Sie sind auf Seite 1von 3

A Missão da Igreja

Qualquer debate a respeito da missão da Igreja leva-nos a considerar os alicerces nos


quais se acha edificada a sua identidade. Os pentecostais certamente tornaram-se notórios
pelo fervor de sua reação à missão redentora que nos confiou o Senhor Jesus Cristo.
Mesmo assim, cada geração deve ter a sua própria apreciação da missão e propósitos nos
quais se centralizam a sua identidade.
Nosso conceito da Igreja e de sua missão encontra-se profundamente arraigado à nossa
experiência com Cristo e com o Espírito Santo. Sugerir que nos esquivemos dessa
influência para, simplesmente, teorizarmos a respeito da Igreja e de sua missão, implica
na remoção da parte essencial de nossa vocação. Embora algumas tradições religiosas
considerem o Movimento Pentecostal como basicamente centralizado nas experiências,
não devemos permitir que isso lance dúvidas à obra soberana de Deus reintroduzida no
século XX. O Espírito tem, graciosamente, permitido que o nosso movimento sirva de
testemunho do revestimento de poder necessário à Igreja ser o meio de levar a efeito a
missão redentora que nos confiou Deus.

A MISSÃO DA IGREJA SEGUNDO A BÍBLIA


Embora os temas do Pentecostes e da missão da Igreja sejam importantes à nossa reflexão,
a compreensão bíblica torna-se indispensável. Desde a Criação até à Consumação, a
Bíblia registra a reconciliação como o aspecto fundamental do caráter divino. A missão
de Deus, que é reconciliar consigo mesmo a humanidade, segundo os registros
autorizados das Escrituras, revela a origem de nossa motivação suprema quanto à missão
da Igreja.

ALICERCES NO ANTIGO TESTAMENTO


O Antigo Testamento oferece-nos as figuras iniciais dos esforços de Deus em redimir um
povo que lhe refletisse a glória. A história primitiva do povo de Deus está fixada no
contexto de "as nações" (Gn 12.3; 22.17). Esse fato tem profunda relevância para o
desdobramento da intenção de Deus: a redenção da humanidade. 3
Gênesis 1.26-28 revela que a humanidade foi criada à imagem de Deus. Embora esse fato
requeira explicações consideráveis, dois elementos fazem-se fundamentais: (1) Fomos
criados para ter comunhão com Deus. (2) Temos a responsabilidade, pelo fato de termos
sido criados à sua imagem, de manter esse relacionamento com Deus. A totalidade da
raça humana compartilha de uma origem e dignidade comuns em virtudes de suas raízes
também comuns. Jamais poderemos contemplar o mundo sem vermos a Deus como o
Deus de toda a humanidade. Estamos sujeitos a Deus, e vivemos na esfera de sua atividade
redentora. 4
O Gênesis (capítulos 1-11) registra os inícios da História; o Apocalipse, a sua culminação.
O caráter redentivo de Deus permeia o tema da salvação, tema este que abre caminho
pelas complexidades da História, e que terá como auge a redenção de um número
incontável de pessoas de cada "tribo e língua" reunidas em derredor do trono divino (Ap
5.9,10; 7.9-17). No relato da família de Abraão, vemos o início do escopo mundial da
redenção (Gn 12.1-3). Não foi para excluir o restante da humanidade que Deus escolheu
um homem ou um povo. Pelo contrário: Abraão e Israel foram escolhidos para que
canalizassem as bênçãos divinas a todos os povos da terra (Gn 12.3). Deus foi lidando
com Abraão e com Israel a fim de exprimir suas reivindicações redentoras sobre todas as
nações.

Outro trecho do Antigo Testamento oferece-nos uma perspectiva clara acerca da intenção
de Deus para o seu povo. O Salmo 67 é um cântico missionário; uma oração para que
Deus abençoe o seu povo. As bênçãos divinas sobre os israelitas demonstrariam às nações
que Ele é gracioso. Sua salvação seria então conhecida, e todas as nações da terra
participariam de seu louvor jubiloso. Esse salmo era cantado regularmente em conexão
com a bênção sacerdotal (Nm 6.24-26). Vemos aqui uma mensagem tanto ao povo de
Deus no Antigo Testamento, quanto à Igreja: Deus entrega ao seu povo o papel central
na tarefa mediadora de proclamar e demonstrar às nações o seu nome (ou seja: o seu
caráter) e a sua salvação.
O povo de Deus é convocado (1) para proclamar às nações o seu plano (Gn 12.3); (2) para
participar do seu sacerdócio como agentes de bênção para o mundo (Ex 19; Dt 7); e (3)
demonstrar o seu propósito a todos os povos (SI 67).

O SERVO DO SENHOR
A missão redentora de Deus vista mais claramente em Jesus Cristo, deve ser examinada
dentro do fundo histórico do que Deus já estava fazendo durante o período
veterotestamentário. Esse fato é ressaltado nitidamente em Isaías 49.3-6. No v. 3, o Servo
é chamado Israel, mas não pode haver referência à nação de Israel, pois o propósito de
Deus é usar o Servo para trazer a restauração ao próprio Israel (v. 5).9 Deus declara ao
Servo: "Também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à
extremidade da terra" (v. 6). O Espírito Santo pairava sobre Simeão quando este tomou o
Menino Jesus nos braços, e louvou a Deus por Ele haver cumprido Isaías 49.6 (Lc 2.25-
32). Jesus passou a comissão adiante aos seus seguidores em Lucas 24.47,48 e Atos 1.8,
com o mandamento adicional de esperar a promessa do Pai: o poder do alto. O mesmo
versículo (Is 49.6) oferece mais motivos para a salvação dos gentios (At 28.28).
A encarnação de Cristo, portanto, demonstrou, na carne humana, o caráter reconciliador
de Deus. Ele, na sua graça soberana, procura restaurar a sua criação a si mesmo. A
identidade e a missão da Igreja acham-se arraigadas na pessoa de Jesus Cristo e naquilo
que Deus tem realizado através dEle. Ao buscarmos entender a Igreja e a sua missão,
devemos sempre voltar à missão redentora tão claramente articulada e exemplificada pelo
Unigênito de Deus - Jesus Cristo.

PODER PARA A MISSÃO


Para o cristão realmente entender o que ele realmente é, faz-se indispensável a afirmação
de que a missão da reconciliação, revestida pelo poder do Espírito Santo, fornece a
essência de nossa identidade: Somos um povo vocacionado e revestido pelo poder do alto
(At 1.8) para sermos cooperadores de Cristo na sua missão redentora. A partir daí, o que
significa ser um pentecostal está pelo menos parcialmente incorporado à avaliação da
natureza e do resultado do batismo no Espírito Santo conforme registrado em Atos 2. Os
pentecostais têm afirmado historicamente que esse dom, prometido a todos os crentes, é
o poder para a missão. Os pentecostais recebem esse nome, disse o missiólogo pentecostal
Melvin Hodges, porque acreditam que o Espírito Santo virá aos crentes nos tempos atuais
assim como veio aos discípulos no Dia de Pentecostes. Um encontro desse tipo resulta na
presença poderosa do Espírito que passa a assumir a liderança. O resultado também inclui
manifestações evidentes do seu poder para redimir e para levar a efeito a missão de Deus.

A RELEVÂNCIA DO PENTECOSTALISMO

No Dia de Pentecostes, Jesus concedeu aos discípulos o dom do Espírito. O prometido


derramamento do Espírito sobre os que o esperavam, deu-lhes a possibilidade de conti-
nuarem a fazer e a ensinar as coisas "que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar"
(At 1.1,2). O dom do Espírito sugere que os crentes foram revestidos, no Dia de Pentecos-
tes, com a mesma unção que Jesus recebera para executar a sua missão. O revestimento
de poder infundiu confiança nos 120 e nos que iam sendo acrescentados diariamente à
Igreja. Não seriam deixados a cumprir a tarefa por conta própria. O Pentecostes, portanto,
fazia parte essencial de como a Igreja passou a compreender a si mesma e ao seu
propósito. Dois mil anos mais tarde, o Pentecostes continua sendo vital para a Igreja
compreender a si mesma. Devemos buscar sempre e continuamente mais esclarecimento
a respeito. 22
No Dia de Pentecostes, passou a existir uma comunidade carismática como a residência
primária do governo de Deus. Os crentes podiam ir adiante na sua declaração do Reino,
porque o Cristo reinante chegara a todos eles mediante o Espírito. Agora, passariam a ser
testemunhas do governo de Cristo, e ressaltariam com palavras e ações o caráter e o poder
autorizados do Rei. "O Pentecostes é Deus quem se oferece a si mesmo, de modo
totalmente adequado aos seus filhos, sendo que isso foi possibilitado pela obra redentora
do seu Filho Jesus Cristo. O Pentecostes é a chamada de Deus aos seus filhos para serem
purificados interiormente, e para serem revestidos de poder para testemunhar". A vinda
do Espírito foi a primeira prestação do Reino e testemunha da realidade deste.

Das könnte Ihnen auch gefallen