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Distribuidora Educacional S.A.
ISBN 978-85-8482-283-6
CDD 658.7
2016
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Sumário
Unidade 1 | Logística internacional e suas operações 9
Caro aluno, este livro foi elaborado com o intuito de proporcionar a você um
caminho consistente para o aprendizado do universo da Logística Internacional,
que como sabemos, tem uma preocupação centrada no fluxo de mercadorias a
serem importadas e exportadas.
Na primeira unidade do livro, escrita pelo professor Adriano Rosa Alves, será
feita a apresentação dos conceitos e fundamentos da Logística Internacional e
suas operações. Você terá a oportunidade de compreender como são executadas
as operações relacionadas à Logística Internacional e poderá ver a evolução do
comércio internacional.
Bom estudo!
Unidade 1
LOGÍSTICA INTERNACIONAL E
SUAS OPERAÇÕES
Adriano Rosa Alves
Objetivos de aprendizagem:
Introdução à unidade
Na década de 90 houve uma grande mudança em nosso cenário empresarial,
em que as organizações foram obrigadas, pela concorrência, a dar a devida
importância ao processo produtivo, com elevado padrão de eficiência operacional.
A busca pela excelência e o estabelecimento de vantagens competitivas impuseram
às empresas a verificação de alternativas capazes de esquivar-se das estratégias dos
concorrentes. Este momento colocou a logística no centro das tomadas de decisão
empresarial. Nesta década também ocorrera um fator econômico muito importante
em nossa Nação, a implantação do Plano Collor I, no Governo Collor, que abordava,
desde congelamento de salários e a inflação, à abertura do comércio brasileiro ao
exterior. Várias empresas foram atraídas a estabelecerem os seus negócios em nosso
território, bem como a comercialização de produtos importados aumentou devido
à queda das tarifas alfandegárias, tornando o mercado mais atraente. Isto gerou a
necessidade de as empresas correrem atrás do prejuízo e buscar a modernização
em suas atividades, pois os consumidores estavam tendo uma maior oferta de
produtos e com preços menores. Assim, temos presente o efeito da globalização,
em que empresas situadas em várias partes do globo produzem e redistribuem seus
produtos entre as filiais espalhadas em outros territórios. A globalização e os negócios
internacionais tomam força com o avanço da tecnologia e da internet, sendo
então, produtos e serviços, comercializados pelo E-commerce. De acordo com o
artigo do site Relações Internacionais (CUNHA, 2013), a logística internacional é um
instrumento necessário para a ampliação do comércio exterior mundial. Esta pode
ser utilizada estrategicamente como um diferencial competitivo nas negociações
globais.
Seção 1
Ludovico (2012) fez uma divisão em sua obra, para simples limitação de épocas,
facilitando assim, a visão de como era realizado o processo de comercialização. Na
primeira fase, encontramos a idade antiga, em que as negociações comerciais eram
conhecidas como escambo, que era a troca de produtos excedentes que alguém
ou uma região produzia por outro produto excedente de outro produtor ou região.
No Brasil, este fato ocorreu quando os portugueses aqui chegaram e “presenteavam”
os índios com os utensílios que eles traziam com eles, por trabalho e especiarias da
nossa região.
Observando a América Latina, o Brasil fora o único país nos últimos dez anos
que alavancou seus processos de exportação. Para que nossos números melhorem
e nossa potencialidade seja explorada, precisamos adotar uma postura diferente
quanto às medidas econômicas, em razão dos altos juros e da taxa cambial, que,
por consequência, reflete na desistência de muitas empresas exportarem. De
acordo com Ludovico (2012, p. 11):
Todos os dias são veiculados nos meios midiáticos todos os problemas que
vivenciamos, e para alcançarmos um posicionamento de desenvolvimento no
ranking das nações, precisamos focar em um problema primordial que afeta os
demais: a educação. Assim, não ficaríamos somente em destaque no agronegócio,
mas poderíamos ser citados como referência em outras áreas, pois a cultura
sempre foi e será a base de tudo.
Nosso Governo, através do Ministério do Desenvolvimento, Indústrias e
Comércio Exterior informa que as pequenas e médias empresas necessitam ser
direcionadas à exportação, pois, se considerarmos o enorme parque industrial no
país, mais de 95% delas não participam com seus produtos nas vendas externas, seja
por medo de investir, seja por falta de conhecimento das negociações comerciais
de exportação, ou até por acreditarem que seus produtos não seriam aceitos no
exterior (LUDOVICO, 2012).
1.3 Conceitos e definições: globalização e logística internacional
Após esta viagem no tempo, analisando os dados e situações que foram
moldando a política de negócios do Brasil, você pode observar a importância
que o estudo da Logística Internacional tem para qualquer empresa que queira
atuar no mercado externo. Sendo assim, vamos rever alguns conceitos antes de
aprofundarmos o tema: Logística Internacional. Atente-se aos tópicos que iremos
abordar para reavivar seus conhecimentos e fazer um link com os assuntos que
abordaremos.
Sobre a Logística Empresarial, necessitamos definir qual o seu conceito,
segundo Ballou (2010, p. 17):
Você pode observar que, todos os discursos abordados pelos autores sempre
recaem sobre as questões dos custos envolvidos no processo, bem como sobre as
questões da inovação tecnológica e o acesso a novos mercados e oportunidades,
além do processo de importação de Know how de outras culturas, devido ao
relacionamento estabelecido pela comercialização de bens, produtos e serviços.
Afirma Dornier et al. (2011, p. 43):
Podemos observar, através das proposições feitas por Dornier, que a gestão
de logística é obrigada a adaptar-se ao ambiente competitivo. A cadeia global
de suprimentos/abastecimento enfrenta grandes pressões para integrar suas
atividades. Observe a figura abaixo sobre a integração das atividades logísticas.
Figura 1.5 | Os três tipos de integração da logística global
Integração
Geográfica
Gestão das
Operações e
Logística Globais
Integração Integração
Setorial Funcional
Vale lembrar que, para enviarmos produtos para o exterior, devemos nos ater
aos símbolos e marcas de identificação dos tipos de produtos transportados que
vão estampados nas etiquetas e rótulos. Tais normas foram estabelecidas pela
Organização das Nações Unidas (ONU) e são traduzidas por meio de gravuras,
símbolos e logomarcas. Abaixo, alguns modelos de identificação que são utilizados
para identificação dos tipos dos produtos que estão sendo transportados.
Seção 2
Imagine você, se sem saber, ao comercializar o seu produto para outro país,
sua marca tem um nome, pronúncia ou imagem que possa ter um caráter de
ofensa para o país de destino. Devemos nos preocupar com todos os detalhes,
eis a justificativa do plano de exportação. Sobre a sua marca, devem ser vistos os
seguintes aspectos quando for ingressar em um novo mercado:
Veja que o exportador necessita preocupar-se como sua marca será introduzida
em um novo mercado e quais serão os efeitos que ela irá ocasionar. Quanto
às questões jurídicas, é essencial que se contrate um escritório de advocacia
especializado nesta área para monitorar os processos, evitando que algum
concorrente local, ou mesmo estrangeiro, possa registrar uma marca similar,
prejudicando os negócios futuros. Ludovico (2012, p. 25) comenta que:
Fica claro que não há espaço para equívocos e todos os detalhes devem ser
muito bem observados, contratando, quando necessário, pessoas especializadas
em cada área que está relacionada ao processo de comércio internacional. Para
que tudo seja possível, é necessário escolher parceiros internacionais que sejam
comprometidos com o seu processo e com o negócio. É primordial, depois da
parceria eleita, elaborar um plano de ação, em que haverá o detalhamento dos
procedimentos para iniciar os trabalhos, bem como manter contato permanente
com o parceiro internacional. A informação precisa transitar constantemente e
motive-o a querer crescer junto com sua empresa, apoiando-o para participar de
feiras e eventos do gênero trabalhado.
Para Dornier (2009, p. 510) há três maneiras principais pelas quais as flutuações
das taxas de câmbio afetam o desempenho financeiro de uma empresa. São elas:
Sobre a taxa Nominal e Real, Dornier (2011) nos explica que a taxa nominal é
o preço do dinheiro de uma nação em relação ao de outra, exemplo: hoje, um
dólar (US$ 1,00) equivale a três reais e quarenta e seis centavos (R$ 3,46) no Brasil;
já a taxa real causa mudanças nos preços de produtos e serviços consumidos
e produzidos pela empresa, ou seja, a variação das taxas cambiais vai interferir
diretamente nos preços dos bens e serviços produzidos.
Ludovico (2012, p. 35) cita que “no Brasil, o papel dessas empresas repercutiu
em muito na imagem que nossos produtos têm no exterior, graças à sua dedicação
Você pode observar que o agente exportador deve ser muito bem pesquisado
e selecionado, pois ele vai representar a sua marca, o seu produto, a sua empresa
em solo estrangeiro e qualquer ato que venha desabonar a credibilidade da sua
empresa não pode ocorrer, e caso ocorra fora do Brasil, poderia dificultar mais
ainda a solução. Não podemos deixar de citar que, depois da escolha feita, é
necessário elaborar o contrato de agenciamento. Este é elaborado para solucionar
controvérsias e para a proteção legal de ambos os envolvidos.
Para que o agente possa cumprir com suas obrigações elencadas, é necessário
que ele seja treinado, dirigido e controlado e não deve ser relegado às suas
próprias iniciativas. Vale também citar que o agente, respaldado pelo contrato
jurídico estabelecido entre o exportador e ele, assumirá poderes contratuais; irá
exercer representação em nome da empresa exportadora e solucionará possíveis
problemas que envolvam a empresa exportadora.
cada região tem suas especificidades no que tange a informações do produto nas
embalagens, bem como a quantidade de produtos que são disponibilizados. Com
relação à proteção, quantificação e qualificação, podemos observar: proteção,
quantificação e qualificação.
b) Teto aberto (Open top): tipo convencional com teto removível (lona)
– aplicações: maquinários pesados ou volumes que devido ao grande peso
necessitam ser acondicionados por cima do contêiner.
• Cofins – importação.
• PIS – importação.
Quem pode ser um importador no Brasil? Ludovico (2012, p. 105) cita que:
E assim, finalizamos esta unidade de estudo, não deixe de acessar os links que
marquei neste material. São matérias que vêm enriquecer o seu conhecimento e
somar para auxiliá-lo em sua carreira profissional.
Referências
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais,
distribuição física. São Paulo: Atlas, 2010.
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento.
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
BLOGERS. O que é globalização. Disponível em: <http://www.blogers.com.br/o-que-
e-globalizacao/>. Acesso em: 11 ago. 2015.
BRASIL. Lei nº 4.907, de 17 de dezembro de 1965. Dispõe sobre o uso de cofres de
carga nos transportes de mercadorias. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/1950-1969/L4907.htm>. 3 nov. 2015.
BRASIL. Lei nº 6.288, de 11 de dezembro de 1975. Dispõe sobre a utilização,
movimentação e transporte, inclusive intermodal, de mercadorias em unidades de
carga, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/1970-1979/L6288.htm>. 3 nov. 2015.
BRASIL. Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre o Transporte Multimodal
de Cargas e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L9611.htm#art35>. 3 nov. 2015.
CÂMARA dos Deputados. Decreto nº 59.316, de 28 de setembro de 1966.
Regulamenta a Lei nº 4.907 de 1965 e dá outras providências. Disponível em: <http://
www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-59316-28-setembro-1966-
399846-publicacaooriginal-1-pe.html>. 03 nov. 2015.
CÂMARA do comércio internacional – CCI. Regulamento de arbitragem; regulamento
de mediação. Disponível em: http://www.iccwbo.org/Data/Documents/Buisness-
Services/Dispute-Resolution-Services/Mediation/Rules/2012-Arbitration-Rules-and-
2014-Mediation-Rules-PORTUGUESE-version/. Acesso em: 04 nov. 2015.
CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Tradução: Ez2 Translate. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
CUNHA, Claussia. A logística internacional como ferramenta indispensável para
o crescimento dos negócios internacionais. In: RI Relações Internacionais, 2013.
Disponível em: <http://relacoesinternacionais.com.br/2013/01/16/a-logistica-
internacional-como-ferramenta-indispensavel-para-o-crescimento-dos-negocios-
internacionais/>. Acesso em: 20 jul. 2015.
DORNIER, Philippe Pierre et al. Logística e operações globais: textos e casos. São
Paulo: Atlas, 2011.
ECRBRASIL. Cadeia de suprimentos. Disponível em: <http://www.ecrbrasil.com.br/
ecrbrasil/page/cadeiadeabastecimento.asp>. Acesso em: 11 ago. 2015.
SISCOMEX
Objetivos de aprendizagem:
56 Siscomex
U2
Introdução à unidade
Nesta unidade, apresentaremos o divisor de águas para as operações de comércio
exterior no Brasil: o Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex.
O comércio exterior data, no Brasil, do século XIX e desde então cresceu muito,
uma vez que se tornou muito importante para a economia nacional. Com o advento
da abertura dos mercados em 1992, no Brasil, houve o início também de uma nova
era globalizada. Com os processos de informações cada vez mais rápidos, surgiu a
necessidade de um sistema unificado, ágil e de viabilidade ímpar, que possibilitasse
ao país níveis mais altos de competitividade frente às demais nações.
Siscomex 57
U2
58 Siscomex
U2
Seção 1
Podemos afirmar que a criação deste sistema contribuiu para o Brasil dar “passos
largos” junto às operações comerciais com outros países.
O Brasil desde sua descoberta já iniciava, como uma de suas primeiras atividades
econômicas, a extração e exportação do Pau-Brasil (árvore encontrada na época
com facilidade nas matas brasileiras e que possui uma resina avermelhada, que
era utilizada como tintura pela indústria têxtil em outras regiões, além da própria
madeira que era muito usada na confecção de móveis de luxo) e ao passar dos anos
Siscomex 59
U2
novas oportunidades foram surgindo, tais como ciclo do açúcar, café (este último
até os dias atuais movimenta milhões em exportação a outros países, trazendo
riquezas para o Brasil). Com isto, deram ao Brasil a característica de exportador
apenas de matérias-primas, ou seja, produtos naturais não manufaturados (algodão,
cacau, açúcar, madeira, café, carne etc.). A partir de 1960, devido às necessidades
econômicas do país, novas oportunidades e carências levaram à parceria com
empresas sediadas em outros países.
60 Siscomex
U2
Siscomex 61
U2
62 Siscomex
U2
Siscomex 63
U2
64 Siscomex
U2
Seção 2
Siscomex 65
U2
• Ministro da Fazenda.
• Ministro da Agricultura.
• Ministro da Pecuária e Abastecimento.
• Ministro do Desenvolvimento Agrário.
• Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Outros órgãos que estão ligados ao CAMEX:
• Secretaria Executiva.
66 Siscomex
U2
Legislação
Resolução CAMEX nº 16, de 12 de março de 2010
Resolução CAMEX n°43, de 17 de junho de 2010
Lei nº 12.270, de 24 de junho de 2010
Resolução CAMEX nº 105, de 18 de dezembro de 2013
Siscomex 67
U2
Histórico
68 Siscomex
U2
Quando falamos de comércio exterior, cabe ressaltar que este cenário é uma via
de mão dupla, onde alguns setores também importam produtos de outros países,
e em algumas situações, a interferência do MDCI passa a ser fundamental, uma
vez que busca defender os interesses das empresas locais e fomentar também sua
participação externa.
- Capacitação.
- Qualificação.
Siscomex 69
U2
70 Siscomex
U2
Siscomex 71
U2
72 Siscomex
U2
Como estamos falando de comércio exterior, cabe lembrar que cada país
possui suas políticas de negociação e justamente por este fato, é necessária uma
representação que possibilite tratados que não ameacem os interesses brasileiros
e não coloquem em risco investimentos internacionais, assim como, possam
discutir mecanismos de defesa comercial e outros temas sobre o assunto.
Aprofundando Conhecimento
Mercados abertos em 2015 têm potencial de US$ 1,4 bi em exportações ao ano
29 de Julho de 2015
“É importante destacar que esse valor é uma projeção do potencial que esses
mercados representam. Duas semanas após a abertura do mercado da China, por
exemplo, já embarcamos duas mil toneladas de carne para aquele país”, disse a
secretária.
Tatiana Palermo assinalou que o Mapa trabalha para ampliar ainda mais as
exportações de produtos agropecuários no segundo semestre, com foco na Arábia
Saudita, Coreia do Sul, Japão, países do Golfo Pérsico, Rússia e China.
Atualmente, estão em curso negociações com 22 mercados que ainda não são
acessados pelos produtos brasileiros e que, juntos, apresentam potencial de US$
82 bilhões em exportações ao ano de itens como carnes, frutas, lácteos, suco de
laranja, ração, material genético, açúcar e café.
Siscomex 73
U2
74 Siscomex
U2
Siscomex 75
U2
76 Siscomex
U2
Em sua missão e visão fica mais clara a participação deste órgão para o comércio
exterior:
A Apex ainda oferece serviços focados em fazer valer sua “ visão”, são eles:
• Inteligência de mercado.
• Qualificação empresarial.
• Estratégia para internacionalização.
• Promoção de negócios e imagem.
• Atração de investimento.
Aprofundando o Conhecimento
Realizado pelo projeto Pet Brasil, workshop em São Paulo reuniu profissionais
de diversos segmentos pet para atualização e troca de conhecimento
No workshop “Planejamento para Mercados Internacionais e Inteligência
Comercial”, organizado em julho pelo Projeto Pet Brasil, uma iniciativa da
Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet)
e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações de Investimentos (Apex-
Brasil), foram revelados dados importantes para empresas nacionais com a meta de
conquistar o mercado externo. Em países emergentes, cresce o número de pessoas
que alimentam seus animais com produtos industrializados, uma boa notícia para
quem deseja exportar às nações vizinhas ao Brasil. O melhor desempenho é dos
alimentos completos para gatos: crescimento de 7% em 2013 e 10% em 2014,
enquanto a comida para cães aumentou 13% em valor de vendas e 5% em volume
durante 2014.
Os dados foram revelados na palestra “Oportunidades, Tendências e Perfil
do Consumidor pelo Mundo”, apresentada pela Euromonitor International. A
população de gatos deve aumentar 25%, valor significativo para o Brasil, entre 2014
e 2019. O país deverá ter mais de 20 milhões de felinos em lares nesse período.
Dessa forma, alimentos para cães e gatos representarão quase dois terços das
vendas globais do setor pet na maioria dos mercados.
O alimento para cães ainda é o maior segmento da América Latina, principalmente
em países como México, Venezuela e Argentina que, junto do Brasil, foram os mais
relevantes em termos de crescimento desde 2009. Este quadro deve continuar o
mesmo até 2019, quando o Brasil, isoladamente, deve chegar à margem de US$
4,23 bilhões em faturamento anual.
Siscomex 77
U2
78 Siscomex
U2
Aprofundando o Conhecimento
Banco do Brasil
Aliado ao esforço do Governo Federal e com atuação histórica no comércio
exterior brasileiro, o Banco do Brasil vem implementando diversas ações com
o objetivo de auxiliar na ampliação da base de exportadores e de alavancar os
negócios de comércio exterior no país.
Siscomex 79
U2
Rio de Janeiro • 1778-7 núcleo de apoio aos negócios internacionais Rio de Janeiro.
Minas Gerais • 1616-0 núcleo de apoio aos negócios internacionais Belo Horizonte.
Paraná • 1628-4 núcleo de apoio aos negócios internacionais Curitiba.
Santa Catarina • 2309-4 núcleo de apoio aos negócios internacionais Blumenau.
• 1690-x núcleo de apoio aos negócios internacionais Porto Alegre.
• 2690-5 núcleo de apoio aos negócios internacionais novo
Rio Grande do Sul
Hamburgo.
• 2682-4 núcleo de apoio aos negócios internacionais Caxias do Sul
Distrito Federal • 1616-0 núcleo de apoio aos negócios internacionais Brasília.
Bahia • 2978-5 núcleo de apoio aos negócios internacionais Nordeste.
80 Siscomex
U2
Além de outras instituições que podem ter envolvimento, tais como: Exército
Brasileiro, BNDES, Inmetro, CNPq etc.
Siscomex 81
U2
82 Siscomex
U2
Seção 3
Siscomex 83
U2
A partir de 2010, o Siscomex passou atuar no ambiente web, pois durante muito
tempo atuava junto ao Sisbacen, o qual atuava na gestão das movimentações
financeiras, sendo acompanhado pelo Banco Central do Brasil, e os exportadores
e importadores tinham seu acesso pela rede de Serviço Federal de Processamento
de Dados – SERPRO.
84 Siscomex
U2
Siscomex 85
U2
86 Siscomex
U2
Siscomex 87
U2
88 Siscomex
U2
Siscomex 89
U2
90 Siscomex
U2
Siscomex 91
U2
92 Siscomex
U2
Referências
Siscomex 93
Unidade 3
ASPECTOS PORTUÁRIOS E
ADUANAS
Alessandra Petrechi de Oliveira
Objetivos de aprendizagem:
Seção 2 | Aduanas
Na seção 2, você vai compreender o que são as aduanas e os aspectos
aduaneiros referentes a importações e exportações. Vamos estudar as aduanas,
entendendo sobre os regimes e os procedimentos aduaneiros. Você vai conhecer
os regimes e procedimentos aduaneiros especiais e sobre o regime aduaneiro
aplicado em áreas especiais. Vamos ver ainda o despacho aduaneiro e os tributos
incidentes sobre as importações. Finalizamos a seção estudando os regimes
aduaneiros especiais como: Entreposto Aduaneiro, Industrialização em Recintos
Alfandegados e o RECOF, entre outros e os recintos alfandegados, como os portos
secos, aeroportos, entre outros.
U3
Introdução à unidade
Sabemos que a logística deve prover os meios para entregar bens, pessoas e
capacidade de manufatura: no lugar correto, no tempo correto, na quantidade
correta, com a qualidade correta e no preço correto, sempre com o objetivo de
criar valor ao longo da cadeia logística.
Seção 1
Sistema portuário
Nesta seção, você vai entender sobre os aspectos portuários brasileiros e
internacionais, sobre os trabalhadores portuários e os navios e contêineres. O estudo
continua nos levando à compreensão dos fretes internacionais, da documentação e do
papel dos armadores e agentes de carga nos processos de importação e exportação.
Um porto é uma área localizada à beira de um oceano, mar, lago ou rio, destinado
ao atracamento de barcos e navios, para carregamento e descarregamento de carga
(estoque temporário), e também para o movimento de pessoas (turismo).
Extensão do cais: é a faixa portuária à beira da água onde irão operar os guindastes,
caminhões e onde se encontra a “muralha”- construção que permite a atracação dos
navios.
1.2 Navios
Os navios que realizam o transporte de carga são conhecidos como mercantes.
Podemos dividir os navios em três categorias: (1) Navios mercantes de transporte
(Navios de carga geral, Navios frigoríficos, Navios graneleiros, Navios mineraleiros
(caso particular do navio graneleiro), Navios de passageiros, Navios porta-contentores,
Navios roll on roll off, Navios tanque (caso particular do navio graneleiro); (2) Navios
de pesca (Pesca de arrasto, Navios atuneiros, Navios lagosteiros, Pesca de linha); e
(3) Navios auxiliares (Batelões, Lanchas de pilotos, Navios draga, Navios faróis, Navios
FPSO, Navios FSO, Navios quebra-gelos, Rebocadores).
Navio mineraleiro: são os navios que transportam cargas a granel como minério
de ferro e carvão, entre outros minérios, sendo conhecidos como Ore Ships.
Suas escotilhas tomam toda a área do convés, sendo que suas guias principais
servem para encaixar os contêineres no interior do navio.
Navio roll on roll off: essas embarcações têm compartimentos para que a carga
entre e saia dos porões, na horizontal ou quase horizontal. A carga transportada nesses
navios são carros, ônibus, caminhões, carretas, trailers, estrados volantes, entre outros.
Podemos encontrar navios desse tipo especializados sendo chamados de: porta-
carros, porta-carretas, multi-propósitos. Sua principal característica é altura do costado,
que é muito alta, e a rampa na parte de ré do navio.
Navio tanque: esses navios transportam cargas líquidas como petróleo e produtos
refinados, como: álcool, gasolina, diesel, querosene e produtos químicos em geral.
1.3 Contêineres
Um contêiner tem uma capacidade que é uma medida conhecida como TEU,
que em inglês quer dizer Twenty feet Equivalent Unit (unidade equivalente a um
contêiner de 20 pés).
No Brasil, uma das tecnologias mais utilizadas na logística dos portos é o sistema
EDI (Sistema Eletrônico de Informação).
1.7 Fretamento
(1) FCL (Full Container Loading): é o preço do container cheio. Todo espaço
do container é cedido para a empresa detentora das mercadorias consolidá-lo da
forma que quiser, mas nada impede que uma organização compre um frete FCL,
não faça uso integral do container e o mesmo seja preenchido pelo armador com
carga de outros clientes.
(2) LCL (Less than Full Container Loading): esse valor é composto pelo frete
básico, que é cobrado sobre uma base de cálculo que representa o espaço no
container, em w/m³, (restrito por tonelada ou metro cúbico), o que for maior.
• Taxa de coleta (collect fee) e ágio cobrado sobre o frete base, dentre outras
taxas especificas de cada porto e de algumas rotas.
• Declaração de Exportação.
• Certificado de Seguro.
• O número de ordem.
• Contratos bareboat.
• Afretamento parcial.
Também é um contrato a casco nu, mas neste contrato o fretador fica com a
posse e a administração do navio. Nos dois casos é o afretador que emite a carta-
partida ou o conhecimento.
É a criação de uma empresa, uma join venture, que surge da união de dois ou
mais armadores, para que se possa oferecer uma maior capacidade de transporte
de carga em uma única viagem. Nestas operações, tais empresas cedem, uma
a outra, espaços em seus navios para que lá sejam colocadas as cargas que
negociaram.
Resp. Resp.
Contrato Objeto Gestão
Carga Terceiros
Casco nu Cessão do navio desarmado e Náutica: Afretador Afretador Afretador
(Bareboat sem tripulação. Comercial: Afretador
Charter) - locação
O valor do frete deve cobrir o uso do navio durante o período de tempo das
operações de carga e descarga, conhecido como layday ou laytime, e os gastos
com viagens (viagem para carregamento ou de aproximação e operação de
descarga).
1.17 Demurrage
1.18 Despatch
1.20 O afretador
Em alguns casos, o afretador pode ser um armador que obtém carga, sem
navios próprios em posição para transportar.
2. O navio graneleiro é:
a) A embarcação que transporta carga a granel: milho, trigo,
soja, minério de ferro etc. Se caracterizam por longo convés
principal onde o único destaque são os porões.
b) É um navio com o objetivo de transportar pessoas, com
o intuito turístico, sendo necessário caber mais de 12 pessoas
para ser considerada embarcação de passageiros.
c) Semelhante aos navios de carga geral, mas normalmente
não possuem além de um ou dois mastros simples sem paus
de carga. As escotilhas de carga tomam todo o convés, sendo
que as existem guias onde são encaixados os contêineres nos
porões da embarcação.
d) Um navio em que a carga entra e sai dos porões e cobertas,
na horizontal ou quase horizontal, geralmente sobre rodas
(automóveis, ônibus, caminhões) ou sobre veículos (geralmente
carretas, trailers, estrados volantes etc.).
e) Uma embarcação destinada ao transporte de petróleo,
produtos refinados e químicos como: álcool, gasolina, diesel,
querosene.
Seção 2
Aduanas
Introdução à seção
A logística interna ou doméstica é aquela que envolve todas as atividades de
movimentação, transporte, armazenagem e distribuição dentro das fronteiras de um
mesmo país.
2.1 Aduana
TERRITÓRIO ADUANEIRO
São os regimes aduaneiros que não se adequam à regra geral do regime comum
de importação e de exportação. Como exemplo temos: Trânsito Aduaneiro;
Admissão Temporária; Drawback; Entreposto Aduaneiro; e Depósito Alfandegado
Cerificado – DAC.
Uma mercadoria é despachada com base na declaração que foi feita pelo
exportador ou importador. As informações declaradas levam ao cálculo dos
tributos que são devidos.
O despacho aduaneiro pode ser: (1) com registro no SISCOMEX ou (2) sem
registro no SISCOMEX.
Uma mercadoria após ter sua declaração de importação feita passa pelo
processo de despacho aduaneiro, do seguinte modo: (1) a DI é submetida à análise
fiscal e (2) selecionada para um dos canais de conferência.
• Acondicionamento e recondicionamento.
• Montagem
Referências
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Rio de Janeiro: Renovar, 1992.
AZÚA, Daniel E. Real de. Transportes e seguros marítimos para o exportador. 2. ed.
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WILSON, John F. Carriage of goods by sea. London: Pitman, 1988. 456 p.
INCOTERMS, FRETE E
SEGURO DE TRANSPORTES
INTERNACIONAIS
Alexandre Trevizan Borges
Objetivos de aprendizagem:
Introdução à unidade
Neste capítulo aprenderemos sobre Inconterms (Internacional Commercial
Terms), fretes e seguros de transportes internacionais, os quais são fundamentais
para o processo de precificação dos produtos finais, assim, como trâmites
necessários para as operações de comércio exterior.
Seção 1
- a indicação do local;
É a mesma raiz conhecida no sul do país como aipim, que por sua vez é a
mesma mandioca conhecida em várias regiões do Brasil.
Figura 4.2 | Mandioca
- embalagens;
- volumes e suas devidas marcações;
- origem, e sua forma de carregamento;
- modais utilizados (tanto na origem do produto, como a viabilização da entrega
do mesmo em seu destino) sabendo que estes são feitos por transporte:
• Rodoviário.
• Aquaviário.
• Ferroviário.
• Aéreo.
• Dutoviário.
- Desembaraço Aduaneiro, onde são especificados todos os procedimentos
relativos a custos, impostos, recolhimentos etc.
É importante saber que desde sua criação em 1936, os termos passaram por
atualizações e sua última foi em 2010, uma vez que se fazem necessárias adaptações
e revisões visando à adaptação às novas formas de negociação, buscando assim,
sempre dar um melhor entendimento aos compromissos mútuos assumidos entre
o vendedor e o comprador. Segundo Assumpção (2007, p. 82):
Seção 2
Grupos de Inconterms
Os inconterms são de suma importância para as operações de comércio
exterior, uma vez que trazem as informações de deveres e direitos dos negociadores
(importadores e exportadores).
• E de Ex.
• F de Free.
• C de Cost.
• D de Delivery.
2.1 Grupo E
2.1.1 EXW - Ex Works - a partir do local da produção (local designado)
Quando o comprador terá a mercadoria em local designado de produção
(podendo ser na indústria, galpão), em uma data acordada. Todos os custos e
riscos são de responsabilidade do comprador.
2.2 Grupo F
2.2.1 FCA - Free Carrier – Livre Transportador (usa-se também o termo franco
transportador) (local designado)
Neste Inconterm, o vendedor tem sua responsabilidade finalizada quando
efetua a entrega da mercadoria já desembaraçada para que possa ser exportada.
A mercadoria é entregue para o transportador que foi indicado (nomeado) pelo
comprador em local designado.
Figura 4.5 | Inconterms FCA
2.2.2 FAS - Free Alongside Ship - Livre no costado do navio (porto de embarque
designado)
O vendedor tem a responsabilidade de levar a mercadoria até o lado do costado
do navio, este deve se encontrar no cais do porto o qual foi designado para
embarque (podendo também ser entendido com embarcação para transbordo,
quando houver a necessidade).
Vale ressaltar que até a revisão dos Inconterms no ano de 2000, a responsabilidade
pelo desembaraço era do comprador e não do vendedor, conforme mencionado
acima.
Figura 4.6 | inconterm FAS
2.3 Grupo C
2.3.1 CFR - Cost and Freight - Custo e Frete (porto de destino designado)
Esta modalidade é utilizada apenas para transporte marítimo e fluvial, caso seja
contemplado outro transporte, é possível a inclusão do inconterm CPT.
2.3.3 CPT - Carriage Paid To - Transporte Pago Até... (local destino designado)
Nesta modalidade, o frete até o local indicado como destino é de responsabilidade
do vendedor. Os riscos relativos a danos e perdas causados na operação desde sua
recepção são assumidos pelo comprador.
Vale ressaltar que este Inconterm pode amparar transporte intermodal, sendo
assim, quando da utilização de vários modais no transporte de mercadorias, os
riscos são do comprador a partir do primeiro transportador que recepciona a
mercadoria do vendedor.
Figura 4.10 | Inconterm CPT
2.3.4 CIP - Carriage and insurance paid to - Transporte e seguro pagos até (local
de destino designado)
O vendedor tem a responsabilidade do frete até o local de destino designado,
podemos dizer que todas as responsabilidades são idênticas ao CPT, porém com
a inclusão do termo de seguro.
2.4 Grupo D
2.4.1 DAP – Delivered at Place – Entregue no local (local de destino designado)
A mercadoria deve ser entregue para a exportação já desembaraçada na origem,
além de efetuar o transporte internacional, descarregamento no porto acordado
em contrato. Todas estas atividades serão de responsabilidade de vendedor.
Vale ressaltar que este Inconterm substituiu os termos DAF, DES e DDU, os
quais vigoravam nos termos de Inconterms 2000.
2.4.3 DDP - Delivered Duty Paid - Entregue Direitos Pagos (local destino
designado)
Neste termo, o vendedor, praticamente, é designado por todas as etapas, sendo
excluída apenas a descarga da mercadoria no destino.
Esta modalidade pode ser utilizada para qualquer uma das modalidades de
transporte.
Figura 4.14 | Inconterm DDP
Cabe lembrar de que existem algumas situações que não são contempladas
pelos Inconterms e atualmente previstas pela CCI, a exemplo do FOT – Free on
truck - Livre em caminhão - o que segundo Faro e Faro (2012, p. 41), é “uma versão
bem mais antiga das regras internacionais de interpretação dos Inconterms. Esse
é um aspecto que merece uma atenção especial do empreendedor brasileiro,
porque a legislação nacional trata diferentemente as compras e vendas)”.
Seção 3
Sendo assim, todo empreendedor que busca atuar neste setor de importação e
exportação tem a necessidade de aprender sobre estas modalidades:
Transportes:
- Rodoviário.
- Ferroviário.
- Dutoviário.
- Aéreo.
- Fluvial/Lacustre.
- Marítimo.
Figura 4.15 | Modelo utilizado pelos correios em seu site para cálculo de frete
São eles:
- Argentina.
- Bolívia.
- Chile.
- Peru.
- Paraguai.
- Uruguai.
- Venezuela.
O Mercosul facilita ainda mais a utilização deste modal, por possuir tratados
específicos de integração, onde existe uma preocupação entre fomentar operações
de comércio, turismo e até de âmbito cultural.
a) Carroceria aberta.
b) Boiadeiro.
c) Plataforma.
d) Baú.
a) Cegonheiras.
b) Boogies.
c) Trailers.
d) Chassis.
e) Plataforma.
Consulte <http://www1.dnit.gov.br/>.
Modelos de frete:
Frete a pagar (freight collect) onde o mesmo é pago no destino (recepção pelo
importador).
• Alta competitividade frente ao frete rodoviário, uma vez que sua formatação
de consumo e capacidade possibilita sua atratividade.
• Taxa de expediente: pode vir a ser cobrada para cobrir despesas ocasionadas
pela emissão de Conhecimento de Embarque.
Obs.: Este frete não é aceito para transporte de cargas que sejam deterioráveis
ou plantas vivas.
Vale ressaltar que não são todas as empresas de transporte aéreo que são
filiadas a IATA, uma vez que não são obrigadas a tal, porém, o mercado apresenta
certa desconfiança a estas empresas que não fazem parte desta entidade.
O cálculo do frete aéreo pode ser extraído por meio do peso ou do volume da
mercadoria, sendo considerado aquele que proporcionar o maior valor.
Cálculo:
C x L x A = kg/volume a ser cobrado
6000
Onde:
C= Comprimento
L= Largura
A = Altura
Classificações existentes:
• Tarifa mínima: representa o valor mínimo a ser pago pelo embarcador. Não é
classificada pela IATA.
Possuímos nesta modalidade também o frete básico, que não possui acréscimo
de quaisquer tipos de adicional/taxa, ou seja, é o frete “seco”.
3.10.2 Sobretaxas
• Port Congestion Surcharge – sobretaxa de congestionamento portuário.
• War Surcharge – sobretaxa de guerra.
• Bunker Surcharge – sobretaxa por aumentos extraordinários dos preços de
combustíveis.
• Differencial Port Surcharge – adicional de porto secundário.
3.10.3 Fretes cálculos/frete mínimo
Os fretes podem ser estipulados de várias formas:
• Balsas.
• Barcaças.
• Chatas.
Modal rodoviário: é um dos mais utilizados, porém seu custo tem um preço
expressivo e apresenta impossibilidade de atuar em operações/negociações
que necessitem grande volume e distância de entrega. O seu frete é calculado
comumente por peso x quilometragem, mas pelo fato de possuir grande oferta no
setor por parte de vários transportadores, seu custo pode declinar pela oferta de
concorrência.
Referências