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BEM VINDO À

BOLSA
O SEU GUIA COMPLETO SOBRE A BOLSA DE VALORES

WAGNER CAETANO
Licenciado para Pedro Atuan - - Protegido por Nutror.com
ÍNDICE
Introdução                                                                                                           03 
Capítulo 1 - História da Bolsa de Valores                                                       04
Capítulo 2 - Ação                                                                                                08
Capítulo 3 - Tipos de ações                                                                               10
Capítulo 4 - Units                                                                                                12 
Capítulo 5 - Liquidez                                                                                          14
Capítulo 6 - Segmentos                                                                                     16
Capítulo 7 - A Bolsa de Valores                                                                        18
Capítulo 8 - Escola Gráfica ou Técnica                                                           20        
Capítulo 9 - Escola Fundamentalista                                                              24
Capítulo 10 - Comissão de Valores Mobiliários (CVM)                                 26
Capítulo 11 - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC)      29
Capítulo 12 - Banco de Títulos (BTC)                                                              32
Capítulo 13 - Corretoras                                                                                    34 
Capítulo 14 - Governança Corporativa                                                            36 
Capítulo 15 - Formador de Mercado – Market Maker                                  39        
                      
Capítulo 16 - Fundos de Investimento                                                            41 
Capítulo 17 - Clubes de Investimento                                                             43 
Capítulo 18 - Mercado à Vista                                                                          45 
Capítulo 19 - Dividendos                                                                                   47 
Capítulo 20 - Juros Sobre Capital Próprio                                                     49
Capítulo 21 - Eventos                                                                                        51 
Capítulo 22 - Recompra de Ações pelo Acionista Controlador                   53
Capítulo 23 - Mercado a Termo                                                                       55
  
Capítulo 24 - Estratégias no Mercado a Termo                                             57 
Capítulo 25 - Mercado Futuro                                                                          60 
Capítulo 26 - Aluguel de Ações                                                                        63 
Capítulo 27 - Mercado de Opções                                                                    68
Capítulo 28 - Imposto de Renda                                                                      72   

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Introdução

Este ebook foi desenvolvido pelo

professor Wagner Caetano e

busca explicar de forma simples

e objetiva  o funcionamento da

Bolsa de Valores. 

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Capítulo 1

A HISTÓRIA DA
BOLSA DE VALORES
NO BRASIL

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A História da Bolsa de Valores no Brasil 
Em 1890, um grupo de agentes liderados por Emílio Rangel Pestana
inaugura a Bolsa Livre, que seria a semente da Bolsa de Valores de
São Paulo. A Bolsa livre é fechada já em 1891, em decorrência da
política de Encilhamento, mas em 1895 é fundada a Bolsa de Fundos
Públicos de São Paulo, dando continuidade à evolução do mercado
de capitais brasileiro. Nessa época, as negociações de títulos
públicos e de ações de bancos e de empresas eram registradas em
enormes quadros negros de pedra, para que todos pudessem
acompanhar. Devido a isso, esse período inicial da história da Bolsa
ficou conhecido como “Idade da Pedra”. Bolsa de desenvolve e, em
1934, se instala no Palácio do Café. No ano seguinte, ganha o nome
de Bolsa Oficial de Valores de SãoPaulo; As negociações nesse
período eram feitas em um enorme balcão central em torno do qual
se reuniam os corretores. Os negócios eram realizados em ordem
alfabética: o diretor do pregão anunciava o nome de cada empresa e
a negociação tinha um tempo determinado para acontecer; a década
de 1960, com as reformas sofridas pelo sistema financeiro nacional,
a Bolsa passa a assumir a característica institucional, deixando se
ser subordinada ao Secretário da Fazenda do Estado, com
autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Em 1967, passa
a se chamar Bolsa de Valores de São Paulo. Também em 1967, o
cargo de Corretor Oficial deixa de existir e são formadas as
Sociedades Corretoras, constituídas por ex-Corretores Oficiais e por
Corretores autorizados pelo Banco Central. É nesse momento que
surge a figura do operador de pregão, pessoas que realizavam os
negócios, sob as ordens das Sociedades Corretoras, por meio de
gritos e gestuais que se tornariam a marca da Bolsa de Valores; Na
década de 1970, os boletos que eram utilizados para realizar as
negociações são substituídos por cartões perfurados e os negócios
passam a ser registrados de forma eletrônica; Em 1972, a BOVESPA
é a primeira bolsa brasileira a implementar o pregão automatizado,
com a disseminação de  
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informações on-line e em real-time, através de uma ampla rede de
terminais de computador; No fim da década de 1970, a BOVESPA é
ainda pioneira na introdução de operações com opções sobre ações
no Brasil; Em 1990, são iniciadas as negociações através do Sistema
de Negociação Eletrônica – CATS: Computer Assisted Trading
System, que operava simultaneamente com o sistema tradicional do
Pregão Viva Voz. Atualmente, os negócios são realizados apenas no
sistema eletrônico; Em 1997, é implantado um novo sistema de
negociação eletrônica em substituição ao CATS, o Mega Bolsa. Além
de utilizar uma plataforma tecnológica altamente avançada, o Mega
Bolsa amplia o volume de processamento de informações. No fim da
década de 1990, são lançados o Home Broker, que permite que o
investidor, por meio de site das Corretoras, transmita sua ordem de
compra ou de venda diretamente ao Sistema de Negociação da
Bolsa; e o After-Market, outra inovação da BOVESPA, pioneira em
termos mundiais, que oferece a sessão noturna de negociação
eletrônica. Ambos os meios facilitam a participação do pequeno e
médio investidor no mercado; Em 2000, é realizada a integração das
bolsas de valores brasileiras, que uniu as Bolsas de Valores de São
Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas-Espírito Santo-Brasília, do
Extremo Sul, de Santos, da Bahia- Sergipe-Alagoas, de Pernambuco e
da Paraíba; Em 2005, é incorporada a Bolsa do Paraná e em 2006, a
Bolsa Regional, concluindo a integração; A BOVESPA passa, então, a
concentrar toda a negociação de ações do Brasil. As bolsas
regionais mantêm, por sua vez, as atividades de desenvolvimento do
mercado e da prestação de serviços às praças locais; Em 2006, a
BOVESPA implanta uma nova infra-estrutura de Tecnologia da
Informação desenvolvida em parceria com HP, Intel e Microsoft. A
solução propiciou, entre outros benefícios, redução de custos de
manutenção, retorno de investimento e uma maior flexibilidade de
adaptação ao aumento de volume de transações no mercado de
capitais. Em 28 de agosto de 2007, em uma reestruturação
societária, a BOVESPA deixou de ser uma instituição sem fins
lucrativos e se tornou uma sociedade por ações (S/A). Nessa
reestruturação societária foi criada a Bovespa Holding,
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que tem como subsidiárias integrais a Bolsa de Valores de São Paulo
(BVSP) – responsável pelas operações dos mercados de bolsa e de
balcão organizado – e a Companhia Brasileira de Liquidação e
Custódia (CBLC) que presta serviços de liquidação, compensação e
custódia; Em 23 de outubro de 2007 tornou-se uma empresa de
capital aberto, incluída no Novo Mercado; Em 2008 formou-se a
BM&FBOVESPA, companhia de capital brasileiro, a partir da
integração das operações da Bolsa de Valores de São Paulo e da
Bolsa de Mercadorias & Futuros, sendo a principal instituição
brasileira de intermediação para operações do mercado de capitais e
a única bolsa de valores, mercadorias e futuros em operação no
Brasil; Atualmente, as negociações são feitas exclusivamente por
meio eletrônico, o que proporciona maior agilidade e segurança nas
transações.

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Capítulo 2

AÇÃO

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AÇÃO
Valor mobiliário de renda variável, emitido por uma sociedade
anônima; Ações são títulos nominativos, negociáveis, que
representam uma fração do capital de uma empresa; Representa a
menor fração do capital da empresa emitente; Ao comprar a ação o
investidor se torna sócio da empresa, estando sujeito a lucros ou
perdas; Pela liquidez oferecida pelo mercado acionário, fica mais fácil
vender ações que vender um imóvel; Quando as empresas abrem o
capital, buscam obter recursos para investir, através de novos sócios;
O lucro do investidor é obtido pelo pagamento de dividendos,
bonificação, direito de subscrição em caso de emissão de novas
ações ou valorização das ações em bolsa de valores.

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Capítulo 3

TIPOS DE AÇÃO

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TIPOS DE AÇÃO
Ações ordinárias (ON): concede o direito de voto nas assembléias da
companhia ao seu detentor e proporcionam participação não
preferencial nos resultados. Tag along de 80% no caso de eventual
torça de controle da companhia, o que significa que os detentores das
ações ON têm a garantia de que receberão pelo menos 80% do que
será pago ao bloco controlador, sendo representadas pelo número 3
após as letras que formam o seu código. Exemplos: VALE3, FIBR3 e
CSNA3.
Ações preferenciais (PN): preferência no recebimento dos resultados
ou no reembolso do capital em caso de liquidação da companhia e
não concedem direito a voto. Caso a empresa emitente não distribua
dividendos após três exercícios, os acionistas preferenciais adquirem
direito a voto, sendo representadas pelo número 4 após as letras que
formam o seu código. Exemplos: PETR4, BBDC4 E TNLP4. As
companhias podem emitir diferentes classes de ações para os tipos
ON e PN, que recebem classificação A, B, C ou alguma letra que pode ir
até “Z”. Cada classe corresponde a uma característica específica da
companhia.
Preferenciais classe A: representadas pelo número 5 após as quatro
letras que formam o seu código. Exemplo: VALE5, USIM5 E COCE5.

Preferenciais classe B: representadas pelo número 6 após as quatro


letras que o formam o seu código. Exemplo: UNIP6, ELET6 E CESP6. 

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Capítulo 4

UNITS

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UNITS
São ativos compostos por mais de uma classe de valores mobiliários
negociados em conjunto. As units são compradas e/ou vendidas no
mercado como uma unidade.

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Capítulo 5

LIQUIDEZ

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LIQUIDEZ
Ações de 1° linha: grande liquidez e procura por parte dos investidores,
são ações de empresas grandes, tradicionais e líderes de mercado,
também conhecidas como blue chips;
 
Ações de 2° linha: média liquidez e procura por parte dos investidores,
são ações de empresas de grande e médio portes, com um pouco
menos de prestígio que as blue chips, tendo seus preços mais baixos e
voláteis no caso de uma baixa, sofrendo com pesadas ordens de
venda, porém na alta costumam decolar após as ações de 1° linha;

Ações de 3°  linha: baixa liquidez e procura por parte dos investidores.


São ações de empresas de médio e pequeno portes, porém com
qualidade muitas vezes similar às ações de 3° linha.

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Capítulo 6

SEGMENTO

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SEGMENTO
- Mercado Primário
Lançamento de novas ações; Empresa vende ações para se capitalizar;
Empresas captam recursos para os seus projetos diretamente do
mercado financeiro.

- Mercado Secundário
Renegociação de ativos já existentes entre os agentes econômicos que
adquiriram os títulos no mercado primário; Recursos circulam entre os
investidores; Promove liquidez ao mercado primário

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Capítulo 7

A BOLSA DE VALORES

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A BOLSA DE VALORES
Em sua constituição original as bolsas de valores não eram
instituições financeiras, mas associações cíveis sem fins lucrativos,
constituídas pelas corretoras de valores para fornecer a estrutura para
o mercado de ações; As resoluções 2.690, de 28/01/2000, e 2.709, de
30/03/2000, ambas do Banco Central, disciplinaram a nova
constituição, a organização e o funcionamento das bolsas de valores,
aumentando e revolucionando a sua flexibilidade. Por estas novas
regras, as bolsas poderiam deixar de ser entidades sem fins lucrativos
e se transformarem em sociedades anônimas se quisessem. Não
somente as corretoras poderiam ser sócias, mas, também qualquer
pessoa física e/ou jurídica. Esse processo é conhecido como
desmutualização, resulta na abertura de capital das bolsas de valores,
permitindo que suas ações também sejam negociadas. Com a
desmutualização, as corretoras deixam de ser integrantes de uma
associação e se tornam sócias de uma empresa; Embora autônomas,
operam sob supervisão da CVM de quem são órgãos auxiliares,
fiscalizando os respectivos membros e as operações nelas realizadas.
A bolsa de valores, em síntese, é o local especialmente criado e
mantido para negociação de valores mobiliários em mercado livre e
aberto, organizado pelas corretoras e autoridades. Por valores
mobiliários entendem-se títulos, tais como debêntures, ações e outros.
As empresas de capital aberto, cujas ações estão registradas em bolsa
de valores, estão sujeitas a uma séria de exigências quanto ao
fornecimento de informações junto ao público. Estas empresas têm de
se sujeitar a todo um conjunto de regras de divulgação de informações
a seus acionistas; O preço de uma ação na bolsa é fruto das condições
de mercado (oferta e demanda) que reflitam as condições estruturais e
comportamentais da economia do País e específicas da empresa e de
seu setor econômico; Normalmente, as ações traduzem as
expectativas dos agentes econômicos em relação às perspectivas do
País e, por conseqüência, aos destinos das empresas abertas; As
tendências de preços das ações são estudadas por duas escolas, que
se conjugam para tomar uma decisão.

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Capítulo 8

ESCOLA GRÁFICA OU
TÉCNICA

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ESCOLA GRÁFICA OU TÉCNICA
Baseia-se na análise gráfica, quer seja pelo método de linhas, barras
ou velas, tendo como base os volumes e os preços pelos quais foram
comercializadas as ações nos pregões anteriores; Tem como
premissa o fato de que uma boa análise técnica não precisa fazer
uma pesquisa dos fundamentos da empresa, pois o gráfico é a soma
de todos os conhecimentos, esperanças e expectativas sobre uma
determinada ação. Ele reflete o preço que o mercado está, naquele
momento, disposto a pagar pela ação, e através de suas técnicas,
indica a tendência futura; Ela é fundamental para a escolha do
momento certo para comprar ou vender a ação de uma determinada
empresa. Charles Dow e Edward Jones fundaram “Dow Jones &
Company”, editando um informa financeiro com a finalidade de
divulgar cotações e notícias econômicas do mercado bursátil de New
York em 1882. Charles Dow, a quem é creditada a invenção dos
índices do mercado de ações, em artigos escritos para o Wall Street
Journal, no qual era editor chefe, definiu os conceitos básicos do que
viria a se tornar uma teoria. Após a sua morte, em 1902, seu sucessor
no editorial do jornal, William P. Hamilton, continuou escrevendo, nos
27 anos seguintes, novos editorias e dando forma àquilo que hoje é
mundialmente conhecido como a “Teoria de Dow”, que embasa a
análise gráfica. Estudiosos do mercado utilizaram as idéias de Dow e
desenvolveram os princípios da “Teoria de Dow”: Todos os fatores
externos já estão embutidos no último preço da ação; Os preços se
movimentam em tendência; O futuro repete o passado; O volume
deve confirmar a tendência. Os estudos de Dow provocaram um
grande interesse nos participantes do mercado, mostrando que o
ambiente não precisava ser considerado como jogo de azar ou
baseado apenas na análise fundamentalista. Com a teoria foi
possível encontrar meios de diminuir incertezas e,
conseqüentemente, floresceram ramificações da análise técnica.

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Gráficos de Linhas
Conectam os preços de fechamento; Interessante para visualizar
figuras.

Gráficos de Barras
Formado por barras que ligam o preço máximo ao preço mínimo em
que foi negociado o ativo durante o pregão; O traço horizontal à direita
representa o preço de fechamento; O traço horizontal à esquerda
representa o preço de abertura. 

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Gráficos de Velas
Candelabro japonês ou candlestick; Informam: máxima, mínima,
abertura e fechamento; Primeiros estudos datados no século 18 no
Japão, nas antigas bolsas de arroz em Osaka.  

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Capítulo 9

ESCOLA 
FUNDAMENTALISTA

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ESCOLA FUNDAMENTALISTA
Baseia-se nos resultados setoriais e específicos de cada empresa,
dentro do contexto da economia nacional e internacional; Ela é
fundamental para a escolha da empresa cuja ação deve ser adquirida
e, como conseqüência, a determinação de qual deve ser vendida em
um determinado intervalo de tempo; Os principais indicadores diretos
que influenciam os investidores na decisão de aquisição ou venda de
uma ação são: O beta com o índice bolsa (movimento da ação em
relação ao movimento do índice); O preço da ação no mercado; O lucro
por ação; O índice preço da ação no mercado/lucro por ação – P/L, que
divide o preço das ações pelo lucro líquido anual, dando uma idéia do
número de anos necessários para recuperação do investimento,
imaginando-se que a companhia manterá o mesmo lucro e o distribuirá
integralmente nos anos seguintes. Na prática, se o P/L é baixo, isso
indicaria que a ação estaria custando pouco em vista do lucro; O índice
preço da ação no mercado/valor patrimonial da ação. O índice
dividendo pago pela ação/ preço da ação no mercado – cash yield ou
dividend yield; Quanto maior o dividend yield, maior a chance que o
investidor tem de conseguir de volta, via dividendos, parte do dinheiro
que investiu nas ações; O índice dividendo pago pela ação/lucro da
ação – pay out; O índice preço da ação no mercado/fluxo de caixa
operacional, sendo que esse índice indica quantos anos são
necessários para a empresa gerar caixa equivalente ao valor total de
suas ações. É o índice privilegiado no mercado internacional;
O índice EV (valor da empresa em mercado acrescido de sua dívida
líquida/EBITDA (capacidade de geração de caixa da empresa); Uma
cuidadosa análise dos últimos balanços e as perspectivas futuras da
empresa é que darão os melhores indicadores para qualquer decisão. 

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Capítulo 10

COMISSÃO DE
VALORES
MOBILIÁRIOS (CVM)

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COMISSÃO DE VALORES
MOBILIÁRIOS (CVM)

O principal órgão regulador do mercado de ações; Autarquia


subordinada ao Ministério da Fazenda; Incumbência de normalizar,
fiscalizar e punir irregularidades, tanto das empresas abertas como
dos agentes financeiros, corretoras, operadores e auditores
independentes; Criada em 07/12/1976 pela Lei no 6.385; Até a data
acima faltava uma entidade que absorvesse a regulação e a
fiscalização do mercado de capitais, especialmente no que se referia
às sociedades de capital aberto; Fixou-se como órgão normativo do
sistema financeiro, especialmente voltado para o desenvolvimento, a
disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobiliários não
emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional; A Lei
10.303, mais popularmente conhecida como a Nova Lei das S.A.,
editada em 30/10/2001, em conjunto com o Decreto 3.995 e a Medida
Provisória 8, consolidou a alterou os dispositivos da Lei 6.404, de
15/12/1976 - Lei das Sociedades por Ações -, e da Lei da CVM e das
pequenas modificações em ambas introduzidas, anteriormente, pela
Lei 9.457, de 15/05/97. Os poderes fiscalizatório e disciplinador da
CVM foram ampliados para incluir as Bolsas de Mercadorias e Futuros,
as entidades de mercado de balcão organizado e as entidades de
compensação e liquidação de operações com valores mobiliários que,
da mesma forma que as Bolsas de Valores, funcionam como órgãos
subordinados à fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários; Elas
operam com autonomia administrativa, financeira e patrimonial e com
a responsabilidade de fiscalização direta se seus respectivos
membros e das operações com valores mobiliários nelas realizadas,
mas, sempre, sob a supervisão da CVM;

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Sob a disciplina e a fiscalização da CVM foram consolidadas as
seguintes atividades: Emissão e distribuição de valores mobiliários no
mercado; Negociação e intermediação no mercado de valores
imobiliários; Negociação e intermediação no mercado de derivativos;
Organização, funcionamento e operação nas Bolsas de Valores;
Organização, funcionamento e operações das Bolsas de Mercadorias e
Futuros; Administração de carteiras e custódia de valores mobiliários;
Auditoria de companhias abertas; Serviços de consultor e analista de
valores mobiliários;

Redefiniram-se os valores mobiliários sujeitos ao regime da nova Lei,


como sendo: As ações, debêntures e bônus de subscrição; Os cupons,
direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento
relativos aos valores mobiliários; Os certificados de depósito de valores
mobiliários; As cédulas de debêntures; As cotas de fundos de
investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em
quaisquer ativos; As notas comerciais; Os contratos futuros, de opções e
outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários;
Outros contratos derivativos, independentemente dos ativos
subjacentes e, quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos
ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação,
de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de
serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de
terceiros

Foram textualmente excluídos do regime da nova Lei: Os títulos da


dívida pública federal, estadual e municipal; Os títulos cambiais de
responsabilidade de instituição financeira, exceto as debêntures; Os
objetivos fundamentais da CVM ficam caracterizados como o do
fortalecimento do mercado de ações e dos demais valores mobiliários
através do (a): Estímulo à aplicação de poupança no mercado acionário;
Garantia do funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e
instituições auxiliares que operem neste mercado; Proteção aos titulares
de valores mobiliários contra emissões irregulares e outros tipos de atos
ilegais que manipulem preços de valores mobiliários nos mercados
primários e secundários de ações; Fiscalização da emissão, do registro,
da distribuição e da negociação de títulos emitidos pelas sociedades
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anônimas de capital aberto. 
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Capítulo 11

COMPANHIA
BRASILEIRA DE
LIQUIDAÇÃO E
CUSTÓDIA (CBLC)

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COMPANHIA BRASILEIRA DE
LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA (CBLC)
Foi criada a partir de uma reestruturação patrimonial da Bolsa de
Valores de São Paulo – BOVESPA, ocorrida em fevereiro de 1998; O
nascimento da CBLC representou uma resposta à necessidade do
mercado brasileiro de uma estrutura moderna e eficiente, que
compreendesse atividades relacionadas à compensação, liquidação,
custódia e controle de risco para o mercado financeiro; A constituição
da CBLC representou o início de uma nova fase na história do mercado
de capitais brasileiro; De um lado, a CBLC foi organizada de modo a
permitir a participação de uma grande variedade de instituições fortes e
tecnicamente estruturadas; De outro lado, a CBLC trabalhou no sentido
de constituir-se na empresa depositária central do mercado de ações no
Brasil, objetivo alcançado quando assumiu o controle da Câmara de
Liquidação e Custódia – CLC em abril de 2000; Atualmente a CBLC é a
responsável pela liquidação de operações de todo o mercado brasileiro
de ações, respondendo pela guarda de ações de companhias abertas,
certificados de privatização, debêntures, certificados de investimento,
certificados audiovisuais e quotas de fundos imobiliários. A CBLC
oferece serviços de alocação e liquidação para todas as operações
realizadas nos ambientes de negociação da BM&FBOVESPA. Estes
serviços são aderentes às melhores práticas internacionais e possuem
grande flexibilidade para servir às mais diversas necessidades dos
participantes do mercado de capitais brasileiro;

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As operações realizadas na BM&FBOVESPA são capturadas pelos
sistemas da CBLC de forma automática e em tempo real, assegurando
o mais elevado nível de rapidez e segurança (STP - Straight Through
Processing).Todas as operações capturadas pela CBLC já possuem as
informações básicas relativas ao negócio e não necessitam de
confirmações adicionais por parte das corretoras intervenientes na
operação. Em outras palavras, as operações já chegam à CBLC com o
status de comparadas e casadas (ou compared and matched) e estão
prontas (locked-in) para a liquidação; Como etapa preparatória para a
liquidação, os intermediários que realizaram operações nos sistemas
de negociação têm que proceder à identificação dos investidores finais
conforme determina a legislação brasileira. Para este fim, a CBLC
oferece o Serviço de Alocação de Operações; A CBLC possui duas
modalidades de serviços voltadas para a liquidação das operações: o
Serviço de Liquidação Garantida Líquida e o Serviço de Liquidação
Bruta Facilitada. Em ambas as modalidades, a CBLC adota os mais
estritos princípios de entrega contra pagamento (ou delivery versus
payment – DVP).  

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Capítulo 12

BANCO DE TÍTULOS
(BTC)

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BANCO DE TÍTULOS (BTC)
 O Banco de Títulos CBLC - BTC é um serviço por meio do qual
investidores disponibilizam títulos para empréstimos e os
interessados os tomam mediante aporte de garantias. A CBLC atua
como contraparte no processo e garante as operações; O acesso ao
serviço se dá por meio de um sistema eletrônico, e o tomador paga
uma taxa ao doador, acrescida do emolumento da CBLC. A taxa é
livremente pactuada entre as partes. Todos os proventos declarados
pelo emissor do título pertencem ao proprietário original; Detentores
de carteiras de investimento em geral podem atuar doando papéis,
inclusive fundos de pensão e fundos de investimento. Investidores,
pessoas físicas e jurídicas, inclusive instituições financeiras, podem
tomar papéis emprestados, existindo apenas restrições legais para
alguns segmentos de investidores institucionais. 

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Capítulo 13

CORRETORAS

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CORRETORAS
Instituições financeiras credenciadas pelo Banco Central e pela CVM
e fiscalizada pela BM&FBOVESPA; Sua principal função é promover,
de forma eficiente, a aproximação entre compradores e vendedores
de títulos e valores mobiliários, dando a estes negociabilidade
adequada através de operações realizadas nos recintos das bolsas
de valores e de mercadorias; Exercem o papel de unificadoras do
mercado, dando segurança ao sistema e liquidez aos títulos
transacionados.
Principais atividades: Comprar, vender e distribuir e distribuir títulos
e valores mobiliários, por conta de terceiros; Efetuar lançamentos
públicos de ações (underwriting); Operar com a conta margem, que é
uma norma de negociação de ações que possibilita ao investidor
obter, em uma sociedade corretora, financiamento para compra dos
títulos e/ou empréstimo dos papéis para venda. Essas operações
são feitas no mercado à vista. O custo e liquidação do
financiamento, bem como a remuneração do empréstimo dos títulos
e sua devolução, são pactuados diretamente entre o investidor e a
corretora; Administrar carteiras de valores e custodiar títulos e
valores mobiliários; Instituir, organizar e administrar fundos e clubes
de investimentos; Prestar serviços como transferência de títulos,
desdobramento de cautelas, recebimentos de juros, dividendos ou
encarregar-se da subscrição de títulos e valores mobiliários;
Intermediar a compra e venda de moeda estrangeira nas atividades
de importação e exportação, bem como no mercado de moeda
estrangeira; Operar no mercado aberto. 

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Capítulo 14

GOVERNANÇA
CORPORATIVA

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GOVERNANÇA CORPORATIVA
Pode ser definida como o esforço contínuo em alinhar os objetivos da
administração das empresas aos acionistas. Isso devolve as práticas
e os relacionamentos entre acionistas/cotistas, o conselho de
administração, a diretoria, uma auditoria independente e até mesmo
um conselho fiscal; A boa governança corporativa permite uma
administração ainda melhor e a monitoração da direção executiva da
empresa. A empresa que opta pelas boas práticas de governança
corporativa adota como linhas mestras transparência, prestação de
contas e eqüidade.
 Nível 1: As empresas do Nível 1 comprometem-se a manter em
circulação ao menos 25% do capital total e, em caso de emissão de
novas ações, usar mecanismos de oferta pública que favoreçam a
pulverização do capital. As informações contábeis devem ser
divulgadas trimestralmente, de forma consolidada, assim como
eventuais acordos de acionistas. Há ainda necessidade de adoção de
um calendário de eventos corporativos.
   Nível 2: Para ser classificada no Nível 2, a empresa deve adotar
todas as obrigações previstas no Nível 1, mais um conjunto ampliado
de princípios de governança corporativa. É uma espécie de
preparatório para o novo mercado. A empresa precisa estabelecer
mandato de um ano para o conselho de administração, publicar o
balanço segundo as regras do Generally Accepted Accounting
Principles in the United States (USGaap) e facultar o direito de voto
aos acionistas preferencialistas em questões como cisão,
incorporação ou fusão, e também em contratos entre empresas do
mesmo grupo. Atuar no Nível 2 implica ainda estender os mesmos
direitos dos controladores aos minoritários ordinaristas (ou 70%
desses direitos para os preferencialistas) em caso de troca de controle
da empresa. As empresas que integram o Nível 2 devem assumir
perante o mercado que, em caso de fechamento de capital, se
comprometem a fazer oferta pública de compra de todas as ações em
circulação pelo valor econômico. 

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Novo Mercado: a BOVESPA criou, em 2001, o Novo Mercado. Trata-se
de um segmento de listagem, uma classificação composta por
empresas que se comprometem, voluntariamente, a praticar uma boa
governança corporativa e uma política de disclosure (transparência de
informações estratégicas e financeiras), para além do que é exigido
pela legislação. Com a novidade, a bolsa busca atrair investidores,
exigindo que as companhias tratem os acionistas com mais respeito,
resguardando seus direitos e oferecendo uma gama maior de
informações, cuja divulgação não é obrigatória por lei. Para ingressar
nesse ambiente diferenciado, as empresas precisam cumprir uma
série de regras. A principal delas é a proibição de emissão de Ações
Preferenciais (PN), ou seja, todo o capital deve ser dividido em Ações
Ordinárias (ON), que dão direito de voto. Os conceitos de boa
governança corporativa podem parecer um tanto subjetivos, mas
fazem a diferença ao longo dos anos. Entre eles, a formação de
conselhos de administração profissionalizados tem eliminado as
estruturas de poder quase totalitário, antes comuns em empresas de
controle familiar. Outro destaque é a abertura de informações
financeiras, tanto do balanço como de operações controladas ou
coligadas. A governança reza que as empresas devem realizar
reuniões periódicas com analistas de investimentos e divulgar as
operações com ações de quem detenha mais de 5% do capital total. 

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Capítulo 15

FORMADOR DE MERCADO
(MARKET – MAKER)

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FORMADOR DE MERCADO
(MARKET – MAKER)
Através da instrução 384, de 17/03/03, a CVM autorizou a atividade de
formador de mercado, mais conhecido como market maker. A
regulamentação de atividade foi estabelecida através da Resolução
293, de 22/07/03, e, oficialmente, lançada em 24/09/03. O market
maker tem a obrigação de ser a contraparte nas ofertas de compra e
venda das ações de uma determinada empresa; A atividade de
formador de mercado deve ser exercida por pessoas jurídicas,
devidamente cadastradas junto às bolsas de valores e às entidades de
mercado de balcão organizado, interessadas na realização de
operações destinadas a fomentar a liquidez de valores mobiliários com
registro para negociação. Compete às bolsas de valores e entidades de
mercado de balcão organizado a expedição de normas e regulamentos
sobre as operações destinadas a formar mercado para valores
mobiliários, bem como sobre as informações a serem prestadas por
seus participantes no exercício da atividade de formador de mercado.
Com a nova regra, a empresa ou controlador não só poderá contratar o
formador de mercado como também poderá financiar a negociação de
suas ações. Tal fato facilita para o formador de mercado a solução dos
problemas relacionados ao custo de capital, pois com a própria
empresa bancando os custos, o market maker pode contrabalançar
melhor o custo de oportunidade da compra e venda das ações com
suas aplicações em renda fixa; No que concerne ao uso de
informações privilegiadas sobre a empresa pelo formador de mercado,
o profissional será fiscalizado pela própria bolsa, que estabelece o
contrato com normas e regulamentos de segurança que terão que ser
erguidos pelo formador. Além disso, o formador ficará proibido de fazer
negócios com as ações quando tiver algum tipo de informação
privilegiada sobre a empresa. O market maker pode ser contratado, e
tem função vital, por empresas que acabaram de lançar ações ou
aquelas cujos papéis têm baixo nível de liquidez; Um dos objetivos do
formador de mercado de uma ação é aumentar a liquidez da ação e
diminuir a diferença entre seus valores de compra e venda (spread) no
mercado, e assim viabilizar os negócios com essa ação. 
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Capítulo 16

FUNDOS DE
INVESTIMENTO

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
Aceita pessoas física e jurídica; Não há limite máximo de cotistas;
Obrigatório patrimônio mínimo; Limite mínimo de aplicação; Publicação
de balanços obrigatória; Não pode ser administrado pelos próprios
sócios e sim por empresas habilitadas; O investidor assume o papel de
cotista; As cotas correspondem a frações ideais de seu patrimônio, são
escriturais e nominativas. 

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Capítulo 17

CLUBES DE
INVESTIMENTO

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CLUBES DE INVESTIMENTO
É exclusivo para pessoas físicas; Mínimo de 3 e máximo de 150
cotistas; Não há obrigatoriedade de patrimônio líquido; Não há limite
de aplicação; Não há obrigatoriedade de publicação de balanços; Pode
ser administrado pelos próprios sócios ou corretoras; Aplicação
financeira criada por um grupo de pessoas que desejam investir o seu
dinheiro em ações; Um único participante não pode ter mais de 40%
das cotas; Novos membros podem ser aceitos. 

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Capítulo 18

MERCADO À VISTA

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MERCADO À VISTA
Uma operação à vista é a compra ou a venda em pregão de
determinada quantidade de ações para liquidação imediata; A
liquidação física – a entrega dos títulos adquiridos ao seu comprador
– é feita dois dias úteis após a operação, e a liquidação financeira – o
crédito em reais ao vendedor dos títulos – feita em até três dias úteis
após a operação; É permitida, no mercado à vista, a realização de
operações de compra e venda de uma mesma ação em um mesmo
pregão, por uma mesma corretora e por conta de um mesmo
investidor. Tal tipo de operação se caracteriza como uma operação
de arbitragem conhecida como day trade, ocorrendo uma liquidação
financeira por compensação no terceiro dia útil após a realização da
operação. 

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Capítulo 19

DIVIDENDOS

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DIVIDENDOS
É a distribuição de parte dos lucros de uma empresa, em moeda, aos
seus acionistas; Por lei, no mínimo, 25% do lucro líquido do exercício
devem ser distribuídos aos acionistas; Algumas empresas distribuem
mais que o mínimo exigido; Os dividendos podem ter periodicidade
diversa; O montante a ser distribuído deverá ser dividido pelo número
de ações emitidas pela empresa, de forma a garantir a
proporcionalidade da distribuição; Os acionistas, desde 1996, estão
isentos do IR de 15% na fonte sobre o valor recebido. O índice EV (valor
da empresa em mercado acrescido de sua dívida líquida/EBITDA
(capacidade de geração de caixa da empresa); Uma cuidadosa análise
dos últimos balanços e as perspectivas futuras da empresa é que
darão os melhores indicadores para qualquer decisão. 

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Capítulo 20

JUROS SOBRE
CAPITAL PRÓPRIO

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JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO

Foram criados pela Lei 9.249, de 26/12/95, para compensar o fim da


correção monetária dos balanços das empresas; Através deste
instrumento, a empresa está autorizada a remunerar o capital do
acionista até o valor da TJLP. O valor desembolsado é considerado
como despesa e, portanto, descontado do lucro tributável, diminuindo
o IR a ser pago pela empresa; O valor a ser recebido pelo acionista
sofre desconto de IR na fonte pela alíquota de 15%; No caso das
empresas, o ganho fiscal com o pagamento dos juros é de 10%,
representado pela diferença entre os 25% de IR economizados, e os
15% recolhidos em nome dos acionistas; O valor dos juros sobre o
capital próprio pago aos acionistas é imputado, pelo seu valor líquido
de IR, ao total dos dividendos obrigatórios. 

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Capítulo 21

EVENTOS

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EVENTOS
Subscrição
Direito dos acionistas de aquisição de ações por aumento de capital,
com preço e prazo determinado.
Bonificação
Distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, em função de
amento do capital por incorporação de reservas.
Desdobramento ou Split
Distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, pela diluição do
capital em um maior número de ações, com o objetivo, entre outros, de
dar liquidez aos títulos no mercado.
Agrupamento ou Inplit
Condensação do capital em um menor número de ações com
conseqüente aumento de valor de mercado da ação, com o objetivo,
entre outros, de valorizar sua imagem no mercado;

As regras do mercado de ações estabelecem que, no dia seguinte


á assembléia de acionistas, que tenha deliberado a concessão de
um direito, a ação já estará sendo negociada “ex” (vazia) em
relação ao dia anterior à assembléia em que era negociada.

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Capítulo 22

RECOMPRA DE
AÇÕES PELO
ACIONISTA
CONTROLADOR

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RECOMPRA DE AÇÕES PELO
ACIONISTA CONTROLADOR
Aumenta o poder do controlador, pois intensifica sua participação no
capital da empresa por ele controlada. Após a recompra, ele terá duas
opções: revendê-la ais tarde a preços mais altos ou mantê-los em
tesouraria; Outra vantagem na aquisição de papéis é o menor
desembolso com o pagamento de dividendos, pois a parcela de lucros
a ser distribuída aos acionistas minoritários ficará, agora, no caixa da
empresa; As instruções da CVM 010, 268 e 390, respectivamente de
14/02/80, 13/01/97 e 08/07/03, estabeleceram as regras sobre a
aquisição por companhias abertas de ações de sua própria emissão,
para cancelamento ou permanência em tesouraria para posterior
alienação. As empresas podem recomprar até 10% das ações (por tipo
de ação), descontadas aquelas em mãos de acionista controlador. Até
este limite, as companhias abertas não precisam de autorização da
CVM, ficando a decisão a cargo de uma deliberação dos seus
conselhos de administração. O prazo limite para recompra das ações é
de 365 dias.

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Capítulo 23

MERCADO A TERMO

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MERCADO A TERMO
No mercado a termo, o investidor se compromete a comprar ou vender
certa quantidade de uma ação (chamada ação objeto), por um preço
fixado e dentro de um prazo determinado; A maior parte das operações
é realizada no prazo de 30 dias, podendo, entretanto, ser realizada em
outros prazos; As operações contratadas poderão ser liquidadas na
data do seu vencimento ou em data antecipada solicitada pelo
comprador, pelo vendedor, ou pro acordo mútuo das partes, sendo que
o tipo de antecipação do prazo de liquidação deve ser indicado no
momento da realização da operação, caso contrário prevalecerá o tipo
de acordo mútuo entre as partes; Os contratos poderão ser realizados
em modalidade de liquidação integral ou pro rata; Para garantir o
cumprimento do compromisso assumido, o investidor deposita na bolsa
uma margem de garantia em ações ou em dinheiro, composta de dois
elementos: a garantia inicial e a garantia adicional. No mercado a
termo, o investidor se compromete a comprar ou vender certa
quantidade de uma ação (chamada ação objeto), por um preço fixado e
dentro de um prazo determinado; A maior parte das operações é
realizada no prazo de 30 dias, podendo, entretanto, ser realizada em
outros prazos; As operações contratadas poderão ser liquidadas na
data do seu vencimento ou em data antecipada solicitada pelo
comprador, pelo vendedor, ou pro acordo mútuo das partes, sendo que
o tipo de antecipação do prazo de liquidação deve ser indicado no
momento da realização da operação, caso contrário prevalecerá o tipo
de acordo mútuo entre as partes; Os contratos poderão ser realizados
em modalidade de liquidação integral ou pro rata; Para garantir o
cumprimento do compromisso assumido, o investidor deposita na bolsa
uma margem de garantia em ações ou em dinheiro, composta de dois
elementos: a garantia inicial e a garantia adicional.

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Capítulo 24

ESTRATÉGIAS NO
MERCADO A TERMO

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ESTRATÉGIAS NO MERCADO A TERMO
Expectativa de alta de uma ação
No mercado à vista, ele teria de investir o valor da aquisição; De forma
a alavancar seu ganho, o investidor compra a ação no mercado a
termo, ao invés de fazê-lo no mercado à vista, investindo apenas a
margem na forma das garantias inicial e adicional. O diferencial de
recursos não investidos na ação estaria aplicado em renda fixa até a
execução de seu compromisso no mercado a termo.

Expectativa de baixa de uma ação


O investidor zeraria suas posições no mercado à vista, caso tivesse
essa ação, realizando o caixa e aplicando esses recursos no
mercadode renda fixa; No mercado a termo, ele venderia a ação a
descoberto e, quando o mercado caísse, poderia recomprá-la por preço
mais baixo, entregando-a no vencimento ao comprador a termo e
cobrindo os valores investidos nas margens de garantia.

Operações de financiamento
É uma operação de arbitragem sem risco, caracterizando uma
operação de renda fixa. Ele se torna possível quando a taxa de juros
implícita na operação a termo é maior do que a taxa de juros cobrada
de recursos no mercado financeiro; O investidor compra as ações à
vista utilizando recursos de terceiros a um determinado custo e as
vende no mercado a termo, cobertas, ganhando o diferencial de juros.
O valor desse diferencial deve ser capaz de cobrir os custos
operacionais e fiscais da estratégia.

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Operações caixa
É uma operação de arbitragem sem risco, caracterizando uma
operação de renda fixa. Ela se torna possível quando a taxa de juros
implícita na operação a termo é menor do que a taxa de juros cobrada
para obtenção de recursos no mercado financeiro; O cliente vende no
mercado à vista ações que já possui, fazendo caixa e em seguida,
recompra a mesma quantidade de ações no mercado a termo, de forma
a manter sua posição original. Os recursos obtidos pela venda das
ações são aplicados no mercado financeiro pela taxa de juros cobrada
para obtenção de recursos no mercado financeiro. No vencimento da
operação a termo, eles serão suficientes para cobrir o valor pago pelas
ações. O valor desse diferencial deve ser capaz de cobrir os custos
operacionais e fiscais da estratégia.

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Capítulo 25

MERCADO FUTURO

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MERCADO FUTURO
É o mercado no qual se negociam com datas de liquidação futura,
durante o horário de funcionamento da bolsa de valores, em lotes
padrão mela já negociados, as ações autorizadas para tal; Mercado
futuro apresenta um aperfeiçoamento do mercado a termo,
permitindo a ambos os participantes de uma transação reverter de
forma automática sua posição, antes da data de vencimento. Isto se
deve às alterações na sistemática operacional daquele mercado;
Cada uma das partes envolvidas, em um contrato no mercado futuro
de ações da bolsa de valores, se relaciona com a CBLC, e não
diretamente com a outra parte do contrato. Tal fato permite que
ambos tenham o direito de liquidar financeiramente sua posição, a
qualquer momento entre o registro e o vencimento do contrato; O
encerramento total ou parcial de um contrato, antes do dia do seu
vencimento, também é conhecido como reversão da posição de um
contrato futuro; A fim de propiciar geração de liquidez no mercado
futuro, as datas de vencimento são padronizadas pela bolsa. São
admitidas operações day trade, da mesma forma que no mercado à
vista, ou seja, desde que realizadas pelo mesmo Investidor, com o
mesmo título, através da mesma sociedade corretora e liquidado no
mesmo agente de compensação; As operações podem ser fechadas
para todos aqueles vencimentos que estiverem abertos a negociação;
Para assegurar o cumprimento dos compromissos pelas partes, são
utilizados os depósitos de margem inicial e são feitos os ajustes de
margem pelos detentores de posições de compra ou de venda, as
quais oscilam com uma variação mínima de R$ 0,01 de acordo com a
variação dos preços no mercado futuro; As estratégias de aplicação
no mercado futuro são semelhantes às do mercado a termo,
guardadas algumas particularidades específicas; No Brasil, o
mercado futuro de ações foi muito popular no período de 1979 a 1986;
No período que se seguiu até 2001, nenhuma operação foi realizada
neste mercado; Ao final de 2001, a bolsa de valores estabeleceu
novas regras para o seu funcionamento, de forma a seguir a tendência
mundial de reativação desse mercado, iniciada em 1995.   
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Diferentemente do mercado futuro negociado no período de 1979 a
1986, em que apenas o vendedor a descoberto estava sujeito ao
ajuste diário, no mercado futuro da BM&FBOVESPA haverá o ajuste
diário de posições em aberto, tanto para o vendedor como para o
comprador, em função do preço de ajuste do dia para a ação
específica; Este ajuste diário de posição acarreta uma movimentação
simultânea a crédito (quando a variação for positiva) e a débito
(quando a variação for negativa) na contas de ajuste diário de
margem das partes envolvidas em um contrato futuro; O preço de
ajuste diário de cada ação é calculado como sendo o preço médio, no
período da tarde, dos negócios realizados no mercado futuro de
ações da bolsa de valores; O ajuste das posições compradoras e
vendedoras é feito diariamente desde o dia do registro do negócio,
inclusive, até o dia de seu encerramento, inclusive; A liquidação do
ajuste é feita exclusivamente em dinheiro em D + 1; Tal fato reforça a
garantia da operação, pois, anteriormente, apenas ao final da
operação a bolsa identificava a eventual inadimplência da um dos
investidores. Os dias de vencimento no mercado futuro de ações são
as quartas-feiras mais próximas do dia 15 dos meses pares e, caso
não haja pregão nestes dias, o dia útil seguinte; Atuam neste
mercado os hedger, que se utiliza de uma estratégia de proteção
financeira utilizada para minimizar um investimento de risco durante
um determinado período de tempo e o especulador, que compra ou
vende determinado ativo com o único objetivo de fazer lucro,
aceitando o risco que o hedger tenta evitar, dando liquidez aos
mercados; Negociam-se moedas, instrumentos financeiros e
commodities.  

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Capítulo 26

ALUGUEL DE AÇÕES

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ALUGUEL DE AÇÕES
O aluguel de ações está regulamentado pela Resolução 3.278, de
28/04/05, para ser realizado por instituições habilitadas pela CVM para
a prestação de serviços de liquidação, registro e custódia de valores
mobiliários. Atualmente, apenas a CBLC de enquadra no perfil
desenhado pelo Banco Central, pois é necessário que a entidade faça,
simultaneamente, a liquidação e o registro de operações e seja
responsável pela custódia dos títulos. Esses empréstimos precisam
ser intermediados pelas sociedades corretoras e distribuidoras de
valores mobiliários habilitadas perante a entidade mantenedora do
serviço de empréstimo. Esses intermediários poderão realizar
operações de empréstimo por conta própria e por conta de seus
administradores. A Intermediação nas operações de empréstimos de
ações é obrigatória, exceto quando forem realizadas entre um
emprestador que seja usuário direto da custódia da CBLC e a própria
CBLC. Para não haver riscos nessas operações, o Banco Central exige
o depósito e garantias no valor integral do empréstimo (100%) mais
um adicional destinado a compensar a variação do preço do ativo em
dois pregões consecutivos, o qual está sintonizado com a sua
volatilidade, que varia de ação para ação. Ele consiste, portanto, na
transferência da custódia das ações do doador (proprietário) para o
tomador (arrendatário), mediante o pagamento de um comissão
(aluguel) e o depósito de garantias (fiança bancária, títulos públicos
federais, certificados de ouro, dinheiro ou ações). O tomador do
empréstimo não sabe quem é o emprestador (doador), e vice-versa. A
CBLC sabe quem são as partes envolvidas e procura evitar a
concentração de ações por parte do tomador. Na transação, ocorre a
transferência de fato das ações do doador para o tomador, porém a
valorização e os direitos inerentes às ações (subscrição, dividendos e
bonificação) continuam sendo do doador, à exceção do direito de voto
que é transferido ao tomador durante o período do empréstimo. O
tomador recebe as ações e poderá utilizá-las da forma que desejar,
dentro de um determinado prazo pactuado, vendendo, dando em
garantia ou mesmo retirando as ações da custódia da bolsa.
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A operação de aluguel pode ter:
Prazo fixo, ao final do qual a operação é liquidada; Prazo de um dia
renovável automaticamente; Prazo fixo com opção de liquidação
antecipada por ordem do tomador; Prazo fixo com opção de
liquidação antecipada por parte do doador.

A não ser o pagamento da comissão no início da operação, não existe


trânsito de numerário numa operação de aluguel de ações. 
No vencimento, a liquidação da operação consiste na transferência da
custódia das ações do tomador para o doador e a liberação das
garantias pela Bolsa para o tomador. A comissão de aluguel recebida,
seja no aluguel de ações ou de ouro, terá imposto de renda na fonte na
alíquota das aplicações de renda fixa, isto é, seguem a tabela
decrescente, de 22,5% a 15%, conforme prazo de aluguel. Para o
tomador de ações, o preço do empréstimo pode ser incorporado ao
custo da operação subseqüente envolvendo as ações. Portanto, assim
como o preço da corretagem e as taxas de emolumentos comuns nas
operações com ações, o empréstimo deve ser somado ao valor de
compra posterior da ação para abater à base de cálculo de imposto de
renda.

 Exemplo: O investidor A deseja alugar uma determinada ação e


procura a sua corretora; A sua corretora vai até a CBLC para verificar a
disponibilidade de ação para aluguel; Havendo disponibilidade, por
exemplo, junto ao investidor B, a CBLC atua como intermediária e são
as corretoras das partes locadora e locatária das ações que se
envolvem no processo;  A operação é fechada e tem a garantia da
Bolsa e da CBLC; Pelo aluguel das ações, o investidor A paga ao B
uma taxa de aluguel pro rata anual de acordo com o mercado; Após o
aluguel, o investidor A pode, por exemplo, vender as ações alugadas
para, supostamente, recomprá-las por um preço menor no futuro, e
ganhar a diferença; Ao fim do período de aluguel, o investidor A terá de
devolver ao investidor B as ações alugadas. A possibilidade de tomar
títulos emprestados acrescenta eficiência operacional e flexibilidade
ao mercado, sobretudo em operações de arbitragem. 
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O tomador pode utilizar as ações em operações como: Venda à vista;
Liquidação de operações já realizadas no mercado à vista; Garantia de
operações em mercados de liquidação futura; Cobertura de
lançamentos de opções de compra. Já o doador dá liquidez aos títulos
que de outra forma estariam imobilizados em sua carteira, auferindo
uma remuneração extra, em princípio não prevista no seu fluxo de caixa;
O empréstimo de títulos é indicado para investidores que não têm
interesse em vender suas ações em curto prazo. Emprestando ações, o
investidor pode maximizar o retorno de sua carteira por meio de taxa
que receberá por esse empréstimo, sem perda de seus direitos sobre a
ação.

O contrato de empréstimo tem de mencionar, no mínimo: O prazo de sua


vigência e se renovável ou não automaticamente; O compromisso de o
tomador liquidar o empréstimo mediante a entrega de ações da mesma
espécie, classe e companhia; O tratamento a ser conferido aos direitos
inerentes às ações utilizadas na operação de empréstimos; A
obrigatoriedade de o tomador dar garantias equivalente a 100% do valor
das ações objeto do empréstimo, acrescidos de percentual adicional
destinados a compensar a variação desse valor em dois pregões
consecutivos, a favor da entidade prestadora de liquidação, registro e
custódia de ações; A faculdade de a entidade prestadora de serviços de
liquidação, registro e custódia de ações exigir do tomador do
empréstimo a entrega de garantias adicionais, a qualquer momento e
segundo os seus critérios, bem como de proceder a venda, independente
de formalidade judicial ou extrajudicial, de títulos e valores mobiliários
ou outros ativos que constituam a garantia da operação de empréstimo,
quando o tomador deixar de atender a qualquer obrigação decorrente
dessa operação no prazo regulamentar estabelecido; Além das
garantias anteriores previstas, o intermediário poderá exigir do tomador
do empréstimo a entrega de garantias adicionais, a qualquer momento e
segundo os seus critérios, bem como proceder a
venda, independentemente de formalidade judicial ou extrajudicial, de
títulos e valore mobiliários ou outros ativos que constituam esta
garantia adicional de operação de empréstimo, quando o tomador deixar
de atender a qualquer obrigação decorrente dessa operação no prazo
regulamentar estabelecido; 66
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A forma de remuneração do empréstimo e de cobrança de taxas e
encargos incidentes. Para agilizar o aluguel de ações por parte de
terceiros, a CBLC dispõe do Banco de Títulos CBLC – BTC -, que tanto
em um formato tradicional como automático; O BTC é um serviço por
meio do qual os investidores disponibilizam títulos para empréstimos e
os interessados os tomam mediante aporte de garantias. A CBLC atua
como contraparte no processo e garante as operações; O acesso ao
serviço se dá por meio de um sistema eletrônico, e o tomador paga uma
taxa ao doador, acrescida de emolumento da CBLC. A taxa é livremente
pactuada entre as partes; O serviço atende aos detentores de carteiras
de investimento em geral, que podem atuar doando títulos, inclusive
fundos de pensão e fundos de investimento; Os investidores, pessoas
físicas e jurídicas, inclusive instituições financeiras, podem tomar
títulos emprestados, existindo apenas as restrições legais para alguns
segmentos de investidores institucionais; As Instruções 40, 310 e 411,
respectivamente de 07/11/84, 09/07/99 e 10/11/06, da CMA
regulamentam os empréstimos de valores mobiliários pelas entidades
prestadoras de serviços de liquidação, registro e custódia fungível de
ações. A CBLC também permite, através da Liquidação Antecipada do
Doador e Tomador, que tanto o doador como o tomador das ações
tenham, se assim for pactuado, o direito de exigir a devolução
antecipada da operação de empréstimo, o que permite o aumento da
liquidez do mercado de valores mobiliários. 

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Capítulo 27

MERCADO DE
OPÇÕES

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MERCADO DE OPÇÕES
Quem compra uma ação tem um direito. Se a opção for de compra
(call), o direito de comprar. Se a opção for de venda (put), o direito de
vender; O comprador de uma opção de compra (venda), ou o titular
dessa opção, tem o direito de comprar (vender) certa quantidade de
ações, a um preço prefixado até uma data determinada; O vendedor de
uma opção de compra (o lançador da opção) fica com a obrigação de
vendê-la; O titular tem sempre os direitos, e o lançador sempre as
obrigações; O mercado de opções negocia esses direitos de compra ou
venda, mas não as ações diretamente; Os direitos são negociados por
um preço, o prêmio, que é o valor pago pelo titular e recebido pelo
lançador. O valor do prêmio é o resultado das forças de oferta e procura
e varia de acordo com a variação do preço da ação no mercado à vista;
Toda opção tem um vencimento. Após a aquisição, ele pode ser
exercida a partir do dia seguinte ao da compra, a qualquer momento,
até o vencimento (tipo americano); Se não for exercida, o titular perde
integralmente o valor aplicado no prêmio; O vencimento das opções se
dá em data fixada pela bolsa na terceira segunda-feira de cada mês;
Cada investidor se relaciona com a caixa de liquidação da Bolsa e não
com o seu parceiro original; Quando se faz uma operação inversa à
anteriormente realizada, ou seja, se está comprado venda ou se está
vendido compra, envolvendo a mesma quantidade de ações da mesma
série, a posição está encerrada; São permitidas operações de compra e
venda de opções de uma mesma série, por uma mesmo corretora e por
conta de uma mesmo cliente no mesmo pregão. É o day-trade de
opções;  Uma opção só deverá ser exercida quando o preço de
mercado for superior ao preço de exercício da opção, ou seja, quando a
opção tiver um valor intrínseco; Apenas o valor intrínseco, entretanto,
não justifica o exercício, pois deve ser levado em conta o valor atual do
prêmio pago quando da aquisição da opção; Só quando a soma desses
dois valores for superior ao preço de exercício é que o investidor está
ganhando; O mais comum, entretanto, é a reversão de posição do
próprio mercado de opções, quando o prêmio justifica essa operação
do titular. 69
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Neste caso, o lucro ou prejuízo será a diferença entre o prêmio
recebido e o anteriormente pago. O mesmo vale para o lançador. O
titular de uma opção de compra sempre acredita que o preço da ação
irá subir, enquanto o lançador a descoberto acha que vai cair; O titular
de uma opção de venda sempre acredita que o preço de uma ação irá
cair, enquanto o lançador espera que as cotações subam de forma a
não ser exercido;

Na data de vencimento da Opção de Compra: O titular que exercer sua


opção pode vender as ações-objeto à vista no mesmo pregão; O
lançador exercido pode cobrir sua posição, como compra à vista no
mesmo pregão, ou a entrega dos títulos objeto em D+2.

Na data de vencimento da Opção de Venda: O titular que exercer sua


opção pode comprar as ações- objeto à vista no mesmo pregão; O
lançador exercido pode vender as ações adquiridas ao titular, no
mesmo pregão. Quando a Bolsa autoriza a negociação de uma série de
opções de compra, ela, em geral, fixa o preço do exercício acima do
atual do mercado à vista; Em função desses dois preços e do prazo
que existe até o vencimento, o mercado determinará o valor do prêmio;
Existe um modelo matemático, conhecido como Black & Scholes, que
procura determinar o preço justo do valor do prêmio de uma
determinada opção incluindo na avaliaçãotambém taxa de juros de
mercado e a volatilidade da ação-objeto. Em uma opção de venda, o
preço de exercício será fixado abaixo do mercado quando da abertura
de negociação da Série.
 

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O que vai determinar a oscilação do valor do prêmio de uma opção de
compra será: A variação do preço de mercado da ação-objeto; A
Expectativa de valorização ou desvalorização da ação-objeto; A
volatilidade do preço da ação-objeto; O prazo a decorrer até o
vencimento da opção; A oscilação da taxa de juros de mercado. O
titular de uma opção pede no máximo o valor investido no prêmio
(perda determinada); Se levar a posição ao vencimento, ganha o
diferencial entre o preço de mercado e o preço de exercício, menos o
valor do prêmio (ganho ilimitado). Se reverter a posição, ganha a
diferença entre os valores dos prêmios de compra e de venda (ganho
ilimitado). O lançador de uma opção de compra ganha um prêmio e
assume a possibilidade de vender a ação ao titular da opção. 

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Capítulo 28

IMPOSTO DE RENDA

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IMPOSTO DE RENDA

O imposto de renda deve ser pago até o último dia útil do mês seguinte
ao do ganho; Alíquota de 20% no caso de operações day-trade e de
15% nas demais hipóteses. Todas essas operações, exceto as de day-
trade que permanecem tributadas, na fonte pela alíquota de 1%,
sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte, à alíquota de
0,005% sobre os seguintes valores: Nos mercados à vista, o valor da
alienação, nas operações com ações, ouro ativo financeiro e outros
valores mobiliários neles negociado; Nos mercados de opções, o
resultado, se positivo, da soma algébrica dos prêmios pagos e
recebidos no mesmo dia; Nos mercados futuros, a soma algébrica dos
ajustes diários, se positiva, apurada por ocasião do encerramento da
posição, antecipadamente ou no seu vencimento; Nos contratos a
termo, quando houver a previsão de entrega do ativo-objeto na data do
seu vencimento, a diferença, se positiva, entre o preço a termo e o
preço à vista na data da contratação e com liquidação exclusivamente
financeira estiver previsto no contrato.

Não estão sujeitas à incidência do imposto de renda na fonte, à


alíquota de 0, 005%: As operações de exercício de opção; As
operações realizadas no mercado de balcão, com intermediação, tendo
por objeto ações, ouro ativo financeiro e outros valores mobiliários,
bem como as operações realizadas em mercados de liquidação futura
fora da Bolsa.  

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Além disso, o valor do imposto retido na fonte poderá ser:
Deduzido sobre ganhos líquidos de capital apurados no mês;
Compensado com o imposto incidente sobre ganhos de capital
apurados nos meses subseqüentes; Compensando na declaração de
ajustes se, após as deduções anteriores, houver saldo de imposto
retido; Compensado com o imposto devido sobre o ganho de capital na
alienação de ações.
Estão isentos do imposto de renda sobre o ganho de capital os ganhos
líquidos auferidos por pessoa física em operações no mercado à vista
de ações e em operações com ouro financeiro, cujo valor das
alienações, realizadas em cada mês, seja igual ou inferior a R$
20.000,00, para o conjunto de ações e para o ouro financeiro; A partir de
01/01/2000, a Instrução Normativa 161 da SRF regulamentou parte da
MP 2.005 que isentou os investidores estrangeiros individuais – pessoas
físicas e jurídicas – do pagamento de IR em suas operações em Bolsa;
Os ganhos líquidos são apurados em períodos mensais e pagos até o
último dia útil do mês subseqüente ao da apuração, através de DARF
específico, de código 6015 (art. 23, IN 25/01). Essas apurações devem
ser realizadas para cada ativo isoladamente, e as respectivas memórias
de cálculo devem ser conservadas por um prazo mínimo de 5 anos,
porém o recolhimento poderá ser feito por um único DARF. A
responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto de
renda incidente sobre os ganhos líquidos é do contribuinte.

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DARF

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