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Definição:
“Teoria ou ideologia que ergue o princípio do governo limitado indispensável à
garantia dos direitos em dimensão estruturante da organização politico-social de
uma comunidade”. (CANOTILHO)
Mas, é no medievo também que alguns pactos, celebrados entre reis e classes
sociais superiores, estabelecem direitos e prerrogativas e limitam o poder do rei
em relação ao dessa classe em ascensão.
Constitucionalismo moderno
Primeiro movimento:
Unificação/ centralização do poder em torno de um monarca – absolutismo;
favorecimento do mercantilismo (embrião do capitalismo); cisão da lei natural da
lei humana e favorecimento da última.
Segundo movimento:
Revoluções agitam grandes centros e substituem o absolutismo por novos
regimes baseados em ideias contratualistas. Surge a ideia de constitucionalismo
moderno, ou liberal, como o conhecemos.
O constitucionalismo francês
“A Constituição deve corresponder a uma lei escrita, não se confundindo com
um repositório de tradições imemoriais, ao contrário da fórmula inglesa. Ela pode
romper com o passado e dirigir o futuro da Nação, inspirando-se em valores
universais centrados no indivíduo. Tais valores estavam bem sintetizados n a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, cuja definição de
Constituição, estabelecida no seu art. 16, bem expressava o pensamento liberal:
‘Toda sociedade, na qual a garantia dos direitos não é assegurada nem a
separação de poderes determinada, não tem Constituição’.
O constitucionalismo norte-americano
“O modelo constitucional dos Estados Unidos representa a tentativa de
conciliação entre dois vetores. De um lado, o vetor democrático, de autogoverno
do povo, captado pelas palavras que abrem o preâmbulo da Carta americana
(We, the People of the United States...). Do outro, o vetor liberal, preocupado
com a contenção do poder das maiorias para defesa de direitos das minorias. O
arranjo estabelecido pela Constituição norteamericana busca,
concomitantemente, fundar o exercício do poder político no consentimento dos
governados e estabelecer mecanismos que evitem que esse poder se torne
opressivo, ameaçando a liberdade individual. Mas é completamente alheia ao
constitucionalismo norte-americano a compreensão de que caiba à Constituição
dirigir o futuro do país. No pensamento constitucional americano, associa-se o
papel da Constituição à organização do Estado e à imposição de limites à ação
dos governantes, mas não à definição dos rumos da vida nacional.
Constitucionalismo social
A pressão por alterações e maior acesso ao jogo do poder, unida à crescente
exploração laboral em função da Revolução industrial e ao ideário socialista e
comunista da época fizeram que alguns ajustes tivessem de ser feitos. O poderio
econômico da burguesia começa a ser desmascarado enquanto poder real e as
classes inferiores anseiam por uma maior proteção, mais direitos,
reconhecimento e extensão da cidadania e contensão desse poder, que até
então parecia impossível de ser contido.
Exemplos:
Constitucionalismo social americano – não alteração da redação constitucional,
mas mudança do espírito interpretativo, que agora passa a ler a Constituição não
mais como um bloqueio à introdução de políticas estatais de intervenção na
economia e de proteção dos grupos sociais mais vulneráveis.