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metodologia da
pesquasa cientíÍica
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Título do original argentino:
METODOLOGÍA DE LA INVESTIGACIÓN
1.! Ediçâo
í.4 lmpÍessâo março de 1973
2.8 impÍessâo
- outubro de 1974
-
Capa:
Roberto Miguons
Pleneiamonto GráÍico
MaÍie Laís Fotl Llma
PRIMEIRA PARTE
SEGUNDA PARTE
A rNrcrAÇÃo NA PESQUTSA
Oproblemaeotema 97
. Ver o problema 97
Compreender o tema 98
Escolher o. tema 100
Originalidade 102
O plano de investigação 106
Oqueéoplano? 106
Tipos de planos 108
Alguns exemplos 110
lnformação bibliográÍica 115
As fontes 115
A busca metódica 118
A técnica das fichas 120
Análise e crÍtica da documentação bibliográflca 126
Uso da filosofia, da ciência e da literatura 127
Realização da pesquisa 131
O experimento cientÍfico 131
A veriÍicaçáo das hipóteses 134
O uso do raciocínio no desenvolvimento e na solução
do problema 139
A construÇâo da teoria cientíÍica 145
A teoria dos modelos 150
SigniÍicação, valor e limites do uso dos modelos na
pesquisa 155
TERCEIRA PARTE
PREPARAÇÃO DA MONOGRAFIA
OS MÉTODOS ATUAIS
DE PESOUISA
A ?ESQU|SA E SEUS MÉTODOS
O que é perquiro
O sigpificado da palavra "pesquisa" não parecc ser múto claro
ou, pclo menos, não é unívoco, já que, desde o presidente da Gc-
neral Motors até os membros da Phi Delta Kappa Fraternity,
tentaram defini-la. Anos atrás (em 1929), foÍam propostas quatro
definições da palavra "pesquisa" para que vários estudiosos esco
lhessem uma delas. O resultado foi que as quatro definições tiveram
voto§, e, inclusive, houve quem considerasse o conceito de pesquisa
como indefinível.
Talvez devêssemos começar por pergutrtar a nós mesmos: o
@t Einstein disse, certa vez, que a
ciência consiste em criar teorias "Ideamos uma teoria a s ouha"
j disse 3's
e ue eitamos com o",
-
A compreens para Einstein, se alcança, quando o8 o§
fenômenos, por um processo lógico, a algo já conhecido ou (na
aparência) evideltç"2
Ar ciêncior e o iny6ligsç5s
Na atualidade, há um acordo bastante generalizado no sentido
de aceitar a divisão das ciências em dois grupo§: a) formais; b) fá-
ticas. A classificação se baseia na natureza de seus objetos, métodos
e crítérios de verdade.
Os objetos das ciências formais são ideais, seu método é a
drdução, e seu critério de verdade é a consistência ou não contra-
dição de seus enunciados. Todos os seus enunciados são analíticos.
isto é, deduzidos de postulados ou teoremas.
Os objetos das ciências fáticas são materiais, scu método é
a obaervação e a experimentação (e, em segundo lugar, também a
dedução) e seu critério de verdade é a verificação. Os enunciados
das ciências fáticas são predominantemente sintéticos, cmbora haja
também enunciados analíticos.
Toda classificação é convencional; além disso, como supõe
um ponto de partida rpstritivo a dicotornia das ciências deve
cnfrentar o problema da ubiquaçâo- -, da
das denominadas ciências
cultura. À medida que estas cumprem as exigênciâs que supõe a
tcoria das ciências positivas, são incluídas eur ume ou outra classe"
 tendência predominante consiste em incluí-las no grupo de ciên*
cias fáücas.
A nosso ver, esta classificação é extremamente esquemática e
impüca "ma atitude préüa de caráter doutrinário, conãenando as
ciêacias da cultura a uma contínua oscilação entre o grupo das ciên-
cias fáticas e das formais, como o prova a história da ciência. Com
A pesquiro no fírico
l0 Sttvs, Htns, Thc rctt of lifc, Londro, Longmans, Grcen and Co., 1957.
(Há tradução pera o espanhol.)
22 Os Método§ Atuals de Pesquisa
fora dos objetivos deste üvro. Mais inrteressante será destacar al-
gumas reflexões do próprio Selye sobre a investigação científicarr.
Muita gente está convencida segundo Selye de que, para
pesqüsar, requerem-se grandes somas- de dinheiro, laboraórios
- mo-
dernos, equipados com máquinac complexas e caras, e eqúpes de
ajudantes bem treinados. A descoberta do síndrome geral àe adap
taçãq que constitui o fundamento da teoria do sÍress, não necessitóu
de laboratórios luxuosos. O único ..labora.tório" de Selyr, nessa época,
estava integrado poÍ umas tesouras (para abrir as Íatazanas, r uma
sslinga (para as injeções ) e nm ajuãante. É verdade qoe há um
ingrediente sem o qual não há investigação científica possível: o
talento.
A perquLo no rnedicino
_ 12
Inc.,
HBurrr, C. G,, Ph otopluy oÍ narural rcienccs, Nova Iorque, prentice-llall
Englewood CliÍír, 1966.
24 0a Métodos Atusls ile Pesqutua
minúa de intensidade !a scgr. {a sala da materoidade do hospital
e b)como expücar rrm6 sçfl6 cp^- 3mica quc se verifica em um hos-
pital e se apresetrta excepciooalmente na vizinha cidade de Viena
Uma verdadeira epidemia não pode ser seletiva, Das total.
2) Outra bpinião era que a mortalidade cra causada pelo aglo-
merado das mães na maternidade; hipótese contrariada pelos fatos,
uma vez que na segunda sala havia muito mais mulheres (pelo temor
que s primeiÍa inspirava, com sua elevada mortandadc).
3) Uma terceira opinião também rejeitada por Semmelweis,
por ser contÍária aos fatos - atribuía a catástrofe a diferenças na
dieta ou na âtenção médica.-
4) Uma comissão médica encarregada de estudar o fenômeno
atribuiu-o às feridas causadas pelo exame realizado nas parturientes
por estudantes imperitos. Semmelweis observou: a) que as feridas
naturais conseqüentes do parto eram mais extensas que aquelas que
um exame rude ou mais ou menos inábil podia provocar; b) que as
parteiras que examinavam as pacientes na segunda sala realizavanr
as rtresmas manobras que os estudantes da primeira, mas sem que
se produassem os mesmos resultados, e c) quando se reduziu o
número de estudantes à metade por rêcomendação da citada co-
missão e sua intervenção na- maternidade foi mínima, a morta-
-
lidade alcançou níveis mais elevados que antes.
5 ) Não faltaram as hipóteses psicológicas, como a que atribuía
a elevada percentagem da febre puerperal à passagem "terrorÍfica
e debiütante" (sic) de um sacerdote que percorria a maternidade,
precedido de um ajudante que fazia soaÍ uma campainha, para mi-
nistrar os últimos sacramentos a uma mulher agonizante. O sacerdote
cnzÀya apenas a primeira sala da maternidade. Para submeter à
prova mais esta hipótese, Semmelweis pediu ao sacerdote que mu-
dasse seu percurso, de modo que não cnrzasse a sala onde se- re-
gistrava o àlto percentual de enfermas: nem poÍ isso a mortalidade
dec,resceu.
6) Alguém sugeriu a Semmelweis uma oova hipótese: as mu-
lheres da primeira sala descansavam sobre a espádua, ao Passo que
as da segunda o faziam de costas. A conseqüente mudança de po-
sição na cama não trouxe modificação alguma nas Percentagens.
A chave decisiva para a solução do problema foi proporcionada
a Serhelweis por um acidente ocorrido com um colega: durante
uma autópsia, um estudante feriu o dedo de um médico com o bis-
turi. Este morreu, após uma agonia em que manifestou os Eresmos
sintomas que caracterizam a febro puerperel. Embora não se co-
nhecesse ainda o papel dos microrganismos nas infecaões, Semmel-
 Peequisa nae Ciênch Fá6oas 26
13 Hw,rx, R., The natstc ol prychohgical inquiea, Novz Jerse;, Prenticc Hall,
Inc., Englcwood Cliffs, 1964. (Há tradução paÍl o português.)
§ Os Métoalc Atuals dc Peqrdsn
obsen ável nos organismos: o coÍrgrtaúento (behoiotttl. A cs-
cola . comportamentista' exclú todo procedimento subjclivo, ba-
ceando as iavesügações na observação objetiva do comportamento.
Reafirmamos aqui o critério exposto anteriormetrte, segundo o
qual toda p§icologia supõe um sistema conceptual e que não existe
metodologia alguma que não o suponha. Esta descoberta foi inde-
pendentenetrte alcançada tam!(la por outros pesqúsadores: Piaget
e Gonseth a denominam "doutrina prévia" ou "filosofia implícita",
respcctivamente.
Na anrflise dos métodos de investigação psicológica (melhor
scria falar de técnicas ) , seguiremos a classificação de Hyman na
obra citada, que distingue: a) métodos natwal&as; b) métodos
üferenciais; c) métodos experimenÍais e d) métodos combindos.
O Eétodo traturalista consiste em observar o compoÉametrto
dos organismos em seu estado natural (daí seu nome), evi.tando ao
máximo toda interferência do ôbservador. A tarefa do pasqúsador
co[siste em observar e registrar o que vê. Na investigação psicolG
gica, costuma+e usaf, uma variaate importante desto método: o mé-
todo clínico. Usado em medicina com fins terapêúicos, serv€ tambéE
como instrumento de.investigação. O método psicanalítico tanto
eo sua fase teÍapêutica como científica - outro
é um bom exemplo;
6 o de Piaget. -
Expücaremos, em primeiro lugar, o método psicanútico para,
em seguida, analisáJo criticamente, üão eB seu aspecto médico (te-
rapêutico), mas como instrumento de investigação psicológica. Ê
oecessário coÍneçaÍ por distinguir a doutrina psicanalítica do método
tcrapêutico e do método de investigação cieotffica, aspectos que, oa
obra de Freud, nem sempre são estritamente diferenciados. fnclusive,
dever-se-ia distinguir um quarto especto cuja análise está fora
doe objetivos deste livro as apücações.-
O método psicanalítico-: (na reúdade uma técnica) como pro
sedimento de iavestigação da personalidade foi criado sobre a baso
da doutrina Aeudinna. Freud começou seu trsbalho psicoterapêuúco
como hipnólogo (haúa sido discípulo de Charcot, na Salpêtriêre).
As experiências de sugestão pós-hipnótica servem-lhe para desco-
brir a atiúdade inconsciente e a função da catarse; mas, ao con-
preender as limitações da hipnose como método terapêutico e sua
natureza necessariamente sintomática, substitui-a primeiro pela su-
gestão em estado de ügflia, depois pelo método psicanaütico.
1
l
30 Os Métodc Aturb de Poaqulsa
fisuldadc Eaior se apres€ntra quando a Íeútêocia do sujeito a cfe-
tusr üvÍcs associagõcs rcfcrcntes a seu soúo não pode ser vcncida.
Ncsscs casos gu€, segundo o próprio Freud são bastante fre-
qiietrtês - ap€nas um recurso; o uso de chaves scmânticas
rêsta
-
univcrsais, cxtraídas do folclore, da etnologia e da história das reli-
giões, A distinta hierarqura dos dois modos de intcrpretação foi
dcstacada tombém por Freud, que ú admitia a segunda quando de
neúum modo era possível usar a primeira.
Tanto a liwe associação como a análise dos sonhos e dos atos
falhos, caso prctendam scr considerados como proccdimentos de
investigação cienúfica, deverão cumprir as exr.gências que condi-
cionam o exercício de outros. métodos de pesqúsa: especificidade,
possibiüdadc de reproduzir as experiências, objetividade e geneÍa-
üdadc dos resultados. As técnicas usadas na psicologia protunda, como
todo aétodo clínico, dificilmente poderiam çrrmprir estas eígên-
cias: o tratamento específico dos "objetos" da investig,ação (os pa-
cicntes) nuoca pode seÍ o mesmo (recorde-se o fato de.que úo bá
cafcrmidade, mas enfermos) ; os dados obtidos na consúta clínica
diÍicilmcntc são reproduáveis (não obstante o uso atual de magEeto.
fones e máquinas de filmar) e a generalização dc informações é
quasc uma ilusãõ.
A objctividade dos experimentos psicológicos no cootexto
doutrinário e metodológico da psicologia profunda - mcnacê um
i pa,rágrafo À paÉc. Em primeiro lugar, o observador (o - psicanalista)
participa oecessariamente da observação, porque forma com o pa-
ci€ntc um mesmo bloco. Por exemplo, à transferência do paciente
o psicanaliste rcspoode npcessariamente com uma contratransferên-
cia. Em uE agradável üwo de Rudner, intitulado A hora de cin-
qllcnta minutos, o psicanalista confessa que, &o tcntar curú o delírio
dc um paciente por meio de uma técnica de participação, e$eve a
ponto de pcrder seu eqúlíbrio meotal. Após expücar a técnica de
invcstigação cornportamentista, voltarcmos à análisc da objetividade
cm psicologia.
Em termos gerais, pode-se afirmar qué o método clínico
como tdo pr@cdimento baseado na observação livre -
apÍesenta
o inconveniente da falta de rigor das observações pclo- caráter ne-
cossaÍiamonte passivo do observador. O método psicanalíticq por
excmplo, depcndc exclusivamente de dados Ípgistrados pelo ouvido
(cm menor medida, os gestos e atitudes do paciente também intcr-
vêm). Os dados audiüvos trão são rcstringidos apcnas por scu carátcr
tcmporal, mas tanbém porque estão submctidos a várias distorsões,
conscicnüec e.inconscientes: a) distorções perceptivas uo EoBeDto
da audição; b) distorções de transcrição; c) distorções da memória.
A Pcsqutra nas Ctêlrcias do lloncn 31
('
A Pcsquisa nas Ciênctas do llomem Bg
)
,t
34 Os Métodos Atusis de Pcsqutsa
A perqutre no rociologio
Em vários livros, o sociólogo Gurvitch insistiu em que, qualquer
que seja a tftnica quc um pesquisador da realidade social utilize,
scus objetos de estudo devcm ser somprc "totaüdades". Seu dMpulo
Gcorgcs Granailo destaca, c@ caráter de priacípio cientffico, a se-
guinte conclusão: qualquer quc seja o aspecto cotrsiderado pclo so-
ciólogo em sua iovcstigação, os fenômenos que se propõe invcstigar
estarão sempre htíEameote ügados a uoidades coleüvas reais, isto é,
a wa realidde grupal. O esquÊciEênto desta relaçíío consta[tc com
a sociedade real encerra um triplo risco quc dcsnaturaliza a pesquisa
sociológica:
a) a separação eÁtre a socicdade e a cultura, que se reflete tanto
no oaturalismo culturalista da etnologia clássica como no formalismo
culturalista dos antÍoÉlogos mdcroo§. Os primeiros isolavam os "fa-
tos culturais" (dos indiúduos), estudaodo-os em si mesmo§' como o
naturalista investiga as espécics naturais. Os c§tólogos contemporeneo§
isolam a cultura couo um todo, considcrando-a um sistcma simbG
lico que pode ser estudado independontcmeote da sociedade real da
qual é uma exprcssão;
t'
 Pesquisa nas Ctênctas do Homem 35
Ar iécnicor eúotírticor
As técnicas estatísticas são empregadas nas ciências sociais
como técnicas de controle e como técnicas de medida. Os procedi-
mentos mais utilizados na pesquisa sociológica baseiam-sc em a.mos-
tragem. Denomina-se ünostta a um conjunto de clemcntoe scle-
cionados e extraídos de uma populaçb com o objetivo de descobrir
alguma característica dessa populaçãoal, e baseandose no postulado
de que as conclusões formuladas sobre a .'n6tra valem tambfu
para a população da qual esta foi extraída.
Não é suficiente extrair e aDalisar uma amostra paÍa alcmçar
_.. 3-5 Mrrrs, Wright, Dor etilot dc iusettigaciut, et la rcciohgía actuaL, p\t_
hlitado em 'Phylosoph-1,_ of
-Science", vol. 20, n.o 4, outubro a. if5:. lrráuçeo
rpartrcular) de J. Â. Napolitano.
56 Os Método§ Atuais tle Pesquisa
teriais cstão restritas a certas esferas, em cujo âmbito têm validcz. por
cxemplq a essência recordação é '"iversal com respeito aoo múl-
tiplos atos de reçsúar, mas sua validez está rpstrita à re$ão psíqiica,
e, em conseqüência, é nma troção fundamental para a ciência psico,
lógica. A essência Íormal identidde, por outro lado, sc apüca a
todos os objetos possíveis ê, por issq é urili"ada em todas as ciências
(rigorosamente na lógica e tra matemática) .
A primazia do conhecimento frlosófico (fenomenológico) sobre
o conhecimcnto cientÍfico baseia-se precisamente na necéssária fun-
dalletrtação do conhecimento científico atravô das essências. Apeoas
a filosofia pode descobrir a priori as categorias de cada regiío do
ser (ontologias regionais ), a partir das quais poder-se-ão cmstruir
então as ciências positivas (a posteriori). A relação ciência eidética-
ciência positiva é assimétrica, porque, da mesma forma que a pri-
meira se constitui sem levar em conta a segunda, esta é uma conse.
qüência da determinação das essências materiais e formais que cor-
responde àquela.
O segundo passo do método fenomenológico e o decisivo, do
ponto de vista científico, é a redução ttonscendentol ou fÊÂometrG
Iógica, em sentido estrito. Este aspccto da fenomcnologia mostra
a difereoça fundamental entre a investig ação cientíÍiil e a iãvestigação
tenoinenológba, porque, enquanto as õiências fátióas partem dos fatos
da- realidade empírica, a fenomenologia, através destê segundo passo
r{utivo, p9,e entre parênteses o mundo inteiro, isto é, frescináe da
eris!|ncia dos objctos reais. Mais ainda, é totalmertc indiferente que
o objeto exisra ou não, o que sipifica uma desvalorização dos faic
( recorde-se que se podem intuir fenomenologicamente túbém
objetos
imaginados inexistentps na realidade empírica exterior ao suieito;.
,18 Vcje.se o livro dc Hcnry Duméry, CÀriqu et digio,\ Pr,À2, SEDES, f957,
ctpccirlmcntc ac páginar l3S-177, A úre de Schder Do *aw rc lorlo;s loi
tteduzide prn o inglôr do origind alcmáo: Or tt. .tt?nd ir ara*, Londrcr, SCM
Prcl Ltd., 1960.
70 Os Mótodos Atuais dc Pcsqulsa
55 Vex orx Brrc, J. H., Motablética, Buenos Aires, Edicionce Cerlqs Lohlé,
l%3, p. ll9J90.
56 §alinçr, o trlcntoso autor dc .El cotailor oc'ulto, dhcorrc grzciormentc
aórc a pticotcÍrpia cm um livro rcccntc, Fru*wy 9 Zooay, conclündo quc todo
mirtérir coorirtc cm rccdapter r panoe àr dclíciac rh tclevirÍo, do ecmrnário trrla,
drr virçu pch Europr 1 da bombe dc hidrogênio, 'cntrê ouras coisas muito
normrir".
rr.i
A Pcsquisa nas Clênctas do Hemen 79
Segunáo áte
fil&oÍo1 as relações humanas se expressam através de ditas .,pala-
rnas primordiais'], gue são: 1) 'eu+le' e 2) .,eu-tu',. A primeira
refere-se ao modo objetivo de relação com o mundo das cóisas, da
expcriência material. Quando um Íísico observa um fenômeno da
naturoza, estsbdeceu com ele uma relação cu+lc. Mas também
-59a Uma-cnumeração muito útil de léxicos especiais de filósofos pode rer vista
!T tlcn.y f. Korcn, Rcrcarch in philatophS,, Loviina, Duquesnc Universiry priss,
1966, p. 98-102.
59b Lq techaiqua du philarcphe c, tct ilqtctut dc traoüil, no tomo XIX:
Philorcfhic-Ralight dc la Ercyclapédic Fruaçcitc, paris, Larousie, 1957, p, 19-
20-21 c segs.
86 ()s Métodos Atuais ile Pcsquisa
O tcmo do invertlgoçõo
Já nos referimos, em outra parte desta obra, ao problema me-
todológico da escolha do tema dé pesquisa; agora tratarpmos espe-
ciÍicamente da questão do tema de um estudo Íilosófico. Se a escolha
recaiu sobre um autor, uma condição prévia e sirv qua non é o
conhecimento da língua original do filósofo que se quer cstudar. Por
indívpl ler em grego para invostigar sobre Platão;
aest eggeÍ; em rn , para I so
e Russell. Não ocsre o mesmo quando se trata de
pstudar certas doutrinas ou problemas determinados dentro da filo-
sofia. É evidente, que ninguém poderia realiztr uma investigação no
campo-ifá-h'i§íóiía e da filosofia do budismo, do islamismo é do tao-
ísmo sem o conhecimento do sânscrito e do pali, do árabe e do persa,
e do chinês. Todavia, é possível trabalhar em história comparada das
reügiões sem possuir o domínio das respectivas línguas orientais,
pela simples Íazáo de que o estudo comparado baseia-se nos textc
já elaborados por especialistas. Um estudioso como Mircea Eliade,
O "loborttório" Íilorófico
Os fisiólogos, os químicos ou os zoólogos necessitam de labora-
tórios para realizar suas pesquisas; o filósofo, como o matemático,
90 (h Métodos Atuais ile Pesqulsa
59d Por razões óbvias, não podemos enumeraÍ aqui a totalidrde nem
lGqucr umz parte considerável -
das revistas de filosoÍii quc sc publicam aturl-
- corÍcte c completa podé-re cmontrer no li"ro
mcntê no munilo, Uma inforrração
já ciado de H. Korcn.
59c .Uma enuqcragão compteta dee publicações de Fnnça podc-rc cncoritnr
no capíhrlo intitulado Ré1oütian géoglajhiqüe, -inctuído no citado rlc
§chuhl. "*iao'11
.E
ã§rʧE
EflEÊãã
ÊrÊãgã
eãF-ã
El-o
g.oE
ííâ§
Ff * I
ÇF-"., - -
SEGIJNDA PARTE
A INICIAÇÃO NA
PESOUISA
I ri, ,ll
OPTOBLEMAEOTEMA
Yor o prcblorno
Formalmeitp, um problema é uo enunciado ou uma fórmuln;
do pooüo de vista semântico, é una dificuldade, ainda sem solução,
quc é mister deteminar com precisãq para i.trtentar, em seguida,
sêu exâole, avaliagão crítica e solução, O_ de uma
uisa é a detern de um isto é, do e vo
central da
Uma questão preliminar poderia ser a análise da origem do
Prohlpmg ou seja, explcar como súge ou ootrro se apreseÍrta eo
posçrisador. F. L. Whitoewoo refcre que Darwin se inspirou na
leituÍa do Malthus para tornaf, precisos alguns pÍoblenas implícitos
na teoria da cvolução; Jaime Tluslow Adams autor da obra
Thc cpic of Ámerica -
extrai os problcmas fundamentais da his-
- manuscio de materiais históricos e de sua
tória da América, de seu
cxperiência na investigação; W. C. Mitchell, da Universidadc dc
Colúmbia, dpscobre os problemas econômicos aors quais iria
dedicar sua vida de estudioso -
nos cuÍsos acadêmicos quc seguiu
com o professor Laughlin; W.-G. Ogburn, da Universidade de Chi-
cagq escolheu o problema do pensamento polÍtico das classes so-
ciais, motivado por sua exprÍiência dos conflitos vividos por cle
mesDo.
Como podemos deduzir dos exemplos que acahmos de men-
cionar,o objeto de uma pesquisa o problema pode surgh de
-
circuostárcias pessoais ou profissionais, -
da expcnência científica
60 Vcja-cc rctr livro Elawentos ilc iwaligoc 3n, Barcclona, Omcgr. 1958
--.]r-
98 A Inlciaçôo na Pesqulsa
própria ou alheia, da sugestão pÍoveniente de uma personalidade
superior, do estudo, da própria cu'ltura, da leitura de grandes obras,
etc. Em todos os casos, trata-se de uma questão que se nos apre-
sctrta com ccrta sutileza, quE move nosso interesse e nos convida a
buscar sua solução.
Entretanto, não falta quem haja sugerido al.gumas fórmulas
PArA etrcon trar problemas dignos de estudo. J. C. Almackor reco-
mcnda :@ analisar o ue cada um sa buscar lacunas ou rc-
obscuras no conhecimento; r às incon uências e
oon (aos assuntos ose d conclusões não demons-
)e se os pxem eassu tões de leituras._confc-
rências ou da $m ex
es
W. A. Mc Call aconselha @ converter-se num erudito em
uma ou mals es
gríEço; @
alidades;
sente 8 exercitaÍ o en §
ler ouvir e trabalhar com sentido
iniciar uma investi gação e estar ate
uc del a suÍ am; e ls r á deli-
tados
Cabe objetar a estas duas últimas normas pelas seguintes ra-
zõps: em primeiro lugar, iniciar uma pesquisa sem direção, sem
í uma dffiin@o-fr6ià de seus objetivos, é, além de arriscado,
tnmbém estéril e, em scggndo lugqr, a persistência no exame dos
mesmos problemas ou resuliã-óbiia ou inútil, toda vez que se for-
mularam e solucionaram completamente.
Gomprocnde: o temo
Ercolher o tGmo
tf n
O hoblcma e o Tcna 101
oA torociraão cnvolve
deve-se insistir na nccessidade de que os joven;
leiam em Ínguas modernas, o que impüca uma rpvisão dos métodos
de ensino dos idiomas no ensino médio e universitáriô.
Uma tendência dos e ue
a e - dlqpgrg[o-caracteúticas da idade juvenil
a de c.scolher os" es temas": "O blema da überdade"
de Deus", "QJaloJ.-d&-çi@!P moder-
na" "Os valores éticos", "Filosofia e reügião", "A a con-
t€0 não estarem em c de abordar esses
Egueml! e muito meno§ alguma con
à sua propooiç ão ou solução, os estudantes correm o dsco de cair
em lugares+orruns, de "inventar" C@-ebggd-orr-adas õu' no
lncelE-or--ãoscasos,periEr-íe-emltívagíçõeseintermiàãveisifi scussões
)
Ah I doe "es em ralidades": os temas devem ser
ose cos
Originolidode
Oqueéoplono?
Ao dedicar-se à elaboração de um plano, os estudantes costu-
mam reagir, lembrando que se deve saber primeiro qual será a ex-
tensão do trabalho. A pergunta obrigatória é: "Quantas páginas
deve ter uma monografia?" Este critério quantitativo muito pró-
prio de nossa era governada pela quantidade - estimúado
é às vezes
por alguns professores?a. Embora o conselho - aristotélico ("nada
em demasia") ainda seja uma boa norma, que poderíamos traduzir
como nem muito pouco (um par de folhas) nem demasiado, deve-se
tcr presente que o núnero de páginas não indica se o trabalho é ori-
ginal (melhor diríamos, pessoal), orgâoico e coerente. Principal-
mente s€ cumpriu sua finalidade: demonstrar uma tese.
Não costuma ser atributo da juventude o espírito de síntese;
entretanto, a história da matemática nos conservou algúns casos
excepcionais. Tal foi o caso dp Evaristo Galois (que morreu quando
tinha apenas 20 anos), cujas Obras Completas (se é que assim se
pode chamáJas) não chegam a meia centena de páginas. E ninguém
poderia duüdar de que sua influência no pensamento matemático
e inclusive fora dele perdurou por mais de um século. Seu
-"testamcnto cipntíIico" (a- patética carta que dirigiu a seu amigo
Chevalier na noite anterior ao duelo que lhe custou a vida) contém
Tlpor de plonor
Já se disse que o plano de trabálho deve ser Êxposto sintetica-
mente na introdução oú, pelo menos, deve-se pspecificar nela quais
são a intenção e os limitei do estudo e o material utilizado. Alguém
obccrvou quÊ toda antecipação do plano é esaéril. porque, se é clara,
é inútil ex-pôla no princípio (já o verificará o leitor); em troca' sê
O Plano de úrvesügaçáo 100
Algunr cremplor
A seguir, mostraremos praticamente como se elabora um plano
PLANO I
Tema: À NOÇÃO DE SER NO TEXTO "SOBRE A NATUREZA",
DE PARMÊNIDES
zl O ev|ot
l. InÍormrção sumíria sobre os pré-socráticoc (filorófica' não histórice)
2. Oc tcxtoe dor pré.socráticos (frrgmentos).
3. Permênido.
b) À obra
,1. O tcxto Sobra o u,utcza
5. Problcmec dc autcnticidade.
6. Ermrtun do tcxto: ru peÍtcs.
7. Erprcoão c crtilo: o proêmio, a primeire partc c a lcgundr prrtc
8. Intcrprctrção e rvaliação de ceda pertc.
'- -rqFFF"- "_'
-
c) À doyt*n
9. Â noção dc 'rcr" nc pÍé-iocÍáricos.
lO. Conccito dc naturcza.
ll. A noção de -*l' cm Solra o tortncza.
12. Influênciat de doutrinr dc Parmênidcs (robrc Platão, ctc.)
PLANO II
Temr: O TEMPO LITERÁRIO NÂ OBRA DE JORGE LUIS BORGES
PLANO III
Tcara do trabalho: O @NHECIMENTO JURÍDIC0
z)Àlóghacoiuldico
l.Oqucéelógice.
2. O raciocÍnio juídico,
3. Â Íormalização do rrciaínio jurídico
4, Iárica jurídice c lógica rimMlicr.
5. Exi:tc uma lógica jurídica opcciall
w
PLANO tV
z) Tcotb dt lingtagctn
b) Po,ologb do liagtogcn.
6 Provas biológicas.
7 Provas farmacológÍcas.
8 Experiência farmacológica cm seres humanos.
9 Os modcmos desenvolvimentos dos corticoesteróides.
10 As crÍticar de Engel.
.ll Réplices de Sclye.
t2 Estudos rcccnter.
l3 Exteruão do conceito no campo psicológico.
l4 Conclus6es.
PLANO VI
Iema: A TEORIA DOS MODELOS NÂ FÍSICÁ MODERNA
a) Teorh dot nodolat
l. Modelo c i[têÍpÍctação.
2. Conccito algébrico de modelo.
3. Conceito sinútiào dc modelo.
4. Conceito semântico de modelo.
5. O estudo formal dos modelos.
6) A lun+ito dos.ntodclot nat cünciat f,íticat
6. Modelos e investigação,
7. Modcloc e experiência.
8. Modelos e expliceção.
c) Ot moddos na lítho
\) O a*ot
l. Vida, mcio, evoluçio.
2. O rmbiente (cicntíÍico, litcrário, ÍiloúÍico, hirtórico)
4
Ac Íonter
A üurco metódicc
A busca metódica é o momento heurístico, a reunião sistemá-
üca o ordenada de textos, obrEãAãtloslPEãTealizsr uma pesquisa,
não é necpssário domiaar a biblioteconornia e a bibliografia como um
perito; com o auxílio do professôr, seguindo suas indicações, muito
se progride. É útil, entretanto, 'conhecer seus fundamentos e sobre-
tudo apreader a usar livros e bibliotecas, de modo que contribuam
para a obtrnção de uma verdadeira economia intelectual.
A biblioteconomia se ocupa da organização e do funciona-
mento dos livros nas bibliotecas; a bibliografra tem por objeto sua
descrição e classificação. O que importa é saber empregar eficiente-
mptrüg as obras necessárias para levar a bom termo a pesquisa ou
a iaformação sobre os antecodentes do tema.
São aspectos da busca a coleta de dados, de fatos e de expe-
riências (quando forem de utiüdade), o acesso às fohtes e à biblio-
grúa (livros, ensaios e artigos de reüstas), que pode ser geral e
eepecial.
O primeiro ponto é hteressantÊ, principalmcnte nas çiênciasjc
fa&§. Áqú havpmos de nos referir abutros dois aspectos]-(õ1ío
oo que influem fundamentalmente em toda a investigação rpúizada
no âmbito da filosofia, das letras, da história e, em geral,.nas ciên-
cias ds cultuÍa.
No parágrafo anterior ocupamo- nos com o exaúe das fontes. Ve-
jamos, agora, a bibliografia Na mpdida do possívelEeve ser de pri-
meira mão (daí a necessidade de conhecer vários idiomas moderoos.
e, em certos casos, inclusive as Ínguas clássicas). Ao manuseâr
traduçôes devem-sÊ preferi.r as realizadas por especialistas na maté-
riaa2, Por exemplo, a tradução inglesa da obra aristotélica por D.
Ross, de Oxford, ou a versão dos Diálogos platônicos patrocinada
pela Association Guillaume Budé. Sempre que possível é bom (so-
bretudo tratatrdo-se de autores antigos) recorrer às traduções ane
tadas (edições críücas).
Fora da utilização óbvia da própria biblioteca, torna-se neces-
8-3 P,ara bibliograÍia sobrc 116o1;" mcdicval, vcje.cc r obra citrda dc van
-
Stccnbc4hen.
l2O A Intciaçáo na Petqulsa
de começar por consultar un^ bom tratado de história das religiõe-s'
cüno o pot Qúllet, o produzido sob a 4ireção de M' Bril-
"aitâdo
lant e R. Aigrain ou o de M. Eliade (que é a única destas três obras
que foi traduzida em castelhano).
Dos repertórios bibliográficos da filosofia r'ecordaremos a Bi-
Uio;tatio p'hilosophica ae É. G' A. de Brie, o Manuel dc biblio-
srrinià aà G. Vãret e a editada semestralmente por VrinPhiloso-sob a
iesfonsaUiliAad e do Institut I nternational de Collaboration
phiEtega.
A sala de leitura é também o lugar de consulta das revistas
filosóficas, das quais não se pode prescindir. Algumas destas publi-
cações periódicát costum". dedicar alguns tomos para atualizar
p.óbl"màr ou abordar o estudo de sistemas ou épocas do pensamento
iilosófico ou literário, mrdiante o esforço convergente de pesquisa-
dores especializados nos rÊspectivos temas. Assim, por exemPlo,. a
Revtu Philosophique dedicou alguns números à.filosofia da ciência,
à filosofia gtega i à filosofia ôriental, respectivamente' A revista
súça Dialec-ticã, dirigida por F' Gonseth (matemático e filósofo das
ciências), fez a meima toisa relativamente à noção de "comple-
mentariáade", às "relações entre a ciência e a filosofia" e à "noção
biológica de espécie". Recordemos o tomo dedicado pela -Rivista- di
fUsÜia à diaÉtica e os da I-a Table Ronde sobre a Bíblia, o sím-
bolo áa cruz, Don Juan, Kierkegaard, etc. A publicação francesa
Recherches et Débats consagrou importaútes tomos para expor
questões tão diversas e relevantes como a originalidade biológica do
homem, a psicanálise, a cultura negÍa, etc.
19 EXEMPLO
a ) Anverso
Monxrr, D.r,xirr,
Comonaú.-prfuorer et údigcr unc díttcrtarion goul la lía.,tce àt lctÚct
(Le livre de l'étudiant.)
Paris, Boivin et Cic.. I939.
Um vol. 17 x ll; l2j p.
b) Reverso
29 EXEMPLO
a) Ânverso
Monoor,ro, Rooorro
Problenos y nêtodot d,c la hucttigrción ?r, la h;rrotk dc lo
(Cuadernoe de Filosofía, S) lilorcfia
Tucumán, Instituto dê Filosofia (Universidade Nacional de Tucumán), 1949.
Um vol. 23 x 16; 222 p.
b) Reverso
39 EXEMPLO
a) Anverso
Mu§cz, Vrcerrr
L,ógiaa matenútico y lógba tilotüha.
Madrid, Edição da Revirta Erttdiot, 1962
Um vol. 23 x 17; 288 p.
b) Reverso
49 EXEMPLO
a) Ánverao
,
Sermn, Grorcn
"Tirc Hietory oÍ Science versug thc History oÍ Medicine". Revista /rir, Parie,
n.o XXIII, 4 de julho dc 1935, p. {O5409.
Heom, Prnr.r-Hrxnr
L' lwnnc, "plaul cahttc"
Atrs do XI Congrcsso das Sociedrdcs dc Filosofia de Língua Franccea
Ed. Prcssee Uriivcrsiaires dc France, Paris, 1961, p. 79.
-{rpurÉ, Iü.
Qu'ctt-ce que com?rctdrc at un philotophicl
(Coüàgc P hiloto.?hiquc)
Paris, Centrc de Documentation Universitairc, sem data
M,rv, Rolro
i!1, rurgimat-to de la gricologíe crütawiol, p. 42-58.
(Cep. I da obrr coletiva Pitohgla c*üte*b), Buenos Airee, Paidós, ll}63.)
-lf"-. um exlme detido dcete arpecto da crítica, veja-ec J' Bidcz e- A' -8.'
Dr""l-"nn, Enlbi üt sigtw critiquct . Disroitbn da f og1orot dau lcs étli-
tiorLt tcrtallrlt d, l^to, grcu cl btias, Cotttcík ct' tccootnandotiottr' Union Aca-
demique Internationelle, Parir, Les Belles Lettret, 1938.
InÍotmaçõo BibliogrÍúica 127
O erpcrimonto cicntlÍico
A observação cientÍfica é a busca deüberada e controlada dc
objetos, fatos e fenômenos sob certas condiçõês previBmente dctçr-
miaadas, a mais importante das quais é a intersubletividadc, A obi+
tiüdade da ciência no campo cmpÍrico se baseie no poosibilidadc
de que -
a observação seja realizada -
por qualquer obscwador colo
cado numa situação análoga. Esta exigência garsote I elimiaação
dos fatores subjetivos inerentes a um obscrvador, ma3, por certo'
admite as distorções comuns a todos eles. É evidente que a inter-
subjctividade é a úrica possibilidade de evitar o subjetivismo solip
sista.
Os fatos observados ou experimentados convertem-se em enu*
ciados protocolares (chamados também "proposições atômicas" ou
"singulares") quando traduzem lingüisticamente a reaüdade otrscr-
rada, sem interpretação nem explicação alguma. Ncstc ptano de pcs-
quisa, o homem de ciência dcve usar as formas impessoais de lingt+
gem e, sempre que isso seja possÍvel, Íecorrer ao simbolismo artificial
da Eatemática.
Um bom exemplo é dado pelo registro da temperatura de um
doente internado num hospital. A localização do fato o doeate
-
se efetua mcdiante a determinação das duas coordenadas: o es-
-paço e o tempo. Localização espacial: doente 25, da sala 1l do
i{ospital de Clínicas; localização temporal: dia 20 de julho de 1968,
às fl horas. Com base na determinação de ambas as coordenadag
registra-se o fato que, oeste caso, é o controle periódico da tempc-
raúra do doente: 38o, a primeira vez (às ll horas), e suceggiva.
182 A Infcbgão na Pesquisa
mcntc vão sendo anotados os registros termométricís obtidos em
diferentes horas do dia. Estas operações poderão rer efetuadas por
um enfermciro (como ocorre de fato nos hospitais): a única coisa
que se exige é uma atitude objetiva ao verificar a tempêratura e ao
registrá-la.
Se, em vez de ser um enfermeiro, for um médico que tome a tem-
peratura do doente, é inevitável que relacione as variações tcrmG
métricas com o processo patológico que afeta o paciente e do qual
o médico tem conhecimento. Neste caso, deverá igualmente anotar
sem comentáÍios os dados (graus termométricos), omitindo Íoda
referência causal ou expücativa. Os enunciados protocolares são,
pois, o resultado direto de observações, ou melhor, sua tradução
lingüística.
Logicamente, exige-se que estes enunciados sejam verificáveis
diretamente, mediante o confronto com os fatos que lhes deram
origem. O processo técnico de verificação não está isento de difi-
culdades, porque sua comprovação exige como se disse a
-
confirmação intersubjetiva, isto é, a verificação -
conjunta. Segue-se
daí que a objetividade cienúfica da observação baseia-se na intersub.
jeüvidade, mas a observaçáo intersubjetiva está limitada por duas
situações aporéticas: se a observação é simultânea, cada observador
estará limitado por sua prípria perspectiva; se a observação é suces-
siva, o processo observado se modificará com o tempo. Esta rúltima
diÍiculdade é especialmente importante nos experimentos da micro-
física.
Tradicionalmente se exige que os fenômenos sejam passíveis
dc repetição, o que, no fundo, equivale a postular urra condição
biásica de legitimidade universalno processo da verificação. Todaúa,
cabc observar que a condição de possibilidade de repetição nem
sempre se pode exigir, em vista da própria natureza dos fatos obser-
vados. Por exemplo, as pesquisas realizadas durante experiências ex-
cepcionais, como as guerras, 'm eclipse, t Ía catástrofe, o nascimento
de seres teratológicos. No caso particular da parapsicologia, trão só as
percepções extra-sensoriais nem sempÍe são suscetíveis de repetição,
mas inclusive as próprias condições da observação podem inibir a
produção dos fenômenos paranormais. O ceticismo crítico sobre sua
cxistência; por exemplo, tão comum em tudo o que concerne à
fenomenologia parapslcológica, pode impedir o sujeiio dâ realização
exitosa das experiêucias.
O fator humano na observação denominado hu-
maoa" ou 'tquação pessoal" - cuidadosamente"equação
deve ser controlado.
O primeiro passo para eliminar- os erros de observação é o isola-
mento do fato observado relativamente ao contexto que pode dis-
Ecallzaçõo da Pesquisa IBB
torcer a observação ao introduzir o erro. Esta função exige o trei-
trameoto das técnicas de experinentação científica, âesde õ uso dos
instrumJntos até a precisão na redação e tra ioterpretação dos ques_
tion4rios.
A lei do inshummto está htimamente relacionada com este
üpo de erro: um homem de ciência formula problemas cuja solução
qÍge- o empreg_o- 4lo técnicas que ele próprió habilmente manipüa.
Atualmente, a lei do instrumentô manifãsti-se na adoção de métodos
e- técnicas que estão na moda ou que possuem prestígio. por exem-
plo, os conrputadores eletrônicos ã ai técnicaj estaústicas.
Qual é o sentido c a função do experimento científico? Não há
uma distinção precisa entre a observaçãó e o experimento, visto que
este é, na -realidade, uma observação planejadÀ e delimitada côm
um, propósito. Foram descritos experimentos de diversas espécies:
n-ada. que uma dúzia, sem tsgotar as possibilidades ãc .ua
-menos
classificação. fnclusive, numa pesquisá podem-ie planejar expuiên-
cias que.impliquem, simultânea ou sucessivaoente, maii de uin tipo
de experimento.
.A.calibração ou padronização dos instrumentos dp observação
constitui vm etperimznío tnetodológico; podemos defini-lo como un
procedimento. que serve para provar ou -desenvolver alguma técnica
de pesquisa.
Anres de empreender uma pesquisa, pode-se tentar estabelecer
as grandezas de ceÍas variáveis; tal tipo dJ experimento denomina_se
yll9to orl lambém pté-tesÍeíB, A procura dõ novas idéias ou de
linhas aindr não pdrcorrirdas na pesqúsa chama-se experimento
.
hcur'utico. O uso dos modelos- (que-estüdaremos ao nos ocuparoos
da construção da teoria cienúfica) ilustra perfeitanrente esta ãspécie
de experimento. Alguns autores distinguçm, dentro desta espécie de
experimentos, um tipo especiel que dãoominam etploratórià, como,
por exemplq o procertimento chamado de ..ensaio e erro" e a téc-
nica já estudada do uso dos placebos paÍa provar a eficiência qú-
mica de uma droga. Os experimtntos de iimuláçao podem ser incluídos
nesta rubrica, especiatmente no que se refere- ao -uso dos modelos.
O expcimento nomológico tam 4 finnlid6d9 d6 ps6yar ou invaüdar
-com
1m1_hrpótese e o expeimenÍo crucial é projetado
-de o objetivo de
decidir entre duas possíveis interpretaç6es um processo. Muito
proxrtro a esta espécie de experimentos está o experinunto leorético,
que couiste em um ou mais experimentos planejàdos e interpretados
lu !-eja+e §cxtm P.. A., Thc aWox,phy oÍ Rdd! Canral, The l,ibrary
of Living Philoophers, Londres-Cembridgc, University Press, l9(rJ,
764 A Iniciagão na Pesquisa
nicas de Ross Aúby (machitw speculatrk), o homeostato do mes-
Do autor e os modplos de nervos que diversos neurologistas reali-
zaraln.
Os n odelos Í'uicos eíáro especificações dos modelos explicativos,
gcralmente construídos com materiais cotrcretos e em escala. Tão
anügos como a humanidade, os modelos físicos remontam a épocas
muito remotas, nas quais o homem fabricava ídolos com fioalidades
mágicas ou ieligiosas.
Os modelos tormais consistem em abstrair a forma lógica dos
modelos concretos, alcaoçando deste modo uma grande generali-
dede106. Exemplo: a representação de um campo eletromagnético
em termos das propnedades de um fluido imaginário não compres-
sível, tal como o fez Clerk Maxwell. A finalidade de Maxweü era
simplificar e reduzir os resultados de suas investigações numa tór-
mula matemáüca ou numa hipótese física: "Ao referir-me ao mo-
vimento de um Ílúdo ialaginário, espero alcançar generaüdade e pre-
cisão e evitar os riscos de professar uma teoria prematura para ex-
plicar a causa dos fsnôm9n9s"106. O "fluido" de Maxwell êra .§ôo-
cebido por ele como rrm conjutrto de propriedades imaginrárias que
podem ser utilizadas para estabelecer certos teoÍemas matemáticoc
de maneira a sqreÉ mais comproensíveis e melhor aplicáveis aos pro-
blemas físicos.
Os modelos matpmáticos são, ao mesmo tempo, uma formali-
zaçAo e uma simbolização de teorias ou de modelos concretos (fÊ
sicos ) . Por exemplo, a rppresentação do sistema solar. por meio de
uma grande esfera central (o sol) e um conjunto de esferas girando
êE toÍDo dele (os planetas e, eDtre eles, a ferra) é um modelo
físico. Este oodelo concreto convertemGlo em modelo matemático,
se substituíEos as esferas por pontos geométricos e os braços de
aramo que unem as esferas girantes à central por relações numé-
ricas. O leigo pensará que o modelo físico é mais singelo; entre-
ta[to, o modelo matemático é mais simples, porque eliminou todos
os fatoÍes de perturbação alheios ao processo em.si, como o atritq
a vibração, etc. É fácil ver por que a previsão de um ecüpse por meio
de cálculos realizados num modelo matemático (baseado, evidente-
Dcnte, €E observações experimentais) é múto Eais precisa do que
a- porventura rcalizada com um modelo concreto.
105 Bmcx, Mrx, em *t liwo Modclt otul nrtolhôtt (New Yorlc, Cornell
Univcrrity Prcrs, 1962) chama-oe "os modelos teoréticos".
106 Vcjr-so Tlv tcicntilb lai.rt of lenet Cleth MorodJ, Cambridgc Uni-
vcrrity Prccs. mcncionado por M. Black nr obra citadr, p. 226227.
Bcalização da Pesquisa 1õ5
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O sentido pedagógico do uso dos modelos é óbvio, basta lem-
brar os modelos anatômicos, os plutetários, os modelos do ADN
ou do átomo.
Nas ciências do homem estudou-se a coÂduta humana mediante
modelos matemáticos; por excmplo, cm alguns üabalhos de Herbcrt
A. Simonroa, ou pclas técnicas do psicodrama e o sociodrama. O
estudo das rela@es famiüares mcdiante o ro\playing baseia-se na
0 utilização dc modplos que se constroem com ôs egos auxiüares, etc.
Uma significação análoga posui o cmprego de modelos cibernéticos
para estudar aspectos fisiológicos ou psicológicos e, inclusive, certas
enfermidades epidêmicas.
107 Estc csquemr é a rcprodução de Íigura t042 (p. 182) do livro de Irwin
D. Boer, Ia dec ibt crtadlttic4 Madrid, Âguilar' 1958.
IOE Vrja-rc seu livro Jtlotlcb o! aran, Ncw York-l,ondon, John Wiley and
Sonr, Inc., 1961.
Boaltzagão da Pcsqulsa 15?
- _ Il0 Elta dirtinçâo Íoi introdtzidr por Abrahrm Kaplan na.obra citada, p.
285-286; ernbora rua crpliczçío difin da noesa, crcio quc ioincide no íundemcnal.
TERCEIRA PARTE
PRÉPARAÇÃO DA MONOGRAFIA
tr
CONCEITO DE MONOGRAFIA
A oúruturu dc monogroÍio
a) A introduçtu
Dissemos quc a organização do trabalho intelectual dcpeode
do tema e do plano de idéias no qual se realiza e pesqúsa. Scguado
este critériq não seria possível estabelecer de antemão e em fqoa
regular a eslrutura geral de uma monograÍia ou uma tesê, suas
partes integraúes e o sentido de cada uma delas.
É fora dc dúvida gue os trabalhos que tÍatam de difereotes
temas terão de diferir materiolmente entre si, mas não formalmcnte,
Um estudo literário distingue-se por s€u temâ e seu estilo de uma
comuoicação científica ou de um ensaio filosófico, malr a estrutwo
e o método de trabalho são os mesmos em todos eles. Quantas paÍtÊs
compõem um trabelho de pesqúsa? Tiês, nem mais nem menos: a
introdrção, o d.esenvolvirnento e t conclusão,
Obcervou-se que esta diüsão é aÍbitrária: por que trà partes e
não duas ou quatf,o? Esta objeção sufloe a cmpreensão de duas
coisas: 19) que a estrutuÍa do tÍabalho é uma unidade, um (xga-
nismo, e 29) que a divisão de um trabalho em três partes nÃo é
166 Prêparagão ila Monografia
b) O descnvolvineruo
lI{ Cabc observar quc, pate alSuns matemáticos, crde probleme poarui
uma soluçio nzturi, gróltia; eláa de outrae logiczmcnte poeívcir. Erte é umr
conccpção dntico ôa demonstnção que ncm todos os matsaátiooc compertilhrm.
Além diclo, a cscolhe dc umr dcmonatrrçío matemáúcr podc rcr Ícitr por rur
clcgância (cstética) ou com vittzt 1 ganraliuçfu ür roluÉcr.
770 Prqnraçáo da MonognÍia
aecessitam-se conceitos rigorosos, mas para alcançá-los aecessita-se
uma boa tcoria. Isto resulta eüdente, por pouco que se pense que,
ao ouEentar nosso conhecimcnto de um tema, a concepção de tal
tema modifica-se paralelamente; mas, ao mesmo tempo, quando
manipularros conceitos mais precisos, cresce nosso conhecimento.
Na prática,. esta aporia se resolve mediante um processo de
.aproximação, isto é, mediante "defiaições sucessivas" (Lenzen): ao
melhorarem nossos conceitos, melhoram também nossas teorias, e
.reciprocamente.
. .. Esta aspiração à precisão conceitual pode, entretanto, nos pre-
cipitar no "mito semântico"1I6, que consiste em afirmar que, supe-
radas as dificuldades lingüísticas, já não restam problemas impor-
tantes na pesquisa. A este respeito, um lógico com o presúgio de
Quine destacou a importância de certa ambigiüdade conscienÉ nos
.termos prudetrtemente vigiada porque constitui uma constante
pressãp-para a busca da convenção -, mais útil e adequada.
Por outra parte, os homens de ciência. não esperam que os
lógicos polacos criassem a semântica para àescobrir- o. proüI"-".
lingiiísticos. Tradicionalmente, usaram a descrição, a óstedação
(aprÊsetrtação da denotação de um termo) e os exemplos cotrro
procodimentos para combater a ambigiiidade e a interdelerminação
na expressão.
2 . A discussão é um momento dialético e consiste em exami.oar
duas teses opostas, a fim de optar por alguma destas soluções: a)
rejeitar uma e aceitar a outra; b) rejeitar ambas e c) alcançar
uma solução complementar ( síntese) . No primeiro caso, as proposi-
.ções costumam ser contraditórias (incompatíveis); no segundo, con-
trrárias (não podem ser ambas verdadeiras,.mas sim falsas as duas),
e no terceiro, estamos ante um esquema dialético: tese, antítese e
síotese. Nestc último caso, não há oposição absoluta entre as teses
que,-se defrontam, mas uma relação de complementaridade que pos-
sibilita a síntese. Exemplo: o princípio de complementariáade- de
Búr, dentro da física moderna a luz não é nem corpúsculo nem
ondq mas algc que, de acordo com - ceÍtas experiências se aprcsenta
como corpúsculo e, em outras condições experimentais, se manifesta
como onda.
O mometto da discussão se apresenta quando as teses ex-
clucm-se como contrárias ou como contraditórias. Em tais casos
dev+se examinar analiticamente, em primeiro lugar, a tese que se
haverá de rejeitar e logo a que se adotará;'isto é, as que foram pro-
tentqm,
Demonstr&ção da falácia desses argumentos.
N.çcessidadc de enunciar e tese final cmo conseqüência da
rejeição da primeira.
3 . Como se disse mais acima, o fuodaoento lógico do dcsen-
volvinento sua razão de ser é a demorutração
- não é mais
A de,monstração - um caso partiiulardedauma
do que
tese.
dedução;
co$eqüeotemente, a essência de um trabalho de pesquisa (em qual-
qucr nível) reside no exercício do raciocíniq na Íorma ajustada a'os
cânones mais puros: a dedução.
Tenha-se sempre pÍesente que a base da pesquisa é uma idéia
ccntral; por isso, embora durante a argumen-tação ss mnnipulem
conceitos subsidiários, não se deve perder de vista o objctivo fhat
do trabalhor deve-se evitar que as idéias subo,rdinadas nos afastem
do tema. Mais ainda, se se vê que o deseovolvimento de um co[ceito
complementar pode nos desviar demasiado do tema central, convém
renunciar a este desenvolvimento para manter a unidade temática
p o scntido originário da pesquisa.
Cumpre não esquecer quLe a ndarcza do assunto não incide na
estrutura lggrca das aÍgumentações. Assim, por exemplo, um t€ma
pS"- !"1 irracional por exemplo, se se trata de -um problema
psicológico -
sem que, por isso, se altere o rigor lógico da funaa-
-
mentação. Recorde-se que um trabalho de pesquisa é, de certo modo,
um exercício de lógica: as idéias e as opiniões se mantêrr com
razões, não com vprbalismos; deve-se demonstrar, não persuadir.
Os jovens podem se sentir inclinados a usar o que se chamou
lógica passional, a seguir uma ordem sentimental (psicotógica), em
Iugar de uma ordem raciorul (lógica): argumentam parJ pstificar
'tonclucões" que, na realidade, não são tais, porque, longc dc sc-
172 PrcParaçõo ila Monofnlla
c) A conclusão
REDAçÃO DA MONOGRAFTA
Aprcrentoçõo do proolemo
Uma vez compreendido o setrtido do tema, suas impücações
e seu alcance, devo-se formular o proHema meüante uma expressão
tingiística a mais estrita possÍvel. A palawa repÍesetrta, súboliza
<xr sugere a idéia. Por isso, é mister ponderar os termos empregados,
esclarecer a sua relação com o contexto total e determinar a unidade
semântica deste.
Por vezes, todo o sentido de um problema pode residir aa
sigpificação de uma palavra relacionante (um conetivq como é
chamada na lógica simbólica). Por exemplq o problema essencial
da teologia da história depende da correta interpretação de uma
iaaente palavra "da". Com efeito, a maioria dos estudo deste
gênero o reduzem a um capítulo da teologia ou tentam anúar esta
em benefício do sentido histórico. Por outra parte, a teolqgia da
tistória justifica-se precisambnte como uma tentativa de equübrar
o terreno e o diviao, os fatos históricos e a revelação: é umã inter-
protação da história através da teologia, rns sem reduziJa a um
mero capítulo desta. A colocação inversa, que é também incor-
reta, consiste em transformar o sa.gpado num subproduto dos fatos
humanos s d3s çirsnnstânçia" sociaii. Como se vê, a chave .de uma
correta interpretação está na maneira de entender o relação lógica
estabelecida pela partícula "da".
Qu.Éõ.. rcmônticor
Outro elemento lingiiístico gerador de enggooo costuma ser a
conjunçãg "e", por sua indetermiaação (cm termoe da lógica sim-
tÚlica, dirínmes ,que é uma variável não quantificada),' já que se
I
Conrporigõo grumoticcl
Ocrtllcoorxpruuõo
Antcs de cstudar os eetilos dc um trabalho de pesquisa; cum. pÍe
fazer alguma referência ao problema da própria liaguagcm. Enípri-
aoiro lugrir, cmvém não perdcr dc vists o distioção estabclocida pc
.Heideggcr, em estudc rcccntca, eútÍÊ a linguagE cmo instrumcnto
f25 Nío podâoor peoar D,o,r elto r c*traordinÁrh cncicbp6dir quc rceba
& publior (dcpoir dc úrid anc dc tnbelto) o loedtuto Ge[attc, ne ltllia.
f,ccoorcod,rr celorcrrncotc r todor o omdioro de f ooÍia.
Larflo (fs Uüo3rtfr .181
Exemplos:
Ercmplo:
Vrre, Fnncirco, Lat gcomct u to-cu+lídcot. (Em seu: eac hittotia dc
b geot*uta, Bucnoe. Âirct, Iacada, l9{8, cap. XI' '34-155.)
FsBíge§[Ê[ã
rer§'ã$FEÊF
âÊnÊÊÊss Êi
; EBFíã §ã 'r
g$sEüEEs ã
rgfEEE,Ê; 3
ê$ãFEFÉE ãH
IMPRESSÃO DA MONOGRAFIA
A preportçõo do monuscrito
Prcblemos especioir
lndicoçõer tipogÉflcot
a
Ç,:-,s\/z
À/b
Gonoç6o de provor
3 euprimir
MÂIúSCI LA ou VERSAL
VErsrr.rrr
negrito
r ponto e divirão
CJ ponto e continuação
4 8en8rrÍ marS
# abrir linhas
gifo
Preparação tla MonograÍia
r@
194
c.o..
A reiisão dc provas é, sem dúvida, umrfa das tareÍas q
@ quc maior cuid/do o empenho exifem dos que a cla se
@
dedicam. r
ê
íNãO basta o p"fl'"ito conhecirrrerrto da língua c das e
) normfs üpográticas, M cultura strÍiôicrrtemente a mPlil 9
para poder abarcar com facilidade os mais variados assull-
.Lj--tos, c inteligência aberta c perspicaz. É prec inda.
lumal
além daqui lo que se corrvencionou chama r ol 'rcta§ot, l_r.-
um poder de conccntração contínuo c incanúel, pois quo al/
Y oualouer Deoueno cochilíoode
,F <.lar ádito e crros sravís.
r-'----- _
L simoslpizD,rurer.nv-fouvfnxeun,r numâ obra publicada'9f ' E_ f
Fc,.f,há q,i.u@"n*, "ó trabalho do cornpositrr tipográ- =t ='
;Íico, pot não ser definitivo,fpode, la lrigor, lcomportarla llll
ll ."ai*'.i[de;iá não .o dálo -*Ào lom o do i,rpr"..nl',
JIcujos Jf
rcsúitado$ão irrcvogáveis; mus t;ur., de qualqucr {f
I
--'-I
modo, não cxige tão grandcs conhecinrerrtos da arte. tanl,o
E 6 veáade d salvo" raras cxccções. rrão s.: cucontra erti<
4/ lossos dias ma$[rista capaz de unlâ linha LJI
I a . O revifor, ao contrário, de ser univ<.:rsal; zr/ 6
I u ma acuidade c resistência cxtremas."
z o que mais importa, terá de possuir órgãos visuais do
nos transporl,amos dos domírrios da literal,ura para õl- :
da ciência e da técrrica{ai ,tla rnais *Íffilo i".rni-r-t-
sabilidade do corrctor dc provas. No cmaranhado das
mulas de um livro dc física ou dc matcrnática,
xemplo, conr que facilidade não nos pâs.sa unl r I por cn ,i
lançando às vezes a confusão na
Um
ffi'
do cstudante!
conhecidos escritores do s6culo ai, (
cons a leitura de va§ com o 6
I t.b
ú
Paris, .l
E!BLIOGRAFIA
it'r,*:#
,,. :.;f.,.,- ;,:; rr"-iÉúrt*dT,lí'"r#* ;,ir, +l;1441;ffi
APÊNDICE À EDIÇÃO
BRASILEIRA
INDICE DE ASSUNTOS
A Anteceal,ente, 146
Antítsse, 109, 170
-{dapteção, teraDêutlcs de, 7E Arcké, lü2, 103, L04
-.ldsptâr-se, BlgnlÍicaçáo de, 78 Arg&rnefitern ait hornlnern, 142
ADN, modelo do, 156 Ar gulnentlun ait ígnorafltlott, 140
.l,grala il,ógrnata, 166 Argumentuw ad, núo erícorit laÍ|,
Álestórta, correlação estatíBtica, 140
58 Ar0LfiLentarn ail popLlüt t, 140
Álea,tória6, amoBtra8, 51 Argunlentan ail Derecu,nillanl, 110,
Alfêbeto, 148 742
ÁlgebrÊs de Boole, 147 Arquétlpo8, 13O
-l,lna, ,neiticina da, 78 ArquétlDo6 Dlatônlcos, 137
Amo8tra, 49 Atívldaate DroÍtsslonê!, 11
-{mostra ao âcaso, exemplo de,61 Átuallzação, 164
Amo8tra,gem, teoria da, 50 Arloma, 147, 118, 149, 168
-A.mostra r€prêBontatlva, crltérlo Axlomss lndeDendentes, 149
para Julgar a, 62 Âxlomátlca formalizadá,, 1,18
ÂEostrs slsteEátlcs, 51-62 Axlomátlca lntultlva de Euclldeg,
-{mostras sleÊtórles estratlÍlca- 148
das,53 Áxlomatização, 147
Ámostras al€etórl&s slmples, 52
Ámostra8 ao acaso, 51 B
-{mostras por qúota, 6l
ámostra8 Drobabllístlcas. condl. Blbllografia, 11t, 119, 188
çõeB da8, 52 Blbuografla crÍtlca, 88
-A,mostraa representatloas, 5L Btbuogralta ecaLstlüa, 88
ÁEostra§ sl,sterndtlceE, 6l BlbllogrBfla, êrlstêtrcl& de, 102
.lndr,l,se motto@ctonal, 62 Blbltotrofla fllosóílca, 03, 94
2«l Apêrdlcc
Btbuogrsll3 litroirttôrla, 88 ClêDclss Eáo empÍrlcas, 14
Blbuogr&ü8, orgsDl!8glo ô4, 189 ClêDclas naturals, 1{
BlbllogrsÍta roletíoa, 88 Clêncles BoYeB, 13
Blbllogrollas, tlDos do, 88 Clêtrcla8 DorlttvsB, 10, 116, 136
Blbllotecs, llE e s. ClêEclaB toclalB, ltl, {9, 66, 01
BlbllotêcoroDla, ut Clôaclas soclals: conslaler&gõôt
BlunÍvocs, correrpotrdêBcle, 162 crlucas, 68 e 88.
Bohr, trorla ôa comDlomêntarldadê CteDtíÍlclsDo coDtemDorÀlso, 103
do, 16t, U0 Clontlllco, erperlmento, 131 e E8.
Boolo, álaêbr8s de, 1{? Classe, 32
Brovn-Séquard, autoêrDellênclat cle8sltlcasã.o dsB lorma8 elpressl'
de, 19 vas, 181
Bulca Detódlca, llt ClasrlÍlcsg[o óa8 blpót38e8, 1:16
Codlcólogor, 86, 116
c Coêrôncls sêEeDUce, 160
Coerêncla slDtáttca, 160
Csotlclsmo, 14{ C olrtcidcntlo opposlto?un, 7l
Apêndice 203
s
P
SÁBá,TO, D., 100, 124
PARMÍNIDES, 110, 111, 123, 130 ,SACKSTNDER, W., T60
PâRRY, 41 SÀNTAYANA, Jorgê, 71
PÂSCÂL, 16 SÂRTON, Goorye, 182
PEANO, 148 ,SA.R,TRE, 70, ttz, 129
PEN.E,IJMÂN, 107 scHrlr.Í.rNc, 177
PERIER, 16 SCHII/PP, P. 4., r53
FESSOA, Forna,ndo, 129 §CHOPTNHAT'ER, 1?7
PHILIPPE, Charles L,ouls. 16? §oIII,HL, P. M., 86, 9r
PIAGET,28 SCIÍWÂRTZ.SCHWARTZ, 40
PITÁGOBA§, 84, 117 SEGHEIIÂYE, Msrgrrlts, ?2
PrzztNt, T, 126 SDLl"fiZ, 36, {1 e g.
PIJATÃO, tt, 79, 85, 86, 88, 108, SELYE, Hans, 20 e ss., 112
ttt, tt6, 112, 776 SEMMEITVTEIS, 23 e Bs., 138
POINCA.RÉ, 176 SIIACIITER, 41
PONTY, IÚorloau, 70, 80 SHAI<E§PEá,RE, I3()
POPPER, 138 SIMIIIEIJ, 55
PRIE§TIJUY, 129 SIMON, Hêrbert À, 156
SINNOTT, Edmund W., 188
Q §J,OTI(IN, {O
SóCBATES, tl, 717, 142
QUINE, 170 SOITANEI§, J@ê, 71
Apêndlce 215
v
VÀLÉRY, Paul, 129
x
VARET, G., 120
V,EDA, Rlei, 84 XENOFONTE, 1I?
VEGA, Carlos, 126
VERÁ, Â. Astt, 88
lrERA, trTênclsco, 184 z
YERRIER, I,,e, 17, lg7
VIBA§ORO, Mlsuel Ángel, 63 züRcriER, 86
l'rcToR HUGO, 102, 110 ZYROMSKY, 8., 102
INDTCE DA§ OTTAS ÀTENGIONADAS
Apêuiüoe 22r
POPPER, Karl n. ,a lógLca it6 l@ SCIIIIIII4 P. . IJa. tccD,ôlqU,a, it{-
lnoertlg@lófr cleltqlco. úúrld, pl.llo.oprrc ct .a. orolei, ôa
TecEos, 1002. 138 ttaüall, no tomo: PhllosoDhlo-
RADIN, PBul. frrê autoblog?ol,hy Rouglon ôo lB EacrcloDallb
o, a WÍnncbqo fnd@tr. N€w ItsEsahe. Parts, Itrouls€, 196?,
YolI, Dovêr PubllcatloDs IEc., p. 19-20-21 ê !êt!. 86, 01
Ir.d.] 89 § cHwaRTz-gcH wÀRTz. Pro-
A. "Urô! and llmlts-
RAPOPORT, bloEs lE tnrtlclDalt obgervl-
üoÍB ot Eatüematlc8l Eoilol! tr tloEt- AiLGr toüfi, ol eoc., I"E,
soclal rclence'. In: OBOSB L.' 8a{..10
od. Bymporlt n on soclologlcal SECHEHAYE, tr[a.rgsrltô. L*toblo-
úlcoqr, EvalltoE, Row PstêraoD o"olb tc ú.a o.$.leofiAba,
aarl Company, 1969. 160 BUoDo3 Álrs!, Paliló.. ?2
RU,XE, á, alc|las irc D*írLo, Ll- §EI/YliE, HsEr. Tr.c .t?cso oÍ lío,
üto ire horas, ,'l0 IJoDdr66, I/ongDa[r, GrooD sall
Ccrtos ú *rn loücút poclo, 100 Co,, 1067. (Hé tr.ductro o.D.-
-.
ÉUDNIIR, A /,,orú ire clfiq&crtto Dhol8.) 21, 28
,nlnutoo,80 SIMON, A. Uoilera oÍ ,r@ro. New
íugsnr.r-wnIrEHEAD. P/,nci- Yorf-Íronüon, JohB Wllêy .tril
pla rnatt,crrLatlca; lí8 sons, Inc., 19C1. 156
SIEATO, E!ne.to. Dl cectítor y SINNOT, EdDuDd W. IJa Uologb
ta, ,ar.ta$nas, 100 .re, esplrlta,, Trsducclól ilo Jo.
SACKSTEDER, W. "EleDentos loflEa O!ãorlc. .Láalco-Buoao6
del Eodolo dranÊtlco". ID: Alros, tr.lordo ite Cultura Eco!ó.
tr.' 52. 160
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sAúINGER. Dt ca,ãa6or ocüLo, 78 §LCYIKIN. Lo reuOlór. 6al pctotc,
Ptann t y Zooey, 78 t0
-. soRoKIN, P. A. Acba?,tcc t
§ANTAYANA. Dtdlogos en e, llrn- ',,a.
nb,o ite la ,ocíologl@ ,ttoircfio
bo, 12
g cbatue' afincr. ldsdrtit, ÂAut-
SABTON, $oorts. Tbo hlctory oÍ lrr, 1067, cap. YII. õ0, 00
EclêDceveflus t[ê hlstory oÍ STEENBERGHEN, trorBaEil Y.D.
mêdlclD6. Rsvlsta frl,, Parlr, Dlrectlüc, pur la colf ectlorü
n." XXIII, 4 de Julho de 1986, il'utc mottogrcphle rclont'lllqw
D. 406-1100, 128 cücc appll@tlorae concràlGa ag
SCHELER, Mar. O,0 tlw etcntal fichÇchaa úr ,a gbfioeo?»lc
ln mon, Londres, gCM Pros. tuéitlél)alc, 2. ed., rêvlrr.la 's coÍ:
Ltd. 09 rl8ída, LovslEa, úCltlon! do
§CHILPP, P. À- Thc prtíl,osoprln L'Itrstltüt §uD6rlour alo Ptrllo.o.
ol nüirov Carn@p, tr,oEdrss, Dhlô, l0{9, p, 14-18. 110, 119
Csnbrlalg€ . UDlvorslty Pr3!., STOITXnER ôt sul. §ri.dlr, ír ,o.
l9ü, mc Ltbrary of LlvlBg obt ottohold/gü ol Wo?14 'Íar
Phuor@Derr. 1õ8 ,r, t Eo IV. õ7, 58
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222 Aptodiec
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ttobgll atd tha h*mafr sclancat, Eéallco oÀ . D6tcoDstolotís". In:
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efuorlc Boole, píe ite b Aítr,htslr, Dubltcade !Ê GlrÉ.Bletr-
-, lôO\ao "sor
alnbóllca. Buêno8 Alr€6, Dha. 0Z
DêDsrtaEoBto dê FllosoÍís de
A?ottflrlo Itl lüoroÍla, Itálla. 01
b fbcultsd ile Fllosolla y Le- Cbtslcal gaarterlrr, Dubllclda eE'
tIs5, 1968. t8, 1{8 .L,oEdrê! derde 1900. 92
§emôntlca y m6talÍ6lca (on-
ii -. !8lo). Pubucodo nr;s Atu iras
Cúadêrttot Ite lLosoíla, da, Froul-
); dade rle FlloeoÍla s trêtr.. il8
Boeaiira, Joflúa} irc FLorolh.
UntverÊtdôale Nsclonsl ilc Bue-
Xidlt, §ualaEêrlcano, 1906, D. !oa,alre8.92
103-203. 138
Ceúernos fi,osórlcor, alt UElYor.
VERÂ, FlaDcl8co. "Laa g€oDo-
sldad NscloDel del Lltoral. 92
* trÍas no-euclÍdeaâ", n:
Dlotética, Íundeda por F. OoDsoth
Brele
-, Buenoshlstorta dc ,a geometda.
sm l0{? ( Nouchâtol ), 01, 120
Álies, Iro6aals, 19{8, Dlôlogo}, da UDlvàrslalralo ale Por-
eap. XI, D. 184-166. 18{
to Rlco. 98
VICTOR HUGO. ,?s ,eilrnet oo,-
Dl@nota, ds UnlvorBtdade Nsclo.
oantes, 102
lal Âutônodla do ltrérlco. 92
VIRA§ORO, ![tguel Í-ng€I. fÍrro. Dlôgcr.cc, Dubltcagáo da UNE§CO,
a, eot{illo de lo ler.o-
tt{cclófr lí0r
ncfrotogb ite Eerserr. Ro.árlo, WTC, A reolelD oÍ Oeneral sarrl@n-
Facultad dê X'lloroÍÍs y Lêtrss, úíce, odltads eE Chlcago. 176
19ó0. 68, 06 Êtú$ ,rad,ltaonàt cs, DubUcúda
WA.IIIa JeBE. Eessarl. ( Tomo I ) , 6E Parl!. gâ
Parls, Centro alo DocumsDtatlon oÍ lanOt@e, ptrbll-
?olt tlrotlorls
Urlvorsltslrê, [s.al.j I,.2 s regr. cailB lto! Dorib8cht ( Hol.,ndr ) .
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22C
Apênilice
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