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EM FUNÇÕES PÚBLICAS
FAQ
ÍNDICE
Não é esse o caso do prazo de prescrição do procedimento disciplinar previsto no art.º 178.º, 2
(60 dias), por ser mais desfavorável ao trabalhador do que o prazo do art.º 6.º, 2 do ED/2008 (30
dias). Daí, no caso de instauração de procedimento disciplinar a factos praticados na vigência do
ED/2008, deve ter-se em conta o prazo de 30 dias e não o prazo estabelecido na LTFP.
(art.º 176.º, 3)
A ultrapassagem dos prazos previstos nos art.ºs 178.º, 5 e 220.º, 3 e 4 implica a impossibilidade
de punir o trabalhador contra quem esse processo correu termos.
A novidade que a presente lei traz, é o alargamento do prazo que o superior hierárquico tem
para instaurar processo disciplinar, que passa agora a ser de 60 dias após o seu conhecimento da
infração, desde que não tenha já sido ultrapassado um ano após o cometimento dessa infração.
Este prazo de um ano é alargado, coincidindo com o prazo estipulado na lei criminal, se essa
infração constituir simultaneamente crime.
(art.º 178.º, 3 e 4)
Contudo, como se trata de uma suspensão de prazo, e não de uma interrupção, após cessar esta
suspensão o prazo anterior retoma a sua contagem.
(arts. 178.º, 6 e 7)
Em cada uma destas fases, são conferidos aos intervenientes processuais poderes próprios.
A nova lei passou a regular a matéria das faltas, que dantes era regulada pelo Decreto-Lei n.º
100/99, de 31.3, agora no art.º 15.º e ss. da Lei n.º 35/2014, de 20.6, e nos arts. 133.º e ss. da
LTFP.
Quando um trabalhador deixar de comparecer ao serviço, sem justificação, durante cinco dias
seguidos ou dez dias interpolados, deve o seu superior hierárquico participar, de imediato, tal
facto ao dirigente máximo do serviço (art.º 206.º, 3).
VIII – Apensação
17. Qual a regra da apensação de processos disciplinares?
No caso da instauração de vários processos disciplinares ao mesmo trabalhador, a regra é a da
apensação ao processo que primeiro tenha sido instaurado.
No caso de terem sido instaurado vários processos disciplinares contra o mesmo trabalhador, em
outros órgãos ou serviços onde exerça em acumulação, a apensação far-se-á ao primeiro que
tiver sido instaurado e a instrução de todos pertencerá ao instrutor deste, comunicando-se o
facto instaurador e a decisão aos órgãos ou serviços onde o trabalhador desempenha funções.
(art.º 232.º, 1, 2 e 3)
(art.º 232.º, 6)
Se for ultrapassado esse prazo, prescreve o processo de averiguações, o que faz prescrever
também a possibilidade de instauração de processo disciplinar que daí resultasse.
XI – Suspensão preventiva
21. Quais os requisitos para se poder suspender preventivamente um trabalhador
em processo disciplinar?
Os requisitos são:
a) Que o trabalhador esteja indiciado na prática de infração a que corresponda sanção de
suspensão ou expulsiva (art.º 211º, 2);
b) A presença do trabalhador se revele inconveniente para o serviço ou para o apuramento
da verdade.
(art.º 211º, 1)
(art.º 211º, 3)
No caso dos docentes e não docentes, esse prazo pode ser prorrogado até final do ano letivo, sob
proposta da entidade instauradora do processo disciplinar (art.º 115.º, 8 do ECD, art.º 39.º, 2 do
DL n.º 184/2004, de 29.7).
XII – Acusação
25. Quem tem de ser notificado da acusação?
O trabalhador;
A comissão de trabalhadores, se a houver, ou a associação sindical, se o trabalhador for
representante sindical, mas só:
a) Quando esteja em causa a aplicação de penas de:
1) Demissão;
2) Despedimento disciplinar;
3) Cessação da comissão de serviço.
b) E o trabalhador a isso se não opuser, por escrito, durante a instrução.
O art.º 214.º, 2 e 3 prevê como atuar no caso de o trabalhador não poder ser notificado
pessoalmente da acusação.
XIV – Testemunhas
Na fase de defesa − só pode ser arrolado um máximo de três testemunhas por cada facto, tanto
referente à acusação como à própria defesa (art.º 218.º, 2).
No caso de aplicação das sanções de multa e suspensão, no caso de docentes e não docentes,
esta competência pertence ao Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares.
No caso de decidir discordantemente da proposta instrutora, tem sempre que fundamentar a sua
decisão.
O incumprimento destes prazos implica que o trabalhador não possa mais ser punido por esse
processo.
(art.º 220.º)
b) Nos seus limites máximos − 1 ano, para as penas de repreensão escrita e multa e 2 anos,
para a pena de suspensão.
(art.º 192.º, 2, 3, e 4)