Sie sind auf Seite 1von 107

Curso: Português

Teoria e Questões Comentadas


Prof. Bruno Spencer - Aula 08
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Aula 08 – Pontuação
Curso: Português
Professor: Bruno Spencer

Prof. Bruno Spencer 1 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Aula 08 – Pontuação

Olá, amigos!
Espero que estejam INDO BEM nos estudos!
Vamos dar seguimento ao nosso cronograma com o estudo das regras
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

de pontuação.
É um assunto BASTANTE FREQUENTE em todas as provas objetivas de
Português, e, importante para melhorarmos a qualidade da nossa escrita.
Então vamos lá, com foco e determinação.
Boa aula!!!
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Sumário

1 – Pontuação .....................................................................................3
2 – Ponto Final ....................................................................................4
3 – Vírgula ..........................................................................................4
3.1 – Uso proibido de vírgulas ............................................................... 6
4 – Ponto e Vírgula ..............................................................................7
5 – Dois Pontos ...................................................................................9
6 – Travessão ....................................................................................10
7 – Reticências ..................................................................................10
8 – Ponto de Interrogação.................................................................11
9 – Ponto de Exclamação ...................................................................11
10 – Parênteses ................................................................................11
11 – Aspas ........................................................................................12
12 – Questões Comentadas ...............................................................14
13 – Lista de Exercícios .....................................................................70
14 – Gabarito e Referencial Bibliográfico ......................................... 107

Prof. Bruno Spencer 2 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

1 – Pontuação

Os sinais de pontuação servem para transcrevermos para o texto escrito


um pouco do “espírito” ou da sua intenção, que na palavra falada, expressamos
pela entonação.
Por meio destes sinais, podemos separar palavras, expressões e
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

orações, esclarecer o sentido de termos utilizados no texto ou mesmo de


expressar o ritmo das palavras, as pausas ou as entonações na palavra escrita.

Primeiramente, recordemos o que já falamos anteriormente na aula sobre


períodos. Vamos fazer uma breve diferenciação entre alguns termos.

Frase
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

É um enunciado que transmite uma mensagem, podendo conter ou não


verbos.
•Ex. Todos saíram à noite.
•Uau!

Oração

É uma frase que possui verbo e que, normalmente, estrutura-se com


sujeito e predicado, que são os termos essenciais da oração.

•Ex. A vida (sujeito) é bela (predicado).

Período

“É uma frase constituida de uma ou mais orações.” (D. P. Cegalla)


O período simples é constituido de uma oração, enquanto o período
composto é formado por duas ou mais orações.

•Ex. O gato correu atrás do rato.


•O gato, que era muito arisco, correu atrás do rato

Prof. Bruno Spencer 3 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

2 – Ponto Final

O ponto final é utilizado para indicar o fim de uma frase, a pausa


máxima em um texto.
Uma segunda utilização do ponto final é para indicar abreviaturas.

•Ex. V. Exa., Sr., Sra., R. (rua)


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

3 – Vírgula

Este é, certamente, o sinal de pontuação mais cobrado em provas de


concursos. Isso acontece pela vasta quantidade de peculiaridades que possui.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Vamos expor o assunto da forma mais objetiva possível, para desatarmos esse
nó e deixar tudo mais claro.
Vamos estudar os principais casos em que usamos vírgulas:

Palavras de mesma função sintática


SEPARAR
ex. Compramos pão, leite, ovos e farinha.

Orações coordenadas assindéticas


SEPARAR ex. Fomos ao mercado, fizemos as compras e
voltamos para casa.

Orações coordenadas sindéticas


SEPARAR
ex. Fomos ao mercado, mas ele estava fechado.

Vocativos
SEPARAR
ex. João, vem aqui por favor.

Apostos
SEPARAR ex. Elizabeth, rainha da Inglaterra, veio a nossa
festa.

Orações ou termos intercalados


SEPARAR ex. Cabelos brancos, como dizem os mais
velhos, é sinal de experiência.

Prof. Bruno Spencer 4 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Orações subordinadas adjetivas


SEPARAR EXPLICATIVAS
ex. Pedro, que era o mais afoito, foi na frente.

Expressões retificadoras
SEPARAR
ex. Fizemos vinte, ou melhor, dez questões.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Determinadas Conjunções pospostas ao


SEPARAR verbo
ex. Ele queria, porém, seguir outro caminho.

A elipse de palavras
INDICAR
ex. Comprei pão, ela manteiga. (comprou)
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Orações Adverbiais e
Adjuntos Adverbiais Deslocados
SEPARAR
ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.

Lembre-se que a posição “natural” do adjunto adverbial – AAV é no final da


oração ou do período. Quando ele aparece, como nos exemplos acima, no
início ou no meio, deve vir isolado por vírgula.

Nas orações adverbiais deslocadas a utilização de vírgulas (antes e depois)


é obrigatória.
Já nos adjuntos adverbiais deslocados não formados por orações
subordinadas, a obrigatoriedade recai sobre expressões longas (a partir de
três palavras).
Esse é um tema delicado, pois não há unanimidade entre os gramáticos,
portanto, o melhor a fazer é utilizar as vírgulas. No caso de julgar se um item
está correto ou não, CUIDADO, use sempre o bom senso para perceber qual o
entendimento da BANCA sobre o assunto.

CESPE/TJ/TRE-ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2011

Prof. Bruno Spencer 5 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três


ideias fundamentais. A primeira é a do mandato livre e independente, isto é, os
representantes, ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação,
necessariamente, para com as reivindicações e os interesses de seus eleitores.
O representante deve exercer seu papel com base no exercício autônomo de
sua atividade, na medida em que é ele quem tem a capacidade de discernimento
para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus constituintes. A segunda
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

ideia é a de que os representantes devem exprimir interesses gerais, e não


interesses locais ou regionais. Os interesses nacionais seriam os únicos e
legítimos a serem representados. A terceira ideia refere-se ao princípio de que
o sistema democrático representativo deve basear-se no governo da maioria.
Praticamente todas as leis eleitorais que vigoraram no Brasil buscaram a
formação de maiorias compactas que pudessem governar.
Gilberto Bercovici. A origem do sistema eleitoral proporcional no Brasil. In:
Estudos Eleitorais, TSE, vol. 5, n.º 2, 2010, p. 53. Internet: <www.tse.gov.br>
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

(com adaptações) .
Julgue o item que se segue, relativo às estruturas sintáticas e semânticas do
texto.
No segundo período do texto, as vírgulas logo após as palavras "representantes"
e "eleitos" poderiam ser suprimidas, sem prejuízo para a correção gramatical
do texto, dado que, nessas ocorrências, trata-se de emprego facultativo desse
sinal de pontuação.
Certo
Errado
Comentários:
A oração isolada por vírgulas tem função de adjunto adverbial de tempo, pois
é equivalente a quando são eleitos. Esse é um caso de vírgula obrigatória,
pois trata-se de uma oração adverbial deslocada da sua posição natural que
é no final do período.

Orações Adverbiais e Adjuntos


Adverbiais Deslocados
SEPARAR ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.

Gabarito: E

3.1 – Uso proibido de vírgulas

Há alguns casos em que não podemos utilizar vírgulas, sob pena de


infringirmos as normas gramaticais.

Prof. Bruno Spencer 6 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

NÃO SE
PODE Sujeito e Predicado
SEPARAR

NÃO SE
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

PODE Verbo e Complementos Verbais


SEPARAR

NÃO SE Nome e seus complementos


PODE
SEPARAR (AA ou CN)
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Pode acontecer de haver algum termo ou oração intercalada, adjunto


adverbial ou oração explicativa entre o sujeito e o predicado ou entre o
verbo e seu complemento.
Nesse caso, haverá vírgulas que isolam o termo ou a oração.
Exemplos:
• Miguel, que é um bom rapaz, atendeu ao meu pedido.

• Entregamos, após longa jornada, a encomenda ao destinatário.

4 – Ponto e Vírgula

É muito empregado para separar itens em uma enumeração.


Também é utilizado para separar orações coordenadas em períodos
abundantes em vírgulas (organizar a frase).

•Ex. São deveres do sócio:


•Pagar as suas mensalidades em dia;
•Respeitar o direito dos demais sócios.

•Pedro, filho de José, destacou-se como líder do movimento; João, filho


de Maria, foi um dos que esteve junto a ele.

Prof. Bruno Spencer 7 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Repare no último exemplo que o ponto e vírgula tem uma função específica de
“organizar” o período, para que - em virtude da grande quantidade de vírgulas
– o seu sentido fique claro para o leitor.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

CESPE/Agente/PF/2009
Nossos projetos de vida dependem muito do futuro do país no qual vivemos. E
o futuro de um país não é obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se
constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos – e, às vezes, até
violentos – entre grupos com visões de futuro, concepções de desenvolvimento
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

e interesses distintos e conflitantes.


Para muitos, os carros de luxo que trafegam pelos bairros elegantes das capitais
ou os telefones celulares não constituem indicadores de modernidade.
Modernidade seria assegurar a todos os habitantes do país um padrão de vida
compatível com o pleno exercício dos direitos democráticos. Por isso, dão mais
valor a um modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população
alimentação, moradia, escola, hospital, transporte coletivo, bibliotecas, parques
públicos. Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário
eficiente, com aplicação rápida e democrática da justiça; são instituições
públicas sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões econômicas.
Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.).
Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 279 (com
adaptações).
Considerando a argumentação do texto acima bem como as estruturas
linguísticas nele utilizadas, julgue o item a seguir.
O emprego do sinal de ponto-e-vírgula, no último período sintático do texto,
apresenta a dupla função de deixar claras as relações sintático-semânticas
marcadas por vírgulas dentro do período e deixar subentender "Modernidade"
como o sujeito de "é sistema", "são instituições" e "é o controle".
Certo
Errado
Comentários:
O emprego de ponto-e-vírgula nesse período é essencial para a sua organização,
sem o qual o período ficaria completamente caótico, devido à presença de
orações coordenadas e de outras vírgulas.
Vamos à sua análise:

Prof. Bruno Spencer 8 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

“Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com


aplicação rápida e democrática da justiça; são instituições públicas sólidas e
eficazes; é o controle nacional das decisões econômicas.”
Temos, acima, três orações coordenadas formadas com o mesmo sujeito:
“modernidade”. São elas:
Modernidade é sistema judiciário eficiente, com aplicação rápida e democrática
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

da justiça;
Modernidade são instituições públicas sólidas e eficazes;
Modernidade é o controle nacional das decisões econômicas.
Gabarito: C

5 – Dois Pontos
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

São utilizados para:


Indicar uma enumeração (conforme usamos aqui);
Indicar uma citação;
Anunciar a fala de personagens em uma narração;
Antes de apostos enumerativos ou orações apositivas;
Indicar um resumo ou explicação.

•Ex. É como reza o ditado: água mole pedra dura, tanto bate até que
fura.
•Disse o rapaz a sua mãe: - Mas eu já sou quase adulto!
•Os quatro elementos são: terra, água, fogo e ar.
•Resumo da situação: todos ficaram sem ingressos para o jogo.

CESPE/AUFC/TCU/Apoio Técnico e Administrativo/TI/2010


A organização da sociedade em movimentos sociais é inerente à sua estrutura
de poder. O teatro teve, na Grécia antiga, o papel político de dotar a população
de razão crítica por intermédio de uma expressão estética. Mas os movimentos
sociais adquirem ao longo da história distintas expressões: estética, religiosa,
econômica, ecológica etc. A partir do século um, o Império Romano teve suas
bases solapadas por um movimento social de caráter religioso o Cristianismo,
que se recusou a reconhecer a divindade de César e propalou a radical dignidade
de todo ser humano. Desde a Revolução Francesa, a sociedade civil passou a se
mobilizar mais frequentemente em movimentos sociais. Porém, é recente a
noção de que a sociedade civil deve se organizar para pressionar o poder
público, e não necessariamente almejar também a tomada de poder. Isso

Prof. Bruno Spencer 9 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

ensejou o caráter multifacetado dos movimentos de indígenas, negros,


mulheres, migrantes, homossexuais etc. e o fato de constituírem instâncias
políticas nem sempre partidárias. É o fenômeno recente do empoderamento da
sociedade civil, que, quanto mais forte, mais logra transmutar a democracia
meramente representativa em democracia efetivamente participativa.
Frei Beto. Valores que constroem a cidade. In: Correio Braziliense, 25/6/2010
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

(com adaptações).
A partir das estruturas linguísticas que organizam o texto acima, julgue o item
subsecutivo. Por introduzir uma enumeração explicativa, o sinal de dois-pontos
na linha 4 admite a substituição por vírgula sem prejudicar a coerência textual
nem desrespeitar as regras gramaticais.
Certo
Errado
Comentários:
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Diante de enumerações explicativas, devemos utilizar o sinal de dois-pontos.


Gabarito: E

6 – Travessão

Podem substituir as vírgulas ou os parênteses para intercalar um


termo ou uma oração.

Também é utilizado para indicar a fala de um personagem em uma


narração (discurso direto).
•Ex. Os visitantes – que não eram poucos – alegraram a festa. (oração
intercalada)

•- Quanto custa? Perguntou o rapaz.


•- Dez cruzeiros. Respondeu logo o dono da venda.

7 – Reticências

As reticências, mais conhecidas como “três pontos”, indicam que há


algo mais a se falar na sequência.

Podem ser usadas em diversos contextos, seja para indicar interrupção


da fala, hesitação ou mesmo supressão de um trecho de um texto.

•Ex. No final das contas, ela diz que... (interrupção)


•É que... eu realmente não estudei. (hesitação)
•“...Construir uma sociedade livre, justa e solidária...” (supressão)

Prof. Bruno Spencer 10 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

8 – Ponto de Interrogação

Usamos o ponto de interrogação para indicar uma frase interrogativa


direta.

•Ex. Quem é você? (pergunta direta)


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

•Diga-me quem é você. (pergunta indireta)

9 – Ponto de Exclamação

Indica o final de uma frase exclamativa. Estas expressam surpresa,


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

raiva, susto, felicidade, ordem e etc.

•Ex. Corram!
•Ei!
•Saia logo daí!
•Que susto!

Observe que, quando uma oração é exclamativa, normalmente, utiliza-se do


modo imperativo.

10 – Parênteses

Podem isolar palavras, expressões, orações, a fim de introduzir alguma


explicação no texto. Por meio dos parênteses, podemos introduzir as
chamadas orações intercaladas ou os termos intercalados.
Os parênteses também são usados para indicar uma referência autoral.

•Ex. João saiu cedo (estava muito preocupado com o horário da prova).

•“Estou indo embora, a mala já está lá fora...” (Pablo)

Prof. Bruno Spencer 11 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

11 – Aspas

Servem para indicar que as palavras que estão entre elas:


Foram originalmente ditas ou escritas por outra pessoa, podendo ser
um texto, uma música, uma fala e etc;
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Alguma expressão habitual de um determinado grupo;

Foram citadas com sentido específico ou conotativo, fora do sentido


normal da palavra.
•Ex. “Quando eu estou aqui, vivendo esse momento lindo...” (Roberto
Carlos)
•Os comerciantes da região não gostam de clientes “pirangueiros”.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

CESPE/Agente/PF/2009

A visão do sujeito indivíduo - indivisível – pressupõe um caráter singular, único,


racional e pensante em cada um de nós. Mas não há como pensar que existimos
previamente a nossas relações sociais: nós nos fazemos em teias e tensões
relacionais que conformarão nossas capacidades, de acordo com a sociedade
em que vivemos. A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre o
que é "meu" e o que é "nosso". A pergunta que propõe é: como nos fazemos e
nos refazemos em nossas relações com as instituições e nas relações que
estabelecemos com os outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma
unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. Estaríamos envolvidos,
constantemente, em tramas complexas de internalização do "exterior" e,
também, de rejeição ou negociação próprias e singulares do "exterior". As
experiências que o homem vai adquirindo na relação com os outros são as que
determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir.
Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista
Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito das estruturas linguísticas e do
desenvolvimento argumentativo do texto acima.
O emprego das aspas nos termos em destaque ressalta, no contexto, o valor
significativo não usual desses termos.
Certo
Errado
Comentários:

Prof. Bruno Spencer 12 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Perfeito, as aspas servem para indicar que as palavras que estão entre elas:
• foram originalmente ditas ou escritas por outra pessoa, podendo ser um
texto, uma música, uma fala e etc;
• alguma expressão habitual de um determinado grupo;
• foram citadas com sentido específico ou conotativo, fora do sentido
normal da palavra.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Gabarito: C

Vamos praticar um pouco pessoal!


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Prof. Bruno Spencer 13 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

12 – Questões Comentadas

1) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Muitos duvidam da existência do amor. Muitos afirmam ser ele uma invenção
da literatura. Outros, que se trata de uma projeção neurótica imaginária. Uma
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

patologia da família das manias. Há quem suspeite de que seja uma doença da
alma. Estão errados.
Quem conhece o amor sabe que ele habita entre nós. E sua presença nos faz
sentir vivos. Por isso, o ressentimento é cego ao amor.
A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao mundo. Ou
pior: o sentimento de inexistência.
Um dos pecados maiores da inteligência é chegar à conclusão de que o amor é
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

uma ficção. Muitas vezes, pessoas supostamente inteligentes consideram o


amor algo ingênuo e pueril.
A desconfiança se acha a mais completa das virtudes morais ou cognitivas. A
armadilha de quem desconfia sempre é que ele mesmo se sente inexistente
para o mundo porque este é sempre visto com desprezo.
Outra suposta arma contra o amor é a hipocrisia. A hipótese de a hipocrisia ser
a substância da moral pública parece que inviabiliza o amor por conta de sua
cegueira para com esta hipocrisia mesma. É verdade: o amor não vê a
hipocrisia. Søren Kierkegaard (1813-1855) diz que há um "abismo escancarado"
entre eles.
O amor é concreto como o dia a dia. Engana-se quem considera o amor abstrato
e fantasioso. Kierkegaard nos lembra que o amor só se conhece pelos frutos.
Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor que não seja
prática. O gosto do amor é a confiança nas coisas que ele dá a quem o
experimenta.
(Adaptado de: PONDÉ, Luiz Felipe Disponível em: www.folha.uol.com.br)

A respeito da pontuação do texto, afirma-se corretamente:


a) A vírgula assinala a elipse do verbo em Outros, que se trata de uma projeção
neurótica imaginária.
b) Uma vírgula pode ser acrescentada imediatamente após “que”, sem prejuízo
da correção e da clareza, em Kierkegaard nos lembra que o amor só se conhece
pelos frutos. (último parágrafo)
c) Em A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao mundo,
uma vírgula pode ser inserida imediatamente após “vida”.

Prof. Bruno Spencer 14 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

d) O sinal de dois-pontos pode ser acrescentado imediatamente após “porque”


no segmento porque este é sempre visto com desprezo.
e) Em Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor que não
seja prática, uma vírgula pode ser acrescentada imediatamente após “há”, sem
que se faça nenhuma outra modificação na frase.
Comentários:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Alternativa A – Correta – “Muitos afirmam ser ele uma invenção da literatura.


Outros, (afirmam) que se trata de uma projeção neurótica imaginária.”
A vírgula indica a elipse do verbo AFIRMAR, citado no período anterior.

A elipse de palavras
INDICAR
ex. Comprei pão, ela manteiga. (comprou)

Alternativa B – Incorreta – “Kierkegaard nos lembra que o amor só se conhece


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

pelos frutos.”
Nesse caso, poderíamos utilizar um sinal de dois pontos, indicando uma
citação, mas não uma vírgula.
Repare que o “QUE” introduz a oração subordinada que é objeto direto da oração
principal.
Alternativa C – Incorreta – Isso iria separar o sujeito da oração (“A falta de
amor na vida”) do predicado.

NÃO SE
PODE Sujeito e Predicado
SEPARAR

Alternativa D – Incorreta

Os dois pontos são utilizados para:


Indicar uma enumeração (conforme usamos aqui);
Indicar uma citação;
Anunciar a fala de personagens em uma narração;
Antes de apostos enumerativos ou orações apositivas;
Indicar um resumo ou explicação.
•Ex. É como reza o ditado: água mole pedra dura, tanto bate até que
fura.
•Disse o rapaz a sua mãe: - Mas eu já sou quase adulto!
•Os quatro elementos são: terra, água, fogo e ar.
•Resumo da situação: todos ficaram sem ingressos para o jogo.

Prof. Bruno Spencer 15 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Alternativa E – Incorreta – A forma verbal “há” é o verbo da oração, essa vírgula


iria separá-lo de seu complemento.

NÃO SE
PODE Verbo e Complementos Verbais
SEPARAR
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Gabarito: A

2) FCC/Ana/DPE RS/Processual/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
[O invejável tédio europeu]
Os filmes dos cineastas europeus Michelangelo Antonioni e Ingmar Bergman,
que a gente via e discutia com tanta seriedade tantos anos atrás, também eram
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

uma forma de escapismo. Tanto quanto o musical e a comédia, aquelas histórias


de tédio e indagações existenciais nos distraíam das exigências menores do
cotidiano. Fugíamos não para um mundo cor-de-rosa, mas para outro matiz de
preto, bem mais fascinante do que o das nossas pequenas aflições. Nenhum dos
personagens do italiano Antonioni ou do sueco Bergman, embora enfrentassem
seu vazio interior e a frieza de um universo indiferente, parecia ter qualquer
problema com o aluguel.
Claro, o deserto emocional em que viviam os personagens do Antonioni, por
exemplo, era o deserto metafórico do capitalismo, uma civilização arrasada por
si mesma. Mas estavam todos empregados e ganhavam bem. E como era
fotogênico o seu suplício.
Com Bergman experimentamos o horror de existir, a terrível verdade de que
somos uma espécie corrupta sem redenção possível e que a morte torna tudo
sem sentido. Hoje suspeitamos de que se Bergman não vivesse na Suécia, com
educação, saúde e bem-estar garantidos do ventre até o túmulo, ele não diria
isso. É preciso estar livre das dificuldades da vida para poder concluir, com um
mínimo de estilo, que a vida é impossível. Tínhamos uma secreta inveja desses
europeus tão bem-sucedidos no seu desespero. Não tínhamos a mesma
admiração por filmes em que as pessoas se preocupavam não com a ausência
de Deus, mas com o pagamento no fim do mês.
Não há equivalência possível entre morrer de tédio e morrer de fome. Mas às
vezes eu ainda me pego sonhando em sueco com uma sociedade pronta, sem
qualquer destes desafios tropicais, em que a gente pudesse finalmente ser um
personagem de Bergman, enojado apenas com tudo e nada mais.
(VERISSIMO, Luis Fernando. Banquete com os deuses. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2003, p. 85-86)

Prof. Bruno Spencer 16 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período:


a) O autor do texto considera, em certo momento, que a beleza de certas cenas,
naqueles velhos filmes clássicos, tornava fotogênica a miséria moral dos
protagonistas.
b) Não é fácil, para os moradores do terceiro mundo admitir que, na velha
Europa, com aquele alto padrão de vida, existam os que sofrem tanto, de vazio
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

interior.
c) Mais houvéssemos assistido mais teríamos gostado, daqueles velhos clássicos
do cinema europeu, sobretudo os de Bergman e Antonioni; nossos prediletos.
d) Chega a ser provocadora, a associação que o autor estabelece, entre morrer
de fome ou morrer de tédio, ao comparar, as razões de sofrimento dos
europeus, às dos povos mais pobres.
e) A vida na Suécia, à qual não faltam bons serviços sociais, e aceitável
distribuição de renda, teria inspirado, a cineastas como Bergman, cenas de
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

quase inexplicável sofrimento.


Comentários:
Alternativa A – Correta – O autor do texto considera, em certo momento, (as
vírgulas isolam o adjunto adverbial deslocado) que a beleza de certas cenas,
naqueles velhos filmes clássicos, (as vírgulas isolam o adjunto adverbial
deslocado) tornava fotogênica a miséria moral dos protagonistas.

Orações Adverbiais e Adjuntos


Adverbiais Deslocados
SEPARAR ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.

Alternativa B – Incorreta – Não é fácil, (a vírgula separa o nome “fácil” de seu


complemento) para os moradores do terceiro mundo admitir que, na velha
Europa, (as vírgulas isolam o adjunto adverbial deslocado) com aquele alto
padrão de vida, (as vírgulas isolam o adjunto adverbial deslocado) existam os
que sofrem tanto, (a vírgula separa o verbo “sofrem” de seu complemento) de
vazio interior.

NÃO SE
PODE Sujeito e Predicado
SEPARAR

NÃO SE
PODE Verbo e Complementos Verbais
SEPARAR

Prof. Bruno Spencer 17 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

NÃO SE Nome e seus complementos


PODE
SEPARAR (AA ou CN)

Alternativa C – Incorreta – Mais houvéssemos assistido (faltou a vírgula na


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

expressão que indica proporção) mais teríamos gostado, (a vírgula separa o


verbo “teríamos gostado” de seu complemento) daqueles velhos clássicos do
cinema europeu, sobretudo os de Bergman e Antonioni; (para indicar
explicação, seria adequado o uso de parênteses, travessão ou mesmo de dois
pontos) nossos prediletos.
Alternativa D – Incorreta – Chega a ser provocadora, (a vírgula separa o sujeito
“a associação que o autor estabelece” do predicado) a associação que o autor
estabelece, entre morrer de fome ou morrer de tédio, (as vírgulas isolam uma
oração intercalada) ao comparar, (a vírgula separa o verbo “comparar” de seu
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

complemento) as razões de sofrimento dos europeus, (a vírgula separa o verbo


“comparar” de seu complemento) às dos povos mais pobres.
Note que o verbo “comparar” é TDI (tem dois complementos).
Alternativa E – Incorreta – A vida na Suécia, à qual não faltam bons serviços
sociais, (quando se enumera apenas dois itens, não se usa vírgula, apenas a
conjunção “E”) e aceitável distribuição de renda, (as vírgulas isolam uma oração
intercalada) teria inspirado, (a vírgula separa o verbo “teria inspirado” de seu
complemento) a cineastas como Bergman, (a vírgula separa o verbo “teria
inspirado” de seu complemento) cenas de quase inexplicável sofrimento.
Gabarito: A

3) FCC/Tec/DPE RS/Administrativa/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
O gol plagiado
“Jogador quer direito autoral sobre seus gols.”
Esporte, 20 jan. 2000
“Prezados senhores: dirigindo-se a V.Sa., refiro-me à notícia segundo a qual
jogadores de futebol do Reino Unido, como Michael Owen e Ryan Giggs, querem
receber autorais pela exibição de seus gols na mídia. Não tenho o status desses
senhores – sou apenas um brasileiro que bate a sua bolinha nos fins de semana
– mas desejo fazer uma grave denúncia: um dos jogadores citados
(oportunamente divulgarei o nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim.
Provas? Basta comparar os tapes dos referidos gols. No meu caso, trata-se de
um trabalho amador – foi feito por meu filho, de dez anos – mas mesmo assim
é bastante nítido. Vê-se que, como eu, o referido jogador estava num campo de

Prof. Bruno Spencer 18 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

futebol. Nos dois casos, a partida estava sendo disputada por times de 11
jogadores cada um. Nos dois casos havia uma bola, havia goleiros. Nos dois
casos havia um juiz. No meu caso, um juiz usando bermudões e chinelos – mas
juiz, de qualquer maneira.
Isto, quanto aos aspectos gerais. Vamos agora aos detalhes. No vídeo do
jogador inglês, mostrado no mundo inteiro, vê-se que ele pega a bola na grande
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

área, domina-a, livra-se de um adversário e chuta no canto esquerdo,


marcando, é forçoso admitir, um belo tento, um gol que faz jus aos direitos
autorais. No meu vídeo – feito uma semana antes, é importante que se diga –,
vê-se que eu pego a bola na grande área, que a domino, que livro-me de um
adversário e que chuto forte no canto esquerdo, marcando um belo tento.
Conclusão: o jogador inglês me plagiou. Quero, portanto, metade do que ele
receber a título de direitos autorais. Se não for atendido em minha reivindicação
levarei a questão a juízo. Estou seguro de que ganharei. Além do vídeo, conto
com uma testemunha: o meu filho. Ele viu o jogo do começo ao fim e pode
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

depor a meu favor. É pena não ter mais testemunhas, mas, infelizmente, ele foi
o único espectador desse jogo. E irá comigo demandar justiça contra o plágio.”
(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2013, p. 55)

Uma interpretação correta a respeito do emprego da pontuação está em:


a) As vírgulas em ... vê-se que ele pega a bola na grande área, domina-a, livra-
se de um adversário e chuta no canto esquerdo... (3° parágrafo) separam ações
ordenadas cronologicamente.
b) Os travessões em … trata-se de um trabalho amador – foi feito por meu filho,
de dez anos – mas mesmo assim é bastante nítido... (2° parágrafo) apresentam
uma síntese da informação imediatamente anterior.
c) Os parênteses em ... um dos jogadores citados (oportunamente divulgarei o
nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim. (1° parágrafo) intercalam
um exemplo do que foi afirmado anteriormente.
d) Os dois-pontos em Conclusão: o jogador inglês me plagiou. (4° parágrafo)
introduzem uma expressão que contraria o que foi afirmado anteriormente.
e) O sinal de interrogação em Provas? (2° parágrafo) sinaliza uma pergunta
dirigida aos leitores do texto para a qual o autor não tem resposta.
Comentários:
Alternativa A – Correta – As vírgulas podem ser utilizadas para separar itens
de uma enumeração. Nesse caso enumerou-se uma sequência de ações.

Palavras de mesma função sintática


SEPARAR
ex. Compramos pão, leite, ovos e farinha.

Prof. Bruno Spencer 19 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Alternativa B – Incorreta – Creio que essa alternativa pode ter confundido


muitos candidatos, pois não me parece 100% errada. Na verdade, trata-se de
uma explicação e não de uma síntese.
Alternativa C – Incorreta – Os parênteses estão isolando uma oração
intercalada de caráter explicativo.
Alternativa D – Incorreta – Os dois pontos introduzem um resumo ou
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

explicação.
Alternativa E – Incorreta – De fato, a interrogação só pode sinalizar uma
pergunta, no entanto a interpretação do texto nos permite dizer que o autor
tem sim a resposta da pergunta. Basta ler o período seguinte.
Gabarito: A

4) FCC/Tec/DPE RS/Apoio Especializado/Edificações/2017


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

A questão baseia no texto apresentado abaixo


Pesquisa divulgada recentemente afirma que 35 anos costuma ser a idade limite
para quem quer ir a clubes sem se sentir velho demais. De acordo com a única
empresa a comentar os resultados, Currys PC World, se você tem mais de 35
anos, ir a um clube pode ser algo realmente frustrante.
Os dados coletados, de acordo com nota publicada pela Mix Mag, mostram que,
a partir dos 35 anos, as pessoas começam a preferir ficar em casa ao invés de
sair. E, após esse ponto da vida, metade das pessoas que participaram da
pesquisa afirmaram que preferem ficar em casa em frente à TV, seja lá qual for
o clima, ao invés de se preocupar com os gastos de uma noite fora, detalhe que
costuma ser uma das grandes desculpas para não ir a nenhum lugar.
A pesquisa também revelou que, dentro do universo de pessoas acima de 35
anos que participaram do projeto, 14% gostam de ficar em casa stalkeando*
pessoas no Facebook enquanto outras 37% gostam de usar redes sociais.
Também compuseram o estudo perguntas como quantas pessoas não curtem
se arrumar para sair (22%), não curtem encontrar babás (12%) ou
pegar/arrumar um táxi (21%). E ainda tem o dado de que 7 em cada 10 pessoas
estão felizes por já terem encontrado sua alma gêmea e por isso não precisam
mais sair.
Matt Walburn, representante da Currys PC World, comentou que “o estudo
reconhece o fato de que chega um momento no qual apreciamos o conforto das
nossas casas mais do que uma vida social agitada”. E continua, “atualmente é
quase impossível ficar entediado em casa com muitas coisas para fazer e as
tecnologias mais avançadas, como TV 4K, ampliando a experiência de uma
forma tão específica que quase sempre se sobrepõe ao seu equivalente fora de
casa”.

Prof. Bruno Spencer 20 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

De qualquer forma, ir a uma danceteria ou qualquer lugar para curtir não é algo
que pode ser delimitado por uma determinada idade, pois o estado de espírito
pode ajudar a sair ou não, mas, certamente, a idade mais avançada deve
estimular a preferência das pessoas a ficar em casa.
(Adaptado de: https://omelete.uol.com.br)
*stalkear: perseguir, vigiar.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Matt Walburn, representante da Currys PC World, comentou que “o estudo


reconhece o fato de que chega um momento no qual apreciamos o conforto das
nossas casas mais do que uma vida social agitada”. (4° parágrafo)
A expressão entre vírgulas no trecho acima indica
a) resumo.
b) enumeração.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

c) distribuição.
d) explicação.
e) correção.
Comentários:
O termo “representante da Currys PC World” é um aposto explicativo, assim
concluímos que ele indica uma explicação.
Aproveitemos para revisar os tipos de aposto.

• Recife, capital de Pernambuco, é uma


Explicativo
bela cidade.

• Rio de Janeiro, Recife e Curitiba, todas


Resumitivo ou são belas cidades.
Recapitulativo • Só me arrependo de uma coisa, aquela
que não fiz.

Especificativo • Meu irmão Fernando é muito inteligente.

• O melhor da vida são duas coisas:


Enumerativo
sonhar e realizar.

• Tinham grandes qualidades, ele o


Distributivo
respeito e ela o carinho.

Gabarito: D

5) FCC/Tec/DPE RS/Apoio Especializado/Edificações/2017


A questão baseia no texto apresentado abaixo

Prof. Bruno Spencer 21 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Minimundo é o nome do parque temático que é uma das atrações turísticas de


Gramado, principal destino de viagens pela Serra Gaúcha, em Rio Grande do
Sul.
Lá o visitante pode ver miniaturas de castelos, barcos, ferrovias, estradas,
igrejas, cascatas, moinhos, casarios, carros e outros inúmeros detalhes, tudo
numa escala 24 vezes menor. Poderia até se pensar que é um parque mais
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

apropriado para crianças, mas logo se percebe que encanta mais os adultos pela
perfeição e cenários realísticos do pequeno mundo aí representado.
Esse cenário auxilia, pois, a identificação de réplicas de lugares conhecidos da
Europa e do Brasil. São cerca de 140 construções, por enquanto, que retratam
tanto lugares atuais, como o Aeroporto de Bariloche da Argentina, como antigos
prédios da Alemanha, país de origem do seu fundador.
A história do Minimundo começa com a vontade de um pai e um avô de agradar
a duas crianças com um pequeno mundo de miniaturas no jardim diante do seu
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

hotel. Uma espécie de mundo de fantasia com uma casinha de bonecas, castelos
e ferrovias.
Com o crescimento das crianças, o jardim evoluiu para um parque com novas
miniaturas que virou atração para os hóspedes do hotel, e daí até se tornar no
que é, um dos roteiros de turistas e de excursões em visita a Gramado.
Todo esse sonho começou com a imigração, em 1952, da família alemã de Otto
Höpnner para o Brasil, fugindo à situação difícil da Alemanha pós-guerra. Fixou-
se em Gramado e lá construiu o Hotel Ritta Höpnner, nome da sua esposa
brasileira, em 1958. Já o parque Minimundo foi inaugurado em 1983.
Boa parte das réplicas em miniaturas representam construções da Alemanha.
Nele residem cerca de 2.500 “habitantes”, distribuídos entre os mais variados
ambientes, que podem aumentar com a evolução das construções da
minicidade. O parque ainda conta com infraestrutura: um café que serve lanches
e tortas alemãs, uma loja de souvenir e um espaço infantil.
(Adaptado de: https://cronicasmacaenses.com)

O parque ainda conta com infraestrutura: um café que serve lanches e tortas
alemãs, uma loja de souvenir e um espaço infantil.
(último parágrafo)
Os dois-pontos no segmento acima introduzem concomitantemente as ideias de
a) enumeração e exemplificação.
b) explicação e resumo.
c) explicação e distribuição.
d) distribuição e exemplificação.
e) especificação e resumo.

Prof. Bruno Spencer 22 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Comentários:
Alternativa A – Correta – No segmento acima, os dois pontos introduzem uma
enumeração e exemplificação dos itens que compõem a infraestrutura do
parque.
Alternativa B, C, D e E – Incorretas – Veja abaixo, no resumo sobre APOSTOS,
as ideias de explicação, resumo e distribuição e note que não se aplicam ao
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

trecho trazido no enunciado.

• Recife, capital de Pernambuco, é uma


Explicativo
bela cidade.

• Rio de Janeiro, Recife e Curitiba, todas


Resumitivo ou são belas cidades.
Recapitulativo • Só me arrependo de uma coisa, aquela
que não fiz.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Especificativo • Meu irmão Fernando é muito inteligente.

• O melhor da vida são duas coisas:


Enumerativo
sonhar e realizar.

• Tinham grandes qualidades, ele o


Distributivo
respeito e ela o carinho.

Gabarito: A

6) FCC/AJ/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Sandberg, que mudou totalmente o conceito espectador/obra de arte com o seu
trabalho de duas décadas no Museu Stedelijk, de Amsterdã, iniciou sua palestra
elogiando a arquitetura do nosso MAM-RJ que, segundo ele, segue a sua teoria
de que o público deve ver a obra de arte de frente e não de lado, como acontece
até agora com o museu convencional de quatro paredes.
O ideal, disse ele, é que as paredes do museu sejam de vidro e que as obras
estejam à mostra em painéis no centro do recinto. O museu não é uma estrutura
sagrada e quem o frequenta deve permanecer em contato com a natureza do
lado de fora:
“A finalidade do museu de arte contemporânea é nos ajudar a ter consciência
da nossa própria época, manter um espelho na frente do espectador no qual ele
possa se reconhecer. Este critério nos leva também a mostrar a arte de todos
os tempos dentro do ambiente atual. Isso significa que devemos abolir o
mármore, o veludo, as colunas gregas, que são interpretações do século XIX.
Apenas a maior flexibilidade e simplicidade. A luz de cima é natural ao ar livre,
mas artificial ao interior. As telas são pintadas com luz lateral e devem ser

Prof. Bruno Spencer 23 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

mostradas com luz lateral. A luz de cima nos permite encerrar o visitante entre
quatro paredes. Certos museólogos querem as quatro paredes para infligir o
maior número possível de pinturas aos pobres visitantes.
É de capital importância que o visitante possa caminhar em direção a um quadro
e não ao lado dele. Quando os quadros são apresentados nas quatro paredes,
o visitante tem de caminhar ao seu lado. Isso produz um efeito completamente
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

diferente, especialmente se não queremos que ele apenas olhe para o trabalho,
mas o veja. Isso é ainda mais verdadeiro em relação aos grandes museus de
arte contemporânea. Eles são grandes porque o artista moderno quer nos
envolver com o seu trabalho e deseja que entremos em sua obra. Ao organizar
o nosso museu, devemos ter consciência da mudança de mentalidade da nova
geração. Abolir todas as marcas do establishment: uniformes, cerimoniais,
formalismo. Quando eu era jovem, as pessoas entravam nos museus nas pontas
dos pés, não ousavam falar ou rir alto, apenas cochichavam.
Realmente não sabemos se os museus, especialmente os de arte
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

contemporânea, devem existir eternamente. Foram criados numa época em que


a sociedade não estava bastante interessada nos trabalhos de artistas vivos. O
ideal seria que a arte se integrasse outra vez na vida diária, saísse para as ruas,
entrasse nas casas e se tornasse uma necessidade. Esta deveria ser a principal
finalidade do museu: tornar-se supérfluo”.
(Adaptado de: BITTENCOURT, Francisco. “Os Museus na Encruzilhada” [1974],
em Arte-Dinamite, Rio de Janeiro, Editora Tamanduá, 2016, p. 73-75)

O museu não é uma estrutura sagrada e quem o frequenta deve permanecer


em contato com a natureza do lado de fora... (1º parágrafo)
Quanto à pontuação do período acima, pode-se
I. acrescentar uma vírgula imediatamente antes da conjunção “e”, uma vez que
separaria orações com sujeitos diferentes.
II. substituir a conjunção “e” por dois-pontos, pois o que se segue pode ser
entendido como uma explicação da primeira parte da frase.
III. isolar com vírgulas a expressão “em contato”, uma vez que se trata de
locução adverbial, sem alteração do sentido original.
Está correto o que consta em
a) II, apenas.
b) I, II e III.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I e II, apenas.
Comentários:

Prof. Bruno Spencer 24 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Afirmativa I – Correta – Separam-se por vírgula as orações coordenadas ligadas


pelo conectivo “e” quando possuírem sujeitos distintos.
Afirmativa II – Correta – Essa é uma das funções do sinal de dois pontos:
introduzir uma explicação.

Os dois pontos são utilizados para:


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Indicar uma enumeração (conforme usamos aqui);


Indicar uma citação;
Anunciar a fala de personagens em uma narração;
Antes de apostos enumerativos ou orações apositivas;
Indicar um resumo ou EXPLICAÇÃO.

•Ex. É como reza o ditado: água mole pedra dura, tanto bate até que
fura.
•Disse o rapaz a sua mãe: - Mas eu já sou quase adulto!
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

•Os quatro elementos são: terra, água, fogo e ar.


•Resumo da situação: todos ficaram sem ingressos para o jogo.

Afirmativa III – Incorreta – O adjunto adverbial não é “em contato”, mas “em
contato com a natureza do lado de fora”. O termo “contato” é complementado
por “com a natureza do lado de fora”, por isso não podem ser separados por
vírgula.

NÃO SE Nome e seus complementos


PODE
SEPARAR (AA ou CN)

Gabarito: E

7) FCC/TJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Aspectos Culturais de Mato Grosso do Sul
A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-
culturais desenvolvidas pela população sul-mato-grossense muito influenciada
pela cultura paraguaia. Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de
várias outras contribuições das muitas migrações ocorridas em seu território.
O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato
Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado. É produzido com matérias primas da própria região e
manifesta a criatividade e a identidade do povo sul-mato-grossense por meio
de trabalhos em madeira, cerâmica, fibras, osso, chifre, sementes, etc.

Prof. Bruno Spencer 25 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações


indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora,
podem retratar tipos humanos e costumes da região.
(Adaptado de: CANTU, Gilberto. Disponível em:
http://profgilbertocantu.blogspot.com.br/2013/08/aspectos-culturais-de-
mato-grosso-dosul. html)
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações


indígenas, são feitas em cores da paisagem regional e, além da fauna e da
flora, podem retratar tipos humanos e costumes da região.
Após o deslocamento da expressão destacada, sem alterar o sentido da frase
original, o uso da vírgula fica correto em:
a) As peças em geral além da fauna e da flora, trazem à tona temas referentes
ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região.


b) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e podem além
da fauna e da flora, retratar tipos humanos e costumes da região.
c) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas, além da fauna e da flora são feitas nas cores da paisagem
regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região.
d) Além da fauna e da flora as peças em geral trazem à tona temas referentes
ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem
regional e, podem retratar tipos humanos e costumes da região.
e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e podem
retratar tipos humanos e costumes da região, além da fauna e da flora.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – As peças em geral além da fauna e da flora, trazem
à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas
cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e costumes da
região.
A expressão intercalada deve vir isolada por vírgulas (duas – antes e depois).

Orações ou termos intercalados


SEPARAR ex. Cabelos brancos, como dizem os mais
velhos, é sinal de experiência.

Alternativa B – Incorreta – As peças em geral trazem à tona temas referentes


ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem

Prof. Bruno Spencer 26 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

regional e podem além da fauna e da flora, retratar tipos humanos e costumes


da região.
A expressão intercalada deve vir isolada por vírgulas (duas – antes e depois).
Alternativa C – Incorreta – As peças em geral trazem à tona temas referentes
ao Pantanal e às populações indígenas, além da fauna e da flora são feitas nas
cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e costumes da
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

região.
A expressão intercalada deve vir isolada por vírgulas (duas – antes e depois).
Alternativa D – Incorreta – Além da fauna e da flora as peças em geral trazem
à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas
cores da paisagem regional e, podem retratar tipos humanos e costumes da
região.
Quando a expressão intercalada (nesse caso,
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

“deslocada”) inicia a frase, deve vir isolada por uma vírgula no final.
Alternativa E – Correta – As peças em geral trazem à tona temas referentes ao
Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional
e podem retratar tipos humanos e costumes da região, além da fauna e da flora.
A expressão intercalada no final da frase vem isolada por uma vírgula.
Gabarito: E

8) FCC/ TRF 3ª REGIÃO /Analista Judiciário Engenharia Civil/2014


Menino do mato
Eu queria usar palavras de ave para escrever. Onde a gente morava era um
lugar imensamente e sem [nomeação.
Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim:
Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! A Mãe que ouvira a brincadeira
falou: Já vem você com suas visões! Porque formigas nem têm joelhos
ajoelháveis e nem menino tinha no olhar um silêncio de chão e na sua voz uma
candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver o mundo para
encontrar nas palavras novas coisas de ver assim: eu via a manhã pousada
sobre as margens do rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão de
uma pedra. Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras.
Assim
Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi um sapo com olhar de árvore. Então
era preciso desver o mundo para sair daquele lugar imensamente e sem lado.
A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas pela inocência. O que a
gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias para a gente bem entender a
voz das águas e dos caracóis. A gente gostava das palavras quando elas

Prof. Bruno Spencer 27 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que só
os absurdos enriquecem a poesia.
(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa,São Paulo, Leya,
2013, p. 4178.)
Em uma redação em prosa, para um segmento do poema, a pontuação se
mantém correta em:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

a) A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira, falou: “Já vem você com suas visões!”
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui: “Isso é traquinagem da sua imaginação”.
b) A Mãe que tinha ouvido a brincadeira, falou: Já vem você com suas visões!
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui: Isso é traquinagem da sua imaginação.
c) A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira falou: “Já vem você com suas visões!,
porque formigas, nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação”.


d) A Mãe que tinha ouvido a brincadeira, falou: “Já vem, você com suas visões!”;
porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis e nem há pedras de sacristias por
aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação.
e) A Mãe que, tinha ouvido a brincadeira, falou: “Já vem você com suas visões!”
Porque formigas, nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui. “Isso, é traquinagem da sua imaginação”.
Comentários:
Alternativa A – Correta – “A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira (oração
subordinada adjetiva explicativa), falou: “Já vem você com suas visões!” (as
aspas indicam que a frase foi copiada do texto) Porque formigas nem têm
joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por aqui: “Isso é traquinagem
da sua imaginação”. “

Oração subordinada Explicativa ENTRE vírgulas


ADJETIVA Restritiva SEM vírgulas

Alternativa B – Incorreta – Deve haver uma vírgula após “mãe”, pois a oração
que se segue tem caráter explicativo e não restritivo.
Alternativa C – Incorreta – Deve haver uma vírgula antes da forma verbal
“falou” para isolar a oração explicativa.
Alternativa D – Incorreta – Deve haver uma vírgula após “mãe”, pois a oração
que se segue tem caráter explicativo e não restritivo.
Alternativa E – Incorreta – A vírgula colocada, após o vocábulo “que”, separa o
sujeito, “que”, do predicado.

Prof. Bruno Spencer 28 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

NÃO SE
PODE Sujeito e Predicado
SEPARAR

Gabarito: A
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

9) FCC/TRF 4ª REGIÃO/Analista Judiciário Área Judiciária/2014


Vaidade do humanismo
A vaidade, desde sua etimologia latina vanitas, aponta para o vazio, para o
sentimento que habita o vão. Mas é possível tratar dela com mais
condescendência do que os moralistas rigorosos que costumam condená-la
inapelavelmente. Pode-se compreendê-la como uma contingência humana que
talvez seja preciso antes reconhecer com naturalidade do que descartar como
um vício abominável. Como se sabe, a vaidade está em todos nós em graus e
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

com naturezas diferentes, e há uma vaidade que devemos aceitar: aquela que
corresponde não a um mérito abstrato da pessoa, a um dom da natureza que
nos tornasse filhos prediletos do céu, mas a algum trabalho que efetivamente
tenhamos realizado, a uma razão objetiva que enraíza a vaidade no mesmo
chão que foi marcado pelo nosso melhor esforço, pelo nosso trabalho de
humanistas.
Na condição de humanistas, temos interesse pelo estudo das formações sociais,
dos direitos constituídos e do papel dos indivíduos, pela liberdade do
pensamento filosófico que se pensa a si mesmo para pensar o mundo, pela arte
literária que projeta e dá forma em linguagem simbólica aos desejos mais
íntimos; por todas as formas, enfim, de conhecimento que ainda tomam o
homem como medida das coisas. Talvez nosso principal desafio, neste tempo
de vertiginoso avanço tecnológico, esteja em fazer da tecnologia uma aliada
preciosa em nossa busca do conhecimento real, da beleza consistente e de um
mundo mais justo todas estas dimensões de maior peso do que qualquer
virtualidade. O grande professor e intelectual palestino Edward Said, num livro
cujo título já é inspiração para uma plataforma de trabalho Humanismo e crítica
democrática afirma a certa altura: “como humanistas, é da linguagem que
partimos”; “o ato de ler é o ato de colocar-se na posição do autor, para quem
escrever é uma série de decisões e escolhas expressas em palavras”. Nesse
sentido, toda leitura é o compartilhamento do sujeito leitor com o sujeito
escritor compartilhamento justificado não necessariamente por adesão a um
ponto de vista, mas pelo interesse no reconhecimento e na avaliação do ponto
de vista do outro. Que seja este um nosso compromisso fundamental. Que seja
esta a nossa vaidade de humanistas.
(Derval Mendes Sapucaia, inédito)
Quanto à pontuação, a frase inteiramente correta é:

Prof. Bruno Spencer 29 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

a) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas


uma vez que, é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido,
mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas
pelo escritor.
b) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas
uma vez que é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido,
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

mas também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas


pelo escritor.
c) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas,
uma vez que é nela que se estabelecem, não apenas as relações de sentido,
mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas
pelo escritor
d) Para Edward Said a linguagem é o terreno, de onde partem os humanistas,
uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido mas,
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

também, o desafio de o leitor divisar, e compartilhar as escolhas produzidas


pelo escritor.
e) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas,
uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo
escritor.
Comentários:
Vamos sinalizar com vermelho as vírgulas em excesso e em azul as vírgulas
omitidas.
Alternativa A – Incorreta – A vírgula após “linguagem” separa o sujeito do
predicado. A vírgula após “humanistas” separa as orações coordenadas. A
vírgula após “compartilhar” separa o verbo de seu complemento. Além do
que já foi comentado, a expressão “é nela” não deve ser seguida de vírgula para
não se separar o verbo de seu complemento.
Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas,
uma vez que, é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido,
mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas
pelo escritor.

NÃO SE
PODE Sujeito e Predicado
SEPARAR

NÃO SE
PODE Verbo e Complementos Verbais
SEPARAR

Prof. Bruno Spencer 30 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Alternativa B – Incorreta – A palavra “desafio” não deve ser separada de seu


complemento.
Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas, uma
vez que, é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas
também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas
pelo escritor.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

NÃO SE Nome e seus complementos


PODE
SEPARAR (AA ou CN)

Alternativa C – Incorreta – A expressão “não apenas as relações de sentido”


deve vir isolada por vírgulas, sendo tratada como um termo intercalado.

Orações ou termos intercalados


SEPARAR ex. Cabelos brancos, como dizem os mais
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

velhos, é sinal de experiência.

Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas,


uma vez que, é nela que se estabelecem, não apenas as relações de sentido,
mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas
pelo escritor.
Alternativa D – Incorreta – A vírgula após “terreno” transforma uma oração
restritiva em explicativa. Faltou a vírgula antes de “mas”, a fim de separar
as orações coordenadas. A vírgula após “divisar” está em excesso, pois a
conjunção “e” no sentido de adição não se acompanha de vírgula.
Para Edward Said a linguagem é o terreno, de onde partem os humanistas, uma
vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas,
também, o desafio de o leitor divisar, e compartilhar as escolhas produzidas
pelo escritor.

Orações coordenadas sindéticas


SEPARAR
ex. Fomos ao mercado, mas ele estava fechado.

Oração subordinada Explicativa ENTRE vírgulas


ADJETIVA Restritiva SEM vírgulas

Alternativa E – Correta
Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas, uma
vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo
escritor.
Gabarito: E

Prof. Bruno Spencer 31 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

10) FCC/AJ/TRT 2/Administrativa/2014


Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Sobre a publicação de livros
Muito se tem discutido, recentemente, sobre direitos e restrições na publicação
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

de livros. Veja-se o que dizia o filósofo Voltaire, em 1777:


“Não vos parece, senhores, que em se tratando de livros, só se deve recorrer
aos tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo
comprometido nesses livros? Quem quiser falar com todos os seus compatriotas
só poderá fazê-lo por meio de livros: que os imprima, então, mas que responda
por sua obra. Se ela for ruim, será desprezada; se for provocadora, terá sua
réplica; se for criminosa, o autor será punido; se for boa, será aproveitada, mais
cedo ou mais tarde.”
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

(Voltaire, O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo:


Martins Fontes, 2001. p. 56)

Quanto à colocação das vírgulas, a frase inteiramente correta é:


a) Num de seus textos a que deu o título de “Do justo e do injusto”, Voltaire
aborda com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça que, segundo ele, foi-nos concedido por Deus que
também nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do coração.
b) Num de seus textos, a que deu o título de “Do justo e do injusto”, Voltaire
aborda, com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça, que, segundo ele, foi-nos concedido por Deus, que
também nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do coração.
c) Num de seus textos, a que deu o título de “Do justo e do injusto” Voltaire
aborda, com a propriedade de sempre a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por Deus que,
também, nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do coração.
d) Num de seus textos a que deu o título de “Do justo e do injusto”, Voltaire
aborda com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por Deus, que
também nos deu um cérebro, para contrabalançar, os impulsos do coração.
e) Num de seus textos, a que deu o título de “Do justo e do injusto”, Voltaire
aborda, com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma, do
sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por Deus que,
também nos deu um cérebro, para contrabalançar os impulsos do coração.
Comentários:
• É necessária uma vírgula após “textos” para isolar o AAV deslocado.

Prof. Bruno Spencer 32 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Orações Adverbiais e Adjuntos


Adverbiais Deslocados
SEPARAR ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.

• É necessária uma vírgula após “injusto” para separar a oração adjetiva


explicativa a que deu o título de “Do justo e do injusto”.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

• O termo intercalado “com a propriedade de sempre” deve vir isolado por


vírgulas.
• É necessária uma vírgula após “justiça” para separar a oração
subordinada adjetiva explicativa introduzida pelo pronome “que”.
• O termo “segundo ele” também é intercalado, devendo vir isolado por
vírgulas.
• É necessária uma vírgula após “Deus” para separar a oração subordinada
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

adjetiva explicativa introduzida pelo pronome “que”.


Gabarito: B

11) FCC/AJ/TRT-12/2013
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.
Num passado não muito remoto, cada um era definido por sua proveniência,
e as perguntas iniciais diziam: quem foram seus pais e antepassados? Onde
você nasceu? Quais são as dívidas que você herdou?
Prefiro os dias de hoje, em que são nossas próprias fa- çanhas que nos
definem. É uma escolha que deveria nos deixar mais livres, mas acontece que
a praticamos de um jeito estranho: junto com os laços que nos prendiam às
nossas origens e ao passado, nossa vida concreta também é silenciada na
descrição de nossa identidade. E nos transformamos em sujeitos abstratos,
resumidos por nossa função na produção e na circulação de mercadorias e
serviços.
Consequência: o desemprego nos ameaça com uma perda radical de
identidade. E não adianta observar que, afinal, nos sobra o resto, ou seja, toda
a complexidade de nosso ser. Não adianta porque, em regra, já renunciamos há
tempos a sermos representados por nossa vida concreta.
Enfim, espera-se que a economia crie empregos. Mas os poetas e os
saltimbancos também têm uma tarefa crucial: são eles que podem, aos poucos,
convencer a gente de que é nossa vida concreta que nos define, não nossa
função produtiva.
(Adaptado de:Contardo Caligaris, Folha de S.Paulo, 17/10/2009. Disponível
em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ ult10037u398900.shtml.)

Prof. Bruno Spencer 33 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Atente para o que se afirma abaixo a respeito da pontuação empregada no


texto.
I. É uma escolha que deveria nos deixar mais livres. ( 2º parágrafo ) Uma vírgula
pode ser inserida imediatamente após que , sem prejuízo para a correção.
II. No segmento cada um era definido por sua proveniência, e as perguntas
iniciais diziam... (1º parágrafo) a vírgula pode ser suprimida, sem prejuízo para
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

a correção.
III. Quem foram seus pais e antepassados?
Onde você nasceu? Quais são as dívidas que você herdou? ( início do texto )
Os pontos de interrogação podem ser suprimidos, sem prejuízo para a correção
e o sentido, pois as perguntas feitas nas frases acima são retóricas.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I e II.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

c) II e III.
d) I e III.
e) II.
Comentários:
Item I – Incorreta – A oração introduzida pelo “que” tem sentido nitidamente
restritivo, não cabendo a retirada da vírgula, pois, nesse caso, a oração tornar-
se-ia explicativa, o que é incompatível com o seu sentido.

Oração subordinada Explicativa ENTRE vírgulas


ADJETIVA Restritiva SEM vírgulas

Item II – Correta – É facultativa a vírgula que separa as orações coordenadas


unidas pela conjunção aditiva, “e”.
Item III – Incorreta – Os pontos de interrogação poderiam ser retirados, caso
fosse utilizada a forma interrogativa indireta.
Gabarito: E

12) FCC/TJ/TRE RO/Administrativa/2013


Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
"Temos de agir agora para evitar o pior", comentou o agrônomo Eduardo Assad,
pesquisador da Embrapa, ao apresentar as conclusões de um dos capítulos do
primeiro relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas − PBMC. Os
pesquisadores esperam que as informações sirvam para nortear a elaboração e
a implantação de políticas públicas e o planejamento das empresas.

Prof. Bruno Spencer 34 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Os desafios apontados no relatório são muitos. Ele indica que as consequências


da elevação da temperatura média global serão dramáticas no Brasil. De acordo
com os modelos computacionais de simulação do clima, a agricultura será o
setor mais afetado, por causa das alterações nos regimes de chuva. "Mesmo
que a quantidade de chuva fique inalterada, a disponibilidade de umidade do
solo deve diminuir, em consequência da elevação da temperatura média anual,
que intensifica a evapotranspiração", diz outro especialista. Segundo ele, esse
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

fenômeno deve prejudicar os cultivos agrícolas em regiões onde a escassez de


água é constante, como o semi-árido nordestino.
Uma provável consequência da redução da produtividade agrícola e da área de
terras aptas à agricultura é a queda na renda das populações, intensificando a
pobreza e a migração da área rural para as cidades que, por sua vez, deve
agravar os problemas de infraestrutura (habitação, escola, saúde, transporte e
saneamento).
Os efeitos na agricultura já podem ser dimensionados. "De 1990 a 2010, a
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

intensidade da precipitação dobrou na região do cerrado", diz Assad, "e o padrão


tecnológico atual da agricultura ainda não se adaptou a esses novos padrões".
Agora, segundo ele, torna-se imperioso investir intensivamente em sistemas
agrícolas consorciados, e não somente na produção agrícola solteira, de modo
a aumentar a fixação biológica de nitrogênio, reduzir o uso de fertilizantes e
aumentar a rotação de culturas. "Temos de aumentar a produtividade agrícola
no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, para evitar a destruição da Amazônia. A
reorganização do espaço rural brasileiro agora é urgente."
Cheias e secas mais frequentes e intensas devem causar uma redução na
produção agrícola também por outra razão. Pesquisadores da Embrapa
concluíram que algumas doenças − principalmente as causadas por fungos − e
pragas podem se agravar em muitas culturas analisadas, em decorrência da
elevação dos níveis de CO2 do ar, da temperatura e da radiação ultravioleta,
acenando com a possibilidade de aumento de preços e redução da variedade de
cereais, hortaliças e frutas.
Cheias e secas devem também alterar a vazão dos rios e prejudicar o
abastecimento dos reservatórios das hidrelétricas, acelerar a acidificação da
água do mar e reduzir a biodiversidade dos ambientes aquáticos brasileiros. A
perda de biodiversidade dos ambientes naturais deve se agravar; alguns já
perderam uma área expressiva − o cerrado, 47%, e a caatinga, 44% − a ponto
de os especialistas questionarem se a recuperação do equilíbrio biológico
característico desses ambientes seria mesmo possível.
(Adaptado de: FIORAVANTI, Carlos. Revista FAPESP, agosto de 2013, p. 23 e
24)
Os segmentos isolados por travessões, no 5º e no 6º parágrafos,
a) referem-se a dados coletados em estudos atuais que indicam solução de
possíveis problemas para a agricultura brasileira.

Prof. Bruno Spencer 35 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

b) indicam, respectivamente, especificação e enumeração de fatores


determinantes da situação apontada em cada um.
c) apresentam informações de sentido explicativo, em relação ao que consta
imediatamente antes de cada um deles.
d) introduzem, como exemplos, um dado resultante de pesquisas anteriores e
a fala de um especialista, respectivamente.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

e) reproduzem comentários de caráter pessoal, como juízos de valor a respeito


de algumas conclusões apresentadas no texto.
Comentários:
• O trecho “principalmente as causadas por fungos” é isolado por travessões
por ser um termo explicativo intercalado, podendo também vir isolado
por vírgulas ou parênteses. O termo refere-se ao nome “doença”

Orações ou termos intercalados


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

SEPARAR ex. Cabelos brancos, como dizem os mais


velhos, é sinal de experiência.

• O trecho “o cerrado, 47%, e a caatinga, 44%” é isolado por travessões por


ser um termo explicativo intercalado, podendo também vir isolado por
vírgulas ou parênteses. O termo refere-se ao nome “área expressiva”.
Gabarito: C

13) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O meu antigo companheiro de pensão Amadeu Amaral Júnior, um homem louro
e fornido, tinha costumes singulares que espantavam os outros hóspedes.
Amadeu Amaral Júnior vestia-se com sobriedade: usava uma cueca preta e
calçava medonhos tamancos barulhentos. Alimentava-se mal, espichava-se na
cama, roncava o dia inteiro e passava as noites acordado, passeando, agitando
o soalho, o que provocava a indignação dos outros pensionistas. Quando se
cansava, sentava-se a uma grande mesa ao fundo da sala e escrevia o resto da
noite. Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a
artigos, uns quarenta ou cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos
jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa diferente daquela e pagar
ao barbeiro.
Mudamo-nos, separamo-nos, perdemo-nos de vista. Creio que os artigos de
psicologia não foram publicados, pois há tempo li este anúncio num semanário:
“Intelectual desempregado. Amadeu Amaral Júnior, em estado de desemprego,
aceita esmolas, donativos, roupa velha, pão dormido. Também aceita trabalho”.
O anúncio não produziu nenhum efeito.
Muita gente se espanta com o procedimento desse amigo. Não sei por quê. Eu,
por mim, acho que Amadeu Amaral Júnior andou muito bem. Todos os

Prof. Bruno Spencer 36 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

jornalistas necessitados deviam seguir o exemplo dele. O anúncio, pois não. E,


em duros casos, a propaganda oral, numa esquina, aos gritos. Exatamente
como quem vende pomada para calos.
Graciliano Ramos. Um amigo em talas. In: Linhas tortas. Rio de Janeiro:
Record, 1983, p. 125 (com adaptações).
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto Um amigo em talas,


julgue o item que se segue.
As vírgulas em “Amadeu Amaral Júnior, em estado de desemprego, aceita
esmolas, donativos, roupa velha, pão dormido” foram todas empregadas para
separar itens de uma enumeração.
Certo
Errado
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Comentários:
As vírgulas do trecho “esmolas, donativos, roupa velha, pão dormido” foram
empregadas para separar termos de mesma função sintática, pois todos são
objeto direto da forma verbal “aceita”.
Já as duas primeiras vírgulas isolam o termo intercalado explicativo “em
estado de desemprego”.

Palavras de mesma função sintática


SEPARAR
ex. Compramos pão, leite, ovos e farinha.

Orações ou termos intercalados


SEPARAR ex. Cabelos brancos, como dizem os mais velhos,
é sinal de experiência.

Gabarito: Errado

14) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O homem que só tinha certezas quase nunca usava ponto de interrogação. Em
seu vocabulário, não constavam as expressões: talvez, quiçá, quem sabe,
porventura.
Parece que foi de nascença. Ele já teria vindo ao mundo assim, com todas as
certezas junto, pulou a fase dos porquês e nunca soube o que era curiosidade
na vida. Cresceu achando natural viver derramando afirmações pela boca.
A notícia espalhou-se rapidamente. Não demorou muito para se tornar capa de
todas as revistas e personagem assíduo dos programas de TV. Para cada
pergunta havia uma só resposta certa e era essa que ele dava, invariavelmente,

Prof. Bruno Spencer 37 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

exterminando aos pouquinhos todas as dúvidas que existiam, até que só restou
uma dúvida no mundo: será que ele não vai errar nunca? Mas ele nunca errava,
e já nem havia mais o que errar, uma vez que não havia mais dúvidas.
Um dia aconteceu um imprevisto, e o homem que só tinha certezas, quem diria,
acordou apaixonado. Para se assegurar de que aquela era a mulher certa para
ele, formulou cento e vinte perguntas, as quais ela respondeu sem vacilar. Os
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

dois se amaram noites adentro, foram a Barcelona, tiraram fotos juntos,


compraram álbuns, porta-retratos... Desde então, por alguma razão
desconhecida, o homem que só tinha certezas foi perdendo todas elas, uma por
uma. No início ainda tentou disfarçar. Mas as dúvidas multiplicavam-se como
praga, espalhavam-se pelo mundo, e agora, meu Deus? Deus existe? Existe
sim. Ou será que não? Ele não estava bem certo.
Adriana Falcão. O homem que só tinha certezas. In: O doido da garrafa. São
Paulo: Planeta do Brasil, 2003, p. 75 (com adaptações).
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Julgue o item seguinte, referente aos aspectos linguísticos e às ideias do texto


O homem que só tinha certezas.
O sentido original do texto seria alterado caso a oração “que só tinha certezas”
fosse isolada por vírgulas.
Certo
Errado
Comentários:
A expressão não separada por vírgula tem valor restritivo em relação ao termo
“homem”, ao passo que, se a mesma expressão viesse separada por vírgula,
teria apenas um valor explicativo em relação ao mesmo termo, o que
certamente muda o sentido do texto.

Oração subordinada Explicativa ENTRE vírgulas


ADJETIVA Restritiva SEM vírgulas

Gabarito: Certo

15) CESPE/TJ/TRE PE/Apoio Especializado/Operação de


Computadores/2016
Texto para a questão
O dever dos partidos políticos de prestar contas à justiça eleitoral está previsto
na Constituição Federal de 1988 (CF). A obrigatoriedade de prestação de contas
anualmente é imposta aos partidos políticos e encontra-se disciplinada na Lei
n.º 9.096/1995, também(d) conhecida como Lei dos Partidos Políticos, que trata
das finanças e da contabilidade dos partidos políticos.

Prof. Bruno Spencer 38 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Até a publicação da Lei n.º 12.034/2009, as prestações de contas partidárias


eram consideradas um procedimento administrativo de controle, que assumia
caráter jurisdicional apenas na fase recursal. Após a alteração legislativa de
2009, o processo de prestação de contas dos órgãos partidários passou a
assumir natureza jurisdicional desde a sua fase inicial, nos termos da Lei n.º
9.096/1995.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Antes da edição da Res.TSE n.º 23.432/2014, a Res.TSE n.º 21.841/2004


disciplinava os processos de prestação de contas dos partidos políticos(e) e a
tomada de contas especial, sendo esta última um procedimento administrativo
de controle, de caráter excepcional, instaurado contra os partidos políticos que,
tendo recebido(a) recursos oriundos do Fundo Partidário, não apresentassem
suas contas ou não comprovassem a aplicação regular dos recursos após
trânsito em julgado da decisão(b) que julgasse as contas irregulares ou as
considerasse não prestadas.
Haja vista as disposições contidas na Res.TSE n.º 21.841/2004, no processo de
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

prestação de contas partidárias, apreciava-se a regularidade da captação e dos


gastos dos recursos(c) sem a aferição de eventual responsabilidade do
ordenador de despesas incumbido de controlar a gestão das finanças. Esse
procedimento era relegado ao processo de tomada de contas especial, em
atenção à previsão contida em artigo da Lei dos Partidos Políticos, o qual, entre
outros aspectos, determina a caracterização da responsabilidade civil e criminal
dos dirigentes do partido e dos comitês, inclusive do tesoureiro, por quaisquer
irregularidades.
Daiane Mello Piccoli. Aspectos polêmicos das novas regras sobre prestação de
contas partidárias: aplicabilidade da Resolução n.º 23.432/2014 do Tribunal
Superior Eleitoral. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações).

A correção gramatical e o sentido original do texto Aspectos polêmicos das


novas regras... seriam mantidos caso fosse inserida vírgula imediatamente após
a) “recebido”.
b) “decisão”.
c) “recursos”.
d) “também”.
e) “políticos”.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Ao inserir uma vírgula após “recebido”, estaríamos
separando a locução verbal de seu complemento, o que é proibido.
tendo recebido (VERBO TRANSITIVO DIRETO) recursos (OBJETO DIRETO)

Prof. Bruno Spencer 39 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

NÃO SE
PODE Verbo e Complementos Verbais
SEPARAR

Alternativa B – Incorreta – Ao inserirmos uma vírgula após “decisão”,


estaríamos alterando o sentido do período, por transformar uma oração adjetiva
restritiva em adjetiva explicativa.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Alternativa C – Correta – Uma vez que o adjunto adverbial está no final do


período a vírgula é facultativa.
Caso ele estivesse no meio ou no início, a vírgula seria obrigatória por trata-
se de um AAV longo.
Alternativa D – Incorreta – Ao inserirmos uma vírgula após “também”
estaríamos dividindo o termo intercalado explicativo “também conhecida
como Lei dos Partidos Políticos”, formando assim dois termos intercalados e
alterando o sentido do período.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Alternativa E – Incorreta – Não cabe a vírgula após “políticos”, pois os termos


“os processos de prestação de contas dos partidos políticos” e “a tomada de
contas especial” já estão separados pela conjunção “E”.
Caso houvesse mais um termo na enumeração, seria necessária a utilização de
uma vírgula. Quando há apenas dois termos em uma enumeração usamos o
conectivo “E”.
Gabarito: C

16) CESPE/Tec/INSS/2016
Texto
Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um
escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para
armar ali a minha tenda de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os
livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde caberiam
todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro
que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre.
O apartamento não ficava tão perto da oficina. Era quase em frente ao prédio
onde morava Mário Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro,
hoje Vinicius de Moraes. Estava ali havia uma semana e nem decorara ainda o
número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de
encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de
hesitação. Mas foi só um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228,
o meu, que fica quase em frente, deve ser 227”. Mas lembrei-me de que, ao ir
ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do Mário,
havia uma diferença na numeração.

Prof. Bruno Spencer 40 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

― Visconde de Pirajá, 127 ― respondi, e seu Joaquim desenhou o endereço na


nota.
― Tudo bem, seu Ferreira. Dentro de um mês estará lá sua estante.
― Um mês, seu Joaquim! Tudo isso? Veja se reduz esse prazo.
― A estante é grande, dá muito trabalho... Digamos, três semanas.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Ferreira Gullar. A estante. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1989 (com adaptações).

Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto.


No período “Tanto que, quando (...) momento de hesitação”, o emprego de
todas as vírgulas deve-se à mesma regra de pontuação.
Certo
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Errado
Comentários:
Então pessoal, o período está um pouco truncado, no entanto vamos tentar
entendê-lo.
Em vermelho temos uma oração adverbial temporal intercalada, por isso
vem isolada por vírgulas.
Repare que intercalada na oração em vermelho, há outra oração adverbial
temporal grafada em verde.
Portanto, as vírgulas, todas, devem-se à mesma regra de pontuação.
“Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de encomenda
(oração subordinada adverbial de tempo reduzida de infinitivo), perguntou-me
onde seria entregue a estante (oração subordinada adverbial de tempo),
tive um momento de hesitação (oração principal).”
Gabarito: Certo

17) CESPE/Tec/INSS/2016
Bibliotecas sempre deram muito o que falar. Grandes monarquias jamais
deixaram de possuir as suas, e cuidavam delas estrategicamente. Afinal, dotes
de princesas foram negociados tendo livros como objetos de barganha; tratados
diplomáticos versaram sobre essas coleções. Os monarcas portugueses, após o
terremoto que dizimou Lisboa, se orgulhavam de, a despeito dos destroços,
terem erguido uma grande biblioteca: a Real Livraria. D. José chamava-a de
joia maior do tesouro real. D. João VI, mesmo na correria da partida para o
Brasil, não se esqueceu dos livros. Em três diferentes levas, a Real Biblioteca
aportou nos trópicos, e foi até mesmo tema de disputa.

Prof. Bruno Spencer 41 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Internet: <http://observatoriodaimprensa.com.br> (com adaptações).

Acerca de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto acima, julgue o item que
se segue.
O sinal de dois-pontos empregado imediatamente após “biblioteca” introduz um
termo de natureza explicativa.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Certo
Errado
Comentários:
Isso, o termo “a Real Livraria” explica o termo “uma grande biblioteca”.

DOIS PONTOS são utilizados para:


Indicar uma enumeração (conforme usamos aqui);
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Indicar uma citação;


Anunciar a fala de personagens em uma narração;
Antes de apostos enumerativos ou orações apositivas;
Indicar um resumo ou explicação.
•Ex. É como reza o ditado: água mole pedra dura, tanto bate até que
fura.
•Disse o rapaz a sua mãe: - Mas eu já sou quase adulto!
•Os quatro elementos são: terra, água, fogo e ar.
•Resumo da situação: todos ficaram sem ingressos para o jogo.

Gabarito: Certo

18) CESPE/AFCE/TCE SC/Controle


Externo/Administração/2016
Texto CB2A2BBB
O fenômeno da corrupção, em virtude de sua complexidade e de seu potencial
danoso à sociedade, exige, além de uma atuação repressiva, também uma ação
preventiva do Estado. Portanto, é preciso estimular a integridade no serviço
público, para que seus agentes sempre atuem, de fato, em prol do interesse
público.
Entende-se que a integridade pública representa o estado ou condição de um
órgão ou entidade pública que está “completa, inteira, perfeita, sã”, no sentido
de uma atuação que seja imaculada ou sem desvios, conforme as normas e
valores públicos.
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), a integridade é mais do que a ausência de corrupção, pois envolve

Prof. Bruno Spencer 42 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

aspectos positivos que, em última análise, influenciam os resultados da


administração, e não apenas seus processos. Além disso, a OCDE compreende
um sistema de integridade como um conjunto de arranjos institucionais, de
gerenciamento, de controle e de regulamentações que visem à promoção da
integridade e da transparência e à redução do risco de atitudes que violem os
princípios éticos.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Nesse sentido, a gestão de integridade refere-se às atividades empreendidas


para estimular e reforçar a integridade e também para prevenir a corrupção e
outros desvios dentro de determinada organização.
Internet: <www.cgu.gov.br> (com adaptações).

Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A2BBB, julgue o item


subsequente.
O trecho “e também” poderia ser corretamente isolado por vírgulas, recurso que
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

lhe conferiria ênfase.


Certo
Errado
Comentários:
A pontuação proposta pela banca não é possível.
Poderíamos utilizar apenas uma vírgula antes da conjunção aditiva “E” ou
duas vírgulas isolando o termo “também”.

Orações coordenadas sindéticas


SEPARAR
ex. Fomos ao mercado, mas ele estava fechado.

Gabarito: Errado

19) CESPE/Aud CE/TCE PA/Procuradoria/2016


Texto CB5A1AAA
Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe, inicialmente, verificar
como tal obrigação está preceituada no ordenamento jurídico. A Constituição
Federal prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente ao Poder
Legislativo. Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do estado e
aos prefeitos municipais.
O dever anual de prestar contas é da pessoa física. Assim sendo, no nível
municipal, esse dever é do prefeito, que, nesse caso, age em nome próprio, e
não em nome do município. Tal obrigação se dá em virtude de força da lei. O
povo, que outorgou mandato ao prefeito para gerir seus recursos, exige do
prefeito — por meio de norma editada pelos seus representantes — a prestação

Prof. Bruno Spencer 43 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

de contas. Sendo tal prestação obrigação personalíssima, não se pode admitir


que seja executada por meio de pessoa interposta. Isso quer dizer que o tribunal
de contas deve recusar, por exemplo, a prestação de contas apresentada por
uma prefeitura referente à obrigação de um ex-prefeito.
Quer dizer também que o ex-prefeito continua sujeito a todas as sanções
previstas para aqueles que não prestam contas.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Por essa razão, é necessário que haja a separação das contas — que devem,
inclusive, ser processadas em autos distintos — quando ocorrer de o cargo de
prefeito ser ocupado por mais de uma pessoa durante o exercício financeiro.
Nesse caso, cada um será responsável pelo período em que ocupou o cargo.
Ailana Sá Sereno Furtado. O dever de prestar contas dos prefeitos. Internet: <
https://jus.com.br> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

texto CB5A1AAA.
A supressão da vírgula empregada logo após a expressão “Assim sendo”
prejudicaria a correção do texto.
Certo
Errado
Comentários:
A vírgula ali empregada decorre de dois motivos: o conectivo de valor
conclusivo “assim sendo” e do adjunto adverbial deslocado “no nível
municipal”, que vem corretamente isolado por vírgulas.
Atente que, como o AAV é curto, portanto, poderia vir não isolado, no entanto,
a vírgula que o antecede é obrigatória em função da locução conjuntiva já
citada.

Orações coordenadas sindéticas


SEPARAR
ex. Fomos ao mercado, mas ele estava fechado.

Orações Adverbiais e
Adjuntos Adverbiais Deslocados
SEPARAR
ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.

Gabarito: Certo

20) CESPE/Esp GT/TELEBRAS/Advogado/2015

Prof. Bruno Spencer 44 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio acompanhada da


privatização do Sistema TELEBRAS — operado pela Telecomunicações
Brasileiras S.A. (TELEBRAS) —, monopólio estatal verticalmente integrado e
organizado em diversas subsidiárias, que prestava serviços por meio de uma
rede de telecomunicações interligada, em todo o território nacional.
A ideia básica do novo modelo era a de adequar o setor de telecomunicações ao
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

novo contexto de globalização econômica, de evolução tecnológica setorial, de


novas exigências de diversificação e modernização das redes e dos serviços,
além de permitir a universalização da prestação de serviços básicos, tendo em
vista a elevada demanda reprimida no país.
A privatização, ao contrário do que ocorreu em diversos países em
desenvolvimento e mesmo em outros setores de infraestrutura do Brasil, foi
precedida da montagem de detalhado modelo institucional, dentro do qual se
destaca a criação de uma agência reguladora independente e autônoma, a
Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Além disso, a reestruturação
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

do setor de telecomunicações brasileiro foi precedida de reformas setoriais em


vários outros países, o que trouxe a possibilidade de aprendizado com as
experiências anteriores.
José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de telecomunicações no
Brasil. Internet: <www.bndespar.com.br> (com adaptações).

No que se refere às estruturas linguísticas e às ideias do texto A reestruturação


do setor de telecomunicações no Brasil, julgue o item seguinte.
A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam preservados se,
no primeiro parágrafo, todas as vírgulas fossem eliminadas e a forma verbal
“prestava” fosse substituída por prestavam.
Certo
Errado
Comentários:
“A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio acompanhada da
privatização do Sistema TELEBRAS — operado pela Telecomunicações
Brasileiras S.A. (TELEBRAS) —, (1) monopólio estatal verticalmente integrado
e organizado em diversas subsidiárias, (2) que prestava serviços por meio de
uma rede de telecomunicações interligada, (3) em todo o território nacional.”
Atente que as duas primeiras vírgulas (1 e 2) utilizadas no período isolam um
termo intercalado (explica o termo “TELEBRAS”), enquanto as duas últimas
(2 e 3) isolam uma oração explicativa, por isso são essenciais ao período.

Orações ou termos intercalados


SEPARAR ex. Cabelos brancos, como dizem os mais velhos,
é sinal de experiência.

Prof. Bruno Spencer 45 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Orações subordinadas adjetivas


SEPARAR EXPLICATIVAS
ex. Pedro, que era o mais afoito, foi na frente.

Por sua vez há a problemática da concordância.


Repare que a forma verbal “prestava” concorda com o seu sujeito - “ monopólio
estatal verticalmente integrado e organizado em diversas subsidiárias”.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Uma vez alterado o tempo verbal, estaríamos atribuindo ao verbo um outro


sujeito, qual seja, “subsidiárias”. Assim, alterando o sentido da frase.
Gabarito: Errado

21) CESPE/TA/ANATEL/Administrativo/2014
As cidades foram criadas para a segurança de seus habitantes. Foram elas que
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

propiciaram, segundo autores clássicos e contemporâneos, o desenvolvimento


da cidadania, da racionalidade econômica, de um sistema de leis válidas para
todos e de novas formas de associação entre indivíduos, fora dos laços de
parentesco e de servidão. Desde o clássico de Weber (1958) até as obras mais
recentes de Godbout (1997) e Jacobs (1993), a liberdade é apresentada como
uma conquista urbana.
Essas novas formas de liberdade foram saudadas porque dissolviam laços de
domínio dos poderes familiares e feudais que impediam o aparecimento de um
poder público voltado para o povo (Habermas, 1994). Mas, simultaneamente,
por atraírem pessoas vindas de diferentes lugares, com diferentes culturas,
religiões, compromissos políticos e identificações, que apenas se esbarrariam
nos novos espaços, as cidades teriam, então, comprometido o estabelecimento
de relações duradouras entre seus habitantes.
Alba Zaluar. A abordagem ecológica e os paradoxos da cidade. Revista de
Antropologia, São Paulo: USP, 2010, v. 53, n.º 2, p. 613 (com adaptações).

Em relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item


que se segue.
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho “Desde o clássico
de Weber (1958) até as obras mais recentes de Godbout (1997) e Jacobs
(1993)” fosse deslocado para o final da oração, feitos os devidos ajustes de
maiúsculas e minúsculas e suprimida a vírgula após “(1993)”.
Certo
Errado
Comentários:
O trecho “Desde o clássico de Weber (1958) até as obras mais recentes de

Prof. Bruno Spencer 46 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Godbout (1997) e Jacobs (1993)” é um adjunto adverbial – AAV, por isso sua
posição natural é no final da oração, onde não precisaria ser isolado por
vírgulas.
Quando o AAV vem deslocado (no início ou no meio da oração), aí sim,
necessitará ser isolado por vírgulas.

Orações e Adjuntos Adverbiais Deslocados


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

SEPARAR ex. De manhã, fizemos muitas atividades


Fizemos, de manha, muitas atividades.

Gabarito: C

22) CESPE/PT/PM CE/2014


Ele não descobriu a América
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Oficialmente, o título de “descobridor da América” pertence ao navegante


genovês Cristóvão Colombo, mas ele não foi o primeiro estrangeiro a chegar ao
chamado Novo Mundo. Além disso, o próprio Colombo nunca se deu conta de
que a terra que encontrou era um continente até então desconhecido.
A arqueologia já revelou vestígios da passagem dos vikings pelo continente por
volta do ano 1000. Leif Ericson, explorador que viveu na região da Islândia,
chegou às margens do atual estado de Maine, no norte dos Estados Unidos da
América (EUA), no ano 1003. Em 1010, foi a vez de outro aventureiro nórdico,
Bjarn Karlsefni, aportar nos arredores de Long Island, na região de Nova York.
Além disso, alguns pesquisadores defendem que um almirante chinês chamado
Zeng He teria cruzado o Pacífico e desembarcado, em 1421, no que hoje é a
costa oeste dos EUA.
Polêmicas à parte, Cristóvão Colombo jamais se deu conta de que havia
descoberto um novo continente. A leitura de suas anotações de bordo ou de
suas cartas deixa claro que ele acreditou até a morte que tinha chegado à China
ou ao Japão, ou seja, às “Índias”. É o que o navegador escreveu, por exemplo,
em uma carta de março de 1493.
Mesmo nos momentos em que se apresenta como um “descobridor”, Colombo
se refere aos arredores de um continente que o célebre Marco Polo – do qual foi
leitor assíduo – já havia descrito. Em outubro de 1492, depois de seu primeiro
encontro com nativos americanos, o explorador fez a seguinte anotação em seu
diário de bordo: “Resolvi descer à terra firme e ir à cidade de Guisay entregar
as cartas de Vossas Altezas ao Grande Khan”. Guisay é uma cidade real chinesa
que Marco Polo visitara. Nesse mesmo documento, Colombo escreveu que,
segundo o que os índios haviam informado, ele estava a caminho do Japão. Os
nativos tinham apontado, na verdade, para Cuba.
Suas certezas foram parcialmente abaladas nas viagens seguintes, mas o
navegador nunca chegou a pensar que aportara em um novo continente. Sua

Prof. Bruno Spencer 47 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

quarta viagem o teria levado, segundo escreveu, à província de “Mago”,


“fronteiriça à de Catayo”, ambas na China.
Somente nos últimos anos de sua vida o genovês considerou a possibilidade de
ter descoberto terras realmente virgens. Mas foi necessário certo tempo para
que a existência de um novo continente começasse a ser aceita pelos europeus.
Américo Vespúcio foi um dos primeiros a apresentar um mapa com quatro
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

continentes. Mais tarde, em 1507, a nova terra seria batizada em homenagem


ao explorador italiano. Um ano depois da morte de Colombo, que passou a vida
sem entender bem o que havia encontrado.
Antouaine Roullet. In: Revista História Viva. Internet:
<www2.uol.com.br/historiaviva> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, considerando as ideias veiculadas no texto acima,


a sua estrutura e seus aspectos gramaticais.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

No período “Nesse mesmo documento, Colombo escreveu que, segundo o que


os índios haviam informado, ele estava a caminho do Japão”, a primeira vírgula
foi empregada para isolar termo com valor adverbial e as demais, para isolar
uma oração de valor temporal intercalada.
Certo
Errado
Comentários:
Corrigindo a afirmativa...
A primeira vírgula foi empregada para isolar termo com valor adverbial de lugar
(“Nesse mesmo documento”) e as demais, para isolar uma oração intercalada
de valor conformativo (“segundo o que os índios haviam informado”).
Gabarito: E

23) CESPE/Escrivão/PC BA/2013


Texto para o item
O respeito às diferentes manifestações culturais é fundamental, ainda mais em
um país como o Brasil, que apresenta tradições e costumes muito variados em
todo o seu território. Essa diversidade é valorizada e preservada por ações da
Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID), criada em 2003 e
ligada ao Ministério da Cultura.
Cidadãos de áreas rurais que estejam ligados a atividades culturais e estudantes
universitários de todas as regiões do Brasil, por exemplo, são beneficiados por
um dos projetos da SID: as Redes Culturais. Essas redes abrangem associações
e grupos culturais para divulgar e preservar suas manifestações de cunho

Prof. Bruno Spencer 48 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

artístico. O projeto é guiado por parcerias entre órgãos representativos do


Estado brasileiro e as entidades culturais.
A Rede Cultural da Terra realiza oficinas de capacitação, cultura digital e
atividades ligadas às artes plásticas, cênicas e visuais, à literatura, à música e
ao artesanato.
Além disso, mapeia a memória cultural dos trabalhadores do campo. A Rede
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Cultural dos Estudantes promove eventos e mostras culturais e artísticas e apoia


a criação de Centros Universitários de Cultura e Arte.
Culturas populares e indígenas são outro foco de atenção das políticas de
diversidade, havendo editais públicos de premiação de atividades realizadas ou
em andamento, o que democratiza o acesso a recursos públicos.
O papel da cultura na humanização do tratamento psiquiátrico no Brasil é
discutido em seminários da SID. Além disso, iniciativas artísticas inovadoras
nesse segmento são premiadas com recursos do Edital Loucos pela Diversidade.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Tais ações contribuem para a inclusão e socializam o direito à criação e à


produção cultural.
A participação de toda a sociedade civil na discussão de qualquer política cultural
se dá em reuniões da SID com grupos de trabalho e em seminários, oficinas e
fóruns, nos quais são apresentadas as demandas da população. Com base
nesses encontros é que podem ser planejadas e desenvolvidas ações que
permitam o acesso dos cidadãos à cultura e a promoção de suas manifestações,
independentemente de cor, sexo, idade, etnia e orientação sexual.
Identidade e diversidade. Internet: <www.brasil.gov.br/sobre/cultura/> (com
adaptações).

Considerando as ideias e aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o


item a seguir.
A retirada da vírgula após “Brasil” manteria a correção gramatical e os sentidos
do texto, visto que, nesse caso, o emprego desse sinal de pontuação é
facultativo.
Certo
Errado
Comentários:
Nesse caso, o sinal de vírgula não é facultativo.
Perceba que, no contexto, não cabe uma oração adjetiva restritiva, uma vez
que não há como restringir o sentido de “Brasil”, pois só há um.
Lembre-se de que as orações adjetivas explicativas devem vir isoladas por
vírgulas.

Prof. Bruno Spencer 49 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Orações subordinadas adjetivas


SEPARAR EXPLICATIVAS
ex. Pedro, que era o mais afoito, foi na frente.

Gabarito: E
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

24) CESPE/Delegado/PC BA/2013


No Brasil, duas grandes concepções de segurança pública opõem-se desde a
reabertura democrática até o presente: uma centrada na ideia de combate,
outra, na de prestação de serviço público.
A primeira concebe a missão institucional das polícias em termos bélicos,
atribuindo-lhes o papel de combater os criminosos, que são convertidos em
inimigos internos. A política de segurança é, então, formulada como estratégia
de guerra, e, na guerra, medidas excepcionais se justificam. Instaura-se,
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

adotando-se essa concepção, uma política de segurança de emergência e um


direito penal do inimigo. Esse modelo é reminiscente do regime militar e, há
décadas, tem sido naturalizado, não obstante sua incompatibilidade com a
ordem constitucional brasileira. Nesses anos, o inimigo interno anterior — o
comunista — foi substituído pelo traficante, como elemento de justificação do
recrudescimento das estratégias bélicas de controle social.
A segunda concepção está centrada na ideia de que a segurança é um serviço
público a ser prestado pelo Estado e cujo destinatário é o cidadão. Não há, nesse
caso, mais inimigo a combater, mas cidadão para servir. A polícia democrática
não discrimina, não faz distinções arbitrárias: trata os barracos nas favelas
como domicílios invioláveis, respeita os direitos individuais, independentemente
de classe, etnia e orientação sexual, não só se atendo aos limites inerentes ao
estado democrático de direito, mas entendendo que seu principal papel é
promovê-lo.
A concepção democrática estimula a participação popular na gestão da
segurança pública, valoriza arranjos participativos e incrementa a transparência
das instituições policiais. O combate militar é, então, substituído pela
prevenção, pela integração com políticas sociais, por medidas administrativas
de redução dos riscos e pela ênfase na investigação criminal. A decisão de usar
a força passa por considerar não apenas os objetivos específicos a serem
alcançados pelas ações policiais, mas também, e fundamentalmente, a
segurança e o bem-estar da população envolvida.
Cláudio Pereira de Souza Neto. A segurança pública na Constituição Federal de
1988: conceituação constitucionalmente adequada, competências federativas
e órgãos de execução das políticas. Internet: <www.oab.org.br> (com
adaptações).

Prof. Bruno Spencer 50 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item.


O emprego da vírgula logo após “criminosos” justifica-se por isolar oração de
caráter explicativo.
Certo
Errado
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Comentários:
As orações subordinadas adjetivas explicativas devem vir sempre isoladas
por vírgulas.

Orações subordinadas adjetivas


SEPARAR EXPLICATIVAS
ex. Pedro, que era o mais afoito, foi na frente.

Gabarito: C
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

25) FGV/AJ/TJ RO/Administrador/2015


Facebook
Vimos que o Vale do Silício é um tecnopolo importante, com indústria avançada,
de ponta, em que são feitos altos investimentos. Mas, às vezes, uma simples
ideia pode valer mais do que muita tecnologia. É o caso da maior rede social do
mundo, o Facebook.
Segundo o seu criador Mark Zuckerberg, em seu segundo ano da Universidade
de Harvard (2004), ele e seus amigos tinham muito a compartilhar: suas fotos,
o que estudavam, de que gostavam, entre tantas outras coisas que os amigos
curtem. Pensando nisso, Mark elaborou – em duas semanas e com apenas 19
anos de idade – a primeira versão do que se tornaria essa famosa rede social.
Mas há quem diga que a história inicial não foi tão sublime, mas que tudo
começou como uma brincadeira: Mark teria colocado as fotos das garotas da
Universidade na internet, à revelia, para que os colegas escolhessem qual a
mais bonita. Outro detalhe não menos importante seria que o desenvolvimento
do Facebook contou com a colaboração de mais colegas, entre eles o brasileiro
Eduardo Saverin, reconhecido como o cofundador do site.
De qualquer forma, e intrigas à parte, inovação e agilidade transformaram esse
pequeno projeto/brincadeira em uma empresa extremamente lucrativa, com
mais de 500 milhões de usuários, faturamento bilionário e um valor de 50
bilhões de dólares, estimado pelo Banco Sachs em janeiro de 2011, maior do
que o da Time Warner.
(Paulo Roberto Moraes, Urbanização e Metropolização, São Paulo, 2011)

“Mas, às vezes, uma simples ideia pode valer mais do que muita tecnologia”.

Prof. Bruno Spencer 51 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

O emprego das vírgulas, nesse caso, se repete, pela mesma razão, em:
a) “Vimos que o Vale do Silício é um tecnopolo importante, com indústria
avançada, de ponta,...”;
b) “Pensando nisso, Mark elaborou – em duas semanas e com apenas 19 anos
de idade...”;
c) “... ele e seus amigos tinham muito a compartilhar: suas fotos, o que
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

estudavam, de que gostavam, entre tantas outras coisas...”;


d) “Mark teria colocado as fotos das garotas da Universidade na internet, à
revelia, para que os colegas escolhessem qual a mais bonita”;
e) “faturamento bilionário e um valor de 50 bilhões de dólares, estimado pelo
Banco Sachs em janeiro de 2011, maior do que o da Time Warner”.
Comentários:
No enunciado, as vírgulas são utilizadas para isolar o adjunto adverbial “às
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

vezes”. Vamos identificar o motivo das vírgulas em cada enunciado para


respondermos à questão.
Alternativa A – Incorreta – As vírgulas isolam os termos intercalados “com
indústria avançada” e “de ponta”.

Orações ou termos intercalados


SEPARAR ex. Cabelos brancos, como dizem os mais
velhos, é sinal de experiência.

Alternativa B – Incorreta – A vírgula isola a oração adverbial reduzida de


gerúndio que inicia a frase e está deslocada no período.
Alternativa C – Incorreta – As vírgulas separam termos de mesma função
sintática.

Palavras de mesma função sintática


SEPARAR
ex. Compramos pão, leite, ovos e farinha.

Alternativa D – Correta – As vírgulas isolam o adjunto adverbial de modo “à


revelia”.

Adjuntos Adverbiais Deslocados


SEPARAR ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.

Alternativa E – Incorreta – As vírgulas isolam a oração adjetiva explicativa


reduzida de particípio.

Prof. Bruno Spencer 52 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Orações subordinadas adjetivas


SEPARAR EXPLICATIVAS
ex. Pedro, que era o mais afoito, foi na frente.

Gabarito: D
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

26) FGV/ADP/DPE RO/Analista Jurídico/2015


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Na grafia da fala do personagem da charge há a utilização de sinais de


pontuação e de sinais gráficos; a afirmativa correta sobre a presença desses
sinais é:

a) a presença de vocativos (casamento, filhos, saúde) obriga o uso de vírgulas;

b) as reticências ao final mostram que o personagem pensava dizer algo mais;

c) as reticências ao início indicam uma reflexão prévia do tripulante;

d) as vírgulas após os substantivos mostram a omissão de formas verbais;

e) os pontos de exclamação indicam surpresa diante das perguntas do turista.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Vocativos são usados para chamar, nomear ou


invocar uma pessoa ou algo a quem nos dirigimos na oração.

O vocativo não é parte do sujeito nem do predicado.

Exemplo: Meu amigo, siga o seu caminho!

Alternativa B – Incorreta – As reticências no final, mostram que o diálogo


continua.

Alternativa C – Incorreta – As reticências no início, mostram que o diálogo já


estava em andamento.

Prof. Bruno Spencer 53 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Alternativa D – Correta – A linguagem falada retratada na figura tem suas


peculiaridades em relação à linguagem escrita. As vírgulas retratam que foi
omitida a forma verbal “está” em todas as afirmações (“Casamento está OK!
Filhos está Ok! Saúde está OK!”).

A elipse de palavras
INDICAR
ex. Comprei pão, ela manteiga. (comprou)
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Alternativa E – Incorreta – As exclamações foram utilzadas apenas para dar


ênfase às afirmações.

Gabarito: D

27) FGV/AL/CM Caruaru/Administração/2015


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Problemas das grandes cidades

A urbanização se intensificou com a expansão das atividades industriais, fato


que atraiu (e ainda atrai) milhões de pessoas para as cidades. Esse fenômeno
provocou mudanças drásticas na natureza, desencadeando diversos problemas
ambientais, como poluições, desmatamento, redução da biodiversidade,
mudanças climáticas, produção de lixo e de esgoto, entre outros.

(Mundo Educação)

“...fato que atraiu (e ainda atrai) milhões de pessoas para as cidades”.

As palavras entre parênteses mostram

a) uma ampliação da informação dada.

b) uma retificação de um erro.

c) uma intensificação de um fenômeno.

d) uma ironia sobre o fato citado.

e) uma confirmação de algo já dito.

Comentários:

Os parênteses têm a função de isolar palavras, expressões, orações, a fim de


introduzir alguma explicação no texto.
Por meio dos parênteses, podemos introduzir as chamadas orações
intercaladas ou os termos intercalados.
Os parênteses também são usados para indicar uma referência autoral.
Alternativa A – Correta – Neste caso, os parênteses foram usados para fazer
uma observação, ampliando a informação dada pela forma verbal “atraiu”.

Prof. Bruno Spencer 54 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Alternativa B – Incorreta – A informação trazida pela forma verbal “atraiu” não


foi retificada, mas sim complementada.

Eis um exemplo de retificação:

“fato que atraiu (ou melhor, que atrai) milhões de pessoas”

Alternativa C – Incorreta – A intensificação de um fenômeno seria expressa por


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

advérbios de intensidade.

Ex. (mais e mais) ou (cada vez mais)

Alternativa D – Incorreta – Não há intenção irônica na frase.

Alternativa E – Incorreta – A informação entre parênteses não deixa de


confirmar o que foi dito, porém, o seu objetivo não é de confirmação e sim de
ampliação das informações (explicação).

Gabarito: A
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

28) FGV/Ag Fisc/TCM SP/Administração/2015

Alterar o ECA independe da situação carcerária

Nas unidades de internação de menores infratores reproduzem-se as mesmas


mazelas dos presídios para adultos: superpopulação, maus-tratos, desprezo por
ações de educação, leniência com iniciativas que visem à correição, falhas
graves nos procedimentos de reinclusão social etc. Um levantamento do
Conselho Nacional do Ministério Público mostra que, em 17 estados, o número
de internos nos centros para jovens delinquentes supera o total de vagas
disponíveis; conservação e higiene são peças de ficção em 39% das unidades
e, em 70% delas, não se separam os adolescentes pelo porte físico, porta aberta
para a violência sexual.

Assim como os presídios, os centros não regeneram. Muitos são, de fato, e


também a exemplo das carceragens para adultos, locais que pavimentam a
entrada de réus primários no mundo da criminalidade. Esta é uma questão que
precisa ser tratada no âmbito de uma reforma geral da política penitenciária, aí
incluída a melhoria das condições das unidades socioeducativas para os
menores de idade. Nunca, no entanto, como argumento para combater a
adequação da legislação penal a uma realidade em que a violência juvenil se
impõe cada vez mais como ameaça à segurança da sociedade.

O raciocínio segundo o qual as más condições dos presídios desaconselham a


redução da maioridade penal consagra, mais do que uma impropriedade, uma
hipocrisia. Parte de um princípio correto – a necessidade de melhorar o sistema
penitenciário do país, uma unanimidade – para uma conclusão que dele se
dissocia: seria contraproducente enviar jovens delinquentes, supostamente

Prof. Bruno Spencer 55 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

ainda sem formação criminal consolidada, a presídios onde, ali sim, estariam
expostos ao assédio das facções.

Falso. A realidade mostra que ações para melhorar as condições de detentos e


internos são indistintamente inexistentes. A hipocrisia está em obscurecer que,
se o sistema penitenciário tem problemas, a rede de “proteção” ao menor
consagrada no Estatuto da Criança e do Adolescente também os tem. E numa
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

dimensão que implica dar anteparo a jovens envolvidos em atos violentos, não
raro crimes hediondos, cientes do que estão fazendo e de que, graças a uma
legislação paternalista, estão a salvo de serem punidos pelas ações que
praticam.

Preservar o paternalismo e a esquizofrenia do ECA equivale a ficar paralisado


diante de um falso impasse. As condições dos presídios (bem como dos centros
de internação) e a violência de jovens delinquentes são questões distintas, e
pedem, cada uma em seu âmbito específico, soluções apropriadas. No caso da
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

criminalidade juvenil, o correto é assegurar a redução do limite da


inimputabilidade, sem prejuízo de melhorar o sistema penitenciário e a rede de
instituições do ECA. Uma ação não invalida a outra. Na verdade, as duas são
necessárias e imprescindíveis.

(O Globo, Opinião, 23/06/2015)

No texto 1, há duas oportunidades em que o autor empregou dois pontos(:):

1 – “...as mesmas mazelas dos presídios para adultos: superpopulação, maus-


tratos, desprezo por ações de educação...”;

2 – “...para uma conclusão que dele se dissocia: seria contraproducente enviar


jovens delinquentes...”.

Sobre essas duas ocorrências desses sinais de pontuação, a afirmação correta


é:

a) as duas ocorrências precedem enumerações;

b) as duas ocorrências introduzem exemplificações;

c) as duas ocorrências mostram explicações;

d) só a primeira ocorrência introduz uma explicação;

e) só a segunda ocorrência prepara uma explicitação.

Comentários:

Os dois-pontos são utilizados para:

Indicar uma enumeração;


Indicar uma citação;

Prof. Bruno Spencer 56 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Anunciar a fala de personagens em uma narração;


Antes de apostos enumerativos ou orações apositivas;
Indicar um resumo ou esclarecimento/explicação.

Item 1 – Os dois pontos anunciam uma enumeração (“superpopulação,


maus-tratos, desprezo por ações de educação” ).
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Item 2 – Os dois pontos anunciam um explicação (“seria contraproducente


enviar jovens delinquentes”) .

Gabarito: E

29) FGV/Cont/Pref Niterói/2015

A locomotiva desacelera
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Desde a virada do século, a China cumpre o papel de locomotiva da economia


mundial. Agora, porém, a locomotiva desacelera, talvez bruscamente,
encerrando um longo ciclo que se caracterizou pelo boom das commodities e,
ainda, por uma expansão acelerada das chamadas “economias emergentes”.
Descortina-se uma nova paisagem econômica e geopolítica.

Sob o impacto da desaceleração chinesa, os “emergentes” enfrentam baixas


taxas de crescimento ou, como nos casos extremos da Rússia e do Brasil,
profundas recessões. Ao mesmo tempo, os fluxos de investimentos estrangeiros
mudam de direção, trocando os “emergentes” pelos Estados Unidos. No longo
“ciclo das commodities”, desenvolveu-se a tese de que os Brics constituiriam
um polo econômico e político capaz de contrabalançar o poder dos Estados
Unidos. Tal tese é uma vítima ilustre da transição global que está em curso.

(Mundo, outubro de 2015)

O termo “economias emergentes” aparece entre aspas porque:

a) destaca um elemento informativo importante do texto;

b) reproduz uma expressão fartamente conhecida;

c) mostra um termo de difícil compreensão;

d) denuncia a presença de linguagem figurada;

e) indica a origem estrangeira da expressão.

Comentários:

Prof. Bruno Spencer 57 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

As ASPAS servem para indicar que as palavras que estão entre elas:
Foram originalmente ditas ou escritas por outra pessoa, podendo ser
um texto, uma música, uma fala e etc;

Alguma expressão habitual de um determinado grupo;


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Foram citadas com sentido específico ou conotativo, fora do sentido


normal da palavra.
•Ex. “Quando eu estou aqui, vivendo esse momento lindo...” (Roberto
Carlos)
•Os comerciantes da região não gostam de clientes “pirangueiros”.

A questão reproduz uma expressão fartamente conhecida, ou seja, uma


expressão habitual (“economias emergentes”).

Gabarito: B
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

30) FGV/AJ/TJ RO/Administrador/2015


Facebook
Vimos que o Vale do Silício é um tecnopolo importante, com indústria avançada,
de ponta, em que são feitos altos investimentos. Mas, às vezes, uma simples
ideia pode valer mais do que muita tecnologia. É o caso da maior rede social do
mundo, o Facebook.
Segundo o seu criador Mark Zuckerberg, em seu segundo ano da Universidade
de Harvard (2004), ele e seus amigos tinham muito a compartilhar: suas fotos,
o que estudavam, de que gostavam, entre tantas outras coisas que os amigos
curtem. Pensando nisso, Mark elaborou – em duas semanas e com apenas 19
anos de idade – a primeira versão do que se tornaria essa famosa rede social.
Mas há quem diga que a história inicial não foi tão sublime, mas que tudo
começou como uma brincadeira: Mark teria colocado as fotos das garotas da
Universidade na internet, à revelia, para que os colegas escolhessem qual a
mais bonita. Outro detalhe não menos importante seria que o desenvolvimento
do Facebook contou com a colaboração de mais colegas, entre eles o brasileiro
Eduardo Saverin, reconhecido como o cofundador do site.
De qualquer forma, e intrigas à parte, inovação e agilidade transformaram esse
pequeno projeto/brincadeira em uma empresa extremamente lucrativa, com
mais de 500 milhões de usuários, faturamento bilionário e um valor de 50
bilhões de dólares, estimado pelo Banco Sachs em janeiro de 2011, maior do
que o da Time Warner.
(Paulo Roberto Moraes, Urbanização e Metropolização, São Paulo, 2011)

Prof. Bruno Spencer 58 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Observe as seguintes frases do texto 1: “ele e seus amigos tinham muito a


compartilhar: suas fotos, o que estudavam, de que gostavam, entre tantas
outras coisas que os amigos curtem” e “tudo começou como uma brincadeira:
Mark teria colocado as fotos das garotas da Universidade na internet, à revelia,
para que os colegas escolhessem qual a mais bonita”.
Sobre o emprego dos dois pontos (:) nesses segmentos, é correto afirmar que:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

a) nos dois casos há explicitação de termos anteriores;


b) nos dois casos, os dois pontos precedem uma enumeração;
c) apenas no segundo caso há uma enumeração;
d) apenas no primeiro caso há uma explicitação;
e) nos dois casos essa pontuação poderia ser substituída por vírgulas.
Comentários:
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Alternativa A – Correta – No primeiro caso, a enumeração detalha o termo


“muito a compartilhar”, enquanto no segundo, a explicação refere-se ao termo
“brincadeira”.
Alternativa B – Incorreta – Note que no segundo caso, não se trata de uma
enumeração e sim de uma explicação.
Alternativa C – Incorreta – No segundo caso há uma explicação.
Alternativa D – Incorreta – No primeiro caso há uma enumeração.
Alternativa E – Incorreta – Em nenhum dos casos poderíamos simplesmente
substituir os dois pontos por vírgulas sem modificarmos a redação.

DOIS PONTOS são utilizados para:


Indicar uma enumeração (conforme usamos aqui);
Indicar uma citação;
Anunciar a fala de personagens em uma narração;
Antes de apostos enumerativos ou orações apositivas;
Indicar um resumo ou explicação.
•Ex. É como reza o ditado: água mole pedra dura, tanto bate até que
fura.
•Disse o rapaz a sua mãe: - Mas eu já sou quase adulto!
•Os quatro elementos são: terra, água, fogo e ar.
•Resumo da situação: todos ficaram sem ingressos para o jogo.

Gabarito: A

31) FGV/AO/SSP AM/2015

Prof. Bruno Spencer 59 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Texto
Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente
conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma extremamente nefasta,
posto que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral)
no direito de desfrutar de alguns privilégios, incluindo-se o de não ser igual
perante as leis (nessa suposta “superioridade” racial ou socioeconômica
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

também vem incluída a impunidade, que sempre levou um forte setor das elites
à construção de uma organização criminosa formada por uma troika maligna
composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos +
agentes financeiros, unidos em parceria público-privada para a pilhagem do
patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país atrasado
do “Você sabe com quem está falando?” (como bem explica DaMatta, em várias
de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam
no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis assim como os “de
baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

retroalimenta a chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de


organização social? Por que somos o que somos?”
(Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)
No primeiro parágrafo do texto há um conjunto de termos colocados entre
parênteses; a função predominante desse sinal gráfico, nesse texto, é a de:
a) corrigir alguns erros anteriores;
b) definir termos presentes no texto;
c) repetir enfaticamente algumas observações;
d) ampliar as informações dadas;
e) destacar pontos importantes do texto.
Comentários:
Repare que o autor nos fornece diversas informações adicionais
(explicações) por meio do uso dos parênteses. Esta é, provavelmente, sua
principal função (isolar termos ou frases explicativas), o que significa a
ampliação das informações dadas no texto.
Gabarito: D

32) FGV/Aud Est/CGE MA/2014

Utopias e distopias

Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na sua


origem um defeito que as condenava. A primeira, que deu nome às várias
fantasias de um mundo perfeito que viriam depois, foi inventada por sir Thomas
Morus em 1516. Dizem que ele se inspirou nas descobertas recentes do Novo
Mundo, e mais especificamente do Brasil, para descrever sua sociedade ideal,

Prof. Bruno Spencer 60 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

que significaria um renascimento para a humanidade, livre dos vícios do mundo


antigo. Na Utopia de Morus o direito à educação e à saúde seria universal, a
diversidade religiosa seria tolerada e a propriedade privada, proibida. O governo
seria exercido por um príncipe eleito, que poderia ser substituído se mostrasse
alguma tendência para a tirania, e as leis seriam tão simples que dispensariam
a existência de advogados. Mas para que tudo isso funcionasse Morus prescrevia
dois escravos para cada família, recrutados entre criminosos e prisioneiros de
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

guerra. Além disso, o príncipe deveria ser sempre homem e as mulheres tinham
menos direitos que os homens. Morus tirou o nome da sua sociedade perfeita
da palavra grega para “lugar nenhum”, o que de saída já significava que ela só
poderia existir mesmo na sua imaginação.

Platão imaginou uma república idílica em que os governantes seriam filósofos,


ou os filósofos governantes. Nem ele nem os outros filósofos gregos da sua
época se importavam muito com o fato de viverem numa sociedade
escravocrata. Em “Candide”, Voltaire colocou sua sociedade ideal, onde havia
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

muitas escolas mas nenhuma prisão, em El Dorado, mas “Candide” é menos


uma visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade humana.
Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor em que a
emancipação da classe trabalhadora traria igualdade e justiça para todos. O
sonho acabou no totalitarismo soviético e na sua demolição. Até John Lennon,
na canção “Imagine”, propôs sua utopia, na qual não haveria, entre outros
atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi vítima da violência, enquanto no
mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam a religiões e se matam
por elas.

Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia possível.


No futuro previsto os carros ofereceriam transporte rápido e lazer inédito em
estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista. Isso se os carros
não voassem, ou se não houvesse um helicóptero em cada garagem. Nada disso
aconteceu. Foi outra utopia que pifou. Hoje vivemos em meio à sua negação,
em engarrafamentos intermináveis, em chacinas nas estradas e num caos que
só aumenta, sem solução à vista. Mais uma vez, deu distopia.

(Veríssimo, Luiz Fernando. O Globo, 22/12/2013)

Assinale a alternativa em que se deixou de empregar uma vírgula, contrariando


as regras de pontuação.

a) “Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia


possível”.

b) “No futuro previsto os carros ofereceriam transporte rápido e lazer inédito


em estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista”.

c) “Isso se os carros não voassem, ou se não houvesse um helicóptero em cada


garagem”.

Prof. Bruno Spencer 61 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

d) “Nada disso aconteceu”.

e) “Foi outra utopia que pifou”.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – A oração “quando surgiu e se popularizou o


automóvel” deve vir obrigatoriamente isolada por vírgulas, por se tratar de
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

uma oração adverbial deslocada.

Orações Adverbiais e
Adjuntos Adverbiais Deslocados
SEPARAR
ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.

Alternativa B – Correta – Nas orações adverbiais a separação por vírgulas é


obrigatória.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Já nos adjuntos adverbiais, como “no futuro previsto”, não formados por
orações subordinadas, a obrigatoriedade recai sobre expressões longas (mais
de três palavras).
Esse é um tema delicado, pois não há unanimidade entre os gramáticos,
portanto, o melhor a fazer é utilizar as vírgulas.
No caso de julgar se um item está correto ou não, CUIDADO, use sempre o bom
senso para perceber qual o entendimento da BANCA sobre o assunto.
Alternativa C – Correta – As orações adverbiais vêm no final do período.

Alternativa D – Correta – Na oração não há espaço para vírgula.

Alternativa E – Correta - Na oração não há espaço para vírgula.

Gabarito: A

33) FGV/TSE/DPE RJ/Administração/2014

XÓPIS

Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes


diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de
Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir
mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram
a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes,
automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua.
Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas
exclusivamente às compras e ao lazer – enfim, pequenos (ou enormes) templos
de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o
sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

Prof. Bruno Spencer 62 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são
as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do
mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do
planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros
de conveniência com que o Primeiro Mundo – ou pelo menos uma ilusão de
Primeiro Mundo – se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos,
qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de


massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio
ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de
dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua,
que vai acabar estragando a ilusão.

As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e


saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de
consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o


choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a
um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade.
O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos
xópis.

(Veríssimo, O Globo, 26012014.)

“Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, (1) na


Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava,(2) encantado, o Walter
Benjamin. Ou, (3) se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente”.

Nesse segmento do texto há três ocorrências de uso da vírgula devidamente


numeradas; a afirmativa correta sobre o seu emprego é

a) as ocorrências se justificam por três razões diferentes.

b) as duas primeiras ocorrências se justificam pelo mesmo motivo.

c) as três ocorrências se justificam pela mesma regra de pontuação.

d) as ocorrências (1) e (3) se justificam pelo mesmo princípio.

e) as ocorrências (2) e (3) se justificam pelo mesmo motivo.

Comentários:

Item 1 – As vírgulas isolam o AAV de lugar “na Inglaterra”, que vem deslocado
na oração.

Prof. Bruno Spencer 63 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Orações Adverbiais e
Adjuntos Adverbiais Deslocados
SEPARAR
ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.

Lembre-se que a posição “natural” do adjunto adverbial – AAV é no final da


oração ou do período. Quando ele aparece, como nos exemplos acima, no início
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

ou no meio, deve vir isolado por vírgula.


Item 2 – As vírgulas isolam o adjetivo “encantado”, já que a oração está
invertida. Veja:

Flanava, encantado, o Walter Benjamin (invertida)

Walter Benjamin flanava encantado (direta)

Item 3 – As vírgulas isolam a oração adverbial condicional “se você quiser ir


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

mais longe”.

Gabarito: A

34) FGV/TMD/DPE RJ/2014

CIDADE URGENTE

Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de


brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São
reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos
serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara com a “questão urbana”
e os pesquisadores se debruçam sobre o assunto, que também é parte
significativa da pauta dos meios de comunicação.

Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90%
ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema?

Parece incrível, mas os grandes operadores do sistema econômico e político


tratam os problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados
os incômodos de cada crise, quem ganha dinheiro no caos urbano toca em frente
seus negócios e quem ganha votos, sua campanha. Só alguns movimentos
populares e organizações civis – Passe Livre, Nossa São Paulo e outros –
insistem em plataformas, debates e campanhas para enfrentar os problemas e
encontrar soluções sustentáveis.

A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil
enfrentaria o desafio urbano, integrando as políticas públicas no âmbito
municipal, estabelecendo parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas
práticas. Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser negociado nos
arranjos eleitorais.

Prof. Bruno Spencer 64 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação


submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de recursos que vão
para as grandes obras de fachada, transporte inviabilizado por um século de
submissão ao mercado do petróleo. A fragmentação vem do descompasso entre
União, Estados e municípios, desunidos por um pacto antifederativo, adversários
na disputa pelos tributos que se sobrepõem nas costas dos cidadãos.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das organizações
civis e movimentos sociais que acumularam experiências e conhecimento dos
moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda
os problemas, ajuda a achar soluções.

Marina Silva, Folha de São Paulo, 7/1/2014.

No primeiro parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

entre aspas porque

a) mostra uma frase sem respeito pela norma culta.

b) indica o tópico central do parágrafo.

c) destaca uma ironia da autora do texto.

d) copia uma expressão popular.

e) enfatiza uma ideia importante do texto.

Comentários:

Utilizamos as aspas (“”) para indicar que as palavras que estão entre elas foram
originalmente ditas ou escritas por outra pessoa, podendo ser um texto, um
trecho ou alguma expressão habitual ou mesmo quando citamos algo com
sentido específico, fora do sentido normal da palavra.
Exemplos:
“Quando eu estou aqui, vivendo esse momento lindo...” (Roberto Carlos)
Os comerciantes da região não gostam de clientes “pirangueiros”.
Na questão acima, foram utilizadas aspas para utilizar a expressão popular
“onde o sapato aperta”, a qual significa que se sabe onde algo incomoda.
Gabarito: D

35) FGV/TMD/DPE-RJ/2014

CIDADE URGENTE

Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de


brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São

Prof. Bruno Spencer 65 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos


serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara com a “questão urbana”
e os pesquisadores se debruçam sobre o assunto, que também é parte
significativa da pauta dos meios de comunicação.

Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90%
ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema?
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Parece incrível, mas os grandes operadores do sistema econômico e político


tratam os problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados
os incômodos de cada crise, quem ganha dinheiro no caos urbano toca em frente
seus negócios e quem ganha votos, sua campanha. Só alguns movimentos
populares e organizações civis – Passe Livre, Nossa São Paulo e outros –
insistem em plataformas, debates e campanhas para enfrentar os problemas e
encontrar soluções sustentáveis.

A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

enfrentaria o desafio urbano, integrando as políticas públicas no âmbito


municipal, estabelecendo parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas
práticas. Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser negociado nos
arranjos eleitorais.

A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação


submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de recursos que vão
para as grandes obras de fachada, transporte inviabilizado por um século de
submissão ao mercado do petróleo. A fragmentação vem do descompasso entre
União, Estados e municípios, desunidos por um pacto antifederativo, adversários
na disputa pelos tributos que se sobrepõem nas costas dos cidadãos.

(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das organizações
civis e movimentos sociais que acumularam experiências e conhecimento dos
moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda
os problemas, ajuda a achar soluções.

Marina Silva, Folha de São Paulo, 7/1/2014.

“Parece incrível, (1) mas os grandes operadores do sistema econômico e político


tratam os problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados
os incômodos de cada crise, (2) quem ganha dinheiro no caos urbano toca em
frente seus negócios e quem ganha votos, (3) sua campanha. Só alguns
movimentos populares e organizações civis – Passe Livre, (4) Nossa São Paulo
e outros – insistem em plataformas, (5) debates e campanhas para enfrentar
os problemas e encontrar soluções sustentáveis”.

Nesse parágrafo do texto aparecem cinco casos de emprego de vírgulas


devidamente numerados; os números que indicam casos em que a vírgula foi
empregada em função de idênticos motivos são

Prof. Bruno Spencer 66 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

a) 1/2.

b) 1/3.

c) 2/3.

d) 3/4.

e) 4/5.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Comentários:

Item 1 – A vírgula separa uma oração coordenada adversativa.

Orações coordenadas sindéticas


SEPARAR
ex. Fomos ao mercado, mas ele estava fechado.

Item 2 – A vírgula isola uma oração adverbial deslocada (“passados os


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

incômodos de cada crise”). A oração é reduzida de particípio e tem valor


temporal.

Orações Adverbiais e
Adjuntos Adverbiais Deslocados
SEPARAR
ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.

Item 3 – A vírgula é utilizada em função da elipse da expressão “toca em


frente”.

A elipse de palavras
INDICAR
ex. Comprei pão, ela manteiga. (comprou)

Item 4 – A vírgula separa termos semelhantes, ou seja, de mesma função


sintática.

Palavras de mesma função sintática


SEPARAR
ex. Compramos pão, leite, ovos e farinha.

Item 5 – A vírgula separa termos de mesma função sintática.

Gabarito: E

36) FGV/TAJ/TJ RJ/2014

ANTES QUE A FONTE SEQUE

Prof. Bruno Spencer 67 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

José Carlos Tórtima, O Globo, 04/10/2014

Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o


empolgado escrivão da frota de Cabral, não conteria a euforia ao anunciar, em
sua célebre epístola ao rei Dom Manuel, que as águas da nova colônia eram não
só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que com sua bela carta
de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais lusitanos
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

poderia estar lançando as sementes da arraigada e onipresente cultura de


esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua inesgotabilidade. Cultura
esta que até hoje se faz presente nas cenas de desperdício explícito nas cidades
e no campo. E também na timidez de políticas públicas direcionadas à
preservação e ao bom uso das reservas do mineral.

Quanto ao emprego ou omissão da vírgula, houve afastamento da orientação


gramatical em:
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

a) “na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o


empolgado escrivão da frota de Cabral,...”;

b) “não conteria a euforia ao anunciar, em sua célebre epístola ao rei Dom


Manuel, que as águas da nova colônia eram não só muitas, mas “infindas”;

c) “só não imaginava Caminha que com sua bela carta de apresentação da
ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais lusitanos poderia estar
lançando as sementes da arraigada e onipresente cultura de esbanjamento...”;

d) “cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de desperdício explícito
nas cidades e no campo”;

e) “e também na timidez de políticas públicas direcionadas à preservação e ao


bom uso das reservas do mineral”.

Comentários:

Alternativa A – Correta – A primeira vírgula isola o AAV deslocado, enquanto


a segunda isola o APOSTO “o empolgado escrivão da frota de Cabral”.

Alternativa B – Correta – As duas primeiras vírgulas isolam o AAV deslocado,


enquanto a terceira indica a elipse do verbo SER “as águas da nova colônia
eram não só muitas, mas (são) “infindas”.

A elipse de palavras
INDICAR
ex. Comprei pão, ela manteiga. (comprou)

Alternativa C – Incorreta – Houve elipse das vírgulas que deveriam isolar o


adjunto adverbial deslocado “com sua bela carta de apresentação da
ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais lusitanos”.

Prof. Bruno Spencer 68 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

O referido AAV tem valor semântico de instrumento.

Alternativa D – Correta – O AAV de tempo “até hoje”, mesmo estando


deslocado, por ser CURTO, tem o uso de vírgulas facultativo.

O segundo AAV do período “nas cenas de desperdício explícito nas cidades e no


campo” vem disposto na ordem direta, no final da oração, por isso não precisa
ser isolado por vírgulas.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Alternativa E – Correta – O AAV deslocado “também” é CURTO (até 3 palavras),


por isso é caso FACULTATIVO em relação ao emprego de vírgulas.

Gabarito: C

Valeu pessoal!
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Espero que tenham trabalhado bem a matéria.


Em caso de dúvidas, podem usar o fórum, estamos à disposição.
Abraço!!!

Prof. Bruno Spencer 69 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

13 – Lista de Exercícios

1) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Muitos duvidam da existência do amor. Muitos afirmam ser ele uma invenção
da literatura. Outros, que se trata de uma projeção neurótica imaginária. Uma
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

patologia da família das manias. Há quem suspeite de que seja uma doença da
alma. Estão errados.
Quem conhece o amor sabe que ele habita entre nós. E sua presença nos faz
sentir vivos. Por isso, o ressentimento é cego ao amor.
A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao mundo. Ou
pior: o sentimento de inexistência.
Um dos pecados maiores da inteligência é chegar à conclusão de que o amor é
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

uma ficção. Muitas vezes, pessoas supostamente inteligentes consideram o


amor algo ingênuo e pueril.
A desconfiança se acha a mais completa das virtudes morais ou cognitivas. A
armadilha de quem desconfia sempre é que ele mesmo se sente inexistente
para o mundo porque este é sempre visto com desprezo.
Outra suposta arma contra o amor é a hipocrisia. A hipótese de a hipocrisia ser
a substância da moral pública parece que inviabiliza o amor por conta de sua
cegueira para com esta hipocrisia mesma. É verdade: o amor não vê a
hipocrisia. Søren Kierkegaard (1813-1855) diz que há um "abismo escancarado"
entre eles.
O amor é concreto como o dia a dia. Engana-se quem considera o amor abstrato
e fantasioso. Kierkegaard nos lembra que o amor só se conhece pelos frutos.
Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor que não seja
prática. O gosto do amor é a confiança nas coisas que ele dá a quem o
experimenta.
(Adaptado de: PONDÉ, Luiz Felipe Disponível em: www.folha.uol.com.br)

A respeito da pontuação do texto, afirma-se corretamente:


a) A vírgula assinala a elipse do verbo em Outros, que se trata de uma projeção
neurótica imaginária.
b) Uma vírgula pode ser acrescentada imediatamente após “que”, sem prejuízo
da correção e da clareza, em Kierkegaard nos lembra que o amor só se conhece
pelos frutos. (último parágrafo)
c) Em A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao mundo,
uma vírgula pode ser inserida imediatamente após “vida”.

Prof. Bruno Spencer 70 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

d) O sinal de dois-pontos pode ser acrescentado imediatamente após “porque”


no segmento porque este é sempre visto com desprezo.
e) Em Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor que não
seja prática, uma vírgula pode ser acrescentada imediatamente após “há”, sem
que se faça nenhuma outra modificação na frase.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

2) FCC/Ana/DPE RS/Processual/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
[O invejável tédio europeu]
Os filmes dos cineastas europeus Michelangelo Antonioni e Ingmar Bergman,
que a gente via e discutia com tanta seriedade tantos anos atrás, também eram
uma forma de escapismo. Tanto quanto o musical e a comédia, aquelas histórias
de tédio e indagações existenciais nos distraíam das exigências menores do
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

cotidiano. Fugíamos não para um mundo cor-de-rosa, mas para outro matiz de
preto, bem mais fascinante do que o das nossas pequenas aflições. Nenhum dos
personagens do italiano Antonioni ou do sueco Bergman, embora enfrentassem
seu vazio interior e a frieza de um universo indiferente, parecia ter qualquer
problema com o aluguel.
Claro, o deserto emocional em que viviam os personagens do Antonioni, por
exemplo, era o deserto metafórico do capitalismo, uma civilização arrasada por
si mesma. Mas estavam todos empregados e ganhavam bem. E como era
fotogênico o seu suplício.
Com Bergman experimentamos o horror de existir, a terrível verdade de que
somos uma espécie corrupta sem redenção possível e que a morte torna tudo
sem sentido. Hoje suspeitamos de que se Bergman não vivesse na Suécia, com
educação, saúde e bem-estar garantidos do ventre até o túmulo, ele não diria
isso. É preciso estar livre das dificuldades da vida para poder concluir, com um
mínimo de estilo, que a vida é impossível. Tínhamos uma secreta inveja desses
europeus tão bem-sucedidos no seu desespero. Não tínhamos a mesma
admiração por filmes em que as pessoas se preocupavam não com a ausência
de Deus, mas com o pagamento no fim do mês.
Não há equivalência possível entre morrer de tédio e morrer de fome. Mas às
vezes eu ainda me pego sonhando em sueco com uma sociedade pronta, sem
qualquer destes desafios tropicais, em que a gente pudesse finalmente ser um
personagem de Bergman, enojado apenas com tudo e nada mais.
(VERISSIMO, Luis Fernando. Banquete com os deuses. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2003, p. 85-86)

Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período:

Prof. Bruno Spencer 71 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

a) O autor do texto considera, em certo momento, que a beleza de certas cenas,


naqueles velhos filmes clássicos, tornava fotogênica a miséria moral dos
protagonistas.
b) Não é fácil, para os moradores do terceiro mundo admitir que, na velha
Europa, com aquele alto padrão de vida, existam os que sofrem tanto, de vazio
interior.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

c) Mais houvéssemos assistido mais teríamos gostado, daqueles velhos clássicos


do cinema europeu, sobretudo os de Bergman e Antonioni; nossos prediletos.
d) Chega a ser provocadora, a associação que o autor estabelece, entre morrer
de fome ou morrer de tédio, ao comparar, as razões de sofrimento dos
europeus, às dos povos mais pobres.
e) A vida na Suécia, à qual não faltam bons serviços sociais, e aceitável
distribuição de renda, teria inspirado, a cineastas como Bergman, cenas de
quase inexplicável sofrimento.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

3) FCC/Tec/DPE RS/Administrativa/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
O gol plagiado
“Jogador quer direito autoral sobre seus gols.”
Esporte, 20 jan. 2000
“Prezados senhores: dirigindo-se a V.Sa., refiro-me à notícia segundo a qual
jogadores de futebol do Reino Unido, como Michael Owen e Ryan Giggs, querem
receber autorais pela exibição de seus gols na mídia. Não tenho o status desses
senhores – sou apenas um brasileiro que bate a sua bolinha nos fins de semana
– mas desejo fazer uma grave denúncia: um dos jogadores citados
(oportunamente divulgarei o nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim.
Provas? Basta comparar os tapes dos referidos gols. No meu caso, trata-se de
um trabalho amador – foi feito por meu filho, de dez anos – mas mesmo assim
é bastante nítido. Vê-se que, como eu, o referido jogador estava num campo de
futebol. Nos dois casos, a partida estava sendo disputada por times de 11
jogadores cada um. Nos dois casos havia uma bola, havia goleiros. Nos dois
casos havia um juiz. No meu caso, um juiz usando bermudões e chinelos – mas
juiz, de qualquer maneira.
Isto, quanto aos aspectos gerais. Vamos agora aos detalhes. No vídeo do
jogador inglês, mostrado no mundo inteiro, vê-se que ele pega a bola na grande
área, domina-a, livra-se de um adversário e chuta no canto esquerdo,
marcando, é forçoso admitir, um belo tento, um gol que faz jus aos direitos
autorais. No meu vídeo – feito uma semana antes, é importante que se diga –,
vê-se que eu pego a bola na grande área, que a domino, que livro-me de um
adversário e que chuto forte no canto esquerdo, marcando um belo tento.

Prof. Bruno Spencer 72 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Conclusão: o jogador inglês me plagiou. Quero, portanto, metade do que ele


receber a título de direitos autorais. Se não for atendido em minha reivindicação
levarei a questão a juízo. Estou seguro de que ganharei. Além do vídeo, conto
com uma testemunha: o meu filho. Ele viu o jogo do começo ao fim e pode
depor a meu favor. É pena não ter mais testemunhas, mas, infelizmente, ele foi
o único espectador desse jogo. E irá comigo demandar justiça contra o plágio.”
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2013, p. 55)

Uma interpretação correta a respeito do emprego da pontuação está em:


a) As vírgulas em ... vê-se que ele pega a bola na grande área, domina-a, livra-
se de um adversário e chuta no canto esquerdo... (3° parágrafo) separam ações
ordenadas cronologicamente.
b) Os travessões em … trata-se de um trabalho amador – foi feito por meu filho,
de dez anos – mas mesmo assim é bastante nítido... (2° parágrafo) apresentam
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

uma síntese da informação imediatamente anterior.


c) Os parênteses em ... um dos jogadores citados (oportunamente divulgarei o
nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim. (1° parágrafo) intercalam
um exemplo do que foi afirmado anteriormente.
d) Os dois-pontos em Conclusão: o jogador inglês me plagiou. (4° parágrafo)
introduzem uma expressão que contraria o que foi afirmado anteriormente.
e) O sinal de interrogação em Provas? (2° parágrafo) sinaliza uma pergunta
dirigida aos leitores do texto para a qual o autor não tem resposta.

4) FCC/Tec/DPE RS/Apoio Especializado/Edificações/2017


A questão baseia no texto apresentado abaixo
Pesquisa divulgada recentemente afirma que 35 anos costuma ser a idade limite
para quem quer ir a clubes sem se sentir velho demais. De acordo com a única
empresa a comentar os resultados, Currys PC World, se você tem mais de 35
anos, ir a um clube pode ser algo realmente frustrante.
Os dados coletados, de acordo com nota publicada pela Mix Mag, mostram que,
a partir dos 35 anos, as pessoas começam a preferir ficar em casa ao invés de
sair. E, após esse ponto da vida, metade das pessoas que participaram da
pesquisa afirmaram que preferem ficar em casa em frente à TV, seja lá qual for
o clima, ao invés de se preocupar com os gastos de uma noite fora, detalhe que
costuma ser uma das grandes desculpas para não ir a nenhum lugar.
A pesquisa também revelou que, dentro do universo de pessoas acima de 35
anos que participaram do projeto, 14% gostam de ficar em casa stalkeando*
pessoas no Facebook enquanto outras 37% gostam de usar redes sociais.
Também compuseram o estudo perguntas como quantas pessoas não curtem

Prof. Bruno Spencer 73 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

se arrumar para sair (22%), não curtem encontrar babás (12%) ou


pegar/arrumar um táxi (21%). E ainda tem o dado de que 7 em cada 10 pessoas
estão felizes por já terem encontrado sua alma gêmea e por isso não precisam
mais sair.
Matt Walburn, representante da Currys PC World, comentou que “o estudo
reconhece o fato de que chega um momento no qual apreciamos o conforto das
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

nossas casas mais do que uma vida social agitada”. E continua, “atualmente é
quase impossível ficar entediado em casa com muitas coisas para fazer e as
tecnologias mais avançadas, como TV 4K, ampliando a experiência de uma
forma tão específica que quase sempre se sobrepõe ao seu equivalente fora de
casa”.
De qualquer forma, ir a uma danceteria ou qualquer lugar para curtir não é algo
que pode ser delimitado por uma determinada idade, pois o estado de espírito
pode ajudar a sair ou não, mas, certamente, a idade mais avançada deve
estimular a preferência das pessoas a ficar em casa.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

(Adaptado de: https://omelete.uol.com.br)


*stalkear: perseguir, vigiar.

Matt Walburn, representante da Currys PC World, comentou que “o estudo


reconhece o fato de que chega um momento no qual apreciamos o conforto das
nossas casas mais do que uma vida social agitada”. (4° parágrafo)
A expressão entre vírgulas no trecho acima indica
a) resumo.
b) enumeração.
c) distribuição.
d) explicação.
e) correção.

5) FCC/Tec/DPE RS/Apoio Especializado/Edificações/2017


A questão baseia no texto apresentado abaixo
Minimundo é o nome do parque temático que é uma das atrações turísticas de
Gramado, principal destino de viagens pela Serra Gaúcha, em Rio Grande do
Sul.
Lá o visitante pode ver miniaturas de castelos, barcos, ferrovias, estradas,
igrejas, cascatas, moinhos, casarios, carros e outros inúmeros detalhes, tudo
numa escala 24 vezes menor. Poderia até se pensar que é um parque mais
apropriado para crianças, mas logo se percebe que encanta mais os adultos pela
perfeição e cenários realísticos do pequeno mundo aí representado.

Prof. Bruno Spencer 74 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Esse cenário auxilia, pois, a identificação de réplicas de lugares conhecidos da


Europa e do Brasil. São cerca de 140 construções, por enquanto, que retratam
tanto lugares atuais, como o Aeroporto de Bariloche da Argentina, como antigos
prédios da Alemanha, país de origem do seu fundador.
A história do Minimundo começa com a vontade de um pai e um avô de agradar
a duas crianças com um pequeno mundo de miniaturas no jardim diante do seu
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

hotel. Uma espécie de mundo de fantasia com uma casinha de bonecas, castelos
e ferrovias.
Com o crescimento das crianças, o jardim evoluiu para um parque com novas
miniaturas que virou atração para os hóspedes do hotel, e daí até se tornar no
que é, um dos roteiros de turistas e de excursões em visita a Gramado.
Todo esse sonho começou com a imigração, em 1952, da família alemã de Otto
Höpnner para o Brasil, fugindo à situação difícil da Alemanha pós-guerra. Fixou-
se em Gramado e lá construiu o Hotel Ritta Höpnner, nome da sua esposa
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

brasileira, em 1958. Já o parque Minimundo foi inaugurado em 1983.


Boa parte das réplicas em miniaturas representam construções da Alemanha.
Nele residem cerca de 2.500 “habitantes”, distribuídos entre os mais variados
ambientes, que podem aumentar com a evolução das construções da
minicidade. O parque ainda conta com infraestrutura: um café que serve lanches
e tortas alemãs, uma loja de souvenir e um espaço infantil.
(Adaptado de: https://cronicasmacaenses.com)

O parque ainda conta com infraestrutura: um café que serve lanches e tortas
alemãs, uma loja de souvenir e um espaço infantil.
(último parágrafo)
Os dois-pontos no segmento acima introduzem concomitantemente as ideias de
a) enumeração e exemplificação.
b) explicação e resumo.
c) explicação e distribuição.
d) distribuição e exemplificação.
e) especificação e resumo.

6) FCC/AJ/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Sandberg, que mudou totalmente o conceito espectador/obra de arte com o seu
trabalho de duas décadas no Museu Stedelijk, de Amsterdã, iniciou sua palestra
elogiando a arquitetura do nosso MAM-RJ que, segundo ele, segue a sua teoria

Prof. Bruno Spencer 75 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

de que o público deve ver a obra de arte de frente e não de lado, como acontece
até agora com o museu convencional de quatro paredes.
O ideal, disse ele, é que as paredes do museu sejam de vidro e que as obras
estejam à mostra em painéis no centro do recinto. O museu não é uma estrutura
sagrada e quem o frequenta deve permanecer em contato com a natureza do
lado de fora:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

“A finalidade do museu de arte contemporânea é nos ajudar a ter consciência


da nossa própria época, manter um espelho na frente do espectador no qual ele
possa se reconhecer. Este critério nos leva também a mostrar a arte de todos
os tempos dentro do ambiente atual. Isso significa que devemos abolir o
mármore, o veludo, as colunas gregas, que são interpretações do século XIX.
Apenas a maior flexibilidade e simplicidade. A luz de cima é natural ao ar livre,
mas artificial ao interior. As telas são pintadas com luz lateral e devem ser
mostradas com luz lateral. A luz de cima nos permite encerrar o visitante entre
quatro paredes. Certos museólogos querem as quatro paredes para infligir o
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

maior número possível de pinturas aos pobres visitantes.


É de capital importância que o visitante possa caminhar em direção a um quadro
e não ao lado dele. Quando os quadros são apresentados nas quatro paredes,
o visitante tem de caminhar ao seu lado. Isso produz um efeito completamente
diferente, especialmente se não queremos que ele apenas olhe para o trabalho,
mas o veja. Isso é ainda mais verdadeiro em relação aos grandes museus de
arte contemporânea. Eles são grandes porque o artista moderno quer nos
envolver com o seu trabalho e deseja que entremos em sua obra. Ao organizar
o nosso museu, devemos ter consciência da mudança de mentalidade da nova
geração. Abolir todas as marcas do establishment: uniformes, cerimoniais,
formalismo. Quando eu era jovem, as pessoas entravam nos museus nas pontas
dos pés, não ousavam falar ou rir alto, apenas cochichavam.
Realmente não sabemos se os museus, especialmente os de arte
contemporânea, devem existir eternamente. Foram criados numa época em que
a sociedade não estava bastante interessada nos trabalhos de artistas vivos. O
ideal seria que a arte se integrasse outra vez na vida diária, saísse para as ruas,
entrasse nas casas e se tornasse uma necessidade. Esta deveria ser a principal
finalidade do museu: tornar-se supérfluo”.
(Adaptado de: BITTENCOURT, Francisco. “Os Museus na Encruzilhada” [1974],
em Arte-Dinamite, Rio de Janeiro, Editora Tamanduá, 2016, p. 73-75)

O museu não é uma estrutura sagrada e quem o frequenta deve permanecer


em contato com a natureza do lado de fora... (1º parágrafo)
Quanto à pontuação do período acima, pode-se
I. acrescentar uma vírgula imediatamente antes da conjunção “e”, uma vez que
separaria orações com sujeitos diferentes.

Prof. Bruno Spencer 76 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

II. substituir a conjunção “e” por dois-pontos, pois o que se segue pode ser
entendido como uma explicação da primeira parte da frase.
III. isolar com vírgulas a expressão “em contato”, uma vez que se trata de
locução adverbial, sem alteração do sentido original.
Está correto o que consta em
a) II, apenas.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

b) I, II e III.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I e II, apenas.

7) FCC/TJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Aspectos Culturais de Mato Grosso do Sul


A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-
culturais desenvolvidas pela população sul-mato-grossense muito influenciada
pela cultura paraguaia. Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de
várias outras contribuições das muitas migrações ocorridas em seu território.
O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato
Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado. É produzido com matérias primas da própria região e
manifesta a criatividade e a identidade do povo sul-mato-grossense por meio
de trabalhos em madeira, cerâmica, fibras, osso, chifre, sementes, etc.
As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações
indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora,
podem retratar tipos humanos e costumes da região.
(Adaptado de: CANTU, Gilberto. Disponível em:
http://profgilbertocantu.blogspot.com.br/2013/08/aspectos-culturais-de-
mato-grosso-dosul. html)

As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações


indígenas, são feitas em cores da paisagem regional e, além da fauna e da
flora, podem retratar tipos humanos e costumes da região.
Após o deslocamento da expressão destacada, sem alterar o sentido da frase
original, o uso da vírgula fica correto em:
a) As peças em geral além da fauna e da flora, trazem à tona temas referentes
ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem
regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região.

Prof. Bruno Spencer 77 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

b) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às


populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e podem além
da fauna e da flora, retratar tipos humanos e costumes da região.
c) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas, além da fauna e da flora são feitas nas cores da paisagem
regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

d) Além da fauna e da flora as peças em geral trazem à tona temas referentes


ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem
regional e, podem retratar tipos humanos e costumes da região.
e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e podem
retratar tipos humanos e costumes da região, além da fauna e da flora.

8) FCC/ TRF 3ª REGIÃO /Analista Judiciário Engenharia Civil/2014


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Menino do mato
Eu queria usar palavras de ave para escrever. Onde a gente morava era um
lugar imensamente e sem [nomeação.
Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim:
Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! A Mãe que ouvira a brincadeira
falou: Já vem você com suas visões! Porque formigas nem têm joelhos
ajoelháveis e nem menino tinha no olhar um silêncio de chão e na sua voz uma
candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver o mundo para
encontrar nas palavras novas coisas de ver assim: eu via a manhã pousada
sobre as margens do rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão de
uma pedra. Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras.
Assim
Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi um sapo com olhar de árvore. Então
era preciso desver o mundo para sair daquele lugar imensamente e sem lado.
A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas pela inocência. O que a
gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias para a gente bem entender a
voz das águas e dos caracóis. A gente gostava das palavras quando elas
perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que só
os absurdos enriquecem a poesia.
(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa,São Paulo, Leya,
2013, p. 4178.)
Em uma redação em prosa, para um segmento do poema, a pontuação se
mantém correta em:
a) A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira, falou: “Já vem você com suas visões!”
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui: “Isso é traquinagem da sua imaginação”.

Prof. Bruno Spencer 78 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

b) A Mãe que tinha ouvido a brincadeira, falou: Já vem você com suas visões!
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui: Isso é traquinagem da sua imaginação.
c) A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira falou: “Já vem você com suas visões!,
porque formigas, nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação”.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

d) A Mãe que tinha ouvido a brincadeira, falou: “Já vem, você com suas visões!”;
porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis e nem há pedras de sacristias por
aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação.
e) A Mãe que, tinha ouvido a brincadeira, falou: “Já vem você com suas visões!”
Porque formigas, nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui. “Isso, é traquinagem da sua imaginação”.

9) FCC/TRF 4ª REGIÃO/Analista Judiciário Área Judiciária/2014


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Vaidade do humanismo
A vaidade, desde sua etimologia latina vanitas, aponta para o vazio, para o
sentimento que habita o vão. Mas é possível tratar dela com mais
condescendência do que os moralistas rigorosos que costumam condená-la
inapelavelmente. Pode-se compreendê-la como uma contingência humana que
talvez seja preciso antes reconhecer com naturalidade do que descartar como
um vício abominável. Como se sabe, a vaidade está em todos nós em graus e
com naturezas diferentes, e há uma vaidade que devemos aceitar: aquela que
corresponde não a um mérito abstrato da pessoa, a um dom da natureza que
nos tornasse filhos prediletos do céu, mas a algum trabalho que efetivamente
tenhamos realizado, a uma razão objetiva que enraíza a vaidade no mesmo
chão que foi marcado pelo nosso melhor esforço, pelo nosso trabalho de
humanistas.
Na condição de humanistas, temos interesse pelo estudo das formações sociais,
dos direitos constituídos e do papel dos indivíduos, pela liberdade do
pensamento filosófico que se pensa a si mesmo para pensar o mundo, pela arte
literária que projeta e dá forma em linguagem simbólica aos desejos mais
íntimos; por todas as formas, enfim, de conhecimento que ainda tomam o
homem como medida das coisas. Talvez nosso principal desafio, neste tempo
de vertiginoso avanço tecnológico, esteja em fazer da tecnologia uma aliada
preciosa em nossa busca do conhecimento real, da beleza consistente e de um
mundo mais justo todas estas dimensões de maior peso do que qualquer
virtualidade. O grande professor e intelectual palestino Edward Said, num livro
cujo título já é inspiração para uma plataforma de trabalho Humanismo e crítica
democrática afirma a certa altura: “como humanistas, é da linguagem que
partimos”; “o ato de ler é o ato de colocar-se na posição do autor, para quem
escrever é uma série de decisões e escolhas expressas em palavras”. Nesse
sentido, toda leitura é o compartilhamento do sujeito leitor com o sujeito

Prof. Bruno Spencer 79 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

escritor compartilhamento justificado não necessariamente por adesão a um


ponto de vista, mas pelo interesse no reconhecimento e na avaliação do ponto
de vista do outro. Que seja este um nosso compromisso fundamental. Que seja
esta a nossa vaidade de humanistas.
(Derval Mendes Sapucaia, inédito)
Quanto à pontuação, a frase inteiramente correta é:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

a) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas


uma vez que, é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido,
mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas
pelo escritor.
b) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas
uma vez que é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido,
mas também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas
pelo escritor.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

c) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas,


uma vez que é nela que se estabelecem, não apenas as relações de sentido,
mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas
pelo escritor
d) Para Edward Said a linguagem é o terreno, de onde partem os humanistas,
uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido mas,
também, o desafio de o leitor divisar, e compartilhar as escolhas produzidas
pelo escritor.
e) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas,
uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo
escritor.

10) FCC/AJ/TRT 2/Administrativa/2014


Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Sobre a publicação de livros
Muito se tem discutido, recentemente, sobre direitos e restrições na publicação
de livros. Veja-se o que dizia o filósofo Voltaire, em 1777:
“Não vos parece, senhores, que em se tratando de livros, só se deve recorrer
aos tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo
comprometido nesses livros? Quem quiser falar com todos os seus compatriotas
só poderá fazê-lo por meio de livros: que os imprima, então, mas que responda
por sua obra. Se ela for ruim, será desprezada; se for provocadora, terá sua
réplica; se for criminosa, o autor será punido; se for boa, será aproveitada, mais
cedo ou mais tarde.”

Prof. Bruno Spencer 80 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

(Voltaire, O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo:


Martins Fontes, 2001. p. 56)

Quanto à colocação das vírgulas, a frase inteiramente correta é:


a) Num de seus textos a que deu o título de “Do justo e do injusto”, Voltaire
aborda com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma do
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

sentimento da justiça que, segundo ele, foi-nos concedido por Deus que
também nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do coração.
b) Num de seus textos, a que deu o título de “Do justo e do injusto”, Voltaire
aborda, com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça, que, segundo ele, foi-nos concedido por Deus, que
também nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do coração.
c) Num de seus textos, a que deu o título de “Do justo e do injusto” Voltaire
aborda, com a propriedade de sempre a questão da natureza mesma do
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por Deus que,
também, nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do coração.
d) Num de seus textos a que deu o título de “Do justo e do injusto”, Voltaire
aborda com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por Deus, que
também nos deu um cérebro, para contrabalançar, os impulsos do coração.
e) Num de seus textos, a que deu o título de “Do justo e do injusto”, Voltaire
aborda, com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma, do
sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por Deus que,
também nos deu um cérebro, para contrabalançar os impulsos do coração.

11) FCC/AJ/TRT-12/2013
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.
Num passado não muito remoto, cada um era definido por sua proveniência,
e as perguntas iniciais diziam: quem foram seus pais e antepassados? Onde
você nasceu? Quais são as dívidas que você herdou?
Prefiro os dias de hoje, em que são nossas próprias fa- çanhas que nos
definem. É uma escolha que deveria nos deixar mais livres, mas acontece que
a praticamos de um jeito estranho: junto com os laços que nos prendiam às
nossas origens e ao passado, nossa vida concreta também é silenciada na
descrição de nossa identidade. E nos transformamos em sujeitos abstratos,
resumidos por nossa função na produção e na circulação de mercadorias e
serviços.
Consequência: o desemprego nos ameaça com uma perda radical de
identidade. E não adianta observar que, afinal, nos sobra o resto, ou seja, toda
a complexidade de nosso ser. Não adianta porque, em regra, já renunciamos há
tempos a sermos representados por nossa vida concreta.

Prof. Bruno Spencer 81 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Enfim, espera-se que a economia crie empregos. Mas os poetas e os


saltimbancos também têm uma tarefa crucial: são eles que podem, aos poucos,
convencer a gente de que é nossa vida concreta que nos define, não nossa
função produtiva.
(Adaptado de:Contardo Caligaris, Folha de S.Paulo, 17/10/2009. Disponível
em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ ult10037u398900.shtml.)
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Atente para o que se afirma abaixo a respeito da pontuação empregada no


texto.
I. É uma escolha que deveria nos deixar mais livres. ( 2º parágrafo ) Uma vírgula
pode ser inserida imediatamente após que , sem prejuízo para a correção.
II. No segmento cada um era definido por sua proveniência, e as perguntas
iniciais diziam... (1º parágrafo) a vírgula pode ser suprimida, sem prejuízo para
a correção.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

III. Quem foram seus pais e antepassados?


Onde você nasceu? Quais são as dívidas que você herdou? ( início do texto )
Os pontos de interrogação podem ser suprimidos, sem prejuízo para a correção
e o sentido, pois as perguntas feitas nas frases acima são retóricas.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I e II.
c) II e III.
d) I e III.
e) II.

12) FCC/TJ/TRE RO/Administrativa/2013


Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
"Temos de agir agora para evitar o pior", comentou o agrônomo Eduardo Assad,
pesquisador da Embrapa, ao apresentar as conclusões de um dos capítulos do
primeiro relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas − PBMC. Os
pesquisadores esperam que as informações sirvam para nortear a elaboração e
a implantação de políticas públicas e o planejamento das empresas.
Os desafios apontados no relatório são muitos. Ele indica que as consequências
da elevação da temperatura média global serão dramáticas no Brasil. De acordo
com os modelos computacionais de simulação do clima, a agricultura será o
setor mais afetado, por causa das alterações nos regimes de chuva. "Mesmo
que a quantidade de chuva fique inalterada, a disponibilidade de umidade do
solo deve diminuir, em consequência da elevação da temperatura média anual,
que intensifica a evapotranspiração", diz outro especialista. Segundo ele, esse

Prof. Bruno Spencer 82 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

fenômeno deve prejudicar os cultivos agrícolas em regiões onde a escassez de


água é constante, como o semi-árido nordestino.
Uma provável consequência da redução da produtividade agrícola e da área de
terras aptas à agricultura é a queda na renda das populações, intensificando a
pobreza e a migração da área rural para as cidades que, por sua vez, deve
agravar os problemas de infraestrutura (habitação, escola, saúde, transporte e
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

saneamento).
Os efeitos na agricultura já podem ser dimensionados. "De 1990 a 2010, a
intensidade da precipitação dobrou na região do cerrado", diz Assad, "e o padrão
tecnológico atual da agricultura ainda não se adaptou a esses novos padrões".
Agora, segundo ele, torna-se imperioso investir intensivamente em sistemas
agrícolas consorciados, e não somente na produção agrícola solteira, de modo
a aumentar a fixação biológica de nitrogênio, reduzir o uso de fertilizantes e
aumentar a rotação de culturas. "Temos de aumentar a produtividade agrícola
no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, para evitar a destruição da Amazônia. A
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

reorganização do espaço rural brasileiro agora é urgente."


Cheias e secas mais frequentes e intensas devem causar uma redução na
produção agrícola também por outra razão. Pesquisadores da Embrapa
concluíram que algumas doenças − principalmente as causadas por fungos − e
pragas podem se agravar em muitas culturas analisadas, em decorrência da
elevação dos níveis de CO2 do ar, da temperatura e da radiação ultravioleta,
acenando com a possibilidade de aumento de preços e redução da variedade de
cereais, hortaliças e frutas.
Cheias e secas devem também alterar a vazão dos rios e prejudicar o
abastecimento dos reservatórios das hidrelétricas, acelerar a acidificação da
água do mar e reduzir a biodiversidade dos ambientes aquáticos brasileiros. A
perda de biodiversidade dos ambientes naturais deve se agravar; alguns já
perderam uma área expressiva − o cerrado, 47%, e a caatinga, 44% − a ponto
de os especialistas questionarem se a recuperação do equilíbrio biológico
característico desses ambientes seria mesmo possível.
(Adaptado de: FIORAVANTI, Carlos. Revista FAPESP, agosto de 2013, p. 23 e
24)
Os segmentos isolados por travessões, no 5º e no 6º parágrafos,
a) referem-se a dados coletados em estudos atuais que indicam solução de
possíveis problemas para a agricultura brasileira.
b) indicam, respectivamente, especificação e enumeração de fatores
determinantes da situação apontada em cada um.
c) apresentam informações de sentido explicativo, em relação ao que consta
imediatamente antes de cada um deles.
d) introduzem, como exemplos, um dado resultante de pesquisas anteriores e
a fala de um especialista, respectivamente.

Prof. Bruno Spencer 83 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

e) reproduzem comentários de caráter pessoal, como juízos de valor a respeito


de algumas conclusões apresentadas no texto.

13) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O meu antigo companheiro de pensão Amadeu Amaral Júnior, um homem louro
e fornido, tinha costumes singulares que espantavam os outros hóspedes.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Amadeu Amaral Júnior vestia-se com sobriedade: usava uma cueca preta e
calçava medonhos tamancos barulhentos. Alimentava-se mal, espichava-se na
cama, roncava o dia inteiro e passava as noites acordado, passeando, agitando
o soalho, o que provocava a indignação dos outros pensionistas. Quando se
cansava, sentava-se a uma grande mesa ao fundo da sala e escrevia o resto da
noite. Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a
artigos, uns quarenta ou cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos
jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa diferente daquela e pagar
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

ao barbeiro.
Mudamo-nos, separamo-nos, perdemo-nos de vista. Creio que os artigos de
psicologia não foram publicados, pois há tempo li este anúncio num semanário:
“Intelectual desempregado. Amadeu Amaral Júnior, em estado de desemprego,
aceita esmolas, donativos, roupa velha, pão dormido. Também aceita trabalho”.
O anúncio não produziu nenhum efeito.
Muita gente se espanta com o procedimento desse amigo. Não sei por quê. Eu,
por mim, acho que Amadeu Amaral Júnior andou muito bem. Todos os
jornalistas necessitados deviam seguir o exemplo dele. O anúncio, pois não. E,
em duros casos, a propaganda oral, numa esquina, aos gritos. Exatamente
como quem vende pomada para calos.
Graciliano Ramos. Um amigo em talas. In: Linhas tortas. Rio de Janeiro:
Record, 1983, p. 125 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto Um amigo em talas,


julgue o item que se segue.
As vírgulas em “Amadeu Amaral Júnior, em estado de desemprego, aceita
esmolas, donativos, roupa velha, pão dormido” foram todas empregadas para
separar itens de uma enumeração.
Certo
Errado

14) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016

Prof. Bruno Spencer 84 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

O homem que só tinha certezas quase nunca usava ponto de interrogação. Em


seu vocabulário, não constavam as expressões: talvez, quiçá, quem sabe,
porventura.
Parece que foi de nascença. Ele já teria vindo ao mundo assim, com todas as
certezas junto, pulou a fase dos porquês e nunca soube o que era curiosidade
na vida. Cresceu achando natural viver derramando afirmações pela boca.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

A notícia espalhou-se rapidamente. Não demorou muito para se tornar capa de


todas as revistas e personagem assíduo dos programas de TV. Para cada
pergunta havia uma só resposta certa e era essa que ele dava, invariavelmente,
exterminando aos pouquinhos todas as dúvidas que existiam, até que só restou
uma dúvida no mundo: será que ele não vai errar nunca? Mas ele nunca errava,
e já nem havia mais o que errar, uma vez que não havia mais dúvidas.
Um dia aconteceu um imprevisto, e o homem que só tinha certezas, quem diria,
acordou apaixonado. Para se assegurar de que aquela era a mulher certa para
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

ele, formulou cento e vinte perguntas, as quais ela respondeu sem vacilar. Os
dois se amaram noites adentro, foram a Barcelona, tiraram fotos juntos,
compraram álbuns, porta-retratos... Desde então, por alguma razão
desconhecida, o homem que só tinha certezas foi perdendo todas elas, uma por
uma. No início ainda tentou disfarçar. Mas as dúvidas multiplicavam-se como
praga, espalhavam-se pelo mundo, e agora, meu Deus? Deus existe? Existe
sim. Ou será que não? Ele não estava bem certo.
Adriana Falcão. O homem que só tinha certezas. In: O doido da garrafa. São
Paulo: Planeta do Brasil, 2003, p. 75 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, referente aos aspectos linguísticos e às ideias do texto


O homem que só tinha certezas.
O sentido original do texto seria alterado caso a oração “que só tinha certezas”
fosse isolada por vírgulas.
Certo
Errado

15) CESPE/TJ/TRE PE/Apoio Especializado/Operação de


Computadores/2016
Texto para a questão
O dever dos partidos políticos de prestar contas à justiça eleitoral está previsto
na Constituição Federal de 1988 (CF). A obrigatoriedade de prestação de contas
anualmente é imposta aos partidos políticos e encontra-se disciplinada na Lei
n.º 9.096/1995, também(d) conhecida como Lei dos Partidos Políticos, que trata
das finanças e da contabilidade dos partidos políticos.

Prof. Bruno Spencer 85 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Até a publicação da Lei n.º 12.034/2009, as prestações de contas partidárias


eram consideradas um procedimento administrativo de controle, que assumia
caráter jurisdicional apenas na fase recursal. Após a alteração legislativa de
2009, o processo de prestação de contas dos órgãos partidários passou a
assumir natureza jurisdicional desde a sua fase inicial, nos termos da Lei n.º
9.096/1995.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Antes da edição da Res.TSE n.º 23.432/2014, a Res.TSE n.º 21.841/2004


disciplinava os processos de prestação de contas dos partidos políticos(e) e a
tomada de contas especial, sendo esta última um procedimento administrativo
de controle, de caráter excepcional, instaurado contra os partidos políticos que,
tendo recebido(a) recursos oriundos do Fundo Partidário, não apresentassem
suas contas ou não comprovassem a aplicação regular dos recursos após
trânsito em julgado da decisão(b) que julgasse as contas irregulares ou as
considerasse não prestadas.
Haja vista as disposições contidas na Res.TSE n.º 21.841/2004, no processo de
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

prestação de contas partidárias, apreciava-se a regularidade da captação e dos


gastos dos recursos(c) sem a aferição de eventual responsabilidade do
ordenador de despesas incumbido de controlar a gestão das finanças. Esse
procedimento era relegado ao processo de tomada de contas especial, em
atenção à previsão contida em artigo da Lei dos Partidos Políticos, o qual, entre
outros aspectos, determina a caracterização da responsabilidade civil e criminal
dos dirigentes do partido e dos comitês, inclusive do tesoureiro, por quaisquer
irregularidades.
Daiane Mello Piccoli. Aspectos polêmicos das novas regras sobre prestação de
contas partidárias: aplicabilidade da Resolução n.º 23.432/2014 do Tribunal
Superior Eleitoral. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações).

A correção gramatical e o sentido original do texto Aspectos polêmicos das


novas regras... seriam mantidos caso fosse inserida vírgula imediatamente após
a) “recebido”.
b) “decisão”.
c) “recursos”.
d) “também”.
e) “políticos”.

16) CESPE/Tec/INSS/2016
Texto
Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um
escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para
armar ali a minha tenda de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os

Prof. Bruno Spencer 86 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde caberiam


todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro
que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre.
O apartamento não ficava tão perto da oficina. Era quase em frente ao prédio
onde morava Mário Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro,
hoje Vinicius de Moraes. Estava ali havia uma semana e nem decorara ainda o
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de


encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de
hesitação. Mas foi só um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228,
o meu, que fica quase em frente, deve ser 227”. Mas lembrei-me de que, ao ir
ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do Mário,
havia uma diferença na numeração.
― Visconde de Pirajá, 127 ― respondi, e seu Joaquim desenhou o endereço na
nota.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

― Tudo bem, seu Ferreira. Dentro de um mês estará lá sua estante.


― Um mês, seu Joaquim! Tudo isso? Veja se reduz esse prazo.
― A estante é grande, dá muito trabalho... Digamos, três semanas.
Ferreira Gullar. A estante. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1989 (com adaptações).

Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto.


No período “Tanto que, quando (...) momento de hesitação”, o emprego de
todas as vírgulas deve-se à mesma regra de pontuação.
Certo
Errado

17) CESPE/Tec/INSS/2016
Bibliotecas sempre deram muito o que falar. Grandes monarquias jamais
deixaram de possuir as suas, e cuidavam delas estrategicamente. Afinal, dotes
de princesas foram negociados tendo livros como objetos de barganha; tratados
diplomáticos versaram sobre essas coleções. Os monarcas portugueses, após o
terremoto que dizimou Lisboa, se orgulhavam de, a despeito dos destroços,
terem erguido uma grande biblioteca: a Real Livraria. D. José chamava-a de
joia maior do tesouro real. D. João VI, mesmo na correria da partida para o
Brasil, não se esqueceu dos livros. Em três diferentes levas, a Real Biblioteca
aportou nos trópicos, e foi até mesmo tema de disputa.
Internet: <http://observatoriodaimprensa.com.br> (com adaptações).

Prof. Bruno Spencer 87 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Acerca de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto acima, julgue o item que
se segue.
O sinal de dois-pontos empregado imediatamente após “biblioteca” introduz um
termo de natureza explicativa.
Certo
Errado
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

18) CESPE/AFCE/TCE SC/Controle


Externo/Administração/2016
Texto CB2A2BBB
O fenômeno da corrupção, em virtude de sua complexidade e de seu potencial
danoso à sociedade, exige, além de uma atuação repressiva, também uma ação
preventiva do Estado. Portanto, é preciso estimular a integridade no serviço
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

público, para que seus agentes sempre atuem, de fato, em prol do interesse
público.
Entende-se que a integridade pública representa o estado ou condição de um
órgão ou entidade pública que está “completa, inteira, perfeita, sã”, no sentido
de uma atuação que seja imaculada ou sem desvios, conforme as normas e
valores públicos.
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), a integridade é mais do que a ausência de corrupção, pois envolve
aspectos positivos que, em última análise, influenciam os resultados da
administração, e não apenas seus processos. Além disso, a OCDE compreende
um sistema de integridade como um conjunto de arranjos institucionais, de
gerenciamento, de controle e de regulamentações que visem à promoção da
integridade e da transparência e à redução do risco de atitudes que violem os
princípios éticos.
Nesse sentido, a gestão de integridade refere-se às atividades empreendidas
para estimular e reforçar a integridade e também para prevenir a corrupção e
outros desvios dentro de determinada organização.
Internet: <www.cgu.gov.br> (com adaptações).

Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A2BBB, julgue o item


subsequente.
O trecho “e também” poderia ser corretamente isolado por vírgulas, recurso que
lhe conferiria ênfase.
Certo
Errado

Prof. Bruno Spencer 88 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

19) CESPE/Aud CE/TCE PA/Procuradoria/2016


Texto CB5A1AAA
Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe, inicialmente, verificar
como tal obrigação está preceituada no ordenamento jurídico. A Constituição
Federal prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente ao Poder
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Legislativo. Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do estado e


aos prefeitos municipais.
O dever anual de prestar contas é da pessoa física. Assim sendo, no nível
municipal, esse dever é do prefeito, que, nesse caso, age em nome próprio, e
não em nome do município. Tal obrigação se dá em virtude de força da lei. O
povo, que outorgou mandato ao prefeito para gerir seus recursos, exige do
prefeito — por meio de norma editada pelos seus representantes — a prestação
de contas. Sendo tal prestação obrigação personalíssima, não se pode admitir
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

que seja executada por meio de pessoa interposta. Isso quer dizer que o tribunal
de contas deve recusar, por exemplo, a prestação de contas apresentada por
uma prefeitura referente à obrigação de um ex-prefeito.
Quer dizer também que o ex-prefeito continua sujeito a todas as sanções
previstas para aqueles que não prestam contas.
Por essa razão, é necessário que haja a separação das contas — que devem,
inclusive, ser processadas em autos distintos — quando ocorrer de o cargo de
prefeito ser ocupado por mais de uma pessoa durante o exercício financeiro.
Nesse caso, cada um será responsável pelo período em que ocupou o cargo.
Ailana Sá Sereno Furtado. O dever de prestar contas dos prefeitos. Internet: <
https://jus.com.br> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do
texto CB5A1AAA.
A supressão da vírgula empregada logo após a expressão “Assim sendo”
prejudicaria a correção do texto.
Certo
Errado

20) CESPE/Esp GT/TELEBRAS/Advogado/2015


A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio acompanhada da
privatização do Sistema TELEBRAS — operado pela Telecomunicações
Brasileiras S.A. (TELEBRAS) —, monopólio estatal verticalmente integrado e
organizado em diversas subsidiárias, que prestava serviços por meio de uma
rede de telecomunicações interligada, em todo o território nacional.

Prof. Bruno Spencer 89 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

A ideia básica do novo modelo era a de adequar o setor de telecomunicações ao


novo contexto de globalização econômica, de evolução tecnológica setorial, de
novas exigências de diversificação e modernização das redes e dos serviços,
além de permitir a universalização da prestação de serviços básicos, tendo em
vista a elevada demanda reprimida no país.
A privatização, ao contrário do que ocorreu em diversos países em
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

desenvolvimento e mesmo em outros setores de infraestrutura do Brasil, foi


precedida da montagem de detalhado modelo institucional, dentro do qual se
destaca a criação de uma agência reguladora independente e autônoma, a
Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Além disso, a reestruturação
do setor de telecomunicações brasileiro foi precedida de reformas setoriais em
vários outros países, o que trouxe a possibilidade de aprendizado com as
experiências anteriores.
José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de telecomunicações no
Brasil. Internet: <www.bndespar.com.br> (com adaptações).
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

No que se refere às estruturas linguísticas e às ideias do texto A reestruturação


do setor de telecomunicações no Brasil, julgue o item seguinte.
A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam preservados se,
no primeiro parágrafo, todas as vírgulas fossem eliminadas e a forma verbal
“prestava” fosse substituída por prestavam.
Certo
Errado

21) CESPE/TA/ANATEL/Administrativo/2014
As cidades foram criadas para a segurança de seus habitantes. Foram elas que
propiciaram, segundo autores clássicos e contemporâneos, o desenvolvimento
da cidadania, da racionalidade econômica, de um sistema de leis válidas para
todos e de novas formas de associação entre indivíduos, fora dos laços de
parentesco e de servidão. Desde o clássico de Weber (1958) até as obras mais
recentes de Godbout (1997) e Jacobs (1993), a liberdade é apresentada como
uma conquista urbana.
Essas novas formas de liberdade foram saudadas porque dissolviam laços de
domínio dos poderes familiares e feudais que impediam o aparecimento de um
poder público voltado para o povo (Habermas, 1994). Mas, simultaneamente,
por atraírem pessoas vindas de diferentes lugares, com diferentes culturas,
religiões, compromissos políticos e identificações, que apenas se esbarrariam
nos novos espaços, as cidades teriam, então, comprometido o estabelecimento
de relações duradouras entre seus habitantes.

Prof. Bruno Spencer 90 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Alba Zaluar. A abordagem ecológica e os paradoxos da cidade. Revista de


Antropologia, São Paulo: USP, 2010, v. 53, n.º 2, p. 613 (com adaptações).

Em relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item


que se segue.
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho “Desde o clássico
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

de Weber (1958) até as obras mais recentes de Godbout (1997) e Jacobs


(1993)” fosse deslocado para o final da oração, feitos os devidos ajustes de
maiúsculas e minúsculas e suprimida a vírgula após “(1993)”.
Certo
Errado

22) CESPE/PT/PM CE/2014


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Ele não descobriu a América


Oficialmente, o título de “descobridor da América” pertence ao navegante
genovês Cristóvão Colombo, mas ele não foi o primeiro estrangeiro a chegar ao
chamado Novo Mundo. Além disso, o próprio Colombo nunca se deu conta de
que a terra que encontrou era um continente até então desconhecido.
A arqueologia já revelou vestígios da passagem dos vikings pelo continente por
volta do ano 1000. Leif Ericson, explorador que viveu na região da Islândia,
chegou às margens do atual estado de Maine, no norte dos Estados Unidos da
América (EUA), no ano 1003. Em 1010, foi a vez de outro aventureiro nórdico,
Bjarn Karlsefni, aportar nos arredores de Long Island, na região de Nova York.
Além disso, alguns pesquisadores defendem que um almirante chinês chamado
Zeng He teria cruzado o Pacífico e desembarcado, em 1421, no que hoje é a
costa oeste dos EUA.
Polêmicas à parte, Cristóvão Colombo jamais se deu conta de que havia
descoberto um novo continente. A leitura de suas anotações de bordo ou de
suas cartas deixa claro que ele acreditou até a morte que tinha chegado à China
ou ao Japão, ou seja, às “Índias”. É o que o navegador escreveu, por exemplo,
em uma carta de março de 1493.
Mesmo nos momentos em que se apresenta como um “descobridor”, Colombo
se refere aos arredores de um continente que o célebre Marco Polo – do qual foi
leitor assíduo – já havia descrito. Em outubro de 1492, depois de seu primeiro
encontro com nativos americanos, o explorador fez a seguinte anotação em seu
diário de bordo: “Resolvi descer à terra firme e ir à cidade de Guisay entregar
as cartas de Vossas Altezas ao Grande Khan”. Guisay é uma cidade real chinesa
que Marco Polo visitara. Nesse mesmo documento, Colombo escreveu que,
segundo o que os índios haviam informado, ele estava a caminho do Japão. Os
nativos tinham apontado, na verdade, para Cuba.

Prof. Bruno Spencer 91 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Suas certezas foram parcialmente abaladas nas viagens seguintes, mas o


navegador nunca chegou a pensar que aportara em um novo continente. Sua
quarta viagem o teria levado, segundo escreveu, à província de “Mago”,
“fronteiriça à de Catayo”, ambas na China.
Somente nos últimos anos de sua vida o genovês considerou a possibilidade de
ter descoberto terras realmente virgens. Mas foi necessário certo tempo para
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

que a existência de um novo continente começasse a ser aceita pelos europeus.


Américo Vespúcio foi um dos primeiros a apresentar um mapa com quatro
continentes. Mais tarde, em 1507, a nova terra seria batizada em homenagem
ao explorador italiano. Um ano depois da morte de Colombo, que passou a vida
sem entender bem o que havia encontrado.
Antouaine Roullet. In: Revista História Viva. Internet:
<www2.uol.com.br/historiaviva> (com adaptações).
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Julgue o item que se segue, considerando as ideias veiculadas no texto acima,


a sua estrutura e seus aspectos gramaticais.
No período “Nesse mesmo documento, Colombo escreveu que, segundo o que
os índios haviam informado, ele estava a caminho do Japão”, a primeira vírgula
foi empregada para isolar termo com valor adverbial e as demais, para isolar
uma oração de valor temporal intercalada.
Certo
Errado

23) CESPE/Escrivão/PC BA/2013


Texto para o item
O respeito às diferentes manifestações culturais é fundamental, ainda mais em
um país como o Brasil, que apresenta tradições e costumes muito variados em
todo o seu território. Essa diversidade é valorizada e preservada por ações da
Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID), criada em 2003 e
ligada ao Ministério da Cultura.
Cidadãos de áreas rurais que estejam ligados a atividades culturais e estudantes
universitários de todas as regiões do Brasil, por exemplo, são beneficiados por
um dos projetos da SID: as Redes Culturais. Essas redes abrangem associações
e grupos culturais para divulgar e preservar suas manifestações de cunho
artístico. O projeto é guiado por parcerias entre órgãos representativos do
Estado brasileiro e as entidades culturais.
A Rede Cultural da Terra realiza oficinas de capacitação, cultura digital e
atividades ligadas às artes plásticas, cênicas e visuais, à literatura, à música e
ao artesanato.

Prof. Bruno Spencer 92 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Além disso, mapeia a memória cultural dos trabalhadores do campo. A Rede


Cultural dos Estudantes promove eventos e mostras culturais e artísticas e apoia
a criação de Centros Universitários de Cultura e Arte.
Culturas populares e indígenas são outro foco de atenção das políticas de
diversidade, havendo editais públicos de premiação de atividades realizadas ou
em andamento, o que democratiza o acesso a recursos públicos.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

O papel da cultura na humanização do tratamento psiquiátrico no Brasil é


discutido em seminários da SID. Além disso, iniciativas artísticas inovadoras
nesse segmento são premiadas com recursos do Edital Loucos pela Diversidade.
Tais ações contribuem para a inclusão e socializam o direito à criação e à
produção cultural.
A participação de toda a sociedade civil na discussão de qualquer política cultural
se dá em reuniões da SID com grupos de trabalho e em seminários, oficinas e
fóruns, nos quais são apresentadas as demandas da população. Com base
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

nesses encontros é que podem ser planejadas e desenvolvidas ações que


permitam o acesso dos cidadãos à cultura e a promoção de suas manifestações,
independentemente de cor, sexo, idade, etnia e orientação sexual.
Identidade e diversidade. Internet: <www.brasil.gov.br/sobre/cultura/> (com
adaptações).

Considerando as ideias e aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o


item a seguir.
A retirada da vírgula após “Brasil” manteria a correção gramatical e os sentidos
do texto, visto que, nesse caso, o emprego desse sinal de pontuação é
facultativo.
Certo
Errado

24) CESPE/Delegado/PC BA/2013


No Brasil, duas grandes concepções de segurança pública opõem-se desde a
reabertura democrática até o presente: uma centrada na ideia de combate,
outra, na de prestação de serviço público.
A primeira concebe a missão institucional das polícias em termos bélicos,
atribuindo-lhes o papel de combater os criminosos, que são convertidos em
inimigos internos. A política de segurança é, então, formulada como estratégia
de guerra, e, na guerra, medidas excepcionais se justificam. Instaura-se,
adotando-se essa concepção, uma política de segurança de emergência e um
direito penal do inimigo. Esse modelo é reminiscente do regime militar e, há
décadas, tem sido naturalizado, não obstante sua incompatibilidade com a
ordem constitucional brasileira. Nesses anos, o inimigo interno anterior — o

Prof. Bruno Spencer 93 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

comunista — foi substituído pelo traficante, como elemento de justificação do


recrudescimento das estratégias bélicas de controle social.
A segunda concepção está centrada na ideia de que a segurança é um serviço
público a ser prestado pelo Estado e cujo destinatário é o cidadão. Não há, nesse
caso, mais inimigo a combater, mas cidadão para servir. A polícia democrática
não discrimina, não faz distinções arbitrárias: trata os barracos nas favelas
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

como domicílios invioláveis, respeita os direitos individuais, independentemente


de classe, etnia e orientação sexual, não só se atendo aos limites inerentes ao
estado democrático de direito, mas entendendo que seu principal papel é
promovê-lo.
A concepção democrática estimula a participação popular na gestão da
segurança pública, valoriza arranjos participativos e incrementa a transparência
das instituições policiais. O combate militar é, então, substituído pela
prevenção, pela integração com políticas sociais, por medidas administrativas
de redução dos riscos e pela ênfase na investigação criminal. A decisão de usar
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

a força passa por considerar não apenas os objetivos específicos a serem


alcançados pelas ações policiais, mas também, e fundamentalmente, a
segurança e o bem-estar da população envolvida.
Cláudio Pereira de Souza Neto. A segurança pública na Constituição Federal de
1988: conceituação constitucionalmente adequada, competências federativas
e órgãos de execução das políticas. Internet: <www.oab.org.br> (com
adaptações).

A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item.


O emprego da vírgula logo após “criminosos” justifica-se por isolar oração de
caráter explicativo.
Certo
Errado

25) FGV/AJ/TJ RO/Administrador/2015


Facebook
Vimos que o Vale do Silício é um tecnopolo importante, com indústria avançada,
de ponta, em que são feitos altos investimentos. Mas, às vezes, uma simples
ideia pode valer mais do que muita tecnologia. É o caso da maior rede social do
mundo, o Facebook.
Segundo o seu criador Mark Zuckerberg, em seu segundo ano da Universidade
de Harvard (2004), ele e seus amigos tinham muito a compartilhar: suas fotos,
o que estudavam, de que gostavam, entre tantas outras coisas que os amigos
curtem. Pensando nisso, Mark elaborou – em duas semanas e com apenas 19
anos de idade – a primeira versão do que se tornaria essa famosa rede social.

Prof. Bruno Spencer 94 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Mas há quem diga que a história inicial não foi tão sublime, mas que tudo
começou como uma brincadeira: Mark teria colocado as fotos das garotas da
Universidade na internet, à revelia, para que os colegas escolhessem qual a
mais bonita. Outro detalhe não menos importante seria que o desenvolvimento
do Facebook contou com a colaboração de mais colegas, entre eles o brasileiro
Eduardo Saverin, reconhecido como o cofundador do site.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

De qualquer forma, e intrigas à parte, inovação e agilidade transformaram esse


pequeno projeto/brincadeira em uma empresa extremamente lucrativa, com
mais de 500 milhões de usuários, faturamento bilionário e um valor de 50
bilhões de dólares, estimado pelo Banco Sachs em janeiro de 2011, maior do
que o da Time Warner.
(Paulo Roberto Moraes, Urbanização e Metropolização, São Paulo, 2011)

“Mas, às vezes, uma simples ideia pode valer mais do que muita tecnologia”.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

O emprego das vírgulas, nesse caso, se repete, pela mesma razão, em:
a) “Vimos que o Vale do Silício é um tecnopolo importante, com indústria
avançada, de ponta,...”;
b) “Pensando nisso, Mark elaborou – em duas semanas e com apenas 19 anos
de idade...”;
c) “... ele e seus amigos tinham muito a compartilhar: suas fotos, o que
estudavam, de que gostavam, entre tantas outras coisas...”;
d) “Mark teria colocado as fotos das garotas da Universidade na internet, à
revelia, para que os colegas escolhessem qual a mais bonita”;
e) “faturamento bilionário e um valor de 50 bilhões de dólares, estimado pelo
Banco Sachs em janeiro de 2011, maior do que o da Time Warner”.

26) FGV/ADP/DPE RO/Analista Jurídico/2015

Prof. Bruno Spencer 95 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Na grafia da fala do personagem da charge há a utilização de sinais de


pontuação e de sinais gráficos; a afirmativa correta sobre a presença desses
sinais é:

a) a presença de vocativos (casamento, filhos, saúde) obriga o uso de vírgulas;

b) as reticências ao final mostram que o personagem pensava dizer algo mais;


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

c) as reticências ao início indicam uma reflexão prévia do tripulante;

d) as vírgulas após os substantivos mostram a omissão de formas verbais;

e) os pontos de exclamação indicam surpresa diante das perguntas do turista.

27) FGV/AL/CM Caruaru/Administração/2015

Problemas das grandes cidades


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

A urbanização se intensificou com a expansão das atividades industriais, fato


que atraiu (e ainda atrai) milhões de pessoas para as cidades. Esse fenômeno
provocou mudanças drásticas na natureza, desencadeando diversos problemas
ambientais, como poluições, desmatamento, redução da biodiversidade,
mudanças climáticas, produção de lixo e de esgoto, entre outros.

(Mundo Educação)

“...fato que atraiu (e ainda atrai) milhões de pessoas para as cidades”.

As palavras entre parênteses mostram

a) uma ampliação da informação dada.

b) uma retificação de um erro.

c) uma intensificação de um fenômeno.

d) uma ironia sobre o fato citado.

e) uma confirmação de algo já dito.

28) FGV/Ag Fisc/TCM SP/Administração/2015

Alterar o ECA independe da situação carcerária

Nas unidades de internação de menores infratores reproduzem-se as mesmas


mazelas dos presídios para adultos: superpopulação, maus-tratos, desprezo por
ações de educação, leniência com iniciativas que visem à correição, falhas
graves nos procedimentos de reinclusão social etc. Um levantamento do
Conselho Nacional do Ministério Público mostra que, em 17 estados, o número
de internos nos centros para jovens delinquentes supera o total de vagas

Prof. Bruno Spencer 96 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

disponíveis; conservação e higiene são peças de ficção em 39% das unidades


e, em 70% delas, não se separam os adolescentes pelo porte físico, porta aberta
para a violência sexual.

Assim como os presídios, os centros não regeneram. Muitos são, de fato, e


também a exemplo das carceragens para adultos, locais que pavimentam a
entrada de réus primários no mundo da criminalidade. Esta é uma questão que
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

precisa ser tratada no âmbito de uma reforma geral da política penitenciária, aí


incluída a melhoria das condições das unidades socioeducativas para os
menores de idade. Nunca, no entanto, como argumento para combater a
adequação da legislação penal a uma realidade em que a violência juvenil se
impõe cada vez mais como ameaça à segurança da sociedade.

O raciocínio segundo o qual as más condições dos presídios desaconselham a


redução da maioridade penal consagra, mais do que uma impropriedade, uma
hipocrisia. Parte de um princípio correto – a necessidade de melhorar o sistema
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

penitenciário do país, uma unanimidade – para uma conclusão que dele se


dissocia: seria contraproducente enviar jovens delinquentes, supostamente
ainda sem formação criminal consolidada, a presídios onde, ali sim, estariam
expostos ao assédio das facções.

Falso. A realidade mostra que ações para melhorar as condições de detentos e


internos são indistintamente inexistentes. A hipocrisia está em obscurecer que,
se o sistema penitenciário tem problemas, a rede de “proteção” ao menor
consagrada no Estatuto da Criança e do Adolescente também os tem. E numa
dimensão que implica dar anteparo a jovens envolvidos em atos violentos, não
raro crimes hediondos, cientes do que estão fazendo e de que, graças a uma
legislação paternalista, estão a salvo de serem punidos pelas ações que
praticam.

Preservar o paternalismo e a esquizofrenia do ECA equivale a ficar paralisado


diante de um falso impasse. As condições dos presídios (bem como dos centros
de internação) e a violência de jovens delinquentes são questões distintas, e
pedem, cada uma em seu âmbito específico, soluções apropriadas. No caso da
criminalidade juvenil, o correto é assegurar a redução do limite da
inimputabilidade, sem prejuízo de melhorar o sistema penitenciário e a rede de
instituições do ECA. Uma ação não invalida a outra. Na verdade, as duas são
necessárias e imprescindíveis.

(O Globo, Opinião, 23/06/2015)

No texto 1, há duas oportunidades em que o autor empregou dois pontos(:):

1 – “...as mesmas mazelas dos presídios para adultos: superpopulação, maus-


tratos, desprezo por ações de educação...”;

Prof. Bruno Spencer 97 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

2 – “...para uma conclusão que dele se dissocia: seria contraproducente enviar


jovens delinquentes...”.

Sobre essas duas ocorrências desses sinais de pontuação, a afirmação correta


é:

a) as duas ocorrências precedem enumerações;


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

b) as duas ocorrências introduzem exemplificações;

c) as duas ocorrências mostram explicações;

d) só a primeira ocorrência introduz uma explicação;

e) só a segunda ocorrência prepara uma explicitação.

29) FGV/Cont/Pref Niterói/2015


Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

A locomotiva desacelera

Desde a virada do século, a China cumpre o papel de locomotiva da economia


mundial. Agora, porém, a locomotiva desacelera, talvez bruscamente,
encerrando um longo ciclo que se caracterizou pelo boom das commodities e,
ainda, por uma expansão acelerada das chamadas “economias emergentes”.
Descortina-se uma nova paisagem econômica e geopolítica.

Sob o impacto da desaceleração chinesa, os “emergentes” enfrentam baixas


taxas de crescimento ou, como nos casos extremos da Rússia e do Brasil,
profundas recessões. Ao mesmo tempo, os fluxos de investimentos estrangeiros
mudam de direção, trocando os “emergentes” pelos Estados Unidos. No longo
“ciclo das commodities”, desenvolveu-se a tese de que os Brics constituiriam
um polo econômico e político capaz de contrabalançar o poder dos Estados
Unidos. Tal tese é uma vítima ilustre da transição global que está em curso.

(Mundo, outubro de 2015)

O termo “economias emergentes” aparece entre aspas porque:

a) destaca um elemento informativo importante do texto;

b) reproduz uma expressão fartamente conhecida;

c) mostra um termo de difícil compreensão;

d) denuncia a presença de linguagem figurada;

e) indica a origem estrangeira da expressão.

30) FGV/AJ/TJ RO/Administrador/2015


Facebook

Prof. Bruno Spencer 98 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Vimos que o Vale do Silício é um tecnopolo importante, com indústria avançada,


de ponta, em que são feitos altos investimentos. Mas, às vezes, uma simples
ideia pode valer mais do que muita tecnologia. É o caso da maior rede social do
mundo, o Facebook.
Segundo o seu criador Mark Zuckerberg, em seu segundo ano da Universidade
de Harvard (2004), ele e seus amigos tinham muito a compartilhar: suas fotos,
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

o que estudavam, de que gostavam, entre tantas outras coisas que os amigos
curtem. Pensando nisso, Mark elaborou – em duas semanas e com apenas 19
anos de idade – a primeira versão do que se tornaria essa famosa rede social.
Mas há quem diga que a história inicial não foi tão sublime, mas que tudo
começou como uma brincadeira: Mark teria colocado as fotos das garotas da
Universidade na internet, à revelia, para que os colegas escolhessem qual a
mais bonita. Outro detalhe não menos importante seria que o desenvolvimento
do Facebook contou com a colaboração de mais colegas, entre eles o brasileiro
Eduardo Saverin, reconhecido como o cofundador do site.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

De qualquer forma, e intrigas à parte, inovação e agilidade transformaram esse


pequeno projeto/brincadeira em uma empresa extremamente lucrativa, com
mais de 500 milhões de usuários, faturamento bilionário e um valor de 50
bilhões de dólares, estimado pelo Banco Sachs em janeiro de 2011, maior do
que o da Time Warner.
(Paulo Roberto Moraes, Urbanização e Metropolização, São Paulo, 2011)

Observe as seguintes frases do texto 1: “ele e seus amigos tinham muito a


compartilhar: suas fotos, o que estudavam, de que gostavam, entre tantas
outras coisas que os amigos curtem” e “tudo começou como uma brincadeira:
Mark teria colocado as fotos das garotas da Universidade na internet, à revelia,
para que os colegas escolhessem qual a mais bonita”.
Sobre o emprego dos dois pontos (:) nesses segmentos, é correto afirmar que:
a) nos dois casos há explicitação de termos anteriores;
b) nos dois casos, os dois pontos precedem uma enumeração;
c) apenas no segundo caso há uma enumeração;
d) apenas no primeiro caso há uma explicitação;
e) nos dois casos essa pontuação poderia ser substituída por vírgulas.

31) FGV/AO/SSP AM/2015


Texto
Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente
conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma extremamente nefasta,
posto que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral)

Prof. Bruno Spencer 99 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

no direito de desfrutar de alguns privilégios, incluindo-se o de não ser igual


perante as leis (nessa suposta “superioridade” racial ou socioeconômica
também vem incluída a impunidade, que sempre levou um forte setor das elites
à construção de uma organização criminosa formada por uma troika maligna
composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos +
agentes financeiros, unidos em parceria público-privada para a pilhagem do
patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país atrasado
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

do “Você sabe com quem está falando?” (como bem explica DaMatta, em várias
de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam
no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis assim como os “de
baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e
retroalimenta a chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de
organização social? Por que somos o que somos?”
(Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)
No primeiro parágrafo do texto há um conjunto de termos colocados entre
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

parênteses; a função predominante desse sinal gráfico, nesse texto, é a de:


a) corrigir alguns erros anteriores;
b) definir termos presentes no texto;
c) repetir enfaticamente algumas observações;
d) ampliar as informações dadas;
e) destacar pontos importantes do texto.

32) FGV/Aud Est/CGE MA/2014

Utopias e distopias

Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na sua


origem um defeito que as condenava. A primeira, que deu nome às várias
fantasias de um mundo perfeito que viriam depois, foi inventada por sir Thomas
Morus em 1516. Dizem que ele se inspirou nas descobertas recentes do Novo
Mundo, e mais especificamente do Brasil, para descrever sua sociedade ideal,
que significaria um renascimento para a humanidade, livre dos vícios do mundo
antigo. Na Utopia de Morus o direito à educação e à saúde seria universal, a
diversidade religiosa seria tolerada e a propriedade privada, proibida. O governo
seria exercido por um príncipe eleito, que poderia ser substituído se mostrasse
alguma tendência para a tirania, e as leis seriam tão simples que dispensariam
a existência de advogados. Mas para que tudo isso funcionasse Morus prescrevia
dois escravos para cada família, recrutados entre criminosos e prisioneiros de
guerra. Além disso, o príncipe deveria ser sempre homem e as mulheres tinham
menos direitos que os homens. Morus tirou o nome da sua sociedade perfeita
da palavra grega para “lugar nenhum”, o que de saída já significava que ela só
poderia existir mesmo na sua imaginação.

Prof. Bruno Spencer 100 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

Platão imaginou uma república idílica em que os governantes seriam filósofos,


ou os filósofos governantes. Nem ele nem os outros filósofos gregos da sua
época se importavam muito com o fato de viverem numa sociedade
escravocrata. Em “Candide”, Voltaire colocou sua sociedade ideal, onde havia
muitas escolas mas nenhuma prisão, em El Dorado, mas “Candide” é menos
uma visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade humana.
Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor em que a
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

emancipação da classe trabalhadora traria igualdade e justiça para todos. O


sonho acabou no totalitarismo soviético e na sua demolição. Até John Lennon,
na canção “Imagine”, propôs sua utopia, na qual não haveria, entre outros
atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi vítima da violência, enquanto no
mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam a religiões e se matam
por elas.

Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia possível.


No futuro previsto os carros ofereceriam transporte rápido e lazer inédito em
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista. Isso se os carros


não voassem, ou se não houvesse um helicóptero em cada garagem. Nada disso
aconteceu. Foi outra utopia que pifou. Hoje vivemos em meio à sua negação,
em engarrafamentos intermináveis, em chacinas nas estradas e num caos que
só aumenta, sem solução à vista. Mais uma vez, deu distopia.

(Veríssimo, Luiz Fernando. O Globo, 22/12/2013)

Assinale a alternativa em que se deixou de empregar uma vírgula, contrariando


as regras de pontuação.

a) “Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia


possível”.

b) “No futuro previsto os carros ofereceriam transporte rápido e lazer inédito


em estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista”.

c) “Isso se os carros não voassem, ou se não houvesse um helicóptero em cada


garagem”.

d) “Nada disso aconteceu”.

e) “Foi outra utopia que pifou”.

33) FGV/TSE/DPE RJ/Administração/2014

XÓPIS

Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes


diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de
Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir

Prof. Bruno Spencer 101 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram


a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes,
automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua.
Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas
exclusivamente às compras e ao lazer – enfim, pequenos (ou enormes) templos
de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o
sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são
as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do
mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do
planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros
de conveniência com que o Primeiro Mundo – ou pelo menos uma ilusão de
Primeiro Mundo – se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos,
qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar
entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio


ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de
dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua,
que vai acabar estragando a ilusão.

As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e


saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de
consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à
parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o
choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a
um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade.
O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos
xópis.

(Veríssimo, O Globo, 26012014.)

“Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, (1) na


Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava,(2) encantado, o Walter
Benjamin. Ou, (3) se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente”.

Nesse segmento do texto há três ocorrências de uso da vírgula devidamente


numeradas; a afirmativa correta sobre o seu emprego é

a) as ocorrências se justificam por três razões diferentes.

b) as duas primeiras ocorrências se justificam pelo mesmo motivo.

c) as três ocorrências se justificam pela mesma regra de pontuação.

d) as ocorrências (1) e (3) se justificam pelo mesmo princípio.

e) as ocorrências (2) e (3) se justificam pelo mesmo motivo.

Prof. Bruno Spencer 102 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

34) FGV/TMD/DPE RJ/2014

CIDADE URGENTE

Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de


brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos


serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara com a “questão urbana”
e os pesquisadores se debruçam sobre o assunto, que também é parte
significativa da pauta dos meios de comunicação.

Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90%
ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema?

Parece incrível, mas os grandes operadores do sistema econômico e político


tratam os problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

os incômodos de cada crise, quem ganha dinheiro no caos urbano toca em frente
seus negócios e quem ganha votos, sua campanha. Só alguns movimentos
populares e organizações civis – Passe Livre, Nossa São Paulo e outros –
insistem em plataformas, debates e campanhas para enfrentar os problemas e
encontrar soluções sustentáveis.

A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil
enfrentaria o desafio urbano, integrando as políticas públicas no âmbito
municipal, estabelecendo parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas
práticas. Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser negociado nos
arranjos eleitorais.

A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação


submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de recursos que vão
para as grandes obras de fachada, transporte inviabilizado por um século de
submissão ao mercado do petróleo. A fragmentação vem do descompasso entre
União, Estados e municípios, desunidos por um pacto antifederativo, adversários
na disputa pelos tributos que se sobrepõem nas costas dos cidadãos.

(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das organizações
civis e movimentos sociais que acumularam experiências e conhecimento dos
moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda
os problemas, ajuda a achar soluções.

Marina Silva, Folha de São Paulo, 7/1/2014.

No primeiro parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece


entre aspas porque

a) mostra uma frase sem respeito pela norma culta.

Prof. Bruno Spencer 103 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

b) indica o tópico central do parágrafo.

c) destaca uma ironia da autora do texto.

d) copia uma expressão popular.

e) enfatiza uma ideia importante do texto.


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

35) FGV/TMD/DPE-RJ/2014

CIDADE URGENTE

Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de


brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São
reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos
serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara com a “questão urbana”
e os pesquisadores se debruçam sobre o assunto, que também é parte
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

significativa da pauta dos meios de comunicação.

Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90%
ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema?

Parece incrível, mas os grandes operadores do sistema econômico e político


tratam os problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados
os incômodos de cada crise, quem ganha dinheiro no caos urbano toca em frente
seus negócios e quem ganha votos, sua campanha. Só alguns movimentos
populares e organizações civis – Passe Livre, Nossa São Paulo e outros –
insistem em plataformas, debates e campanhas para enfrentar os problemas e
encontrar soluções sustentáveis.

A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil
enfrentaria o desafio urbano, integrando as políticas públicas no âmbito
municipal, estabelecendo parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas
práticas. Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser negociado nos
arranjos eleitorais.

A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação


submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de recursos que vão
para as grandes obras de fachada, transporte inviabilizado por um século de
submissão ao mercado do petróleo. A fragmentação vem do descompasso entre
União, Estados e municípios, desunidos por um pacto antifederativo, adversários
na disputa pelos tributos que se sobrepõem nas costas dos cidadãos.

(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das organizações
civis e movimentos sociais que acumularam experiências e conhecimento dos
moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda
os problemas, ajuda a achar soluções.

Marina Silva, Folha de São Paulo, 7/1/2014.

Prof. Bruno Spencer 104 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

“Parece incrível, (1) mas os grandes operadores do sistema econômico e político


tratam os problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados
os incômodos de cada crise, (2) quem ganha dinheiro no caos urbano toca em
frente seus negócios e quem ganha votos, (3) sua campanha. Só alguns
movimentos populares e organizações civis – Passe Livre, (4) Nossa São Paulo
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

e outros – insistem em plataformas, (5) debates e campanhas para enfrentar


os problemas e encontrar soluções sustentáveis”.

Nesse parágrafo do texto aparecem cinco casos de emprego de vírgulas


devidamente numerados; os números que indicam casos em que a vírgula foi
empregada em função de idênticos motivos são

a) 1/2.

b) 1/3.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

c) 2/3.

d) 3/4.

e) 4/5.

36) FGV/TAJ/TJ RJ/2014

ANTES QUE A FONTE SEQUE

José Carlos Tórtima, O Globo, 04/10/2014

Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o


empolgado escrivão da frota de Cabral, não conteria a euforia ao anunciar, em
sua célebre epístola ao rei Dom Manuel, que as águas da nova colônia eram não
só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que com sua bela carta
de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais lusitanos
poderia estar lançando as sementes da arraigada e onipresente cultura de
esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua inesgotabilidade. Cultura
esta que até hoje se faz presente nas cenas de desperdício explícito nas cidades
e no campo. E também na timidez de políticas públicas direcionadas à
preservação e ao bom uso das reservas do mineral.

Quanto ao emprego ou omissão da vírgula, houve afastamento da orientação


gramatical em:

a) “na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o


empolgado escrivão da frota de Cabral,...”;

Prof. Bruno Spencer 105 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

b) “não conteria a euforia ao anunciar, em sua célebre epístola ao rei Dom


Manuel, que as águas da nova colônia eram não só muitas, mas “infindas”;

c) “só não imaginava Caminha que com sua bela carta de apresentação da
ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais lusitanos poderia estar
lançando as sementes da arraigada e onipresente cultura de esbanjamento...”;

d) “cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de desperdício explícito
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

nas cidades e no campo”;

e) “e também na timidez de políticas públicas direcionadas à preservação e ao


bom uso das reservas do mineral”.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

Prof. Bruno Spencer 106 de 107


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 08

14 – Gabarito e Referencial Bibliográfico

1 A 7 E 13 E 19 C 25 D 31 D
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

2 A 8 A 14 C 20 E 26 D 32 A
3 A 9 E 15 C 21 C 27 A 33 A
4 D 10 B 16 C 22 E 28 E 34 D
5 A 11 E 17 C 23 E 29 B 35 E
6 E 12 C 18 E 24 C 30 A 36 C
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)

1. CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL - Novíssima Gramática da Língua


Portuguesa, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008.
2. BECHARA, EVANILDO – Moderna Gramática Portuguesa, Nova Fronteira, Rio
de Janeiro, 2009.

Prof. Bruno Spencer 107 de 107


www.exponencialconcursos.com.br

Das könnte Ihnen auch gefallen