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06/03/2018 Biomecânica dos desvios posturais e como corrigi-los

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Biomecânica dos desvios posturais e
como corrigi-los
 14 de julho de 2017  Janaína Cintas  Avaliação Postural, Biomecânica

Existe um primeiro passo a ser tomado antes de conseguirmos entender os desvios posturais.
Antes de tudo, o pro ssional do movimento deve compreender e dominar plenamente as
disciplinas de Anatomia e Biomecânica.

Digo isso porque o estudo dos dados anatômicos e biomecânicos é essencial para que os
pro ssionais possam traçar suas condutas e suas lógicas ao entender as três leis que regem o
corpo.

Isto visto, nesse texto abordarei somente os desvios posturais no plano sagital, sendo esses
principais desvios:

Hiperlordose lombar

Reti cação Lombar

Hipercifose torácica

Reti cação ou Inversão da Curvatura Toracica

Hiperlordose cervical

Reti cação Cervical

Importância da biomecânica

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A anatomia humana é a parte da biologia voltada para o estudo da forma e estrutura do organismo
humano. Ela tornou-se a disciplina base para os cursos da área do movimento, contendo muitas
vezes sua história confundida com o próprio surgimento da medicina.

A Biomecânica é um estudo de forças que atuam pelo corpo humano, e ela pode ser considerada
como uma parte inerente ao movimento, pois todo movimento é um efeito mecânico (físico).

Sempre que uma força diretamente ou indiretamente atua sobre o corpo humano, esses princípios
físicos estarão envolvidos. Logo, este estudo é fundamental para a compreensão de situações
estáticas e dinâmicas do movimento corporal, seja ele patológico ou são.

Por razões didáticas, primeiro discutiremos a anatomia e biomecânica, visto que muitos
pro ssionais preferem estudar protocolos de atendimentos prontos. Aqui quero convencê-los a
serem críticos, a terem boas bases de discussão e análise diante de um caso. Para tanto não é
possível negligenciarmos a anatomia e a biomecânica.

Costumo dizer que a sioterapia é feita de detalhes, e a resposta para o caso de que está diante
com certeza estará nos conceitos anatômicos e/ou biomecânicos.

É necessário que se compreenda todas soluções engenhosas adotadas pela biomecânica para que
o nosso corpo obedeça a três leis responsáveis pelos esquemas de comprometimentos funcionais
de um organismo:

Lei do Equilíbrio
Em nossa siologia, o equilíbrio corporal, em toda sua dimensão corporal (parietal, visceral,
hemodinâmica e neurológico) é sempre prioridade e as soluções.

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Lei do Conforto 
O funcionamento de um corpo são e siológico é sempre confortável. Já o comportamento de um
corpo não siológico estará sempre em busca da conservação do equilíbrio, tendo como prioridade
a ausência de dor.

Necessitamos ver o indivíduo através de seu corpo siológico ou adoecido, descobrindo o que ele
acoberta e quais compensações esconde. Isso só será possível através de muita dedicação e de
estudos.

Lei da Economia

Esse corpo fará tudo para não sofrer, mesmo que esse esquema adaptativo comprometa a nossa
mobilidade, levando a um desgaste excessivo de energia, e deformações corporais posteriormente.

Entendendo essas três leis, os esquemas de comprometimentos funcionais de um organismo


tornam-se lógicos, e principalmente nos atentarmos para a retroalimentação dessas três leis.

Coluna Vertebral
A coluna vertebral é formada por trinta e três vértebras que se articulam entre si, sendo:

Sete cervicais;

Doze torácicas;

Cinco lombares;

Cinco sacrais fundidas

Três a quatro coccígeas.

A coluna vertebral também se articula com a base do crânio, das costelas e dos ilíacos. As costelas,
por sua vez se articulam com a escápula posteriormente e com o esterno/ clavícula anteriormente.
Já a coluna lombar se articula com a pelve inferiormente.

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A estabilidade das vértebras é dada pelos músculos, ao contrário do que pensávamos que eram os
ligamentos responsáveis pelas estabilidades das vértebras. Eles somente direcionam os
movimentos produzidos e protegem as vértebras de movimentos bruscos ou de forças excessivas
aplicadas a coluna.

Os músculos, sobretudo com suas fáscias extremamente potentes, são os grandes responsáveis
pela proteção do eixo raquidiano. As vértebras, estruturas xas, são justapostas e suas ligações se
dão pelas articulações interapo sárias, que servem como guias para os movimentos.

Entre as vértebras existe o disco intervertebral. Juntos articulações e discos são as estruturas
responsáveis pela mobilidade da coluna. São eles, em conjunto, os grandes responsáveis pela
mobilidade articular, e principalmente pelas distribuições de forças realizadas na coluna vertebral
durante os movimentos.

Logo entendemos o porquê dessas estruturas serem tão agredidas em nossas colunas. Mais
adiante detalharemos melhor o disco intervertebral.

Existe uma vértebra padrão, mas elas sofrem pequenas modi cações de acordo com o nível da
coluna em que se encontram e as especi cidades de todos os segmentos da coluna vertebral, que
são diferentes.

Funções da coluna

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A coluna é o eixo corporal e constitui um complexo importante de ligação entre as duas cinturas: a
escapular e a pélvica. Durante sua função estática a coluna é simétrica e perpendicular às duas
cinturas.

Ainda na estática, o qual se tem forças sem movimento, uma coluna saudável terá seus ligamentos
e tensores musculares equilibrados, relaxados, só funcionando para manter o equilíbrio estático
diante do movimento oscilatório do tronco quando estamos em pé.

Como exemplo, contraindo-se, e logo em seguida relaxando, imediatamente o equilíbrio será


reestabelecido. Se os músculos não puderem relaxar após a contração exercida para o reequilíbrio,
ele adoecerá.

Já exercendo sua função cinética, qualquer movimento ocorrido entre as duas cinturas gerará uma
regulação automática de tônus dos músculos estabilizadores do tronco e um complexo sistema de
compensação postural. Isso gera deslocamentos gravitacionais importantes, surgindo assim
qualquer encurtamento, fraqueza muscular ou alterações posturais signi cativas.

A coluna vertebral sofre constantemente um dilema contraditório que é o de ser rígida o su ciente
para ter um e ciente suporte da compressão axial (exercida pela força gravitacional), sem perder a
mobilidade para que os movimentos sejam produzidos de forma organizada.

Para que isso ocorra a coluna tem que manter equilibrada suas três funções: a estática, (exercida
pelos corpos e discos vertebrais, principalmente pelas fáscias) musculares, a cinética (feita pelos
músculos) e a de proteção (efetuada pelo canal vertebral.)

A manutenção equilibrada da postura estática e um controle dinâmico adequado são condições


fundamentais para nosso corpo responder de maneira e ciente às demandas impostas.
Conceitualmente, estabilidade pode ser de nida como a habilidade da articulação retornar ao eu

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estado original, após sofrer uma perturbação. Ou ainda, sicamente é a rigidez X a mobilidade
desse corpo físico. 

Estabilidade da coluna

A estabilidade articular da coluna vertebral, diz que o sistema de estabilização da mesma incorpora
três subsistemas: passivo, ativo e neural. O subsistema passivo, composto pelas estruturas ósseas,
articulares e ligamentares, contribui para o controle próximo ao nal da amplitude articular, onde
desenvolve forças reativas que resistem ao movimento.

Entretanto, em torno da posição neutra da articulação, ele não oferece nenhum suporte
estabilizador signi cativo. O subsistema ativo contempla as estruturas musculares quando
desempenhando suas funções contráteis.

Este, diferentemente do primeiro, atua na obtenção mecânica da estabilidade mesmo a partir da


posição neutra, pois é capaz de modular sua resistência ao longo de toda amplitude de movimento.
O terceiro subsistema, o neural, é aquele que monitora e regula de forma contínua as forças ao
redor da articulação.

Devido ao comportamento não linear das estruturas ligamentares, em torno da posição articular
neutra, encontra-se uma região de elevada frouxidão, ou baixa rigidez. Essa região, a zona neutra,
permite que os deslocamentos ocorram com o mínimo de resistência interna das estruturas
passivas.

Lesões nos subsistemas passivo e/ou ativo levam a aumentos não siológicos na amplitude da zona
neutra. Por outro lado, a atividade muscular é capaz de minimizá-las e mesmo restaurar os limites
siológicos após lesão ou degeneração das estruturas passivas, o que representa papel
fundamental na busca da estabilidade.
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Estabilidade da coluna e desvios posturais 

A compreensão dos mecanismos cinesiopatológicos, que envolvem o desenvolvimento das


disfunções musculoesqueléticas, é fundamental para a de nição de estratégias para sua prevenção
e tratamento.

Por esse motivo, busca-se o entendimento das instabilidades articulares apontada como risco para
potenciais lesões teciduais, e componente básico de inúmeros processos degenerativos e álgicos.

Entre as vértebras existe uma alternância entre cifoses (ligadas à proteção) e lordoses (ligadas à
mobilidade). Por este motivo entendemos o porquê das frentes das lordoses sempre possuírem
músculos longos e potentes, como é o caso dos exores do pescoço e do reto abdominal.
Enquanto que a frente das cifoses encontrarmos músculos chatos e profundos, como exemplo o
Serrátil Anterior, que é ligado a função de manutenção postural. Logo as cifoses com sua pouca
mobilidade se tornam pontos xos para os movimentos realizados pelas cadeias musculares
lordóticas.

Num plano sagital, observamos a cifose cervical (protegendo o cérebro), a cifose torácica
(protegendo os pulmões e coração), e uma curvatura sacral côncava (protegendo os órgãos da
pelve menor).

A presença dessas curvaturas aumenta de forma considerável a capacidade de resistência às


pressões axiais sofridas pelo eixo raquidiano a partir do momento que estamos expostos a força
gravitacional (descendente), a forca do peso normal e a força solo (ascendente). Quanto mais
reti cada uma coluna, mais precário será o equilíbrio desse indivíduo.

Classi ca-se quanto às curvaturas vertebrais


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Quanto mais reti cada (retilínea) forem as curvaturas, de ne-se como uma coluna do tipo funcional
estática. Já colunas com maiores curvaturas vertebrais são classi cadas como do tipo funcional 
dinâmica. Além disso, quanto mais acentuadas forem as curvaturas mais mobilidade e quanto
menos acentuada maior rigidez.

O recém-nascido apresenta somente uma curvatura corporal que é realizada por um padrão de
exão global (adequação ao útero materno). Logo após o nascimento, a força gravitacional sempre
contínua, obriga o bebê a realizar uma inversão de algumas dessas curvaturas para se movimentar.
À medida que seus re exos inatos vão sendo sobrepostos pelo controle de movimento essas
curvaturas começam a se formar.

A primeira delas é a lordose cervical, já que o desenvolvimento neuro-psico motor é céfalo-caudal e


próximo distal, nada mais lógico que o primeiro segmento corporal que o bebê consiga controlar é
o segmento cervical, suportando e regulando os movimentos da cabeça, invertendo assim a
curvatura cervical para uma lordose chamada de primeira curva secundária.

A segunda curva secundária é formada quando a criança passa da posição de quadrúpede para
bípede e é chamada de lordose lombar. As curvaturas secundárias são mais exíveis, em
contrapartida mais frágeis.

O mesmo mecanismo de inversão das curvaturas vertebrais ocorreu durante a logênese, quando
assumimos a postura bípede. Quando o ser humano assumiu a bipedestação, houve uma
reti cação da coluna lombar seguida de uma inversão da curvatura (lordose lombar).

Isso ocorreu para que houvesse uma extensão do tronco, gerando a manutenção da
horizontalidade do olhar e das orelhas internas (para que o labirinto ligado à orientação espacial
realizasse seu importante papel junto ao equilíbrio).

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Essa mudança na curvatura lombar provocou toda uma nova distribuição da força gravitacional.
Esse papel foi assumido pela pelve, que de acordo com sua retroversão ou ante versão, anterioriza 
ou posterioriza o Centro Gravitacional do ser humano, permitindo assim a eretabilidade.

Por consequência, a pelve foi submetida a adaptações ao estresse promovido pelo aumento da
pressão intra-abdominal e pela força da gravidade que passaram a incidir sobre o seu eixo vertical.

Isso resultou em uma mudança signi cativa do arco pélvico ósseo, com aumento da resistência dos
ossos ilíacos e púbico. Ocorrendo, concomitantemente, o espessamento dos ligamentos que
servem de suporte à inserção dos músculos mais desenvolvidos.

Na parte inferior da coluna se situa a pelve, formada pelo sacro e os ilíacos, o que é comumente
chamado de cíngulo inferior, pois é o elo dos membros inferiores com o tronco.

A pelve
A característica desse conjunto de articulações é a de possuir muita estabilidade e um sistema de
autobloqueio, extremamente importante. A pelve é capaz de realizar micro movimentos, porém
jamais pode perder sua continuidade abaulada. Esse cíngulo se une ao tronco através da
articulação lombossacral.

É na pelve também que duas forças contrárias de grande importância se anulam: a força do Peso
Normal que é a nossa massa corporal e a força Solo. Sempre que observar alguma patologia
musculoesquelética na coluna vertebral deve-se antes pesquisar se há um bom posicionamento da
pelve, por ser ela a grande distribuidora dessas forças.

Na articulação lombo sacral, o corpo e o disco de LV são mais altos na região anterior. A base do
sacro possui uma discreta inclinação anterior, quando na sua posição estática, a força gravitacional
se divide em duas na quinta vértebra lombar.

Uma delas descendente pelo corpo vertebral em direção ao solo e a outra se aplica anteriormente
sobre a base do sacro, então quanto mais horizontalizado se encontrar o sacro essa força pode
estar aumentada em muitas vezes, tracionando a lombar anteriormente.

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Na coluna torácica é possível a realização de todos os movimentos, porém numa menor amplitude
de movimento, a limitação é dada pela caixa torácica, a qual é diminuída entre TI e T VII, onde estão
xadas as escápulas e costelas, formando um arco costal junto ao esterno anteriormente. Entre TXI
e TXII não existe ligação com o esterno, pois nessa região a mobilidade é signi cativa.

O papel da respiração
Pela respiração responsável pelo aporte de oxigênio necessário, para que o músculo exerça seu
trabalho, não podemos deixar de citar o importante papel exercido pela respiração correta na
manutenção da postura.

O músculo diafragma é responsável pelo aumento e diminuição da pressão intratorácica durante o


processo respiratório, isso nada teria a ver com a coluna senão pelo fato do diafragma cortar o
tronco logo abaixo das costelas e ter seus pilares inseridos nas vértebras lombares.

Pode-se a rmar então que numa respiração limitada, que impede o diafragma de imprimir todo
seu curso de contração, teremos o encurtamento dos pilares inseridos na coluna lombar. Essa
limitação do diafragma tem como efeito uma tração anterior das vértebras lombares.

Tal tração favorece o aumento da lordose lombar, além de provocar um aumento de tônus e da
tensão de toda musculatura inspiratória acessória como:

Escalenos;

ECOM;

Elevador da escápula;

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Trapézio superior.

Aumentando, por exemplo, a propensão já existente no ser humano da elevação dos ombros.

Não teremos também uma diferença de pressão para a entrada e saída do ar e caz para o bom
funcionamento do estômago, intestinos, entre outros órgãos, pois perdemos a e cácia da
massagem efetuada sobre esses órgãos.

Quando solicitamos o diafragma durante o tratamento e em todo trabalho muscular a ênfase na


expiração é a fase mais difícil do exercício. É preciso fazê-lo sem colocar o reto abdominal e demais
músculos super ciais do abdômen em contração excessiva para que não haja reti cação da pelve.

Ou seja, devemos tentar ao máximo manter o quadril em posição neutra, sem reti cação da pelve,
mas também sem permitir que a lombar trabalhe em relaxamento favorecendo a hiperlordose.

A todo momento essa respiração deve se dar na forma de sucção, trazendo a parede abdominal
em direção a lombar, mas também em direção cefálica (respiração aspirativa). Seja a respiração
feita predominantemente pelo ápice ou pela base pulmonar. Posteriormente discutiremos mais
profundamente o Diafragma.

Como acontecem os movimentos da coluna

Todo esse conjunto mecânico citado anteriormente é mantido por um complexo sistema muscular
e para começarmos a discutir os movimentos, não podemos deixar de citar que os mesmos
acontecem do centro para as extremidades.

Hoje sabemos que antes de iniciarmos qualquer movimento, seja ele dos membros superiores ou
dos inferiores, os músculos estabilizadores de tronco se contraem de 3 a 5 milisegundos antes. A

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contração acontece para garantir a qualidade e a estabilidade do movimento que ocorrerá nas
extremidades. 
Então, nada mais indiscutível que darmos suma importância ao Powerhouse do Pilates, ao Core do
Treinamento Funcional, ou simplesmente aos músculos responsáveis pela manutenção postural.
Serão eles os grandes responsáveis pela e ciência de toda nossa mobilidade.

Musculaturas envolvidas

Porém, temos uma tarefa inglória se seguirmos essa linha de pensamento, pois dando ênfase ao
Powerhouse aumentamos a pressão intra-abdominal, enquanto no caso de negligenciarmos esses
músculos estaremos sem estabilidade e proteção su ciente na coluna para as tarefas mais
cotidianas.

O transverso do abdômen é o grande responsável pela manutenção tônica da coluna e talvez o


músculo mais estudado hoje em dia pela disposição de suas bras. Pelo fato da coluna lombar não
possuir nenhum músculo eretor, o transverso abdômen, junto com o diafragma, o multifídeo e os
músculos do assoalho pélvico se tornam os grandes responsáveis pela manutenção tônica postural
sendo também responsáveis pelo aumento da pressão intracavitária (PIA).

Como os músculos abdominais possuem relevância na estabilização da região lombo pélvica, a


diminuição da atividade desses músculos faz com que a exão do quadril seja realizada sem a
estabilidade necessária.

O movimento realizado sem tal estabilidade permite que o músculo Psoas exerça tração sobre o
aspecto anterior das vértebras lombares, levando assim a uma anteversão pélvica e um aumento
da lordose lombar.

O multifídeo é o grande responsável pela proteção das vértebras durante todos os movimentos
realizados pela coluna. Aquela dor referida sentida pelo indivíduo portador de lombalgia nos
processos espinhosos é invariavelmente confundida com o multifídeo, que estará álgico e
hipotro ado no primeiro episódio de dor lombar.

O multifídeo se encontra abaixo do semi espinhal e do eretor da espinha na goteira, entre os


processos espinhosos e transversos das vértebras. Em todos os níveis, sua ação é produzir rotação,
bem como extensão e exão lateral da coluna em todos os níveis possuindo também um
importante papel de estabilizador vertebral.

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O assoalho pélvico é de nido como o conjunto de estruturas que fornece suporte as vísceras
pélvicas e abdominais, fechando a pelve inferiormente. Os músculos do assoalho pélvico são 
responsáveis pela sustentação das vísceras e fecham o quadrado de sustentação da coluna, tendo
como sua principal função manter a pelve em fechamento, ou seja, não permitir a horizontalização
do sacro.

Os músculos pélvicos são compostos por bras tônicas (tipo I) e fásicas (tipo II). Com uma maior
proporção de tônicas, o tipo de bra muscular é determinado pela bra nervosa responsável por
sua inervação.

As bras tipo I, de oxidação lenta, exercem a atividade muscular sustentada, enquanto as fásicas e
glicolíticas estão envolvidas em atividades de disparo rápido. Uma contração errônea feita por
esses músculos podem ser causas de lesões.

O músculo do Assoalho Pélvico é constituído por três camadas musculares. A camada super cial é
composta pelos músculos bulboesponjoso, isquiocavernoso, transverso super cial do períneo e
esfíncter anal externo.

A intermediária é composta pelo transverso profundo do períneo, compressor da uretra e esfíncter


uretrovaginal. Essas duas camadas compõem o diafragma urogenital.

A camada profunda, conhecida como diafragma pélvico, é formada pelos músculos levantadores ou
elevadores do ânus: pubococcígeo ou pubovisceral, que compreende o pubovaginal, o
puboperineal, o puboanal puborretal e ileococcígeo. Além destes, compondo ainda a camada
profunda, existe o isquiococcígeo ou coccígeo.

A contração dessa musculatura tem que estar corretamente ativada para que a região lombar que
estabilizada, porém como é uma musculatura tônica, sua contração tem que ser intermediária e
contínua sem realizar movimentos rápidos e fortes para que ela não fadigue.

A ativação dessa musculatura gera uma co-contração do transverso do abdômen, através do


Re exo de Guardião. A contração dos músculos do Assoalho Pélvico gera uma “tendência” à
abertura discreta dos ilíacos.

Já a contração incorreta desses músculos deixaria a coluna lombar baixa e a coluna sacral sem
nenhuma proteção muscular no momento do exercício porque resulta na contração da
musculatura super cial e na falta de estabilização da lombar, juntamente com a protrusão
abdominal.

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Todo esse conjunto favorece o aparecimento de incontinência urinária, conhecida como fugas,
hemorroidas, re uxos, hérnias abdominais e vertebrais pelo excessivo aumento da pressão 
abdominal.

Hiperlordose Lombar

Caracterizada pelo aumento excessivo da curvatura lombar, a ante versão da pelve é feita pela ação
dos músculos: quadrado lombar, reto femoral e iliopsoas.

Quadrado Lombar: aproximam a pelve das últimas arcadas costais, lordosando a lombar em
L3, tendo como base de seu centro.

A lordose alta que encontramos acima de L3 resulta na elevação do tórax em sua parte anterior,
levando ao seu recuo em extensão. Já a tensão excessiva do quadrado lombar abaixo de L3 leva a
ante versão pélvica horizontalizando o sacro.

Reto femoral: provocam a ante versão pélvica pela rotação anterior dos ilíacos. Em ação
conjunta com os quadrados lombares acionam de forma mais severa a patela, empurrando-a
de encontro aos ossos do joelho, obrigando os joelhos ao recurvatum.

Logo, ca fácil concluir que um problema mecânico no joelho, pode ter origem no excesso de
tensão dos retos femorais trabalhando erroneamente em dupla com o quadrado lombar.

Iliopsoas: têm sua origem em T12 e seguem em sua linha de tração até L5, possuem dois
feixes: um que se encerra nos bordos sacrais superiores e o outro feixe segue internamente
pelas fossas ilíacas.

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O aumento da Lordose causada pelo Iliopsoas será notada e encontrada na articulação lombo
sacra, portanto encontraremos no Teste de Flexão em Pé (TFP) uma depressão lombo sacra, mais 
comum do que imaginamos.

Reti cação Lombar

Caracterizada pelo apagamento da curvatura lombar, a retroversão da pelve é realizada pelos: retos
do abdômen, músculos do períneo, isquiotibiais e Psoas.

Retos do abdômen: realizam a aproximação do esterno ao púbis.

Músculos perineais: são responsáveis pela aproximação do sacro ao púbis.

Isquiotibiais: em ação conjunta com os retos do abdômen geram uma posteriorização ilíaca.

Psoas: caso estejam contraturados serão músculos cifosantes.

Hipercifose Torácica

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Observada atrás do aumento da curvatura torácica sendo gerada por esquemas corporais
adaptativos extremamente inteligentes, envolvendo músculos, padrão respiratório, além de fatores 
comportamentais.

Os fatores comportamentais são gerados pela timidez e introspecção na adolescência.

O problema respiratório se dá quando o diafragma, por algum motivo se posiciona e xa-se


em padrões altos de funcionamento expiratório.

Seu posicionamento coloca o reto abdominal e os intercostais médios em ação máxima de tensão,
gerando o afundamento do esterno, e o abaulamento da curva torácica posteriormente, pela
aproximação feita do esterno ao púbis.

A ação do peitoral menor trará os ombros em enrolamento, e num esquema máximo de


compensação, os músculos romboides, subescapulares, e trapézio não terão condições de resistir
a essa forca anterior. Sendo assim, a escápula sucumbirá se alando, tornando-se a partir daí
impossível o endireitamento da curvatura torácica, pois as escapulas estarão descoladas do gradil
costal.

Reti cação Torácica

Caracteriza-se pelo apagamento, ou por vezes, até a inversão da curvatura torácica, isto porque as
técnicas vigentes até o momento são extremamente reti cadoras, e até pelo mito gerado por
nossas mães e avós de que devemos manter a coluna ereta.

A reti cação torácica se dá por uma lógica contrária à hipercifose torácica, com o fechamento do
tórax trabalhando em inspiração, posição baixa do diafragma, tracionado o tórax para o alto e para
frente em um movimento de rotação das vértebras torácicas em extensão, devido aos pilares de

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inserção diafragmática baixa, tornando os músculos romboides, trapézio e subescapulares tensos,


para manter esse padrão de compensação. 

Hiperlordose cervical

A hiperlordose cervical, aumento da curvatura lordótica cervical, está intimamente ligada à


alteração cifótica da coluna torácica, pois continuando a coerência do aumento da curvatura
torácica, a coluna cervical pode sofrer lordose sob a ação dos escalenos que estarão sendo
tracionados em seu ponto xo anterior para baixo. A cabeça, por sua vez, colocar-se-á em extensão
e anteriorizada, pela tensão excessiva dos músculos esternocleidomastoideos.

Reti cação Cervical


É onde encontraremos o apagamento da curvatura lordótica da coluna cervical, e por mais incrível
que essa compensação possa lhe parecer, está intimamente ligada à pelve.

A compensação está gerada pela retração do iliopsoas, neste caso a pelve não pode mais se
retroverter colocando em inclinação anterior a coluna lombar. A lordose diafragmática colocará as
colunas dorsais e cervicais em reti cação para manter o ortostatismo do indivíduo.

Conclusão
Por todo conteúdo descrito neste texto, coloco mais uma vez, a necessidade do entendimento do
corpo como um todo, único e indissociável.

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Com o conhecimento da biomecânica da coluna vertebral e como o corpo cria seus desvios,
conseguimos melhorar nosso atendimento ao paciente. Você deverá sempre lembrar que esses 
desvios surgiram para responder às três leis do conforto, equilíbrio e da economia.

O que você achou dessas informações? Se quiser continuar aprendendo e melhorar ainda mais o
tratamento dos seus pacientes, recomendo meu artigo sobre avaliações posturais. É só clicar no
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