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Relatório Desoneração

Histórico Legislativo:

A Medida Provisória 540, que convergiu na Lei Federal n° 12.546/11, promoveu a


alteração na legislação tributária incidente sobre a folha de pagamento (regulada pela Lei Federal
n° 8.212/91);

A Lei Federal n° 12.844/13 alterou artigos da Lei Federal n° 12.564/11, por meio da
criação de um novo tributo, a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), que
consiste na adoção de uma alíquota ad valorem, de 2% (Construção civil) sobre a receita bruta
mensal, determinou sistemática da CPRB como obrigatória, bem como permitiu a desoneração
em 20% sobre a folha de pagamento.

A Lei Federal n° 13.161/15 promoveu nova alteração na Lei Federal n° 12.564/11, onde a
sistemática da CPRB que antes era obrigatória passou a ser opcional e a alíquota ad valorem que
era de 2% sobre a receita bruta passou a ser de 4,5%.

Regime Geral de Contribuição Patronal – (Lei Federal nº 8.212/11)

Contribuição incidente sobre a folha de pagamentos (art. 22, Lei federal nº 8.212/91) –
alíquota de 20%:

“Art. 22º A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no
art. 23, é de:

I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título,
durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas
a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a
forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do
contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

(...)

III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no
decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;”
Regime de Contribuição sobre a Receita Bruta - CPRB (Lei federal nº 12.546/11)

“Art. 7o Poderão contribuir sobre o valor da receita bruta, excluídos as vendas canceladas e os
descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do
caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991: (Redação dada pela Lei nº 13.161, de 2015)

IV - as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da
CNAE 2.0.

VII - as empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429
e 431 da CNAE 2.0.

Lei federal nº 12.844/13 - incluiu as empresas do ramo da construção civil e de obras de


infraestrutura.

Art. 8º Poderão contribuir sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os
descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do
caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, as empresas que fabricam os produtos
classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos códigos referidos
no Anexo I. (Redação dada pela Lei nº 13.161, de 2015) (Vigência)

Lei nº 13.161/2015 – o regime da CPRB deixou de ser obrigatório. As empresas enquadradas


podem optar pela contribuição por folha onerada ou desonerada e a alíquota deixou de ser 2% passando
para 4,5%:

Art. 1º A Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes


alterações: (Vigência)

“Art. 7º Poderão contribuir sobre o valor da receita bruta, excluídos as vendas canceladas e os
descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do
caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991:

...........................................................................” (NR)

“Art. 7º-A. A alíquota da contribuição sobre a receita bruta prevista no art. 7º será de 4,5%
(quatro inteiros e cinco décimos por cento), exceto para as empresas de call center referidas no inciso I e
as constantes dos incisos III, V e VI, todos do caput do art. 7o, que contribuirão à alíquota de 3% (três por
cento).”

Para as empresas contempladas no rol da Lei federal nº 12.546/11, com suas sucessivas
modificações, antes da entrada em vigor da Lei federal nº 13.161/15, o regime contributivo da
receita bruta era obrigatório.
“Art. 7o Contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os
descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III
do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, à alíquota de 2% (dois por cento):”

Tendo em vista a legislação acima, foi realizado em 13 de abril de 2016, na cidade do Rio de
Janeiro, o “Seminário de Desoneração de Obras” com os palestrantes Paulo Roberto Vilela Dias
(Presidente do Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos - IBEC e Diretor para as Américas do
International Cost Engineering Council – ICEC) e Tiago C. Araújo (Procurador do Estado. Assessor Jurídico
Especial na Secretaria de Estado de Obras do Rio de Janeiro).

O objetivo foi de definir o procedimento de elaboração do preço de referência para as licitações


públicas dentre os dois sistemas possíveis na legislação atual:

i. Sistemática de alíquota de 20% sobre a folha de pagamento (Lei Federal n° 8.212/91) –


SEM DESONERAÇÃO;

ii. Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta de 4,5% incidentes sobre a receita
bruta – COM DESONERAÇÃO;

É sabido que os itens do orçamento impactados são o BDI, Encargos Sociais, Custo Total e Preço
de Venda, os dois últimos como consequência dos primeiros.

A desoneração da folha de pagamento provoca cobrança do INSS sobre o faturamento (4,5%),


assim sendo o INSS deixa de ser incluído nos Encargos Sociais e passa a ser somado aos tributos (PIS,
COFINS e ISS) no cálculo do BDI, com a denominação de Contribuição Previdenciária.
Cabe lembrar que por ora já estudado, o BDI utilizado pelo IBEC é o com o lucro sobre o Preço
Global (maiores esclarecimentos a respeito da formação do BDI em www.ibec.org.br).

Assim sendo, tem-se abaixo o resumo dos BDI adotados no Seminário:

Apresentado o BDI, é preciso calcular agora o percentual de Encargos Sociais incidentes sobre os 2
sistemas para posteriormente analisarmos suas interferências no orçamento da obra a ser licitada.

O sistema com desoneração (4,5% sobre o faturamento) não comtempla sobre o GRUPO A o
percentual de 20% do INSS ficando assim inferior ao GRUPO A do sistema sem desoneração (20% do INSS
sobre a folha de pagamento).

Nota-se que a diferença entre os percentuais dos Encargos é um pouco superior aos 20% do INSS
no GRUPO A dado que há incidências cumulativas do GRUPO A sobre o GRUPO B que também entram no
cálculo dos Encargos Sociais.

A desoneração da folha de pagamento reduz o custo direto da


obra, porém aumenta o BDI da obra.
Já estabelecido o BDI e os Encargos Sociais, serão apresentadas situações práticas de orçamento
de obra para definirmos o procedimento de elaboração do preço de referência.

Estabeleceu-se para esse estudo uma metodologia na qual define o percentual do salário em
função do custo da obra sem desoneração e o BDI da modalidade: tomada de preço.
 Salário representando em torno de 20% dos custos sem desoneração

 Salário representando em torno de 30% dos custos sem desoneração

 Salário representando em torno de 40% dos custos sem desoneração


 Salário representando em torno de 50% dos custos sem desoneração

Conclusão do Relatório

Observou-se que conforme aumenta o percentual de salários em função do custo da obra, aumenta-
se a diferença entre o Preço de Venda entre o Sistema com desoneração (4,5% Faturamento Bruto) e sem
desoneração (20% INSS sobre a folha de pagamento de salários). No entanto, a variação percentual é
pequena perante o orçamento total da obra, ou seja, a escolha entre o critério a ser adotado é
praticamente irrelevante, dado que a diferença no preço final entre eles é irrisória.

A atual metodologia usada para definição do orçamento público através da utilização de informações
contidas em banco de dados referenciais gera uma margem de erro no cálculo do orçamento em torno de
10% a 15%, ou seja, algo muito superior à diferença entre o sistema com ou sem desoneração.

Outro ponto a ser levantado é o percentual de mão de obra no orçamento, em geral no orçamento
público esse quesito não é levado em consideração, visto que se utilizam dados referenciais, então a
distinção entre o sistema com e sem desoneração torna-se algo sem sentido.

Isso posto, sugere-se adotar o critério sem desoneração (20% INSS sobre a folha de pagamento de
salários), não por haver diferença relevante no preço final, mas porque as tabelas referenciais já levam
em consideração esse método de cálculo dado que consideram 20% do INSS no cálculo dos Encargos
Sociais.

Cabe frisar que o ajuste no polêmico BDI, sistema com desoneração, é mais complicado de ser aceito,
pois aumentos significativos no BDI é sempre alvo de criticas.

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