Sie sind auf Seite 1von 120

Aula 05

Direito Processual Penal p/ TRF 2ª Região (Analista Judiciário - Área Judiciária) - com
videoaulas

Professor: Renan Araujo


!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
!
AULA 05: ATOS E PRAZOS PROCESSUAIS (FORMA,
TEMPO, LUGAR E NULIDADES). DAS CITAÇÕES E
INTIMAÇÕES. ATOS JURISDICIONAIS. SENTENÇA
PENAL (MODALIDADES, EFEITOS, ETC.). QUESTÕES E
PROCESSOS INCIDENTES.

SUMÁRIO !
1. ATOS PROCESSUAIS .................................................................................... 3
1.1. Introdução ............................................................................................... 3
1.2. Forma dos atos processuais. Nulidades .................................................... 3
1.3. Tempo dos atos processuais e prazos processuais ................................... 7
1.4. Lugar dos atos processuais ...................................................................... 9
2. COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS .................................................. 10
2.1. Citações ................................................................................................. 10
2.1.1. Conceito................................................................................................ 10
2.1.2. Citação pessoal ...................................................................................... 10
2.1.3. Modalidades especiais de citação pessoal ................................................... 12
2.1.4. Citação do acusado no estrangeiro ............................................................ 13
2.1.5. Citações em embaixadas e consulados ...................................................... 13
2.1.6. Citação ficta: por hora certa e por edital .................................................... 13
2.2. Intimações ............................................................................................. 17
2.3. Notificações ........................................................................................... 19
3. ATOS JURISDICIONAIS NO PROCESSO PENAL ........................................... 19
4. SENTENÇA ................................................................................................. 20
4.1. Requisitos formais ................................................................................. 20
4.2. Sentença penal absolutória .................................................................... 23
4.2.1. Efeitos da Sentença Penal Absolutória ....................................................... 24
97653401252

4.3. Sentença penal condenatória ................................................................. 25


4.3.1. Efeitos da sentença penal condenatória ..................................................... 26
4.4. Princípio da correlação e princípio da consubstanciação ........................ 29
4.4.1. Emendatio libelli ..................................................................................... 29
4.4.2. Mutatio libelli ......................................................................................... 30
4.5. Publicação e intimação da sentença ....................................................... 32
5. QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES ...................................................... 34
5.1. Exceções ................................................................................................ 34
5.1.1. Exceção de suspeição ............................................................................. 35
5.1.2. Exceção de Incompetência ....................................................................... 36

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
5.1.3. Exceções de litispendência e coisa julgada ................................................. 36!
5.1.4. Exceção de ilegitimidade da parte ............................................................. 37
5.2. Questões prejudiciais ............................................................................. 38
5.3. Conflito de jurisdição ............................................................................. 40
5.4. Restituição de coisas apreendidas .......................................................... 40
5.5. Medidas assecuratórias .......................................................................... 42
5.6. Incidente de falsidade documental......................................................... 45
5.7. Incidente de insanidade mental ............................................................. 45
6. RESUMO .................................................................................................... 47
7. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 58
8. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 79
9. GABARITO ............................................................................................... 118

!
Olá, meu povo!

Estudando muito?

Hoje vamos estudar os atos e prazos processuais (para podermos


entender as NULIDADES), bem como as formas de comunicação dos
atos processuais (Citações e Intimações).

Veremos, ainda, a sentença penal e as questões e processos


incidentes.

Bons estudos!
Prof. Renan Araujo

97653401252

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!3!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
1.! ATOS PROCESSUAIS !

1.1.! Introdução
Sabemos que o processo não é estático, ou seja, é dinâmico, de forma
que é necessário que haja algum meio através do qual as partes e o Juiz
impulsionem o processo. Isso se dá através da prática de ATOS
PROCESSUAIS.
Os atos processuais podem ser:

5678
9:7;<88=5>8

5678!?58!
5678!?7!≅=>Α
95:6<8

Os segundos (atos do Juiz) são chamados, ainda, de ATOS


JURISDICIONAIS, pois através dos atos do Juiz o Estado exerce a
Jurisdição.

1.2.! Forma dos atos processuais. Nulidades


Os atos processuais, em regra, não possuem forma definida. No
entanto, quando a lei expressamente determinar a prática do ato
processual mediante uma determinada forma, ela deve ser cumprida, sob
pena de nulidade.
Uma forma que está expressamente prevista no CPP para TODOS os
atos processuais é a PUBLICIDADE. Todos os atos processuais devem ser
públicos, nos termos do art. 792 do CPP:
97653401252

Art. 792. As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra,


públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos
escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em dia e
hora certos, ou previamente designados.
§ 1o Se da publicidade da audiência, da sessão ou do ato processual, puder
resultar escândalo, inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem, o
juiz, ou o tribunal, câmara, ou turma, poderá, de ofício ou a requerimento da
parte ou do Ministério Público, determinar que o ato seja realizado a portas
fechadas, limitando o número de pessoas que possam estar presentes.

Percebam que essa publicidade pode ser restringida, em alguns casos,


conforme preconiza o §1° do art. 792. Esse dispositivo, embora anterior à
CRFB/88, instrumentaliza o disposto no art. 93, IX da nossa Carta Maior:

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!4!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e!
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar
a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou
somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Outro requisito para a realização de determinados atos é o


recolhimento das custas (valores pagos ao Judiciário em razão da
prestação do serviço Jurisdicional). Porém, caso o acusado seja pobre,
estará dispensado do recolhimento das custas. Nos termos do CPP:
Art. 806. Salvo o caso do art. 32, nas ações intentadas mediante queixa,
nenhum ato ou diligência se realizará, sem que seja depositada em cartório a
importância das custas.
§ 1o Igualmente, nenhum ato requerido no interesse da defesa será realizado,
sem o prévio pagamento das custas, salvo se o acusado for pobre.
§ 2o A falta do pagamento das custas, nos prazos fixados em lei, ou marcados
pelo juiz, importará renúncia à diligência requerida ou deserção do recurso
interposto.
§ 3o A falta de qualquer prova ou diligência que deixe de realizar-se em virtude
do não-pagamento de custas não implicará a nulidade do processo, se a prova
de pobreza do acusado só posteriormente foi feita.

O CPP prevê, ainda, diversas outras regrinhas de menor importância.1


Porém, em alguns casos, mesmo diante do descumprimento da forma
estabelecida em lei, alguns atos processuais podem não ter sua nulidade
decretada. Isso ocorrerá quando, mesmo diante da inobservância da forma,
o ato atingir sua finalidade sem causar prejuízo às partes. Trata-se
do princípio do “prejuízo”, ou do “pas de nullité sans grief” (Não há
nulidade sem prejuízo).2
Vejamos:
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo
para a acusação ou para a defesa.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 97653401252

1
Art. 793. Nas audiências e nas sessões, os advogados, as partes, os escrivães e os espectadores
poderão estar sentados. Todos, porém, se levantarão quando se dirigirem aos juízes ou quando
estes se levantarem para qualquer ato do processo.
Parágrafo único. Nos atos da instrução criminal, perante os juízes singulares, os advogados poderão
requerer sentados.
Art. 794. A polícia das audiências e das sessões compete aos respectivos juízes ou ao presidente do
tribunal, câmara, ou turma, que poderão determinar o que for conveniente à manutenção da ordem.
Para tal fim, requisitarão força pública, que ficará exclusivamente à sua disposição.
Art. 795. Os espectadores das audiências ou das sessões não poderão manifestar-se.
Parágrafo único. O juiz ou o presidente fará retirar da sala os desobedientes, que, em caso de
resistência, serão presos e autuados.
Art. 796. Os atos de instrução ou julgamento prosseguirão com a assistência do defensor, se o réu
se portar inconvenientemente.
2
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 12.º edição. Ed. Forense.
Rio de Janeiro, 2015, p. 769

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Β!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
!
Assim, percebam que não basta que o ato tenha sido praticado com
inobservância da forma prescrita em lei para que seja declarado nulo. É
necessário que dessa inobservância de forma tenha derivado algum
prejuízo às partes.3 Desta forma, busca-se conservar o ato que alcançou sua
finalidade sem causar prejuízo (princípio da conservação).
Mas tem ainda um outro requisito: a própria parte que deu causa à
nulidade não pode invocá-la, ainda que lhe tenha causado prejuízo4. Trata-
se do princípio do “venire contra factum proprium”:
Art. 565. Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa,
ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só
à parte contrária interesse.

A nulidade por inobservância da forma pode ocorrer nos seguintes


casos:
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
(...)
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções
penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o
disposto no Art. 167;
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e
de curador ao menor de 21 anos;
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele
intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de
ação pública;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando
presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa;
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol
de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri;
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri,
quando a lei não permitir o julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos
97653401252

termos estabelecidos pela lei;


i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri;
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua
incomunicabilidade;
k) os quesitos e as respectivas respostas;
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;
m) a sentença;
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
3
Tal previsão consagra o princípio da INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS.
4
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 770

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Χ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças!
e despachos de que caiba recurso;
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal
para o julgamento;
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do
ato.
Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos
quesitos ou das suas respostas, e contradição entre estas. (Incluído
pela Lei nº 263, de 23.2.1948)

A ocorrência de algum destes vícios de forma gera a nulidade do ato.


Contudo, vocês devem lembrar-se sempre da regra: não há nulidade sem
prejuízo.
Entretanto, aí fica a dica: vocês devem marcar como “CORRETA” a
alternativa que citar algum destes incisos como causa de nulidade, mesmo
sem fazer a ressalva de que haja necessidade de prejuízo, pois deve-se
estar atento à LITERALIDADE DA LEI. Só se deve marcar o item como
errado se houver expressa menção à necessidade de prejuízo.
Pode ocorrer, em determinados casos, de mesmo não tendo sido
adotada a forma legal e, mesmo tendo havido prejuízo, a nulidade não ser
declarada. Isso ocorrerá sempre que se tratar de nulidade relativa, e esta
não for arguida no prazo correto. Vejamos:
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e
IV, considerar-se-ão sanadas:
I - se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no
artigo anterior;
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.

Vamos esmiuçar este artigo:


Consideram-se sanadas, caso não arguidas no prazo correto, as
seguintes nulidades:
97653401252

•! A intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação da


intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação
pública (ação penal privada subsidiária da pública);
•! Os prazos concedidos à acusação e à defesa;
•! A intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do
Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia;
•! A intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade,
nos termos estabelecidos pela lei;

Nestes casos, estas nulidades só geraram a anulação do ato se:

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
!! A parte não tiver aceitado, ainda que tacitamente, os seus!
efeitos.
!! O ato, praticado por outra forma, NÃO tiver alcançado sua
finalidade.
!! Tiverem sido arguidas no prazo oportuno.

CUIDADO! Sobre a nulidade decorrente de inobservância da


competência por prevenção, o STF editou o verbete de súmula nº 706,
no sentido de se tratar de nulidade RELATIVA:
Súmula 706
É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por
prevenção.

Caso não tenha sido sanada a nulidade, os atos serão renovados ou


retificados. Por fim, temos o princípio da CAUSALIDADE, segundo o
qual a nulidade de um ato importa, ainda, na nulidade de todos os atos que
dele DIRETAMENTE dependam ou sejam consequência5. O Juiz, ao
declarar a nulidade, deve determinar a quais atos ela se estende:
Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos
anteriores, serão renovados ou retificados.
§ 1o A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele
diretamente dependam ou sejam conseqüência.
§ 2o O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.

1.3.! Tempo dos atos processuais e prazos processuais


Os atos processuais se praticam, em regra, EM QUALQUER DIA,
segundo o CPP. Entretanto, as sessões de JULGAMENTO somente
podem ocorrer em dias úteis (não podem ser marcadas para domingo
ou feriado). Porém, caso tenham se iniciado em dia útil, e não tenham
terminado, prosseguirão mesmo que adentrem em dias não-úteis (isso é
muito comum em julgamentos do Júri, que às vezes duram 03, 04 dias).
97653401252

Vejamos:
Art. 797. Excetuadas as sessões de julgamento, que não serão marcadas para
domingo ou dia feriado, os demais atos do processo poderão ser praticados em
período de férias, em domingos e dias feriados. Todavia, os julgamentos
iniciados em dia útil não se interromperão pela superveniência de feriado ou
domingo.
Os prazos processuais são contínuos (ou seja, se contam diretamente,
sem diferenciação entre dias úteis e não-úteis), e não se interrompem em
férias, domingos e feriados:
Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e
peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
5
Trata-se, aqui, do que se chama de NULIDADE DERIVADA. NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit.,
p. 771

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Ε!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
A referência às “férias” se faz em relação às antigas férias coletivas,!
hoje abolidas. Atualmente há o recesso forense, mas, na prática, todos os
prazos são SUSPENSOS neste período.
ATENÇÃO! Essa é a parte mais importante deste tema! A contagem
dos prazos processuais penais se dá EXCLUINDO-SE O DIA DO COMEÇO
E INCLUINDO-SE O DIA DO VENCIMENTO. Vejamos:
Art. 798 (...)
§ 1o Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do
vencimento.

EXEMPLO: Se José recebeu citação para apresentar resposta à acusação


em 10.01.12, uma quarta-feira. Seu prazo começará a correr no dia
11.01.12, no dia seguinte ao da realização do ato (excluiu-se o dia do
começo).
Porém, se o dia 10.01.12 fosse uma sexta-feira, o prazo só começaria a
correr na segunda-feira, dia 13.01.12, pois embora os prazos não se
INTERROMPAM em domingos e feriados, eles NÃO SE INICIAM
NESTAS DATAS.

Caso o prazo se encerre em dia que não possua expediente forense,


será prorrogado até o dia útil seguinte:
Art. 798 (...)
§ 3o O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á
prorrogado até o dia útil imediato.

CUIDADO! Isto só ocorre com os chamados PRAZOS PROCESSUAIS.


Os prazos que, embora presentes no CPP, sejam considerados prazos
MATERIAIS (referentes ao próprio Direito Material em si, o que às vezes
é difícil de diferenciar) são computados de maneira diversa, incluindo-se
o dia do começo e excluindo-se o do vencimento.6

Mas quando os prazos começam a correr? A partir do momento


em que a parte tomar ciência da decisão que determina a prática do ato.
97653401252

Esse momento da ciência pode se dar através:


•! De intimação.
•! De audiência na qual a parte seja cientificada do ato.
•! Do dia em que a parte manifestar ciência do ato nos autos.

O Juiz também possui prazo para a prática dos atos processuais que
lhe caibam (embora na prática...). Esses prazos, que começam a correr da
data da conclusão dos autos ao gabinete do Juiz, são:

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
6
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 931

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Φ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Art. 800. Os juízes singulares darão seus despachos e decisões dentro dos!
prazos seguintes, quando outros não estiverem estabelecidos:
I - de dez dias, se a decisão for definitiva, ou interlocutória mista;
II - de cinco dias, se for interlocutória simples;
III - de um dia, se se tratar de despacho de expediente.
§ 1o Os prazos para o juiz contar-se-ão do termo de conclusão.
Entretanto, em qualquer caso, podem os Juízes, declarando motivo
justo, excederem estes prazos, em até o dobro (art. 800, §3° do CPP).
Porém, o descumprimento dos prazos pelo Juiz, diferentemente do que
ocorre com os atos da parte, não acarreta a impossibilidade de sua prática
posteriormente, pois não existe “preclusão pro judicato”. Assim, o ato
poderá (e deverá) ser praticado posteriormente, ainda que depois do prazo.
Caso o Juiz exceda os prazos, poderá ser penalizado pelo Tribunal:
Art. 801. Findos os respectivos prazos, os juízes e os órgãos do Ministério
Público, responsáveis pelo retardamento, perderão tantos dias de vencimentos
quantos forem os excedidos. Na contagem do tempo de serviço, para o efeito
de promoção e aposentadoria, a perda será do dobro dos dias excedidos.

1.4.! Lugar dos atos processuais


Os atos processuais são praticados, em regra, na sede do Juízo:
Art. 792. As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra,
públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos
escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em dia e
hora certos, ou previamente designados.

No entanto, nada impede que sejam realizados em outros locais, a


critério do Juiz:
Art. 792 (...)
§ 2o As audiências, as sessões e os atos processuais, em caso de necessidade,
poderão realizar-se na residência do juiz, ou em outra casa por ele
especialmente designada.
É muito comum, por exemplo, a oitiva de testemunhas em local
diverso da sede do Juízo, nos casos em que esta possua prerrogativa de
97653401252

ser ouvida no local que indicar. Vejamos:


Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores e
deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e
Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos
Municípios, os deputados às Assembléias Legislativas Estaduais, os membros
do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos
Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão
inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz.
(Redação dada pela Lei nº 3.653, de 4.11.1959)

Também não serão realizados na sede do Juízo os atos que devam ser
praticados em outra comarca, país ou perante o Juiz singular, caso esteja
tramitando o processo no Tribunal.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!2!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! ! !!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Nesse caso será expedida carta para cumprimento do ato,!
podendo se tratar de carta precatória (a ser cumprida em outra comarca),
rogatória (em outro país) ou de ordem (por Juiz subordinado).

2.! COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

2.1.! Citações

2.1.1.! Conceito
A citação é o ato pelo qual se chama o réu para participar do
processo que em face dele foi movido.7 Trata-se da materialização
suprema do princípio do contraditório e da ampla defesa. O processo só
completa sua formação com a efetivação da citação.

2.1.2.! Citação pessoal


A citação pessoal, em regra, se faz mediante MANDADO DE
CITAÇÃO, que é um documento expedido pelo Juiz da causa, dando ciência
ao réu do processo existente contra ele, e abrindo prazo para que se
manifeste. Nos termos do art. 351 do CPP:
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no
território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.

O MANDADO DE CITAÇÃO deverá conter algumas informações


básicas, que são necessárias para que o réu seja perfeitamente cientificado
da natureza do processo contra ele movido, bem como deverá cumprir
algumas formalidades. Nos termos do art. 352 do CPP:
Art. 352. O mandado de citação indicará:
I - o nome do juiz;
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;
97653401252

IV - a residência do réu, se for conhecida;


V - o fim para que é feita a citação;
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer8;
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
7
PACELLI, Eugênio. Curso de processo penal. 16º edição. Ed. Atlas. São Paulo, 2012, p. 601
8
Atualmente, o réu não é mais citado para comparecer à audiência, mas para apresentar resposta
à acusação. Assim, estas informações passaram a ser dispensáveis no procedimento comum.
Existem procedimentos especiais, contudo, que estabelecem o interrogatório do acusado como
primeiro ato da instrução (ex.: Lei de Drogas). Neste caso, em já tendo sido designada audiência
quando da expedição do mandado, devem constar as informações necessárias para viabilizar o
comparecimento do réu.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Γ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! ! !!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Estes são os chamados requisitos INTRÍNSECOS do mandado de!
citação. Há, ainda, os requisitos EXTRÍNSECOS do mandado de citação,
previstos no art. 357 do CPP:
Art. 357. São requisitos da citação por mandado:
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se
mencionarão dia e hora da citação;
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação
ou recusa.

Perceba, caro aluno, que é necessário que o citando (o acusado) resida


em local sob a Jurisdição do Juiz que está julgando a causa. Caso ele resida
em outro lugar, o mandado deverá ser cumprido mediante carta
precatória.9 Vejamos:
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz
processante, será citado mediante precatória.

A Carta precatória também deverá preencher alguns requisitos:


Art. 354. A precatória indicará:
I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;
II - a sede da jurisdição de um e de outro;
III - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações;
IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer.
Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante, independentemente
de traslado, depois de lançado o "cumpra-se" e de feita a citação por mandado
do juiz deprecado.
§ 1o Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro
juiz, a este remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência,
desde que haja tempo para fazer-se a citação.

Vejam que, expedida a precatória, se o Juízo deprecado (o que recebeu


a carta) verificar que o réu não reside na sua localidade, ELE NÃO DEVE
DEVOLVER OS AUTOS AO JUIZ DEPRECANTE (o que enviou a carta),
mas deve REMETER A CARTA PRECATÓRIA AO JUÍZO DO LOCAL 97653401252

ONDE O RÉU RESIDE, desde que haja tempo para se realizar a citação.
Assim:

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
9
PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 602/603

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!11!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
!

:Λ=!:<8>?<!Μ5!
Ν7;5Ν>?5?<!?7!≅=ΟΑ7! 9:7;<?<Π8< Θ!;>65Ιϑ7
?<9:<;5?7

<Η9<?>Ιϑ7!?5!
9:<;56Κ:>5 :<Ω<6< 78!5=678!57!
Υς!6<Ω97!95:5!
≅=ΟΑ7!?7!Ν7;5Ν!<Ω!
:<5Ν>Α5:!5!;>65Ιϑ7
≅=ΟΑ7!?<9:<;5?7! Τ=<!:<8>?<!7!:Λ=
Ρ<:>Σ>;5!Τ=<!7!:Λ=!
Μϑ7!:<8>?<!Μ5!
Ν7;5Ν>?5?< ?<Ρ7ΝΡ< 5!
Μϑ7!Υς!6<Ω97!95:5!
9:<;56Κ:>5!57!≅=ΟΑ7!
:<5Ν>Α5:!5 ;>65Ιϑ7
?<9:<;5Μ6<

Em razão disso, ou seja, em razão do fato de a carta precatória


“acompanhar o citando” onde ele estiver, diz-se que a carta precatória
possui caráter itinerante.
A precatória, no caso de urgência, pode ser expedida por via
telegráfica (Hoje quase não se aplica esta regra). Com o advento da Lei
11.419/06, passou a ser possível a realização da comunicação dos atos
processuais por meio eletrônico.

2.1.3.! Modalidades especiais de citação pessoal


A citação do militar deve ser feita por intermédio do respectivo
chefe do serviço10, nos termos do art. 358 do CPP. Se se tratar de
funcionário público, será citado pessoalmente, mas o dia e hora
designados para que compareça em Juízo deverão ser comunicados
(mediante notificação) ao seu chefe (art. 359 do CPP). Isso só se aplica,
porém, ao militar e ao funcionário público que estejam em
ATIVIDADE. Se já estão reformados ou aposentados, por exemplo, a
citação seguirá a regra geral.
O réu preso, entretanto, será citado PESSOALMENTE, por força do 97653401252

art. 360 do CPP.

ATENÇÃO! O comparecimento espontâneo do acusado sana eventual


nulidade ou falta da citação, desde que não tenha havido prejuízo para a
defesa, nos termos do art. 570 do CPP e do entendimento consolidado do
STJ.11

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
10
O que significa, na prática, que será feita uma requisição ao superior hierárquico do citando.
PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 608
11
STJ - RHC n. 39.105/SC, Ministro Rogerio Schietti Cruz, DJe 3/6/2014

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!13!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
2.1.4.! Citação do acusado no estrangeiro !
Por fim, caso o acusado esteja no estrangeiro, sabendo-se seu
endereço12, será citado mediante CARTA ROGATÓRIA, suspendendo-se
o curso do prazo prescricional até seu cumprimento, art. 368 do CPP. Uma
vez realizada a citação, o prazo prescricional voltará a fluir.
É importante destacar o que consta no art. 222-A do CPP:
Art. 222-A. As cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada
previamente a sua imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os
custos de envio. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

Este artigo NÃO se aplica à citação. A expedição de carta rogatória


para fins de citação independe de demonstração de imprescindibilidade, ou
seja, não é necessário que se demonstre a necessidade de expedição da
carta rogatória, eis que a citação do acusado é, por si só, prova da
indispensabilidade.
Tal dispositivo só se aplica à expedição de carta rogatória para a oitiva
de testemunhas (neste caso a parte que arrolar a testemunha deverá
comprovar a imprescindibilidade da testemunha e arcar com os custos do
envio).
Por fim, não cabe expedição de carta rogatória no rito dos
Juizados Especiais (rito sumaríssimo, da Lei 9.099/95).13

2.1.5.! Citações em embaixadas e consulados


Tais localidades, também conhecidas como “legações estrangeiras”,
são protegidas por inviolabilidade. Não são consideradas como território
estrangeiro, mas gozam de inviolabilidade, ou seja, não estão submetidas
às mesmas regras de livre trânsito previstas para os demais pontos do
território nacional.
Assim, e se for necessária a citação de alguém que resida em
alguma legação estrangeira? Como fazer? Neste caso, o art. 369 do
CPP expressamente determina que a citação será feita por carta 97653401252

rogatória.

2.1.6.! Citação ficta: por hora certa e por edital


Pode ocorrer, no entanto, de o réu não ser encontrado para ser citado.
Quando o réu é citado pessoalmente, diz-se que há CITAÇÃO REAL. No
entanto, caso ele não seja encontrado, será procedida à sua CITAÇÃO
FICTA. A citação ficta pode ser POR HORA CERTA ou POR EDITAL.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
12
Importante esta ressalva, pois se o acusado está no estrangeiro, mas NÃO SE SABE AO CERTO o
seu endereço, deverá ser citado por edital. PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 609
13
STJ, RHC 10.476-SP

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!14!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! ! !!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
A CITAÇÃO POR HORA CERTA ocorrerá sempre que, a despeito de!
residir no local, o réu estiver “fugindo” do oficial de Justiça, ou seja, se
escondendo para não ser citado e procrastinar o processo, nos termos do
art. 362 do CPP:
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma
estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).

A citação por hora certa segue a regulamentação prevista para a


citação no processo civil.14 Em termos objetivos, assim se desenvolve a
citação por hora certa:
•! Oficial de Justiça comparece por duas vezes no local indicado,
sem encontrar o citando, e verifica que há suspeita de
ocultação
•! Diante disso, intima qualquer pessoa da família ou vizinho de que,
no dia útil SEGUINTE, voltará para realizar a citação, na
hora que designar (em condomínios é possível que esta
intimação seja feita ao porteiro)
•! No dia e hora agendados, o Oficial de Justiça retorna e, se o
citando não estiver no local, dará por realizada a citação (a
menos que haja motivo justificado para a ausência do citando)

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
14
Embora o art. 362 se refira aos arts. 227 a 229, atualmente, com a vigência do NOVO CPC, tal
regulamentação se encontra nos arts. 252 a 254:
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em
seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação,
intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato,
voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida
a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de
correspondência.
97653401252

Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho,
comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência.
§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da
ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção
ou subseção judiciárias.
§ 2o A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver
sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar
a receber o mandado.
§ 3o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família
ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
§ 4o O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador especial
se houver revelia.
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado
ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta,
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Β!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
•! Uma vez dada por realizada a citação, o Oficial de Justiça deixará!
contrafé (cópia da inicial) com a pessoa da família, vizinho,
porteiro, etc.
•! Nos 10 dias seguintes à juntada aos autos do mandado, o
Escrivão (ou Chefe de Secretaria) enviará ao citado carta,
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo
ciência.
Entretanto, pode ocorrer de o réu não estar se escondendo, mas
simplesmente NÃO RESIDIR NO LOCAL, E NÃO SER CONHECIDO SEU
PARADEIRO. Neste caso, será procedida à citação ficta, na modalidade
CITAÇÃO POR EDITAL. Nos termos do art. 361 e 363, §1° do CPP:
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de
15 (quinze) dias.
(...) § 1o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital.
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

O edital de citação é um documento, com informações similares às do


mandado de citação, e é afixado na SEDE DO JUÍZO PROCESSANTE, pelo
período fixado na Lei (no caso, 15 dias). Vejamos:
Art. 365. O edital de citação indicará:
I - o nome do juiz que a determinar;
II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos,
bem como sua residência e profissão, se constarem do processo;
III - o fim para que é feita a citação;
IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer;
V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se
houver, ou da sua afixação.
Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo
e será publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser
certificada pelo oficial que a tiver feito e a publicação provada por exemplar do
jornal ou certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da
publicação.

97653401252

ATENÇÃO! Com relação à citação por edital, temos duas regrinhas


jurisprudenciais muito importantes, materializadas nos verbetes de
súmula nº 351 e 366 do STF:
SÚMULA 351
É NULA A CITAÇÃO POR EDITAL DE RÉU PRESO NA MESMA UNIDADE DA
FEDERAÇÃO EM QUE O JUIZ EXERCE A SUA JURISDIÇÃO.

Súmula 366
NÃO É NULA A CITAÇÃO POR EDITAL QUE INDICA O DISPOSITIVO DA LEI
PENAL, EMBORA NÃO TRANSCREVA A DENÚNCIA OU QUEIXA, OU NÃO
RESUMA OS FATOS EM QUE SE BASEIA.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Χ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! ! !!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Contudo, em relação à súmula 351, firmou-se o entendimento no sentido !
de que se o réu está preso em local conhecido nos autos do processo,
ainda que em unidade da federação diversa daquela em que corre o
processo, a citação por edital não pode ser realizada:
(...) 02. É ilegal a citação por edital de réu que, conquanto não
estivesse preso em estabelecimento penal da unidade da federação
- o que afasta a aplicação da Súmula 351 do Supremo Tribunal
Federal ("é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade
da federação em que o juiz exerce a sua jurisdição") -, tinha o
paradeiro informado no processo.
(...) (HC 256.981/MG, Rel. Ministro NEWTON TRISOTTO (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TJ/SC), QUINTA TURMA, julgado em 06/11/2014, DJe
12/11/2014)
Resumidamente:
1 – Réu preso em estabelecimento prisional na mesma UF – Não
pode haver citação por edital.
2 – Réu preso em estabelecimento prisional em UF diversa da do
Juízo em que tramita o processo – Pode ser citado por edital,
DESDE QUE não se saiba seu paradeiro e tenham sido esgotados
os meios para obtê-lo15. Se o Juízo conhece o local em que se encontra
preso o acusado, deverá ser citado pessoalmente, por carta precatória.16
Mas e se o acusado citado por hora certa ou por edital
(CITAÇÕES FICTAS) não comparecer para se defender? As
consequências são distintas. Se citado por hora certa, lhe será
nomeado defensor dativo (art. 362, § único do CPP). Caso seja citado
por edital e não apareça para se defender, o processo ficará suspenso,
suspendendo-se, também, o curso do prazo prescricional (art. 366
do CPP).
Mas o prazo prescricional ficará suspenso por tempo
indeterminado? A Lei nada diz a respeito. O STF possui julgados antigos
no sentido de que não há prazo, ou seja, poderia ficar suspenso por prazo
indeterminado. Contudo, este entendimento provavelmente irá mudar, até
mesmo em razão da súmula 415 do STJ:
97653401252

Súmula 415 do STJ


O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena
cominada.

Verifica-se, portanto, que o STJ entende que o prazo prescricional


pode ficar suspenso, no máximo, pelo mesmo período previsto como prazo
prescricional.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
15
Há quem sustente que a citação do réu preso, hoje, não mais pode se dar por edital, ainda que
se trate de réu preso em outra Unidade da Federação, em razão da plena possibilidade de se obter
o paradeiro do réu (através do Banco Nacional de Mandados de Prisão). Nesse sentido: LIMA, Renato
Brasileiro de. Manual de Processo Penal. 3º edição. Ed. Juspodivm. Salvador, 2015, p.1246/1247
16
PACELLI, Eugênio. Op. cit., p 610

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
!
EXEMPLO: José está sendo processado pela prática do crime de
estelionato, cuja pena máxima é de cinco anos, logo, o prazo prescricional
é de 12 anos. Neste caso, o prazo prescricional só poderia ficar suspenso
por 12 anos. Após este lapso temporal, o prazo prescricional voltaria a
correr normalmente.

Quando da aplicação do art. 366, o Juiz poderá:


"! Determinar a produção antecipada de provas – Com relação
a este ponto, é importante ressaltar que prevalece o
entendimento de que a decisão que determina a produção
antecipada de provas deve ser devida e concretamente
fundamentada, não podendo se basear apenas na alegação de
que o decurso do tempo é prejudicial (súmula 455 do STJ17).
"! Decretar a prisão preventiva – Isso não significa que teremos,
aqui, uma hipótese de decretação automática da prisão
preventiva. Devem estar presentes os pressupostos do art. 312
e as regras do art. 313 do CPP.

Por fim, o art. 366 não se aplica aos crimes de lavagem de


capitais, nos termos do art. 2º, §2º da Lei 9.613/98.18

2.2.! Intimações
Diferentemente da citação, que é o ato único mediante o qual o réu é
integrado ao processo, as intimações são várias durante o processo,
e ocorrerão sempre que for necessário dar ciência a alguém da
prática de um ato processual.19
Nos termos do art. 370 do CPP:
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas
que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for
aplicável, o disposto no Capítulo anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de
97653401252

17.4.1996)

O §1° dispõe que a intimação do defensor do acusado, do advogado


do querelante e do assistente será feita mediante publicação no órgão
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
17
Súmula 455 do STJ: “A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no
artigo 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero
decurso do tempo”.
18
Há fortes críticas doutrinárias a esta exceção.
19
Boa parte da Doutrina (Ver, por todos, Guilherme Nucci) entende que não há diferença entre os
termos NOTIFICAÇÃO e INTIMAÇÃO. Para estes autores, o próprio CPP não faz uma distinção clara,
de forma que poderiam ser consideradas como sinônimos. Aqueles que sustentam que há diferença
afirmam que a intimação se dá para mera ciência de algo, enquanto a notificação se dá para convocar
alguém a fazer algo. Contudo, como dito, o CPP não faz essa distinção. NUCCI, Guilherme de Souza.
Op. Cit., p. 600

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Ε!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
oficial (Diária oficial), fazendo-se menção ao nome do acusado. Ressalvo a!
vocês que se o acusado estiver sendo defendido pela Defensoria Pública, a
intimação deverá ser feita, necessariamente, mediante entrega dos autos
com vista, nos termos do que dispõe a LC 80/94 (Lei Orgânica Nacional da
Defensoria Pública).
Caso não haja órgão de publicação oficial (quase raro atualmente), a
intimação será feita por mandado, por via postal com aviso de recebimento
OU OUTRO MEIO IDÔNEO. Perceba, caro aluno, portanto, que nada
impede que sejam utilizadas outras formas de INTIMAÇÃO. Não podem
ser usadas, entretanto, outras formas de CITAÇÃO. Somente aquelas!
Nos casos de sujeitos processuais que sejam intimados pessoalmente
(caso da Defensoria Pública, do defensor nomeado e do MP, por exemplo),
a intimação pessoal DISPENSA A NECESSIDADE DE PUBLICAÇÃO NO
ÓRGÃO OFICIAL, nos termos do art. 370, §3° do CPP:
§ 3o A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que
alude o § 1o. (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)

Lembrando que a intimação também pode ser feita por carta


precatória, notadamente quando houver necessidade de oitiva de alguma
testemunha que more fora da Comarca.
A precatória, uma vez expedida, NÃO SUSPENDE a instrução
criminal. Além disso, uma vez intimada a defesa acerca da expedição da
carta precatória, é DESNECESSÁRIA nova intimação da defesa para
ciência da data designada para a audiência no Juízo deprecado (súmula
273 do STJ).
CUIDADO! Muito embora este seja o teor do enunciado nº 273 da súmula
de jurisprudência do STJ, o STF firmou entendimento no sentido de que
este enunciado não se aplica quando se trata de acusado defendido
pela Defensoria Pública e há sede da Defensoria Pública no local em
que se encontra o Juízo deprecado. Neste caso, considerando a enorme
quantidade de assistidos da Defensoria Pública, bem como os problemas
organizacionais, deve o Juízo proceder à intimação da Unidade da
DP que funcione na sede do Juízo deprecado, para ciência da data
97653401252

da audiência:
(...) Jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal – e na mesma linha a do
Superior Tribunal de Justiça -, no sentido de que, intimadas as partes da expedição da
precatória, a elas cabe o respectivo acompanhamento, sendo desnecessária a intimação
da data designada para a audiência no Juízo deprecado. 2. Mitigação desse
entendimento em relação à Defensoria Pública. As condições da Defensoria são
variadas em cada Estado da Federação. Por vezes, não estão adequadamente
estruturadas, com centenas de assistidos para poucos defensores, e, em especial, sem
condições de acompanhar a prática de atos em locais distantes da sede do Juízo.
Expedida precatória para localidade na qual existe Defensoria Pública
estruturada, deve a instituição ser intimada da audiência designada para nela
comparecer e defender o acusado necessitado. Não se justifica, a nomeação de
defensor dativo, quando há instituição criada e habilitada à defesa do hipossuficiente.
Nulidade reconhecida. 3. Recurso ordinário em habeas corpus provido.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Φ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
(RHC 106394, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 30/10/2012, !
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-027 DIVULG 07-02-2013 PUBLIC 08-02-2013)

É cabível a INTIMAÇÃO por hora certa? Sim, já que o art. 370 do


CPP determina a aplicação subsidiária das normas relativas às citações.

ATENÇÃO! Caso o acusado, citado ou intimado pessoalmente para


qualquer ato, deixar de comparecer a ele sem motivo justo, ou mudar de
residência sem comunicar ao Juízo, o processo seguirá sem que seja
intimado dos atos processuais seguintes (norma muito criticada pela
Doutrina).

2.3.! Notificações
O CPP e as leis processuais penais especiais utilizam as expressões
“intimação” e “notificação” de maneira indiscriminada, ou seja, não há um
rigor técnico na utilização de uma ou de outra.
Do ponto de vista estritamente doutrinário, porém, existe a seguinte
distinção:
"! Notificação – Ciência que se dá a alguém a respeito de uma
providência que por ela deve ser tomada (Ex.: notificação da
testemunha para que compareça à audiência).
"! Intimação – Ciência que se dá a alguém a respeito de um ato
já realizado (Ex.: Intimação para ciência da sentença).

Esta divisão, porém, é meramente doutrinária, porque a legislação


processual não adota esse rigor técnico, ou seja, utiliza um termo no lugar
de outro sem qualquer pudor.

3.! ATOS JURISDICIONAIS NO PROCESSO PENAL


Os atos jurisdicionais podem ser classificados em dois grandes grupos:
97653401252

!! Despachos de mero expediente – Aqueles que não possuem


carga decisória, servindo apenas para impulsionar o processo;
!! Decisões ou sentenças em sentido amplo – Possuem carga
decisória e se destinam a resolver alguma questão incidental no
processo ou o próprio mérito da ação penal.

O primeiro grupo não traz grandes dificuldades. O problema reside


mesmo é no segundo grupo, no qual existem várias subdivisões, de forma
que devemos conhecer cada uma das espécies, pois o conhecimento da
natureza de uma decisão influencia em diversos aspectos, dentre eles, na
caracterização do RECURSO CABÍVEL.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!12!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
A Doutrina possui inúmeras classificações (cada autor cria uma, para!
vender livro ☺). Entretanto, podemos sintetizá-las da seguinte forma:

5678!≅=:>8?>;>7Μ5>8!

?<895;Υ78!?<!Ω<:7! ?<;>8Ξ<8!7=!8<Μ6<ΜΙ58!
<Η9<?><Μ6<! Α?09∋Β5≅Β∆!

8<Μ6<ΜΙ58!?<Σ>Μ>6>Ρ58!
?<;>8Ξ<8!
Ψ;7Μ?<Μ5Ιϑ7!7=!
5Ζ87ΝΡ>ΙΙ57[! >Μ6<:Ν7;=6Κ:>58!

Ω>8658!

6<:Ω>Μ56>Ρ58!

Μϑ7Π
6<:Ω>Μ56>Ρ58!

8>Ω9Ν<8!

Vamos, adiante, adentrar um pouco mais no estudo das SENTENÇAS.

4.! SENTENÇA
97653401252

4.1.! Requisitos formais


Os requisitos formais das sentenças definitivas estão previstos no art.
381 do CPP. Vejamos:
Art. 381. A sentença conterá:
I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias
para identificá-las;
II - a exposição sucinta da acusação e da defesa;
III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão;
IV - a indicação dos artigos de lei aplicados;
V - o dispositivo;
VI - a data e a assinatura do juiz.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!3Γ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
A ausência de qualquer destes elementos torna viciada a sentença,!
sendo passível de anulação. Vamos ver um pouco sobre cada um deles:
(i) Relatório – O relatório compreende os incisos I e II do art. 381 do CPP.
Consiste, grosso modo, num resumo do que foi o processo até então;
(ii) Fundamentação – A fundamentação é o segundo requisito, e está
previsto nos incisos III e IV do art. 381. A fundamentação é mais que
obrigatória, pois permite às partes (e a todos, pois o processo é público)
saberem os motivos que levaram o Juiz a tomar esta ou aquela decisão. A
ausência de fundamentação, inclusive, atenta contra o contraditório e a
ampla defesa, pois dificulta a vida da parte prejudicada quando esta for
recorrer, pois como irá fundamentar seu recurso se não souber o que
fundamentou a decisão? A fundamentação é tão importante que está
prevista, inclusive, na Constituição. Vejamos o que diz o art. 93, IX da
Constituição:
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei
limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito
à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à
informação; ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!12)&(∋!3.&45%567%.&∋0!&8!9:;!()!<==9>
A única sentença que é proferida sem motivação é aquela proferida
nos julgamentos do Tribunal do Júri, eis que os Jurados não são
obrigados a fundamentar suas decisões, pois julgam de acordo com sua
íntima convicção.
Isso não quer dizer que o Juiz deva, na sentença, abordar cada um dos
argumentos trazidos pelas partes. Significa apenas que ele deve
fundamentar claramente no que ele se baseou para tomar aquela decisão.
Existe uma forma de fundamentação que a Jurisprudência vem aceitando,
chamada “motivação ad relationem”, que é aquela na qual um órgão do
Judiciário se remete à decisão proferida por outro para fundamentar a sua.
Explico: Imaginem que o MP, inconformado com a sentença, apela. No
Tribunal, o órgão colegiado que vai julgar o processo, ao proferir o acórdão,
ao invés de gastar páginas e mais páginas fundamentando o acórdão
(sentença proferida pelos Tribunais), apenas faz remição aos fundamentos
97653401252

da sentença, caso a mantenha. Isso é muito comum e aceito na


Jurisprudência.
(iii) Dispositivo – É a parte da sentença na qual o Juiz expressa sua
decisão, condenando ou absolvendo o réu com base na fundamentação
anteriormente exposta. Este requisito está previsto no inciso V do art. 381.
É a parte da sentença em que há, propriamente, A DECISÃO.
(iv) Autenticação – É a parte da sentença consistente na data e
assinatura do Juiz (previsto no inciso VI do art. 381 do CPP). Para a
Doutrina e Jurisprudência majoritária, a ausência de ASSINATURA torna
a sentença inexistente. Há entendimentos em contrário, no sentido
de que seria MERA IRREGULARIDADE, podendo o Juiz, posteriormente,
colocar sua assinatura. A regra de que o Juiz deve rubricar todas as folhas

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!31!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! ! !!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
da sentença constitui mera irregularidade, caso não observada, nos termos!
do entendimento do STJ. Esta regrinha está prevista no art. 388 do CPP:
Art. 388. A sentença poderá ser datilografada e neste caso o juiz a rubricará
em todas as folhas.

Toda e qualquer sentença (condenatória ou absolutória) possui


um efeito inexorável, que é o de colocar um ponto final no trâmite
processual NAQUELA INSTÂNCIA. Assim, podemos dizer que um efeito
de toda e qualquer sentença é o ESGOTAMENTO DA INSTÂNCIA. Quando
Juiz profere uma sentença ele termina sua participação no processo, não
podendo modificá-la, nem mesmo para sanar nulidade absoluta (que
poderia ter sido declarada ex officio).
Entretanto, pode ser que o Juiz tenha trocado uma palavra, a sentença
tenha um erro de digitação...esses pequenos erros, que não são
relacionados ao conteúdo, à ideia da sentença, são chamados de erros
materiais, e podem ser sanados pelo Juiz.
O Juiz poderá, ainda, modificar a sentença após sua prolação quando
da apreciação do recurso de embargos de declaração (que é dirigido ao
próprio Juiz prolator da sentença e não a um órgão superior). Vejamos:
Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz
que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambigüidade,
contradição ou omissão.

ATENÇÃO! Vigora no processo penal o princípio da identidade física


do Juiz, que significa, basicamente, que o Juiz que presidir a instrução
deverá proferir a sentença.
Contudo, existem algumas ressalvas a esta regra. Segundo o STJ20,
algumas situações afastam a obrigatoriedade de que o Juiz que presidiu
a instrução esteja obrigado a proferir sentença, devendo ser relativizada
a regra do art. 399, §2º do CPP. Isso ocorrerá nas hipóteses de Juiz:
•! Promovido
•! Licenciado
•! Afastado 97653401252

•! Convocado
•! Aposentado
Regra da PLACA (P.L.A.C.A.)!

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
20
Informativo 483 do STJ:
“Assim, diante da ausência de outras normas específicas que regulamentem o mencionado
dispositivo legal, o STJ entende dever ser admitida a mitigação do aludido princípio nos
casos de convocação, licença, promoção, aposentadoria ou afastamento por qualquer
motivo que impeça o juiz que presidiu a instrução a sentenciar o feito, por aplicação
analógica, devidamente autorizada pelo art. 3º do CPP, da regra contida no art. 132 do CPC. Ao
prosseguir o julgamento, a Turma concedeu a ordem para anular a sentença proferida contra o
paciente. HC 185.859-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 13/9/2011. “

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!33!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Além disso, se o Juiz não mais integrar os quadros do Poder Judiciário !
(pediu exoneração, por exemplo), obviamente que a sentença não será
proferida por ele.

4.2.! Sentença penal absolutória


É a sentença que julga improcedente a acusação, absolvendo o réu,
por algum dos motivos do art. 386 do CPP. Vejamos:
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva,
desde que reconheça:
I - estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração penal;
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; (Redação
dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; (Redação
dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena
(arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo
se houver fundada dúvida sobre sua existência; (Redação dada pela Lei nº
11.690, de 2008)
VII – não existir prova suficiente para a condenação. (Incluído pela Lei nº
11.690, de 2008)

No primeiro caso (estar provada a inexistência do fato), o Juiz entende


ter ficado evidenciado que o fato não ocorreu. No segundo caso é diferente,
o Juiz verifica que NÃO FICOU PROVADA A EXISTÊNCIA DO FATO,
ou seja, ele não diz que o fato não ocorreu, diz apenas que não houve prova
de sua existência, de forma que não se pode condenar o réu.
No terceiro caso, o fato pode ter ou não ocorrido, isso não importa. O
que importa é que, em abstrato, ainda que tivesse ocorrido, ELE SERIA
ATÍPICO (não tem previsão legal como crime). No quarto caso,
ficou CABALMENTE PROVADO que o réu não participou da infração
penal, embora esta tenha ocorrido. No quinto caso, simplesmente não
97653401252

ficou provada a participação do réu na infração, ou seja, ele até pode ter
participado, mas o acusador NÃO CONSEGUIU PROVAR ISTO.
No sexto caso que leva à absolvição, o Juiz reconhece que o fato
ocorreu, o réu dele participou, o fato é TÍPICO (está previsto como crime),
mas está presente uma causa excludente de ilicitude ou culpabilidade, ou,
ainda, o réu agiu mediante erro de tipo ou erro de proibição.
No sétimo e último caso, temos uma fundamentação “residual” para
a sentença absolutória, eis que será o réu absolvido SEMPRE QUE NÃO
HOUVER PROVA SUFICIENTE PARA A SUA CONDENAÇÃO. Trata-se da
materialização do princípio do in dubio pro reo.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!34!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
4.2.1.! Efeitos da Sentença Penal Absolutória !
Os efeitos da sentença penal condenatória podem ser principais ou
secundários.
Como efeito principal, temos a IMEDIATA COLOCAÇÃO do réu
em liberdade, caso esteja preso. Esta previsão está contida no art. 386,
§ único, I do CPP. Vejamos:
Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz:
I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;

CUIDADO! Este artigo deve ser analisado com muito cuidado. Porque
motivos o réu poderia estar preso quando proferida a sentença
penal? Ora, ele só poderia estar preso provisoriamente (prisão
preventiva). Ora, o simples fato de sobrevir sentença absolutória
(recorrível) não faz com que desapareçam os requisitos que
autorizam a prisão preventiva, de forma que o réu preso só será
colocado em liberdade se o Juiz entender que o fim do processo em
primeiro grau extingue o requisito que autorizava sua prisão (exemplo:
réu foi preso para não coagir testemunhas, logo, já tendo sido estas
ouvidas, não se justifica sua prisão).

Existe a figura da sentença absolutória IMPRÓPRIA.


A sentença que absolve o réu tem como consequência a ausência de
reflexos penais negativos. A essa sentença (normal) se dá o nome de
sentença absolutória própria. Pode ocorrer, no entanto, de o réu ser
absolvido, mas lhe ser imposta medida de segurança, em razão de
sua periculosidade. Essa medida de segurança é aplicada quando o réu é
absolvido por ser inimputável à época do fato, em razão de doença mental
ou desenvolvimento mental retardado ou incompleto.
97653401252

Havendo a absolvição do réu em razão de sua inimputabilidade, e sendo-


lhe aplicada medida de segurança, estaremos diante de uma sentença
absolutória imprópria.21

Os efeitos secundários, por sua vez, estão espalhados pelo CPP.


Vejamos:
•! Levantamento do sequestro incidente sobre bens do
acusado – Está previsto no art. 131, III do CPP.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
21
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 616

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!3Β!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
•! Cancelamento da hipoteca legal e do arresto!
determinados sobre o patrimônio ilícito do acusado – Está
previsto no art. 141 do CPP.
•! Restituição integral da fiança eventualmente paga –
Previsão contida no art. 337 do CPP.
•! Impede a propositura de ação civil de indenização pelo
fato (ação civil ex delicto) quando a absolvição: a) for
fundada na presença de excludente de ilicitude; b) Ficar
COMPROVADO que o réu NÃO CONCORREU PARA A
PRÁTICA DO FATO ou que o FATO NÃO EXISTIU.

4.3.! Sentença penal condenatória


É a sentença que reconhece a responsabilidade do réu em decorrência
da infração penal, condenando-o. Exige prova CABAL (irrefutável) de que
o réu tenha participado do crime, pois na dúvida o réu deve ser absolvido
(in dubio pro reo).
O Juiz pode CONDENAR o réu mesmo que o MP, nos crimes de
ação penal pública, requeira sua absolvição. Vejamos o que dispõe o
art. 385 do CPP:
Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença
condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição,
bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.
Quando o Juiz profere uma sentença penal condenatória, ele deve, ao
mesmo tempo:
Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: ∗?%()!≅)%!&8!ΑΑΒΧΑ∆;!()!<==Ε>
I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código
Penal, e cuja existência reconhecer;
II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser
levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59
e 60 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!≅)%!&8!ΑΑΒΧΑ∆;!()!<==Ε>Β
97653401252

III - aplicará as penas de acordo com essas conclusões; ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!≅)%!&8!


ΑΑΒΧΑ∆;!()!<==Ε>Β
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração,
considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!≅)%!&8!ΑΑΒΧΑ∆;!
()!<==Ε>Β
V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e medidas
de segurança, ao disposto no Título Xl deste Livro;
VI - determinará se a sentença deverá ser publicada na íntegra ou em resumo
e designará o jornal em que será feita a publicação (art. 73, § 1o, do Código
Penal).
Parágrafo único. O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou,
se for o caso, imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem
prejuízo do conhecimento da apelação que vier a ser interposta. ∗Φ&706Γ(.!/)0∋!≅)%!
&8!ΑΑΒΧΑ∆;!()!<==Ε>Β

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!3Χ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
!
Devo chamar a atenção de vocês para dois pontos:
!! A lei 11.719/08 alterou a redação do inciso IV do art. 387,
de forma que o Juiz, ao condenar o réu, fixará na sentença
um VALOR MÍNIMO para a reparação do dano na esfera civil
– Isso significa que a sentença condenatória PENAL pode ser
EXECUTADA diretamente no Juízo Cível. Entretanto, ela só poderá
ser executada no Juízo civil após o seu trânsito em julgado, pois
antes disso ela não possui um dos requisitos do título executivo
cível, que é a “CERTEZA”. Além disso, ela estipula um valor
mínimo. Nada impede que a parte promova a ação de reparação
no Juízo cível, visando à condenação do acusado a um valor maior.
!! A lei 11.719/08 incluiu o § único ao art. 387, estabelecendo
que quando o Juiz proferir sentença condenatória, deverá
decidir acerca da prisão do réu – Ou seja, quando o Juiz profere
sentença condenatória, o RÉU NÃO É AUTOMATICAMENTE
PRESO. A prisão antes do trânsito em julgado é EXCEÇÃO, de
forma que o Juiz, para decretar a prisão do réu, deve avaliar se
estão presentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão
preventiva. Não há, portanto, um efeito automático da sentença
condenatória consistente na prisão do réu. Ela será decretada
somente se estiverem presentes os requisitos dos arts. 312 e 313
do CPP.

O STJ, no entanto, entende que o Juiz somente poderá fixar este


valor mínimo para a reparação do dano se houver pedido do
interessado e se o fato for discutido no processo22, para possibilitar
que o réu se defenda deste ponto específico, em homenagem ao
contraditório.23

4.3.1.! Efeitos da sentença penal condenatória


97653401252

A sentença penal condenatória possui efeitos penais e extrapenais.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
22
Com relação a este ponto, existem muitas discussões doutrinárias. PACELLI, por exemplo, defende
que não há necessidade de que haja pedido de fixação do valor mínimo a título de reparação dos
danos, bastando que os danos tenham sido objeto de discussão no processo (PACELLI, Eugênio. Op.
cit., p. 657/658). NUCCI, por sua vez, defende que o MP não poderia, de fato, pleitear a fixação de
valor mínimo para reparação dos danos, pois não teria legitimidade para tal. Contudo, para o autor,
a vítima deveria ser intimada para manifestar-se quanto a este ponto (NUCCI, Guilherme de Souza.
Op. Cit., p. 617).
23
(...) para que seja fixado na sentença o início da reparação civil, com base no art. 387,
IV, do Código de Processo Penal, deve haver pedido expresso do ofendido ou do Ministério
Público e ser possibilitado o contraditório ao réu, sob pena de violação do princípio da
ampla defesa.
(...) (AgRg no REsp 1383261/DF, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado
em 17/10/2013, DJe 14/11/2013)

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!3∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Os efeitos penais são aqueles que produzem efeitos na esfera penal!
(óbvio, não?). Os efeitos penais podem ser primários ou
secundários.
O efeito penal primário é a PENA, ou seja, a imposição de pena
criminal, eis que este é o objetivo básico e principal da condenação.
Os efeitos penais podem ser, ainda, secundários. São efeitos penais
secundários aqueles que, embora produzam efeitos na esfera jurídico-
PENAL do indivíduo condenado, esses efeitos refletem em OUTRA
RELAÇÃO JURÍDICO-PENAL.
EXEMPLO: Reincidência. A sentença penal condenatória possui como
efeito penal SECUNDÁRIO, gerar reincidência (e todas as suas
consequências) caso o condenado seja novamente condenado dentro de
um prazo previsto em lei. Trata-se de um efeito que, sem dúvida, atinge
a esfera penal do indivíduo, mas NÃO NO PROCESSO EM QUE FOI
PROFERIDA A SENTENÇA, mas em outro processo.

Outro efeito penal secundário é a inscrição do nome do réu no rol dos


culpados (após o trânsito em julgado, sempre).
Os efeitos extrapenais, por sua vez, são assim chamados por afetarem
diversas outras áreas do Direito (civil, administrativo, etc.). Por sua vez,
dividem-se em genéricos e específicos.
Os efeitos genéricos são aqueles que incidem sobre toda e qualquer
condenação, estando previstos no art. 91 do CP, sendo apenas dois:
Obrigação de reparar o dano e confisco:
Art. 91 - São efeitos da condenação: ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!≅)%!&8!ΧΒ<=∆;!()!ΑΑΒΧΒΑ∆Ε9>
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; ∗+)(∋,−.!
(∋(∋!/)0∋!≅)%!&8!ΧΒ<=∆;!()!ΑΑΒΧΒΑ∆Ε9>
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro
de boa-fé: ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!≅)%!&8!ΧΒ<=∆;!()!ΑΑΒΧΒΑ∆Ε9>
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico,
alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito
97653401252

auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.


§ 1º Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto
ou proveito do crime quando estes não forem encontrados ou quando se
localizarem no exterior. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 2º Na hipótese do § 1o, as medidas assecuratórias previstas na legislação
processual poderão abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou
acusado para posterior decretação de perda. (Incluído pela Lei nº 12.694, de
2012)

Os efeitos genéricos são automáticos, ou seja, independem de ser


expressamente declarados pelo Juiz na sentença.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!3Ε!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
EXEMPLO: Se o Juiz condena alguém por roubo, o dever de reparar o !
dano causado ocorrerá independentemente de constar na sentença esse
efeito, pois é decorrência natural e automática da sentença.

Já os efeitos específicos são aqueles que recaem apenas sobre


condenações relativas a determinados crimes, e não a todos os crimes
em geral. Estão previstos no art. 92 do CP, sendo:
Art. 92 - São também efeitos da condenação:∗+)(∋,−.! (∋(∋! /)0∋! ≅)%! &8! ΧΒ<=∆;! ()!
ΑΑΒΧΒΑ∆Ε9>
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!≅)%!&8!
∆Β<ΗΕ;!()!Α8Β9ΒΑ∆∆Η>
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a
um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para
com a Administração Pública; ∗Φ&706Γ(.!/)0∋!≅)%!&8!∆Β<ΗΕ;!()!Α8Β9ΒΑ∆∆Η>
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4
(quatro) anos nos demais casos. ∗Φ&706Γ(.!/)0∋!≅)%!&8!∆Β<ΗΕ;!()!Α8Β9ΒΑ∆∆Η>
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos
crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado
ou curatelado; ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!≅)%!&8!ΧΒ<=∆;!()!ΑΑΒΧΒΑ∆Ε9>
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a
prática de crime doloso. ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!≅)%!&8!ΧΒ<=∆;!()!ΑΑΒΧΒΑ∆Ε9>
Tais efeitos, por sua vez, NÃO SÃO AUTOMÁTICOS, devendo
constar na sentença condenatória, sob pena de não ocorrerem. Isto está
previsto no § único do art. 92 do CP:
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos,
devendo ser motivadamente declarados na sentença. ∗+)(∋,−.! (∋(∋! /)0∋! ≅)%! &8!
ΧΒ<=∆;!()!ΑΑΒΧΒΑ∆Ε9>
Assim, resumidamente:
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
GERAIS ESPECÍFICOS
•! Obrigação de reparar •! Perda de cargo, função pública ou
o dano mandato eletivo (a) nos crimes
97653401252

•! Perda em favor da praticados com abuso de poder ou


União dos violação de dever para com a
instrumentos do Administração Pública – pena igual ou
crime (se seu porte superior a 01 ano; b) Nos demais
for ilícito) e dos casos – pena superior a 04 anos.
produtos ou proveitos •! Incapacidade para o exercício do
do crime. pátrio poder, tutela ou curatela, nos
crimes dolosos, sujeitos à pena de
reclusão, cometidos contra filho,
tutelado ou curatelado.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!3Φ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
•! Inabilitação para dirigir veículo, !
quando utilizado como meio para a
prática de crime doloso.
AUTOMÁTICOS NÃO SÃO AUTOMÁTICOS

4.4.! Princípio da correlação e princípio da consubstanciação


O princípio da correlação (ou da congruência)24 prega que a sentença
deve se amoldar ao FATO descrito na denúncia ou queixa, não
podendo o Juiz decidir fora dos limites que lhe foram colocados, pois isso
importaria em violação a outro princípio, o PRINCÍPIO DA INÉRCIA.
Assim, é vedado ao Juiz proferir sentença ultra, citra e extra-petita. O
que seriam essas sentenças? Vejamos:
•! Ultra-petita – É uma sentença na qual o Juiz vai além daquilo
que lhe foi pedido, julgando mais do que fora pedido (ex.:
Indivíduo é acusado por um estupro e o Juiz lhe condena,
também, por um roubo, que não foi narrado na inicial
acusatória).
•! Extra-petita – É aquela na qual o Juiz julga fato diverso do que
aquele que lhe foi posto (ex.: O indivíduo é acusado por estupro
e o Juiz lhe condena por roubo, deixando de apreciar o pedido
de condenação pelo estupro).
•! Citra-petita – Aqui o Juiz não analisa, não julga todos os
FATOS narrados na inicial acusatória, deixando de apreciar
algum deles (ex.: O indivíduo é acusado por um estupro e por
um homicídio. O Juiz lhe condena pelo estupro, ficando silente
quanto ao crime de homicídio).

O princípio da congruência retira seu fundamento de outro princípio, o


princípio da CONSUBSTANCIAÇÃO, segundo o qual o acusado se
defende dos FATOS QUE LHE SÃO IMPUTADOS, de forma que uma
sentença que extrapole estes limites, além de violar o princípio da 97653401252

INÉRCIA, viola, ainda, os princípios do contraditório e da ampla defesa.


Existem dois institutos de direito processual penal que buscam dar
efetividade a estes princípios. São eles os institutos da emendatio e da
mutatio libelli.

4.4.1.! Emendatio libelli


Este instituto está previsto no art. 383 do CPP, vejamos:

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
24
Também chamado de princípio da adstrição da sentença à acusação. NUCCI, Guilherme de Souza.
Op. Cit., p. 608

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!32!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou!
queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em
conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!≅)%!&8!ΑΑΒΧΑ∆;!
()!<==Ε>Β
Este instituto (emendatio libelli) possibilita ao Juiz alterar a
“capitulação legal” do fato descrito na denúncia.
EXEMPLO: Imaginem que o Promotor descreva o seguinte fato: “José,
apontando uma arma para Maria, subtraiu-lhe seu relógio”. Este fato
configura um ROUBO (art. 157 do CP). Agora imaginem que o Promotor
qualifique, erradamente, este crime como crime de furto. A emendatio
libelli permite que o Juiz altere a capitulação dada ao fato, sem que o
modifique, mesmo que a nova capitulação preveja pena mais severa
(como é o caso do exemplo).

Pode ocorrer de o Juiz verificar que, ao realizar a emendatio libelli, o


o fato passou a se configurar como infração penal sujeita à suspensão
condicional do processo (pena mínima não superior a 01 ano). Nesse
caso, procederá o Juiz nos termos do art. 383, §1° do CPP:
§ 1o Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade
de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo
com o disposto na lei. ∗Φ&706Γ(.!/)0∋!≅)%!&8!ΑΑΒΧΑ∆;!()!<==Ε>Β

Da mesma forma, se o Juiz, em razão da alteração da capitulação do


crime, verificar que houve alteração na competência para julgar o processo,
deverá reconhecer sua incompetência e remeter os autos ao Juízo
competente. Nos termos do art. 383, §2° do CPP:
§ 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão
encaminhados os autos. ∗Φ&706Γ(.!/)0∋!≅)%!&8!ΑΑΒΧΑ∆;!()!<==Ε>Β

4.4.2.! Mutatio libelli


O instituto da mutatio libelli está previsto no art. 384 do CPP. Vejamos:
97653401252

Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição


jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento
ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público
deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude
desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-
se a termo o aditamento, quando feito oralmente. ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!≅)%!&8!ΑΑΒΧΑ∆;!
()!<==Ε>Β
Aqui não há mera alteração da definição jurídica do fato, mas alteração
da definição jurídica do fato em razão do surgimento de novas provas
em relação a fatos que não estavam previstos inicialmente na peça
inicial acusatória.
EXEMPLO: Imaginem que o MP denuncia uma pessoa por homicídio em
face de uma criança. Posteriormente, após a instrução, fica provado que

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!4Γ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
a homicida era a mãe da criança e estava sob a influência do estado !
puerperal (estado que a mãe fica após o parto). Nesse caso, o surgiu um
fato até então desconhecido, que leva à alteração da classificação do
crime de homicídio para INFANTICÍDIO.
OUTRO EXEMPLO: Imaginem que o MP denuncia o acusado por crime
de homicídio simples. Após toda a instrução criminal se descobre que o
crime foi cometido mediante tortura (meio cruel). Nesse caso, surgiu um
fato que qualifica o crime, passando a ser homicídio qualificado (art. 121,
§2° do CP) e não mais homicídio simples.

Em ambos os casos teremos hipóteses de MUTATIO LIBELLI,


devendo o membro do MP ADITAR a denúncia, sendo possibilitado ao
réu se defender destes novos fatos, sob pena de prejuízo ao direito ao
contraditório e à ampla defesa. Vejamos:
§ 2o Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o
aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e
hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo
interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. ∗Φ&706Γ(.!/)0∋!≅)%!
&8!ΑΑΒΧΑ∆;!()!<==Ε>Β
§ 4o Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas,
no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do
aditamento. ∗Φ&706Γ(.!/)0∋!≅)%!&8!ΑΑΒΧΑ∆;!()!<==Ε>Β
§ 5o Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. ∗Φ&706Γ(.!/)0∋!≅)%!&8!ΑΑΒΧΑ∆;!
()!<==Ε>Β
Mas e se o membro do MP se recusar a aditar a denúncia?
Obviamente, não pode o Juiz fazer isto no lugar do MP, pois essa não é a
sua função. Nesse caso procede-se da mesma forma que no caso de o
membro do MP requerer arquivamento de Inquérito Policial e o Juiz
discordar: O Juiz submete o caso à apreciação do chefe do MP (Procurador-
Geral de Justiça), que decidirá o caso. Isso é o que prevê o art. 384, § 1°
do CPP:
Art. 384 (...)
§ 1o Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o
97653401252

art. 28 deste Código. ∗Φ&706Γ(.!/)0∋!≅)%!&8!ΑΑΒΧΑ∆;!()!<==Ε>Β

CUIDADO! O STF entende (com entendimento sumulado) que a mutatio


libelli somente pode ser aplicada na primeira instância (o que não ocorre
com a emendatio libelli, que pode ocorrer em qualquer instância).
Vejamos:
Súmula 453
NÃO SE APLICAM À SEGUNDA INSTÂNCIA O ART. 384 E PARÁGRAFO ÚNICO DO CÓDIGO
DE PROCESSO PENAL, QUE POSSIBILITAM DAR NOVA DEFINIÇÃO JURÍDICA AO FATO
DELITUOSO, EM VIRTUDE DE CIRCUNSTÂNCIA ELEMENTAR NÃO CONTIDA, EXPLÍCITA
OU IMPLICITAMENTE, NA DENÚNCIA OU QUEIXA.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!41!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! ! !!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Aplicam-se à MUTATIO LIBELLI as mesmas regras previstas!
para a EMENDATIO LIBELLI no que se refere à desqualificação do crime
para outro Juízo ou para crime em que haja possibilidade de suspensão
condicional do processo. Vejamos:
§ 3o Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste
artigo. ∗Φ&706Γ(.!/)0∋!≅)%!&8!ΑΑΒΧΑ∆;!()!<==Ε>Β

A Doutrina se divide quanto à possibilidade de aplicação da


MUTATIO LIBELLI nos crimes de ação penal privada. Parte da Doutrina
entende que não é possível, visto que a Lei fala apenas em “MP” e “Ação
Penal Pública”, o que, em tese, exclui a possibilidade de aplicação do
instituto nos crimes de ação penal privada.
Outra parcela da Doutrina entende ser possível, por entender que a lei
não veda, e que isto não iria de encontro a nenhum princípio processual.25

4.5.! Publicação e intimação da sentença


Segundo o CPP, a sentença é publicada (se torna pública), quando
entregue nas mãos do escrivão. Vejamos:
Art. 389. A sentença será publicada em mão do escrivão, que lavrará nos autos o
respectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim.

Até a publicação não há, propriamente, sentença, mas apenas


expectativa de sentença, pois o ato jurisdicional só se perfectibiliza coma
publicação.
Caso a sentença seja proferida em audiência, considera-se
publicada com a sua mera leitura.
As partes serão intimadas de formas distintas, conforme sua situação
no processo, vejamos:
Art. 391. O querelante ou o assistente será intimado da sentença, pessoalmente ou na
pessoa de seu advogado. Se nenhum deles for encontrado no lugar da sede do juízo, a
intimação será feita mediante edital com o prazo de 10 dias, afixado no lugar de
costume.
Art. 392. A intimação da sentença será feita:
97653401252

I - ao réu, pessoalmente, se estiver preso;


II - ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituído, quando se livrar solto,
ou, sendo afiançável a infração, tiver prestado fiança;
III - ao defensor constituído pelo réu, se este, afiançável, ou não, a infração, expedido
o mandado de prisão, não tiver sido encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça;
IV - mediante edital, nos casos do no II, se o réu e o defensor que houver constituído
não forem encontrados, e assim o certificar o oficial de justiça;

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
25
PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 665. NUCCI sustenta que, em se tratando de queixa (ação penal
privada), o querelante até poderia proceder ao seu aditamento, desde que o fizesse dentro do prazo
decadencial de seis meses, contados a partir do momento em que o querelante toma conhecimento
destes fatos novos. Contudo, seria vedado ao Juiz tomar qualquer iniciativa (como acontece na
mutatio libelli) de indicar ao querelante a possível necessidade de aditamento da queixa.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!43!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
V - mediante edital, nos casos do no III, se o defensor que o réu houver constituído!
também não for encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça;
VI - mediante edital, se o réu, não tendo constituído defensor, não for encontrado, e
assim o certificar o oficial de justiça.
§ 1o O prazo do edital será de 90 dias, se tiver sido imposta pena privativa de liberdade
por tempo igual ou superior a um ano, e de 60 dias, nos outros casos.
§ 2o O prazo para apelação correrá após o término do fixado no edital, salvo se, no
curso deste, for feita a intimação por qualquer das outras formas estabelecidas neste
artigo.

Vemos, portanto, que só há obrigatoriedade de intimação pessoal


do réu (para ciência da sentença) quando se tratar de réu preso.
Em se tratando de réu solto, basta a intimação de seu defensor
constituído, tendo sido este o entendimento adotado pelo STJ,
embora haja divergência doutrinária.26 Caso tenha sido patrocinado
por defensor nomeado (aquele que não foi por ele constituído), deverá ser
intimado pessoalmente (obrigatório)27.

ATENÇÃO! Essa obrigatoriedade de intimação pessoal do réu preso,


segundo entendimento do STJ, só se aplica à sentença de primeiro grau,
não se aplicando aos atos a ela posteriores (acórdão, etc.).28

Em caso de réu preso, portanto, devem ambos ser intimados (o


defensor, seja ele de que natureza for e o próprio réu, pessoalmente).
Neste caso e na hipótese de réu solto que teve sua defesa patrocinada
por defensor nomeado, nos quais é necessária a intimação de ambos (réu
e seu defensor), será considerado como prazo recursal da defesa
aquele que terminar por último (considerando as datas de intimação do
acusado e de seu defensor).
O MP será intimado pessoalmente, sempre.
O querelante (ação penal privada) ou o assistente de acusação
(ação penal pública) será intimado pessoalmente OU por intermédio
de seu advogado. Em não sendo encontrados, a intimação será feita por
97653401252

edital.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
26
(...) Ambas as Turmas que compõem a 3ª Seção deste Sodalício firmaram a compreensão de
que, em se tratando de réu solto, é suficiente a intimação de seu advogado acerca
da sentença condenatória, procedimento que garante a observância dos princípios da ampla
defesa e do contraditório. Precedentes. (...) (RHC 63.757/MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA
TURMA, julgado em 01/03/2016, DJe 09/03/2016)
27
STJ - HC 281764/SP
28 (...) Na linha dos precedentes desta eg. Corte, "a intimação pessoal do réu preso somente
é exigida para a ciência do teor da sentença condenatória proferida em primeiro grau. Não
se estende para as decisões de segunda instância, eis que os demais chamamentos processuais
ocorrem em nome do defensor" (HC n. 286.515/SP, Sexta Turma, Rel. Min. Maria Thereza de Assis
Moura, DJe de 25/2/2015). (...)
(HC 330.783/RS, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 10/11/2015, DJe
20/11/2015)

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!44!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Após a intimação, a parte que restar inconformada com a sentença!
poderá recorrer, e o recurso cabível é a APELAÇÃO.

5.! QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES


As questões e processos incidentes são situações que aparecem no
curso do processo e devem ser resolvidas pelo Juiz. Não são
relativas ao mérito da demanda e podem ou não prejudicar a análise do
mérito.
Como assim? Nem toda questão ou processo incidente impedirá o
julgamento do mérito, apenas algumas. Assim, o conflito de jurisdição, por
exemplo, deve ser resolvido antes do mérito, mas as medidas
assecuratórias da reparação do dano, não.
Algumas das questões são mais importantes que outras,
motivo pelo qual nos alongaremos mais em umas e menos em
outras.

5.1.! Exceções
As exceções são, nada mais, nada menos, que MEIOS DE DEFESA
INDIRETA. Indiretas porque não buscam impugnar o mérito da causa,
mas sobre algum ponto periférico, sendo autuadas em apartado do
processo principal.
As exceções não possuem, em regra, efeito suspensivo, nos termos do
art. 111 do CPP:
Art. 111. As exceções serão processadas em autos apartados e não
suspenderão, em regra, o andamento da ação penal.

As exceções previstas no CPP são 05:

•! Suspeição
•! Impedimento 97653401252

•! Litispendência
•! Ilegitimidade da parte
•! Coisa julgada

A exceção de impedimento não está prevista EXPLICITAMENTE, mas


ela existe, e tem o mesmo procedimento da exceção de suspeição, nos
termos do art. 112 do CPP:
Art. 112. O juiz, o órgão do Ministério Público, os serventuários ou funcionários
de justiça e os peritos ou intérpretes abster-se-ão de servir no processo,
quando houver incompatibilidade ou impedimento legal, que declararão nos
autos. Se não se der a abstenção, a incompatibilidade ou impedimento poderá

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!4Β!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção!
de suspeição.

As exceções podem ser:


•! Peremptórias – Se julgadas procedente, extinguem o processo
(Ex.: Coisa julgada e litispendência);
•! Dilatórias – Se julgadas procedentes, apenas retardam o curso do
processo (Ex.: Exceção de suspeição e incompetência)

Há divergências na Doutrina quanto à natureza da exceção da


ilegitimidade da parte. Alguns (a meu ver, acertadamente), defendem
ser peremptória, pois, se aceita, acarreta a extinção do processo. Outros
(maioria) entendem que se trata de mera exceção dilatória, pois seu
acolhimento extingue o processo mas não impede nova propositura da ação
em face da pessoa legítima.

5.1.1.! Exceção de suspeição


Busca afastar do processo o Juiz cuja imparcialidade aparenta estar
sob ameaça. Deve ser apresentada assim que a parte tenha conhecimento
do fato que gera a suspeição, podendo ocorrer, inclusive, na fase do
Inquérito Policial.
A suspeição só pode ser arguida até a sentença. Após esse
momento, caso a parte descubra que o Juiz era suspeito, deverá buscar
a ANULAÇÃO dos atos praticados pelo Juiz.
Interposta a exceção, o Juiz pode acolhê-la ou não. Se acolher, deverá
se afastar do processo, remetendo os autos ao Juiz que o deva substituir,
de acordo com a escala do Tribunal. Caso não reconheça sua suspeição,
deverá determinar a autuação em apartado e ele mesmo, o próprio Juiz,
apresentar RESPOSTA ESCRITA em 03 dias, remetendo os autos em
24h ao Tribunal, para julgamento. Vejamos: 97653401252

Art. 100. Não aceitando a suspeição, o juiz mandará autuar em apartado a


petição, dará sua resposta dentro em três dias, podendo instruí-la e oferecer
testemunhas, e, em seguida, determinará sejam os autos da exceção
remetidos, dentro em 24 vinte e quatro horas, ao juiz ou tribunal a quem
competir o julgamento.

O art. 101 determina que, sendo julgada procedente a exceção,


serão considerados NULOS todos os atos do processo principal,
pagando o Juiz as custas:
Art. 101. Julgada procedente a suspeição, ficarão nulos os atos do processo
principal, pagando o juiz as custas, no caso de erro inescusável; rejeitada,
evidenciando-se a malícia do excipiente, a este será imposta a multa de
duzentos mil-réis a dois contos de réis.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!4Χ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Mas e se o Juiz aceitar a exceção de suspeição, ao invés de !
remetê-la ao Tribunal? Nesse caso, não são considerados nulos os atos
praticados pelo Juiz, pois se presume sua boa-fé ao ter aceitado a
exceção de suspeição.
A exceção de impedimento segue o mesmo procedimento da
exceção de suspeição. Além disso, não é só o Juiz que está sujeito à
exceção de suspeição, podendo ser alvos da exceção, ainda, os
membros do MP, os serventuários, os auxiliares da Justiça e os
Jurados. Vejamos:
Art. 104. Se for argüida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz,
depois de ouvi-lo, decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção de
provas no prazo de três dias.
Art. 105. As partes poderão também argüir de suspeitos os peritos, os
intérpretes e os serventuários ou funcionários de justiça, decidindo o juiz de
plano e sem recurso, à vista da matéria alegada e prova imediata.
Art. 106. A suspeição dos jurados deverá ser argüida oralmente, decidindo de
plano do presidente do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo
recusado, não for imediatamente comprovada, o que tudo constará da ata.

Por fim, a autoridade policial não está sujeita à exceção de


suspeição, mas podem e devem se declarar suspeitas quando
ocorrerem as hipóteses legais:
Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do
inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo
legal.

5.1.2.! Exceção de Incompetência


Esta exceção se aplica apenas à incompetência territorial, por
ser relativa. As incompetências absolutas dispensam a arguição por
exceção, podendo ser arguidas por mera preliminar na defesa.
Pode ser oposta verbalmente ou por escrito, no prazo da defesa
(art. 108 do CPP). Em regra, será arguida pela defesa, podendo ainda ser
97653401252

arguida pelo MP, quando atuar como fiscal da lei.


Pode acontecer, ainda, de o próprio Juiz, de ofício, reconhecer a
incompetência relativa, prosseguindo-se na forma do art. 108 e seus §§,
ou seja, o Juiz deverá remeter os autos ao Juízo competente. Vejamos o
art. 109:
Art. 109. Se em qualquer fase do processo o juiz reconhecer motivo que o
torne incompetente, declará-lo-á nos autos, haja ou não alegação da parte,
prosseguindo-se na forma do artigo anterior.

5.1.3.! Exceções de litispendência e coisa julgada

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!4∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Estas exceções se referem à DUPLICIDADE de demandas!
idênticas.
A litispendência é a existência de duas ou mais demandas idênticas
tramitando simultaneamente. Já a coisa julgada é a existência de
demanda idêntica já transitada em jugado.
A identidade de demandas se verifica através dos seguintes fatores:
•! Igualdade de partes
•! Igualdade de fatos imputados
•! Igualdade de pedidos

Não há prazo para que a exceção de litispendência ou coisa julgada


seja suscitada, na medida em que se trata de questão de ordem pública,
ou seja, pode ser alegada a qualquer momento e em qualquer grau de
jurisdição.

CUIDADO! Na fase policial NÃO EXISTE


LITISPENDÊNCIA NEM COISA JULGADA. Se estiverem tramitando
dois inquéritos policiais em face da mesma pessoa, pelo mesmo fato, o
indiciado deve requerer o arquivamento de um deles não em razão de
litispendência, mas pelo constrangimento ilegal de estar sendo
investigado duplamente. Da mesma forma ocorre se já houve
inquérito policial arquivado por atipicidade do fato, inexistência do fato,
etc. Sendo aberto novo inquérito, não há violação à “coisa julgada”, pois
não estamos falando de processos, mas há, apenas constrangimento
ilegal, a ser resolvido pela via do Habeas Corpus.

5.1.4.! Exceção de ilegitimidade da parte


A exceção de ilegitimidade da parte é, em regra, referente à
divergência entre a pessoa que deveria figurar no polo (ativo ou
97653401252

passivo) da demanda e a que efetivamente figura. É a denominada


ilegitimidade ad causam.
Assim, se MP oferece denúncia em crime de ação penal privada, temos
hipótese de ilegitimidade ativa ad causam, pois quem deveria ajuizar a
ação, neste caso, é a vítima, e não o MP.
Embora essa seja a regra, majoritariamente a Doutrina admite a
exceção de ilegitimidade nos casos de ilegitimidade ad processum, ou seja,
a ausência de algum requisito para a validade da atuação daquela parte no
processo (ex.: Ofendido que oferece queixa em crime de ação penal
privada, mas sem estar representado por advogado).
No caso de ilegitimidade ad causam, a exceção será sempre
peremptória, e o processo deverá ser extinto, pois é nulidade insanável

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!4Ε!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
(art. 564, II do CPP). No caso da ilegitimidade ad processum, a exceção!
poderá ser peremptória ou dilatória, caso a parte não consiga sanar a
nulidade, hipótese na qual o processo é extinto, ou caso a parte consiga
sanar a nulidade, hipótese na qual o processo seguirá.

5.2.! Questões prejudiciais


As questões prejudiciais exigem, necessariamente, análise antes do
mérito. Estão regulamentadas nos arts. 92 a 94 do CPP. Vejamos:
Art. 92. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de
controvérsia, que o juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil das
pessoas, o curso da ação penal ficará suspenso até que no juízo cível seja a
controvérsia dirimida por sentença passada em julgado, sem prejuízo,
entretanto, da inquirição das testemunhas e de outras provas de natureza
urgente.
Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, quando
necessário, promoverá a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada,
com a citação dos interessados.
Art. 93. Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de
decisão sobre questão diversa da prevista no artigo anterior, da competência
do juízo cível, e se neste houver sido proposta ação para resolvê-la, o juiz
criminal poderá, desde que essa questão seja de difícil solução e não verse
sobre direito cuja prova a lei civil limite, suspender o curso do processo, após
a inquirição das testemunhas e realização das outras provas de natureza
urgente.
§ 1o O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá ser razoavelmente
prorrogado, se a demora não for imputável à parte. Expirado o prazo, sem que
o juiz cível tenha proferido decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo,
retomando sua competência para resolver, de fato e de direito, toda a matéria
da acusação ou da defesa.
§ 2o Do despacho que denegar a suspensão não caberá recurso.
§ 3o Suspenso o processo, e tratando-se de crime de ação pública, incumbirá
ao Ministério Público intervir imediatamente na causa cível, para o fim de
promover-lhe o rápido andamento.
Art. 94. A suspensão do curso da ação penal, nos casos dos artigos anteriores,
será decretada pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes.
97653401252

Para que uma questão seja considerada PREJUDICIAL em relação à


matéria de fundo (mérito) discutida no processo penal, deve ter as
seguintes características:
•! Anterioridade lógica – A questão prejudicial é uma condição
prévia à análise do mérito.
•! Necessariedade – A análise da questão deve ser necessária,
indispensável para que se possa analisar a TIPICIDADE da
conduta que é o mérito do processo penal.
•! Autonomia – A questão prejudicial pode ser discutida em outro
processo, ou seja, fora do processo criminal.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!4Φ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
!

CUIDADO: Não podemos confundir questões prejudiciais


com questões PRELIMINARES. As prejudiciais interferem no mérito da
causa, pois o seu reconhecimento, ou não, terá consequências diretas na
análise do mérito. As questões preliminares interferem apenas na
esfera processual, ou seja, o seu reconhecimento leva à prolação de
uma sentença de extinção sem análise do mérito. No entanto, AMBAS
devem ser analisadas antes do mérito.

As questões prejudiciais podem ser classificadas em:


•! Totais ou parciais – De acordo com a interferência na análise da
tipicidade do crime. Se influenciar no reconhecimento do tipo penal
básico, será TOTAL. Se influenciar apenas no reconhecimento de
alguma circunstância que se agrega ao tipo penal básico (uma
qualificadora, por exemplo), será PARCIAL.
•! Penais ou extrapenais – Serão penais caso se refiram ao mesmo
ramo do Direito, e extrapenais caso se refiram a outros ramos do
Direito. São também chamadas de homogêneas e heterogêneas.
Nesse último caso poderão ser OBRIGATÓRIAS (devolutiva
absoluta) ou FACULTATIVAS (devolutivas relativas). As
obrigatórias ORBIGAM a suspensão do processo até que seja
resolvida a questão. As relativas não obrigam a suspensão do
processo, sendo uma mera faculdade do Juiz.

Podemos esquematizar da seguinte forma:


QUESTÕES PREJUDICIAIS
HETEROGÊNEAS (EXTRAPENAIS) HOMOGÊNEAS
(PENAIS)
OBRIGATÓRIAS FACULTATIVAS
97653401252

(Devolutivas (Devolutivas relativas)


absolutas)
Obrigam a suspensão NÃO obrigam a suspensão
do processo do processo (suspensão
facultativa)

Da decisão que ordenar a suspensão do processo (seja na hipótese


obrigatória seja na facultativa) caberá RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
(RESE), nos termos do art. 581, XVI do CPP.
Em se tratando de INDEFERIMENTO DA SUSPENSÃO, duas
hipóteses:

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!42!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
•! Se for caso de suspensão obrigatória – Caberá HABEAS!
CORPUS caso o processo possa resultar em pena privativa de
liberdade ou MANDADO DE SEGURANÇA, quando a pena
privativa de liberdade não for aplicável (súmula 693 do STF);
•! Se for caso de suspensão facultativa – Não cabe recurso nem
qualquer outra forma de impugnação, pois se trata de faculdade
do Juiz.

5.3.! Conflito de jurisdição


Esse conflito surge quando dois ou mais Juízes pretendem ou se
recusam a atuar em determinado processo. No primeiro caso, teremos
um conflito POSITIVO, no segundo caso, teremos um conflito
NEGATIVO.
O conflito de Jurisdição é um termo mais abrangente que conflito de
competência. O termo conflito de Jurisdição refere-se ao conflito que se
estabelece entre órgãos jurisdicionais de jurisdições distintas (ex.: Justiça
Comum e Justiça Federal). Já o conflito de competência se estabelece
quando os órgãos jurisdicionais em conflito pertencem à mesma jurisdição
(ex.: Dois Juízes da Justiça do estado de São Paulo, um de cada comarca).
Nos termos do art. 115, temos a legitimidade para suscitar o
conflito:
Art. 115. O conflito poderá ser suscitado:
I - pela parte interessada;
II - pelos órgãos do Ministério Público junto a qualquer dos juízos em dissídio;
III - por qualquer dos juízes ou tribunais em causa.

Uma vez instaurado o conflito, caso seja NEGATIVO, o processo


ficará necessariamente SUSPENSO e será analisado nos próprios
autos do processo principal. Caso seja um conflito POSITIVO, o
processo não necessariamente ficará suspenso, embora o relator
possa suspendê-lo, e correrá em AUTOS PRÓPRIOS. Vejamos:
97653401252

Art. 116. Os juízes e tribunais, sob a forma de representação, e a parte


interessada, sob a de requerimento, darão parte escrita e circunstanciada do
conflito, perante o tribunal competente, expondo os fundamentos e juntando
os documentos comprobatórios.
§ 1o Quando negativo o conflito, os juízes e tribunais poderão suscitá-lo nos
próprios autos do processo.
§ 2o Distribuído o feito, se o conflito for positivo, o relator poderá determinar
imediatamente que se suspenda o andamento do processo.

5.4.! Restituição de coisas apreendidas


A regulamentação da restituição das coisas apreendidas está prevista
no art. 118 a 124 do CPP. Vejamos:

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΒΓ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas!
não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo.
Art. 119. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100 do Código Penal não
poderão ser restituídas, mesmo depois de transitar em julgado a sentença final,
salvo se pertencerem ao lesado ou a terceiro de boa-fé.
Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade
policial ou juiz, mediante termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto
ao direito do reclamante.
§ 1o Se duvidoso esse direito, o pedido de restituição autuar-se-á em apartado,
assinando-se ao requerente o prazo de 5 (cinco) dias para a prova. Em tal
caso, só o juiz criminal poderá decidir o incidente.
§ 2o O incidente autuar-se-á também em apartado e só a autoridade judicial o
resolverá, se as coisas forem apreendidas em poder de terceiro de boa-fé, que
será intimado para alegar e provar o seu direito, em prazo igual e sucessivo ao
do reclamante, tendo um e outro dois dias para arrazoar.
§ 3o Sobre o pedido de restituição será sempre ouvido o Ministério Público.
§ 4o Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz remeterá
as partes para o juízo cível, ordenando o depósito das coisas em mãos de
depositário ou do próprio terceiro que as detinha, se for pessoa idônea.
§ 5o Tratando-se de coisas facilmente deterioráveis, serão avaliadas e levadas
a leilão público, depositando-se o dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro
que as detinha, se este for pessoa idônea e assinar termo de responsabilidade.
Art. 121. No caso de apreensão de coisa adquirida com os proventos da
infração, aplica-se o disposto no art. 133 e seu parágrafo.
Art. 122. Sem prejuízo do disposto nos arts. 120 e 133, decorrido o prazo de
90 dias, após transitar em julgado a sentença condenatória, o juiz decretará,
se for caso, a perda, em favor da União, das coisas apreendidas (art. 74, II, a
e b do Código Penal) e ordenará que sejam vendidas em leilão público.
Parágrafo único. Do dinheiro apurado será recolhido ao Tesouro Nacional o que
não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.
Art. 123. Fora dos casos previstos nos artigos anteriores, se dentro no prazo
de 90 dias, a contar da data em que transitar em julgado a sentença final,
condenatória ou absolutória, os objetos apreendidos não forem reclamados ou
não pertencerem ao réu, serão vendidos em leilão, depositando-se o saldo à
disposição do juízo de ausentes.
Art. 124. Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da União for
decretada, e as coisas confiscadas, de acordo com o disposto no art. 100 do
97653401252

Código Penal, serão inutilizados ou recolhidos a museu criminal, se houver


interesse na sua conservação.

Depois de cumprida a finalidade da apreensão, a coisa


apreendida deve ser devolvida a quem de direito. Entretanto, há
casos em que a coisa apreendida só poderá ser devolvida se cumpridas
algumas condições ou, em alguns casos, a restituição é vedada.
É vedada a restituição das seguintes coisas aprendidas:
•! Quando o processo ainda interessar ao processo ou à investigação
policial.
•! Quando se tratar de instrumentos do crime, cujo fabrico, uso, porte,
alienação ou detenção constitua fato ilícito.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Β1!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
•! Quando se tratar de produto ou proveito do crime (obviamente, não !
será devolvido ao infrator, mas deverá ser devolvido ao dono, caso
seja pessoa conhecida).
•! Quando houver dúvida sobre o legítimo direito daquele que reclama
a restituição da coisa apreendida (Ver art. 120 do CPP).

A Doutrina diferencia, ainda, o PEDIDO DE RESTITUIÇÃO do


INCIDENTE DE RESTITUIÇÃO. O primeiro é um procedimento bastante
simples, que consiste no mero pedido (uma simples petição nos autos do
processo criminal) de restituição da coisa apreendida.
O segundo, por sua vez, é um PROCEDIMENTO instaurado nas
hipóteses previstas na Lei, quando a restituição depender de
instrução probatória para se analisar o direito do reclamante. Será
determinado pelo Juiz, após provocação da autoridade policial (no
Inquérito) ou da parte interessada (no inquérito ou no processo penal),
sendo autuado em apartado. É cabível em duas hipóteses:
•! Dúvida quanto ao direito do reclamante.
•! Quando os bens reclamados tiverem sido apreendidos em
poder de terceiro de boa-fé.

Caso persista a dúvida quanto à legitimidade do reclamante, o Juiz


deverá remeter as partes ao Juízo Cível (art. 120, §4º do CPP).
Da decisão que deferir ou indeferir o pedido no INCIDENTE DE
RESTITUIÇÃO, caberá APELAÇÃO, nos termos do art. 593, II do CPP
(decisão interlocutória mista).
Com relação à decisão no PEDIDO DE RESTITUIÇÃO (aquela
petição simples no curso do processo), a Doutrina entende que não cabe
apelação, podendo se falar em correição parcial e HC ou MS (a
depender do caso).

5.5.! Medidas assecuratórias


97653401252

O crime, além de repercutir na esfera criminal, pode possuir reflexos


civis, gerando o dever de indenizar. Para garantir a satisfação do crédito
que a vítima possui frente ao ofensor, algumas medidas podem ser
tomadas, são as chamadas medidas assecuratórias.
Vejamos:
•! SEQUESTRO DE BENS IMÓVEIS (arts. 125 a 133 do CPP) –
Deve ser ajuizado perante o juízo criminal, com vistas à
INDISPONIBILIDADE dos bens imóveis do investigado ou
acusado, ou que estejam em nome de terceiros, mas tenham
sido adquiridos com o proveito da infração penal (laranja). Se o
terceiro não estava de má-fé, ou seja, em conluio com o infrator,
deverá requerer a liberação do bem mediante embargos. Pode

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Β3!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
ser determinado ex officio pelo Juiz ou ser requerido pelo MP e!
pelo ofendido. Durante a fase investigatória, pode a autoridade
policial representar ao Juiz pela necessidade da decretação da
medida. A Lei prevê que a insurgência contra a decretação
do sequestro se dê através de EMBARGOS, mas a Doutrina
admite ainda o MS e a APELAÇÃO nestes casos. O
levantamento do sequestro significa a perda da eficácia da
medida assecuratória e se dará nas quatro hipóteses do art. 131
do CPP, bem como no caso de PROCEDÊNCIA DOS EMBARGOS;
•! HIPOTECA LEGAL (arts. 134 a 144 do CPP) – É uma medida
assecuratória que se constitui em DIREITO REAL DE
GARANTIA, incidindo sobre o patrimônio do próprio réu,
não podendo atingir terceiros. Recairá sobre bens imóveis e
poderá atingir tanto o patrimônio obtido de forma lícita quanto
o obtido de forma ilícita. Tem por finalidade evitar que o réu
deteriore seu patrimônio para não saldar a dívida com a vítima.
Embora o art. 134 do CPP fale em indiciado, o
requerimento de HIPOTECA LEGAL só é cabível na fase
JUDICIAL. Só poderá ser decretada a medida se houver o
chamado periculum in mora, ou seja, o interessado deve
demonstrar que o réu está deteriorando ou prestes a deteriorar
seu patrimônio, de forma que deve o Juiz agir para evitar que
isso ocorra e seja prejudicada a satisfação do crédito da vítima.
O MP, em regra, NÃO TEM LEGITIMIDADE para fazer este
requerimento, mas, nos termos do art. 142 do CPP, terá
legitimidade para tal caso se trate de vítima pobre ou caso
haja interesse da Fazenda Pública. Da decisão acerca da
hipoteca legal caberá APELAÇÃO. Nos termos do art. 141, a
hipoteca será cancelada no caso de extinção da
punibilidade ou absolvição criminal, ambas transitadas
em julgado. No entanto, a Doutrina entende que a hipoteca
pode ser cancelada numa terceira hipótese, que se dá no
caso de o réu oferecer caução, nos termos do art. 135, §6º
do CPP. 97653401252

•! ARRESTO PREVENTIVO – Trata-se de uma medida prévia à


hipoteca legal, tendo natureza pré-cautelar, cuja finalidade é
tornar os bens do indiciado INDISPONÍVEIS enquanto
tramita o requerimento de hipoteca legal (que é demorado),
nos termos do art. 136 do CPP. Uma vez efetivado, será
revogado se o interessado não promover o processo de hipoteca
legal no prazo máximo de 15 dias a contar da efetivação da
medida. Caso seja promovido o processo de hipoteca legal no
prazo correto, o arresto preventivo continua a produzir efeitos
durante todo o curso do processo de hipoteca legal. Chegando
ao fim o processo de hipoteca legal, cessarão os efeitos do
arresto preventivo. Caso o processo criminal transite em julgado
antes do processo da hipoteca legal, teremos duas situações.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Β4!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Sendo absolutória a sentença, o processo de hipoteca será!
extinto e o arresto perderá a eficácia. Sendo condenatória a
sentença, fica prejudicado o pedido de hipoteca (que só pode
tramitar enquanto não transita em julgado o processo criminal),
remetendo os autos ao Juízo cível, de forma a aguardar que a
vítima adote as providências necessárias à satisfação do seu
crédito;
•! ARRESTO (art. 137 do CPP) – Não tem relação com o
arresto preventivo, e se parece com a hipoteca legal, mas
refere-se a bens MÓVEIS, de origem lícita, pertencentes
ao réu. Aplicam-se ao arresto, as normas referentes à hipoteca
legal, no que couber. A Doutrina se divide quanto à possibilidade
de utilização do arresto preventivo como medida prévia ao
arresto. Embora a lei determine sua aplicação somente em
relação à hipoteca legal, a Doutrina majoritária entende
que é possível sua utilização prévia ao arresto.
•! ALIENAÇÃO ANTECIPADA – Aplicável a todas as hipóteses de
medidas assecuratórias, tem por finalidade a PRESERVAÇÃO
DO VALOR DOS BENS, sempre que: a) Estiverem sujeitos a
qualquer grau de deterioração ou depreciação; b) Houver
dificuldade para sua manutenção. O leilão será
preferencialmente realizado por meio eletrônico, e terá como
valor mínimo aquele fixado na avaliação judicial dos bens.
Caso não seja alcançado tal valor, será realizado um segundo
leilão, em até 10 dias da realização do primeiro, no qual o
lance mínimo será de 80% do valor da avaliação judicial29.
O produto da alienação ficará à disposição do Juízo até o final do
processo. Ao final, será convertido em renda em favor do ente
federado respectivo, no caso de condenação. No caso de
absolvição, será devolvido ao acusado. Se a medida recair
sobre dinheiro, inclusive moeda estrangeira, títulos, valores
mobiliários ou cheques emitidos como ordem de pagamento, o
juízo determinará a conversão do numerário apreendido em
moeda nacional corrente e o depósito das correspondentes
97653401252

quantias em conta judicial. Em se tratando de veículos,


embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de
trânsito (ou órgão equivalente) a expedição de certificado de
registro e licenciamento em favor do arrematante, ficando este
livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores,
sem prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo
proprietário.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
29
O valor dos títulos da dívida pública, das ações das sociedades e dos títulos de crédito negociáveis
em bolsa será o da cotação oficial do dia, provada por certidão ou publicação no órgão oficial (art.
144-A, §6º do CPP).

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΒΒ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
5.6.! Incidente de falsidade documental !
Tem por finalidade verificar se um documento inserido nos
autos do processo criminal é, de fato, autêntico.
Embora em regra o incidente de falsidade documental se dê para
verificação da existência de falsidade material (relativa à própria existência
ou forma do documento), a jurisprudência vem admitindo a
instauração do procedimento para apurar a existência de
FALSIDADE IDEOLÓGICA (relativa ao conteúdo, às informações contidas
no documento).
Só é cabível o incidente de falsidade documental na fase do
processo penal, não sendo possível durante o inquérito policial.

Não possui efeito suspensivo, motivo pelo qual o processo criminal


continua tramitando normalmente.
Poderá ser suscitado pela parte interessada (inclusive o MP) ou
instaurado de ofício pelo Juiz. Em qualquer caso, será autuado em
apartado, sendo aberto prazo de 48 horas para que a parte contrária se
manifeste. Após, retornarão os autos ao Juiz, que poderá requerer a
realização de diligências e, logo após, decidirá o caso.
Se improcedente o incidente, o documento permanece nos autos. Se
procedente, o documento será desentranhado dos autos e serão
encaminhadas cópias ao Ministério Público, para que seja analisada
eventual prática de crime. Qualquer que seja a decisão, será cabível
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RESE), nos termos do art. 581,
XVIII do CPP.

5.7.! Incidente de insanidade mental


Tem cabimento sempre que, em razão das características do
delito ou do comportamento do agente, o Juiz tiver dúvidas quanto
à sua capacidade mental. Poderá ser instaurado de ofício ou mediante
representação da autoridade policial, requerimento do MP, do defensor, do
97653401252

réu, seu curador ou parentes.


O indeferimento do pedido pode ser atacado via HABEAS
CORPUS, e o deferimento poderá ser questionado mediante
CORREIÇÃO PARCIAL.
Será autuado em apartado e será SUSPENSO O ANDAMENTO DO
PROCESSO, caso já iniciado. Aí está uma diferença em relação ao
incidente de falsidade documental: O incidente de insanidade mental
pode ser instaurado no curso do inquérito. No entanto, somente se
instaurado no curso do processo é que este ficará suspenso. Caso
instaurado no curso do Inquérito, o IP não ficará suspenso.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΒΧ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Embora o querelante e o assistente de acusação não tenham!
legitimidade para requerer a instauração deste incidente, terão legitimidade
para apresentar quesitos, nos termos do art. 159, § 3º do CPP.
A perícia realizada no acusado/investigado deverá apontar as
condições mentais do indivíduo em dois momentos:
a) na época do fato
b) atualmente
Sendo instaurado no curso do processo, três conclusões podem
existir:
•! Normalidade na época do fato e normalidade atual – O incidente
é apensado ao processo principal e “vida que segue”.
•! Normalidade na época do fato e incapacidade mental atual –
Nos termos do art. 152 do CPP. Absurdamente, o processo deve
permanecer suspenso até que o acusado se restabeleça ou ocorra a
extinção da punibilidade (já que o prazo prescricional não fica
suspenso).
•! Incapacidade mental à época do fato – O incidente é apensado ao
processo principal, que prosseguirá sendo o réu assistido por um
curador. Na sentença, duas possibilidades existem: a) réu era
inimputável: Nesse caso, o réu será absolvido, podendo ser aplicada
medida de segurança; b) réu era semi-imputável: O réu pode ser
absolvido ou condenado. Sendo absolvido, não será imposta medida
de segurança. No caso de condenação, a pena deverá ser reduzida de
1/3 a 2/3 ou substituída por medida de segurança.

Sendo instaurado no curso do Inquérito Policial, temos duas


hipóteses de desfecho:
•! O IP finaliza antes do término do incidente – Caso o MP ofereça
a denúncia, o Juiz, caso a receba, determinará a suspensão do
processo até o término do incidente.
97653401252

•! O incidente finaliza antes do término do IP – O incidente será


remetido a Juízo, aguardando eventual ajuizamento da inicial
acusatória. Uma vez ajuizada e recebida pelo Juiz, este determinará
as providências necessárias, de acordo com a conclusão obtida no
incidente.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Β∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Sobrevindo incapacidade durante a execução penal, aplica-se o art. !
41 do CP e o art. 183 da LEP (prejudicado o art. 154 do CPP).
Assim, o Juiz pode determinar a transferência para estabelecimento
adequado, de forma que, recuperado, o condenado voltará a cumprir a
pena pelo período que falta (computando-se o período em que ficou
internado), nos termos do art. 41 do CPP. Ou, caso o Juiz aplique o art.
183 da LEP, converte-se o saldo da pena (quanto tempo resta) em
medida de segurança. Caso o condenado se recupere antes do término
da pena, no entanto, não voltará ao presídio.

6.! RESUMO

ATOS PROCESSUAIS
•! Atos das partes
•! Atos do Juiz (atos jurisdicionais)

FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS - NULIDADES


Em regra, não possuem forma definida. No entanto, quando a lei
expressamente determinar a prática do ato processual mediante uma
determinada forma, ela deve ser cumprida, sob pena de nulidade.
OBS.: Em alguns casos, mesmo diante do descumprimento da forma
estabelecida em lei, alguns atos processuais podem não ter sua nulidade
decretada, desde que o ato alcance sua finalidade sem causar prejuízo
às partes. - Princípio do “prejuízo”, ou do “pas de nullité sans grief”
(Não há nulidade sem prejuízo). Assim, busca-se conservar o ato que
alcançou sua finalidade sem causar prejuízo (princípio da conservação).
OBS.2: A própria parte que deu causa à nulidade não pode invocá-la, ainda
que lhe tenha causado prejuízo. Trata-se do princípio do “venire contra
factum proprium”.

Renovação e retificação - Caso não tenha sido sanada a nulidade, os


97653401252

atos serão renovados ou retificados.


Princípio da causalidade - A nulidade de um ato importa, ainda, na
nulidade de todos os atos que dele DIRETAMENTE dependam ou sejam
consequência. O Juiz, ao declarar a nulidade, deve determinar a quais atos
ela se estende

IMPORTANTE: Competência penal por prevenção


Súmula 706 do STF
É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por
prevenção.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΒΕ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! ! !!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS !
Os atos processuais se praticam, em regra, EM QUALQUER DIA.
Entretanto, as sessões de JULGAMENTO somente podem ocorrer em
dias úteis. Porém, caso tenham se iniciado em dia útil, e não tenham
terminado, prosseguirão mesmo que adentrem em dias não-úteis.

PRAZOS PROCESSUAIS
•! Os prazos processuais são contínuos
•! Não se interrompem em férias, domingos e feriados
•! O início não pode se dar em dia não útil
•! Se o último dia for não útil, será prorrogado o prazo até o dia útil
seguinte
•! O prazo se inicia no dia útil seguinte ao marco inicial (exclui-se o dia
do começo)
OBS.: Isto só ocorre com os chamados PRAZOS PROCESSUAIS. Os
prazos que, embora presentes no CPP, sejam considerados prazos
MATERIAIS (referentes ao próprio Direito Material em si, o que às vezes
é difícil de diferenciar) são computados de maneira diversa, incluindo-se o
dia do começo.
Qual o marco inicial da contagem do prazo? O momento em que a
parte toma ciência da decisão que determina a prática do ato. Esse
momento da ciência pode se dar através:
•! De intimação.
•! De audiência na qual a parte seja cientificada do ato.
•! Do dia em que a parte manifestar ciência do ato nos autos.
OBS.: Juízes também possuem prazo para a prática de seus atos. Porém,
o descumprimento dos prazos pelo Juiz não acarreta a impossibilidade de
sua prática posteriormente, pois não existe “preclusão pro judicato”.

LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS


•! Os atos processuais são praticados, em regra, na sede do Juízo
97653401252

•! No entanto, nada impede que sejam realizados em outros locais,


a critério do Juiz
•! Atos que devam ser praticados em outra comarca - Serão
realizados por carta precatória
•! Atos que devam ser praticados em outro país – Serão realizados
por carta rogatória
•! Atos que devam ser praticados perante o Juiz singular, caso
esteja tramitando o processo no Tribunal – Serão realizados por
meio de carta de ordem

COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS


CITAÇÃO

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΒΦ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Conceito - A citação é o ato pelo qual se chama o réu para participar do!
processo que em face dele foi movido.
Modalidades
Citação pessoal
Em regra, se faz mediante MANDADO DE CITAÇÃO.
O mandado deverá conter:
•! O nome do juiz
•! O nome do querelante nas ações iniciadas por queixa
•! O nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos
•! A residência do réu, se for conhecida
•! O fim para que é feita a citação
•! O juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer
•! A subscrição do escrivão e a rubrica do juiz
OBS.: Caso o citando resida em local não abrangido pela jurisdição do Juiz
em que tramita o processo, será citado por CARTA PRECATÓRIA.
A precatória deve indicar:
•! O juiz deprecado e o juiz deprecante
•! A sede da jurisdição de um e de outro
•! O fim para que é feita a citação, com todas as especificações
•! O juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparece
E se o Juízo deprecado verificar que o réu não reside em sua
localidade? Neste caso:
•! Deverá encaminhar ao Juízo competente, se houver tempo para
realizar-se a citação (caráter itinerante da carta precatória)
•! Deverá devolver a precatória ao Juízo deprecante, caso não haja mais
tempo para realizar-se a citação

Modalidades especiais de citação pessoal


Citação do militar – Deve ser feita por intermédio do respectivo chefe de
serviço
Citação do funcionário público – Citado pessoalmente, notificando-se o
97653401252

seu chefe a respeito de dia e hora em que o funcionário deva comparecer


em Juízo.
Citação do réu preso – Será feita pessoalmente. NULA a citação por edital
de réu preso na mesma Unidade da Federação em que se encontra o Juízo
que determina a citação (súmula 351 do STF).
OBS.: O comparecimento espontâneo do acusado sana eventual nulidade
ou falta da citação, desde que não tenha havido prejuízo para a defesa, nos
termos do art. 570 do CPP e do entendimento consolidado do STJ.
Citação do acusado no estrangeiro (em local conhecido) – Será feita
mediante carta rogatória. Suspende-se o curso do prazo prescricional. Não
cabe nos Juizados (neste caso, os autos devem ser remetidos ao Juízo
comum).

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Β2!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Citações em legações estrangeiras – Serão realizadas por meio de carta!
rogatória.

CITAÇÃO FICTA
Citação por hora certa
Cabimento – Quando o réu se oculta para não ser citado
Regramento – Segue a regulamentação do processo civil
Revelia – Se o réu não constituir defensor nem apresentar resposta, o Juiz
nomeará defensor para apresentar a resposta, e o processo segue.

Citação por edital


Cabimento – Quando o réu se encontra em lugar desconhecido.
Regramento – Será afixado edital na sede do Juízo processante.
Revelia – Se o réu não constituir defensor nem apresentar resposta, o
processo fica suspenso. Suspende-se também o curso do prazo
prescricional. Juiz poderá determinar a produção antecipada de provas e
decretar a prisão preventiva. EXCEÇÃO: Não se aplica tal previsão
(suspensão) aos crimes de lavagem de capitais.
OBS.: Prazo prescricional fica suspenso por quanto tempo? STF
possui julgados antigos no sentido de que fica por prazo indeterminado.
STJ entende que o período de suspensão será calculado com base na pena
máxima em abstrato (súmula 415 do STJ).

INTIMAÇÕES
Conceito - As intimações são várias durante o processo, e ocorrerão
sempre que for necessário dar ciência a alguém da prática de um ato
processual.
Intimação pessoal:
•! Defensor Público
•! MP
97653401252

•! Defensor nomeado (advogado dativo)


Intimação por publicação no órgão oficial:
•! Defensor constituído
•! Advogado do querelante
•! Assistente de acusação
OBS.: Intimação por precatória – A expedição da precatória não suspende
o processo. Basta a intimação da defesa acerca da expedição da precatória,
não sendo necessária a intimação da defesa para ciência da data da
audiência agendada no Juízo deprecado (súmula 273 do STJ). EXCEÇÃO:
Súmula 273 do STJ não se aplica quando o acusado é defendido pela
Defensoria Pública e há sede da DP no Juízo deprecado.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΧΓ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
SENTENÇA !
Requisitos formais
(i) Relatório – Resumo do que foi o processo até então
(ii) Fundamentação – Exposição dos fundamentos em que se baseou o
Juiz para tomar a decisão.
OBS.: Jurisprudência vem aceitando e chamada “motivação ad
relationem”, que é aquela na qual um órgão do Judiciário se remete à
decisão proferida por outro para fundamentar a sua.
(iii) Dispositivo – É a parte da sentença na qual o Juiz expressa sua
decisão, condenando ou absolvendo o réu com base na fundamentação
anteriormente exposta.
(iv) Autenticação – É a parte da sentença consistente na data e
assinatura do Juiz. Para a Doutrina e Jurisprudência majoritária, a
ausência de ASSINATURA torna a sentença inexistente. Há
entendimentos em contrário, no sentido de que seria MERA
IRREGULARIDADE, podendo o Juiz, posteriormente, colocar sua
assinatura.

Princípio da identidade física do Juiz - Significa, basicamente, que o


Juiz que presidir a instrução deverá proferir a sentença. EXCEÇÕES: A
obrigatoriedade de que o Juiz que presidiu a instrução esteja obrigado a
proferir sentença deve ser relativizada em alguns casos. Isso ocorrerá nas
hipóteses de Juiz:
•! Promovido
•! Licenciado
•! Afastado
•! Convocado
•! Aposentado
Regra da PLACA (P.L.A.C.A.)!
97653401252

Sentença absolutória
Conceito - É a sentença que julga improcedente a acusação, absolvendo o
réu.
Efeitos:
•! Imediata colocação do réu em liberdade, caso preso
•! Levantamento do sequestro incidente sobre bens do acusado
•! Cancelamento da hipoteca legal e do arresto determinados
sobre o patrimônio ilícito do acusado
•! Restituição integral da fiança eventualmente paga
•! Impede a propositura de ação civil de indenização pelo fato
(ação civil ex delicto) quando a absolvição: a) se fundar na

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Χ1!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
presença de excludente de ilicitude; b) Ficar comprovado que o réu!
não concorreu para o fato ou que o fato não existiu.
ATENÇÃO! Sentença absolutória imprópria: aquela que se aplica àqueles
que eram inimputáveis no momento do fato. Neste caso, o réu é absolvido,
mas aplica-se medida de segurança.

Sentença penal condenatória


Conceito - É a sentença que reconhece a responsabilidade do réu em
decorrência da infração penal, condenando-o. Ao proferir sentença
condenatória, o Juiz, dentre outras coisas, deverá fixar valor mínimo para
a reparação dos danos.
OBS.: STJ - Juiz somente poderá fixar este valor mínimo para a reparação
do dano se houver pedido do interessado e se o fato for discutido no
processo, para possibilitar que o réu se defenda deste ponto específico.
DOUTRINA – Há divergência, havendo quem sustente ser desnecessário
o pedido.
OBS.: O Juiz pode CONDENAR o réu mesmo que o MP, nos crimes de
ação penal pública, requeira sua absolvição.

Efeitos da sentença penal condenatória


Efeitos penais
Primário
•! Imposição da pena
Secundários
•! Reincidência
•! Inscrição do nome do réu no rol dos culpados
OBS.: Tais efeitos, de acordo com a CF-88, só podem ser aplicados quando
ocorrer o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. O STF,
porém, ao julgar o HC 126.292, decidiu que a pena pode ser cumprida
após condenação em segunda instância por órgão colegiado. Assim, é
97653401252

possível que o entendimento também mude com relação à aplicação destes


efeitos.

Efeitos extrapenais
Genéricos
Incidem sobre toda e qualquer condenação, estando previstos no art. 91
do CP. São automáticos.
Específicos
Recaem apenas sobre condenações relativas a determinados crimes, e não
a todos os crimes em geral, estando previstos no art. 92 do CP. Não são
automáticos, de forma que o Juiz deve fazer constar expressamente na
sentença.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Χ3!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
!
Princípio da correlação e princípio da consubstanciação
O princípio da correlação (ou da congruência) prega que a sentença deve
se amoldar ao FATO descrito na denúncia ou queixa, não podendo o
Juiz decidir fora dos limites que lhe foram colocados, pois isso importaria
em violação a outro princípio, o PRINCÍPIO DA INÉRCIA. Assim, é
vedado ao Juiz proferir sentença ultra, citra e extra-petita. O princípio da
congruência retira seu fundamento de outro princípio, o princípio da
CONSUBSTANCIAÇÃO, segundo o qual o acusado se defende dos
FATOS QUE LHE SÃO IMPUTADOS, de forma que uma sentença que
extrapole estes limites, além de violar o princípio da INÉRCIA, viola,
ainda, os princípios do contraditório e da ampla defesa.

Emendatio libelli
Este instituto possibilita ao Juiz, sem alterar a descrição dos fatos, alterar
a “capitulação legal” do fato descrito na denúncia.
OBS: Se, em razão disso, o Juiz reconhecer sua incompetência, deverá
remeter os autos ao Juízo competente.
OBS.: Se verificar que há possibilidade de suspensão condicional do
processo, deverá remeter os autos ao MP, para que verifique se é o caso
de oferecimento da proposta.

Mutatio libelli
Conceito - Aqui não há mera alteração da definição jurídica do fato, mas
alteração da definição jurídica do fato em razão do surgimento de novas
provas em relação a fatos que não estavam previstos inicialmente
na peça inicial acusatória.
Regramento:
•! O membro do MP deve aditar a denúncia, em 05 dias
•! Se o membro do MP não aditar, o Juiz envia o caso ao Chefe do MP,
que decidirá 97653401252

•! Havendo o aditamento, o defensor do acusado será ouvido em 05


dias
•! Admitido o aditamento, o Juiz reiniciará a instrução processual
•! Após o aditamento, cada parte poderá arrolar até 03 testemunhas
OBS.: Só se aplica a mutatio libelli na primeira instância (súmula 453 do
STF).

Intimação da sentença
•! Querelante ou assistente – serão intimados pessoalmente OU na
pessoa de seu advogado. Se nenhum deles for encontrado a
intimação será feita mediante edital.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Χ4!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
•! Réu preso – pessoalmente !
•! Réu solto com defensor constituído – pessoalmente (ou por
edital, caso não encontrado) OU ao defensor constituído (STJ)
•! Réu solto com defensor nomeado pelo Juízo – pessoalmente ou
por edital, caso não encontrado (além da intimação do defensor
nomeado).
•! MP – Pessoalmente, sempre.

QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES


As questões e processos incidentes são situações que aparecem no
curso do processo e devem ser resolvidas pelo Juiz. Não são
relativas ao mérito da demanda e podem ou não prejudicar a análise do
mérito.

EXCEÇÕES
Meios de defesa indireta. Não impugnam o mérito da causa. São autuadas
em apartado. Não possuem, em regra, efeito suspensivo. Podem ser:
•! Peremptórias – Se julgadas procedente, extinguem o processo
(Ex.: Coisa julgada e litispendência)
•! Dilatórias – Se julgadas procedentes, apenas retardam o curso
do processo (Ex.: Exceção de suspeição e incompetência)

Exceção de suspeição
Busca afastar do processo o Juiz cuja imparcialidade aparenta estar sob
ameaça. A suspeição só pode ser arguida até a sentença.
Rito
•! Apresentada a exceção, se o Juiz a acolher, deverá se afastar do
processo, remetendo os autos ao Juiz que o deva substituir.
•! Caso não reconheça sua suspeição, deverá determinar a autuação
em apartado e ele mesmo, o próprio Juiz, apresentar RESPOSTA
97653401252

ESCRITA em 03 dias, remetendo os autos em 24h ao Tribunal, para


julgamento.
OBS.: Aplica-se a exceção de suspeição ao membro do MP, aos
serventuários, aos auxiliares da Justiça e aos Jurados.
OBS.: A exceção de impedimento segue o mesmo procedimento da
exceção de suspeição.
OBS.: A autoridade policial não está sujeita à exceção de suspeição,
mas podem e devem se declarar suspeitas quando ocorrerem as
hipóteses legais.

Exceção de incompetência

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΧΒ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Esta exceção se aplica apenas à incompetência relativa. As incompetências!
absolutas dispensam a arguição por exceção (podem ser arguidas como
preliminar de defesa). Pode ser oposta verbalmente ou por escrito, no
prazo da defesa. Se o próprio Juiz reconhecer sua incompetência, de
ofício, remeterá os autos ao Juízo competente.

Exceções de litispendência e coisa julgada


Estas exceções se referem à DUPLICIDADE de demandas idênticas. A
litispendência é a existência de duas ou mais demandas idênticas
tramitando simultaneamente. Já a coisa julgada é a existência de
demanda idêntica já transitada em jugado. A identidade de demandas
se verifica através dos seguintes fatores:
•! Igualdade de partes
•! Igualdade de fatos imputados
•! Igualdade de pedidos

Exceção de ilegitimidade da parte


Ilegitimidade ad causam – exceção peremptória, pois conduzirá à
extinção do processo
Ilegitimidade ad processum – exceção dilatória (se a parte sanar o vício)
ou peremptória (caso não sanado, será extinto o processo).

Questões prejudiciais
Características:
•! Anterioridade lógica – A questão prejudicial é uma condição
prévia à análise do mérito.
•! Necessariedade – A análise da questão deve ser necessária,
indispensável para que se possa analisar a TIPICIDADE da
conduta que é o mérito do processo penal.
•! Autonomia – A questão prejudicial pode ser discutida em outro
97653401252

processo, ou seja, fora do processo criminal.


Podem ser:
•! Totais ou parciais
•! Penais (homogêneas) ou extrapenais (heterogêneas)
OBS.: As heterogêneas podem ser:
•! Devolutivas absolutas – Suspensão obrigatória do processo
•! Devolutivas facultativas – Suspensão facultativa do processo

Conflito de jurisdição
Dois ou mais Juízes pretendem (positivo) ou se recusam a (negativo) atuar
em determinado processo.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΧΧ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Uma vez instaurado o conflito: !
•! Caso seja NEGATIVO - O processo ficará necessariamente
SUSPENSO e será analisado nos próprios autos do processo
principal.
•! Caso seja POSITIVO – O processo não necessariamente ficará
suspenso, embora o relator possa suspendê-lo, e correrá em
AUTOS PRÓPRIOS.

Restituição de coisas apreendidas


Depois de cumprida a finalidade da apreensão, a coisa apreendida deve ser
devolvida a quem de direito. É vedada, porém:
•! Quando o processo ainda interessar ao processo ou à
investigação policial.
•! Quando se tratar de instrumentos do crime, cujo fabrico, uso, porte,
alienação ou detenção constitua fato ilícito.
•! Quando se tratar de produto ou proveito do crime (obviamente,
não será devolvido ao infrator, mas deverá ser devolvido ao dono, caso
seja pessoa conhecida).
•! Quando houver dúvida sobre o legítimo direito daquele que
reclama a restituição da coisa apreendida - Deve ser instaurado o
INCIDENTE de restituição.

Incidente de restituição – Cabível quando:


•! Houver dúvida quanto ao direito do reclamante.
•! Os bens reclamados tiverem sido apreendidos em poder de
terceiro de boa-fé.

MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
•! SEQUESTRO DE BENS IMÓVEIS – Deve ser ajuizado perante o
juízo criminal, com vistas à INDISPONIBILIDADE dos bens imóveis
97653401252

do investigado ou acusado, ou que estejam em nome de terceiros,


mas tenham sido adquiridos com o proveito da infração penal.
•! HIPOTECA LEGAL – DIREITO REAL DE GARANTIA, incidindo sobre
o patrimônio do próprio réu, não podendo atingir terceiros. Recairá
sobre bens imóveis e poderá atingir tanto o patrimônio obtido
de forma lícita quanto o obtido de forma ilícita.
•! ARRESTO PREVENTIVO – Trata-se de uma medida prévia à
hipoteca legal, tendo natureza pré-cautelar, cuja finalidade é tornar
os bens do indiciado INDISPONÍVEIS enquanto tramita o
requerimento de hipoteca legal (que é demorado).
•! ARRESTO – Não tem relação com o arresto preventivo, e se parece
com a hipoteca legal, mas refere-se a bens MÓVEIS, de origem
lícita, pertencentes ao réu.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Χ∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
•! ALIENAÇÃO ANTECIPADA – Aplicável a todas as hipóteses de!
medidas assecuratórias. Tem por finalidade a PRESERVAÇÃO DO
VALOR DOS BENS, sempre que: (a) Estiverem sujeitos a qualquer
grau de deterioração ou depreciação; (b) Houver dificuldade
para sua manutenção.

INCIDENTE DE FALSIDADE DOCUMENTAL


Tem por finalidade verificar se um documento inserido nos autos do
processo criminal é, de fato, autêntico. Pode se dar tanto para verificação
de falsidade material ou ideológica (posição jurisprudencial). NÃO CABE
durante a investigação.
Pode ser suscitado pela parte interessada ou pelo Juiz, de ofício. Não possui
efeito suspensivo.

INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL


Quando o Juiz tiver dúvidas acerca da capacidade mental do réu.
Instauração - Pode ser instaurado de ofício ou mediante representação
da autoridade policial, requerimento do MP, do defensor, do réu, seu
curador ou parentes.
OBS.: O incidente de insanidade mental pode ser instaurado no curso
do inquérito (neste caso não suspende o IP) ou no curso do processo
(suspende o processo).
Objeto - A perícia realizada no acusado/investigado deverá apontar as
condições mentais do indivíduo em dois momentos:
a) na época do fato
b) atualmente
Conclusões:
No curso do processo:
•! Normalidade na época do fato e normalidade atual – O incidente
é apensado ao processo principal, que segue seu curso.
97653401252

•! Normalidade na época do fato e incapacidade mental atual – O


processo deve permanecer suspenso até que o acusado se restabeleça
ou ocorra a extinção da punibilidade.
•! Incapacidade mental à época do fato – O incidente é apensado ao
processo principal, que prosseguirá sendo o réu assistido por um
curador.
No curso do IP:
•! O IP finaliza antes do término do incidente – O Juiz, caso receba a
denúncia, determinará a suspensão do processo até o término do
incidente.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΧΕ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
•! O incidente finaliza antes do término do IP – O incidente será!
remetido a Juízo, aguardando eventual ajuizamento da inicial
acusatória.

Bons estudos!
Prof. Renan Araujo

7.! EXERCÍCIOS DA AULA

01.! (FCC – 2015 – TRE-PB – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


ADMINISTRATIVA)
Ricardo é denunciado pelo Ministério Público por um crime de roubo
cometido na cidade de Rio Doce no ano de 2013. Recebida a denúncia é
expedido mandado de citação, mas Ricardo não é encontrado no endereço
fornecido durante o curso do Inquérito Policial. O Magistrado determina,
então, a citação do réu por edital. Encerrado o prazo do edital, o réu não
comparece nem constitui advogado. Neste caso, o Magistrado deverá:
a) suspender o processo e poderá determinar a produção antecipada das
provas consideras urgentes e, se o caso, decretar a prisão preventiva de
Ricardo, não havendo suspensão ou interrupção do prazo prescricional.
b) determinar o regular prosseguimento normal do feito e, uma vez que o
réu deveria ter atualizado o endereço fornecido durante a fase policial,
nomear um advogado dativo para fazer a defesa de Ricardo.
c) suspender o processo e o curso do prazo prescricional, e poderá
determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se
o caso, decretar a prisão preventiva de Ricardo.
d) determinar a suspensão do processo e a interrupção do prazo
prescricional, podendo determinar a produção antecipada de provas
consideradas urgentes e, necessariamente, decretar a prisão preventiva de
97653401252

Ricardo.
e) decretar a prisão preventiva de Ricardo e suspender o curso do processo,
sem possibilidade de produzir as provas consideradas urgentes e sem
suspensão ou interrupção do prazo prescricional.

02.! (FCC – 2015 – MPE-PB – TÉCNICO)


Sobre as citações e intimações, nos termos estabelecidos pelo Código de
Processo Penal, é INCORRETO afirmar:
a) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado
pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΧΦ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo!
endereço ao juízo.
b) Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação far-se-
á por edital, com o prazo de 5 dias.
c) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante
carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu
cumprimento.
d) A intimação do Ministério Público é sempre pessoal.
e) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva.

03.! (FCC - 2011 - TRE-PE - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA)
A respeito da citação, considere:
I. Não cabe citação com hora certa no processo penal.
II. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo
serviço.
III. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado.
Está correto o que consta SOMENTE em
A) I.
B) I e II.
C) I e III.
D) II e III.
E) III.

04.! (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE


REGISTROS)
97653401252

Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado,


A) o processo será arquivado e será extinto quando se expirar o prazo
prescricional.
B) será decretada a revelia e o processo prosseguirá com a nomeação de
defensor dativo.
C) o processo será julgado extinto sem julgamento do mérito.
D) será obrigatoriamente decretada a sua prisão preventiva.
E) ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional.

05.! (FCC - 2009 - MPE-SE - ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO -


ESPECIALIDADE DIREITO)

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Χ2!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Deve ser pessoal a intimação do !
A) advogado do querelante e do defensor nomeado.
B) assistente de acusação e do defensor constituído.
C) defensor nomeado e do Ministério Público.
D) advogado ad hoc e do defensor do querelante.
E) Ministério Público e do defensor constituído.

06.! (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Considere as seguintes assertivas sobre as citações e intimações:
I. Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação far-se-
á por edital, com o prazo de 5 (cinco) dias.
II. A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do
assistente far-se-á, em regra, pessoalmente, mas poderá ser feita por
publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da
comarca, se assim for requerido.
III. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado
pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo
justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo
endereço ao juízo.
IV. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde
logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu
prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.
De acordo com o Código de Processo Penal, está correto o que consta
APENAS em
A) III e IV.
B) I, II e III.
C) II, III e IV.
D) I e II.
97653401252

E) I, III e IV.

07.! (FCC - 2007 - TRF-2R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
A intimação do defensor nomeado, para qualquer ato do processo, será
A) por mandado, ou por via postal com comprovante de recebimento, ou
por telegrama, ou por e-mail, ou por telefone, se na comarca não houver
órgão incumbido de publicação oficial.
B) por publicação no órgão incumbido das publicações oficiais da comarca.
C) somente por carta registrada com aviso de recebimento (AR), se na
comarca não houver órgão incumbido de publicação oficial.
D) pessoal.
(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!∆Γ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
E) preferencialmente por publicação em órgão oficial ou, por qualquer meio!
idôneo, se na comarca não existir órgão incumbido de publicação oficial.

08.! (FCC - 2007 - TRF-2R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Expedida carta precatória para citação do réu, se ele estiver em território
sujeito a outro juiz que não o deprecado, este
A) devolverá os autos da precatória ao juízo deprecante com a informação
sobre o paradeiro do réu, mesmo que haja tempo para fazer a citação.
B) remeterá os autos para o juiz da comarca onde se encontra o réu, para
que seja efetivada a diligência, desde que haja tempo para fazer a citação.
C) mandará o oficial de justiça cumprir a precatória na comarca onde o réu
se encontra.
D) expedirá ofício ao juízo deprecante solicitando aditamento da precatória
com o novo endereço do réu.
E) expedirá ofício ao juízo deprecante comunicando a circunstância e
aguardará resposta com as providências que deva tomar.

09.! (FCC - 2007 - TRF-4R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
Tício está residindo na França, mas em endereço desconhecido. Nesse
caso, a sua citação far-se-á por
A) edital.
B) carta rogatória.
C) carta precatória.
D) carta com aviso de recebimento.
E) hora certa no respectivo consulado.

10.! (FCC – 2011 – TCE-SP – PROCURADOR) 97653401252

Em relação à citação, segundo a legislação processual penal em vigor


analise as seguintes assertivas:
I. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante
carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu
cumprimento.
II. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 30
(trinta) dias.
III. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma
estabelecida pelo Código de Processo Civil.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!∆1!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
b) III. !
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

11.! (FCC – 2012 – MPE-AP – ANALISTA)


Plínio é denunciado pelo Ministério Público como incurso no artigo 121, do
Código Penal (homicídio). Expedido mandado para citação pessoal, o Oficial
de Justiça verifica que o réu Plínio se oculta para não ser citado, certificando
nos autos. Neste caso,
a) o réu deverá ser citado por hora certa, de acordo com as normas
preconizadas pelo Código de Processo Civil.
b) a citação do réu deverá ser feita via correio com aviso de recebimento.
c) o réu deverá ser citado por edital.
d) a citação do réu deverá ser feita na pessoa de um vizinho, familiar ou
funcionário da empresa ou edifício onde reside.
e) o Oficial de Justiça deverá solicitar ao juiz a Força Policial para que o
mandado citatório seja cumprido, com o uso da força necessária e
moderada.

12.! (FCC – 2012 – TRF2 – ANALISTA JUDICIÁRIO)


No que concerne à intimação, considere:
I. Far-se-á pessoalmente a intimação do Ministério Público.
II. A intimação do defensor nomeado será feita pelo Diário Oficial.
III. Observados os requisitos legais, será admissível a intimação por
despacho, na petição em que for requerida.
Está correto o que consta SOMENTE em
a) I e II
b) I e III. 97653401252

c) II e III.
d) I.
e) III.

13.! (FCC – 2014 – TRF 3 – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE


JUSTIÇA)
A defesa de Alyson pretende alegar que o recurso de apelação interposto
pelo Representante do Ministério Público é intempestivo. O termo inicial de
contagem do prazo recursal para o Ministério Público se dá;
a) da intimação operada no órgão de imprensa oficial.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!∆3!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
b) a partir da entrega dos autos em setor administrativo do Ministério!
Público.
c) do momento em que o Representante do Ministério Público apõe seu
ciente nos autos.
d) do termo de vista.
e) do termo de vista ou da intimação operada no órgão de imprensa oficial,
contando-se o termo inicial a partir da data da segunda intimação.

14.! (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
Sobre a sentença é correto afirmar que:
A) O juiz, ao proferir a sentença condenatória, não poderá fixar em favor
do ofendido valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração,
devendo a discussão ser dirimida no juízo cível.
B) Qualquer das partes poderá, no prazo de cinco dias, pedir ao juiz que
declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade,
contradição ou omissão.
C) O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa,
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, desde que, em consequência,
não tenha de aplicar pena mais grave.
D) Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença
condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição,
bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.
E) Havendo aditamento da denúncia, cada parte poderá arrolar até cinco
testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença,
adstrito aos termos do aditamento.

15.! (FCC - 2010 - TRE-RS - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA) 97653401252

"A" foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado que ele
abordou a vítima e, após desferir-lhe socos e pontapés, subtraiu para si a
bolsa que ela carregava. Nesse caso:
A) o Juiz não poderá condenar o réu por roubo, por ser a pena desse crime
mais grave que a do furto.
B) como o fato foi classificado erroneamente, o Juiz poderá condenar o réu
por roubo, devendo, antes, proceder ao seu interrogatório.
C) o Juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o
réu pela prática de roubo.
D) o Juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que constou
da denúncia, dando ao Ministério Público e à Defesa oportunidade para se
manifestarem e arrolarem testemunhas.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!∆4!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
E) o processo será nulo se o Juiz condenar o acusado por roubo, porque!
violado o princípio da correlação entre a sentença e o pedido.

16.! (FCC - 2010 - TRE-AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
O réu foi denunciado como incurso nas penas do artigo 155, "caput", do
Código Penal, porém a prova colhida na fase de instrução demonstra que
ele não subtraiu a coisa alheia mas, sim, apropriou-se de coisa de que
tinha a posse. Nesse caso, o Juiz deverá
A) condenar o réu às penas do artigo 168, "caput", do Código Penal, sem
necessidade de aditamento à inicial, já que os crimes são igualmente
apenados.
B) julgar o processo, atribuindo ao fato definição jurí- dica diversa, ainda
que tenha que aplicar pena mais grave.
C) determinar a abertura de vista dos autos ao Minis- tério Público para
proceder ao aditamento da de- núncia.
D) anular o processo desde o início, pois o réu defen- deu-se de um fato
diferente daquele na verdade ocorrido.
E) condenar o réu às penas do furto, posto que não pode obrigar o
Ministério Público a dar nova defi- nição jurídica ao fato.

17.! (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE


REGISTROS)
O juiz
A) só poderá atribuir definição jurídica diversa, mesmo sem modificar a
descrição do fato contido na denúncia, se implicar na aplicação de pena
igual à do delito previsto na definição jurídica dela constante.
B) sem modificar a descrição do fato contida na denúncia, poderá atribuir-
lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar
pena mais grave.
C) para aplicar pena mais grave, mesmo sem modificar a descrição do fato
97653401252

contida na denúncia, atribuindo- lhe definição jurídica diversa, deverá


baixar os autos para o Ministério Público aditar a denúncia.
D) para aplicar pena mais grave, mesmo sem modificar a descrição do fato
contida na denúncia, atribuindo- lhe definição jurídica diversa, deverá
encaminhar os autos à Procuradoria-Geral de Justiça, para que outro
representante do Ministério Público analise eventual aditamento.
E) só poderá atribuir definição jurídica diversa, mesmo sem modificar a
descrição do fato contido na denúncia, se implicar na aplicação de pena
mais branda que a do delito previsto na definição jurídica dela constante.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!∆Β!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
18.! (FCC - 2009 - TJ-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA!
JUDICIÁRIA)
Sentença absolutória imprópria é a que
A) concede ao acusado a suspensão condicional da pena.
B) impõe ao acusado somente medida de segurança.
C) substitui a pena privativa da liberdade por multa.
D) substitui a pena privativa da liberdade por pena restritiva de direitos.
E) estabelece o regime prisional aberto para o cumprimento da pena

19.! (FCC – 2012 – TJ-GO – JUIZ)


No tocante à sentença, é INCORRETO afirmar que
a) qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que
esclareça a sentença, se houver obscuridade.
b) na sentença absolutória, o juiz aplicará medida de segurança, se cabível.
c) o juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia, poderá
atribuir-lhe definição jurídica diversa, ordenando, neste caso, que o
Ministério Público adite a denúncia.
d) na sentença condenatória, o juiz fixará o valor mínimo para reparação
dos danos.
e) a sentença conterá a exposição sucinta da defesa.

20.! (FUNCAB – 2013 – PC-ES – ESCRIVÃO)


De acordo com o Código de Processo Penal, o exame de sanidade mental:
I. Poderá ser realizado ainda na fase do inquérito, mediante determinação
da autoridade policial.
II. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado em
manicômio judiciário, onde houver, ou, se estiver solto, e o requererem os
peritos, em estabelecimento adequado.
III. O exame não durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos
97653401252

demonstrarem a necessidade de maior prazo.


IV. O incidente da insanidade mental processar-se-á emauto apartado, que
só depois da apresentação do laudo, será apenso ao processo principal.
Assinale a opção que contempla a(s) assertiva(s) correta(s).
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, apenas.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!∆Χ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! !!!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
21.! (FGV – 2014 – OAB – EXAME DE ORDEM) !
João foi denunciado pela prática de crime de furto simples. Na denúncia, o
Ministério Público apenas narrou que houve a subtração do cordão da
vítima, indicando hora e local. Na audiência de instrução e julgamento, a
vítima narrou que João empurrou-a em direção ao chão dizendo que se
gritasse “o bicho ia pegar”, arrancando, em seguida, o seu cordão. Diante
da narrativa da violência e da grave ameaça, o juiz fica convencido de que
houve crime de roubo e não de furto.
Sobre o caso apresentado, de acordo com o Código de Processo Penal,
assinale a afirmativa correta.
a) O juiz na sentença poderá condenar João pelo crime de roubo, com base
no artigo 383 do CPP, que assim dispõe: “O juiz, sem modificar a descrição
do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica
diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave”
b) Encerrada a instrução probatória, o Ministério Público deverá aditar a
denúncia em 5 (cinco) dias. Se o Ministério Público ficar inerte, o juiz deve
aplicar o artigo 28 do CPP.
c) Encerrada a instrução probatória, o Ministério Público deverá aditar a
denúncia em 5 (cinco) dias. Se o Ministério Público ficar inerte, o juiz poderá
condenar João pelo crime de roubo, tendo em vista que a vítima narrou a
agressão em juízo.
d) O juiz poderá condenar João pelo crime de roubo, independentemente
de qualquer providência, em homenagem ao princípio da verdade real.

22.! (FGV – 2014 – OAB – XIV EXAME DE ORDEM)


Wilson está sendo regularmente processado pela prática do crime de furto.
Durante a instrução criminal, entretanto, as testemunhas foram uníssonas
ao afirmar que, para a subtração, Wilson utilizou-se de grave ameaça,
exercida por meio de uma faca.
A partir do caso narrado, assinale a opção correta.
a) A hipótese é de emendatio libelli e o juiz deve absolver o réu
97653401252

relativamente ao crime que lhe foi imputado.


b) Não haverá necessidade de aditamento da inicial acusatória, haja vista
o fato de que as alegações finais orais acontecem após a oitiva das
testemunhas e, com isso, respeitam-se os princípios do contraditório e da
ampla defesa.
c) A hipótese é de mutatio libelli e, nos termos da lei, o Ministério Público
deverá fazer o respectivo aditamento.
d) Caso o magistrado entenda que deve ocorrer o aditamento da inicial
acusatória, se o promotor de justiça e, recusar-se a fazê-lo, o juiz estará
obrigado a absolver o réu da imputação que lhe foi originalmente atribuída.

23.! (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO)

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!∆∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Terminada a fase de alegações finais, o juiz profere sentença verbalmente!
na própria audiência ou o faz por escrito no prazo de 10 dias. Na sentença:
(A) o relatório, a fundamentação e o dispositivo são imprescindíveis, ainda
que proferida no âmbito dos Juizados Especiais Criminais;
(B) somente poderão ser reconhecidas as agravantes expressamente
tipificadas na denúncia;
(C) sem modificar a descrição do fato contida na denúncia, não poderá o
magistrado dar definição jurídica diversa da prevista na inicial acusatória;
(D) é prescindível a data e a assinatura do juiz;
(E) o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, será
computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa
de liberdade.

24.! (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


De acordo com o entendimento amplamente majoritário no âmbito do
Superior Tribunal de Justiça, a previsão do artigo 387, IV do CPP, trazida
pela Lei 11.719/08, no sentido de que o juiz fixará na sentença um valor
mínimo para reparação dos danos causados:
(A) é norma de conteúdo material, logo aplicável para os fatos ocorridos
antes da entrada em vigor da Lei 11.719;
(B) é norma de conteúdo processual, não podendo ser aplicada para fatos
anteriores à entrada em vigor da Lei 11.719, sob pena de violar o princípio
da irretroatividade da lei penal mais gravosa;
(C) somente poderá ser aplicada se houver requerimento da vítima, ou ao
menos do Ministério Público, garantida a ampla defesa;
(D) é norma de conteúdo material, razão pela qual somente pode ser
aplicada para denúncias oferecidas após a entrada em vigor da Lei 11.719;
(E) impede que a vítima requeira complementação dos danos no âmbito
cível.

97653401252

25.! (FGV – 2014 – TJ/RJ – ANALISTA – EXECUÇÃO DE


MANDADOS)
O juiz, ao proferir sentença condenatória, fará nela constar,
EXCETO:
(A) as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no
Código Penal por ele reconhecidas;
(B) os nomes das partes ou, quando não for possível, as indicações
necessárias para identificá-las;
(C) o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração,
considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido e pedido prévio;

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!∆Ε!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
(D) a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a!
decisão;
(E) o direito ou não de o acusado apelar em liberdade, condicionando, se
for o caso, o conhecimento da apelação à prisão.

26.! (FGV – 2014 – TJ/RJ – ANALISTA – COMISSÁRIO)


Bruno foi preso em flagrante pela prática do crime de extorsão mediante
sequestro. Com a prisão em flagrante convertida em preventiva, ficou o réu
preso durante toda a instrução, situação que permanece. A complexidade
do caso fez com que o magistrado abrisse prazo para que o Ministério
Público e a Defensoria Pública apresentassem suas alegações finais
escritas, sendo a sentença proferida posteriormente. Dessa decisão,
deverão ser Bruno, o Defensor Público e o Ministério Público intimados,
respectivamente:
(A) pessoalmente, todos;
(B) por edital; pessoalmente; pessoalmente;
(C) por publicação no órgão oficial competente, todos;
(D) pessoalmente; por publicação no órgão oficial competente;
pessoalmente;
(E) por edital; por publicação no órgão oficial competente; pessoalmente.

27.! (FGV - 2015 - OAB - XVIII EXAME DE ORDEM)


Bruna foi presa em flagrante e denunciada pela prática de um crime de
falsificacΙão de documento público. Na ocasião da prisão, foi apreendida
uma mochila que estava dentro do veículo de Bruna, sendo que em seu
interior existiam algumas joias. Diante da natureza do crime apurado, não
existe mais interesse na mochila apreendida com as joias para o desenrolar
do processo. Cláudia, colega de trabalho de Bruna, requer a restituicΙão
desses bens, alegando ser proprietária. Existe, porém, dúvida quanto ao
direito da reclamante.
Considerando as informacΙões narradas na hipótese, é correto afirmar que
97653401252

A) a restituicΙão poderá ser ordenada pela autoridade policial ou pelo juiz,


sempre ouvido o Ministério Público.
B) o pedido de restituicΙão não deverá ser autuado em autos em apartado.
C) havendo dúvida sobre o verdadeiro dono, não superada no incidente, o
juiz remeterá as partes para o juízo cível, ordenando o depósito das coisas.
D) não caberá producΙão de provas no incidente de restitui,ão.

28.! (FGV – 2013 – OAB – EXAME DE ORDEM)


A Teoria Geral das Nulidades determina que nulidade é a sanção aplicada
pelo Poder Judiciário ao ato imperfeito, defeituoso. Tal teoria é regida pelos
princípios relacionados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!∆Φ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
a) Princípio do Prejuízo. !
b) Princípio da Causalidade.
c) Princípio do Interesse.
d) Princípio da Voluntariedade.

29.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)


O advogado José, observando determinado acontecimento no processo,
entende por bem arguir a nulidade do processo, tendo em vista a
violação do devido processo legal, ocorrida durante a Audiência de
Instrução e Julgamento. Acerca da Teoria Geral das Nulidades, é correto
afirmar que o princípio da causalidade significa
a) a possibilidade do defeito do ato se estender aos atos que lhes
são subsequentes e que deles dependam.
b) que não há como se declarar a nulidade de um ato se este não
resultar prejuízo à acusação ou à defesa.
c) que nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado
causa, ou para que tenha concorrido.
d) que as nulidades poderão ser sanadas.

30.! (FGV – 2011 – OAB – EXAME DE ORDEM)


Aristóteles, juiz de uma vara criminal da justiça comum, profere sentença
em processo-crime cuja competência era da justiça militar.
Com base em tal afirmativa, pode-se dizer que a não observância de
Aristóteles à matriz legal gerará a
a) inexistência do ato.
b) nulidade relativa do ato.
c) nulidade absoluta do ato.
d) irregularidade do ato.
97653401252

31.! (FGV – 2010 – PC/AP – DELEGADO DE POLÍCIA)


Com relação ao tema citações, assinale a afirmativa incorreta.
A) No processo penal o réu que se oculta para não ser citado poderá ser
citado por hora certa na forma estabelecida no Código de Processo Civil.
B) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á
por carta ou qualquer meio hábil de comunicação.
C) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional.
D) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado
pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo
justificado.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!∆2!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
E) Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. !

32.! (FGV – 2010 – SENADO FEDERAL – ADVOGADO DO SENADO)


Relativamente ao regime legal das citações e intimações, analise as
afirmativas a seguir:
I. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território
sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado; por carta precatória
quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante; e
por carta rogatória se estiver no estrangeiro. Em nenhum caso a prescrição
será suspensa.
II. O réu poderá ser citado com hora certa, aplicando-se ao processo penal
as regras estabelecidas no Código de Processo Civil, no caso em que o réu
se oculta para não ser citado.
III. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, respeitado o disposto
no art. 312.
IV. O processo não seguirá sem a presença do acusado que, citado ou
intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem
motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar
o novo endereço ao juízo, suspendendo-se o processo e a prescrição até
que o réu seja encontrado.
Assinale:
A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
D) se todas as afirmativas estiverem corretas.
E) se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.

97653401252

33.! (FGV - 2009 - TJ-PA – Juiz)


Antônio Pereira é denunciado por crime de roubo. Recebendo a denúncia,
o juiz determina a citação do réu para oferecimento de resposta escrita
preliminar, no endereço indicado pelo próprio réu em seu interrogatório
policial. O mandado de citação é negativo, tendo o oficial de justiça
certificado que Antônio não reside naquele local há um mês, sendo que o
atual morador não soube informar seu novo endereço.
Assinale a alternativa que indique como deve agir o juiz.
a) O juiz, como o réu mudou de endereço sem comunicar o juízo, deve
decretar sua revelia e nomear-lhe um advogado dativo para apresentar a
resposta escrita preliminar, prosseguindo-se nos demais termos do
processo.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΕΓ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
b) O juiz deve esgotar os meios disponíveis para localizar o réu. Frustrada!
sua localização, deve citá-lo por edital, com prazo de quinze dias. Se o réu
não comparecer e não constituir advogado, o juiz deve decretar sua revelia
e suspender o processo e o curso da prescrição pelo prazo máximo de 90
dias, devendo decretar sua prisão preventiva.
c) O juiz deve citar o réu por edital, com prazo de quinze dias. Se o réu não
comparecer e não constituir advogado, o juiz deve decretar sua revelia e
suspender o processo e o curso da prescrição, podendo decretar sua prisão
preventiva.
d) O juiz deve esgotar os meios disponíveis para localizar o réu. Frustrada
sua localização, deve citá-lo por edital, com prazo de quinze dias. Se o réu
não comparecer e não constituir advogado, o juiz deve decretar sua revelia
e nomear-lhe um defensor dativo para apresentar a resposta escrita
preliminar, prosseguindo-se nos demais termos do processo.
e) O juiz deve esgotar os meios disponíveis para localizar o réu. Frustrada
sua localização, deve citá-lo por edital, com prazo de quinze dias. Se o réu
não comparecer e não constituir advogado, o juiz deve decretar sua revelia
e suspender o processo e o curso da prescrição, podendo decretar sua
prisão preventiva.

34.! (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Foi oferecida e recebida denúncia em desfavor de Leonardo pela prática do
crime de roubo. O oficial de justiça Carlos compareceu em três
oportunidades ao endereço do réu em busca de realizar sua citação, não o
encontrando, porém. Constatando que Leonardo buscava, na verdade, se
ocultar, certificou tal fato.
Diante disso, procederá o oficial a citação:
(A) através dos correios, com aviso de recebimento;
(B) por edital;
(C) por hora certa;
(D) por telefone; 97653401252

(E) por carta rogatória.

35.! (FGV – 2014 – TJ/RJ – ANALISTA – EXECUÇÃO DE


MANDADOS)
A comunicação processual poderá ser efetuada por meio de diferentes atos
a depender de sua finalidade. Um desses atos é a citação. Sobre o tema, é
correto afirmar que:
(A) a citação válida é causa interruptiva da prescrição penal;
(B) estando o réu fora do território da jurisdição do juiz processante,
caberá sua citação através do correio eletrônico;

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Ε1!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
(C) o mandado de citação deverá conter necessariamente o nome completo!
do réu, bem como sua completa qualificação;
(D) o réu com endereço certo no estrangeiro será citado por carta
precatória;
(E) não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal,
embora não transcreva a denúncia.

36.! (FGV – 2015 – TJ/SC – TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR)


Marcus, portador de maus antecedentes, foi denunciado pela prática do
crime de receptação cometido em 06.01.2015. Considerando a pena
cominada ao delito, o juiz concedeu a liberdade provisória ao agente,
permitindo que ele respondesse ao processo em liberdade. Ocorre que, no
dia 19.01.2015, Marcus novamente foi preso em flagrante pela prática de
um crime de roubo, na mesma cidade, sendo tal prisão devidamente
convertida em preventiva. No dia 22.01.2015 determinou o juiz, nos autos
da ação penal pela prática do crime de receptação, a citação de Marcus
para apresentação de resposta à acusação. Nesse caso, deverá ser
realizada a citação:
(A) pessoal, pois o réu se encontra preso no momento da realização do ato;
(B) por carta precatória, pois o réu está na penitenciária e não em sua
residência;
(C) por edital, considerando que o réu não será encontrado em seu
endereço residencial;
(D) pessoal, pois o crime é de ação penal pública, diferente do que ocorreria
se fosse de ação penal privada;
(E) por edital, pois o réu apenas se encontra preso em virtude de ação
penal diversa.

37.! (FGV – 2014 – OAB – EXAME DE ORDEM)


Felipe foi reconhecido em sede policial por meio de fotografia como o autor
de um crime de roubo. O inquérito policial seguiu seus trâmites de forma
97653401252

regular e o Ministério Público decidiu denunciar o indiciado. O oficial de


justiça procurou em todos os endereços constantes nos autos, mas a
citação pessoal ou por hora certa foram impossíveis. Assim, o juiz decidiu
pela citação por edital. Marcela, irmã de Felipe, ao passar pelo fórum leu a
citação por edital e procurou um advogado para tomar ciência das
consequências de tal citação, pois ela também não sabe do paradeiro do
irmão.
Diante da situação descrita, acerca da orientação a ser dada pelo advogado,
assinale a afirmativa correta.
a) Felipe deve comparecer em juízo, sob pena de ser processado e
condenado sem que seja dada oportunidade para a sua defesa.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Ε3!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
b) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o!
curso do prazo prescricional ficarão suspensos, sendo decretada a sua
prisão preventiva de forma automática.
c) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o
curso do prazo prescricional ficarão suspensos, sendo determinada a
produção antecipada de provas de forma automática, diante do risco do
desaparecimento das provas pelo decurso do tempo.
d) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o
curso do prazo prescricional ficarão suspensos e, se for urgente, o juiz
determinará a produção antecipada de provas, podendo decretar a prisão
preventiva se presentes os requisitos expressos no artigo 312, do CPP.

38.! (FGV – 2010 – PC/AP – DELEGADO DE POLÍCIA)


Com relação ao tema intimação, assinale a afirmativa incorreta.
A) A intimação do defensor constituído feita por publicação no órgão
incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca deve,
necessariamente, conter o nome do acusado, sob pena de nulidade.
B) A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.
C) No processo penal, contam-se os prazos da juntada aos autos do
mandado ou da carta precatória ou de ordem, e não da data da intimação.
D) na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por
mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer
outro meio idôneo.
E) Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde
logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu
prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.

39.! (FGV - 2008 - SENADO FEDERAL – ADVOGADO)


Relativamente ao regime legal das citações e intimações, analise as
afirmativas a seguir:
I. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território
97653401252

sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado; por carta precatória


quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante; e
por carta rogatória se estiver no estrangeiro. Em nenhum caso a prescrição
será suspensa.
II. O réu poderá ser citado com hora certa, aplicando-se ao processo penal
as regras estabelecidas no Código de Processo Civil, no caso em que o réu
se oculta para não ser citado.
III. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, respeitado o disposto
no art. 312.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Ε4!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
IV. O processo não seguirá sem a presença do acusado que, citado ou!
intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem
motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar
o novo endereço ao juízo, suspendendo-se o processo e a prescrição até
que o réu seja encontrado.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.

40.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)


Trácio foi denunciado pela prática do delito descrito no artigo 333 do Código
Penal. A peça inaugural foi recebida pelo Juiz Titular da Vara Única da
Comarca X, que presidiu a Audiência de Instrução e Julgamento. Encerrada
a instrução do feito, o processo foi concluso ao juiz substituto, que proferiu
sentença condenatória, tendo em vista que o juiz titular havia sido
promovido e estava, nesse momento, na 11ª Vara Criminal da Comarca da
Capital. De acordo com a Lei Processual Penal, assinale a alternativa
correta.
a) A sentença é nula, porque foi prolatada por juiz que não presidiu a
instrução do feito, em desacordo com o princípio da identidade física do
juiz.
b) A sentença é nula, porque ao juiz substituto é vedada a prolação de
decisão definitiva ou terminativa.
c) Não há nulidade na sentença, porque não se faz exigível a identidade
física do juiz diante das peculiaridades narradas no enunciado.
d) A sentença é nula, porque viola o princípio do juiz natural.

97653401252

41.! (FGV – 2011 – OAB – EXAME DE ORDEM)


Ao proferir sentença, o magistrado, reputando irrelevantes os argumentos
desenvolvidos pela defesa, deixa de apreciá-los, vindo a condenar o
acusado.
Com base no caso acima, assinale a alternativa correta.
a) Como é causa de nulidade da sentença, a falta de fundamentação deve
ser arguida inicialmente por meio de embargos de declaração, que, se não
forem opostos, gerarão a preclusão da alegação, pois a nulidade decorrente
da falta de fundamentação do decreto condenatório importa em nulidade
relativa.
b) Como é causa de nulidade absoluta da sentença, a falta de
fundamentação não precisa ser arguida por meio de embargos de

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΕΒ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
declaração, devendo necessariamente, no entanto, ser sustentada no!
recurso de apelação para poder ser conhecida pelo Tribunal.
c) Como é causa de nulidade absoluta da sentença, a falta de
fundamentação não precisa ser arguida nem por meio de embargos de
declaração, nem no recurso de apelação, podendo ser conhecida de ofício
pelo Tribunal.
d) Como reputou irrelevantes as alegações feitas pela defesa, o magistrado
não precisava tê-las apreciado na sentença proferida, não havendo
qualquer nulidade processual, pois não há nulidade sem prejuízo.

42.! (FGV – 2010 – OAB – EXAME DE ORDEM)


João foi denunciado pela prática do crime de furto (CP, art. 155), pois
segundo narra a denúncia ele subtraiu colar de pedras preciosas da vítima.
No decorrer da instrução processual, a testemunha Antônio relata fato não
narrado na denúncia: a subtração do objeto furtado se deu mediante
“encontrão” dado por João no corpo da vítima. Na fase de sentença, sem
antes tomar qualquer providência, o Juiz decide, com base no sobredito
testemunho de Antônio, condenar João nas penas do crime de roubo (CP,
art. 157), por entender que o “encontrão” relatado caracteriza emprego de
violência contra a vítima. A sentença condenatória transita em julgado para
o Ministério Público.
O Tribunal, ao julgar apelo de João com fundamento exclusivo na
insuficiência da prova para a condenação, deve:
a) anular a sentença.
b) manter a condenação pela prática do crime de roubo.
c) abrir vista ao Ministério Público para aditamento da denúncia.
d) absolver o acusado.

43.! (VUNESP – 2014 – TJ-SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO)


Nos termos do art. 351 do CPP, quando o réu estiver no território sujeito à
jurisdição do juiz que houver ordenado a citação, esta se fará por
97653401252

(A) mandado.
(B) meio eletrônico.
(C) qualquer meio que atinja a finalidade.
(D) carta com aviso de recebimento (AR) ou telegrama.
(E) carta simples.

44.! (VUNESP – 2014 – TJ-SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO)


Nos termos do quanto expressamente prescreve o art. 366 do CPP, se o
acusado, citado por edital, não comparecer nem constituir advogado,
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o
juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΕΧ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Nessa hipótese, presentes os requisitos atinentes à respectiva modalidade!
detentiva e com base unicamente no dispositivo de lei citado, está
autorizado o juiz a decretar a prisão do acusado?
(A) Sim, desde que o acusado já tenha sido anteriormente condenado por
outro crime.
(B) Não, nunca.
(C) Sim, a prisão preventiva.
(D) Sim, a prisão temporária.
(E) Sim, desde que o crime seja inafiançável.

45.! (VUNESP – 2014 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)


Considere que é efetivada a citação por hora certa e, mesmo assim, o
acusado não comparece para se defender e nem constitui advogado. Nessa
hipótese
a) ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, com
possibilidade de produção antecipada de provas.
b) ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, com
possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva.
c) ser-lhe-á nomeado defensor dativo e o processo seguirá seu curso.
d) será tentada a citação por edital, com prazo de 15 (quinze) dias.

46.! (VUNESP – 2014 – PC-SP – DELEGADO DE POLÍCIA)


No processo penal, as intimações
a) serão sempre pessoais.
b) do defensor constituído serão feitas pelo órgão incumbido da
publicidade.
c) não são obrigatórias quando se trata do Ministério Público.
d) são atos que, se desrespeitados, causam nulidade absoluta do processo.
e) serão pessoais, salvo se o réu estiver preso. 97653401252

47.! (VUNESP – 2014 – PC-SP – DELEGADO DE POLÍCIA)


Quando o réu estiver fora do território da jurisdição processante,
a) será citado mediante carta precatória.
b) será citado por hora certa.
c) será julgado à revelia.
d) deverá ser dispensado de comparecer nas audiências, devendo ser
interrogado por videoconferência.
e) deverá solicitar que o processo seja remetido para a comarca de sua
residência, a fim de que possa se defender melhor dos fatos que lhe são
imputados na denúncia.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Ε∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
!
48.! (VUNESP – 2015 – TJ-SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO)
Em que momento a lei processual penal (CPP, art. 363) considera que o
processo completa sua formação?
(A) Constituição de defensor após a citação.
(B) Citação do acusado.
(C) Recebimento da denúncia.
(D) Apresentação de resposta escrita.
(E) Juntada do mandado de citação aos autos.

49.! (VUNESP – 2012 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
Determina o art. 353 do CPP: quando o réu estiver fora do território da
jurisdição do juiz processante será citado mediante
a) carta de ordem.
b) publicação em jornal de grande circulação.
c) carta com aviso de recebimento ou telegrama.
d) edital.
e) precatória.

50.! (VUNESP – 2010 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
Considere as seguintes situações com relação à citação: réu militar; réu
que não é encontrado; réu que se oculta para não ser citado.
Assinale a alternativa que traz, correta e respectivamente, as modalidades
de citação que estão adequadas às três situações mencionadas, nos termos
dos arts. 351 a 369 do Código de Processo Penal.
a) Por correio; por hora certa; por edital.
b) Por carta de ordem; por edital; por rogatória.
97653401252

c) Pessoal, por mandado; por hora certa; por hora certa.


d) Por intermédio do chefe de serviço; por edital; por hora certa.
e) Por intermédio do chefe de serviço; por hora certa; por correio.

51.! (VUNESP – 2011 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
Estabelece o art. 366 do CPP que o acusado citado por edital que não
comparece nem nomeia defensor
a) será declarado revel, com consequente nomeação de defensor dativo, o
qual acompanhará o procedimento até seu final.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΕΕ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
b) será declarado revel, admitindo-se verdadeiros os fatos articulados na!
denúncia ou queixa.
c) terá, obrigatoriamente, decretada prisão preventiva em seu desfavor.
d) terá o processo e o curso do prazo prescricional suspensos.
e) será intimado por hora certa.

52.! (VUNESP – 2007 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
Todo mandado de citação necessariamente contém:
I. nome completo do réu;
II. subscrição do escrivão e a rubrica do juiz;
III. finalidade.
Está correto o contido em
a) III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

53.! (VUNESP – 2007 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
Ao efetuar uma citação por mandado, o oficial de justiça deverá
a) tão somente entregar o mandado ao réu, pessoalmente.
b) após citar pessoalmente o réu, adverti-lo de que caso deixe de
comparecer ao ato sem motivo justificado, ser-lhe-á nomeado um
defensor, e o processo seguirá sem a sua presença.
c) entregar o mandado ao réu pessoalmente e lavrar certidão de sua
aceitação ou recusa.
97653401252

d) proceder à leitura do mandado ao réu e entregar-lhe a contrafé, e ainda,


certificar a entrega da contrafé e de sua aceitação ou recusa.
e) fazer com que o réu faça aposição de ciente no original do mandado.

54.! (VUNESP – 2007 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
No processo penal, caso o magistrado tenha a informação nos autos de que
o réu se oculta para não ser encontrado para a citação,
a) determinará a citação por hora certa.
b) determinará seja feita a citação por edital.
c) declarará o réu revel.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΕΦ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
d) determinará a expedição de mandado de prisão preventiva. !
e) determinará, com o prazo de cinco dias, o comparecimento do réu ao
cartório para ser citado pessoalmente sob pena de desobediência.

55.! (VUNESP – 2006 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
A citação por precatória deve ser realizada
a) no juízo do lugar do crime.
b) com dia e hora marcada.
c) se o réu estiver no território de outra comarca.
d) a requerimento do Ministério Público.
e) somente nos casos urgentes.

56.! (VUNESP – 2006 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
Caso o acusado citado por edital não compareça aos atos do processo nem
constitua defensor,
a) ficará suspenso o processo, mas continuará fluindo o prazo prescricional,
podendo ser decretada a prisão preventiva.
b) deverá ser decretada a revelia do acusado, tramitando o processo na
sua ausência e, se for o caso, decretada a prisão preventiva.
c) deverá ser decretada a prisão preventiva e a suspensão do curso do
prazo prescricional.
d) ser-lhe-ão nomeados defensor dativo e curador, que acompanharão, até
o trânsito em julgado, o trâmite do processo durante a ausência.
e) ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo
ser determinada a produção das provas urgentes.

97653401252

8.! EXERCÍCIOS COMENTADOS

01.! (FCC – 2015 – TRE-PB – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


ADMINISTRATIVA)
Ricardo é denunciado pelo Ministério Público por um crime de roubo
cometido na cidade de Rio Doce no ano de 2013. Recebida a
denúncia é expedido mandado de citação, mas Ricardo não é
encontrado no endereço fornecido durante o curso do Inquérito
Policial. O Magistrado determina, então, a citação do réu por edital.
Encerrado o prazo do edital, o réu não comparece nem constitui
advogado. Neste caso, o Magistrado deverá:

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Ε2!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
a) suspender o processo e poderá determinar a produção!
antecipada das provas consideras urgentes e, se o caso, decretar a
prisão preventiva de Ricardo, não havendo suspensão ou
interrupção do prazo prescricional.
b) determinar o regular prosseguimento normal do feito e, uma vez
que o réu deveria ter atualizado o endereço fornecido durante a
fase policial, nomear um advogado dativo para fazer a defesa de
Ricardo.
c) suspender o processo e o curso do prazo prescricional, e poderá
determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se o caso, decretar a prisão preventiva de Ricardo.
d) determinar a suspensão do processo e a interrupção do prazo
prescricional, podendo determinar a produção antecipada de
provas consideradas urgentes e, necessariamente, decretar a
prisão preventiva de Ricardo.
e) decretar a prisão preventiva de Ricardo e suspender o curso do
processo, sem possibilidade de produzir as provas consideradas
urgentes e sem suspensão ou interrupção do prazo prescricional.
COMENTÁRIOS: Neste caso, em cumprimento ao que dispõe o art. 366
do CPP, o Juiz deverá suspender o processo e o curso do prazo
prescricional. Poderá, ainda, determinar a produção antecipada de provas
consideradas urgentes e, se for o caso, decretar a prisão preventiva do
acusado.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

02.! (FCC – 2015 – MPE-PB – TÉCNICO)


Sobre as citações e intimações, nos termos estabelecidos pelo
Código de Processo Penal, é INCORRETO afirmar:
a) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou
intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer
sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não
comunicar o novo endereço ao juízo.
97653401252

b) Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação


far-se-á por edital, com o prazo de 5 dias.
c) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado
mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de
prescrição até o seu cumprimento.
d) A intimação do Ministério Público é sempre pessoal.
e) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo
prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das
provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão
preventiva.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΦΓ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
COMENTÁRIOS: !
A) CORRETA: Esta é a exata previsão contida no art. 367 do CPP.
B) ERRADA: Neste caso não é cabível a citação por edital, devendo ser
realizada a citação por hora certa, nos termos do art. 362 do CPP.
C) CORRETA: Item correto, nos exatos termos do art. 368 do CPP.
D) CORRETA: Item corretos, nos termos do art. 370, §4º do CPP.
E) CORRETA: Item correto, pois isto é o que prevê o art. 366 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA É A LETRA B.

03.! (FCC - 2011 - TRE-PE - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA)
A respeito da citação, considere:
I. Não cabe citação com hora certa no processo penal.
II. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do
respectivo serviço.
III. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado.
Está correto o que consta SOMENTE em
A) I.
B) I e II.
C) I e III.
D) II e III.
E) III.
COMENTÁRIOS: A citação por hora certa é expressamente prevista no
processo penal, art. 362 do CPP. A citação do militar se faz na pessoa do
chefe de serviço (art. 358 do CPP). O réu, mesmo preso, deverá ser
pessoalmente citado, conforme regra do art. 360 do CPP.
Assim, estando corretas as afirmativas II e III, a alternativa correta é a
letra D. 97653401252

04.! (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE


REGISTROS)
Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado,
A) o processo será arquivado e será extinto quando se expirar o
prazo prescricional.
B) será decretada a revelia e o processo prosseguirá com a
nomeação de defensor dativo.
C) o processo será julgado extinto sem julgamento do mérito.
D) será obrigatoriamente decretada a sua prisão preventiva.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Φ1!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
E) ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. !
COMENTÁRIOS: Se o acusado citado por edital não comparecer,
determina o art. 366 do CPP que o processo fique suspenso, bem como o
prazo prescricional:
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto
no art. 312. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Assim, a alternativa correta é a letra E.

05.! (FCC - 2009 - MPE-SE - ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO -


ESPECIALIDADE DIREITO)
Deve ser pessoal a intimação do
A) advogado do querelante e do defensor nomeado.
B) assistente de acusação e do defensor constituído.
C) defensor nomeado e do Ministério Público.
D) advogado ad hoc e do defensor do querelante.
E) Ministério Público e do defensor constituído.
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 370, §4° do CPP, o MP e o defensor
nomeado (defensor dativo) devem ser intimados pessoalmente, e não
mediante publicação no órgão oficial:
§ 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.
(Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Assim, a alternativa correta é a letra C.

06.! (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Considere as seguintes assertivas sobre as citações e intimações:
I. Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação
far-se-á por edital, com o prazo de 5 (cinco) dias.
97653401252

ERRADA: O prazo da citação por edital é de 15 dias, nos termos do art.


361 do CPP;
II. A intimação do defensor constituído, do advogado do
querelante e do assistente far-se-á, em regra, pessoalmente, mas
poderá ser feita por publicação no órgão incumbido da publicidade
dos atos judiciais da comarca, se assim for requerido.
ERRADA: Em regra a intimação destes sujeitos processuais será realizada
mediante publicação no órgão oficial, nos termos do art. 370, §1° do CPP;
III. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou
intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer
sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não
comunicar o novo endereço ao juízo.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Φ3!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
CORRETA: Caso o acusado, citado ou intimado pessoalmente, não !
comparecer injustificadamente a algum ato do processo, o processo
seguirá sem que haja necessidade de sua intimação para os atos
posteriores, conforme determina o art. 367 do CPP:
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou
intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo
justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo
endereço ao juízo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
IV. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz
marcará desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e
hora para seu prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.
CORRETA: Quando for iniciada a instrução criminal, mas por qualquer
motivo tiver que ser adiada, o Juiz desde logo marcará dia e hora para seu
prosseguimento, saindo as partes e testemunhas devidamente intimadas,
nos termos do art. 372 do CPP:
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará
desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu
prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.
De acordo com o Código de Processo Penal, está correto o que
consta APENAS em
A) III e IV.
B) I, II e III.
C) II, III e IV.
D) I e II.
E) I, III e IV.

07.! (FCC - 2007 - TRF-2R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
A intimação do defensor nomeado, para qualquer ato do processo,
será
A) por mandado, ou por via postal com comprovante de
recebimento, ou por telegrama, ou por e-mail, ou por telefone, se
97653401252

na comarca não houver órgão incumbido de publicação oficial.


B) por publicação no órgão incumbido das publicações oficiais da
comarca.
C) somente por carta registrada com aviso de recebimento (AR), se
na comarca não houver órgão incumbido de publicação oficial.
D) pessoal.
E) preferencialmente por publicação em órgão oficial ou, por
qualquer meio idôneo, se na comarca não existir órgão incumbido
de publicação oficial.
COMENTÁRIOS: A intimação do defensor nomeado e do MP será realizada
pessoalmente, por força do que dispõe o art. 370, §4° do CPP, e não por
publicação no órgão oficial. Vejamos:
(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Φ4!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
§ 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.!
(Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Assim, a alternativa correta é a letra D.

08.! (FCC - 2007 - TRF-2R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Expedida carta precatória para citação do réu, se ele estiver em
território sujeito a outro juiz que não o deprecado, este
A) devolverá os autos da precatória ao juízo deprecante com a
informação sobre o paradeiro do réu, mesmo que haja tempo para
fazer a citação.
B) remeterá os autos para o juiz da comarca onde se encontra o
réu, para que seja efetivada a diligência, desde que haja tempo para
fazer a citação.
C) mandará o oficial de justiça cumprir a precatória na comarca
onde o réu se encontra.
D) expedirá ofício ao juízo deprecante solicitando aditamento da
precatória com o novo endereço do réu.
E) expedirá ofício ao juízo deprecante comunicando a circunstância
e aguardará resposta com as providências que deva tomar.
COMENTÁRIOS: Caso o réu não se encontre em localidade sob a
Jurisdição do Juiz processante, este expedirá carta precatória ao Juízo do
local onde o réu reside (art. 353 do CPP). No entanto, caso o Juízo
deprecado (o que recebeu a carta) verifique que o réu também não reside
naquela localidade, deverá encaminhar os autos da carta precatória ao
Juízo do local onde efetivamente o réu reside, para que lá seja cumprida a
diligência, nos termos do art. 355, §1° do CPP:
§ 1o Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro
juiz, a este remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência,
desde que haja tempo para fazer-se a citação.
Assim, a alternativa correta é a letra B.
97653401252

09.! (FCC - 2007 - TRF-4R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
Tício está residindo na França, mas em endereço desconhecido.
Nesse caso, a sua citação far-se-á por
A) edital.
B) carta rogatória.
C) carta precatória.
D) carta com aviso de recebimento.
E) hora certa no respectivo consulado.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΦΒ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
COMENTÁRIOS: A citação do réu que se encontra fora do país deve ser!
realizada, em regra, mediante a expedição de carta rogatória. No entanto,
a carta rogatória só será expedida se o réu possuir endereço conhecido no
exterior. Caso contrário, a citação será realizada por edital. Vejamos:
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado
mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até
o seu cumprimento. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
(...)
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de
15 (quinze) dias.
Assim, a alternativa correta é a letra A.

10.! (FCC – 2011 – TCE-SP – PROCURADOR)


Em relação à citação, segundo a legislação processual penal em
vigor analise as seguintes assertivas:
I. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado
mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de
prescrição até o seu cumprimento.
II. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo
de 30 (trinta) dias.
III. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de
justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora
certa, na forma estabelecida pelo Código de Processo Civil.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
COMENTÁRIOS: 97653401252

I - CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 368 do CPP;


II - ERRADA: A afirmativa está errada, pois se o réu não for encontrado
será citado por edital, que terá prazo de 15 dias, nos termos do art. 361
do CPP;
III - CORRETA: A citação por hora, certa, de fato, tem lugar quando o réu
se encontra em lugar sabido, mas se furta à citação, ou seja, está evitando
contato com o oficial de justiça, para não ser citado, nos termos do art. 362
do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

11.! (FCC – 2012 – MPE-AP – ANALISTA)

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΦΧ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Plínio é denunciado pelo Ministério Público como incurso no artigo!
121, do Código Penal (homicídio). Expedido mandado para citação
pessoal, o Oficial de Justiça verifica que o réu Plínio se oculta para
não ser citado, certificando nos autos. Neste caso,
a) o réu deverá ser citado por hora certa, de acordo com as normas
preconizadas pelo Código de Processo Civil.
b) a citação do réu deverá ser feita via correio com aviso de
recebimento.
c) o réu deverá ser citado por edital.
d) a citação do réu deverá ser feita na pessoa de um vizinho,
familiar ou funcionário da empresa ou edifício onde reside.
e) o Oficial de Justiça deverá solicitar ao juiz a Força Policial para
que o mandado citatório seja cumprido, com o uso da força
necessária e moderada.
COMENTÁRIOS: Neste caso, o réu deverá ser citado por hora certa, nos
termos do art. 362 do CPP, devendo o procedimento de citação ser adotado
conforme as regras do CPC:
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma
estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

12.! (FCC – 2012 – TRF2 – ANALISTA JUDICIÁRIO)


No que concerne à intimação, considere:
I. Far-se-á pessoalmente a intimação do Ministério Público.
II. A intimação do defensor nomeado será feita pelo Diário Oficial.
III. Observados os requisitos legais, será admissível a intimação
por despacho, na petição em que for requerida.
Está correto o que consta SOMENTE em
a) I e II
97653401252

b) I e III.
c) II e III.
d) I.
e) III.
COMENTÁRIOS:
I – CORRETA: Esta é a previsão do art. 370, §4º do CPP.
II – ERRADA: A intimação do defensor nomeado também será pessoal,
conforme o já citado art. 370, §4º do CPP:
Art. 370 (...)
§ 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será
pessoal. (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Φ∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
III – CORRETA: Item correto, por força de previsão expressa no art. 371!
do CPP:
Art. 371. Será admissível a intimação por despacho na petição em que for
requerida, observado o disposto no art. 357.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

13.! (FCC – 2014 – TRF 3 – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE


JUSTIÇA)
A defesa de Alyson pretende alegar que o recurso de apelação
interposto pelo Representante do Ministério Público é
intempestivo. O termo inicial de contagem do prazo recursal para o
Ministério Público se dá;
a) da intimação operada no órgão de imprensa oficial.
b) a partir da entrega dos autos em setor administrativo do
Ministério Público.
c) do momento em que o Representante do Ministério Público apõe
seu ciente nos autos.
d) do termo de vista.
e) do termo de vista ou da intimação operada no órgão de imprensa
oficial, contando-se o termo inicial a partir da data da segunda
intimação.
COMENTÁRIOS: O prazo para a interposição de recurso, pelo MP, começa
a correr da sua intimação. A intimação do MP, por sua vez, deverá ser
pessoal. Vejamos:
Art. 370 (...)
§ 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será
pessoal. (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Mas, quando se perfectibiliza a intimação do MP? A intimação pessoal se
perfectibiliza quando os autos do processo são entregues ao setor
administrativo do MP, independentemente do momento em que o membro
coloca seu “ciente no processo”. Isto porque a intimação pessoal deverá se
97653401252

dar “com vista dos autos”, por força da lei orgânica do MP, de maneira que
eventual demora nos trâmites internos do MP (entre a entrada dos autos
no setor administrativo e sua remessa ao gabinete do membro) não pode
interferir na contagem do prazo.
Este é o entendimento que o STJ passou a adotar (aplicável, por extensão,
à Defensoria Pública):
(...) No mais, à míngua de argumentos novos e idôneos para infirmar
as razões de decidir ora agravadas, proferidas em conformidade com a
jurisprudência sedimentada nesta Corte e no Supremo Tribunal
Federal, no sentido de que o termo inicial para a contagem de qualquer
prazo recursal deve ser o do recebimento dos autos com vista no setor
administrativo do Órgão e não da data da ciência do membro do
Ministério Público aposto no processo, nego provimento ao agravo
regimental.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΦΕ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
(STJ - AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS!
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL AgRg nos
EDcl nos EDcl no AREsp 304974 PE 2013/0068276-6 (STJ) Data de publicação:
25/09/2013)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

14.! (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
Sobre a sentença é correto afirmar que:
A) O juiz, ao proferir a sentença condenatória, não poderá fixar em
favor do ofendido valor mínimo para reparação dos danos causados
pela infração, devendo a discussão ser dirimida no juízo cível.
ERRADA: Isso é possível, conforme expressa previsão do art. 387, IV do
CPP:
Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de
2008)
(...)
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração,
considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº
11.719, de 2008).
B) Qualquer das partes poderá, no prazo de cinco dias, pedir ao juiz
que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade,
ambiguidade, contradição ou omissão.
ERRADA: O prazo para a interposição dos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO é
de apenas dois dias, nos termos do art. 382 do CPP:
Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz
que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambigüidade,
contradição ou omissão.
C) O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou
queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, desde que,
em consequência, não tenha de aplicar pena mais grave.
ERRADA: O Juiz pode fazer isto (emendatio libelli), ainda que em
decorrência desta prática possa resultar em aplicação de pena mais grave.
97653401252

Vejamos o que diz o art. 383 do CPP:


Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou
queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em
conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. (Redação dada pela Lei nº
11.719, de 2008).
D) Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença
condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela
absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma
tenha sido alegada.
CORRETA: Esta é a previsão literal do art. 385 do CPP:
Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença
condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição,
bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!ΦΦ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
E) Havendo aditamento da denúncia, cada parte poderá arrolar até!
cinco testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na
sentença, adstrito aos termos do aditamento.
ERRADA: Havendo aditamento da denúncia em razão de MUTATIO
LIBELLI, cada parte poderá arrolar até TRÊS testemunhas, no prazo de
cinco dias, conforme §4° do art. 384 do CPP:
§ 4o Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas,
no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do
aditamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
!
15.! (FCC - 2010 - TRE-RS - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA
JUDICIÁRIA)
"A" foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado
que ele abordou a vítima e, após desferir-lhe socos e pontapés,
subtraiu para si a bolsa que ela carregava. Nesse caso:
A) o Juiz não poderá condenar o réu por roubo, por ser a pena desse
crime mais grave que a do furto.
B) como o fato foi classificado erroneamente, o Juiz poderá
condenar o réu por roubo, devendo, antes, proceder ao seu
interrogatório.
C) o Juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa,
condenando o réu pela prática de roubo.
D) o Juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que
constou da denúncia, dando ao Ministério Público e à Defesa
oportunidade para se manifestarem e arrolarem testemunhas.
E) o processo será nulo se o Juiz condenar o acusado por roubo,
porque violado o princípio da correlação entre a sentença e o
pedido.
COMENTÁRIOS: Nesse caso, não há alteração do fato descrito na
denúncia (eis que a denúncia narrou a violência praticada), mas somente
redefinição da capitulação legal do fato. Estamos diante, portanto, de
97653401252

emendatio libelli, de forma que o Juiz pode dar ao fato classificação jurídica
diversa, AINDA QUE ISSO RESULTE EM APLICAÇÃO DE PENA MAIS GRAVE.
Nos termos do art. 383 do CPP:
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou
queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em
conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. (Redação dada pela Lei nº
11.719, de 2008).
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

16.! (FCC - 2010 - TRE-AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!Φ2!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! !!!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
O réu foi denunciado como incurso nas penas do artigo 155, !
"caput", do Código Penal, porém a prova colhida na fase de
instrução demonstra que ele não subtraiu a coisa alheia mas, sim,
apropriou-se de coisa de que tinha a posse. Nesse caso, o Juiz
deverá
A) condenar o réu às penas do artigo 168, "caput", do Código Penal,
sem necessidade de aditamento à inicial, já que os crimes são
igualmente apenados.
B) julgar o processo, atribuindo ao fato definição jurídica diversa,
ainda que tenha que aplicar pena mais grave.
C) determinar a abertura de vista dos autos ao Ministério Público
para proceder ao aditamento da denúncia.
D) anular o processo desde o início, pois o réu defendeu-se de um
fato diferente daquele na verdade ocorrido.
E) condenar o réu às penas do furto, posto que não pode obrigar o
Ministério Público a dar nova definição jurídica ao fato.
COMENTÁRIOS: Percebam que, neste caso, não estamos diante de mera
alteração na classificação do fato, mas de alteração dos fatos descritos na
denúncia, pois a denúncia não narrou este fato (apropriação da coisa alheia
da qual estava na posse), mas narrou um furto (narrou fatos distintos).
Assim sendo, estamos diante do fenômeno da MUTATIO LIBELLI.
Sendo MUTATIO LIBELLI, o Juiz deverá abrir vista ao MP para que este faça
o aditamento da denúncia, caso entenda cabível.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

17.! (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE


REGISTROS)
O juiz
A) só poderá atribuir definição jurídica diversa, mesmo sem
modificar a descrição do fato contido na denúncia, se implicar na
aplicação de pena igual à do delito previsto na definição jurídica
97653401252

dela constante.
B) sem modificar a descrição do fato contida na denúncia, poderá
atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência,
tenha de aplicar pena mais grave.
C) para aplicar pena mais grave, mesmo sem modificar a descrição
do fato contida na denúncia, atribuindo- lhe definição jurídica
diversa, deverá baixar os autos para o Ministério Público aditar a
denúncia.
D) para aplicar pena mais grave, mesmo sem modificar a descrição
do fato contida na denúncia, atribuindo- lhe definição jurídica
diversa, deverá encaminhar os autos à Procuradoria-Geral de

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!2Γ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Justiça, para que outro representante do Ministério Público analise!
eventual aditamento.
E) só poderá atribuir definição jurídica diversa, mesmo sem
modificar a descrição do fato contido na denúncia, se implicar na
aplicação de pena mais branda que a do delito previsto na definição
jurídica dela constante.
COMENTÁRIOS: O Juiz poderá dar ao fato narrado definição jurídica
diversa, ainda que disso possa resultar PENALIDADE MAIS GRAVE. Trata-
se da EMENDATIO LIBELLI. Vejamos o art. 383 do CPP:
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou
queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em
conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. (Redação dada pela Lei nº
11.719, de 2008).
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
!
18.! (FCC - 2009 - TJ-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA
JUDICIÁRIA)
Sentença absolutória imprópria é a que
A) concede ao acusado a suspensão condicional da pena.
B) impõe ao acusado somente medida de segurança.
C) substitui a pena privativa da liberdade por multa.
D) substitui a pena privativa da liberdade por pena restritiva de
direitos.
E) estabelece o regime prisional aberto para o cumprimento da
pena
COMENTÁRIOS: A sentença que absolve o réu tem como conseqüência a
ausência de reflexos penais negativos. A essa sentença (normal) se dá o
nome de sentença absolutória própria. Pode ocorrer, no entanto, de o réu
ser absolvido mas lhe ser imposta medida de segurança, em razão de sua
periculosidade. Essa medida de segurança é aplicada quando o réu é
absolvido por ser inimputável à época do fato, em razão de doença mental
97653401252

ou desenvolvimento mental retardado ou incompleto.


Havendo a absolvição do réu em razão de sua inimputabilidade, e sendo-
lhe aplicada medida de segurança, estaremos diante de uma sentença
absolutória imprópria.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

19.! (FCC – 2012 – TJ-GO – JUIZ)


No tocante à sentença, é INCORRETO afirmar que
a) qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao
juiz que esclareça a sentença, se houver obscuridade.
b) na sentença absolutória, o juiz aplicará medida de segurança, se
cabível.
(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!21!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
c) o juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia,!
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ordenando, neste
caso, que o Ministério Público adite a denúncia.
d) na sentença condenatória, o juiz fixará o valor mínimo para
reparação dos danos.
e) a sentença conterá a exposição sucinta da defesa.
COMENTÁRIOS:
A) CORRETA: Este é o prazo previsto no art. 382 do CPP.
B) CORRETA: Esta previsão está contida no art. 386, § único, III do CPP.
C) ERRADA: Não tendo que se modificar a descrição dos fatos, estamos
diante do que se chama de emendatio libelli, podendo o Juiz alterar a
definição jurídica atribuída ao fato sem que haja necessidade de aditamento
da denúncia pelo MP, conforme se pode extrair do disposto no art. 383 do
CPP, ainda que tenha de aplicar pena mais grave.
D) CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 387, IV do CPP.
E) CORRETA: Isto encontra-se previsto no art. 381, II do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA É A LETRA C.

20.! (FUNCAB – 2013 – PC-ES – ESCRIVÃO)


De acordo com o Código de Processo Penal, o exame de sanidade
mental:
I. Poderá ser realizado ainda na fase do inquérito, mediante
determinação da autoridade policial.
II. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será
internado em manicômio judiciário, onde houver, ou, se estiver
solto, e o requererem os peritos, em estabelecimento adequado.
III. O exame não durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os
peritos demonstrarem a necessidade de maior prazo.
IV. O incidente da insanidade mental processar-se-á em auto
apartado, que só depois da apresentação do laudo, será apenso ao
97653401252

processo principal.
Assinale a opção que contempla a(s) assertiva(s) correta(s).
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, apenas.
COMENTÁRIOS:
I – ERRADA: O exame até pode ser realizado na fase do inquérito policial,
mas mediante representação da autoridade policial ao juiz competente, nos
termos do art. 149, §1º do CP.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!23!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
II – CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 150 do!
CPP:
Art. 150. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado
em manicômio judiciário, onde houver, ou, se estiver solto, e o requererem os
peritos, em estabelecimento adequado que o juiz designar.
III - CORRETA: Item correto, pois é a previsão literal do art. 150, §1º do
CPP:
Art. 150 (...)
§ 1o O exame não durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos
demonstrarem a necessidade de maior prazo.
IV – CORRETA: De fato, o incidente corre em autos apartados, somente
sendo apensado aos autos do processo principal (ação penal) depois da
apresentação do laudo pericial, nos termos do art. 153 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

21.! (FGV – 2014 – OAB – EXAME DE ORDEM)


João foi denunciado pela prática de crime de furto simples. Na
denúncia, o Ministério Público apenas narrou que houve a
subtração do cordão da vítima, indicando hora e local. Na audiência
de instrução e julgamento, a vítima narrou que João empurrou-a
em direção ao chão dizendo que se gritasse “o bicho ia pegar”,
arrancando, em seguida, o seu cordão. Diante da narrativa da
violência e da grave ameaça, o juiz fica convencido de que houve
crime de roubo e não de furto.
Sobre o caso apresentado, de acordo com o Código de Processo
Penal, assinale a afirmativa correta.
a) O juiz na sentença poderá condenar João pelo crime de roubo,
com base no artigo 383 do CPP, que assim dispõe: “O juiz, sem
modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá
atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência,
tenha de aplicar pena mais grave”
b) Encerrada a instrução probatória, o Ministério Público deverá
97653401252

aditar a denúncia em 5 (cinco) dias. Se o Ministério Público ficar


inerte, o juiz deve aplicar o artigo 28 do CPP.
c) Encerrada a instrução probatória, o Ministério Público deverá
aditar a denúncia em 5 (cinco) dias. Se o Ministério Público ficar
inerte, o juiz poderá condenar João pelo crime de roubo, tendo em
vista que a vítima narrou a agressão em juízo.
d) O juiz poderá condenar João pelo crime de roubo,
independentemente de qualquer providência, em homenagem ao
princípio da verdade real.
COMENTÁRIOS: Considerando o fato narrado, uma vez encerrada a
instrução probatória, o Juiz abrirá prazo ao Ministério Público para aditar a
denúncia em 5 (cinco) dias. Se o Ministério Público ficar inerte, o juiz deve

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!24!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
aplicar o artigo 28 do CPP, nos termos do que dispõe o art. 384 e seu §1º!
do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.!

22.! (FGV – 2014 – OAB – XIV EXAME DE ORDEM)


Wilson está sendo regularmente processado pela prática do crime
de furto. Durante a instrução criminal, entretanto, as testemunhas
foram uníssonas ao afirmar que, para a subtração, Wilson utilizou-
se de grave ameaça, exercida por meio de uma faca.
A partir do caso narrado, assinale a opção correta.
a) A hipótese é de emendatio libelli e o juiz deve absolver o réu
relativamente ao crime que lhe foi imputado.
b) Não haverá necessidade de aditamento da inicial acusatória,
haja vista o fato de que as alegações finais orais acontecem após a
oitiva das testemunhas e, com isso, respeitam-se os princípios do
contraditório e da ampla defesa.
c) A hipótese é de mutatio libelli e, nos termos da lei, o Ministério
Público deverá fazer o respectivo aditamento.
d) Caso o magistrado entenda que deve ocorrer o aditamento da
inicial acusatória, se o promotor de justiça e, recusar-se a fazê-lo,
o juiz estará obrigado a absolver o réu da imputação que lhe foi
originalmente atribuída.
COMENTÁRIOS: Tem-se, aqui, MUTATIO LIBELLI. Neste caso, uma vez
encerrada a instrução probatória, o Juiz abrirá prazo ao Ministério Público
para aditar a denúncia em 5 (cinco) dias, nos termos do que dispõe o art.
384 do CPP.
Caso o MP não promova o aditamento da denúncia (após a aplicação do
art. 28 do CPP), somente caberá ao Juiz desconsiderar o fato novo, pois
não incluído na denúncia.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.!
97653401252

23.! (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Terminada a fase de alegações finais, o juiz profere sentença
verbalmente na própria audiência ou o faz por escrito no prazo de
10 dias. Na sentença:
(A) o relatório, a fundamentação e o dispositivo são
imprescindíveis, ainda que proferida no âmbito dos Juizados
Especiais Criminais;
(B) somente poderão ser reconhecidas as agravantes
expressamente tipificadas na denúncia;

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!2Β!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
(C) sem modificar a descrição do fato contida na denúncia, não!
poderá o magistrado dar definição jurídica diversa da prevista na
inicial acusatória;
(D) é prescindível a data e a assinatura do juiz;
(E) o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, será
computado para fins de determinação do regime inicial de pena
privativa de liberdade.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: No âmbito dos Juizados o relatório da sentença é dispensado,
nos termos do art. 38 da Lei 9.099/95:
Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com
breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o
relatório.
Em relação aos demais procedimentos, os três elementos são necessários:
Art. 381. A sentença conterá:
I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias
para identificá-las;
II - a exposição sucinta da acusação e da defesa;
III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a
decisão;
IV - a indicação dos artigos de lei aplicados;
V - o dispositivo;
VI - a data e a assinatura do juiz.
Os incisos I e VI correspondem a elementos formais. O inciso II
corresponde ao relatório, os incisos III e IV correspondem à fundamentação
e o inciso V é o dispositivo, ou seja, a decisão propriamente dita.
B) ERRADA: O Juiz poderá reconhecer quaisquer agravantes, ainda que não
mencionadas na denúncia, desde que sua ocorrência reste comprovada no
processo, nos termos do art. 387, I do CPP.
C) ERRADA: O Juiz poderá, neste caso, dar ao fato nova definição jurídica,
trata-se do instituto da EMENDATIO LIBELLI, nos termos do art. 383 do
CPP. 97653401252

D) ERRADA: A aposição da data e assinatura do Juiz são necessárias, nos


termos do art. 381, VI do CPP.
E) CORRETA: Item correto, pois esta é a previsão do art. 387, §2º do CPP:
Art. 387 (...)
§ 2o O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação,
no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do
regime inicial de pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.736, de
2012)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

24.! (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO)

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!2Χ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! !!!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
De acordo com o entendimento amplamente majoritário no âmbito!
do Superior Tribunal de Justiça, a previsão do artigo 387, IV do CPP,
trazida pela Lei 11.719/08, no sentido de que o juiz fixará na
sentença um valor mínimo para reparação dos danos causados:
(A) é norma de conteúdo material, logo aplicável para os fatos
ocorridos antes da entrada em vigor da Lei 11.719;
(B) é norma de conteúdo processual, não podendo ser aplicada
para fatos anteriores à entrada em vigor da Lei 11.719, sob pena
de violar o princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa;
(C) somente poderá ser aplicada se houver requerimento da
vítima, ou ao menos do Ministério Público, garantida a ampla
defesa;
(D) é norma de conteúdo material, razão pela qual somente pode
ser aplicada para denúncias oferecidas após a entrada em vigor da
Lei 11.719;
(E) impede que a vítima requeira complementação dos danos no
âmbito cível.
COMENTÁRIOS: O STJ fixou entendimento no sentido de que tal norma é
considerada “híbrida” (possui elementos de direito processual e elementos
de direito “material”), de forma que não pode ser aplicada aos fatos
praticados antes da entrada em vigor da Lei 11.719/08:
“(...) 1. A regra do art. 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, que dispõe
sobre a fixação, na sentença condenatória, de valor mínimo para reparação
civil dos danos causados ao ofendido, é norma híbrida, de direito processual e
material, razão pela que não se aplica a delitos praticados antes da entrada em
vigor da Lei n.º 11.719/2008, que deu nova redação ao dispositivo.
Precedentes da Quinta Turma.
2. Agravo regimental desprovido.
(AgRg no REsp 1254742/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA,
julgado em 22/10/2013, DJe 05/11/2013)
Assim, vemos que as alternativas A, B e D estão erradas.
A alternativa E também está errada, pois nada impede que a vítima
requeira no Juízo cível a complementação do valor fixado, se entender
97653401252

insuficiente, já que o valor fixado no processo penal é o MÍNIMO, nos


termos do art. 387, IV do CPP.
A alternativa C, por fim, está correta. Isto porque o STJ entende que deve
haver requerimento formulado neste sentido, não cabendo ao Juiz a fixação
ex officio. Vejamos:
“(...) 1. Para que seja fixado, na sentença, o valor mínimo para reparação dos
danos causados à vítima (art. 387, IV, do CP), necessário o pedido formal, sob
pena de violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório.
2. Agravo regimental improvido.”
(AgRg no AREsp 311.784/DF, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA
TURMA, julgado em 05/08/2014, DJe 28/10/2014)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!2∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
!
25.! (FGV – 2014 – TJ/RJ – ANALISTA – EXECUÇÃO DE
MANDADOS)
O juiz, ao proferir sentença condenatória, fará nela constar,
EXCETO:
(A) as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no
Código Penal por ele reconhecidas;
(B) os nomes das partes ou, quando não for possível, as indicações
necessárias para identificá-las;
(C) o valor mínimo para reparação dos danos causados pela
infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido e pedido
prévio;
(D) a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar
a decisão;
(E) o direito ou não de o acusado apelar em liberdade,
condicionando, se for o caso, o conhecimento da apelação à prisão.
COMENTÁRIOS: O art. 387 nos traz o que deverá fazer o Juiz ao fixar
sentença condenatória:
Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de
2008)
I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no
Código Penal, e cuja existência reconhecer;
II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva
ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts.
59 e 60 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
Penal; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - aplicará as penas de acordo com essas conclusões; (Redação dada
pela Lei nº 11.719, de 2008).
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração,
considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº
11.719, de 2008).
V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e
97653401252

medidas de segurança, ao disposto no Título Xl deste Livro;


VI - determinará se a sentença deverá ser publicada na íntegra ou em
resumo e designará o jornal em que será feita a publicação (art. 73, § 1o, do
Código Penal).
Vemos que aqui não se inclui a conduta de condicionar o conhecimento da
apelação à prisão do réu. O Juiz, neste momento, deverá decidir se decreta
a prisão, mantém a prisão decretada ou revoga eventual prisão, mas
qualquer que seja a decisão não interfere no julgamento da apelação:
Art. 387 (...)
§ 1o O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o
caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem
prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta. (Incluído pela
Lei nº 12.736, de 2012)

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!2Ε!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! !!!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. !

26.! (FGV – 2014 – TJ/RJ – ANALISTA – COMISSÁRIO)


Bruno foi preso em flagrante pela prática do crime de extorsão
mediante sequestro. Com a prisão em flagrante convertida em
preventiva, ficou o réu preso durante toda a instrução, situação que
permanece. A complexidade do caso fez com que o magistrado
abrisse prazo para que o Ministério Público e a Defensoria Pública
apresentassem suas alegações finais escritas, sendo a sentença
proferida posteriormente. Dessa decisão, deverão ser Bruno, o
Defensor Público e o Ministério Público intimados,
respectivamente:
(A) pessoalmente, todos;
(B) por edital; pessoalmente; pessoalmente;
(C) por publicação no órgão oficial competente, todos;
(D) pessoalmente; por publicação no órgão oficial competente;
pessoalmente;
(E) por edital; por publicação no órgão oficial competente;
pessoalmente.
COMENTÁRIOS: Neste caso, todos serão intimados pessoalmente. O réu,
por estar preso, conforme determina o art. 392, I do CPP. O MP é intimado
pessoalmente SEMPRE, por força do art. 370, §4º do CPP.
Com relação à Defensoria Pública, é um pouco mais complexo. A Defensoria
Pública, de acordo com o CPP, só tem direito à intimação pessoal quando
atua na qualidade de “defensor nomeado”, ou seja, quando o réu não
constitui advogado. Contudo, pode ser que a DP tenha sido constituída pelo
próprio réu como seu patrono, nesse caso, pelo CPP, ela não teria direito à
intimação pessoal.
Porém, a DP SEMPRE terá direito à intimação pessoal, por força do que
consta na sua Lei Complementar (Lei Orgânica da DP), mais
especificamente no art. 44, I da LC 80/94. 97653401252

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

27.! (FGV - 2015 - OAB - XVIII EXAME DE ORDEM)


Bruna foi presa em flagrante e denunciada pela prática de um crime
de falsificac∴ão de documento público. Na ocasião da prisão, foi
apreendida uma mochila que estava dentro do veículo de Bruna,
sendo que em seu interior existiam algumas joias. Diante da
natureza do crime apurado, não existe mais interesse na mochila
apreendida com as joias para o desenrolar do processo. Cláudia,
colega de trabalho de Bruna, requer a restituic∴ão desses bens,
alegando ser proprietária. Existe, porém, dúvida quanto ao direito
da reclamante.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!2Φ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! !!!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Considerando as informac∴ões narradas na hipótese, é correto!
afirmar que
A) a restituic∴ão poderá ser ordenada pela autoridade policial ou
pelo juiz, sempre ouvido o Ministério Público.
B) o pedido de restituic∴ão não deverá ser autuado em autos em
apartado.
C) havendo dúvida sobre o verdadeiro dono, não superada no
incidente, o juiz remeterá as partes para o juízo cível, ordenando o
depósito das coisas.
D) não caberá produc∴ão de provas no incidente de restitui]ão.
COMENTÁRIOS: Em havendo dúvida a respeito da propriedade dos bens
a serem restituídos, é necessária a instauração do incidente de restituição
de coisas apreendidas, que será autuado em apartado, nos termos do art.
120, §1º do CPP.
Em se tratando de incidente de restituição, somente o Juiz poderá decidi-
lo, e o requerente tem o prazo de cinco dias para provar seu direito sobrea
coisa, nos termos do art. 120, §1º do CPP.
Caso persista a dúvida a espeito da propriedade dos bens, o Juiz deverá
remeter as partes ao Juízo cível, ordenando o depósito dos bens até que o
caso seja resolvido, nos termos do art. 120, §4º do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

28.! (FGV – 2013 – OAB – EXAME DE ORDEM)


A Teoria Geral das Nulidades determina que nulidade é a sanção
aplicada pelo Poder Judiciário ao ato imperfeito, defeituoso. Tal
teoria é regida pelos princípios relacionados a seguir, à exceção de
um. Assinale-o.
a) Princípio do Prejuízo.
b) Princípio da Causalidade.
c) Princípio do Interesse.
d) Princípio da Voluntariedade.
COMENTÁRIOS: Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra D
97653401252

não corresponde a um princípio que rege o sistema de NULIDADES. Os três


primeiros são princípios relacionados a esta específica seara do processo
penal.
O primeiro prega que não há nulidade sem prejuízo (art. 563 do CPP).
O segundo prevê que a nulidade de um ato importará a nulidade daqueles
que diretamente dele dependam ou sejam consequência (art. 573, §1º do
CPP).
O princípio do interesse, por sua vez, estabelece que nenhuma nulidade
poderá ser arguida pela parte que não tenha interesse em seu
reconhecimento, bem como não poderá ser arguida pela parte que a ela
deu causa (art. 565 do CPP).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!22!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
!
29.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)
O advogado José, observando determinado acontecimento no
processo, entende por bem arguir a nulidade do processo,
tendo em vista a violação do devido processo legal, ocorrida
durante a Audiência de Instrução e Julgamento. Acerca da
Teoria Geral das Nulidades, é correto afirmar que o princípio da
causalidade significa
a) a possibilidade do defeito do ato se estender aos atos que
lhes são subsequentes e que deles dependam.
b) que não há como se declarar a nulidade de um ato se este
não resultar prejuízo à acusação ou à defesa.
c) que nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja
dado causa, ou para que tenha concorrido.
d) que as nulidades poderão ser sanadas.
COMENTÁRIOS: O princípio da causalidade significa que a nulidade de um
ato importará a nulidade daqueles que diretamente dele dependam ou
sejam consequência, nos termos do art.573, §1º do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

30.! (FGV – 2011 – OAB – EXAME DE ORDEM)


Aristóteles, juiz de uma vara criminal da justiça comum, profere
sentença em processo-crime cuja competência era da justiça
militar.
Com base em tal afirmativa, pode-se dizer que a não observância
de Aristóteles à matriz legal gerará a
a) inexistência do ato.
b) nulidade relativa do ato.
c) nulidade absoluta do ato.
d) irregularidade do ato. 97653401252

COMENTÁRIOS: A sentença proferida por Aristóteles é considerada como


absolutamente nula, devendo os autos serem remetidos ao Juízo
competente, anulando-se a sentença proferida, nos termos do art. 564, I e
567 do CPP, já que se trata de violação às normas de competência em
razão da matéria, que é hipótese de competência absoluta.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

31.! (FGV – 2010 – PC/AP – DELEGADO DE POLÍCIA)


Com relação ao tema citações, assinale a afirmativa incorreta.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1ΓΓ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
A) No processo penal o réu que se oculta para não ser citado poderá!
ser citado por hora certa na forma estabelecida no Código de
Processo Civil.
B) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação
far-se-á por carta ou qualquer meio hábil de comunicação.
C) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo
prescricional.
D) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou
intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer
sem motivo justificado.
E) Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado.
A) CORRETA: O art. 362 do CPP não só autoriza a citação por hora certa
neste caso, como também determina que se apliquem as regras utilizadas
no processo civil;
B) ERRADA: A citação, neste caso, deverá obrigatoriamente se realizar
mediante a expedição de carta rogatória, nos termos do art. 368 do CPP:
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado
mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até
o seu cumprimento. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
C) CORRETA: Essa é a previsão literal do art. 366 do CPP:
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto
no art. 312. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
D) CORRETA: Se o acusado foi citado ou intimado PESSOALMENTE e não
compareceu ao ato, sem motivo justo, o processo correrá sem a
necessidade de sua intimação para os atos futuros, por força do que dispõe
o art. 367 do CPP;
E) CORRETA: O réu preso deverá ser citado pessoalmente, nos termos do
art. 360 do CPP.
97653401252

Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA É A LETRA B.

32.! (FGV – 2010 – SENADO FEDERAL – ADVOGADO DO SENADO)


Relativamente ao regime legal das citações e intimações, analise as
afirmativas a seguir:
I. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no
território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado; por
carta precatória quando o réu estiver fora do território da jurisdição
do juiz processante; e por carta rogatória se estiver no estrangeiro.
Em nenhum caso a prescrição será suspensa.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Γ1!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! !!!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
II. O réu poderá ser citado com hora certa, aplicando-se ao!
processo penal as regras estabelecidas no Código de Processo Civil,
no caso em que o réu se oculta para não ser citado.
III. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo
prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das
provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão
preventiva, respeitado o disposto no art. 312.
IV. O processo não seguirá sem a presença do acusado que, citado
ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer
sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não
comunicar o novo endereço ao juízo, suspendendo-se o processo e
a prescrição até que o réu seja encontrado.
Assinale:
A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
D) se todas as afirmativas estiverem corretas.
E) se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
I - ERRADA: Embora a citação inicial se faça por mandado quando o réu
estiver na comarca do Juízo processante, por carta precatória quando em
outra comarca, e por carta rogatória quando fora do país (arts. 351, 353 e
368 do CPP), no caso de o réu ser citado mediante carta rogatória, o prazo
prescricional se suspende até o cumprimento desta, nos termos do art. 368
do CPP:
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado
mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até
o seu cumprimento. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
II - CORRETA: O art. 362 do CPP não só autoriza a citação por hora certa
neste caso, como também determina que se apliquem as regras utilizadas
no processo civil:
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
97653401252

certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma


estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - CORRETA: Esta é a redação literal do art. 366 do CPP, que determina
a suspensão do processo e do prazo prescricional, bem como autoriza a
produção antecipada de provas e decretação da preventiva:
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto
no art. 312. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
IV - ERRADA: Se o acusado foi citado ou intimado PESSOALMENTE e não
compareceu ao ato, sem motivo justo, o processo correrá sem a

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Γ3!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
necessidade de sua intimação para os atos futuros, por força do que dispõe!
o art. 367 do CPP:
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou
intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo
justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo
endereço ao juízo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

33.! (FGV - 2009 - TJ-PA – Juiz)


Antônio Pereira é denunciado por crime de roubo. Recebendo a
denúncia, o juiz determina a citação do réu para oferecimento de
resposta escrita preliminar, no endereço indicado pelo próprio réu
em seu interrogatório policial. O mandado de citação é negativo,
tendo o oficial de justiça certificado que Antônio não reside naquele
local há um mês, sendo que o atual morador não soube informar
seu novo endereço.
Assinale a alternativa que indique como deve agir o juiz.
a) O juiz, como o réu mudou de endereço sem comunicar o juízo,
deve decretar sua revelia e nomear-lhe um advogado dativo para
apresentar a resposta escrita preliminar, prosseguindo-se nos
demais termos do processo.
b) O juiz deve esgotar os meios disponíveis para localizar o réu.
Frustrada sua localização, deve citá-lo por edital, com prazo de
quinze dias. Se o réu não comparecer e não constituir advogado, o
juiz deve decretar sua revelia e suspender o processo e o curso da
prescrição pelo prazo máximo de 90 dias, devendo decretar sua
prisão preventiva.
c) O juiz deve citar o réu por edital, com prazo de quinze dias. Se o
réu não comparecer e não constituir advogado, o juiz deve decretar
sua revelia e suspender o processo e o curso da prescrição,
podendo decretar sua prisão preventiva.
d) O juiz deve esgotar os meios disponíveis para localizar o réu.
97653401252

Frustrada sua localização, deve citá-lo por edital, com prazo de


quinze dias. Se o réu não comparecer e não constituir advogado, o
juiz deve decretar sua revelia e nomear-lhe um defensor dativo
para apresentar a resposta escrita preliminar, prosseguindo-se nos
demais termos do processo.
e) O juiz deve esgotar os meios disponíveis para localizar o réu.
Frustrada sua localização, deve citá-lo por edital, com prazo de
quinze dias. Se o réu não comparecer e não constituir advogado, o
juiz deve decretar sua revelia e suspender o processo e o curso da
prescrição, podendo decretar sua prisão preventiva.
COMENTÁRIOS: No caso em tela, ainda não há provas suficientes de que
o réu esteja em local incerto e não sabido, de forma que deve o Juiz
diligenciar para que seja obtido o endereço do réu (obtendo estas

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Γ4!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
informações junto a órgãos públicos, como a Receita Federal, o TRE, ou!
concessionárias de serviço público, como energia elétrica, telefonia, etc.).
O esgotamento das possibilidades de localização do réu é exigência feita
tanto pelo STJ quanto pelo STF (ver, a respeito: HC 70460/SP).
Uma vez verificado que, de fato, o réu se encontra em local incerto e não
sabido, deverá ser citado por edital. Não comparecendo o réu, nem
constituindo advogado, deverá ser o processo suspenso, e também
suspenso o curso do prazo prescricional, nos termos do art. 366 do CPP.
Nada impede, ainda, que seja decretada a preventiva.
Portando, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

34.! (FGV – 2014 – TJ-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Foi oferecida e recebida denúncia em desfavor de Leonardo pela
prática do crime de roubo. O oficial de justiça Carlos compareceu
em três oportunidades ao endereço do réu em busca de realizar sua
citação, não o encontrando, porém. Constatando que Leonardo
buscava, na verdade, se ocultar, certificou tal fato.
Diante disso, procederá o oficial a citação:
(A) através dos correios, com aviso de recebimento;
(B) por edital;
(C) por hora certa;
(D) por telefone;
(E) por carta rogatória.
COMENTÁRIOS: Deverá, neste caso, ser realizada a citação por hora
certa, nos termos do art. 362 do CPP:
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma
estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
97653401252

35.! (FGV – 2014 – TJ/RJ – ANALISTA – EXECUÇÃO DE


MANDADOS)
A comunicação processual poderá ser efetuada por meio de
diferentes atos a depender de sua finalidade. Um desses atos é a
citação. Sobre o tema, é correto afirmar que:
(A) a citação válida é causa interruptiva da prescrição penal;
(B) estando o réu fora do território da jurisdição do juiz
processante, caberá sua citação através do correio eletrônico;
(C) o mandado de citação deverá conter necessariamente o nome
completo do réu, bem como sua completa qualificação;

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1ΓΒ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
(D) o réu com endereço certo no estrangeiro será citado por carta!
precatória;
(E) não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei
penal, embora não transcreva a denúncia.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: A citação não é causa de interrupção da prescrição, nos termos
do art. 117 do CP. O recebimento da denúncia é causa de interrupção da
prescrição, na forma do art. 117, I do CP.
B) ERRADA: Neste caso deverá ser citado por carta precatória, nos termos
do art. 353 do CPP.
C) ERRADA: O mandado deverá conter o nome do réu ou, caso não seja
possível, os seus sinais característicos, ou seja, elementos físicos que
permitam sua identificação, nos termos do art. 352, III do CPP.
D) ERRADA: Neste caso será citado por carta rogatória, nos termos do art.
368 do CPP.
E) CORRETA: Este é o entendimento sumulado do STF, por meio do verbete
de nº 366:
Súmula 366 do STF
NÃO É NULA A CITAÇÃO POR EDITAL QUE INDICA O DISPOSITIVO DA LEI
PENAL, EMBORA NÃO TRANSCREVA A DENÚNCIA OU QUEIXA, OU NÃO
RESUMA OS FATOS EM QUE SE BASEIA.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

36.! (FGV – 2015 – TJ/SC – TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR)


Marcus, portador de maus antecedentes, foi denunciado pela
prática do crime de receptação cometido em 06.01.2015.
Considerando a pena cominada ao delito, o juiz concedeu a
liberdade provisória ao agente, permitindo que ele respondesse ao
processo em liberdade. Ocorre que, no dia 19.01.2015, Marcus
novamente foi preso em flagrante pela prática de um crime de
roubo, na mesma cidade, sendo tal prisão devidamente convertida
97653401252

em preventiva. No dia 22.01.2015 determinou o juiz, nos autos da


ação penal pela prática do crime de receptação, a citação de Marcus
para apresentação de resposta à acusação. Nesse caso, deverá ser
realizada a citação:
(A) pessoal, pois o réu se encontra preso no momento da realização
do ato;
(B) por carta precatória, pois o réu está na penitenciária e não em
sua residência;
(C) por edital, considerando que o réu não será encontrado em seu
endereço residencial;
(D) pessoal, pois o crime é de ação penal pública, diferente do que
ocorreria se fosse de ação penal privada;

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1ΓΧ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
(E) por edital, pois o réu apenas se encontra preso em virtude de!
ação penal diversa.
COMENTÁRIOS: A citação, nesse caso, será pessoal, pois se trata de réu
preso:
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. (Redação dada pela
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

37.! (FGV – 2014 – OAB – EXAME DE ORDEM)


Felipe foi reconhecido em sede policial por meio de fotografia como
o autor de um crime de roubo. O inquérito policial seguiu seus
trâmites de forma regular e o Ministério Público decidiu denunciar
o indiciado. O oficial de justiça procurou em todos os endereços
constantes nos autos, mas a citação pessoal ou por hora certa
foram impossíveis. Assim, o juiz decidiu pela citação por edital.
Marcela, irmã de Felipe, ao passar pelo fórum leu a citação por
edital e procurou um advogado para tomar ciência das
consequências de tal citação, pois ela também não sabe do
paradeiro do irmão.
Diante da situação descrita, acerca da orientação a ser dada pelo
advogado, assinale a afirmativa correta.
a) Felipe deve comparecer em juízo, sob pena de ser processado e
condenado sem que seja dada oportunidade para a sua defesa.
b) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo
e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos, sendo decretada
a sua prisão preventiva de forma automática.
c) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo
e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos, sendo
determinada a produção antecipada de provas de forma
automática, diante do risco do desaparecimento das provas pelo
decurso do tempo.
d) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo
97653401252

e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos e, se for urgente,


o juiz determinará a produção antecipada de provas, podendo
decretar a prisão preventiva se presentes os requisitos expressos
no artigo 312, do CPP.
COMENTÁRIOS: Conforme preconiza o art. 366 do CPP, se Felipe não
comparecer e não constituir advogado, o processo e o curso do prazo
prescricional ficarão suspensos e, se for urgente, o juiz poderá determinar
a produção antecipada de provas, bem como decretar a prisão preventiva
se presentes os requisitos que a autorizam.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

38.! (FGV – 2010 – PC/AP – DELEGADO DE POLÍCIA)


(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Γ∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Com relação ao tema intimação, assinale a afirmativa incorreta. !
A) A intimação do defensor constituído feita por publicação no
órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca deve,
necessariamente, conter o nome do acusado, sob pena de nulidade.
B) A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será
pessoal.
C) No processo penal, contam-se os prazos da juntada aos autos do
mandado ou da carta precatória ou de ordem, e não da data da
intimação.
D) na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por
mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por
qualquer outro meio idôneo.
E) Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará
desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para
seu prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.
A) CORRETA: Essa é a previsão do §1° do art. 370 do CPP:
§ 1o A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do
assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos
judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.
(Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
B) CORRETA: A intimação do MP e do defensor nomeado sempre será
realizada pessoalmente, e não por publicação no órgão oficial, nos termos
do art. 370, §4° do CPP:
§ 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.
(Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
C) ERRADA: Nos termos do art. 798, §5°, a do CPP, os prazos no processo
penal, em regra, contam-se da data da intimação, e não da data da juntada
aos autos do mandado:
§ 5o Salvo os casos expressos, os prazos correrão:
a) da intimação;
D) CORRETA: Esta é a previsão do art. 370, §2° do CPP:
§ 2o Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a
97653401252

intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com
comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. (Redação dada
pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
E) CORRETA: Havendo necessidade de adiamento da instrução, o Juiz
deverá designar dia e hora para a continuação, fazendo termo disto nos
autos, do qual sairão intimadas as partes e testemunhas, nos termos do
art. 372 do CPP:
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará
desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu
prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA É A LETRA C.

39.! (FGV - 2008 - SENADO FEDERAL – ADVOGADO)

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1ΓΕ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Relativamente ao regime legal das citações e intimações, analise as!
afirmativas a seguir:
I. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no
território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado; por
carta precatória quando o réu estiver fora do território da jurisdição
do juiz processante; e por carta rogatória se estiver no estrangeiro.
Em nenhum caso a prescrição será suspensa.
II. O réu poderá ser citado com hora certa, aplicando-se ao
processo penal as regras estabelecidas no Código de Processo Civil,
no caso em que o réu se oculta para não ser citado.
III. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo
prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das
provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão
preventiva, respeitado o disposto no art. 312.
IV. O processo não seguirá sem a presença do acusado que, citado
ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer
sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não
comunicar o novo endereço ao juízo, suspendendo-se o processo e
a prescrição até que o réu seja encontrado.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
COMENTÁRIOS:
I – ERRADA: A questão erra apenas ao afirmar que em nenhuma destas
hipóteses o prazo prescricional ficará suspenso, pois no caso de carta
rogatória, nos termos do art. 368 do CPP, o prazo prescricional ficará
suspenso até o cumprimento da diligência. 97653401252

II – CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 362 do CPP.


III – CORRETA: Esta é a exata previsão contida no art. 366 do CPP.
IV – ERRADA: Item errado, nos termos do art. 367 do CPP:
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou
intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo
justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo
endereço ao juízo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
O processo, neste caso, segue normalmente.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

40.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1ΓΦ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Trácio foi denunciado pela prática do delito descrito no artigo 333!
do Código Penal. A peça inaugural foi recebida pelo Juiz Titular da
Vara Única da Comarca X, que presidiu a Audiência de Instrução e
Julgamento. Encerrada a instrução do feito, o processo foi concluso
ao juiz substituto, que proferiu sentença condenatória, tendo em
vista que o juiz titular havia sido promovido e estava, nesse
momento, na 11ª Vara Criminal da Comarca da Capital. De acordo
com a Lei Processual Penal, assinale a alternativa correta.
a) A sentença é nula, porque foi prolatada por juiz que não presidiu
a instrução do feito, em desacordo com o princípio da identidade
física do juiz.
b) A sentença é nula, porque ao juiz substituto é vedada a prolação
de decisão definitiva ou terminativa.
c) Não há nulidade na sentença, porque não se faz exigível a
identidade física do juiz diante das peculiaridades narradas no
enunciado.
d) A sentença é nula, porque viola o princípio do juiz natural.
COMENTÁRIOS: De fato, um dos princípios que regem o processo penal é
o da identidade física do Juiz, que significa, basicamente, que o Juiz que
presidir a instrução deverá proferir a sentença.
Contudo, existem ressalvas a esta regra. Segundo o STJ, caso o Juiz já
esteja aposentado, tenha sido promovido, afastado, licenciado, convocado
(para atuar em órgão jurisdicional superior) ou não mais integre o quadro
do Poder Judiciário, obviamente que a sentença não precisará ser proferida
por ele, devendo ser relativizada a regra do art. 399, §2º do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

41.! (FGV – 2011 – OAB – EXAME DE ORDEM)


Ao proferir sentença, o magistrado, reputando irrelevantes os
argumentos desenvolvidos pela defesa, deixa de apreciá-los, vindo
a condenar o acusado.
97653401252

Com base no caso acima, assinale a alternativa correta.


a) Como é causa de nulidade da sentença, a falta de fundamentação
deve ser arguida inicialmente por meio de embargos de declaração,
que, se não forem opostos, gerarão a preclusão da alegação, pois a
nulidade decorrente da falta de fundamentação do decreto
condenatório importa em nulidade relativa.
b) Como é causa de nulidade absoluta da sentença, a falta de
fundamentação não precisa ser arguida por meio de embargos de
declaração, devendo necessariamente, no entanto, ser sustentada
no recurso de apelação para poder ser conhecida pelo Tribunal.
c) Como é causa de nulidade absoluta da sentença, a falta de
fundamentação não precisa ser arguida nem por meio de embargos

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Γ2!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
de declaração, nem no recurso de apelação, podendo ser conhecida!
de ofício pelo Tribunal.
d) Como reputou irrelevantes as alegações feitas pela defesa, o
magistrado não precisava tê-las apreciado na sentença proferida,
não havendo qualquer nulidade processual, pois não há nulidade
sem prejuízo.
COMENTÁRIOS: Trata-se, aqui, de nulidade absoluta da defesa, por
ausência de fundamentação (ou fundamentação deficiente), que pode ser
reconhecida de ofício pelo Tribunal, ainda que não tenha sido arguida nos
embargos de declaração ou no recurso ao Tribunal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

42.! (FGV – 2010 – OAB – EXAME DE ORDEM)


João foi denunciado pela prática do crime de furto (CP, art. 155),
pois segundo narra a denúncia ele subtraiu colar de pedras
preciosas da vítima. No decorrer da instrução processual, a
testemunha Antônio relata fato não narrado na denúncia: a
subtração do objeto furtado se deu mediante “encontrão” dado por
João no corpo da vítima. Na fase de sentença, sem antes tomar
qualquer providência, o Juiz decide, com base no sobredito
testemunho de Antônio, condenar João nas penas do crime de
roubo (CP, art. 157), por entender que o “encontrão” relatado
caracteriza emprego de violência contra a vítima. A sentença
condenatória transita em julgado para o Ministério Público.
O Tribunal, ao julgar apelo de João com fundamento exclusivo na
insuficiência da prova para a condenação, deve:
a) anular a sentença.
b) manter a condenação pela prática do crime de roubo.
c) abrir vista ao Ministério Público para aditamento da denúncia.
d) absolver o acusado.
COMENTÁRIOS: No caso em tela, houve NULIDADE na sentença, eis que
97653401252

não respeitou o princípio da correlação entre sentença e acusação, já que


abrangeu fatos não contidos na denúncia.
Contudo, como não houve recurso da acusação, a nulidade não poderia ser
reconhecida, eis que prejudicial à defesa (Verbete nº 160 da Súmula de
jurisprudência do STF – “É nula a decisão do tribunal que acolhe, contra
o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos
de recurso de ofício. ”).
Cabe ao Tribunal, portanto, apreciar o mérito do recurso, desconsiderando
o fato utilizado na sentença, mas não contido na denúncia. Diante disso,
deve o Tribunal absolver o acusado, pois não há, de fato, prova para a
condenação por roubo (eis que os fatos narrados na denúncia não
englobam violência ou grave ameaça).

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!11Γ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! !!!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. !

43.! (VUNESP – 2014 – TJ-SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO)


Nos termos do art. 351 do CPP, quando o réu estiver no território
sujeito à jurisdição do juiz que houver ordenado a citação, esta se
fará por
(A) mandado.
(B) meio eletrônico.
(C) qualquer meio que atinja a finalidade.
(D) carta com aviso de recebimento (AR) ou telegrama.
(E) carta simples.
COMENTÁRIOS: A citação, estando o réu no próprio território do Juiz que
a ordenou, será efetivada por meio de mandado:
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver
no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

44.! (VUNESP – 2014 – TJ-SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO)


Nos termos do quanto expressamente prescreve o art. 366 do CPP,
se o acusado, citado por edital, não comparecer nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo
prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das
provas consideradas urgentes. Nessa hipótese, presentes os
requisitos atinentes à respectiva modalidade detentiva e com base
unicamente no dispositivo de lei citado, está autorizado o juiz a
decretar a prisão do acusado?
(A) Sim, desde que o acusado já tenha sido anteriormente
condenado por outro crime.
(B) Não, nunca.
(C) Sim, a prisão preventiva. 97653401252

(D) Sim, a prisão temporária.


(E) Sim, desde que o crime seja inafiançável.
COMENTÁRIOS: O Juiz poderá decretar, neste caso, a prisão preventiva
do acusado, desde que presentes os requisitos para sua decretação,
conforme autoriza o próprio art. 366 do CPP:
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo
prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas
consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos
do disposto no art. 312. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!111!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! ! !!!
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
45.! (VUNESP – 2014 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO) !
Considere que é efetivada a citação por hora certa e, mesmo assim,
o acusado não comparece para se defender e nem constitui
advogado. Nessa hipótese
a) ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
com possibilidade de produção antecipada de provas.
b) ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
com possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva.
c) ser-lhe-á nomeado defensor dativo e o processo seguirá seu
curso.
d) será tentada a citação por edital, com prazo de 15 (quinze) dias.
COMENTÁRIOS: Neste caso, por se tratar de citação POR HORA CERTA,
deverá ser nomeado ao acusado um defensor dativo, seguindo o processo
seu curso normal, nos termos do art. 362 e seu § único do CPP:
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma
estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não
comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. (Incluído pela Lei nº 11.719,
de 2008).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

46.! (VUNESP – 2014 – PC-SP – DELEGADO DE POLÍCIA)


No processo penal, as intimações
a) serão sempre pessoais.
b) do defensor constituído serão feitas pelo órgão incumbido da
publicidade.
c) não são obrigatórias quando se trata do Ministério Público.
d) são atos que, se desrespeitados, causam nulidade absoluta do
processo. 97653401252

e) serão pessoais, salvo se o réu estiver preso.


COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: As intimações serão, em regra, realizadas mediante publicação
no órgão oficial. Somente em alguns casos serão pessoais.
B) CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 370, §1º do CPP.
C) ERRADA: Item errado, pois além de obrigatórias, serão pessoais, por
força do art. 370, § 4º do CPP.
D) ERRADA: Item errado, pois somente gerarão nulidade, em regra, se
houver prejuízo à parte, salvo casos excepcionais.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!113!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
E) ERRADA: Como dito, em regra as intimações serão feitas pela publicação!
no órgão oficial. No caso do réu preso, sua intimação sobre a sentença
deverá ser pessoal, por força do art. 392, I do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

47.! (VUNESP – 2014 – PC-SP – DELEGADO DE POLÍCIA)


Quando o réu estiver fora do território da jurisdição processante,
a) será citado mediante carta precatória.
b) será citado por hora certa.
c) será julgado à revelia.
d) deverá ser dispensado de comparecer nas audiências, devendo
ser interrogado por videoconferência.
e) deverá solicitar que o processo seja remetido para a comarca de
sua residência, a fim de que possa se defender melhor dos fatos
que lhe são imputados na denúncia.
COMENTÁRIOS: O réu, neste caso, deverá ser citado mediante carta
precatória, nos termos do art. 353 do CPP:
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz
processante, será citado mediante precatória.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

48.! (VUNESP – 2015 – TJ-SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO)


Em que momento a lei processual penal (CPP, art. 363) considera
que o processo completa sua formação?
(A) Constituição de defensor após a citação.
(B) Citação do acusado.
(C) Recebimento da denúncia.
(D) Apresentação de resposta escrita.
(E) Juntada do mandado de citação aos autos. 97653401252

COMENTÁRIOS: O processo completa sua formação com a CITAÇÃO do


acusado, nos termos do art. 363 do CPP:
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada
a citação do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

49.! (VUNESP – 2012 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
Determina o art. 353 do CPP: quando o réu estiver fora do território
da jurisdição do juiz processante será citado mediante
a) carta de ordem.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!114!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
b) publicação em jornal de grande circulação. !
c) carta com aviso de recebimento ou telegrama.
d) edital.
e) precatória.
COMENTÁRIOS: A resposta é letra E.
Estando o réu fora do território de jurisdição do Juízo que processa a causa,
deverá ser citado mediante carta precatória, nos termos do art. 353 do
CPP. Vejamos:
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz
processante, será citado mediante precatória.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

50.! (VUNESP – 2010 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
Considere as seguintes situações com relação à citação: réu militar;
réu que não é encontrado; réu que se oculta para não ser citado.
Assinale a alternativa que traz, correta e respectivamente, as
modalidades de citação que estão adequadas às três situações
mencionadas, nos termos dos arts. 351 a 369 do Código de
Processo Penal.
a) Por correio; por hora certa; por edital.
b) Por carta de ordem; por edital; por rogatória.
c) Pessoal, por mandado; por hora certa; por hora certa.
d) Por intermédio do chefe de serviço; por edital; por hora certa.
e) Por intermédio do chefe de serviço; por hora certa; por correio.
COMENTÁRIOS: O militar deve ser citado por intermédio do chefe de
serviço, nos termos do art. 358 do CPP; O réu que não é encontrado deverá
ser citado por edital, nos termos do art. 361 do CPP; Já o réu que se oculta
para não ser citado deverá ser citado por hora certa, nos termos do art.
362 do CPP. Vejamos: 97653401252

Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo


serviço.
(...)
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo
de 15 (quinze) dias.
(...)
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de
justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma
estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!11Β!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
51.! (VUNESP – 2011 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO!
JUDICIÁRIO)
Estabelece o art. 366 do CPP que o acusado citado por edital que
não comparece nem nomeia defensor
a) será declarado revel, com consequente nomeação de defensor
dativo, o qual acompanhará o procedimento até seu final.
b) será declarado revel, admitindo-se verdadeiros os fatos
articulados na denúncia ou queixa.
c) terá, obrigatoriamente, decretada prisão preventiva em seu
desfavor.
d) terá o processo e o curso do prazo prescricional suspensos.
e) será intimado por hora certa.
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 366 do CPP, se o acusado for citado
por edital e não comparecer nem constituir defensor, o processo ficará
suspenso, bem como ficará suspenso o curso do prazo prescricional.
Vejamos:
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto
no art. 312. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

52.! (VUNESP – 2007 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
Todo mandado de citação necessariamente contém:
I. nome completo do réu;
II. subscrição do escrivão e a rubrica do juiz;
III. finalidade.
Está correto o contido em
a) III, apenas.
97653401252

b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
COMENTÁRIOS: São requisitos indispensáveis de todo mandado de
citação os previstos no art. 352 do CPP:
Art. 352. O mandado de citação indicará:

I - o nome do juiz;
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!11Χ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
IV - a residência do réu, se for conhecida; !
V - o fim para que é feita a citação;
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.
Assim, o nome completo do réu não é requisito indispensável. Estão
corretas, então, apenas as afirmativas II e III.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

53.! (VUNESP – 2007 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
Ao efetuar uma citação por mandado, o oficial de justiça deverá
a) tão somente entregar o mandado ao réu, pessoalmente.
b) após citar pessoalmente o réu, adverti-lo de que caso deixe de
comparecer ao ato sem motivo justificado, ser-lhe-á nomeado um
defensor, e o processo seguirá sem a sua presença.
c) entregar o mandado ao réu pessoalmente e lavrar certidão de
sua aceitação ou recusa.
d) proceder à leitura do mandado ao réu e entregar-lhe a contrafé,
e ainda, certificar a entrega da contrafé e de sua aceitação ou
recusa.
e) fazer com que o réu faça aposição de ciente no original do
mandado.
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 357 do CPP são requisitos da CITAÇÃO
POR MANDADO a leitura do mandado pelo oficial de justiça, bem como a
entrega da contrafé ao réu, certificando-se a entrega e sua aceitação ou
recusa. Vejamos:
Art. 357. São requisitos da citação por mandado:
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se
mencionarão dia e hora da citação;
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação
ou recusa. 97653401252

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

54.! (VUNESP – 2007 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
No processo penal, caso o magistrado tenha a informação nos autos
de que o réu se oculta para não ser encontrado para a citação,
a) determinará a citação por hora certa.
b) determinará seja feita a citação por edital.
c) declarará o réu revel.
d) determinará a expedição de mandado de prisão preventiva.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!11∆!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
e) determinará, com o prazo de cinco dias, o comparecimento do!
réu ao cartório para ser citado pessoalmente sob pena de
desobediência.
COMENTÁRIOS: Se o réu estiver se ocultando para não ser citado, deverá
o Juiz determinar sua citação por HORA CERTA, nos termos do art. 362 do
CPP.
Contudo, quando o réu se ocultar para NÃO SER ENCONTRADO (ou seja,
para que ninguém saiba seu paradeiro), o Juiz deverá determinar a citação
por edital, por encontrar-se o réu em local incerto e não sabido. Vejamos:
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de
15 (quinze) dias.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

55.! (VUNESP – 2006 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
A citação por precatória deve ser realizada
a) no juízo do lugar do crime.
b) com dia e hora marcada.
c) se o réu estiver no território de outra comarca.
d) a requerimento do Ministério Público.
e) somente nos casos urgentes.
COMENTÁRIOS: A citação por carta precatória deve ser realizada se o réu
se encontrar em comarca diversa daquela em que o crime está sendo
processado. Vejamos o art. 353 do CPP:
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz
processante, será citado mediante precatória.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

56.! (VUNESP – 2006 – TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO) 97653401252

Caso o acusado citado por edital não compareça aos atos do


processo nem constitua defensor,
a) ficará suspenso o processo, mas continuará fluindo o prazo
prescricional, podendo ser decretada a prisão preventiva.
b) deverá ser decretada a revelia do acusado, tramitando o
processo na sua ausência e, se for o caso, decretada a prisão
preventiva.
c) deverá ser decretada a prisão preventiva e a suspensão do curso
do prazo prescricional.
d) ser-lhe-ão nomeados defensor dativo e curador, que
acompanharão, até o trânsito em julgado, o trâmite do processo
durante a ausência.

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!11Ε!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !!
! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
e) ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,!
podendo ser determinada a produção das provas urgentes.
COMENTÁRIOS: Neste caso, conforme preconiza o art. 366 do CPP, ficarão
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. Vejamos:
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto
no art. 312. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

9.! GABARITO

1.! ALTERNATIVA C 27.! ALTERNATIVA C


2.! ALTERNATIVA B 28.! ALTERNATIVA D
3.! ALTERNATIVA D 29.! ALTERNATIVA A
4.! ALTERNATIVA E 30.! ALTERNATIVA C
5.! ALTERNATIVA C 31.! ALTERNATIVA B
6.! ALTERNATIVA A 32.! ALTERNATIVA B
7.! ALTERNATIVA D 33.! ALTERNATIVA E
8.! ALTERNATIVA B 34.! ALTERNATIVA C
9.! ALTERNATIVA A 35.! ALTERNATIVA E
10.! ALTERNATIVA D 36.! ALTERNATIVA A
11.! ALTERNATIVA A 37.! ALTERNATIVA D
12.! ALTERNATIVA B 38.! ALTERNATIVA C
13.! ALTERNATIVA B 39.! ALTERNATIVA B
14.! ALTERNATIVA D 40.! ALTERNATIVA C
15.! ALTERNATIVA C 97653401252

41.! ALTERNATIVA C
16.! ALTERNATIVA C 42.! ALTERNATIVA D
17.! ALTERNATIVA B 43.! ALTERNATIVA A
18.! ALTERNATIVA B 44.! ALTERNATIVA C
19.! ALTERNATIVA C 45.! ALTERNATIVA C
20.! ALTERNATIVA D 46.! ALTERNATIVA B
21.! ALTERNATIVA B 47.! ALTERNATIVA A
22.! ALTERNATIVA C 48.! ALTERNATIVA B
23.! ALTERNATIVA E 49.! ALTERNATIVA E
24.! ALTERNATIVA C 50.! ALTERNATIVA D
25.! ALTERNATIVA E 51.! ALTERNATIVA D
26.! ALTERNATIVA A 52.! ALTERNATIVA D

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!11Φ!()!112!
!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋012∋34∋156789∋:3;<=>∋∋
! !! ! !
?≅?Α7Β0?∋Χ∆!7Ε7Φ179∋/∋Φ15?∋Χ∆!7Ε7Φ17?∋
! 0∃&#∀,∋∃∋∃Γ∃#)Η)∀&∗∋)&Ι∃.%,ϑ&∗∋
! (#&ΚΛ∋1∃.,.∋?#,+Μ&∋/∋?+−,∋;Ν!
53.! ALTERNATIVA D !
54.! ALTERNATIVA B
55.! ALTERNATIVA C
56.! ALTERNATIVA E
!
!

97653401252

(#&ΚΛ1∃.,.∋?#,+Μ&∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!112!()!112!

Das könnte Ihnen auch gefallen