Sie sind auf Seite 1von 15
séculos, ao poder absorvente de Castela, Demonstra este facto que, de todas asvelhas Nacionalidades peninsulaes, oj Portugal a dotads"*com mais forga decaricter ou de raga. Este seu carte, tabalhado depois pela Paisagem, resultou ou nasce da mais perfitac harmoniosa fusio que, neste canto da bia, se fex de sangue ariano e semita. Estes die sangues, equivalende-se ‘emenergiatransmissora de herancas, dere Rag lusitana as suas proprias ‘qualidades superiores, ue, em vex de se contadizarem, pelo contetio, se conbinaram amorosamente, uificando-se na bela crag da alma pats” Como assinalam alguns analistas, as plavras eas ideis anteriores eseritas ‘nos prmeiros anos do século XX em ambiente imeclectuale republicano da Renascenca, setio apropriadas pela exaleagio nacionalstae pela selugao 4o Estado Novo i volta do part Unio Nacional que transmitao “eepiite «de Nacio” ¢o poder autoitrio do Professor Oliveira Salazar, mestredesse “fascismo de tedra” a que se refere M. de Unamnano. ‘Aidentifieagio da Monarguia Catlia com Espanha ¢ Caselayem, funda: ‘mestalment, co tempo da Unio soba dinasia dos Ausras. Os portugueses ‘io compreendem que os Flies (i, I 1V) ndo 0s govemavam como cast. ‘harosmas, pelo conti, como donese herdirs de una monargua pling ional F para os inimigns da Unido, tomava-se mats ebmodo emis efcay are 08 seus objctivos refertem-se & Monarquia como Castelae8 “nsacivel sede que os eastelhanos tinham de manda”. Ovizinho devia conser a ser castedhano para poder ser inimigo. Nao se pode estranhay, portato, que 0 Sehastianismo™, mito do “rei encoberta” que regressriasalvae Portal ¢ a reasperar a su graneza imperil, cobrasse um dividendo politico se conver: ‘esse mum instrument muito itil para manipula o sentimento popular orien ‘iin 57 ie osanoe Con Se on he ena» tance atone ‘sto sri osm cane cones ae ime do Qs poo ae ease rene enc en end rsp tol Sete Do rn on tas Lb, nec ca ‘oque, detodae com mais forga pela Paisagem, neste canto da equivalendo-se sssuasproprias salma patria” republicano da «pela sedugio uti “espitio vs mestre desse fa vem, funda- Dk poreiguesee axquiaplacina oe tas fics 8 insaciével otanto, que 0 hear Porcugale popular exien- samen tundo-ono sentido de ums oposigio politica contra Madrid econtraaopressio “eatethana”. “taumeados desécu'o XIX nsstem nesta linha tods uma série de opisculos snicestthanos ¢refaragbes an sbéricas que exaltama grandeza de Portugal aignem *coube a glia de caminhac a cabega da ciizagio europeia” & llovalorizam, severa e doramente, os iberstas que pretendem persuadir os fponngucses «qu se unanvoluntaramenteaFspanhs', Acentuam a ambisio pe fienis casedhana em Portngal durante a Unio mondrquica da qual nanatam todos os males futuro. K teminam com uma chamada @ hersica Fndependéncia fente “as esfaimadas gatas castelhanas”™ “Ratitude portuguesa manters até hoje essa identilicaglo de Castela com -spatha, Para os “integraistas”econservadores dos ance 15 ¢20 do séeulo pussndo, o carer ibersa da propaganda espanhola guardave uma intengo Tibeptcia de dominio ede absorso, “6 necessrio que nfo nes deixemos Cinbelar por prepostas aparentemente inofesivas elas. Qualquer que seit ‘tipo de unio que se pretendaestabelecer entre Portugal e Espanha, orto {que cairemos aa absorgio[..]-Peeparemo-nos para 0 momento cm que © jogos reaiza adescoherio eno permitamos que os aconteimentoscheguers {hum ponto tl que sea jd impossive ou muito dif etroceder™. "Mais arde,0“integralista” Hipaito Raposo escrevis: "Como bem sabido « histxia confirma, partido espanhol de unio ou anexagio cresoe sempre fu ado diecca da fragueza interna ce Portugal. Asim, sio mais de recear ‘Se adeptos porhaguses que os corfeuscastelhanos, a quem nunea apeteoeu ‘atrar em Poreual sem estarem convencidos de que alguns adores de dentro thes possam abrix as porta em hora oporcuna”™”. Os “traidores", uma vez mais, eram os republicauos e progress. ypu to dos eae pa rio eg fa dt dna cept cent trams esha Spo Por 4A Fe ca e197 pin Tae Apne ac gna AAfontera mas antiga da Earopa: aris com Portagal Uma parte da desconfianga para com ocastelhano, mum sentido mais amplo ¢ asimilando-0 ao espanho! no imaginirio colectivo portugues, proyém do repro facto fronteitgo. Pela fronteia mais aberta do planalto da Beira Intsriog a raia seca, pela planicie do Alo Alentejo, entratam a maior pate das invasées “castelhanas”. Ali, num e noutso lado, permanecem os simbolos de defesa e de rsiténcia, sobretudo em forma de eastelos de «idides ou vilas fortfcadas agora convertdas em patrim6nio cultural, mas também sobrevive em romances e ditados populares de carter burlsco pa como vizinho castelhano, Certamente com apenas ligeiros ajustes eretogues, a frontera mais antiga ‘dentro dos limites politicos da Europa perdura hé mais de oitocentos anos, Hm 1997, celebrou-se na vila zamorana de Alcanizes o Vil Centensrio do ascardo ou tratado assinado em 1297, fixando-se desde aqueles tempos longinguos a rain divisbria entre 0 Reino de Portugal e o Reino castlhano- sTeanés.Poquenosretoques ns reentrnciassaliéncas d ria, asule aorte, «stubelecem no séclo XIX (Olivenca, Couto Misto, for dosrios Guadiana & Minho...) otrasado dos 1234 km de frontiza que conhecemos actalmente, io é uma fronteira natural, embora boa parte do seu tragado se apoie nos srandes rios (Minho, Douro, TejoEges ¢ Guadiana) para a fixagio dos limites. Assim, as inflexdes eos “encaixes™ do Dosto, sguasabaixo de Za ‘mora, e do Guadiana, dguas abaixo de Badajoz, consituem limites da terra poruguesa, nas palavras de O. Ribeto, e quando os ros “deixam de correr or mesetas se enfiam por gargantas profundas podem consi, para ali do uma dvnko, wma defo" Desde meados do século XI fi-e estabelecendo no rio Minho a fxagio doslimite entre a Tera portucalense ea Gaza. Alguns marcos divisdcios dos séculos XIle Xl correspondentes & Raia Cental ibérica entre o Douro 0 Guadiana, fazem-n0s lembrar as antgas divides romanas. Com Afonso X, 0 Sibio,e com o Tratado de Badajoz (1276) fixa sea fronteira no Guadiana desce sua confluencia com ori Cai, resunciando a monarguia castlhano- -leonesa so reno do Algarve, Antes da Paz de Alcaniacs, Portugal incorporaré 8049.95, «ato mais apo nugués, provém do planalto da Beira 9, permanecem 08 a de castlos e de Snio cakaral, mas ceardeter buslesco dateira mais antiga Vit Gentenaio do © aqueles tempos Reino castelhano- saia,asulenorte, osrios Gaadianae smog actualmente tgado se apoie nos axa. fixagio dos tas abaixo de Za- sm limites da terra “deixam de corer on constitu, paca » Minho atixagson 1008 divis6rios dos centee 9 Douro eo s.Com Afonso X, ‘cira no Guadiana aeguiacastethano- ‘ugalincorporars ss teras de Riba-Cé,limftrofes da fronteira actual, onde permanecem ‘natiplos eetemunhos de umas forinas de povoameato © de uma cultura ndloga & exstente na Granja raianasalamantina. ‘A frontera marcou seriamente as relagdes entre Espanha e Portugal ¢ 08 seas vestigospodem anda observaree com exatido no teritri. As provi Gas expanhols eos dstritos portuguese contigues rai, coniguram umamplo stoago quase desconhecido no extremo sadoeste da Europa®. Ai sete pro~ incas espantolas Pontevedra, Orense, Zamora Salamanca, cere, Badsjon { Huciva) somam 86 442 km de superficie e af vivem cerca de 3 300 000 Iubitantes; cs distitos do espago frontecigo portugués (Viana do Castelo, Binga, Vila Real, Braganga, Guarda, Castelo Branco, Portaegre, vor, Bia Faro) somam 52.486 kin, mais de metade da superficie portuguesa com ‘ana populasio préxima dos 2 400 000 habitantes. Em conjunto mais de 138 000 kmn"e mais de 5 500 000 habitantss. Os dados mais reentesindicam- ‘os que, slo nosextremos mariimos do Minho e do Guadians, as dimin (hes demogyaficas mantém-se em extensio eem langura ao longo de toda a Franja fontiiga. Nalguns terstérios, como no nosso, alcangam valores ainda mas graves alacmantes até 20 ponto de nos encontrarmos com estraeuras demogrfcaireversveise em limites de densdade que prenunciam a perda total de contolo no aprovetamento dos recursos naturas, Sem descer a uma nis pormenorizada sublinhemos agoe agora os ragos comuns que caract- Fizam a fronteira hispano-portuguesa e que foram definidos pelos gesarafos dhs universidades eastelhano-leonesas por ocasifo do diagnéstico do Pro- frama Teansfronteirigo de Espana e Portugal (1994-2000 INTERREG 1), Aliseutido ¢ apresentado em Salamanca, sob a coordenagio do IRNA (CSC), oo Depastamenta de Geografia eda “Excma. Dipueacion Pyo- vincil”, Resumimos o* aspectos mais importantes: ~ Atheamento dos centros de dcisio politica « econdmica ~xistdncia de obscécufosnaturais de carécterlimitaivo ~Disjunsao legal ou jucdica de denbitos regionals anélogos ~Segmentagio artificial dos mereados —Deterioragio demogrificae desartculagto dos recursos humanos ~ Auséncia de actividades econémicas diversificadas e complementares Baixosnives de equipamento &escala local e municipal ‘Abandono ou fala de infa-estraturas bésicas para o intercimbio ccon6mico, acessbilidade 20s nicleas e comunicacio humana ~Bareicas psicoldgicas e educativas nas relagées humanas € nos comportamentos s0cias muito areigados Frustragio politica ¢desilusio socal nas localdades da feonteira Como sintese, disse-se expresivamente que, de um ¢ do outro lado, Aobradiga de uniso ficou marcada, até agora, pelo subdesenvolvimento ¢ por nveis de rendimentos, és vezes menores que a media comunitiia™ [Nilo obstante, poderfamos falar da sobrevivencia de um ierismo subja ‘ene nests terstriosdefromteia em diferentes manifestagbes eer sfnbolos ‘de coopecasioesolidariedade, lhc, ao longo dos séculos, &retérica pola on 4 sonfrontagSo de nacionalismos e soberanias , em hoa parte, afastado dos ‘fnonesimpostos por Madrid Lisboa. Considero-a de un valor instimavel pata compreenderacostrugio dotertéio no pasado e para empreende cys defutaro,conjuntaseinovadoras, Sem ser exaustive citar’ alguns exemplos. A sobrevivéneia de tradigGesculturais vinculsdas is comunidades judaicas arte, efastado dos nvalor inestimavel rermprender ocpes si alguns exemplos. rnumidadesjudaicas anos deassnalavel umsunecoong slog secorda-nos uma convivéncia plaral eentiquecedota em Sefarad que ‘Soca se recupera como amostra do patriménio herdado (Castelo de Vide, ‘Vniteca de Alsintara Hervés, Belmont.) Nao faltam exemplos de relagBes trasrontirigasestritameatevincaladas vida relgiosa entre povose zonas fevencentes, no pastado, A mesma diocese, com manifestages «lags de Teoperagio decarécterimateral,em fetes, romarias ou costumes que 08 tihegam at hoje (Diocese de Cidade Rodrigo e Riba Ca, por exemplo) ‘A partic de wna perspectiva socioeconémic, foram chaves para a sobre sivéncia os aproveitamentos comuns agro-sivo-pastoris, bein como os reba Shor teansunantes que atravessavam a raia @ procura das pastagens de biciude da Sera da Estrela ow ainda partilhando prados, pasos clas em ‘ales ronterios mais solids, bem comonas montankas de Tris-0s-Montes| ‘ims contigs serras zamoranas ot galeges. Do mesmo moxlo, damos cont tke viaculos d> cooperagio ¢ ajuda métua relacionadas com a uilizagio de recursos hdeicos, io vita para osustento das povoagSes das sas coureas| ‘le regadio, ou como energia miotriz (moinhos, pisbes, serragoes, lagares, Stenhas,mini-hiricas.,. transformada em présperaindéstria hidrocléetica, a pari dos acordos internacionas de 1927 sobre os aproveitamentos comuns dos trogosfevaisfroneiigos. Neste iberismo subjacent atingem wm significado singular as aldeias miss ou ais proximas entre s, de um e do outro Tado da rai, porque 2 vida eas elaées familiares adguirem um dimenséo de aectvidade, conv: ‘éncia¢intinidade difces de apagat com uma fronteia polities; merece Tuma mencio especial a memétia viva dese enclave “portugués-orensano” ddo Couto Mixto, uma érea montanhoss, durante séculos de indefnigio twanshonteiiga, volta da qual nos nareabelase trgias historias oesritor tilogo XL. Mendes: Ferrin, no seu interessante liven de contos Arras. Exist outros testannhos de earsctreultral eantropoligico mais liga os aon simblos e mitos hsticos, entre 0s quais se evidenca,talver, o de ‘Vivato, pastor lusitan “terror romanonuntcujapaterniade éeclamada por aumerosos lugares de um e de outro lado da Raia Cental Thérica [As herangasculturais manifestam-se também nesss “alas” de cransigfo «ve unem a meméria do passado com o presente através dessa lingua ssl (qe 60 minardés, aparentada com.as “falas” das montanhasgalaico-keoesas « com as comareas zamoranas ocidentas,particularmente com Als. © mi tandés foi reconhecido como segunda lingus de Porcugal pelo Parlamento «1 1998 e sobre a sua originalidade José Leite de Vasconcellos deixou-nos uma obra monumental’ mister repressar a0 passado para construirofturo, mas convémn seconde a sua trama para nose fcarenredado nos seus fios ox apanhado pelos seus nitos efantasmas. Sem necessdade de ecuarmos a0 passado mais emoto ‘em discusso acerca das consequéncias da unio filipina (1580-1640) ou as vantagens desvantagens provenientesdahipottica localiza da capital «eda corte em Lisboa, consdero oportano recoudar alguns provestosrecentes ‘aja lembranca mais comm para a nossa gerago ficou gravad cm palaveas, ‘como contraband, Oliveica Salazar, on no mapa da Peninsula com 0 espago ‘otrespondente a Portugal em conaidade sépia(*.. a este com Portugal). Previamente devemos assinalar o peso de uma heranga histérica bem eataizada nas relagdes peninsulares. Como referem 0s historiadores, © Let sont J ee ep borer 0055953, “Ahora mnie aes on ty Renu nao" "i.tepmm nite re pin np ict : ace bon Pap 1040168 Cur Cafe Pas ote Mona ape ay Cnet diy Cas ani 9dr Pot larps oay {9616 Aon. Mal 208 ort aren Prt ‘vp Cp Ore 260, afi de nese pata Ga eign 2005 un, ren Meg pt 58164 Li ‘Ute 201 anno acura ugar pnd don Ca Re wun tes com liste, © mi I pelo Parlamento veellos deixow-noe ssconvém recordar senhado pelos seus ssdo inais remote (1580-1640) 08 alizagio da capital processosrecentss vvada em palavras, ‘sla com expago > com Portugal”) 22 histérea bem + historiadores, 0 thts 1960, nats ps dey Pensions scoot sastamenco de Portal partic dos meados do século XVI, reafirmando a dia independeciae conscigncia nacional dentro da cas sbérica, “estabelece vin daalismo peninsular que consagra a tpica dimensio ant-ibévica dos tveagusesdesperta os descjos dos unionists espanbéi. Tendéncias contra~ ‘jase © antgnieas, que mediatzam deste entio a selago peninsular”. feb eate porto de vista, 0 ideal ibéxico como possivel unio ou federagio Tesinslar autee assoiado as preocupagiesregeneraionstas€ a0 expt te progress nto em Espana como em Portugal, sobreudo nos momentos lle crise ou como resposta a um statu quo de cardcter mais ou menos omervadar 20r iso, 0 cattos periodos de eclosio ibersta,fundamental- frente na 2” netade do séclo XIX, to 0 seu contraponto em longns perio dos de relagées peninsularestranquilas e distantes, de anténticas “costas tiradas” ou “zostas voltadas", ou se recorerd 3 ressurcigio do fantasma do 80.08 adver ergo espanol” ou castlhano nos momentos de maxi tea de “novas Abubarrotas” que deterdo as ambigSes expanholas. ‘0 periodo finisecular do século XIX foi abundante em golpes taumaiticos para ox dois pales ibéricos,cojs efits pessimists passaram, dram mito Tempo paca: sciedade sem que a emergéacia duma nova conseigncia soci, deagitasao industrial, de regeneracionismo, da Insiuigéo Livee do Ensino © da defesa do ensino pibico ¢ Inco, consepussem um procesto de moder tiacio geneaizada ¢ de integrasio equilbrada de toda a Peninsula. Pa ‘gue tal sucedsse, estamos de esperar pelos finais do séeulo XX. ‘Contemplemos por instante a circunsincias gropoltcas que incidem em finais do sécalo XIX na histria da peninsla, Em 1890 o wltaton ingles cng a Por retirada dos tesitriosstuados sul dorio Zambeze, entre ‘Angola e Moxambique ~ineuidos “no mapa corde-osa"™ ~ poisseinterpoem fa linha de expats Lvitinica, norte al, Caio-Cabo. A hiss aliada de Poreagal, poltca ceconomicament,bumilhavao (*a dats afrontosa")redia » nem exten gts soe bar do tara Wiad Te ine ‘wunicse ecu «8 seus sonhos de nagio colonizadora a propor infimas. © apoio moral de span de pouco serv perante © poderia britinio eo sonho do Mapu Rosa tsfumou-se foi substttdo pelo avangocolonizador de Cec! Rhodes ¢ plo nascimento daquilo que conbeciamos por Rodésa até data recente. Portugal sfastavase da Europa e entrava num Inbiinta de destspers e de soabos. A gnidade humathads ea regeneracio da nacio procurar-senorepablicanisno, +0 "saudosismo” e incasivamente, de novo, no mesianism. ‘Anos depois, aps ser destrude a frota espanhola em Cavite Santiago de Culba,em 1898, pela nova poténia emergente dos Estados Unidos da Amética do Norte, o Tatado de Paris desse mesmo ano confirmaré «pena dos dtimos ‘stigios do ness impo: Cuba, Port Rico ¢Flpinas. O ano do “desatre™ eixartatris de si marcas profundas de frustragSo colectiva, de perda de identidadee de depressio econémicae social esta forma, a Peninsula Ibric fcava neutralizada no coneeto intern ional e perdia dfinitvamente o protagonismo que tnka exercido dutante seculos no equibrio geopottco eas ligase maritmas inremacionas embora ‘sua profundsligaeioe preseng stntcasnio a impedissem de rcuperar 9 Valor estratégico dos arquipSagos (Acores, Cabo Vere, Madeira e Canarias) « fortalecer de novo o controle do Estreito de Gibraltar O mapa intenacionsl tinha-se modificado seasivelmente e dividido em nacies fortes © agresivas (ling) e-em nagoes debeise moribundas (dying) e os reveses militares ou a8 depenlénciaspolitcasencarregaram-se de lembrara Espana ea Portugal a que gropo deveriam pertencer “ied nope mas snc Mane bace oe apo My i, Urea I, 19 oy. 5974 en Ale oe grin Las aie een > apoio moral de vw do Mapa Ross sl Rhodes e pelo recente, Portal s.€ de sonhos. A > republicnismo, aides da América veda dor slkimos odo “desaste” iva, de petda de sxercido durante ‘acini embora mde recuperar 6 dei e Canérias) apa internacional vos agresivas 1 militares ov a8 hae Portugal a | | | | escort sdindmicaspstriores, fo obstante, serio stints, Enquanto Espana, ape a iuidags dos restos do seu pote marie, deixou de alhar oat ar horizon colonial inciando wna fase de “ecolhimento”, Portugal «evr na aventura marima centros de interes fora da Peninsula © da farops que mollaran, até 1974, uma ientdade singular Todos em Postal fursemestar de cord, segundo Agotnho da iva, que “omaracabava no teed de Able 1974 0 que 6uma atrapalhagao pars Porcoga”. A Europa Sfmente a Peninsula Thévica convertemse, 2 partir destes momentos, aaonrpaereferéacas de Portugal. Espana deixar de ser um hgar de passage. Tene a decadenciae & raina, incusivamente antes das datas histSricas de Jefetacia (1890 ou 1898), levantanm-e vozes de duas geacies chave para 2 (hlura peninsula para dei beristas a portagucsa de 1870 ex espanbols 111898, O sonno regenerador da Geragio de 70, num contexto internacional jo, leva um grupo de intelectuais portagueses filo Braga, Guerrs Junqueiro, Ramalho OF = brco de ere e transforma de pretigio(Bya de Queiebs, tito, Ofivza Martins, Antero de Quental outros) & reflex sobre o rare tke pove portuguts edo lugar dos povos ibéricos no mundo. Os seus pres posto politics esociais, emancipadores, oxilam entre o republicanisino € © uilismo utépio. O ensaio de Aatero de Quental Causas da Decadéncia dos ous Peninsulares, os poem de Gtra Junqueiro com a sua eleva cares rnetafrica, Bins Patria; o grande ensaio de Oliveira Martins, Hist6ra da ChulzagaeTbarica, sao alguns dos contribytos relevantes desta geragdo que colocard a sua “eaperangasedentora” na Replica na rekundagao social de tun “Patria Nova” e também na Unio Thérca”De vodos eles, Antero de (Quentalapresenta-se como o mais radical e ut6pico, pois promove em 1872 tua replica democratcaefederariva para a Peufnsul superando vols © ‘aducas nacioalidades,baseadas em croniOes © em orgens micas. Tsetse Gch mean echo elo CrP Pee ho cmbiiapa inane seme Negi ee FD Nowtte ece naman ee omnes wa Jt ‘munetco oie A denominagio da Gecagio de 98 aplicadatfo-s6& sua vertenteltriria ‘Azorin, Mace, Baroja, Unamano, Valle Tnelén, Machado.) no € de todo ¢onvincente, se ampliarmos a relagio A gerago histica que redescobre a Expanka,profunda eral, sonha também com uma Espanta diferente Un mero signifieasvo de regeneradores, antes ou depois do “Desaste”,ocupa ‘edosmales da pita edo seu airaso™, propondo altemativas de moderniaag a0 ‘conémicae cultural entre as quaisnao falta supresso de bareeasaduaneias fronteirigas ene Espanha e Portugal, inspiando-se no Z Chegam-n0s,porém, mais cos lterrios dos escritores que encontraram novas formas cratves valores estéxcos no modernismo eno simboismo, com inve ‘agdes constants intrabistria a0 casicismo ou & paisagem, que tanscendem 10 seu percursoliteritioe pessoal a simples denominagio da Geraci de 98 En tomo al castismo de Unamuno, El Idéarinm Espatol de Canivet, ou Gempos de Castilla de Machado, epreseatam bem es mudangas quanto pecepsio de Fspanha. Deveasinalar-s a prsonaldadeefigurade Juan Mara. sll, poeta catalio, amigo de Unamno,encarnasao viva do modemismo ¢ do espiritoibricosna sua Odaa Bspaia resume se com profundidade ebeleca Jeena a crise do momento ens suas mensagens politica de sentido caropeita sparecem “os sentmentos de liberdade, varidadee harmonia eomo nova ¢ tic fore edifcadora de una politica azypae fecunda para tov a Peninsula” (Qs es pilares mais slidos do iberismo deste perodo de chaencza entre 0 pussado ¢o presente alvez ve encontrem na fguca de um portugués, Oliveira ‘Martins, de um basco-castethano, Unanmino, ede um catalio, Mazagall que, com as suns dias, assim urdiam a peninsle ‘A alernaiva republicans, a partir sobretudo de 1910, no comseguins Zolvercin ale. impor as reformas soci eecoudmicas na sociedad portuguesa cujos indices Ci ca ca 8. Msi inn spa deo in Seon Las a spt de Ves i (19) ab ne nites de io Sado (1918), cm pehgs de Amando de Magne " sa vertente litera Jo.) nfo € de todo a que redescol ta diferente, Un “Desaste”, ocupa- as de modemizagio >acrirasaduanciae Zolveren alemio. bolismo,cominvo- que transoondem a Geragio de 98 fol de Ganive, ou vedansas quanto 8 grade Joan Mars "do modernismo e sfndidadee helena sentido europeista toda a Peninsula” chameiea entee 0 orcs, Oliveira lo, Maragall que, 9, nfo conseguira nes cujasindiees etapa ets enn cmrenee teanalfabetismo rondavam, em 1900, 08 75%, nem to-pouco encontrar as tins de una colaboragio efectiva em Espanha, Com um hiberalismo demo- {tio em crise, com alguns mondrquicos acossando na fronteira e com 0 fectiado pavor do perigo espanol, ea ciel levar a cabo e reforma da fociedade;05 “influntes” ow caciques tro um logar decsivo. Para além itso, de imediao os republicanos ter3o a sua resposts ideol6gica e politica fnomorimento“inegralsta”(L=lategralismo Lusitano}, imbusdo de nacio- talisno tradicional, de eatoiismo, de wma attude eftst da polities, agando, em

Das könnte Ihnen auch gefallen