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Corrosão
(aula do Prof. Braga, roteiro elaborado pelo Prof. Rafael e por Tathy Xavier)
1. Introdução
• Corrosão é um processo de degradação de um material pela ação do meio. Neste processo,
ocorre uma troca de elétrons entre um elemento químico do material e um do meio.
• A transferência de elétrons entre o
material é descrita pela reação redox.
Na reação redox, as semi-reações de
oxidação (elemento perde elétrons e
aumenta seu número de oxidação) e
redução (elemento recebe elétrons e
reduz seu número de oxidação)
ocorrem simultaneamente
(Figura 1): Figura 1. Reação redox.
• Tipos de corrosão
o Química (ou seca): ocorre com contato direto entre o material e o agente corrosivo,
sem presença de eletrólito (solução aquosa) e sem formação de corrente elétrica.
Exemplo: formação da ferrugem pela reação entre ferro metálico e oxigênio do ar,
com produção de óxido de ferro.
o Eletroquímica (ou úmida ou galvânica): ocorre na presença de eletrólito (solução
aquosa) e envolve a formação de corrente elétrica. É o tipo mais comum de corrosão
que ocorre na boca.
• O ambiente oral, por ser úmido, sujeito a variações de temperatura e pH, é altamente
propício para a corrosão eletroquímica, e representa um desafio para a longa duração de
restaurações metálicas.
• Outras classes de materiais também estão sujeitas à degradação no ambiente oral. As
cerâmicas, por serem constituídas por óxidos, são altamente resistentes à degradação.
Os polímeros sofrem um processo de degradação pela ação de solventes ou radiações,
mais do que corrosão propriamente dita: a quebra de macromoléculas promove perda de
propriedades mecânicas e alteração de cor, por exemplo.
A maioria dos metais (e ligas metálicas) corrói por estarem em um estado relativamente
mais reativo do que aquele no qual são encontrados na natureza. Normalmente,
elementos metálicos são encontrados na natureza na sua forma oxidada (exemplo: o
minério de ferro hematita é composto por óxidos de ferro). As formas oxidadas dos
elementos metálicos possuem baixo nível de energia interna, o que lhes confere baixa
reatividade e alta resistência à corrosão. Os metais puros são extraídos dos compostos
minerais por processos metalúrgicos que fornecem energia para o sistema. Comparado
ao óxido de ferro, o ferro metálico (Fe0) possui um maior nível de energia interna e, por
isto, é altamente reativo e tende a reagir com o oxigênio do ar para formar ferrugem.
Portanto, os metais na sua forma metálica são pouco estáveis e tendem a oxidar para
retornarem à sua forma de menor nível de energia, como são encontrados na
natureza.
Se dois objetos constituídos por metais diferentes (chamados daqui para frente de
“eletrodos”) são imersos em uma solução (chamada daqui para frente de “eletrólito”) e o
circuito é fechado externamente ao eletrólito (ou seja, os dois eletrodos estão conectados
por um fio condutor), a diferença de potencial (ou seja, a diferença no potencial de
redução entre os eletrodos) resulta na formação de uma corrente elétrica. O sentido de
migração dos elétrons ocorre do metal com menor potencial de eletrodo (que se oxidou
mais e produziu mais elétrons livres) para o metal que tem o maior potencial de eletrodo
(que se oxidou menos e tem, portanto, menos elétrons livres). A diferença de potencial
entre os dois metais é a força eletromotriz que gera a corrente elétrica.
Uma célula galvânica, unidade básica da corrosão eletroquímica, formada pelos seguintes
componentes (Figura 2):
2.2. Tipos de corrosão eletroquímica na boca: é possível a formação de uma célula galvânica
na boca quando objetos metálicos diferentes ou regiões metálicas num mesmo objeto
produzem elétrons livres em taxas diferentes ao entrarem em contato com um eletrólito
como a saliva. A diferença de potencial elétrico provoca a formação de corrente elétrica
quando o circuito é fechado.
2.2.1. Corrosão eletroquímica por metais diferentes: ocorre quando objetos metálicos
diferentes existem na boca. Mesmo que os objetos sejam de uma mesma liga,
diferenças na composição ou microestrutura podem ser suficientes para que um se
comporte como ânodo enquanto o outro se comporta como cátodo.