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RELATÓRIOS GERENCIAIS NA TOMADA DE DECISÃO

JAIRO BERNARDES DA SILVA JÚNIOR

RELATÓRIOS GERENCIAIS NA
TOMADA DE DECISÃO

UBERLÂNDIA - MG
2019
RELATÓRIOS GERENCIAIS NA TOMADA DE DECISÃO

RESUMO

Nos dias atuais uma empresa precisa constantemente ser avaliada para
saber se suas metas e seus objetivos estão sendo atingidos com a execução do
plano de ação criado através do planejamento estratégico. Para isso faz-se
necessário ferramentas que possam fornecer dados que mostrem qual o caminho
que a empresa está percorrendo e qual o rumo que ela está tomando em direção ao
futuro, mostrando se o que foi planejado estrategicamente está ocorrendo na prática
com a execução da estratégia traçada. Nesse caso os relatórios gerenciais vêm
fornecer esses subsídios necessários para que a organização possa balizar o seu
caminho e confirmar se suas metas e objetivos estão sendo atingidos assim como
foram planejados.

Tomar decisões requer não somente coragem e determinação como também


principalmente em saber se essas decisões vão atingir os objetivos necessários para
que se cumpra a estratégia planejada. Então para se tomar decisão é necessário
saber muito sobre a situação atual da empresa e sobre sua tendência futura, e isso,
é fornecido por uma gama enorme de relatórios gerenciais compondo inúmeras
variáveis, indicadores e índices que darão apoio aos gestores estratégicos da
organização.

São inúmeros os tipos de relatórios e gráficos gerenciais que podem dar


apoio a alta direção que lida com o planejamento estratégico, oferecendo segurança
para tomada de decisão tanto no planejamento quanto na necessidade de contorno
para manter a empresa alinhada com a estratégia executada.

Faz-se necessário uma interpretação crítica de gráficos e relatórios nos três


níveis de planejamento, estratégico, tático e operacional, isso é preciso por que são
inúmeras as variáveis que se relacionam umas com as outras, tanto no mesmo
relatório quanto em relatórios distintos, e isso irá proporcionar uma maior revelação
sobre a situação atual e futura da empresa.

Palavras-Chave: decisão, estratégica, gerenciais.


RELATÓRIOS GERENCIAIS NA TOMADA DE DECISÃO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 4
TOMANDO DECISÕES ......................................................................................................... 5
TIPOS DE RELATÓRIOS GERENCIAIS ............................................................................... 6
TIPOS DE GRÁFICOS GERENCIAIS .................................................................................... 8
INTERPRETANDO RELATÓRIOS E GRÁFICOS ................................................................ 13
EXEMPLOS DE RELATÓRIOS E GRÁFICOS GERENCIAIS .............................................. 16
CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 22
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INTRODUÇÃO

A área de TI (Tecnologia da Informação) sofreu muitas mudanças nos


últimos 20 anos tanto em tecnologia quanto em práticas aplicadas em sua gestão.
Inicialmente chamada de informática veio oferecer agilidade aos processos
gerenciais coletando, armazenando e processando dados para que posteriormente
fossem disponibilizados em forma de relatórios passando aos gestores da
empresa a posição de pagamentos, recebimentos, vendas, compras, dentre os
mais importantes na época.

Os relatórios gerenciais eram mais ou menos padronizados e cabia à área de


TI fornecê-los todos os dias, gerando imensos impressos e distribuindo entre os
departamentos afins para que pudessem dar o apoio aos processos do dia a dia
do trabalho da empresa. Qualquer mudança necessária ou algum relatório novo
necessário era solicitado ao Gestor de TI ou Gerente de Informática na época,
sendo uma postura totalmente reativa, ou seja, esperava-se que surgisse a
necessidade, e sempre em cima da hora, para se tomar providências para se
desenvolver ou alterar o relatório gerencial solicitado.

Atualmente a postura dos gestores de TI passou de reativa para pró-ativa, já


que a TI, através do CIO (Chief Information Officer), passou a participar mais do
planejamento estratégico definido pela alta direção da empresa, propondo,
definindo e antecipando juntamente com a gestão estratégica as necessidades
que a TI deverá atender para a próxima estratégia que será aplicada pela
companhia.

As informações nos dias de hoje cresceram substancialmente permitindo que


uma gama maior de variáveis seja trabalhada, fornecendo um número maior de
indicadores que irão acompanhar e balizar o desenvolvimento da estratégia
adotada, proporcionando que tomadas de decisão sejam adotadas em tempo hábil
para que a estratégia seja cumprida dentro da previsão definida o mais fielmente
possível.

Nessa hora é que o trabalho pró-ativo com relatórios gerenciais tem o seu
valor, vindo antecipar o atendimento das necessidades assim como foi planejado,
permitindo que qualquer decisão seja tomada baseada em dados verídicos e
autênticos a respeito da real situação dos negócios da empresa naquele momento,
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tendo o gestor estratégico tempo suficiente para fazer qualquer contorno


necessário para se manter a empresa dentro da estratégia definida e que está
sendo aplicada pelo plano de ação.

Esse trabalho teve como objetivo mostrar a importância dos relatórios


gerenciais para uma empresa, a importância de se planejar pró ativamente esses
relatórios e aproveitar essa imensa quantidade de variáveis que existe hoje e que
podem dar apoio a tomada de decisão pelos gestores da companhia desde que
devidamente trabalhadas.

TOMANDO DECISÕES
Para se tomar uma decisão é necessário saber se a escolha trará resultados
positivos ou negativos, ou seja, é de grande interesse do tomador da decisão
assegurar que a sua alternativa escolhida ou idealizada terá sucesso ou não, e mais,
se no caminhar da aplicação da estratégia adotada as metas estão sendo cumpridas
e os objetivos alcançados, e se não, quais as medidas necessárias, de contorno,
podem ser tomadas para se colocar a estratégia de volta aos trilhos para que a
mesma continue rumo ao sucesso planejado.
Antes de tomar qualquer decisão, os analistas e os estrategistas precisam se
apoiar em dados reais que traduzam a realidade que está sendo estudada e é
necessária uma avaliação séria e profunda das variáveis e informações
apresentadas pelos relatórios gerenciais para que a margem de erro seja reduzida
satisfatoriamente nessa tomada de decisão conforme OLDCORN e PARKER diz,
“Toda essa informação precisa ser avaliada e calculada antes de se tomar uma
decisão.” (OLDCORN; PARKER, 1998, p142).
Quando se fala em tomar decisão é preciso distinguir, dentro de uma
empresa, os níveis de tomada de decisão que podem existir baseados nos níveis de
gestão que existem dentro de uma companhia. Dessa forma tem-se a gestão
estratégica responsável pelo planejamento estratégico, a gestão tática responsável
pelo planejamento tático e a gestão operacional responsável pelo planejamento
operacional.
A gestão estratégica define, através de seu planejamento, aonde a empresa
quer chegar, sua visão, o que ela faz para seu motivo de existir, sua missão, e quais
as estratégias devem ser criadas e colocadas em prática para se atingir seus
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objetivos. A gestão tática irá receber o que foi idealizado pela gestão estratégica,
definido no planejamento estratégico, e vai viabilizar através da alocação de
recursos o que for necessário para que a gestão operacional possa colocar em
prática ou materializar a estratégia que foi definida e que se encontra gravada no
plano de ação. Por fim a gestão operacional através do seu planejamento executa a
estratégia, fazendo surgir materialmente o que foi planejado pela alta direção da
empresa.
Em qualquer nível de gestão há a necessidade de se tomar decisões em
algum momento e dentro do nível pertinente ao gestor. Cada nível de gestão
estratégica possui relatórios gerenciais que estão voltados para o nível em questão,
alguns, porém, podem ser utilizados nos três níveis de planejamento servindo assim
para se tomar decisão tanto na gestão estratégica, tática ou operacional, pode-se
citar, por exemplo, a necessidade de remanejamento de profissionais dentro da
empresa para suprir outras áreas sem ter a necessidade de novas contratações,
dessa forma os relatórios gerenciais são importantes para oferecer dados que
mostrem quantas pessoas podem ser remanejadas e não quais pessoas possam ser
remanejadas, assim DRUCKER enfatiza, “Em vez de tomar inúmeras decisões, os
executivos eficazes concentram-se no que é importante. Tentam tomar as poucas
decisões importantes no nível mais alto do entendimento conceitual.” (DRUCKER,
2006, p.35).

TIPOS DE RELATÓRIOS GERENCIAIS


“Os relatórios gerenciais são documentos que contêm informações
estratégicas e analisadas que possam ajudar na tomada de decisões dentro da
empresa.” (ADVTECNOLOGIA, 2019).
Relatórios Gerenciais são todos aqueles que fornecem subsídios da situação
real da empresa, aos gestores para que os mesmos possam tomar decisões. Dentre
os mais comuns temos:
 Financeiro
o Apresenta tudo que entra e sai da empresa em valores monetários,
sendo que mostra a situação financeira real em determinado momento
da empresa, permitindo uma projeção para cenários futuros.
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 Vendas
o Apresenta o total das vendas em termos de quantidade e valores
permitindo descobrir quais os produtos apresentam melhor margem,
quais os produtos que representa mais nas vendas da empresa, os
que têm maior giro, etc.

 Controle
o Tudo que diz respeito a cumprimento de metas, entrada e saída de
materiais, seja para consumo próprio, para insumos de produtos ou
para vendas, esse tipo de relatório dá uma posição real para os
gestores tomarem as decisões sobre o assunto que ele abrange:
estoque, cumprimento de metas, insumos, etc.

 Balanço Patrimonial
o Mostra a verdadeira situação da empresa frente ao seu passivo (ou o
que ela está devendo para terceiros) revelando seu estado de liquidez
no presente e no futuro, mostrando seus lucros ou prejuízos e seu
patrimônio líquido.

 Orçamento Empresarial
o Mostra a melhor forma de investimento dos lucros da empresa para
mantê-la em crescimento.

 Satisfação
o Sempre antecedido por uma pesquisa vai mostrar a imagem da
empresa frente aos colaboradores (internos) como também aos
clientes (externos).

 Crescimento
o Mostra a situação real de evolução e crescimento da empresa frente ao
mercado, podendo essa avaliação ser feita por departamentos, áreas
que compõem a empresa, como também para toda a companhia.
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Isso não quer dizer que exista somente esses tipos, ou que nenhum outro
pode ser criado, como já foi dito a diversidade de informações e variáveis cresceram
muito nos últimos anos e hoje a empresa precisa de rapidez na tomada de decisão
para estar à frente de seus concorrentes, dessa forma, novos relatórios são criados
todos os dias para atender às necessidades das empresas dentro de sua
especificidade profissional.

TIPOS DE GRÁFICOS GERENCIAIS


“os gráficos através de uma sofisticada organização e utilização dos seus
elementos de desenho podem de uma maneira bem visualizar as relações entre os
dados.” (SAIDL, 2008).
Gráfico, é uma forma de representar os dados de um relatório no qual há a
necessidade de comparação com outros intervalos semelhantes de dados e
juntamente quando se precisa comparar uma variável com mais uma ou duas tendo
nesse caso um gráfico de duas dimensões e um gráfico de três dimensões fazendo
relação entre variáveis, indicadores e índices, proporcionando uma melhor análise
dos dados apresentados em estudo.
Os gráficos podem ser dos seguintes tipos:

 Gráfico de Barras

Figura 01

Pode ser vertical, chamado gráfico de colunas e quando horizontal chamado


de gráfico de barras. O gráfico de barras na horizontal permite que se tenha um
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intervalo numérico no eixo x maior que no eixo y utilizando-se o papel no formato


landscape. Apresenta uma forma mais fácil de se comparar classes pelo total final
dentro de um período de tempo.

 Gráfico de Colunas

Figura 02

É chamado assim o gráfico de barras exibido na vertical. A utilização na forma


de colunas ajuda na comparação entre variáveis como também na evolução das
mesmas.

 Gráfico de Pizza

Figura 03

Literalmente no formato de pizza onde cada fatia ou setores representa um


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percentual da categoria. É utilizado quando há a necessidade de se comparar a


participação das partes em percentual em relação ao todo.

 Gráfico de Área

Figura 04

Mostra o quanto cada categoria contribui cumulativamente ao longo do tempo,


permitindo uma comparação imediata entre as categorias de forma fácil e de
excelente memorização e representação de relações de séries de tempo.

 Gráfico de Linhas

Figura 05

Exibe uma série de pontos de dados conectados por uma linha, sendo
categorias no eixo x e estatísticas ou valores no eixo y. Mostra como os valores
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numéricos estão distribuídos pelas categorias, permitindo o uso de string no eixo das
categorias.

 Gráfico de Dispersão

Figura 06

Quando existem duas variáveis que, através de medidas tomadas de forma


empírica, se quer encontrar qual o tipo de correlação existente entre as duas toma-
se essas medidas e lança no gráfico de dispersão que conforme a figura acima
descobre-se a correlação através da densidade de pontos que aparece no gráfico
podendo essa correlação ser: inexistente, positiva forte (gráfico acima), positiva
média, negativa forte (decrescente) e negativa média.

 Gráfico de Radar
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Figura 07

Permite que n variáveis sejam analisadas e comparadas em duas dimensões


ao mesmo tempo e com diversas categorias.

 Gráfico de Rosca

Figura 08

Além de mostrar a relação das partes com o todo o gráfico de rosca permite
que outra série seja considerada, proporcionando uma comparação não só das
partes com o todo como também entre mais de uma série, suas partes com o todo.

 Histogramas

Figura 09

Mostra a distribuição de dados ou a distribuição de freqüência de um conjunto


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de dados, mostrando o ponto central da distribuição e a dispersão ao redor da


média. O histograma é usado quando se tem uma população muito grande e se
precisa resumir uma variedade de dados graficamente.

 Infográfico

Figura 10

Apresentação de informação utilizando gráficos visuais integrando textos e


valores de elementos comuns, com a função de informar o leitor de forma atrativa,
agradável e rápida sobre uma ou várias informações que sejam pertinentes.

INTERPRETANDO RELATÓRIOS E GRÁFICOS


“Nem sempre a idéia que se tem a partir de uma visão geral condiz com a
realidade. É por isso que o ideal é detalhar informações e integrá-las, de modo a
fazer uma análise que leve em conta todos os aspectos.” (ESCOLAWEB, 2019).
A entrega de informação através de gráficos e relatórios precisa ser elaborada
de forma que as pessoas receptoras possam interpretá-las sem maiores
dificuldades, ou seja, a melhor maneira de entregar essas informações será através
de uma escolha correta e bem elaborada do layout mais adequado para aquele tipo
de informação, indicadores e índices, procurando transmitir de forma clara, simples e
bem organizada facilitando a interpretação do significado dos dados expostos a fim
de estimular a compreensão dos clientes que fazem uso desse gráfico ou relatório.
Ter uma visão e pensamento crítico nessa hora é um dos fatores mais
importantes para a interpretação de relatórios e gráficos, pois há a necessidade que
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o usuário faça uma avaliação relacionando todos os dados, que são a base para das
informações, apresentados conjuntamente criando situações que possam levar à
seguinte pergunta de “como tal informação reagiria com a variação de uma variável
ou um índice presente nessa exposição de dados?”.
Vamos agora interpretar um relatório ABC de Vendas:

Figura 11

O relatório da Figura11 apresenta as vendas por produto em determinado


período, mostrando seis colunas sendo a primeira (No) a numeração seqüencial do
produto dentro do relatório, a segunda (Produto) a descrição do produto vendido, a
terceira (Qtd. Vendida) a quantidade vendida do produto no período, a quarta (Valor
Total) o valor total da venda do produto, a quinta coluna (% Total Venda) o
percentual do valor de venda desse produto sobre o total de venda dos produtos
nesse intervalo e por fim a sexta coluna (% Acum.) o percentual acumulado do valor
de venda desse produto sobre o total de venda dos produtos nesse intervalo. Os
dados estão ordenados pela quinta coluna (% Total Venda) em ordem decrescente,
aparecendo primeiro os maiores percentuais de venda sobre o total analisado no
período.
Conforme a lei de Pareto 80% as conseqüências decorrem de 20% das
causas. No exemplo acima 85 produtos, 10% do mix corresponde a 50% de todas as
vendas do período e 294 produtos, 34% do mix corresponde a 80% de todas as
vendas do período. Assim uma maior atenção deve ser dada a esses produtos
responsáveis por 80% do total das vendas, ou seja, qualquer negociação de preços,
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reposição eficaz, vai ser responsável pelo sucesso de vendas do estabelecimento,


assim como o contrário será um prejuízo considerável para a empresa.
Outras análises podem ser feitas para ver as vantagens de um produto sobre
outro, como por exemplo, a contribuição marginal do preço de venda sobre o preço
de custo de cada produto que ocupa o topo de vendas, tudo isso vai depender da
gestão estratégica da empresa sobre a logística de compra.
Escolhemos, para interpretação gráfica, um gráfico de ponto de equilíbrio de
vendas sobre um período:

Figura 12

No gráfico de ponto de equilíbrio da Figura12, entre despesas e receitas em


um intervalo de dadas, a curva de despesas somada com o custo fixo está em
vermelho e a curva de receitas está em azul, com as despesas iniciando em R$
160,00 e as despesas em zero dentro do período proposto 01/08/2019 a 31/08/2019,
tem-se também a exibição do custo fixo no mesmo período representado pela curva
rosa e que não apresenta nenhuma variação nesse intervalo de tempo.
A inclinação das retas representa a intensidade de variação tanto de receitas
quanto de despesas e custo fixo, quanto mais inclinadas maior a variação, já que as
funções lineares (afim) é do tipo y = ax + b. A variação tanto de receita, quanto
despesas e custo fixo está distribuída, em média no intervalo de dias, pois
a = (y – b) / x, que representa o índice de inclinação da reta.
A principal informação que é passada pelo gráfico em questão é o ponto de
interseção entre a curva de receitas com a curva de despesas, ela representa o
momento, nesse caso o dia, em que as receitas (em média) são iguais as despesas
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(mais o custo fixo) também em média como também o momento em que o lucro = 0
e o prejuízo também é zero. Ainda observando o ponto de interseção entre receitas
e despesas, observa-se que, antes do ponto do cruzamento das retas as despesas
são maiores que as receitas havendo até esse momento prejuízo e, após a
interseção, as receitas são maiores que as despesas sendo a área hachurada em
preto o lucro do período solicitado.
Observa-se que se a inclinação da reta azul (receitas) aumentasse a área
hachurada em preto também seria maior mostrando que o lucro aumentou. O
mesmo pode-se imaginar se a inclinação da reta vermelha (despesas) aumentasse a
área hachurada em preto seria menor mostrando que o lucro diminuiu. Assim
aumento de receitas aumenta a área hachurada em preto e aumento de despesas
diminui essa mesma área.

EXEMPLOS DE RELATÓRIOS E GRÁFICOS GERENCIAIS

O desempenho de uma empresa deve ser avaliado a partir de um conjunto


de informações que permitam conhecer sua realidade num dado momento.
Além disso, deve apresentar subsídios para que se possa planejar o futuro
da empresa, fazer correções de rumo e apresentar novas formas de
atuação.
(SEBRAE, 2015).

É através dos relatórios e gráficos gerenciais que a realidade de uma


empresa pode ser medida, avaliada e revelada mostrando qual é o seu desempenho
atual e sua tendência, assim como prever e apresentar o rumo de seu futuro para
que as correções necessárias possam ser realizadas.
O gráfico da Figura13 mostra o índice de lucratividade dentro de um período,
que é a relação do lucro dividido pelo faturamento o que significa a
representatividade do lucro sobre o valor do faturamento.
Importante para confirmar se a lucratividade da empresa está dentro do
esperado como também dentro do índice de lucratividade ideal de sua área, já que
cada negócio possui um índice de lucratividade padrão.
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RELATÓRIOS GERENCIAIS NA TOMADA DE DECISÃO

Figura 13

Na figura14 tem-se o gráfico de Margem de Segurança dentro de um período,


sendo que cada índice mostra quanto o rendimento (receitas) está acima do ponto
crítico (ou ponto de equilíbrio) onde as receitas são iguais as despesas e custo fixo
fazendo o lucro igual a zero.
Mostra se a empresa caminha com um faturamento seguro e qual o
percentual que dá essa segurança acima do ponto crítico.

Figura 14

Peso do Custo Fixo, Figura15, dentro de um período vem evidenciar qual a


representação do custo fixo sobre o custo total, mostrando que o ideal é que esse
índice seja cada vez menor, ou seja, quanto mais o custo fixo for menor que o custo
total significa que a empresa tem uma maior flexibilidade de enfrentar momentos de
crises, de baixas vendas.
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Figura 15

Figura 16

O ponto de equilíbrio é exibido por duas retas representando duas funções


afins ou lineares, Figura16, e mostra o ponto onde essas duas retas, uma de receias
e outra de despesas se cruzam. Esse ponto significa o momento em que as receitas
são iguais às despesas com o lucro igual a zero e, a partir dessa interseção, a
empresa passa a ter lucros com as vendas, sendo a área formada pelas retas de
receitas e despesas depois do ponto de equilíbrio o valor do lucro no período.

O gráfico de ticket médio da Figura17 representa o valor médio por ticket, isso
quer dizer que quanto maior for o ticket médio maior esta sendo o valor por compra
e mais produtos com maior valor estão sendo consumidos, valendo também o
contrário quando o valor do ticket médio é baixo.
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Figura 17

O gráfico da Figura18 mostra o valor das vendas por produto dentro do


período, mostrando qual o produto teve maior participação em valor no faturamento.

Figura 18

A contribuição marginal exibida em relatório da Figura19, mostra em ordem


decrescente quais os produtos, sua seção, grupo e subgrupo teve maior lucro dentro
de um período, mostrando os que proporcionam maior participação no lucro da
empresa.

Figura 19
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RELATÓRIOS GERENCIAIS NA TOMADA DE DECISÃO

Figura 20

O relatório ABC de Vendas mostrado na Figura20 exibe os produtos em


ordem decrescente de percentual de participação no total das vendas dentro de um
período e o acumulado desse percentual, sendo possível identificar, por exemplo,
quais produtos participam de até 20% das vendas e qual a quantidade desses
produtos no mix total de produtos da loja, identificando quais os produtos participam
de um percentual X de vendas da loja.

O relatório de vendas no período mostra a relação de produtos e a quantidade


vendida dentro de um período, como mostra a Figura21.

O relatório de ruptura de vendas no período da Figura22 mostra em ordem


decrescente de valor vendido a relação de produtos que não atingiram, dentro de um
período, o valor mínimo de vendas que é informado na solicitação do relatório.
Mostra os produtos que apresentam baixas ou nenhuma venda, podendo ser
identificados e analisados do por que desse problema.

Figura 21
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Figura 22

CONCLUSÃO
Sem dúvida nenhuma, os relatórios gerenciais têm a sua importância
diferenciada na participação do funcionamento da empresa, pois eles ajudam os
gestores de qualquer nível de planejamento seja ele estratégico ou tático ou
operacional a “enxergar” o que está acontecendo hoje e qual a tendência para o
futuro com relação ao que é esperado para a organização.
Os dois eventos de extrema importância para uma empresa é a tomada de
decisão pelos gestores estratégicos e a verificação se o que foi planejado é o que
está sendo cumprido pelo plano de ação e isso só é possível de ser verificado
através de indicadores e índices fornecidos pelos relatórios gerenciais, o que mostra
a importância dessa ferramenta para a empresa.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLDCORN, R.; PARKER, D. Decisão Estratégica para Investidores 1ª ed. São Paulo: Nobel, 1998.

DRUCKER, P. F. O homem que inventou a Administração 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora,
2006.

ADVTECNOLOGIA – RELATÓRIOS GERENCIAIS: por que e como fazê-los – 2019 –


Disponível em:
https://www.advtecnologia.com.br/relatorios-gerenciais-por-que-e-como-faze-los/
Acesso em 15/08/2019.

SAIDL, U. – Gráficos como elementos da informação gerencial – 2008 –


Disponível em:
https://administradores.com.br/artigos/graficos-como-elementos-da-informacao-
gerencial
Acesso em 15/08/2019.

ESCOLAWEB – Relatórios gerenciais: saiba como interpretá-los corretamente – 2019 –


Disponível em:
https://escolaweb.com.br/artigos/relatorios-gerenciais-saiba-como-interpreta-los-
corretamente/
Acesso em 15/08/2019.

SEBRAE – Como elaborar relatórios técnicos gerenciais eficientes – 2015 –


Disponível em:
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/como-elaborar-relatorios-tecnicos-
gerenciais-eficientes,b7e0b693ad2e4410VgnVCM2000003c74010aRCRD
Acesso em 15/08/2019.

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