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COLÉGIO PIRACICABANO

Camila Nalin
Lays Colonnesse
Lucas Alek
Nicolas Montolar

SHERLOCK HOLMES E A LÓGICA DEDUTIVA

Piracicaba
2011
Método indutivo: É aquele que parte de questões particulares até chegar a
conclusões generalizadas. Este método está cada vez mais sendo
abandonado, por não permitir ao autor uma maior possibilidade de criar novas
leis, novas teorias.

Próprio das ciências naturais também aparece na Matemática através da


Estatística.

Exemplo: Retirando uma amostra de um saco de arroz, observa-se que


aproximadamente 80% dos grãos são do tipo extrafino. Conclui-se então que o
saco de arroz é do tipo extrafino.

Método Dedutivo: Também chamado por Aristóteles de silogismo, o raciocínio


dedutivo parte da dedução formal tal que, postas duas premissas, delas, por
inferência, se tira uma terceira, chamada conclusão. Entretanto, deve-se frisar
que a dedução não oferece conhecimento novo, uma vez que a conclusão
sempre se apresenta como um caso particular da lei geral. A dedução organiza
e especifica o conhecimento que já se tem, mas não é geradora de
conhecimentos novos. Ela tem como ponto de partida o plano do inteligível, ou
seja, da verdade geral, já estabelecida.

Exemplo: Todo número par é divisível por dois; 280 é um número par; 280 é
divisível por dois.

INTRODUÇÃO

Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo


médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle. Holmes é um investigador do final
do século XIX e início do século XX que aparece pela primeira vez no romance
“Um estudo em Vermelho” em novembro de 1887. O investigador ficou famoso
por utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método científico e a lógica.

Holmes teve suas histórias relatadas pelo seu colega de quarto e fiel
escudeiro Dr. Watson, que várias vezes ficou surpreso com o rápido raciocínio
de Holmes, que conseguia muitas vezes ler os pensamentos de Watson.

Nascido em 6 de Janeiro de 1854 , filho de um agricultor e de uma mãe de


origem francesa, Holmes viveu em Londres, num apartamento na 221B Baker
Street, entre os anos 1881 e 1903. É apresentado como uma pessoa
arrogante, que tem certeza de suas palavras e orgulhoso, mostrando domínio
no conhecimento de vários assuntos.

Conan Doyle, apesar do grande sucesso de sua obra, não gostava de escrever
histórias para Sherlock Holmes, pois considerava o romance policial literatura
de segunda classe e, na verdade, esse tipo de história só passou a ser
respeitado após o sucesso de seu personagem. Conan Doyle preferia escrever
o que considerava literatura de qualidade e chegou a matar Sherlock Holmes,
tendo que ressuscitá-lo devido à enorme quantidade de cartas que recebeu de
fãs pedindo mais.

No método dedutivo, o indivíduo faz uma série de observações sobre


determinada ocorrência e deduz uma conclusão a partir dessas observações.
Neste método, o pesquisador observa generalidades para chegar a conclusões
para casos particulares. Podemos exemplificar os passos do método dedutivo
da seguinte maneira: “todas as aves possuem penas, as galinhas têm penas,
logos elas são aves.”

LÓGICA DEDUTIVA

Você deve estar pensando “tudo bem, a conclusão está correta”. Mas,
veja, se observação sobre as aves fosse a seguinte: “todas as aves voam, as
galinhas não voam, logo elas não são aves”. Observe que a partir dessa
observação generalizada chegamos a uma conclusão errônea sobre um caso
em particular, pois as galinhas são aves, apesar de não voarem.
Sendo assim, o método dedutivo tem caído em desuso, uma vez que a
dedução de uma conclusão a partir de observações depende da interpretação
de cada indivíduo.

Como citado acima, Holmes fazia uso da lógica dedutiva.

O método dedutivo surgiu na Grécia antiga, com o silogismo do filósofo


Aristóteles. A lógica dedutiva, ou lógica clássica, consiste basicamente na
dedução dos fatos apresentados, no qual pode se chegar numa conclusão seja
ela falsa ou verdadeira. Mas somente isso não é necessário para chegar a uma
conclusão verdadeira do fato apresentado.

Para conseguir um resultado aceitável, outro raciocínio é utilizado: o silogismo.


O silogismo consiste na inferência, na qual a verdade de uma proposição (a
conclusão) segue como conseqüência de duas outras proposições (premissas).

Para entendermos melhor, segue um exemplo.

A: Homens são mortais


B: Nicolas é um homem.
Nicolas é um mortal

É importante frisar que a afirmação só será verdadeira se as premissas forem


verdadeiras, e também que a dedução não oferece conhecimento novo, uma
vez que sempre conduz à particularidade de uma lei geral previamente
conhecida. A dedução apenas organiza e especifica o conhecimento que já se
possui. Ela tem como ponto de partida o plano do inteligível (ou seja: da
verdade geral, já estabelecida) e converge para um ponto interior deste plano.

LÓGICA INDUTIVA

Em contra partida ao método dedutivo, temos o indutivo. A logica dedutiva


somente não é suficiente para chegarmos a uma conclusão concreta
totalmente aceitavel, por isso a logica indutiva nos apresenta diversas
alternativas, aceitando um grau variável de plausividade. Por exemplo:

Quanta certeza você tem de que:


– Amanhã, o Sol ira nascer na hora prevista?
– Amanhã haverá aula normalmente?
– Se todas as esmeraldas observadas até hoje foram verdes, todas as
esmeraldas que existiram ou existirão sejam verdes?
– Se todos os cisnes observados até hoje foram brancos, todos os
cisnes que existiram ou existirão serão brancos?

A questão de como utilizar argumentos indutivos é tão antiga quanto a Lógica


Dedutiva. No entanto, a indução apresenta uma serie de problemas quanto à
validade das conclusões que não aparecem na dedução.
Se pararmos par analisar, a dedução e a indução andam juntas, a partir do
pensamento de que a indução nos dá afirmativas que nos permite chegar a
uma conclusão a partir da dedução.

APLICAÇÃO

A lógica dedutiva é muito utilizada em perícias criminais, onde por meio de


dedução e cálculos é possível desvendar exatamente o fato ocorrido.

Esse método também está presente na literatura, como nos livros de Sir Arthur
Conan Doyle que narra as aventuras do detetive Sherlock Holmes.

Hoje em dia, estudos dizem que a lógica dedutiva adquirida por Sherlock
Holmes se dá ao treinamento intensivo do cérebro. Quanto mais você exercita
a parte de dedução, mais rápido e com mais facilidade encontrará uma
resposta.

SHERLOCK HOLMES E A ANÁLISE DO CASO

Relacionando Sherlock Holmes com sua lógica dedutiva, podemos analisar no


texto de Wesley Salmon em seu livro Lógica:

‘Sherlock Holmes é um bom exemplo de pessoa com


soberbos poderes de raciocínio. Sua habilidade ao inferir
e chegar a conclusões é notável. Não obstante, a sua
habilidade não depende da utilização de um conjunto de
regras que norteiam o seu pensamento. Holmes é muito
mais capaz de fazer interferência do que seu amigo
Watson. Holmes está disposto a transmitir seus métodos
ao amigo, e Watson é um homem inteligente.
Infelizmente, contudo, não há regras que Holmes possa
transmitir a Watson capacitando-o de realizar os mesmos
feitos do detetive. As habilidades de Holmes defluem de
fatores como a sua aguda curiosidade, a sua grande
inteligência, a sua fértil imaginação, seus poderes de
percepção, a grande massa de informações acumuladas
e a sua extrema sagacidade. Nenhum conjunto de regras
pode substituir essas capacidades. Se existem regras
para inferir, elas seriam regras para descobrir. Na
realidade, o pensamento efetivo exige um constante jogo
de imaginação e de pensamento. Prender-se a regras
rígidas ou a métodos bem delineados equivale a bloquear
o pensamento. As idéias mais frutíferas são, com
freqüência, justamente aquelas que as regras seriam
incapazes de sugerir. É claro que as pessoas podem
melhoras as suas capacidades de raciocínio pela
educação, através da pratica, mediante um treinamento
intensivo; isso tudo, porém, está longe de ser equivalente
à adoção de um conjunto de regras de pensamento. Seja
como for, o discutirmos as especificas regras da Lógica
veremos que elas não poderiam ser encaradas como
adequados métodos de pensar. As regras da Lógica se
fossem aceitas como orientadoras de modo de pensar
transformar-se-iam numa verdadeira camisa de força. [...]

A Lógica oferece-nos métodos de critica para avaliação


coerente das inferências. É nesse sentido, talvez, que a
Lógica está qualificada para dizermos de que modo
deveríamos pensar. Completada uma inferência, é
possível transformá-la em argumento, e a Lógica pode
ser utilizada a fim de determinar seu argumento é correto
ou não. A Lógica não nos ensina como inferir: indica-nos,
porém, que inferências podemos aceitar. Procede
ilogicamente a pessoa que aceita inferências incorretas.

Para poder apreciar o valor dos métodos lógicos, é


preciso ter esperanças realistas quanto ao seu uso.
Quem espera que o martelo possa efetuar o trabalho e
uma chave de fenda está fadado a sofrer grandes
desilusões; quem sabe servir-se de um martelo conhece
sua utilidade.’

Como podemos ver Sherlock Holmes não possui técnica alguma para
desvendar seus casos. Ele usa a lógica dedutiva e chega a uma conclusão
provável. Podemos citar uma de suas aventuras, a do cavalo Silver Blaze, que
conta sobre o assassinato do treinador do melhor cavalo de corrida e também o
sumiço do tal animal. Holmes analisa o local do crime em todos os ângulos e
cada detalhe, criando teorias para sua conclusão final.

CONCLUSÃO

Sherlock Holmes ao utilizar de teorias e suposições, deixa de fazer uso da


lógica dedutiva e passa a utilizar a indutiva. Ou seja, podemos concluir que
Sherlock Holmes na verdade utiliza a lógica indutiva para a resolução dos
casos, encontrando uma resposta mais provável e fazendo uso dela para a
finalização do mistério.

Segundo Thomas Cathcart e Daniel Klein:

“[...] a maneira como Holmes atua em geral tem a ver


com lógica dedutiva nenhuma. Ele usa na verdade a
lógica indutiva. Primeiro, observa cuidadosamente a
situação, depois generaliza a partir de sua experiência
anterior usando analogia e probabilidade.”

Em seu livro “Platão e um Ornitorrinco entram num bar...” os autores


apresentam hipóteses de como Holmes chega a suas conclusões: ele segue
hipóteses baseadas em analogias com experiências similares que talvez tenha
tido no passado. Utilizando da aventura de Silver Blaze, Holmes pode ter
chegado a tal conclusão de que o cavalo, sem vestígios de morte, poderia ter
fugido, ou poderia ter sido roubado, já que era famoso nos jóqueis. Ao seguir
as pegadas do animal, poderia descobrir pra onde foi e talvez encontrar o
ladrão ou assassino.

Holmes procura uma hipótese mais provável, encaixa as informações de


acordo com a história e “deduz” uma conclusão. Por esse motivo podemos
dizer que seu método é falho.

O famoso detetive não está livre de erros em suas conclusões. O método


indutivo nos apresenta hipóteses com graus de plausividade variáveis, então,
nos mistérios de Sherlock Holmes nem sempre sua conclusão é a resposta
correta para o caso.

“Indução. Esses anos todos temos chamado as


habilidades de Sherlock Holmes pelo nome errado.”

REFERENCIAS:

DOYLE, Arthur Conan. As aventuras de Sherlock Holmes. 1° São Paulo: Clube


do Livro, 1987. p.216

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando.


SP: Ed. Moderna, 2009.

ARANHA, Maria Lucia de A.. Temas de Filosofia. 1° São Paulo: Moderna, 1992.

ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência: Introdução ao jogo e suas regras. 10°


São Paulo: Brasiliense, 1987.

AS AVENTURAS de Sherlock Holmes: Volume II. Disponível em:


<http://books.google.com.br>. Acesso em: 14 maio 2011.

SAINSBURY, Mark. Lógica indutiva versus lógica dedutiva. King's College


London. Disponível em: <http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/sainsbury.htm>. Acesso
em: 14 maio 2011.

MARTINS, André. Lógica Indutiva: Aula 4. Disponível em:


<http://www.each.usp.br/amartins/Aula%204.pdf>. Acesso em: 14 maio 2011.

ABAR, Celina. Noções de Lógica Matemática: Uma Classificação da Lógica.


Disponível em: <http://www.pucsp.br/~logica/Classificacao.htm>. Acesso em:
29 abr. 2011.

MARTINS, André. Lógica Dedutiva e Falácias: Aula 3. Disponível em:


<http://www.uspleste.usp.br/amartins/Aula%203.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2011.

CATHCART, Thomas; KLEIN, Daniel. Platão e um Ornitorrinco entram num


bar...: A filosofia explicada com senso de humor. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
230 p

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