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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS DE PARAUAPEBAS
CURSO: GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

Estrutiocultura

Profª. Francislene Silveira Sucupira


Aula 01
1. Relação do homem com o avestruz
 Evidências da relação do homem com o avestruz:

- Encontrados restos de cascas de ovos de avestruz em cavernas


ocupadas por humanos há cerca de 25 mil anos.

- No Egito acreditava-se que o ovo do avestruz tinha capacidade de


proteger o povo contra relâmpagos, e é encontrado nas catedrais até
hoje.

- Na Grécia e Roma antiga, a pena de avestruz era usada nos capacetes


dos generais, para tornarem-se mais evidentes e respeitados nas
batalhas.

- Na Assíria os avestruzes eram considerados como pássaros divinos.


1. Relação do homem com o avestruz
 Evidências da relação do homem com o avestruz:

- Pinturas rupestres foram encontradas na África, demonstrando que o


avestruz era caçado desde a antiguidade, para uso como alimento, sua
pele era transformada em capa e as penas para adorno.
2. Histórico da atividade
 Estrutiocultura: nome designado a atividade de criação racional do
avestruz, originado do gênero Struthio, a que pertence essa ave.

 Séculos XIX e primeiros anos do século XX: a moda do avestruz.

 Foi criado um programa de domesticação e criação dos avestruzes


(Ásia, Austrália, América do Norte, América do Sul e poucos
fazendeiros da África do Sul) em meados de 1850.
2. Histórico da atividade
 Apenas em 1863 a atividade de criação de avestruz tornou-se viável,
após a introdução de sistemas de cercas e a cultura da alfafa na África
do Sul.

 A criação de avestruz pode ser dividida em dois estágios:


- Extrativista: Caça e abate de avestruzes selvagens na natureza, para
atender a demanda de plumas e carne.
- Exploração zootécnica: Iniciada na África do Sul no final do século
XIX.

 Fatores que impulsionaram a estrutiocultura:


- Cultura da alfafa (1863), possibilitando melhor desenvolvimento dos
animais;
- Desenvolvimento da primeira incubadora para avestruzes (1869) que
possibilitou maiores escalas de produção.
2. Histórico da atividade
 Entre 1900 e 1914 – Segundo período das plumas de avestruzes.

 Desenvolvimento do tipo comercial “African Black” – criadores


californianos que dominavam o mercado exportador fizeram uma
expedição em busca de ave exótica para novos cruzamentos
objetivando obter plumagem de qualidade superior.

 1920 – declínio da atividade (queda do mercado de plumas e Segunda


guerra mundial)

 1945 – Início da Estrutiocultura Moderna – África do Sul (plumas,


carne e couro).
3. Histórico da atividade no Brasil
 Iniciada em 1995 – dois criatórios e 50 casais – fins comerciais.

 Principal atrativo da atividade: Produção de carne vermelha mais saudável


que a carne bovina.

 1996 – Criação da Associação dos Criadores de Avestruz do Brasil (ACAB)


por 8 pioneiros da atividade (SP).

 1998 – Atividade passa a fazer parte da União Brasileira de Avicultura


(UBA)

 Crescimento acelerado, porém sem informações técnico científicas que


norteassem a criação.

 Falta de controle sanitário das Instalações – Suspensão das Importações


pelo MAPA até que fosse instituída a legislação adequada.
3. Histórico da atividade no Brasil
 2002 – Portaria nº36 do IBAMA alterou a classificação de ave exótica
para ave zootécnica, deixando de ser de responsabilidade ambiental,
passando a ser de responsabilidade do MAPA.

 Crise no mercado do avestruz:


- Empolgação com venda de reprodutores – lucro rápido (10% ao mês);
- Venda de animais com prazo mínimo de 3 anos – (custo 150
$/anima/ano);
- Baixa comercialização da carne (autorizada apenas a venda interna);
- Falta de articulação da cadeia produtiva;
- Saturação no mercado de reprodutores;
- Caso Avestruz Master (1998 a 2006).
3. Histórico da atividade no Brasil
3. Histórico da atividade no Brasil
Distribuição de rebanho de avestruzes no Brasil nos anos de 2003 a 2005.
Ranking Principais Rebanho (cabeças)
Unidades 2003 2004 2005
Federativas
1º São Paulo 45.000 56.000 125.000
2º Goiás 4.500 15.000 85.800
3º Bahia 10.000 15.000 23.000
4º Alagoas 2.000 4.000 10.000
5º Ceará 1.500 10.000 8.000
ACAB (2005)
3. Histórico da atividade no Brasil
 Atualmente:
- O país dispões de 2 criadores (SP e CE);
- Rebanho nacional estimado em 20.000 animais;
- Falta de licença para exportação da carne;
- Criadores isolados, ACAB sem representatividade.

 Produtos comercializados:
- Plumas para espanadores e para roupas de carnaval;
- Artesanato;
- Couro;
- Cosméticos.
3. Características das aves
 Origem: Egípcia dispersou-se para a África.

 Nome científico: Struthio Camelus


- Correr em zigue-zague para fugir dos predadores;
- Ser resistente a falta de água.

 Classificação científica:
- Reino: Animalia
- Filo: Chordata
- Classe: Aves Ratitas*
- Ordem: Struthioniformes
- Família: Struthionidae
- Género: Struthio
- Espécie: Struthio camelus

Obs: Esta família apresenta único gênero e espécie, e 4 subespécies.

*Ratis – barco de fundo chato desprovido de quilha


3. Características das aves
 Ratitas – nome designado para aves que não tem capacidade de voar.

Ratita Aves carinatas


Esterno plano Esterno dotado de quilha
Asas atrofiadas

 Animais ovíparos;
 Grande porte (até 2,8 m altura) e 150 kg;
 Idade média na natureza: 70 anos.
3. Características das aves
 Animais considerados como Ratitas:

- Avestruz (Struthio): representante africano das ratitas com grande


interesse comercial.

- Ema (Rhea): evoluiu em várias partes da América do Sul e é


explorada racionalmente no Uruguai e Argentina.

-Casuar (Casuarius): localizado na Nova Guiné, totalmente


selvagem, não sendo possível sua criação racional;

-Emu (Dromaius): Originado na Autrália e é explorado em


pequena escala.

-Kiwi (Apteryx): Originado na Nova Zelândia e por seu pequeno


porte e hábitos não foi explorado racionalmente.
3. Características das aves
3. Características das aves
 Subespécies de avestruzes:
- Struthio camelus camelus Linneu
Avestruz da África do Norte, conhecido como “avestruz Mali”. São mais
altos, com patas largas, apresentam o pescoço avermelhado, plumagem
ondulada e de maior densidade e, na cabeça, uma região nua.

- Struthio camelus massaicus Naumann


Avestruz da África Oriental, conhecido como “avestruz Massai”.
Encontrados na Tanzânia e no Quênia. Ligeiramente
maiores que os da África do Sul, possuem pescoço
rosado, que se torna vermelho na época
da reprodução.
3. Características das aves
 Subespécies de avestruzes:
- Struthio camelus molybdophanes Reichenow
Encontrado na Somália, Etiópia e Quênia, conhecido como “avestruz da
Somália”. São menores que os da África do Sul, possuindo uma região nua e
córnea na cabeça. As pernas apresentam coloração cinza-azulada.

- Struthio camelus australis Gurney


Avestruz da África do Sul. Apresenta o pescoço cinza azulado e penugem na
cabeça.
3. Características das aves
 Raças comerciais de avestruz:
- As raças utilizadas na criação comercial foram obtidas a partir de
cruzamentos entre as subespécies existentes.

1. African Black – formado a partir de 3 subespécies (australis, camelus e


syriacus) com o objetivo de se obter um animal de porte menor, porém
que produzisse boa quantidade de plumas de boa qualidade, tivesse
grande área de pele e fosse dócil. São os mais encontrados nos
criatórios no mundo.
3. Características das aves
 Raças comerciais de avestruz:
- As raças utilizadas na criação comercial foram obtidas a partir de
cruzamentos entre as subespécies existentes.

2. Blue Neck – São representados pelas subespécies S. camelus


molybdophanes e S. camelus australis e os seus híbridos. Os machos
adultos apresentam pele com tonalidade azulada.
3. Características das aves
 Raças comerciais de avestruz:
- As raças utilizadas na criação comercial foram obtidas a partir de
cruzamentos entre as subespécies existentes.

3. Red Neck – São representados pelas subespécies S. camelus


camelus, S. camelus syriacus e S. camelus massaicus e pelos seus
híbridos. Os machos adultos apresentam pele com tonalidade
avermelhada.
4. Morfologia
 Cabeça pequena em relação ao tamanho do corpo;
 Cérebro pequeno;
 Olhos grandes (38 mm), proporcionando ampla acuidade visual e a
localização de alimentos e predadores;
 “Terceira pálpebra” – membrana nictante que reveste a córnea,
protegendo contra poeiras, folhas ou hastes;
 Ouvidos desprovidos de orelhas, duas pequenas aberturas na face
lateral da cabeça, logo atrás dos olhos;
 Narinas localizadas na parte superior ao bico.
4. Morfologia
 Não possuem cordas vocais, portanto não emitem sons articulados,
emitindo apenas um chiado característico;
 Durante a reprodução o macho emite som semelhante a um ronco
longo e grave;
 Pescoço longo, flexível e móvel para todos os lados sendo
sustentado por vértebras cervicais e uma delgada camada de massa
muscular;
 Asas pequenas em relação ao tamanho do corpo do animal, visam
auxiliar no equilíbrio do animal quando se desloca e na execução
dos comportamentos reprodutivos.
5. Comportamento
 Animais diurnos; passam o dia em pé, exceto na hora do banho de
areia ou durante a incubação;
 Apresentam grande resistência ao calor;
 São mais ativos no raiar do sol e no final da tarde;
 Em geral são dóceis, principalmente após a domesticação
(*machos).

 Principais predadores na natureza;


- Leões – animais;
- Hienas – ovos;
- Felinos – são nossos!
- Na natureza, menos de 10% dos filhotes chegam a idade adulta.

 Comportamento social:
- Adultos: pouco gregários;
- Jovens: altamente gregários (defesa) – curto período.
5. Comportamento
 Comportamento reprodutivo:
- Dividem-se em pares ou haréns (1 macho e 2 fêmes);
- Área territorial defendida pelo macho – 15 km;
- Relação de dominância entre as fêmeas (qtde de ovos/ninho).

 Reprodução em colônias – ninhos compartilhados.

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