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PROCESSO Nº TST-AIRR-26000-60.2009.5.09.

0094

A C Ó R D Ã O
(4.ª Turma)
GMMAC/r4/csl/eo/ri/g/l

AGRAVO   DE   INSTRUMENTO   EM   RECURSO   DE


REVISTA   DA   RECLAMADA.  PRELIMINAR DE
ILEGITIMIDADE ATIVA. SINDICATO.
SUBSTITUTO PROCESSUAL. Esta Corte
Superior, ante o reiterado
entendimento do Supremo Tribunal
Federal, cancelou a sua Súmula n.º
310, por meio da Resolução n.º
119/2003. Dessarte, não mais
subsistem as restrições, de ordem
subjetiva e objetiva, impostas pela
referida Súmula, à atuação do
sindicato como substituto processual
nas ações em que pugna pela
implementação de direitos individuais
homogêneos (art. 81, III, da Lei n.º
8.078/90). GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO E
CTVA. INCORPORAÇÃO À REMUNERAÇÃO DA
INTEGRALIDADE DOS VALORES RECEBIDOS.
CRITÉRIOS DE INCORPORAÇÃO FIXADOS EM
NORMA INTERNA. Esta   Corte   entende
que,   no   caso   de   percebimento   de
adicional   compensatório   previsto   em
regulamento   empresarial,
correspondente a complemento salarial
para   os   empregados   de   cargos
gerenciais   comissionados   exercidos
por mais de dez anos, deve prevalecer
a orientação da Súmula n.º 372, I, do
TST,   haja   vista   a   necessidade   de
preservação   da   estabilidade
financeira   do   empregado.   Tendo   em
vista   o   escopo   do   entendimento
adotado, não há como se admitir norma
empresarial que estipule o pagamento
parcial do valor devido, visto que a
medida   é   flagrantemente   lesiva   aos
direitos   do   obreiro.   Precedentes.
Agravo de Instrumento conhecido e não
provido. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
RECURSO DE REVISTA DO SINDICATO
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AUTOR. GRATUIDADE DA JUSTIÇA.


SINDICATO ATUANDO COMO SUBSTITUTO
PROCESSUAL. A questão do deferimento
da gratuidade de justiça, nas causas
em que o Sindicato atua como
substituto processual, já foi objeto
de análise por esta Quarta Turma
quando do exame do Recurso de Revista
em que se reconheceu a incidência da
prescrição parcial com consequente
retorno dos autos ao Tribunal de
Origem. Assim, fica prejudicada a
análise do Apelo. Agravo de
Instrumento conhecido e não provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de


Agravo de Instrumento em Recurso de Revista n.º TST-AIRR-26000-
60.2009.5.09.0094, em que são Agravantes CAIXA ECONÔMICA FEDERAL -
CEF e SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE PATO
BRANCO E REGIÃO e são Agravados OS MESMOS.

R E L A T Ó R I O

Inconformados com o teor do despacho, o qual


denegou seguimento aos seus Recursos de Revista, o Sindicato Autor e
a Reclamada interpõem Agravos de Instrumento a fls. 486/493 e
459/484, respectivamente, visando à reforma do julgado.
Contraminuta ao Agravo de Instrumento a fls.
497/501 e 520/531 e contrarrazões ao Recurso de Revista a fls.
502/507 e 508/519.
Dispensada a remessa dos autos ao Ministério
Público do Trabalho, nos termos do RITST.
É o relatório.

V O T O

AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMADA


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CONHECIMENTO

Presentes os pressupostos legais de


admissibilidade, conheço do Apelo.

MÉRITO

PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA – SINDICATO –


SUBSTITUTO PROCESSUAL
O Regional, pelo acórdão a fls. 13/16, negou
provimento à preliminar de ilegitimidade ativa suscitada pela CEF,
sob os seguintes fundamentos:

"Consoante majoritário entendimento no col. TST, o sindicato pode


atuar como substituto processual, de forma plena, na defesa dos interesses
da categoria profissional representada, nas ações em que o pedido se funda
em direito individual homogêneo, independentemente de tratarem-se de
associados, ou não. Em arrimo: (...).
A interpretação antes adotada pelo C. TST não prevalece mais
naquela corte, mudança que levou, inclusive, ao cancelamento da Súmula n.
310, pela Resolução n. 119/2003, consolidando naquele C. Tribunal e
também na jurisprudência nacional entendimento de que a substituição
processual prevista no inciso III, do artigo 8 englobando pleitos como
presente no qual, ao contrario do que defende a Reclamada, o sindicato
defende interesses da categoria, e não expectativas de direitos individuais.
Ademais, o argumento de que o Reclamado é empresa pública de
âmbito nacional e tem os seus litígios de interesse geral apreciados pelo col.
TST não procede, pois se trata de dissídio coletivo, e porque o fato de a
Recorrente ter abrangência nacional não obsta o sindicato de discutir
direitos e deveres da categoria, dentro de sua esfera de representação.
A questão referente a ausência de assembléia específica também não é
motivo ensejador da reforma da decisão primeira, pois, na condição de
substituto processual, o sindicato recorrido age em nome próprio, na defesa
de direito alheio (artigo 6.º, do CPC), sendo desnecessária a autorização da
assembleia de trabalhadores, uma vez que, como visto, o direito de ação é
do próprio sindicato, não dos empregados individualmente considerados.
Por fim, registre-se que a necessidade de apresentação do rol
substituídos surge apenas na fase de execução, oportunidade em que caso
mantida a condenação, serão individualizados os valores devidos e poderão
ser apresentados eventuais óbices ao crédito específico de cada substituído.
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Em arrimo, decisão do col. TST, que peço venia para transcrever: (...).
Assim, deve ser mantida a sentença, inexistindo, portanto, violação
dos dispositivos mencionados, os quais já se considera devidamente
prequestionados: artigos 5.º, XXI e LXX, ‘b’ e 8.º, III, da CF; artigos 513,
769 e 872, parágrafo único, da CLT; artigo 3.º, da Lei n. 8073/1990 e
artigos 6.º e 267, VI, do CPC
Nego provimento."

Em suas razões recursais, a Reclamada sustenta que


o posicionamento adotado pelo Regional viola o teor dos artigos 8.º,
I e III, da CF/88, 513 da CLT e 3.º, 3.º, 81 e 82 da Lei n.º
8.078/90, visto que a norma constitucional consubstanciada no artigo
8.º não contempla hipótese de substituição processual. Afirma que,
nos termos do inciso XXI do artigo 5.º da CF/88, a defesa dos
interesses dos filiados "somente pode se dar por representação" e
que os direitos ora vindicados não se enquadram no conceito de
direitos individuais homogêneos, visto que a questão demanda o
revolvimento de fatos e provas. Trancreve arestos para o confronto
de teses.
Sem razão, no entanto.
A controvérsia diz respeito à possibilidade de o
Sindicato substituir os empregados em reclamação trabalhista,
pleiteando diferenças salariais pelo incorreto cálculo da integração
da gratificação de função percebida por mais de 10 anos.
Conforme transcrito, o Regional entendeu que o
Sindicato tem legitimidade para representar os empregados quando
envolver interesses individuais homogêneos.
O art. 81, parágrafo único, III, do Código de
Defesa do Consumidor, orienta sobre o que deve ser entendido por
direitos individuais homogêneos, determinando que sejam aqueles
"decorrentes de origem comum".
No âmbito trabalhista, caso um ato do empregador
seja capaz de trazer consequências para vários de seus empregados,
resta caracterizada a origem comum dos direitos decorrentes daquela
ação e, por conseguinte, a sua natureza homogênea. Assim, se

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justifica a ação pelo Sindicato como substituto processual. É o que


ocorre nos presentes autos.
Registre-se, que o Pleno do TST, mediante a
Resolução n.º 119/2003, cancelou a Súmula n.º 310 do TST,
reconhecendo a legitimidade ad causam dos Sindicatos para atuarem na
defesa dos direitos e interesses dos empregados das suas respectivas
categorias de modo amplo, em Acórdão assim ementado:

"REVISÃO DO ENUNCIADO N.º 310 DO TST. Considerando que o


cerne da discussão é a abrangência do art. 8.º, inciso III, da Constituição
Federal e considerando ainda que o STF já decidiu contra a jurisprudência
do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada no Enunciado n.º
310/TST, deve o Enunciado n.º 310 ser cancelado." (TST-E-RR-
175894/1995.9, Relator: Ministro Ronaldo Leal, Tribunal Pleno, DJ de
10/10/2003.)

Dessa forma, o art. 8.º, III, da Constituição


assegura a possibilidade de substituição processual aos Sindicatos
de maneira ampla e irrestrita para agir no interesse de toda a
categoria como substituto processual.
Entendimento ratificado pelos seguintes
precedentes:

"RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO PELA


RECLAMADA. SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL.
LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. HORAS EXTRAS,
INTERVALOS, FERIADOS E HORAS IN ITINERE. Nos termos do
entendimento desta Subseção Especializada, o artigo 8.º, III, da
Constituição Federal assegura aos sindicatos a possibilidade de substituição
processual ampla e irrestrita, para agir no interesse de toda a categoria.
Assim, o sindicato, na qualidade de substituto processual, detém
legitimidade para ajuizar ação, pleiteando a tutela de direitos e interesses
individuais homogêneos, provenientes de causa comum ou de política da
empresa, que atingem o universo dos trabalhadores substituídos, tais como
horas extras, intervalos, feriados e horas in itinere. Recurso de embargos
conhecido e não provido." (E-RR - 69540-90.2007.5.03.0064, Data de
Julgamento: 15/8/2013, Relatora: Ministra Dora Maria da Costa, Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT
23/8/2013.)

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"A) RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA ROVEDA


INDÚSTRIA QUÍMICA LTDA. 1. LEGITIMIDADE ATIVA AD
CAUSAM. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. FEDERAÇÃO. Esta Corte
Superior, na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, vem
reiteradamente decidindo que o art. 8.º, III, da Constituição Federal outorga
legitimidade aos sindicatos para atuar na defesa de direitos individuais dos
empregados da categoria. Assim, conquanto o referido dispositivo faça
referência apenas ao sindicato, não há dúvida que a federação pode atuar
como substituta processual da categoria profissional. Precedente. Recurso
de revista não conhecido. 2. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. DIREITOS
INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. HORAS EXTRAS. ADICIONAL
NOTURNO. Esta Corte, com o cancelamento da Súmula n.º 310, passou a
adotar entendimento de que o artigo 8.º, III, da Constituição Federal,
combinado com o artigo 3.º da Lei n.º 8.073/90, autorizava a substituição
processual aos entes sindicais, para atuar na defesa dos direitos e interesses
coletivos ou individuais de seus representados, considerando como direitos
e interesses individuais homogêneos aqueles definidos no artigo 81, III, do
Código de Defesa do Consumidor como sendo os ‘decorrentes de origem
comum’. Significa dizer que aquilo que define a natureza das pretensões
trazidas a juízo, caracterizando-as como individuais homogêneas, é o fato
constitutivo do direito vindicado. Recurso de revista não conhecido. [...]."
(RR - 183300-24.2007.5.12.0013, Data de Julgamento: 27/8/2014,
Relatora: Ministra Dora Maria da Costa, 8.ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 29/8/2014.)

"RECURSO DE REVISTA. AÇÃO DE CUMPRIMENTO.


LEGITIMIDADE ATIVA. SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO
PROCESSUAL. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. HORAS
EXTRAORDINÁRIAS. TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS.
INTERVALO INTRAJORNADA. PAGAMENTO DOS SALÁRIOS ATÉ
O 5.º DIA ÚTIL DO MÊS. ESCALA DE FOLGAS. CONTROLE DE
HORÁRIO. A substituição processual conferida aos sindicatos não é
irrestrita, visto que deve se limitar às ações visando à proteção de direitos e
interesses coletivos ou individuais homogêneos da categoria, conforme
prevê o artigo 8.º, III, da Constituição Federal. A norma constitucional, ao
assegurar ao sindicato a defesa judicial dos direitos individuais da
categoria, não autoriza a defesa de quaisquer interesses individuais, mas
sim a defesa coletiva de direitos individuais homogêneos da categoria, cuja
titularidade diz respeito a uma coletividade de empregados representados
pelo sindicato, abrangendo ou não toda a categoria. Este é o conceito que se
extrai do art. 81, inciso III, da Lei n.º 8.078/90 (Código de Defesa do
Consumidor), segundo o qual constituem interesses individuais
homogêneos ‘os decorrentes de origem comum’. Deste modo, tratando-se
de ação que visa pleito de registro de todos os empregados mediante o
recolhimento dos depósitos do FGTS e previdenciários, o pagamento de
horas extraordinárias, inclusive, domingos e feriados trabalhados e não
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compensados, dos salários até o 5.º dia útil do mês bem como o
adiantamento salarial, implantação de controles de horário, concessão de
uma hora de intervalo, adoção de escala de folga e revezamento e abstenção
de efetuar descontos de produtos e objetos e determinado que os
substituídos têm em sua pretensão interesse e origem comum, não há como
se afastar a legitimidade do sindicato para substituir os associados. Recurso
de revista conhecido e provido." (RR - 1600-25.2006.5.02.0015, Data de
Julgamento: 30/4/2014, Relator: Ministro Aloysio Corrêa da Veiga, 6.ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 9/5/2014.)

"RECURSO DE REVISTA [...] SINDICATO PROFISSIONAL -


SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL - LEGITIMIDADE ATIVA - PEDIDO
DE REGULARIZAÇÃO DOS DEPÓSITOS DO FGTS DOS
EMPREGADOS DA RECLAMADA - DIREITOS INDIVIDUAIS
HOMOGÊNEOS. Segundo a moderna exegese do art. 8.º, III, da
Constituição Federal, deve ser reconhecida a possibilidade de substituição
processual ampla dos sindicatos na defesa de interesses coletivos e
individuais homogêneos dos integrantes da categoria que representa. Na
hipótese, o sindicato postula a regularização dos depósitos do FGTS do
contrato de todos os empregados da CELSP. Logo, os direitos reivindicados
têm origem comum e afetam vários indivíduos da categoria, devendo ser
considerados direitos individuais homogêneos, possibilitando a autuação do
sindicato profissional como substituto processual. Ressalte-se que a
homogeneidade do direito se relaciona com a sua origem e com a
titularidade em potencial da pretensão, mas não com a sua quantificação e
expressão monetária. Precedentes. Recurso de revista não conhecido." (RR
- 42700-27.2006.5.04.0201, Data de Julgamento: 12/2/2014, Relator:
Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 7.ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 7/3/2014.)

Dessa forma, estando o acórdão regional em


consonância com a jurisprudência desta Corte, o Recurso de Revista
encontra óbice no artigo 896, § 7.º, da CLT e na Súmula n.º 333
desta Corte, descabendo cogitar de violação de lei e/ou da
Constituição Federal, bem como de divergência jurisprudencial.
Nego provimento.

GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO PERCEBIDA POR MAIS DE DEZ


ANOS - ESTABILIDADE FINANCEIRA - INCORPORAÇÃO AO CONTRATO DE
TRABALHO - REDUÇÃO DO VALOR DA GRATIFICAÇÃO - DIFERENÇAS SALARIAIS -
PRESCRIÇÃO PARCIAL - INAPLICABILIDADE DA SÚMULA N.º 294 DO TST

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A
Reclamada renova a preliminar de prescrição
total, apontando violação do artigo 7.º, XXIX, da CF/88 e
contrariedade à Súmula n.º 294 do TST. Colaciona arestos para o
confronto de teses.
Quanto ao ponto, o Regional assim dispôs:

"A prejudicial de mérito encontra-se superada, pela decisão proferida


no agravo de instrumento em Recurso de Revista (a fls. 1041/1045 e
1064/1066)
Nada a modificar."

De fato, a questão da prescrição incidente ao


presente caso já foi objeto de análise por esta Quarta Turma, e,
posteriormente ratificada pela SBDI-1, oportunidade em que, afastada
a prescrição total, foi determinado o retorno dos autos ao Tribunal
de origem para a análise dos demais temas recursais.
Assim, não há de se falar em exame da matéria,
pois, conforme destacado, a questão já foi analisada por esta Corte
Superior.
Nego provimento.

GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO E CTVA – INCORPORAÇÃO À


REMUNERAÇÃO DA INTEGRALIDADE DOS VALORES RECEBIDOS – CRITÉRIOS DE
INCORPORAÇÃO FIXADOS EM NORMA INTERNA
Em relação ao pleito sindical, relacionado à
diferenças da incorporação da gratificação de função, o Regional
assim dispôs:

"Os substituídos na presente ação são os empregados da ré,


integrantes da categoria representada pelo sindicato-autor, lotados em
Francisco Beltrão, que ocuparam cargo comissionado por mais de dez anos,
e dele foram destituídos, por ato de iniciativa da empregadora.
A reclamada afirmou, em defesa, que os substituídos nominados a fls.
79/80 renunciaram às disposições do Plano de Cargos e Salários anterior, ao
aderirem a Estrutura Salarial Unificada 2008, conforme disposto nos itens 7
e 8 da CI VIPES/SURSE n 024/08, o que implica na transação e quitação
de eventuais direitos que tenham por objeto a discussão em torno do PCS.
Anexou referidos documentos a fls. 107/200. 203/400 e 403/493.
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As cláusulas 7.3, 7.4, 8.1 e 8.1.1, da CI VIPES/SURSE 0024/2008,


invocadas pela Reclamada, possuem o seguinte teor:
‘7. Da adesão a estrutura salarial unificada 2008 (...).
7.3. A adesão a Estrutura Salarial Unificada 2008 da Carreira
Administrativa do PCS/98 implica na transação e quitação de eventuais
direitos que tenham por objeto a discussão em torno de Plano de Cargos e
Salários - PCS.
7.4. A adesão, depois de confirmada no SISRH, por meio de
assinatura eletrônica, tem caráter irretratável e irrevogável.
8. Valor indenizatório
8.1. Será efetuado pagamento de valor, em parcela única, de caráter
indenizatório, titulo de quitação dos eventuais direitos e ações judiciais
que versem exclusivamente, sobre o Plano de Cargos e Salários
8.1.1. São exemplos as demandas por reenquadramentos, vantagens
de um PCS em relação a outro, e/ou incorporação de parcelas ao salário-
padrão’
Todavia, já decidiu esta E. Turma, nos autos TRT-RO-29938-2008-
652-09-00-6, em acórdão publicado no dia 30/11/2012, da lavra do Exmo.
Des. Archimedes Castro Campos Júnior:
‘as cláusulas acima transcritas, dando quitação de eventuais direitos
que tenham por objeto a discussão em torno do Plano de Cargos e Salários
PCS, viola flagrantemente o princípio da inafastabilidade do controle
jurisdicional consagrado no artigo 5.º, inciso XXXV, da Constituição
Federal, além de representar ampla quitação, incompatível, portanto com
os princípios do Direito do Trabalho. Nesse sentido já decidiu esta E.
Turma, a exemplo do Precedente 29938-2008-652-09-00-6, j 12.05.2010,
deste Relator. Irrelevante o fato das mesmas terem sido originariamente
negociadas em acordo coletivo (ACT 2007/2008), como alega a defesa,
porquanto o fato da Constituição Federal de 1988 ter assegurado o
reconhecimento das normas coletivas, como determina o inciso XXVI do
artigo 7.º, não significa que se possa dar validade a toda e qualquer
composição, não sendo lícito às partes acordantes transacionarem a
respeito de direitos constitucionalmente garantidos como, no caso, o livre
acesso ao judiciário.’
Ademais, como muito bem salientou o juízo de primeiro grau, a
incorporação postulada não se refere a direito relacionado com Plano de
Cargos e Salários (reenquadramento, vantagens de um PCS em relação a
outro etc.), logo, a pretensão do Sindicato não foi alcançada pela transação
prevista na cláusula 7.3 acima mencionada, não existindo, via de
consequência, qualquer violação da Súmula n. 51 do col. TST, ao princípio
da pacta sunt servanda, aos artigos 110 e 840 do Código Civil e ao artigo
7.º, inciso XXVI, da Carta Magna.
Oportuno salientar, ainda, que, para a aplicação das normas internas
mencionadas pela Reclamada em defesa (MN RH 022, MN RH 073, MN
RH 151 Cl GEARU/GETAB 635/97, MN RH 03.04.01), caberia levar em
conta a data que entraram em vigor, em cotejo com a da contratação de cada
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um dos substituídos, o que autorizaria a incidência do inciso da Súmula n


51 do C. TST: (...).
Observe-se, contudo, que vigora no direito do trabalho o principio
protetivo. Assim os critérios estabelecidos pela Reclamada em norma
interna só prevaleceriam sobre a lei caso instituíssem condições mais
benéficas para o trabalhador, o que não se verificou no caso em apreço. Os
empregados que receberam gratificação de função, por período igual ou
superior a dez anos, adquiriram uma estabilidade financeira, que não
poderia ser abalada por ato do empregador (a teor do art. 5.º, inciso
XXXVI, da Constituição Federal). Assim, os substituídos que reverteram
ao cargo efetivo tem direito a incorporação da referida verba no percentual
de 100%, que passou a integrar seu patrimônio jurídico, independentemente
de exercerem em época posterior outro cargo comissionado, porque
inviável a redução salarial. Autorizada, contudo, a compensação dos valores
pagos ao mesmo título, determinada na sentença.
Saliente-se que a Reclamada é empresa pública, sujeitando-se ao
regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos
e obrigações trabalhistas (art. 173, § 1.º, II, da CF), devendo a ela se aplicar
a legislação trabalhista e a jurisprudência sobre a matéria. Portanto, os
critérios para incorporação de gratificação de função estabelecidos em
norma interna da ré não prevalecem sobre norma de proteção ao trabalho.
Essa incorporação tem respaldo no art. 7.º VI da Constituição Federal, nos
arts. 444 e 468 da CLT e na Súmula 372,1, do TST. Observe-se, ainda, que
não se discute nos autos o direito potestativo da Reclamada em destituir seu
empregado de função comissionada, e determinar o seu retomo ao cargo
efetivo, mas os efeitos desse ato após dez anos de exercício dessa função.
Quanto à CTVA (Complemento Temporário Variável de Ajuste ao
Piso do Mercado), o item 3.3.2 do MN RH 115 013 estabelece o pagamento
de ‘valor que complementa a remuneração do empregado ocupante de CC
efetivo ou assegurado quando esta remuneração for inferior ao valor do
Piso de Referência de Mercado, conforme Anexos VIII, IX, X e XI’(u. 624).
Como se vê, o CTVA complementa a gratificação de função do empregado
ocupante de cargo em comissão, de modo a garantir-lhe o Piso de
Referência do Mercado. Logo, é incontestável a sua natureza salarial, que,
aliás, está declarada no próprio regulamento, que determina a sua
integração no conceito de remuneração básica do empregado (item 3.2.1.3
do RH 115013-fl. 623).
Assim sendo, revela-se insustentável o inconformismo manifestado
quanto a incorporação do CTVA na remuneração dos substituídos, após dez
ou mais anos recebendo gratificação de função não há reflexos de adicional
compensatório em CTVA. Por outro lado, ao contrário do que sustenta a
Reclamada, não foram deferidos (sequer postulados) reflexos do adicional
compensatório pela perda de função na parcela CTVA." (Grifei.)

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Inconformada, a Agravante sustenta que, a partir


da adesão à nova estrutural salarial do Banco, opção individual e
voluntária, o empregado renuncia a qualquer direito relacionado com
a estrutura anterior. Afirma que a medida encontra respaldo no item
II da Súmula n.º 51 do TST e que, por ser de livre opção, não pode
ser equiparada à alteração unilateral do contrato. Aponta violação
do artigo 5.º, II, da CF/88 e transcreve aresto para o confronto de
teses.
No mérito, sustenta que o posicionamento adotado
contraria os termos da Súmula n.º 372 do TST, bem como viola o teor
dos artigos 8.º, 444 e 468 da CLT e 5.º, II, da CF/88, visto que a
CEF "possui regulamento interno que disciplina a incorporação de
função". Afirma, ademais, que a norma instituída pelo Banco, por ser
benéfica ao empregado, deve ser interpretada de forma restritiva,
nos termos do artigo 114 do CCB. Colaciona arestos.
Sem razão, no entanto.
Inicialmente, cumpre registrar que, no âmbito do
Agravo de Instrumento, a Reclamada não traz qualquer insurgência
quanto à integração da CTVA, dada a sua natureza salarial, no
cálculo das diferenças deferidas, limitando-se a discutir a validade
da norma interna que estipulou a forma de pagamento do adicional de
incorporação.
Pois bem. No que se refere ao primeiro argumento,
relacionado à existência de transação dos direitos, o Regional, após
a detida análise das normas internas, expressamente registrou o
entendimento de que a "incorporação postulada não se refere a
direito relacionado com Plano de Cargos e Salários (...), logo, a
pretensão do Sindicato não foi alcançada pela transação prevista na
cláusula 7.3".
Como se vê, o Regional, analisando o teor do
Regulamento Interno, asseverou que o direito vindicado não foi
transacionado na adesão à nova estrutura salarial, visto que não
relacionado com PCS.

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E o entendimento externado pelo Juízo a quo,


conforme o teor do acórdão, não afronta a literalidade da cláusula
em debate. A natureza interpretativa da matéria é indiscutível.
Ademais, cumpre ressaltar que se uma norma pode
ser diversamente interpretada, não se pode afirmar que a adoção de
exegese diversa daquela defendida pela parte enseja violação literal
dessa regra, que somente se configura quando se ordena expressamente
o contrário do que o dispositivo estatui.
Nesta senda, competia à Reclamada apresentar
dissenso de teses na análise da norma coletiva, embora idênticos os
fatos que as ensejaram (Súmula n.º 296 do TST e artigo 896, "b", da
CLT), medida, contudo, não observada pela Agravante.
No mérito, melhor sorte não socorre à Agravante.
De início, cumpre frisar que a alegação de ofensa
ao art. 5.º, II, da Constituição da República não impulsiona o
conhecimento do Recurso de Revista, porquanto o princípio
constitucional da legalidade, previsto nesse dispositivo, tem
caráter genérico, não permitindo configuração de ofensa de natureza
direta e literal, como exigido no art. 896, "c", da CLT, sem que
haja a revisão da interpretação dada a outras normas utilizadas na
decisão recorrida. Inteligência da Súmula n.º 636 do STF.
Esta Corte entende que, no caso de percebimento de
adicional   compensatório   previsto   em   regulamento   empresarial,
correspondente a complemento salarial para os empregados de cargos
gerenciais   comissionados   exercidos   por   mais   de   dez   anos,   deve
prevalecer a orientação da Súmula n.º 372, I, do TST, haja vista a
necessidade de preservação da estabilidade financeira do empregado.
Tendo   em   vista   o   escopo   do   entendimento   adotado,   não   há   como   se
admitir norma empresarial que estipule o pagamento parcial do valor
devido, visto que a medida é flagrantemente lesiva aos direitos do
obreiro.
Eis o teor do verbete sumular:

"GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU REDUÇÃO.


LIMITES.
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I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo


empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo
efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da
estabilidade financeira. (Ex-OJ n.º 45 - Inserida em 25.11.1996)."

Cito, por oportuno, os seguintes precedentes:

"RECURSO DE REVISTA. GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO.


INCORPORAÇÃO. RECEBIMENTO POR MAIS DE 10 (DEZ) ANOS.
CRITÉRIOS DE INCORPORAÇÃO FIXADOS EM NORMA INTERNA.
Uma vez incontroversa a percepção de gratificação de função por mais de
10 (dez) anos, o acórdão regional está conforme à jurisprudência do TST,
consolidada na Súmula n.º 372, item I, que dispõe: ‘GRATIFICAÇÃO DE
FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU REDUÇÃO. LIMITES. I - Percebida a
gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o
empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá
retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade
financeira’. Nos termos do verbete, ao empregado é assegurada a
estabilidade financeira quando ocorre a perda da função exercida por mais
de dez anos, como no caso dos autos. Desse modo, a previsão normativa
referente ao Adicional Compensatório de Perda de Função de Confiança,
por admitir perda parcial do valor, é lesiva aos direitos do empregado."
(TST-RR - 117300-30.2007.5.01.0019, Relator: Desembargador Convocado
João Pedro Silvestrin, 8.ª Turma, DEJT 31/10/2014.)

"GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO PERCEBIDA POR MAIS DE


DEZ ANOS. SUPRESSÃO. INCORPORAÇÃO. ADICIONAL
COMPENSATÓRIO PREVISTO EM REGULAMENTO EMPRESARIAL.
CEF. RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE NÃO CONHECIDO.
VIOLAÇÃO AO ARTIGO 896 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO
TRABALHO CONFIGURADA. A matéria da integração da gratificação de
função encontra-se pacificada na citada Súmula/TST n.º 372, item I, a
saber: "Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo
empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo
efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da
estabilidade financeira". O referido verbete sumular não concebe nenhuma
exceção à incorporação da gratificação de função, em situação com a dos
autos, em que percebida por dez ou mais anos, e que haja previsão diversa
em regulamento empresarial. A atitude da Reclamada ensejou alteração
unilateral flagrantemente prejudicial à obreira, em violação do artigo 468 da
Consolidação das Leis do Trabalho, tendo em vista que a supressão
patrimonial agride os princípios da irredutibilidade salarial e da estabilidade
econômica. Precedentes desta SBDI1. Ressalva de entendimento pessoal.
Violação ao artigo 896 da Consolidação das Leis do Trabalho configurada.
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Recurso de embargos conhecido e provido." (TST-E-RR-270400-


03.2003.5.07.0011, SBDI-1, Relator: Ministro Renato de Lacerda Paiva,
DEJT 14/12/2012.)

"RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE GRATIFICAÇÃO


DE FUNÇÃO. INCORPORAÇÃO. 1. Conforme a Súmula n.º 372, I, deste
Tribunal Superior do Trabalho, assegura-se ao empregado a estabilidade
financeira quando ocorre a perda da função de confiança exercida por mais
de dez anos, como no caso. Sendo assim, a previsão normativa referente ao
Adicional Compensatório de Perda de Função de Confiança, por admitir
perda parcial do valor, é lesiva aos direitos do empregado, sendo aplicável o
princípio da estabilidade econômico-financeira constante no artigo 7.º, VI,
da Constituição da República. Precedentes. 2. Recurso de revista conhecido
e provido." (TST-RR-77100-09.2007.5.12.0040, 1.ª Turma, Relator:
Desembargador Convocado José Maria Quadros de Alencar, DEJT
7/1/2014.)

"GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO PERCEBIDA POR MAIS DE


DEZ ANOS. CRITÉRIOS DE INCORPORAÇÃO FIXADOS EM
NORMA INTERNA DA EMPRESA. A circunstância de o Regulamento
Empresarial prever o pagamento de adicional compensatório por perda da
função proporcional ao tempo de percepção da respectiva gratificação não
afasta a incidência da Súmula 372, item I, do TST, que prevê a
incorporação integral da gratificação de função percebida pelo empregado
por mais de dez anos. Incidem, no caso, o disposto no artigo 896, § 4.º, da
CLT e o teor da Súmula n.º 333 do TST, que obstam o processamento de
Recurso de Revista contrário à iterativa e notória jurisprudência deste
Tribunal, o que afasta a alegação de violação dos dispositivos invocados,
bem como de divergência jurisprudencial. Recurso de revista de que não se
conhece." (TST-RR-998-40.2010.5.04.0661, 7.ª Turma, Relator:
Desembargador Convocado Valdir Florindo, DEJT 21/6/2013.)

Estando o entendimento assente na decisão regional


alinhado à jurisprudência firmada no âmbito desta Corte, descabe o
processamento do Recurso de Revista, na forma da Súmula n.º 333 e do
contido no § 7.º do art. 896 da CLT.
Nego provimento.

AGRAVO DE INSTRUMENTO DO SINDICATO AUTOR

CONHECIMENTO

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Presentes os pressupostos legais de


admissibilidade, conheço do Apelo.

MÉRITO

GRATUIDADE DA JUSTIÇA - SINDICATO ATUANDO COMO


SUBSTITUTO PROCESSUAL
A questão do deferimento da gratuidade de justiça
nas causas em que o Sindicato atua como substituto processual já foi
objeto de análise por esta Quarta Turma quando do exame do Recurso
de Revista em que se reconheceu a incidência da prescrição parcial
com consequente retorno dos autos ao Tribunal de Origem.
Na oportunidade, ficou registrado que:

"Esta Corte Superior já se manifestou sobre a questão, entendendo


que, sendo a parte pessoa jurídica, o benefício da justiça gratuita, relativo à
isenção das custas processuais, para ser concedido, depende de
demonstração do estado de dificuldade financeira, não servindo como prova
a mera declaração da pessoa jurídica sobre sua miserabilidade jurídica. No
caso dos autos, não há notícias de que o Sindicado tenha feito prova de sua
dificuldade econômica."

Assim, fica prejudicada a análise do Apelo.


Nego provimento.

ISTO POSTO

ACORDAM  os   Ministros   da   Quarta   Turma   do   Tribunal


Superior   do   Trabalho,   por   unanimidade,   conhecer   dos   Agravos   de
Instrumento da Reclamada e do Sindicato Autor e, no mérito, negar­
lhes provimento.
Brasília, 25 de Março de 2015.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)


MARIA DE ASSIS CALSING
Ministra Relatora

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