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José Luiz Gomes de Almeida

INTRODUÇÃO

A palavra micróbio, a palavra câncer, a palavra malária,


dentre outras, não são encontradas na bíblia. Isto não quer dizer
que os micróbios, o câncer e a malária não existem, ou não
existissem na época em que a bíblia foi escrita.
Necropsias realizadas em múmias revelaram a presença de
micróbios, câncer e malária. No entanto, a bíblia se refere ao
assunto dizendo apenas — “as más doenças dos egípcios” — sem
entrar em detalhes.

Muitos argumentam que a reencarnação não existe, sim-


plesmente porque esta palavra não se encontra na bíblia.
A palavra reencarnação é relativamente nova, mas o fato
reencarnação sempre existiu — independente da palavra — e
ficou patente em diversas passagens bíblicas.
O objetivo deste trabalho é justamente estudar estas
passagens, acrescentando conhecimento, dirimindo dúvidas, des-
fazendo contradições, visando possibilitar o entendimento correto
das escrituras.

ISAÍAS E A REENCARNAÇÃO
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Em Isaias 26.19, temos o seguinte:

“Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão;


despertai e exultai, os que habitais no pó, porque teu orvalho
será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os
mortos.”

Isaías conhecia a sobrevivência da alma, era um


fundamento religioso básico para ele. Por isso, ao escrever “os
teus mortos viverão”, estava se referindo ao corpo de carne.
Porque, se Isaías estivesse se referindo à alma, teria escrito “os
teus mortos vivem”, já que a alma não morre junto com o corpo
físico. Portanto, quando ele afirma que “os teus mortos viverão”,
está se referindo a uma vida futura também em carne e osso.

Observe que Isaías separa os fatos em duas situações


distintas: na primeira “os teus mortos viverão”, quer dizer,
passarão por vidas na terra; na segunda “os teus mortos
ressuscitarão”, significando que as almas após a morte terrena
renascerão para a vida espiritual.

O restante do texto — “despertai e exultai, os que habitais no


pó, porque teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra
lançará de si os mortos”— significa que devemos despertar para
esta verdade e ficar alegres, nós que habitamos na matéria, porque
o “orvalho” de Deus sobre nós será como o orvalho que renova as
plantas, e a terra lançará de si os mortos (da carne) para a
continuação da vida.

EZEQUIEL E A REENCARNAÇÃO

Vemos em Ezequiel 37.12-14:


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“...Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu abrirei as


vossas sepulturas, e vos farei sair de vossas sepulturas, ó povo
meu, e vos trarei à terra de Israel. E saberei que eu sou o
Senhor, quando eu abrir as vossas sepulturas, e vos fizer sair
das vossas sepulturas, ó povo meu. E porei em vós o meu
espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra; e sabereis que eu,
o Senhor, disse isto, e o fiz, diz o Senhor.”

Imagine esta passagem interpretada ao pé da letra: os


defuntos saindo das sepulturas num cortejo macabro em direção a
Israel.
Qualquer pessoa sabe que os corpos já decompostos e
comidos pelas minhocas não podem mais sair das sepulturas.
Jeová promete uma nova vida, ao dizer que vai tirar seu
povo da “sepultura” e trazer à terra de Israel. Esta nova vida só
pode ser carnal, pois o objetivo da alma é o Paraíso e, não, voltar
à terra de Israel.
O corpo de carne faz parte deste mundo e nele se desfaz,
mas o espírito sobrevive e pertence a Deus. Por isso está escrito:
“E porei em vós o meu espírito, e vivereis, e vos porei na vossa
terra;” significando que aquele povo teria uma reencarnação em
Israel.

SAMUEL E A REENCARNAÇÃO.

Temos em I Samuel 2.6:


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“O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à
sepultura e faz tornar a subir dela.”

Observe, nesta passagem bíblica, que a vida citada (que o


Senhor tira e dá, fazendo descer à sepultura e subir dela) só pode
ser a vida no mundo material.
Isto porque a vida espiritual só será tirada dos pecadores
no juízo final, e não será mais dada, conforme está escrito no
Apocalipse.
Conclui-se então que esta passagem se refere à reen-
carnação, através da qual o Senhor tira a vida de um corpo
material e torna a dá-la em um novo corpo material.

A REENCARNAÇÃO DOS FILHOS DE JÓ.

Assim começa o livro de Jó:

“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e


este era homem sincero, reto e temente a Deus, e desviava-se do
mal. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E era o seu gado
sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois,
e quinhentas jumentas;”... (Jó 1.1-3)

Deus permitiu que Jó perdesse todos os seus bens —


inclusive morreram seus filhos— apenas com o intuito de prová-
lo.
Apesar disso, Jó manteve firme sua fé, então Deus decidiu
recompensá-lo, restituindo em dobro tudo quanto antes possuía:

“E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais


do que o primeiro porque teve catorze mil ovelhas, e seis mil
camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas. Também teve sete
filhos e três filhas.” (Jó 42.12-13)
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Podemos observar que Deus devolveu tudo em dobro: as


ovelhas, os camelos, as juntas de bois e as jumentas,... menos os
filhos. Veja que Jó tinha sete filhos e três filhas, e Deus lhe
restituiu exatamente os sete filhos e as três filhas. Indicação clara
de que simplesmente reencarnou os filhos de Jó.

Uma questão de justiça.

Vamos imaginar Jó recebendo de volta os filhos que


morreram. Preferiria ele receber os mesmos filhos que amava, e
tinha perdido injustamente? ou receber outros filhos diferentes?
É claro que Jó escolheria receber os seus filhos de antes, e
confiava que Deus fosse poderoso para tanto.
Analisando a questão no ponto de vista da justiça divina:
seria correto que Deus tendo o poder para todas as coisas deixasse
de restituir os mesmos filhos que Jó perdera injustamente?
Os corpos dos filhos de Jó já se haviam desfeito na terra,
mas seus espíritos ainda viviam no espaço. Então Deus seria
muito mais justo devolvendo a Jó estes mesmos espíritos,
reencarnando-os em novos corpos ainda mais belos do que os
primeiros, como cita a bíblia em Jó 42.15:

“E em toda a terra não se acharam mulheres tão


formosas como as filhas de Jó;...”

A REENCARNAÇÃO ENTRE OS HEBREUS.

Em Hebreus 11.35, podemos ler:


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“As mulheres receberam pela ressurreição os
seus mortos; uns foram torturados não aceitando o seu
livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição;”

A palavra ressurreição, na bíblia, tem sido usada, com


bastante freqüência, significando continuação da vida após a
morte, sem levar em conta como este fato se processa.
A continuação da vida após a morte ocorre no mundo
espiritual, mas também pode ocorrer no mundo material, através
da reencarnação. A bíblia não usa a palavra reencarnação, mas
utiliza algumas vezes a palavra ressurreição com este significado.
Somente desta forma podemos entender certas passagens bíblicas.
Como seria possível as mulheres receberem seus mortos
pela ressurreição? E depois alguns serem torturados não aceitando
o seu livramento, para alcançarem uma ressurreição melhor? Não
tem sentido esta passagem a não ser pela reencarnação.
As mulheres engravidaram e receberam pela reencarnação
os seus mortos; alguns deles sofreram em vida, foram torturados
mas não fugiram da batalha aceitando seu livramento indigno,
para alcançarem uma melhor ressurreição, ou seja, uma melhor
continuação da vida após a morte.

REENCARNAÇÃO NOS DEZ MANDAMENTOS.

Em Exodo 20.5, Jeová diz nos dez mandamentos:

“...porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso que


visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta
geração daqueles que me aborrecem,...”
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Isto significa que o pecado dos pais seria cobrado sobre os


filhos, netos e bisnetos: uma tremenda injustiça que contraria os
princípios do próprio Jeová, como podemos ver em Ezequiel
18.20:
“...o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará
a maldade do filho.”

Observe que houve uma redundância quando Jeová disse


“até a terceira e quarta geração”. Bastava que tivesse dito “até a
quarta geração”, que automaticamente a terceira já estaria
incluída.
Alguma coisa está errada, e na verdade há um erro de
tradução da bíblia que se perpetuou até os dias de hoje. A tradu-
ção correta seria:
“...visito a maldade dos pais nos filhos na terceira e
quarta geração...” ,
como pode ser verificado nas bíblias antigas em latim. Esta idéia
fica reforçada em Jeremias 32.18:
“...tornas a maldade dos pais aos filhos depois deles;”
mostrando que são os descendentes que vierem após a morte dos
pais.
Assim fica tudo esclarecido e deixa de existir a
contradição de Jeová. O pecado será cobrado dos pais quando
estiverem reencarnados como netos e bisnetos.

REENCARNAÇÃO DOS QUE MATARAM OS


PROFETAS.

Em Lucas 11.49-51, temos:

“Por isso diz também a sabedoria de Deus: Profetas e


apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns e perseguirão
outros; Para que desta geração seja requerido o sangue de todos
os profetas que, desde a fundação do mundo foi derramado;
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Desde o sangue de Abel, até o sangue de Zacarias, que foi
morto entre o altar e o templo; assim vos digo será requerido
desta geração.”

Observemos, no texto, Jesus dizendo que todos os assas-


sinatos cometidos contra os profetas, desde a fundação do mundo,
seriam cobrados daquela geração.
Os profetas foram mortos há séculos. Abel, por exemplo,
havia sido assassinado há milênios. Porque aquela geração tinha
que pagar por crimes cometidos pelos outros já há tanto tempo?
Seria uma injustiça que contraria os próprios preceitos divinos,
que estabelece a responsabilidade pessoal pelos atos cometidos,
como se vê em Jeremias 31.30:
“Mas cada um morrerá pela sua iniquidade;”
e também em Ezequiel 18.20:
“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a
maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho. A justiça
do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre
ele.”

Acontece porém que naquela geração estavam reen-


carnadas as pessoas envolvidas com aqueles assassinatos, para o
resgate de seus crimes.
Alguns vieram reencarnados como profetas, outros como
apóstolos, para sentirem na pele o mal que fizeram. Por isto, em
outras palavras, está escrito: Profetas e apóstolos serão mandados,
uns serão mortos, outros perseguidos, para que nesta geração
sejam resgatados todos os assassinatos contra os profetas, desde a
fundação do mundo.

JOÃO BATISTA É ELIAS REENCARNADO.

Jesus, o portador da verdade, afirma textualmente que João


Batista é o profeta Elias, em Mat 11.13-14:
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“Porque todos os profetas e a lei profetizaram até
João. E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.”

Mas quem foi este Elias que Jesus afirmou ser João
Batista?
A bíblia cita que Elias viveu no tempo do rei Acabe, e que,
apesar de ter sido um grande profeta, era uma pessoa comum,
como se lê em Tiago 5.17:
“Elias era homem sujeito às mesmas paixões que
nós,...”;
e também em I Reis 17.1:
“Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade,...”,
mostrando que era um cidadão comum, natural daquela região. E
sendo uma pessoa comum, estava também sujeito à morte, pois,
tendo chegado o seu tempo, morreu. A bíblia descreve sua morte
assim, em II Reis 2:11:
“e Elias subiu ao céu num redemoinho.”

Da forma como ficou descrita a morte de Elias, muitos


entenderam que ele teria subido ao mundo espiritual com o seu
corpo de carne, o que nós sabemos ser impossível. Somente sua
alma foi ao céu, porque está escrito em I Cor 15:50:
“...a carne e o sangue não podem herdar o reino de
Deus,...”.

Mas Elias precisava voltar à Terra.

A providência divina determinou que Elias deveria


retornar à Terra, para cumprir uma missão de grande
responsabilidade, que seria a de preparar o povo para a vinda de
Jesus. Em Mal 4.5, temos esta revelação:
“Eis que vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia
grande e terrível do Senhor.”
Mas o corpo de Elias já era morto há muito tempo, seu
espírito teria então que reencarnar para cumprir esta missão.
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Em Lucas 1.13, um anjo do Senhor anuncia a Zacarias
que sua mulher, Isabel, terá um filho:
“...e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás
o nome de João;”
E anuncia também que este João será o antecessor de Jesus, e terá
o espírito de Elias, sendo portanto Elias reencarnado.
“E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias,...”
(Luc 1.17).

Jesus, posteriormente, confirma que João Batista é Elias,


em Mat 11.13-14:
“Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.
E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.”

JOÃO BATISTA NÃO QUIS REVELAR-SE COMO


ELIAS

Jesus, o portador da verdade, afirmou que João Batista foi


a reencarnação do antigo profeta Elias, também em Mat 17.12-13:

“Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram,


mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também
padecer o Filho do homem. Então entenderam os discípulos que
lhes falara de João Batista.”

No entanto, a bíblia relata que João Batista negou ser


Elias, quando interrogado pelos fariseus
“...És tu Elias? E disse: Não sou.” (João 1.21)

A quem se deve dar maior crédito? a Jesus que afirma, ou


a João Batista que nega? Lembre-se que o próprio João reco-
nhecia a superioridade de Jesus.
Podemos admitir duas hipóteses, se aceitarmos esta
contradição. A primeira — menos provável — é a de que João
Batista desconhecesse o fato, assim como não lembramos das
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nossas encarnações passadas. A segunda — mais provável —
é a de que João Batista não quisesse revelar sua identidade aos
fariseus naquele momento, para não atrapalhar sua missão, da
mesma forma como Jesus deixou de revelar sua identidade de
Cristo por muito tempo, pelo mesmo motivo.
Esta aparente contradição entre Jesus e João Batista, que
tem suscitado dúvidas, também se desfaz ao analisarmos bem a
situação e a pergunta:
— “És tu Elias?” — e João, pretendendo ocultar o fato,
com sabedoria disse: — “Não sou” __ e ainda poderia ter
acrescentado com acerto: — “Sou João Batista.” Assim João teria
respondido com verdade e evitado polêmica com os fariseus. Mas
se lhe fosse perguntado:
— “Foste tu Elias?” — então estaria obrigado a responder:
__
“Fui Elias, em uma vida passada”__ para não faltar com a
verdade.

MORREMOS UMA VEZ EM CADA


REENCARNAÇÃO

Está em Hebreus 9.27:

“E como aos homens está ordenado morrerem uma vez


vindo depois disso o juízo,...”

É uma grande verdade. Não se conhece, como regra,


aquele homem cujo corpo tenha morrido diversas vezes, pois
ordenado está que morra apenas uma vez. Embora, paralelamente,
o espírito continue vivo.
Esta passagem da bíblia, tão usada para contestar a
reencarnação, apenas confirma uma grande verdade: em cada
reencarnação, nosso corpo morre uma vez e nosso espírito vai a
julgamento (não confundir com o juízo final).
Observe que no texto não foi especificado que este “juízo”
seja o “juízo final”, mas simplesmente o juízo a que todas as
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almas estão sujeitas após a morte do corpo de carne __ o
mesmo tipo de julgamento pelo qual passou Lázaro e foi levado
ao seio de Abraão, e o rico avarento foi condenado ao Hades
(inferno). Repare que eles foram julgados antes do juízo final. (ver
em Luc 16.22-23).
Esta frase de Paulo não nega a reencarnação, simplesmente
afirma que está ordenado ao homem morrer apenas uma vez e vir
a juízo, em cada passagem pela Terra.

Críticas e sugestões podem ser enviadas para:


José Luiz Gomes de Almeida
Rua Cel. Nóbrega 248, Química
Barra do Piraí, RJ CEP 27.130-130

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