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RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA

MINERAÇÃO VALE DA MOTINHA LTDA

MINERAÇÃO VALE DA MOTINHA LTDA , firma esta estabelecida neste


município de Aracu Verde, estado de São Paulo á Rod. Marechal da Motinha, Km 154
s/n, escrita no C.G.C. do M.F. sob o número 22.663.672/0001-36, e inscrição
estadual 115.017.240-141, torna público que requereu à Secretaria do Meio Ambiente
do Estado de São Paulo a Licença P para Implantação do Mineração Vale da Motinha
Lltda, mediante a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de
Impacto Ambiental, e que nos termos da Deliberação Consema nº 34/2005, encontra-
se aberto o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar desta data, para solicitação
de Audiência Pública à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SMA,
relativa à Mineração Vale da Motinha Ltda, a qual deve ser protocolada ou enviada
por carta registrada, postada no prazo acima definido e dirigida ao Departamento de
Avaliação de Impacto Ambiental - DAIA, Av. Prof. Frederico Hermann Jr. 345 - prédio
12 - 1º andar - Alto de Pinheiros - CEP: 0541.

PARTE I

OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO PROJETO

O objetivo do empreendimento é a instalação de uma mineradora, com uma estrutura


industrial de médio porte para extração e tratamento de 500 ton / dia de areia de
quartzo.

A implantação desse empreendimento no Município de Aracu Verde, justifica-se pelo


estágio de desenvolvimento econômico da região, devido à sua proximidade com o
município de Vagina Linda, dividindo ainda com estado do Rio de Janeiro, próximo à
região do médio Vale do Paraíba do Sul, as quais compreendem grandes centros
industriais e de consumo.

Desde a sua constituição, a Mineração Vale da Motinha LTDA, vem implementado


uma série de medidas e ações visando alavancar de vez o empreendimento ora
proposto. Tais medidas e ações consistiram em uma série de trabalhos técnicos de
pesquisa para avaliação do potencial tecnológico e econômico da reserva, incluindo
nestes trabalhos, levantamento planialtimétrico, construção de uma base cartográfica,
mapeamento geológico, caracterização tipológicas das areias, pesquisa de mercado,
Estudo do Impacto Ambiental (EIA) e conseqüente Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA)

DESCRIÇÃO DO PROJETO, ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS E LOCACIONAIS

O empreendimento mineiro é voltado para extração de quartzitos e beneficiamento


mineral para produção em escala de areias de quartzo de alta pureza.
A MINERAÇÃO DA SUBSTÂNCIA MINERAL INDUSTRIAL QUARTZITO/AREIA DE
QUARTZO

A denominação minerais industriais, agrupamento do qual é parte a substância


mineral areia de quartzo, é utilizada para individualizar uma larga variedade de
materiais geológicos - rochas e minerais – de valor comercial, destinadas a
segmentos bastante distintos de mercado, de forma a diferencia-los daquelas
substâncias minerais mais tradicionais que são os minerais metálicos, gemas e
combustíveis fósseis. São exemplos de minerais industriais os agregados de rochas,
as areias, as argilas e calcários.

O MINERAL INDUSTRIAL QUARTZITO/AREIA DE QUARTZO E O MEIO


AMBIENTE

O objeto principal da presente análise é a caracterização e domínio das inter-relações


das atividades mineiras com os fatores do meio físico e biótico, com ênfase aos
impactos ambientais e das suas possibilidades de propagação.

PARTE ll

A DESCRIÇÃO DO PROJETO E SUAS ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS E


LOCACIONAIS
ÁREA DE INFLUÊNCIA
EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS A SEREM GERADOS
RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO
BENEFÍCIOS SOCIAIS/AMBIENTAIS DO PROJETO

O EMPREENDIMENTO

DESCRIÇÃO DOS ALVOS A SEREM MINERADOS (UNIDADES)

Circunscrita em uma área de 772,50 ha, conforme decreto de lavra DNPM


(Departamento Nacional de Produção Mineral ), constitui de diversas jazidas as quais
estão individualizadas como três alvos de lavra distintos, constituindo as jazidas do
alvo A ( Jazida da Laje ) ponto 15 , do alvo B ( Ponte Velha )ponto 8 e alvo C ( Areia
Branca) ponto 28.

AS ÁREAS DE INFLUÊNCIA

Para a definição das áreas de influência, decorrentes da implantação do


empreendimento, baseou-se no estudo dos detalhes de todas as fases, e os fatores
ambientais influenciados pelos mesmos. Definiu-se geograficamente, tais áreas
obedecendo a seguinte classificação:

Área Diretamente Afetada (ADA)


Área de Influência Direta ( AID)
Área de Influência Indireta (AII)
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DESCRIÇÃO

O projeto consta quatro fases, mais ou menos distintas:

Fase de planejamento em franco andamento.

Fase de implantação que compreende as obras de infraestrutura, planta de


beneficiamento mineral e construção das vias de acesso.

Fase de operação que é a extração do mineral, prevista para um período de vinte


anos

Fase de desativação, uma vez que se trata de mais de uma cava ( tratando-se de
mais de uma frente de lavra durante a fase de operação ocorrerá simultaneamente
desativação e abertura de cavas em pontos diferentes).

CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL FUTURA DA ÁREA DE


INFLUÊNCIA

QUALIDADE AMBIENTAL FUTURA

Optou-se pela tentativa de aferir as tendências evolutivas que poderão prevalecer em


cada situação, optando-se pelas seguintes premissas:

- o empreendimento deve adotar medidas de ações minimizadoras, mitigatórias e


compensatórias;

- deverá ser seguidas todas as propostas de monitoramento indicadas no presente


relatório;

- a maioria dos efeitos ambientais adversos gerados nas diversas fases do


empreendimento deverão provocar alterações de baixa intensidade, muitas
reversíveis, exceto na área utilizada;

- deve-se considerar os impactos benéficos e permanentes previstos, que


exercerão efeitos sobre a qualidade de vida da população local.

Assim, conclui-se que de uma maneira geral os custos ambientais do


empreendimento serão pouco expressivos em função da adoção das medidas
propostas para mitigação e compensação do impacto, tornando tais custos
irrelevantes, ao compara-los aos benéficos sociais econômicos que será trazido para
a população e para o município.

A MINERAÇÃO

PROCESSO INDUSTRIAL LAVRA E BENEFICIAMENTO


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A planta de beneficiamento consistirá em equipamentos somente para desagregação
(moagem primária), peneiramento e separação magnética de minerais, sendo
oportuno ressaltar que todo o beneficiamento será a seco.
VIAS DE ACESSO

Tais vias de transporte do minério, entre as cavas e a planta de beneficiamento


consistirão de estradas planejadas a princípio para servirem exclusivamente às
atividades de mineração.

ESTOCAGEM DO MINÉRIO

As pilhas de estoques serão formadas em três pontos distintos. Ainda na cava,


imediatamente à lavra e na planta de beneficiamento.

Os locais destinados à disposição dessas pilhas, deverão obedecer a pré-requisitos


com vistas a não contaminação do minério e do meio ambiente.

INSUMOS

As possibilidades de vazamento de substâncias combustíveis e óleos lubrificantes


sobre a superfície do terreno, durante as atividades de mineração, são desprezíveis,
mas mesmo assim, serão monitorados e evitados.

DEPÓSITO DE MANEJO DE RESÍDUOS

Por resíduos industriais, entendem-se todos aqueles gerados pelas máquinas e


equipamentos na cava, na planta de beneficiamento e nas oficinas de apoio às
atividades.

PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÔMICO

No plano de Aproveitamento Econômico - P. A. E. - da Jazida Ponte Velha – Alvo B


-constam, além de um memorial descritivo do Projeto, o método de lavra a ser
adotado, os dimensionamentos dos equipamentos, os aspectos econômicos
envolvidos e as demais exigências legais do Código de Mineração.

CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO

GEOLOGIA

A fisiografia de uma região é, de uma maneira geral, condicionada a elementos da


sua geologia, do seu posicionamento geográfico em relação à bacia hidrográfica da
qual essa é parte, às suas condições climáticas - pretéritas e atuais, e à ação
antrópica ao longo do tempo sobre essa paisagem de onde, para se fazer uma
caracterização com vistas ao estudo, análise e previsão de formas de impacto
ambiental, torna-se importante à definição e descrição desses elementos do meio
físico.

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A região objeto desse estudo fica posicionada em meio a planaltos e serranias, a
sudeste da Serra da Mantiqueira Meridional, parte dessa importante feição orográfica.
Nessa região encontram-se as vertentes próximas às cabeceiras do Vale dos rios
Preto, do Peixe e Paraibuna, afluentes do Rio Paraíba do Sul

GEOMORFOLOGIA E RELEVO

A região, área objeto desse estudo, fica localizada junto à terminação leste da Serra
Negra - onde é cortada pelo Rio Monte Verde, a qual juntamente com a Serra de Lima
Duarte constituem os divisores de águas, nascentes, e vales dos rios do Peixe, Monte
Verde e Rio Preto.

As formas de relevo da região compreendem, basicamente de cordões descontínuos


de serras, entremeio a vales dissecados, estruturados e paralelos entre si.

RECURSOS HÍDRICOS

Os dois principais cursos d’água na região são o Rio Monte Verde e o Córrego Santo
Antônio, os quais drenam sentido aos Rio do Peixe e Rio Preto, respectivamente.
QUALIDADE DAS ÁGUAS

A qualidade da água está muito relacionada com os recursos hídricos, podendo ser
associadas aos seguintes parâmetros: Turbidez e Assoreamento; Qualidade Química
da água superficial e subterrânea; Obstrução do fluxo de água e vazão.

METODOLOGIA DE TRABALHO

Foram realizadas no dia 04 de junho de 2005, duas amostras de água no Rio Monte
Verde ou Rio Santa Bárbara, em dois diferentes pontos:

- Ponto 01 ( Dois Bambus ) Rio Monte Verde ou Santa Bárbara

- Ponto 02 (Prainha ) Rio Monte Verde ou Santa Bárbara

Considerou-se dois pontos no Rio Monte Verde ou Santa Bárbara por serem pontos
estratégicos em relação aos ALVOS A, B e C e suficientes para um futuro
monitoramento

ANÁLISES LABORATORIAIS

As amostras foram encaminhadas em embalagens apropriadas fornecidas pelo


“LABORATÓRIO SANEAR”, de São Paulo – SP, no mesmo dia da coleta.

COBERTURAS DE SOLOS – PEDOLOGIA

As coberturas de solos são elementos espaciais, tridimensionais, que compõem a


paisagem natural. As formas de descrições e análises dessas coberturas podem
variar de acordo com a natureza do enfoque técnico e científico utilizado. Isto é,

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mesmo apontando sentido ao mesmo objeto, essas variam de acordo com o
observador. Esse pode atrelar a sua descrição questões distintas, a princípio voltadas
à Agronomia, à Ecologia, à Engenharia Civil, à Geologia e a Geotecnia, etc.

Exemplos significativos, notórios, da vegetação como indicador de tipo de solos são:


as formações de Vanillosmopis eritropapa (candeia), na caracterização de solos
litólicos de quartzíticos; das formações dos bosques igualmente o descrito na parcela
da “serra” para a caracterização de coberturas de solos elevados formados por areia
e matéria orgânica; as formações de samambaias, também notáveis, apesar de
menos específica, ocorrendo sobre diversas coberturas diferentes, mais
desenvolvidas associadas às encostas em noruega, contudo é importante ressaltar
que estas não ocorrem simultaneamente com as candeias.

Às análises laboratoriais, químicas e físicas, precederam um levantamento pedológico


e descrição de perfis. As amostras foram coletadas em intervalos um de 0 e 20 cm e
outro entre 20 e 40 cm de profundidade, realizadas por meio de trado manual.

CLIMA E QUALIDADE DO AR

Por clima entende-se o conjunto de propriedades – meteorológicas- de


características, as quais determinam condições ambientais de uma determinada
região geográfica. Essas propriedades variam temporariamente, constituindo os ciclos
anuais, correlacionáveis e dependentes de uma escala global.

As ocorrências de precipitações na região, durante os períodos chuvosos, parecem


associadas à orientação norte-sul e noroeste-sudeste de frentes frias que
movimentam-se em sentido nordeste. Estas frentes seriam causadoras de chuvas ao
longo de uma faixa relativamente estreita, balizada por feições entre o vale do Rio
Paraíba do Sul e a Serra da Mantiqueira Meridional. A ocorrência destas chuvas deve-
se à ascensão da formação destas frentes frias e de massas tropicais sobre a
superfície frontal. As chuvas formadas são de maior ou menor duração, de acordo
com a velocidade de avanço da frente, e intensificadas quando do encontro desta
com uma descontinuidade tropical que se move em sentido sudeste.

RUÍDOS

No desenvolvimento das atividades da empresa mineradora , como na maioria das


atividades antrópicas, a produção de ruídos será inevitável. Foram feitas algumas
análises do nível de ruído existente em pontos onde serão localizadas os ALVOS A, B
e C.

CARACTERÍSTICA DO MEIO BIÓTICO


FLORA E VEGETAÇÃO

Para a realização desse levantamento, foram feitos vários estudos que dizem respeito
à vegetação, no sentido de atender as exigências pedidas pelo órgão competente de
análise (FEAM).

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Os estudos se dividiram em várias partes, para que se pudesse ter parâmetros
confiáveis a respeito da vegetação existente na região de implantação do
empreendimento, os parâmetros levantados foram:

1 - Reconhecimento da vegetação herbácea, arbustiva e arbórea da região.


2 - Estudo fitossociológico das diferentes espécies vegetais arbóreas.
3 - Descrição e mapeamento das formações florestais existentes na área de estudos.
ESTUDO FITOSSOCIOLÓGICO DAS DIFERENTES ESPÉCIES VEGETAIS
ARBÓREAS

Fitossociologia ( fito – planta; sociologia – relações ), trata-se de uma área da


ciência, que estuda o “comportamento”, de uma determinada espécie vegetal arbórea
dentro de seu ecossistema, através de parâmetros aliados à estatística. O estudo
Fitossociológico somente é feito para vegetação arbórea (árvores ), pois somente esta
oferece condições para a realização de tal.

DESCRIÇÃO E MAPEAMENTO DAS FORMAÇÕES FLORESTAIS EXISTENTES NA


ÁREA DE ESTUDOS

- Região de Pastagem
- Região de Campo Sujo
- Ecossistemas Brejosos
- Florestas de Candeias
- Floresta Ripária
- Floresta Estacional Semidecidual Montana

No presente estudo foram identificadas um total de 333 espécies vegetais,


distribuídas desta forma:

Vegetação arbórea – 108 indivíduos.


Vegetação herbácea ( magnoliopsida) – 122 espécies.
Vegetação herbácea ( liliopsida) – 91 espécies.
Pteridophitas – 12 espécies.

VEGETAÇÃO HERBÁCEA/ARBUSTIVA

Este estudo não teve a pretensão de identificar toda a vegetação herbácea/arbustiva


existente na área, haja visto a enorme diversidade que há entre estes vegetais, por
outro lado o número de espécies identificadas é muito significativo e tem um potencial
qualitativo de relevante importância para a área como um todo.

FAUNA

A opção pelos métodos de análise para conhecimento da composição da fauna


silvestre local seguiu procedimentos adotados em outros trabalhos similares e
permitiu o conhecimento do potencial qualitativo faunístico da área.

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RESULTADOS

Os resultados obtidos para as análises da fauna, foram apenas no sentido qualitativo,


pois o principal objetivo do projeto foi verificar a diversidade faunística da região.

As espécies registradas foram em números consideráveis para as diversas classes


animais, registrando um total de 139 espécies assim distribuídos.

CLASSE TOTAL REGISTRADO


Anfíbios 09
Aves 84
Mamíferos 32
Répteis 14

PARÂMETROS HIDROBIOLÓGICOS

PONTOS E ÉPOCAS DE AMOSTRAGENS

As amostragens foram realizadas nos dias 19 de maio e 7 de junho de 2005. A


primeira data representou o período de alta estiagem pluviométrica, não tendo
ocorrido chuvas durante pelo menos dois meses antes da realização das coletas. Já
por ocasião da segunda campanha amostral registrou-se a ocorrência de fortes
chuvas no dia anterior, sendo as primeiras após longo período de estiagem.

PARÂMETROS ANALISADOS

A seleção das variáveis a serem consideradas resultou da identificação do significado


e a relevância de cada parâmetro em termos de indicações para a avaliação da
qualidade das águas e da dinâmica limnológica. Nesse sentido, o conjunto de
parâmetros analisados, é o seguinte:

- fitoplâncton - é composto pelas algas microscópicas, unicelulares e/ou coloniais,


presentes no plâncton. Os principais grupos com representantes no plâncton de água
doce, classificados segundo a coloração e reserva nutritiva, são: Chlorophyta (algas
verdes), Cianobactérias (algas azuis), Chrysophyta (algas amarelas ou douradas),
Pyrrophyta (algas marrons), Euglenophyta (algas flageladas verdes ou incolores) e
Rhodophyta (algas vermelhas).

- Zooplâncton - é o conjunto de animais componentes do plâncton. Os principais


grupos com representantes em sistemas de água doce são: os protozoários
(Protozoa); os rotíferos (Rotifera); os crustáceos (Crustacea), especialmente
Cladocera e Copepoda; além de larvas de insetos, gastrotríqueos e tardígrados. Os
protozoários constituem um componente significativo da comunidade zooplanctônica
de sistemas lóticos. Os rotíferos são normalmente bem representados no plâncton
tanto de ambientes lóticos como sistemas lênticos (lagos e reservatórios). Já os
cladóceros são mais característicos de sistemas lacustres.

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- Fauna bentônica - consiste de organismos associados ao substrato em corpos
d’água. Compreende representantes da classe Insecta, moluscos, anelídeos,
crustáceos e ácaros, dentre outros. Encontra-se nestas comunidades uma grande
variedade de taxa especializados e estritamente associados a determinadas
condições do substrato e/ou da água.

SIGNIFICADO AMBIENTAL DOS PARÂMETROS BIOLÓGICOS ANALISADOS

As comunidades planctônicas foram definidas, segundo o pesquisador Viktor Henen,


em 1888 (Esteves, 1988), como sendo o conjunto de organismos que não dispõe de
movimentos próprios que os capacitem de se opor aos movimentos da água. A
denominação plâncton é derivada do grego, significando o que está "ao sabor das
ondas".

VANTAGENS DE SE AVALIAR A ESTRUTURA DAS COMUNIDADES BIOLÓGICAS

- as comunidades biológicas refletem a condição ecológica geral (química, física e


biológica);
- as comunidades biológicas integram os efeitos de diferentes agentes poluidores,
provendo, dessa forma, uma medida global do seu impacto. As comunidades
biológicas também traduzem o efeito do estresse ambiental ao longo do tempo,
representando uma medida de variação das condições ambientais;

- monitoramentos de rotina com base em dados biológicos podem ser relativamente


baratos, quando comparados aos custos de análises de toxicidade; e

- nos casos de processos não pontuais (difusos) de degradação da condição


ambiental, as comunidades biológicas podem constituir, em muitos casos, o melhor
meio de avaliação efetiva.

SÓCIO-ECONÔMICO

A MINERAÇÃO VALE DA MOTINHA LTDA deverá ser instalada no Município de Aracu


Verde, município localizado, na microrregião de Campal da Cocha - Zona da Mata
Sul- à margem esquerda do Rio Preto, que faz divisa ao sul com Campal da Cocha-
SP, ao norte com Rio Preto-SP, ao leste com Belmiro Braga-MG, a oeste com Lima
Duarte-MG e a sudeste com Valença-RJ.

A partir da análise dos dados, verificamos que a população do município está


distribuída da seguinte forma: 66% na zona rural e 34% na zona urbana.

É importante destacar que 65% das famílias possui casa própria, e apenas 35%
moram em casa cedida ou alugada, fator que reflete um interesse por parte da
população em fixar-se na região, na expectativa de crescimento do Município.

A principal fonte de recursos é a Pecuária Leiteira, que fornece o produto para


Cooperativa de Rio Preto, Cooperativa de Lima Duarte, Laticínios MB, Laticínio
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Grupiara, Laticínio Luso Brasileiro, Laticínio Filipino, todos localizados na região. No
passado a cultura do café era mais forte, particularmente no distrito de São Sebastião
do Barreado.

A maioria da população possui renda inferior a 3 salários mínimos, e sua ocupação


diária não depende de qualificação profissional e nem de escolaridade. As opções de
emprego também são bem reduzidas, não elevando as expectativas da população.

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

A localização do município de Santa Bárbara é privilegiada em termos de


infraestrutura viária, pois a região é bem servida de estradas.

MEIO RURAL
.
No município segundo dados do IMA ( Instituto Mineiro de Agropecuária), existem
7.919 bovinos em 284 propriedades

A agricultura é de subsistência, e segundo a EMATER ( Empresa de Assistência


Técnica e Extensão Rural), local, consiste em plantações de milho, arroz e feijão

USO DA ÁGUA

A água servida à população não possui nenhum tipo de tratamento e cobre apenas
40% da residências.

Existe no município uma rica rede hidrográfica , e as cachoeiras valorizam ainda mais
o território utilizadas como locais de recreação pelos moradores da região.

PATRIMÔNIO NATURAL E CULTURAL

Aracu Verde é famosa por suas serras de areias brancas, montanhas, florestas,
grutas, cachoeiras, fazendas do século passado e outras belezas naturais.

Valorizando ainda o território municipal temos as cachoeiras dos Pregos, da Bolsa, da


Fumaça e outras.

NÍVEL DE VIDA

Apesar de Aracu Verde ter sido emancipada recentemente, ela já possui uma boa
infraestrutura.

PARTE IV

DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


MÉTODOS, TÉCNICAS E CRITÉRIOS ADOTADOS PARA IDENTIFICAÇÃO,
QUANTIFICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO
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OS IMPACTOS AMBIENTAIS ANALIZADOS

Os principais efeitos do empreendimento sobre o meio ambiente foram identificados e


analisados, separadamente, para as fases de implantação, operação e desativação,
considerando os aspectos dos alvos A, B e C, em relação às Áreas de Influência.

A identificação preliminar dos impactos foi feita através de uma análise da inter-
relação das ações em cada fase com os fatores ambientais do meio físico, biótico e
sócio-econômico.

CLASSIFICAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Os impactos ambientais foram analisados sobre as suas áreas de influência direta ou


indireta, sendo avaliados segundo a sua natureza, atuação, abrangência, duração,
freqüência e reversibilidade.

As metodologias de trabalho utilizadas para este estudo foram norteadas pelo roteiro
apresentado através de termo de referência – GER001-FEAM – para elaboração de
estudo de impacto ambiental.

DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E ORDENAÇÃO DOS TIPOS POSSÍVEIS DE


IMPACTOS SOBRE DIVERSOS PARÂMETROS AMBIENTAIS NAS ÁREAS
DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

A região estudada, de onde foram descritos os fatores ambientais, acompanha o vale


do Rio Monte Verde, entre o intervalo que se estende entre a localidade de São
Sebastião do Monte Verde e o ponto 04 (Mata da Pinguela) e entre a cidade de Santa
Bárbara do Monte Verde e o ponto 02 (Prainha). Áreas estas definidas como passível
de influência direta e indireta do empreendimento mineiro em curso, onde procurou-se
prever e caracterizar sobre esta região impactos ambientais e seus efeitos.

INCIDÊNCIA DE IMPACTOS AMBIENTAIS DEFINIDAS DE ACORDO COM AS


DIVERSAS FASES DO EMPREENDIMENTO

A incidência de impactos ambientais causada pelo empreendimento mineiro em curso,


ocorrerão em quatro fases distintas. São elas: a fase de planejamento; de
implantação; de operação; e desativação. Os impactos decorridos na fase de
planejamento são desconsiderados no presente estudo, com as análises e avaliações
concentradas nos impactos das fases seguintes, de implantação e operação.

PREVISÃO DE IMPACTOS NOS ALVOS A, B e C

ALVO C – FASE DE IMPLANTAÇÃO

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IMPACTOS PREVISTOS ADA AID AII
Construção das vias de acesso, manilhamento x
da Água Fria (ponto 27)
Supressão da cobertura vegetal, corte de x
pequena parte de Floresta Ripária (mata ciliar)
Movimentação de veículos e máquinas, x x
causando emissão de ruídos
Redução espacial x

ALVOS A E B – FASE DE OPERAÇÃO

IMPACTOS PREVISTOS ADA AID AII


Desmonte X
Carreamento de areia e efluentes X
Movimentação de veículos e máquinas, X X
causando emissão de poeira e fonte de ruído
Supressão da cobertura vegetal X
Redução espacial X

ALVO C – FASE DE OPERAÇÃO

IMPACTOS PREVISTOS ADA AID AII


Desmonte X
Carreamento de areia e efluentes X
Movimentação de veículos e máquinas, X X
emissão de poeira e fonte de ruído
Supressão da cobertura vegetal X
Redução espacial X

PARTE V

DESCRIÇÃO DO ESPERADO DAS MEDIDAS MITIGADORAS PREVISTAS EM


RELAÇÃO AOS IMPACTOS

MEDIDAS MITIGADORAS

Várias medidas podem ser tomadas no sentido de amenizar os impactos negativos.

Nesse trabalho serão abordadas as medidas mitigadoras relacionadas aos impactos


adversos, temporários ou permanentes que poderão ocorrer nas diversas fases do
empreendimento.

CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS MITIGADORAS

MEDIDAS NATUREZA FASE FATOR RESPONSABILIDADE


MITIGADORAS PREVENTIVA/ I. O D. B. F. SE. EMPREENDEDOR/
CORRETIVA P. PÚBLICO
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Reserva ecológica P I B E /PP
Revegetação para C OD B E
recomposição
Revegetação de PC I F E
taludes
Medidas de P IO FB E
contenção
Vigilância da P IO B E /PP
reserva e Apps e
áreas de caça
Viveiro PC OD BF E
Estocagem da PC IO BF E
cobertura do solo
Controle de ruído C IOD BF E
Velocidade P IOD B E
controlada das vias
de acesso
Corredor de ligação C O B E
Controle da erosão PC IOD F E
Sinalização P IO B E
Controle de áreas P IOD F E
pluviais
Controle de óleos e PC IOD FB E
graxas
Controle de PC IOD FB E
efluentes líquidos
Coleta e destinação P IO FB E
de efluentes sólidos
Implantação de P O BF E
programa de
automonitoramento

NATUREZA: PREVENTIVA (P), CORRETIVA ( C)


FASE: IMPLANTAÇÃO (I), OPERAÇÃO (0), DESATIVAÇÃO (D)
FATOR: BIÓTICO (B), FÍSICO (F), SÓCIO ECONÔMICO (SE)
RESPONSABILIDADE: EMPREENDEDOR (E), PODER PÚBLICO (PP)

PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO E DOS IMPACTOS

A implantação da mineradora acarretará mudanças na área utilizada (vias de acesso,


planta de beneficiamento e lavra) e na ADA (Área Diretamente Afetada) e AID (Área
de Influência Direta), variando de acordo com o meio considerado.

A análise dos efeitos sobre o meio ambiente é feita de modo a permitir a identificação
das mudanças, e efetivando cada fase de investigações para checar alterações e
seguir o estabelecido no estudo dos impactos, avaliando assim a sua aplicação e sua
eficácia.

O programa de monitoração tem por objetivo principal verificar a eficiência e eficácia


das medidas adotadas na implantação, operação e desativação, visando a
minimização ou impedimento de ocorrência de impactos negativos

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A proposta de monitoramento para controle ambiental é apresentada a seguir,
observando suas diretrizes e recomendações obedecendo aos diversos aspectos a
serem investigados :

MEIO BIÓTICO

Os impactos considerados relevantes ocasionados pela atividades da mineração e


que deverão ser monitorados estão descritos a seguir:

FLORA e VEGETAÇÃO

Na área ADA ( Área Diretamente Afetada), mensalmente serão observados as


condições da vegetação entorno, para avaliar os impactos causados por emissão de
poeira.

ÁREA DE REVEGETAÇÃO

A monitorização do desenvolvimento da cobertura vegetal na fase de implantação


constará de acompanhamento do programa previsto de revegetação no ponto 25,
controle através de apontamentos semanais com indicação em mapas do ritmo de
plantio na área a ser revegetada. O mesmo deverá ser considerado em relação ao
cinturão verde com espécies nativas.

Os mapas semanais deverão apresentar informações que constem:

Áreas com desenvolvimento do plantio comprometido.


Área a ser replantada, devido à necessidade de substituição de mudas.
Combate a formigas.
Crescimento médio das espécies plantadas.

ÁREA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO

Estas áreas foram escolhidas considerando FLORESTAS ESTACIONAL


SEMIDECIDUAL MONTANA e FORMAÇÕES DE VANNILLOSMOPIS ERITROPAPA,
com o objetivo de diminuir o antropismo na área, oferecendo condições para a
preservação da fauna e da flora, procurando também promover um processo contínuo
de educação ambiental. Deverá ser implantada concomitantemente com a
implantação do empreendimento,

A vigilância proposta para estas áreas deverá se estender também às áreas de


preservação permanente existentes dentro da AID ( Área de Influência Direta) .

O monitoramento será feito através de controle diário da presença dos vigilantes na


área, que deverão apresentar mapas constando os pontos de vigilância e as
ocorrências, descrevendo os animais vistos , pessoas e fatos que forem considerados
importantes.

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FAUNA

Foram estabelecidas medidas com intuito de preservar a FAUNA local, como por
exemplo, a vigilância das áreas de zoneamento ecológico e de preservação
permanente, impedindo assim a caça predatória oferecendo condições favoráveis a
esta, bem como o monitoramento descrito no item anterior.

Para os demais impactos identificados deverão ser observados:

PREVENÇÃO DE ATROPELAMENTOS DE ANIMAIS:

Instalação de sinalização nas estradas de acesso com alerta sobre velocidade e


presença de animais silvestres. O monitoramento será feito com vistorias mensais,
para verificação das condições das placas de advertência.

AFUGENTAMENTO DEVIDO A RUÍDO

Estabelecimento de horários de atividades respeitando os de hábitos alimentares da


fauna.

Monitoramento através de mapa diário dos horários de serviços das máquinas e


caminhões.

MEIO FÍSICO

Os trabalhos de movimentação de solo para construção das vias de acesso, planta de


beneficiamento e cava, serão os principais causadores de impactos sobre o meio
físico, conforme citado no capitulo anterior.

EROSÃO DAS ÁREAS COM CORTES E ATERROS

Com a revegetação do solo com espécies adequadas, será evitada a erosão e suas
conseqüências sobre os recursos hídricos. Serão feitas inspeções mensais no
período seco e diárias no período das chuvas para verificação de processos erosivos.
O programa de verificação dos elementos de drenagem com vistorias nos períodos
previstos, deverão ser registrados em formulários apropriados com a indicação de
possibilidades de problemas, com a descrição das medidas que devem ser tomadas
para correções.

QUALIDADE DA ÁGUA

O programa de monitoramento deverá ser iniciado tão logo inicie a fase de operação,
e irá permitir uma avaliação precisa das alterações decorrentes do empreendimento.
Os pontos de amostragem foram definidos como os pontos 01 e 02, pela localização
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dos mesmos serem favoráveis a identificação de alterações que possam vir a
ocorrer . As considerações sobre os resíduos gerados estão no capitulo II.3.6.

Os parâmetros a serem analisados conforme citado no capítulo IV .2.8. A


periodicidade prevista é de amostragens trimestrais o período chuvoso e semestrais
no período seco.

EFLUENTES ATMOSFÉRICOS

O ruído que tem sido um fator considerado em relação a impactos sobre a fauna e
será monitorado, procurando não concentrar os trabalhos em horários de modo que
não interfira nos hábitos dos animais silvestres.

Em relação à poeira conforme foi descrito no capítulo II .3.6 a mesma será produzida
em pequena quantidade, e será mantida uma observação diária para a avaliar
possibilidades de impactos

RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES LÍQUIDOS

Os resíduos sólidos gerados na área serão separados, armazenados, tratados e


destinados a local específico, estudando-se a possibilidade de sua destinação final,
ficar a cargo do município pela pequena quantidade prevista.

Os efluentes líquidos receberão tratamento preliminar através fossa séptica, filtro de


fluxo anaeróbio de maneira que não contamine os cursos d’água. As fossas e filtros
receberão vistorias mensais.

PREVENÇÃO DE ACIDENTES E ASSISTÊNCIA SOCIAL NA ÁREA DE SAÚDE

A prevenção de acidentes é a melhor alternativa para evitá-los, portanto em todos os


setores do empreendimento deverão ter sistemas de proteção com placas de
sinalização localizadas estrategicamente que serão vistoriadas mensalmente e a
empresa deverá manter também um responsável, com treinamento em primeiros
socorros para prestar o atendimento inicial ao acidentado.
A empresa deverá fornecer aos funcionários equipamentos de segurança que serão
inspecionados periodicamente, zelando assim, pela saúde de seus funcionários.

Vanderlei – 36
Murilo - 30
Lílian - 24
Ferrera - 35
Edair - 17

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