin encontrar más que
elevado, expone grandes miras de política comercial. (ANTONIO
D E CAPMANY, Memorias históricas sobre la marina de Barce- aire y agua, el buque indio volvió en setenta jornadas de
lona, 1779, t. i , pág 40.) Es el Raynal de la Edad Media, sin navegación al cabo Diab, donde los marineros encontra-
» la incredulidad de un abate filósofo del siglo x v m . ron en la playa un huevo del tamaño de u n tonel, que
(2) Il Milione, 1827,1.1, pág. CLV. se reconoció ser del ave C r o c h o ( l ) .
(3) Dissert, t. II, pág. 397.
(4) Il Mappamondo di Fra Mauro Camaldolese, descritto
de lacido Zurla, 1806, párrafo 54. ( 1 ) ZURLA , p á r r a f o s 38, 39, 116-118.
Observaré primero que esta dirección del rumbo del rido eoger para presentarlas á la reina Isabel» ( 1 ) .
barco hacia el Oeste para buscar las Amazonas es con- E l barco indio de que habla E r a Mauro, buscaba
traria á la opinión generalmente admitida de que dichas en 1420 («verso ponente fuora del Cavo de D i a b » ) , á
mujeres, á quienes Marco Polo atribuye u n obispo cris- través de las Isole verde y de los bajicos de bruma del
t i a n o , y que no se comunicaban con los hombres sino mare tenebrosum, las islas de hi Homeni é de le Done.
durante la primavera, vivían muy cerca de Socotora (la E s t a s palabras que cito textualmente indican por lo
Scara, según algunos manuscritos de Marco Polo, y la menos que el mito árabe de las Amazonas no se refería
Scoria de Behaim). á una localidad bien determinada. N o se t r a t a , pues,
Marsden (1), en su sabio comentario del viajero ve- aquí de una de esas islas situadas en el vasto archipié-
neciano, sitúa Visóla Mascóla é Femina del Milione lago (2) que Edrisi figura dirigido de O. á E . desde
(libro m , cap. 3 3 ) á la entrada del golfo de A d e n ,
entre Socotora, célebre por un mito árabe, relativo á
una colonización q u e Aristóteles aconsejó á Alejan- (1) Diario del primer viaje, 13 y 15 de Enero (NAVA-
dro, y el cabo de Guardafuí, y cree que estas islas de RRETE, t. i, páginas 134 y 138); y cuarto viaje( NAV., t. i , pá-
Marco Polo son los islotes de las H e r m a n a s (Abd al gina 2 8 2 ) . Matinino es Santa Lucia: BORDONI, Isolario, edición
de 1547, pág. 15. I.a isla Matitina de Propacchi, Isole piúfa-
Curia). moie, 1576, pág. 106, y del mapa de las Antillas de Wytfiiet en
L a ficción de las A m a z o n a s h a recorrido todas las re- •las Descriptionis Ptolemaicai argumentum sive Occidentis
notitia ( 1 5 9 7 ) , paréceme que coincide mejor con la posición de
giones, y corresponde al círculo uniforme y estrecho en
la Martinica.
el que la imaginación poética ó religiosa de todas las (2) Este archipiélago contiene Socotra (Socotora), Seren-
razas de hombres y de todas las épocas, se mueve casi div (Ceylán) y Kemr )Madagascar), situada al E. de Ceylán,
instintivamente. A p e n a s descubrió Cristóbal Colón las según el mapa árabe que acompaña al hermoso manuscrito de
Pequeñas Antillas al fin de su primer viaje, creyóse ya Edrisi, de la Biblioteca Bodleyana, en Oxford. Por esta confi-
guración extraordinaria dada al Africa oriental, á la costa de
en las inmediaciones de u n a isla ( M a t i n i n o ) habitada Zengis y á la de Sofala, Asia y África formaban un golfo in-
por mujeres solas, «algunas de las cuales hubiera que- menso (mar de find ó Hind), que en dirección, como el archi-
piélago, de O. al E. se extendía desde la desembocadura del
mar Rojo hasta las extremidades orientales del mundo desco-
nocido.
(1) Ed. de Marco Polo, nota 1.419. Behaim ha figurado El globo de Behaim presenta la parte de esta serie de islas
también estos islotes en el globo de Nuremberg, y pretende que que traspasa el meridiano de Cathav, de Gog y de Magog,
no empezaron á ser habitados hasta 1255. (MURR., pág. 34.) La siendo la más próxima á las costas de España. Socotora y Zi-
situación cerca del cabo de Guardafuí no conviene en manera pangu son los puntos extremos de este archipiélago por el lado
alguna con el dicho de Polo «verso mezzodì di Chesmacoran», de la India. Antes de 1492 creíase que continuaba hacia el
que es la parte más occidental de Vludia viaggiare, á 500 mi- Este por medio de jalones apartados que foraiaban la Antilia,
llas de distancia. San Borondón y las Azores. Tal era la opinión de Toscanelli y
la costa meridional del Yemen hasta la extremidad
fala (Zofala, H a r t m . p. 103-108 y 113) se prolonga tam-
oriental del mar de Sind, frente á una costa de Africa
bién de E . á O. hasta el promontorio africano de Vac-
que por Barbara ( C a f r o r u m térra, E d r i s i , ed. H a r t m .
Vac ( V a k v a k ) ; porque existe una parte continental é
p. 98), A l z u n g (Terra Zengitana, H a r t m . p. 100) y Se-
islas de este nombre. (Véase el texto de Edrisi, p. 34, «de
térra Sofalre confini et de propinqua Ínsula Vac-Vac.)»
La tierra que busca el Zoncho de la India está al otro
de Colón, y puede formarse exacta idea de la esperanza de
lado del cabo austral de A f r i c a , y sólo en el caso de
dichos grandes hombres de entrar por el Atlántico en esta zona
continua de islas, cuantió se conoce el tipo imaginario de la creerle inmensamente alejado al E s t e del promontorio
geografía árabe é italiana del siglo xv. Vac-Vac y conforme al convencimiento de la redondez
En el mapa de Edrisi queda abierto el mar de Hind hacia el de la tierra, generalmente admitido por los geógrafos
Este; pero como reminiscencia del sistema de Ptolomeo, se pro- árabes, hubiera podido llegar, navegando hacia el Oeste
longa la costa de Sofala hasta el meridiano de Cathay. Es ver-
al mar tenebroso (el A t l á n t i c o ) , donde están las isole
daderamente extraordinario que, en oposición directa con el
mapa del manuscrito de Oxford y de muchos textos de Edrisi, verde, de las cuales se tenían nociones muy vagas.
el sabio maionita Gabriel Sionita, en su comentario marginal Pero mucho más que la situación de una de estas islas
del geógrafo nubiano, haya atribuido á éste la misma opinión
fabulosas de los árabes que los navegantes cristianos
de Ptolomeo, según la cual el mar de la India sería una cuenca
cerrada (EDRISI, ed. de 1619, pág. 3, nota b). Esta falsa inter- han poblado de obispos y de monjes, importa el trazado
pretación á que ha podido contribuir un pasaje algo obscuro de del cabo de Buena Esperanza en un mapa mundi de 1459.
Edrisi (pág. 37) acerca de una tierra que está unida á la costa Los mismos que sospechan algunas adiciones posterio-
de Zengis (¿ó cercana?), ha sido copiada en otras obras, por lo res (1), no las suponen más allá de 1470; de suerte
demás, muy estimables (SPRENGEL, Geseh. der geogr. Entd.,
página 156). Hay siete mares, dice el Nubiano, de los cuales
seis son como golfos del Océano Homérico (more arnMens), y
uno completamente separado, nulli partí pradietorum marium
juncia. Ahora bien; como este solo mar, separado de los otros (1) B A L D E L L I , Milione, t. i, pág. 33. La sospechad-ilas
(Edrisi, pág. 243, repite las mismas palabras) es el Caspio ó adiciones fúndase en datos, al parecer, debidos á un monje,
mar de Tabarestán, y que, comparado al antiguo estado del Me- Talián, que recorrió la Etiopía. La conjetura de Eamusio y de
diterráneo, es el mismo al cual llama (pág. 147) Stagnum un- tantos geógrafos modernos, de que Fra Mauro había copiado un
dique claumm. no puede quedar duda alguna de que Edrisi mapa traído por Marco Polo del Catay, ha sido, en mi opinión,
creía el mar de la India abierto hacia el Este y en comunica- victoriosamente refutada por el cardenal Zurla (párrafos 136-
ción libre con el Océano. Lo dice claramente en la pág. 36, 143). La orientación del mapamundi de Mauro, en el cual el
donde habla del enlace del marepiceum, la parte más oriental Mediodía, como en el planisferio de Velefri (del siglo xv), pu-
del mar de la India, con el mar de las Tinieblas, ó sea el Océano blicado por el sobrino del cardenal Borgia, está situado en la
Atlántico, que baña (páginas 6, 39) las costas occidentales de parte superior del mapa (cayendo, por tanto, el Oriente á la
Africa, la extremidad oriental (Vac-Vac) de dicho continente izquierda), choca, sin duda, cuando se recuerda que en China,
y las tierras septentrionales de Gog y de Magog. donde, según las nuevas é ingeniosas investigaciones de M. Kal-
proth, los marinos se guiaban por medio de la brújula desde el
que las expediciones de Díaz y de Gama son indudable- pelásgicas que, según nociones exactísimas adquiridas
mente diez y siete y veintisiete años posteriores á la eje- desde el siglo x m por Marco Polo en las Indias, impul-
cución del mapa que nos presenta el Capo di DJab. E l san con extrema violencia hacia el SO. y el S S O . , im-
conocimiento de la existencia de este promontorio es pedían á los árabes estacionados en las factorías desde
más notable, porque su nombre mismo parece indicar el siglo XII en toda la costa oriental de A f r i c a , desde el
qué pueblo lo descubrió y qué en general las corrientes cabo Guardafuí h a s t a Quilloa y Sofala, llevar su nave-
gación más allá del promontorio que los portugueses lla-
maron después Cabo de las Corrientes (latitud austral
siglo III de nuestra era, la aguja imantada lleva el nombre 23° 58')-
de aguja que muestra el Sur, TchinantcMn,
La dirección del comercio del Norte al Sur y al Suroeste daba Temíase pasar la desembocadura meridional del canal
especial importancia á la región meridional; pero las orienta- de Mozambique, porque se sabía que no era posible vol-
ciones de los mapas fueron, al parecer, por largo tiempo bas- ver navegando contra la corriente. «II mare corre si forte
tante arbitrarias. En el mapamundi circular de Andrés Bianco,
¡i mezzodi, que á pena se potrebbe tornare» (Marco Polo,
mucho más antiguo que su Portulán de 1436, y hasta quizá co-
piado de un mapa del siglo x m , el Sud está á la derecha, como lib. III, cap. 35). Resulta, pues, que sólo por noticias
también en el mapamundi de la Biblioteca de Turín, anejo á de los indígenas y por alguna atrevida expedición, seme-
un comentario del Apocalipsis compuesto en el año 787 y trans- j a n t e á la que F r a Mauro supone hecha en 1420, pudo
crito en el siglo XII ( Cod. manuscripti. Bill. Taurin, 1749, t. II,
conocerse la configuración de la extremidad de Africa.
página 29, Col. XCIII). El mapa fragmentario del monje Cosmas
índicopleustes, lo mismo que el mapa general de Edrisi, de la Acaso el barco indio que dobló el cabo Diab á favor de
Biblioteca Boldfiyana, que con frecuencia he citado, están la corriente del Banco de las A g u j a s (el great Lagullas
orientados como acostumbramos á orientar nuestros mapas, el stream de Rennell) volvió (1), después de estar, como
Oriente á la derecha. La antigüedad siguió generalmente el dice F r a Mauro, cuarenta días en el Océano Atlántico, á
ejemplo de Homero (Iliada, X I I , 239; S T R A B Ó N , lib. I , pá-
gina 3i Cas ), que hace volar el águila á la derecha hacia la favor de la contracorriente (southern connecting enrrent),
eurora j á la izquierda hacía la estancia de la noche (el Po- que, reforzada por los vientos del Oeste en latitudes más
niente). Sólo Empedocles trastorna, por decirlo asi, los puntos meridionales, entre los paralelos 37° y 40°, arrastra una
cardinales en sentido diametralmente opuesto al método de parte de las aguas del Atlántico hacia el E s t e en el
Bianco, nombrando «la derecha del mundo el Norte y la iz-
Océano de la India, y constituye uno de los rasgos más
quierda el Sur (PLUTARCO, Plac.phil., II, 10; STOB , Ecl.phys.,
XVI, pág. 358). Esto es, como observa M. Lommatzsch, un re- notables del gran cuadro de los ríos pelásgicos.
flejo de la doctrina egipcia (PLUTARCO, de Isid,, c. 32), que
considera el Oriente como «la cara del mundo»; lo cual, no para E l nombre que dió Mauro al promontorio austral de
quien mira al Oriente, sino para quien vuelve el rostro al Occi- Africa exige algunas explicaciones basadas en conoci-
dente, sitúa (como dice Empedocles) el trópico del invierno, ó
sea el Sur, á la izquierda. (LOMM., Weisch. des Emú., 1830. pá-
gina 200.)
( 1 ) R E N N E L , Inv. on Current., páginas 98,138.
mientos lingüísticos más exactos. E l Cardenal Ziírla ve Fernando Colón, aficionado á los rasgos de erudición,
en el cabo Diab el cabo de los Lobos. E n árabe, dsiáb dice que el nombre de cabo de Buena Esperanza « h a
(el colectivo ó pluralis fractus de dsib) significa induda- sido sustituido al de Agesingua», indudablemente co-
blemente lobos; pero M. Walckenaer (1) en un inte- rrupción de Agisymba. E s t e nombre recuerda la pro-
resante artículo sobre el mapamundi de F r a Mauro, ha
demostrado que esta etimología es menos probable que
la de una derivación de la palabra malaya dib ó div, isla. (VII, 2). No insistiré en la transformación de Diu Socotra en
Las comarcas de Zanguébar y de Mozambique las Dioscoridis Insula, conforme en rigor á la tendencia de los He-
frecuentaron, antes que los portugueses, los barcos ára- lenos de formar mitos históricos por la alteración de nombres
geográficos; pero cuéstame trabajo participar de la opinión de
bes, persas é indios. E l nombre dado al cabo puede, por
un sabio ilustre, cuyas opiniones causan generalmente pro-
t a n t o , corresponder á dos familias de lenguas original- funda convicción en el ánimo del lector, de que Socotra sea una
mente distintas, á las lenguas semíticas (armenias) ó á corrupción del apócope de Dioscóride3. (LETROXNE, Matcriaux
las lenguas indo-germánicas. L a palabra que comun- pour Vhistoire du Clirutianisme en Abyssinie, 1832, pág. 138.)
La isla de Socotora, habitada desde antiguos tiempos por co-
mente se usa en persa para decir isla, es bendáb (unión
lonos árabes é indios, era, no sólo por su posición á la entrada
de agua, en alemán das Wasserband); pero duab (dos del mar Erythreo, importante para el comercio, sino también
aguas en persa, comarca entre el J u m n a y el Ganges), porque se la creía fértil en aloes, cuya especie, muy buscada en
palabra formada regularmente por analogía con la pend- la antigüedad, se la llama aún en las farmacias Socotrina, adje-
tivo de Socotra, como se ve claramente en G A R C Í A , ab Ilorto
jab (la Pentapotamida), confúndese remontando al sáns-
Aromc.ta, t. i , 2, pág. 14, ed. de 1567. «Insula Socotra (dice el
crito con dvipa (dvi, dos, y apa, agua), que significa á geógrafo de la Nubia, pág. 23) nitida tellure, ferax arborum et
la vez isla y península (2). pleraque ipsius germina sunt arbores aloes. Atquf haje aloe su-
perat bonitate reliquas omnes, ut illam qu£e colligitur in Ha-
dhramut terree Yemen.» Esta descripción recuerda la fábula
(1) Vi es de personnages celebres, t. I, pág. 336. Recordaré, árabe de que Aristóteles indujo á Alejandro á descubrir la isla
que en la punta austTal de Africa abunda una especie particu- de los Aloes, y el consejo de que, cuando el rey macedonio fuera
lar de lobo, el chacal mcsomelas; pero no es probable que el personalmente á Socotora «telluris preestantia.et aeris tempe-
Junen de la India tocara en el cabo Diab. •riem approbans», expulsara á los antiguos colonos y les reem-
(2) Dvipa (contraído en clip y div) es en sánscrito, según plazara con griegos que cmdarian las plantaciones de aloes.
M. Bopp, hablando con propiedad, un compuesto posesivo, te- Creo que una isla que tanta celebridad gozó durante largo
niendo dos agvas, rodeado de agua por dos lados. Dvis pierde tiempo, muy bien podía merecer el nombre (sánscrito) de
fácilmente la v, como lo prueba el adverbio numeral griego 61:, Sukhadhara, sitio de la felicidad ó isla felicísima, dvipa Su-
en el cual el epiceno rau queda suprimido. En la explicación Matara, que los Sres. Bopp y Bohlden reconocen casi sin nin-
del nombre griego de Socotora (Dicscoridis ínsula) fué donde guna alteración en Socotora. (Das alte Indien, t. II, pág. 139;
Bochard procuró por primera vez, hace doscientos años, encon- P A T T . , Etym. Forscli. avs dem Gebiete der Indo Germán.
trar las palabras inscritas Diu Socotra, impulsado quizá á Sprachen, 1833, pág. 80.) Al aloe, al jugo purgante, llámasele
ello por la palabra labadiu (isla de la Cebada) de Ptolomeo en sánscrito tarani. (WILSOÍT, Lex., y A I N S L I E , Mat. med. In-
blemática expedición de Julio Materno hacia el limita
siglos XII y x i n en el comercio árabe, persa é indio con
extremo de la E t i o p í a , que Marino de Tyro (Ptolomeo,
la costa oriental de Africa; finalmente, por los mapa-
lib. i, capítulos 7 y 9) quería situar más allá del tró- mundis que, fundados en las mismas nociones, presen-
pico de invierno, y que dió ocasión á Ptolomeo para en- taban, medio siglo antes de Vasco de Gama, la configu-
trar en curiosas discusiones de Geografía zoológica. ración de este cabo, hacia el cual se dirigía la corriente
E n el gran siglo de los descubrimientos marítimos, de Mozambique y que bañaban á la vez el Océano Indio
los portugueses recordaron con frecuencia el nombre de y el Océano Atlántico.
Agisymba, y Barros (déc i , lib. x , cap. 1) indica, al pa- La analogía de forma entre Africa y la América del
recer, que el nombre de Symbaoé (corte), que los indí- S u r pudo engendrar la misma esperanza de circunna-
genas dan á las antiguas fortificaciones al Oeste de So- vegación, cuando en 1508 Vicente Yáñez Pinzón y J u a n
fala (lat. austral 20° ó 21°) podría ser muy bien un re- Díaz de Solís llegaron al grado 40 de latitud austral y
flexo de Agisymba de Marino de Tyro, denominación vieron la inclinación de las costas de América hacia el
etiópica que Julio Materno y Septimio Flaco dieron á Suroeste, desde el cabo de San Agustín, en una exten-
conocer á los romanos. sión de más de 900 leguas marinas. Balboa no había
Acabamos de yer que la circunnavegación del África descubierto aún el Océano Pacífico; sin embargo, Colón
austral fué impulsada por el conocimiento de la forma sabía, poco antes de morir (1506), que este Océano exis-
triangular de este continente; por las tradiciones, verda- tía y que estaba próximo á las costas orientales de Ve-
deras ó falsas, pero religiosamente conservadas de anti- r a g u a : sabíalo, no por combinaciones hipotéticas sobre
guos viajes; por las nociones que los árabes de E s p a ñ a , la configuración del Asia oriental, sino por testimonio
de la Mauritania y de E g i p t o extendieron desde los de los indígenas, quienes, en el cuarto viaje del A l m i -
rante, le dijeron que cerca del río de Belén el otro mar
vuelve (boa-a) hacia Ciguara y las bocas del Ganges, y
dica, t. I. pág. 10.) Creo encontrar esta palabra en el tarum de que estas tierras occidentales (del Aurea, es decir, del
Plinio (XII, 20), sustancia aromática que se recibía por medio
Quersoneso de Oro, de Ptolomeo) están relativamente
del comercio con los Nabatlieos (GARCÍA , ab llorto, lib. i, ca-
pitulo ltì), sin haber conocido esta analogia con un nombra en la misma posición (1") con las costas (orientales')
sanscrito, conjetura yaque el tarum de Plinio es la madera
odorífica del aloes, el agallochon de Dioscóiides, que el botánico
de Anazarbe no confunde con óJ.ór¡. Mi [sabio amigo M. Le-
(1) «Parece que estas tierras de Ciguare, que son á diez jor-
tronne recuerda que cerca de Suaken, en Abisinia, hay una
nadas de Rio Gangues, están con Veragua como Tortosa con
montaña, Dyab, y ha hecho derivar este nombre como el de la
Fuenterrabia.» Estas palabras, bien expresivas para pintar dos
isla Diabus y el de Dibits (probablemente la isla Dahlak), pa-
mares opuestos uno á otro, sólo se encuentran en la carta rarí-
tria de Teófilo el Ariano, según Philostorgos, de una raíz árabe
sima de 7 de Julio de 1503 (Morelli, páginas 11 y 30; N A V A -
que significa oro (Christ. d'Abyssinie, pág. 139). Esta raíz es
RRETE, t . : , páginas 299 y 309), y no en la biografía escrita por
dse/ieb.
el hijo de Colón.
de Veragua que está Tortosa (en la desembocadura del
Ebro) con Fuenterrabía (en las Vascongadas) ó Vene- «luego que llegaredes á las espaldas de donde estu-
viere Pedrarias enviarleeis un mensagero, con cartas
cia con Pisa,
vuestras para m i , con la figura de la costa, é conti-
•Colón buscaba, como dice su hijo (Vida del Almi-
nuareis vuestro camino; ési la dicha Castilla del Oro
rante, cap. 90), el estrecho de Tierra Firme; pero la pa-
•quedare isla é obiere abertura por donde podáis en-
labra estrecho ocasiona en todas las lenguas equivoca-
viar otras cartas vuestras á la isla de C u b a , enviadme
ciones, «pudiendo ser de agua ó de. tierra»; por tanto, un
otro hombre por allí, haciéndome saber lo que hobie-
paso ó un istmo. E l Almirante fue' con frecuencia enga-
redes hallado, despues que me hobieredes escrito por
ñado por los interpretes que, en su nombre, se informa-
via de Pedrarias, é la figura de lo que hobieredes des-
ban de la forma de las tierras.
cubierto.»
Sorprende ver que la analogía con Africa no infun-
H e aquí cómo concibo el sentido de esta notable ins-
diera la esperanza de una circunnavegación (él pro-
trucción. Cuando hayáis llegado á la espalda ( á la costa
proyecto de dar la vuelta á la parte austral del Nuevo
occidental) del gobierno de P e d r a r i a s , comunicaréis con
Continente) antes que la convicción de la existencia de
él (por tierra) y continuaréis vuestro camino (hacia el
un estrecho. E n los documentos oficiales, sobre todo en
Norte, para llegar al paralelo de Cuba). Si entonces
los que datan de los años de 1505 á 1507 ,.la vía por la
descubrís que este gobierno de Pedrarias ( P e d r o Arias
cual se llegaba á las especias no está verdaderamente
-de Avila) ó la Castilla del Oro es una isla y que existe
indicada con claridad , y, sin embargo, con frecuencia se alguna abertura (de la costa) por donde podáis enviar
habla del estrecho «por el cual los mismos portugueses otros despachos á la isla de Cuba, haréis pasar un men-
deseaban buscar un camino más corto para llegar á las sajero por este estrecho, para que yo sepa lo que habéis
islas de las especias». hecho desde la primera carta entregada á Pedrarias. Su-
Cuando posteriormente (dos años después de la ex- pónese el estrecho hacia el N o r t e del D a ñ e n «despues
pedición de Balboa y del descubrimiento del mar del de haber comunicado con Pedrarias». Toda esta expe-
Sur) recibió Solís el encargo de navegar « á espaldas de dición se llama un viaj¿ á la parte del Sur- (Real nom-
Castilla del Oro», es decir, de visitar las. costas occiden- bramiento de contador de la armada de Solís del 22
tales de esta provincia, se le prescribió ir primero al de Julio de 1 5 1 5 ) , y como por el Sur debe llegar la
Sur, sin especificar si doblaría el cabo que debía formar expedición á espaldas de Castilla del Oro y la ins-
la extremidad austral del continente. L a palabra aber- trucción de 1514 sólo dice, si encontráis otro estrecho
tura del continente no consta en la instrucción de 24 (otra abertura) para enviar un despacho á C u b a , po-
de Noviembre de 1514 ( s e g ú n lo expresé antes al dría creerse que Solís esperaba rodear la extremidad
enumerar las expediciones hechas desde 1498 á 1517), austral de América para entrar en el mar descubierto
sino como medio de comunicar con la isla de Cuba por Balboa. E s t a inducción me parece n a t u r a l ; pero
Herrgra (1), que muy bien pudiera no liaber v i s t o los
mismos documentos, es de opinión contraria, pues d i c e ,
pura y simplemente que Solís debía ser enviado (en 1 5 1 5 }
hacia el Sur, porque, según las opiniones de los cosmó-
grafos, «podría haber por allí u n paso para llegar á las-
islas de las especias».
Iguales eludas existen respecto á las instrucciones y
esperanzas de Magallanes. E s t e marino portugués no X.
habla de circunnavegación, de un cabo semejante al que
doblaron Díaz y G a m a , y sólo indica un medio de con-
Las expediciones clandestinas.
seguir buen éxito, el de seguir la costa más allá del
cabo de Santa María á la desembocadura del río de Solís
(río de la P l a t a ) h a s t a encontrar el estrecho que había
H e manifestado anteriormente cómo pudo ser figurado
visto señalado en el mapa de Behaim.
:al cabo austral de Africa en un mapa de F r a Mauro,
Hemos expuesto antes los testimonios de este h e c h o ,
treinta años antes de que Díaz lo doblase; pero ¿cómo
tomados de los documentos coetáneos del Diario de P i -
•explicar la indicación de un estrecho americano en un
gafetta y d é l o s Diarios de los pilotos que H e r r e r a t u v o
mapa portugués antes del viaje de Magallanes?
á su disposición. Magallanes pudo atribuir equivocada-
Recordaré las circunstancias que pueden haber hecho
mente al cosmógrafo de Nuremberg, cuyo nombre go-
•conjeturar la existencia de un paso, y dehe advertirse
zaba gran celebridad, lo que no era obra suya (errores de
que en la E d a d Media las conjeturas se dibujaban reli-
esta clase h a s t a hoy mismo son f r e c u e n t e s ) ; pero no se
giosamente en los mapas, como lo prueba la Antilia,
trata aquí t a n t o del autor de un mapamundi, como de la
:San Brandón ó Borondón, la Mano de S a t á n , la isla
influencia que éste ejerció en la previsión de u n descu-
V e r d e , la isla Maida y la configuración de las vastas
brimiento real.
tierras australes.
A l lado de las expediciones autorizadas por el Go-
(1) Déc. i i , lib. I, cap. 7. En los despachos diplomáticos bierno español, y cuya lista completa hemos dado ante-
del embajador de Portugal Juan Méndez de Vasconcelos, co- riormente, hubo viajes clandestinos, emprendidos por
rrespondientes á los meses de Agosto y Septiembre de 1512, en- cuenta de otras naciones ó por súbditos españoles que
contrados en los archivos de Lisboa (en la Torre do Tombo), las
querían engañar al fisco. Cuando Alonso de Ojeda
islas de las especias (Malucos) reconocidas desde 1511 por An-
tonio de Abreu, se confunden siempre con la península de Ma- en 1501 partió por segunda vez para reconocer la costa
laca. Háblase en ellos de la herejía de Solís, oque mostrara que de Venezuela, después de haber sido nombrado gober-
Malaca está no demarcagao de Castela». nador de Coquivacoa, se sabía que los ingleses habían
Herrgra (1), que muy bien pudiera no liaber v i s t o los
mismos documentos, es de opinión contraria, pues d i c e ,
pura y simplemente que Solís debía ser enviado (en 1 5 1 5 }
hacia el Sur, porque, según las opiniones de los cosmó-
grafos, «podría haber por allí u n paso para llegar á las-
islas de las especias».
Iguales dudas existen respecto á las instrucciones y
esperanzas de Magallanes. E s t e marino portugués no X.
habla de circunnavegación, de un cabo semejante al que
doblaron Díaz y G a m a , y sólo indica un medio de con-
Las expediciones clandestinas.
seguir buen éxito, el de seguir la costa más allá del
cabo de Santa María á la desembocadura del río de Solís
(río de la P l a t a ) h a s t a encontrar el estrecho que había
H e manifestado anteriormente cómo pudo ser figurado
visto señalado en el mapa de Behaim.
:al cabo austral de Africa en un mapa de F r a Mauro,
Hemos expuesto antes los testimonios de este h e c h o ,
treinta años antes de que Díaz lo doblase; pero ¿cómo
tomados de los documentos coetáneos del Diario de P i -
•explicar la indicación de un estrecho americano en un
g a f e t t a y d é l o s Diarios de los pilotos que H e r r e r a t u v o
mapa portugués antes del viaje de Magallanes?
á su disposición. Magallanes pudo atribuir equivocada-
Recordaré las circunstancias que pueden haber hecho
mente al cosmógrafo de Nuremberg, cuyo nombre go-
•conjeturar la existencia de un paso, y debe advertirse
zaba gran celebridad, lo que no era obra suya (errores de
que en la E d a d Media las conjeturas se dibujaban reli-
esta clase h a s t a hoy mismo son f r e c u e n t e s ) ; pero no se
giosamente en los mapas, como lo prueba la Antilia,
trata aquí t a n t o del autor de un mapamundi, como de la
:San Brandón ó Borondón, la Mano de S a t á n , la isla
influencia que éste ejerció en la previsión de u n descu-
V e r d e , la isla Maida y la configuración de las vastas
brimiento real.
tierras australes.
A l lado de las expediciones autorizadas por el Go-
(1) Déc. II, lib. I, cap. 7. En los despachos diplomáticos bierno español, y cuya lista completa hemos dado ante-
del embajador de Portugal Juan Méndez de Vasconcelos, co- riormente, hubo viajes clandestinos, emprendidos por
rrespondientes á los meses de Agosto y Septiembre de 1512, en- cuenta de otras naciones ó por sübditos españoles que
contrados en los archivos de Lisboa (en la Torre do Tombo), las
querían engañar al fisco. Cuando Alonso de Ojeda
islas de las especias (Malucos) reconocidas desde 1511 por An-
tonio de Abreu, se confunden siempre con la península de Ma- en 1501 partió por segunda vez para reconocer la costa
laca. Háblase en ellos de la herejía de Solís, oque mostrara que de Venezuela, después de haber sido nombrado gober-
Jlalaca está no demarcagao de Castela». nador de Coquivacoa, se sabía que los ingleses habían
desembarcado en la parte occidental de esta costa ( 1 ) .
Según el testimonio de un tal Rodríguez Serrano, d e sámente» por cuenta de los portugueses, no se atreviera
Sevilla, que se alababa de haber estado en el Cabo de á alabarse de ello en España (1).
San Agustín con el comendador M e n d o z a , parece q u e P o d r á dudarse respecto á Vespucci y á la problemá-
tica serie de sus viajes marítimos; pero es seguro que las
ya en la época del viaje de Diego de L e p e , del que antes-
expediciones clandestinas fueron frecuentes desde que
he hablado, había «expediciones obscuras y furtivas»-
Colón descubrió la tierra firme de Paria y las corrientes
Quizá á expediciones de esta índole corresponden las que
llevaron á Cabral á las costas del Brasil.
Vespucci debe haber hecho por cuenta del Rey de P o r -
E n Septiembre de 1501 se juzgó indispensable publi-
tugal desde 1501 á 1504 a l a s costas del B r a s i l , aunque
car una ordenanza (2) especial para Sevilla, 1a. isla de
el piloto Ñuño García, que dibujaba las cartas de la
Gran Canaria y Hai'ti (la Española), imponiendo seve-
América Occidental y supo por Vespucci la verdadera
ras penas á las personas que, sin permiso particular, in-
latitud del Cabo de San A g u s t í n , advierte que si este
tentaran «descubrimientos en el mar Océano y en la
viajero florentino hubiera ido allá «clandestina y malicio-
tierra firme d é l a s Indias». Vasco Núñez de Balboa (3),
en las curiosas relaciones que hace á la corte de los re-
sultados de los descubrimientos de las costas del mar
(1) Reales cédulas de 28 de Julio de 1500 y de 8 de Junio del S u r , donde encuentra «perlas en forma de pera dé
d e 1501 (ÑAVÁKRETE, t . I I I , p á g i n a s 41, 86, 88, 543 y 590). Pa-
una pulgada de largas» é indios que son «buena gente y
rece probado que los ingleses, que llamaban la atención de la
corte de España, no formaron parte de una expedición á Mara- de buena conversación», indica las incursiones hechas
caybo que se cree realizada en 1499 y que se atribuye á Sebas- en la costa de Veragua y de Nombre de Dios por capi-
tián Cabot (Mem. Seb Cabot, 1831, pág. 9 1 - 9 6 y 3 0 7 - 3 1 0 ) . La pe- tanes «que van á descubrir y que han sido enviados no
nínsula de Chichivacoa, que en el pleito con los herederos de
se sabe por quién y con qué autoridad».
Colón nómbrase generalmente Coquibacoa, y aun Quinquiba-
coa, está frente á la península de San Homán, á la entrada del E s t o s ejemplos, que podría multiplicar, prueban que
golfo (y no del lago) de Maracaibo. Es hoy un terreno casi com-
los documentos oficiales, los que sólo dan cuenta de las
pletamente despoblado que, por su posición, gozaba de alguna
celebridad política al principio del siglo xvi. El ob:spo Fonseca expediciones hechas á costa del Gobierno español, no
recomienda especialmente á Ojeda que le traiga «en cuanto ofrecen absoluta certidumbre de que en determinada
pueda» piedras verdes, de las cuales tenía ya el prelado algu- época sólo llegaran los descubrimientos á tal ó cual lí-
nas muestras. Como sé por propia experiencia la gran distancia mite. Corrían en Sevilla y en Lisboa noticias comunica-
á que los indios del Orinoco y del Amazonas hacen pasar los
productos que estiman de mucho precio, no me atrevo á resolver das por viajeros clandestinos, y los autores délos mapa»
si estas piedras verdes eran esmeraldas de Muzo (de la meseta
de Nueva Granada) ó las sassuritas (piedras del Amazonas), que (1) NAVARRETF., t. III, páginas 24, 320.
Diego de Ordaz llama «esmeraldas gruesas como el puño» (2) Docum. dipl. núm. 139; NAVRUIÍETE, t. II, pág. 257.
(Reí. Mst„ t. I I , páginas 481-485, 5 7 1 y 6 8 9 ) . (3) Informes del 20 de Enero de 1513 y del 16 de Octubre
de 1515 (NAVARRETE, páginas 367, 379 y 380).
que se hacían entonces con grandísima actividad en to-
das las ciudades marítimas, aprovechaban estas noticias la tierra que él acababa de descubrir á la costa de las
verdaderas ó falsas, desnaturalizándolas con arreglo á perlas que Ojeda y Bastidas habían recorrido.
combinaciones conjeturales. Comparando atentamente las fechas de todas estas
expediciones (y sólo las conocemos (1) desde hace cua-
E n los primeros tiempos de la conquista de América
tro años por la publicación de los documentos que con-
existía la costumbre de considerar cada parte nueva-
tiene el tercer volumen de la Colección de Navarrete),
mente descubierta como una isla más ó menos grande.
se ve que Bastidas había estado en Puerto del Retrete
Poco á poco se iba conociendo la unión des estas partes,
u n año antes que Colón, pero que no volvió á Cádiz
y cuando las observaciones f a l t a b a n , había el atrevi-
h a s t a Septiembre de 1502. A h o r a bien; Colón empren-
miento de reunir y prolongar las costas en los mapas,
dió su cuarto viaje el 11 de Mayo de 1502, y no pudo,
ateniéndose á vagas indicaciones. por t a n t o , haber adquirido en E s p a ñ a los mapas que
^ A n t e s de partir para su cuarto viaje, ya anunció Cris- prolongaban las costas tan lejos hacia el Oeste, más allá
tóbal Colón que encontraría un estrecho en la costa de del golfo de Uraba. Los debió encontrar en Haiti, donde
V e r a g u a , en la región Suroeste del mar de las A n - se detuvo durante algunos días en Julio de 1502, un
tillas (1). Cuando llegó el 26 de Noviembre de 1502 año después de haber llegado allí Bastidas de vuelta de
al término más oriental de su navegación, al puerto del su viaje á la costa noroeste de Venezuela.
Retrete (Puerto Escribanos), en el istmo de Panamá,
E s t e ejemplo prueba cuánto se apresuraban entonces
tenía á la vista, según sus propias palabras, «algunas
á poner en los mapas lo que podía servir de enseñanza
cartas de navegar de algunos marineros» (2), que unían
en los progresos de los descubrimientos más recientes.
Conocíase la importancia de estos documentos gráficos,
(1) Vida del Almirante, cap. 88, pág. 101; HERRERA, t. I1
pagina 104. ' y Ojeda mismo, en el primer viaje que hizo con Ame-
(2) (NAVARRETE, t. i , pág. 285.') Colón alude al primer rigo Vespucci, f u é guiado (su propio testimonio da fe
viaje que realizó Ojeda con el sabio piloto Juan de la Cosa y d e ello en el pleito del fiscal contra Diego Colón) por
con Vespucci (20 de Mayo de 1499; "Junio de 1500) desde el u n fragmento de mapa (pintura de tierra) dibujado por
rio Esseqmvo hasta el cabo de la Vela, recorriendo, por tanto,
toda la costa de Venezuela, más acá del meridiano del lago Ma-
racaybo La expedición de Rodrigo de Bastidas y de Juan de la
( 1 ) H E R R E R A (déc. i, lib. 4 , cap. 11.) y después de él Muñoz,
Cosa fué la que continuó estos descubrimientos hacia el Oeste
hasta el tuerto del Retrete. Ambos marinos salieron del puerto se han equivocado en un año en la época del segundo viaje
de Ojeda, el que hizo con Vergara, sin Juan de la Cosa y sin
del5 Vespucci, y que se verificó de Enero á Mayo de 1 5 0 2 ( N A V A -
L Í , ™ ? ° ° - L a e x P e d i c ¡ ó n volvió á Haití á E R E T E , t. I I I , páginas 29-37, 6 8 , 1 7 0 y 5 9 3 ) . Antes del primer
fines de 1501 o á pnncip.os de 1502, y á Cádiz (después de mu-
chas penpec.as) en Septiembre de 1502, cuatro meses después viaje, en el que Ojeda mandaba sólo (1499-1500), sirvió en unión
que Colon emprendió su cuarto viaje (NAVARRETE, t. n i , pá- de Juan de la Cosa en la segunda expedición de Colón (1493 y
ginas 26, 28 y 592). ' 1 4 9 6 ) , y por tanto, á las órdenes del Almirante.
el mismo Colón y comunicado indiscretamente por el chivacoa (Coquivacoa) con una isla inmediata, Tamára-
obispo J u a n Rodríguez de F o n s e c a , enemigo del Almi- que ( A r u b a ó quizá Curaçao?); el golfo de Vericida (golfo
rante y protector de su rival Alonso de Ojeda (1). de Maracaybo ó golfo de Veuecia, llamado así por Ojeda
Réstame dar cuenta del ejemplo m á s sorprendente de en 1499); la tierra de Pareas (Paria) con el río Formoso
los conocimientos vulgarizados por los mapas, y f u n d a - (Orinoco?), y finalmente el cabo Sanctíe Crucis, que está
dos en la tradición de expediciones clandestinas. en la misma posición del cabo de San Agustín. Desde
H e encontrado en la bella edición de la Geografía de este cabo la costa continúa al S u r , leyéndose la nota
Ptolomeo, hecha en R o m a en 1 5 0 8 , indicio de navega- siguiente: «Nantie Lusitani partem liane terra' hujus
ciones portuguesas á lo largo de las costas orientales de observarunt et usque ad elevationem poli antartici 50
la América del Sur hasta 50° 'le latitud austral. Dícese graduum pervenerunt, nondum tamen ad ejus finem
al mismo tiempo «que no llegaron á la extremidad del austrinum.»
continente». E s t a edición, impresa por Evangelista To- E s t a misma edición romana de 1508 contiene una
sino , y redactada por Marcos, de Benevento y J u a n disertación, cuyo título es: Noba orbis descriptio ad nova
Cotta, de V e r o n a , contiene un mapamundi de Ruysch Oceani navigatio qua Lisbona ad Tndicum pervenitur
(Nova et universalior orbis cogniti tabula J o a n , Ruysch pelagus, Marco Beneventano monacho Celestino edita.
Germano elaborata), en el cual está representada la A m é - E l cap. 14 dice: Terra Sanctai Crucis decrescit usque
rica meridional como una isla de inmensa extensión, latitudinem 37° austr. quamque archoploi usque at
con el nombre de Terra Sane tas Crucis sive m u n d u s no- lat. 50° austr. navigaverint, ut ferunt; quam reliquam
vus. E n una nota se añade lo siguiente: « H ; B C regio á portionem descriptam non reperi. Véase, pues, un monje
plerisque alter terrarum orbis éxistimatur.» italiano que en 1508 sabía que los portugueses habían
reconocido las costas patagónicas hasta los 37°, y fiando
E n t r e la grande isla y el Y u c a t á n (llamado Culicar)
en los se dice ó de oídas (ut ferunt) h a s t a 50° de latitud
hay un paso libre (2). Se reconocen en el litoral de la
austral, esto es, dos y medio grados al Norte de la en-
A m é r i c a meridional, comenzando por el Noroeste y si-
trada del estrecho de Magallanes. Parecíale importante
guiendo el trazado hacia el Suroeste: la península Chi-
este resultado, porque lo repite dos veces, en el mapa y
en la memoria.
(1) Segunda pregunta del Fiscal. Colón había escrito á los
Reyes Católicos en 1498: «Enviaré á Vuestras Altezas la pintura Ahora bien; en 1508 y en expediciones autorizadas
de la tierra (de Paria), y tengo asentado en el ánima que allí sólo habían llegado los españoles (1) poco más allá del
es el Paraíso terrenal.» Según Colón, á la extremidad del Esté
es donde el mapa y la cosmografía cristiana de COSMAS sitúan,
en un continente separado del nuestro por el Océano, el origen (1) La fecha de la edición es cierta, y posterior sólo en dos
del género humano. años á la muerte de Colón. Reidel, en su Coment. erítieo-litte-
(2) Véase mi Belation Mst., t. ii, pág. 706. raria de Clavdii Ptolomrei geographia tjirsqve codicibua
cabo de San Agustín (lat. austr. 8 o 20'); y cuando
Balboa en 1513, cuatro años antes de que Magallanes ex-
^ ícente Yañez Pinzón y J u a n Díaz de Solís partieron
pusiera en E s p a ñ a su convicción de la existencia de u n
para la expedición en la que llegaron hasta los 40° de
estrecho al sur del Río de la P l a t a . Desde el año 1511
latitud austral, hacía muchos meses que estaba publi-
los descubrimientos de Antonio Abreu en la parte Sur-
cada la edición de Ptolomeo á que me refiero
este del archipiélago de las Indias, habían vulgarizado
E l descubrimiento del Brasil hecho por Cabral (de 10» la idea de las grandes tierras australes. Viendo que la
a 1 6 / de latitud austral) produjo tan grande impre- tierra de Santa Cruz se prolongaba indeterminadamente
c ó de T 0 S , á n Í ' ^ S q U 6 ' d e S d e a q U 6 l l a e 'P° C a ' h a * t a la hacia el Mediodía (el monje de Benevento dice que no se
corte de Lisboa fijo sus miras en un paso hacia el Oeste la encontraba fin á los 50°), debía imaginarse que este

ÍTmoT^T' m a y probable que hab¡d


°'
dique continental, cuya continuidad impedía la libre co-
municación délos mares, debía estar roto en alguna parte.
Acaso también el mapamundi de F r a Mauro, del que
desde 1500 a 1508 u n a s e n e de tentativas portugue-
poseía Portugal una copia en 1459, produjo en el ánimo
sas al Sur deV Puerto Segurod G en
e S Í ala
S t Terra
entatí S a S L
se v do L T ,3gaS ™ ™ ** de algunos geógrafos sistemáticos la hipótesis de que
serv do de base a la multitud de cartas marinas que se
fabricaban en los puertos m á s frecuentados existía analogía de configuración entre las dos extremi-
dades de Africa y América. E l canal que separa el
PU6den haber
J ^ T * ™ l u c i d o á los Diab (1) de la gran masa continental, y acerca del
geógrafos a situar un estrecho en los primeros mapas
d America. Subsistió en la E d a d Media la opinión d cual he llamado antes la atención del lector, podía re-
petirse en el Nuevo Continente. ¿Debe admitirse, por los
7 de l a indicios que he encontrado en la edición de Ptolomeo
cae n ' ddet Í Í * ^ ^ ^
todos los mares. E l Océano Pacífico lo vió
de 1508, que., antes de Solís, fueron más allá de la des-
embocadura del Rio de la P l a t a algunos navegantes
aventureros portugueses? E s t a suposición, por lo menos
q U G n o lie muy probable, deja entrever el modo de fundamentar
en ninguno de los S í encontrado
combinaciones hipotéticas en hechos positivos, sea que
se sospechara la existencia del estrecho á causa de la
de m ^ ^ Z ^ ^ T repetido de la e d f e í fuerza de las corrientes que hacia él se dirigen, como lo
Junto á los cree Varenio (2), sea porque en las latitudes más meri-

P S , X t a ? ; 1 : : ^ t f r e n t ? s i n nombrar á
los españoles'el descubrimie^o de K A I P ° r t u g u e s e s á
(1) ZURLA, páginas 61, 62, 137 y 139.
el antes citado cap. 14 e S e - « D e t f ™ * m e r i d i o n a l - *¡a
(2) A este célebre geógrafo preocupa la idea de que el es-
tani, tum Columbus observavere e t l l l U m a p^p d l a nt tu mN oLTuuS m¡ " trecho fué descubierto antes de Magallanes. « Per fretum Ma-
vel terram Sánete Crucis » gellanis fertur mare ab oriente in occidentem motu incitatis-
dionales se adquiriera, por comunicación con los indíge- de D . José Moraleda, quien entró en el Estero de
nas, alguna noción confusa de un paso hacia el otro mar. Aysent (lat. austr. 45° 28') hasta ochenta y ocho leguas
Bastaba llegar hasta el golfo de San J o r g e , á u n a marinas de distancia del litoral oriental del golfo de S a n
costa antiguamente habitadísima, como lo prueban las Jorge. P u d e examinar, durante mi estancia en Lima, las
numerosas sepulturas de P a t a g o n e s (1), para saber que instrucciones dadas á este piloto de la marina Real, re-
los habitantes del archipiélago de Chayamapu y del de comendándole «el más profundo secreto» respecto á una
Chonos (2) remontan algunas veces el litoral del Océano tentativa cuyo buen éxito hubiera abreviado en seiscien-
Pacífico en la dirección de E s t e á Oeste por brazos de tas ó setecientas leguas el camino que se seguía, dando
la vuelta, al cabo de Hornos (1).
mar (ciénagas) y canales naturales, aproximándose de
esta suerte á las costas del Océano Atlántico. Cuando se está versado en la lectura de los documen-
La idea de que podía existir en estos parajes (lati- tos que tratan de los descubrimientos desde 1492 á 1525,
tud 45°-47°) una comunicación entre ambos mares, se se advierte lo que aprovechaban á los marinos de enton-
perpetuó de tal modo, que todavía en 1790, siendo vi- ces los informes de los indígenas. E l Cacique de Tu-
rrey del Perú D . Gil de Lemos, ocasionó la expedición maco (2) trazó á Balboa, cuando éste llegó á la bahía
de P a n a m á , la figura de las costas de Quito, describién-
simo ut inde Magellanes (eel qui ante Magellanem id detexit, dole al mismo tiempo la riqueza del oro del Perú y la
vt volnnt) conjecerit fretum, per quod ex Atlántico in Pacifi- forma extraordinaria de las llamas que transportan los
cum Oceanum pervenitur (tíeogr. gen., Cant., 1681, pág. 119).
minerales en las cordilleras, y que los españoles creyeron
Fretum Magellanes primus invenit et navigavit, 1520, etsi
Vaseus Nunnius de Valboa prius, nempe anuo 1513, illud ani- eran camellos. Hay, sin embargo, muchos centenares de
raadvertisse dicitur, cum ad australem regionem lustrandam leguas desde el istmo hasta las regiones que el Cacique
isthic iiavigaret» (pág. 85). Sorprende encontrar en un autor conocía con t a n t a exactitud.
instruido esta confusión de ideas y sucesos; el descubrimiento
del istmo de Panamá, que es un estrecho terrestre, mezclado al A l g u n a s veces los marinos europeos permanecieron
descubrimiento de un estrecho oceánico. durante más de un año entre los indígenas y aprendie-
(1) Nota del mapa original do Cruz Olmedilla, cuyos ejem- ron su lengua, siendo recogidos por otras expediciones
plares lian llegado á ser tan raros porque el Gobierno español que frecuentaban las mismas localidades (3). Y a lie-
ordenó en tiempo de Carlos 111 romper las planchas.
(2) El capitán Sarniento de Gamboa ( Viaje al estrecho de
1Magallanes, 1768, páginas vx y LXIII) es el primero que (1) Véase mi Essai politique (edic. de 1825,1.1, pág. 239).
en lo,9 entró en este archipiélago. Compárese también Agüe- (2) HERRERA, déc. I, lib. x, cap. 3. Entre las cartas ma-
ros (Descripción hist. déla Prov.y del Arcliip. de Chiloe, 1791, rinas conservadas en Hundson's Bay Iíouse, hay un dibujo de
página 12S). Más al Sur, hacia el cabo Victoria, al archipiélago las costas desde la baln'a de Hudson hasta el Copperine River
que limita la parte Noroeste del estrecho de Magallanes, lia trazado rudamente por los indios (BARROW, Voyages intn the
dado recientemente el capitán King el nombre de (¿unen Ade- Polar Región*, 1S18, pág. 376).
aide's AroMpelago. (3) Por ejemplo, uujmarinero" de la"]expedición de Bastidas
ALEJANDRO DE HUMBOLDT.

mos visto que oclio años antes de que Magallanes y


Faleiro vinieran á E s p a ñ a á exponer sus proyectos, (latitud 47° 42'), en el puerto de Santa Cruz (1) (lati-
Pinzón y Solís habían visitado ya la desembocadura del t u d 50° 18') y en el río Gallegos en la bahía de los
río Colorado, que está á 5 o al Norte de ese golfo de Nogales (lat. 51° 4 0 ^ hay inlets cuya anchura es aún
San Jorge, llamado por los españoles en el siglo x v n desconocida. E l río Gallegos especialmente ha podido
Bahía sin fondo, en la persuasión de la posibilidad de dar ocasión á vagas conjeturas sobre comunicación entre
un paso al mar del Sur. Paréceme probable que en el los dos mares al norte del estrecho de Magallanes; por-
intervalo de 1509 á 1517 continuaron los descubrimien- que después del cabo de Santa Isabel, que avanza en el
tos algunas expediciones clandestinas más lejos de Océano Pacífico, algunos brazos de mar penetran al tra-
donde llegó Solís. Recientemente han ilustrado mucho vés de la costa pedregosa, muy lejos hacia el E . y el
más oriental de estos brazos (inlets) termina en la bahía
el conocimiento de la tierra de Patagonia los excelentes
que el capitán K i n g llamó del Desengaño, á distancia
trabajos del capitán Phillip Parquer K i n g y las expedi-
de 2 o 4 5 ' de longitud oriental del meridiano del cabo de
ciones científicas inglesas de 1826 y 1830. N o hay estero
Santa Isabel. Desde este punto hasta la extremidad más
profundo en el golfo de San Jorge, como ya lo demos-
occidental del curso del río Gallegos, á donde h a s t a ahora
tró la expedición de Malaspina; pero en P o r t D e s i r é (2)
se ha llegado, hay treinta y dos leguas marinas. El istmo
de río Gallegos es, por tanto, la mitad menos ancho que
aquel donde se ha formado el estrecho deMagallanes (2)
á la costa de Santa Marta permaneció trece meses entre los
indios, y fué recogido por Ojeda en 1502.
(1) Magallanes fondeó muy cerca de Port Desiré, en la isla
de los Pingüinos, ó más bien de los Mancos (Aptenodytes, (1) No se ha explorado el río Santa Cruz más que hasta
Forster), que los españoles llaman Pájaros Niños, porque andan Weddels Bluff.
vacilantes como los niños pequeños (PIGAFETTA, pág. 23: SAR- (2) La anchura de la América meridional, por los 52° 22' de
MIENTO, pág. LIV). En el mismo pasaje de Pigafetta°encuentro altitud austral, entre el cabo Pilares y el cabo de las Vírgenes,
la primera descripción de un otario (foca de orejas exteriores); es, de O. á E., de 80 leguas marinas, mientras el desarrollo de
dice: «Lupi marini grossi come vitelli con orechie piccole é las sinuosidades del estrecho de Magallanes, cuya mitad orien-
ronde.» El manco" lo describió por primera vez Vasco de Gama, al tiene la dirección de SSO.-NNO., y la occidental ESE.-ONO.,
que le vió en una ensenada llamada Mussel-bay, 4o al E.del es de 108 leguas marinas de 20 al grado ecuatorial. La forma
cabo de Buena Esperanza (LICHTENSTEIN, en' Vaterl. Mus., triangular de la extremidad austral de la América meridional
tomo i, pág. 394). Yo no lie visto en las costas americanas del es tan poco regular al S. de los 40* de latitud, que por dos ve-
mar del Sur ni otarios ni mancos al norte de la isla de San Lo- ces, en el paralelo del golfo de San Jorge (latitud 45 1 °) y en el
renzo, frente al Callao de Lima (latitud 12' 3'). Allí existen dos de la bahía de los Nodales hasta rio Gallegos (latitud 51° 40'), la
nuevas especies, que M. Meyen ha figurado recientemente en la anchura del continente es menor que en el estrecho de Maga-
parte zoológica de su T'¡aje alrededor del mundo, pl. 14 v 31. llanes. Esta configuración de las costas, tan distinta de la que
A mayor distancia al O., los otarios se acercan mucho más al tienen en la extremidad del Africa, merecería ser fijada con
Ecuador, por ejemplo, en Nueva Guinea, más precisión por medio de buenas observaciones de longitud.
En la latitud del cabo de Buena Esperanza, la extremidad
ó estrecho de la Madre de D i o s , de Sarmiento ( 1 ) . guración del continente hacia su extremidad austral se
Debe presumirse que las nociones vagas de la confi- reflejaron antes de 1517 en las cartas marinas, y que
Magallanes vio una de esas cartas en los archivos del
del continente africano presenta una costa de 150 leguas, casi Rey de Portugal.
enteramente dirigida de E. á O. Esta forma truncada desapare-
cería si el banco de las Agujas (Agulilas banc) se uniera al conti- E n Pigafetta encuentro un indicio directo de que la
nente por un levantamiento submarino; entonces Africa termi- gran sinuosidad de la costa á la desembocadura de Río
naría en punta á los 36° 47' de latitud austral, es decir, á 2o 52* de la P l a t a fué lo que hizo situar primeramente el estre-
al S. de la ciudad del Cabo y 2° al S. del cabo Aguhlas, que es cho tan deseado á los 36° de latitud austral; pero cuando
hoy el punto más meridional de Africa. Estas extremidades meri-
Solís, en su segundo viaje (1515), reconoció que esa
dionales de los continentes tienen especial interés geológico, y de
esperar es que algún día se descubrirá si en la opuesta dirección abertura y ese mar dulce eran la desembocadura de un
de las partes orientales y occidentales del estrecho de Magalla- río, los geógrafos buscaron el estrecho más al Sur. H e
nes influye la dirección de las corrientes pelásgicas ó el yaci- aquí el pasaje del Diario de Pigafetta, al que no se ha
miento de las aristas de las rocas. Mr. King ha hecho ya la in-
prestado la debida atención: «Cerca de este rio está el
teresante observación que las islas sólo abundan en el estrecho,
donde los grilstein son más frecuentes (Journ. of the Royal cabo de Santa M a r í a ; se había creído una vez que es-
Geogr. Soe., 1832 vol. i, pág. 106). Además, esta nueva expedi- taba allí el canal que conduce al mar del Sur, pero ahora
ción inglesa, más aún que las de Córdova, Cliurruca y Galiano, se ha descubierto que no es aquel el fin de la tierra (del
ha probado la gran exactitud de la opinión de un navegante continente), sino sólo la desembocadura de un rio, que
del siglo xvr, D.Ricardo Aquines(HERRERA, descr. de las Ind.
oce. pág. 49), según la cual, hasta los 56° de latitud (la del cabo tiene 17 leguas (ó 68 millas) de ancha.»
de Hornos es efectivamente 55° 58'41"), toda la banda del Sur Los cabos Santa María y San Antonio, que forman
del estrecho, es decir, la Tierra de los Fuegos, como entonces se
la desembocadura al Norte y al S u d , están situados de
decía, «es un grupo de islas de distintos tamaños».
modo que el primero avanza 2 o 4 0 ' más que el segundo
Según las investigaciones del capitán King, comandante del hacia el E . Su distancia oblicua en la dirección S S O .
Aeenture y del Beagle durante los años 1826 y 1830, la Tierra al N N E . , es de 65 leguas marinas, mientras la verda-
del Fuego la forman tres grandes islas, King Charles South
Land (rodeada al Este por el estrecho de Le Maire), Clarence dera anchura interna del río sólo es, entre Montevideo y
Island y South Desolation, cuya punta occidental es el cabo P u n t a de Piedras, de 1 8 , y entre Sacramento y Buenos
Filares. El cabo de Hornos forma un islote de roca anfibolítica Aires de 9 á 10 leguas. P o r esta disposición de las tie-
al SE. de la isla La Hermite, que en pequeño tiene la forma de rras el cabo Santa María podía aparecer á un barco pro-
Sicilia, y se encuentra, como las islas de Wollaston y Navariuo,
cedente del Norte como la extremidad del continente, es
un poco al O. del meridiano del volcán de Basil Hall. En un
viaje hacia el O., rasando el cabo de Hornos, se pasa entre las
rocas de Diego Ramírez (latitud 56° 26' 35") y de San Ildefonso.
Estos dos grupos de escollos están separados uno de otro más trecho por él descubierto Estrecho Patagónico, nombre que
de 32 millas. pronto cambió por el de Estrecho de la (nave) Victoria (PIGA-
(1) Viaje al estr., p. iv.. El mismo Magallanes llamó al es- FETTA, p á g . 40).
decir, de la Tierra de S a n t a C r u z , porque, en el meri-
diano del Cabo no se veía ninguna tierra hacia el Sur. Después de hacer inútiles reconocimientos, descuidando
Además la violencia de u n a corriente que sale por esta el del golfo de San J o r g e , la expedición se vió forzada
abertura de la costa (current of the Plata, Rennell, pá- á invernar durante cinco meses en el puerto de Rio San
gina 137) debía contribuir mucho á la idea de la exis- Julián (según San Martín, piloto de Magallanes, en la-
tencia de un estrecho. L a corriente ( o u t f a l l of the Rio titud 49° 18'; la verdadera es 49° 8'). Quejábase la tri-
Plata) adquiere una velocidad de 24 á 32 millas en pulación de que, en tan largo trayecto (desde la desem-
veinticuatro horas, y se hace sentir á 80; y aun en bocadura del río de la Plata) nada se hubiera visto que
algunas circunstancias domina á la corriente brasileña pareciera un estrecho, y Magallanes respondió: «Que no
( N N E . - S S O . ) , según el capitán Beaufort, hasta á 200 puede faltar el estrecho más adelante, y que irá, si es
leguas de distancia. preciso, hasta los 75° de latitud, donde durante el in-
vierno casi desaparece la luz del día.»
El Diario de P i g a f e t t a y los documentos que Herrera
nos lia conservado, prueban que el navegante portugués La ingenuidad de esta última expresión, conservada
estaba incierto respecto al punto donde encontraría el en el Diario de Pigafetta (1), prueba que Magallanes
estrecho, cuya existencia anunciaba de un modo tan estaba persuadido de la existencia de un paso más allá
seguro. Dice sencillamente que se encontrará bajando al del Río de la P l a t a , pero que la Carla de los archivos,
Sur del cabo de Santa M a r í a , que marca la desemboca- atribuida á Behaim, no indicaba en manera alguna la
dura de Rio J u a n de Solis. posición del estrecho. Vérnosle enviar al capitán J u a n
Serrano al río de Santa Cruz (lat. 50° 18') «para que
A l llegar á los 40° delante de una bahía, á la cual dio
descubriera si había allí un paso» y todavía, cuando
el nombre de San Matías (la bahía de Todos los San-
llega al cabo de las Vírgenes (lat. 52° 20'), á la entrada
tos, muy cerca del sitio donde Pinzón y Solís llegaron
del estrecho, «sólo reconoce allí una gran cala, y sospe-
en 1508), Magallanes determinó examinar atentamente
la
cha que esta cala pueda encerrar algún misterio».
^ a (I) «para ver si había en ella algún estrecho».
Todo demuestra, pues, la incertidumbredel verdadero
sitio del paso, y aunque no cabe negar la posibilidad de
(1) HERRERA, déc. n , lib. 9, cap. 11. E n las hermosas car-
tas que acompañan á la obra del mayor Rennell sobre las que Martin Behaim, que habitó constantemente en F a y a l
comentes a la vasta bahía (latitud 41»S'-42" 2'), que termina al desde 1494 á 1 5 0 6 , haya podido adquirir muchas nocio-
bar por la Península de San José, y que tiene una configura- nes verdaderas ó conjeturales acerca de la configuración
ción tan extraordinaria, se la llama bahía de San Matías! Las
cartas de la expedición de Malaspina, publicadas por el Drvó-
.tirse, y que el nombre de San Matías conviene mejor á la bahía
V ^ ' T T T ' i í a i r i d ) l a d e j a n S i n n o m b r e - Comparando de Todos los Santos (latitud 39° 52'-40° 40'), entre el río Colo-
las lat.tudes de Magallanes y de su hábil compañero de fortuna rado y el río Negro de la costa patagónica. Tal es, al menos, el
Andrfc de San Martín, á la, latitudes determinadas en nuestros resultado de mis investigaciones.
se ve la
snposictón de un error de 1 *•> n o p u e d c a á n ¿ m
(1) Primo viaggio, pág. 40.
de las costas orientales de la Ame'rica del S u r , nada rigíanse más bien á Africa, cuyas costas había recorrido
prueba que llevara á L i s b o a , donde llegó en 1 5 0 7 , poco en parte, que á la costa descubierta por Yáñez Pinzón,
tiempo antes de su muerte, la carta que Magallanes por Lepe y por Cabral.
dice haber visto en los archivos del Rey de Portugal. Me he detenido tanto en el examen de estas relacio-
Quizá las meditaciones (1) de este gran cosmógrafo d¡- nes que se suponen entre Magallanes y los cosmógrafos
de su época, porque en un siglo en que la energía indi-
(1) Aquí fué donde Serrano creyó observar, el 11 de Octu- vidual del marino tenía vasto campo que recorrer, la
bre de 1502, un eclipse de sol, «que en el meridiano debía verifi- convicción de un éxito, una sencilla opinión geográfica,
carse á 10 h. 8 m. de la mañana»; pero según el extracto que He- convertíase en acontecimiento apropiado paia inÜuir en
rrera (déc. II, lib. 9, cap. 14) nos da del Diario de Serrano, la dirección del comercio y en los destinos de tantos
«el disco del sol no se obscureció ni totalmente ni en parte, y
sólo se vió que al empezar el eclipse, estando el astro á 42 i" de pueblos esparcidos en la inmensidad de los mares, fuera
altura, cambió su color en rojo obscuro, tal como se ve en Cas- del contacto de la civilización europea.
tilla al través del humo de rastrojos ardiendo». Cesó este fe- E n la ciudad de Nuremberg, tan rica en recuerdos de
nómeno cuando estuvo el sol á 44 de altura. Esta observa-
la Edad Media, hay, además del globo de Martín Behaim,
ción, que Pigafetta no menciona y de que habla Herrera por
manera tan ininteligible, no está hecha, ciertamente, para dar que data del año 1492, otro globo construido en 1520
un resultado de longitud; sin embargo, Castañada (Tlist. delle por J u a n Schoner (1), célebre discípulo de Regiomon-
Indie, lib. vi, pág. 103) pretende que Magallanes determinó, tanus. E s t o s dos globos han sido frecuentemente con-
«por el eclipse de sol de 17 de Abril de 1520, y conforme á las
fundidos, y el error ha llegado á ser tanto más grave,
reglas que le había dado Faleiro, que había 61° de diferencia de
de longitud entre Sevilla y el río de Santa Cruz». Esta valua- .cuanto que Sclioner, que emprendió su obra en Bamberg,
ción sólo tiene el error de i i* de menos, exactitud muy nota- por cuenta de su rico protector J u a n Seyler, separa
ble para el año de 1 5 2 0 si se recuerda que B A R R O S (déc. I I I , América en dos grandes masas continentales y figura en
libro 5.°, cap. 9) presenta resultados extraordinariamente con-
tradictorios que se obtenían conforme á las mismas reglas de
Faleiro. Además, ni Magallanes ni Serrano fueron en Abril á la (1) El globo de Behaim, construido en Nuremberg en 1492,
desembocadura del río Santa Cruz, y Castañada confunde pro- no presenta más que la isla de San Brandán. que, como se sabe,
bablemente el eclipse de sol de 11 de Octubre con uno de los ya figuraba en los mapas del siglo XIV. I.a absoluta ignorancia
ensayos de observaciones de conjunción que hizo el cosmógrafo de Behaim en 1492 sobre la existencia de los Bacalaos (Terra-
Andrés de San Martín, durante la estancia de la expedición en nova), confirma los argumentos con que el autor del Memoir of
Río San Julián, «según la industria de Ruy Faleiro», como- Sebastián Cabot. (1831, páginas 286-289) combate la existencia
dicen los documentos reunidos por Herrera. Magallanes partió de un viaje de descubrimientos á la costa Noroeste de América,
de Sanlúcar el 21 de Septiembre de 1519, tocó en el Río de la hecho en 1484 por Juan Vas Cortereal. Sabemos, por la historia
Plata á principios de Enero de 1520, en la bahía de San Matías de las islas portuguesas de Cordeyro, que este personaje era
el 15 de Febrero, en Río San Julián el 2 de Abril, en río Santa gobernador de Tercera, y sería raro que viviendo Behaim en las
Cruz el 14 de Septiembre, y en el cabo de las Vírgenes el 21 de Azores no hubiera tenido conocimiento de tierras occidentales
Octubre de 1520. vistas por Juan Vas Cortereal.
el globo el estrecho en el sitio donde Colon lo buscó in-
útilmente. muy antiguo de la biblioteca de Weimar, me hace creer
Ahora bien, en 1520 no se podía tener en Europa no- que éste tiene alguna analogía de origen ó de época
ticia alguna del descubrimiento de Magallanes, que no de redacción con la obra de Schoner ó el mapamundi
de 1546. Acaso todos estos trabajos gráficos no sean
desembocó del estrecho h a s t a el 28 de Noviembre del
más que copias de un mapa más antiguo sepultado en
mismo año de 1520. E l p a s o del Mar de las Antillas al
algún archivo de Italia ó de España.
Océano Pacífico, indicado por Schoner (1), era, pues,
producto de un espíritu sistemático y de las falsas E l globo de Weimar, que figura en el catálogo como
más antiguo que otro que lleva la fecha de 1534, pre-
ideas acerca de la expedición de Balboa. Sorprende ver
senta á Parias ó la masa septentrional de América sepa-
que este error que indicamos durara tanto tiempo, pues
rada á los 42° de latitud Sur por un estrecho de la tierra
lo hallo en un m a p a m u n d i del año 1546, que forma
antártica á que da el nombre de Brasilice Regio, y que
parte de u n a obra r a r a , Circuit Sphcerce cura quinqué
rodea una gran parte del polo austral. Además de este
zonis, y que en nuestras bibliotecas públicas encuéntrase
estrecho meridional, hay otro en el istmo de Panamá, á
con frecuencia anejo al libro titulado Rudimentonm
los 10° de latitud al norte del Ecuador, bastante ancho
cosmograficorum Joan. Honteri Coronensis libri tres
para que las olas de ambos mares sean figuradas sin in-
(Tig. 1578). E n este mapamundi á Méjico se le llama
terrupción. U n gran buque, saliendo del mar del Sur,
Panas, y el repetir dicha falsa denominación en un globo ha atravesado felizmente el estrecho y viene de Zipangri
(ubi auri copia), situado á unos 10° al Oeste del estrecho,
y formando una isla entre los 12° y los 30° de latitud.
(1) MUER, pág. 47; MANNERT, Einl. in dio Gengr der
Alten, pág 173 Cuando Schoner, natural de Carlstadt, en E s t a s fantasías llegaron hasta la China, como lo
Francoma, fue llamado por Melanchthon de Bamberg á Nu-
remberg para desempeñar la cátedra de matemáticas, llevó con- prueba el curioso mapamundi, cuyo conocimiento debe-
sigo el globo. Este globo, de 2 pies, 10 pulgadas y 6 líneas de mos á M. Ivlaproth ( l ) , y que se funda en el Tratado de
diámetro, encuéntrase colocado en la biblioteca de la Munict la esfera de un jesuíta portugués, el Padre Manuel Díaz

Sjzi
E1 tratado de ( Y a n g mano). E l autor del mapa publicado en Cantón
en 1 8 2 0 , combina las nociones actuales de los europeos
15 ue tamblén
p . f)> 1 contiene una carta con el istmo de con lo que se conocía de cosmografía en la época de las
Panama atravesado por un estrecho, no es, sin embargo, de
dinastías de los Yuan, de los Ming y de los Mandchus.
Schoner, porque se ve en su obra Opwculum Garapiñen m ex
diversorum. Ubrü et eartü collectum que en 1533 conocía fea" Figura tres pasos entre el Atlántico y el mar del Sur, á
pitulo XX) la expedición de Magallanes («ducis navium tn c-
- ™ a n S dl p" C a r 0 l " > ) - E 1 P a S ° d d N o r o e s t e ' buscado re-
cientemente por Parry y Ross, figura como abierto al Norte de
un vasto continente llamado Terra BaceaUaru.n en el mapa! (1) K L A P R O T H , Notiee d'une Mappemonde et d'une Cosmo-
TZ^n Opu^dum. Geog raphicum Joannü Myritü Ueli- graphie chinoites, 1833, pàg. 85. Véase también Noe. Journ.
tensis (Ingolstadt, 1590), pág. 60.
Asiat., t. XI, pàg. 66.

ffe
saber: el estrecho de Magallanes, y dos estrechos en el
istmo de Panamá. E s t e istmo forma una isla llamada
isla de San Andre's (Ching N g a n te tao), y deja, por
t a n t o , dos pasos; uno al norte separado de la V e r a P a z
(TcJiing phing ngan, la verdadera paz) y otro al Sur,
separado de Darien (Ta lian wan) y de Castilla del
Oro. V é a s e , pues, un error en la denominación del es- XI.
trecho (terrestre ó pelásgico) figurando hasta en los
mapas chinos modernos; error antiguo, porque en Gre-
Motivos que impulsaban al descubrimiento de América á fines
cia Io6¡x5í por catacresis significaba también algunas ve- del siglo xv.
ces un brazo de mar (1).

(1) M. Letronne, en su edición de DICÜIL, página 12. De L o s detalles de la historia de las ciencias sólo son
igual manera xspa; significa geográficamente, ó un promonto-
útiles cuando se los reúne y sistematiza, porque la acu-
rio, ó, en sentido negativo, la desembocadura de un río ó de un
golfo (STRABÓX, lib. x, pág. 4 5 8 Cas.; H E S I O D O , Tlieog., 789, y mulación de hechos aislados sería de una aridez fati-
los Fragmentos de H A N N O N ) . gosa, si la investigación de los hechos no se hiciera con
algún propósito de generalizar respecto á los progresos
de la ciencia ó á la marcha de la civilización.
Los gérmenes que hemos descubierto en las obras de
los escritores antiguos fueron fecundados por corto nú-
mero de sabios de gran talento que brillan en la E d a d
Media.
E n cada siglo existe un trabajo oculto, cuyo resultado
en ideas, convicciones y esperanzas acrece insensible-
mente el poder del hombre, y se manifiesta en acción
cuando circunstancias aparentemente accidentales (coin-
cidencias que revelan una necesidad en los destinos del
mundo) favorecen el movimiento exteriormente.
P o r lo general, la historia sólo conserva la tradición
de las empresas afortunadas, de los grandes éxitos ob-
tenidos en la serie de los descubrimientos; pero lo que
prepara el movimiento y el éxito pertenece á combina^
saber: el estrecho de Magallanes, y dos estrechos en el
istmo de Panamá. E s t e istmo forma una isla llamada
isla de San Andre's (Ching N g a n te tao), y deja, por
t a n t o , dos pasos; uno al norte separado de la V e r a P a z
(Tching phing ngan, la verdadera paz) y otro al Sur,
separado de Darien (Ta lian wan) y de Castilla del
Oro. V é a s e , pues, un error en la denominación del es- XI.
trecho (terrestre ó pelásgico) figurando hasta en los
mapas chinos modernos; error antiguo, porque en Gre-
Motivos que impulsaban al descubrimiento de América á fines
cia IO6¡X5Í por catacresis significaba también algunas ve- del siglo xv.
ces un brazo de mar (1).

(1) M. Letronne, en su edición de DICÜIL, página 12. De L o s detalles de la historia de las ciencias sólo son
igual manera xspa; significa geográficamente, ó un promonto-
útiles cuando se los reúne y sistematiza, porque la acu-
rio, ó, en sentido negativo, la desembocadura de un río ó de un
golfo (STRABÓX, lib. x, pág. 4 5 8 Cas.; H E S I O D O , Tlieog., 789, y mulación de hechos aislados sería de una aridez fati-
los Fragmentos de H A N N O N ) . gosa, si la investigación de los hechos no se hiciera con
algún propósito de generalizar respecto á los progresos
de la ciencia ó á la marcha de la civilización.
Los gérmenes que hemos descubierto en las obras de
los escritores antiguos fueron fecundados por corto nú-
mero de sabios de gran talento que brillan en la E d a d
Media.
E n cada siglo existe un trabajo oculto, cuyo resultado
en ideas, convicciones y esperanzas acrece insensible-
mente el poder del hombre, y se manifiesta en acción
cuando circunstancias aparentemente accidentales (coin-
cidencias que revelan una necesidad en los destinos del
mundo) favorecen el movimiento exteriormente.
P o r lo general, la historia sólo conserva la tradición
de las empresas afortunadas, de los grandes éxitos ob-
tenidos en la serie de los descubrimientos; pero lo que
prepara el movimiento y el éxito pertenece á combina^
ciones de ideas y de pequeños sucesos que obran simul- Procuraré, en lo que voy á exponer, no extenderme
táneamente y cuya importancia no se conoce hasta que inútilmente en puntos que han sido tratados hasta la sa-
se consiguen los grandes resultados, como los que se ciedad, limitándome á lo que puede conducir en el actual
•deben á Díaz, Colón, Gama y Magallanes. De esta
estado de nuestros conocimientos á esclarecer de nuevo
suerte de descubrimientos, que llaman poderosamente la
los hechos ó á nuevas combinaciones de datos históricos.
atención de los hombres, preséntanse al principio como
L a aventura de Cabral, que en su viaje de Europa á
aislados e' independientes del impulso de los siglos an-
la India, por la vía del cabo de Buena Esperanza, fué
teriores, y sólo cuando pasan las primeras impresiones
sin querer arrastrado por las corrientes hacia el Oeste y
de admiración y entusiasmo empieza la investigación de
llevado el 22 de Abril de 1500 á las costas del Brasil
las causas que abrieron el camino á las grandes conquis-
tas de la inteligencia. E n este trabajo, los odios de na- (tierra de Santa Cruz), ha hecho decir á Robertson, que
ción á nación, el maligno placer de desacreditar y, sobre en los destinos del género humano estaba el descubri-
todo, la falta de buena crítica histórica dan frecuente- miento del Nuevo Continente á fines del siglo xv. Dejan-
mente importancia á hechos no comprobados, á creacio- do á un lado la idea vaga del destino, cuando el mutuo
nes de pura conjetura, que en ningún razonamiento encadenamiento de tantas causas y efectos no es difícil
científico se fundan. de reconocer, la filosofía y la historia nos muestran en
todas las épocas grandes acontecimientos, de largo
Por lo dicho en el capítulo anterior puede apreciarse tiempo atrás preparados; pero lo que constituye el ca-
en su justo valor lo que nos resta examinar respecto á rácter distintivo de cada siglo manifiéstase en acción y
sucesos y opiniones que, según se cree, condujeron al
somete los sucesos al imperio de una necesidad moral.
descubrimiento del Nuevo Mundo, y creo que este exa-
L a expedición de Alejandro á Persia y á la India, y
men puede llegar á ser fuente fecunda de útiles datos de
la audaz energía de Lutero, favorecieron sin duda, la
relación, esclareciendo los hechos con nociones de his-
primera, el contacto del Occidente y del Oriente; la se-
toria y de geografía física, poco atendidas en estudios de
gnnda, la emancipación del pensamiento. Pero era tal
esta índole.
la situación de las cosas humanas en estas dos épocas
Los hechos son la base principal de toda discusión memorables de la vida de los pueblos, que la caída del
sometida á una sana crítica, y su indicación es indispen- imperio de los persas y la aminoración del poder ponti-
sable para que el lector pueda juzgar el grado de con- ficio no podían retardarse. El contacto de las dos civili-
fianza que merecen los resultados obtenidos; especial-
zaciones y la reforma religiosa, preludio de las reformas
mente cuando su interpretación tiene por objeto for-
políticas, probablemente se hubieran realizado sin el
mar ideas generales acerca de las varias causas que han
héroe macedonio y sin el fraile de Wittemberg. Induda-
determinado la dirección de los descubrimientos y de los
blemente, la grandeza de alma y la individualidad de los
progresos del comercio marítimo.
hombres superiores aumentan las probabilidades del
éxito y aceleran y vivifican el movimiento; pero estos gunos grandes hombres de Italia, por ejemplo, Petrarca,
hombres superiores que parece inspiran su ideal á los Boccacio y J u a n (1) de Ravena, y la emigración de algu-
siglos en que viven, obran bajo la influencia de las ideas
nos sabios griegos, antes de que fuera destruido el I m -
dominantes en una época fecundada y engrandecida por
perio de Oriente.
otra época anterior. E n la especial dirección del movi-
Comprendiendo en la denominación de India, por
miento intelectual, en la simultaneidad de la voluntad,
seguir el ejemplo de los Helenos, primero la Etiopía
en la urgencia irresistible de necesidades verdaderas ó
troglodítica y la Arabia, después las regiones ecuatoria-
ficticias, fúndase la fuerza de impulsión, la necesidad y
les más lejanas de Africa, al lado de allá del cabo (le los
el poder de los acontecimientos que se realizan.
Aromas (las regiones cinamomífera y mirrifera) (2); juz-
Fácil es comprender el carácter distintivo de la se-
gando situadas, desde la dominación de los romanos, las
g u n d a mitad del siglo xv, de la época que precedió inme-
diatamente al descubrimiento de América. E l progreso
del lujo y ' d e la civilización en el Mediodía de Europa (1) Malpaghino, propiamente Juan Malpighi de Eavena
produjo necesidades más apremiantes de los productos (HEEREN, Gesh. der Classilter. Einl., pár. 1 6 2 ) .
(2) Estas denominaciones, tomadas de una ciencia que aun
de la India. Los viajes por tierra, alentados por el fervor no existia, la geografía délas plantas, las aplica ya Ptolomeo á
religioso de los sacerdotes budhistas y cristianos, por la Africa y Asia á la vez. La Myrrhifera regio está situada
política y por el interés comercial habían ensanchado el (Geogr., lib. IV, cap. 9, pág. 114) cerca del Coloe Palm, en las
fuentes del Astapus, y (lib. vi, cap. 7, pág. 154) junto al golfo
horizonte geográfico y la esfera de las ideas. A l mismo
Sachalites, al E. del Hadramaüt, en un pais montanoso, fértil
tiempo, el uso más frecuente de la brújula, debido al en smyrna y en libanotos. Confundiéronse durante largo tiempo
contacto de los árabes con la I n d i a y la China; y el per- las comarcas que producían los aromas y las especias, con las
feccionamiento del arte naval y de las ciencias que con en que se hacía el comercio de almacenaje de estas mercancías;
y aunque Herodoto ya oyó decir que el cinamomvm nacía en
con él se relacionan, facilitaron los medios de emprender
el país donde fué criado Baco, aludiendo sin duda á la India
navegaciones lejanas. ( H E E R E N , I I , 1, pág. 101), y no á Arabia ( H E R O D O T O , I I I , 107),
E n tales circunstancias debían nacer casi á la vez dos costaba trabajo, aun en los tiempos modernos de la escuela de
series de ideas que conviene distinguir cuidadosamente Alejandría, no buscar la cinnamomi/era regio en Africa, más
allá de la costa de los Trogloditas. El rey Juba, único autor
y que se relacionan ambas (1) á las tradiciones y á las que reunió el conocimiento de la literatura de Cartago (AMM.
conjeturas de la antigüedad clásica, cuyo interés reani- M A R C E L L , X X I I , 15) al de la literatura romana, esclareció
maban las íntimas relaciones de Sicilia, la Pulla y la mucho, en la época de Augusto, todo lo relativo al comercio de
los aromas de Oriente y á los caminos de las caravanas (PLI-
Calabria con Byzancio, la provechosa influencia de al-
»10, vi, 23, 29; XII, 14) que conducían estos preciosos produc-
tos ; pero una antigua preocupación influía siempre para con-
(1) Véase en los dos primeros capítulos de esta obra la in- fundir la India con las costas á donde se podía llegar yendo
fluencia que en el ánimo de Colón ejerció la erudición clásica. por el estrecho de Bab el Mandeb al mar Erythreo.
riquezas de la India en las extremidadcles de la tierra, y, en tiempo de los Lagidas y de los Césares y en el siglo xv,
por t a n t o , en las costas meridionales y occidentales de en la época de los rápidos descubrimientos de los portu-
A s i a , la E d a d Media alimentó la esperanza de llegar á gueses. Ophir y el Dorado de Salomón extendíanse
esta afortunada zona, sea por la circunnavegación de hasta el E s t e del Ganges, y allí fué situada la famosa
Africa, sea por el camino directo del O., indicado por tierra de Clirysé que tanto preocupó á los viajeros en la
el conocimiento de la esfericidad de la tierra. Como era Edad Media, y que unas veces aparece como isla y otras
posible conseguir el mismo objeto por dos distintas vías, como parte del Quersoneso de Oro (1). L a abundancia
debieron nacer á la vez y nacieron dos direcciones de de este metal que el archipiélago de la I n d i a , sobre todo,
ideas y se desarrollaron progresivamente hasta la se- Borneo (Montradok) y S u m a t r a , dan todavía al comer-
g u n d a mitad del siglo x v en que Toscanelli y Colón, cio (2) explica la celebridad de esta región.
Usomare y Díaz, abrieron, con igual certidumbre del
E n la geografía sistemática de las comarcas lejanas,
éxito, los dos opuestos caminos.
cerca de Chrysé, la isla de Oro, debía estar simétrica-
El axioma de Herodoto, de que «las extremidades del mente colocada Argyré, ó la isla de P l a t a : así se reunían
mundo han obtenido (en el reparto de los bienes de la los dos metales preciosos, las riquezas de Ophir y de Tar-
tierra) las producciones más bellas», no expresa única- sis (Tartessus) de Iberia.
mente la triste y, por lo mismo, natural idea en el hom- P a r a los geógrafos árabes Edrisi y Bakui, los lími-
bre de que la felicidad está lejos de nosotros; fundábase tes orientales del mundo conocido están marcados por
también en la observación directa de lo distante que es- la isla de arenas de plata, Sahabet y las islas auríferas
taban las comarcas de donde los Helenos «habitantes Vac-Vac y Saila (que no debe ser confundida con Cey-
de una zona templada» recibían el electrum y el estaño, lán ó Serendive) ( B a k u i , pág. 399; Edrisi, p á g . 38),
el oro y los aromas. donde los perros y los monos llevaban collares de oro.
A medida que fueron conociéndose las costas del A s i a Considerábanse estos grupos de islas como próximos de
meridional por el comercio de los fenicios, de los Edomi- una parte á Sofala de Africa y de otra á los Sines (al
tas del golfo de Acaba (d'Elath y de Ezion-Geber) y del
Egipto, bajo la dominación de los Ptolomeos y de los ro-
manos, recibiéronse los productos de primera mano, y (1) DlÓN Pericg, v, 589; Mela, iii cap. 7, pár. 70, el cual
añade ingeniosamente: nAurci soli (ita veteres tradidere) aut ex
en la ^imaginación de los hombres, las extremidades del
re nomen aut ex vocabulo fabula»; PR.iNio, VI, 21; P T O L O M E O
olxou¡iév>} con sus riquezas avanzaron al parecer hacia el Geogr., vil, cap. 2, pág. 176 (no está nombrado Argyré) PE\J-
Este. D O - A R R I A N O . maris Eryt.hr., compuesto, según L E T R O N X E
(Christianisne d'Alyssinie, pág. 47), en tiempo de Séptimo
E s digno de atención que hayan sido los árabes quie-
Severo ó de Caracalla.
nes han mostrado el camino de la India en dos épocas (2) Véase mi Essaipolitique sur la liouveile Esjiagnc, t. III,
memorables en la historia del comercio de los pueblos, página 457, segunda edición.
Cathay), lo cual sólo puede comprenderse teniendo á la •quede un grano» (1). Anteriormente he hablado de «el
vista el mapamundi de la biblioteca Bodleyana en el misterioso fin del Oriente, donde está la montaña So-
que el mar de H i n d se extiende de Occidente á Oriente, pora ( 2 ) , á donde para llegar tardaban los barcos de S a -
limitado por las costas paralelas de Africa y de Asia. lomón tres años, y que S S . A A . poseen hoy en la isla
Todas las mediocres composiciones geográficas de la de Haïti.»
Edad Media, mezclando constantemente una falsa eru- . Durante el tercer viaje, en el que descubrió la costa
dición clásica con algunas nociones tomadas de los iti- de P a r i a , las ideas bíblicas dominan el ánimo de Colón.
nerarios más modernos, presentan casi estereotipada la E l sitio del Paraíso que acaba de hallar, y las riquezas
configuración extraordinaria y ficticia dada por Ptolo- del «país montañoso de Ophir (Monte Sopora), agitan
meo ó por sus inhábiles continuadores (lib. v n , capítu- su imaginación». E n el cuarto y último viaje vuelven á
los 2 y 3) al Quersoneso de Oro, u n poco prolongado preocuparle el Quersoneso de Oro, y las ideas de Ptolo-
hacia el Sur; al Sinus Magnus y á esa inmensa penín- meo aprendidas en las obras de Pedro d'Ailly y de N i -
sula de los Sines, en la cual están situadas Thin® y colás de Lira.
Catigara.
Lo que hasta nosotros h a llegado de Diarios y carta»
de Cristóbal Colón está lleno de reminiscencias bíblicas (1) Este delicado procedimiento está descrito en la carta fe-
del Ophir y de recuerdos de Ptolomeo. A l elogiar pom- chada en Jamaica el 7 de Julio de 1503. Recuerda casi involun-
tariamente un rasgo de franqueza de otro grande hombre de
posamente la utilidad y el valor moral y religioso del oro
la misma época, Hernán Cortes, que no habiendo recibido to-
(«con el qual se hace tesoro, y con el tesoro, quien lo davía á los embajadores de Moctezuma, asegura á su soberano,
tiene, hace cuanto quiere en el mundo y llega á que echa en carta escrita en la Rica villa de la -Frontera, «que este rico y
las ánimas al paraíso»), Colón recuerda á la reina Isa- poderoso señor (mejicano) preso ó muerto, debe caer en sus m a -
nos. Cartas publicadas por el Arzobispo de México (después
bel cómo el historiador Josepho nos enseña que el rey cardenal) Lorenzana, pag. 30.
Salomón sacó su oro (666 quintales) de la Aurea (quiere (2) Carta del tercer viaje, de letra de Fray Bartolomé de las
decir del Quersoneso de Oro) y afirma que la tierra de Casas, conservada en los archivos del Duque del Infantado
Veragua (al noroeste del istmo de Panamá), que en dos (NAVARRETE, t. I, pág. 241). El nombre de Sophira que los Se-
tenta dan al Ophir, recuerda, en Ptolomeo, más aún que la
días le h a dado más signos de riquezas que la Española
metrópoli Sajjpara de Arabia (lib. VI, cap. 7, pág. 156) el Sou-
en cuatro años, es esa Aurea de las Indias. « E l oro que para de la India (lib. VIL, cap. 1, pág. 168), en el golfo de
tiene el Quibian de Veragua y los otros de la comarca, Cambaye (Barygazenus Simes), que Bésychio llama «región
bien que según información él sea mucho, no me pareció célebre en oro». Es el Upara (mal expresado) del Periplo del
mar Erythreo (Geogr. minor., t. i, pág. 30). Véase también
bien ni servicio de Vuestras Altezas de se le tomar por- GOSSELIN, Rech., t. ni, pág. 20S y las nuevas y curiosas diser-
via de robo: la buena orden evitará escandalo y mala taciones de M . F E D E I Í I C O K E I L , Ueber die Zliram Salomonis-
f a m a , y hará que todo ello venga al Tesoro, que no che Schiffalirt, Dorpat, 1834, páginas 4 0 - 1 5 5 . .'.
U n cambio de ideas de bastante importancia, que E n el globo de la biblioteca del Gran Duque de W e i -
data del tiempo de la topografía cristiana de Cosmas, y mar, que ya hemos citado como anterior al año de 1534,
que favorecieron los viajes por tierra en la Edad Media,, y en el que figura el istmo de P a n a m á atravesado por
es la opinión sistemática de llevar las riquezas de la I n - un estrecho (como se ve tambie'n en un mapamundi
dia, las especias, los aromas, los diamantes y los meta-
les preciosos á la parte más oriental del continente asiá-
tico. E l Indicoplestes había dado á conocer las costas de muito ouro». En la Vida del Almirante, publicada por su hijo
los Tzines, bañadas por un mar oriental; los Sina; d e {cap. 40), hablase largamente de la visita que hizo á la Corte en
el palacio de Valdeparaiso, cerca de Lisboa, y en el Diario de la
Ptolomeo estaban, al contrario, más alejados del Sinus
primera navegación, conservado por Las Casas, se menciona la
Magnus. E l mapamundi de Behaim pone á Chrysé vuelta de la India y los Indios que mostraba. Muñoz se in-
(Crisis) y Argyré á la desembocadura del Ganges, más clina á creer (lib. IV, § 12), que el Almirante citaba engañosa-
allá del meridiano de J a v a Mayor (Borneo?) hacia Zipan- mente á Zipangu, para desvanecer toda sospecha de que venia
de una tierra comprendida en la capitulación ajustaría entre
gu, el -Japón (1). H a s t a en el Opúsculo geográfico de M y - Portugal y España, por ejemplo de las costas de Africa, ó,
ritius, dedicado á un comendador de Malta, el barón de como se decia entonces, de la Mina de Portugal y de Guinea.
Riedesel-Kamberg ( I n g o l s t . 1590, pág. 128) encuen- Pero examinando atentamente el Diario de Colón y los escritos
de su hijo, comprendo que el supuesto engaño era intima per-
tro «Zipangri olim Chryse dicta»; indicación tanto m á s
suasión. Comprometido el Almirante á decir dónde había es-
notable, cuanto que, por la relación de Barros sabemos tado, optaba por la isla de Zipangu (Cipango), que le liabia
que á la vuelta de su primer viaje, el 4 de Marzo de 1493, dado á conocer el itinerario proyectado por Toscanelli en 1574
vióse obligado Colón á entrar en el Tajo y á presentarse y que preocupaba tanto su imaginación, que cinco dias antes
del descubrimiento de Guanahani declaró á Martin Alonso
al Rey y á la Reina de P o r t u g a l , que de seguro no le
Pinzón deseaba más ir primero á tierra firme (al Asia) y des-
tenían grande afecto, y parecióle oportuno hacer correr pués á las islas, entre las cuales se encontraba Cipango (NA-
la noticia de «que venía de Zipangu, trayendo de allí (2) VARRETE, 1.1, p á g . 17).

oro en abundancia». El hijo de Colón (cap. 20) dice positivamente «que su padre
esperaba ver tierra á 750 leguas al Oeste de Canarias; y que
hubiera hallado la Española, llamada entonces Cipango.de
(1) Behaim pone á continuación de estas tierras (desde los no saber que se decía estar á lo largo de Tramontana á medio
40* de latitud austral á los 3S de latitud boreal), Java minor» día, y por eso quedaba á la izquierda».
Angama (Angaman de Marco Polo, sin duda una corrupción Después del descubrimiento de Guanahani el 13 de Octubre,
de Andaman, los Manióla de Ptolomeo), Java minor, Ínsula aun expresa Colón en su Diario el deseo «de topar á la isla de
Candyn, Argyre, Crisis, Thilis y Zipangut en el Oceanus India! Cipango»; pero antes de llegar á ella, costea por el NO. la
superioris ; finalmente, las islas Catbai en el Oceanus Indice isla de Cuba, cree que es un continente y que se encuentra á
orientalis, que se extiende al Norte hasta los 50°. más de cien leguas de distancia de las grandes ciudades del
(2) Barros (dèe. i, lib. IH, cap. 11) llama á Colón «eloquente Cathay (Zaitum y Quinsai), que por las narraciones de Marco
e bon latino, o qual decia que venha de l'isla Cypango e trazia Polo le había ponderado Toscanelli. «Y es cierto, dice el Almi-
c-hino muy moderno de Lismingtchhe, publicado en 1820), -Viejo) son las innumerables que en los mapamundos en
Zipángu está 5 o al Oeste de Veragua con la inscripción i fin del Oriente se ponen, y que hay granelísimas rique-
Zipangri ubi piper et auri copia. zas y piedras preciosas y especería en ellas y que duran
La idea de que las riquezas de la I n d i a se encontra- muy mucho al Sur.»
ban al E . y al S E . de Asia, llegó á ser tan general en La influencia del clima, hasta en los productos de la
el siglo xv, que, maravillado Colón por la belleza del naturaleza inorgánica era doctrina tan generalmente ad-
paisaje de la costa de Cuba, cerca de Puerto Príncipe,: mitida, «que por el mucho calor que padecía el Almirante,
éscribió en su Diario (14 de Noviembre de 1492) la ob- arguye que en estas Indias, y por allí donde andaba, de-
servación siguiente:. «Creo que estas islas (las del Canal' bía de haber mucho oro». (Diario 21 de Noviembre, vi-
siblemente alterado por Las Casas, puesto que menciona
la Florida.) «Mientras vuestra señoría, escribe en 1495 á
Cristóbal Colón (en la gran isla de Cibau) un lapidario
rante, questa es la tierra firme, y que estoy ante Zayto y Guin- de B u r g o s , Mosen Jaime Ferrer, no llegue á encontrar
say»; Diario, 1.° de Noviembre de 1492. negros, en los progresos sorprendentes de sus descubri-
Posteriormente, según veremos en una carta al contador San- mientos, y entre en el Sinus Magnas de Ptolomeo no
tángel (á bordo de la carabela, cerca de las islas Canaria«, el 15
de Febrero de 1493), llama de nuevo á Cuba una isla, pero ex- puede contar con grandes cosas (los verdaderos tesoros),
traordinariamente atento á la analogía de las denominacioue3 como especias, diamantes y oro.» E s t a c a r t a , unida á
geográficas, consigna con interés en su Diario que el Piey de la proyectos de métodos de longitudes y á respuestas en
Española, llamada por los indígenas la isla Bohio, aseguraba las que el gran cardenal de E s p a ñ a (Mendoza) llama
que muy cerca de allí, en Cipango, a que ellos llamaban Civao
al lapidario cosmógrafo su 'especial amigo, fué publi-
(era una comarca de la Española que aun se llama asi), había
mucho oro. Una semejanza accidental de sonido favoreció, pues, cada en Barcelona en 1545 en un libro muy raro, cuyo
tal idea en la viva imaginación del Almirante. extraño título es Sentencias catlwlicas del Divo poeta
El secretario del Senado de Bruselas, Wytfliet, en una Geo- Dant.
grafía americana aneja á la «lición de la Geografía de Ptolo-
tneo de 1597, nos recuerda que los habitantes (caribes) de Mav E l contemporáneo de Colón, Pedro Mártir de An-
titina tenían en su isla montañas llamadas Cipangi y que por •ghiera, muestra gran descontento por la expedición de
analogía designaban con el mismo nombre los países montano* Lucas Vázquez de Ayllón á la Florida, «¿Qué necesidad
sos de la Hispaniola (Descriptionis Ptolemaicm argumentnm
tenemos, exclama (Ocean, déc. v m , cap. 10) de produc-
xívc occidentis nnt.it ia, stndio Cornelli Wytfliet. Lovaina, 1597,
páginas 14(>y 16(>). ciones semejantes á las más vulgares del Mediodía de
Como complemento de las opiniones sistemáticas que guiaban E u r o p a ? ¡ A l ' S u r ! ¡Al S u r ! Quienes busquen riquezas
A Colón, observaré al terminar esta nota que, según su hijcJ TÍO deben ir á las frías regiones boreales.»
(capítulos 7 y 29), tomaba las Azores por la Atlántida, las
También Diego Rivero añade en 1529 en su céle-
islas de Cabo Verde por las Gorgonas, y el Este de la India, á
cuarenta días de navegación, por las Hespérides. b r e mapamundi, j u n t o á la tierra de Caray (Florida
occidental), estas palabras: «El'país es pobre en oro, por- contribuyó sin duda á esta confusión de ideas. Marignola
que está muy alejado del trópico de Cáncer.» llama todo el Manzi la Grande India. L a América,
E s t a s creencias, fundadas en analogías incompletas desde su descubrimiento (1), formaba, al parecer, parte
transmitidas por la antigüedad (1), creencias que obli- de la India superior, ó como continente ó como Ante Ilha
gaban á estar en los mismos límites, en el clima tropi- de Asia.
cal, las especias y las g e m a s , no lia desaparecido (2)
por completo en nuestros días.
L a vaguedad propia de la denominación India, espe-
(1) «Americus Vespucius maritima loca Indias superioris
cialmente después de los siglos i v y vi de nuestra era,
perlustrans earn partem qu» superioris Indice est, credidit esse
denominación arbitrariamente extendida á regiones me- insulam: alii vero nunc recentiores hydographi (V. C. Magellar
ridionales de Asia, de la Arabia y de las costas etiópicas ñus, 1519) earn terram ulterius ex ulla parte invenerunt esse
del mar Rojo (3), bacía casi sinónimas las frases, zona continentem Asice.» Tal es la opinión emitida en 1533 por SCHO-
NER, Op. geogr., p. II, cap. 1 y 20.
de la India y zona de las Palmeras. Añadíanse á l a s I n -
dias exteriores é interiores de los primeros autores cristia-
n o s , á las tres Indias de Marco Polo, muy distintas de la
de F r a M a u r o , la denominación de India superior con la
cual se designaban las costas orientales de A s i a , y por
tanto una parte del Catliay. E l comercio de almacenaje
de las especias que se bacía en los puertos de la China,

(1) STRABÓN (lib. n , pág. 1 2 7 ) . En el admirable pasaje


acerca de las ventajas de Europa.
(2) En la expedición que hice por orden del emperador Ni-
colás á la Rusia asiática, cuando dos de mis compañeros de
viaje, el Sr. Schmidt y el Conde de Polier, descubrieron en la
pendiente occidental del Ural, casi á los 60 grados de latitud
Norte, los primeros diamantes hallados en Europa, dudóse al
pronto de la realidad del descubrimiento, «porque los verdade-
ros diamantes corresponden al clima de las Indias».
(3) Al País del Oro, Chavilán, el antiguo Dorado del Phase
se le daba, á causa de su misma riqueza y á pesar de su posición
boreal, el nombre de India Póntica (ROSENMULLER, Bibl. de,
Alterh, t. I, pág. 204).
sitios á menos de 600 leguas marinas (de 20 al grado
ecuatorial): entre Escocia ó Noruega y la Groenlandia
oriental; entre el cabo Noroeste de Irlanda y las costas
del Labrador; entre Africa y el Brasil. L a primera de
estas distancias es casi la mitad menor que las otras.
E l canal del Atlántico entre al cabo Wrjith de Escocia
y Kniglitou-bay (lat, 69° 15' al Sur de Scoresby-Sound
XII. de la Groenlandia oriental), tiene solamente 270 leguas
de ancho, y en la dirección de esta travesia se encuentra
Islandia; es una distancia igual á la del Havre á V a r -
Consideraciones sobre la geografía física del globo terrestre y
sobre las comunicaciones con América antes de descubrirla govia. Desde Stadtland (62° 7'), en N o r u e g a , al mismo
Cristóbal Colón: -) punto en la Groenlandia oriental, hay 280 leguas ma-
rinas.
E l valle longitudinal del Atlántico que separa las dos
A l elevarse á consideraciones sobre la física del globo, grandes masas continentales, presentando ángulos sa-
y al examinar el relieve de las dos grandes masas con- lientes y entrantes que se corresponden (al menos desde
tinentales que sobresalen hoy del nivel de la superficie 75° N . á 30° S.), se ensancha en el paraleló de E s p a ñ a ,
del Oce'ano, obse'rvaseno sólo su configuración individual donde desde el cabo de Finisterre á Tcrranova hay 617
(articulación y ensanche hacia el Norte, terminación pira- leguas marinas. E n la proximidad al Ecuador vuelve á
midal hacia el Sur á diferentes distancias del polo, abun- estrecharse entre Africa (costa del cabo Roxo, cerca del
dancia de islas frente á las costas orientales), sino t a m - banco de los Bissagos y Sierra Leona) y el cabo de S a n
bién las relaciones de proximidad ó alejamiento entre Roque. La distancia de continente á continente en la
ambos mundos. E s t a s circunstancias, á las que se une la dirección N E . - S O . , en la cual se encuentran las islas y
situación de islas interpuestas como puntos de paso ó escollos de las Rocas, de Fernando Noronha, del Pinedo,
estaciones intermedias, h a n influido necesariamente en de San Pablo y de French Shoal, es de 510 leguas, su-
las probabilidades que tuvieran los habitantes de ambos poniendo, el cabo de Sierra Leona, según el capitán Sa-
continentes para revelarse su m u t u a existencia. bine, en la longitud de 15° 39' 2 4 " , y el cabo de San-
A los 60° y 70° de latitud boreal, el acrecentamiento Roque, según el almirante Roussin y el hábil observador
de las masas continentales llega á tal punto, que la an- Sr. Givry, en la longitud de 37° 3 7 ' 26". E l punto más
chura de los mares es poco m á s de la octava parte de cir- próximo al Africa es probablemente la punta Toiro,
cunferencia del globo correspondiente á dichos paralelos. cerca de la aldea Bom-Jesus (lát. austr., 5 o -7'), y la sa-
América se aproxima al antiguo continente en tres liente más oriental de América está de 2 o á Z° más al
S u r , entre el río Parahyba do Norte y la rada de Per-
como Nueva Zembla, el Japón y Ceylán forman parte
nambuco. E s t a anchura del Atlántico entre Sierra
de Asia.
Leona y el Brasil es la distancia del Havre á Moscou,
L a dirección de las costas orientales de América, desde
ó mejor á Jaroslav, en Rusia.
la Florida hasta los 7 0 ' de latitud, es (á pesar de la vasta
L a s travesías tan frecuentes en la navegación del Me-
extensión de un mar interior que comunica con el A t -
diterráneo nos proporcionan comparaciones de más fácil
lántico por el estrecho de Davis) tan uniforme de Sur-
comprensión. Desde Escocia á !a Groenlandia oriental
oeste á Noreste ( 1 ) que la parte más oriental de la
(mínimum de distancia) hay como desde Gibraltar al Groenlandia (la tierra de E d a m (2) vista el año de 1655
cabo de Bon; desde Africa al Brasil como desde Gibral- por los holandeses en latitud dé 77° 25') está 3 1 /, 0 más
tar á Bengasi y á las costas de la Cyrenáica. oriental que el cabo Blanco de Africa, y sólo la misma
Pero la consideración de estas distancias cambia com- distancia más occidental que el cabo Slyne de Irlanda.
pletamente al recordar que las tierras situadas al Norte Resulta de esta dirección que la región continental de
del círculo polar, pobladas por algunas miserables tri- América está más alejada de Europa que la costa de-
bus de esquimales, la inmensa península de Groenlandia sierta de la Groenlandia oriental.
que han explorado recientemente Scoresby, Sabine y el L a menor distancia desde Irlanda al Labrador es de
teniente dinamarquies Graah, los Arctic-Highlands, al 542 leguas marinas, unas 30 leguas más que la distan-
Norte de la bahía de Baffin, y las tierras descubiertas por cia desde Africa al Brasil. Pero es tal el frío que reina
Parry en 1819 y 1820, formando las costas septentriona- en la costa oriental de un continente, en las latitudes
les del canal de Barrow y conocidas con los nombres de donde cae la nieve en abundancia y donde dominan los
North-Devon, North-Georgia y Mellville-Island, están vientos de Oeste, que son por tanto los de tierra, tal es
completamente separadas de la América continental ro- la diferencia de posición y la inflexión de las líneas iso-
deándola por el Norte. thérmicas en América y Europa, que para encontrar una
D e igual manera, aunque en menor escala, la EScan-
dinavia, habitada por pueblos de raza germánica, envuel- (1) Dirección casi paralela á las costas occidentales del an-
ve el Noreste de Europa, y parecería un fenómeno de con- tiguo continente (SSN.-NE.), desde los cabos Blanco y Boja-
figuración semejante si el istmo de Finlandia, lleno de dor al cabo Norte en Noruega.
lagos, estuviera abierto entre el golfo de este nombre y (2) Á quien objetara acerca de la incertidumbre de esta
posición, recordaría que el capitán Sabine, en su animoso viaje
el mar Blanco.
para la determinación de la figura de la tierra por la observa-
L a Escandinavia americana, insular y circumpolar, ción del péndulo, llegó en 1823 en esta costa hasta los 76° de
con límites completamente desconocidos por el Noreste latitud, al Norte de Roseneath-Inlet, estando ya á de la
tierra de Edam, en la longitud de 21° 23'. Mapas anteriores
y Noreste, pertenece á América con igual derecho que
avanzan la Groenlandia más al Este, de suerte que la parte más
el archipiélago de la Tierra del Fuego; y le pertenece oriental caia bajo el meridiano de Edimburgo.
tierra donde el europeo pueda habitar cómodamente, es
nentes, han perdido su importancia desde que dejaron
preciso avanzar desde e l ' L a b r a d o r hacia la desemboca-
de ser avanzada de la civilización europea, puntos de lle-
dura del lago San Lorenzo. Determinaremos la dis-
tancia (690 leguas marinas) desde Irlanda al San Lo- gada y de esperanza. Cuando terminaron las exploracio-
renzo con alguna precisión, porque la desembocadura de nes de las costas de Africa y de América, terminó t a m -
este gran rio ha sido el punto de las primeras incursio- bién su interés histórico, quedándoles únicamente la
nes de los colonos islandeses, quinientos años antes de ventaja material de servir de puntos de escala y de colo-
Colón y Sebastián Cabot. nización'agrícola.
L a extensión del nuevo continente es inmensa en su
E n estas consideraciones sobre la geografía física sólo
parte boreal, sobre todo más allá de los 60° de latitud,
he tratado hasta ahora "de valuaciones de distancias di-
donde el máximum de su anchura continental de Oeste
rectas, no de las r u t a s que siguen los pueblos al través
á E s t e , desde el cabo del Príncipe de Gales á la tierra
del Océano, favorecidos ó contrariados por los vientos ó
de E d a m , ó, si se quiere, hasta un punto determinado,
las corrientes, atraídos ó desviados por las ventajas que
con más certeza astronómica, por el capitán Sabine, R o -
ofrecen las islas interpuestas ó las estaciones interme-
seneath-Inlet en la Groenlandia oriental, es de 1 5 4 ' / / ,
diarias. La Islandia, las Azores y las Canarias son pun-
ó (1) de 148° 20'. E n esta altura, los dos mundos por
tos de parada que h a n desempeñado importantísimo
papel en la historia de los descubrimientos y de la civi- el E s t e de Asia están tan próximos, que sólo les separa
lización; es decir, en 1.a serie de los medios que han em-
pleado los pueblos de Occidente para ensanchar la esfera
oeste de la Groenlandia, 210; desde cata extremidad á las costas
de su a c t i v i d a d ' y p a r a comunicarse con las partes del
del Labrador, 140; á la embocadura del San Lorenzo, 2G0,
mundo que les f a l t a b a conocer. Desde Islandia directamente al Labrador, 380 leguas. Desde
Portugal (desembocadura del Tajo) á las Azores (San Miguel).
Los fenicios y los helenos conocieron las islas A f o r - 247 leguas; desde las Azores (Corvo) á Nueva Escocia, 412;
desde Canarias (Tenerife) al continente de la América, meri-
tW " ^ r r " 3 " k entl'adadel "o Ogena. dional (á la desembocadura del Oyapok, en la Guayana fran-
(Océano) desde que traspasaron las columnas de Bria- cesa, suponiendo el fuerte de Cayena, coma lo determina M. Gi-
reo. El.descubrimiento de la Islandia precedió al de las vry, á 3o 38' 35' ), 320 leguas marinas.
Azores, grupo intermedio por su posición en latitud (1) La diferencia de longitud de 148 J-0 arroja unos 59 p
pero algunos grados más al Occidente de la antigua menos que el máximum de anchura .del antiguo continente
Thule, cuya costa oriental coincide casi con el meridiano entre los meridianos del cabo Oriental (estrecho de Behring) y
el cabo Verde de África. Esta diferencia se funda en las obser-
de Tenerife. E s t a s islas (1), situadas entre dos conti-
vaciones de los Sres. Beechey y Sabine. Si se limita la masa
verdaderamente continental, desde el cabo del Principe de
Gales (estrecho de Behring) hasta el cabo de Sau Luis (Labra-
dor), se obtendrán 112° 35'.
ALEJANDRO DE HUMBOLDT, DESCUBRIMIENTO DE AMÉRICA

u n estrecho cuya anchura es de 17 l / 2 leguas mari- Lieu-Kieu (Loo Choo), Formosa, los Bachisy los Babu-
nas
(1)> y los Tchuktchos de Asia, á pesar de su inve- yanes hasta Filipinas, desde los 20° á los 52° de latitud,
terado odio contra los esquimales del golfo de Kotzebue, se concibe cómo esa larga cadena de islas de diferentes
pasan algunas veces á las costas americanas. tamaños, formando con el litoral del continente, diver-
E s t a gran aproximación de los continentes revélase samente articulado, cuatro mediterráneos con muchas sa-
también en la distribución geográfica de los vegetales. lidas (1) (los mares de Okliotsk, de Taraikai, del Japón
A l Norte del Estrecho de Behring es donde especial- y de la China), debía ejercitar los pueblos del continente
mente los Rhododendron, la Azelia procubens, la U.vula- en el establecimiento de relaciones comerciales, de colo-
ria asplenifolia y las Liliaceas de la flora alpina del nización y de propaganda religiosa con los habitantes
Kamtchatka cubren (2) el litoral americano, que, siendo de las islas situadas enfrente de la costa.
bajo y arenoso, goza de una temperatura más suave quo E l estudio más concienzudo que en estos últimos
la costa asiática. tiempos se ha hecho de la historia de la China, del J a -
Cuando se observa atentamente la configuración ex- pón y de Corea, gracias á los trabajos de Abel R é -
traordinaria de Asia y la serie de islas que casi sin in- musat, de Klaproth y de Siebold, prueba la influencia
terrupción se prolonga desde la península de K a m t - que estas relaciones h a n ejercido en los progresos de la
chatka, por medio de las Korilas, Yeso, el Japón, los civilización y en la extensión del budhismo. E n todo el
E s t e y Norte de Asia dicha extensión parece relacio-
(1) Conforme á las observaciones hechas durante la expedi- nada con la templanza de las costumbres y la afición á
ción del Blossom (BEECHEY, t . u , pág. 673), la anchura del es- la literatura. Doscientos nueve años antes de nuestra
trecho de Behring está determinada por la posición del cabo era, la expedición mística de los Thsin chi-Huang-ti re-
Est (de Asia), latitud 66« 3' 10"; longitud de Taris, 172° 4' 14",
corrió el mar del E s t e «en busca de un remedio que pro-
y por la del cabo (de América\ del Príncipe de Gales, lati-
tud 65° 33' 30"; Iongitu ! 170° 19' 34". La distancia entre los cure la inmortalidad del alma». Con este motivo trasla-
dos cabos es, por tanto, haciendo el cálculo en la suposición de daron su residencia al J a p ó n 300 parejas de jóvenes (2).
ser la tierra perfectamente esférica, de 52' 9" 2. Cook creía que E l carácter especial del litoral del continente y de u n a
el estrecho sólo tenia de ancho 44 millas. Casi en medio del
canal se encuentran las islas de San Diomedes (islas de Kru- serie de islas que se presenta á la vista del navegante, á
senstern, Batmanoff y Fairway-Rock). veces como lengua de tierra cortada, á veces como levan-
(2) ADKLISERT VON CHAMISSO, Bemcrh,ungen auf der Ent- tamientos volcánicos, siguiendo una misma dirección
dcckungs Jteisc des Rurik, 1821, páginas 1(56 y 177. La altura á (Sur-Suroeste, Norte-Noreste) , hace creer que naciones
que llegan los pinos, agrupados en pequeños bosques en la
bahía de Norton, frente al promontorio pedregoso Tchukotzkoy-
Noss y del golfo de Anadyr, prueba especialmente esta dife- (1) Empleo la nomenclatura hidrográfica de M. de Fleurieu.
rencia de temperatura entre las dos costas, oriental y occi- (2) H U M B O L D T , Tableaux de la Nature (2.1 edición), t. I
dental. página 1(59.
comerciantes, que desde largo tiempo conocían el uso de tria, noticia inserta en los Grandes anales de la China.
la brújula, hayan ido progresivamente hacia la América Analizando críticamente esta noticia (1), ha probado el
occidental) por el Estrecho de B e h r i n g ó por la l a r g a ca- Sr. Klaproth que el F u s a n g , donde la ley de Budha y
dena arqueada de las islas Aleutinas, que casi une las las instituciones monásticas se habían establecido desde
penínsulas de Alaska y de K a m t c l i a t k a á los 60° de la- el año 458 (de J . C . ) , es el Japón. Según las dis-
titud). Sin embargo, no hay prueba alguna de que, en los tancias indicadas por el monje Hoe'i-chin, natural de
tiempos históricos, se haya realizado esta navegación ni F u s a n g , país de las viñas, donde usan de carretas arras-
de que un descubrimiento debido al azar, á la violencia tradas por bueyes de largos cuernos, caballos y ciervos,
de una tormenta, llegara á ser motivo de comunicaciones el Sr. Klaproth ha hecho ver que el país de Tlian, si-
entre ambos continentes. tuado al Oeste del Vinland de Asia (2) no puede ser
U n sabio, cuyo nombre g o z a de justa celebridad, De- otra cosa que la isla Tara'ikai, que nuestros mapas nom-
bran erróneamente Saghalien (3). La indicación sólo
guignes, padre, se equivocó cuando en las Memorias de
la Academia de Inscripciones (vol. X X V I I I , pág. 505)
anunció hace más de ochenta años que desde el siglo v (1) Recherches sur le pays de Fusang mentionné dans les
conocían los chinos A m é r i c a , y que sus barcos iban al livres chinois et pris mal à propos pour una partie de VA mé-
F u s a n g , situado á 20.000 li de distancia del T a h a n ; que rique (Nouv. Anales des voyages, t. xxi, 2.a serie).
el F u s a n g es la costa Noroeste del nuevo continente, y (2) Es una analogía curiosa que presenta el país de las viñas
de Fusang (la América china de Deguignes) con el Vinland de
el nombre de Tahan designa á K a m t c h a t k a . Deguignes los primeros descubrimientos scandinavos en las costas orien-
tomó por relato de una navegación la noticia dada por un tales de América.
religioso budhista (1) acerca del F u s a n g , que era su pa- (3) He aquí cómo M. Klaproth explica este error geográ-
fico, propagado con obstinación en los mapas más modernos.
Cuando los mapas formados por orden de Khang-hi se publi-
(1) Al fervoroso celo de estos religiosos viajeros débense los caron en Pekín, los jesuítas enviaron á Francia un ejemplar,
más preciados conocimientos del estado del Asia central desde acompañado de calcos, en los que solamente se habían trans-
el siglo v hasta el vil. Baste nombrar aquí al viajero budhista crito algunos nombres chinos en caracteres romanos. En estos
Fahian, que partió de Tchhangan para ir á las montañas calcos, que d'Anville redujo para la obra del P. Duhalde, y que
se conservan en París, había cerca de la desembocadura del río
Tsungling el año 399, y cuyo libro, titulado Foe Kové Ki, Re-
Amar ó Saltlialian-vla (río negro) estas palabras, escritas en
lación de los reinos Jlúdhicos, traducido por Abel Remusat y
mandchu: Sak ha lian angga hhada, que significan «Rocas de
comentado por este sabio y por Klaproth, es una relación cir-
la desembocadura negra». Esta designación de algunos peñas-
cunstanciada del viaje. Otro descubiimiento reciente hecho por cos situados en el cauce del Amur, la tomó dAnville por el
este célebre sinólogo, el viaje de Hiuan-Thsang, en la Transo- nombre de la grande isla que los indígenas llaman Taaïhaï y
xiana, los alrededores del lago Temurtu, el Candabar, el valle los japoneses Karafto, del nombre de uno de los cabos que
de Pamilo (Pamir) y la India (desde Palibotlira ó Pataliputra avanzan en el mar hacia la parte septentrional del Yeso. E l
á Ceylan), hacia los años 630 A 650, ofrecerá mucho mayor in- nombre de Teholta, que La Perouse da á Taráíkáí, pertenece á.
terés.
de la frecuencia de los caballos, del uso de la escritura y viajes á largas distancias al Noroeste del Japón, podría
de la fabricación del papel con la corteza del Fu-sang ó induciros á creer que los chinos han conocido á A m é -
morera útil, hubiera podido advertir á Deguignes que rica. Los textos nada prueban, y con razonamientos tan
Hoe'i-chin no habla de América. ¿Qué interés, por lo vagos podría sostenerse hasta que los chinos han venido
demás, hubiera podido llevar más allá de los 50° de lati- á Francia, á Italia y á Polonia.»
tud á pueblos que habitaban en climas benignos, y cuya E s t a afición á las hipótesis quiméricas y á las ficciones
navegación, como su brújula, dirigíanse más bien hacia que el P . Gaubil censura á los geógrafos, y que recien-
el Sur? Los chinos tuvieron indudablemente relaciones temente ha hecho atribuir á los indios antiguo conoci-
desde muy antiguo con pueblos de raza tnnguesa, es- miento de las Islas Británica?, encuéntrase también, sin
tablecidos en las márgenes del A m u r y al Norte de que se les pueda censurar, en los poetas chinos. El país
Corea. Desde la época de la dinastía de T h a n g cono- de F u s a n g es el teatro de sus fantasías, y no faltan,
cían á los Kulihanes y á los Tuphos, próximos al lago porque no podían faltar en ellas, conforme á la afición
Baikal; pero este conocimiento lo adquirieron por medio nacional, al lujo de las sedas, moreras de muchos miles
de viajes terrestres hechos á las comarcas de los bárba- de toesas de altura y gusanos de la seda de seis pies de
ros del Norte. longitud.
E x a m i n a d a cuidadosamente la correspondencia com- Si hasta ahora no hay hecho histórico alguno que pre-
pleta del P. Gaubil, que ya había proporcionado al ilus- sente indicios de comunicación espontánea de los pueblos
tre La place tan preciosos informes acerca de la longitud civilizados del Asia Oriental con el Nuevo Continente,
de la sombra meridional en los solsticios, observada por no es, sin embargo, inverosímil que alguna tempestad
los chinos en el año 1.100. antes de nuestra era, viene haya arrastrado japoneses ó Siampis d é l a raza de Corea
en apoyo de las dudas de M. Ivlaproth la autoridad del á la costa Noroeste de América. Sucesos de esta índole
m á s sabio de los misioneros jesuítas. «Todo cuanto me no tienen lugar en las investigaciones que son objeto de
decís—escribe (1) el P . Gaubil á uno de sus hermanos la presente obra. Gomara asegura que en el siglo xvi
en religión, en P a r í s en 1752—de la Memoria del señor suponíase haber hallado en las costas del Quivira y de
Deguignes acerca del W e n c h i n (2) y el Tahan, y de los Ciborá (el Eldorado del Méjico boreal, sitio fabuloso de
una antigua civilización) los restos de u n buque del Ca-
thay (1); pero en aquel tiempo tan cercano á la Edad
la costa occidental. Los sucesores de d'Anville lian abreviado
el Su/chalían angga Moda en Saülialien ó Saglialien. Véase
Notice den travaux excentés en Chine pour dreser la carie de
cet empire, pág. 26. tros días la costumbre de pintarse en el rostro y cuerpo diferen-
(1) .V-muelle Journal asiatique, 1832, pág. 335. tes figuras (KLAPKOTH, Sur le Fousang, pág. 10, y Anuales des
(2) El Wenchin es la punta meridional de la isla de Yeso, Empcrt urs du Japón, 1834, p. vili.
ocupada por los Amos (velludos), que todavía tienen en nues- (1) Historia general de las Indias, pág. 117.

n
Media, como á veces en nuestros días, la credulidad in- los dominios de la historia, como tampoco en los de las
terpreta hechos mal observados, para f u n d a r sobre ellos ciencias naturales la del origen de las plantas y de los
sistemas. animales y la distribución de los gérmenes orgánicos.
La dispersión de la flota que Khubilaí K h a n , funda- Si la gran proximidad de Asia y América corresponde
dor de la dinastía de los Y u a n y hermano de M a n g g u - á una zona inhospitalaria y helada en la latitud del L a -
Ivhan, envió en 1281 para conquistar el J a p ó n , ha dado brador, del mar de Hudson, del lago de los Esclavos y
origen á hipótesis con las cuales Reinhold Forster y del rio Anadyr, las costas de ambos continentes, al
M. R a n k i n g (1) han querido explicar grandes cambios avanzar hacia el Sur, se inclinan desde el paralelo de
en la civilización y el estado político del P e r ú . Pare'ceme los 6 0 ° en dirección tan opuesta, y huyen, por decirlo
indudable que los monumentos, las divisiones del'tiempo r así, una de otra, de tal modo que á los 30° de latitud
las cosmogonías y muchos mitos que he discutido en mi en el paralelo de N a n k i n g y de Nueva Orleans, el li-
obra sobre los Monumentos de los pueblos indígenas de toral de China se aleja 123° del litoral de la Vieja Ca-
América, presentan notables analogías con las ideas del lifornia, esto es, tres veces la distancia que existe entre
Asia Oriental, analogías que anuncian antiguas comu- Africa y la América meridional. E s t e es uno de los ca-
nicaciones, y que no son sencillo resultado de la identi- racteres distintivos del Océano Pacífico, llamado con
dad de situación en que los pueblos se encuentran en la justicia el Gran Océano. Su cuenca no tiene la configu-
aurora de la civilización. ¿ P o r qué vía se h a n realizado ración de un valle longitudinal con ángulo? salientes y
estas lejanas comunicaciones? ¿Cómo se ha conservado entrantes que se correspondan, como en el Atlántico-
la cultura intelectual, atravesando las regiones boreales, Desde el estrecho de B e h r i n g las costas opuestas se
donde los dos continentes se aproximan? Problemas son apartan con igual rapidez; las de Asia dirigidas al
éstos que no pueden resolverse en el estado actual d e S O . - N E . ; las de América al S E . - N O . Podría decirse
nuestros conocimientos. L a corriente de los pueblos del que en el levantamiento de las dos masas continentales
Aztlan en Méjico fué sin duda de N o r t e á Sur; pero hubo del lado oriental del Nuevo Mundo una conexidad
sólo se pueden seguir los rastros de estas emigraciones de fuerzas que determinó simultáneamente los contornos
h a s t a el río Giba ó á lo más hasta el lago de Teguajo, de las masas americanas y de las del antiguo continente,
que no traspasa, al parecer, el paralelo de 4 1 ° . La cues- mientras en las cuencas del Gran Océano Pacífico, cau-
tión de los primeros pobladores de América no entra en sas más independientes entre sí han producido efectos
distintos.
(1) Historical Researches on the conquest of Peru, Mexico, A l relacionar ideas geológicas, ó más bien físico-geo-
and 11agota in the thirteenh century by the Mongols, 1827, pá- gráficas, con las probabilidades que se hayan presentado
ginas 34-45. Esta obra está intimamente relacionada con otra
que lleva por título Researches on the wars and sports of the á las razas humanas para comunicarse entre sí, debo
Mongols and Romans, 1826. mencionar ante todo esa zona de islas alargadas hacia el
Asia que se extiende de E s t e á Oeste por J u a n F e r n á n - una corriente que se dirige entre los paralelos de 35 y 40°
dez, Salas y Gómez, la isla de Fascuas (1), la metró- Sur del meridiano de T a i t i , hacia las costas de Chile, y
poli de Tai"ti, las Fidji y las He'bridas hacia la Nueva que, por tanto, es opuesta á la corriente ecuatorial.
Caledonia, y después, como circunstancia muy impor- A excepción de Méjico y de Guatemala, cuyas plani-
tante (2) para las necesidades de la navegación, la de cies, por la poca anchura, dominan ambos mares á la vez,
donde los españoles, al llegar al Nuevo Mundo, encon-
(1) El espacio de 20° de longitud entre la isla de Pascuas y traron una civilización que se mostraba en los monu-
las islas de San Félix, San Ambrosio y Juan Fernández está
mentos, en los grandes caminos, en las instituciones
ocupado por las Sporadas de Salas y Gómez, de Pilgrin,de
Warehams Rocks y de Masafuera. Desde la isla de Pascuas civiles y en el carácter imponente del culto y de las con-
conducen á las islas de la Sociedad (á través de un espacio de gregaciones religiosas, fué en la parte de América que
40° de longitud) las Sporadas de Ducies, Elisabeth, Piteairn da frente al Asia. La que baña el Atlántico sólo pre-
(donde reside la familia anglo-polinesia del viejo marinero
sentaba pueblos nómadas y cazadores, poco numerosos y
Adams, de la insurrección del Eounty), Crescent, Gambier y
Hood La gran serie de islas que con más continuidad se ex- hasta inferiores en cultura á las razas extinguidas, que
tiende desde Nueva Holanda á la América del Sur, encuén- en las llanuras al sur de los grandes lagos del Canadá,
trase casi completamente encerrada entre los 15° y 2S° de lati- construyeron las circunvalaciones polígonas que semejan
tud austral. Se desvía en dirección SE. de la isla de Pascuas á
la Juan Fernández y se une al O. con un sistema de islas com- campos atrincherados.
pletamente distinto (dirigido S. N.) por medio de las islas Scar- Á la c o s t a más civilizada de América, donde habitaban
boroug y Radak. en las Carolinas, como por éstas y las islas pueblos agrícolas y vestidos, corresponde, al Oeste, la
Pelew al gran archipiélago de las Filipinas.
costa oriental del Antiguo Mundo, donde todo lo que
(2) Carie du mouvement des eaux á la surface de la mer tiende al progreso de la inteligencia y su aplicación
dans le Grand Orean austral, par lecapitaine Duperrey, 1831.
á las necesidades de la vida social, tiene indudablemente
La corriente que se dirige hacia las costas de Concepción y de
Valdivia divídese, siguiendo las costas de Chile hacia el Sur y una antigüedad de muchos miles de años respecto á las
hacia el Norte á la vez. Es un punto de partida análogo á los costas occidentales de Europa. Sin embargo (tal es el
conocidos en la costa occidental de África entre la bahía de misterioso encadenamiento de las cosas humanas), por
Biafra y el cabo López, y en las costas del Brasil al Sur del cabo
el Oeste, por la parte más largo tiempo bárbara del An-
San Roque. (RENNELL, Invest. of the Currents of the Atlant.
Ocean., 1832, páginas 136 y 22S.) El brazo septentrional de la tiguo Mundo, es por donde se realizó el descubrimiento
con iente de Chile es el que he dado á conocer por su baja tem- de América. Acaso las diversas familias del género hu-
peratura El termómetro centígrado marca en la corriente
15°,7 y fuera de la corriente 2(5°,4 á 29°,7. (Relat. hist., t. IU, pá-
gina 508.) Como el movimiento parcial de las aguas ha ejercido
servadas algunas veces en la región tropical, aun dentro del li-
una influencia notable en la distribución de una misma raza de
mite de los vientos alisios del SE. y del NE. (BEECHEY, t. n ,
hombres y en la filiación de los idiomas (dialectos), debo tam-
bién recordar aquí la existencia de comentes hacia el NE., ob- página 6 7 6 ; M E Y E K , Eche um die Erde auf der J'rinzessin
Luise, 1835, t. H, páginas 84-S8).
mano no hicieron entonces más que reanudar los lazos
L a s relaciones de proximidad de ambos mundos cam-
que ya habían existido entre ellas en tiempos anteriores
bian considerablemente cuando se considera como parte
á toda reminiscencia histórica.
del Nuevo Continente la extensa isla de Groenlandia, cuya
E n el valle longitudinal del Atlántico, donde las si- prolongación hacia el Noroeste más allá del mar de Baffin
nuosidades correspondientes á las dos orillas están ocu- y del estrecho de Barrow, es completamente desconocida.
padas hoy en gran parte por la civilización europea, el E s t a comarca septentrional parece, en efecto, correspon-
A n t i g u o Continente se acerca dos veces y casi á la misma der á América por la identidad de dirección (SO.-NO.),
distancia (de 510 y de 542 leguas marinas) á las costas y sus costas orientales desde Georgia á la tierra de E d a m ,
del Continente americano. E l valle tiene el m í n i m u m de desde los 30 á los 77 grados y medio de latitud.
anchura en una dirección S S O . - N N E . cerca del Ecuador
La Groenlandia Oriental en las tierras de Scoresby
entre Africa y el Brasil. Desde el cabo Roxo (entre la se aproxima de tal modo á la península escandinava y al
desembocadura del Gambia y los Bissagos) al cabo de Norte de Escocia, que desde esta última al cabo Barclay
San Roque, sólo hay diez leguas marinas (1), menos (grado y medio ai Sur del paralelo de la isla volcánica de
que desde este último cabo á Sierra Leona. E n E u r o p a J u a n Mayen), sólo hay 269 leguas marinas (1), lo cual
el promontorio de la Irlanda Occidental, entre Tralee y es casi la mitad de la anchura del Atlántico entre Africa
Dingle Bay, es el que más se aproxima á la extremi- y el Brasil. Con viento fresco y continuo del N O . se
dad S E . del Labrador, un poco al F o r t e de Terranova. atraviesa este espacio en menos de cuatro días.
E l Atlántico tiene en este paralelo (y entre los dos pun-
L a aproximación de todas las masas continentales ha-
tos sólo h a y una diferencia de latitud de 9') una anchura cia el circulo polar ártico, y más allá, se revela también,
de 542 leguas (2). L a diferencia de distancias entre según lo demuestran las investigaciones más exactas
Europa y la América continental del Norte, entre Gui- acerca de la geografía de las plantas, en el gran número
nea y la América del Sur, no es, pues, á pesar del au- de vegetales que son propios de la Europa, el Asia y
mento de más de 40° de latitud, sino de 94 millas, de 60 la América boreal (2). L a América del S u r , y en ge-
al grado ecuatorial. neral toda la parte tropical del Nuevo M u n d o , tiene
distinto carácter. La gran ley de la Naturaleza, recono-
cida por Buffón en la desemejanza de la creación animal
(1) Calculando en la hipótesis de la tierra esférica, hay
desde el cabo San Roque (lat. aust., 5.° 28'17"; long. 37® 37' 26")
al cabo Roxo (lat. bor., 12» 20', long. 19° 14'), 1.531,2 millas ma- (35) Cabo Wrath (extremidad NO. de Escocia), lat. 58° 39",
rinas. Desde el cabo San Roque á Sierra Leona (lat. 8° 29' 55",
long. 7° 18'. Cabo Barclay (al Sur de la bahia Scoresby) lati-
long. 15° 39 24"), 1.558,7 .millas.
tud 69° 10", long. 26° 4', distancia 807 millas marinas.
(2) Del promontorio de Irlanda al Sur de Tralee (lat. 52» (36) Los brezos, que se creía faltaban en toda América como
20', long. 12° 40') al cabo Charles de Labrador (lat. 52« 11', lon-
al NE. de Siberia, se han encontrado recientemente en el in-
gitud 57" 40'), 1625, 7 millas.
terior de la isla de Terranova.
propia de estas regiones y de Africa, puede aplicarse con L a s corrientes se dirigen desde el Congo al O. hacia
ciertas restricciones al reino vegetal. Las excepciones de el Brasil, mientras que en la desembocadura del Senegal
la ley son raras, pero existen, no sólo en las plantas mo- y más allá hasta la bahía de Biafra, el movimiento de
nocotiledóneas, especialmente en las gramíneas y en las las aguas es al S. y S E . , y, por tanto, completamente
ciperáceas (I). sino también en las dicotiledóneas arbo- contrario al transporte de frutos y semillas á las costas
rescentes, que no son de las especies litorales ( 2 ) ó americanas. Lo que sabemos de la acción deletérea que
acuáticas. ejerce el agua del mar en un trayecto de 500 ó 600 leguas
E s notable sin duda que, según los trabajos de M. sobre la excitabilidad germinativa de la mayoría de las
Roberto Brown sobre la flora del Congo y las discusiones semillas, no es favorable al sistema demasiado genera-
de los Sres. P e r r o t t e t y Guillemin sobre la llora de Cabo lizado de la emigración de los vegetales por medio de las
Verde y de la Sencgambia sean principalmente las cos- corrientes pelásgicas.
tas africanas y la? del Brasil y la Senegambía las que N o debo terminar esta reseña del gran valle" del A t -
presentan estas analogías con el Africa equinoccial. Basta, lántico, en el punto donde presenta menos anchura entre
para probarlo, citar las especies del Río Zaliir y del Se- masas de tierra completamente continentales, sin añadir
negal, cuyos nombres específicos indican los lugares á las líneas genérales del cuadro físico la indicación de
donde los viajeros botánicos las lian recogido por primera un hecho, ó mejor dicho, una creencia del siglo xvi que
vez: Schwenkia americana, U r e n a americana, Cassia los modernos historiadores del Nuevo Mundo h a n des-
occidentalis, Ximenia americana, Waltheria americana, atendido completamente. Colón supo cuando su segundo
que es idéntica á la Waltheria índica (3). viaje que la isla de H a i t í era atacada algunas veces por
una raza de hombres negros (gente negra), que vivía ha-
cia el Sur ó Sureste.
(1) H U M B O L D T , De d.ist. geogr. plant. secundum ceeli tempe-
riem et alt. montimi-, 1817, paginas 61-67. Distingue estos negros de los Caribes de las Pequeñas
(2) Como las Avicennia tomentosa, Suriana marítima, Jas- Antillas, á quienes, en una carta á los monarcas, fechada
siena erecta, etc., etc. en el mes de Octubre de 1408 llama Caríbales (1), y los
(3) Otros ejemplos de dicotiledóneas comunes á las costas pinta armados de azagayas, cuya composición metálica
equinocciales de Africa y de América, son Sida júncea, Ptero-
carpus lunatus, JE.sellinomene sensitiva, S-oparia dulcís y el
Dndonma viscosa, que yo he recogido en Méjico en lameseta de (1) Forma "ó derivación notable de las palabras Calina y
Guanajuato y en las colinas de lavas aglomeradas cerca de Rio Callinagn (que es el nombre que se daba á sí mismo el pueblo
Mayo, en el camino de Popayán á Pasto, mientras el Sr. Pe- caribe), del cual los eruditos (propter rabian caninam antliro-
rrottet la ha encontrado en el Senegal ( R O B E R T B R O W N , Rèni, pophagoriim gentix) han hecho caníbales para latinizarlos más-
«n the huta ti y of the Congo River, pág. 57. P B R R O T T E T ' , G C I - García en sus fantasías semíticas (Origen de los Americanos,
L L E M I X Y R I C H A R D , Flore déla Senegambie, 1831, páginas 18 pág. 68), deriva la palabra caníbal de Annibal y de la lengua
41 y 73). ^ 6 fenicia (Relat. liist., t. II, pág. 503; t. III, páginas 10 y 537).
llamó singularmente su atención. Los indígenas de H a i t í americanas, sorprendió este hecho referido por Gomara,
llamaban esta composición Guanin. Colón la envió al rey y lo explica, con alguna ligereza, suponiendo algún nau-
Fernando, y refiere Herrera (sin duda por lo que vió en fragio de africanos en las costas de América. E s t o s es-
los manuscritos de Las Casas, porque D . F e r n a n d o Co-
clavos son, sin duda, dice, descendientes de negros etiopes,
lón no habla de ello), que el análisis hecho en E s p a ñ a dió
que, después de infestar la mares como piratas (latrocinii
á conocer en el Guanin para 32 partes 18 de oro, 6 de
causa) los arrastró alguna tempestad á naufragar en el
plata y 8 de cobre (1). E r a , p u e s , oro de b a j a ley (oro
Darien.
baxo), notable por la doble aleación (0,44) de cobre y
N o puede negarse (y, según antes dije, los mapas del
plata, producida sin duda en aquellos pueblos bárbaros
mayor Rennell dan fe de ello) que desde las costas del
por la naturaleza especial de un mineral aurífero.
Congo y de Benguela,las corrientes africanas, mezcladas
L a dirección meridional que el Almirante dió á su á las aguas del Gulf-Stream, impulsan hacia el Oeste,
tercer viaje tuvo por único motivo el deseo de llegar al hacia el Brasil, la Guayana y el fondo del mar de las
país del Guanin. «Dixo Colón que por aquel camino pen- Antillas; pero ¡qué largo trayecto para negros africanos
saba experimentar lo que decían los Indios de la E s p a -
que jamás fueron piratas de alta mar, y sólo usan canoas
ñola de la gente negra que traía los hierros d e las aza-
pequeñas apropiadas para la pesca en el litoral!
gayas de un metal que llamaban guanin.»
Estos negros de Quareca habitaban las mismas co-
Vasco Núñez de Balboa, el primero que atravesó el marcas donde los naturales suponían primitivamente una
istmo para llegar al mar del Sur, encontró efectivamente raza blanca, suponiendo que algunos negros albinos eran
negros en el Darien. « E s t e conquistador, dice Gomara una raza especial. E n mi concepto eran P a p u s del mar
(Historia de las Indias, fol. 34), entró en la provincia de del Sur, que fueron del Oeste, aprovechando algunas con-
Quareca, donde no encontró oro, sino algunos negros es- tracorrientes en el aire y en el mar, y no negros de
clavos del señor del lugar. P r e g u n t ó al señor de dónde
Etiopia. También puede suponerse que fuera alguna tribu
había sacado aquellos esclavos negros, y le respondió que
de indígenas de color más obscuro que las demás, porque
las gentes de aquel color vivían cerca de allí y estaban
Gomara al decir que los negros de Quareca se parecen á
constantemente en guerra con ellos.»
los negros de Guinea, no menciona especialmente el ca-
«Estos negros, añade Gomara, eran iguales á los ne- bello rizado.
gros de Guinea, y en las I n d i a s yo pienso que no se han E n las misiones del Orinoco, los Otomaques y los
visto negros después.» Guamos forman la variedad más obscura, los Guahari-
A Pedro Mártir de Anghiera (Ocean. déc. n i , lib. i, bos del Geliette y los Guainares, la variedad más blanca
página 45), que observa todo lo que atañe á las razas entre los indios cobrizos. Debe esperarse á que algún
viajero instruido, recorriendo parajes tan inexplorados
(1) Déc. i, lib. III, cap. 9. como los que median entre las fuentes del Atrato, el
Darien y el golfo de Mandinga, aclare la cuestión de
quien era esta gente negra conocida á la vez en H a i t í y
en Caribana; porque conviene precisar los hechos antes
de intentar explicarlos.
Verdad es que hay otros indicios para creer que aquel
rincón de la tierra fué antiguamente visitado por razas
extranjeras. E n t r e los Caramaris, que decían ser de la
grande y poderosa familia de los pueblos Caribes, en-
contráronse rastros de una cultura importada, como en- XIII.
tre los Caribes de Uraba (1) que tenía alguna noción
de libros y de signos gráficos. Viajes de los escandinavos al Nuevo Mundo en los
siglos XI y XIX.
( ! ) P E D R O M Á R T I R , Ocean., páginas 2 2 y 6 5 . Acaso el in-
dígena á que Si refiere lo que conocía eran ios libros de jero-
glíficos de los pueblos mejicanos y del alto Perú. E x i s t e en los mudables destinos de la civilización y
del estado social de los pueblos algo permanente y esta-
ble que se relaciona con la configuración de las tierras,
su aislamiento mayor ó menor, las influencias del clima
y los agentes físicos en general. Acabamos de ver que
el estado de barbarie en que se encontraban las costas
opuestas de los continentes de Asia y América donde
más se aproximan, excluía, al parecer, cualquier empresa
de emigración ó de navegación lejana en tiempos remo-
tos. Reservado estaba á la parte más septentrional del
Atlántico, donde la Escandinavia insular de América
(la Groenlandia) se aproxima á una distancia de ocho-
cientas á novecientas millas marinas á Escocia y á No-
ruega, dar ocasión al descubrimiento de América por el
lado oriental.
Dos circunstancias favorecieron este descubrimiento,
que coincide con el principio del siglo xi de nuestra era.
L a primera corresponde á la geografía física. E n t r e los
paralelos de 58° 7 a y 64°, el canal del Atlántico, ya bas-
17
Darien y el golfo de Mandinga, aclare la cuestión de
quien era esta gente negra conocida á la vez en H a i t í y
en Caribana; porque conviene precisar los hechos antes
de intentar explicarlos.
Verdad es que hay otros indicios para creer que aquel
rincón de la tierra fué antiguamente visitado por razas
extranjeras. E n t r e los Caramaris, que decían ser de la
grande y poderosa familia de los pueblos Caribes, en-
contráronse rastros de una cultura importada, como en- XIII.
tre los Caribes de Uraba (1) que tenía alguna noción
de libros y de signos gráficos. Viajes de los escandinavos al Nuevo Mundo en los
siglos x i y XII.
( ! ) P E D R O M Á R T I R , Ocean., páginas 2 2 y 6 5 . Acaso el in-
dígena á que Si refiere lo que conocía eran ios libros de jero-
glíficos de los pueblos mejicanos y del alto Perú. E x i s t e en los mudables destinos de la civilización y
del estado social de los pueblos algo permanente y esta-
ble que se relaciona con la configuración de las tierras,
su aislamiento mayor ó menor, las influencias del clima
y los agentes físicos en general. Acabamos de ver que
el estado de barbarie en que se encontraban las costas
opuestas de los continentes de Asia y América donde
más se aproximan, excluía, al parecer, cualquier empresa
de emigración ó de navegación lejana en tiempos remo-
tos. Reservado estaba á la parte más septentrional del
Atlántico, donde la Escandinavia insular de América
(la Groenlandia) se aproxima á una distancia de ocho-
cientas á novecientas millas marinas á Escocia y á No-
ruega, dar ocasión al descubrimiento de América por el
lado oriental.
Dos circunstancias favorecieron este descubrimiento,
que coincide con el principio del siglo xi de nuestra era.
L a primera corresponde á la geografía física. E n t r e los
paralelos de 58° 7 a y 64°, el canal del Atlántico, ya bas-
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tante estrecho, está sembrado de muchos grupos de islas E n todo lo que á la historia se refiere, preciso es dis-
(las Orcades, las Fceroé, I s l a n d i a ) que presentan una tinguir las fechas de los acontecimientos, y las diversas
serie de estaciones intermedias, y conducen, por los an- épocas en que empezaron á combinarse aquéllas y éstos
tiguos levantamientos volcánicos (las doleritas y las tra- y á estudiar sus relaciones con descubrimientos mucho
quitas ) ( 1 ) á las costas de la América insular del más recientes. E n medio de tantos acerbos debates produ-
Norte. L a segunda se refiere á la actividad del espiritu cidos por envidiosa malignidad y por las aficiones á una
de empresa en los pueblos de E u r o p a próximos, en la falsa erudición clásica entre los contemporáneos de Cris-
E d a d Media, á esa misma región de un mar boreal cu- tóbal Colón, acerca del mérito de este grande hombre,
bierto de islas, que fueron teatro de sus expediciones. nadie pensó en las navegaciones de los normandos como
L a unión de ambas causas físicas y morales produje- precursores de los genoveses. E s t a idea no se mostro
ron el descubrimiento del Nuevo Continente por los es- sino sesenta y cuatro años después de muerto Colón.
candinavos. Sabíase por sus propios escritos, sobre todo por su obra
acerca de las zonas habitables erque había ido á Tlmle»>
Los normandos y los árabes fueron las únicas nacio-
pero entonces este viaje al Norte no engendró sospecha
nes que, hasta principios del siglo XII, compartieron la
alguna sobre prioridad del descubrimiento, y preferíase,
gloria de las grandes expediciones marítimas, la afición
para atacar á Colón, recurrir á algún manuscrito (1) que
á aventuras extraordinarias, la pasión del pillaje y de
las conquistas efímeras. Los normandos ocuparon suce-
sivamente la Islandia y la N e u s t r i a , saquearon los san-
(1) Herrera no ha tenido para nada en cuenta las piezas
tuarios de Italia, conquistaron á los griegos la Pulla, y del pleito que el fisco promovió contra D. Diego Colón, hijo del
hasta escribieron sus caracteres rúnicos en los flancos Almirante (déc. II, lib. i, cap. 7). Sólo las conocemos desde
de uno de los leones que Morosini quitó al Pireo de hace cuatro años por los extractos de Muñoz y de Navarrete
(tomo III, páginas 559, 560 y 595). Entre las veinticuatro pre-
A t e n a s para adornar el arsenal de Venecia. guntas interrogatorias de la información fiscal, terminada en
1515, la once y doce refiérense á dicho libro ó escrito misterioso
que permitió á Martín Alonso Pinzón «dar noticia á Colón de
(1) Las traquitas sólo asoman al través de las rocas en Is- la existencia de tierras al Oeste». Este Pinzón es el mismo que
landia, donde el centro de la isla está cortado por un valle lon- mandaba la Pinta en el primer viaje y que murió pocas sema-
gitudinal traquítico en dirección del SO. al NE., valle descrito nas después de su vuelta á España, mortificado porque la reina
recientemente, sobre el terreno, en una interesante memoria Isabel no quiso recibirle solo y antes que al Almirante en Bar-
geognóstica de M. Ivrug de Nidda (KARSTEN, Archiv. der Mine, lona. Arias Pérez, hijo de Martin Alonso Pinzón, acompañó á
ralogie, t. I, v n , páginas 425 y 455). Mr. Leopoldo de Buch su padre á Roma para asuntos comerciales, y vió las escrituras
había señalado ya la conformidad de esta dirección con la de que un bibliotecario «gran cosmógrafo» les enseñó y cuya vista
la costa oriental de la Groenlandia {Cañar. Inseln, pág. 335). tan viva impresión dejó en el ánimo de su padre que, desde su
Acerca de los runos en el León de Yenecia véase G I Í I M M vuelta á Palos, sin conocer aún los proyectos de Colón, «resolvió
Deutsche Rimen, p. 209. armar dos carabelas para descubrir las cosas que vió en Roma
DESCUBRIMIENTO DE AMÉRICA

un bibliotecario del papa Inocencio V I I I debió enseñar conviene no olvidar que en las islas situadas entre E s -
á un miembro de la rica familia de los Pinzones. cocia , Noruega y Groenlandia las expediciones de los
Si se quiere seguir con precisión la serie de hechos misioneros irlandeses rivalizaron con las de los nor-
que han conducido á las costas boreales de América, mandos. L a preciosa obra de Dicuil De Mensura Orbis
terral, cuya edición princeps debemos ( y solamente
desde 1807) al Sr. Walckenaer, ha llegado á ser de
en el mapamundi). El fiscal añade á este cargo un cuento ver- grandísima importancia para esclarecer la historia de
daderamente fabuloso, cual es, que Martín Alonso Pinzón co- esta rivalidad.
municó á Colón una fórmula atribuida al rey Salomón, y que
consistía en la indicación del camino á la tierra de Campanso, Los anacoretas cristianos en el norte de Europa y los
la'cual decía así: «Navegarás por el mar Mediterráneo hasta el piadosos monjes budliistas en el interior de Asia, explo-
fin Despaña, é allí al poniente del sol, entre el norte é el medio raron y pusieron en relaciones con la civilización las co-
día por vía temperada fasta 95 grados del camino, é fallarás marcas más inaccesibles. E l espíritu de propaganda y el
una tierra de Campanso, la cual es tan fértil y abundosa, é con
su grandeza sojuzgarás á África é á Uropa.» No entiendo lo que deseo de extender las creencias religiosas prepararon
quiere decir ese «camino de 95 grados», que sin duda no son igualmente las vías para las invasiones hostiles y para
grados de longitud, ni ese Ophir del Occidente llamado Lam- el cambio pacífico de ideas y de productos. E s t e fervor
2>anso (Cipango?); pero creo muy probable que la anécdota del propio de las religiones de la I n d i a , de la Palestina y
bibliotecario cosmógrafo sea en el fondo verdadera. Natural
de la Arabia, y extraño á la indiferencia del politeísmo
es que se apresuraran á mostrar á un marino tan grande é in-
trépido como Alonso Pinzón algunas cartas ó mapamundi que de los griegos y de los romanos, dio especialísimo aspecto
los bibliotecarios de Italia poseían entonces en gran número- á los progresos de la geografía en la primera mitad de
La vista de la isla de Brazlr en un mapa de Picigano (1367), ó la Edad Media.
de la Antilia, de Andrés Bianco (1436), podía muy bien excitar
la imaginación del marino español. No fué ciertamente él quien Comentando dos importantes pasajes de Dicuil (ca-
ocasionó la expedición de Colón, que mucho antes de su co- pítulo v n , párs. 2 y 3), M. Letrone (1) demuestra in-
rrespondencia con Toscanelli, el año de 1474, cuando vivía en geniosa y satisfactoriamente que «las islas Fceroé, habi-
Portugal, alimentaba ya el proyecto de ir á la India por Occi-
dente; pero la relación de lo que Alonso pretendía haber sabido tadas desde hacía un centenar de años por ermitaños
en Boma, pudo muy bien influir para que el Almirante se rela- de Scottia ( I r l a n d a tuvo este nombre hasta el reinado
cionara con esta familia rica y poderosa de los Pinzones, que de Malcolm I I ) , fueron abandonadas por ellos desde el
facilitó la primera empresa. Arias Pérez Pinzón heredó, al pa- año 725, época de la primera invasión de los escandina-
recer, el odio que su padre Alonso había concebido contra el
vos en las Islas Británicas; y que la Islandia fué visi-
Almirante á la vuelta del primer viaje, y amplificaría sin duda
el relato, pretendiendo (para perjudicar los intereses de don tada y acaso colonizada por los irlandeses en el año 799,
Diego Colón) que el célebre marino de Palos hubiera podido
hacer el descubrimiento del Nuevo Mundo sin más que los in-
dicios que el manuscrito de Roma le había proporcionado. (1) Reeherches geogr. et crit. tur le livre de Mens. Orbti
terree, 1814, páginas 129-146.
es decir, sesenta y cinco años a n t e s de que lo f u e r a por Cuando se puede seguir una misma costa, el agrupa-
los escandinavos.» miento y la proximidad de las islas determinan fre-
E l Landnamabolc, publicado de nuevo ( 1 ) reciente- cuentemente la dirección de los descubrimientos geográ-
mente en una colección de los S a g a s históricos por la ficos. Los de los escandinavos se h a n referido con t a n t a
Real Sociedad de Anticuarios del N o r t e , en Copenhague,, prolijidad en estos últimos años, que basta recordar aquí
refiere textualmente que los noruegos encontraron en las épocas.
Islandia libros irlandeses, campanillas y otros objetos L a Islandia, visitada después de los monjes irlandeses
que los Papa (Papas), «hombres de Occidente que pro- y de los Peti, por el pirata Naddoc, hacia el año de 8 6 0 ,
fesaban la religión cristiana, habían dejado allí, especial- no tuvo colonia noruega estable h a s t a el año 874, y en-
mente en los dos cantones de P a p e y a y P a p y l i , en la tonces sólo por los cuidados de Ingulf y de Hiorleif.
costa oriental». Ahora bien; se sabe por los Sagas de- Se enseña todavía al Sur de la isla la tumba del primero
las Orcades ( 2 ) que estas islas estaban habitadas á de estos fundadores, en la cima de una montaña que se
fines del siglo ix por «dos naciones, los Peti (probable- llama Ingolfsfiodl. Cerca de Kielarniis están las ruinas de
mente descendientes de los P i c t o s ) y los Papa} (los pa- la casa de un hijo de Ingulf (1) construida el año 888.
dres (3), sacerdotes, religiosos, sin d u d a los clerici de Desde la Islandia pasó Eric Rauda á Groenlandia, ó
Dicuil).» Snorro-Sturlosson dice que hasta la misma en el año de 932 ó en el de 982, porque los Sagas difie-
Escocia se llamaba entonces Pettoland. ren en las fechas. La verdadera colonización de Groen-
L a s islas Fceroii y la Islandia convirtiéronse en estar landia no es más antigua del año 986, próximamente en
ciones intermedias, en puntos de partida para llegar á la época en que los noruegos llevaron el cristianismo á
la Escandinavia americana; de igual suerte que el esta- Islandia, durante el reinado de Olaf I .
blecimiento de Cartago sirvió á los Tyrios para llegar a l L a costa oriental de Groenlandia dista del cabo
estrecho de Gadira y al puerto de Tartesus, y desde T a r - Straumsnws (cabo N O . ) de Islandia, según el gran mapa
tesus fué este pueblo de viajeros, de estación en estación, del capitán Graah ( 2 ) , cincuenta y dos leguas marinas
h a s t a Cerné, el Gauleón (isla de los barcos) de los car-
tagineses.
(1) OLAFSEN, t. i, pág. 40; t. II, pág. 132. E n el i n t e r v a l o
entre Naddoc é Ingulf se realizan las expediciones pasajeras
(1) Véase la historia de Islandia en el Islendenga Sogur, y de Gardar, Suaffarson y de Flocco.
la historia de las islas Fceroes en el Fcercyinga Saga. (2) Véase UndertSgelses Reise til Ostkysten of Gronland,
(2) L E T R O N N É , Additions, páginas 90-93. 1832. El yacimiento de la costa oriental de Groenlandia no
(3) O L A F S E N y P O V E L S E N afirman (Reine durcli. Island, está reconocido entre los paralelos de 65° ' / t y 69 Este es el
tomo II, pág. 124) que el Bygde Papyle, en el Hornefiord, se intervalo entre los límites boreales y australes de los estudios
llama asi por haber habitado allí los Papar, primeros sacerdo- de las costas hechos por Mr. Graah y por Scoresby. La distancia
tes irlandeses. de las costas opuestas sólo está indicada por aproximación.
en la dirección de S E . á N O . , entre los 67° y 68° de el Inspectorat boreal ( I ) de Uppernavick (lat. 72° 50'),
latitud. Se ha supuesto, por la corta distancia, que poco está cubierta de ruinas de las antiguas colonias escandi-
antes de la gran catástrofe del Scaptar-Iokul, en 1783, navas, mientras en la costa oriental no hay rastro al-
se vieron durante muchas horas desde la costa septen- guno de habitaciones europeas, y muestra, como todas
trional de Islandia, sin duda por reflejo de las nubes las costas orientales, un rigor de clima contrario al des-
«fuegos volcánicos en la costa de Groenlandia» (1). Se arrollo de la vida orgánica. Las heleras bajan de las
sabe hoy que no ha sido esta costa oriental, t a n próxima montañas como dique continuo hacia el litoral: las co-
á Islandia, la que, d u r a n t e tres siglos, sirvió de asiento rrientes que al Norte del paralelo de 64'/,° se dirigen
á colonias escandinavas, como Cranz, Torfceus y sus a n - al SO., contribuyen á amontonar los témpanos de
tecesores lo afirmaron erróneamente. hielo arrancados en las regiones polares (2).
Cuanto E g g e r s ( 2 ) dijo en 1793 sobre la situación E l capitán Graah estuvo mas de diez y ocho meses
de establecimientos cristianos en la Groenlandia, está expuesto á grandes sufrimientos en las costas desiertas
confirmado y apoyado con pruebas aún más convincentes de la Groenlandia oriental. Llegó en sus exploraciones
por el viaje de M r . G r a a h y por las sabias investigacio- hasta los 65° 20', y reconoció que la descripción que los
nes acerca de las antigüedades escandinavas de M r . R a f n . Sagas hacen de la costa habitada por los islandeses no
L a s colonias, más a n t i g u a s (Ester y Yesterbygden, están conviene en manera alguna á la localidad del litoral
situadas en la costa occidental en el Inspectorat meridio- oriental. Los estrechos canales (fjord) que recortan la
nal de Julianshaab, donde los bosquecillos de abedules costa habitada, sólo son frecuentes en la parte occidental,
anuncian un clima m á s templado. Toda esta costa hasta lo mismo en Groenlandia que en Noruega y en la Amé-
rica boreal.
E l atento examen del camino seguido por los antiguos
(1) Véase el excelente informe de M. Magnus Stephenson
navegantes escandinavos para llegar á las colonias de
en H O O K E R ' S , Tour i» Iceland, pág. 423. La suposición de
una distancia de 156 millas daría á este fenómeno lumino- Osterbygde, demuestra la exactitud de las primeras no-
so, situada la vista en el horizonte, una elevación de 20.000 ciones de E g g e r s que M r . Malte Bruin h a reproducido y
pies. En la Groenlandia, recorrida por M. Giseke y otros natura- enriquecido con muchas observaciones nuevas en su
listas, se han encontrado basaltos y doleritas, pero no traqui-
tas y volcanes en actividad. Acaso la erupción luminosa fué en
el mar, y, por tanto, más cerca de Islandia; sin embargo, los
(1) La desgraciada Misión de Uppernavik fué quemada, en
fuegos que se elevaron en tres inmensas columnas el 11 de J u
las últimas guerras, por los balleneros ingleses.
nio de 1783, cerca de los ríos Skapta y Hwerfisfliót, fueron
también vistos, según M. Magnus Stephenson, á distancia (2) Mr. Graah marca la dirección de las corrientes entre los
de 56 leguas marinas (HOOKER'S, Tour, pág. 409). paralelos de 64*° y del cabo Farewell, hacia el ONO., y á lo
largo de la costa occidental desde el cabo Farewell hasta la
(2) Mem. de la Société Eeonom. de Copenhague, t. IV. pá- isla Disco, hacia el NNE., lo que está en contradicción completa
gina 239. : con el mapa general de las corrientes del mayor Rennell.
Precis de l'histoire de la Géographie. Según las investi- K r a g h tuvo el mérito de ser el primero en darla á cono-
gaciones de M r . Graah (1) se iba de Islandia primero cer (1). L a versión latina de R a s k , que me ha sido
al O., desp ues al SO. hasta un hvarf ó vendeplads comunicada por M . Rafn, dice: Erlingr Sighvati filius
(punto en que la costa cambia de dirección); desde allí, et Bjam Tkordi filius et Eindridi Oddi filius feria sépti-
la navegación se dirigía, como la costa misma á N N O . ma ante diem victorialem extruxerunt metas hasce ac
E l hvarf estaba, por tanto, colocado entre el cabo F a - purgaverunt (locum), MCXXXV. E s t a fecha, trescientos
rewell, designado con el nombre de Hvidscerken, y el cincuenta y siete años anterior á Cristóbal Colón, no es
cabo E g e d e e n la extremidad de la península groenlan- inverosímil, conforme á las opiniones generalmente admi-
desa, donde hay un archipiélago de islotes parecido al dos hoy respecto á la época de los descubrimientos es-
del cabo de Hornos y la Tierra del F u e g o . candinavos. Preciso es recordar, sin embargo, que la
L a prueba más irrecusable del emplazamiento de las interpretación del valor numérico de los seis runos en
colonias scandinavas, la ofrecen las inscripciones rúnicas que se cree encontrar un millar, una centena, tres dece-
descubiertas desde hace diez años en la costa occidental nas y un cinco, conforme á la analogía de las cifras ro-
de Groenlandia. Se ha reconocido que muchas de estas manas, ha dejado dudas en el ánimo de sabios muy
inscripciones, por ejemplo las que h a n sido encontradas versados en el estudio de los signos gráficos de los no-
en 1831 en Igalikko (lat. 60° 5 1 ' ) , y en 1832 en Iki- ruegos (2).
geit ó Egegeit (lat. 60° 0') al norte de Fridriksal, que
corresponden á los-siglos x i y x n por la forma de los (1) Antlgmrishe Annuler, t. v (1827), páginas 309, 324, 368
runos, comparados con los runos de Noruega, cuya fecha y 377.
se sabe con exactitud; pero h a fijado ademas grande- (2) Los caracteres rúnicos de la famosa piedra de la Isla de
mente la atención de los anticuarios otro m o n u m e n t o de las Mujeres, en la parte oriental del mar de Baffin, en una
latitud donde no se esperaba ver estos restos de cultura euro-
la parte más septentrional de la península groenlandesa
pea, han sido grabados muchas veces en Dinamarca y Alema-
que el capitán Graah ha traído á E u r o p a . E s t e monu- nia. He creído que debia dar la interpretación, por decirlo así,
mento tiene, al parecer, la fecha de 1135, y es una oficial, publicada por la Sociedad de Anticuarios de Copenha-
marca, una señal erigida en la parte más elevada de la gue, que tan grandes servicios ha prestado á la historia y á la
geografía de las regiones boreales. Esta interpretación difiere
isla de Kingiktorsoak(lat. 72° 55'), una d é l a s W o m a n s algo de las versiones publicadas anteriormente. La primera
Islands, u n poco al norte de U p p e r n a v i k . noticia de la piedra del misionero Kragh me la dió el capitán
U n groenlandés llamado P e l i n u t , halló esta piedra Sabine. Mr. de la Roquette, cónsul de Francia en Dinamarca,
procuró desde el año de 1832 proporcionarme un dibujo. Ocu-
rúnica en 1824 encima de u n a roca, y el misionero
pándome de los signos numéricos de los diferentes pueblos, y
creyendo reconocer, por la igualdad de algunos runos, en el
grupo entero, á la vez el valor de posición y el de agregación,
(1) Vudersog Reise, páginas 3,169, 185, 188 y 190. sometí á M. Rafn, de Copenhague, y á M. Mohnike, de Stral-
L a s estaciones intermediarias de Islandia y de la
Groenlandia dieron lugar acaso, desde el año 985, al land, Marbland (1) y Vinland. Sabido es que á esta
'descubrimiento del Vinland, cuando con el intento de última comarca le dió dicho nombre, por la abundancia
reunirse con su padre, recientemente establecido en la de vides silvestres que allí h a b í a , un alemán, Türker,
Groenlandia, el islandés Biarn Herjolfson conoció toda que acompañaba á los normandos y les hablaba de la
la violencia de los vientos de Noroeste y fué llevado posibilidad de hacer vino.
hacia una tierra que, por la frondosidad de la vegetación, E x a m i n a n d o atentamente las indicaciones de la lon-
parecióle al primer aspecto muy distinta de las que gitud del día en los distintos Sagas, se ha deducido que
hasta entonces había descubierto. los parajes visitados entonces por los escandinavos esta-
ban situados entre los paralelos de 41° á 50°, lo cual
D e vuelta á donde residía su padre, unióse Biarn con
corresponde á la costa que se extiende desde Nueva
Leif Ericson (hijo de E r i c Rauda, el fundador de los
Y o r k á Terranova, costa en que vegetan más de siete
primeros establecimientos islandeses en la Groenlandia),
especies de Yitis.
y emprendió con él una expedición lejana, en la cual
M r . R a f n , que prepara una extensa é importante obra
tocaron el año 1001 ó 1005 sucesivamente en Hally-
sobre la historia de los descubrimientos americanos, cree
que los escandinavos llegaron hasta la Carolina del
sund las dudas que á M. Klaprotk le inspiraba la interpreta- Norte, pero que la principal estación de estos intrépidos
ción de la fecha. He sabido por este último, á quien debemos marinos fué la desembocadura del San Lorenzo, sobre
la traducción alemana del Saga de Fridthjof. que Basle y el todo la bahía de Gaspe, frente á la isla Anticosti, donde
sabio Finn Magnusen han declarado espontáneamente que la la abundancia y facilidad de la pesca podían atraerles.
interpretación de la fecha ( 1 1 3 5 ) sólo era verosímil, pero que el
Afortunadamente la sociedad de anticuarios de Copen-
valor numérico de los caracteres rúnicos empleados en el mo-
numento de Kmgiktorsoak no está suficientemente confirmado hague está reuniendo los materiales relativos á esta
• K V 0 3 G Í e m p l o s s a c a d 0 3 de otras inscripciones análogas época tan memorable de la Edad Media.
M. Kafn añade que los diez y seis runos del calendario, que son
. á la vez letras y cifras, no bastan para interpretar con alguna Todo lo escrito fuera de Dinamarca acerca de los des-
segundad grandes cifras. Finalmente, y para decirlo todo, los cubrimientos escandinavos en América, aumenta muy
ores. Brynjulfsen y Mohnike se muestran inclinados á conside- poco nuestros conocimientos; sólo cuando el conjunto de
rar el grupo de los seis runos que terminan la inscripción, no los hechos sea comprobado y sometido á sabia crítica,
como una indicación de año, sino simplemente como un adorno
.La piedra con caracteres rúnicos más antigua que hay en Is-
landia está en Borg en el Myre-Syssel; es la tumba de Kartan
Oiafsen, á quien durante su permanencia en Noruega, convirtió ( 1 ) T H O R M O D I T O R F O E I , Hist. Vinlandia) antiquee, 1 7 0 5 ,
•al cristianismo el rey Oluf Tryggesen y fué asesinado en 1004 página 5. Con la viña había también una gran gramínea de
por orden de una bella dama islandesa cuyo amor desdeñaba granos gruesos, que se ha creído fuese el maíz. Véase SCHRÖDER.
(OLAFSEN, t . i, p á g . 137). Om Sftandinavernes, Fordna upptacktxrexor tili Nordamerika
e n SWEA (1818), H . I , p á g . 211.
podrá intentarse con éxito el artificio de las opiniones 7
y por el ataque de una flota enemiga cuyo punto de p a r -
de las conjeturas.
tida se ignora. N o se cree hoy en la fábula de un cambio
E n esta clase de acontecimientos, como en otros de
súbito de clima, en la formación de una barrera de hielo
antigüedad más remota, conócense, por decirlo así, las
que causó la separación total entre las colonias estable-
masas, la realidad de las comunicaciones entre la Groen-
cidas en Groenlandia y su metrópoli.
landia y el continente americano; pero el detalle de los
sucesos es vago y á veces, en la apariencia, extraordina- Como las colonias sólo ocupaban la parte más tem-
rio. Sólo los sabios dinamarqueses y noruegos pueden plada de la costa occidental, no es posible lo que se h a
hacer desaparecer las contradicciones de fechas y de dicho de que un obispo de Skalhot viera en 1540 en la
distancias, y las dudas respecto á la dirección y duración costa oriental, más allá del muro de hielo, pastores lle-
de las navegaciones y al aspecto de las comarcas descri- vando á pastar sus rebaños. L a acumulación de hie-
tas por los Sagas. los (1) en el litoral frontero á Islandia depende, como
antes hemos indicado, de la configuración del país, de
. H a 7 investigaciones y trabajos que sólo pueden rea- la proximidad de una serie de montañas paralelas á la
lizarse j u n t o á las mismas fuentes de conocimientos. costa y de la dirección de las corrientes. E s t e estado de
Tales son las ventajas de la América española para el cosas no data de fines del siglo xiv ó principios del x v ,
estudio de la historia de la civilización primitiva de y el mito de la formación de una barrera de hielo en los
Méjico, Guatemala y el P e r ú , y las de Italia para las tiempos históricos, pare'cese bastante al de la supuesta
cartas de marear de la Edad Media, que permanecen ol- destrucción de esta barrera en 1817, destrucción que de-
vidadas en las bibliotecas públicas y privadas. bía cambiar por segunda vez el clima de todo el N o r -
Los recuerdos de las expediciones al Yinland, deno- oeste de Europa.
minación geográfica tan vaga como lo ha sido la de
Terranova á fines del siglo x v , abarcan tan sólo un pe-
ríodo de ciento veinte á ciento treinta años. E l último (1) PONTANUS', Hist. Dan., lib. v i l , pág. 476. Aunque la
viaje de que se ha conservado tradición cierta es el del serie de los obispos groenlandeses no llega más que basta 1406,
parece, sin embargo, que el papa Eugenio IV nombró alguno
obispo groenlandés Eric, que fué al Yinland á predicar en 1433. Se ha encontrado también una carta de Nicolás V á
el Evangelio. Los establecimientos de la Groenlandia un obispo groenlandés, fechada en el año de 1448. (Véase Graah,
occidental, muy florecientes basta la mitad del siglo xiv, páginas 5 y 7.)
fueron arruinándose progresivamente por los monopolios
destructores del comercio, por la invasión de los Esqui-
males (Skraellinger) en 1349 ó 1379 (porque no se sabe
ciertamente el año), por la peste negra (schwarze Tod)
que asoló el Norte desde el año 1347 hasta el de 1351,
mercaderías á esta isla, que es tan grande como Ingla-
terra ; cuando yo fui allá no estaba helado el mar, aun-
que las mareas eran tan gruesas que subían 26 brazas y
bajaban otro tanto. Verdad es que Tyle, de quien P t o -
lomeo hace mención, está en el sitio donde dice y hoy se
llama Frislanda.»
E s t e párrafo es doblemente notable á causa del nom-
bre de Frislanda, célebre por los viajes de los venecia-
XIY.
nos Nicolás y Antonio Zeni, que fueron al Norte en 1388
y 1404. Colón no conoció seguramente el Diario manus-
Colón no supo los viajes de los escandinavos á la América crito de Antonio Zeno, que, como sabemos, quedó olvi-
septentrional. dado en poder de su familia hasta 1558, en que vió la
luz (1) la edición de Marcolini, cincuenta y dos años
después de la muerte del Almirante y diez y ocho des-
Referidos los sucesos que impulsaron al descubrimiento pués de la de su hijo D . Fernando, que, por tanto, nada
del continente americano, por las estaciones intermedias pudo tomar de él (2). N o fueron, pues, los hermanos
de las islas Fceroe. la Islandia y la Groenlandia, resta
examinar si Cristóbal Colón supo algo de este descubri-
(1) Relazioni' dello scoprimento dell'isole Frislanda, Es-
miento, ó si pudo comprender la relación que tenia con landa, Engrnreland. Estotilanda è Scaria, fatto da due fra-
sus proyectos. telli Xeni, M. Niccolo il cavaliere e M. Antonio. Venecia. 1558
L a única base de esta cuestión es un párrafo mal in- (edición de Frane. Marcolini).
terpretado de la Vida del Almirante, escrita por su hijo (2) El sabio I). Fernando Colón, nacido en 148S, hizóse sa-
cerdote .'pocos años antes de su muerte, ocurrida en 1540, y
don Fernando. A l dar á conocer las ocupaciones del legó su excelente biblioteca, que aun lleva el nombre de Co-
grande hombre, antes de su llegada á España, cita don lombina. á la ciudad de Sevilla. Su obra (Historia del Almi-
Fernando el Tratado de las cinco zonas habitables, cuyo rante D. Cristóbal Colóri) publicóse por primera vez en 1571
en Venecia; por tanto, trece años después de la edición de los
autor (Cristóbal Colón), á fin de probar la posibilidad
viajes de los Zeni, por Marcolini; pero esta edición de 1571 es
de la habitación por la experiencia de sus propios viajes, la traducción italiana, hecha por Alfonso de Ulloa, del manus-
dice lo siguiente: « E n el año de 1477, por Febrero, na- crito español que Luis Colón, hijo de D. Diego y persona mal
vegué más allá de Tyle cien leguas, cuya parte austral reputada, llevó en 1568 á Qénova (Códice Colombo-America-
no, p. Lxm). Laméntase con razón Muñoz de que el original
dista d é l a equinoccial 7 3 grados, y no 63 como quieren español no se haya encontrado hasta ahora, porque Ulloa hizo
algunos, y no está sita dentro de la linea que incluye al la traducción valiéndose, al parecer, de una copia muy inco-
Occidente Ptolomeo, sino es mucho más occidental; y rrecta.
los ingleses, principalmente los de Brístol, van con sus
Zeni quienes inventaron el nombre de Frislanda, que no Los biógrafos modernos (exceptuando á Spotorno y
debemos confundir (1) con la isla de los Bacalaos (isla al juicioso Washingon Irving) han ordenado los hechos
de Stockfícb, Stofcafixa), del séptimo mapa de Andrés de la manera más arbitraria, mientras el mismo ü . Fer-
Bianco, dibujado en 1436. nando Colón confiesa que la época del viaje de su padre
Recordando la permanencia del Almirante en Lisboa «á la Mina ó á Guinea le parece bastante dudosa» (1).
desde 1470 á 1484, llama l a atención la fecha de su « Y o he pasado veintitrés años en el mar, dice el -Almi-
viaje á Tile en 1477, sobre todo de un viaje á las regio- rante; he visto todo el Levante y el Occidente y el Norte;
nes árticas en el rigor del invierno. Haré observar pri- he ¡do muchas veces de Lisboa á la costa de Guinea, pero
mero que su estancia en P o r t u g a l fué mucho menos en parte alguna encontré tan excelentes puertos como
permanente de lo que se acostumbra á suponer. N o cabe e n esta tierra de la India (el Nuevo Mundo).» Como
duda de que Colón tomó parte en cuatro expediciones esta comparación prueba que el párrafo citado por don
antes de 1484, á Saber : á T ú n e z , al archipiélago griego, Fernando es posterior á 1492, y como el Almirante ase-
á Islandia y á la costa de Guinea, sin contar los frecuen- gura, según su mismo biógrafo, que navegó «desde la
tes viajes á Porto Santo, donde residía su mujer D. a F e - edad más tierna», á los catorce años, el cálculo de los
lipa Muñiz Perestrello y donde nació D . Diego Colón. - veintitrés años pasados en el mar puede ser exacto (2)
L o incierto no son los acontecimientos mismos, sino su
orden cronológico, y esta incertidumbre alcanza también
(1) Vida del Almirante, cap. V: « Para decir la verdad, yo
á la prioridad de los ofrecimientos que el Almirante hizo
no sé si, durante el matrimonio, fué el Almirante á la Mina.»
á varias potencias, por ejemplo, á la República de Gé- (2) NAVARRETE, t. i, p. LXXXII. Si, al contrario, se admite
nova (2) y á los Reyes de P o r t u g a l y de Inglaterra. la opinión de Muñoz, de que Colón nació en 144(j (lib. II, § 12),
debe suponerse que hasta 1483 estuvo de continuo en el mar, lo
cual es contrario á hechos bien comprobados, á no ser que, no
(1) Igual incertidumbre existe en el mapa de Fra Mauro, habiendo navegado desde 1484 á 1492, el párrafo citado en el
aunque es veintitrés años posterior. Z Ü R L A , Viaggi, t. II, pá- texto fuera escrito muy posteriormente al primer viaje á Amé-
ginas 48 y 335. rica. Además, los recuerdos de épocas de la vida de Colón son
(2) SPOTORNO, autor del Códice diplomático Colombo-Ame- con frecuencia muy erróneos. En la famosa carta dirigida á los
ricano (p. xxil), sostiene que la negativa de la República Se- monarcas, fechada en Jamaica el 7 de Julio de 1503, se dice:
renísima fué á fines de 1177. Muñoz la pone eu 1485, poco antes «Yo vine á servir (á España) de veintiocho años, y agora no
de la llegada de Colón á España (lib. II, § 21). Los ofrecimien- tengo cabello en mi persona que no sea cano, y el cuerpo en-
tos que el Almirante tuvo intención de hacer á Francia están fermo y gastado cuanto me quedó.» Como es indudable que
probados por una carta del duque de Medinaceli (19 de Marzo de Colón vino á España en 1484 ó 1485, debió nacer, según este
1493), dirigida al gran Cardenal de España. «Ignoro si sabéis, dato, en 1156 ó 1457. lo cual no es cierto, y prueba que en la
dice, que he tenido á ese Cristóbal Colomo en mi casa cuando carta de Jamaica debe leerse, en vez de veintiocho años, treinta
vino de Portugal, con intención de ir al Rey de Francia, para y ocho ó cuarenta y ocho. Hubo, sin duda, error de cifra en el
buscar apoyo.» El Duque se alaba de haber impedido el viaje. documento impreso en 1505¡ ó Colón se equivocó.
suponiendo, como lo afirma Navarrete, que Colón nació
deña. Se coloca este hecho en 1473 (1), acaso porque
en 1436.
e n 1472 guerreaba con los turcos Fernando, hijo natu-
L a s aventuras de este grande hombre en el Medite-
ral del rey Alfonso de Nápoles, y podía bloquear el
rráneo se reducen á un viaje á Chío, que' poseían en-
puerto de T ú n e z ; pero en esta época el bueno y poético
tonces los Giustiniani de Genova,, adonde vió coger el al-
rey Renato ocupábase tranquilamente de pinturas y fies-
máciga»; al mando de unas galeras genovesas en las cer-
tas pastorales en Provenza, perdidas ya todas sus espe-
canías de la isla de Chipre (1) .durante la guerra con
ranzas de hacer valer sus derechos sobre Sicilia y A r a -
los venecianos; á una expedición á Túnez por cuenta del
gón, desde que murió en Barcelona, en 1470, su hijo
rey Renato de Anjou y á los viajes que parece hizo con
J u a n I I , duque de Calabria.
un marino célebre en su época, que Fernando Colón
L a expedición que Colón hizo por cuenta del rey Re-
llama Colón el mozo, para distinguirle de un tío de
•nato debió corresponder necesariamente al intervalo en-
éste, que fué capitán de las armadas navales del Rey de
tre los años de 1459 y 1470, y creo que fuera desde 1461
Francia en 1476.
á 1463, cuando, con ayuda de los genoveses, procuró
L a expedición á Túnez tuvo por objeto capturar u n a
J u a n I I , duque de Calabria, conquistar á Nápoles,
galera (probablemente napolitana), la Fernandina, esta-
donde reinaba Fernando, de la casa de Aragón. E s t a
cionada en las costas de Africa. Colón refiere, en una
circunstancia es, en mi concepto, un motivo más para
carta (escrita á los Reyes Católicos desde la Española)
considerar exacta la opinión de los que sostienen que
fechada en el mes de Enero de 1495 (2), cómo por un
Colón nació en 1436 y no en 1446, porque á la edad de
ardid, «cuando el difunto rey Renato (Reinel) le envió
diez y siete años no se tiene el mando de un buque de
á Túnez», apaciguó una insurrección de marineros cerca
guerra, ni se representan los intereses de un soberano
del islote de San Pedro, en la costa occidental de Cer-
extranjero.
Más difícil es determinar la época que Colón navegó
(1) Cod. Col. Amer., p. X I I I . en las galeras de Colón el mozo. Muñoz es el primero
(2) Evidentemente hay error en la fecha, y debe decir 1494. en probar, por medio de los anales de Marco Antonio
Es la carta que Antonio Torres trajo á España, y fué expedida en
Coccejo (Sabellico), que la novelesca aventura descrita
el puerto de Navidad de Haití el 2 de Febrero de 1494. De esta
carta sólo conocemos el fragmento copiado en la Vida del Al- por Fernando Colón para explicar la llegada de su pa-
mirante. El Dr. Chanca, que escribió por el mismo conducto, dre á Lisboa en 1474, no pudo realizarse hasta 1485,
fecha su carta en 1493 (NAVARRETE, 1.1, pág. 224). Señalo estos es decir, cuando éste había salido ya de Portugal. F u e ,
errores tan frecuentes de cifras, nacidos en parte del uso si-
multáneo de números romanos y árabes (indios), porque las pues, en otra época cuando Colón navegó («durante
equivocaciones de esta índole tienen alguna importancia en los largo tiempo») con Colón el mozo, cuyo parentesco esti-
debates á que dan ochsión las fechas problemáticas de las
primeras cartas de Amerigo Vespucci.
(1) Cod. Col., loe. cü.
maba en muqho, porque, lujo de u n fabricante de p a ñ o s trional situada al N O . , grande como Inglaterra, y otra
(su padre vivía aún en 1494, y su nombre figura e n t r e más meridional y más pequeña, llamada Frislanda.
los testigos en un testamento de esta época, textor pan- Considera esta última como la Thulé de Ptolomeo, y
norma), dice con orgullo en u n f r a g m e n t o de sus escritos añade que está situada donde Ptolomeo indica, á lcte 63°
que lia llegado b a s t a nosotros. « Y o no soy el primer al- de latitud. Yo creo que loque distingue es la Thulé de
mirante de mi familia.» Dicuil (Islandia), y las Fceroe ó Mainland, la isla prin-
La expedición á la costa de Guinea y «aZ fuerte de cipal del archipiélago de las Shetland la Thulé de Plinio
San Jorge de la Mina» del Rey de Portugal, necesaria- de Tácito, de Solino, y verosímilmente de Pytheas, si
mente es posterior á 1481, porque b a s t a entonces, se- Solino no tomó los datos de dos relaciones, u n a de las
gún dije antes, no se construyó esta fortaleza. cuales se refería á Islandia) (1). Podría decirse que
Cualquiera que sea el año en que Colón liizo. su viaje Colón había adivinado lo que las investigaciones geo-
al N o r t e (Muñoz y Barrow (1) lo suponen antes de la gráficas h a n hecho cada vez más probable en los tiempos
llegada del Almirante á Portugal), «nada indica que modernos.
este viaje le haya conducido á la costa de Groenlandia, Cierto es que las latitudes que Colón atribuye á las
más allá del límite occidental del mundo conocido por. dos islas de Thulé no convienen ni á la costa meridio-
Ptolomeo, y que llegara al Nuevo Mundo, sin advertirlo, nal de Islandia ni al grupo de las islas Shetland. L a
quince ó veinte años antes del descubrimiento de las primera se encuentra á 637»° y no á 73°; las Shetland
Antillas» (2). Se h a interpretado muy mal el único están á los GO 1 /^ y no á los 63°; pero las posiciones
párrafo de las cinco zonas en que se trata de la expedi- que el Almirante indica no son resultado de observación
ción al Norte y que copié anteriormente. Colón distin- propia de las alturas meridianas del sol durante una
gue con gran sagacidad dos islas de Thulé (para nom- navegación invernal en climas brumosos. Al identificar
brarla usa la ortografía de muchos manuscritos antiguos
que escriben Thyle, Thile y Tyle) (3), una mas septen- (1) GOSSELIN, t. IV, páginas 171 y 174. Al nombrar la isla
de Mainland, sigo la opinión de D'Anville, de Gosselin y de
(1) Hi.it. del Nuevo Mundo (lib. 11, § 12); BARROW (Voy. Mannert (Einl. in die Geogr. der Alten, pág. 157). Malte
into the Arct Regions, páginas 23 y 26), cree que en la Vida Brun cree que la Thulé de Pytheas es la extremidad de Jut"
del Almirante, cap. IV, debe leerse 1467, en vez de 1477. landia, y se funda en los antiguos nombres "escandinavos de
Thy ó Thyland (Geogr. Univ.. t. I, pág. 120); y mucho antes que
(2) SPOTORXO, Códice Col. Amer., p. XV.
él, Rudbéck (Atlantica, 1.1, pág. 514), muy afecto á interpre-
(3) Véanse los ejemplos reunidos en el Dicuil de M. Le-
taciones etimológicas, encontró solamente en las palabras Tiel
tronne, páginas 37 y 38. La traducción latina de Ptolomeo, de
y Tiulé la significación general de limite ó extremidad de una
Qoúíoi, en Thyle, fué la que indudablemente guió á los geógra-
tierra. Ya Ortelio, en 1570, tomó el Thyle de Pytheas por la
fos de la Edad Media. Es singular que Colón no emplee el
península de Escandinavia (Theatr. Orbis, p. 103). Las mis-
nombre de Islandia, que debía haber oído en el Norte, y que se
mas idas se han expresado en distintas épocas.
cree encontrar ya en EDRISI, pág. 275.
Frislanda con la Thulé de Ptolomeo, adopta también los antiguos para confirmarlos ó rectificarlos según se
Colón la latitud de este geógrafo, y supone Islandia 10° presentaba la ocasión.
más al Norte que Frislanda, mientras que desde Main-
L a hipótesis enunciada por Malte Brun de que Colón
land á la costa más boreal de Islandia apenas hay 6 1 /, 0
hubiera sabido en Frislanda ó en Islandia el viaje de
E s t a exageración no es extraña respecto á la última
los hermanos Zeni y el descubrimiento de la América
Thulé.
septentrional por los escandinavos, es muy poco proba-
Tampoco se debe pedir cuenta á Colón de las cien ble. Colón buscaba el camino de la India para llegar por
leguas que se alaba haber navegado más allá de la el Oeste al país de las especias, y aunque supiera que
Thulé más septentrional, y que le llevaron, según su los COIODOS escandinavos de la Groenlandia habían des-
cálculo, .hasta los 78° de latitud, bastante más lejos de
cubierto el Vinland, y que los pescadores de Frislanda
los paralelos de las tierras de Scoresby y de E d a m . L a
habían llegado á una tierra llamada Drogeo, no creería
vaguedad de estas valuaciones numéricas no debe obli-
seguramente que toles noticias tuvieran relación alguna
garnos á rechazar el hecho de una expedición á los ma-
con sus proyectos. Vinland y Drogeo tuvieron interés
res de Islandia, á una isla muy grande donde el co-
para nosotros cuando se adquirió la certidumbre de
mercio y la pesca atraían á los comerciantes de Bris-
la continuidad de las costas desde el cabo de Paria hasta
tol. Olafsen nos enseña que, desde la primera mitad del
la desembocadura del San Lorenzo.
siglo xv, los ingleses frecuentaban mucho los puertos
Además, en la segunda mitad del siglo x v , cuando
meridionales de Islandia, sobre todo Thorlaks-Hafn, y
que los obispos del país favorecían el comercio bri- hacia ya trescientos cincuenta años que toda navegación
tánico. al Vinland estaba interrumpida, el recuerdo de los des-
cubrimientos groenlandeses no podía permanecer tan
U n antiguo poema inglés (The policie of keepinh the vivo en Islandia que llegara la noticia á conocimiento
sea), que H a k l u y t nos ha dado á conocer, confirma la de un marino genovés, al cual seguramente le importaban
frecuencia de las comunicaciones entre Brístol é Islan-
tan poco los Sagas del país, como los manuscritos de
dia, en la época de los primeros viajes de Sebastián
A d a m de Brema.
Cabot.
E s t e célebre canónigo geógrafo, que describe la C u r -
Lo que Colón dice de grandes mareas y del mar libre landia y una parte de Prusia como formando islas en
de hielo al Norte de Thulé, refiérese sin duda á lo que el Báltico (1), conoció sin duda el Vinland desde el
había leído en las compilaciones geográficas de la E d a d
Media, sobre la concreción de los elementos o el pulmón ( 1 ) Destín Dan'ue, c. 2 2 4 ( T O R F , Ifist. Univ., cap. 1 5 ) . La
muerte de Adam de Misnie, canónigo del cabildo de Brema, e9
rmrmo del Océano boreal, como acerca del cestas supra algo posterior al año de 1076. El curioso fragmento del antiguo
Bntanniam octogenis cubitis intumescentes. E r a costum- poema alemán del siglo XX, descubierto en la biblioteca del
bre de entonces tener siempre á la vista los asertos de príncipe de Fürstenberg, en Traga, demuestra también de qué
siglo x i ; pero su Historia eclesiástica y su Corografía
escandinava fueron impresas por primera vez setenta y al Vinland, que para nada menciona (quizá porque las
tres años después de muerto Colón. obras de A d a m de Brema no fueron impresas hasta.1579,)
sino en los viajes de Nicolás y Antonio Zeni, 1388-1404,
E l mérito de haber reconocido el primer descubri-
á pesar de haber sido siempre problemática la localidad
miento de la América continental por los normandos,
á donde llegaron (1).
pertenece indudablemente al geógrafo Ortelio, que emi-
Nada diré de este asunto, acerca del cual se han
tió esta opinión desde el año 1570, casi en vida de B a r -
agotado ya, según parece, todas las combinaciones po-
tolomé de las Casas, el célebre contemporáneo de Colón
sibles ( 2 ) . Hablar de una isla Icaria donde reina un
y de Cortés (1). «Lo único hecho por Cristóbal Colón,
dice Ortelio, es poner el Nuevo Mundo en comunica-
ciones estables de comercio y utilidad con E u r o p a » (2).
E s t e juicio es mucho más severo. P o r lo demás, las (1) La publicación de los Zeni por Marcolini (Venecia,
1558) excitó tan vivo interés, que la carta marina de esta expe-
opiniones del geógrafo no se basaban en las expediciones dición fué repetida en 1561 en la Gcographia di Tolomeo, de
R U S C E L L I , y en la Geographia Ptolomei, de J O S E P H U S M O -
LETTI. Sebastián Münster y Ramusio murieron antes de que
modo la propagación del cristianismo en las regiones boreales apareciera la edición de Marcolini; Ramusio en Padua en 1152,
dió celébiidad al nombre de Islandia. Este poema (que es una y Sebastián Münster, uno de los hombres más eminentes de su
especie de cosmografía calcada en la enciclopedia de Isidoro da "siglo, en Basilea en 1552, á causa de la peste. Sólo el segundo
Sevilla) menciona el viaje de un obispo, Reginprecht, hacia la volumen de la Raccolta de Ramusio. publicada en 1583, pre-
isla recientemente visitada por los misioneros sajones (HOFF- senta el extracto del viaje de los Zeni, viaje que no nombran
MANN, Yon Fallersben, Merigarto, 1834, páginas 5, 12 y 18). las cosmografías de Münster de 1544 y 1550. La minuciosa com-
La geografía árabe de Edrisi (Líber Relax., pág. 274), com- paración de estos datos tiene alguna importancia, porque
puesta en el año de 1153, cita la Islandia en la cuarta parto prueban que, á pesar de la indicación del nombre de Fries-
del séptimo Clima, según la traducción latina de Gabriel Sio- landa ó Thulé meridional en la biografia de Cristóbal Colón,
nita; pero el texto original dice primero Lislandeh, después en 1558 nada se sabia acerca de estos descubrimientos de los
Itslilandeh, que también puede pronunciarse Esthlandeh. Lla- venecianos en el Norte. Advierto que la isla de Frislanda falta
mado este país una tierra como Magog, y no una isla, queda la también en el mapa de Rivero ( 1 5 2 9 ) , que prolonga la Groen-
duda de si las ciudades problemáticas Deghvateh y Belouri landia (Engrolant) al Oeste y al Este para unirla á Suecia, y
pertenecen á Islandia ó á una parte del continente escandina- falta en Grynams ( 1 5 3 2 ) y en el Opusculum geographicum
vo. En los extractos de Ebn-al-Uardi y de Bakoui, que debe- de Juan Schoner ( 1 5 3 3 ) .
mos á M. de GUIONES, p a d r e (Not. et FMr. des man., t . I I ,
páginas 19 y 389), y que son posteriores en muchos siglos al geó- ( 2 ) Z U R L A . Diss. intorno ai viaggi e scoperte settentr. di
grafo de Nubia, nada encuentro acerca de la última Thulé, más Nicolo e d'Antonio fratelli Zeni, en el segundo volumen de la
allá de Youra, en el mar de las Tinieblas. obra di Marco Polo e di altri viaggiatore Veneziani, 1809, pá-
ginas 6 - 9 4 ; M A L T E B R U X , AW. des Voyages, t, x, pág. 6 9 ; y
(1) Las Casas murió á la edad de noventa y dos años en Predi de lageogr.. edic. de 1831. páginas 4 8 9 - 4 9 9 ; DEZOS D E
Madrid, en Julio de 1566. LA ROQUETTK, en la Biogr. Univ.. t. LII„ pág. 236, donde se
(2) Tlieatr. Orbis terr. (edic. de 1601), páginas 5 y 6. encuentra indicada, aunque como simple recurso de investiga-
rey Iearus, hijo de Dajdalus, rey de Escocia, parece á era lo qne los pescadores de Frislanda supieron al
primera vista que es comprender estos viajes entre los arribar al «mundo nuevo» de Drogeo acerca de la ri-
mitos geográficos; pero el ejemplo mismo de Cristóbal queza y de la civilización de los pueblos (americanos)
Colón, que creía oir en boca de los indígenas de Haití, situados hacia el Sur y el Sureste. E l aislamiento de los
de Cuba y de Veragua los nombres de las ciudades hechos y la falta de recriminaciones disipan la sospecha
citadas por Marco Polo, nos prueba cuánto desfiguran de impostnra; pero la confusión extrema que reina en
los viajeros los sonidos de las lenguas que ignoran, los datos numéricos de las distancias y de los días de
sobre todo cuando dirige sus interpretaciones una falsa navegación, parece probar el desorden con que fueron
erudición. redactados y el deplorable estado de unos manuscritos
Examinando imparcialmente la relación de los Zeni, que, en parte, debieron destrozar los herederos de los via-
jeros Zeni, ignorando su valor.
encuéntrase en ella ingenuidad y descripciones deta-
lladas de objetos de que por nada, en Europa, podían Según ya he recordado, ni Andrés Bianco, ni su
tener idea. Si, como pretende Torfccus en el prefacio de maestro F r a Mauro en el mapamundi trazado en la
su obra sobre el Vinland, el libro de los Zeni fuera una misma Venecia desde 1457 á 1470, nombran la F r i s -
ficción destinada á empañar la gloria de Colón, el editor landa que Eggers, Buache y Malte Brun toman por el
hubiera procurado sin duda relacionar los descubrimien- grupo de las Fceroé. E s t a proximidad á Escocia hace
tos venecianos, si no con los del marino genovés, al probable la facilidad con que vemos qué en 1391 Nico-
menos con los descubrimientos boreales de los Bacallaos lás Zeni se reúne con su hermano Antonio; pero el
de Cabot ó de Gómez. Hubiera además insistido en la silencio de F r a Mauro (1), geógrafo veneciano de in-
prioridad de la expedición de los Zeni hacia las costas mensa erudición, y la ignorancia absoluta del nombre de
Frislanda en los Sagas y en los anales de Isiandia (2)
del Nuevo Mundo; hubiera dicho que los viajes poste-
riores á la Florida y Méjico habían probado cuán exacto
(1) No ignoro que Zurla creyó ver en la isla Isilandia de
dones, la hipótesis do M. Walckenaer de que la Frislanda es el Fra Mauro, la Frislanda de los Zeni (Il Mappamondo di Fra
norte Drogeo (Drogio, Broceo); el sur de Irlanda, Estotiland, Mauro, § 74 .di Marco Polo e degli altro viaggiatori veneziani,
que Ortehus llama Xovi Orbis pars y Malte Brun la isla de t. il. pàg. 29); pero està interpretación es menos probab'.e que la
Tierra Nueva, el norte de Escocia y el Engroveland (Grolan- que convierte el Vinland en la parte mas austral de la Groen-
del mapa de los Zeni) el mediodía de Isiandia. Un marino landia. La colonización de està peninsula no avanzò de Norta
muy instruido, el capitán dinamarqués M. Zahrtmann, que, à Sur (BANCROFT. Hi st. of the United States, 1834. 1.1, pà-
ocupado en trabajos astronómicos, ha vivido en París largo gina 6: L E S I . I E . Discov. in Ptlie Poi. lìeg.. pàg. 87).
tiempo, acaba de publicar también en las Memorias de la So- (2) E R I C C H R I S T W E R L A N T , Symb., ad Geogr. me dii avi
ciedad de Anticuarios del Norte en Copenhague, una diserta- ex monum Island., 1821, pàg. 28. EL testimonio de Lorenzo de
ción acerca de los supuestos viajes de los Zeni, que aun no he Anania (Fabrica del Mondo, 1576, pàg. 154), que hablade Fris-
estudiado. landa, «molto ricca dipescagio e assai f reeuentataida ScozzesiA,
y de Noruega, son dos circunstancias muy difíciles de
Colón, en el cual todas las inculpaciones acerca de la
explicar.
novedad del descubrimiento fueron discutidas y estima-
Pero resulta siempre cierto que Colón no aprendió en
das en su verdadero valer, ni en los primeros cincuenta
su viaje á Thulé nada que pudiera favorecer sus vastos
y cinco años que siguieron al pleito, se h a hablado nada
proyectos (1) Ni en el pleito entre el fisco y D . Diego
de descubrimiento de la Ame'rica septentrional anterior
á 1492.
no lo creo fehaciente por fundarse en una relación muy vaga
L a Groenlandia, que se creía t a n inmediata á No-
de un sobrino de Jacobo Cartier y estar e;critodiezy ocho años
después de publicados los manuscritos de los Zeni por Marco- ruega que en el mapa de los Zeni todavía figura como
lini; por tanto, bajo la influencia de ideas tomadas de esta pu- una prolongación peninsular de la Escandinavia, fué
blicación. Las mismas dudas han sido expresadas, y con sobrada considerada en toda la Edad Media como perteneciente
razón, por M. de Hoff, respecto á los testimonios de Juan
Scolvo, de Frobisher y de Maldonado, posteriores todos á Mar- á los mares de Europa, y la idea de relacionar la historia
colini (Gesch. der nat. Ver. des Erdbod. t. I, pág. 184). de su primera colonización con la del descubrimiento de
(1) Tal es la configuración de la Groenlandia en el mapa de las Nuevas Indias, no pudo ocurrírsele ni á los más
los Zeni, que en la costa Sureste está situado el famoso con- crueles enemigos de Colón.
vento de Santo Tomás, cuyas habitaciones calentaba una fuente
de agua hirviendo que salía de la tierra al pie de un volcán
( Z U R L A . Viaggiatori Vene:., t. I I , páginas 63-69). Actualmente en muchos centenares de casas á la vez y sirve para las necesi-
no se conocen en la Groenlandia occidental otras fuentes ter- dades de la vida doméstica. En los baños de Tceplitz, en Bohe-
males que las de la isla de Onartok (EGEDE, Tagebuch, p. LXI V, mia, la jardinería comienza también á aprovechar la influencia
..y G I E S E K E , Brenster's Eneyclop., vol. X, p. n , pág. 489). Su de la3 aguas subterráneas, que tienen de 40° á 47° de calor.
temperatura no pasa de 47" centígrados; pero en la Groenlandia,
como en la parte de Siberia que acabo de recorrer, las aguas á
. e3ta temperatura parecen muy calientes comparadas con otros
manantiales, cuyo calor medio es inferior á 2°. Más al Norte,
entre los 69 y 76° de latitud, la Groenlandia occidental es casi
completamente basáltica, pero tan desprovista- de aguas ter-
males como toda la Escandinavia ó la inmensa cordillera del
Ural. Ese monasterio de Santo Tomás, calentado por medio
de fuentes tórnales; esos jardines, libres de nieve y de hielos
por la influencia de las aguas subterráneas, al parecer corres-
ponden mejora Islandia, tan abundante en fuentes termales
que á Groenlandia. Podría decirse que el convento, tan minu-
ciosamente descrito por los hermanos Zeni, ha servido de tipo
á los grandes establecimientos de calefacción ejecutados en el
pueblo de Chaudes Aigues, en el departamento de Cantal,
donde la fuente del Par (de 80° centígrados) distribuye el calor
E n la región de los pueblos cazadores, por ejemplo,
en los Estados Unidos y en el Brasil, las hordas erran-
tes, fácilmente vencidas, huyeron de la vecindad con los
enropeos. Rechazadas poco á poco detrás de la cordillera
de los Alleghanys y después más allá de las márgenes
XV. del Mississipí y del Missouri, sufriendo á la vez un des-
mejoramiento en las costumbres y en la constitución fí-
sica, al aislarse, se empobrecieron y casi se extin-
Estado social de América antes del descubrimiento. guieron.
Los indígenas no intervienen para nada en el cuadro
político de esta parte del Nuevo Continente, frontera á
Imposible es hablar del primer reconocimiento de las
Europa, porque evacuaron el país en todas aquellas co-
costas de América por los normandos, á principios del
marcas donde, por su primitiva barbarie y su manera de
siglo undécimo, sin exponer antes algunas graves consi-
entender la libertad, les fueron odiosas las instituciones
deraciones acerca de los destinos de la especie humana.
de nuestro orden social.
Si este reconocimiento hubiera sido algo más que u n
No sucedió lo mismo en los pueblos montañeses de
suceso pasajero; si le hubiera seguido una conquista per-
los Andes y en el litoral frontero al Asia, centro de la
manente y progresiva, avanzando de Norte á Sur, el
civilización más antigua de la especie humana. Méjico,
estado moral y político del Nuevo M u n d o fuera muy
al sur de Río Gila, Teochiapán, Nicaragua, Cundina,
distinto del que ha llegado á ser por la conquista de los
marca, el imperio de los Muyscas, Quito y el Perú esta-
españoles en los siglos xv y xvi. N o fundo esta afirma-
ban ocupados á fines del siglo xv por pueblos agrícolas
ción en hechos generalmente conocidos; en el contraste
que gozaban una civilización más ó menos avanzada,
entre las rudas costumbres de la Europa escandinava y
unidos por comunidad de culto y de creencias religiosas,
la floreciente civilización de los Estados del Mediodía;
formando sociedades políticas, sencillas unas por efecto
en los cambios que la sociedad europea ha experimen-
de larga tiranía, raras y complicadas otras en su orga-
tado en el espacio de cuatro ó cinco siglos; pero deseo
nización interior; favorables en algunos puntos á la
que el lector fije su atención en el carácter individual
tranquilidad pública, á la prosperidad material, á una
impreso á las diferentes partes de América por los mati-
civilización en masa, pero contrarias á todo desarrollo de
ces de barbarie ó de civilización más ó menos avanzada
las facultades individuales (1).
que distinguen á los indígenas, en la época del primer
establecimiento de las colonias españolas, portuguesas ó
inglesas. (1) Vues des Curdilh-res y Monumens des peuplcs •ind'igenes,
tomo i, pág. 40.
E n Méjico la corriente de los pueblos montañeses El P . José Acosta, que estudió sobre el terreno el
verificóse de Norte á Sur; mientras en la América meri- drama sangriento de la conquista, comprendió ya estas
dional, en la teocracia de los Incas, el movimiento civi- diferencias notables de la civilización progresiva y de la
lizador se realizó en todas direcciones. Desde la meseta completa ausencia de orden social que presentaba el
de Cuzco se propagó casi al mismo tiempo hacia los An- Nuevo Mundo en la época de Cristóbal Colón, ó poco
tiempo después de la colonización española, y dice (se-
des de Quito, los bosques del Alto Marañon y las Cor-
gún la ingenua traducción de Roberto Regnauld, hecha
dilleras de Chile.
en 1597) «ser cosa bien demostrada que lo que mejor
E n esta región, que era desde antiguos tiempos agrí-
prueba la barbarie de los pueblos es el gobierno que los
cola, los conquistadores europeos se limitaron á seguir
rige y la forma en que.se dejan mandar; porque cuanto
los rastros de una cultura indígena. Los indios no se
mayor es el número de los hombres que se aproximan á
apartaron de la tierra que cultivaban desde hacia tan- la razón, tanto más humano y menos insolente es su go-
tos años, y algunos pueblos tomaron nombres'españoles. bierno y más tratables los reyes, y se acomodan mejor
Méjico solamente cuenta 1.700.000 indígenas,_ de con sus vasallos, reconociendo que la Naturaleza les hizo
raza pura, cuyo número aumenta con la misma rapidez iguales. Por ello muchas naciones de estos indios no lian
que el de las otras razas. E n Méjico, en Guatemala, en querido, en sus comunidades, reyes ó señores absolutos;
Quito, en el Perú, en Bolivia, la fisonomía del país, á porque, entre los bárbaros, los gobernantes tratan á los
excepción de algunas grandes ciudades, es esencialmente súbditos como bestias y quieren ellos ser tratados como
india; en los campos, la variedad de las lenguas se lia dioses.» E l jesuíta, quizá intencionadamente-, atribuye á
conservado con las costumbres y los usos do la vida do- sabia previsión lo que sólo se debía al imperio de las cir-
méstica. Allí sólo hay de nuevo algunos rebaños de va- cunstancias y de los intereses.
cas y de ovejas, algunos cereales y las ceremonias de un
Acabo de exponer cómo el estado social en que Europa
culto mezclado con las antiguas supersticiones locales.
encontró á América á fines del siglo xv modificó pro-
Preciso es haber vivido en las altas mesetas de la
fundamente la marcha de la conquista, la forma de los
América española ó en la Confederación anglo-americana
primeros establecimientos y, lo que es más importante y
para comprender bien lo que este contraste entre los
no lia sido bien apreciado en las discusiones de la po-
pueblos cazadores y los agrícolas, entre los países desde lítica americana, el carácter que hoy conservan los dife-
largo tiempo bárbaros y los que gozaban de antiguas ins- rentes estados libres del Nuevo Continente. Pero este
tituciones políticas y de u n a legislación indígena muy estado social era distinto cuatro siglos antes de la con-
desarrollada, ha facilitado ó detenido la conquista, é in- quista. De ir los europeos á América tras las huellas de
fluido en la forma de los primeros establecimientos de los marinos escandinavos, hubieran encontrado allí un
los europeos y como ha impreso, aun en nuestros días, orden de cosas totalmente diverso.
carácter propio á las diferentes regiones de América.
Desde la primera llegada de los aventureros norman- siglo x i , h a s t a llegar á gran envilecimiento. E s t o s datos
dos á Salerno y á la Pulla, hasta la destrucción del po- bastan para probar que la Europa escandinava hubiera
der de los árabes en España, es decir, desde el principio encontrado las hermosas regiones alpinas de la América
del siglo xi hasta fines del xv, sufrió sin duda Europa tropical muy distintas de lo que eran en tiempo de Colón,
cambios considerables en el estado de su civilización; de Cortés y de Pizarra.
sin embargo, las revoluciones ocurridas en Ame'rica du- E n la primitiva época acaso hubo otros centros de
rante esta misma época son mucho más asombrosas. cultura parcial en Guatemala,,!]tatlán, Copán, P e t é n y
Los Imperios contra los cuales lucharon Cortés y Santo Domingo Palenque; al norte de Méjico, en Qui-
Pizarra no existían cuando los escandinavos llegaron á yira (el Dorado del rey barbudo Tatarrax), célebre por
las costas de Vinland. E l pueblo azteca no apareció en las fábulas de fray Marcos de N i z a ; y al norte de la Lui-
la meseta de Anahuac hasta 1190; la ciudad de Tenoch- siana, entre las orillas del Oln'o y los lagos del Canadá,
titlán (Méjico) f u é fundada en medio de un lago alpino desde los 39° á los 44° de latitud.
en 1325, es decir, unos setenta años antes del viaje de Compréndese que haya frecuentes cambios de lugar
los hermanos Zeni. en la cultura por efecto de grandes emigraciones de
Lejos de mi ánimo suponer que en el Anahuac, antes pueblos á quienes rodean hordas bárbaras.
de los azteca?, y en el Perú, antes de la misteriosa lle- Los rastros de algunos progresos en las artes son in-
gada del primer Inca, no había habido nunca cultura dudables hasta en las regiones más boreales; pero es
intelectual ú orden social. Los grandes monumentos pi- imposible hasta ahora asignar fechas de origen á los
ramidales de Teotihuacán, de Cholula y de Papantla túmulus y á las circunvalaciones polígonas de la Alta
son más antiguos que los aztecas; y de igual modo Luisiana, como á los edificios de Palenque, adornados
en los alrededores del lago Titicaca, en la meseta pe- con tanta riqueza dé esculturas (1).
ruana, las ruinas de Tiahuanaco son señales de una ci-
vilización anterior á las construcciones de los Incas de (1) Relat. hist., t, II, páginas 165-161; IIAKLÜYT, t. m , pá-
Cuzco. Pero el Nuevo Mundo ha tenido sin duda, como ginas 363-307; J U A R R O S , Compendio de la historia de Guate-
el antiguo, vicisitudes de barbarie y de civilización. mala, acerca de Utatlán, 1.1, pág. 66; t. II, pág. 11: acerca de
Petén del Yucatan (Maya), t. I, pág. ó3; t. II. páginas 112 y
Sabemos con certidumbre que los pueblos del Perú
146; acerca de Palenques de la antigua provincia de los Tzen-
vivían muy embrutecidos antes de la legislación teocrá- dales, t . l , pág. 14; t. II, pág. 55. También acaso pertenecen al
tica de Manco Capac: sabemos que la población indus- centro de la antigua civilización del reino de Quiche (civiliza-
triosa de los tucultecos que habitaba en Méjico quinien- ción probablemente anterior á la llegada de los aztecas al
Anahuac) los monumentos de la república de Honduras, donde
tos años antes que los aztecas, que empleaba como éstos aun se ve, cerca de Copan, un gran circo, los hypogeos de Ti-
la escritura jeroglífica y que tenía una medida del año bulco y estatuas cuyos paños tienen un carácter rarísimo (TOR-
más exacta que los pueblos de Europa, decayó desde el Q U E M A D A , l i b . IV, c a p . 4 ; J U A R R O S 1 . 1 , p á g . 4 3 ; t . I I , p á g . 1 5 3 ) .
Propio es de sana crítica histórica d e t e n e r s e donde
faltan los datos precisos, sin desdeñar por ello las inge-
niosas combinaciones que pueden ocasionar probables
conjeturas. Lo que se t r a t a de probar aquí es que Amé-
riea, entre las épocas de Leif y de Colón, cambió de as-
pecto, sin influencia a l g u n a del A n t i g u o M u n d o , y que
estos cambios en el orden social modificaron esencial-
mente en muchos puntos del Nuevo M u n d o el estado da XVI.
las sociedades europeas que se establecieron en medio
de pueblos indígenas que de muy antiguo eran agrí- Viajes de los árabes Almagrurinos, de Madoc, de los hermanos
colas. Vivaldi, de Gonzalo Velho Cabral y de Juan Szkolny.

A l analizar el conjunto de los hechos que á fines del


siglo xv determinaron y condujeron al descubrimiento de
América, debo aún exponer corto número de observa-
ciones, que por el ensanche de nuestros conocimientos en
geografía física é historia de la navegación, pueden te-
ner algún interés.
Conviene ante todo distinguir las tentativas que, se-
g ú n se cree, fueron hechas con el propósito de encontrar
tierras al Oeste, y la influencia que ejercieron en las opi-
niones de algunos navegantes la atrevida interpretación
de varios fenómenos naturales ó las fantasías de los
constructores de mapas y el duplicar en éstos la colo-
cación de algunas tierras.
P o r la intima relación que existe en todo lo que cae
bajo el dominio de la inteligencia, hasta los mismos
errores de las edades lejanas h a n cooperado con frecuen*
cia á la investigación de la verdad.
Si comienzo por citar el viaje de los árabes A l m a g r u -
rinos y el del irlandés Madoc ap Owen Guinetli, que se
Propio es de sana crítica histórica d e t e n e r s e donde
faltan los datos precisos, sin desdeñar por ello las inge-
niosas combinaciones que pueden ocasionar probables
conjeturas. Lo que se t r a t a de probar aquí es que Amé-
riea, entre las épocas de Leif y de Colón, cambió de as-
pecto, sin influencia a l g u n a del A n t i g u o M u n d o , y que
estos cambios en el orden social modificaron esencial-
mente en muchos puntos del Nuevo M u n d o el estado da XVI.
las sociedades europeas que se establecieron en medio
de pueblos indígenas que de muy antiguo eran agrí- Viajes de los árabes Almagradnos, de Madoc, de los hermanos
colas. Vivaldi, de Gonzalo Velho Cabral y de Juan Szkolny.

A l analizar el conjunto de los hechos que á fines del


siglo xv determinaron y condujeron al descubrimiento de
América, debo aún exponer corto número de observa-
ciones, que por el ensanche de nuestros conocimientos en
geografía física é historia de la navegación, pueden te-
ner algún interés.
Conviene ante todo distinguir las tentativas que, se-
g ú n se cree, fueron hechas con el propósito de encontrar
tierras al Oeste, y la influencia que ejercieron en las opi-
niones de algunos navegantes la atrevida interpretación
de varios fenómenos naturales ó las fantasías de los
constructores de mapas y el duplicar en éstos la colo-
cación de algunas tierras.
P o r la intima relación que existe en todo lo que cae
bajo el dominio de la inteligencia, hasta los mismos
errores de las edades lejanas h a n cooperado con frecuen*
cia á la investigación de la verdad.
Si comienzo por citar el viaje de los árabes A l m a g r u -
rinos y el del irlandés Madoc ap Owen Guinetli, que se
suponen el primero antes de 1147 y el segundo en 1170, cia, unida al aserto de que los hombres rojos habían ex-
ambos, por tanto, entre el descubrimiento del Vinland y plorado el mar hacia el Oeste durante más de un mes,
la expedición de los hermanos Zeni, es á causa de la sin encontrar tierras, parece confirmar la opinión del sa-
importancia que les han dado algunos geógrafos cé- bio orientalista de Góttinga, M. Tyclisen, repetida por
lebres. Malte B r u n , de que donde llegaron los A l m á g r e n n o s
E l scherif Edrisi y Ebn-al-Uardi describen casi con f u é á alguna isla de la costa de Africa, por ejemplo, á
las mismas palabras las aventuras de estos ocho árabes, las islas de Cabo Verde.
que saliendo del puerto de Aschbona ó Lisboa, navega- Edrisi dice que la tez de los habitantes era «una mez-
ron hacia el S O . durante treinta y cinco días, para descu- cla (1) de moreno y blanco». Acaso fuera la raza de los
brir la isla de los Carneros (Dgezirat alghanam). E b n - guanches, que me parece indicada por este carácter de la
al-Uardi indica claramente el objeto de la expedición. piel y la forma de los cabellos.
«Los navegantes, dice, parientes todos ellos, reunieron L a objeción de que los árabes conocían demasiado las
las provisiones necesarias para u n largo viaje, jurando no islas Canarias con el nombre de Khaledat, para que los
volver antes de penetrar hasta la extremidad del mar aventureros navegantes de Lisboa no adivinaran á dónde
Tenebroso (el Atlántico).» Edrisi se limita á añadir, habían llegado al término de su viaje, no la creo de
según la versión de Gabriel Sionita, «Tenebrarum peso. Seguramente el recuerdo de las islas Afortunadas
aggressi sunt rnare, quid in eo esset exploraturi». no se borró nunca por completo en la Europa occidental
N o pudiendo comer la carne demasiado amarga de desde los tiempos de griegos y romanos; no dudo que
los carneros de la isla Gana, bogaron aún doce días los árabes las hayan visitado algunas veces, pero la des-
en dirección al Sur, y llegaron á una isla habitada por cripción vaga y confusa que de ellas haceu Edrisi, E b n -
hombres de piel roja, gran estatura y cabellera no espesa, al-Uardi y Bakoui (escritores de fines del siglo x n y
pero larga hasta los hombros. E s t o s rasgos característi- principios del siglo XIII), prueba bastante bien cuán ra-
cos hicieron creer á M r . Guignes, padre, quien nos h a ras fueron las comunicaciones entre estas islas y el mar
dado los extractos de Ebn-al-Uardi, que los árabes lle- Mediterráneo.
garon, si no á la costa oriental de América, al menos Bakoui habla solamente de la amenidad del país y de
á islas muy próximas á ella. la fertilidad del suelo; pero ni él ni sus-antecesores cono-
Y a hemos visto antes, al hablar del F u s a n g , que este
mismo sabio creía descubierta por los chinos la América
Occidental á fines del siglo v; pero esta hipótesis es t a n (1) «Hominqs colore rufi cum quadam cutis albitudine», tra-
cierta como la anterior. duce Hartmann, corrigiendo á menudo la versión de Gabriel
Sionita. Ebn al-Dardi dice, según Guignes, «hombres rojos».
E l rey de la isla de los hombres rojos tenía á su ser- Notices et Extr. du manmerits de la Bibl. du Roi, t. II, pá-
vicio u n intérprete que hablaba árabe, y esta circunstan- gina 25.
cen la colosal montaña del Pico, los fuegos de los volca-
anterior, porque Edrisi, cuya obra fué terminada en
nes de Canarias y el pueblo pastor de los guanches. Ú n i -
1158, no habla de ello como de suceso reciente.
camente hacen mención de algunas estatuas simbólicas,
A fines del siglo xvi, y, por tanto, poco antes de que
de que trataré después, y de ese Alejandro (Dulcarnai'n)
el geógrafo Ortelio creyera encontrar, no en los viajes
Bicornio que viajó más allá de las columnas de H é r -
al Yinland, sino en los de los hermanos Zeni, el primer
cules, hasta las islas Mesfahán y Lacos.
descubrimiento de América, un historiador inglés, el
Los aventureros de Lisboa volvieron por la costa de
D r . Powei, y el útil compilador Ricardo H a k l u y t (1),
Marruecos, llegando al puerto de Asfi ó Azaffi, en la
dieron alguna celebridad á las aventuras de Madoc, hijo
extremidad occidental del Magrab; siendo no poco nota-
segundo de un principe de North-Wales, Owen Gui-
ble que, segün Edrisi (páginas 72 y 78), la isla ó las is-
netli ó Guynedd.
las de los Dos Hermanos, que el antiguo y excelente co-
Cansados de una guerra civil por causa de cuestiones
rógrafo de Canarias, el navegante escocés J o r g e Glas y,
de legitimidad y de sucesión al trono, Madoc y sus par-
en nuestros días, M. H a r t m a n n (1) han tomado por las
tidarios «buscaron aventuras en el mar, bogando hacia e
islas de Madera y de P o r t o Santo, estén situadas frente
Oeste y dejando las costas de Irlanda tan al Norte que
á Asfi, circunstancia que parece apoyar la idea de que
arribaron á una tierra desconocida é inhabitada, donde
los Almagrurinos volvían de la tierra de los guanches.
vieron cosas rarísimas». De vuelta á su patria, persuadie-
L a expedición de los árabes á la isla de los carneros
ron á algunos colonos para que dejaran el suelo pobre y
amargos y de los hombres rojos adquirió t a n t a celebridad,
pedregoso del país de Galles y fueran á la buena y fértil
que á una de las calles de Lisboa se le dió el nombre de
tierra nuevamente descubierta. Partió por segunda vez
Calle de los que se engañaron, traducción exacta que
Madoc con diez barcos y aunque prometió volver no se
Guignet da de la palabra almagrurino, mal interpretada
supo más de é!.
por los traductores maronitas y los escritores modernos,
N o cabe duda de que este suceso, vagamente referido,
quienes llaman á los Almagrurinos hermanos errantes.
fué celebrado en 1477, quince años antes de la expedi-
Habiendo evacuado los árabes á Lisboa en 1147, l a
ción de Colón, en unos versos del poeta Mereditho.
tentativa de descubrir el fin del Atlántico hacia el Oeste,
Hakluyt considera el viaje de Madoc «como el primer
necesariamente ha de ser anterior á esta época, y muy
descubrimiento de las Indias occidentales, hecho por los
bretones, antes que por los españoles», y quiere que las
cruces que López de Gomara (lib. n , cap. 16) afirma
(1) El mismo sabio sospecha, y no á causa de su denomina-
ción, que las islas Baka y Laka de Edrisi pueden ser muy bien
las islas Azores (Insul« Accipitrum), que conocieron los árabes
(1) Yoyages and Ntiv., t. n i , pág. 1. (Véase también el
(.Africa Edr., páginas 317-319). Acerca de la isla Mostachiin,
véase B U A C H E , en las 3fem. de VJn.it., t. v i , pág. 27, articulo del sabio é ingenioso geógrafo 11. Eyries en la Biogr.
univ., t. xxvi, pág. 95.)
ALEJANDRO DE HUMBOLDT,

eran adoradas en Acazunil ( 1 ) se deban á la influencia Muy erróneamente (1) se ha acusado á Hakluyt de
de estas antiguas colonias de habitantes del país de Gales, haber inventado las aventuras de Madoc para servir los
fundadas en 1170. intereses de la reina Isabel y legitimar los proyectos de
Ya en la época del caballero Ralegh corrió en. I n g l a - Ralegh sobre las dos Américas (2), cuando se temía que
terra confusa noticia de la sorpresa con que se había ambas llegaran á ser presa de los castellanos.
oído en las costas de la Virginia el saludo de Gales La política de la reina Isabel no necesitaba esta clase
hao, houi, iach, de igual suerte que los misioneros f r a n - de apoyo. Cuando Felipe I I se quejaba en 1580 de las
ceses escucharon con tanto asombro como alegría el can- depredaciones de Drake en las costas americanas, la
t o de Alleluia á los salvajes del Canadá. El capellán R e i n a , según C a m d e n , respondió noblemente : «que el
inglés Owen se había salvado en 1669, de manos de Océano era libre como el aire, y que una costa cualquiera
los indios Tuscaroras, que querían arrancarle el cuero no se convierte en propiedad de quien le da su nombre.»
cabelludo, pronunciando algunas palabras del dialecto P o r lo demás, en punto á legitimidad por causa de
del país de Gales. Benjamín Beatty descubrió un pueblo
( 1 ) L E I D E N K B O S T , Hüt. biigr. U'órterb., t. I I I , pSg. 5 5 3 . El
que conservaba (desde hacía quinientos años) la tradi-
candor y la buena fe de Ricardo Hakluyt ha tenido reciente-
ción de la llegada á América de Madoc ap Owen Gui- mente un hábil y juicioso defensor en el historiador escocés
neth. Mr. Patiick Fraser y Tytler. Véase su Vindication of Hakluyt
Todas estas fábulas se han renovado periódicamente; en Progress of Biscoxenj ofthe Xoithen ccast of America,
1 8 3 2 , páginas 4 1 7 - 4 4 4 .
y aun en nuestros días se han discutido con seriedad (2)
(2) Digo las do3 Américas, porque once años después de la
los «pergaminos, libros célticos y títulos de origen», que expedición que Palegh envió á Roanoke, cerca de Albemarle,
un capitán, Isaac Stewart, encontró en Red Riwer de en Virginia, ocupáronle desde 1595 & 1617 sus proyectos quimé-
Natchitoches. ricos de el Dorado y la restauración de los Incas en el l'erú.
«1 further remenber, dice, that Berreo confessed (refiérese al
Y a he recordado en otra obra (Relación histórica,
gobernador español de Trinidad, Antonio de Berreo, que cayó
tomo n i , pág. 159) que desaparecieron todos estos ras- en manos de Ralegh) to me and others that there vvas found
tros de colonias del país de Gales tan pronto como via- among the prophecies in Perú, that fron Inglatiena tlióse
jeros menos crédulos, cuyas relaciones se comprueban Ingas should be again in time to come reato red.» (Véase la
excelente biografía de Ralegh, por Mr. Cayley, paginas 7. 17,
unas por otras, Clark y Lewis, Pike, Drake y los edito-
51 y 100.) Los medios de restauración eran sumamente senci-
res de la nueva Arqueología americana, recorrieron el in- los, a saber: l » , poner guarniciones de tres á cuatro mil in-
terior del país ó sometieron el estudio de la filiación de gleses en las poblaciones del Inca, con pretexto de defender el
las lenguas indígenas á una crítica más severa, territorio contra los enemigos exteriores; 2.°, que el principe
restaurado pagara anualmente á la reina Isabel una contribu-
(1) La isla de Cozumcl, descubierta por Gri jal va en 1518. ción de 3 0 0 . 0 0 0 libras esterlinas, «lt seemed to me, ajoute Ra-
• (2) Bict. de»eienees nat., t. xxi, pág. 392; Recite encyelop- legh, that this Empyre of G.liana is reserced for the english
número 4, pág. 162. uation.»
una primera ocupación, los castellanos tenían derechos Oviedo sabe «que Hesperus, duodécimo rey de E s p a -
q u e , según la Historia de las Indias, de Oviedo, data- ñ a , hermano de A t l a s , gobernaba, como Carlos V ,1o
ban de algunos miles de años antes de la colonización mismo las Indias que la península hespérica ó ibéri-
del príncipe Madoe. Oviedo, como paje de aquel infante c a , 1658 años antes de nuestra era; de suerte que, por
D . J u a n (hijo único de F e r n a n d o el Católico), cuya pre- el 'descubrimiento de Colón, la justicia divina no había
matura muerte cambió la faz del mundo , asistió á la hecho otra cosa que reintegrar á E s p a ñ a en sus antiguos
entrada de Colón en Barcelona. T a n viva fue' la impre- derechos. Muy difícil seria dar más antigüedad de la que
sión que le causó este imponente espectáculo, que du- tienen los mitos de Hesperus y Atlas á los derechos de
rante treinta y cuatro años ocupóse en las comarcas la metrópoli para dominar las colonias.
nuevamente descubiertas, de las producciones y de la his- N o puede negarse que los vascos y los pueblos de
toria de América. origen céltico, practicando la pesca en lejanas costas, ri-
Participaba de la extraña opinión de Colón «de que valizaron constantemente en el norte del Atlántico con
las Nuevas Indias eran las islas Hespérides, que Stacio los escandinavos, y que á estos últimos precedieron en
Seboso (1) sitúa á cuarenta días de navegación hacia el el siglo V I I I , en las islas Fceroc y en Islandia, los mari-
Oeste de las Gorgonias, ó islas de Cabo Verde ». nos irlandeses; pero, á pesar de estas pruebas de activi-
dad náutica, es verdaderamente extraordinario que el
(1) Colón y Oviedo en su Historia natural y general de las citado príncipe Madoc, «dejando á Irlanda al N o r t e » , y
Indias, lib. II, cap. 3 (RAMUSIO, cdic. de 1G06, t. III,pág. 65,6), no tocando, por tanto, en las estaciones intermedias, que
fúndanse uno y otro en el pasaje de Plinio, vi, 31, en donde habían favorecido los descubrimientos escandinavos, pu-
las palabras prcc navigatione Atlantis (á lo largo del Atlas), diese llegar en su viaje de aventuras hasta la costa de
tienen, al parecer, un sentido muy distinto del que se ha creído
encontrar en ellas. (Véase GOSSELLÍN, Geogr., t. I, pág. 148.) los Estados Unidos, y volver desde allí al país de Gales
D. Fernando Colón no se atreve á n,egar que su padre hubiera en busca de nuevos colonos.
tomado las Hespérides por el Nuevo Continente. Sin duda fué Sería conveniente hoy, que la crítica es severa sin ser
¿3te uno de los argumentos de erudición que empleó el grande
desdeñosa, hacer en los mismos sitios nuevos estudios,
hombre en las disputas académicas de Salamanca. Su hijo dice
terminantemente (cap. 7), al citar á Plinio y á Solino, «que las tomando de las tradiciones y de los antiguos cronistas
itlas Hespérides las tuvo por cierto el Almirante que fuesen del país de Gales todo lo relativo á la desaparición de
las de las Indias» ; pero él mismo no considera probable esta Madoc, apellidado Owen Guineth. E n manera alguna
opinión de Seboso, y se burla en otro sitio (cap. 9) de los Car-
tagineses que encontraron á Cuba y Haití inhabitadas y de ese participo del desdén con que frecuentemente son tratadas
rey Hesperus, en cuyo reinado dominaron los españoles las In- las tradiciones nacionales (1), y tengo, al contrario, la
dias. Observo que Dicuil no copia el pasaje de Plinio, y limí-
tase á decir que las Hespérides están más lejos de la costa de
Africa que las Gorgonias (Gorgodes). (1) «Nel viaggio di Madoc tutto si riduce ad una diceria non
so quando inventata,, ma senza dubio non molto anticamente,
firmé persuasión de que, empleando más asiduidad, es- U n tal Antonio Usodimare ( U s u s maris), compañero
clareceríanse muclio, por el descubrimiento de hechos de Cadamosto (Alvise da Ca Da Mosto), dice en una
completamente desconocidos hoy, estos problemas histó- carta, fechada en 12 de Diciembre de 1455 , « que des-
ricos relativos á las navegaciones en la Edad Media, á pués de comprar esclavos, que le vendió un robilis domi-
las notables analogías que presentan las tradiciones reli- nus niger, encontró muy cerca de la z o n a , donde perdió
giosas, las divisiones del tiempo y las obras de arte en de vista la estrella polar, en una costa próxima al domi-
América y en el Asia oriental, á las emigraciones d é l o s nio del Preste J u a n , un hombre blanco, que decía des-
pueblos mejicanos á'esos antiguos centros de civilización cender de uno de los marineros de la tripulación perdi-
de A z t l á n , de Qúivira, de la Alta Luisiana, y de las da (1) de las carabelas Vivaldi. L a genealogía puede
mesetas de Cundinamarea y del Perú. no ser cierta; pero el documento de los archivos de Ge-
E n t r e las tentativas hechas antes de Colón para llegar nova, debido á las curiosas investigaciones de M. Gra-
á la India por la vía directa del Oeste, pone Malte berg , probará siempre que en el siglo xv considerábase
Brun (1) el viaje de Vadino y de Guido de Vivaldi la expedición de los hermanos Vivaldi como una expedi-
en 1281. Otros geógrafos han creído que la expedición ción á Africa, tanto más interesante, por ser anterior en
de los dos hermanos, repetida en 1291 por Ugolino Vi- unos 65 años al viaje del catalán D. J a i m e Ferrer (2)
valdi y Teodosio Doria, era pura y sencillamente una á Río de Oro. t
exploración del Atlántico, idéntica á la expedición de los
(1) Antoniotto dice: «Las caravelas perdidas hace 170
A l m a g r u r i n o s ; pero, si se examina atentamente el ma-
años»; lo que supone que los hermanos Vivaldi hicieron en 1285
nuscrito encontrado por M. Graberg, se ve que los Vi- su expedición, mencionada ya por el místico Pedro d'Abano,
valdi («volentes iré in Levante, ad partes I n d i a r u m » ) que murió en 1312 ( S P O T O R N O , t. ir, pág. 3 0 5 ; T I R A B O P C H I ,
. siguieron la costa de Africa. Su tentativa, escrita en la- tomo v, lib. I , cap. 5 , § 15; JACOBO G R A B E R G , Annali di
tín bárbaro, realizóse entre los viajes de Ascelín y de Georg, e di Statist., t. II, pág. 285; t. vi, pág. 170; ZÜRLA,
Viaggi, t. i, páginas 1 5 5 - 1 5 8 ; B A L D E L L I , t. I , páginas XL»
Marco P o l o ; pero, por las relaciones de comercio que C L X V I I y C L X V I I ) . Usodimare no es un nombre propio, sino
había entre sus compatriotas, los genoveses, y los árabes, palabra que indica un oficio, como aun se dice en la marina
acaso tuvieron alguna ¡dea de la posibilidad de dar la francesa capitán buen pratici-m, ó práctico de la costa de
vuelta á Africa. Guinea; por esto en el Xa rus Orbis de Grinteus encuéntranse
estas palabras: Xavix Antonieti cvjusdam Liguris, qui maria
sideare ¡>robe nocerat.
perché per poco que si volese andar avanti ncsecoli si trovereb- (2) Véase el Atlas catalán déla Biblioteca del Rey. M. Bu-
bero i Gallesi, con tutta la loro antica genealogia celtica, non chón fija la fecha en el año de 137^. El documento publicado
solo senza muse, ma senza alfabeto» ( F O B M A L E Ó N I , Jllustr. di por M. Graberg (BALDELLI, pág. CLXV) llama, según parece, á
due carte aut., 1783, pág. 47). Por lo menos la censura senza D. Jaime Ferrer «Joannem Ferne Catalanum», que partió el
muse es injustísima. día de San Lorenzo de 134(> para Rujaura (Rio de Oro). No creo
(1) Precis de Geogr. (2.' edic.), pág. 521. dudosa laidentidad de la persona.
M á s parecido á la expedición de los Almagrurinos que que Gomara, que imprimió su Historia de las Indias en
la de los Vivaldi e s , sin d u d a , el viaje que el infante Z a r a g o z a , en 1 5 5 3 , conociera ya al piloto polaco (1).
D . Enrique mandó hacer en 1431 á Gon?alo Yelho Ca- Acaso se sospechó, cuando la pesca de los bacalaos em-
bral. F u é ésta una verdadera exploración del Atlántico, pezaba á hacer más frecuentes las relaciones de los ma-
«una tentativa—dice el biógrafo del I n f a n t e (el P a d r e rinos de la Europa meridional con los escandinavos, que
del Oratorio José Freire) —para descubrir tierra al Oes- la tierra vista por Szkolny debía ser idéntica á la que
t e » ( V i d a do infante D. Henrique, pág. 319). E n esta visitaron en 1497 J u a n y Sebastián C a b o t , y en 1500
tentativa fué Yelho Cabral primero hacia los escollos de G a s p a r Cortereal.
las H o r m i g a s , al sur de la isla de San Miguel de las Gomara dice, y por cierto no con gran exactitud,
Azores, y en 1432 á la isla Santa María. que á los ingleses agradaba mucho la Tierra de L a -
Terminaré la lista de los navegantes que se ha supues- brador porque en ella encontraban la latitud y el tem-
to intentaron, antes de Cristóbal Colón, descubrir al- p l e de su país natal, y que los hombres de Noruega
g u n a parte de América, citando al piloto polaco J u a n fueron allí con el piloto J u a n Scolbo, como los ingle-
Szkolny (Scolnus), en quien recientemente ha hecho
fijar de nuevo la atención la sabia Historia de la Geo-
grafía de M r . Lclewel (1).
Szkolny estaba en 1476 al servicio del rey Chris- (1) Historia délas Indias, fol. XX. El nombre de Tierra de
•Labrador f.ué inventado, según la juiciosa observación del autor
tián I I de Dinamarca, y se asegura que llegó á las de Memoir of Seb. Cabot (pág. 246), por Cortereal y los portugue-
costas del Labrador después de haber pasado por de- ses comerciantes de esclavos, como indicación que en esta costa
lante de Noruega, de Groenlandia y de la Frislanda de •septentrional hombres eran singularmente á propósito para
los Zeni. el trabajo (la labor). Gomara dice, efectivamente (folio xx),
que los habitantes son «hombres dispuestos, aunque morenos,
No me atrevo á formar juicio alguno sobre esta afir- y trabajadores» (el embajador de Venecia en Lisboa, Pedro
mación de Wytfliet, de P o n t a n o y de H o r a (2). U n a Pasqueligi, escribía once días después de la vuelta de Cortereal,
tierra vista después de la Groenlandia, en la dirección y de ver los indios, comparando á éstos, por el color de la piel,
con los bohemios ó cingani). La corta estatura de los esquimales
indicada, puede haber sido el Labrador, y me sorprende
de la verdadera Tierra del Labrador no justifica mucho este elo-
gio; pero se lee en el mismo capítulo de Gomara que Cortereal
tomó estos indios en las islas del golfo cuadrado, es decir, en
el golfo del río San Lorenzo. Acaso el nombre de Tierra de los
(1) J O A C H I M A L E L E W E L A , Pìsma pomiejsze gccgr. histo-
Labradores se tomaba en un sentido más general y vago, com-
ryzne. 1814, p. 58.
prendiendo las razas indígenas no esquimales, casi como Nevv-
(2) G E O R G Ì H O R N I , Ulyssea, 1671, pàg. 279; ZURLA, Viaggi, fundlans ó Tierras Nuevas designan á veces en el siglo xv otras
t o m o l i , pàg. 26; MALTE BRUX, pàg. 532; W T T F L I E T , D e s c r i p t .
costas que las de la grande isla frontera á Anticosti. (Mein,
Ptol. augmentum, 1597, pàg. 188, y PONTANO (De situ Dania, of Cabot, pág. 57.)
1631, pàg. 763), escriben por error Scolvus.
ses con Sebastián Gaboto. N o debe olvidarse, sin em- fondo, no puede decirse á quie'n se debe el descubri-
bargo que, al tratar Gomara la cuestión de los que pre- miento de las Nuevas Indias.
cedieron á Colón, no cita al piloto polaco, á pesar de ser
intencionado h a s t a el punto de asegurar ( l ) q u e , en el Orcades; por tanto. en el grupo de las islas Shetla?id. Ésta es
la Thylé donde los llóralos, saliendo de Dinamarca, arribaron,
6egún PROCOPIO (Be Bello tíothico, I I , 1 5 ) . Adán de Brema
(De situ Danicc, Helmst., 1670, pág. 158) fué el primero que
aplicó el nombre de Thylé á la Islandia descubierta por los es-
(1) Nonos admiremos de nuestra ignorancia en Jas cosas candinavos.—Antes del comentario de Tszchucke, que acabo de
antignas, 2>ues no sabemos quién, de poco acá, halló las Indias,
citar, la compilación más completa sobre la Thylé de los anti-
que tan señalada y nueva cosa es (GOMABA, fol. x). Esta duda
guos encuéntrase en P O N T ANO, Rerum Danicarum Mst., 1 6 3 1 ,
se funda en la historia obscurísima del piloto que, después de
páginas 741 y 755.
haber visto las tierras al Oeste, murió encasa de Colón, histo-
ria que no figuró en el pleito del fiscal y que Oviedo (lib. ii i
capitulo 3) recuerda por primera vez en 1535. Gaicilaso de la
Vega, en 1609, da nombre á este piloto (Alonso Sánchez de
Huelva), y fija una fecha, 1-184 (el año en que Colón se ausentó
de Portugal), al acontecimiento cuya importancia procuran
exagerar los enemigos de la gloria de Italia.
Termino esta nota recordando que Gomara confirma, del
modo más explícito, lo que hemos expuesto antes acerca de la
idea correctísima que Colón se había formado (Vida del Almi-
rante, cap. iv) de la posición de la Thylé de Solino. «Algunos
piensan, dice Gomara, que Islandia es la Thilé, isla final de lo
que los romanos supieron hacia el Norte; mas no es, que Is-
landia ha poco tiempo que se descubrió, y es mayor y más sep-
tentrional.» (La coloca, como Cristóbal Colón, á los 73° de lati-
tud.) Thilé, propiamente es una isleta que cae entre las Orcades
(Orkney Islans) y las Far (Freroer, Far Isles), algo salida al Oc-
cidente y en 67°, bien que Tolomeo no la sitúa tan alto. Está
Islandia 40 leguas de las islas Fare, 60 de Thylé y más de 100 de
¡as Orcadesa» (Gomara, p. v i l , b).
Como Gomara cuenta el grado de latitud de 17 ^ leguas
castellanas (fol. vi), este cálculo de distancias parciales está
tan embrollado como el de latitudes; pero resulta claro que
Gomara, largo tiempo antes que C'amden ( T Z S C I I D C K E , ad M<r
lam, vol. n i , p. 3, pág. 227), antes que d'Anville (Mérn. de la
Acad. des Inter., t. X X X V I I , pág. 4 3 S ) colocó la Thylé habitada
la de Sólinoy de Tácito (Agrícola, cap. x) -¡ntre las Fcero'éy las
E l Apropósitos (Ptol. iv, 6) lio justificaba su nombre
(de inaccesible) sino porque era una tierra inhallable: no
existia en el sitio donde estaba indicada á los marinos. ;
L a s dos islas de Porto Santo y de Madera—{Visóla dello¿
Legname del portulano genovés ó mediceo de 1 3 5 1 ) — q u e ,
los buques debían haber encontrado por acaso en su t r a -
vesia á Cerné, aumentaban la confusión de las ideas geo-'
XVII. gráficas. .
Hacia el Norte, Albión y J e m e , rodeadas de numero-
sas islas más pequeñas,, ofrecían desde remotos tiempos
La cosmografía en la Edad Media.
vasto campo á las conjeturas. Ya hablamos antes de los
mitos del. mar Croniono. La importancia dada á islas-
que eran, si no la fuente, al menos el depósito del co-
Sabido es qne el estado de los conocimientos geográ-
mercio del estaño; las opiniones erróneas largo tiempo
ficos en la Edad Media y el deseo de indicar las tierras
subsistentes acerca del yacimiento de las costas y de la
vagamente descritas por los autores antiguos, indujeron
configuración ó articulación de la Europa peninsular;
á los dibujantes de mapas á llenar el vacío del Océano
finalmente, el agrupamiento de las islas y su disposición
con islas cuya posición es más variable aún que su nom-
en serie casi continua desde las Cassitérides hasta las
bre. E s t o s dibujantes lian contribuido sin duda á au-
Orcades y las islas Shetland y Fceroé, dieron ocasión,
mentar el número de creaciones fantásticas: aunque la
desde los primeros siglos de la Edad Media, á hipótesis
persuasión íntima de la existencia de tierras en el espa-
y á mitos respecto á la naturaleza de las regiones borea-
cio desconocido de los mares es muy anterior á la cons-
les. Llegóse h a s t a situar (como lo prueba uno de los ma-
trucción de los mapamundi: tan natural es al hombre
pas de Sanuto Torsello, año de 1306) (1) al Oeste de
imaginar la existencia de alguna cosa más alia del
Irlanda un gidlfo de issolle C C C L V I I I beate e fortúnate.
horizonte visible, de suponer otras islas y aun otros
continentes semejantes al que él habita. Cuanto más imperfectos eran los medios de valuar la
E n el Atlántico los grupos de Canarias y de las islas
Británicas dirigían la imaginación con preferencia hacia
( 1 ) C A M D E X , Brit., pág. 813; Z U R L A , Viaggi, t. n , pág. 3 0 7
determinados parajes. Agradaba multiplicar, por conje-
En el mapa célebre de Fra Mauro (1157) encuéntranse también
turas, lo que sólo se conocía de un modo confuso. Al las «insule de Hibernia dite Fortunate». Gracioso Benincasa
Suroeste de las columnas de Hércules, la dificultad de (1471) presenta á la vez, y por doble empleo del mismo nom-
conocer con precisión el número exacto y la posición rela- bre, las islas Afortunadas al Oeste de África y al Oeste de Ir-
tiva délas islas A f o r t u n a d a s daba lugar á vagas ficciones- landa, dé la Insula Sacra de Avieno'.
dirección de las rutas y la longitud de las distancias L a geografía de la Edad Media bebía en una fuente
recorridas, más fácil era desconocer (1) la identidad de que, no por ser fecunda, era menos peligrosa, porque los
las tierras á que se había arribado. E l uso irreflexivo de viajeros cristianos desfiguraban sus escritos por la exa-
itinerarios ficticios ó mal redactados, originó procedi- geración tan común á los cronistas monásticos. E n c o n -
mientos dobles en la construcción de los mapas. tramos, por decirlo así, al frente de la larga serie de
E l estado de la antigua geografía del mar del Sur y islas imaginarias, ó para decirlo con más corrección, de
la multitud de vigías que cubren la superficie del Atlán- islas vagamente situadas en los mapas, la que lleva el
tico en los mapamundi de hace sesenta años (2) re- nombre de San Borondán, abate irlandés que hizo sus
cuerdan plenamente esa misma fuente de errores. Du- viajes desde el año 5C5.
rante largo tiempo, cada nuevo mapa reprodujo las A d á n de Brema (1) refiere en su Historia eclesiás-
ficciones de los anteriores, porque no hay tenacidad que tica, después de haber hablado del descubrimiento del
iguale á la de los geógrafos, cuando se trata de conser- Vinlaud, que en tiempo del arzobispo Becelino Ale-
var, de estereotipar, por decirlo así, un islote de antiguo brando, por consiguiente antes del año 1035, hicieron
nombre, una cordillera que figura ser divisoria de las los marinos de Frisia exploraciones del Lebersee ó mar
aguas ó un lago de donde sale un gran río. Tenebroso (per tenebrosa rigentis Oceani caliginem)
Las ilusiones geográficas tomaron especial carácter h a s t a más allá de Islandia, y llegaron por fin á una isla
en las dos direcciones que hemos indicado al N . y al cuyos habitantes, de colosal estatura, vivían en cavernas.
N O . de las islas Oreades, y al SO. de las islas A f o r t u - U n o de los Frisónos fué devorado por perros, también
nadas. Dicuil (3) y Adán de Brema, aquél de principios gigantescos, y los demás, favoreciéndoles los vientos de
del siglo ix y éste de la segunda mitad del xi, prueban N O . , encontraron por fortuna el camino de la desembo-
con sus escritos que en el norte del Atlántico el celo cadura del Weser. E l cuento de los grandes mastines
religioso de los misioneros de Irlanda y de Frisia dio á parece calcado en la ferocidad de los perros de que se
conocer nuevas tierras. sirven los esquimales de la Groenlandia, y sólo lo men-

(1) De esta suerte, en el siglo IX se imaginaba que la Grande


Irlanda del normando Gudlekur estaba situada al Oeste de (1) De situ Dania, pág. 159. El Lebersee, Kleber-Meer, el
nuestra Irlanda (THORKELIX, Fragm.of Engl. and lrith kist., mar viscoso es una de las maravillas de las regiones boreales
página SO). En tiempo de Procopio se situaba una isla Brittia celebradas en el Titurel de Esclienbacli y por todos los poetas
entre la verdadera Britannia y Thulé. del ciclo de los Minnesinger (Vox DKR HAGEN, MUS. der alt-
(2) No se olvide que esta obra está publicada en 1834. deutsehen Litter, 1.1, páginas 294-300). Es el reflejo del ^ « « S »
(3) El autor de la obra De Mensura Orbis terree, probable- marino de Pytbéas, «á través del cual no se podía ni navegar
mente Dichullus, abate de Pahlacht (LETRONXE, páginas 25 ni andar ^STRABÓN, II, pág. 101, Cas.), una reminiscencia del
y 139). Mare Morimarusa de Philemon» (PLIXIO, IV, 13).
ciono porque insensatamente se ha aplicado á la isla de
Cuba (1) ó á las pequeñas Antillas, donde el mayor otras el nombre de islas fabulosas. Descúbrese aquí,
cuadrúpedo indígena es el aguti, que apenas tiene el como en general en los mitos históricos, u n fondo de
tamaño de u n a j i e b r e . verdad; aunque está velado por la incertidumbre de las
posiciones relativas, los errores de configuración y de ex-
E n la parte meridional del Atlántico no influyeron
tensión y lo exagerado de las relaciones casi siempre
tanto en el estado de la geografía las tradiciones de los
copiadas ó procedentes de desconocido origen.
monjes como las falsas combinaciones de erudición clá-
sica. ¡Cuántas hipótesis no ocasionó sólo el pasaje de
10 S e b o s o
( 2 ) acerca del sitio de las islas Hespéri-
des, interpretado en el sentido de situarlas á cuarenta
d i a s d e d i s t a n c i a . d e las islas Gorgonias! Con la vista
constantemente dirigida hacia la antigüedad, se aspiraba
a encontrar lo que juzgábase conocido de los fenicios,
de los griegos y de los romanos.
Y a hemos dicho antes que Cristóbal Colón estaba
firmemente persuadido de que las islas de América eran
las Hespérides que los antiguos conocieron (3), aunque
Isidoro, muy consultado entonces, las acercaba, con ra-
zón, á las costas de Africa (4).
• H e aquí los elementos de esta geografía mítica de los
siglos x i v y xv. De las once islas que debo nombrar,
solo dos, Mayda y Brazir-Rock, en el meridiano de las
C a n a n a s y al Oeste del golfo- de Vizcaya y de Irlanda,
se han conservado en nuestros mapas más moder-
nos (5); pero no merece por ello la mayoría de las

(1) HORN, Orig. Amer., pág. 26.


(2) P L I N I O , VI, 31.
(3) ' E s t a identidad la h a supuesto también en nuestros días
el conde Carli [Opere, t. XII, pág. 188).
(4) ISIDORO HISP., Orig., p á g . 172.
(5) Mapamundi de Juan Purdy, 1834.
dad de Edén. (Paridisiacas delicias, insidam amcenitate
etfertilitate prce cunctis terris prccstantissimam) (1) de
la isla de I m a , que permanecía oculta á los mortales; re-
cuerda al gigante Mildum, resucitado por San Brandón
en la caverna que le sirve de tumba.
Procopio, que era contemporáneo de San Brandón, y
Tzetze's (2), que es posterior á él en cerca de seis si-
XVIII. glos, prueban que las antiguas creencias de las maravi-
llas del mar Británico se conservaron en las mismas co-
marcas donde había entrado ya el Cristianismo; y podría
La isla de San Brandón. añadir que en Irlanda la erudición, refugiada en los
claustros, contribuía á propagar la localidad de los mi-
tos. Bajo este punto de vista, la obra de Dicuil, que ci-
N o es de escasa importancia señalar la filiación y emi- taré con frecuencia, es un monumento notabilísimo, pues
gración de este mito geográfico. atestigua el afán con que un monje nacido en Irlanda, á
Los viajes de dos santos, el abate irlande's de Cluain- mediados del siglo v m , estudiaba á Plinio, Solino y
fert, Brandarais (1), y de Maclovio, ó San Malo, ador- Orosio.
nados con rasgos fantásticos, y la persuasión, muy exten-
L a s tradiciones de griegos y romanos, y los mitos quo
dida en el siglo vi, de la existencia de una isla de los
presentaban un carácter local, podían, pues, mezclarse
Bienaventurados al N O . de Europa, reflejan las tradi- en el Norte á las novelas históricas de la vida de los
ciones de la antigüedad acerca de las maravillas del mar santos.
Cronieno. Los monjes buscaban el paraíso de la isla I m a
La primera posición geográfica asignada á la isla de
en el mare pigrum y ccenosum de los romanos, que es su que tratamos, puesta en todos los mapas de la Edad
Klebersee ú Océano viscoso. Media, es en el paralelo do Irlanda, y aun en una iati-
Plutarco describe las islas sagradas del mar Cronieno,
cerca de Bretaña, «donde reina suave temperatura; donde
Saturno, encerrado en u n antro profundo, duerme bajo (1) Tradiciones recogidas por M. DE MDRR en su Diplom,
la guarda de Briareo». E s t e cuadro recuerda la fertili- Gesell, von Marlin Beahim, pág. 33.
(2) Acerca del pasaje de los muertos y de las islas Afortuna-
das, véanse P R O C O P I O , De Vello goth., IV, 2 0 ; T Z E T Z , ad Ly-
(1) Varían mucho los nombres con que se designan este santo coplir., v, 1204. Consúltese también la Memoria sobre los Argo-
personaje y sn isla. En las lenguas de la Europa latina se es- nautas en ÜKERT, Geogr. der Griechen, t. II, I, pág. 343, á
cribe Brandón, Brandano, Blandín (cambiando la r en l), Bo- W E L K E R ' S , Homerische Plucalun und Inseln der Seligen, ya
rondón y Brandamis. K H E I X , MUS für Piniol,, B . I . páginas 2 3 7 - 2 4 1 .
tud más septentrional. San Brandón, con s e t e n t a y cinco
Atlánticas (1) con que designábanse á veces las A f o r -
frailes que le acompañaron durante siete a ñ o s , volvió por
tunadas, favorecía este doble empleo ó señalamiento de
las islas Orcades (1). Se'sabe que antes d e sus viajes
ellas.
habitó en las islas Shetland (2).
Imaginábase ver de vez en cuando, y presentando
L a isla de San B r a n d ó n f u é llevada e n el siglo xv
siempre la misma forma hacia el SO. en el horizonte del
á una latitud más meridional, al Occidente d e las islas
mar, una isla montañosa; y Viera, historiador de las
Canarias, emigración causada según creo, p o r el doble
islas Canarias, ha dado extensos detalles de todas las
empleo del nombre de islas A f o r t u n a d a s . Y a he dicho
tentativas hechas desde 1487 hasta 1759 para arribar á
antes que el célebre mapa de F r a M a u r o señala las
esta isla imaginaria. N o sabemos si esta ilusión la cau-
Insule de Hibernia díte Fortúnate, y q u ; Gracioso Be-
saban algunas circunstancias especiales de espejismo en
nincasa, en 1471, indica á la vez el Elysium del N o r t e
un banco de bruma parado en el horizonte, ó si alguna
•y el de Homero (las islas de los B i e n a v e n t u r a d o s de H e -
de esas nubes, que en su mayor dimensión son perpendi-
siodo y de Píndaro). L a denominación v a g a de islas
culares al horizonte, presentó accidentalmente el aspecto
de una isla montañosa.
E l P, Feijóo (2), cuyo Teatro critico fué durante
(1) «Peregratis Orcadibus cíeterisque aquilonensibus insulis largo tiempo muy estimado en España, compara prime-
ad patriam redeunt» (Bosco, Bibl. Fluriac., pág. 602). «Insula
ramente este fenómeno á la Fata Morgana de Sicilia,
S. Brandani e regione Térras Cortereali sive N o v a Franciai
Amene® septentrionalis sita, in Oceano boreali» ( H O N O R . P H I - mal observada y mal explicada aún en nuestros días:
L I P O X I , Xavig. Patrurn Ord. S. Bened., 1621, pág. 14). después tomó la tierra de manteca de los Canarios (esta
(2) Este hecho está, al parecer, en contradicción con la época es la frase de los marinos), por la imagen de la isla de
que Murray asigna á la primera población de las Shetland;
Hierro, reflejada en una masa lejana de vapores (nube
pero Mr. Letronne lo hace probable por la interpretación de
un pasaje de Solino, favorable á que dicho grupo de islas especular).
estuvo habitado desde el tiempo de los romanos DICUIL, pá- E l Gobierno portugués cedió formalmente en el si-
gina 134, y en las Adiciones, pág. 90). Es extraordinario que glo xvi á Luis Perdigón dicha isla imaginaria, cuando
líneas Silvio Piccolomini, en su Geografia del XO. de Euro-
pa, nada diga de los viajes de San Brandón y d e su isla. El "éste se preparaba á conquistarla.
sabio italiano estuvo, sin embargo, en Escocia, y describió con Muy confiado en el poder de las refracciones horizon-
gracejo su primera impresión al ver alguna distribución de tales, cree ingenuamente el historiógrafo Viera que, con
-hulla hecha á los mendigos escoceses. « In Scoria pauperes paìne un viento húmedo de O S O . , condición necesaria para
nudos ad templa meridicantes aeeptis lapidibus eleemosvne
gratia datis latos abiise conspeximus. Id genus lapidis sive sul- •producirse el fenómeno, se llega á ver «hasta las m o n t a -
phurea, sive pingui materia prceditum pro ligno, q u o regio nuda
•est, coinbimtur. » ¿Es. S Y L L . , Op. geogr. et hi st., 1691 (Europa,
capitulo 47, pág.-319). in Sert., cap. 8.
(1) P L U T A R C O ,
(2) Tomo IV, Dist. X, § 10.
ñas Alpaches de la Florida». Digno es de notar que es- de Hierro, que cada año veían tierra al O. de las C a -
tas ilusiones no empezaron á preocupar la imaginación narias, que es Poniente; y otros de la Gomera afirma-
de los de Canarias hasta la segunda mitad del siglo x v , ban otro tanto con juramento. Dice aquí el Almirante
en cuya época del descubrimiento de Porto Santo, «punto que se acuerda que estando en Portugal el año de 1484,
habitado ( 1 ) por gentes tan salvajes como los guan- vino uno de la isla de la Madera al Rey á le pedir una
ches», y el del Archipiélago de las Azores, hecho tam- carabela, para ir á esta tierra que via, el cual juraba que
bién por los portugueses, dirigieron, por decirlo así, to- cada año la via, y siempre de una manera. Y también
d a s las miradas hacia el Oeste. dice que se acuerda que lo mismo decían en las islas de
Pero no eran sólo los habitantes de Gomera, Palma y los Azores, y todos éstos en una derrota, y en una ma-
Hierro los que tenían esta visión; también la hubo por nera de señal, y en una grandeza.» Aplicóse desde en-
la parte del Norte en cuantos puntos se ocupaban con tonces á esta cisión la tradición monástica de la isla de
afán en el descubrimiento de nuevas tierras. E l Diario de San Brandón (1).
navegación de Colón, publicado por primera vez en 1825, E n el archipiélago de las Canarias la isla afortunada
presenta un curioso testimonio (2) de la simultaneidad de Ima, que al principio fué colocada al Oeste de I r -
de tan quimérica creencia. H e aquí sus palabras, tal y landa (de Ierné, isla sagrada de Festo Avieno), se con-
como L a s Casas las copió del Diario correspondiente al 9 fundía con el Apropósitos de Ptolomeo, que, según este
de Agosto de 1402: geógrafo, era la más septentrional del grupo de las Ca-
«Dice el Almirante que juraban muchos hombres hon- narias, la Encubierta, la Nontrovada ó Nublada (2) de
rados españoles que en la Gomera estaban con D. a I n é s los marinos españoles de la E d a d Media. Cito estos si-
Peraza, madre de Guillén Peraza, que después fué el nónimos porque recuerdan por modo notable la interpre-
primer Conde de la Gomera, que eran vecinos de la isla tación que antes me atreví á dar del nonibie dado por

( 1 ) G A R C Í A , Origen de los Indios, lib. i , cap. 9 ; W U L F E B ,


(1) Es lá expresión que emplea BARROS, déc. x, lib. i, cap. De major. Oceani Ins., 1091, pág. 120; MUÑOZ, lib. II, § 9;
( Vida de D. Enrique, pág. 150). Madera la encontraron despo- B A L D E L L I , Mili., pág. L X ; W A S H I N G T O N I R V I N G , t. iv, pági-
blada, y también las Azores. Si en el texto empleo la palabra des- n a s 316-332.
cubierta, es para indicar la época en que los portugueses llega- (2) Voss, ad Mei., pág. 604; T Z S C H U C K E , ad Mei., t, ni, par-
ron por primera vez á estas islas. Instruido el i ufante D. Enrique te III, pág. 412. El descubrimiento de la isla de Madera, cuya
por mapas antiguos, anunció de autemano á \relho Cabral, en existencia sospecharon Gonzálves y Tristán Vaz, porque desde
1432, que «cerca del escollo de las Hormigas encontraría Porto Santo aparecía como una sombra en el horizonte, contri-
pronto otra isla» (loe. cit., pág. 320). buyó, sin duda, á la convicción de la realidad de estas aparicio-
(2) N A v A R R E T E , t. i, pág. 5. Este testimonio no se encuen- nes. «Tinliao por vezes observado no mar huma como sombra,
tra ni eu la Vida del Almirante ni en Las Décadas de He- que a distancia naò deixava distinguir o que fosse» ( Vida
rrera. do In/., pág. 161).
Theopoxnpo á esta tierra más allá del Océano, «cuya dice, es donde San Brandón arribó en el año 565, y la
existencia revela Sileno al Rey de Frigia». L a tierra encontró llena de cosas maravillosas.»
Merópida (1) de Theopompo había quedado nublada, Queda, pues, demostrado que el progresivo cambio de
como la Pléyade que se liabía unido á u n mortal; pero lugar de Norte á Sur de este mito geográfico, estuvo re-
la tierra Merópida era boreal, como las islas Afortuna- lacionado durante nueve siglos con el desarrollo de la
das en los mares de I r l a n d a , de Sanuto Torsello (1306) navegación y la dirección impresa al comercio del Medi-
terráneo.
y de F r a Mauro.
E n el mapa del veneciano Pizigano (1367), conserva-
do en la Biblioteca de P a r m a , y mal copiado por M . B u a -
che, al pequeño grupo de las islas de la Madera, señalado
en el paralelo del cabo Cantin, se le llama Isole dicte
Fortúnate S. Brandany ( 2 ) , y el Santo mismo está
figurado alargando los brazos hacia las islas (3) que
llevan su nombre. A n d r é s Bianco (1436) presenta en su
mapa Porto Santo, M a d e r a y la Dexerta (Desierta), que
es la Caprazia (Capraria) de Pizigano. L a isla de San
Borondón no está; pero el caballero Behaim (1492), en
su célebre globo, sitúa esta isla tan al SO., que se en-
cuentra casi en la latitud de Cabo Verde. « E s t a isla,

(1) El nombre de Meropis aplicado á un continente no de-


signa, por cierto, una tierra de mortales (de voz articulada).
Theopompo le da un sentido especial, porque dice que los
hombres de esta tierra se llaman Méropes.—JSLIAS, Var.IIist.,
n i , 18 (edic. Kiihn, t, x, pág. 1S7).
(2) M. Buache ha omitido las palabras que siguen sancti
Brandani é isole Ponzele. Su isola Caprieia es la Caprazia de
Pizigano, la más meridional de las tres. El nombre de Isola
dello Leu ñame dcl Portulano Mediceo, que es anterior en diez
y seis años al mapa de Pizigano, falta en éste. Sin embargo,
dicho nombre sirvió de origen al de Madeira, cuando medio siglo
después se verificó el supuesto descubrimiento de Tristán Vaz.
( 3 ) Z Ü R L A , Viuggi, t. I I , pág. 3 2 2 .
isla del mar del Oeste, fundando en ella, según la tra-
dición, siete ciudades, donde se establecieron los emi-
grados españoles y portugueses. E s t a isla de los obispos
f u é nombrada en portugués de Septe (Sete) Cidades,
nombre singularmente desfigurado en los mapas del si-
glo xv. L03 eruditos vieron en ella el asilo que, según
XIX.
Aristóteles y Diodoro de Sicilia, se habían preparado
los cartagineses en el seno del Atlántico, y como las tra-
La Antillia y la isla de las Siete Ciudades. diciones de este género no indican ninguna localidad de-
terminada, el nombre de la isla de las Sete Cidades fué
probablemente aplicado al principio al archipiélago de
Siempre que afligen á una nación grandes calamida- las Azores desde que se empezó á tener alguna idea do
des fascinan los espíritus ilusiones supersticiosas, y pre- su existencia.
sentan, á pesar de la diversidad de tiempos y de climas,
L a identidad de las dos islas, Antillia y de las Siete
el cuadro uniforme de las mismas creencias y de las
Ciudades, se determinó claramente por Martín Behaim
mismas quiméricas tradiciones.
en una r o t a puesta en el globo que construyó en 1492,
Después de la caída del Imperio de los Incas fué ge-
y en esta frase de la carta de Toscanelli al canónigo
neral la persuasión de que el hermano de Ataliualpa h a -
Martínez: « L a i s l a Antillia, que vosotros llamáis isla de
bía huido hacia las llanuras del E s t e , más allá de los
las Siete Ciudades», si bien parece que esta frase se ha
bosques de Vicabamba, para llevar allí el culto nacional
considerado en E s p a ñ a un simple escolio (1) que inter-
y fundar un nuevo Estado. Los indígenas del Perú con-
servaron la esperanza de que los descendientes del prín-
cipe fugitivo saldrían alguna vez de su salvaje retirada
y restablecerían la teocracia de Cuzco. .página 30), pero Femando Colón indica el año 714 (Vida
,del Alm., cap. 8). La última de estas fechas es la de la victoria
D e igual suerte cuando los árabes, después de la vic-
ganada por Muza en las orillas del Guadalete. Los historiado-
toria de Guadalete, donde pereció Rodrigo, invadieron .fes portugueses refieren que la emigración se efectuó después
casi toda la Península ibérica, se extendió la creencia de la toma de Mtrida, con el propósito de ir al archipiélago
popular de que seis obispos, guiados por el Arzobispo de ,de las Canarias, donde los emigrantes no llegaron (FARIA V
.SOUSA. Hi.it. del Rey no de Port., p. II, cap. 7, pág. 138).
Oporto (1), se refugiaron con grandes tesoros en una
(1) En la biografía de Toscanelli, hecha por el abate Ximé-
nez (Del Gmme F'wr., 1757, páginas Lxxrx y xeiv), publicase
(1) Tal es la tradición de Behaim, en cuyo globo se dice, la carta del astrónomo florentino conforme á la primera tra-
Insula Antilia genaunt Srpte citade. Fija la emigración del «ar- ducción veneciana d é l a Vida del Almirante, hecha en 1571
zobispo de Porto Pertigal» á la Antillia en el año 731 (MURE., por Alfonso de Dlloa. He aquí sus palabras: «Dall'Isola di An-
caló Ulloa en la traducción italiana de la vida de Cris- por la cuidadosa solicitud del general Clarke (1). E s t e
tóbal Colón, escrita por su hijo D . F e r n a n d o , porque mismo mapa de Pizigano presenta y a , sin embargo, las
Barcia y Navarrete la suprimen al publicar la carta de Isole dicte Fortúnate, S. Brandany y la Insula de Bra-
Toscanelli en español. zie (Brazir, Brasil).
E n todos los mitos es preciso distinguir cuidadosa- L a indicación más antigua de la isla Antillia que co-
mente la fecha que indica el mito historiado y la e'poca nocemos hasta ahora con exactitud parece ser la del
de su origen. Si es cierto que al principio del siglo v m , A t l a s veneciano de A n d r é s Bianco (1436), acerca del
después de rendir á Mérida el jefe de los godos Sacaru cual llamó Formalconi la atención (2) de los geógrafos
a embarcáronse los fugitivos para buscar asilo fuera d e desde el año de 1782. E s t e A t l a s , conservado en la B i -
su patria, subyugada por los moros» (lo que no es inve- blioteca de San Marcos, contiene diez mapas dibujados
rosímil), no por ello se h a de deducir q u é la tradición en pergamino, folio pequeño de nueve pulgadas y seis
fabulosa de Antillia tenga la misma antigüedad. E t i l o s líneas de alto por un pie y dos pulgadas de ancho. A l
mapas del siglo xiv aun no vemos aparecer la isla con Oeste de la isla de las Azores aparecen en la quinta
este nombre ó con el de Siete Ciudades, porque Z u r l a carta dos islas de considerable tamaño en la dirección
niega terminantemente que en el m a p a m u n d i de P i z i - S S E . - N N O . y de forma rectangular muy regular. To-
gano (1367), conservado en P a l m a , se vean escritas cerca mando por escala (porque el mapa no está graduado), la
de la figura de lina estatua de hombre que tiene u n a distancia del cabo de San Vicente al de Finisterre (5 o 51')
cinta de papel en la mano derecha, en el seno del mar encuentro la de 153 leguas marinas (en vez de 247)
del Oeste, estas palabras: Ad ripas Antillice ó Atullio, desde las costas de P o r t u g a l al centro de las islas Azo-
que Mr. Buache creyó leer en u n calco enviado á P a r í s res de Bianco, y de las Azores á Antillia la de 87 le-
guas. E s t a última isla estaría, por consiguiente, situada
á 240 leguas marinas al Oeste de las costas de P o r t u -
gal, es decir, á los 27° 55' de la longitud occidental de
tilia, che voi chiamate di Settc Citta. della quale liavete noti-
París (en el meridiano de la isla de San Miguel de las
tia, fino á Cipango, eono dieci spatii.» Lo dicho en italiano
falta en la traducción española de Navarretc (t. II, pág. 3) y Azores), entre los 33° 20' y 38° 30' de latitud.
también en la que González Barcia (Historiadoresprimitivo»
de las Indias occidentales, t. i , p á g . G) debió hacer del texto
( 1 ) B U A C H E , Mem. de Vlnst., t. vi, páginas 22 y 2 5 ; Z U R L A
italiano de Ulloa. Ya hemos observado antes qne el verdadero
original latino, del que Fernando Colón hizo la primera tra- Viaggi, t. II, pág. 324.
ducción española de la carta de Toscanelli, no ha parecido (2) Primero en la traducción italiana de la colección de los
hasta ahora. Por el conocimiento intimo de la lengua española viajes de La Harpe ( Compendio della Storia de' Viaggi, to-
pueden adivinarse con facilidad los errores de la traducción mos vi y xx); después en el Saggio sulla Nautica antica d'Ve-
italiana, que equivocadamente he atribuido en la nota 17 del neziani con una illustr. d'alcune carte della Bibl. di San JUarco^
capitulo v, al abate Ximénez. parte II, páginas 11-33.
L a longitud de Antillia, que llega á ser la de P o r t u - Antillia figuran las dos partes del continente americano,
gal y de I n g l a t e r r a , y su forma de un paralelógramo separadas, según se creía, por un estrecho; el mismo
muy alargado (la base está en relación con la altura de estrecho que á principios del siglo xvi buscaban vana-
1 á 3), llaman la atención á primera vista en el quinto mente en el V e r a g u a y en el istmo de P a n a m á (1).
mapa de Bianco. Los golfos y las sinuosidades de los E n vista de la importancia que por largo tiempo se
contornos están indicados como si la figura de esta atribuyó á la existencia de las dos citadas islas, es intere-
tierra hubiese sido conocida de un modo exacto; pero sante dar á conocer u n a carta marina que posee la biblio-
ésta apariencia de exactitud no debe, sin embargo, sor- teca del gran Duque de Weimar (2). Siendo anterior en
prendernos , pues la encontramos durante los siglos x v i
y X V I I en todas las tierras imaginarias, siendo trazadas ( 1 ) H A S S E L , Erilb. des Brittiselicn nnd Russ. Amcrika's,
las costas alrededor del polo S u r con sinnúmero do de- 1822, pág.G.
talles y una uniformidad imperturbable. (2) Deseo llamar la atención de los viajeros acerca de los
Al norte de Antillia, á unas 70 leguas de distancia- cinco monumentos de la geografía de los siglos xv y xvi quo
contiene esta rica colección, llamada vulgarmente Biblioteca
aparecía otra isla más pequeña y de semejante figura
militar:
rectangular. E s t a , según Bianco, era la isla de la Man 1." La carta marina de 1424. notable por el nombre de Anti-
Satanaxia. E l quinto mapa del Atlas presenta sólo la lia. Está trazada en pergamino y pegada en tabla, teniendo 34
extremidad meridional de esta Mano de Satán, á los pulgadas y 6 líneas de larga, por 21 pulgadas y 9 líneas de an-
cha' Se extiende en latitud desde 2í»s/j° hasta (¡2°, y en longi-
cuarenta y dos y medio grados de latitud. Pero en el tud desde el meridiano de Mingrelia y de Coicos (Cólchida),
planisferio de Bianco, que se cree copiado en parte de u n esto es, á 2o al Este de la orilla más oriental del mar Negro
mapa del sigo x i v y que acaso era anterior á los viajes hasta el meridiano, que atraviesa el Atlántico 5o al Oeste del
cabo Bojador (Bucedor). Como el mapa no tiene escala gra-
de Marco P o l o , las grandes islas de Antillia y de la
duada, val do la distancia por la que existe desde el cabo San
Man Satanaxia están figuradas por completo á la misma Vicente hasta el cabo Finisterre. No tiene más titulo que una
distancia de las Azores que el mapa núm. 5. Reconó- estrecha banda dirigida de Sur á Norte, que separa la Antilia
cense estas tierras por su forma y su posición recíproca, de las islas Azores, donde apenas se advierten las palabras: Con-
test campa ancón MCCCCXXIV; lo demás, borrado por la
aunque en el planisferio no están indicadas por sus
vetustez, está ilegible. La cifra 1424 se encuentra repetida al
nombres.
margen del mapa hacia el Este, pero con tinta menos antigua.
M. Formaleoni se limita á suponer que la Antillia de Como adorno en el interior de las tierras, donde la indicación
A n d r é s Bianco y de Toscanelli indicaba un descubri- de las ciudades e? bastante rara, se ven el Rex Rossice, el Sal-
miento de las islas Caribes, largo tiempo anterior al de dan« di Babillonia, el convento de Santa Catalina del Monte
Sinaí y las armas de la? repúblicas de Genova y Venecia.
Colón; y el autor de las voluminosas compilaciones geo-
Estas figuras de príncipes, sentados en sus tronos, encuén-
gráficas, Mr. Hassel, ha ido mucho más lejos en sus t r a l e también en mapas más recientes; en el de Fra Mauro y
conjeturas. Según él, la isla de la .Mano de Satán y la .en el planisferio de Andrés Bianco. La bandera de los caballe-
muchos años al mapa de B i a n c ó , presenta t a m b i é n los extensión de países que los mapas núm. 5 y núm. 8 de
contornos de Antillia y de la M a n Satanaxia. N o tiene este A t l a s , pero difiere esencialmente de éstos, á juzgar
nombre de autor, pero es del año 1424, y doble de por la pequeña parte que del núm. 5 han publicado F o r -
grande que el Atlas de Bianco. Comprende casi la m i s m a maleoni y Buache. H e aquí las diferencias más notables

lleros de San Juan flota sobre la isla de Rodas. En memoria de en el paralelo de Babylon iEgypti. Este mismo río tiene un
la cruzada de San Luis, el punto de embarque (25 de Agosto do brazo que desemboca en el Mediterráneo, cerca de Alejandretta.
124S) está indicado en Aqua-morto (Aguas Muertas), señalando Difícil es adivinar la hipótesis geográfica á que da lugar un
el sitio con un inmenso brazo de río (sin duda el de Arles) que concepto tan extraordinario. ¿Es el Eufrates, cuyos afluentes
sale del Ródano. En el Asia metíor, «quaj nunc vero dicitur se aproximan á los del Oronte, cerca de Alejandretta? ¿Cómo
Turehia», está sentado el Sultán Ba ixit, que sin duda es el creer que en el siglo xv se ignoraba que el Eufrates desemboca
gran Bayaeeto Ildirim. Como este principe murió en 1403, des- en el golfo Pérsico? No es una prolongación del Jordán por él
pués de caer prisionero de Timour en la batalla de Ancyra, la valle que une el mar Muerto al golfo de Acaba, porque el Jor-
imagen de Baixit debe haber sido copiada de un mapa anterior dán está figurado separadamente y con bastante precisión,
á 1424,' porque en esta época el sultán de los otomanos era mientras EÍ TÍO anónimo que comunica con el canal dfe Ptolo-
Amurates II. meo en el mismo istmo de Suez nace en las montañas de Erze-
La imagen del Soldano di Balillonia (con un loro en el rum, montañas donde, según el mismo mapa, tiene sus fuentes
brazo izquierdo) está puesta al Ceste del Nilo, y no debe sor- un río (el Turak ó Boas de la antigüedad) que corre al NNO.
prender dicha posición de la figura, porque la antigua Memphis, hacia el mar Negro, y otro (el Tigris?) que se dirige al SE.
á causa de su proximidad á la fortaleza de'By.fiv)),ióv, acantona- Doy estos detalles para facilitar el examen de las analogías ó
miento de las legiones romanas en tiempo de Strabón (Geogr.. de las diferencias que presenta este monumento curioso de la
libro xvil, pág. 807 Cas), llevaba en la Edad Media el nombre geografía de la Edad Media con otros mapas sepultados en los
de Babylonia (WILKEN, Gesch. der Krenzzüge, t, i , pág. 28), y archivos de las bibliotecas de Italia. Toda la cuenca del Medi-
desde el tiempo de Saladino hasta la conquista de Egipto por terráneo, las costas de Grecia y del mar Negro están represen-
Selim I en 1517, á los sultanes de Egipto se les llamaba Sol- tadas con un detalle topográfico notabilísimo, pero el yaci-
dani di Babylonirs (Véase M A E I N I SANTJTI, Secreta fidclium miento relativo ó la orientación de las costas es muy erróneo.
Crueis, en BOXGARS, Gesta J)ei per Francos, t. I I , páginas 23, Si se trazan meridianos al Oeste de la península Ibérica, al
25 y 91). Este de Sicilia y al Oeste del Asia Menor, encuéntrale el Atica
Es, sobre todo, notable en este mapa de 1424 que (por sim- algunos grados al Norte de la desembocadura del Ebro, y la di-
ple reminiscencia) está en él trazado el canal de comunicación rección media de la costa meridional del mar Negro coinci-
entre el Nilo y el mar Rojo, abierto por Ptolomeo Philadelphio, diendo, no con el paralelo de Oporto, sino con el de Lorient en
restablecido después por Adriano, después por los árabes y Bretaña. Las partes orientales están colocadas demasiado al
usado hasta el año de 7G7, según lo demostró M. Letronne, dis- Norte, como en las cartasmarinas de los genoveses (por ejemplo,
cutiendo la época del viaje á Tierra Santa del monje Fidelis y la de Pedro Visconti, conservada en la Biblioteca Imperial de
un pasaje de Gregorio de Tours ( D I C U I L , 1814, páginas 1 4 - 2 2 ) . Viena), que remontan hasta principios del siglo xiv (SPO-
El canal del Nilo está representado en el mapa de Weimar en TORNO, Storia litt. della Liguria, 1.1, pág. 313) y han propor-
comunicación con un río que nace en Armenia, y corre primero cionado excelentes materiales á los portulanos del gran siglo,
de Norte á Sur, al Este del Líbano, volviendo después al Oeste del infante D. Enrique, de Colón y de Gama.
que he observado, examinando el original, mientras per- septentrional de la isla Antillia y toda la isla rectangu-
manecí últimamente en W e i m a r en 1 8 3 2 , y los calcos lar del Satán. La distancia desde las costas de Portugal
exactísimos que debo á la amistad de Mr. Froriep: al centro del grupo de las Azores, que los mapas de la
1.° E l mapa de 1424 no representa más que la parte primera mitad del siglo xv señalan casi en la dirección
del meridiano, es de 110 leguas marinas. E n el mapa
2 0 Un mapa que se asemeja bastante al célebre de Diego de 143G es de 153, según dije antes. La distancia desde
Rivera, pero anterior en dos afios. Titúlase Carta universal en las Azores á Antillia es casi igual en ambos mapas.
que se contiene todo lo que. del Mundo se ha descubierto fasta
2.° U n poco al Norte de Madera, entre esta isla y las
aora; lúzola un cosmographo de Su Magestad; anno MDXXVTI
en Sevilla. Está trazada en pergamino, y tiene 6 pies y 8 pul- Azores, se lee en el mapa de W e i m a r : Insule Sancti
gadas de larga por 2 pies y 8 pulgadas de anclia. Perteneció á Brandani. E s el sitio donde el mapa de Pizzigano
la biblioteca del sabio Ebner, en Nuremberg, y de allí pasó su- de 13G7 pone, lejos de las Canarias, las palabras Isola
cesivamente á Gotha á la biblioteca de M. Becker, y por fin á
dicta: Fortunutce. A n d r é s Bianco no nombra ni las islas
Weimar, á la colección del Gran Duque. Cítala MUKK. en las
jtlemorabilia, Bib. Xorimh.. t, XI, pág. 97, y la ha discutido con Afortunadas ni las de San Brandán. E n el mapa de 1824
mucho discernimiento M. de Lindenau (ZACH., .1Ion. Corresp., aun hay rastros del mito septentrional de las islas de los
October 1810). Es probable que este mapa y el de Rivera fueran
traídos á Alemania con motivo de los frecuentes viajes del em-
perador Carlos V desde España á las orillas del Rhin y del Da- bierto las diferencias. Lo mismo sucede con dos mapas de Africa
nubio. En Nuremberg se creyó que liabia pertenecido á la Bi- que se han querido confundir. En los dos se ven figurados buques
blioteca Colombina legada por Fernando Colón al Municipio con la inscripción: Vengo de Maluco (vengo de las Molucas).
de Sevilla. M. Sprengel (MUÑOZ Gesch, der Neuen Welt., 1.1, Jerusalén está situada á NO. de Suez, y la diferencia de meri-
página 429) lo confunde con el mapamundi de Diego Rivera; dianos del Cairo y Suez es de 20°, cuando en el mapa de 1424
pero difiere de él completamente, según demostraremos en el sólo es de 2". Este ensanche del Egipto oriental es tanto más
curso de esta obra. Basta observar aquí que el mapa de Rivera incoiicebible, cuanto que el resto del África septentrional está
presenta la costa occidental de América al Sur desde Panamá, bastante bien figurado. Á la Etiopia de Rivera se la llama en
hasta los 10° de latitud austral; en el mapa de 1527 no se ven el mapamundi de 1527 Arabia sub Mjyptó. En estos mapas
más costas del Océano Pacífico que la meridional del istmo; graduados al margen, Alejandría y toda la costa septentrio-
nada del Choco y del litoral de Quito. nal de África, hasta la Pequeña Syrte, está de 3 á 4o más al Sur
de su verdadera situación.
. ( No entraré aquí en pormenores acerca de la configuración de
África para mostrar cómo, según los portulanos portugueses, 3.° El mapamundi de Diego Rivera de 1529, del cual sólo pu-
extremadamente detallados, está representado este continente blicó Sprengel la parte americana.
en dos mapas de 1527 y 1529. Nada tan notable, por ejemplo, 4.° Un globo, probablemente del siglo XVI, que señala el
como el detalle de las costas de Madagascar (Isola de San Lo- istmo de Panamá atravesado por un estrecho.
renzo). 5.° Un globo de 1534:
Los mapas de la América de! .Sur, por ejemplo los de Cruz Y'o ofreceré á M. Walkenaer, para su rica colección geográ-
Olmerlilla, Faden, Arrowsmith y Brué, parecen á primera vista fica, calcos de África de 1527 y 1529, de igual suerte que el
copiados unos de otros; pero con atento examen se han descu- calco del mapa de 1424.
. Bienaventurados, cerca de I r l a n d a , la Insula sacra de de Africa. E n este lago hay una gran isla también cir-
Avieno. AJ Norte de Limerick está indicado un gran cular. Créese estar viendo el lago J a m d r a ó Paite (pro-
golfo, siu duda el de Galway, lleno de infinidad de islo-_ piamente P a l d h i ) del Tibet al Sur de Lassa. D e este
tes, j u n t o á los cuales hay la siguiente inscripción: Lacns lago de diez y ocho leguas de diámetro, llamado lago
fortunatus ubi sunt multce ínsula; quce dicuntur Insula Citarlis, salen tresj-íos; uno es el Jluvius Citarlis, que
San.... (ÍSancti Brandani?) E n el planisferio d e Bianco, va al Oeste; el segundo corre hacia el Este, y es quizá
que es más antiguo que su Atlas, este golfo circular de uno de los brazos del Nilo, según la opinión reinante en
angosta entrada (Lacus 6 Locus fortunatus) está figu- la Edad Media; el tercero vierte sus aguas en el A t l á n -
rado, pero sin nombre. E n el mapa de W e i m a r , los con- tico con el nombre de Favia (Jluvius?). Demain, al
. tornos de Irlanda y de Inghelia y Escocia e s t á n bastante norte de cabo Agilón (Augulón, A g u l a h ) , Citarlis ó
bien figurados, pero los países puestos al Noroeste, Cintarlis, parece ser una reminiscencia de Cirta Julia
por ejemplo, la Escandinavia, el Báltico, l a Alama- de Ptolomeo, capital de Numidia, indudablemente la
gna, la provincia de Pursia (Prusia) y la Polctna, ( P o - Constastina de hoy (Edrisi, Africa, ed. H a r t a m n n ,
lonia) prueban la misma ignorancia que se advierte en página 241). L a interpretación intentada derivando
las obras de Bianco, F r a Mauro y Rivero. Cintar-lis del A n g r a de Antonio González da Cintra,
Conocíase mejor el noroeste de Africa que el norte bahía situada á tres y medio grados al S u r de Bojador,
de Europa, Desde la desembocadura del E s c a l d a h a s t a paréceme menos cierta.
la extremidad de J u t l a n d i a , la costa en el mapa de Los mapas más antiguos de Agathodcenion, donde
W e i m a r está figurada sin interrupción de N o r t e á Sur, hay lagos puestos en el país de los Melano-Gétulos,
de suerte que Holanda., Frixa (Frisia) y D i n a m a r c a pueden haber sido el origen de estos extraños sistemas
(Dana) se confunden en una misma península. hidrográficos de la costa occidental del África y de esas
3.° F r e n t e á la isla de Chañaría está situado ei g r a n dobles líneas de agua que desembocan en lagos del in-
cabo Buqdor (Bucedor), nombre que con frecuencia se terior del Continente. L a parte del mapa de 1424 que
daba en la Edad Media al cabo Bojador. Encue'ntrase he hecho gravar, prueba que, en la configuración, no está
tambie'n en el mapa general de Bianco; pero en la hoja por cierto copiada del Atlas de A n d r é s Bianco.
número 5, que es la que comparamos aquí al mapa de 1424, Continuando el orden cronológico, en que aparece
confúndese al cabo Bojador con el cabo N o n ( F o r m a - la A n t i l l i a e n l o s mapamundi de la E d a d Media, preciso
leoni, pág. 20). E l calco, grabado por M. Buacbe, es in- es nombrar, á continuación del mapa de origen italiano
exacto en este punto. de la biblioteca de Weimar, y el núm. 5 de A n d r é s
Cerca del cabo Non, del mapa de Bianco, en el para- Bianco, los mapas de Bedrazio y del cosmógrafo Martín
lelo de la isla Chañaría, desemboca el Jluvius Citarlis, Behaim.
que nace de un gran lago circular, situado en el interior E x i s t e en P a r m a un mapamundi del genovés Becla-
rio ó Bedrazio, que tiene dos pies y dos y media pulga-
E l globo de Beliaim ofrece dos particularidades res-
das de largo y dos pies de ancho: A n t e s que Zurla, ya
pecto á la Antillia. La sitúa á los 24° de latitud, mien-
hicieron mención de él Pezzana y Paciaudi (1). Se ven
tras Toscanelli, en su carta á Colón, asigna á esta isla
en él las formas rectangulares de las islas Antillia y el paralelo de Lisboa ( 1 ) y la figura redonda y pe-
Sarastagio (Mano de S a t á n ? ) , y^cerca de Sarastasio queña, como la isla San Miguel, del archipiélago de las
(Satanaxio) una islita en forma de hoz (isolafalcata), Azores; mientras la isla de San Bradán tiene en el
llamada Dammar. E s t e grupo tiene la notable inscrip- globo de Behaim la forma rectangular que llama la
ción siguiente: [nsule de novo repte (repertse.) atención en el mapa de Andrés Bianco, pero que t a m -
Como más al Oeste de este g r u p o sitúa Bedrazio bién tienen la isla de Royllo de Bedrazio, la Giava may-
otra isla cuadrada con el nombre de Roí/lio, el bibliote- giore de F r a Maura, y el Japón (Zipangut) del geógrafo
cario Paciaudi ha creído ver en estas cuatro islas un de Nuremberg.
principio del archipiélago de las Antillas.
- L a opinión del sabio Zurla (2), de que «la forma rec-
E s t e notable m a p a es de 1436, por tanto del mismo
tangular de la Antillia» prueba que es la Atlántida de
año que el A t l a s de Bianco y no anterior á éste, como
Platón, no merece serio examen. E n la extensa y ver-
asegura el cardenal Zurla ( 2 ) . L a isla en forma de
bosa topografía de la Atlántida, que presenta el Critias,
hoz encuéntrase también cerca de la Man Satanaxio
jamás se habla del contorno general de esta isla, descrita
(un poco al Norte) en el mapa de 1424.
como montuosa, cubierta de bosques, rica en aguas ter-
Citanse con frecuencia, como conteniendo también
males, donde pacen elefantes. L o que P l a t ó n dice de la
la isla Antillia, los postulanos de Gracioso (3) Be-
nincasa de Ancona y de su hijo Andrés (1463-1173); mapa de Bianco (1436) cerca de una isla al NO. de Irlanda;
pero se ha tomado, según parece, u n mapa mucho me- pero en la segunda mitad del siglo x v era el bacalao objeto de
nos antiguo, de Blaze Youlodet, redactado en 1586, la pesca en las Orcades y en Tslandia, También se figuran islas
donde se encuentra, al Oeste de Irlanda, una tierra lla- al O. de las Azores en una carta marina del mallorquín Pedro
Roselli (1466), que poseyó hace tiempo la familia Morl en Nu-
mada Scorafixa ó Stocafixa (Bacallaos?), por una obra
remberg, y que se ha supuesto fuera un mapamundi del si-
de A n d r é s Benincasa (4). glo x i v (MUÑOZ, I, pág. 428).
(1) Es inútil discutirla longitud, dependiente de las confu-
sas ideas que se habían formado de la distancia de Quinsai'
(1) G'iornale di Pildora, 180!!, Febrero, pág. 138.
y de Cipango á las costas de Portugal. Ya hemos hecho ver
(2) Viaggi, t. II, pág. 333.
anteä, al analizar la carta de Toscanelli, que el astrónomo
(3) SPREXGEL, pág. 5-1, El célebre mapa de Fra Mauro no
florentino sitúa Li Antillia á un cuarto de la distancia total.
tiene la Antillia, aunque Bianco contribuyó a ejecutarlo.
Beahim (tomando á Zipangut ó Cipango por término extre-
(1) Compárese FOBMALEOXI, p á g i n a s 43 y 45, con ZURLA,
mo), á ——
Mappa mondo di Fra Mauro, pág. 102, y Viaggi, t. II, pag. 353. 2,7
El nombre de Stoclifis aparece, sin embargo, también en el (2) Viaggi, t. n , pág. 334.
forma tetragonal ó cuadrada sólo se refiere á una lla- Méjico, la antigua Tenochtitlán, fué fundada por los A z -
nura (tdTOStov) de 3.000 estadios de larga y 2.000 esta- tecas en el lago Tezcuco, el año de 1325 de nuestra era, y
dios de ancha, situada en la parte meridional de la A t - se unía á las orillas del lago por medio de diques traza-
lántida. E s t a llanura ( 1 ) , qne rodea la cindadela de dos en línea recta. Sin llegar A Solón ó al Peplum de
Neptuno. pertenece al monarca reinante; confina por el las pequeñas Panatheneas, sería preciso atribuir á P l a -
lado Sur con la mar, y al Norte, E s t e y Oeste linda con tón una previsión de diez y seis siglos y medio.
las propiedades de los nueve arcontes, terreno Heno de Digno es de notar que, á pesar délo vivamente que
montañas v cuya forma no está designada. Ademas, impresionaron el ánimo de Colón la carta y el mapa de
aunque Pl'atón dijera que la forma de la Atlántida era r u t a de Toscanelli (Colón copia frases enteras de la carta
rectangular, no liabía motivo para suponer que, en el en la introducción del Diario de su primer viaje), ni él, ni
momento de su destrucción (2) se había quebrado la isla Gomara, ni Oviedo ó Acosta, ni los mapas de América ó
como u n pedazo de espato de Islandia en fragmentas los mapamundi añadidos á las ediciones de Ptolomeo
completamente semejantes y que la Antillía representaba desde 1508 mencionan la Antillia. Cuando Colón entra
en el puerto de Lisboa el 4 de Marzo de 1493, no nombra
uno de estos fragmentos.
la Antillia como punto de partida, dice que viene de Ci-
Tampoco buscaremos los restos de la Atlántida en las
pango. .
formaciones que sirven de base á la creta de Inglaterra
en las arenas verdes y el wealdclay (3), ó, como se h a Recapitulando cuanto sabemos acerca de los primeros
hecho más recientemente, «el plano de Méjico en el for- descubrimientos de las islas de la India occidental, no
tín de la Atlántida, qne Neptuno rodea de fosos llenos de veo en qué podría apoyarse la opinión de que Colón
agua y de estrechas lenguas de tierra» (4). L a ciudad de mismo llamó Antillia á las islas Caribes. E l primer indi-
cio de dicha aplicación lo encuentro en estas palabras de
(1) Critias, páginas 113 y 118 Steph. Las Oceánicas, de Pedro Mártir de Anghiera (1): « I n
(2) Timcens, pág. 25 Steph. Hispaniola Opliiram insulam sese reperisse refert (Colo-
(3) L Y E L L , Principies of Geology., t. I I I , pág. 281. nus), sed cosmographicorum tractu diligenter conside-
(4) La ciudadela (el Fuerte Koyal de la Atlántida) está si-
rato, Antilice ínsula; sunt illaj et adjacentes aliaj.» H e
tuada en una llanura cuadrada, á 50 estadios de la costa meri-
dional; rodéanla tres anillos de agua salobre separados del aquí la denominación geográfica de Antillas en plural.
Océano, y alternando con dos anillos ó lenguas de tierra circu- Pero hay más; la única vez que se encuentra en las car-
lares, Un canal, abierto detrás del anillo exterior, lo pone
en comunicación con el mar. Fste sistema hidráulico, que re-
cuerda los siete mares circulares rodeando el disco terrestre
indio (más acá del Lókalóka), completa la ordenación regular (1) Déc., lib. I, pág. 11 (edic. Bas., 1583). Esta Década, dedi-
que preside las ficciones geográfico-politicas de Platón, ficcio- cada al cardenal Ascanio Sforza, tiene una fecha cierta. Fué
nes que sólo pueden entretener, dice irrespetuosamente el pa- terminada en Noviembre de 1493, dos meses después de la
dre Acosta (lib. i, cap. xxil), á niños y viejas. vuelta de Colón de su primer viaje.
E s t a s aplicaciones de nombres geográficos eran muy
t a s de Amérigo Vespucci el nombre de Colón, va unido
arbitrarias en los primeros tiempos de la conquista.
al nombre de Antillia. «Venimu3 ad Antiglice insu-
Schoner (1) toma todavía, en 1533, la ciudad de Mé-
lam quam paucis nuper ab annis Christopliorus Colum-
jico (Temistitlán) por el Quinsal de Marco Polo, la cé-
bus discooperint.» E s t a s palabras (1) están tomadas de
lebre ciudad china de Hangtcheu-fu. Gomara, que no
la relación del (supuesto) segundo viaje de Yespucci, d e l
d u d a de la identidad (2) de la América y la Atlántida,
que dice haber terminado el 8 de Septiembre de 1500.
hace derivar este último nombre de la palabra mejicana
L a correlación que existe entre los acontecimientos
alt (agua), fantasía etimológica repetida muchas veces en
prueba que el nombre de Antillia lo dio Vespucci á la
nuestros días, recordando además el nombre tártaro del
isla Hispaniola, y que su relación es la del viaje que hizo
Volga, Attel, la grande agua.
con Ojeda; porque en el (supuesto) primer viaje, cuya
fecha de partida fija Vespucci en 20 de Mayo de 1497 P o r lo demás, con la denominación de islas Antillas
la Hispaniola se llamaba pura y simplemente Ity, co- h a sucedido, como con la de América. E s t o s nombres
rrupción sin duda de Aity (2). Bartolomé de las Casas fueron propuestos, el primero, como hemos visto, por
nos dice que (3) eran los portugueses quienes aplicaban Anghiera, en 1493, y el segundo por Ylacomylus, en
con preferencia á la Hispaniola el nombre de Antillia. 1507, y sin embargo, fué preciso que transcurriera más
de u n siglo para que su uso se generalizara, Cristóbal
Colón no dió jamás una. denominación al conjunto de
las Islas de la India que había descubierto. E n los pri-
(1) NAVARRETE, t. III, pág. 261. Cito con preferencia el meros tiempos de la conquista no se conocen más que los
texto latino, conforme á la Cosmograpliia Introductio de Mar-
tin Ylacomylus, cuya edición de ,1507 tengo á la vista, si bien
respecto al idioma en que escribió Vespucci hay casi tanta in-
certidumbre como al que'usó Marco Polo, siendo muyjprobable (1) Opusculum geogr., 1533. Pars. 11, cap. 9. «De regionibus
que las dos primeras cartas fueran redactadas en español y las extra Ptolomfeum (es decir, que Ptolomeo no menciona), Ba-
dos últimas en portugués. NAVARRETE, t. n i , pág. 185. El texto chalaos dicta á novo genere piscium; desertum Lop; Tangut-
original délas cartas de Vespucci no ha llegado á nosotros, y la et México regio in qua urbs permaxima in magno lacu sita Te-
edición latina de 1507 es, como en ella se dice, en el cap. v (fo- mistita, sed apud vetustiores Quinsay erat vocata.» Sin duda á
lio 9 de la edición que empleo) ex itálico sermone in gallicum causa de la proximidad de un gran lago y de la multitud de
et ex gallico in latinum versa. canales indicados en la descripción de QuisaV, «Citádel Cielo»
(2) «Vidimus ibidem quem máximum gentis acervum, qui de Marco Polo (cap LXVIII), se confundieron dos ciudades,
insulam illam Ites nuncuparent.» ILACOMYL., fol. 36. (La edi- una de Asia y otra de América.
ción de 1507 no está paginada.) C A N O V A I , Elogio del Vespucci, (2) Historia de las Indias, 1553, fol. 119. Guillermo Postel
página 8 0 ; F R A N C . BARTOLOZZI, Ricerelie eirea alie scop. di intentó caníbiar las denominaciones de los continentes, lla-
Vesp., pág, 98. mando atrevidamente á América Atlantis, á Africa Cliame-
(3) Hist. gen. de las Indias, lib. I , cap. 164 ( N A V A R R E T E , sia, etc. Véase Cosmograplñcw disciplinai Competid (Bas. 1561,
tomo XII, pág. 333). páginas 13 y 57).
nombres de Islas de Lucayos (1) (las islas Bahamas) en absoluto su etimología ( 1 ) . Probablemente lo que
y de Islas de Barlovento (2) ó Islas de los Caribes y de más contribuyó á poner el nombre de Antillas en los
los Caníbales (3) aplicadas al grupo que se extiende mapas de América fué la gran celebridad de los mapas
desde la Trinidad á Puerto Rico (Boriken). de Cornelio Wytfliet y del Theatrum Orbis terrarum do
E n los mapas de J u a n de la Cosa y de Rivero no hay Ortelio (2).
ni rastro del nombre de Antillas. La reseña italiana de
(1) M A U R I L E DE S A I N T - M I C H E L , religioso carmelita, Vo-
todas las islas del mundo por Benedicto Bordone (4),
yaged'es iles Camerqanes en VAmerique. Taris, 1652. Dicese
no lo conoce, ni tampoco el Isolario, de Porcaccio (5), en él, pág. 41 : «La Guadalupe es une des moindres des iles
el Ptolomeo italiano, de Antonio Mangini, de 1598, la qu'on apelle Camerqanes.» En B E R T I I , Breviarium totius or-
Cosmographie, de A n d r é s Thevet (6) y la Descripción bis, 1624, pág. 13, encuentro el nombre de Insidie Carnereante
vel Antillias aut Caribes. (¿Será acaso un nombre caribe?) En-
de las Indias occidentales, del historiógrafo Herrera (7),
tre los nombres caribes de las Pequeñas Antillas, coleccionados
terminada en 1615. por el padre Raymond Bretón [Diet. caribe-frangais, Auxerre,
E s verdaderamente extraordinario, que después de tan 1665, pág. 409), ninguno hay análogo al de Camercana. Las
largo olvido durante todo el siglo xvi, un nombre, que islas Santas llamáronse Caárucaera, la Granada, Camalogue;
pero Lorenzo de Anania (Frabriea del Mondo, pág. 319) si-
por primera vez habia aparecido en UD mapa de 1436, túa cerca de Cuba y lejos de las regiones habitadas por los
sea el que al fin haya prevalecido en Europa. E s t e nom- Caribes ¿ fines del siglo xv la isla Camarco. García (Origen de,
bre era sin duda más sonoro que el de islas Cainer- los Indios, pág. 234) supone que caracteriza los nombres geo-
gráficos caribes la silaba inicial car, como en Caripe, Cam-
canas que conocemos por el Breviario geográfico de
pano, Caroni, Cariaco, y en la denominación del pueblo entero
Bert, y por el viaje de un religioso carmelita; pero ignoro Carina ó Carinago. ¿Es preciso entender por Antillas, Islas Ca-
merianas? (Belat. hist., 1.1, pág. 692). Mi hermano, que conoce
fundamentalmente la estructura de las lenguas americanas,
encuentra que en Carinago, ó mejor, Callinago, según el len-
(1) GOMARA, fol. 20. guaje de los hombres, y Calliponam, según el lenguaje de las
(2) AOOSTA, lib. i, cap. 14; lib. i n , cap. 4. Roberto Regnauld mujeres, Cali ó Cal contiene todo el nombre del pueblo. Calina
(Cauxois), en su ingenua traducción dedicada al gran Enrique (Dic. Galibi. París, 1763, pág. 84) es tan sólo una abreviación
en 1597, llama «la Guadalupe, la Martinica y Marigalante, los de Callinago. He buscado inútilmente las islas Camercanas
faubourgs de l'Inde.» en las detalladas cartas de ruta del siglo xvi de las Pequeñas
(3) Vida del Almirante, capitulos 45 y 77. Antillas, que presenta Hakluyt (t. III, páginas 603-627, edición
(4) Isolarlo nel qu/il si ragiona di tutte l'Isole del Mondo. de 1600).
Venegia, per Nicolo d'Aristotile (alias de Ristotele) detto Za- (2) Con el nombre de Antillas figuran las islas Caribes en
pino, 1533. el mapa de América de 1587 ; pero el texto de Ortelio no cita
(5) TOMASO PORCACCHI DA C A S T I G L I O N E , Arretino, Delle el nombre de Antillas ni siquiera en la edición de 1601, que es
Isole più famose del Mondo. Yenecia, 1576. treinta y un años posterior á la edición princeps ( W Y T F L I E T ,
(6) La Cosmographie universelle, 1575. Descr. IHol. augmentum, 1597, pág. 96).
(7) Cap. 7 (edic. de 1728, t. iv, p. 12).
E n cuanto al origen del mito geográfico de la Antillia, llia de Bianco, ancha como E s p a ñ a , sea la isla de San
de Andrés Bianco, preciso es distinguir, como en todos Miguel, por la única razón de que los portugueses, aun
los mitos, el elemento ideal y la aplicación de este ele- hoy, dan á una parte de esta isla el nombre de Sete Ci-
mento á una localidad determinada. U n acontecimiento tacles. Lo único que prueba esta denominación, es que
verdadero, una emigración por mar, c u a n d o los árabes los navegantes y los colonos portugueses no olvidaban
invadieron la península ibérica, dejó v a g o s recuerdos las antiguas tradiciones populares. E l razonamiento
que lian sobrevivido á las desgracias públicas. Los emi- de M . Buache nos llevaría también á buscar la Antillia
grados tuvieron quizá el deseo de ir á l a s islas Afortu- y las Siete Ciudades á la península del Yucatán ó al
nadas, de buscar u n asilo, como 'Sartorio cuando huía de N o r t e de Méjico en el seno del Nuevo Continente.
las tropas victoriosas de Sila, y la imaginación de los Cuando admiró á Francisco Hernández de Córdoba
pueblos, que embellece las tradiciones nacionales, tras- (en 1517) el aspecto de los templos (teocallis) construí-
ladó un hecho histórico natural al p a í s de las ficciones. dos con piedras labradas y la civilización de los pueblos
Se suponía que los fugitivos habían f u n d a d o una colonia del Yucatán; cuando descubrió las grandes cruces que
floreciente en el centro del A t l á n t i c o , pero cuando se adoraban, creíase generalmente, dice Gomara (1), «que
supo, y no tarde, que dicha colonia cristiana no estaba eñ los españoles que huyeron de su patria al ser invadida
las islas Canarias, archipiélago muy visitado á causa del por los árabes, en tiempo del r ey Rodrigo, llegaron á
comercio de esclavos guanches, fué preciso suponerla aquellas lejanas costas.»
más lejos y asignarle una posición d e t e r m i n a d a . E n la expedición aventurera que hizo el P a d r e fran-
Descubiertas las Azores, ó mejor dicho, encontradas ciscano Marcos de Niza ( 2 ) á Cibola (el país de los
de nuevo varias veces, pudieron e n g e n d r a r la idea de
una tierra muy extensa, porque se s u p o n í a la continui-
1835, pág. 192, hace la observación siguiente: «En 1445 for-
dad de la costa correspondiente á d i s t i n t a s islas. E n este
móse un pequeño lago en la isla de San Miguel, por impedir
sentido, yo creo que todo el archipiélago de las Azores nna corriente de lava la salida de las aguas; esté lago lleva
ocasionó que se fijara la posición de la A n t i l l i a ó isla de aún hoy el nombre de Algoa da Sete Citades. En sus inmedia-
los Siete Obispos y de las Siete Ciudades, pues no me ciones hay algunas cabañas á las cuales se las llama, sin saber
por qué, las Sete Citades.»
atrevo á conjeturar, como M. Buache ( 1 ) , que la Á n t i -
(1) Historia de las Indias, fol. 29. Herrera (déc. II, lib. m ,
capítulo 1) relaciona la adoración de estas cruces, que se en-
cuentran en Palenque y en el Chiapa, cou la profecía de un
(1) jifia», de VInstituto, 1806, t. v i , páginas 13, 17 y 21. santón mejicano llamado Chilam Cambal.
Sprengel decía en 1792 (Gesch. der Entd., pág. 373), hablando (2) G O M A B A , folios 1 1 5 y 1 1 7 ; R A M Ü S I O 1 . 1 . páginas 2 9 8 -
de las Azores, que «se las creyó primero (en el siglo x v ) las 302; HERRERA, déc. i v , lib. v n , cap 7. Yo h e relacionado ade-
Antillas de la India., célebres por el viaje de Marco Polo», más (Reí. Ilist., t. III, pág. 159, y Ess.ai politique, t. II, pá-
M. Boyd, en su interesante obra Description of the Azores, gina 153) las huellas de antigua civilización que el P. Garcés
bisontes, ó vacas corcovadas), más allá de los 36° de la- pero esta fecha es menos precisa (1). E l mapa de Bian-
t i t u d , buscábanse también las Siete Ciudades y «al rey co estaba terminado ( 2 ) cuando el I n f a n t e , «guiado
T a r a t a x (especie de Preste J u a n ) , que adoraba una cruz por mapas a n t i g u o s , sólo había hecho reconocer la isla
de oro y la imagen de una mujer, Señora del Cielo ». de Santa María, la única cuyo suelo no es volcánico»-
Si la isla Antillia hubiera sido igual á la de San Mi- E s t e mapa presenta á la vez los nombres árabes y cris-
guel de las Azores, no es probable que figurase en ma- tianos ; los de Bentufia '3) y San J o r g e ( S a n Zorzi),
pas que, como el de Bianco, presentan simultáneamente
todo el archipiélago de las Azores (1). Mejor se com-
prende que la Antillia, primitivamente señalada como
(1) Sigo la cronología de la Vida do Infante D. Henrique,
una gran tierra por confundirse las costas mal conocidas escrita per Cándido Lusitano, el historiador portugués José
de las A z o r e s , fuera puesta al Oeste de dicho archipié- Freire, Padre del Oratorio, que (páginas 319 y 338) toma los
lago cuando con precisión se reconoció su pequeñez y datos de documentos oficiales. La fecha de la primera tenta-
tiva hecha por Gonzalo Velho Cabral en 1431, está confir-
los contornos de cada una de las islas que lo forman- mada por una nota escrita en el globo de Behaim (MüRR., pá-
P a r a comprender bien la fuerza de este argumento pre- gina 29). La isla de Jesu, señalada en este globo y cuyo nom-
ciso es recordar las fechas verdaderas de los descu- bre no se encuentra en el mapamundi de Rivero, singularmente
exacto para el archipiélago entero, ¿era idéntica á la isla de
brimientos hechos por los portugueses en la región
San Jorge?
templada del Océano Atlántico. E s t a s fechas son las
El infante D. Enrique cedió en 1460 las islas de Jesu y Gra-
siguientes : descubrimiento del escollo de las Hormigas, ciosa á su sobrino Fernando, hermano del rey Alfonso V (BA-
en 1431; de la isla de Santa María, 1432; de la de San RROS, déc. 1, lib. 11, cap. 1). En el Aüa de Barros nada se dice
Miguel, 1 4 4 4 ; de Terceira, San J o r g e y F a y a l , 1449; del descubrimiento sucesivo de las islas Azores, sin duda por-
que este gran historiador trató el asunto en una geografía uni-
de Graciosa, 1453. E l descubrimiento d é l a s islas más
versal. que cita con frecuencia en las Décadas y que nunca ha
occidentales, Flórez y Corvo, parece ser anterior á 1449; parecido.
(2) M. Buache, en una Memoria, que por otros conceptos es
muy digna de elogio, ha sido inducido á error por la Relación del
segundo viaje de Cock, cuando supone «el descubrimiento de
encontró en 1773 en el Moqui, con las tradiciones de 1539, y á las Azores (de las Hormigas?) en 1439 y el de la isla de Santa
la vez he discutido la posición de Quivira y Cibola (Civora) María en 1447.» (Loe. cit., pág. 14.)
que "Wytfliet sitúa al Sur de su fabuloso reino de Anián, en la (3) Esta es la verdadera acepción, según las investigaciones
región inmediata al estrecho de Berhing. de Formaleoni y de Zurla. Buache leyó Bentvsia para conver.
(1) Behaim, que habitó en distintas ocasiones en la isla de tirla en Venusta, y la isla Graciosa (pág. 21), Tufla, puede de-
Fayal, no sólo sitúa la Antillia lejos del archipiélago de las rivarse de la raíz'árabe Tefele, crepúsculos de la tarde. Tefel
Azores, que llama Insulen der JfaMcJie, sino también asegura significa también, según Golio, la obscuridad, y Bentufia de-
que un barco procedente de España fué arrojado á las costas signa acaso un hijo de las tinieblas, denominación que conviene
de Antillia en 1414 (MURR., pág. 32). bastante á nn islote del Alare Tenebrosum de Edrisi. Quanden,
y sitúa con bastante corrección las nueve islas en tres de Thouiur (ó de las Aves), y dice que las águilas rojas,
grupos parciales; pero en vez de estar orientados estos provistas de enormes garras, se reúnen allí y cazan lejos
grupos de Sudeste á Noroeste, se encuentran casi de de las costas en plena mar. U n rey de los francos (se-
Sur á Norte. E l islote más lejano llámase ya Corvos gún dice Hueai'li) envió á dicha isla un barco para ver
Marinos. Los nombres de S a n J o r g e y de Corvo no aquellas aves; pero el buque naufragó».
fueron, p u e s , dados por los portugueses en 1 4 4 9 , sino Los comentadores de los geógrafos árabes reconocie- _
por otros pueblos de la E u r o p a latina. ron desde hace largo tiempo queda denominación de isla
Los dos pueblos rivales y aveutureros e n la Edad de los Azores (Insule Accipitrum) no es más que la tra-
Media, los normandos y los árabes, fueron, sin "Suda, los ducción portuguesa de islas de los Buitres* ó de los H a l -
que entonces (1) propagaron noticias ciertas acerca del cones de E d r i s i .
archipiélago de las 'Azores. A l g u n o s historiadores (2) Las tres islas del Brasil (Brazie, Brazir ó de Mayotas),
suponen en el siglo ix el descubrimiento h e c h o por los que señalan casi todos los portulanos (1) del siglo xiv
normandos. El geógrafo de N u b i a , que es d e l siglo XII, (por ejemplo, el de Pizigano, trazado en 1367) entre los
conoce en el A t l á n t i c o (en el mar Tenebroso) «la isla de paralelos del cabo de San Vicente y de Irlanda, son, sin
Ralea, que es la de las Aves, habitada por g r a n d e s águi- duda, también islas del grupo Ralea y de las Azores (2).
las ó buitres, que se alimentaban con pescados y volaban Quizá el nombre mismo de Antillia, que por primera vez
de continuo alrededor de la isla (3). E b n - a l - U a r d i (4) aparece en un mapa veneciano de 1436, es sólo una for-
conoce, según parece, esta misma isla con el nombre m a portuguesa dada á un nombre geográfico de los ára-
bes. La etimología que 9C arriesga á dar M. Buache
paréceme muy ingeniosa, y, sobre todo, resulta probable
en el Enchiridion eosmographicum, (Col. 1 5 9 9 ) , sitúa entre las si se la adapta con alguna más precisión al carácter pro-
Azores, además de la isla de las Siete Ciudades, la de Satap. pio de las lenguas semíticas. « E n el número de las islas
Véase J O A N . MYEXTIUS, Opuse, geogr., 1590, pág. 1 2 3 .
desconocidas que describe Edrisi (Pars prim*, Climatis
(1) No quiero detenerme más en esta investigación, ni discu-
tir aquí el origen de las monedas cartaginesas y cirenaicas que tertii, p. 71), y que son, al parecer, dice M . Buache (3),
se asegura haber sido encontradas en 1149 en la isla de Corvo.
Véase 6"ótliéborgslte Wetenshaps og Witterhets Samlingar,
1778, St. i, pág. 106. (1) ZURLA, Viaggi, t. II, pág. 324.
(2) MüRR., pág. 55. (2) Bianco aplica el nombre de Brasile sólo á la isla Terceira
(3) E D R I S I ( I n t e r p r . GaWiele Sionita), 1 6 1 9 , pág. 6 4 ; ó á un promontorio al Oeste de la bahía de Angra, que aun
HARTMANN, páginas 317 y 319. Bianco tiene también entre las lleva el nombre de Punta del Brasil (FLEURIEW, FOJ/age fait
Azores una Isola di Colombi, que no debe ser confundida con per ordre du roi en 1768 y 1769, vol. I, pág. 548.
la de Edrisi, pág. 85. (3) Le. c., pág. 27. M. Sprengel cree que la isla Terceira
(4) DE GUIONES, en los E-etraits des Manuscrits du Moi, no tiene nombre de origen portugués, aunque parezca indicar
tomo II, pág. 56. la tercera isla de*.abierta por orden del infante D. Enrique
las Azores, hay una llamada Mustaschin; Ebn-al-Uardi adelante. También puedo citar la isla Danmar (isla del
la llama Tinnin (1), lo cual significa isla de las Ser- vaso ó receptáculo de serpientes), que el mapa de Be-
pientes. E s creíble que la palabra Antillia tenga la mis- drazio, de que antes he hablado, sitúa al lado de A n -
ma significación, y que se derive de la palabra tinnin, tillia (1).
como la de Anjuan se deriva de la de Juan, que se en- La palabra Antillia, sustituida por Antillia, puede,
cuentra en muchos mapas antiguos». La última analogía sin d u d a , descomponerse en dos palabras portuguesas:
no es afortunada. L a silaba inicial paréceme mejor una ante é ilha; pero, conforme á la analogía de Antiparos,
corrupción del artículo árabe de Al'-Tmnin, y de Al-tin Anticirrha y Antibacchus (2) , significa, no lo que es
se habrá hecho poco á poco A n t i n n a y A n t i l l a ; como, opuesto á u n continente, sino á otras islas (3). Nunca
por un cambio análogo de consonantes, los españoles pusieron un nombre tan general y dogmático los mari-
hicieron, de crocodile, corcodilo y cocodrilo. E l dragón nos, que individualizan todo, y atienden con preferencia
se llama en árabe Al Tin, y la Antilia es quizá la isla á las condiciones de forma, de color ó de producciones.
de los Dragones Marinos (2); interpretación que parece L a lectura de los últimos capítulos de Marco Polo po-
confirmada por la figura de hombre que es arrastrado día infundir esperanzas á un geógrafo teórico, como lo
hacia el mar por un grupo de serpientes, figura puesta era Toscanelli, de que, navegando desde P o r t u g a l hacia
por Pizigano cerca de su isla de Brazir, y por las gran- el Oeste, se encontraría, antes de llegar al continente de
des serpientes esculpidas en u n monumento hecho de A s i a , la larga serie de islas que se extiende desde Zi-
piedra, de que habla Thevet, asunto que discutiremos más pangu á Selendiv; pero ¿por qué dar á una sola grande
isla, que se suponía situada en el archipiélago de las

(Detcript. de la earte de Rivero dans Muñoz Gescli., t. I, pá.


gina 443). A veces hay afición de latinizar palabras pertene- (1) Se lee también Dar mar, habitación de las serpientes, por
cientes á lenguas bárbaras, suponiéndolas una significación sa- Danmar. f a l es el espíritu conservador de los geógrafos que
cada del latín ó de las palabras que de él se derivan. De esta temen olvidar que el mapamundi de Orteüo, trazado en 1587,
suerte los zoólogos, olvidando que manatí es una palabra de presenta, no sólo las tres islas de San Braudón, las Siete Ciu-
los indígenas de Haiti, la explican por el nombre de las aletas dades y el Brasil, sino también, al Norte de las Azores, la isla
de este anfibio, suponiendo que le sirven de manecitas (Cü- Demar.
V I E R , Regne animal, t. i, pág. 238). ( 2 ) PTOLOMEO, l i b . i v , c a p . 8, p á g . 1 1 4 .
(1) Extraits, t. IX, pág. 55. En esta isla de Tinnin ó Mostas- (3) Tales son también las explicaciones dadas por Ménage y
chin se figura una serpiente muerta por Alejandro, quien, se- Bluteau. Este último dice, en su gran Diccionario portugués:
gún los orientales, habia recorrido una parte del Atlántico. El (i ilhas oppostas ou frontrairas as grandes ilhas da America».
mismo geógrafo árabe cita en estos parajes la isla de Laca ó Formaleoni (pág. 28) considera arriesgadísima esta etimología.
ó Acá, infestada de prodigiosas serpientes. Yéase también G I O V A N N I A N D R É S , en las Memorias de la Aca-
demia Ercolanc.ce Archeologica, 1822, pág. 132, y TIRABOSCHI,
(2) Acerca de la ixola del Dragoni del mapamundi de Fra
Storia della littcratura italiana, t. VI, p. I, pág. 189.
Mauro, situada al Oeste de Africa, véase ZURLA, pág. 143.
Azores, ó cerca de él, el nombre sistemático de Antilha?
U n literato distinguido creyó descubrir recientemente
la explicación del e n i g m a en un pasaje de la obra de
Aristóteles De Mundo (1), que antes he examinado, y que
t r a t a de la existencia probable de tierras desconocidas
XX.
opuestas á la masa de continentes que habitamos. « E s -
tas tierras, grandes ó pequeñas, cuyas orillas están frente
á las nuestras, e n c u é n t r a n s e señaladas, dice, con la p a - La isla Bracie (Berzil).—La estatua de las Azores.—Las mo-
nedas halladas en la isla Corvo.—El monumento de la Isla
labra antiporthmoi, que en la Edad Media se tradujo de San Miguel.
AnUnsulce.i)
E s t a traducción es, para mí, injustificada. L a Beocia y
la Eubea, separadas p o r un estrecho (el Euripo), son re- Y a he indicado antes las relaciones de posición y de
cíprocamente antiporthmoi, y la palabra portuguesa inu- origen que existían en la Edad Media entre el grupo de
sitada de Antilha no tiene significación en griego. L a tra- las Azores y las islas que aparecen en los mapas italia-
ducción latina del libro De Mundo, atribuida á Apuleyo, nos desde 1351 hasta 1459 con los nombres de Bra-
cie (1), Brasil (2) y Berzil (3).
no h a podido dar origen á l a denominación de Antínsula,
porque Apuleyo no fijó bien la atención (2) en la pala-
bra ávtÍTO)ps¡jL0<;, y su libro es, además, una paráfrasis, (1) En I'izigano (ZURLA, Viaggi, t. II, pág. 323). Mr. Buache
suprimiendo ó añadiendo lo que se le antoja (3). creyó leer en su calco Bracir.
(2) En el Portulano mediceo de 1351, y en el notable mapa
de la Biblioteca Pinelli que posee Mr. Walckenaer, cuya redac-
( 1 ) Tomo i, pág. 1 2 7 , A R I S T Ó T E L E S , De Mundo, cap. 3, pá- ción según el almanaque que contiene, se hizo entre los años
ginas 3 9 2 , 2 0 ; B E K K , Proclus in Tim., pág. 5 4 ; Felipe Cluvier d e 1 3 8 4 y 1 4 3 4 ( B A L D E L L I , 1.1, p á g . x x x ; W A L C K E X A E R , e n l a
ha visto en ella «Americam y Magellanicam», Aiñmadv, in traducción de la Geographie de Pinkerton, t. VI).
Apul., pág. 414. (3) En Bianco (ZURLA, t. II, pág. 334) y en Fra-Mauro, cuyo
(2) APPULEI1, Opp. ed. Geverk. Elmenhorst, 1621, pág. 59. planisferio es de 1459. No se encuentra isla de este nombre, ni
(3) Véase, en el pasaje sobre los volcanes: Vesuvius noster; y en el mapa de Marino Sanuto, que parece ser, al menos, cuarenta
la intercalación de una observación curiosa respecto á una ca- y cinco años anterior á Pizigano, y que no omite las 358 Isolle
verna llena de ácido carbónico en Hiérapolis, en Frigia, «gas beate et fortunate, próximas á Irlanda, y muchas otras bona
que por su peso (especifico) permanece en los sitios bajos». insula; del Atlántico; ni en el globo de Behaim ( 1 4 9 2 ) . Sin em.
(Compárese A P U L E Y O , piginas 64 y 65, con A R I S T Ó T E L E S , De bargo, siglo y medio después de la colonización de las Azores
Mundo, cap. 4, páginas 395, 20 y 30.) Se refiere al Plutonium por los portugueses siguióse poniendo una isla del Brasil al
ó cueva Charoniena de Hiérapolis, descrita por STRABÓN, X I I I , oeste ó noroeste de Corvo. Jobst Ruchamer, en la colección
página 629, Cas., y por D i o x CASSIO, lib. LXVIII, cap. 27.
de Viajes publicada en Nuremberg en 1508 (Sammlung ron
Reisen, cap. 76), llama á la isla Berzil, isla BHsilge.
Azores, ó cerca de él, el nombre sistemático de Antilha?
U n literato distinguido creyó descubrir recientemente
la explicación del e n i g m a en un pasaje de la obra de
Aristóteles De Mundo (1), que antes he examinado, y que
t r a t a de la existencia probable de tierras desconocidas
XX.
opuestas á la masa de continentes que habitamos. « E s -
tas tierras, grandes ó pequeñas, cuyas orillas están frente
á las nuestras, e n c u é n t r a n s e señaladas, dice, con la p a - La isla Bracie (Berzil).—La estatua de las Azores.—Las mo-
nedas halladas en la isla Corvo.—El monumento de la Isla
labra antiporthmoi, que en la Edad Media se tradujo de San Miguel.
AnUnsulcE.n
E s t a traducción es, para mí, injustificada. L a Beocia y
la Eubea, separadas p o r un estrecho (el Euripo), son re- Y a he indicado antes las relaciones de posición y de
cíprocamente antiporthmoi, y la palabra portuguesa inu- origen que existían en la Edad Media entre el grupo de
sitada de Antilha no tiene significación en griego. L a tra- las Azores y las islas que aparecen en los mapas italia-
ducción latina del libro De Mundo, atribuida á Apuleyo, nos desde 1351 hasta 1459 con los nombres de Bra-
cie (1), Brasil (2) y Berzil (3).
no h a podido dar origen á l a denominación de Antínsula,
porque Apuleyo no fijó bien la atención (2) en la pala-
bra ávtÍTO)ps¡jL0<;, y su libro es, además, una paráfrasis, (1) En Pizigano ( Z Ü R L A , Viaggi, t. II, pág. 323). Mr. Buache
suprimiendo ó añadiendo lo que se le antoja (3). creyó leer en su calco Bracir.
(2) En el Portulano mediceo de 1351, y en el notable mapa
de la Biblioteca Pinelli que posee Mr. Walckenaer, cuya redac-
(1) Tomo i, pág. 127, A R I S T Ó T E L E S , De Mundo, cap. 3, pá- ción según el almanaque que contiene, se hizo entre los años
ginas 392, 20; BEKK, Proclus in Tim., pág. 54; Felipe Cluvier d e 1 3 8 4 y 1 4 3 4 ( B A L D E L L I , 1.1, p á g . x x x ; W A L C K E N A E R , e n l a
ha visto en ella «Americam y Magellanicam», Aiñmadv. in traducción de la Geograpliie de Pinkerton, t. VI).
Apul., pág. 414. (3) En Bianco (ZORLA, t. II, pág. 334) y en Fra-Mauro, cuyo
(2) APPULEI1, Opp. ed. Geverk. Elmenhorst, 1621, pág. 59. planisferio es de 1459. No se encuentra isla de este nombre, ni
(3) Véase, en el pasaje sobre los volcanes: Vesuvius noster; y en el mapa de Marino Sanuto, que parece ser, al menos, cuarenta
la intercalación de una observación curiosa respecto á una ca- y cinco años anterior á Pizigano, y que no omite las 358 Isolle
verna llena de ácido carbónico en Hiérapolis, en Frigia, «gas beate et fortunate, próximas á Irlanda, y muchas otras bonce
que por su peso (específico) permanece en los sitios bajos». insula; del Atlántico; ni en el globo de Behaim ( 1 4 9 2 ) . Sin em.
(Compárese A P U L E Y O , piginas 6 4 y 65, con A R I S T Ó T E L E S , De bargo, siglo y medio después de la colonización de las Azores
Mundo, cap. 4, páginas 395, 20 y 30.) Se refiere al Plutonium por los portugueses siguióse poniendo una isla del Brasil al
ó cueva Charoniena de Hiérapolis, descrita por STRABÓN, X I H , oeste ó noroeste de Corvo. Jobst Ruchamer, en la colección
página 629, Cas., y por D I O N CASSIO, lib. L X V I I I , cap. 27.
de Viajes publicada en Nuremberg en 1508 (Sammlung ron
Reisen, cap. 76), llama á la isla Berzil, isla Brisilge.
\

E n sus sabias investigaciones acerca del Milione de L o s documentos publicados por el Sr. Capmany (1),
Marco Polo, el conde Baldelli h a hecho renacer la idea relativos al antiguo comercio de los catalanes, no permi-
de que el nombre de Bracie, convertido en Brasil, se re- ten dudar de la importación de la madera de tinte ó bra-
fiere al fuego volcánico de las Azores, y por ello ve'ome sil en E s p a ñ a desde 1221 á 1243, y desde el siglo ix era
precisado á entrar sobre este punto en algunos detalles conocida esta preciosa producción del Malabar y del A r -
etimológicos. Procuraré ser breve, recordando, sin em- chipiélago de la India. Abuzeid-el-Hacen, natural de
bargo, que el examen filológico á que el geógrafo somete Siraf, uno de los dos viajeros árabes cuyos itinerarios
h a publicado R e n a u d o t , elogia la madera roja de la
los nombres de las islas, de los ríos y de los pueblos,
isla R a m n i ó Sumatra. E l geógrafo de Nubia (2) men-
sirve frecuentemente para descubrir su identidad en gran
número de mapas y para impedir la duplicidad de deno-
minaciones (1). (1) Memorias sobre la antigua marina, comercio y artes de
Tres siglos antes de la expedición de G a m a , cuando Barcelona, t. II, páginas 4,17 y 20. En la tarifa de Collioure,
en el Rosellón de 1252 encuentro eanquas de brazil, laca y
el comercio con la I n d i a hacíase por la vía terrestre, en grana, como tres objetos distintos.
Italia y en España era conocida con los nombres de ( 2 ) R E N A U D O T , Anciennes rélations des Indes, pág. 5 :
bresili, brasili)/, bresilji, braxilis y brasile una madera EDRISI, pág. 33. Alrami es probablemente una corrupción
roja á propósito para teñir las lanas y el algodón. M u - de Ramani (Ramni, Lamery), que designa la isla de Sumatra
(SPPENGEL, pág. 176). Edrisi describe el carcaddan ó rinoce-
ratori (2) h a comprobado este hecho por medio de las ronte de la isla Alrami, pero le atribuye un cuerno solo, lo
tarifas de la A d u a n a de Ferrara de 1193 y de las de mismo que hace Marco Polo al hablar del rinoceronte ó Leon-
Modena de 1306. corni de la Gavia Minore (lib. III, cap. 12; BALD., 1.1, pág. 240:
tomo II, pág. 393). Seguramente el rinoceronte de Sumatra es
bicornio como el de Africa, del cual, por lo demás, difiere mu-
1 cho; mientras el rinoceronte javanés es unicornio, como el ri-
(1) Bel. hist., t. n , páginas 676 y 703. Ralegh convierte en noceronte del continente de la India.
la Guayana'el Guarapo ó Río Europa; y Malte Brun, á pesar
de ser tan juicioso, hace de las palabras españolas se ignora el Este dato de geografía zoológica no debe, sin embargo, obli-
origen la frase «río Oregán ú Origán». garnos á admitir que los nombres de Alrami, Ramani ó Java
|i|(2) Antiguit. ital., t. II, déc. xxx, páginas 894-899. En la Minor designan más bien la isla holandesa de Java que la de
tarifai de los Ferrareses de 1193, la frase grana de Brasili, Sumatra, porque se oponen á ello otras muchas razones discu-
puesta delante de pipere, zucaro y zafrano, podría engendrar tidas por Mr. Marsdeu. Los marinos árabes observaron muy
alguna duda; pero en la tarifa de los Modeneses de 1376 la pa- poco, sin duda alguna, el animal vivo y, conociendo másá
labra grana no existe, estando en cambio la de carga (soma) fondo el rinoceronte del continente de Asia, ó, por mejor decir,
di Braxilis. La palabra grana, aplicada después á la cochini- su gran cuerno, que se usaba como vaso apropiado para descu-
lla de América, designaba en la Edad Media el Coccus poloni- brir el veneno en un licor, sus descripciones no pueden ser mi-
cus y el Coccus lacca d é l a India, mezclado al producto del nuciosamente exactas. El mismo Mr. Marsden, en su excelente
Croton lacciferum (en sanscrito, lakcha). Ignoro el origen de obra relativa á Sumatra, publicada en 1783, habla también
la denominación de gram de Brasile, de rojo ó laca de Brasile. (página 140) del único cuerno del rinoceronte de Java, y en la
ciona también la misma madera de tinte entre los obje- cies de madera roja con el nombre de bakkam, sobre todo
tos de comercio de la isla Alrami que se cree sea la la madera de chandana (Pterocarpus santalinus), que en
misma S u m a t r a , aunque la sitúa á tres días de nave- Bengala lleva también el nombre persa de bukhum (1)
gación de Ceylán ó Selan-dib (Sarandib). E l texto árabe y de la cual ha extraído M . Pelletier la verdadera laca
llama bakkam (1) lo que las traducciones latinas deno- roja.
minan bresillum. Yimos anteriormente que desde el siglo xiv las islas
Marco Polo conoció la madera colorante llamada ver- del Atlántico, pertenecientes probablemente al Archi-
zino , pero sólo la nombra u n a sola vez, y no para indi- piélago volcánico de las Azores, aparecían en los mapas
car el sándalo rojo, del cual dice que liay bosques en la con los nombres de Bracie, Berzil y Brasil. Pedro Coppo
isla de San Lorenzo (Madagascar), sino para comparar d a Isola supone en su Portulan (2) de 1528 que Cris-
al verzino una planta de Sumatra que se cogía, cada tres tóbal Colón, antes de llegar á las costas de América,
años y de la cual sembró semilla, sin buen éxito, en el tocó «en las islas V e n t u r a , Columbo y Brasil.» A pri-
territorio veneciano (2). mera vista parece seguro reconocer en uno de estos nom-
M . Marsden supone (3) que la madera de Bresil de bres geográficos el de un bosque de madera roja de la
la E d a d Media, la de las Indias Orientales, era el sapang India; pero ¿cuál puede ser el árbol que, en un grupo de
de los malayos (Cesalpinia sapan); pero creo probable islas cuya flora se parece á la de Portugal, ocasione tan
que los árabes introdujeran en el comercio muchas espe- e x t r a ñ a equivocación?
Como el mapa de Pizigano de 1367 dice yxola Brazie
tercera edición (pág. 116) supone que en Sumatra hay dos rino- (no Brazir) s<y¿ Mayotas, M. Buache opina, en su Me-
cerontes, uno unicornio y otro bicornio. Por lo demás, los ele- moria relativa á la Antillia, «que Mayotas, Bracir y Ter-
fantes que faltan en la isla de Java, y.que el viajero árabe, tra-
ducido por Renaudot encontró el año 851 en Ramni, son un
dato zoológico más incontestable aún de la identidad de Ramni (1) L. c., p á g . 42. GARCÍA, AB HORTO ( A r i m a t u m hist., 1590,
y de Sumatra (Samantara). libro I, cap. 17, pág. 69), conocía ya el nombre sanscrito chan-
(1) Encuentro el nombre balil/am (lignum rubrum), cuya dana, y lo distingue de la madera de bresil (sin duda el de las
raiz probablemente no es semítica (porque bahama, morbum Indias occidentales), del Lignum santali rubri. Al chandana
contraxit, no tiene sentido), en el geógrafo Takuti, que perte- • Cesalpinia sapan se le llama también en la India (Roxb.
nece al siglo x v y que habla de la madera del bresil de Ceylán, Flor. Corom., t. I, pág. 18) BuJihan-Chitto de los Tolingas.
ya mencionada, por el viajero árabe que tradujo Renaudot (DE (2) Véase acerca de este Portulano veneciano, muy raro, á
GUIGNES, en Notice et Extr. des man., t. IX, pág. 411. Morelli, Lettera rarissima de Christoforo Colombo, pág. 63.
(2) In Milione, 11b. III, capítulos 8,14 y 35 (BALDELLI, La isla Colombo de Pedro Coppo da Isola, terra dell'Istria, es
tomo I, pág. 164; t. II, páginas 384, 398 y 454). Marco Polo, ed. la ixola di Colombi de Bianco; según Buache, Fayal En cuanto
de Marsden, pág. 612. á la isla Ventura, que el Portulano de los Médicis considera
(3) Sumatra, pág. 95. AIXSLIE , pág. 196. El sapang es muy también como sinónima de su isola di Colombis, véase B A L D E -
buscado en el archipiélago de la India para el tinte rojo. LLI, p á g i n a s x x x y CLXX.
cera son sinónimos y designan país arrasado por los vol- den (1). Revisando los diarios de ruta y las cartas de
canes.» Confieso no adivinar la etimología en que Colón, ni una sola vez encuentro el nombre de palo del
puede fundarse para suponer que la primera y la tercera brasil. E s seguro, sin embargo, que desde 1495, y, por
de estas denominaciones significan país arrasado por los tanto, mucho tiempo antes del descubrimiento de la
volcanes. Terra Sanctce Crucis, que hoy llamamos Brasil, u n a ca>-
L o s portugueses creen generalmente (y doy su opi- salpinea de Santo Domingo (la ccesalpinia brasiliensis)
nión sin garantizar la exactitud) que el nombre de Ter- f u é tomada por el braxilis de las Grandes Indias; el ba-
ceira indica la tercera isla descubierta (en 1449) después leara del comercio de los árabes.
de las islas Santa María y San Miguel. E n esta inter- Cuenta Anghiera, en el lib. iv de la primera década
pretación no se cuentan para nada las Hormigas vistas de las Oceánicas, que en el segundo viaje de Colón en-
por Gonzalo Velho Cabral en 1431. contróse en Iíai'ti «Sylvas inmensas, qua> arbores mi-
E l conde Baldelli ha hecho revivir la opinión del geó- llas nutriebant alias prieterquam coccineas quarum lig-
grafo francés, declarando más probable la explicación num mercatores Itali rerzinum, Hispani brasilum ape-
vulgar, la de la analogía de nombre con una madera tin- llant.»
tórea de la India. Y o no veo nada ardiente en los nom- E n el tercer viaje de Colón (déc. i, lib. 9, pág. 21),
bres de Mayotas y de Tercera; pero convengo en que cargaron en la costa de Paria tres mil libras de Brasil
Brazie recuerda las palabras de la Eurcfpa latina, braise «superior al de Haiti».
(francesa), braza y braseiro (portuguesas), brasero y bra - Vicente Yáñez Pinzón, de cuyo itinerario nos h a con-
ciere (española é italiana) (1). servado Grinseus un fragmento, llama en 1499 estos
Ignoramos de qué idioma de Asia en la Edad Media árboles vistos en P a r i a ( P a y r a ) «bosques de sándalo
se tomó el nombre de la madera de tinte brazilli ó bra- rojo».
xilis, ó si estas denominaciones, como las de índigo, de A medida que los descubrimientos se extienden al
campeche ó de jalapa, indican localidades de origen.. Sur del cabo de S a n A g u s t í n , sobre todo después que
L o extendida que estuvo en los antiguos tiempos la ci- P e d r o Alvarez Cabral tomó posesión en Mayo de 1500
vilización de la I n d i a en el g r a n Archipiélago de Asia, de la Tierra de Santa Cruz, aumentó la actividad del
induce á acudir á las raíces del sánscrito, raíces en las comercio de madera roja del continente americano.
cuales la significación de rojo y de fuego se confun-

(1) La raíz sanscrita bhrádsch (bhr&g), dice Mr. Boppo, sig-


nifica lucir, resplandecer, y la raída, rojo; randsch, colorear,
(1) Quizá provenga de brand y brennen (alemán), y de ppácw, teñir. Como anita, viento, procede del verbo an, soplar, brcul-
hervir con violencia. En el latín de la Edad Media empléase c hita , será el adjetivo de bradsch , indicando lo que es relu-
braza por pruna, carbón encendido. ciente. Wilson, sin embargo, no acepta esta última derivación.
E n la cuarta expedición de Vespucci, en la que n a u - cabo de la isla Tercera (1), y desde aquí á las costas
frago uno de los barcos en los escollos que rodean la australes del Nuevo Continente.
isla de Fernando Noroña, tomaron en 1504, cerca de la
Con estas investigaciones acerca de la isla de Brasil»
bahía de Todos los Santos, un cargamento de madera
del archipiélago de los Azores, se relaciona la tradición
de bresil (1). Tan importante llegó á ser ya este co-
t a n vulgarizada de una estatua ecuestre que los portu-
mercio en 1510, que el Gobierno español (2) prohibió
gueses hallaron en la isla de Corvo, señalando con u n
la importación de todo brasil que no procediera «de las
dedo al Oeste. Todos los libros, hasta los más elemen-
Indias (occidentales) pertenecientes á los dominios de
tales, que tratan del descubrimiento de América, refieren
Castilla.»
esta tradición, sin indicar documento alguno histórico,
Todo el mundo sabe que poco á poco, en la primera portugués ó español, que la mencione. E n vano he bus-
mitad del siglo xvi, la abundancia de esta madera tin- cado este «cuento de marineros» en las obras de los es-
tórea hizo cambiar el nombre de Terra de Sancta Cruz critores de la Conquista, quienes con t a n t a extensión dis-
dado por Cabral en Terra de Brasil. «Cambio inspirado cutieron los indicios que guiaron á Colón hacia las tierras
por el demomo, dice el historiador Barros (3); porque del Oeste. Martín Beliaim, después de vivir tanto tiempo
la vil madera que tifie el paño de rojo no vale lo que la e n las Azores en casa de su suegro Iobst de Hurter,
sangre vertida por nuestra salvación.» D e esta suerte el ninguna mención hace de este hallazgo en su globo.
nombre Brasil pasó desde el Archipiélago de A s i a á un Barros tampoco habla de é l , ni Grinams (1532), ni Se-
bastián Münster (1550), ni Ortelio (1570), ni A n d r é s
Thevet (1575). E l silencio de este último paré cerne tanto
más extraordinario, cuanto que observó por sí mismo
(1) NA VARRETE, t, III, pág. 288: «In eo portu, dit Americ (como pronto veremos), en la isla de San Miguel, una
Vespace, bresihco puppes nostras onustas efficiendo, quinqué inscripción que creyó hecha «por el pueblo de Judeai>.
persistimos mensibus.» De igual suerte encontramos en An-
ghiera (Occan., déc. i n , lib. 10, pág. 66), hablando del viaje de Pocas semanas hace que Mr. L i n k me ha dado á co-
Solis á la desembocadura del Eío de la Plata en 1515: «Navigia
nocer u n pasaje de la Historia del Reino de Portugal, por
coccmeis truncis onerat: diximus vocari ab Hispanis brasüuM
ügmgenus id ad lanas fucandas aptum.» Manuel de Faria y Sousa (2), que detalladamente re-
(2| Ordenanzas hechas en 15 de Julio de 1516 ( N A V A R R E T E (1) Recuerdo que la Punta del Brasil de la isla Tercera, cuyo
JJoe. diplom., t. II, pág. 339). Es muy posible que algunas es- nombre ha subsistido hasta nuestros días, está señalada en la
pecies idénticas á la Cesalpinia brasiliensis produjeran en tan carta de Ortelio de 1578. El nombre que en el siglo XIV tenia
•gran extensión de costas la madera tintórea roja. Yo he cocido toda la isla, lo conservó un solo punto de ella.
con Mr. Bompland en la América del Sur la Cultería tinctoria
(2) Edición de Anveres de 1730, pág. 258. El párrafo em-
que es la Cesalpinia pectinata de Cavanilles, empleada por los
pieza asi: «En la cumbre de un monte que llaman del Cuervo
indígenas como materia colorante.
fué hallada una estatua de un hombre puesta á caballo en
(3) Déc. i, lib. v, cap. 3.
pelo.» Este monte del Cuervo es la misma isla de Corvo.
fiere la tradición de la estatua ecuestre. « E n las Azores, mala una montaña con dos picos gemelos, y se llama
en la cumbre de un monte que llaman del Cuervo, fué Corvo (Cuervo), porque, vista de lejos, toda ella parece
bailada una estatua de un hombre puesta á caballo en negra (1). E n t r e la multitud de absurdos que divulgan
pelo, con la mano izquierda apoyada en las crines del sus pobres y supersticiosos habitantes, es uno asegurar
caballo y la derecha señalando á Poniente. L a estatua formalmente que á su isla se debe el descubrimiento del
descansaba en u n a losa (1) de la misma clase de piedra. Nuevo Continente, porque u n promontorio que avanza
Más abajo estaban grabadas en la roca algunas letras en el mar hacia el N O . , presenta la forma de una per-
desconocidas.» sona que alarga la mano hacia Occidente. L a Providen-
Como el historiador habla de los descubrimientos he- cia, añaden ellos, quiso que este promontorio de Corvo
chos desde 1447 á 1471, parece referirse su noticia á tenga dicha forma extraordinaria para anunciar (á los
que los portugueses vieron este monumento cuando por marinos europeos) la existencia de otro mundo. Com-
primera vez llegaron á la isla montañosa del Cuervo. prendiendo é interpretando Colón esta señal, se lanzó
L a fecha de este suceso es, sin embargo, incierta (2), en el camino de los descubrimientos (hacia el Oeste).»
pues unos suponen que ocurrió en 1447 y otros en 1460. H e aquí, pues, la estatua ecuestre reducida á un fenó-
¿Cómo es posible creer que los contemporáneos de Cris- meno natural.
tóbal Colón, que tan minuciosamente hablan de troncos Concíbese que una de esas configuraciones grotescas
de pinos arrojados por las corrientes á las costas de las é imitativas tan frecuentes en las rocas volcánicas de
islas Graciosa y Fayal, de cadáveres de hombres de raza basalto, traquita y pórfido anfibolítico, pueda engendrar
desconocida, depositados por el oleaje en la arenosa el cuento de una estatua ecuestre que los eruditos no
playa de la isla de Flores, próxima á la de Corvo, no tardaron en atribuir á los cartagineses ó á los fenicios,
tuvieran noticia alguna de hecho tan extraordinario? quienes, según sabemos por Strabón, no. eran muy aficio-
U n viajero muy ingenuo, que hace poco publicó su nados á mostrar el camino de los descubrimientos á los
viaje, Mr. Boid, disipa en parte estas dudas. Durante su pueblos rivales.
larga permanencia en las islas grandes del archipiélago L o s nombres de fraile, monja, gigante, dados en casi
de las Azores, adquirió las siguientes noticias relativas todas las regiones alpinas de la América española, sea á
á Corvo: « E s la más pequeña de las nueve islas; fór- rocas aisladas, sea á cráteres de montañas, confirman

(1) Confundiendo las palabras losa y loza, se ha dicho erró- (1) BoiD, l. c., páginas 316-318. Antes hemos dicho que ya
neamente que la estatua era de una especie de tierra cocida. en 1436 el mapa de Andrés Bianco presenta la isla de Corvos
(Mem, de l'Inst., t. vi, pág. 26.) marinos, nombre debido, sin duda, á las muchísimas aves que
(2) F R E Y R E ( Vida do Infante Dom Henrique, páginas 319- vuelan alrededor de la isla y no al aspecto sombrío de una
3 3 8 ) dice «antes de 1 4 4 7 » ; B O I D (Description of the Azores, montaña. No se tiene noticia de erupción volcánica reciente
1835, pág. 317) «hacia 1460». en Corvo, pero en la isla Flores hay un pico con cráter.
364 ALEJANDRO DE HUMBOLDT.

esta probabilidad, y entre marinos las ilusiones fantásti- certidumbre un mismo mito geográfico en la dirección
cas son más comunes, porque el aspecto de un litoral les de Oriente á Occidente. Comencemos por las columnas
produce impresiones más fuertes y duraderas. de Hércules, que en tiempos aun más antiguos eran lla-
Corvo no es en absoluto el p u n t o m á s occidental del madas de Saturno ó de Briareo.
archipiélago de las Azores, pues está á 3' 5 " en arco A l hablar Strabón de la fundación de Gades por los
más oriental (1) que Plores; pero al volver los buques Tyrios, discute con mucha sagacidad y despreocupa-
del Brasil, de Méjico y de las A n t i l l a s , favorecidos por ción lo que debe entenderse por el nombre de columnas,
el Gulf Stream (corriente de a g u a caliente del A t l á n - y pregunta si fueron monumentos levantados por mano
tico), pasan con preferencia á la vista de la isla más sep- del hombre, que dió su nombre á los sitios j u n t o á los
tentrional, la de Corvo. cuales los colocó. Habla con este motivo «de altares, de
L a forma de una roca del cabo noroeste no pudo re- torres y de columnas» á propósito para los límites de
cibir su significación misteriosa sino después del descu- un viaje (lib. i n , pág. 1 7 1 ) ; pero el geógrafo de A m a -
brimiento de América y en u n a época en que el comercio sia no emplea las palabras imagen 6 estatua de H é r c u -
era más activo y el mar de las Azores estaba más fre- les. E s t a s palabras pertenecen á un pasaje de un comen-
cuentado. E s t a circunstancia puede explicar hasta cierto tario que E u s t a t h e s añadió al texto de Dionisio de
punto el silencio de los autores de los siglos x v y x v i ; Charax, el Periegetes (1).
pero también puede ser que, en u n archipiélago repre- Sabido es que los árabes se ocuparon mucho de H é r -
sentado ya en el mapa de Bianco con la denominación cules, á quien sin cesar confundían con Alejandro,
árabe de Bentufla, haya contribuido alguna noción v a g a ó mejor, con un personaje bicornio, Dhulcarnaxn, que
de tradiciones conservadas entre los geógrafos orienta- abrió el estrecho de Cádiz, y cuya era asciende al
les (el scherif Edrisi, E b n - a l - V a r d i y Abdorraschid ó tiempo de Abraliam. E l geógrafo de la N u b i a , cuyos
Bakui) á dar celebridad á la f o r m a rara de la roca de testimonios reúno en una sola nota ( 2 ) , refiere que
Corvo.
Pláceme observar la filiación no interrumpida de las
ideas que desde la más remota antigüedad griega, h a s t a (1) EUST., Conivi., 6 4 , 1 0 (BERXHARDY, Geogr. grasei min.,
los portulanos del veneciano P i z z i g a n i , han atravesado tomo i, p4g. 96). Estas estatuas del Hércules Tirio no estaban
en el interior del templo de Gades, según dice I'hilostrato,
la E d a d Media, y que los árabes transmitieron á los
quien , no reconociendo los caracteres púnicos de las colum-
geógrafos de Italia; aunque sea raro poder seguir con nas metálicas del templo, añade (y la observación me parece
muy notable) que estos caracteres no eran ni indios, ni egip-
cios. Phil., in Vita Apoll. Tyan., v, 5. (Opp. eil Olear., pág. 190.)
(1) Mapa de Tofino, corregido con arreglo álas observacio- (2) Memorant autem in qualibet ex dictis insulis (Perenni-
nes cronométricas de Mr. Degenes: Corvo, 33° 31' 4". Flores, bus) cerni statuam lapidibus constructam et unamquamque
33° 36' 34".
statuam esse longitudinis centum cubitorum, et super quamli-
había seis estatuas colocadas en las orillas del mar; la fanal, para dirigir los barcos y hacerles saber que más
más oriental en Andalucía, en Gades; las otras en las allá no hay camino.»
islas del mar Tenebroso, en las Canarias (Khalidát), ha- Comparando estos dos pasajes de Edrisi y de Bakui
ciendo señal á los navegantes para que no fueran más allá. con otro de la geografía de E b n - a l - V a r d i ( 1 ) , donde
Yakuti, natural de Bakú y que por ello se le llama dice claramente «una de las estatuas colocadas en las
Bakui, dice lo mismo: «Las islas Khalidát (él las llama islas K h a l i d á t ó Canarias, sobre la cumbre de una mon-
Dgialidat), situadas á la extremidad del Mogreb (de taña, por Saad A b u k a r b , el Hermiarita, el mismo que
Africa), donde los sabios fijan el primer grado de longi- Dhulcamaini>, se ve que el mito de los geógrafos árabes
tud, son en número de seis. E n cada una de ellas hay
se refiere al Hércules de los orientales. Admitiendo seis
una estatua de cien codos de altura, que es como u n
estatuas ó imágenes de Hercules, se multiplicaban las
marcas ó señales para los navegantes, como Palepha-
tos (cap. 32) y Hésychio multiplican las columnas hasta
bet statuam kaberi simulacrum íeneum retro manu innuens. el número de 304.
HÍE status sunt sex: et unaillarum, uti Fertur, est idolum También como reminiscencia de estas tradiciones ára-
Cades quas est ad occidentalem partem Andalusiaj, et nemo bes, según observa juiciosamente M r . Buache, puso
novit ullam habitátionem ultra illas.» Edrisi, pág. 6.—«Ab Ín- Pizzigano, en el siglo x i v , en u n mapa de su portulano
sula Majed orientem versus, ad insulam Saba est iter trium
brevium dierum. In hac autem Ínsula conspiciuntur simulacra y entre las islas Brazie ó Azores, un medallón tras del
aliquot at litus maris, erecta dextene, quasi innuant aspicienti, cual aparece una figura con una banderola en la mano en
ac dicant: Revertere illuc unde venisti, quoniam nulla est á la que hay una inscripción, y haciendo señales hacia el
tergo nostro tellus quam adire possis.» Edrisi, pág. 37. El Sio-
E s t e con la otra mano, sin duda para detener á los na-
nita traduce estas islas Khalidát por Insulce perennes, pero el
derivado Jihuld, aplicado á Paraíso (jardín de la eternidad), vegantes (2).
prueba bien que se debería traducir como lo hace Mr. Freitag,
Insulte fortúnate. El primer pasaje de Edrisi me inspira al-
(1) L. c., pág. 55. Véase Edrisi, pág. 71, donde habla de lo
guna duda acerca del simulacrum de bronce que sirve de base
á una estatua. He consultado á mi colega de la Academia de compañeros de Dhulcamam, muertos por los habitantes del
Berlín, el sabio orientalista Mr. Wilken, y examinando el texto mar Tenebroso.
(2) M. Buache ha creído descifrar lo siguiente, en latín bar-
original, opina que debe traducirse de este modo: Además del
baro y en parte ininteligible : «Has sunt s t a t u s q u s stant ad
ídolo (sanam) de cien codos, hay en estas islas una figura de
ripas Antillice ; quarum q u a in fundo ad securandos homines
bronce.» FauJta, no significa sólo encima, sino también pretcer.
Malte Brun (Preois. de la Geogr., t. x, pág. 531) ha confundido navigantes, quarte est fusum adista maria quosquepossmt na-
las Cananas y las Azores. Las comunicaciones con las primeras vigare et foras porrecta statua est mare sorde quo nonpossunt
nunca quedaron interrumpidas en los siglos X i n y x i v (AL- intrare nauta » Zurla rechaza lo impreso en cursiva, no lee
B E R T U S M A G N U S , De mt. locor., lib. II, cap. 5; BOCAGE, CO-
el nombre Antillia y cree reconocer en las últimas líneas: «est
ment• de la Divina Comedia, II, 331.) mare sotile (paréceme mejor subtile, para aqua tenuis ó mare
breve) quo no poxit tenebant naves.» El exterior del medallón,
Se ve, pues, cómo el límite de estos parajes «quaj A n t e s de terminar lo relativo al Archipiélago de las
non amplius navigabilice s u n t propter brevitatem m a r i s islas Azores, añadiré algunas reflexiones acerca de las
et camum et algam» ha ido retrocediendo progresiva- monedas fenicias encontradas en la isla de Corvo y des-
mente hacia el Oeste. L a astucia de los fenicios lo colocó critas por M r . Podolyn, y del monumento de la isla de
primero junto á las columnas de H é r c u l e s ; Scylax lo San Miguel, de que habla el cosmógrafo A n d r é s Thevet.
señala cerca de Cerné (Gauleón); la E d a d Media, si- Refiere Mr. Podolyn que, durante una tempestad, la
guiendo las huellas de los árabes, cerca de Azores, donde resaca de las olas puso al descubierto una gran vasija
el banco de fucus (el mar de Sargazo) f u é visto antes de rota, dentro de la cual había algunas monedas. Las lle-
Cristóbal Colón. varon á u n convento, donde, desgraciadamente, fueron
Conforme á la serie de hechos, ó mejor dicho, de opi- distribuidas muchas entre personas curiosas. Nueve d e
niones que acabo de exponer, parece ser, al menos, muy ellas las enviaron á Madrid al P . Flores, quien las re-
probable que las imágenes de Hércules y la supuesta es- galó á M r . Podolyn. N o cabe duda, en vista de los di-
tatua de Corvo pertenezcan á un mismo ciclo de geo- bujos publicados en las Memorias de la Sociedad de
grafía sistemática. Pero la dirección de la mano, el Gothemburgo, que estas monedas de oro y cobre, donde
gesto, debió cambiar desde que el intrépido genovés figuran una cabeza de caballo, un caballo completo ó
hizo desaparecer el temor á los escollos del mar Tene- u n a palmera, son unas cartaginesas y otras cyrenaieas,
broso. y recientemente han sido comparados sus dibujos con los
de monedas conservadas en el gabinete del Principe R e a l
de Dinamarca. Pero aun suponiendo que el hecho de la
tras del cual se ve de medio cuerpo la persona, presenta dos vasija rota, descubierta en la isla de Corvo, esté bien
figuritas que están, al parecer, dentro del mar con agua hasta comprobado, no es absolutamente preciso admitir que los
las rodillas.
cartagineses hubieran llevado dichas monedas. Sabemos
Digno es de llamar la atención que los geógrafos árabes,
consecuentes con el principio de determinar los limites de la que los árabes y los normandos visitaron las Azores du-
navegación, admitieran también hacia el Norte de Europa esta- rante la Edad Media, y pudieron llevar consigo desde
tuas parecidas á las de Canarias. En Bakui (Extr. des Man., las costas de Sicilia ó de Túnez monedas púnicas ó cy-
tomo II, pág. 529) encuentro lo siguiente: «En una isla próxima
renaieas, porque de las primeras acuñaron gran número
á Bardmila hay una elevada montaña, y sobre ella una estatua
anunciando que no se puede ir más lejos en la mar.» Bardmila, en Sicilia, principalmente en Panormo, fundada pol-
pais de los Francos (cristianos), lo sitúa Bakui entre Irlanda y los fenicios. Del mismo modo se han encontrado con
el pais de Khozar, /bañado por el Athel (Volga). «El árbol frecuencia monedas árabes en las islas y en el litoral del
manca, que se cría en la isla de Bardmila, y cuya sustancia
encerrada entre el centro del tronco y la corteza, es comesti- Báltico.
ble», me parece ser el pino, cuya parte blanca comen por ne- D e estas dos hipótesis, la segunda, ó sea la del trans-
cesidad, y á guisa de pan, algunas veces los escandinavos. porte de las monedas por los árabes .ó por los norman-
dos, es la que h a parecido más probable á Malte las más orientales del Archipiélago de las Azores.
B r a n (1). Debería sorprender, sin embargo, que nave- A l nombrar esta última isla, debo referir u n hecho
gantes de la Edad Media hubieran depositado en las íntimamente ligado con el asunto que examinamos. A n -
Azores solamente monedas púnicas y cyrenaicas, sin drés Thevet, cosmógrafo del rey Enrique I I I , visitó en
mezcla de ninguna otra de distinto origen. Como la la segunda mitad del siglo xvi las fuentes termales de
fuerza de los vientos logra con frecuencia dominar la de la región de San Miguel, trastornada por erupciones
las corrientes, no se puede negar en absoluto que, h a - volcánicas en 1449, cerca de la Algoa da Sete Cidades, y
ciendo el comercio del estaño y del electrum, algunos con su estilo ingenuo y difuso (1) describe las caver-
barcos fenicios ó cartagineses se desviaran de su ruta á
través del Sinus (Estrymnicus, y fueran llevados á las (1) He aqui el curioso pasaje de la Cosmografía de Thevet, li-
costas de las Azores; pero ¿cómo es posible encontrar la bro XXIII, cap. 7 (edic. de 1575, pág. 1.022): «Estas islas del
huella de tal suceso en la isla casi más occidental del Atlántico han sido llamadas Essores; también essorer es pala-
bra francesa que significa lo mismo que enjugar ó secar'ó po-
Archipiélago, donde toca la parte del Gulf Stream que
ner al aire alguna cosa. Son nueve islas. En la de San Miguel,
se dirige de Oeste á Este? ¿Pasaron los barcos más hacia la parte del Septentrión y en la orilla del mar, regis-
allá de las Azores al Norte del paralelo de 40° y entra- trando entre las rocas los primeros que la descubrieron halla-
ron en la corriente al Oeste de Corvo y de Flores? L a ron un agujero de diez pies de alto y otro tanto de ancho; des-
pués de llegar hasta él, atreviéronse algunos á entrar dentro
solución sería más fácil si la vasija liubi&ra sido descu- con hachones, creyendo encontrar grandes tesoros; pero vieron
cubierta en las islas de S a n t a María y San Miguel, tan sólo dos monumentos de piedra; cada uno tenía lo menos
doce pies y medio de largo y cuatro y medio de ancho. Los que
(1) Precis. de fíeoi/r., t. X, pág. 596. En el siglo XVI hablóse han visto estos monumentos, trabajados bastante toscamente,
también mucho de una moneda con la efigie de Julio César, me aseguraron no tener rastros de inscripciones, ni otra señal
encontrada, según se decía, en una mina de América, y que de antigüedad sino el retrato.de dos grandes culebras que ro-
Juan Rufo, obispo de Cosenza, envió al Papa (HOEN., De Orig. deaban los dichos monumentos y con ellas algunas letras he-
Aviericanoriim, pág. 23). Ya el grave Ortelio dijo satírica- braicas de tamaño de cuatro dedos, y tan antiguas que apenas
mente que «la moneda la había perdido el mismo que la en- se podían leer; pero un moro, natural de España, hijo de
contró». judío, hombre versado en las lenguas, las pinta tales y como
aqui las presento, dejando la interpretación de las mismas á
Respecto á las monedas.púnicas de la isla de Corvo que los que profesan la lengua de los hebreos. Y por esto puede
Mr. Podolyn cree fueron dejadas allí por cartagineses náufra- juzgarse que dicho pueblo hebreo habitó, no sólo en el país de
gos, puestos después en comunicación con la Metrópoli, es sen- Judea, sino en todo el universo.»
sible que se ignore en absoluto cuál era la época y el estilo de
la construcción del edificio de piedra donde estuvo la vasija Á esta relación sigue la de la muerte de muchas personas
que contenía las monedas, porque al destruir este edificio las que «por filosofar y visitar las cosas más raras de la isla, entra-
olas embraveeidas fué. descubierta la vasija-en 1749. Creo la ron en está profunda gruta y no salieron de ella, de modo que,
verdad del hecho por la sinceridad con que lo refiere el padre por miedo á accidentes idénticos, fué cerrada con un muro la
Flores, de Madrid. entrada».
ñas donde, al llegar por primera vez los portugueses, nos nombres propios numídicos ó púnicos. I n ú t i l es, por
vieron «un monumento de piedra de doce píes de largo, t a n t o , insistir en un hecho cuya verdad no se puede com-
en el que había esculpidas dos grandes culebras y letras probar. Parece natural que si el moro inventóla inscrip-
hebraicas, que leyó, pero no interpretó, un moro natural ción, le hubiese dado un sentido preciso y sentencioso,
de España, hijo de judío.» expresado en caracteres hebraicos.
Como Tlievet, que formalmente traduce Insulas A c - El recuerdo de las islas del Brasil ó Brazie, que d u -
cipitrum (Azores) por Islas del Viento, es uno de los rante tanto tiempo anduvieron errantes en los mapas, se
viajeros más desprovistos de crítica, nada nos dice acerca ha conservado hasta nuestros días en Brasil Rock, seña-
del año en que esta caverna f u é murada, y cómo pudo lado en los bellos mapas ingleses de Purdy, 6 o al Oeste
copiar el moro una inscripción que, como ingeniosamente de la extremidad más austral de Irlanda,
observa M r . Viken ( 1 ) , podía muy bien tener a l g u - E n los mismos parajes, ó más bien, entre Irlanda,
Terranova y las Azores aparecen desde principios del
siglo xvi en los mapas de J u a n de la Cosa (1500), de
(1) Las inscripciones de Tlievet que me mandáis, me escribe
el sabio orientalista, no carecen de interés, y parece que hasta la edición de Ptolomeo (1522) y de Rivero (1529) con
ahora han llamado poco la atención. Sensible es que no tenga- igual incertidúmbre de posición, Mayda ó Asma'ides (1)
mos una copia exacta de los caracteres para juzgar su antigüe-
dad y su origen. No resulta claro si la inscripción estaba en
hebreo puro, lo que es poco probable, ó si el moro, hijo de
inscripciones fenicias se encuentran á veces escritas con letras
judio, la hizo pasar de una escritura á otra. La frase de Thevet,
griegas, y que el famoso pasaje púnico de la comedia de Plauto
«los caracteres eran tan antiguos que apenas se podían leer»,
(el Pwnvlus), aunque constantemente escrito con caracteres
es muy vaga. Aunque algunas letras del alfabeto fenicio tienen
latinos en todos los manuscritos de Plauto, sin embargo, lo
semejanza con el hebreo puro, por ejemplo, en la leyenda Ka-
imprimieron á principios del siglo XVII en letras hebraicas
rat khadaschath d'Ekhel (Doctr. nummorum, vet. P. CLV, t. II,
Felipe Parens y Samuel Petit. La transformación de un carác-
número 5), 110 debe suponerse que el moro pudo descifrar la
ter en otro es sin duda fácil, pero convengo con Mr. Wilken
frase entera. Si la inscripción era árabe, en caracteres cúficos,
en que es muy poco verosímil que el moro pudiera leer toda
debía ser fácil á un hombre de sangre africana trasladar éstos
la inscripción púnica.
á caracteres hebraicos. Lo mismo en fenicio que en árabe se
encuentra Makhtsal, que por la terminación en sal recuerda los (1) Benedicto Bordone (Isolarlo. 1533, pág. 18) pone mu-
nombres propios numídicos, por ejemplo, el de tíiempsal. Lo chas islas Asmeídes y Lorenzo Anania (Fábrica del Mundo,
mismo podría leerse Taal ó Baal ben; Martliarbaal ó Mathad- pág. 303); sitúa Granozzo y Máida un poco al Oriente de Terra-
baal, nombres púnicos bien conocidos ( T I T O L I V I O , X X I , 1 2 , nova, casi en el punto donde en el mapa de Juan de la Cosa
45; P O L Y B I O , I I I , 84; A P P I A N O , Bellum Annibal, cap. 1 0 ) ; está la Isla Verde, porque la gran isla de Trinidad, de Cosa, no
pero convengo en que, dada la escasa confianza que inspira la parece idéntica á Terranova. Hacia estas regiones boreales hi-
exactitud de la copia inserta en la Cosmografía de Thevet, cieron los geógrafos del siglo xvi avanzar progresivamente la
cualquier interpretación es arriesgada. Añadiré á estas obser- fabulosa isla de los Demonios, situada al principio frente á las
vaciones que en las piairas esculpidas de origen oriental, las, costas de África. Andrés Thevet ha dado «el retrato» de esta
isla, donde fué desterrada una señorita bretona, Margarita de
é Isla Yercle. U n a y otra están señaladas en los mapa-
mundi modernos, con los nombres de Mayda y Green
Rokc, como peligros inciertos.

Roberval, y donde, según parece, tuvo desagradables aventu-


ras (Cosm, univ., pág. 1019). Á fines del siglo xvi considerá-
base la isla de Terranova dividida en dos partes por un brazo XXI.
de mar. Comparando la isla de los Bacalaos del mapa de la
Nueva Francia de Wytfliet (Descr. Ptolm. Augm., pág. 158)
con el mapa «de un gran capitán de Dieppe» (RAMUSIO, t. II, Probables comunicaciones entre ambos mundos, á causa de las
pág. 353), se ve que, á la parte septentrional, le llama este ca- corrientes atmosféricas y oceánicas.
pitán isla de los Demonios. La opinión de Malte Brun, de que
la isla de la Mano de Satán (el Satanaxio de Andrés Bianco,
Sarastagio de Bedrazio) es esta isla de los Demonios de los ma-
Acabamos de ver de qué suerte se mezcla en las
pas españoles y franceses, no me parece probable (Preeis. de
Geogr., 1.1, pág. 531). La aparición de islotes volcánicos, tan tradiciones geográficas y en las relaciones de los viaje-
frecuente en 1638 y 1811 alrededor de las islas de San Miguel ros, á los recuerdos de los descubrimientos reales y posi-
y de San Jorge en las Azores, pudo muy bien originar aquel tivos, lo que sólo es pura ficción, y que el imperio de
nombre. ésta, basado en creencias de la m á s remota antigüedad,
se extendió en la E d a d Media sobre todo hacia el Oc-
cidente. Si dicha nueva dirección, y el inveterado error
de la extensión de Asia hacia el Oriente, abrieron la vía
para los descubrimientos de Colón, otras causas, poco
importantes en la apariencia y h a s t a ahora mal explica-
das, no contribuyeron menos á inspirar confianza al ma-
rino genovés.
Pongo entre estas causas que le alentaron, el hecho
tan conocido de los objetos arrojados por el mar sobre las
costas de las Azores, de P o r t o . S a n t o , y de las islas Ca-
nariás, y considerados como indicios de la probable exis-
tencia de tierras habitadas en las regiones occidentales.
Algunas consideraciones de geografía física que el
estado actual de los conocimientos nos permite exponer,
aclararán de nuevo el indicado fenómeno.
é Isla Yercle. U n a y otra están señaladas en los mapa-
mundi modernos, con los nombres de Mayda y Green
Rokc, como peligros inciertos.

Roberval, y donde, según parece, tuvo desagradables aventu-


ras (Cosm, univ., pág. 1019). Á fines del siglo xvi considerá-
base la isla de Terranova dividida en dos partes por un brazo XXI.
de mar. Comparando la isla de los Bacalaos del mapa de la
Nueva Francia de Wytfliet (Deser. Ptolm. Augm., pág. 158)
con el mapa «de un gran capitán de Dieppe» (RAMUSIO, t. II, Probables comunicaciones entre ambos mundos, á causa de las
pág. 353), se ve que, á l a parte septentrional, le llama este ca- corrientes atmosféricas y oceánicas.
pitán isla de los Demonios. La opinión de Malte Brun, de que
la isla de la Mano de Satán (el Satanaxio de Andrés Bianco,
Sarastagio deBedrazio) es esta isla de los Demonios de los ma-
Acabamos de ver de qué suerte se mezcla en las
pas españoles y franceses, no me parece probable (Preeis. de
Geogr., 1.1, pág. 531). La aparición de islotes volcánicos, tan tradiciones geográficas y en las relaciones de los viaje-
frecuente en 1638 y 1811 alrededor de las islas de San Miguel ros, á los recuerdos de los descubrimientos reales y posi-
y de San Jorge en las Azores, pudo muy bien originar aquel tivos, lo que sólo es pura ficción, y que el imperio de
nombre. ésta, basado en creencias de la m á s remota antigüedad,
se extendió en la E d a d Media sobre todo hacia el Oc-
cidente. Si dicha nueva dirección, y el inveterado error
de la extensión de Asia hacia el Oriente, abrieron la vía
para los descubrimientos de Colón, otras causas, poco
importantes en la apariencia y h a s t a ahora mal explica-
das, no contribuyeron menos á inspirar confianza al ma-
rino genovés.
Pongo entre estas causas que le alentaron, el hecho
tan conocido de los objetos arrojados por el mar sobre las
costas de las Azores, de P o r t o . S a n t o , y de las islas Ca-
nariás, y considerados como indicios de la probable exis-
tencia de tierras habitadas en las regiones occidentales.
Algunas consideraciones de geografía física que el
estado actual de los conocimientos nos permite exponer,
aclararán de nuevo el indicado fenómeno.
«Afirmábase el Almirante en este pensamiento (el de
en efecto, que hay cañas enormes en las partes orienta-
descubrir islas ó tierra para continuar con m á s facilidad
les de las Indias.
sus designios), dice D . F e r n a n d o Colón ( V i d a del Al-
Los habitantes (colonos) de las Azores decían que,
mirante, cap. YIII), con la lección de algunos libros de
cuando el viento soplaba del Oeste, el mar arrojaba, es-
ciertos filósofos, que decían, como cosa sin d u d a , que
pecialmente en las costas de las islas Graciosa y Fayal,
la mayor parte de nuestro globo estaba seca, de que in-
pinos de una especie desconocida. A estos indicios aña-
faliblemente se seguía haber más tierra que agua. De-
dían algunos que u n día encontraron en la playa de la
más que oyó decir á muchos pilotos hábiles, cursados
isla de Flores dos cadáveres de hombres con facciones y
en navegación de los mares occidentales, á las islas de
fisonomía completamente distintas .de los de nuestras
los Azores y á la de M a d e r a , por muchos años, cosas
costas. ( H e r r e r a , acaso tomándolo de los manuscritos
que le persuadían de que e'l no se engañaba, y que h a -
de L a s Casas, dice que aquellos cadáveres de cara larga
bía tierras desconocidas hacia Occidente. Martín V i -
no parecían ser de cristianos.)
cente, piloto del Rey de P o r t u g a l , le dijo q u e , hallán-
L o s habitantes del cabo de la Verga (1) dijeron t a m -
dose á 450 leguas hacia Occidente del cabo de San Vi-
bién á Colón «que habían visto almadías ó barcas cu-
cente, había sacado del agua un madero perfectamente
biertas, llenas de hombres de u n a raza de que nunca
labrado, y no con hierro, que el viento de Poniente h a -
oyeron hablar.»
bía traído; y concluía, que en esta parte había infalible-
E l transporte de estos objetos (bambúes, troncos de
mente algunas islas no conocidas. P e d r o Correa, cuñado
pino, cadáveres h u m a n o s , barcas llenas de personas vi-
del A l m i r a n t e , le dijo que él había visto hacia la isla de
vas), depositados por las aguas del Océano en las playas
Puerto Santo una pieza de madera, semejante á la pri-
de las islas Azores, fueron atribuidos, según hemos visto
mera, venida de la misma parte de Occidente; y añadía
en el párrafo copiado de la Vida del Almirante, á la ac-
saber del Rey de P o r t u g a l que hacia la misma isla se
ción de los vientos del Oeste. E s t a explicación no es sa-
habían hallado en el agua cañas tan gruesas, que de
tisfactoria, por no fundarse en hechos bien observados.
nudo á nudo cabían en ellas nueve garrafas de vino.»
H e r r e r a (déc. i , lib. i , cap. n ) asegura que el Rey ha-
bía conservado estas cañas y se las mostró á Colón- saje que está casi imitadode Plinio (vn, 2): «In India h¡ee fa-
Ptotolomeo en el lib. n (1) de su Cosmografía, dice, cit ubertas soli, temperies cceli, aquarum abundantia, ut sub
una ficu (Banian tree, en sánscrito ni/akrúdha. Ficus religiosa.
Linn.), turmas condantur equitum. Arundines vero t a n t a pro-
ceritatis, ut singula internodia álveo navigabili ternos inter-
(1) Es el libro primero (pág. 17, MERCAT) donde Ptolomeo dum homines ferant.»
habla de la región de los Seres, más allá de los Sines, donde (1) Sin duda un cabo de las islas Azores, porque Herrera
los pantanos están llenos de grandes cañaverales por medio de dice «que estas almadias con casa movediza que nunca se hun-
los cuales los habitantes pueden pasar algunos rios. Es un pa- den, venían á parar á las islas Azoresn.
L a verdadera causa del transporte es la gran corriente
en las costas de xVfrica, fueron arrojados á las mismas
de agua caliente conocida con el nombre de Gulfó Flo-
costas después de atravesar dos veces el Atlántico, una
rida Stream. L o s vientos del Oeste y del Noroeste no
de E s t e á Oeste entre los grados 2 y 12 de latitud á fa-
hacen más que aumentar la velocidad media del río pe-
vor de la corriente ecuatorial, y otra de Oeste á E s t e , por
lásgico, prolongar su acción hacia el E s t e , hasta el golfo
medio del Gulf Stream, entre los 45° y 55° de latitud.
de Vizcaya y mezclar las aguas del Gulf Stream con las
Durante las calmas, esta última corriente, viniendo del
de las corrientes del estrecho de Davis y del Africa sep-
cabo H a t t e r a s , termina en el meridiano de la gran ban-
tentrional (1). E l mismo movimiento oceánico que en
d a de sargazo ( F u c u s n a t a n s ) , colocado un poco al
el siglo xv arrojaba bambúes y pinos en el litoral de las
Oeste de Corvo; pero cuando empiezan á dominar los
Azores y de Porto S a n t o deposita (2) anualmente en
vientos del Oeste ó por otras causas meteorológicas eleva
Irlanda, en las Hébridas y en Noruega semillas de plan-
la corriente el nivel de las aguas en el golfo de Méjico ó
tas tropicales ( M i m o s a scandens, Guilandina bonduc,
en el canal de B a h a m a , Gulf Stream envuelve las islas
Dolichos urens), algunas veces hasta toneles bien con-
de Corvo y de Flores, dividiéndose en dos brazos, uno
servados llenos de vino de F r a n c i a , restos de cargamen-
que va hacia el N E . y otro hacia el S S E . (1).
tos de barcos naufragados en el mar de las Antillas.
L a s islas Graciosa y F a y a l , que nombra Colón parti-
Los restos del buqae de guerra The Tilbury, que se incen-
cularmente como puntos donde el mar arrojaba troncos
dió cerca de Jamaica, llegaron por el Gulf Stream á las
de pinos de u n a especie desconocida, son las más próxi-
costas de Escocia. Y aun hay hechos m á s notables: ba-
mas á las de Corvo y F l o r e s , y, por t a n t o , las prime-
rriles de aceite de palma que formaban parte de un car-
ras que reciben lo que la corriente lleva, cuando á los
gamento de barcos ingleses, naufragados en cabo López,
30 s / 4 ° y 32'/ 2 ° de longitud occidental se inclina hacia
el S S E . E s t o s pinos procedian, sin d u d a , ó de las pe-
(1) Empleo la nomenclatura de Rennell, y echando una queña Isla de Finos en el banco de la Tortuga al Oeste
ojeada al mapa general anejo á la Investigation of the Cu- de las Mártires, ó de la parte N O . de la isla de Cuba,
rrents of the Atlantic Orean, se comprende lo que digo en el donde cerca de Cayo de M o a (2), vio Colón por pri-
texto acerca de la mezcla de las aguas de distintas corrientes.
(2) En Noviembre de 1834 llegó á las playas de Southport
una botella arrojada al mar, al E S E . del cabo Codd á
(1) Véase el testimonio reciente de M. Boid (Descrip. of the
los 40'/2° de latitud y á los 70° 20' de longitud, en Marzo de
1833. La falsa persuasión, muy generalizada entre ¡os pilotos, Azores, 1835 pág. 96).
de que el Gulf Stream no ejerce acción al este de las Azores, (2) «Colon, dice Las Casas en el extracto del Diario del pri-
ocasiona muchos naufragios en las costas occidentales de Ir- mer viaje (domingo 25 de Noviembre de 1492), vido piñales tan
landa. Los barcos que no se valen de cronómetros, ó de distan- grandes y maravillosos, que no podia encarecer su altura
cias lunares, llegan á tierra, por error de estima, más pronto y derechura como husos gordos y delgados, donde conosció que
de lo que esperaban. (Mechanic.s. Mag., 1834, pág. 208). se podían hacer navios é infinita tablazón y masteles para las
mayores naos de España.» He manifestado ya en otro sitio que
mera vez, y con g r a n d e admiración, la primera conifera confundirse con ningún otro, que sin duda había sido
de los trópicos, ó de las costas de Santo Domingo donde, arrancado de la costa de P a r i a ó de la de Honduras si-
según la observación de M. Baratar o , cerca del cabo guiendo el gran vorlex del golfo de Méjico y del canal
8 a m a n a , descienden los pinos basta la llanura. de Bahama.
M á s sorpresa podrían causar las cañas de bambú (gua- E n el estado medio de los movimientos del A t l á n -
dua de las A n t i l l a s y de toda la América equinoccial), tico (1), los ríos pelásgicos, que distinguimos con los
llevadas por las corrientes á las costas de Porto-Santo,
porque alrededor de esta isla las aguas se mueven gene-
ralmente hacia el S . y S S E . y reciben la misma direc- (1) No carece de interés para la historia de la geografía fí-
sica recordar la sagacidad con que los marinos del siglo XVI re-
ción desde el paralelo del cabo de Finisterre. conocieron ya las relaciones de determinados movimientos del
Pero un ejemplo que data del principio de mi viaje á Atlántico desde el cabo de Buena Esperanza hasta las islas
América prueba que de vez en cuando el Gxdf Streuin Azores. Colón no había navegado al Norte de la isla de Cuba,
al Oeste del meridiano de la Providencia de la Grande Abaco;
de las Azores comunica con la corriente de Guinea ó del
pero conocía la corriente ecuatorial, á la cual atribuía los uten-
Norte de A f r i c a , y lleva troncos de árboles del nuevo silios «de nuestras costas de España» arrojados á la costa de
continente hasta las islas Canarias. Poco antes de mi Guadalupe (Vida del Almirante, cap 46; Anghiera, Ocean.,
llegada á Tenerife el mar había depositado en la rada p ig. 27); había experimentado también la fuerza de las corrien-
tes de Honduras y del canal Viejo, sin haber pasado nunca por el
de Santa Cruz un tronco de Cedrela odorata, cubierto
canal de Bahama ó de la Florida. La impetuosidad del movi-
d e corteza y liqúenes, árbol americano que no puede miento de las aguas que salen del golfo de Méjico no fué reco-
nocida hasta 1512, cuando la expedición de Juan Ponce de
León (HERRERA, déc. i, lib. ix, cap. 10); y como hasta prin-
los primeros conquistadores designaban también con el nom- cipios del siglo XVII, época del viaje de Bartolomé Gosnold, que
bre genérico de pino el Podoearpus. Herrera (déc. I, lib II, fué directamente ( 1 6 0 3 ) desde Falmouth al cabo Cod, los bu-
cap. 12) lo dice claramente, describiendo el fruto de los pinos ques destinados á la América del Norte pasaron constante-,
del Cibao de Santo Domingo, que parezen azeytunos del Aja- mente por el canal de Bahama, se advirtió pronto la conexidad
rafe de Sevilla. Si el verdadero pino de la isla de Santo Do- «le los movimientos pelásgicos en las costas de Méjico y de la
mingo y de la Isla de Pinos al Sur de Cuba, donde se hallan Florida con los de las costas de Terranova y del golfo de San
reunidos, como dice Aaghiera, pi/tieta y palmeta, es el Piuus Lorenzo, visitados desde 1497 y 1500 por Sebastián Cabot y por
occidentalis y de la misma especie que el pino de Méjico, es Cortereal. El historiador de Felipe II, Herrera, cuyas cuatro
extraordinario que este último no descienda, según mis medi- primeras Décadas se publicaron en 1601, describe el Gulf
das barométricas, entre Méjico y Yeracruz más que á 935 tcee- Stream tal y como lo conocemos (déc. i, lib. ix, cap. 12). «Las
sas, y entre Méjico y Acapulco á 580 tceesas sobre el nivel del aguas de los mares de África y del Atlántico, dice, corren per-
mar. (Relat hist., t. III, páginas 376 y 470.) Conviene que los petuamente hacia la América meridional, y, no encontrando
viajeros fijen la atención en estos hechos para resolver un pro- salida, pasan furiosamente, primero entre el Yucatán y Cuba,
blema que por igual interesa á la geografía botánica v á la cli- después entre Cuba, la Florida y las islas Lucayas, hasta que,
matología. saliendo de un paso tan estrecho como lo es el canal de Ba-
nombres u n poco vagos de Gulf Stream, corriente equi- los vientos; pero por la reunión fortuita de causas me-
noccial y corrientes del golfo de Guinea, del Brasil y del teorológicas á veces muy lejanas, se ensanchan y pro-
Africa meridional, están separados qior aguas tranqui- longan los ríos pelásgicos, inundando, por decirlo asi,
las o estancadas que sólo obedecen al impulso local de espacios de mar faltos de movimientos propios de trans-
lación. E n estos casos las corrientes de distintos nom-
hama, pueden ocupar un espacio más extenso.» Hay más; el bres se mezclan temporalmente entre sí, y producen fe-
punto de vista expuesto en la reciente obra del mayor Eennell, nómenos que debieron sorprender en época en que la
de que el Gulf_ Stream recibe su primer impulso en la punta
meridional de Africa, en el banco de las Agujas (Agulhas ba/ir), geografía física de la cuenca del Atlántico era menos
dirigiéndose hacia el golfo de Guinea al Norte, y después, con conocida que ahora.
la corriente equinoccial del Este al Oeste hacia el cabo de San E n la Historia del descubrimiento de las islas Cana-
Eoque y las costas de la Guayana (Investig. of the currents, of
rias, de J o r g e Glas, publicada en 1764, leemos que, po-
the Atl. Ocean., 1832, pág. 20), encuéntrase claramente indi-
cado en la sabia Memoria de Sir Humfrey Gilbert «sobre la po- cos años antes de su publicación, u n barco pequeño car-
sibilidad de un paso por el N.O. al Cathay y las Indias orienta- gado de trigo, al pasar de la isla de Lanzarote á l a rada
les», Memoria que, por mencionar el mapamundi de Ortelio, de S a n t a Cruz de Tenerife, fué arrastrado por una tor-
debe haber sido redactada en 1567 y 1576. «Como las aguas del
m e n t a f u e r a del archipiélago de las Canarias. L a co-
mar corren cixcularmente de Este á Oeste, obedeciendo al mo-
miento diurno del primum movile (el sol), los portugueses en- rriente equinoccial y los vientos alisios le llevaron hacia el
contraron muchas dificultades para avanzar hacia el Este en Oeste, encontrándole u n barco inglés á dos días de dis-
su trayecto desde el cabo de Buena Esperanza á Calicut: tam- tancia de la costa de Caracas y salvando á los marine-
bién, á causa de la poca anchura del estrecho de Magallanes,
las aguas (que vienen del mar de las Indias al Sur de África) ros canarios que habían sobrevivido, á quienes surtió de
vense obligadas á subir á lo largo de las costas orientales de agua y condujo al puerto de la Guaira (1).
América hasta el cabo Freddo, distancia de más de 1.800 le-
guas.» (HAKLUVT, Voyages, t, u r , pág. 14). ción de las aguas se encuentra al Norte de Terranova, en las
costas de Labrador.
El nombre de este cabo data sin duda de la expedición de Se- En la travesía que en 1526 hizo Diego García desde las islas
bastián Cabot, hecha en 1517, en cuya expedición llegó hasta de Cabo Verde al cabo de San Agustín, atribuyóse la corriente
los 67Vs° de latitud y descubrió la bahia de Hudson (Mem. of dirigida al NO. {el North West equatorial Stream de Rennell)
Sel>. Cabot, páginas 29 y 118; P. ERASER TYLER (Bise, of the
entre los 5 o de latitud meridional y los 10° de latitud boreal, al
Northen Coasts of Am., pág. 41). Sir Humfrey Gilbert nombra
impulso de inmensos ríos de la costa de Guinea (HERRERA,
por segunda vez este Cabo Frío, y le coloca en latitud de 62°
déc. i i i , lib. 10, cap. l.°); explicación errónea que en nuestros
opuesto á Groenlandia» (Hakluyt, t. III, pág. 23).
días ha sido aplicada á las corrientes próximas á la desembo-
Al citar este notable pasaje, es casi inútil la observación de cadura de los ríos de la Plata, Amazonas y Orinoco, porque las
que la corriente, «que sube por las costas orientales de Amé- causas son más lejanas y más generales.
rica», no abarca todo el espacio desde el estrecho de Magalla-
(1) GLAS, Tfíst. of the disc. and eonquest of the Canary Is-
nes hasta el paralelo 62° Norte. La corriente del Brasil, entre
lands, p. V ; V I E R A , Historia general de las islas Canarias,
Babia y Eio de la Plata, se dirige al Sur, y esta misma direc-
tomo II, pág. 167.
quiso eoger, el groenlandés logró escapar. E n 1684 apa-
Suceso semejante ocurrió en 1731 á un barco cargado
reció también un pescador americano, quizá el mismo,
de vino y de algunos comestibles que iba desde Tenerife
cerca de la isla W e s t r a m .
á la G o m e r a : durante muchos días lucho con vientos
contrarios, y abandonado á las corrientes, llegó con seis E n la iglesia de la isla B u r r a se conserva una de estas
hombres de tripulación á la isla de la Trinidad, frente canoas de esquimales, arrojada por una tempestad (1).
á la costa de P a r i a (1). L a comunicación establecida L a distancia del trayecto debe calcularse en cuatrocientas
entre la corriente del Á f r i c a septentrional, dirigida hacia leguas marinas, distancia que con una velocidad de siete
el Sur, y la corriente equinoccial dirigida hacia el Oeste, á ocho nudos por hora, en tiempo tempestuoso, puede re-
obraban, pues, en sentido diametralmente opuesto al que correrse en menos de siete días.
llevó en los siglos xv y X V I I I los troncos de bambú y de E l cardenal Bembo, en su Historia de Venecia, cita el
cedrela á Porto Santo y á Tenerife (2). caso de un barco lleno de indígenas americanos, hallado
Respecto al hecho que más llama la atención, el de por u n buque francés que navegaba en el Océano, no
las barcas cubiertas, tripuladas por hombres de u n a raza lejos de las costas de I n g l a t e r r a (2).
de que nunca se había oído hablar, vistas en las islas
Azores, la historia presenta muchos ejemplos exacta- (1) "Wallace dice que los esquimales llegaban en canoas de
mente iguales. James W a l l a c e refiere en su Historia de cuero; pero Mr. Giseke, que ha vivido largo tiempo en Groen-
landia, me asegura que estas canoas se reblandecen cuando
las islas Orcades, que algunas veces, impulsados por las están muchos días en agua del mar. Asegura, además, que los
corrientes y los vientos del Noroeste, llegaron groenlan- esquimales del Labrador jamás atraviesan el canal entre el La-
deses á aquellas islas, cuyos habitantes les llamaban brador y Groenlandia.
(2) «Non me piget inter base ejusdem temporis rem dignam
Finn-men. Vióse uno de ellos en 1G82 en la punta meri-
propter novitatem, qute legentibus nota sit, scribere. Navis
dional de la isla de E d a , reuniéndose mucha gen Le para gallica dum in Océano iter non longe á Britannia faceret, na-
gozar de tan extraño espectáculo; pero cuando se le viculam es mediis abscissis viminibusarborumque libro solido
contectis Eedificatam cepit; in qua homines erant septem vie-
dioeri statura, colore subobscuro, lato é patente vultv, cicatri-
( 1 ) G U M I L L A , Orinoco ilustrado, cap. 31. ceque una violacea signato: hi vestem habetant épiscium corio,
(2) El historiógrafo do Canarias, Viera (t. r, parte n i ) , re- maculis eam variantibus. Coronam é culmo pictam septem
fiere que en muchas ocasiones ha arrojado el mar á las costas quasi auriculis intextam gerebant. Carne vescebantur cruda,
de las islas de Hierro y Gomera frutos y semillas procedentes sanguinemque, *uti non vinurn, bibebant, Eorum sermo inte-
de árboles indígenas de América. Antes del descubrimiento lligi non poterat: ex iis sex mortem obierunt, unus adolescens
del Nuevo Continente, suponían los Canarios que estos frutos in Aulercos, ubi rex (Gallias) erat, vivus est perductus.» BEM-
eran procedentes de la isla de San Brandón. La mejor prueba BO, llist. Ven., lib. VIL, pág. 257 (edic. 1718). En este cuadro,
de las ramificaciones temporales de los ríos pelásgicos es el fe- un poco recargado, fácil es conocer la raza de los esquimales,
nómeno de transporte de producciones vegetales de las Antillas más extendida acaso hacia el Sur que en nuestros días. A me-
á las costas de Noruega, de las Hébridas, de Irlanda y de las dida que la población indígena ha ido disminuyendo en el lito-
Canarias. 25
Cuatro años antes, en 1504, algunos pescadores de
y Plinio repite, que siendo procónsul en las Galias Me-
Bretaña fueron sin duda llevados accidentalmente á las
telo Céler, recibió como regalo del Rey de los Boii ó Baeti
costas del Canadá (1).'
(el nombre es incierto y Plinio le llama Rey de los sue-
Otros ejemplos de traslaciones involuntarias corres-
vos), algunos indios que, arrastrados fuera del mar de la
ponden á la E d a d Media y han sido citados con frecuen-
India por las tempestades, llegaron á las costas de Ger-
cia á causa de un pasaje celebre de los fragmentos
mania. I n ú t i l es discutir aquí de nuevo si este Metelo
históricos de Cornelio Nepote (2), pasaje que llamó mu-
Céler es el mismo que fué pretor de Roma el año del
cho la atención pública cuando se buscaba un paso al
consulado de Cicerón, é inmediatamente después de éste,
Noroeste en la navegación á la India. Pomponio Mela,
cónsul con L . Afranio, ó si el Rey germano era Ario-
que vivió en e'poca próxima á Cornelio Nepote, cuenta,
visto, vencido por Julio César. Lo que está fuera de
duda, por la relación de ideas que conducen á Mela á
ral, la navegación costera, ocasionada á aventuras extraordina- citar el hecho tenido por cierto, es que se creía entonces
rias, fué menos frecuente. En la narración de Bembo nada se en Roma que estos hombres morenos, enviados desde
dice de barcas de cuero. Germania á las Galias, llegaron por el Océano que baña
(1) G U M I L L A (edic. franc.), t. ix, pág. 211. el este y el norte del A s i a , dando la vuelta al conti-
(2) Bosius, In Comi. Nep. Fragni., t. lì, pág. 356; PLI-
NIO, li, 67: «Idem Nepos de septentrional! circuita tradit nente por más allá de la desembocadura del mar Caspio.
Quinto Metello Celeri, L. Afranii (sic lui. Sillig. C. Afranii E s t a suposición estaba perfectamente de acuerdo con
Salmant) in consultatu college, sed tum Galliœ proconsuli, las ideas geográficas de aquella época, es decir, con las
Indos à rege Suevorum (ita omnes Plinii Codd) dono datos, qui falsas ideas q u e , desde la expedición de Alejandro, se
ex India commercii causa navigantes tempestati bus essent in
Germaniam abrepti.» (Consúltese también CAE. F E R D . R A N K I I tenían acerca de la comunicación del Caspio con el
de Corn. Xepotis vita et. seriptis Coment., 1827, pág. 27); POM- Océano septentrional, ideas que desdichadamente preva-
PONIO M E L A , lib. ìli, cap. v, § 8.°: «Ultra Caspium sinum lecían sobre las que Herodoto había adquirido en Olbia
quidnam esset, ambiguum aliquandiu fuit: idemne Occeanus.
y en las orillas del Hypanis (1).
an Tellus infesta frigoribus, sine ambita ac sine line proiecta,
Sed prœter i'hysicos Homerumque, qui universum orben mari
circuinfusum ese dixerunt, Cornélius Nepos, ut recentior, ita (1) Las nociones adquiridas por Herodoto en las comarcas
auctoritatc certior; testem autem rei Q. Metellum Celerem ad- próximas á la extremidad boreal del mar Caspio, y confirmadas
jicit, eumque ita retulise commémorât: Cum Galliœ pro consule por los Scytas y otros pueblos nómadas que erraban entre la
preesset, Indos quosdamàrege Boiorum (Botorum, Betorum, cordillera meridional del Ural y la desembocadura del Volga,
Getorum, inepte Lydorum, Codd) dono sibi datos; unde in eas eran más exactas que las ilusiones sistemáticas que prevalecían
terras devenissens, requirendo cogosse, vi tempestatum ex In- al Sur y Sureste del Caspio entre los compañeros de Alejandro
dicis equoribus abreptos, emensosque, que intererant, tandem y de Patroclo, el almirante de Seleuco Nicator y el gobernador
in Germanie litora exiisse.» (Véase E N E A S SYLVIO, De Asia, de los Cadusienos en tiempo de Antioco. El mismo Aristóteles
1551, p á g . 2 8 3 ; ACOSTA, l i b . i , c a p . 19.) conserva la idea (.Vet. i. c. 11, 29; ir, c. i, 10) del aislamiento
del Caspio, y este opinión viene en apoyo, como ha observado
E n tiempo de Ptolomeo era aún el mar Báltico u n
Siendo el objeto de toda investigación filológica es-
mar abierto al E s t e , y la península escandinava u n a isla
clarecer la opinión que el autor ha querido enunciar, es
que no impedía navegar hacia el E s t e , á partir de la ex-
indudable que Pomponio Mela no creyó que los indios
tremidad del Quersoneso Cimbrico y de la isla Scandia.
llegaron á la costa noroeste de Alemania por circunna-
«Estas bocas son, según Strabón, el punto más septen-
vegación del Asia oriental y boreal, pues dice: Vi tem-
trional de la costa que se extiende desde allí h a s t a la
pestatum ex Indicis cequoribus abrepti, y no es lícito su-
I n d i a y á donde, desde este país, se puede llegar por
poner, como lo hacen H u e t (1) y otros comentadores,
mar, como lo atestigua Patroclo, que mandó en aquellos
que vinieran por el Oxus, el mar Caspio y el P a l u s Ma;o-
parajes» ( n , pág. 74 Cas.). E n otro párrafo ( x i , p á -
tide al mar Báltico. E s t a s fabulosas comunicaciones del
gina 518) habla nuevamente Strabón de esta posibili-
Caspio con el Océano boreal y con el P a l u s Majotides, y
dad. « E l hecho, dice, de que algunos navegantes b a j a n
del P a l u s con el Báltico (2), tenían sin duda muchos
ido desde la I n d i a á la Hyrcania por mar, no se cree
cierto, pero P a t r o c l o nos asegura que es posible.»
Strabón, que por lo general consultaba poco á los au- num armis, Seleuco et Anthioco regnantibus, qui et Seleucida
tores latinos, no t u v o ninguna noticia del supuesto viaje atque Antiochida ab ipsis appellari voluere. Circa Caspium
quoque multa Oceani litora explórala, parvoque brevius. quaru
de los negociantes indios conducidos á las Galias. Plinio, totus, hic autillinc septentrio eremigatus (PLIXIO, ir, 67). En
que con frecuencia cometía inexactitudes en las notas este mismo capítulo, que contiene el cuento de los indios arro-
que tomaba casi á escape (adnotabat et quidem cursim, jados en la costa de Germania, se hace á Cornelio Nepote con-
temporáneo de Eudoxio de Cyzico, célebre por una supuesta
dice su sobrino), convirtió la conjetura de Patroclo en u n
circunnavegación de Africa, en la cual conoció, como Pigafetta,
hecho circunstanciado. Según dice, toda la parte del nombres de lenguas bárbaras (STRABÓN, II, pág. 99). Ahora
Océano comprendida entre la I n d i a y el mar Caspio bien; Cornelio Nepote nació hacia el año 690 de la fundación
(esto es, su desembocadura) fué explorada por los inace- de Roma, y el rey Lathuro, á quien Plinio nombra, murió en el
año 673 (Ranke, pág. 15). Strabón, según Posidonio, supone
donios durante los reinados de Seleuco y Antioco (1).
el suceso en el reinado de Evergeles II ó Physcon, muerto el
año 637 de la fundación de Roma (I'osidonii Bhodii, Bel. co-
muy bien M. de Sante Croix, de las razones que se tienen para llegit Balee, 1810, pág. 102).
creer que Aristóteles escribió la Meteorologia en Atenas, antes
de ir á la corte de Filipo (Examen crit. des liistorìens d'Ale- (1) Ilist. du Commerce des Aneiens, pág. 352.
xandre. pág. 703, y J Ü L . L U D . I D E L E R , in Arisi. Met., ix). El (2) PLIXIO, I I , 6 9 ; S T R A B Ó N , x i , p á g . 509 C a s . E n e l c u -
pasaje del Pseudo Aristóteles. Be Mundo, c. 3, no puede ser rioso manuscrito de los viajeros árabes de los siglo IX y x, pu-
citado en contradicción de lo dicbo, á causa de la compilación blicado primero por el abate Renaudot y examinado después
tardía de este tratado, posterior á la expedición de Alejandro á por M.de Guignes, padre, háblase también «de un buque de
la India. Siraph en el golfo Pérsico, que la fuerza de las corrientes lo
llevó, dando la vuelta al Asia oriental ó septentrional, al mar
(1) Juxta vero ab ortu ex Indico mari, sub eodem sidere Caspio (mar de Khozar) y desde allí, por un canal, á las costas
pars tota vergens in Caspium mare, pernavigata est Macedo- de Siria» (Notice des Manuscr. du Roí, 1.1, pág. 161). Este
partidarios desde las eruditas especulaciones de la escuela vio ( P a u l a s Jovius), contemporáneo de Colón y de Yes-
de Alejandría acerca del viaje de los argonautas; pero pucci, quien creía que el sanguinario culto de los Bre-
en el suceso que Cornelio Nepote refiere, para nada se tones y de los Galos fué importado por colonos del L a -
alude á las líneas hidrográficas trazadas al través de los brador y de Estotilanda.
continentes.
Siendo conocido que, á pesar de los grandes perfec- Celeri dono datos, non ex ultimis Orientis et Occidentis parti-
cionamientos de la navegación moderna , la acumulación bus, uti quibusdam visum est, sed ex hac Laboratoris et Esto-
de hielos impide navegar por el estrecho de Behring á lo landiaa aut vicinis terris venise constanter teneo, niecumque
sentient quicumque climatis rationemexpenderit.» Este pasaje
largo de las islas de Nueva Zembla, se ha suscitado la
alude también á otra vaga suposición indicada por Wytfliet
cuestión de saber de qué raza serían los hombres d e en el artículo Quivira y Anián, según la cual los Indios de Me-
color que el procónsul Metelo Céler tomó por indios. telo Celer pudieron ser acaso verdaderos Indios, que llegaron
Y a en la primera mitad del siglo x v i se supuso que es- á Europa por el Noroeste, pasando por los estrechos de Anián
y del Labrador (pág. 170). Conviene recordar, con tal motivo,
tos hombres eran pescadores esquimales del Labrador y
que estos dos nombres se aplicaban á dos distintos estrechos,
de Groenlandia arrastrados por los vientos del Oeste á creyéndose que había comunicación entre ellos; uno es nuestro
las costas británicas. E s t a opinión se ha atribuido equi- estrecho de Behring, y el otro un canal que se suponía á lo
vocadamente á Malte B r u n y á otros geógrafos moder- largo de las costas septentrionales de América, desde los es-
trechos de Davis y de Frobisher hasta Bergi Regio y Aniani
nos, pues la encuentro expuesta ya por Gomara, que Bcgnum, según la nomenclatura del siglo xvi. Más aún; en la
dice, refiriéndose á los indios de Quinto Metelo Céler: célebre y problemática Memoria de Lorenzo Eerrer Maldo-
«Si ya no fuesen de Tierra del Labrador, y los tuviesen nado, de 1588. dícese que el estrecho de Labrador no termina
hasta los 75° de latitud, y «que hay 790 leguas desde el estrecho
(los romanos) por indianos, engañados (acerca de su
del Labrador al de Anián.» El nombre de este último estrecho
verdadero origen) en el color.» (Historia de las Indias, encuéntrase por primera vez en un mapa del atlas de Ortelio
l'olio 7.) de 1570, y aunque Rivero no le conoce en 1529 (SPEENGEL, en
Cornelio Wytfliet, en sus Noticias sobre el Occidente las Adiciones á la traducción alemana de Muñoz, Historia del
Nuevo Mundo, pág. 493), no prueba esto de ningún modo que
ó Adiciones á la geografía de Ptolomeo, emite la misma
haya sido inventado en el intervalo de 1529 á 1570. Por otra
opinión (1) fundándose en las fantasías de Paolo Gio- parte, su posición occidental hace improbable que Cortereal,
en su viaje á la embocadura del San Lorenzo y al Labrador,
le diera en 1500 el nombre de Anián en honor de dos hermanos
mito geográfico recuerda el extraordinario suceso de la punta que le acompañaban, como supone Forter (Nord. Entd. B. III,
de una proa que Eudoxio de Cyzico (.(¡trabón, ir, pág. 99) en- capitulo 5, § 1). Hasta hoy nada se ha encontrado que expli-
contró en la costa de los Etiopes, y que se decía llegó, por la que la denominación de Anián. El nombre de Fretum triurn
fuerza de las corrientes, desde el rio Lixus ó de Gades. fratrum que emplea Gemma Frisius (IIAKLUYT, t. III, pá-
(1) Descriptionis Ptolemaices Avgmcntum si ve Occidentis gina 10), indica vagamente una comunicación del Atlántico
Notitia. Lovan, 1597, pág. 190. «Indos quondam tempestatibus con el mar del Sur, al Norte de América, y si Ani ( B A R R O W ,
in Suevorum et Germanise litora ejectos et Quinto Metello-
E l descubrimiento de América y la necesidad, por de- enigmáticos, ocurridos en la E d a d Media, se hable tam-
cirlo así, hebraica, de poblar este continente por el Asia, bién de las costas germánicas.
hicieron discutir las distintas clases de comunicaciones E s t o s acontecimientos se refieren á los reinados de
que pudieron ser favorecidas por las corrientes oceáni- los Othohes y de Federico Barbarroja, y son, por tanto,
cas y por los vientos. Pareció sin duda poco probable de los siglos x y XII.
que llegaran esquimales á las costas de Alemania, y H e aquí los distintos testimonios:
mientras Vossio, el sabio comentador de Mela, creía que «Nos apud Othonem legimus, dice el P a p a E n e a s
los indios de Cornelio Nepote eran Bretones que se Sylvio en su gran obra geográfica é histórica (cap. II,
pintaban el cuerpo, otros comentadores, adoptando la página 8), sub imperatoribus teutonicis indicam navem
explicación de Gomara y de W y t f l i e t , sustituían al Sue- e t negotiatores Indos in Germánico littore fuisse depre-
vorurn rex un príncipe escandinavo (1) que había reco- hensos.s
gido los náufragos en las costas de Noruega. Se lee en la Historia de las Indias de Gomara, des-
L a analogía del hecho no desmentido de la llegada de p u é s del pasaje en el que designa los indios de Metelo
los esquimales á las islas Orcades, hecho que antes he Céler como esquimales del Labrador: «Asegúrase tam-
mencionado, esclarece mucho el que ahora examinamos; bién que en tiempo del emperador Federico Barbarroja
y teniendo en cuenta los numerosos ejemplos de indivi- aportaron á Lubeck algunos indios en una canoa (1).
duos que han caído en manos de los bárbaros, siendo Sir H u m p h r y Gilbert, después de discutir prolija-
llevados como cautivos, de nación en nación, muy lejos mente en cuatro capítulos el pasaje de Cornelio Nepote,
del lugar del naufragio, sorprende menos que fueran añade: « E n el año de 11G0 y en el reinado de Federico
conducidos á las Galias algunos extranjeros, pasando Barbarroja, llegaron algunos indios, upon the coast of
desde las Islas Británicas á Batavia y á Germania; lo Germanie (2).
extraño es que en sucesos semejantes ó de igual modo
( 1 ) GOMARA, fol. v n . H O R N . [Be orig. Arnef., pág. 24) re-
pite el hecho, pero diciendo llegaron por si mismos á Lubeck.
«Similis casus in temporibus Frederici Barbarossie narratur,
Voyages into the Polar Región*, pág, 45) significa en japonés Indos scapha Lubecam appulise.»
hermanos, no causaría extrañeza ver aplicado al estrecho de (2) En la Memoria acerca de la posibidad de un viaje al Ca-
Behring un noruhre asiático, á pesar de las dudas que tan gran thay por el Noroeste (HAKLUYT, t. III , pág. 17), estaba en el
distancia de navegación para los japoneses pueda engendrar. interés del autor probar que los Indios de Metelo Céler vinie-
¿Qué crédito merece, en tal caso, la explicación de Fretum ron por el Norte de América rodeando el Promontorium Corte-
triumfratrum, fundada en las desgracias de Gaspar j Miguel realis, que está inmediato al Polissacus fiuvius (pág. 19). Este
Cortereal en las costas orientales del Nuevo Continente?
mismo razonamiento fué, al parecer, empleado para motivar
(1) Pontano (Serum Danicarum Historia, 1631, pág. 764) •el proyecto de Sebastián Cabot', que, según Gomara (fol. xx),
discutió esta opinión. «prometió al rey Enrique VII ir por el Norte al Cathay y al

!
Mucho tiempo he perdido en vanas investigaciones
L a fecha de 1160 es además dudosa, porque la Cró-
de las primeras fuentes de estos curiosos sucesos. ¿De
nica de la ciudad de Lubeck, de J u a n R u f u s , es desde
dónde supo G o m a r a , historiador generalmente muy
el año 1106, y dice que en esta remota época habia
exacto, que los indios habían sido llevados á* Lubeck?
muy pocas relaciones entre los mares del Oeste y del
¿Lo sabría por el piloto polaco J u a n Scolmus, de quien
antes he hablado, que en Bergen y en Dinamarca pudo Norte.
estar en relaciones con marinos de Lubeck? ¿Cómo es
posible que los continuadores de los x\nales de Othon riachuelo de Schwartow (Ilelmoldi Cltronica Slavorum, Lu-
beck, 1139, lib. i, cap. 20 y 57, p. 61 y 137), corresponde á la
de Freising y el franciscano Ditrnar, autor de la exce- época que media entre los años 795 y 823. Los Rugienos la in-
lente Crónica de Lubeck (1), nada supieran de estos cendiaron y destruyeron en 1139, y este suceso ocasionó la fun-
supuestos indios? dación de la nueva ciudad de Lubeck en 1140. No habían.
t-ranscurrido veinte años desde su reedificación en la época en
que, segán dice Gomara, llevaron allí los indios. Como esta
ciudad nueva fué también destruida completamente por un
país de las especias», en 1498 {Mem. nf. Seb. Cabot., pág. 87). incendio en 1157 (GRAXTOFF, t. II, p. 581), la suposición de
«II primo motivo, dice el cardenal Zurla ( Viaggi, t. n". pá- que fueran conducidos A esta ciudad comercial para mostrarlos
gina 284) deducevano dal Cornelio Nepote é parimente del al pueblo, náufragos llegados de las costas de Escocia ó No-
sapersi che á tempi di Ottone, imperatore fu trasportatala da- ruega, no me parece probable, porque hasta repugna á las cos-
venti nel Mare Germanico una nave de Levante.» tumbres de aquéllos tiempos. El silencio de Ilelmod, que era
Ocasión tendré más adelante, al hablar del mapa de una edi- CUTÍ» de una aldea á orillas del lago de Piren en el Holstein, es
ción de Ptolomeo de 1508, de discutir la denominación del rio tanto más importante cuanto que en 1164 vivía aún, como su
Polisacus (el Pulisangha) ó rio de Cambalu en China. propia Crónica lo indica claramente (cap. 94, p. 213).
A causa de la cita de los Othones y de Federico Barbarroja
Consulté a u n sabio, profundamente versado en la historia de
he examinado cuidadosamente, pero sin fruto, la célebre cró-
estas comarcas y que habita en el mismo Lubeck, Mr. Deecke,
nica de Ditmar, conde de Walembek (Cronogr. Ditmari, epis-
y he recibido confirmación de las dudas que acabo de exponer.
copi Merspurgensis, libri v i a , Helmst, 1667, páginas 17-8S) y
«Examinando de nuevo todas nuestras Crónicas, me escribió
la Crónica de Othónde Freising, continuada por Othón de San
Mr. Deecke en Enero de 1835, nada encuentro, absolutamente
Blaise y el canónigo Radevicus (MÜRAT, Script Herum Ital
nada, que permita adivinar lo que ha dado motivo á las extra-
tomo VX, páginas 640-736 y 742-758). Á ruego mío ha exami-
ñas noticias adquiridas por Eneas Silvio, Gomara y Sir Hum-
nado Mr. Deecke en Lubeck, y también infructuosamente la
phry Gilbert, cuyas investigaciones sobre el paso del Noroeste
rarísima edición de Othón de Freising, impresa conforme á
nos ha conservado Hakluyt. Debo, sin embargo, deciros que en
los manuscritos de la Biblioteca de Viena en 1515. ¿Quiso ha-
la casa donde se reunia el gremio de los marinos (Scliifferge-
blar acaso Eneas Silvio de una Crónica de Austria del obispo
sellseluift de Lubeck), se conserva una canoa groenlandesa con
Freising, que no ha llegado á nosotros?
una figura de madera, representando un esquimal, figura que
(1) G R A N T O F F . Citrón. des Franciseaner-Lesemcisters Dit- estuvo antes cubierta con el traje propio de los esquimales. La
mar, 1S29,1.1, p. xxix, 4 y 413. Ditmar alcanza en su Crónica canoa ha sido recompuesta muchas veces, y su inscripción más
hasta 1101; Alberto de Banderwik solamente á 1298. La funda- antigua es de 1607, pero según una tradición muy vaga, debió
ción de la ciudad antigua de Lubeck, situada á orillas del capturar un barco de Lubeck á estepescador esquimal en los ma-
E s t o s esquimales-indios no naufragarían en las cos-
t a s de Frisia, sino que, durante las grandes tempestades
y las irrupciones del mar ocurridas en 1150 y 1164, al-
g ú n barco de Lubeck los encontró cerca de las costas de
Europa y los capturó, como fué capturado el barco es-
quimal de que habla el cardenal Bembo.
ÍNDICE.
A l reunir y examinar bajo un punto de vista general
las pruebas de estas comunicaciones remotas favorecidas
por el acaso, elévanse las ideas, viendo cómo los movi- Páginas.

mientos del Océano y de la atmósfera han podido con-


Prólogo. 1
tribuir, desde las épocas más lejanas, á esparcir las di-
Introducción 14
ferentes razas h u m a n a s en la superficie del globo. Com-
CAUSAS QÜE PREPARARON Y PROTIUJERON EL
préndese, como lo comprendió Colón ( Vida del Almirante,
DESCUBRIMIENTO DEL NUEVO MUNDO:
cap. vil i), cómo pudo revelarse un continente al otro.
I . — L o que se proponía Colón en sus viajes de
descubrimiento 21
res del Oeste hace trescientos años. Las relaciones comerciales
I I . — P r o g r e s o de las ideas cosmográficas antes
de Lubeck con las regiones del Oeste y del Noroeste datan de
mediados del siglo x i n . Acaso Gilbert quiso decir en el reinado de Colón 34
de Federico III. No entiendo, como vos no entendéis, lo que I I I . — I d e a s cosmográficas de Colón y causas que
significan las palabras del papa Eneas Silvio: Nos apud Otho- le impulsaban al descubrimiento de las I n d i a s . 59
nem legimm; ni la cita de Gilbert: Othon in the storie of tlie
Gothes affirmeth. No ha existido ningún Othón que escribiera IY.—Opiniones de los antiguos sobre la geogra-
una historia de los Godos, y entre los historiadores de este fía física del globo y manera de figurarla 83
pueblo, que por largo tiempo y cuidadosamente he estudiado V.—Influencia de Pablo Toscanelli en los pro-
no hay rastro de ningún suceso parecido.»
yectos de Cristóbal Colón 93
En muchas ciudades marítimas se conservan canoas groen- V I . — C r i s t ó b a l Colón y Martín Behaim 126
landesas, y esta conservación no prueba nada por sí misma
V I I . — M a r t í n Behaim y Magallanes 156
como sucede con el cocodrilo queme enseñaron colgado en una
capilla de los alrededores de Verona, y que, según la tradición V I I I . — P r i m e r o s descubrimientos en la costa
popular, vino derechamente al Brenta desde la desembocadura Oriental de América 165
del Ailo.» La historia de la canoa de Lubeck, según los indicios I X . — I n f l u e n c i a de la configuración de Africa en
dados por los autores que acabo de citar, podría referirse muy
bien a la captura de un pescador esquimal arrastrado por al- las ideas sobre la que debía tener América. . . 176
guna tempestad lejos de las costas de su patria. X.—-Las expediciones clandestinas 197
X I . — M o t i v o s que impulsaban al descubrimiento
FIN DEL TOMO I. de América á fines del siglo xv 219
E s t o s esquimales-indios no naufragarían en las cos-
t a s de Frisia, sino que, durante las grandes tempestades
y las irrupciones del mar ocurridas en 1150 y 1164, al-
g ú n barco de Lubeck los encontró cerca de las costas de
Europa y los capturó, como fué capturado el barco es-
quimal de que habla el cardenal Bembo.
ÍNDICE.
A l reunir y examinar bajo un punto de vista general
las pruebas de estas comunicaciones remotas favorecidas
por el acaso, elévanse las ideas, viendo cómo los movi- Páginas.

mientos del Océano y de la atmósfera han podido con-


Prólogo. 1
tribuir, desde las épocas más lejanas, á esparcir las di-
Introducción 14
ferentes razas h u m a n a s en la superficie del globo. Com-
CAUSAS QÜE PREPARARON Y PROTIUJERON EL
préndese, como lo comprendió Colón ( Vida del Almirante,
DESCUBRIMIENTO DEL NUEVO MUNDO:
cap. vil i), cómo pudo revelarse un continente al otro.
I . — L o que se proponía Colón en sus viajes de
descubrimiento 21
res del Oeste hace trescientos años. Las relaciones comerciales
I I . — P r o g r e s o de las ideas cosmográficas antes
de Lubeck con las regiones del Oeste y del Noroeste datan de
mediados del siglo x i n . Acaso Gilbert quiso decir en el reinado de Colón 34
de Federico III. No entiendo, como vos no entendéis, lo que I I I . — I d e a s cosmográficas de Colón y causas que
significan las palabras del papa Eneas Silvio: Nos apud Otho- le impulsaban al descubrimiento de las I n d i a s . 59
nem legimm; ni la cita de Gilbert: Othon in the storie of tlie
Gothes affirmeth. No ha existido ningún Othón que escribiera IY.—Opiniones de los antiguos sobre la geogra-
una historia de los Godos, y entre los historiadores de este fía física del globo y manera de figurarla 83
pueblo, que por largo tiempo y cuidadosamente he estudiado V.—Influencia de Pablo Toscanelli en los pro-
no hay rastro de ningún suceso parecido.»
yectos de Cristóbal Colón 93
En muchas ciudades marítimas se conservan canoas groen- V I . — C r i s t ó b a l Colón y Martín Behaim 126
landesas, y esta conservación no prueba nada por sí misma
V I I . — M a r t í n Behaim y Magallanes 156
como sucede con el cocodrilo queme enseñaron colgado en una
capilla de los alrededores de Verona, y que, según la tradición V I I I . — P r i m e r o s descubrimientos en la costa
popular, vino derechamente al Brenta desde la desembocadura Oriental de América 165
del Ailo.» La historia de la canoa de Lubeck, según los indicios I X . — I n f l u e n c i a de la configuración de Africa en
dados por los autores que acabo de citar, podría referirse muy
bien a la captura de un pescador esquimal arrastrado por al- las ideas sobre la que debía tener América. . . 176
guna tempestad lejos de las costas de su patria. X.—-Las expediciones clandestinas 197
X I . — M o t i v o s que impulsaban al descubrimiento
FIN DEL TOMO I. de América á fines del siglo xv 219
Páginas.

XII.—Consideraciones sobre la geografía física


del globo terrestre y sobre las comunicaciones
con América antes de descubrirla Cristóbal
Colón 234
X I I I . — V i a j e s de los escandinavos al Nuevo
Mundo en los siglos xi y XII 257
X I V . — C o l ó n no supo los viajes de los escandi-
navos á la América septentrional 272
X V . — E s t a d o social de América antes del des-
cubrimiento. 288
X V I . — V i a j e s de los árabes almagrurinos; de
Madoc; de los hermanos Vivaldi; de Gonzalo
Velho Cabral, y de Juan Szkolny 295
X V I I . — L a cosmografía en la Edad Media 310
X V I I I . — L a isla de San Brandón 316
X I X . — L a Antillia y la isla de las Siete Ciu-
dades 324
X X . — L a isla Bracie (Berzil).—La estatua de
las Azores.—Las monedas halladas en la isla
Corvo.—El monumento de la isla de San Mi-
uel
r S 353
XXI.—Probables comunicaciones entre ambos
mundos, á causa délas corrientes atmosféricas
y oceánicas gyg

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