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Soluções

Solução, dispersão coloidal e suspensão


Conceitos
Sempre que uma substância se distribui em outra se tem
uma dispersão. Assim: dispersões são misturas
homogêneas ou heterogêneas de duas ou mais
substâncias. Podem ser suspensões grosseiras, colóides
ou soluções. Em qualquer dispersão o componente que
está em maior quantidade é o dispersante ou
dispergente. Os demais constituem o disperso. A
distinção entre soluções, colóides e dispersões
grosseiras é feita pelo tamanho médio das partículas
dispersas – um critério que, embora arbitrário é prático
e cômodo.
Nome da Tamanho médio das
dispersão partículas dispersas
Soluções Entre 0 e 1 nm (menor
verdadeiras que 10 Ao)
Soluções Entre 1 e 100 nm (entre
coloidais 10 a 1000 Ao)
Suspensões Acima de 100 nm
(maior que 1000 Ao)
Solução: (Ex: água e sal de cozinha; água e álcool; ar
atmosférico puro)
As partículas dispersas são moléculas ou íons comuns
com diâmetro menor que 1 nm (10-9 m).
Mistura homogênea de duas ou mais substâncias
(dispersão monofásica).
Impossível seu fracionamento por meio de qualquer
filtro ou centrífuga.
As partículas dispersas não são detectadas mesmo
com o auxílio de microscópio eletrônico ou de
ultramicroscópio.
Colóide: (Ex: proteínas em água; gelatina em água
quente; maionese; goma-arábica)
as partículas dispersas têm diâmetro entre 1 e 100 nm.
são agregados de moléculas ou de íons comuns, ou
macromoléculas, ou macroíons isolados.
não se sedimentam sob a ação da gravidade, nem sob
a ação dos centrifugadores comuns, mas sim sob a ação
de ultracentrifugadores.
não são retidas por filtros comuns, mas o são por
ultrafiltros.
não são detectadas ao microscópio comum, mas o são
com o auxílio do microscópio eletrônico e do
ultramicroscópio.
Suspensão: (Ex: água e areia; ar com poeira)
as partículas dispersas têm diâmetro maior que 100
nm.
são agregados de moléculas ou de íons.
sedimentam-se pela ação da gravidade ou dos
centrifugadores comuns.
são retidas pelo filtro comum e são detectadas a olho
nu ou com o auxílio de microscópios comuns.
Características das soluções
A principal característica de uma solução consiste no
fato de ela ser homogênea, isto é, uma mistura com
propriedades, físicas e químicas, iguais em todas as
suas partes. Em inúmeros casos, o soluto pode ser
separado do solvente por métodos puramente físicos(p.
ex. destilação). Nas soluções o disperso denomina-se
soluto e o dispersante, solvente. Nas soluções de sólidos
em líquidos ou gás em líquido, o solvente é o líquido.
Já em uma solução de dois líquidos ou de dois sólidos o
solvente é o que existe em maior proporção. No caso de
uma mistura de gases, não há distinção entre soluto e
solvente, porque os gases se difundem.
Classificação das soluções
As soluções podem ser classificadas de acordo com
diferentes critérios:
Quanto ao estado físico:
sólidas; líquidas e gasosas.
Classificação Solvente Soluto Exemplo
Solução Sólido Sólido Ouro 18 quilates
sólida (75% de Au + 25%
Cu,Ag)
Solução Líquido Sólido Soro fisiológico
líquida (solução aquosa de
NaCl a 0,9%, em
massa)
Solução Líquido Líquido Álcool a 96º GL
líquida (solução alcoólica
com 4%, em volume,
de água)
Solução Líquido Gás Água mineral gasosa
líquida (solução aquosa de
CO2)
Solução Gás Gás Ar atmosférico
gasosa
Quanto ao estado de agregação dos componentes
da solução:
Solução Solvente Soluto Exemplo
Sólido- Sólido Sólido Ligas metálicas
sólido
Sólido- Líquido Sólido Açúcar + água
líquido
Sólido-gás Gás Sólido Naftalina no ar
Líquido- Sólido Líquido Água em sólidos
sólido higroscópicos (CaCl2)
Líquido- Líquido Líquido Água + metanol
líquido
Líquido-gás Gás Líquido Umidade no ar
Gás-sólido Sólido Gás Hidrogênio retido em
platina em pó
Gás-líquido Líquido Gás Gás carbônico em
bebidas
Gás-gás Gás Gás Todas as misturas
gasosas
Quanto à condutividade elétrica (ou natureza do
soluto):
Iônicas ou eletrolíticas
Moleculares ou não-eletrolíticas
Solução iônica ou eletrolítica: as partículas dispersas
são íons. Conduz corrente elétrica por conter íons com
movimentação livre e intensa. Estas soluções são
consideradas eletrólitos.
Ex: soluções de sal de cozinha e água; de ácido
clorídrico, soda cáustica, etc.
Solução molecular ou não-eletrolítica: as partículas
dispersas são moléculas. Não conduz eletricidade por
não formar íons livres na solução. Ex: solução aquosa
de açúcar.
Em tempo:
Ionização: ocorre com o rompimento de ligações
covalentes e formação de íons.
Ex: HCl + H2O → H+(aq) + Cl-(aq)

Dissociação iônica: ocorre quando um sólido iônico


dissolve-se em água.
Ex: Na+Cl- + H2O → Na+ (aq) + Cl-(aq)

Dissociação molecular: ocorre com separação das


moléculas e formação de íons.
Ex: C6H12O6 + H2O → C6H12O6 (aq)

OBS: Há muitas soluções que apresentam


simultaneamente moléculas e íons dispersos. Nas
soluções aquosas dos ácidos fracos, por exemplo,
existem muitas moléculas e poucos íons em função da
pequena dissociação desses ácidos.

Quanto à proporção soluto/solvente:


Diluída; concentrada; saturada e supersaturada
Solução diluída: é aquela que contêm pouco solutos
relativamente à quantidade máxima possível de ser
solubilizada num dado solvente a uma dada
temperatura. Ex: 10 g de NaCl em um litro de água, a
20o C.
Solução concentrada: é aquela que contêm muito
solutos relativamente à quantidade máxima possível ser
solubilizada num dada solvente a uma dada
temperatura. Ex: 300 g de NaCl em um litro de água, a
20o C.
Solução saturada: é aquela que contêm a máxima
quantidade permitida de soluto em determinada
quantidade de solvente a certa temperatura. Ex: 360 g
de NaCl em um litro de água a 20o C.
Solução supersaturada: contêm excesso de soluto em
relação à solução saturada, na mesma temperatura. Ex:
quantidade de NaCl maior que 360 g em um litro de
água a 20º C.
Solubilidade
Adicionando-se, gradativamente, um soluto a um
solvente é possível obter soluções que variam de
diluídas a supersaturadas. A quantidade necessária do
soluto que forma, com uma quantidade padrão de
solvente, uma solução saturada em determinadas
condições de pressão e temperatura recebe o nome de
coeficiente de solubilidade (Cs) do referido soluto. A
partir do “ponto de saturação” toda quantidade
adicional de soluto que for colocada no sistema, irá
depositar ou precipitar no fundo do recipiente. O “ponto
de saturação” depende do soluto, do solvente e das
condições físicas de temperatura e pressão. Esta é
importante em soluções onde existem gases. O ponto de
saturação é definido pelo coeficiente ou grau de
solubilidade.
Coeficiente ou grau de solubilidade (CS) é a
quantidade de um soluto (em geral, em gramas)
necessária para saturar uma quantidade padrão (em
geral 100g; 1 000 g ou 1 litro) de solvente, em
determinadas condições físicas de temperatura e
pressão.
Quando o CS é praticamente nulo, dizemos que a
substancia é insolúvel naquele solvente (CSAgCl = 0,014
g/L). Tratando-se de dois líquidos dizemos que estes
são imiscíveis (água e óleo). Substâncias totalmente
miscíveis dissolvem-se em todas as proporções (água e
álcool).
Ponto de saturação
MASSA DE
SOLUTO

Soluções não saturadas Solução saturada


Soluções supersaturadas
(estáveis) (estável)
(instáveis)
Tabela de solubilidade de alguns compostos
inorgânicos em água
Solubilidade
Funções Exceções
em água
Em geral
Ácidos —
solúveis
Em geral Hidróxidos alcalinos e
Hidróxidos
insolúveis de amônio
Nitratos
Cloratos Solúveis —
S Acetatos
Cloretos
Brometos Solúveis Ag+; Hg 22+; Pb2+
A Iodetos
Sulfatos Solúveis Ca2+; Sr2+; Ba2+; Pb2+
Sulfetos alcalinos e de
Sulfetos Insolúveis
I amônio
Alcalinos: Li; Na; K; Rb
Carbonatos Insolúveis
e Cs e de amônio
S Alcalinos: Li; Na; K; Rb
Fosfatos Insolúveis
e Cs e de amônio
Outros sais Insolúveis Alcalinos e de amônio

Curvas de solubilidade
A solubilidade e, conseqüentemente, o coeficiente de
solubilidade aumenta com a temperatura para a maior
parte das substâncias. As curvas de solubilidade são os
gráficos que apresentam a variação dos coeficientes de
solubilidade das substâncias em função da temperatura
(sistema de coordenadas cartesianas onde T é colocada
na abscissa e o CS na ordenada). A solubilidade de um
soluto é fácil de ser determinada experimentalmente.
Devido aos fatores envolvidos, existem várias exceções
às regras gerais de solubilidade. Apesar disso as regras
são aplicadas satisfatoriamente para muitos compostos
comumente encontrados no estudo da química. Tendo
em mente que regras não são leis, estando, portanto
sujeitas a exceções os principais fatores relacionados à
solubilidade são:
Natureza do soluto e do solvente: “semelhante
dissolve semelhante”;
Efeito da temperatura na solubilidade: para a maioria
dos sólidos dissolvidos num líquido, um aumento na T
resulta num aumento da solubilidade. A situação
inversa ocorre no caso da solubilidade de gases em
líquidos;
Efeito da pressão na solubilidade: a solubilidade de
um gás é diretamente proporcional à pressão do gás na
solução;
Velocidade de dissolução: a velocidade na qual um
soluto sólido se dissolve é afetada por (a) dimensão da
partícula do soluto, (b) temperatura do solvente, (c)
agitação ou movimento da solução, e (d) concentração
da solução.
As curvas de solubilidade têm grande importância no
estudo das soluções de sólidos em líquidos, pois, neste
caso, a temperatura é o único fator físico que influi
perceptivelmente na solubilidade.

A curva de solubilidade
divide o diagrama em
duas regiões. Abaixo da
curva encontra-se a
região das soluções
insaturadas (estáveis).
Qualquer ponto dessa
região indica que a
massa do soluto
dissolvido é menor que
o CS. Acima da curva de
solubilidade tem-se a
região das soluções supersaturadas. Qualquer ponto
dessa região indica que a massa de soluto dissolvida é
maior que o CS (soluções instáveis). A fronteira entre
essas regiões – que é a curva de solubilidade – indica as
soluções saturadas (estáveis) onde a massa do soluto
dissolvido é igual ao CS. As curvas de solubilidade
apresentam formas variadas (retilíneas ou curvilíneas).
Algumas apresentam ponto(s) de inflexão que
indica(m) haver alteração na composição da substância,
como a perda de água de cristalização.

Solubilidade de gases em líquidos


Os gases são, em geral, pouco solúveis em líquidos. A
solubilidade dos gases em líquidos depende
consideravelmente da pressão e da temperatura.
Aumentando-se a temperatura, o líquido procura
“expulsar” o gás e, conseqüentemente, a solubilidade
do gás diminui rapidamente. Aumentando-se a pressão
sobre o gás, estaremos “empurrando” o gás para dentro
do líquido o que leva a um aumento da solubilidade do
gás no solvente. A influência da pressão é estabelecida
pela lei de Henry, que diz: “quando não há reação
química, a solubilidade de um gás num líquido é
diretamente proporcional à pressão do gás” ou
matematicamente: S = kp onde k é uma constante de
proporcionalidade que depende da natureza do gás e do
líquido e, também da temperatura.

Unidades de concentrações de soluções


Concentração é a denominação dada a qualquer solução
entre a quantidade de soluto e solvente, ou entre a
quantidade de soluto e solução.
Existem muitas formas de expressar a concentração de
soluções, ou seja, a proporção existente entre
quantidades de soluto e solvente, ou entre quantidades
de soluto e solução. As formas mais comuns serão
mostradas na tabela abaixo.
Nelas usaremos a seguinte convenção para índices:
índice 1: para as quantidades relativas ao soluto.
índice 2: para as quantidades relativas ao solvente
sem índice: para as quantidades relativas à solução
Definição Notação Unidade Aplicação
Concentração C g/L, g/mL Geral
Título T - Geral
Porcentagem P % Geral
M, molar
Molaridade M Química
ou mol/L
Densidade d g/L, g/mL Química
Química e
Molalidade W molal
Física
Química e
Fração Molar FM mols
Física
N, normal
Normalidade N Química
ou neg/L

Concentração comum ou simplesmente


concentração ou concentração em g/L - C

a) Conceito:
É a razão entre a massa de soluto, em gramas, e o
volume de solução em litros ou mL.
m1
b) Expressão matemática: C
V
Onde: C = concentração (g/l); m1 = massa do soluto (g);
V = Volume de solução (L ou mL).
c) Unidade: Gramas por litro, g/L ou g/mL.

d) Significado: A concentração nos indica a quantidade


de soluto, em gramas, que existe em um litro ou em um
ml de solução.

OBS: Quando duas soluções têm a mesma


concentração, elas são chamadas isotônicas ou
isosmóticas (iso = igual).
Quando a concentração é diferente, a mais concentrada
é chamada hipertônica ou hiperosmótica (hiper =
superior) e a menos concentrada é chamada hipotônica
ou hiposmótica (hipo = inferior).
Concentração em massa ou título – T.
a) Conceito
É a razão entre a massa de soluto e a massa de solução.

b) Expressão matemática:

Onde: T = título; m1 = massa do soluto; m2 = massa do


solvente e m1 + m2 = m (massa da solução).
c) Unidade: O título de uma solução é um número sem
unidades, maior que zero e menor que um. Geralmente
utiliza-se o título expresso em porcentagem. Para isso,
multiplica-se o título em massa por 100.

d) Significado
O título nos dá a porcentagem em peso de uma solução,
ou seja, a quantidade em gramas de soluto que existem
em 100 gramas de solução.
Concentração molar, concentração em mol/L ou
molaridade - M

a) Conceito
É a razão entre o número de mols de soluto e o volume
de solução dado em L.
b) Expressão matemática

Onde: M = Concentração em mol/L; n1 = número de


mols de soluto; V = volume de solução (litros); m1 =
massa de soluto (gramas); Mol = massa molar do
soluto.
c) Unidade: mol por litro (mol/L), molar.
d) Significado
A concentração molar ou molaridade nos indica o
número de mols de soluto que existe em um litro de
solução. Exemplo:
Uma solução 1M possui um mol de soluto dissolvido
em um litro de solução. Uma solução 0,5M possui 0,5
mol de soluto dissolvidos em um litro de solução.
Concentração molal ou molalidade - W

a) Conceito
É a razão entre o número de mols de soluto (n1) e a
massa de solvente (m2), dada em kg.
b) Expressão matemática

Esta equação, no entanto, deve ser multiplicada por mil,


porque a molalidade é expressa em número de mols por
quilograma de solvente. Com isso, temos:

Onde: W = molalidade; m1 = massa de soluto (gramas);


m2 = massa de solvente (gramas); Mol = massa molar
do soluto.
c) Unidade: molal.
d) Significado
A concentração molal nos indica o número de mols de
soluto que existe em um quilograma de solvente.
Exemplo:
Uma solução 1 molal, possui um mol de soluto
dissolvido em um quilograma de solvente. Uma solução
4 molal possui 4 mols de soluto em um quilograma de
solvente.

Fração molar - FM

a) Conceito
A fração molar de uma solução é a relação entre o
número de mols deste componente e o número total de
mols da solução.
b) Expressão matemática
Se a solução apresenta apenas um tipo de soluto, a
expressão da Fração Molar será:

Onde: FM1 = fração molar do soluto; FM2 = fração


molar do solvente; n1 = número de mol de soluto; n2 =
número de mol de solvente.
Se a solução apresentar mais de um soluto, calcula-se a
relação entre o número de mols do soluto ou solvente
em questão, e o somatório do número de mols dos
demais componentes.

Para obter a percentagem molar de uma solução,


multiplica-se a fração molar por 100.

%M =
FM x 100

Onde: %M = porcentagem molar.


c) Unidade: A fração molar não tem unidade, é um
número maior que zero e menor que um, quando
multiplicado por 100 (porcentagem molar) se expressa
o resultado em mols %.
d) Significado: A porcentagem molar nos indica o
número de mols de um componente de uma solução,
que existem em 100 mols de solução. A fração molar
nos indica a fração de mols de um componente por mol
de solução.
Uma solução de NaCl que tem uma porcentagem molar
de 5%, possui 5 mols de NaCl dissolvidos em 95 mols
de água, ou 100 mols de solução. Esta mesma solução
teria fração molar igual a 0,05 ou 0,05 mols em 0,95
mols de água.
Concentração normal ou normalidade - N

O uso de normalidade como expressão de concentração


é uma matéria de certa controvérsia entre os químicos.
A tendência parece ser em favor de evitar seu uso.
Porém, além de sua utilidade em Química esta unidade
de concentração ainda é usada no trabalho prático e na
literatura.
A vantagem de se usar normalidade, como veremos
mais adiante, é que soluções da mesma normalidade
reagem mL a mL, isto é, 1 mL de uma solução 0,1 N de
NaOH neutralizará exatamente 1 mL de solução 0,1 N
de H2SO4, independente da estequiometria da reação
química envolvida. Não acontece o mesmo quando a
concentração das soluções é mol L-1. 1 mol de H2SO4
reage com dois moles de NaOH e duas soluções destes
reagentes da mesma molaridade reagirão na razão
NaOH: H2SO4 = 2:1 mL.
Dito de outro modo, 1 equivalente de qualquer
substância reage exatamente com 1 equivalente de
outra substância. Isto facilita enormemente os cálculos
especialmente na prática de análise quantitativa.
Normalidade se define como o “Nº de
equivalentes gramas de soluto contido em 1 L de
solução (NÃO solvente)”. (normalidade define-se
também como o número de equivalentes gramas de
soluto dividido pelo número de L de solução que
contém o soluto).
Uma solução 1 normal (1N) contém 1 equivalente
grama (eg) de soluto por L.
quantidade soluto (eg)
Normalidade = volume solução (L)

O equivalente, tal qual o mol é unidade para


descrever a quantidade de uma espécie química. Um
equivalente é uma unidade similar ao mol e está
relacionado ao peso de uma substância através de seu
equivalente grama (Eg)
Quantidade (equivalentes) = massa
Eg
(g)

O Eq está relacionado ao peso molecular pela fórmula:


PM
Eg = h

Onde h tem unidades de eq/mol. O valor numérico de h


depende da função química a qual a substância está
inserida.

Cálculo e conceito de equivalente grama:

O equivalente grama de qualquer espécie química é


dada por: E PMh
. Para diferentes espécies: Egácido =
PMdabase
PMdoácido ; Egbase = no deOH
;
no deH
PMdosal
Egsal = valorabsolutodac arg a ou totaldosal

Normalidade está relacionada à molaridade da mesma


maneira que equivalente grama está relacionado ao
peso molecular
Normalidade =
molaridade x h

Devido a que quase sempre h 1, a normalidade quase


sempre é maior que ou igual à molaridade

Densidade

a) Conceito: É a razão da massa da solução pelo


volume da solução, dada em l ou ml.

b) Expressão matemática:
Onde: d = densidade; m = massa da solução; V =
volume da solução, dada em L ou mL.
c) Unidade: g/L ou g/mL.
d) Significado
A densidade indica a massa, em gramas, encontrada
num litro ou mililitro de solução. Exemplos:
- Uma solução de densidade 1 g/mL possui massa de 1
g por mL de solução, ou seja, 1 mL de solução
apresenta massa igual a 1 g.
- Uma solução de densidade 980 g/L possui massa 980
g por 1 L de solução, ou seja, 1 L de solução apresenta
massa igual a 980 g.
Relações entre as unidades de concentração
a) Relação entre concentração e título

Dividindo a concentração pelo título, temos:

Simplificando a massa, tem-se:

A densidade de uma solução é igual à massa da solução


dividida pelo volume.

Numa solução, no entanto, a massa solução é igual à


soma da massa de soluto e do solvente, assim, pode-se
escrever:
Logo:

Para obtermos a concentração em g/L, devemos


multiplicar a expressão obtida por 1000 (mil) porque a
densidade é expressa em g/mL. Com isso, a relação
entre a concentração e o título fica:

C = 1000. d. T

b) Concentração e molaridade

e
Dividindo a concentração pela molaridade temos:

Simplificando a massa e o volume, tem-se:

Diluição de Soluções
Diluir uma solução significa diminuir a sua
concentração. O procedimento mais simples,
geralmente aplicado, para diluir uma solução, é a adição
de solvente à solução.
Na diluição de soluções a massa de soluto, inicial e
final, é a mesma, somente o volume é maior, logo, a
concentração da solução será menor. Como a massa de
soluto permanece inalterada durante a diluição, pode-se
escrever:

C1. V1 = C2. V2
Aplicando um raciocínio semelhante para a molaridade,
obtém-se a expressão:
M1. V1 = M2. V2
Através das expressões obtidas para a diluição de
soluções, pode-se observar que a concentração de uma
solução é inversamente proporcional ao volume.
Mistura de soluções
Na mistura de soluções a massa total do soluto e o
volume da solução final, é igual à soma das massas dos
solutos e dos volumes das soluções que foram
misturadas.

Solução 1 Solução 2 Solução 3


m1 = massa m2 = massa
de soluto de soluto
mr = m1 + m2
M1 = M2 =
Mr = ?
molaridade molaridade
Cr = ?
C1 = C2 =
concentração concentração
Para a mistura de soluções tem-se:
Como mr = m1 + m2 e Vr = V1 + V2, pode escrever-se

que .

Titulação
Titulação é uma operação de laboratório através da
qual se determina a concentração de uma solução A
medindo-se o volume de uma solução B de
concentração conhecida, que reage completamente com
um volume conhecido da solução A.
Soluções do nosso cotidiano
Solução de ácido sulfúrico: Fórmula: H2SO4(aq)
Utilidade: bateria de automóveis
Álcool hidratado: Fórmula: C2H5OH Utilidade:
bebidas, combustível, limpeza do lar, etc.
Formol: Fórmula: HCHO - 40% Utilidade:
conservação de cadáveres
Vinagre (ácido acético) Fórmula: CH3COOH - 4%
Utilidade: tempero de alimentos, conservante
Salmoura: Fórmula: NaCl(aq) Utilidade:
conservação, tempero de alimentos.

CONCENTRAÇÃO PERCENTUAL (%)


A percentagem (partes por cem) de uma substância
em uma solução freqüentemente exprime-se como
porcentagem em peso, que se define como

Percentagem em peso (p/p) =


peso soluto
x 100 %
peso solução

Note o uso de p/p para denotar que a razão nesta


unidade de concentração é peso/peso. Uma solução 40
% (p/p) de etanol em água contém 40 g de etanol em
100 g (NÃO mL) de solução, e se prepara misturando
40 g de etanol com 60 g de água.
Outras unidades comuns são: volume por cento (%
v/v) e peso-volume (% p/v) por cento
volume soluto
Percentagem em volume (v/v) = volume solução
x 100 %

Percentagem peso-volume (p/v) =


peso soluto, g
x 100 %
volume solução, mL
As unidades p ou v, então, sempre devem ser
especificadas. Quando não se especifica, assume-se que
a unidade é p/p.
Percentagem em peso e em volume são
valores relativos e, como tal, NÃO dependem das
unidades de peso ou volume utilizadas, sempre
que ambos, numerador e denominador, tenham
as mesmas unidades.
PARTES POR MILHÃO E CORRELATOS

Porcentagem rara vez é usada para exprimir


concentrações muito pequenas devido,
presumivelmente, à inconveniência de usar zeros ou
potencias de 10 para rastrear a vírgula decimal. Para
evitar este inconveniente os químicos com freqüência
mudam o multiplicador à razão do peso ou volume.
Aceitando que % (p/p) pode ser chamado de
PARTES POR CEM, a definição óbvia de PARTES
POR MILHÃO (ppm) é

peso soluto
ppm = peso amostra
x 10 6

Observar que as unidades de peso no numerador e


denominador devem concordar.
Para concentrações ainda menores que ppm, usa-se
ppb, partes por bilhão ou ppt, partes por trilhão. O
que muda é o multiplicador da razão entre os pesos:

peso soluto
ppb = peso amostra
x 10 9

peso soluto
ppt = peso amostra
x 10 12

Quando a concentração do soluto é da ordem de


uns poucos ppm ou menor, a solução praticamente é
puro solvente e terá uma densidade essencialmente
igual àquela do solvente. Se o solvente é água, sua
densidade 1,00 g solução/mL solução. Isto significa que
1 L de solução pesará 1,0 kg ou 1000 g. Então
peso soluto (mg)
ppm = volume solução (L)

Por exemplo, uma solução a 25 ppm contém 25 mg de


soluto em 1 L de solução.

DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES
Com freqüência é necessário preparar uma solução
diluída de um reagente a partir de uma solução mais
concentrada. Uma equação muito útil para calcular o
volume de reagente concentrado é
M1 x V1 = M2 x V2
Devido a que M x V = (moles/L)(L) = MOLES
esta equação simplesmente estabelece que os moles de
soluto em ambas soluções é igual. A diluição acontece
porque o volume muda.
Dito de outra forma, o número de moles de soluto
não muda quando diluímos, não importando o volume
final da diluição. Em geral podemos escrever a equação
anterior

C1 x V 1 = C 2 x V 2 = C 3 x V 3 = + C n x Vn
= CONSTANTE

Também, para se obter a quantidade de soluto a


partir de um volume dado de solução
C x V vai nos dar o número de moles,
equivalentes, g, mg, etc contidos em V litros de
solução, dependendo das unidades da concentração C.

FUNÇÕES p
Cientistas expressam freqüentemente a concentração
duma espécie em termos de sua função-p, ou valor-p. O
valor-p é o logaritmo negativo (base 10) da concentração
molar duma espécie. Então, para a espécie X,

pX = - log [X]

Como veremos, funções-p oferecem a vantagem de


concentrações que variam numa faixa de até 10 ordens
de magnitude serem expressas em termos de pequenos
números positivos.

EXEMPLOS
Ex 1. Como prepararia 0,150 L de uma solução
0,500 M de NaOH, a partir de NaOH sólido e
água.

1. Calcularemos o número de moles de NaOH


requeridos.:
Nº mol NaOH necessários = 0,150 L x
0,500 mol NaOH
1L

= 0,0750 mol NaOH

Massa de NaOH requerida = 0,075 mol x


40,0 g
3,00 g
1 mol

R: você deveria pesar 3,00 g de NaOH e


dissolver em suficiente água para fazer 150 mL (0,150
L) de solução.

Ex. 2. O HCl comercial está rotulado 37,0 %,


o que implica porcentagem em peso. Sua
densidade, também chamada de gravidade
específica, é 1,18 g mL-1.
1. Achar a molaridade do HCl;
2. A massa de solução que contém 0,100
mol de HCl; e
3. O volume de solução que contém 0,100
mol de HCl.
1. Uma solução a 37 % contém 37,0 g de HCl
em 100 g de solução. A massa de 1 L de
solução é

g
(1 000 mL) 1,18 x
mL
= 1 180 g

A massa de HCl em 1180 g de solução é:

g HCl
0,370
g solução
(1180 g solução) = 437 g HCl

Dado que o peso molecular do HCl é 36,461, a


molaridade do HCl é

437 g L-1
-1
12,0 mol L-1 12,0 M
36,461 g mol

2. Visto que 0,100 mol de HCl é igual a 3,65 g, a


massa de solução que contém 0,100 mol é
3,65 g HCl
9,85 g solução
0,370 g HCl/g solução

3. O volume de solução contendo 0,100 mol de HCl é

9,85 g solução
8,35 mL
1,18 g solução/mL

Ex 3. Uma amostra de água de mar cuja d = 1,02 g


mL-1 contém 17,8 ppm de NO3-. Calcule a
molaridade de nitrato na água.

Molaridade é mol L-1 e 17,8 ppm significa que a


água contém 17,8 g de NO3- por grama de solução. 1L
de solução pesa

Massa solução = V (mL) x d (g mL-1) = 1000 x

1,02 = 1020 g
Então, 1 L de solução contém
- 17,8 x 10-6 g NO 3-
g de NO3 = g solução
x 1 020 g solução 0,0182 g

NO3-
A molaridade é
mol NO 3- 0,0182 g NO 3- / (62,065 g NO 3- / mol)
2,93 x 10- 4 M
L solução 1 L solução

Ex. 4. Qual a normalidade (concentração normal) de


uma solução que contém 21,56 g de H2SO4 dissolvido
em 200 cm3 solução?
Dados: H = 1; S = 32; O = 16
mol1 = 98 g => E = 98 g / 2 = 49 g => m1 =
21,56 g => V = 200 cm3 = 0,2 l
N = m1 / E . V => N = 21,56 g / 49 g . 0,2 l
=> N = 2,2 normal (2,2 N)

EQUIVALENTE-GRAMA (E)
Equivalente-grama (E) de um elemento químico é a
relação entre átomo-grama (A) e sua valência (v), no
composto considerado. Exemplos: Para o sódio -
Na E = A / v = 23g / 1 = 23g
Para o bário - Ba E = A / v = 137g /
2 = 68,5g
Para o alumínio - Al E = A / v = 27g /
3 = 9g
Para o oxigênio - O E = A / v = 16 g
/ 2 = 8g
Equivalente-grama (E) de um ácido é a relação entre a
molécula-grama ou mol (mol1) do ácido e o número de
hidrogênios ácidos ou ionizáveis (x). Exemplos: Para
o ácido nítrico - HNO3 E = mol1 / x = 63g /
1 = 63g ( 1 hidrogênio ácido)
Para o ácido sulfúrico - H2SO4 E=
mol1 / x = 98g / 2 = 49g ( 2 hidrogênios ácidos)
Para o ácido fosfórico - H3PO4 E=
mol1 / x = 98g / 3 = 32,67g ( 3 hidrogênios ácidos)
Para o ácido fosforoso - H3PO3 E=
mol1 / x = 82g / 2 = 41g ( 2 hidrogênios ácidos)
Para o ácido hipofosforoso - H3PO2 E=
mol1 / x = 66g / 1 = 66g ( 1 hidrogênio ácido)
Equivalente-grama (E) de uma base é a relação entre a
molécula-grama ou mol (mol1) da base e o número de
hidroxilas (x). Exemplos: Para o hidróxido de sódio -
NaOH E = mol1 / x = 40g / 1 = 40g
Para o hidróxido de cálcio - Ca(OH)2 E
= mol1 / x = 74g / 2 = 37g
Para o hidróxido de alumínio - Al(OH)3 E
= mol1 / x = 78g / 3 = 26g
Equivalente-grama (E) de um sal é a realção entre a
molécula-grama ou mol (mol1) do sal e valência total
do cátion ou ânion (x). Exemplos: Para o cloreto de
sódio - NaCl E = mol1 / x
= 58,5g / 1 = 58,5g
Para o sulfeto de cálcio -
CaS E = mol1 / x = 72g / 2
= 36g
Para o fluoreto de bário -
BaF2 E = mol1 / x = 175g /
2 = 87,5g
Para o sulfato de alumínio -
Al2(SO4)3 E = c 342g / 6 = 57g
Para o sulfato de cobre II pentahidratado -
CuSO4 . 5 H2O E = mol1 / x = 249,5g / 2 = 124,75g
Equivalente-grama (E) de um oxidante ou redutor é a
relação entre a molécula-grama ou mol (mol1) da
substância e o número total de elétrons cedidos ou
recebidos (x) pela molécula.
Exemplos: Qual o equivalente-grama do
permanganato de potássio (KMnO4) quando atua como
oxidante em meio ácido ?
A equação iônica da reação, é:
2MnO4- + 6H++ <==> 2Mn++ +
3H2O + 5[O]
Quando o KMnO4 atua como oxidante em meio ácido o
Mn de nox +7 ao receber 5 elétrons passa para Mn de
nox +2. Como a molécula do KMnO4 contém apenas 1
átomo de Mn, seu equivalente-grama será a molécula-
grama dividida por 5.
E = mol1 / x = 158g /5 = 31,5g
Qual o equivalente-grama do permanganato de potássio
(KMnO4) quando atua como oxidante em meio alcalino
?
A equação iônica da reação, é:
2MnO4- + 2(OH)- <==> 2MnO3- - +
H2O + 3[O]
Quando o KMnO4 atua como oxidante em meio básico
o Mn de nox +7 ao receber 3 elétrons passa para Mn de
nox +4 (MnO3- -). Como a molécula do KMnO4 contém
apenas 1 átomo de Mn, seu equivalente-grama será a
molécula-grama dividida por 3
E = mol1 / x = 158g /3 = 52,67g

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