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ILUSTRÍSSIMOS SENHORES GERENTES DO SETOR DE PERDAS COMERCIAIS


E RECUPERAÇÃO DE ENERGIA DA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO
AMAPÁ.

Assunto: TOI XXXXX de 20/02/2018 – CÓD. UNID. XXXX – ROTEIRO XXXXX –


XXXXX, XXXX, XXXX – XXXX/XX – CEP XXXX-XX.

Eu, XXXXXX, brasileiro, casado, com inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do


Ministério da Fazenda sob nº XXXXXXX, e pelo Registro Geral da Secretaria Pública
do Amapá sob nº XXXXXX, com residência e domicilio na unidade em testilha, com o
devido respeito e acatamento, venho perante esta Gerência MANIFESTAR em face de
acusação e cobrança, amparado no art. 192 da REN 414/2010-ANEEL, o que faço
amparado nos seguintes fatos e argumentos:
Dia XXXXXX, por telefonema, minha mulher me comunicou que uma equipe desta
distribuidora estava a inspecionar a entrada de energia de minha residência, e que
precisava ter acesso ao interior de casa, e que por estar sozinho entendeu por me avisar
por segurança, a que informei que verificasse primeiramente, se era mesmo
colaboradores da XXXXX, e se confirmado, que franqueasse o acesso para a vistoria na
residência. Ao chegar do trabalho, minha esposa me entregou um formulário TOI com a
informação de que havia um desvio na entrada da energia, desvio este que
desconhecíamos até o instante da inspeção, e que por conta do fato seria encaminhado
posteriormente correspondência com o resultado.
Em XXXX quando da entrega da fatura de energia do mês, percebi no campo
“MENSAGENS IMPORTANTES/REAVISO DE VENCIMENTOS” a aposição de R$
XXXXXXXX referente ao mês de XXXXX, e que estaria a unidade sujeita a corte.
Após a constatação fui à agencia XXX reclamar, no que fui informado que era de
diferença de consumo irregular, e que poderia reclamar no que me foi entregue,
meramente, um formulário “HISTÓRICO DE MEDIÇÃO”, sem outras informações
compreensíveis do fato, do cálculo que originou aquele valor, ou a correspondência com
o resultado informado na inspeção
Antes, porém, é oportuno declarar que reconheço a importância dos serviços prestados
por esta Companhia Eletricidade do Amapá - CEA, sobretudo, da responsabilidade que
tenho sobre a guarda e proteção dos equipamentos instalados e que garantem o uso da
energia elétrica fornecida, e das frequentes inspeções nas entradas de energia, cujo fito é
evitar o furto praticado por um sem número de meio fraudulento, com aporte de
campanhas específicas amplamente divulgadas por esta CEA contra o furto de energia
elétrica, tipificado no ordenamento com pena de reclusão em sede de condenação, além
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de devolução do que foi subtraído. Isto sem falar ainda no opróbrio público da família
de quem é acusado, a desestimular a prática criminosa.
A verdade é que desconhecia a existência do desvio, e mesmo a não ser afastado aqui a
autoria, bom que fique claro que não realizei ou permiti qualquer ato contrário à
medição, sobretudo, a tal derivação encontrada conforme pontuado no TOI.
Mas fato é que havia um desvio na entrada e que foi ele verificado pelos inspetores em
companhia de minha mulher no interior do imóvel, que aquele desvio alimentava
exclusivamente, os dois ares condicionados de 7.500 BTU’S, que ficaram desligados
logo após a retirada do desvio, mas instalados na rede no final daquele dia por eletricista
de confiança.
Portanto, não há contestar o encontro do desvio, assim como, não há contestar a carga
dos dois ares condicionados de 7.500 BTU’S ligados no tal circuito encontrado, e que
foram identificados por quem fez a vistoria interna na unidade, juntamente com a minha
mulher que a tudo acompanhou, e que testemunhou que os demais circuitos estavam
ligados normais.
A carga elétrica é pequena, e até o início de julho de 2017 era constituída de uma
geladeira, uma TV Led, um liquidificador, um ferro elétrico, 6 lâmpadas eletrônicas, 8
tomadas usuais e uma ducha de uso apenas de quatro pessoas sendo dois adultos, uma
criança menor impúbere e um adolescente, mas que após deste mês foram instalados
dois aparelhos de ares condicionados de 7.500 BTU’S usados, que comprei de um
senhor que estava a vender todos os seus aparelhos e mobília dado seu retorno à cidade
de São Paulo/SP, conforme a anexa cópia do recibo da compra, emitida pelo vendedor.
E quando da entrega no dia da compra, aquele senhor se propôs a ele mesmo instalar os
aparelhos na minha casa, inclusive com seu próprio material, e como estava no trabalho
não pude acompanhar a instalação, mas que foi acompanhada pela minha mulher e meus
filhos, no que ao chegar a noite verifiquei o funcionamento dos aparelhos, e como sou
destituído de conhecimentos técnicos de eletricidade, entendi pela normalidade das
ligações, sem me ater de que se tratava de ligação direta feita pelo rapaz, acredito pela
praticidade e rapidez, ao que lhe importava, meramente, apresentar o funcionamento
normal dos aparelhos vendido no estado.
E vai daí que passamos a utilizá-los de maneira consciente, mesmo porque tinha ciência
de que o consumo de energia aumentaria, no que utilizávamos com cautela porque
entendíamos que a ligação era normal, muito embora seja eu destituído de
conhecimento técnico, para entender melhor busquei informações na rede mundial de
computadores, sobretudo, no site da ANEEL, sobre esta situação, onde pude conhecer
os critérios editados na REN 414/2010-ANEEL, máxime o contido no art. 130 que
determina:
“Art. 130. Comprovado o procedimento irregular, para proceder
à recuperação da receita, a distribuidora deve apurar as
diferenças entre os valores efetivamente faturados e aqueles
apurados por meio de um dos critérios descritos nos incisos a
seguir, aplicáveis de forma sucessiva, sem prejuízo do disposto
nos arts. 131 e 170:
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I – utilização do consumo apurado por medição fiscalizadora,


proporcionalizado em 30 dias, desde que utilizada para
caracterização da irregularidade, segundo a alínea “a” do inciso
V do § 1º do art. 129;
II – aplicação do fator de correção obtido por meio de aferição
do erro de medição causado pelo emprego de procedimentos
irregulares, desde que os selos e lacres, a tampa e a base do
medidor estejam intactos;
III – utilização da média dos 3 (três) maiores valores disponíveis
de consumo de energia elétrica, proporcionalizados em 30 dias,
e de demanda de potências ativas e reativas excedentes,
ocorridos em até 12 (doze) ciclos completos de medição regular,
imediatamente anteriores ao início da irregularidade;
IV – determinação dos consumos de energia elétrica e das
demandas de potências ativas e reativas excedentes, por meio da
carga desviada, quando identificada, ou por meio da carga
instalada, verificada no momento da constatação da
irregularidade, aplicando-se para a classe residencial o tempo
médio e a frequência de utilização de cada carga; e, para as
demais classes, os fatores de carga e de demanda, obtidos a
partir de outras unidades consumidoras com atividades
similares; ou
V – utilização dos valores máximos de consumo de energia
elétrica, proporcionalizado em 30 (trinta) dias, e das demandas
de potência ativa e reativa excedentes, dentre os ocorridos nos 3
(três) ciclos imediatamente posteriores à regularização da
medição.
Parágrafo único. Se o histórico de consumo ou demanda de
potência ativa da unidade consumidora variar, a cada 12 (doze)
ciclos completos de faturamento, em valor igual ou inferior a
40% (quarenta por cento) para a relação entre a soma dos 4
(quatro) menores e a soma dos 4 (quatro) maiores consumos de
energia elétrica ativa, nos 36 (trinta e seis) ciclos completos de
faturamento anteriores à data do início da irregularidade, a
utilização dos critérios de apuração para recuperação da receita
deve levar em consideração tal condição.”
Como se pode ver, a ANEEL editou regra para os casos de cobrança por irregularidade,
no que tomou o cuidado para preservar o direito ao contraditório e ampla defesa, o que
não foi observado pela CEA, que desrespeitou o encaminhamento das informações
sobre o caso, e ainda apresentou fatura sem que fosse observado o que determina o art.
133 da REN 414/2010-ANEEL onde:
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“Art. 133. Nos casos em que houver diferença a cobrar ou a


devolver, a distribuidora deve informar ao consumidor, por
escrito, a respeito dos seguintes elementos:
I – ocorrência constatada;
II – memória descritiva dos cálculos do valor apurado referente
às diferenças de consumos de energia elétrica e de demandas de
potências ativas e reativas excedentes, consoante os critérios
fixados nesta Resolução;
III – elementos de apuração da ocorrência, incluindo as
informações da medição fiscalizadora, quando for o caso;
IV – critérios adotados na compensação do faturamento;
V – direito de reclamação previsto nos §§ 1º e 3º deste artigo; e
VI – tarifa(s) utilizada(s).
§ 1º Caso haja discordância em relação à cobrança ou devolução
dos respectivos valores, o consumidor pode apresentar
reclamação, por escrito, à distribuidora, a ser realizada em até 30
(trinta) dias da notificação.
§ 2º Na hipótese do § 1º, a distribuidora deve comunicar, por
escrito, no prazo de 15 (quinze) dias, o resultado da reclamação
ao consumidor, incluindo, em caso de indeferimento,
informação sobre o direito do consumidor em formular
reclamação à ouvidoria da distribuidora com o respectivo
telefone, endereço para contato e demais canais de atendimento
disponibilizados, observado o disposto no §1º do art. 200.
§ 3º Nos casos de diferenças a pagar, o vencimento da fatura
com as diferenças, independente da data de sua
apresentação, deve ocorrer após o término do prazo previsto
no § 1º nos casos onde o consumidor não apresente sua
reclamação, ou somente após a efetiva comunicação da
distribuidora, nos casos do § 2º, considerados
adicionalmente os prazos mínimos estabelecidos no art. 124.
§ 4º Na hipótese de o montante cobrado a maior não ter sido
pago, a distribuidora deve cancelar a cobrança do referido valor
e providenciar o reenvio da fatura com os valores devidamente
ajustados.
§5º O prazo máximo para apuração dos valores, informação e
apresentação da fatura ao consumidor nos casos de
procedimentos irregulares ou deficiência de medição é de 36
(trinta e seis)” Grifei e destaquei.
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Na contra mão do ordenamento esta CEA entendeu por embutir valor como cobrança,
em fatura do mês 08/2018, sem que fosse entregue, e que somente foi percebido na
fatura do mês de 11/2018, em prejuízo à minha defesa, mesmo a ser eu hipossuficiente
técnico, e em proveito a isto empreendeu seus meios próprios, em detrimento ao que
ordena a ANEEL segundo suas formas sucessivas, a deixar em suspeição o cálculo que
ensejou a cobrança de R$ 3.214,15 com vencimento programado, em despeito à
apresentação, somente após o resultado da ouvidoria desta distribuidora, conforme
regramento acima.
Penso que o período considerado, dado a falta de esclarecimento por esta CEA é desde o
início da minha ocupação, o que é irreal, no que ensejara enriquecimento sem a causa
justa desta empresa, pela cobrança de um serviço de fornecimento de energia não
prestado, exceto ao período da instalação dos dois aparelhos de ares-condicionados no
mês de 07/2017 e que foi até o dia da inspeção.
Sem falar que no período em que passei a responder pela unidade não há registro de
consumo de energia elétrica próximo ao montante registrado após a inspeção, em razão
do uso dos ares condicionados, e que por serem comprados de segunda mão ambos
acabaram danificados após descarga elétrica, e só não foram retirados por falta de tempo
deste signatário.
Por fim senhores, é que declarado estes fatos com fulcro da mais inteira verdade, porque
sou probo, trabalhador e cumpridor das leis, e reconheço o meu dever de reembolsar o
que não foi registrado, mas dentro da normalidade e com o equilíbrio.
Assim é que requeiro:
a) A continuação do fornecimento de energia na minha unidade, vez que é a
energia elétrica produto sem sucedâneo, e que a suspensão poderá provocar
prejuízo de difícil ou incerta reparação;

b) Seja suspenso até o final entendimento desta empresa, a fatura apresentada no


valor de R$ 3.214,15, pela sua iliquidez e incerteza;

c) Seja revisado o montante dentro do período de 02/07/2017 até o dia da inspeção,


período em que efetivamente foram utilizados os dois ares condicionados de
7.500 BTU’S, conforme a prova documental juntada, a que declaro como
verdadeira sob todas as formalidades legais;

d) Seja ainda apresentado a comunicação conforme determina o art. 133 acima


elencada, documentos estes indispensáveis à compreensão do cálculo até aqui
não apresentado em prejuízo à defesa.
E por acreditar na lisura, seriedade e imparcialidade desta CEA fico no aguardo de uma
resposta a qual espero promissora.
Nestes termos peço, e aguardo deferimento.
XXXX, XXX de dezembro de 2018.
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