Meio: Imprensa Pág: 58

País: Portugal Cores: Cor

Period.: Bimestral Área: 18,00 x 26,40 cm²

ID: 81967216 31-08-2019 | Turbo - Frotas Âmbito: Desporto e Veículos Corte: 1 de 2

ENSAIO

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•
S1

RENAULT MÉGANE SPORT l uul \Lk DCI GT LINE

UNS AINDA ACREDITAM...

Enquanto uns (dizem que) abandonam, outros continuam a acreditar que o Diesel ainda é a
melhor opção para determinados negócios. E têm razão. É o caso da Renault que acaba de
anunciar um novo motor 1.7 dCi com versões de 120 e 150 cv. Guiámos esta última no Mégane
TEXTO MARCO ANTÓNIO

semelhança do que acontece
ainda com muitas marcas - ou-
tras não e por isso já anuncia-
ram o fim do Diesel -, o lança-
mento do novo motor Blue dCi
confirma a aposta da Renault em prosseguir o
desenvolvimento de motorizações Diesel cada
vez mais eficientes, mais amigas do ambiente e,
simultaneamente, mais potentes e capazes de
se adaptarem às várias gamas da marca france-
sa. No segmento do Mégane, em particular, a
Sport Tourer continua a ser a alternativa mais
procurada. Este é um segmento importante no
mercado nacional quer nas vendas a particula-
res, quer no setor empresarial. E se para mui-
tos clientes individuais um Diesel continua a
não ser rentável, devido ao valor de aquisição
de um veículo deste género, para as empresas
esta ainda é a melhor solução do ponto de vis-
ta da sua rentabilidade. Basta fazer contas ao
número de quilómetros e aos respetivos in-
centivos que ainda existem para facilmente
se chegar a essa conclusão. Ainda que tenden-
cialmente o Diesel possa diminuir o seu peso
no mercado e isso tem-se verificado bastante
no domínio dos clientes particulares (o que
poderia ter acontecido no passado se fizes-
sem contas ao ponto de equilíbrio), a verdade
é que as empresas continuam a apostar nesta
solução versus gasolina ou híbridos que, não
só são mais caros, como ainda não apresentam
a mesma rentabilidade. Curiosamente mar-
cas há como a Mercedes (parceira da Renault
no desenvolvimento deste motor) que, para a
solução híbrida, utilizam o motor diesel com
ganhos de eficiência fantásticos, como seria
de esperar face aos consumos anunciados e
aos níveis de CO2..
Alonga e reconhecida tradição na produção de
motores Diesel leva a Renault a acreditar nas
potencialidades desta solução energética. Por
isso vai continuar a ser a resposta para quem
percorre muitos quilómetros por ano. Uma
solução que resulta de uma completa renova-
ção na gama de motores Diesel, na sequência
do protocolo de homologação WLTP inicia-
do em 2018.
Conforme tivemos oportunidade de verificar
durante todo o ensaio, as novas tecnologias
aplicadas na conceção deste motor (fruto de
um grande investimento) permitem combinar
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UMA NOVA APOSTA

O lançamento do novo
motor Diesel Blue
dCi de 120 e 150 cv
confirma a aposta da
Renault em prosseguir
o desenvolvimento
de motores Diesel
mais eficientes, mais
amigos do ambiente e,
o simultaneamente,
mais potentes

baixos consumos, com a redução das emissões

O automática EDC de 6 velocidades, como era o
a tante o funcionamento do motor contribuindo
• CI.
RENAULT MÉGANE SPORT TOURER 1.7 BLUE DCI GT LINE
EQUIPAMENTO
Série: Head-up display;
Sistema de ajuda ao
estacionamento dianteiro;
Jantes em liga leve de 17";
Ecrã TFT 7"; Cãmara de
marcha atrás; Pack look
exterior GT Line; Sistema
Multi-Sense; Apoios de cabeça
GT Line; Volante em couro GT
Line; Estofos em tecido GT
Line; Retrovisores exteriores
em Dark Metal
TÉCNICA
PREÇO 39.240 € // MOTOR 4 CIL.; 1749 C.C.; 150 CV; PRESTAÇÕES /
A
4000 RPM // RELAÇÃO PESO/POTÊNCIA 10 KG/CV // CONFORTO/CUSTOS
TRANSMISSÃO AUT0.6 VEL. // PESO 1500 KG // COMP./ DE UTILIZAÇÃO
LARGIALT. 4,62/1,81/1,50 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 2,71
M // MALA 521-1504 L // DESEMPENHO 9,5 S 0-100 KM/H; PREÇO ABSOLUTO
205 KM/H VEL. MÁX. // CONSUMO 5,7 (6,4*) L/100 KM //
EMISSÕES CO2 148 G/KM (CLASSE D) // IUC 181,25 €
`As nossas rneeJçOe
e um desempenho agradável pelas prestações
oferecidas, inclusive quando associado à caixa
caso da versão ensaiada. A transmissão auto-
mática tem ainda a vantagem de suavizar bas-
simultaneamente para um elevado conforto de
condução. Entretanto, a aplicação de atuado-
res elétricos na variação da geometria do tur-
bo assegura uma resposta muito mais rápida
numa ampla gama de regimes.
A variante Blue dCi de 150 cv que ensaiámos
carateriza-se por ter um binário elevado de 34o
Nm logo às 1750 rpm, o que garante uma velo-
cidade máxima superior a 20 o km/h e, acima
de tudo, uma condução extraordinariamente
fluída, com grande disponibilidade mesmo nos
baixos regimes e ao longo de uma larga faixa de
rotações. Apesar dos iso cv que permite uma
boa aceleração dos 0-100 km é possível obter
níveis de consumos relativamente baixos da
ordem dos 5,71/100 km com a caixa automá-
tica de dupla embraiagem.
O reduzido consumo resulta de um conjunto
alargado de tecnologias que têm como missão
controlar os custos do combustível e diminuir
as emissões. Uma das soluções técnicas que
mais contribui para isso é a redução catalíti-
ca seletiva (SCR), cuja função é promover o
tratamento das emissões de NOx através da
injeção de uma determinada quantidade de
AdBlue. Este elemento à base de ureia, que tem
de ser reposto de tempos a tempos, reage com
os elementos do catalisador e o NOx de forma
a transformá-lo em azoto e água.
A chegada do novo motor 1.7 Blue dCi encabeça
uma gama de motores Diesel que contará ain-
da com o 1.5 Blue dCi de 95 e 115 cv.
O seu reduzido custo de utilização e manuten-
ção, associado a um bom valor de retoma e a
preços competitivos face aos seus concorren-
tes tornam este negócio uma boa oportunida-
de para o setor empresarial. O valor proposto
para esta versão GT Line com caixa EDC co-
meça nos 39.240 euros. /