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Coesão textual: o pronome na construção do texto

O que o aluno poderá aprender com esta aula


 reconhecer e empregar pronomes como elementos coesivos responsáveis pela
reativação do referente em um texto;
 conhecer as diversas formas de referência pronominal associadas às diferentes
possibilidades de se dirigir a interlocutores em diferentes contextos de comunicação;
 reconhecer diferenças entre a norma padrão e o uso não- padrão de pronomes em
textos diversos;
 saber que a escolha pronominal está condicionada a fatores, tais como: a natureza do
texto, o grau de formalidade ou informalidade, os objetivos da interação, a natureza
da modalidade, se oral ou escrita.
Duração das atividades: 4 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
 conhecer pronomes pessoais (pessoais, oblíquos e de tratamento), possessivos,
demonstrativos, indefinidos e interrogativos;
 conhecer os termos essenciais da oração: sujeito/predicado.

Estratégias e recursos da aula


 reprodução de tirinhas veiculadas na internet;
 utilização da folha xerocada

Aula 1
Atividade
Importante: Professor, Coesão textual trata-se da ligação, da conexão entre as palavras de
um texto, por meio de elementos formais, que assinalam o vínculo entre os seus
componentes. A coesão textual pode se estabelecer por meio de diversos elementos
lingüísticos. Dentre esses elementos, os pronomes assumem grande relevância,
principalmente, pelo fato de ser por meio deles que se faz a retomada do referente, isto
é, aquilo a que o texto se refere. Todos os tipos de pronomes podem funcionar como
recurso de referência a termos ou expressões anteriormente empregados.
Para retomar o tema a ser estudado com os alunos, o professor deverá levá-los ao laboratório
de informática, para que, em dupla, pesquisem sobre pronomes.
Disponíveis nos sites:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome
http://www.infoescola.com/portugues/pronomes/

Aula 2
Atividade
O professor deverá reproduzir as tirinhas da Mafalda e do Calvin e entregá-las aos alunos
para, em dupla, realizarem as atividades propostas.

Tirinha 1
Disponível em:
http://www.planetaeducacao.com.br/novo/imagens/artigos/enem_02.jpg

1. Sobre a tirinha 1 da Mafalda:


a. Identifique o pronome demonstrativo usado na tirinha.
b. Qual é o referente desse pronome no texto?
c. O pronome “esse” pode ser substituído por “este”, sem alterações de sentido? Explique.
d. De acordo com norma padrão, como deve ser o emprego dos pronomes demonstrativos em
relação ao espaço, isto é, quando o pronome é empregado para representar a posição do
objeto em relação ao falante?
e. O pronome demonstrativo na tirinha foi empregado de acordo com a norma padrão?
Explique.

Tirinha 2

Disponível em:
http://apatossauros.files.wordpress.com/2007/10/calvinharodotira354.gif

Sobre a tirinha 2 do Calvin:


a. Identifique os pronomes empregados na tirinha.
b. Observe a fala do Calvin no primeiro quadrinho: a quem se refere o pronome ela?
c. Pronome possessivo é o tipo de pronome que faz uma referência às pessoas do discurso
indicando uma relação de posse. Identifique o pronome possessivo empregado na tira.
d. Observe a fala de Harodo no primeiro quadrinho;
“Você sabe o que há de errado com sua mãe?”
Quando um pronome possessivo é empregado, ele pode estar se referindo a um objeto que já
foi citado e que por isso não precisa ser repetido, ou a um objeto que sequer foi citado, nesse
caso, ele tem função adjetiva.
Qual dessa situações ocorre na fala de Haroldo? Explique.
d. Observa a fala do Calvin no último quadrinho:
“Por que ela iria querer ter outra criança? Ela já tem a mim!”
Sabendo que, de acordo com a norma padrão, só se usa o pronome eu q uando exercer a fun
ção sintática de s ujeito de um verbo e o pronome mim quando na função sintática de
complemento verbal ou nominal, explique o emprego do pronome mim na fala de Calvin.

Tirinha 3

Disponível em:
http://2.bp.blogspot.com/_z1JyBxIESm8/SBBu0CQ3ehI/AAAAAAAACjk/jt_EwEOyG9c/s
400/calvin.jpg

Sobre a tirinha 3 do Calvin:


1.Pronome pessoal é a palavra que substitui o substantivo e indica a pessoa do discurso.
a. Identifique um pronome pessoal empregado na tirinha. A quem ele se refere?
b. Se o Calvin estivesse falando dele e de Haroldo, como ficaria a fala do primeiro
quadrinho? Transcreva-a fazendo as alterações.
c. A mudança na fala do Calvin no 1º. Quadrinho, transcrita no item b, diz respeito à regra
geral de concordância verbal. Qual é essa regra?
d. Explique o emprego do pronome demonstrativo isso na fala da mãe do Calvin, no segundo
quadrinho.
2. No terceiro e quarto quadrinhos, identifique:
a. um pronome possessivo adjetivo (1ª. pessoa do discurso).
b. um pronome interrogativo.
Tirinha 4

Disponível em:
http://cronicasurbanas.files.wordpress.com/2009/04/calvin-e-a-culpa.jpg

Sobre a tirinha 4 do Calvin:


1. Os pronomes pessoais se dividem em retos, que funcionam como sujeito, e oblíquos
que funcionam como objeto, isto é, complemento de verbos.
a. Identifique um pronome oblíquo na fala de Calvin, no primeiro quadrinho.
b. No segundo quadrinho, há o emprego de um pronome oblíquo que não está de acordo com
a norma padrão. Identifique-o e reescreva a frase corrigindo-a.
b. Considerando a situação comunicativa, pode-se dizer que o emprego do pronome ele no
segundo quadrinho está inadequada? Rescrva a frase, corrigindo -a.
2. Identifique os pronomes demonstrativos usados na fala da mãe de Calvin, no terceiro
quadrinho e explique o emprego de cada um deles.
3. Observe a fala de Calvin, no terceiro quadrinho e responda:
a. A quem se refere o pronome você? Como esse pronome se classifica?
b. Como se classifica o pronome nenhum? Por quê?
c. A quem se refere o pronome ele?
4. Quando o pronome se refere a um termo já presente no texto, dizemos que tem
função anafórica. Exemplifique essa afirmação com passagens da tirinha.

Aula 3
Atividade
O professor deverá fazer a correção oral das atividades, aproveitando o momento para tirar
dúvidas dos alunos.
Aula 4
Atividade
O professor deverá reproduzir para os alunos o conto, “Partilha” , de Rubem Braga e solicitar
os alunos que, após a leitura do texto, respondam às questões propostas na sequência.
Texto:
Partilha
Os irmãos se separam e então um diz assim:
“Você fique com o que quiser, eu não faço questão de nada; mas se você não se incomoda, eu
queria levar essa rede. Você não gosta muito de rede, quem sempre deitava nela era eu.
O relógio da parede eu estou acostumado com ele, mas você preci sa mais de relógio do
que eu. O armário grande do quarto e essa mesa de canela e essa tralha de cozinha, e o
guarda-comida também. Tudo isso é seu. O retrato de nossa i rmã você fica com ele também:
deixa comigo o de mãe, pois foi a mim que ela deu: você tinha aquele dela de chapéu, e você
perdeu. O tinteiro de pai é seu; você escreve mais carta; e até que escreve bonito, você sabe
que eu li sua carta para Júlia.
Essas linhas e chumbadas, o puçá e a tarrafa, tudo fica sendo seu; você não nem empatar
um anzol, de maneira que para mim é mais fácil arrumar outro aparelho no dia que eu quiser
pescar.
Agora, tem uma coisa, o canivete. Pensei que você tivesse jogado fora, mas ontem estava
na sua gaveta e hoje eu acho que está no seu bolso, meu irmão.
Ah, isso eu faço questão, me dê esse canivete. O fogão e as cadeiras, a estante e as
prateleiras, os dois vasos de enfeite, esse quadro e essa gaiola com a coleira e o alçapão, tudo
é seu; mas o canivete é meu. Aliás, essa gaiola fui eu que fiz com esse canivete me ajudando.
Você não sabe lidar com canivete, você na sua vida inteira nunca soube descascar uma
laranja direito, mas para outras coisas você é bom. Eu sei que ele está no seu bolso.
Eu estou dizendo a você que tudo que tem nesta casa, menos o retrato de mãe – a rede
mesmo eu não faço questão, embora eu goste mais de rede e fui sempre eu que consertei o
punho, assim como sempre fui eu que consertei a caixa do banheiro e a pia do tanque, você
não sabe nem mudar um fusível, embora você ganhar mais dinheiro do que eu; eu vi o
presente que você deu para Júlia, ela me mostrou, meu irmão; pois nem a rede eu faço
questão, eu apenas acho direito ficar com o retrato de mãe, porque o outro você perdeu.
Me dê esse canivete, meu irmão. Eu quero guardar ele como recordação. Quem me
perguntar por que eu gosto tanto desse canivete, eu vou dizer: é porque é lembrança do meu
irmão. Eu vou dizer que é lembrança do meu irmão que nunca soube lidar com um canivete,
assim como de repente não soube mais lidar com seu próprio irmão. Ou então me dá
vergonha de contar e eu digo assim: esse canivete é lembrança de um homem bêbado que
antigamente era meu amigo, como se fosse um irmão. Eu estarei dizendo a verdade, porque
eu acho que você nunca foi meu irmão.
Eu sou mais velho que você, sou mais velho pouca coisa, mas sou mais velho, de maneira
que posso dar conselho: você nunca mais na sua vida, nunca mais puxe canivete para um
homem; canivete é serventia de homem, mas é arma de menino, meu irmão. Quando você
estiver contrariado com um homem, você dê tiro nele com sua garrucha; pode até matar à
traição; nós todos nascemos para morrer. De maneira que, se você morresse agora, não tinha
importância; mas eu não estou pensando em matar você, não. Se eu matasse, estava certo,
estava matando um inimigo; não seria como você que levantou a arma contra seu irmão.
Bem, mas veja em que condições você me dá esse canivete; um homem andar com uma
coisa suja dessas no bolso; não há nada, eu vou limpar ele, nem pra isso você presta, mas
para outras coisas você é bom.
Agora fique sossegado, tudo que tem aí é seu. Adeus, e seja feliz, meu irmão.”
Fonte: BRAGA, Rubem. In Elenco de cronistas modernos. Rio de Janeiro, José Olympio,
1994.
Texto disponível em:
http://meudiarioembranco.blogspot.com/2008/01/all-i-really-want-is-some-patience.html

Sobre o texto:
Com os conhecimentos que você adquiriu sobre o emprego dos pronomes, após ler o texto,
responda:
1. Em relação à situação de comunicação, ao grau de intimidade entre os falantes , o
pronome de tratamento você foi adequadamente empregado?
2. Observe esta passagem do texto:
“Ah, isso eu faço questão, me dê esse canivete. O fogão e as cadeiras, a estante e as
prateleiras, os dois vasos de enfeite, esse quadro e essa gaiola com a coleira e o alçapão, tudo
é seu; mas o canivete é meu. Aliás, essa gaiola fui eu que fiz com esse canivete me
ajudando.”
a. Observando os pronomes demonstrativos, pode-se dizer que os objetos mencionados
( canivete, quadro, gaiola, coleira, etc) estão próximos a quem?
b. Reescreva o trecho acima, considerando que os objetos estejam distantes do falante.
3. Nesse texto, aparecem vários pronomes. Escolha dois exemplos de cada tipo e explique o
emprego de cada um deles.
4. O emprego de vários tipos de pronomes, principalmente possessivos e demonstrativos
relacionam-se com o assunto do conto - partilha familiar de bens? Justifique sua resposta.
Avaliação
Professor, para avaliação de um tópico tão complexo como o emprego dos pronomes na
construção do texto, não se deve levar em conta somente as regras prescritas pela norma
padrão. Faz-se necessário apresentar aos alunos diversas situações de uso que vão determinar
critérios de correção que se relacionam com a adequação de uma forma a uma dada
situação. Certamente, o mais importante é a ampliação do repertório linguístico do
aluno, apresentando-lhe outros usos que fogem do seu universo comunicativo, mas que
estão presentes em alguns discursos

Planos de aula / Língua Portuguesa / 5º ano / Análise linguística/Semiótica

Organizando conceitos: pronomes


Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Objeto(s) do conhecimento: Morfologia
Prática de linguagem: Análise linguística e semiótica
Objetivos:: Compreender o uso dos pronomes no texto em atividade simplificada de revisão, conceituando
pronome

Materiais necessários:
Cartelas com charadas para que adivinhem o nome da classe gramatical que ajuda na construção da
articulação textual; (pode ser projetada em slide ou escrita no quadro)
Caderno, lápis para registro em dupla do cartaz sobre pronome;
Cartaz com pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos para a análise das características deles.
Questões (no datashow ou colocadas no quadro) para refletir, a partir do texto e do cartaz sobre as
características dos pronomes.
Plano de aula
Organizando conceitos: pronomes

https://www.youtube.com/watch?v=aEdGxYVXXFE Cultura indígena


https://www.youtube.com/watch?v=O0FVVscNn8A entrevista com Daniel Munduruku
https://educacaoeparticipacao.org.br/oficinas/como-nascem-estrelas-uma-lenda-indigena-para-criancas/

Materiais complementares

Documento Lenda - O Roubo do Fogo https://nova-escola


producao.s3.amazonaws.com/uPPjscwtvVdFmhy4hR3EFM7gDqy8CDrX8t7hZzkm2MtGr8JvAzkcNk55Pq
cx/texto-para-impressao-o-roubo-do-fogo-lp04-10ats-03.pdf

Documento Resolução da atividade https://nova-escola-


producao.s3.amazonaws.com/T5wjSNCh7xGMh3M8yDqq5HQ75QbQ7YNSXg947hCThMrXjJ9753gtJbau
N2vg/resolucao-da-atividade-lp04-10ats-03.pdf

Documento Resolução da atividade – Cartaz https://nova-escola


producao.s3.amazonaws.com/cJmspnmZFhtd4qFqBHm7jWydGaMrMZkyNwH5cTCJF2Mfevw8SzKKqV
VTWgVk/resolucao-da-atividade-cartaz-lp04-10ats-02-1.pdf

Documento O ROUBO DO FOGO


Texto para impressão https://nova-escola
producao.s3.amazonaws.com/wjVcjStHfzFxCD9BCjtMZ2SVseb5aBrb27rG7JnGjUqTRtbHhNYtd55tNbY
Q/texto-para-impressao-lp04-10ats-03.pdf

Documento Trecho para impressão https://nova-escola-


producao.s3.amazonaws.com/5DMRhwq3qfeZPZgKC4Pv4RrvBXnSk77Fqhr6sUHp33eC4bmRSccmBG6A
BjDP/trecho-para-impressao.pdf

Introdução - Tempo sugerido : 10 minutos

PRONOMES
SÃO PALAVRAS QUE PODEM VARIAR EM
GÊNERO, PESSOA E NÚMERO; SÃO USADOS
NO LUGAR DOS
SUBSTANTIVOS OU ACOMPANHADOS DELES
PARA EVITAR REPETIÇÕES DESNECESSÁRIAS
NO TEXTO.
Leia o trecho da lenda escrita por Daniel Munduruku e
comente
Observe as palavras destacadas no texto (pronomes
pessoais, possessivos e demonstrativos).
Refletir sobre elas, pois vão te auxiliar na construção do
texto.

O ROUBO DO FOGO
(Povo Guarani - Mito Guarani)

Em tempos antigos, os Guarani não sabiam acender fogo.


Na verdade eles sabiam apenas que existia o fogo, mas comiam
alimentos crus, pois o fogo estava em poder dos urubus.
O fogo estava com essas aves porque foram elas que
primeiro descobriram um jeito de se apossar das brasas da
grande fogueira do sol. Numa ocasião, quando o sol estava bem
fraquinho e o dia não estava muito claro, os urubus foram até lá
e retiraram algumas brasas, as quais tomavam conta com muito
cuidado e zelo. Era por isso que somente estas aves comiam
seu alimento assado ou cozido e nenhum outro da floresta tinha
este privilégio.
É claro que todos os urubus tomavam conta das brasas
como se fosse um tesouro precioso e não permitiam que
ninguém delas se aproximasse. Os homens e os outros animais
viviam irritados com isso. Todos queriam roubar o fogo dos
urubus, mas ninguém se atrevia a desafiá-los. (...)
Munduruku, Daniel. Contos Indígenas Brasileiros
Desenvolvimento Tempo sugerido : 5 minutos

Orientações:
Proponha as charadas do slide acima para que adivinhem a classe
gramatical a que elas pertencem (use o quadro para escrever lacunas e ir
preenchendo, ou proponha que façam em duplas).
Escreva no quadro bem grande: “PRONOME” (após terem adivinhado).

Tempo sugerido: 5 minutos


Orientações:
 Proponha as charadas do slide acima para que adivinhem a classe gramatical a que elas pertencem
(use o quadro para escrever lacunas e ir preenchendo, ou proponha que façam em duplas).
 Escreva no quadro bem grande: “PRONOME” (após terem adivinhado).

DESENVOLVIMENTO
Tempo sugerido: 8 minutos
Orientações:
 Projete ou coloque um cartaz no quadro com os pronomes pessoais, demonstrativos, possessivos para
análise das características deles;
 Questione oralmente com base no quadro de pronomes acima:
 É uma classe finita ou infinita de palavras?
 Essas palavras têm gênero (masculino ou feminino)?
 Elas podem variar em gênero?
 Variam em número (singular ou plural)?
 Variam em relação à pessoa a que se referem? De quem fala o “eu”? E o “você”? E o “nós”?

DESENVOLVIMENTO

Tempo sugerido: 5 minutos


Orientações:
 Você pode escrever coletivamente um cartaz sobre as características dos pronomes e sua função ou
pode projetar ou ainda imprimir uma cópia a cada aluno.
Materiais complementares
FECHAMENTO

Tempo sugerido: 20 minutos


Orientações:
 Retome a lenda e destaque em duplas os outros pronomes presentes no texto (a outra metade).
 Entregue o texto na íntegra para cada dupla, mas proponha que cada uma sinalize os pronomes de
apenas um trecho/ parágrafo.
 Leia com seus alunos o restante da lenda e peça que cada dupla vá destacando o que marcou.
 Retome coletivamente a discussão e reflita sobre a quem esses pronomes se referem na construção
do texto.
 Volte para o cartaz e explique a sua função na articulação textual.
 O cartaz deve ser copiado no caderno.
PRONOMES
QUANDO FORMOS ESCREVER
TEXTOS, PARA NÃO REPETIR TANTAS
PALAVRAS PODEMOS USAR:
● PRONOMES PESSOAIS: ELE, ELA, NÓS…
O, A, LHE, TE, SE...
● PRONOMES POSSESSIVOS: MEU, TEU
SEU, NOSSO… E OS PLURAIS.
● PODEMOS NÃO COLOCAR NENHUMA
PALAVRA;
● PODEMOS USAR EXPRESSÕES QUE
PRONOMES
CARACTERIZAM O PERSONAGEM: A VELHA,
O DANADO,
SÃO O HOMEM.
PALAVRAS QUE PODEM VARIAR
EM GÊNERO, PESSOA E NÚMERO;
SÃO USADOS NO LUGAR DOS
SUBSTANTIVOS OU ACOMPANHADOS
DELES PARA EVITAR REPETIÇÕES
DESNECESSÁRIAS NO TEXTO.
Leia o trecho da lenda escrita por Daniel Munduruku e
comente
Observe as palavras destacadas no texto (pronomes
pessoais, possessivos e demonstrativos).
Refletir sobre elas, pois vão te auxiliar na construção do
texto.

O ROUBO DO FOGO
(Povo Guarani - Mito Guarani)

Em tempos antigos, os Guarani não sabiam acender fogo.


Na verdade eles sabiam apenas que existia o fogo, mas comiam
alimentos crus, pois o fogo estava em poder dos urubus.
O fogo estava com essas aves porque foram elas que
primeiro descobriram um jeito de se apossar das brasas da
grande fogueira do sol. Numa ocasião, quando o sol estava bem
fraquinho e o dia não estava muito claro, os urubus foram até lá
e retiraram algumas brasas, as quais tomavam conta com muito
cuidado e zelo. Era por isso que somente estas aves comiam
seu alimento assado ou cozido e nenhum outro da floresta tinha
este privilégio.
É claro que todos os urubus tomavam conta das brasas
como se fosse um tesouro precioso e não permitiam que
ninguém delas se aproximasse. Os homens e os outros animais
viviam irritados com isso. Todos queriam roubar o fogo dos
urubus, mas ninguém se atrevia a desafiá-los. (...)
Munduruku, Daniel. Contos Indígenas Brasileiros
Leia a lenda observando as palavras destacadas.
(pronomes pessoais, possessivos e
demonstrativos). Elas nos auxiliam na construção do
texto.
O ROUBO DO FOGO (Povo Guaraní (Mito Guarani)
Em tempos antigos, os Guarani não sabiam acender fogo. Na verdade eles sabiam
apenas que existia o fogo, mas comiam alimentos crus, pois o fogo estava em poder
dos urubus.
O fogo estava com essas aves porque foram elas que primeiro descobriram um
jeito de se apossar das brasas da grande fogueira do sol. Numa ocasião, quando o sol
estava bem fraquinho e o dia não estava muito claro, os urubus foram até lá e
retiraram algumas brasas, as quais tomavam conta com muito cuidado e zelo. Era por
isso que somente estas aves comiam seu alimento assado ou cozido e nenhum outro
da floresta tinha este privilégio.
É claro que todos os urubus tomavam conta das brasas como se fosse um tesouro
precioso e não permitiam que ninguém delas se aproximasse. Os homens e os outros
animais viviam irritados com isso. Todos queriam roubar o fogo dos urubus, mas
ninguém se atrevia a desafiá-los. (...)
Um dia, o grande herói Apopocúva retornou de uma longa viagem que fizera.
Seu nome era Nhanderequeí, Guerreiro respeitado por todo o povo, decidiu que
iria roubar o fogo dos urubus.Reuniu todos os animais, aves e homens da floresta e
contou o plano que tinha para enfrentar os temidos urubus, guardiões do fogo. Até
mesmo o pequeno curucu, que fora convidado, compareceu dizendo que também
tinha muito interesse no fogo. Todos já reunidos, Nhanderequeí expôs seu plano:
⎯ Todos vocês sabem que os urubus usam fogo para cozinhar. Eles não sabem
comer alimento cru. Por isso vou me fingir de morto bem debaixo do ninho deles.
Todos vocês devem ficar escondidos e quando eu der uma ordem, avancem para
cima deles e os espantem daqui. Dessa forma, poderemos pegar o fogo para nós.
Todos concordaram e procuraram um lugar para se esconder. Não sabiam por
quanto tempo iriam esperar. Nhanderequeí deitou-se. Permaneceu imóvel por um dia
inteiro.
Os urubus, lá do alto, observaram com desconfiança. Será que aquele homem
estava morto mesmo ou estava apenas querendo enganá-los? Por via das dúvidas
preferiram aguardar mais um pouco.
O herói permaneceu o segundo dia do mesmo jeito. Sequer respirava direito para
não criar desconfianças nos urubus que continuavam rodeando seu corpo. Foi no fim
do terceiro dia, no entanto, que as aves baixaram as guardas. Ficavam imaginando
que não era possível uma pessoa fingir-se de morta por tanto tempo. Ficavam
confabulando entre si:
⎯ Olhem, meus parentes urubus - dizia o chefe urubu - nenhum homem pode
fingir-se de morto assim. Já decidi: vamos comê-lo. Podem trazer as brasas para
fazermos a fogueira. Um grande alarido se ouviu. Os urubus aprovaram a decisão de
seu chefe, e por isso imediatamente partiram para buscar as brasas. Trouxeram e
acenderam uma fogueira bonita e vistosa.
O chefe dos urubus ordenou, então, que trouxessem a comida para ser assada.
Um verdadeiro batalhão foi até a presa e a trouxe em seus bicos e garras.
Eles acharam o corpo do herói um pouco pesado, mas isso consideraram bom,
assim daria para todos os urubus.
Eles colocaram Nhanderequeí sobre o fogo, mas graças a uma resina que ele
passou pelo corpo, o fogo não o queimava. Num certo momento, o herói se levantou
do meio das brasas dando um grande susto nos urubus, que atônitos, voaram todos.
Nhanderequeí aproveitou-se da surpresa e gritou a todos os amigos que estavam
escondidos para que atacassem os urubus e salvassem alguma daquelas brasas
ardentes.
Os urubus, vendo que se tratava de uma armadilha, se esforçaram o máximo que
puderam para apagar as brasas, engoli-las e não permitirem que aqueles seres
tomassem posse delas. Foi uma correria geral. Acontece, no entanto, que na pressa de
salvar o fogo, quase todas as brasas se apagaram por terem sido pisoteadas.
Quando tudo se acalmou, Nhanderequeí chamou a todos e perguntou quantas
brasas haviam conseguido. Uns olhavam para os outros na tentativa de saber quem
havia salvo alguma brasinha, mas qual foi a tristeza geral ao se depararem com a
realidade: ninguém havia salvado uma pedrinha sequer.
⎯ Só temos carvão e cinzas - disse alguém no meio da multidão.
⎯ E para que nos há de servir isso? - falou Nhanderequeí.
⎯ Nossa batalha contra os urubus de nada valeu!
Acontece que, por trás de todos, saiu o pequeno curucu, dizendo:
⎯ Durante a luta os urubus se preocuparam apenas com os animais grandes e não
notaram que eu peguei uma brasinha e coloquei na minha boca. Espero que ainda
esteja acesa. Mas pode ser que...
⎯ Depressa. Pare de falar, meu caro curucu. Não podemos perder tempo.
Dê-me esta brasa imediatamente - disse Nhanderequeí, tomando a brasa em suas
mãos e soprando levemente. Todos os animais ficaram atentos às ações do herói que
tratava com muito cuidado aquele pequeno luzeiro. Pegou-o na mão e colocou um
pouquinho de palha e soprou novamente. Com isso ele conseguiu um pequeno
riozinho de fumaça. Isso foi o bastante para incomodar os animais, que logo
disseram:
⎯ Se o fogo sempre faz fumaça, não será bom para nós. Nós não suportamos
fumaça. Dizendo isso, os bichos foram embora, deixando o fogo com os homens e
com as aves. Nhanderequeí soprou de novo. Ele fazia com todo cuidado, com todo
jeito.
Logo em seguida à fumaça, aconteceu um cheiro de queimado. Isso foi o bastante
para que as aves se incomodassem e dissessem:
⎯ Nós não gostamos desse cheiro que sai do fogo. Isso não é bom para as aves.
Fiquem vocês com este fogo. Dizendo isso, Nhanderequeí soprou ainda mais forte e,
finalmente, as chamas apareceram no meio da palha e do carvão que sustentaram o
fogo aceso para sempre.
Percebendo que tudo estava sob controle, o herói ordenou que seus parentes
encontrassem madeiras canelinha, criciúma, cacho de coqueiro e cipó-de-sapo e as
usassem sempre toda vez que quisessem acender e conservar o fogo. Além disso, o
corajoso herói ensinou os Apopocúva a fazer um pilãozinho onde guardar as brasas e
assim conservar o fogo para sempre.
Dizem os velhos desse povo que até os dias de hoje os Apopocúva guardam o
pilãozinho e aquelas madeiras.
Munduruku, Daniel. Contos Indígenas Brasileiros
PRONOMES
QUANDO FORMOS ESCREVER
TEXTOS, PARA NÃO REPETIR TANTAS
PALAVRAS PODEMOS USAR:
● PRONOMES PESSOAIS: ELE, ELA, NÓS…
O, A, LHE, TE, SE...
● PRONOMES POSSESSIVOS: MEU, TEU
SEU, NOSSO… E OS PLURAIS.
● PODEMOS NÃO COLOCAR NENHUMA
PALAVRA;
● PODEMOS USAR EXPRESSÕES QUE
CARACTERIZAM O PERSONAGEM: A VELHA,
PRONOMES
O DANADO, O HOMEM.
SÃO PALAVRAS QUE PODEM VARIAR
EM GÊNERO, PESSOA E NÚMERO;
SÃO USADOS NO LUGAR DOS
SUBSTANTIVOS OU ACOMPANHADOS
DELES PARA EVITAR REPETIÇÕES
DESNECESSÁRIAS NO TEXTO.

LP: Leitura, compreensão e interpretação de texto


Nome:

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