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Leitura e Escrita

no processo de
alfabetização e de
letramento

Profª. Drª. Renata Munhoz


- Contrato didático;
- CV lattes;
- Letramento X
Alfabetização;
- Questões atuais sobre
teoria X método;
- Leitura - PISA;
- Aplicação da teoria;
Sequência da
- Feedback; aula
- Encerramento.
Contrato didático
▸Termo que abrange as situações de ensino.
▸Finalidade tripla:
▸1. Instância didática: legitimidade da instrução;
▸2. Finalidade discursiva: Definir as práticas docentes
(contrato);
▸3. Instância pública: conjunto de alunos selecionados.
Estratégias para saber fazer.
- Tempo de aula / Saídas da sala / Breaks/ Conversas
paralelas / Atividades ao longo do dia e avaliação final, a
ser entregue ao término.
Apresentação pessoal
Plataforma lattes
Epígrafe
Debuxar?
1728
Suportes da escrita
Pictogramas
Hieróglifos
Suportes da escrita
Escrita cuneiforme, placa de argila
(suporte), cunha é o instrumento.
Suportes da escrita

Papiro
Suportes da escrita

PERGAMINHO
Suportes da escrita

Papel de roupas velhas


Invenção da imprensa

1455

Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg


Manuscritos iluminados
Suportes da escrita

Carta de Pero Vaz Caminha


Proibição da imprensa no Brasil colonial
1549 – 1759: Período Jesuítico
Ratio Studiorum - Plano de estudos
organizado pelo padre Manuel da Nóbrega:

1. Estudos elementares: aprendizado de


português, da doutrina cristã e da
alfabetização.
2. O aluno escolheria a opção entre o
ensino profissionalizante e o ensino
médio, segundo suas aptidões e dotes
intelectuais revelados durante o ensino
elementar.
1722
Técnica
▸ Relacionar sons com letras, fonemas com grafemas, para codificar
ou para decodificar. Envolve, também, aprender a segurar um lápis,
aprender que se escreve de cima para baixo e da esquerda para a
direita
▸A alfabetização: “ensinar a ler e a escrever, o que leva o
aprendiz a conhecer o alfabeto, a mecânica da
escrita/leitura.” Essa mecânica consiste em perceber as
relações complexas entre os sons da fala e as letras da
escrita – entre os fonemas e os grafemas. Não há
motivação nesse processo, segundo Saussure. Diferente
dos pictogramas e desenhos. A união das linguagens
verbal e não-verbal favorecem o letramento? Tentativa da
escola de unicidade de letramento: apenas o ligado à
alfabetização, sendo que o aluno já é letrado em outras
semioses.
Desenvolver as práticas de uso dessa técnica
▸Empregar devidamente as técnicas com vistas à aquisição de
conhecimento. Como o uso de um eletrodoméstico após a leitura
de seu manual técnico.

▸Do mesmo modo, não é fundamental aprender primeiro a


técnica. São concomitantes.

▸E isso se fez durante muito tempo na escola: “primeiro


▸você aprende a ler e a escrever, depois você vai ler aqueles
livrinhos lá”.
▸“A alfabetização é algo que deveria ser
ensinado de forma sistemática, ela não
deve ficar diluída no processo de
letramento. Acredito que essa é uma das
principais causas do que vemos
acontecer hoje: a precariedade do
domínio da leitura e da escrita pelos
alunos.”
▸A concepção de alfabetização que,
coincidentemente, chegou ao País a mesma época
que o conceito de letramento, nos anos 80;
segundo, uma nova organização do tempo da
escola, que consiste na divisão em ciclos,
trazendo junto a questão da progressão
continuada – da não-reprovação.
Master Penman Society
1759 - Reforma dos estudos menores

▸Alvará régio de 28 de junho de


1759, que cria as aulas régias de
gramática latina, retórica e grego
(os professores “terão o privilégio
de nobres, incorporados em
direito comum”).

▸Lei de 6 de novembro de 1772,


que cria as aulas régias de
leitura, escrita e cálculo (17
escolas no Brasil).
Aulas régias

▸Mestres: ensinavam
as primeiras letras;

▸Professores: todas
as demais cadeiras.
A arte de
debuxar
Manuscritos na
colônia
Letramento X Alfabetização
Magda Soares
A arte de debuxar
A arte de debuxar
Debuxar? Novos suportes
Analfabetismo
Analfabetismo
Analfabetismo no mundo

Fonte: “Impávido colosso”. In: Revista Veja. 12/02/2014.


INaf
Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf)
O Inaf constitui-se de um survey que articula
testes cognitivos com questionários de
contextualização sociodemográfica, econômica,
cultural e educacional. São realizadas entrevistas
domiciliares e a amostra é estratificada com
alocação proporcional à população brasileira.
Estudos internacionais tais como o
International Adult Literacy Survey (IALS) e o
recente Programme for the International
Assessment of Adult Competencies (PIAAC),
ambos desenvolvidos pela Organização
para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE).

Letracia X Iletracia em Portugal.


Sexismo
PISA (Programme for International Student
Assessment - Programa Internacional de Avaliação de Alunos)
▸Top 5 do Pisa em LEITURA:
▸Cingapura: 535 pontos
▸Hong Kong (China): 527 pontos
▸Canadá: 527 pontos
▸Finlândia: 526 pontos
▸Irlanda: 521 pontos
Brasil: 63ª em ciências, 59ª em leitura e 66ª
em matemática.
▸Além de investir dinheiro na educação de uma forma mais inteligente,
uma das prioridades deve ser a formação e a valorização do professor.
▸"Questões como formação de professores, Base Nacional Comum e
conectividade são estratégicas e podem fazer o Brasil virar esse jogo",
afirmou Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann.
▸"Os estudantes brasileiros mostraram melhor desempenho ao lidar com
textos representativos de situação pessoal (por exemplo, e-mails,
mensagens instantâneas, blogs, cartas pessoais, textos literários e textos
informativos) e desempenho inferior ao lidar com textos de situação
pública (por exemplo, textos e documentos oficiais, notas públicas e
notícias)", avaliou o Inep, no documento divulgado à imprensa.
Papel do professor?
LETRAMENTO (S) – nas diversas disciplinas e semioses
À guisa de conclusão
▸Será o ensino de debuxar dispensável na era dos multiletramentos
(críticos)?

▸Será possível (multi)letrar sem a concreta alfabetização (níveis de


alfabetismo) em Língua Materna?

▸Como professores, em que medida podemos contribuir para a


efetiva alfabetização (nível 3 do alfabetismo) e para o real
(multi)letramento?
Atividade
Feedback
Dúvidas?
Bibliografia
▸BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992
▸CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 1989.
▸DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros orais e escritos na escola / Tradução
e organização Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: São Paulo: Mercado de
Letras, 2004.
▸FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo, Cortez, 1985
▸KLEIMAN, Ângela. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a
prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995.
▸MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São
Paulo: Parábola , 2008.
▸ROJO, Roxane, Alfabetização e letramento: perspectivas linguísticas. São Paulo:
Mercado de Letras, 2005.
▸ SOARES, Magda. Alfabetização no Brasil: o estado do conhecimento. São Paulo:
Educ/PUC, 1990.
▸AÇÃO EDUCATIVA; INSTITUTO PAULO MONTENEGRO. O Alfabetismo juvenil: inserção educacional, cultural e
▸profissional. Inaf – Indicador de Alfabetismo Funcional. Edição Especial Jovens Metropolitanos. 2009.
▸[documento eletrônico]
▸CATELLI JR., Roberto; SERRAO, Luis Felipe Soares; RIBEIRO, Solange Novis. Construção de avaliação de
▸alfabetismo no mundo do trabalho: a experiência do polo petroquímico de Camaçari. Em: MASAGÃO,
▸Vera Masagão; LIMA, Ana Lúcia D’Império; BATISTA, Antônio Augusto Gomes (Org). Alfabetismo e
▸letramento no Brasil: 10 anos do Inaf. Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 2015.
▸OECD. Literacy in the information age: Final report of the international adult literacy survey. Ottawa:
OECD; Statistics Canada, 2000.
▸RIBEIRO, Vera Masagão Ribeiro; LIMA, Ana Lúcia D’Império; CURY, Fernanda Cristina; SERRAO, Luis Felipe
▸Soares; CATELLI JR., Roberto. Inaf 10 anos: panorama de resultados. Em: MASAGÃO, Vera Masagão; LIMA,
▸Ana Lúcia D’Império; BATISTA, Antônio Augusto Gomes (Org). Alfabetismo e letramento no Brasil: 10 anos
▸do Inaf. Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 2015.
▸RIBEIRO, Vera Masagão. Alfabetismo e atitudes. Campinas, São Paulo: Papirus, 1999.
▸RIBEIRO, Vera Masagão; BATISTA, Antônio Augusto Gomes ; LIMA, Ana . Alfabetismo e aspirações
▸educacionais dos jovens brasileiros nas metrópoles. Cadernos Cenpec (Nova Série), v. 1, p. 197-215, 2011.
▸ACIOLI, V. L. C. A Escrita no Brasil Colônia: um guia para leitura de documentos manuscritos. Recife: UFBA, Fundação
Joaquim Nabuco, Massangana, 1994.
▸ANDRADE, M. L. C. V. O. Novos caminhos da linguística textual. In: Revista de Filologia Portuguesa. EDUSP. São
Paulo. 2011.
▸BLECUA, Alberto. Manual de crítica textual. Madrid: Editorial Castalia, 1983.
▸BEAUGRANDE, R. New Foundations for a Science of Text and Discourse: Cognition, Communication, and the Freedom of
Access to knowledge and society. Ablex. New Jersey. 1997.
▸BELLOTTO, H. L. Como fazer análise diplomática e análise tipológica de documento de Arquivo. Arquivo do Estado e
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. São Paulo. 2002.
▸BENVENISTE, E. “Da subjetividade na linguagem”. In: Problemas de linguística geral. Campinas. Pontes. 1988. p.
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▸CASTILHO, A. T. de. Nova gramática do português brasileiro. Ed. Contexto. São Paulo. 2010.
▸FARACO, C. A. Linguística Histórica: uma introdução ao estudo da história das línguas. Parábola, São Paulo, 2007.
▸PESSOA, M. B (org.). Língua, textos e história – Manuscritos e impressos na história do português brasileiro. FAPESP.
São Paulo. 2005
▸MARCUSCHI, L.A. “Gêneros textuais: definição e funcionalidade”. In: Gêneros textuais e ensino. Lucena. Rio de
Janeiro. 2003.
▸MEGALE, H. e NETO, S. de A. T. (org.) Por minha letra e sinal (Documentos do Ouro do Século XVII) Ateliê Editorial –
FAPESP. São Paulo. 2006.
▸SILVA, R. V. M. e. Estruturas trecentistas; elementos para uma gramática do Português Arcaico. Imprensa Nacional –
Casa da Moeda. Lisboa. 1989.
MUITO OBRIGADA!
PROFa. Dra. RENATA MUNHOZ
Pós-Doutoranda em Língua Portuguesa, Linguística,
pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da Universidade de São Paulo. Doutora e
Mestre m Filologia e Língua Portuguesa pela mesma
universidade. Experiência com formação de
professores em cursos de Graduação e de Pós-
Graduação, atuação docente de mais de dez anos nos
Ensinos Fundamental II e Médio.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/9039491204713486

CONTATO: renatamunhoz@usp.br
Muito obrigada!
Profª Drª Renata Munhoz
renatamunhoz@usp.br

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