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Aula 05

Português p/ TRF 2ª Região (com videoaulas)


Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror

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Português TRF 2ªR
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 5

Aula 5: Concordância verbal e nominal.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Tipos de sujeito 1
2. A concordância verbal com o sujeito simples 3
3. A concordância verbal com o sujeito composto 7
4. A concordância utilizando o pronome apassivador “se” 21
5. Concordância com o pronome relativo “que” 23
6. Concordância verbal com o sujeito oracional 25
7. Concordância nominal 59
8. As vozes verbais ativa e passiva 64
9. Questões cumulativas de revisão 80
10. O que devo tomar nota como mais importante? 82
11. Lista das questões apresentadas 83
12. Gabarito 101

Olá, pessoal!
O tema desta aula é muito importante. Então, atenção na teoria, porque
vamos praticar bastante!!!

Bom, na aula 2, vimos a estrutura básica da oração e faltou nos atermos


aos tipos de sujeito, para entendermos a flexão do verbo (concordância
verbal). Nesta aula também vamos trabalhar as possibilidades de flexão do
predicativo e do adjunto adnominal (concordância nominal).

Para realizarmos as questões de concordância da FCC, devemos entender


os tipos de sujeito e a forma como este tema é cobrado. Assim,
primeiro,vamos aos tipos de sujeito.
1. Determinado: É o sujeito que se pode identificar com precisão a partir da
concordância verbal ou do contexto. Pode dividir-se em:

1.1. Simples: constituído de apenas um núcleo (palavra de valor substantivo).


Uma boa Constituição é desejada por todos.
Adj Adn Adj Adn núcleo
sujeito simples predicado

Alguns políticos se corrompem.


Adj Adn núcleo
sujeito simples predicado

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No primeiro exemplo, a locução verbal “é desejada” concorda com o
núcleo “Constituição”, que é um substantivo no singular. No segundo exemplo,
o verbo “corrompem” concorda com o núcleo “políticos”, que é um substantivo
no plural.
Tome cuidado quando o sujeito for extenso, pois o verbo fica distante do
núcleo do sujeito e algumas vezes pode haver confusão na flexão do verbo:
O valor das mensalidades dos cursos preparatórios para a carreira
jurídica subiu muito no último semestre.
Perceba que o verbo “subiu” se flexionou corretamente no singular, por
concordar com o núcleo do sujeito “valor”, que é um substantivo no singular.
Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009)
Analisando a estrutura sintática, o verbo indicado entre parênteses
deverá adotar uma forma do plural para preencher corretamente a lacuna da
seguinte frase?
...... (atingir) a quem quer que descumpra a LRF rigorosas sanções,
inclusive a da perda de liberdade.
SIM. O sujeito de “atingir” é a expressão “rigorosas sanções”. A
Fundação Carlos Chagas deixou o sujeito bem distante do verbo justamente
para confundir o candidato. A ordem natural dos termos seria:
Rigorosas sanções, inclusive a da perda de liberdade, atingem a quem quer
que descumpra a LRF.
Perceba que o verbo “atingem” é transitivo indireto, o termo “a quem
quer que descumpra a LRF” funciona como objeto indireto. Sabendo-se que o
verbo não pode concordar com o objeto, mas com o sujeito, é o termo
“Rigorosas sanções” que leva o verbo para o plural.
Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009)
O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural
para preencher corretamente a lacuna da seguinte frase?
O estabelecimento de normas e prazos para a divulgação das contas públicas
...... (favorecer) a fiscalização popular.
NÃO. O sujeito de “favorecer” é a expressão “O estabelecimento de
normas e prazos para a divulgação das contas públicas”. Agora os termos
estão na ordem normal. A FCC quis confundir o candidato inserindo o
complemento nominal composto “de normas e prazos”. Muita gente acaba
confundindo esse elemento composto, pensando que o verbo deveria ficar no
plural, mas note que este termo é iniciado pela preposição “de”, com a função
de complemento nominal. O verbo concorda com o núcleo do sujeito
“estabelecimento”, que está no singular. Assim:
O estabelecimento de normas e prazos para a divulgação das contas públicas
favorece a fiscalização popular.
Perceba que o verbo “favorece” é transitivo direto e o termo “a
fiscalização popular” é o objeto direto.
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Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009)
A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase?
A maior diversidade entre as plantas conhecidas do Cerrado estão na família
dos capins e de outras plantas herbáceas.
NÃO. A banca quis confundir o candidato, colocando o verbo “estão”
concordando com “plantas”, porém esta palavra está precedida da preposição
“entre”, o que mostra que não é o núcleo do sujeito. O verbo deve flexionar-se
no singular, porque o núcleo é o substantivo “diversidade”. Veja:
A maior diversidade entre as plantas conhecidas do Cerrado está na família
dos capins e de outras plantas herbáceas.
Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009)
A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase?
A região do Cerrado, com a beleza e a biodiversidade de suas plantas,
algumas delas usadas como medicamentos, representam um enorme tesouro,
boa parte ainda desconhecido.
NÃO. A banca inseriu um monte de palavras no plural “plantas”,
“algumas”, “delas”, “medicamentos”, entre o sujeito e o verbo. Tudo isso para
confundir o candidato; mas nenhuma delas é o núcleo do sujeito. O verbo deve
flexionar-se no singular por concordar com o núcleo do sujeito “região”.
Pode-se ficar na dúvida quanto à flexão no masculino de “desconhecido”.
Este adjetivo se refere a “boa parte”, por isso o natural seria sua flexão no
feminino; mas não há erro na concordância no masculino, tendo em vista que
implicitamente entendemos a referência ao substantivo “tesouro”. Veja:
A região do Cerrado, com a beleza e a biodiversidade de suas plantas,
algumas delas usadas como medicamentos, representa um enorme tesouro,
boa parte ainda desconhecido.
Assim, é importantíssimo verificar qual é o núcleo do sujeito, para saber
a flexão do verbo. Se o núcleo do sujeito estiver no singular, o verbo se
flexionará no singular; se estiver no plural, verbo no plural. Mas não se pode
dizer que será sempre assim. Pode haver concordâncias diferentes,
dependendo da intenção do autor, do valor semântico ou até da ênfase. Dessa
forma, é necessário aprendermos a concordância verbal com base no sujeito
simples.

A concordância verbal com o sujeito simples:


a) O verbo concorda com o sujeito simples em pessoa e número.
Os brasileiros necessitam de bons políticos.
De paz necessitam as pessoas.
b) As expressões partitivas a maior parte, grande parte, a maioria,
grande número, acompanhadas de adjunto adnominal no plural, fazem o

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verbo concordar com o núcleo do sujeito ou com o especificador (adjunto
adnominal).
Veja a construção abaixo:
Adj Adn

A maior parte dos constituintes se retirou.

Essa é a concordância literal, pois o substantivo “parte” é o núcleo do


sujeito. Porém, percebemos que esse vocábulo não possui a carga semântica
(sentido) principal dentro do sujeito, pois o vocábulo “constituintes” denota
mais clareza sobre o ser de quem se está falando. Por essa possibilidade de
interpretação, vários autores começaram a concordar com o adjunto
adnominal, para enfatizá-lo. Veja:
A maior parte dos constituintes se retiraram.
Obs.: Os termos sublinhados apenas mostram didaticamente com quem o
verbo concorda. Não significa que serão sempre o núcleo do sujeito.
Veja outros exemplos:
Grande parte dos torcedores aplaudiu a jogada.
Grande parte dos torcedores aplaudiram a jogada.
A maioria dos constituintes votou.
A maioria dos constituintes votaram.
c) O mesmo ocorre com o substantivo coletivo com especificador no plural
(adjunto adnominal). Isso pode levar o verbo ao singular ou ao plural. Veja:
Um bando de ladrões invadiu a festa.
Um bando de ladrões invadiram a festa.
d) Com a expressão mais de + numeral, o verbo concorda com o numeral
Mais de um candidato prometeu melhorar o país.
Mais de duas pessoas vieram à festa.
Porém, se o verbo contiver pronome de reciprocidade, concordará no
plural:
Mais de um sócio se insultaram. (um ao outro)
Também ocorrerá concordância no plural se houver repetição desta
expressão:
Mais de um candidato, mais de um representante faltaram à reunião.
e) Expressões que denotam quantidade aproximada perto de, cerca de,
menos de, somadas a núcleo do sujeito no plural, levam o verbo ao plural:
Perto de quinhentos presos fugiram.
Cerca de trezentas pessoas ganharam o prêmio.
Menos de duas pessoas fizeram isto.
f) Substantivos só usados no plural fazem com que a concordância dependa
da presença ou não de artigo.
Sem artigo - verbo no singular

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Férias faz bem.
Estados Unidos cresceu 0,8 % economicamente neste ano.
Minas Gerais produz muito leite.
Precedidos de artigo plural - verbo no plural
As férias fazem bem.
Os Estados Unidos cresceram 0,8 % economicamente neste ano.
As Minas Gerais produzem muito leite.
No tocante a nome de lugar, isso tem uma razão semântica. Quando se
insere o artigo nessa situação, quer-se enfatizar a origem do nome, por
exemplo, “Estados Unidos” (apenas uma nação), “Minas Gerais” (apenas um
estado); mas “Os Estados Unidos” (os vários estados, unidos por uma só
Constituição); “As Minas Gerais” (as várias minas de extração existentes na
região).
Por extensão, encaixam-se nesta regra os nomes plurais de obras literárias.
A obra literária de nome plural com artigo necessita de concordância no plural.
Note que quem inseriu o artigo foi o próprio autor. Com isso, ele quis enfatizar
este substantivo, fazendo com que o verbo concorde no plural, justamente
para preservar o sentido original:
Os lusíadas contam um pouco da história das Grandes Navegações.
Os Sertões relatam o sofrimento do sertanejo nordestino.
Agora, veja a concordância com nome de obra no plural, mas que o
autor preferiu não utilizar o artigo, para generalizar. Naturalmente o verbo
concorda no singular:
Memórias Póstumas de Brás Cubas narra a história de um personagem
defunto.
Entretanto, se queremos enfatizá-lo, poderemos inserir o artigo. Dessa
forma, a concordância passa a ser também no plural:
As Memórias Póstumas de Brás Cubas narram a história de um
personagem defunto.
Quando há o verbo “ser” nestas construções, tudo vai depender do termo
que vier depois – o predicativo. Estando no plural, esse verbo flexionar-se-á no
plural; no singular, verbo no singular. Veja:
Os Lusíadas é uma obra da Literatura Portuguesa.
Os Lusíadas são belas interpretações da história portuguesa
Essas são as concordâncias literais, mas admite-se também a
concordância ideológica (silepse) com a palavra “obra” implícita na frase ("Os
Lusíadas" exalta a grandeza do povo português). Em concurso, essa silepse
deve ser evitada, por isso o ideal é a forma:
"Os Lusíadas" exaltam a grandeza do povo português.
g) quando o sujeito é número percentual, deve-se observar a posição do
número percentual em relação ao verbo:

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Obs.: Os termos sublinhados apenas mostram didaticamente com quem o


verbo concorda. Não significa que serão sempre o núcleo do sujeito.
Verbo concorda com termo posposto ao número:
80% da população tinha mais de 18 anos.
Um por cento dos sócios saíram da empresa.
É rara a construção, mas é aceita a concordância também com o numeral:
80% da população tinham mais de 18 anos.
Um por cento dos sócios saiu da empresa.
Verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele:
Perderam-se 40% da lavoura.
Verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no
plural:
Os 87% da produção perderam-se.
Aqueles 30% do lucro obtido desapareceram.
Verbo concorda com o número quando esse estiver sem o termo posposto:
1% chegou mais tarde.
2% fizeram a margem consignável.
h) Quando o sujeito for número fracionário, o verbo concorda com o
numerador:
1/4 da turma faltou ontem.
3/5 dos candidatos foram reprovados.
i) A expressão “Cada um de” enfatiza a parte separada de um todo, por
isso, na função de sujeito, leva o verbo ao singular:
Cada um dos candidatos poderá requerer recurso apenas uma vez.
j) Concordância com pronomes indefinidos, interrogativos e de tratamento:
Tome cuidado na concordância verbal com o sujeito formado por
pronome indefinido (alguns, nenhuns, vários, muitos) ou pronome
interrogativo (quais, quantos), seguido das expressões de nós ou de vós:
I - Se os pronomes indefinido ou interrogativo se encontrarem no
singular, o verbo obrigatoriamente concordará com ele (no singular):
Algum de nós recusou-se a colaborar.
Qual de vós assumirá a autoria do crime?
II - Se os pronomes indefinido ou interrogativo se encontrarem no plural,
o verbo poderá concordar com o núcleo ou com a expressão periférica (de nós,
de vós) a depender da ênfase e muitas vezes do sentido:

Alguns de nós são omissos. Alguns de nós somos omissos.


O autor se exclui do grupo. O autor se inclui no grupo.

Quais de vós foram insultados? Quais de vós fostes insultados?

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III - Quando os pronomes de tratamento se encontram na função de
sujeito, o verbo e pronomes adjetivos flexionam-se na terceira pessoa do
singular e os adjetivos podem concordar literalmente (com a palavra feminina
Excelência, Alteza, etc) ou por silepse (concordância com a pessoa do sexo
masculino ou feminino):
Vossa Excelência está cansado, deputado!
Vossa Senhoria remeteu seu documento ao endereço errado.
1.2. Sujeito determinado composto: formado por mais de um núcleo:
Manuel e Cristina pretendem casar-se.
núcleo conj. núcleo predicado
aditiva

Deve-se notar que normalmente o verbo concorda no plural, tendo em vista


haver dois ou mais núcleos, mas nem sempre ocorrerá assim, por isso é
importante listar a seguir a concordância verbal com base no sujeito composto.
A concordância verbal com o sujeito composto:
a) Quando o sujeito composto estiver posposto ao verbo, este poderá
concordar com todos os núcleos (concordância literal) ou com o mais próximo
(concordância atrativa):
Discutiram muito o chefe e o funcionário.
Discutiu muito o chefe e o funcionário.
Se houver ideia de reciprocidade, o verbo vai para o plural:
Estimam-se o chefe e o funcionário.
Quando o verbo “ser” está acompanhado de substantivo no plural, o verbo
também se pluraliza:
Foram vencedores Pedro e Paulo.
b) Quando o sujeito composto for constituído por núcleos sinônimos, o
verbo flexiona-se no singular ou plural. Então a concordância dependerá
bastante da ênfase:
O rancor e o ódio cegou o amante.
O desalento e a tristeza abalaram-me.
Cabe aqui observar que não é simplesmente dizer que a concordância no
singular ou plural é facultativa. Ela depende da intenção do autor. Com isso se
observa que o autor normalmente flexiona o verbo no singular para enfatizar a
proximidade de sentido dos substantivos que formam o sujeito composto.
c) Com núcleos em gradação, o verbo pode concordar com a totalidade
(plural) ou com o último substantivo, enfatizando-o:
Um minuto, uma hora, um dia passam rápido.
Um minuto, uma hora, um dia passa rápido.
Observação: a gradação é um recurso estilístico em que há uma enumeração
de ideias de forma crescente ou decrescente. Note que neste exemplo há uma
enumeração crescente.

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d) Quando o sujeito composto estiver ligado por nem, verbo no plural
(adição de duas negações):
Nem o conforto, nem a glória lhe trouxeram a felicidade.
e) Quando o sujeito composto estiver ligado por ou, faz-se a concordância
em função da ideia transmitida pelo ou. Com valor de exclusão, verbo no
singular:
José ou Pedro será eleito para o cargo.
Perceba que só um dos dois será eleito, porque há apenas um cargo,
com isso o verbo fica no singular. Porém, se houvesse a troca de “o cargo”
para “os cargos”, o verbo flexionar-se-ia no plural (“serão”), porque os dois
ocupariam os cargos e naturalmente a conjunção “ou” passaria de exclusão
para inclusão.
Com valor de inclusão ou oposição, verbo no plural:
Matemática ou Física exigem raciocínio lógico.
Riso ou lágrimas fazem parte da vida.
No primeiro exemplo, note que as duas disciplinas exigem raciocínio
lógico, não é só uma delas. No segundo exemplo, tanto o riso quanto as
lágrimas fazem parte da vida, não é apenas um deles.
f) Concordância com pronomes:
I – Com a expressão um e outro, o verbo poderá se flexionar no
singular, admitindo-se também o plural:
Um e outro falava a verdade. Um e outro falavam a verdade.
Mas, se houver reciprocidade, o verbo ficará no plural:
Um e outro se agrediram.
II – Com a expressão um ou outro, a concordância dependerá do valor
de exclusão ou de inclusão da conjunção alternativa ou:
Um ou outro candidato chegará à cadeira da presidência. (exclusão: apenas um)
Um ou outro país pobre sairão da condição de miséria. (inclusão: pode ser mais
de um)

Na segunda frase, pode-se observar também a possibilidade de verbo no


singular, quando não se precisa avivar a ideia de adição, inclusão, pois é
tomado de valor geral:
Um ou outro país pobre sairá da condição de miséria. (de maneira geral)
III – Com a expressão nem um nem outro, o verbo fica no singular:
Nem um nem outro comentou o fato.
IV - Quando houver sujeito composto de pronomes pessoais do caso
reto de diferentes pessoas gramaticais, a primeira pessoa do plural prevalece
sobre as outras, por subentender o pronome “nós”:
Eu, tu e ele faremos a prova. (=nós)

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Geralmente, a segunda pessoa prevalece sobre a terceira, por se
subentender “vós”. Como o brasileiro prefere o pronome “vocês” ao pronome
“vós”, é fácil encontrar a concordância em terceira pessoa do plural:
Tu e ele fareis a prova. (=vós)
Tu e ele farão a prova. (=vocês)
Como vimos anteriormente na concordância com o sujeito composto,
se o sujeito estiver posposto, também vale a concordância atrativa:
Por que faltastes tu e teus amigos às provas? (=vós)
Por que faltaram tu e teus amigos às provas? (=vocês)
Por que faltaste tu e teus amigos às provas? (atrativa: tu)
g) Quando o sujeito composto estiver ligado por como, assim como, bem
como (formas correlativas de adição), deve-se preferir o plural, sendo mais
raro o singular:
Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades.
Tanto uma como a outra suplicava-lhe o perdão.
h) Quando o sujeito composto estiver ligado por com, deve-se observar
presença ou não de vírgulas:
Sem vírgulas:
Eu com outros amigos limpamos o quintal.
O verbo concorda com os dois núcleos do sujeito composto “eu” e
“amigos”, por isso se flexiona no plural:
Com vírgulas:
O presidente, com os ministros, desembarcou em Brasília.
As vírgulas mostram que o sujeito não é composto, pois elas destacam
um novo termo entre o sujeito simples e o verbo. Este termo intercalado é o
adjunto adverbial de companhia. Assim, o verbo concorda com o núcleo do
sujeito simples “presidente”. Como este se encontra no singular, o verbo
também se flexiona no singular.
i) Quando o sujeito composto é resumido por um pronome-síntese
(aposto recapitulativo), o verbo concorda apenas com este pronome:
Risos, gracejos, piadas, nada a alegrava.

1.3. Sujeito determinado oculto ou desinencial: é o que ocorre quando a


terminação verbal (primeiras e segundas pessoas e a terceira do imperativo)
dispensa o uso do pronome pessoal correspondente:
Estou muito feliz. (eu) Estás muito feliz. (tu)
Para o teu carro. (tu, no imperativo) Pare o seu carro. (você, no imperativo)
Voltaremos logo! (nós) Voltastes logo! (vós)

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1.4. Sujeito determinado elíptico: aquele que mantém o verbo na 3ª
pessoa do discurso e obrigatoriamente necessita do contexto para permitir
saber de quem se trata.
Os alunos ficaram descontentes com a atitude do professor. Deixaram de ir à
aula no dia seguinte.
Percebe-se que o sujeito do verbo “ficaram” está determinado
explicitamente no texto pelo substantivo “alunos”; porém o sujeito da locução
verbal “deixaram de ir” está implícito no contexto, por omissão, para que não
haja repetição da palavra “alunos”. Por esse motivo, temos o sujeito elíptico,
que significa omissão. Ele depende exclusivamente do contexto, sem ele não
há sujeito elíptico, mas sim, sujeito indeterminado.
Algumas gramáticas admitem a elipse fazendo parte do sujeito oculto.
Para essas gramáticas, o sujeito oculto (ou desinencial) é mais amplo, não
necessita possuir verbo na primeira ou segunda pessoas, mas também admite
a terceira. Basta que não haja literalmente a palavra no texto, mas esteja
facilmente subentendida. Bom, mas isso é apenas nomenclatura, algo que a
FCC não cobra, ela quer que você atente a que palavra o verbo se refere, para
saber a concordância.

2. Indeterminado
Quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o
predicado da oração se refere. Há dois casos muito cobrados pela FCC, sempre
focando a flexão do verbo:
a) Com o verbo na terceira pessoa do plural sem o sujeito escrito no texto:
Falaram bem de você.
Colocaram o anúncio.
Alugaram o apartamento.
Observe que não há referência a outra palavra como o verbo do sujeito
elíptico faz.
b) Com o “índice de indeterminação do sujeito” se e verbo no singular:
Precisa -se de ajudantes.
VTI IIS objeto indireto

Os verbos transitivos indiretos (VTI), intransitivos (VI) e de ligação (VL),


quando acrescidos do pronome “se” (índice de indeterminação do sujeito),
terão sujeito indeterminado e devem ficar sempre no singular:
Trata-se de casos delicadíssimos. (verbo transitivo indireto)
Vive-se melhor fora das cidades grandes. (verbo intransitivo)
É-se muito pretensioso na adolescência. (verbo de ligação)
3. Oração sem sujeito
Ocorre quando a oração tem apenas o predicado, isto é, o verbo é
impessoal. É importante saber quando uma oração não possui sujeito, tendo
em vista que o verbo deve se flexionar na terceira pessoa do singular. Os
casos mais importantes ocorrem com:

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I - Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Venta muito naquela cidade. Amanhã não choverá.
Amanheceu! Choveu pouco no último mês.
Há de se ressaltar que não ocorre sujeito nesse tipo de construção, pois
o suposto sujeito manteria o mesmo radical do verbo, o que implicaria uma
repetição viciosa. (A chuva chover; O vento ventar; A neve nevar).
Justamente por isso muitos compositores e poetas utilizam essa
repetição por sonoridade, estilo; estrutura altamente produtiva numa
linguagem literária. Nesse caso, passaria a sujeito determinado simples, como
nos exemplos.
Mas também pode ocorrer a possibilidade de o sujeito não receber o
mesmo radical do verbo, como em “Amanheceu um lindo dia!”; “Amanheceram
lindos dias!”. Esse verbo passa a ter sujeito determinado simples.
Por esse princípio, quando esses verbos estão empregados de forma
figurada, naturalmente recebem sujeito com radical distinto; assim o verbo
concorda com ele:
Choveram recursos contra a última questão da prova. (“recursos” é sujeito)
II - Verbo haver significando existir, ocorrer:
Havia muitas pessoas na sala.
Há vários problemas na empresa.
Tome cuidado quando esse verbo for o principal numa locução verbal.
Seu verbo auxiliar não pode se flexionar. Veja:
Deve haver vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo)
Tem havido vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo)
Está havendo vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo)
Mas, quando se substitui o verbo “haver” por seus sinônimos “existir” ou
“ocorrer”, passa-se a sujeito determinado simples. Veja:
Existem vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito)
Devem existir vários problemas na empresa.(“vários problemas” é o sujeito)
Têm ocorrido vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito)
Estão ocorrendo vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito)
III - Verbos haver e fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno natural:
O que importa é perceber que o verbo fica flexionado no singular. Veja:
Já faz meses que não viajo com ele. (É a primeira oração que não tem sujeito)
Há três anos não vejo minha família. (É a primeira oração que não tem sujeito)
Há quatro dias não a vejo. (É a primeira oração que não tem sujeito)
Faz muito frio na Europa.
IV- Verbos ser, estar e ir (este, quando seguido de para) na indicação de
tempo.
São três horas.
Hoje são dez de setembro.
Hoje está muito frio.
Já vai para 4 anos que não leio esse jornal. (É a primeira oração que não tem sujeito)

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O verbo “ser” possui concordância peculiar. Observe que esse verbo
concorda com a quantidade de tempo. Não quer dizer que “três horas” e “dez
de setembro” (nas orações acima) sejam sujeitos.
Observação: Deve-se lembrar de que todos os verbos vistos podem fazer
parte de uma locução verbal. Assim, sendo eles os verbos principais, devem os
verbos auxiliares flexionar-se conforme visto acima:
Deve ventar muito naquelas cidades.
Amanhã não deve chover.
Podia haver muitas pessoas na sala.
Pode ter havido muitas pessoas na sala.
Está fazendo muito frio na Europa.
Devem ser três horas.
Já deve ir para quatro anos que não leio esse jornal.

Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT 18ªR 2008)


O termo sublinhado está corretamente flexionado?
Com a vigência do acordo recente entre países de língua portuguesa, pode
haver mudanças na ortografia.
SIM. A locução “pode haver” possui o verbo “haver” no sentido de
“existir, ocorrer”, por isso é impessoal, devendo se flexionar no singular.
Chega de ver teoria!!!! Agora, vamos praticar um pouco. Note nas
questões que devemos primeiramente localizar o verbo. Em seguida devemos
procurar o termo sem preposição de quem o verbo fala.
Vamos tentar?!!!

Questão 1: CNMP 2015 Apoio Jurídico (banca FCC)


Fragmento do texto: Trata-se de argumento desafiador. O autor busca
promover uma reviravolta da óptica comum sobre o tema.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A frase Trata-se de argumento desafiador está articulada em consonância com
as normas da gramática normativa, assim como o está a frase "Tratam-se de
expedientes jurídicos corriqueiros".
Comentário: O verbo “Trata” deve se manter no singular, por ser transitivo
indireto, o pronome “se” ser o índice de indeterminação do sujeito e o termo
“de argumento desafiador” ser apenas o objeto indireto, o qual não interfere
na concordância. Assim, mesmo havendo o objeto indireto plural “de
expedientes jurídicos corriqueiros”, o verbo deve se flexionar na terceira
pessoa do singular.
Portanto, a afirmativa está errada.
Gabarito: E

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Questão 2: TCE CE 2015 Analista de Controle Externo (banca FCC)
O verbo indicado entre parênteses deve flexionar-se de modo a concordar com
o elemento sublinhado na seguinte frase:
(A) A rejeição que demonstra Coutinho a preconceitos sociais (distinguir)
sua obra da de outros documentaristas.
(B) Grupos ou classes sociais, numa visão a distância, não (merecer) desse
cineasta qualquer atenção especial.
(C) Não (dever) satisfazer-se um bom documentarista com os paradigmas já
cristalizados.
(D) Aos tipos sociais já reconhecidos (faltar) a imprescindível singularização
dos indivíduos.
(E) Sertanejos nordestinos e peões de fábrica são designações que não
(derivar) senão de uma mera tipologia.
Comentário: Neste tipo de questão, devemos observar se o termo grifado é o
sujeito do verbo entre parênteses.
A alternativa (A) é a correta, pois, ao excluirmos a oração subordinada
adjetiva restritiva “que demonstra Coutinho a preconceitos sociais”, sobra a
oração principal “A rejeição ... distingue sua obra da de outros
documentaristas”. Assim, fica fácil notarmos que o termo “A rejeição” é o
sujeito do verbo “distinguir”. Veja:
A rejeição que demonstra Coutinho a preconceitos sociais distingue sua obra
da de outros documentaristas.
A alternativa (B) está errada, pois o termo “Grupos ou classes sociais” é
o sujeito do verbo “merecer”. Já o termo “cineasta” é o núcleo do objeto
indireto do verbo “merecer”. Veja:
Grupos ou classes sociais, numa visão a distância, não merecem desse
cineasta qualquer atenção especial.
A alternativa (C) está errada, pois a locução verbal “dever satisfazer-se”
tem como sujeito o termo “um bom documentarista”. Já o substantivo
“paradigmas” é o núcleo do objeto indireto dessa mesma locução verbal, pois
entendemos que alguém não deve se satisfazer com alguma coisa. Veja:
Não deve satisfazer-se um bom documentarista com os paradigmas já
cristalizados.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “faltar” é transitivo indireto, o
sujeito é o termo “a imprescindível singularização dos indivíduos” e o objeto
indireto é o termo “Aos tipos sociais já reconhecidos”. Veja:
Aos tipos sociais já reconhecidos falta a imprescindível singularização dos
indivíduos.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo transitivo indireto “derivar”
tem como sujeito o pronome relativo “que”, o qual retoma “designações”.
Além disso, o termo “de uma mera tipologia” é apenas o objeto indireto. Veja:
Sertanejos nordestinos e peões de fábrica são designações que não derivam
senão de uma mera tipologia.
Gabarito: A
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Questão 3: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)


O verbo grifado que concorda com um sujeito composto está em:
(A) Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que
proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do trabalho nas
sociedades industriais.
(B) Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato
que os jargões têm claras funções simbólicas...
(C) Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas
expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e
hermético, como por seu viés pretensioso.
(D) Na época, já figuravam entre as suas características o uso de termos de
línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e
eufemismos, exatamente como vemos hoje.
(E) Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato
que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a
incentivar o “espírito de corpo”...
Comentário: Para resolver esta questão, devemos atentar ao sujeito
composto. Lembre-se de que este tipo de sujeito possui dois ou mais núcleos.
Na alternativa (A), o verbo “proliferaram” encontra-se flexionado no
plural, porque seu sujeito está subentendido (elíptico) e faz subentender “os
jargões”. O termo composto “nos séculos 19 e 20” é apenas o adjunto
adverbial de tempo. Confirme:
Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que
proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do trabalho nas
sociedades industriais.
Na alternativa (B), o verbo “têm” encontra-se flexionado no plural,
porque seu sujeito simples é “os jargões”. Confirme:
Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que
os jargões têm claras funções simbólicas...
Na alternativa (C), o verbo “abrigarem” encontra-se flexionado no
plural, porque seu sujeito está subentendido (elíptico) e faz subentender “os
jargões”. O termo composto “postiço e hermético” é apenas o adjunto
adnominal. Confirme:
Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas
expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético,
como por seu viés pretensioso.
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “figuravam” encontra-se
flexionado no plural, porque seu sujeito composto é “o uso de termos de
línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e
eufemismos”. Confirme:
Na época, já figuravam entre as suas características o uso de termos de
línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de
metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje.
Na alternativa (E), o verbo “visam” encontra-se flexionado no plural,

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porque seu sujeito está subentendido (elíptico) e faz subentender “os
jargões”. Confirme:
Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que
os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o
“espírito de corpo”...
Gabarito: D

Questão 4: SABESP 2014 Advogado (banca FCC)


Considerada a substituição do segmento grifado pelo que está entre
parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá permanecer no
singular está em:
(A) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de
gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central)
(B) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia...
(Estudos como o que acabou de ser publicado)
(C) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores)
(D) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa
sociedade... (as mudanças do clima)
(E) No sistema havia também uma estação... (várias estações)
Comentário: Neste tipo de questão, basta encontrar o sujeito da estrutura
oracional. Estando ele no plural, o verbo deve se flexionar no plural.
Na alternativa (A), o núcleo do sujeito “civilização” mantém o verbo
“tinha” no singular. Como o núcleo do sujeito foi substituído pelo plural
“povos”, o verbo também deve se flexionar no plural, ficando da seguinte
forma:
os povos que habitavam a América Central tinham um método
sustentável de gerenciamento da água.
Na alternativa (B), o núcleo do sujeito “estudo” mantém o verbo
“mostra” no singular. Como o núcleo do sujeito foi substituído pelo plural
“estudos”, o verbo também deve se flexionar no plural, ficando da seguinte
forma:
Estudos como o que acabou de ser publicado mostram que a civilização
maia...
Na alternativa (C), o núcleo do sujeito “pesquisador” mantém o verbo
“disse” no singular. Como o núcleo do sujeito foi substituído pelo plural
“pesquisadores”, o verbo também deve se flexionar no plural, ficando da
seguinte forma:
... disseram os pesquisadores à Folha de S. Paulo.
Na alternativa (D), o núcleo do sujeito “mudança” mantém o verbo
“contribuiu” no singular. Como o núcleo do sujeito foi substituído pelo plural
“mudanças”, o verbo também deve se flexionar no plural, ficando da seguinte
forma:

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Segundo ele, as mudanças do clima contribuíram para a ruína dessa
sociedade...
A alternativa (E) é a que deve manter o verbo no singular, pois “havia”
encontra-se no sentido de existir. Portanto, não tem sujeito e o termo “uma
estação” é apenas o objeto direto, o qual não interfere na concordância
verbal. Veja:
No sistema havia também uma estação...
No sistema havia também várias estações...
Gabarito: E

Questão 5: TRT RJ 2013 Técnico Judiciário – Área Administrativa (banca FCC)


Substituindo-se o segmento em destaque pelo colocado entre parênteses ao
final da frase, o verbo que deverá manter-se no singular está em:
(A) Houve um sonho monumental... (sonhos monumentais)
(B) Bem disse Le Corbusier que Niemeyer... (os que mais conheciam a sua
obra)
(C) Assim pensava o maior arquiteto... (grandes arquitetos como
Niemeyer)
(D) O comunismo resolve o problema da vida... (As revoluções vitoriosas
da esquerda)
(E) Niemeyer vira a possibilidade... (Os arquitetos da geração de
Niemeyer)
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “Houve” encontra-se
no sentido de existir. Assim, não possui sujeito, é transitivo direto, e o termo
“um sonho monumental” é o objeto direto. Portanto, estando o objeto direto
no plural ou no singular, o verbo “Houve” deve permanecer no singular.
A alternativa (B) está errada, pois o sujeito do verbo “disse” é “Le
Corbusier”. Com o sujeito no plural “os” (pronome demonstrativo, o qual é
seguido da oração “que mais conheciam a sua obra”), o verbo deve se
flexionar no plural:
Bem disseram os que mais conheciam a sua obra que Niemeyer...
A alternativa (C) está errada, pois o sujeito do verbo “pensava” é “o
maior arquiteto”. Com o sujeito no plural “grandes arquitetos como
Niemeyer”, o verbo deve se flexionar no plural:
Assim pensavam grandes arquitetos como Niemeyer...
A alternativa (D) está errada, pois o sujeito do verbo “resolve” é “O
comunismo”. Com o sujeito no plural “As revoluções vitoriosas da
esquerda”, o verbo deve se flexionar no plural:
As revoluções vitoriosas da esquerda resolvem o problema da vida...
A alternativa (E) está errada, pois o sujeito do verbo “vira” é
“Niemeyer”. Com o sujeito no plural “Os arquitetos da geração de
Niemeyer”, o verbo deve se flexionar no plural:
Os arquitetos da geração de Niemeyer viram a possibilidade...

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Gabarito: A
Questão 6: TRT 11ªR 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)
O verbo que se mantém corretamente no singular, apesar das alterações
propostas entre parênteses para o segmento grifado, está na frase:
(A) É o desafio do nosso tempo. (os desafios)
(B) E isso quando a própria FAO alerta ... (os especialistas da própria
FAO)
(C) E que a produção precisará crescer 70% até 2050 ... (a produção de
alimentos)
(D) Tudo acontece num cenário paradoxal. (Todos os problemas)
(E) Um relatório da própria FAO assegura ... (Os dados de um relatório)
Comentário: Na alternativa (A), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do
sujeito singular “desafio” mudou para o núcleo plural “desafios”.
É o desafio do nosso tempo.
São os desafios do nosso tempo.
Na alternativa (B), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do sujeito
singular “FAO” mudou para o núcleo plural “especialistas”.
E isso quando a própria FAO alerta ...
E isso quando os especialistas da própria FAO alertam ...
A alternativa (C) é a correta, pois não há por que alterar a flexão do
verbo, tendo em vista que o núcleo do sujeito singular “produção” se manteve
na segunda estrutura.
E que a produção precisará crescer 70% até 2050 ...
E que a produção de alimentos precisará crescer 70% até 2050 ...
Na alternativa (D), deve haver a flexão verbal pois o núcleo do sujeito
singular “Tudo” mudou para o núcleo plural “problemas”.
Tudo acontece num cenário paradoxal
Todos os problemas acontecem num cenário paradoxal
Na alternativa (E), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do sujeito
singular “Valongo” mudou para o núcleo plural “adjacências”.
Um relatório da própria FAO assegura ...
Os dados de um relatório da própria FAO asseguram ...
Gabarito: C
Questão 7: Banese 2012 Técnico Bancário (banca FCC)
O verbo flexionado no singular que também poderia ter sido flexionado no
plural, mantendo-se a correção da frase, está em:
(A) ... a primeira delas diz respeito à neutralidade...
(B) ... o avanço tecnológico produz um crescimento de empregos...
(C) A maioria dos economistas acredita nisso...
(D) ... a preocupação rotineira dos economistas em geral é a capacidade de
as economias...
(E) ... não existe uma relação direta entre crescimento econômico e maior
empregabilidade...
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Comentário: A questão pede a alternativa que admita a concordância
facultativa.
Na alternativa (A), o verbo “diz” deve se flexionar no singular, para
concordar com o núcleo do sujeito “primeira”.
Na alternativa (B), o verbo “produz” deve se flexionar no singular, para
concordar com o núcleo do sujeito “avanço”.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “acredita” pode se flexionar
no singular ou no plural, tendo em vista que o sujeito apresenta a expressão
partitiva “A maioria dos”. Assim, o verbo pode concordar com o núcleo do
sujeito (“maioria”) ou com adjunto adnominal plural (“dos economistas”).
Na alternativa (D), o verbo “é” deve se flexionar no singular, para
concordar com o núcleo do sujeito “preocupação”.
Na alternativa (E), o verbo “existe” deve se flexionar no singular, para
concordar com o núcleo do sujeito “relação”.
Gabarito: C

Questão 8: TRT 6ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


Entre os países mais poderosos do mundo, os EUA e a França ...... a indústria
turística como prioritária. A França, líder mundial no receptivo turístico, ......
80 milhões de visitantes estrangeiros em 2011, com crescimento de 20% de
brasileiros. Os EUA receberam 1.508.279 brasileiros no ano passado, e os
gastos desses turistas ...... US$ 8,4 bilhões.
(Folha de S.Paulo, com adaptações)
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
(A) enxergam - atraíram - totalizaram
(B) enxerga - atraíram - totalizaram
(C) enxerga - atraiu - totalizou
(D) enxerga - atraíram - totalizou
(E) enxergam - atraiu - totalizaram
Comentário: A primeira lacuna deve ser preenchida com o verbo plural
“enxergam”, pois o sujeito é composto: “os EUA e a França”. Assim, já
eliminamos as alternativas (B), (C) e (D).
A segunda lacuna deve ser preenchida com o verbo singular “atraiu”,
pois o sujeito é simples e singular: “A França”. Assim, também eliminamos a
alternativa (A), e sabemos que a alternativa correta é a (E).
Note que a terceira lacuna deve ser preenchida pelo verbo plural
“totalizaram”, pois o sujeito simples “os gastos desses turistas” está no
plural.
Veja como ficou:
Entre os países mais poderosos do mundo, os EUA e a França enxergam a
indústria turística como prioritária. A França, líder mundial no receptivo
turístico, atraiu 80 milhões de visitantes estrangeiros em 2011, com
crescimento de 20% de brasileiros. Os EUA receberam 1.508.279 brasileiros
no ano passado, e os gastos desses turistas totalizaram US$ 8,4 bilhões.
Gabarito: E

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Questão 9: TRF 5ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)
Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de peregrinação.
O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural caso o segmento
grifado seja substituído por:
(A) Há folheteiros que
(B) A maior parte dos folheteiros
(C) O folheteiro e sua família
(D) O grosso dos folheteiros
(E) Cada um dos folheteiros
Comentário: Abaixo, veja a explicação e a frase já com a substituição.
Na alternativa (A), o verbo “vivem” continua no plural, porque o sujeito
passa a ser o pronome relativo “que”, o qual retoma o substantivo plural
“folheteiros”. Veja:
Há folheteiros que vivem em feiras, mercados, praças e locais de
peregrinação.
Na alternativa (B), o verbo “vivem” continua no plural, porque o sujeito
passa a possuir a expressão partitiva “a maior parte dos”. Assim, este verbo
pode se flexionar no plural concordando com o adjunto adnominal “dos
folheteiros” ou no singular, concordando com o núcleo do sujeito “parte”.
Veja:
A maior parte dos folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de
peregrinação.
A maior parte dos folheteiros vive em feiras, mercados, praças e locais de
peregrinação.
Na alternativa (C), o verbo “vivem” continua no plural, porque o sujeito
passa a ser composto (“O folheteiro e sua família”). Veja:
O folheteiro e sua família vivem em feiras, mercados, praças e locais de
peregrinação.
Na alternativa (D), o verbo “vivem” continua no plural, porque o sujeito
passa a possuir a expressão partitiva “O grosso dos”, que é o mesmo que “a
maioria dos”, “a maior parte dos”, “grande parte dos”. Assim, este verbo pode
se flexionar no plural concordando com o adjunto adnominal “dos folheteiros”
ou no singular, concordando com o núcleo do sujeito “grosso”. Veja:
O grosso dos folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de
peregrinação.
O grosso dos folheteiros vive em feiras, mercados, praças e locais de
peregrinação.
A alternativa (E) não admite a flexão do verbo no plural, pois o pronome
indefinido “cada” é o núcleo do sujeito e enfatiza a individualização, o que
força o verbo ao singular. Veja:
Cada um dos folheteiros vive em feiras, mercados, praças e locais de
peregrinação.
Gabarito: E

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Questão 10: TRF 5ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo flexionado no singular que também pode ser corretamente flexionado
no plural, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, está
destacado em:
(A) Para promover os direitos humanos, a consolidação da democracia em
todos os países é extremamente necessária.
(B) Cada um dos países do Conselho de Direitos Humanos da Organização
das Nações Unidas (ONU) há de zelar pela manutenção dos Direitos
Humanos.
(C) A comunidade internacional trata os direitos humanos de forma global,
justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase.
(D) A maior parte dos países compreende que o direito ao trabalho é de
vital importância para o desenvolvimento de povos e nações.
(E) A declaração de Direitos Humanos de Viena, de 1993, reconhece uma
série de direitos fundamentais, como o direito ao desenvolvimento.
Comentário: A questão cobra seu conhecimento sobre a concordância
facultativa de um dos verbos em negrito.
Na alternativa (A), o verbo “é” deve se flexionar no singular, para
concordar com o núcleo do sujeito “consolidação”.
Na alternativa (B), a locução verbal “há de zelar” deve se flexionar no
singular, para concordar com o sujeito “Cada um dos países do Conselho de
Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas”. Note que a expressão
“Cada um” força o verbo ao singular.
Na alternativa (C), o verbo “trata” deve se flexionar no singular, para
concordar com o sujeito “A comunidade internacional”.
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “compreende” pode se
flexionar no singular ou no plural, tendo em vista que o sujeito apresenta a
expressão partitiva “A maior parte dos”. Assim, o verbo pode concordar com o
núcleo do sujeito (“parte”) ou com adjunto adnominal plural (“dos países”).
Na alternativa (E), o verbo “reconhece” deve se flexionar no singular,
para concordar com o núcleo do sujeito “declaração”.
Gabarito: D

Questão 11: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


Com as alterações propostas entre parênteses para o segmento grifado nas
frases abaixo, o verbo que poderá permanecer corretamente empregado no
singular está em:
(A) 1 milhão entrou no país pelo Valongo (1 milhão de escravos)
(B) quando foi proibida a importação de escravos (as atividades
escravocratas)
(C) o Império construiu o Cais da Imperatriz (os representantes do
Império)
(D) O maior porto de chegada de escravos desapareceu (Os portos)
(E) O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831 (As adjacências do
Valongo)
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois não há por que alterar a
flexão do verbo, tendo em vista que o núcleo do sujeito (“milhão”)
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permaneceu. Houve apenas a inserção do adjunto adnominal “de escravos”, o
qual não faz diferença na concordância.
1 milhão entrou no país pelo Valongo
1 milhão de escravos entrou no país pelo Valongo
Na alternativa (B), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do sujeito
singular “importação” mudou para o núcleo plural “atividades”.
quando foi proibida a importação de escravos
quando foram proibidas as atividades escravocratas
Na alternativa (C), deve haver a flexão verbal pois o núcleo do sujeito
singular “Império” mudou para o núcleo plural “representantes”.
o Império construiu o Cais da Imperatriz
os representantes do Império construíram o Cais da Imperatriz
Na alternativa (D), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do sujeito
singular “porto” mudou para o núcleo plural “portos”.
O maior porto de chegada de escravos desapareceu
Os portos de chegada de escravos desapareceram
Na alternativa (E), deve haver a flexão verbal, pois o núcleo do sujeito
singular “Valongo” mudou para o núcleo plural “adjacências”.
O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831
As adjacências do Valongo deixaram de ser porto negreiro em 1831
Gabarito: A
Vimos os tipos de sujeito importantes para a concordância verbal,
reforçamos com algumas questões. Mas você vai notar que a maioria das
questões de concordância se refere ao sujeito determinado simples, o qual
pode aparecer, além das formas vistas anteriormente, também da seguinte
forma:
A concordância utilizando o pronome apassivador “se”:
Vimos que o pronome “se”, com o verbo transitivo indireto (VTI),
intransitivo (VI) e de ligação (VL), tem o nome de índice de indeterminação do
sujeito (IIS). Com isso o verbo fica flexionado obrigatoriamente na terceira
pessoa do singular.
Agora, veremos o pronome “se” com o verbo transitivo direto (VTD) ou
com o verbo transitivo direto e indireto (VTDI). Esse “se” é chamado de
pronome apassivador. Isso força a seguinte estrutura:

VTD + se + sujeito paciente


É natural você fazer a seguinte pergunta: se o verbo é transitivo direto,
onde está o objeto direto?
Bom, como dissemos que esse pronome “se” é o apassivador (P Ap),
então temos voz passiva sintética. Na voz passiva, não existe objeto direto. O
termo que seria o objeto direto passou a ser o sujeito paciente. Isso será visto
adiante na transposição de voz verbal.

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Por enquanto, tenha em mente a estrutura anterior. Isso ocorre em


muitas questões de concordância verbal. Veja como:

Aluga-se casa. Alugam-se casas.


VTD +PAp+ sujeito paciente VTD + PAp + sujeito paciente

Veja que “aluga” é verbo transitivo direto. Assim, o pronome “se” é


apassivador e o termo posterior “casa” é o sujeito paciente. Toda vez que
tivermos esta estrutura passiva sintética, troque-a pela analítica (casa é
alugada), para ter certeza de que realmente há voz passiva. Veja no segundo
exemplo. O sujeito ficou no plural (“casas”), por isso o verbo também se
flexionou no plural: “Alugam”. Transpondo para a analítica (casas são
alugadas), confirmamos que temos voz passiva.

Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT 18ªR 2008)


O termo sublinhado está corretamente flexionado?
Observa-se subversões à norma culta diariamente, nos bate-papos pela
internet.
NÃO. O verbo “observa” é transitivo direto (alguém observa algo) e o
vocábulo “se” possivelmente é o pronome apassivador. Para se ter certeza
disso, basta transpormos para a voz passiva analítica: subversões são
observadas...
Como há coerência, realmente o “se” é pronome apassivador e com isso
“subversões” é o sujeito paciente. Dessa forma, o verbo deve ser flexionado no
plural: Observam-se. Veja a reescrita:
Observam-se subversões à norma culta diariamente, nos bate-papos pela
internet.
O pronome apassivador não ocorre só com o verbo transitivo direto
(VTD). Ele também ocorre com o verbo transitivo direto e indireto (VTDI):

VTDI + se + OI + sujeito paciente


Veja a aplicação:
Enviaram-se ao gerente pedidos de aumento.
VTDI + PAp + OI + sujeito paciente

Para se ter certeza de que há pronome apassivador, basta


transformarmos para a voz passiva analítica:
Pedidos de aumento foram enviados ao gerente.
Essas construções podem ser estruturadas também com locução verbal.
Para isso, basta observar a transitividade do verbo principal (sempre o último).
Veja:

Deve-se alugar casa. Devem-se alugar casas.


P Ap + VTD + sujeito paciente P Ap + VTD + sujeito paciente

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Estão-se enviando ao gerente pedidos de aumento.


P Ap + VTDI + OI + sujeito paciente

Veja uma frase na prova da FCC!!! (BACEN 2005)


Na proposta de uma nova redação para uma frase do texto, cometeu-se
um deslize quanto à concordância verbal em:
Devem-se notar, comparando-se as massas do século XVI e os
migrantes da globalização, um quadro de semelhanças que não exclui uma
importante diferença.
Note que a locução verbal “devem-se notar” possui o verbo principal
“notar”, o qual é transitivo direto (alguém nota algo). Assim o pronome “se”
pode ser apassivador, havendo, portanto, a voz passiva sintética. Para se ter
certeza disso, SEMPRE devemos passar para a voz passiva analítica (um
quadro deve ser notado). Dessa forma, o termo “quadro” é realmente o
núcleo do sujeito paciente. Se este termo está no singular, a locução verbal
deve se flexionar no singular. A banca afastou o sujeito do seu verbo por meio
de uma estrutura adverbial entre vírgulas. Fez isso apenas para nos confundir,
mas você não vai cair nesta!!!!
Veja a reescrita:

Deve-se notar, comparando-se as massas do século XVI e os migrantes


da globalização, um quadro de semelhanças que não exclui uma importante
diferença.

Concordância com o pronome relativo “que”:


Este pronome inicia uma oração subordinada adjetiva e serve para
retomar um substantivo anterior. Ele pode cumprir várias funções sintáticas e
a que nos interessa muito para a prova é a função sintática de sujeito:
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes.
A oração grifada possui o verbo “cuida”, o qual é transitivo indireto. Seu
objeto indireto é “de crianças carentes”. Assim o termo que falta é o sujeito.
Perceba que o pronome relativo “que” retoma o substantivo “instituição”.
Assim, quando lemos “que”, entendemos “instituição” e então teríamos: “a
instituição cuida de crianças carentes”. Veja:
objeto indireto
sujeito VTI
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes.
objeto indireto
sujeito VTI
Conversei com o fundador da instituição. A instituição cuida de crianças carentes.

É fácil achar o pronome relativo: basta substituí-lo pelos também


pronomes relativos “o qual, a qual, os quais, as quais”.

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Concordância com o pronome relativo “o qual” e suas variações (a
qual, os quais, as quais):
Este pronome também inicia uma oração subordinada adjetiva.

Algumas leis que estão em vigor no país deverão ser revistas.

Algumas leis as quais estão em vigor no país deverão ser revistas.

Note que “Algumas leis” é o sujeito da locução verbal “deverão ser


revistas”, e o pronome relativo “que” (ou “as quais”) é o sujeito do verbo
“estão”. Quando se lê “que” ou “os quais”, devemos entender o substantivo
“leis”: leis estão em vigor no país.
Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009)
O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural
para preencher corretamente a lacuna da frase?
No que ...... (dizer) respeito aos desmandos nos gastos, as normas e as
sanções da LRF são inflexíveis.
NÃO. Note que a oração “que diz respeito aos desmandos nos gastos”
possui o verbo “diz”, o qual é transitivo direto. O objeto direto é “respeito”. O
substantivo “respeito” pede o complemento nominal “aos desmandos nos
gastos”. Assim, falta o sujeito “que”. Esse pronome relativo retoma o pronome
demonstrativo “o” (= aquilo). No lugar do “que” podemos entender o vocábulo
anterior (“o”=“aquilo”):

...aquilo diz respeito aos desmandos nos gastos...


No que diz respeito aos desmandos nos gastos, as normas e as sanções da
LRF são inflexíveis.
Assim, o pronome relativo na função de sujeito, ao retomar nome
singular anterior, leva o verbo para o singular.

Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG 2009)


O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural
para preencher corretamente a lacuna da seguinte frase?
As operações de que ...... (cuidar) a LRF trarão maior disciplina e
seriedade na gestão das verbas públicas.
NÃO. O sujeito de “cuidar” é a expressão “a LRF”. Neste caso, devemos
analisar apenas a oração com base no verbo em negrito:
... de que cuida a LRF...”
Agora fica mais clara a interpretação de que a LRF cuida de algo. Dentre
os termos desta oração, o único que não possui preposição é “a LRF”, por isso
esta expressão leva o verbo para o singular. Agora o pronome relativo tem a
função de objeto indireto.

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Veja:
OI

As operações de que cuida a LRF trarão maior disciplina e seriedade na


gestão das verbas públicas.
Obs.: As várias funções sintáticas do pronome relativo serão vistas na
aula de regência.
Concordância verbal com o sujeito oracional:
Quando o sujeito recebe um verbo, passa a ser uma oração. Essa oração
força o verbo para o singular. Veja a frase abaixo, com sujeito determinado
simples:
É fundamental o estudo organizado.
VL + predicativo (sujeito simples)
Período simples

Chamamos de período simples o enunciado que possua apenas uma


oração (um verbo). Neste caso, o verbo “É” (de ligação) serve para ligar o
predicativo “fundamental” ao sujeito determinado simples “o estudo
organizado”, por isso se flexiona no singular.
Note agora que este sujeito pode receber um verbo, passando a ser
considerado um sujeito oracional. Veja:
É fundamental que você estude organizadamente.
VL + predicativo Suj + VI + adjunto adverbial de modo
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva
período composto

Agora passamos a ter duas orações (dois verbos: “É” e “estude”), por
isso temos um período composto. Veja que antes tínhamos o sujeito “o estudo
organizado”, agora temos o sujeito oracional “que você estude
organizadamente”.
Note na estrutura acima que este sujeito oracional possui um verbo
intransitivo. Este verbo tem seu sujeito (“você”) e um adjunto adverbial de
modo (“organizadamente”). Assim, sempre que tivermos um verbo, é natural
que haja um tipo de sujeito relacionado a ele e também um complemento
verbal, quando possível.
Neste sujeito oracional, perceba a conjunção integrante “que”, ela faz
com que o verbo nesta oração seja conjugado em tempo e modo verbal
(“estude”: presente do subjuntivo).
Agora veja o período abaixo. Retiramos a conjunção integrante “que”.
Naturalmente reduzimos o número de palavras da oração, por isso a
chamamos de oração reduzida. Isso faz com que o verbo deixe de ser
conjugado em modo e tempo verbal (“estude”) e passe para a forma nominal
infinitiva: “estudar”. Veja:
É fundamental você estudar organizadamente.
VL + predicativo Suj + VI + adjunto adverbial de modo
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo)
período composto

O sujeito oracional é chamado de oração subordinada substantiva


subjetiva. A oração substantiva possui várias funções sintáticas, mas cabe
agora trabalharmos apenas o valor de sujeito.

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Tudo isso foi visto com a única e exclusiva intenção de você perceber
que toda vez que tivermos um verbo referindo-se ao sujeito oracional,
obrigatoriamente deverá permanecer na terceira pessoa do singular.
Para ficar bem claro. Quando tivermos um sujeito oracional, troquemos
pela palavra ISSO. Como este vocábulo está no singular, o verbo também
estará. Vamos fazer um teste:
Veja alguns exemplos com orações desenvolvidas:

É preciso que se adotem providências eficazes.


VL + predicativo + sujeito oracional

Parece estar comprovado que soluções mágicas não funcionam.


Locução verbal de ligação + predicativo + sujeito oracional

Isso é preciso.
Isso parece estar comprovado.
Convém que você fique. Isso convém.
VI + sujeito oracional

Veja alguns exemplos com orações reduzidas:

É preciso adotarem-se providências eficazes.


VL + predicativo + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)

Parece estar comprovado não funcionarem soluções mágicas.


Locução verbal de ligação + predicativo + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)

Isso é preciso.
Parece ser ela a pessoa indicada.
VI + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)
Isso parece estar comprovado.
Isso parece.
Coube-nos sustentar aquela informação. Isso nos coube.
VTI + OI + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)

Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRE MG 2009)


Muitos prefeitos entendem que não ...... (dever) caber a eles empenhar
verbas para o ensino fundamental e o atendimento básico de saúde.

A banca pedia para verificar se o verbo entre parênteses deveria se


flexionar no plural. Neste caso não, pois o sujeito da locução verbal “dever
caber” é toda a oração “empenhar verbas para o ensino fundamental e o
atendimento básico de saúde”; por isso a locução verbal deve ficar
obrigatoriamente no singular (Isso deve caber a eles):

Muitos prefeitos entendem que não deve caber a eles empenhar verbas
para o ensino fundamental e o atendimento básico de saúde.

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Questão 12: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)


As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na
frase:
(A) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de
redação, que pode e precisa ser sanada.
(B) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob a
alegação de que ela é produzida para uma pequena elite.
(C) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a obras
de arte, mas a mercadorias em oferta.
(D) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a alguns
motoristas reagir com violência a esses abusos.
(E) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa,
mas sim o que a elas não é facultado conhecerem.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois, se o sujeito é plural, o verbo
também deve se flexionar no plural. Veja
Não devem representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de
redação, que podem e precisam ser sanadas.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “difunde” é transitivo direto,
o pronome “se” é apassivador e termo plural “preconceitos” é o sujeito
paciente, o qual força o verbo ao plural. Veja:
Difundem-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob a
alegação de que ela é produzida para uma pequena elite.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “haver”, no sentido de existir,
não tem sujeito e não se flexiona. O termo “opções reais” é apenas o objeto
direto.
Caso não haja opções reais, o público acabará tendo acesso não a obras de
arte, mas a mercadorias em oferta.
A alternativa (D) é a correta. O particípio “Traumatizados” concorda com
“motoristas”. Na segunda oração, o termo “a alguns motoristas” é apenas o
objeto indireto, o qual não força o verbo a se flexionar. O verbo “ocorre” é
transitivo indireto, o sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva
“reagir com violência a esses abusos”, o que força esse verbo a se flexionar no
singular. Vale lembrar que o verbo “atormenta” tem como sujeito o pronome
relativo “que”, o qual retoma o substantivo “som”.
Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a alguns
motoristas reagir com violência a esses abusos.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “incomodam” tem como
sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva “ouvirem qualquer coisa”.
Assim, tal verbo deve se flexionar no singular. O termo plural “as pessoas” é
apenas o objeto direto. A expressão “Ao autor do texto” é apenas uma
expressão chamada dativo de opinião. Assim, entendemos que, na opinião do
autor do texto, as pessoas ouvirem qualquer coisa não o incomoda.

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Veja:
Ao autor do texto não incomoda as pessoas ouvirem qualquer coisa, mas sim
o que a elas não é facultado conhecerem.
Gabarito: D

Questão 13: CNMP 2015 Arquivologia (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o
termo sublinhado na frase:
(A) O autor do texto acha que (ser) de se lamentar que tantas pessoas
sejam enganadas pelos falsários da internet.
(B) Seria preciso que se (aplicar) a esses falsários alguma sanção, para que
não houvesse tantos abusos.
(C) Quem jamais leu Shakespeare nem (imaginar) as lições literárias e as
discussões éticas que está perdendo.
(D) Não (dever) caber aos usuários da internet o direito de publicar o que
quer que seja com assinatura falsa.
(E) Infelizmente não se (punir) esses falsos gênios da internet com medidas
rigorosas e exemplares.
Comentário: A alternativa (A) está errada, por ser fácil perceber que o termo
sublinhado “pessoas” é o sujeito da locução verbal da voz passiva “sejam
enganadas”. Vale observar que o verbo “é” tem como sujeito a oração
subordinada substantiva subjetiva “que tantas pessoas sejam enganadas
pelos falsários da internet”. Como sabemos que podemos substituir a oração
substantiva por “isso”, entendemos “isso é de se lamentar”.
A alternativa (B) está errada, pois “a esses falsários” é um termo
preposicionado. Assim, não poderá ser o sujeito. Tal termo é o objeto indireto
do verbo transitivo direto e indireto “aplicar”. O pronome “se” é o apassivador,
por isso não existe objeto direto e o termo “alguma sanção” é o sujeito
paciente. Sempre que nos depararmos com um possível pronome apassivador,
devemos confirmá-lo com a transposição da voz passiva sintética em passiva
analítica: alguma sanção seja aplicada a esses falsários.
A alternativa (C) está errada, pois “as lições literárias e as discussões
éticas” é o objeto direto composto do verbo “imaginar”, o qual tem como
sujeito o pronome indefinido “quem”.
A alternativa (D) está errada, pois “aos usuários da internet” é um
termo preposicionado. Assim, não poderá ser o sujeito. Tal termo é o objeto
indireto do verbo transitivo indireto “caber”, o qual tem como sujeito o termo
“o direito”.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “punir” é transitivo direto, o
pronome “se” é apassivador e “esses falsos gênios da internet” é o sujeito
paciente. Sempre que nos depararmos com um possível pronome apassivador,
devemos confirmá-lo com a transposição da voz passiva sintética em passiva
analítica. Veja:
Voz passiva sintética:
Infelizmente não se punem esses falsos gênios da internet com medidas
rigorosas e exemplares.

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Voz passiva analítica:


Infelizmente não são punidos esses falsos gênios da internet com medidas
rigorosas e exemplares.
Gabarito: E

Questão 14: TRT MG 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na seguinte
frase:
(A) A todas as pessoas deveriam caber, em respeito aos que as antecederam,
conservar as imagens de outro tempo, de outros hábitos.
(B) Já quase não se coleciona em álbum, em função das técnicas digitais, as
fotografias familiares que tanto contavam de nossa história.
(C) Para muita gente já não são mais necessários conservar os velhos álbuns
de fotografias, substituídos que foram pelos arquivos digitais.
(D) Aquelas velhas fotos não convêm ninguém desprezar, estão sendo cada
vez mais raras, e algum dia acabará por converter-se num precioso
documento.
(E) Uma sucessão de fotos pode ilustrar um segmento importante de uma
história familiar, à qual pertenceram aqueles velhos rostos e expressões.
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque a locução verbal
“deveriam caber” é transitiva indireta, o objeto indireto é o termo “A todas as
pessoas” e o sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de
infinitivo “conservar as imagens de outro tempo, de outros hábitos”. Tal
oração força a locução verbal ao singular. Veja a correção:
A todas as pessoas deveria caber, em respeito aos que as antecederam,
conservar as imagens de outro tempo, de outros hábitos.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “coleciona” é transitivo
direto, o pronome “se” é apassivador e o sujeito paciente plural “as fotografias
familiares” força o verbo ao plural. Resta perceber que o verbo “contavam”
está flexionado corretamente, porque o seu sujeito é o pronome relativo
“que”, o qual retoma a expressão plural “as fotografias familiares”. Veja a
correção:
Já quase não se colecionam em álbum, em função das técnicas digitais, as
fotografias familiares que tanto contavam de nossa história.
A alternativa (C) está errada, porque “são” é o verbo de ligação
“necessários” é o predicativo e “conservar os velhos álbuns de fotografias” é a
oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. Ela força o
predicado nominal ao singular. Veja a correção:
Para muita gente já não é mais necessário conservar os velhos álbuns de
fotografias, substituídos que foram pelos arquivos digitais.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “convêm” é, neste contexto,
intransitivo e a oração “desprezar aquelas velhas fotos” é subordinada
substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. Pelo posicionamento dos termos,

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parece que a expressão “Aquelas velhas fotos” é o sujeito do verbo “convêm”,
mas tal expressão é apenas o objeto direto do verbo “desprezar”. Veja a
correção na ordem natural da oração:
Não convém ninguém desprezar aquelas velhas fotos, estão sendo cada
vez mais raras, e algum dia acabará por converter-se num precioso
documento.
Um detalhe interessante é que a oração “estão sendo cada vez mais raras”
tem valor explicativo. Assim, para ficar ainda mais clara a informação,
poderíamos inserir a conjunção “pois”. Veja:
Não convém ninguém desprezar aquelas velhas fotos, pois estão sendo
cada vez mais raras, e algum dia acabará por converter-se num precioso
documento.
A alternativa (E) é a correta. Note que a locução verbal “pode ilustrar”
se flexiona no singular por concordar com o sujeito “Uma sucessão de fotos”,
cujo núcleo é “sucessão”. O verbo “pertenceram” é transitivo indireto, seu
objeto indireto é “à qual” e seu sujeito é o termo plural “aqueles velhos rostos
e expressões”. Veja:
Uma sucessão de fotos pode ilustrar um segmento importante de uma história
familiar, à qual pertenceram aqueles velhos rostos e expressões.
Gabarito: E

Questão 15: TCE AM 2015 Auditor (banca FCC)


As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em:
(A) É sabido que o desconhecimento e a quase ausência de conteúdos
curriculares sobre a África e as culturas africanas no Brasil contribui para
a disseminação da intolerância e dos conflitos raciais.
(B) Tratam-se de regiões praticamente inexploradas pelas pesquisas
acadêmicas recentes, apesar de ali haverem ocorrido alguns dos
principais episódios para o desenvolvimento econômico da Angola
contemporânea.
(C) O intuito era podermos, no contexto brasileiro, construirmos novas
narrativas para extrapolarmos categorias arcaicas de se pensarem a
África, fundando, assim, diferentes modos de ver.
(D) Embalados por razões ainda não bem explicadas, os colonizadores
detiveram o controle sobre as línguas, os indivíduos e os territórios
africanos, segundo o têm comprovado inúmeras pesquisas.
(E) É de conhecimento geral que Angola detêm laços históricos e culturais
profundos com o Brasil, que, se levado em conta, trará impactos sobre
nossa brasilidade e maturidade para lidarmos com a nossa própria
diversidade cultural.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o sujeito composto força o
verbo ao plural. Veja:
É sabido que o desconhecimento e a quase ausência de conteúdos curriculares
sobre a África e as culturas africanas no Brasil contribuem para a
disseminação da intolerância e dos conflitos raciais.

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A alternativa (B) está errada, pois o índice de indeterminação do sujeito
“se” força o verbo transitivo indireto “Tratam” ao singular. Note que o verbo
“haverem” está corretamente flexionado haja vista não estar no sentido de
existir, mas simplesmente é o verbo auxiliar da locução verbal “haverem
ocorrido”. Assim, o núcleo do sujeito “alguns” força o verbo auxiliar ao plural.
Trata-se de regiões praticamente inexploradas pelas pesquisas acadêmicas
recentes, apesar de ali haverem ocorrido alguns dos principais episódios para
o desenvolvimento econômico da Angola contemporânea.
A alternativa (C) está errada, pois, numa locução verbal da voz ativa
(podermos construir), somente o verbo auxiliar (“podermos”) se flexiona, o
verbo principal (“construir”) não pode se flexionar. Além disso, o índice de
indeterminação do sujeito “se” força o verbo transitivo indireto “pensarem” ao
singular. Veja:
O intuito era podermos, no contexto brasileiro, construir novas narrativas
para extrapolarmos categorias arcaicas de se pensar a África, fundando,
assim, diferentes modos de ver.
A alternativa (D) é a correta. Note que o particípio “Embalados”
concorda com o sujeito subentendido “os colonizadores”. Além disso, a
locução verbal “têm comprovado” encontra-se no plural, porque seu sujeito
“inúmeras pesquisas” também se encontra no plural.
Embalados por razões ainda não bem explicadas, os colonizadores detiveram
o controle sobre as línguas, os indivíduos e os territórios africanos, segundo o
têm comprovado inúmeras pesquisas.
A alternativa (E) está errada, pois o sujeito singular “Angola” força o
verbo “detêm” ao singular: detém. Além disso, o verbo “trará” tem como
sujeito o pronome relativo “que”, o qual retoma a expressão plural “laços
históricos e culturais profundos”. Assim, deve se flexionar no plural.
É de conhecimento geral que Angola detém laços históricos e culturais
profundos com o Brasil, que, se levado em conta, trarão impactos sobre
nossa brasilidade e maturidade para lidarmos com a nossa própria diversidade
cultural.
Gabarito: D

Questão 16: TCE RS 2014 Auditor Público Externo (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar
com o termo sublinhado na frase:
(A) As soluções postas em prática pelo jeitinho brasileiro não (deixar) de
intrigar os estrangeiros, que não entendem tamanha informalidade.
(B) Mesmo os brasileiros a quem que não (ocorrer) valer-se do jeitinho
sabem reconhecê-lo como uma prática social até certo ponto legítima.
(C) Os avanços da tecnologia, sobretudo os da informática, (conspirar)
contra a prática tradicional do jeitinho brasileiro.
(D) Acredita-se que a transparência dos meios de comunicação (tender) a se
converter numa espécie de inimiga mortal da informalidade.

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(E) Informalidade, sistema de favor, jeitinho, muitas são as denominações
que se (aplicar) a um mesmo fenômeno social.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a locução verbal “deixar de
intrigar” tem como sujeito o termo “As soluções”. O termo “pelo jeitinho
brasileiro” é apenas o agente da passiva. Veja a flexão:
As soluções postas em prática pelo jeitinho brasileiro não deixam de intrigar
os estrangeiros, que não entendem tamanha informalidade.
A alternativa (B) está errada, pois o termo “os brasileiros” é o sujeito do
verbo “sabem”. Já o verbo “ocorrer” tem como sujeito a oração subordinada
substantiva subjetiva “valer-se do jeitinho”.
Vale lembrar que a palavra “que” está excedente por equívoco da
banca, a qual será excluída abaixo.
Mesmo os brasileiros a quem não ocorre valer-se do jeitinho sabem
reconhecê-lo como uma prática social até certo ponto legítima.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “conspirar” tem como sujeito
o termo plural “Os avanços da tecnologia”. O termo “da informática” é o
adjunto adnominal, o qual caracteriza o substantivo “avanços”, que está
subentendido pela presença do artigo “os”.
Os avanços da tecnologia, sobretudo os da informática, conspiram contra a
prática tradicional do jeitinho brasileiro.
A alternativa (D) é a correta, pois o substantivo “transparência” é
realmente o núcleo do sujeito, o qual força o verbo “tender” ao singular. Veja:
Acredita-se que a transparência dos meios de comunicação tende a se
converter numa espécie de inimiga mortal da informalidade.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “aplicar” tem como sujeito o
pronome relativo “que”, o qual retoma a palavra “denominações”, por isso tal
verbo deve se flexionar no plural. Note que o substantivo “fenômeno” é
apenas o núcleo do objeto indireto “a um mesmo fenômeno social”.
Informalidade, sistema de favor, jeitinho, muitas são as denominações que se
aplicam a um mesmo fenômeno social.
Gabarito: D

Questão 17: TCE RS 2014 Auditor Público Externo (banca FCC)


As normas de concordância verbal e nominal estão plenamente observadas na
frase:
(A) Diante de cartas antigas, que há muito tempo já tinha sido esquecido, o
narrador passou a reconstituir fatos e pessoas.
(B) Por inúteis que possam parecer, cartas antigas estimulam em nossa
memória cenas de que jamais nos lembraríamos não fosse o seu estilo.
(C) O autor correspondia-se com vários amigos, a quem se ligava muito
afetuosamente, mas que o tempo tornou anônimo no fundo da memória.
(D) As cartas mais emocionais o autor pôs fora, para que não viesse a
provocar-lhe fortes excitações antigas, que o deixaram perturbado.
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(E) Fazerem-se esquecido é um mistério que caracteriza aqueles fatos que
pareciam muito importantes, mas que não sobreviveram à ação do
tempo.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a locução verbal da voz
passiva “tinha sido esquecido” tem como sujeito o pronome relativo “que”, o
qual retoma a expressão plural e feminina “cartas antigas”. Assim, tal locução
deve se flexionar no plural e no feminino. Veja:
Diante de cartas antigas, que há muito tempo já tinham sido esquecidas, o
narrador passou a reconstituir fatos e pessoas.
A alternativa (B) é a correta. Note que a locução verbal “possam
parecer” se refere ao termo “cartas antigas”. Assim, há, nesta oração, um
sujeito subentendido, elíptico. Esta expressão plural é o sujeito do verbo
“estimulam”. Na outra oração o verbo pronominal “nos lembraríamos” tem
como sujeito oculto “nós”. A última oração apresenta o verbo “fosse”, o qual
tem como sujeito a expressão singular “o seu estilo”.
Por inúteis que possam parecer, cartas antigas estimulam em nossa memória
cenas de que jamais nos lembraríamos não fosse o seu estilo.
A alternativa (C) está errada, pois o adjetivo “anônimo” se refere ao
termo “vários amigos”. Assim, devemos entender que o autor se correspondia
com os amigos, a quem ele se ligava muito afetuosamente. Porém, o tempo
passou tornou esses amigos anônimos no fundo da memória. Sintaticamente,
deveria haver o pronome átono “os”, retomando “vários amigos”, mas a
questão pediu apenas a concordância. Assim, não devemos criticar tal falha
estrutural, mas verificar se deve haver ou não a flexão de algum vocábulo.
Assim, na última oração, a expressão “o tempo” é o sujeito, o verbo “tornou”
é, neste contexto, transitivo direto, a expressão “vários amigos” deveria,
estruturalmente, estar representada pelo pronome átono “os”, mas isso não
ocorreu. Assim, entendemos que o objeto direto “vários amigos” está
subentendido e o predicativo do objeto direto “anônimos” deve se flexionar
de acordo com o objeto direto. Veja:
O autor correspondia-se com vários amigos, a quem se ligava muito
afetuosamente, mas que o tempo tornou anônimos no fundo da memória.
A alternativa (D) está errada. Na primeira oração, “As cartas mais
emocionais” é o objeto direto, a expressão “o autor” é o sujeito e o verbo
“pôs” é transitivo direto. Assim, não há erro de concordância. Porém, na
segunda oração, a locução verbal “viesse a provocar” se refere a um sujeito
subentendido (“As cartas mais emocionais”). Ainda nesta oração, note que o
pronome “lhe” retoma corretamente o substantivo “autor”. Na última oração,
note que a locução verbal “deixaram perturbado” refere-se ao sujeito “que”, o
qual retoma a expressão plural “fortes excitações antigas”. Além disso, note
que o pronome “o” também retoma o vocábulo singular “autor”.
As cartas mais emocionais o autor pôs fora, para que não viessem a
provocar-lhe fortes excitações antigas, que o deixaram perturbado.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo plural “fazerem” força o
entendimento de haver um sujeito plural. Assim, o adjetivo que a ele se refere
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deve também se flexionar no plural: “fazerem-se esquecidos” ou “fazer-se
esquecido”. Veja:
Fazerem-se esquecidos é um mistério que caracteriza aqueles fatos que
pareciam muito importantes, mas que não sobreviveram à ação do tempo.
ou
Fazer-se esquecido é um mistério que caracteriza aqueles fatos que pareciam
muito importantes, mas que não sobreviveram à ação do tempo.
Gabarito: B

Questão 18: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)


Ou me engano, ou isto quis dizer que se lançam véus sobre certas notícias a
pretexto de que, sujeitas a tantas e tão virulentas críticas, faz mal às pessoas.
Tomando como parâmetro a norma-padrão escrita, comentário adequado
sobre o acima transcrito é: O período
(A) está correto em todos os seus aspectos.
(B) tem de receber duas correções: "quiz", em lugar de "quis", e "que se
lança", em lugar de "que se lançam.
(C) merece uma única correção: "fazem mal", em lugar de "faz mal".
(D) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente a alteração de "às
pessoas" para "as pessoas".
(E) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente mais um acento indicativo
da crase, em "à pretexto".
Comentário: A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “faz”, assim como o
particípio “sujeitas”, refere-se ao sujeito subentendido (elíptico) “certas
notícias”. Assim, deve-se flexionar no plural. Veja:
Ou me engano, ou isto quis dizer que se lançam véus sobre certas notícias a
pretexto de que, sujeitas a tantas e tão virulentas críticas, fazem mal às
pessoas.
Ressalta-se que a flexão “quis” não pode receber a letra “z”. Além disso,
o verbo “lançam” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador, e o termo
“véus” é o sujeito paciente, o qual força a flexão do verbo no plural.
Ademais, veremos na aula de crase que a expressão “às pessoas”
recebe acento indicativo de crase obrigatoriamente o substantivo masculino
“pretexto” não pode receber artigo feminino “a”, por isso não pode haver
crase.
Gabarito: C

Questão 19: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)


Está correta a seguinte flexão para o plural:
(A) Trata-se de um vocábulo: Tratam-se de vocábulos.
(B) o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder:
os meios digitais privilegiam as mensagens diretas e não tem tempo a
perder.
(C) a internet é casca-grossa por natureza: são casca-grossas por natureza.
(D) o substantivo [...] existe acima de qualquer dúvida: os substantivos
existem acima de qualquer dúvidas.
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(E) se extraiu o substantivo: se extraíram os substantivos.
Comentário: Na alternativa (A), somente a primeira estrutura está correta,
pois o verbo “trata” é transitivo indireto, o pronome “se” é o índice de
indeterminação do sujeito e o termo preposicionado “de um vocábulo” é o
objeto indireto. Assim, este verbo deve se manter sempre na terceira pessoa
do singular. Dessa forma, a flexão do objeto indireto no plural não interfere na
flexão do verbo. A forma correta é: Trata-se de vocábulos.
Na alternativa (B), somente a primeira estrutura está correta. Porém,
na segunda estrutura, o verbo “tem” deve se flexionar na terceira do plural
para concordar com o seu sujeito plural “os meios digitais”. A forma correta é:
os meios digitais privilegiam as mensagens diretas e não têm tempo a perder.
Na alternativa (C), somente a primeira estrutura está correta, pois o
sujeito permaneceu o mesmo, no singular. Assim, verbo de ligação “são” e o
predicativo “casca-grossas” também devem manter-se no singular. A forma
correta é: a internet é casca-grossa por natureza.
Na alternativa (D), somente a primeira estrutura está correta. Porém,
na segunda estrutura, o adjunto adnominal “qualquer” deve concordar com o
núcleo “dúvidas”. A forma correta é: os substantivos existem acima de
quaisquer dúvidas.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “extraiam” é transitivo direto,
o pronome “se” é apassivador, e o termo “substantivos” é o sujeito paciente, o
qual força a flexão do verbo no plural. Se o sujeito encontra-se no singular,
deve o verbo concordar no singular, conforme a primeira estrutura.
Gabarito: E

Questão 20: CMSP 2014 Procurador Legislativo (banca FCC)


Estão observadas as normas de concordância verbal na seguinte frase:
(A) Os sentimentos que nos cabe experimentar, se formos levados à condição
de exílio, estão entre os mais terríveis que pode uma criatura sofrer.
(B) A muitos exilados ocorreram, durante a experiência do exílio, tentar
voltar clandestinamente à sua pátria, correndo todos os riscos que
implicam tal decisão.
(C) Para muitos brasileiros, aos quais se infligiu os suplícios do exílio, a
experiência da expatriação implicou a perda da própria identidade.
(D) Dentre as diferentes reações que experimentam quem se afasta de sua
terra natal ressalta a da crescente nostalgia, que muitas vezes levam à
antecipação do retorno.
(E) A sabedoria e a elevação do monge medieval, que o autor do texto
reconheceu num artigo de Edward Said, acabou por impressioná-lo tão
fortemente quanto ao pensador palestino.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “cabe” é transitivo
indireto, “nos” é o objeto indireto. Assim, tal verbo está corretamente
flexionado no singular por concordar com o sujeito oracional “experimentar”
(isso nos cabe). A locução verbal “formos levados” faz subentender o sujeito
oculto “nós”. O verbo “estão” concorda com o seu sujeito “Os sentimentos”.
Por fim, a locução verbal “pode sofrer” concorda com o sujeito “uma
criatura”. Nesta oração, o pronome relativo “que” é apenas o objeto direto.

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Os sentimentos que nos cabe experimentar, se formos levados à condição de
exílio, estão entre os mais terríveis que pode uma criatura sofrer.
A Alternativa (B) está errada, pois o verbo “ocorreram”, neste caso, é
transitivo indireto, “A muitos exilados” é o objeto indireto. Assim, tal verbo
deve se flexionar no singular por concordar com o sujeito oracional “tentar
voltar clandestinamente à sua pátria” (isso ocorreu a muitos exilados). Além
disso, o verbo “implicam” é transitivo direto, seu objeto direto é o pronome
relativo “que”, o qual retoma o termo plural “todos os riscos”. Assim, esse
verbo deve se flexionar no singular por concordar com o sujeito “tal decisão”
(tal decisão implica todos os riscos).
A muitos exilados ocorreu, durante a experiência do exílio, tentar voltar
clandestinamente à sua pátria, correndo todos os riscos que implica tal
decisão.
A Alternativa (C) está errada, pois o verbo “infligiu”, neste caso, é
transitivo direto e indireto, o pronome relativo “aos quais” é o objeto indireto
e o pronome “se” é apassivador. Assim, tal verbo deve se flexionar no plural
por concordar com o sujeito “os suplícios do exílio” (os suplícios do exílio
foram infligidos a muitos brasileiros). Note que a flexão do verbo “implicou”
está correta por concordar com o sujeito “a experiência da expatriação”.
Para muitos brasileiros, aos quais se infligiram os suplícios do exílio, a
experiência da expatriação implicou a perda da própria identidade.
A Alternativa (D) está errada, pois o verbo “experimentam” é transitivo
direto, o pronome relativo “que” é o objeto direto e o pronome indefinido
“quem” é o sujeito, o qual força a concordância ao singular (alguém
experimenta as diferentes reações). Note que a flexão do verbo “ressalta”
está correta por concordar com o sujeito “a da crescente nostalgia”. Já o
verbo “levam” tem como sujeito o pronome relativo “que”, o qual retoma o
termo singular “a da crescente nostalgia” (a reação da crescente nostalgia
muitas vezes leva à antecipação do retorno). Assim, tal verbo deve se
flexionar no singular.
Dentre as diferentes reações que experimenta quem se afasta de sua terra
natal ressalta a da crescente nostalgia, que muitas vezes leva à antecipação
do retorno.
A Alternativa (E) está errada, pois o verbo “acabou” tem como sujeito o
termo composto “A sabedoria e a elevação do monge medieval”. Assim, deve
se flexionar no plural. Note que a flexão do verbo “reconheceu” está correta
por concordar com o sujeito “o autor do texto”. Nesta oração, o pronome
relativo “que” é apenas o objeto direto.
A sabedoria e a elevação do monge medieval, que o autor do texto
reconheceu num artigo de Edward Said, acabaram por impressioná-lo tão
fortemente quanto ao pensador palestino.
Gabarito: A

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Questão 21: CMSP 2014 Procurador Legislativo (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar
com o elemento sublinhado na frase:
(A) São comoventes os impulsos de gratidão de Donato, materializados
quando se (dispor) a abraçar as paredes da editora.
(B) As condições de privação em que vivia (acabar) por levar Donato a
valorizar o sentido essencial de cada experiência.
(C) A escolha dessas duas histórias verdadeiramente exemplares (propiciar)
ao autor a viva apresentação de um dilema cultural da nossa época.
(D) Em nossos dias (impor)-se pensar sobre as escolhas que devemos fazer
entre procedimentos tradicionais e processos modernos.
(E) Somente a um leitor insensível (deixar) de impressionar as palavras com
que Donato se refere à sua experiência com o primeiro livro.
Comentário: Neste tipo de questão, deve-se observar se o termo sublinhado
realmente é o sujeito do verbo em negrito.
A alternativa (A) está errada, pois o verbo “dispor” refere-se ao sujeito
subentendido (elíptico) “Donato”. Assim, deve se flexionar no singular e não
tem relação com o termo sublinhado “impulsos”. Veja:
São comoventes os impulsos de gratidão de Donato, materializados quando
se dispõe a abraçar as paredes da editora.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “acabar” refere-se ao sujeito
plural “As condições de privação”. Assim, deve se flexionar no plural e não
tem relação com o termo sublinhado “Donato”. O segmento “em que vivia” é
uma oração subordinada adjetiva restritiva, e é o verbo “vivia” que se refere
ao sujeito subentendido (elíptico) “Donato”. Veja:
As condições de privação em que vivia acabaram por levar Donato a
valorizar o sentido essencial de cada experiência.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “propiciar” refere-se ao
núcleo do sujeito “escolha”. Assim, deve se flexionar no singular e não tem
relação com o termo sublinhado “duas histórias”. Veja:
A escolha dessas duas histórias verdadeiramente exemplares propicia ao
autor a viva apresentação de um dilema cultural da nossa época.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “impor” é transitivo direto, o
pronome “se” é apassivador e o sujeito paciente é a oração subordinada
substantiva subjetiva “pensar sobre as escolhas” (pensar sobre as escolhas é
imposto em nossos dias). Assim, o verbo deve se flexionar no singular e não
tem relação com o termo sublinhado “as escolhas”. Veja:
Em nossos dias impõe-se pensar sobre as escolhas que devemos fazer
entre procedimentos tradicionais e processos modernos.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “deixar” tem como sujeito o
termo sublinhado “as palavras” (as palavras deixam de impressionar a um
leitor insensível). Veja:

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Somente a um leitor insensível deixam de impressionar as palavras com que
Donato se refere à sua experiência com o primeiro livro.
Gabarito: E

Questão 22: TRT 2ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o
elemento sublinhado na frase:
(A) Há trabalhos que a gente (executar) sem imaginar o sentido que
ganharão no futuro.
(B) Os minutos de que se (necessitar) viver plenamente devem trazer
consigo uma expectativa de futuro.
(C) As privações que me (competir) enfrentar não devem desestimular meus
empreendimentos.
(D) As incertezas quanto ao meu próprio futuro não (dever) eximir-me de ser
responsável por minhas decisões.
(E) Os desafios que cada um de nós hoje se (obrigar) a enfrentar fortalecem-
nos diante do futuro.
Comentário: Neste tipo de questão, deve-se observar se o termo sublinhado
realmente é o sujeito do verbo em negrito.
A alternativa (A) está errada, pois o verbo “executar” refere-se ao
sujeito “a gente”. Assim, deve se flexionar no singular e não tem relação com
o termo sublinhado “trabalhos”. Veja:
Há trabalhos que a gente executa sem imaginar o sentido que ganharão no
futuro.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “necessitar” é transitivo
indireto, o pronome “se” é o índice de indeterminação do sujeito. Assim, tal
verbo deve se flexionar no singular e não tem relação com o termo sublinhado
“minutos”, o qual é o sujeito da locução verbal “devem trazer”. Veja:
Os minutos de que se necessita viver plenamente devem trazer consigo uma
expectativa de futuro.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “competir” é transitivo
indireto, o pronome “me” é o objeto indireto e o sujeito é a oração
subordinada substantiva subjetiva “enfrentar” (enfrentar as privações
compete a mim). Assim, o verbo deve se flexionar no singular e não tem
relação com o termo sublinhado “privações”. O termo sublinhado “privações” é
o sujeito da locução verbal “devem desestimular”. Veja:
As privações que me compete enfrentar não devem desestimular meus
empreendimentos.
A alternativa (D) é a correta, pois a locução verbal “dever eximir” tem
como núcleo do sujeito o termo sublinhado “incertezas”. Veja:
As incertezas quanto ao meu próprio futuro não devem eximir-me de ser
responsável por minhas decisões.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “obrigar” refere-se ao sujeito

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“cada um de nós”. Assim, deve se flexionar no singular e não tem relação com
o termo sublinhado “desafios”. Tal termo sublinhado é o sujeito do verbo
“fortalecem”. Veja:
Os desafios que cada um de nós hoje se obriga a enfrentar fortalecem-nos
diante do futuro.
Gabarito: D

Questão 23: TRT 2ªR 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


A frase em que a concordância respeita as regras da gramática normativa é:
(A) Cada um dos interessados em participar dos projetos devem apresentar
uma proposta de ação e uma previsão de custos.
(B) Acordos luso-brasileiros têm sido recebidos com entusiasmo, o que
sugere que haverá de serem cumpridos fielmente.
(C) Quanto mais discussão houver sobre as questões pendentes, mais se
informarão, com certeza, os que têm de decidir os próximos passos do
processo.
(D) Procede, por uma questão técnica, segundo os especialistas
entrevistados, as medidas divulgadas ontem, pois a urgência de
saneamento é indiscutível.
(E) É bilateral, sem dúvida alguma, os interesses pela exploração desse tipo
de negócio, por isso os países envolvidos terão de fazer concessões
mútuas.
Comentário: A alternativa (A) está errada. O sujeito “Cada um dos
interessados” tem a expressão singular “cada um” como núcleo, o que força a
locução verbal “devem apresentar” ao singular. Veja a correção:
Cada um dos interessados em participar dos projetos deve apresentar uma
proposta de ação e uma previsão de custos.
A alternativa (B) está errada, pois a locução verbal “haverá de serem
cumpridos” refere-se ao sujeito subentendido “Acordos luso-brasileiros”. Note
que o verbo “haverá” não tem sentido de existir. Assim, não é impessoal. Tal
verbo é apenas o verbo auxiliar da locução verbal, cujo verbo principal é
“cumpridos”. Por isso deve se flexionar no plural (Acordos luso-brasileiros
haverão de ser cumpridos fielmente). Ainda dentro desta locução verbal da
voz passiva, note que o verbo intermediário “ser” não deve se flexionar.
Quanto aos demais verbos, o sujeito plural “Acordos luso-brasileiros”
mantém a locução verbal “têm sido recebidos” no plural. O verbo “sugere”
encontra-se no singular, porque seu sujeito é o pronome relativo “que”, o qual
retoma o pronome demonstrativo singular “o”. Veja a correção:
Acordos luso-brasileiros têm sido recebidos com entusiasmo, o que sugere que
haverão de ser cumpridos fielmente.
A alternativa (C) é a correta. O verbo “houver” tem o sentido de existir,
por isso é impessoal e não se flexiona. O verbo “informarão” é transitivo
direto, o pronome “se” é apassivador e o sujeito paciente é o pronome
demonstrativo plural “os”. A locução verbal “têm de decidir” tem como sujeito

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o pronome relativo “que”, o qual retoma o pronome demonstrativo plural “os”.
Veja:
Quanto mais discussão houver sobre as questões pendentes, mais se
informarão, com certeza, os que têm de decidir os próximos passos do
processo.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “procede” tem como sujeito o
termo plural “as medidas divulgadas” e com ele deve concordar. Veja a
correção:
Procedem, por uma questão técnica, segundo os especialistas entrevistados,
as medidas divulgadas ontem, pois a urgência de saneamento é indiscutível.
A alternativa (E) está errada, pois o predicado nominal “É bilateral” tem
como sujeito o termo plural “os interesses” e com ele deve concordar. Veja a
correção:
São bilaterais, sem dúvida alguma, os interesses pela exploração desse tipo
de negócio, por isso os países envolvidos terão de fazer concessões mútuas.
Gabarito: C

Questão 24: TRT RJ 2013 Analista Judiciário (banca FCC)


Estão plenamente acatadas as normas de concordância verbal na seguinte
frase:
(A) A virtude da confiança, assim como a da desconfiança, não independe das
circunstâncias que a requisitam.
(B) As ações de confiar ou desconfiar constitui uma alternativa que não raro
corresponde a um dilema.
(C) Destacam-se, no capítulo das desconfianças, a escola dos filósofos
clássicos identificados com o ideário do ceticismo.
(D) Entre todas as virtudes, a da confiança é das que mais requer
argumentos para se afirmarem junto aos críticos.
(E) Aos desconfiados parecem inaceitável ingenuidade pensar que o otimismo
e a esperança possam nutrir alguém.
Comentário: A alternativa (A) é a correta. Note que o verbo “independe”
concorda com o núcleo do sujeito determinado simples “virtude”. A expressão
“assim como a da desconfiança” está entre vírgulas, por isso não faz parte do
sujeito. Na realidade, tendo em vista esta pontuação, tal expressão é
adverbial e não compromete a concordância.
Note, também, que o pronome relativo “que” ocupa a função de sujeito
e retoma o substantivo “circunstâncias”, por isso o verbo está corretamente
flexionado no plural. Veja:
“A virtude da confiança, assim como a da desconfiança, não independe das
circunstâncias que a requisitam.”
A alternativa (B) está errada, pois o núcleo do sujeito “ações” força o
verbo ao plural. O verbo “corresponde” está corretamente flexionado, porque
o seu sujeito é o pronome relativo “que”, o qual retoma “alternativa”.
Veja:

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“As ações de confiar ou desconfiar constituem uma alternativa que não raro
corresponde a um dilema.”
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “Destacam” é transitivo
direto, o pronome “se” é apassivador e o núcleo do sujeito paciente “escola” é
singular. Assim, também deve flexionar-se no singular. Veja:
“Destaca-se, no capítulo das desconfianças, a escola dos filósofos clássicos
identificados com o ideário do ceticismo.”
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “requer” tem como sujeito o
pronome relativo “que”, o qual retoma o pronome demonstrativo plural “as”.
Assim, deve se flexionar no plural. Os demais verbos estão corretamente
flexionados. Veja:

“Entre todas as virtudes, a da confiança é das que mais requerem


argumentos para se afirmarem junto aos críticos.”

A alternativa (E) está errada, pois o verbo “parecem” tem como sujeito
a oração subordinada substantiva subjetiva “pensar”. Assim, deve se flexionar
no singular. O verbo “possam” está corretamente flexionado no plural, porque
o seu sujeito é composto. Veja:
“Aos desconfiados parece inaceitável ingenuidade pensar que o otimismo e a
esperança possam nutrir alguém.”
Gabarito: A

Questão 25: TRT RJ 2013 Analista Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
(A) Cabem a cada um dos usuários de uma língua escolher as palavras que
mais lhes parecem convenientes.
(B) D. Glorinha valeu-se de um palavrório pelo qual, segundo lhe parecia
certo, viessem a impressionar os ouvidos de meu pai.
(C) As palavras que usamos não valem apenas pelo que significam no
dicionário, mas também segundo o contexto em que se emprega.
(D) Muita gente se vale da prática de utilizar termos, para intimidar o
oponente, numa polêmica, que demandem uma consulta ao dicionário.
(E) Não convém policiar as palavras que se pronuncia numa conversa
informal, quando impera a espontaneidade da fala.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo transitivo indireto
“Cabem” deve se flexionar no singular para concordar com o sujeito oracional
“escolher as palavras”. Note que o objeto indireto “a cada um dos usuários de
uma língua” não interfere na concordância. O verbo “parecem” está
corretamente flexionado por ter como sujeito o pronome relativo “que”, o qual
retoma o substantivo plural “palavras”. Veja:
“Cabe a cada um dos usuários de uma língua escolher as palavras que mais
lhes parecem convenientes.”
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “viessem” deve se flexionar
no singular, pois faz referência ao termo “D. Glorinha”. Note que, na oração
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subordinada adjetiva explicativa “pelo qual ... viesse a impressionar os
ouvidos de meu pai”, a expressão “pelo qual” é o adjunto adverbial de meio
(D. Glorinha viesse a impressionar por meio de um palavrório os ouvidos de
meu pai). Veja a correção:
“D. Glorinha valeu-se de um palavrório pelo qual, segundo lhe parecia certo,
viesse a impressionar os ouvidos de meu pai.”
A alternativa (C) está errada, pois o verbo transitivo direto “emprega” é
seguido do pronome apassivador “se”. Assim, o sujeito paciente está
subentendido: é o vocábulo plural “palavras”. Veja que podemos entender que
as palavras são empregadas em um contexto. A expressão “em que” é apenas
o adjunto adverbial de lugar e não interfere na concordância.
O verbo “usamos” está corretamente empregado, pois seu sujeito é
oculto: “nós”. Além disso, o verbo “valem” flexiona-se no plural, porque o seu
sujeito é o substantivo plural “palavras”.
“As palavras que usamos não valem apenas pelo que significam no dicionário,
mas também segundo o contexto em que se empregam.”
A alternativa (D) é a correta. Note que o verbo “vale” concorda com o
sujeito “Muita gente”. Além disso, o verbo “demandem” tem como sujeito o
pronome relativo “que”, o qual retoma o substantivo “termos”. Assim,
entendemos que os termos demandam uma consulta. Confirme isso abaixo:
“Muita gente se vale da prática de utilizar termos, para intimidar o oponente,
numa polêmica, que demandem uma consulta ao dicionário.”
A alternativa (E) está errada, pois o verbo transitivo direto “pronuncia”
deve se flexionar no plural, porque é precedido do pronome apassivador “se”.
Assim, o sujeito paciente é o pronome relativo “que”, o qual retoma o
substantivo “palavras”. Veja:
“Não convém policiar as palavras que se pronunciam numa conversa
informal, quando impera a espontaneidade da fala.”
Gabarito: D

Questão 26: TST 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal estão plenamente acatadas em:
(A) Aos ateus não se devem dispensar o mesmo tratamento de que foram
vítimas os primeiros adeptos do cristianismo.
(B) Nunca faltaram aos homens de todas as épocas o recurso das crenças no
sobrenatural e a empolgação pelas artes da magia.
(C) Não se deixam levar pelas crenças transcendentes quem só costuma
atender as exigências do pensamento racional.
(D) Poupem-se da ira dos fanáticos de sempre aquele tipo de pesquisador
que se baseia tão somente nos fenômenos que se podem avaliar.
(E) Nunca se abrandaram nos homens e mulheres que não se valem da fé
religiosa a reação hostil dos que se proclamam filhos de Deus.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a locução verbal “devem
dispensar” é transitiva direta e indireta, o objeto indireto é o termo “Aos
ateus”, o pronome “se” é apassivador, e o sujeito paciente é o termo singular
“o mesmo tratamento”, o qual força a locução verbal ao singular. Sempre que
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acharmos o pronome apassivador, devemos confirmá-lo transpondo a voz
passiva sintética em analítica:
Aos ateus não se deve dispensar o mesmo tratamento
Aos ateus não deve ser dispensado o mesmo tratamento
O verbo “foram” está corretamente flexionado no plural, por concordar
com o sujeito “os primeiros adeptos do cristianismo”. Veja:
Aos ateus não se deve dispensar o mesmo tratamento de que foram vítimas
os primeiros adeptos do cristianismo.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “faltaram” é transitivo
indireto, o termo “aos homens de todas as épocas” é o objeto indireto e o
sujeito composto “o recurso das crenças no sobrenatural e a empolgação
pelas artes da magia” força o verbo ao plural. Veja:
Nunca faltaram aos homens de todas as épocas o recurso das crenças no
sobrenatural e a empolgação pelas artes da magia.
A alternativa (C) está errada, pois a locução verbal “deixam levar” é
transitiva direta e indireta, o pronome “se” é apassivador, o termo “pelas
crenças transcendentes” é o objeto indireto e o sujeito paciente é o pronome
indefinido “quem”, o qual força o verbo ao singular. Sempre que acharmos o
pronome apassivador, devemos confirmá-lo transpondo a voz passiva sintética
em analítica:
Não se deixa levar pelas crenças transcendentes quem...
Não deixa ser levado pelas crenças transcendentes quem...
O pronome “quem” também se desenvolve na oração posterior, pois se
pode entender a expressão “aquele que”. Assim, a locução verbal “costuma
atender” está corretamente flexionada no singular.
Não se deixa levar pelas crenças transcendentes quem só costuma atender
as exigências do pensamento racional.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “Poupem” é transitivo direto
e indireto, o termo “da ira dos fanáticos de sempre” é o objeto indireto, o
pronome “se” é apassivador e o sujeito paciente é o termo “aquele tipo de
pesquisador”, o qual força o verbo ao singular. Lembre-se de que devemos
confirmar o pronome apassivador:
Poupe-se da ira dos fanáticos de sempre aquele tipo de pesquisador
Seja poupado da ira dos fanáticos de sempre aquele tipo de pesquisador
O verbo “baseia” e a locução verbal “podem avaliar” estão corretamente
flexionados, pois os sujeitos são os pronomes relativos “que”, os quais se
referem à expressão “aquele tipo de pesquisador” e “fenômenos”,
respectivamente. Veja:
Poupe-se da ira dos fanáticos de sempre aquele tipo de pesquisador que se
baseia tão somente nos fenômenos que se podem avaliar.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “abrandaram” é transitivo
direto e indireto, o pronome “se” é apassivador, o objeto indireto é o termo

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“nos homens e mulheres”, o qual é seguido da oração subordinada adjetiva
restritiva “que não se valem da fé religiosa”. Assim, o sujeito paciente é o
termo singular “a reação hostil”, que força o verbo ao singular. Devemos
confirmar o pronome apassivador:
Nunca se abrandou nos homens e mulheres (...) a reação hostil
Nunca foi abrandada nos homens e mulheres (...) a reação hostil
O verbo “proclamam” está corretamente flexionado, porque tem como
sujeito o pronome relativo “que”, o qual se refere ao pronome plural “os”.
Veja:
Nunca se abrandou nos homens e mulheres que não se valem da fé religiosa
a reação hostil dos que se proclamam filhos de Deus.
Gabarito: B

Questão 27: TST 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


O verbo empregado no plural que também poderia ter sido flexionado no
singular, sem prejuízo para a correção, está em:
(A) Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruções sobre ...
(B) Todos os jogos se compõem de duas partes ...
(C) As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus ...
(D) Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para ...
(E) ... todos os hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho.
Comentário: Esta questão cobra a concordância facultativa. Para melhor
visualizarmos, vou apontar o sujeito sublinhado-o e o verbo em negrito:
Na alternativa (A), o verbo “dão” só pode se flexionar no plural, pois o
sujeito simples está no plural:
Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruções sobre ...
Na alternativa (B), o verbo “compõem” só pode se flexionar no plural,
pois o sujeito simples está no plural:
Todos os jogos se compõem de duas partes ...
Na alternativa (C), o verbo “acrescentem” só pode se flexionar no plural,
pois o sujeito simples está no plural:
As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus ...
A alternativa (D) é a correta, pois o sujeito constituído de expressão
partitiva (“a maioria das”), seguida de adjunto adnominal plural, faz com que
o verbo possa se flexionar no plural ou no singular. Veja:
Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para ...
Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas tem mais facilidade para ...
Na alternativa (E), o verbo “inibem” só pode se flexionar no plural, pois
o sujeito é o pronome relativo “que”, e o contexto nos mostra que tal
pronome só pode retomar a expressão plural “todos os hábitos”. Veja:
... todos os hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho.

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Note que não podemos entender que a mente inibe a excelência do
desempenho. Apenas os hábitos inibem. Assim, não se pode pensar que o
pronome relativo poderia retomar “mente”.
Gabarito: D

Questão 28: TST 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no singular para
preencher adequadamente a lacuna da frase:
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de corresponder
nossos valores éticos mais rigorosos.
(B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o peso de suas
mais graves decisões.
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) tomar decisões
sem medir suas consequências.
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) sobrevir
consequências imprevistas e injustas.
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, recomenda Gramsci,
os critérios que levam em conta a dor humana.
Comentário: Na alternativa (A), a locução verbal deve se flexionar no plural,
pois o sujeito é o termo “nossos valores éticos mais rigorosos”. O termo “A
nenhuma de nossas escolhas” é o objeto indireto. Veja:
A nenhuma de nossas escolhas podem deixar de corresponder nossos
valores éticos mais rigorosos.
Na alternativa (B), o verbo deve se flexionar no plural, por ser transitivo
direto, possuir o pronome apassivador “se”, além de o sujeito paciente ser o
pronome demonstrativo “os”. Lembre-se de que devemos confirmar o
pronome apassivador “se”:
Não se poupam os que governam de refletir sobre o peso de suas mais
graves decisões.
Não são poupados os que governam de refletir sobre o peso de suas mais
graves decisões.
A alternativa (C) é a correta, pois realmente o verbo deve se flexionar
no singular, tendo em vista que o sujeito é a oração subordinada substantiva
subjetiva reduzida de infinitivo “tomar decisões”.
Note que o termo “Aos governantes mais responsáveis” é o objeto
indireto. Veja:
Aos governantes mais responsáveis não ocorre tomar decisões sem medir
suas consequências.
Na alternativa (D), a locução verbal transitiva indireta deve se flexionar
no plural, pois o sujeito é o termo “consequências imprevistas e injustas”.
Note que o termo “A toda decisão” é o objeto indireto. Veja:
A toda decisão tomada precipitadamente costumam sobrevir consequências
imprevistas e injustas.

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Na alternativa (E), o verbo deve se flexionar no plural, pois o sujeito é o
termo “os critérios”. Veja:
Diante de uma escolha, ganham prioridade, recomenda Gramsci, os critérios
que levam em conta a dor humana.
Gabarito: C

Questão 29: TRT 6ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


Uma vez ...... as limitações fundamentais da condição humana, é possível
dominar a fantasia e ...... as possibilidades concretas que se ...... para todos
nós.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
(A) aceita - testar - abrem (B) aceitas - testar - abrem
(C) aceita - testarem - abre (D) aceitas - testar - abre
(E) aceita - testarem - abrem
Comentário: A primeira lacuna deve ser preenchida com o particípio plural
“aceitas”, pois o sujeito é plural: “as limitações fundamentais da condição
humana”. Assim, já eliminamos as alternativas (A), (C) e (E).
A segunda lacuna deve ser preenchida com o infinitivo impessoal
“testar”, pois não há referência a um sujeito, e sim à ação. Note que tal verbo
está coordenado com outro infinitivo impessoal: “dominar”.
A terceira lacuna deve ser preenchida pelo verbo plural “abrem”, pois o
verbo é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o sujeito paciente é
o pronome relativo “que”, o qual retoma a expressão plural “as possibilidades
concretas”. Lembre-se de que sempre devemos confirmar se realmente o
pronome “se” é apassivador, transpondo a voz passiva sintética em analítica:
as possibilidades concretas que se abrem para todos nós.
as possibilidades concretas que são abertas para todos nós.
Assim, a alternativa correta é a (B).
Veja como ficou:
Uma vez aceitas as limitações fundamentais da condição humana, é possível
dominar a fantasia e testar as possibilidades concretas que se abrem para
todos nós.
Gabarito: B

Questão 30: TRT 11ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado no plural para
preencher corretamente a lacuna da frase:
(A) Nem todos discriminam, numa foto, os predicados mágicos que a ela se
...... (atribuir) nesse texto.
(B) Os tempos que ...... (documentar) uma simples foto, aparentemente
congelada, são complexos e estimulantes.
(C) A associação entre músicos e fotógrafos profissionais ...... (remeter) às
especificidades de cada tipo de sintaxe.
(D) A poucos ...... (costumar) ocorrer que as fotografias podem enfeixar
admiráveis atributos estéticos, como obras de arte que são.

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(E) Imaginem-se os sustos que não ...... (ter) causado aos nativos de tribos
remotas a visão de seus rostos fotografados!
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o verbo em negrito é
transitivo direto e indireto, o objeto indireto é “a ela”, o pronome “se” é
apassivador e o sujeito paciente é o pronome relativo “que”, o qual retoma a
expressão plural “os predicados mágicos”. Lembre-se de que devemos
confirmar o pronome apassivador “se”. Veja:
Nem todos discriminam, numa foto, os predicados mágicos que a ela se
atribuem nesse texto.
Nem todos discriminam, numa foto, os predicados mágicos que a ela são
atribuídos nesse texto.
Na alternativa (B), o verbo deve se flexionar no singular, pois o sujeito é
o termo “uma simples foto” (uma simples foto documenta os tempos). O
pronome relativo “que” é o objeto direto. Veja:
Os tempos que documenta uma simples foto, aparentemente congelada, são
complexos e estimulantes.

Na alternativa (C), o verbo deve se flexionar no singular, pois o núcleo


do sujeito é o substantivo “associação”. Veja:
A associação entre músicos e fotógrafos profissionais remete às
especificidades de cada tipo de sintaxe.

Na alternativa (D), a locução verbal deve se flexionar no singular, pois o


sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva “que as fotografias
podem enfeixar admiráveis atributos estéticos, como obras de arte” (Isso
costuma ocorrer a poucos). Veja:
A poucos costuma ocorrer que as fotografias podem enfeixar admiráveis
atributos estéticos, como obras de arte que são.

Na alternativa (E), a locução verbal transitiva direta e indireta deve se


flexionar no singular, pois o sujeito é o termo “a visão de seus rostos
fotografados”. O termo “aos nativos de tribos remotas” é o objeto indireto e o
pronome relativo “que” é o objeto direto, o qual retoma “sustos” (a visão de
seus rostos fotografados não tem causado sustos aos nativos de tribos
remotas). Veja:
Imaginem-se os sustos que não tem causado aos nativos de tribos remotas a
visão de seus rostos fotografados!
Gabarito: A

Questão 31: TRF 2ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propostas para o segmento
grifado, deverá ser colocado no plural, está em:
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida ... (dúvidas)
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do planeta)

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(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O consumo mundial de
barris de petróleo)
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no custo da matéria-
prima ... (Constantes aumentos)
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços mundiais ... (a
preocupação em torno das mudanças climáticas)
Comentário: Na alternativa (A), o verbo “há” está sendo empregado no
sentido de “existir”, por isso não tem sujeito e não se flexiona no plural. O
termo “dúvida” é apenas o objeto direto e sua flexão não interfere na
concordância.
Não há dúvida de que o estilo de vida ...
Não há dúvidas de que o estilo de vida ...
Na alternativa (B), o trecho “O que não se sabe” possui o verbo
transitivo direto “sabe”, o pronome apassivador “se”, e o sujeito paciente é o
pronome relativo “que”, o qual retoma o pronome demonstrativo singular “O”,
por isso o verbo se flexiona no singular.
Ao se trocar a expressão “não se” por “ninguém nas regiões do planeta”,
a oração passa a ser da voz ativa e o núcleo do sujeito “ninguém” mantém o
verbo no singular.
O que não se sabe ...
O que ninguém nas regiões do planeta sabe ...
Na alternativa (C), o núcleo do sujeito (“consumo”) é mantido nas duas
estruturas, por isso o verbo “dá” continua no singular.
O consumo mundial não dá sinal de trégua ...
O consumo mundial de barris de petróleo não dá sinal de trégua ...
Na alternativa (D), deve haver a flexão verbal pois o núcleo do sujeito
singular “aumento” mudou para o núcleo plural “aumentos”.
Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no custo da matéria-prima ...
Constantes aumentos no preço do óleo refletem-se no custo da matéria-prima ...
Na alternativa (E), o núcleo do sujeito “tema” foi mudado para outro
núcleo singular “preocupação”. Assim, o verbo “pressiona” deve se manter no
singular. Veja:
o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços mundiais ...
a preocupação em torno das mudanças climáticas pressiona os esforços
mundiais ...
Gabarito: D

Questão 32: TRT 6ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


A concordância verbal está plenamente observada na frase:

(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e materialistas, o


posicionamento de alguns religiosos e parlamentares acerca da educação
religiosa nas escolas públicas.
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àqueles que são contra a
obrigatoriedade do ensino religioso, para se reservar essa prática a
setores da iniciativa privada.

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(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, contra os que votam a
favor do ensino religioso na escola pública, consistem nos altos custos
econômicos que acarretarão tal medida.
(D) O número de templos em atividade na cidade de São Paulo vêm
gradativamente aumentando, em proporção maior do que ocorrem com o
número de escolas públicas.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como a regulação natural
do mercado sinalizam para as inconveniências que adviriam da adoção do
ensino religioso nas escolas públicas.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “Provocam” deve se
flexionar no singular, tendo em vista que o sujeito é o termo “o
posicionamento de alguns religiosos e parlamentares”. Note que é o
“posicionamento de alguns religiosos e parlamentares” que provoca “muitas
polêmicas”.
Provoca muitas polêmicas, entre crentes e materialistas, o posicionamento
de alguns religiosos e parlamentares acerca da educação religiosa nas escolas
públicas.
A alternativa (B) está errada, pois a locução verbal “deverão haver”
deve se flexionar no singular, pois o verbo “haver” se encontra no sentido de
“existir”. Assim, não possui sujeito. Note que o termo “bons motivos” é o
objeto direto.
Sempre deverá haver bons motivos, junto àqueles que são contra a
obrigatoriedade do ensino religioso, para se reservar essa prática a setores da
iniciativa privada.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “consistem” deve se flexionar
no singular, tendo em vista que o núcleo do sujeito é o vocábulo singular
“Um”.
Além disso, o verbo “acarretarão” deve se flexionar no singular, pois o
sujeito é o termo “tal medida” e o pronome relativo “que” é o objeto direto.
Assim, entendemos neste trecho que tal medida acarretará altos custos
econômicos:
Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, contra os que votam a favor
do ensino religioso na escola pública, consiste nos altos custos econômicos
que acarretará tal medida.
A alternativa (D) está errada, pois o núcleo do sujeito singular “número”
força a locução verbal “vêm aumentando” ao singular. O verbo “ocorrem”
deve se flexionar no singular, tendo em vista que o sujeito é o pronome
relativo “que”, o qual retoma o pronome demonstrativo “o”. Veja:
O número de templos em atividade na cidade de São Paulo vem
gradativamente aumentando, em proporção maior do que ocorre com o
número de escolas públicas.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “sinalizam” concorda com o
sujeito composto “Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como a
regulação natural do mercado”. O verbo “adviriam” concorda com o pronome

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relativo “que”, o qual retoma o substantivo plural “inconveniências”.
Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como a regulação natural do
mercado sinalizam para as inconveniências que adviriam da adoção do ensino
religioso nas escolas públicas.
Gabarito: E

Questão 33: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


As regras de concordância estão plenamente respeitadas em:

(A) A campanha das Diretas, de que os mais jovens participaram ativamente,


terão sempre lugar especial nos registros de nossa história recente, ao
lado de episódios como o movimento caras-pintadas que, em 1992,
levaram à deposição de um presidente.
(B) Por mais diferenças que houvesse entre eles e o incansável dr. Ulysses, a
maioria dos políticos que foram seus contemporâneos não lhe
demonstrava senão grande admiração e profundo respeito.
(C) A confusão entre as funções de jornalista e de militante, no caso de
Ricardo Kotscho e de outros profissionais de nossa imprensa, tornaram
possível um registro muito mais vivaz de várias personagens da
campanha das Diretas.
(D) Poucos episódios na história mais recente do Brasil pode nos inspirar
tanto orgulho quanto a campanha das Diretas, ao longo dos anos 1983 e
1984, ainda que as eleições diretas para presidente, sua principal
reivindicação, só tenha sido contemplada em 1989.
(E) Não se confunda os raríssimos casos em que a separação das funções de
jornalista e de militante podem ser justificadas com aqueles que
merecem a condenação mais enfática.
Comentário: Após a explicação de cada alternativa, haverá a transcrição da
frase, com o verbo em negrito e seu respectivo núcleo do sujeito sublinhado.
A alternativa (A) está errada, pois o sujeito “A campanha das Diretas”
força o verbo ao singular: “terá”. O pronome relativo “que” está na função
sintática de sujeito e está retomando o substantivo singular “movimento”, o
qual força o verbo ao singular: “levou”. Você poderia ter ficado na dúvida da
flexão desse verbo, por causa do substantivo composto “caras-pintadas”, que
se encontra no plural. Porém, veja que esse substantivo composto cumpre a
função sintática de aposto especificativo de “movimento”. Assim, é o
movimento de nome “caras-pintadas” que levou à deposição de um
presidente.
Note que o verbo “participaram” se encontra corretamente flexionado no
plural, porque seu sujeito é o termo “os mais jovens”.
A campanha das Diretas, de que os mais jovens participaram ativamente,
terá sempre lugar especial nos registros de nossa história recente, ao lado de
episódios como o movimento caras-pintadas que, em 1992, levou à deposição
de um presidente.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “houvesse” está sendo
empregado no sentido de “existir”, por isso não tem sujeito e não se flexiona

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no plural. O verbo “foram” está corretamente flexionado no plural, porque o
pronome relativo “que” é o sujeito e retoma o substantivo plural “políticos”. O
verbo “demonstrava” está flexionado no singular, por concordar com o núcleo
do sujeito “maioria”. Tal verbo poderia se flexionar no plural, porque o termo
partitivo “maioria” é seguido do adjunto adnominal plural “dos políticos”.
Por mais diferenças que houvesse entre eles e o incansável dr. Ulysses, a
maioria dos políticos que foram seus contemporâneos não lhe demonstrava
senão grande admiração e profundo respeito.
A alternativa (C) está errada, pois o núcleo do sujeito “confusão” força o
verbo ao singular: “tornou”.
A confusão entre as funções de jornalista e de militante, no caso de Ricardo
Kotscho e de outros profissionais de nossa imprensa, tornou possível um
registro muito mais vivaz de várias personagens da campanha das Diretas.
A alternativa (D) está errada, pois o núcleo do sujeito “episódios” força a
locução verbal ao plural: “podem inspirar”. Além disso, o núcleo do sujeito
“eleições” força a locução verbal ao plural: “tenham sido contempladas”.
Poucos episódios na história mais recente do Brasil podem nos inspirar tanto
orgulho quanto a campanha das Diretas, ao longo dos anos 1983 e 1984,
ainda que as eleições diretas para presidente, sua principal reivindicação, só
tenham sido contempladas em 1989.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “confunda” é transitivo direto,
o pronome “se” é apassivador, e o sujeito paciente é o termo plural “os
raríssimos casos”, o qual força o verbo ao plural: “confundam”. Além disso, o
núcleo do sujeito “separação” força a locução verbal ao singular: “pode ser
justificada”.
Note que o verbo “merecem” está corretamente flexionado no plural,
porque o sujeito é o pronome relativo “que”, o qual retoma o pronome
demonstrativo plural “aqueles”.
Devemos sempre ficar atentos quando houver pronome apassivador.
Sempre devemos confirmar com a transposição da voz passiva sintética em
analítica:
Não se confundam os raríssimos casos em que a separação das funções de
jornalista e de militante pode ser justificada com aqueles que merecem a
condenação mais enfática.
Não sejam confundidos os raríssimos casos em que a separação das funções
de jornalista e de militante pode ser justificada com aqueles que merecem a
condenação mais enfática.
Gabarito: B

Questão 34: TRF 2ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
(A) Evitem-se, sempre que possível, qualquer excesso no convívio humano:
nem proximidade por demais estreita, nem distância exagerada.

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(B) Os vários atrativos de que dispõem a vida nas ilhas não são, segundo o
cronista, exclusividade delas.
(C) Cabem aos poetas imaginar espaços mágicos nos quais realizemos nossos
desejos, como a Pasárgada de Manuel Bandeira.
(D) Muita gente haveriam de levar para uma ilha os mesmos vícios a que se
houvesse rendido nos atropelos da vida urbana.
(E) A poucas pessoas conviria trocar a rotina dos shoppings pela serenidade
absoluta de uma pequena ilha.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “Evitem” é transitivo
direto, o pronome “se” é apassivador, e o sujeito paciente “qualquer excesso”
força o verbo a se flexionar no singular. Lembre-se de que devemos confirmar
o pronome apassivador “se”. Veja:
Evite-se, sempre que possível, qualquer excesso no convívio humano: nem
proximidade por demais estreita, nem distância exagerada.
Seja evitado, sempre que possível, qualquer excesso no convívio humano:
nem proximidade por demais estreita, nem distância exagerada.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “dispõem” deve se flexionar
no singular para concordar com o sujeito “a vida”. O verbo “são” está
corretamente flexionado, pois seu sujeito é o termo “Os vários atrativos”.
Os vários atrativos de que dispõe a vida nas ilhas não são, segundo o
cronista, exclusividade delas.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “Cabem” deve se flexionar no
singular para concordar com a oração subordinada substantiva subjetiva
reduzida de infinitivo “imaginar espaços mágicos” (Isso cabe aos poetas).
Cabe aos poetas imaginar espaços mágicos nos quais realizemos nossos
desejos, como a Pasárgada de Manuel Bandeira.
A alternativa (D) está errada, pois a locução verbal “haveriam de levar”
deve ser flexionada no singular para concordar com o sujeito “Muita gente”. A
locução verbal “houvesse rendido” está corretamente flexionada no singular,
pois se refere ao termo singular “Muita gente”.
Muita gente haveria de levar para uma ilha os mesmos vícios a que se
houvesse rendido nos atropelos da vida urbana.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “conviria” está flexionado no
singular, pois concorda a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida
de infinitivo “trocar a rotina dos shoppings pela serenidade absoluta de uma
pequena ilha” (Isso conviria a poucas pessoas).
A poucas pessoas conviria trocar a rotina dos shoppings pela serenidade
absoluta de uma pequena ilha.
Gabarito: E

Questão 35: TRE-CE 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas
em:
(A) A vontade maior de governantes autoritários se opõem ao sistema

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democrático de governar, baseado no respeito à voz dos cidadãos e na
aplicação da justiça.
(B) Não é permitido alterações nas regras de um jogo já iniciado, inclusive na
política, devendo os que dele participa considerar os interesses da
maioria dos cidadãos.
(C) Em um jogo, ainda que tenha importância a integração de todos os
atletas, sobressaem os talentos individuais, que podem definir o resultado
final da partida.
(D) Em toda prática esportiva, assim como na política, torna-se necessário os
esforços de todos os envolvidos para que sempre se alcance os objetivos
previstos.
(E) A variada gama de interesses de povos e nações devem ser consideradas
na ocasião de se firmar os acordos diplomáticos entre governantes.
Comentário: Após a explicação de cada alternativa, haverá a transcrição da
frase, com o verbo em negrito e seu respectivo núcleo do sujeito sublinhado.
A alternativa (A) está errada, pois o núcleo do sujeito “vontade” força o
verbo ao singular: “opõe”. Note que o particípio “baseado” está concordando
com o substantivo “sistema”.
A vontade maior de governantes autoritários se opõe ao sistema democrático
de governar, baseado no respeito à voz dos cidadãos e na aplicação da
justiça.
A alternativa (B) está errada, pois o sujeito “alterações” força a locução
verbal da voz passiva ao plural e feminino: “são permitidas”. Além disso, o
pronome relativo “que” é o sujeito e retoma o pronome demonstrativo plural
“os”, forçando o verbo ao plural: “participam”.
Note que a locução verbal “devendo considerar” tem como sujeito o
pronome demonstrativo plural “os”, porém ele não faz o verbo auxiliar
“devendo” se flexionar, porque tal verbo está na forma nominal gerúndio:

Não são permitidas alterações nas regras de um jogo já iniciado, inclusive


na política, devendo os que dele participam considerar os interesses da
maioria dos cidadãos.
A alternativa (C) é a correta. O verbo “tenha” está flexionado no
singular, porque seu sujeito é “a integração de todos os atletas”, o verbo
“sobressaem” está flexionado no plural, porque seu sujeito é “os talentos
individuais”, a locução verbal “podem definir” se encontra no plural, porque o
sujeito é o pronome relativo “que”, o qual retoma o termo plural “os talentos
individuais”.
Em um jogo, ainda que tenha importância a integração de todos os atletas,
sobressaem os talentos individuais, que podem definir o resultado final da
partida.
A alternativa (D) está errada, pois o sujeito “os esforços de todos os
envolvidos” força o predicado nominal ao plural e masculino: “tornam-se
necessários”. O verbo “alcance” é transitivo direto, o pronome “se” é

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apassivador e o sujeito “os objetivos” força tal verbo ao plural. Sempre
devemos confirmar se o pronome é realmente apassivador, por meio da
transposição da voz passiva sintética em passiva analítica:
Em toda prática esportiva, assim como na política, tornam-se necessários
os esforços de todos os envolvidos para que sempre se alcancem os
objetivos previstos.
Em toda prática esportiva, assim como na política, tornam-se necessários
os esforços de todos os envolvidos para que sempre sejam alcançados os
objetivos previstos.
A alternativa (E) está errada, pois o núcleo do sujeito singular “gama”
força a locução verbal ao singular: “deve ser considerada”. Cuidado, pois o
que se encontra composto é apenas o adjunto adnominal “de povos e nações”,
o qual não interfere na concordância verbal.
O verbo “firmar” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o
sujeito plural paciente “os acordos diplomáticos entre governantes” força o
verbo ao plural.
A variada gama de interesses de povos e nações deve ser considerada na
ocasião de se firmarem os acordos diplomáticos entre governantes.
Gabarito: C

Questão 36: TRE SP 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


Estão plenamente observadas as normas de concordância verbal em:
(A) À noite, davam-se aos trabalhos de poucos e à diversão de muitos uma
trégua oportuna, para tudo recomeçar na manhã seguinte.
(B) Aos esforços brutais da jubarte não correspondiam qualquer efeito
prático, nenhum avanço obtinha o gigante encalhado na areia.
(C) Sempre haverá de aparecer aqueles que, diante de um espetáculo
trágico, logram explorá-lo como oportunidade de comércio.
(D) Como se vê, cabe aos bons princípios ecológicos estimular a salvação das
baleias, seja no alto-mar, seja na areia da praia.
(E) Da baleia encalhada em 1966 não restou, lembra-nos o autor, senão as
postas em que a cruel voracidade dos presentes retalhou o animal.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “davam” é transitivo
direto e indireto, o pronome “se” é apassivador, o termo “aos trabalhos de
poucos e à diversão de muitos” é o objeto indireto composto e o sujeito
paciente é “uma trégua oportuna”, o qual força o verbo ao singular. Devemos
confirmar o pronome apassivador “se”. Veja:
À noite, dava-se aos trabalhos de poucos e à diversão de muitos uma trégua
oportuna, para tudo recomeçar na manhã seguinte.
À noite, era dada aos trabalhos de poucos e à diversão de muitos uma trégua
oportuna, para tudo recomeçar na manhã seguinte.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “correspondiam” é transitivo
indireto, o termo “Aos esforços brutais da jubarte” é o objeto indireto e o
termo “qualquer efeito prático” é o sujeito, o qual força o verbo ao singular. O
verbo “obtinha” está corretamente flexionado no singular, pois o sujeito é “o
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gigante encalhado”. Veja:
Aos esforços brutais da jubarte não correspondia qualquer efeito prático,
nenhum avanço obtinha o gigante encalhado na areia.
A alternativa (C) está errada, pois a locução verbal “haverá de aparecer”
deve se flexionar no plural, para concordar com o sujeito “aqueles”. O verbo
“logram” está corretamente flexionado no plural, tendo em vista concordar
com o pronome relativo “que”, o qual retoma o pronome “aqueles”.
Sempre haverão de aparecer aqueles que, diante de um espetáculo trágico,
logram explorá-lo como oportunidade de comércio.
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “vê”, neste contexto, é
intransitivo, o que força o pronome “se” a ser o índice de indeterminação do
sujeito. Assim, tal verbo se encontra no singular.
O verbo “cabe” está corretamente flexionado no singular, porque é
transitivo indireto, o termo “aos bons princípios ecológicos” é o objeto indireto
e a oração “estimular a salvação das baleias, seja no alto-mar, seja na areia
da praia” é subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo (Isso cabe
aos bons princípios ecológicos).
Como se vê, cabe aos bons princípios ecológicos estimular a salvação das
baleias, seja no alto-mar, seja na areia da praia.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “restou” deve se flexionar no
plural para concordar com o sujeito plural “as postas”.
Da baleia encalhada em 1966 não restaram, lembra-nos o autor, senão as
postas em que a cruel voracidade dos presentes retalhou o animal.
Gabarito: D

Questão 37: TRE SP 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural
para preencher de modo adequado a lacuna da seguinte frase:
(A) As acusações que ...... (promover) quem defende o "assembleísmo"
baseiam-se na decantada "soberania" das assembleias.
(B) Não ...... (convir) aos radicais da meritocracia admitir que pode haver
boas resoluções obtidas pelo critério do voto.
(C) Por que ...... (haver) de caber a um simples passageiro as
responsabilidades do comando de uma aeronave?
(D) O que aos bons políticos não ...... (poder) faltar, sobretudo nos
momentos de decisão, é o espírito público.
(E) Não ...... (caber) às associações de classe, em assembleias, avaliar o
mérito técnico, julgar a qualificação profissional de alguém.
Comentário: Na alternativa (A), o verbo deve se flexionar no singular, tendo
em vista que o sujeito é o pronome indefinido “quem”, e o pronome relativo
“que” é o objeto direto (quem defende o "assembleísmo" promove as
acusações). Veja:
As acusações que promove quem defende o "assembleísmo" baseiam-se na
decantada "soberania" das assembleias.
Na alternativa (B), o verbo deve se flexionar no singular, tendo em vista

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que a oração “admitir” é subordinada substantiva subjetiva reduzida de
infinitivo (Isso convém aos radicais da meritocracia). Note que o termo “aos
radicais da meritocracia” é o objeto indireto. Veja:
Não convém aos radicais da meritocracia admitir que pode haver boas
resoluções obtidas pelo critério do voto.
A alternativa (C) é a correta, pois a locução verbal transitiva indireta
deve se flexionar no plural, para concordar com o sujeito “as
responsabilidades do comando de uma aeronave”. O termo “a um simples
passageiro” é o objeto indireto.
Por que hão de caber a um simples passageiro as responsabilidades do
comando de uma aeronave?
Na alternativa (D), perceba primeiro que as expressões “O que” e “é”
são apenas enfáticas, sendo interpretadas como palavras denotativas
expletivas. Depois, perceba que a locução verbal transitiva indireta deve se
flexionar no singular, para concordar com o sujeito “o espírito público”. O
termo “aos bons políticos” é o objeto indireto. Veja sem os termos enfáticos:
Aos bons políticos não pode faltar, sobretudo nos momentos de decisão, o
espírito público.

Agora, com os termos enfáticos. Compare:

O que aos bons políticos não pode faltar, sobretudo nos momentos de
decisão, é o espírito público.

Na alternativa (E), o verbo deve se flexionar no singular, tendo em vista


que a oração “avaliar o mérito técnico” é subordinada substantiva subjetiva
reduzida de infinitivo (Isso não cabe às associações de classe). Note que o
termo “às associações de classe” é o objeto indireto, a oração “julgar a
qualificação profissional de alguém” é apenas uma explicação, um
desenvolvimento da informação da oração anterior (“avaliar o mérito
técnico”). Neste caso, cabe até a expressão explicativa “ou seja”, “isto é”.
Veja:
Não cabe às associações de classe, em assembleias, avaliar o mérito técnico,
isto é, julgar a qualificação profissional de alguém.
Gabarito: C

Questão 38: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural
para preencher de modo adequado a lacuna desta frase:
(A) Será que um dia se ...... (atingir) a cifra de inimagináveis vinte bilhões
de habitantes?
(B) Infelizmente não ...... (caber) aos homens, desde a sua criação, escolher
a solidariedade como seu atributo natural.
(C) Não é difícil imaginar o que nos ...... (reservar) o adensamento das
aglomerações urbanas.

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(D) Aos jornais se ...... (impor) reduzir as páginas, o mesmo ocorrendo com
o palavreado de seus articulistas.
(E) Até mesmo a regime de emagrecimento ...... (dever) submeter-se os
homens do futuro.
Comentário: Abaixo, após a explicação de cada alternativa, será inserido o
verbo em negrito e o sujeito sublinhado.
Na alternativa (A), o verbo “atingir” é transitivo direto, o pronome “se” é
apassivador e o núcleo do sujeito paciente “cifra” força o verbo ao singular.
Lembre-se de que devemos confirmar se realmente há pronome apassivador
com a transposição da voz passiva sintética em voz passiva analítica.
Será que um dia se atingirá a cifra de inimagináveis vinte bilhões de
habitantes?
Será que um dia será atingida a cifra de inimagináveis vinte bilhões de
habitantes?
Na alternativa (B), o verbo “caber” é transitivo indireto, “aos homens” é
o objeto indireto e a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de
infinitivo “escolher a solidariedade como seu atributo natural” força o verbo ao
singular:
Infelizmente não cabe aos homens, desde a sua criação, escolher a
solidariedade como seu atributo natural.
Na alternativa (C), o verbo “reservar” é transitivo direto e indireto, o
termo “nos” é o objeto indireto, “o adensamento das aglomerações urbanas” é
o objeto direto, e o sujeito é o pronome relativo “que”, o qual retoma o
pronome demonstrativo singular “o”. Assim, o verbo deve se flexionar no
singular. Veja:
Não é difícil imaginar o que nos reserva o adensamento das aglomerações
urbanas.
Na alternativa (D), o verbo “impor” é transitivo direto e indireto, o
termo “Aos jornais” é o objeto indireto, o pronome “se” é apassivador e a
oração “reduzir as páginas” é subordinada substantiva subjetiva reduzida de
infinitivo, a qual força o verbo ao singular. Veja que, quando há pronome
apassivador, não existe objeto direto, mas sujeito paciente. Como falamos
anteriormente, devemos confirmar o valor deste pronome, transpondo da voz
passiva sintética para a passiva analítica. Veja:
Aos jornais se impõe reduzir as páginas, o mesmo ocorrendo com o
palavreado de seus articulistas.
Aos jornais é imposto reduzir as páginas, o mesmo ocorrendo com o
palavreado de seus articulistas.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo principal “submeter” é
transitivo direto e indireto, o termo “a regime de emagrecimento” é o objeto
indireto, o pronome “se” é apassivador, e o termo plural “os homens do
futuro” é o sujeito paciente, o qual força o verbo auxiliar “dever” ao plural.
Devemos confirmar o valor deste pronome, transpondo da voz passiva

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sintética para a passiva analítica. Veja:
Até mesmo a regime de emagrecimento devem submeter-se os homens do
futuro.
Até mesmo a regime de emagrecimento devem ser submetidos os homens
do futuro.
Gabarito: E

Questão 39: TRE SP 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


Estão plenamente observadas as normas de concordância verbal na frase:

(A) Dentro da elite nunca se criticou, diante da rotina do sistema


penitenciário brasileiro, os horrores a que os presos são submetidos.
(B) Reserva-se ao pobre, tantas vezes identificado como potencialmente
perigoso, as opções da resignação ou da marginalidade social.
(C) Sem altos investimentos não haverão como minimizar os horrores que
vêm caracterizando as nossas penitenciárias.
(D) A nenhum dos intérpretes de um fato faltarão argumentos para
considerá-lo segundo seu interesse e sua conveniência.
(E) Ainda que não lhes convenham fazer altos investimentos, as elites terão
que calcular os custos de tanta violência.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “criticou” é transitivo
direto, o pronome “se” é apassivador e o termo “os horrores” é o sujeito
paciente, o qual força o verbo ao plural. Devemos confirmar o pronome
apassivador “se”:
“...nunca se criticaram...os horrores...”
“...nunca foram criticados... os horrores...”
O predicado nominal “são submetidos” encontra-se flexionado no plural
tendo em vista o sujeito “os presos”. Veja:
Dentro da elite nunca se criticaram, diante da rotina do sistema penitenciário
brasileiro, os horrores a que os presos são submetidos.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “Reserva” é transitivo direto e
indireto, o termo “ao pobre” é o objeto indireto, o pronome “se” é apassivador
e o termo “as opções da resignação ou da marginalidade social” é o sujeito
paciente, o qual força o verbo ao plural. Devemos confirmar o pronome
apassivador “se”:
Reservam-se ao pobre, tantas vezes identificado como potencialmente
perigoso, as opções da resignação ou da marginalidade social.
São reservados ao pobre, tantas vezes identificado como potencialmente
perigoso, as opções da resignação ou da marginalidade social.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “haverão” deve se flexionar
no singular, por ser impessoal, isto é, não possui sujeito. A locução verbal
“vêm caracterizando” está corretamente flexionada no plural a fim de
concordar com o pronome relativo “que”, o qual retoma “horrores”. Veja:

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Sem altos investimentos não haverá como minimizar os horrores que vêm
caracterizando as nossas penitenciárias.
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo transitivo indireto “faltarão”
concorda com o sujeito plural “argumentos”. Veja que o termo “A nenhum dos
intérpretes” é o objeto indireto.
O infinitivo “considerar” está flexionado no singular, por ser impessoal,
isto é, não tem sujeito. O pronome pessoal oblíquo “o” está corretamente
flexionado no singular tendo em vista concordar com “fato”.

A nenhum dos intérpretes de um fato faltarão argumentos para considerá-lo


segundo seu interesse e sua conveniência.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “convenham” deve se
flexionar no singular, tendo em vista que a oração “fazer altos investimentos”
é subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo (Isso não lhes
convenha).
Ainda que não lhes convenha fazer altos investimentos, as elites terão que
calcular os custos de tanta violência.
Gabarito: D
Você se lembra de termos trabalhado na aula 2 as funções sintáticas
predicativo e adjunto adnominal? Elas são muito importantes agora, pois
trabalham a concordância nominal.
Primeiro, vamos trabalhar a concordância nominal do adjunto adnominal
a) O adjunto adnominal anteposto concorda com o núcleo mais próximo.

Fotografei robustas mangueiras e abacateiros.


VTD adjunto adnominal núcleo 1 e núcleo 2
objeto direto

Fotografei robustos abacateiros e mangueiras.


VTD adjunto adnominal núcleo 1 e núcleo 2
objeto direto

Mas, se o adjunto adnominal estiver depois do núcleo, além da


possibilidade de concordar com o mais próximo, ele pode concordar com os
dois termos, ficando no plural, indo para o masculino se um dos substantivos
for masculino.

Fotografei abacateiros e mangueiras robustos.


VTD núcleo 1 e núcleo 2 adjunto adnominal
objeto direto

Fotografei abacateiros e mangueiras robustas.


VTD núcleo 1 e núcleo 2 adjunto adnominal
objeto direto

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Observação: Um adjetivo anteposto em referência a nomes de pessoas deve
estar sempre no plural (As simpáticas Joana e Marta agradaram a todos.).

b) Quando um núcleo determinado por artigo é modificado por adjunto


adnominal composto, podem ser usadas as seguintes construções:
Estudo a cultura brasileira e a portuguesa.
Estudo as culturas brasileira e portuguesa.
Os dedos indicador e médio estavam feridos.
O dedo indicador e o médio estavam feridos.
A construção “Estudo a cultura brasileira e portuguesa”, embora
provoque incerteza, é aceita por alguns gramáticos.

c) Numerais ordinais também possuem valor adjetivo; por isso, quando


eles estão na função de ajunto adnominal composto e se referem a um único
núcleo, podem ser usadas as seguintes construções:
Falei com os moradores do primeiro e segundo andar.
Falei com os moradores do primeiro e segundo andares.

d) Adjetivos regidos pela preposição “de”, que se referem a pronomes


indefinidos, ficam normalmente no masculino singular, podendo surgir
concordância atrativa:
Sua vida não tem nada de sedutor. (ou de sedutora)
Os edifícios da cidade nada têm de elegante (ou de elegantes).

e) Os vocábulos mesmo, próprio são adjetivos ou pronomes adjetivos.


Por serem adjuntos adnominais, devem concordar com o substantivo a que se
referem:
As alunas mesmas resolveram a questão.
Os próprios alunos resolveram a questão.
Cuidado: mesmo, quando equivale a “até”, “inclusive”, é palavra denotativa;
sendo, então, invariável.
Mesmo eles ficaram chateados. (Até eles ficaram chateados.)
f) Os vocábulos meio, bastante, quando se referem a um substantivo,
são numeral e pronome indefinido (todos de valor adjetivo), respectivamente,
devendo concordar com o núcleo por serem adjuntos adnominais.
Tomou meia garrafa de vinho. (metade – numeral – flexiona-se)
Ela estava meio aborrecida. (um pouco – advérbio – não se flexiona)
Bastantes alunos foram à reunião. (muitos – pronome indefinido adjetivo – flexiona-se)
Portanto, na frase “A prova será meio-dia e meia.”, nada de falar “meio-
dia e meio”, porque os vocábulos “meio” e “meia” são numerais de valores
adjetivos. O primeiro concorda com “dia” (meio-dia) e o segundo concorda
com o substantivo “hora”, que se encontra subentendido (meia hora).
Quando funcionarem como advérbios, permanecerão invariáveis. O
vocábulo "menos" é sempre invariável. Portanto, não existe a palavra “menas”.

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Eles falaram bastante. (muito – advérbio – não se flexiona)
Eram alunas bastante simpáticas. (muito – advérbio – não se flexiona)
Havia menos pessoas vindo de casa. (pronome indefinido invariável)

g) Os vocábulos muito, pouco, longe, caro, barato podem ser


palavras adjetivas (adjunto adnominal) ou advérbios, mantendo concordância
se fizerem referência a substantivos.
Compraram livros caros. (adjetivo caracterizando substantivo)
Os livros custaram caro. (advérbio modificando verbo)
Poucas pessoas tinham muitos livros. (pronome indefinido determinando substantivo)
Leram pouco as moças muito vivas. (advérbios modificando verbo e adjetivo,
respectivamente)
Andavam por longes terras. (adjetivo caracterizando substantivo)
Eles moram longe da cidade. (advérbio modificando verbo)
Eram mercadorias baratas. (adjetivo caracterizando substantivo)
Pagaram barato aqueles livros. (advérbio modificando verbo)

Agora, vamos à concordância nominal do predicativo


a) Foi visto na concordância verbal que, se o verbo estiver anteposto ao
sujeito composto, pode ele concordar com o núcleo mais próximo ou com a
totalidade. Se houver verbo de ligação, o predicativo seguirá a mesma
concordância:

São calamitosos a pobreza e o desamparo.


VL predicativo
predicado nominal sujeito composto

É calamitosa a pobreza e o desamparo.


VL predicativo
predicado nominal sujeito composto

b) A concordância do predicativo do objeto não depende exclusivamente


do verbo, mas da ênfase no texto.

Julguei insensatas sua atitude e suas palavras.


VTD Predicativo do OD
predicado verbo-nominal objeto direto composto

Julguei insensata sua atitude e suas palavras.


VTD Predicativo do OD
predicado verbo-nominal objeto direto composto

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c) Os vocábulos anexo, incluso são adjetivos, devendo concordar com o
núcleo do sujeito:
A sindicância segue anexa ao ofício.
VI predicativo do sujeito complemento nominal
sujeito predicado verbo-nominal

Seguem inclusos às caixas os documentos.


VI predicativo do sujeito complemento nominal
predicado verbo-nominal sujeito

d) O vocábulo obrigado também é adjetivo e concorda com o termo a


que se refere:
Muito obrigada, disse a moça!
e) As expressões é bom, é proibido, é necessário, formadas do verbo
“ser” seguido de adjetivo, não variam se o sujeito não vier determinado; caso
contrário, a concordância será obrigatória.
Água é bom. A água é boa.
Bebida é proibido para menores. As bebidas são proibidas para menores.
Chuva é necessário. Aquela chuva foi necessária.
f) O vocábulo “só”, no sentido de sozinho, é adjetivo e se flexiona. O
mesmo vocábulo, no sentido de somente (apenas), possui valor adverbial, por
isso não se flexiona.
Os rapazes ficaram sós na festa. Vieram só os rapazes.
Elas estavam a sós na imensidão do mar. Só elas não vieram.
A expressão "a sós" tem o sentido de sozinhos.
g) O vocábulo “conforme” pode ser adjetivo, no sentido de
conformado. Neste sentido é adjunto adnominal e se flexiona. Pode também
ser uma conjunção ou preposição acidental “conforme” (= como), por isso
não se flexiona.
Eles ficaram conformes com a decisão. Dançam conforme a música.
h) Na expressão o(a) mais possível, a flexão do adjetivo depende do
artigo:
É uma moça a mais bela possível. São moças as mais belas possíveis.
i) Em concordância em gênero com expressões de tratamento, pode-se
usar adjetivo masculino em concordância ideológica com um homem ao qual
se relaciona a forma de tratamento, que é feminina. Isso é chamado de
concordância siléptica:
Vossa Majestade, o rei, mostrou-se generoso. Vossa Excelência é injusto.
Mas também pode haver a concordância literal:
Vossa Majestade, o rei, mostrou-se generosa. Vossa Excelência é injusta.
Vale ressaltar que as provas da FCC cobram muito pouco a concordância
nominal. Vamos às questões!!!!

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Questão 40: ISS-SP 2009 Agente-Fiscal de Rendas (banca FCC)
Fragmento do texto: Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da
inutilidade de seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perder
não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca Montezuma,
prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto
tesouro que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade
ao rei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés
representava.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Em perder não só a liberdade, o elemento destacado tem o mesmo valor e
função dos notados na frase "Estava só, mas bastante tranquilo".
Comentário: O vocábulo “só”, na expressão “não só a liberdade” é um
advérbio, o qual é uma redução do advérbio “somente”.
Já o vocábulo “só”, na oração “Estava só, mas bastante tranquilo", é um
adjetivo, por ser uma forma reduzida do adjetivo “sozinho”.
Assim, os valores são diferentes.
Gabarito: E

Questão 41: TRT 12ªR 2010 Técnico (banca FCC)


O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente correto em:
(A) Senhor João das Neves, respeitável representante da Sociedade Amigos e
Amigos, queremos cumprimentar-vos pela gestão que V. Exa. tão bem
tem conduzido neste último ano.
(B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade aos trabalhos que
vós encetaram neste setor, e esperamos fazê-lo tão bem quanto vós
mesmos o fizestes.
(C) É notório que V. Sa. deveis estar sabendo dos progressos conseguidos por
estas pessoas, e por isso vimos solicitar-vos vossa atenção para uma
situação surgida recentemente.
(D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que não abandoneis a
organização de nossos programas culturais, em nome daqueles que
dependem de vosso conhecimento nessa área.
(E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora, dirigimos os votos de
que possa cumprir com êxito sua missão diplomática em região tão
conturbada por conflitos entre nações vizinhas.
Comentário: As frases abaixo transcritas já estão corrigidas em negrito.
Deve-se lembrar que os pronomes e verbos que se referem ao pronome de
tratamento devem se flexionar na terceira pessoa do singular.
(A) Senhor João das Neves, respeitável representante da Sociedade Amigos e
Amigos, queremos cumprimentá-lo pela gestão que V. Sa. tão bem tem
conduzido neste último ano.
(B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade aos trabalhos que
se encetaram neste setor, e esperamos fazê-lo tão bem quanto V. Exa.
mesma o fez.
(C) É notório que V. Sa. deve estar sabendo dos progressos conseguidos por
estas pessoas, e por isso vimos solicitar-lhe sua atenção para uma situação
surgida recentemente.

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(D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que não abandone a
organização de nossos programas culturais, em nome daqueles que dependem
de seu conhecimento nessa área.
(E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora, dirigimos os votos de
que possa cumprir com êxito sua missão diplomática em região tão
conturbada por conflitos entre nações vizinhas.
Gabarito: E

As vozes verbais ativa e passiva

Vimos anteriormente os tipos de sujeito, para entendermos a


concordância.
A partir de agora, precisamos entender os tipos básicos de vozes verbais
(ativa e passiva) para aprofundarmos na transposição das vozes verbais.

As vozes verbais ativa e passiva


A voz verbal baseia-se no sujeito. Quando o sujeito é agente, a voz é
chamada de ATIVA. Quando o sujeito sofre a ação, ou seja, é paciente; a voz
é chamada de PASSIVA.
A estrutura da voz ativa é basicamente a das seis frases inseridas no
início da aula de sintaxe da oração, quando falamos sobre os tipos básicos de
predicação (verbal e nominal):
VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI; VL + predicativo.

Predicado verbal Predicado nominal

Admite-se a transposição para voz passiva quando há VTD ou VTDI:


Veja o esquema a seguir:
Voz ativa (sujeito agente)
O candidato realizou a prova.
VTD
sujeito agente OD (paciente)

Voz passiva (sujeito paciente)


A prova foi realizada pelo candidato.
VTD
sujeito paciente agente da passiva
Você percebeu que o sujeito da voz ativa é agente (“O candidato”).
Quando este termo agente passa para a voz passiva, automaticamente, muda
o nome para agente da passiva (“pelo candidato”).
Quando temos a voz ativa, o objeto direto (“a prova”) é o termo paciente
(sofre a ação que o sujeito realiza). Ao passarmos para a voz passiva, este
termo paciente passa a ter a função de sujeito paciente (“A prova”).
Para transpormos da voz ativa para a passiva, devemos inserir o verbo
“ser”, no mesmo tempo que o verbo original. Por isso “realizou” transformou-
se em “foi realizada”.

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Veja agora a transposição com outros tempos verbais. Perceba a
inserção do verbo “ser” no mesmo tempo do verbo original:

O candidato realiza a prova. O candidato realizava a prova.

A prova é realizada pelo candidato. A prova era realizada pelo candidato.


O candidato realizará a prova. O candidato realizaria a prova.

A prova será realizada pelo candidato. A prova seria realizada pelo candidato.

Simples, não é?
Bom, e quando temos o sujeito indeterminado? Naturalmente o agente da
passiva também será indeterminado.

Veja:

Voz ativa (sujeito agente)


Realizaram a prova.
VTD
sujeito indeterminado
OD (paciente)
agente
Voz passiva (sujeito paciente)
A prova foi realizada.
VTD
sujeito paciente agente da passiva indeterminado

Mudando os tempos, teremos:


O candidato Realizam a prova. O candidato Realizavam a prova.

A prova é realizada. A prova era realizada.

O candidato Realizarão a prova. O candidato Realizaria a prova.

A prova será realizada. A prova seria realizada.


Quando houver uma locução verbal na voz ativa, basta inserir o verbo
“ser” na mesma forma nominal do verbo principal, para que este verbo
principal fique no particípio. Veja:
O candidato tem realizado a prova.

A prova tem sido realizada pelo candidato.

O candidato está realizando a prova.

A prova está sendo realizada pelo candidato.

O candidato vai realizar a prova.

A prova vai ser realizada pelo candidato.

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Indeterminado o sujeito agente, teremos:
O candidato Têm realizado a prova.

A prova tem sido realizada.

O candidato Estão realizando a prova.

A prova está sendo realizada.

O candidato Vão realizar a prova.

A prova vai ser realizada.


Nós conhecemos anteriormente o pronome apassivador “se”. Ele ocorre
quando há os esquemas : VTD + se + sujeito paciente
VTDI + se + OI + sujeito paciente
Agora vamos juntar essas vozes verbais para ficar mais claro. Veja:
Voz ativa
(sujeito agente) Realizaram a prova.
VTD
sujeito indeterminado
OD (paciente)
agente
Voz passiva analítica
(sujeito paciente) A prova foi realizada.
VTD
sujeito paciente agente da passiva indeterminado

Voz passiva sintética:


(sujeito paciente) Realizou-se a prova.
VTD P Ap sujeito
paciente

Questão 42: TRT 23ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


O modelo ainda dominante nas discussões ecológicas privilegia, em escala, o
Estado e o mundo...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) são privilegiadas.
(B) é privilegiado.
(C) sendo privilegiadas.
(D) são privilegiados.
(E) foi privilegiado.
Comentário: O verbo “privilegia” é transitivo direto. Seu objeto direto é o “o
Estado e o mundo”. Na passagem para a voz passiva analítica, transforma-se
este objeto direto (termo paciente) em sujeito paciente, levando o verbo a
concordar com ele (o Estado e o mundo são privilegiados...). O que antes
era sujeito agente (“O modelo ainda dominante nas discussões ecológicas”)
passa a agente da passiva (pelo modelo ainda dominante nas discussões
ecológicas).
Note que o verbo “privilegia”, na voz ativa, encontra-se no presente do
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indicativo. Devemos inserir o verbo “ser” neste mesmo tempo verbal (“são”)
para liberar o verbo “privilegia” a assumir a forma nominal particípio
“privilegiados”. Veja:
Voz ativa: O modelo(...) privilegia o Estado e o mundo
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: o Estado e o mundo são privilegiados pelo modelo (...).


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, a única alternativa correta é a (D).


Gabarito: D

Questão 43: CNMP 2015 Arquivologia (banca FCC)


Muita gente nos engana valendo-se das páginas da internet.
A transposição da frase acima para a voz passiva implicará
(A) a utilização da forma verbal enganam-nos.
(B) em que o sujeito de valendo-se passe a ser internet.
(C) em que o sujeito de enganar passe a ser nós.
(D) a utilização de muita gente como sujeito.
(E) a utilização de páginas da internet como sujeito
Comentário: O verbo “engana” é transitivo direto. Seu objeto direto é o
pronome pessoal oblíquo átono “nos”. Na passagem para a voz passiva
analítica, transforma-se este objeto direto (termo paciente) em sujeito
paciente, levando o verbo a concordar com ele (Nós somos enganados...). O
que antes era sujeito agente (“Muita gente”) passa a agente da passiva (por
muita gente).
Note que o verbo “engana”, na voz ativa, encontra-se no presente do
indicativo. Devemos inserir o verbo “ser” neste mesmo tempo verbal
(“somos”) para liberar o verbo “engana” a assumir a forma nominal particípio
“enganados”. Veja:
Voz ativa: Muita gente nos engana
(sujeito agente) (OD) VTD

Voz passiva: Nós somos enganados por muita gente.


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, tendo em vista a explicação acima, a única alternativa correta é


a (C), pois o objeto direto “nos” passou a sujeito paciente da locução verbal
da voz passiva “somos enganados”.
Gabarito: C

Questão 44: TRT MG 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva a forma verbal sublinhada na frase Dentro
deles surpreendo a vida que já foi, obtém-se a expressão
(A) será surpreendida.
(B) é surpreendida.
(C) tenho surpreendido.
(D) fora surpreendida.
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(E) estou surpreendendo.
Comentário: O verbo “surpreendo” é transitivo direto. Seu objeto direto é “a
vida”. Na passagem para a voz passiva analítica, transforma-se este objeto
direto (termo paciente) em sujeito paciente, levando o verbo a concordar com
ele (A vida é surpreendida...). O que antes era sujeito agente oculto (“Eu”)
passa a ser subentendido como agente da passiva (por mim).
Note que o verbo “surpreendo”, na voz ativa, encontra-se no presente
do indicativo. Devemos inserir o verbo “ser” neste mesmo tempo verbal (“é”)
para liberar o verbo “surpreendo” a assumir a forma nominal particípio
“surpreendida”. Veja:
Voz ativa: (Eu) surpreendo a vida
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: A vida é surpreendida (por mim).


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, a única alternativa correta é a (B).


Gabarito: B

Questão 45: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles alardeavam o insuportável
som instalado nos carros, obtém-se a forma verbal
(A) era alardeado.
(B) tinha sido alardeado.
(C) têm alardeado.
(D) eram alardeados.
(E) fora alardeado.
Comentário: O verbo “alardeavam” é transitivo direto. Seu objeto direto é “o
insuportável som”. Na passagem para a voz passiva analítica, transforma-se
este objeto direto (termo paciente) em sujeito paciente, levando o verbo a
concordar com ele (O insuportável som era alardeado...). O que antes era
sujeito agente “Eles” passa a ser agente da passiva (por eles).
Note que o verbo “alardeavam”, na voz ativa, encontra-se no pretérito
imperfeito do indicativo. Devemos inserir o verbo “ser” neste mesmo tempo
verbal (“era”) para liberar o verbo “alardeavam” a assumir a forma nominal
particípio “alardeado”. Veja:
Voz ativa: Eles alardeavam o insuportável som
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: o insuportável som era alardeado por eles.


(sujeito paciente) (agente da passiva)
Assim, a única alternativa correta é a (B).
Gabarito: A

Questão 46: TCE RS 2014 Auditor Público Externo (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível
que os tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução
do jeitinho, a forma obtida deverá ser:

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(A) tenha começado a ser desfavorecida.
(B) comecem a desfavorecer.
(C) terá começado a ser desfavorecida.
(D) comecem a ser desfavorecidos.
(E) estão começando a se desfavorecer.
Comentário: Devemos ter por base a oração “os tempos modernos tenham
começado a desfavorecer a solução do jeitinho”.
A locução verbal “tenham começado a desfavorecer” é transitiva direta.
Seu objeto direto é “a solução do jeitinho”. Na passagem para a voz passiva
analítica, transforma-se este objeto direto (termo paciente) em sujeito
paciente, levando o verbo a concordar com ele (a solução do jeitinho). O que
antes era sujeito agente “os tempos modernos” passa a ser agente da passiva
(pelos tempos modernos).
Note que a locução verbal “tenham começado a desfavorecer”, na voz
ativa, possui o verbo auxiliar “tenham”, o qual se encontra no presente do
subjuntivo, com o verbo principal no infinitivo: “desfavorecer”. Devemos
manter o verbo auxiliar no mesmo tempo verbal e inserir o verbo “ser” na
mesma forma nominal (“ser”), para liberar o verbo “desfavorecer” a assumir
a forma nominal particípio “desfavorecida”. Veja:
Voz ativa: os tempos (...) tenham começado a desfavorecer a solução (...)
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: a solução(...) tenha começado a ser desfavorecida por tempos (...)
(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, a única alternativa correta é a (A).


Gabarito: A

Questão 47: SABESP 2014 Advogado (banca FCC)


Fragmento do texto: No sistema havia também uma estação que desviava a
água para diversos reservatórios. Assim, os maias supriam a necessidade de
água da população, estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além
das estimativas de mais cinco milhões de pessoas que viviam na região das
planícies maias ao sul.
No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao seu
colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para
Scarborough é muito difícil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visão
pessoal é que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal
modo nessa sociedade altamente bem-sucedida que agiram como uma
‘perfeita tempestade’. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los
derrubado tão severamente”, disse o pesquisador à Folha de S. Paulo.
Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão
severamente...
A transposição da frase acima para a voz passiva terá como resultado a
forma verbal:
(A) poderiam ter sido derrubados.
(B) poderia terem sido derrubados.

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(C) poderiam ter vindo a derrubar.
(D) poderiam ter derrubado.
(E) poderia ter sido derrubado.
Comentário: A locução verbal “poderia tê-los derrubado” é transitiva direta.
Seu objeto direto é o pronome pessoal “os”, o qual retoma o termo plural “os
mais”.
Assim, entendemos que Nenhum fator poderia ter derrubado os maias.
sujeito agente + loc verbal trans dir + OD

Então, para facilitar, vamos entender o termo “os maias” no lugar do


pronome pessoal “os”. Dessa forma, tal termo é o objeto direto e, na
passagem para a voz passiva analítica, transforma-se em sujeito paciente,
levando o verbo a concordar com ele (os maias poderiam...). O que antes
era sujeito agente (“Nenhum fator”) passa a agente da passiva (por nenhum
fator).
Note que a locução verbal “poderia ter derrubado” se encontra no futuro
do pretérito do indicativo. Com a transposição, este tempo deve ser
preservado no verbo “poderia”. Além disso, devemos inserir o verbo “ser” na
mesma forma nominal do verbo principal “derrubado” (particípio). Veja:
Voz ativa: Nenhum fator poderia ter derrubado os maias
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: os maias não poderiam ter sido derrubados por nenhum fator.
(sujeito paciente) (agente da passiva)

Gabarito: A

Questão 48: CMSP 2014 Procurador Legislativo (banca FCC)


A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva é:
(A) A alma frágil fixa seu amor na terra natal.
(B) Percorreu muitos caminhos, no exílio, em busca de si mesmo.
(C) O exílio impõe ao apenado os mais terríveis infortúnios.
(D) Investiguei mais de perto o conceito de exílio.
(E) No artigo de Said dei com uma bela citação de um texto medieval.
Comentário: Os verbos que admitem transposição para a voz passiva é o
transitivo direto, ou transitivo direto e indireto. Assim, para achar a oração
que não pode ser transposta para a voz passiva, basta identificar o verbo que
não possua a transitividade acima referenciada.
Na alternativa (A), a oração pode ser transposta para a voz passiva, pois
o verbo “fixa” é transitivo direto, e o termo “seu amor” é o objeto direto.
Na alternativa (B), a oração pode ser transposta para a voz passiva, pois
o verbo “Percorreu” é transitivo direto, e o termo “muitos caminhos” é o
objeto direto.
Na alternativa (C), a oração pode ser transposta para a voz passiva,
pois o verbo “impõe” é transitivo direto e indireto, o termo “os mais terríveis
infortúnios” é o objeto direto e “ao apenado” é o objeto indireto.
Na alternativa (D), a oração pode ser transposta para a voz passiva,
pois o verbo “Investiguei” é transitivo direto, e o termo “o conceito de exílio” é
o objeto direto.
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É a alternativa (E) que deve ser marcada, pois a oração não pode ser
transposta para a voz passiva, já que o verbo “dei”, neste contexto, é
transitivo indireto e o termo “com uma bela citação de um texto medieval” é o
objeto indireto.
Gabarito: E
Questão 49: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)
Verifica-se transposição correta de uma voz verbal para outra em:
(A) o selo de sua primeira gravação [...] trazia um esclarecimento // um
esclarecimento vinha trazendo o selo de sua primeira gravação
(B) a referida nota [...] ainda soava como grande notícia // como grande
notícia continuava a soar a referida nota
(C) a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução // uma grande
revolução era noticiada pela Revista do Rádio
(D) Adoniran era duas pessoas em uma // Adoniran tinha sido duas pessoas
em uma
(E) se lembrarmos Zé Conversa // se fomos lembrados por Zé Conversa
Comentário: Na alternativa (A), a transposição está errada. Veja que o verbo
“trazia” é transitivo direto. Seu objeto direto é “um esclarecimento”, o qual se
transforma em sujeito paciente, levando o verbo a concordar com ele. O que
antes era sujeito agente (“o selo de sua primeira gravação”) passa a agente
da passiva.
Note que o verbo “trazia” se encontra no pretérito imperfeito do
indicativo. Com a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo
“ser”, a fim de que o verbo principal fique na forma nominal particípio
(trazido). Veja:
Voz ativa: o selo de sua primeira gravação trazia um esclarecimento
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: um esclarecimento era trazido pelo selo de sua primeira gravação.
(sujeito paciente) (agente da passiva)
Na alternativa (B), não cabe transposição para a voz passiva, haja vista
que o verbo “soava”, neste contexto, é intransitivo e o termo “como grande
notícia” é o adjunto adverbial de modo.
A alternativa (C) é a correta. Veja que o verbo “noticiava” é transitivo
direto. Seu objeto direto é “uma grande revolução”, o qual se transforma em
sujeito paciente, levando o verbo a concordar com ele. O que antes era sujeito
agente (“a Revista do Rádio”) passa a agente da passiva.
Note que o verbo “noticiava” se encontra no pretérito imperfeito do
indicativo. Com a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo
“ser”, a fim de que o verbo principal fique na forma nominal particípio
(noticiada). Veja:
Voz ativa: a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: uma grande revolução era noticiada pela Revista do Rádio.
(sujeito paciente) (agente da passiva)

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Na alternativa (D), não cabe transposição para a voz passiva, haja vista
que “era” é verbo de ligação e o termo “duas pessoas em uma” é o
predicativo.
Na alternativa (E), a transposição está errada. Veja que o verbo
“lembrarmos” é transitivo direto. Seu objeto direto é “Zé Conversa”, o qual se
transforma em sujeito paciente, levando o verbo a concordar com ele. O que
antes era sujeito agente oculto (“nós”) passa a agente da passiva.
Note que o verbo “lembrarmos” se encontra no futuro do subjuntivo.
Com a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo “ser”, a fim de
que o verbo principal fique na forma nominal particípio (lembrados). Veja:
Voz ativa: Se (nós) lembrarmos Zé Conversa
(suj agente) VTD (OD)

Voz passiva: Se Zé Conversa for lembrado por nós.


(sujeito paciente) (agente da passiva)
Gabarito: C

Questão 50: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Os publicitários descobriram que é possível fazer o inconsciente do
consumidor trabalhar a favor do lucro de seus clientes.
Transpondo-se o segmento acima para a voz passiva, a forma verbal
resultante será:
(A) descobriram-se
(B) foi descoberto
(C) era descoberto
(D) foram descobertos
(E) vinham descobrindo
Comentário: O verbo “descobriram” é transitivo direto. Seu objeto direto é a
oração subordinada substantiva objetiva direta “que é possível”, a qual se
transforma em sujeito paciente, levando o verbo a concordar com ela.
Sabendo-se que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pela
palavra “isso”, seria interessante manter esse vocábulo no lugar da oração
para facilitar a transposição de vozes verbais. O que antes era sujeito agente
(“Os publicitários”) passa a agente da passiva.
Note que o verbo “descobriram” se encontra no pretérito perfeito do
indicativo. Com a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo
“ser”, a fim de que o verbo principal fique na forma nominal particípio
(descoberto).
Veja:
Voz ativa: Os publicitários descobriram isso
(suj agente) VTD (OD)

Voz passiva: isso foi descoberto pelos publicitários.


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, a alternativa correta é a (B).

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Gabarito: B

Questão 51: TRT 2ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


Na passagem da voz ativa para a passiva, NÃO houve a devida
correspondência quanto ao tempo verbal na seguinte construção:
(A) A questão de gosto dispensaria as razões = As razões teriam sido
dispensadas pela questão de gosto.
(B) O autoritarismo apagava as diferenças reais = As diferenças reais eram
apagadas pelo autoritarismo.
(C) Os acomodados têm proclamado a servidão ao capricho = A servidão ao
capricho tem sido proclamada pelos acomodados.
(D) Será que ele apreciará tais formas ditatoriais? = Será que tais fórmulas
ditatoriais serão apreciadas por ele?
(E) Haveremos de enfrentar esse e outros desafios = Esse e outros desafios
haverão de ser enfrentados por nós.
Comentário: Neste tipo de questão, basta lembrarmos que, na transposição
da voz ativa para a passiva, o verbo “ser” toma a mesma flexão do verbo
original, para que este fique liberado a ficar na forma nominal particípio.
Cuidado, a questão pede a alternativa errada. Vamos praticar:
Na alternativa (A), a transposição é a errada. Note que o verbo
“dispensaria” se encontra no futuro do pretérito do indicativo. Com a
transposição, este tempo deve ser preservado no verbo “ser”, a fim de que o
verbo principal fique na forma nominal particípio (dispensadas). Veja:
Voz ativa: A questão de gosto dispensaria as razões
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: As razões seriam dispensadas pela questão de gosto.


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Na alternativa (B), a transposição está correta. Note que o verbo


“apagava” se encontra no pretérito imperfeito do indicativo. Com a
transposição, este tempo deve ser preservado no verbo “ser”, a fim de que o
verbo principal fique na forma nominal particípio (apagadas). Veja:
Voz ativa: O autoritarismo apagava as diferenças reais
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: As diferenças reais eram apagadas pelo autoritarismo.


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Na alternativa (C), a transposição está correta. Note que o verbo auxiliar


da locução verbal “têm proclamado” encontra-se no presente do indicativo.
Com a transposição, o verbo auxiliar deve ser preservado, o verbo principal
deve manter-se no particípio e concordar com o sujeito, e o verbo “ser” se
flexionará na mesma forma nominal do verbo principal “proclamado” (sido).
Veja:

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Veja:
Voz ativa: Os acomodados têm proclamado a servidão ao capricho
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: A servidão ao capricho tem sido proclamada pelos acomodados.


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Na alternativa (D), a transposição está correta. Note que o verbo


“apreciará” encontra-se no futuro do presente do indicativo. Com a
transposição, este tempo deve ser preservado no verbo “ser”, a fim de que o
verbo principal mantenha-se na forma nominal particípio (apreciadas). Veja:
Voz ativa: ele apreciará tais formas ditatoriais?
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: tais formas ditatoriais serão apreciadas por ele?


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Na alternativa (E), a transposição está correta. Note que a locução


verbal “haveremos de enfrentar” encontra-se no futuro do presente do
indicativo. Com a transposição, o verbo auxiliar deve ser preservado, o verbo
principal deve flexionar-se no particípio e concordar com o sujeito, e o verbo
“ser” se flexionará na mesma forma nominal do verbo principal “enfrentar”
(ser).

Veja:

Voz ativa: (nós) haveremos de enfrentar esse e outros desafios


(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: esse e outros desafios haverão de ser enfrentados por nós
(sujeito paciente) (agente da passiva)
Gabarito: A
Questão 52: TRT RJ 2013 Analista Judiciário (banca FCC)
É exemplo de construção na voz passiva o segmento sublinhado na seguinte
frase:
(A) Ainda ontem fui tomado de risos ao ler um trechinho de crônica.
(B) A Solange toma especial cuidado com a escolha dos vocábulos.
(C) D. Glorinha e sua filha não partilham do mesmo gosto pelo requinte
verbal.
(D) O enrubescimento da mãe revelou seu desconforto diante da observação
da filha.
(E) Lembro-me de uma visita que recebemos em casa, há muito tempo.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a locução verbal “fui tomado”
possui o sujeito paciente oculto (eu) e o agente da passiva “de risos”. Assim,
podemos transformar para a voz ativa a fim de confirmar: os risos tomaram-
me ontem. Dessa forma, realmente a construção sintática desta alternativa
encontra-se na voz passiva.

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A alternativa (B) está errada, pois o verbo “toma” tem como sujeito a
expressão “A Solange” e o objeto direto “especial cuidado”. Dessa forma, há o
sujeito agente e o objeto direto (paciente). Tal estrutura é típica da voz ativa.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “partilham” é transitivo
indireto. Como sabemos que a voz passiva só pode ocorrer com verbos
transitivos diretos ou com transitivos diretos e indiretos, a frase encontra-se
na voz ativa.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “revelou” tem como sujeito a
expressão “O enrubescimento da mãe” e o objeto direto “seu desconforto”.
Dessa forma, há o sujeito agente e o objeto direto (paciente). Tal estrutura é
típica da voz ativa.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “recebemos” tem como
sujeito oculto “nós”, e o objeto direto é o pronome relativo “que”, o qual
retoma o termo “visita”. Dessa forma, há o sujeito agente e o objeto direto
(paciente). Tal estrutura é típica da voz ativa.
Gabarito: A
Questão 53: TRT RJ 2013 Técnico Judiciário (banca FCC)
... aquelas que um observador pode vislumbrar a partir do Museu de Arte
Contemporânea de Niterói...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) pode ser vislumbrado.
(B) vislumbra-se.
(C) podem ser vislumbradas.
(D) pode-se vislumbrar.
(E) podem vislumbrar.
Comentário: A locução verbal “pode vislumbrar” é transitiva direta. Seu
objeto direto é o pronome relativo “que”, o qual retoma o termo “aquelas”.
Assim, entendemos que um observador pode vislumbrar aquelas...
sujeito agente + loc verbal trans dir + OD

Então, para facilitar, vamos entender o termo “aquelas” no lugar do


pronome relativo. Dessa forma, tal termo é o objeto direto e, na passagem
para a voz passiva analítica, transforma-se em sujeito paciente, levando o
verbo a concordar com ele. O que antes era sujeito agente (“um observador”)
passa a agente da passiva.
Note que a locução verbal “pode vislumbrar” se encontra no presente do
indicativo. Com a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo
“pode”. Além disso, devemos inserir o verbo “ser” na mesma forma nominal
do verbo principal “vislumbrar” (infinitivo), a fim de que este verbo principal
fique na forma nominal particípio (vislumbradas). Veja:
Voz ativa: um observador pode vislumbrar aquelas
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: aquelas podem ser vislumbradas por um observador.


(sujeito paciente) (agente da passiva)
Gabarito: C

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Questão 54: TST 2012 Analista Judiciário (banca FCC)
Transpondo-se para a voz passiva a construção Os ateus despertariam a
ira de qualquer fanático, a forma verbal obtida será:
(A) seria despertada. (B) teria sido despertada.
(C) despertar-se-á. (D) fora despertada.
(E) teriam despertado.
Comentário: O verbo “despertariam” é transitivo direto. Seu objeto direto é
“a ira de qualquer fanático”, o qual se transforma em sujeito paciente,
levando o verbo a concordar com ele. O que antes era sujeito agente (“Os
ateus”) passa a agente da passiva.
Note que o verbo “despertariam” se encontra no futuro do pretérito do
indicativo. Com a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo
“ser”, a fim de que o verbo principal fique na forma nominal particípio
(despertada). Veja:
Voz ativa: Os ateus despertariam a ira de qualquer fanático
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: A ira de qualquer fanático seria despertada pelos ateus.


(sujeito paciente) (agente da passiva)
Gabarito: A

Questão 55: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


O verbo que NÃO admite transposição para a voz passiva está em:
(A) ... a República aterrou aquela zona ...
(B) O Cais do Valongo ficava longe da vista dos cariocas ...
(C) ... a prefeitura pôs em execução uma ampla reforma...
(D) ... uma equipe de pesquisadores do Museu Nacional encontrou o piso do
Cais do Valongo.
(E) ... e a cobriu com ruas e praças.
Comentário: O verbo que admite transposição para a voz passiva é o
transitivo direto, ou transitivo direto e indireto. Assim, para achar a oração
que não pode ser transposta para a voz passiva, basta identificar o verbo que
não possua a transitividade acima referenciada.
Na alternativa (A), a oração pode ser transposta para a voz passiva, pois
o verbo “aterrou” é transitivo direto, e o termo “aquela zona” é o objeto
direto.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “ficava” é intransitivo, por isso
não há como transpor a oração para a voz passiva. Note que o advérbio
“longe” é o adjunto adverbial de lugar, e o termo “da vista dos cariocas” é o
complemento nominal.
Na alternativa (C), a oração pode ser transposta para a voz passiva,
pois o verbo “pôs” é transitivo direto e indireto, e o termo “em execução” é o
objeto indireto, e o termo “uma ampla reforma” é o objeto direto.
Na alternativa (D), a oração pode ser transposta para a voz passiva,
pois o verbo “encontrou” é transitivo direto, e o termo “o piso do Cais do
Valongo” é o objeto direto.

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Na alternativa (E), a oração pode ser transposta para a voz passiva, pois
o verbo “cobriu” é transitivo direto e indireto, o pronome pessoal oblíquo
átono “a” é o objeto direto, e o termo “com ruas e praças” é o objeto indireto
(cobrir alguma coisa com outra)
Gabarito: B

Questão 56: TRF 5ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a responsabilidade de proteger
pela via militar, a comunidade internacional [...] observe outro preceito ...
Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz passiva, a forma verbal
resultante será:
(A) é observado.
(B) seja observado.
(C) ser observado.
(D) é observada.
(E) for observado.
Comentário: O verbo “observe” é transitivo direto. Seu objeto direto é “outro
preceito”, o qual se transforma em sujeito paciente, levando o verbo a
concordar com ele. O que antes era sujeito agente (“a comunidade
internacional”) passa a agente da passiva.
Note que o verbo “observe” se encontra no presente do subjuntivo. Com
a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo “ser”, a fim de que
o verbo principal fique na forma nominal particípio (observado).
Veja:
Voz ativa: a comunidade internacional observe outro preceito
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: Outro preceito seja observado pela comunidade internacional.


(sujeito paciente) (agente da passiva)
Gabarito: B

Questão 57: TRF 5ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva está em:
(A) Quando Rodolfo surgiu...
(B) ... adquiriu as impressoras...
(C) ... e sustentar, às vezes, família numerosa.
(D) ... acolheu-o como patrono.
(E) ... que montou [...] a primeira grande folhetaria do Recife ...
Comentário: O verbo que admite transposição para a voz passiva é o
transitivo direto, ou transitivo direto e indireto. Assim, para achar a oração
que não pode ser transposta para a voz passiva, basta identificar o verbo que
não possua a transitividade acima referenciada.
A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “surgiu” é intransitivo, por
isso não há como transpor a oração para a voz passiva.
Na alternativa (B), a oração pode ser transposta para a voz passiva, pois

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o verbo “adquiriu” é transitivo direto, e o termo “as impressoras” é o objeto
direto.
Na alternativa (C), a oração pode ser transposta para a voz passiva,
pois o verbo “sustentar” é transitivo direto e o termo “família numerosa” é o
objeto direto.
Na alternativa (D), a oração pode ser transposta para a voz passiva,
pois o verbo “acolheu” é transitivo direto, e o pronome oblíquo átono “o” é o
objeto direto.
Na alternativa (E), a oração pode ser transposta para a voz passiva, pois
o verbo “montou” é transitivo direto e o termo “a primeira grande folhetaria
do Recife” é o objeto direto.
Gabarito: A

Questão 58: TRE CE 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


As demandas, a tensão, a pressa da existência moderna perturbam esse
precioso repouso.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) tem sido perturbado.
(B) são perturbadas.
(C) perturbam-no.
(D) perturbam-se.
(E) é perturbado.
Comentário: O verbo “perturbam” é transitivo direto. Seu objeto direto é
“esse precioso repouso”, o qual se transforma em sujeito paciente, levando o
verbo a concordar com ele. O que antes era sujeito agente composto (“As
demandas, a tensão, a pressa da existência moderna”) passa a agente da
passiva composto.
Note que o verbo “perturbam” se encontra no presente do indicativo.
Com a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo “ser”, a fim de
que o verbo principal fique na forma nominal particípio (perturbado). Veja:
Voz ativa: As demandas (...) perturbam esse precioso repouso
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: Esse precioso repouso é perturbado pelas demandas.


(sujeito paciente) (agente da passiva)
Gabarito: E

Questão 59: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


... ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão paulista do italiano recoberto
pela terra e do brasileiro das raízes europeias.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) foi expressa.
(B) exprimia-se.
(C) é exprimida.
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(D) vem sendo exprimida.
(E) era expressa.
Comentário: O verbo “exprimiu” é transitivo direto. Seu objeto direto é “a
realidade...”, o qual se transforma em sujeito paciente, levando o verbo a
concordar com ele. O que antes era sujeito agente (“ele”) passa a agente da
passiva.
Note que o verbo “exprimiu” se encontra no pretérito perfeito do
indicativo. Este tempo deve ser preservado na voz passiva.
Veja:
Voz ativa: ele exprimiu a realidade...
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: A realidade foi expressa por ele.


(sujeito paciente) (agente da passiva)
Gabarito: A

Questão 60: TJ RJ 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


... vê com alegria o reconhecimento que seu nome alcança e sua irradiação
pelo mundo.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) são vistos.
(B) é visto.
(C) é vista.
(D) eram vistos.
(E) viam-se.
Comentário: O verbo “vê” é transitivo direto. Seu objeto direto é composto:
“o reconhecimento... e sua irradiação pelo mundo”. Tal termo se transforma
em sujeito paciente composto, levando o verbo a concordar com ele. Note que
o sujeito agente não aparece nesta frase. Assim, devemos desconsiderar a
presença do agente da passiva, na transposição.
Note que o verbo “vê” se encontra no presente do indicativo. Com a
transposição, este tempo deve ser preservado no verbo “ser”, a fim de que o
verbo principal fique na forma nominal particípio. Veja:
Voz ativa: ................. vê o reconhecimento...e sua irradiação...
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: O reconhecimento...e sua irradiação.. são vistos ............


(sujeito paciente) (agente da passiva)
Gabarito: A

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Questões cumulativas de revisão


Questão 61: TCE-AL – 2008 – Analista de Sistemas (banca FCC)
Está inteiramente correta a pontuação da seguinte frase:
(A) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano Novo, pois não há
como de fato alguém começar algo inteiramente do nada.
(B) É realmente muito difícil: cumprir propósitos de Ano Novo; pois não há
como, de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(C) É, realmente, muito difícil – cumprir propósitos de Ano Novo: pois não há
como de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(D) É, realmente, muito difícil cumprir propósitos de Ano Novo, pois não há
como, de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(E) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano Novo; pois não há
como de fato alguém começar algo, inteiramente do nada.
Comentário: Neste tipo de questão, ao comentar a correta, podemos
perceber o erro das demais. Veja:
A alternativa (D) é a correta, pois o advérbio “realmente” e a locução
adverbial “de fato” podem ficar separados por dupla vírgula, tendo em vista
estarem intercalados. Como são considerados de pequena extensão, essa
dupla vírgula é facultativa.
A oração “cumprir propósito de Ano Novo” é subordinada substantiva
subjetiva, a qual não pode ser separada por nenhuma pontuação de sua
oração principal “É, realmente, muito difícil”. Note: não pode haver pontuação
entre o sujeito e o seu verbo. (Isso é muito difícil)
A oração coordenada explicativa “pois não há como, de fato, alguém
começar algo inteiramente do nada” pode ser iniciada por vírgula. Como há
vírgulas internas, pode também ser iniciada por ponto e vírgula. Esta oração
pode ser iniciada por dois pontos em substituição à conjunção explicativa; mas
os dois pontos, seguidos da conjunção explicativa, deixam a estrutura errada,
como ocorreu na alternativa (C).
Gabarito: D

Questão 62: TCE-MA – 2005 – Analista de Controle Externo (banca FCC)


Considere as frases do texto:
I. ... “variabilidade decadal do Oceano Pacífico”, que impacta o Atlântico.
... “variabilidade decadal do Oceano Pacífico” que impacta o Atlântico.
II. Nos anos 40, 50 e 60 choveu menos na Amazônia. Nas três décadas
seguintes, as chuvas aumentaram.
Nos anos 40, 50 e 60 choveu menos na Amazônia; nas três décadas
seguintes, as chuvas aumentaram.
III. .... têm um sistema de braços flutuantes – inventado pelos ingleses –, que
sobem e descem...
... têm um sistema de braços flutuantes (inventado pelos ingleses), que
sobem e descem...
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Com a alteração dos sinais de pontuação, ocorreu também alteração de
sentido SOMENTE em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
Comentário: No tópico I, a oração “que impacta o Atlântico” é subordinada
adjetiva. Como na primeira ocorrência há vírgula, esta oração é explicativa;
como na segunda não há vírgula, esta oração é restritiva. Assim, muda-se o
sentido com a alteração da pontuação.
Com isso, eliminamos as alternativas (B), (C) e (E).
No tópico II, a substituição do ponto final por ponto e vírgula apenas
enfatiza que as duas orações são coordenadas aditivas; mas não há alteração
de sentido: elas são aditivas com ponto final ou com ponto e vírgula.
Assim, já sabemos que a alternativa correta é a (A).
Para confirmar isso, perceba que a oração “inventado pelos ingleses” é
subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio. Assim, neste contexto
pode ficar separada por duplo travessão ou por parênteses, e isso não faz
mudar o sentido.
Gabarito: A

Questão 63: TCE-CE – 2010 – Analista de Controle Externo (banca FCC)


Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade, mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.
(B) A rotina, afirmam alguns: é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista é uma falácia, basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.
(C) A rotina − afirmam alguns − é inimiga da criatividade: mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.
(D) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver, o que já ocorreu em nossa
literatura.
(E) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade mas, essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.
Comentário: Neste tipo de questão, ao comentar a correta, podemos
perceber o erro das demais. Veja:
A expressão “afirmam alguns” está intercalada e deve ficar separada por
dupla vírgula, duplo travessão ou até mesmo por parênteses; por ser um
comentário do autor, o qual indica uma citação, um discurso direto. Por isso
dizemos que esta expressão é a voz do narrador, e a voz do personagem é a
própria citação da fala de alguém, como ocorreu no trecho “A rotina é inimiga
da criatividade”.
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A conjunção “mas” inicia uma oração coordenada adversativa, a qual
deve ser antecipada por vírgula. Como há vírgulas internas às outras orações,
pode também ser antecipada por ponto e vírgula.
A expressão “segundo o cronista” é um adjunto adverbial de
conformidade, e por isso está intercalado por dupla vírgula.
A estrutura “basta ver o que já ocorreu em nossa literatura” tem valor
explicativo, pois poderia ser iniciada com a conjunção coordenativa explicativa
“pois”. Como não há essa conjunção, pode-se entender a oração “basta ver o”
como oração coordenada assindética explicativa, por isso pode ficar separada
por dois pontos; admitindo-se também ser iniciada por vírgula, ponto e vírgula
ou travessão. O pronome demonstrativo “o” (=aquilo) é o objeto direto da
locução verbal “basta ver”, por isso não podem ser separados por vírgula.
A oração “que já ocorreu em nossa literatura” é subordinada adjetiva
restritiva, por isso não pode haver vírgula antes do pronome relativo “que”, o
qual retoma o pronome demonstrativo “o”. Ainda nesta oração, a vírgula antes
do adjunto adverbial de lugar “em nossa literatura” é facultativa, por estar no
final da oração.
Gabarito: A

O que devo tomar nota como mais importante?

 A estrutura VTD + se + sujeito paciente. Isso é cobrado tanto no


reconhecimento de vozes verbais (voz passiva sintética), quanto na
concordância verbal.
 A transposição das vozes verbais de acordo com o seguinte esquema:
Voz ativa:
(sujeito agente) O candidato realizou a prova.
VTD
sujeito agente OD (paciente)

Voz passiva analítica:


(sujeito paciente) A prova foi realizada pelo candidato.
VTD
sujeito paciente agente da passiva

Voz passiva sintética:


(sujeito paciente) Realizou-se a prova.
VTD P Ap sujeito
paciente

 A concordância com o pronome relativo (que= o qual, a qual, os


quais, as quais) na função de sujeito. Quando este pronome retoma
substantivo plural, o verbo vai para o plural.
 A concordância com sujeito oracional ocorrerá sempre na 3ª
pessoa do singular.
Grande abraço!!!
Até a próxima semana!!!

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Questão 1: CNMP 2015 Apoio Jurídico (banca FCC)


Fragmento do texto: Trata-se de argumento desafiador. O autor busca
promover uma reviravolta da óptica comum sobre o tema.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A frase Trata-se de argumento desafiador está articulada em consonância com
as normas da gramática normativa, assim como o está a frase "Tratam-se de
expedientes jurídicos corriqueiros".

Questão 2: TCE CE 2015 Analista de Controle Externo (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deve flexionar-se de modo a concordar com
o elemento sublinhado na seguinte frase:
(A) A rejeição que demonstra Coutinho a preconceitos sociais (distinguir)
sua obra da de outros documentaristas.
(B) Grupos ou classes sociais, numa visão a distância, não (merecer) desse
cineasta qualquer atenção especial.
(C) Não (dever) satisfazer-se um bom documentarista com os paradigmas já
cristalizados.
(D) Aos tipos sociais já reconhecidos (faltar) a imprescindível singularização
dos indivíduos.
(E) Sertanejos nordestinos e peões de fábrica são designações que não
(derivar) senão de uma mera tipologia.

Questão 3: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)


O verbo grifado que concorda com um sujeito composto está em:
(A) Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que
proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do trabalho nas
sociedades industriais.
(B) Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato
que os jargões têm claras funções simbólicas...
(C) Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas
expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e
hermético, como por seu viés pretensioso.
(D) Na época, já figuravam entre as suas características o uso de termos de
línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e
eufemismos, exatamente como vemos hoje.
(E) Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato
que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a
incentivar o “espírito de corpo”...

Questão 4: SABESP 2014 Advogado (banca FCC)


Considerada a substituição do segmento grifado pelo que está entre
parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá permanecer no
singular está em:

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(A) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de
gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central)
(B) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia...
(Estudos como o que acabou de ser publicado)
(C) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores)
(D) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa
sociedade... (as mudanças do clima)
(E) No sistema havia também uma estação... (várias estações)

Questão 5: TRT RJ 2013 Técnico Judiciário – Área Administrativa (banca FCC)


Substituindo-se o segmento em destaque pelo colocado entre parênteses ao
final da frase, o verbo que deverá manter-se no singular está em:
(A) Houve um sonho monumental... (sonhos monumentais)
(B) Bem disse Le Corbusier que Niemeyer... (os que mais conheciam a sua
obra)
(C) Assim pensava o maior arquiteto... (grandes arquitetos como
Niemeyer)
(D) O comunismo resolve o problema da vida... (As revoluções vitoriosas
da esquerda)
(E) Niemeyer vira a possibilidade... (Os arquitetos da geração de
Niemeyer)

Questão 6: TRT 11ªR 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


O verbo que se mantém corretamente no singular, apesar das alterações
propostas entre parênteses para o segmento grifado, está na frase:
(A) É o desafio do nosso tempo. (os desafios)
(B) E isso quando a própria FAO alerta ... (os especialistas da própria
FAO)
(C) E que a produção precisará crescer 70% até 2050 ... (a produção de
alimentos)
(D) Tudo acontece num cenário paradoxal. (Todos os problemas)
(E) Um relatório da própria FAO assegura ... (Os dados de um relatório)

Questão 7: Banese 2012 Técnico Bancário (banca FCC)


O verbo flexionado no singular que também poderia ter sido flexionado no
plural, mantendo-se a correção da frase, está em:
(A) ... a primeira delas diz respeito à neutralidade...
(B) ... o avanço tecnológico produz um crescimento de empregos...
(C) A maioria dos economistas acredita nisso...
(D) ... a preocupação rotineira dos economistas em geral é a capacidade de
as economias...
(E) ... não existe uma relação direta entre crescimento econômico e maior
empregabilidade...

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Questão 8: TRT 6ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)
Entre os países mais poderosos do mundo, os EUA e a França ...... a indústria
turística como prioritária. A França, líder mundial no receptivo turístico, ......
80 milhões de visitantes estrangeiros em 2011, com crescimento de 20% de
brasileiros. Os EUA receberam 1.508.279 brasileiros no ano passado, e os
gastos desses turistas ...... US$ 8,4 bilhões.
(Folha de S.Paulo, com adaptações)
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
(A) enxergam - atraíram - totalizaram
(B) enxerga - atraíram - totalizaram
(C) enxerga - atraiu - totalizou
(D) enxerga - atraíram - totalizou
(E) enxergam - atraiu - totalizaram

Questão 9: TRF 5ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de peregrinação.
O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural caso o segmento
grifado seja substituído por:
(A) Há folheteiros que
(B) A maior parte dos folheteiros
(C) O folheteiro e sua família
(D) O grosso dos folheteiros
(E) Cada um dos folheteiros

Questão 10: TRF 5ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo flexionado no singular que também pode ser corretamente flexionado
no plural, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, está
destacado em:
(A) Para promover os direitos humanos, a consolidação da democracia em
todos os países é extremamente necessária.
(B) Cada um dos países do Conselho de Direitos Humanos da Organização
das Nações Unidas (ONU) há de zelar pela manutenção dos Direitos
Humanos.
(C) A comunidade internacional trata os direitos humanos de forma global,
justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase.
(D) A maior parte dos países compreende que o direito ao trabalho é de
vital importância para o desenvolvimento de povos e nações.
(E) A declaração de Direitos Humanos de Viena, de 1993, reconhece uma
série de direitos fundamentais, como o direito ao desenvolvimento.

Questão 11: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


Com as alterações propostas entre parênteses para o segmento grifado nas
frases abaixo, o verbo que poderá permanecer corretamente empregado no
singular está em:
(A) 1 milhão entrou no país pelo Valongo (1 milhão de escravos)
(B) quando foi proibida a importação de escravos (as atividades
escravocratas)
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(C) o Império construiu o Cais da Imperatriz (os representantes do
Império)
(D) O maior porto de chegada de escravos desapareceu (Os portos)
(E) O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831 (As adjacências do
Valongo)

Questão 12: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)


As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na
frase:
(A) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de
redação, que pode e precisa ser sanada.
(B) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob a
alegação de que ela é produzida para uma pequena elite.
(C) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a obras
de arte, mas a mercadorias em oferta.
(D) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a alguns
motoristas reagir com violência a esses abusos.
(E) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa,
mas sim o que a elas não é facultado conhecerem.

Questão 13: CNMP 2015 Arquivologia (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o
termo sublinhado na frase:
(A) O autor do texto acha que (ser) de se lamentar que tantas pessoas
sejam enganadas pelos falsários da internet.
(B) Seria preciso que se (aplicar) a esses falsários alguma sanção, para que
não houvesse tantos abusos.
(C) Quem jamais leu Shakespeare nem (imaginar) as lições literárias e as
discussões éticas que está perdendo.
(D) Não (dever) caber aos usuários da internet o direito de publicar o que
quer que seja com assinatura falsa.
(E) Infelizmente não se (punir) esses falsos gênios da internet com medidas
rigorosas e exemplares.

Questão 14: TRT MG 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na seguinte
frase:
(A) A todas as pessoas deveriam caber, em respeito aos que as antecederam,
conservar as imagens de outro tempo, de outros hábitos.
(B) Já quase não se coleciona em álbum, em função das técnicas digitais, as
fotografias familiares que tanto contavam de nossa história.
(C) Para muita gente já não são mais necessários conservar os velhos álbuns
de fotografias, substituídos que foram pelos arquivos digitais.
(D) Aquelas velhas fotos não convêm ninguém desprezar, estão sendo cada
vez mais raras, e algum dia acabará por converter-se num precioso
documento.

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(E) Uma sucessão de fotos pode ilustrar um segmento importante de uma
história familiar, à qual pertenceram aqueles velhos rostos e expressões.

Questão 15: TCE AM 2015 Auditor (banca FCC)


As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em:
(A) É sabido que o desconhecimento e a quase ausência de conteúdos
curriculares sobre a África e as culturas africanas no Brasil contribui para
a disseminação da intolerância e dos conflitos raciais.
(B) Tratam-se de regiões praticamente inexploradas pelas pesquisas
acadêmicas recentes, apesar de ali haverem ocorrido alguns dos
principais episódios para o desenvolvimento econômico da Angola
contemporânea.
(C) O intuito era podermos, no contexto brasileiro, construirmos novas
narrativas para extrapolarmos categorias arcaicas de se pensarem a
África, fundando, assim, diferentes modos de ver.
(D) Embalados por razões ainda não bem explicadas, os colonizadores
detiveram o controle sobre as línguas, os indivíduos e os territórios
africanos, segundo o têm comprovado inúmeras pesquisas.
(E) É de conhecimento geral que Angola detêm laços históricos e culturais
profundos com o Brasil, que, se levado em conta, trará impactos sobre
nossa brasilidade e maturidade para lidarmos com a nossa própria
diversidade cultural.

Questão 16: TCE RS 2014 Auditor Público Externo (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar
com o termo sublinhado na frase:
(A) As soluções postas em prática pelo jeitinho brasileiro não (deixar) de
intrigar os estrangeiros, que não entendem tamanha informalidade.
(B) Mesmo os brasileiros a quem que não (ocorrer) valer-se do jeitinho
sabem reconhecê-lo como uma prática social até certo ponto legítima.
(C) Os avanços da tecnologia, sobretudo os da informática, (conspirar)
contra a prática tradicional do jeitinho brasileiro.
(D) Acredita-se que a transparência dos meios de comunicação (tender) a se
converter numa espécie de inimiga mortal da informalidade.
(E) Informalidade, sistema de favor, jeitinho, muitas são as denominações
que se (aplicar) a um mesmo fenômeno social.

Questão 17: TCE RS 2014 Auditor Público Externo (banca FCC)


As normas de concordância verbal e nominal estão plenamente observadas na
frase:
(A) Diante de cartas antigas, que há muito tempo já tinha sido esquecido, o
narrador passou a reconstituir fatos e pessoas.
(B) Por inúteis que possam parecer, cartas antigas estimulam em nossa
memória cenas de que jamais nos lembraríamos não fosse o seu estilo.
(C) O autor correspondia-se com vários amigos, a quem se ligava muito
afetuosamente, mas que o tempo tornou anônimo no fundo da memória.
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(D) As cartas mais emocionais o autor pôs fora, para que não viesse a
provocar-lhe fortes excitações antigas, que o deixaram perturbado.
(E) Fazerem-se esquecido é um mistério que caracteriza aqueles fatos que
pareciam muito importantes, mas que não sobreviveram à ação do
tempo.

Questão 18: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)


Ou me engano, ou isto quis dizer que se lançam véus sobre certas notícias a
pretexto de que, sujeitas a tantas e tão virulentas críticas, faz mal às pessoas.
Tomando como parâmetro a norma-padrão escrita, comentário adequado
sobre o acima transcrito é: O período
(A) está correto em todos os seus aspectos.
(B) tem de receber duas correções: "quiz", em lugar de "quis", e "que se
lança", em lugar de "que se lançam.
(C) merece uma única correção: "fazem mal", em lugar de "faz mal".
(D) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente a alteração de "às
pessoas" para "as pessoas".
(E) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente mais um acento indicativo
da crase, em "à pretexto".

Questão 19: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)


Está correta a seguinte flexão para o plural:
(A) Trata-se de um vocábulo: Tratam-se de vocábulos.
(B) o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder:
os meios digitais privilegiam as mensagens diretas e não tem tempo a
perder.
(C) a internet é casca-grossa por natureza: são casca-grossas por natureza.
(D) o substantivo [...] existe acima de qualquer dúvida: os substantivos
existem acima de qualquer dúvidas.
(E) se extraiu o substantivo: se extraíram os substantivos.

Questão 20: CMSP 2014 Procurador Legislativo (banca FCC)


Estão observadas as normas de concordância verbal na seguinte frase:
(A) Os sentimentos que nos cabe experimentar, se formos levados à condição
de exílio, estão entre os mais terríveis que pode uma criatura sofrer.
(B) A muitos exilados ocorreram, durante a experiência do exílio, tentar
voltar clandestinamente à sua pátria, correndo todos os riscos que
implicam tal decisão.
(C) Para muitos brasileiros, aos quais se infligiu os suplícios do exílio, a
experiência da expatriação implicou a perda da própria identidade.
(D) Dentre as diferentes reações que experimentam quem se afasta de sua
terra natal ressalta a da crescente nostalgia, que muitas vezes levam à
antecipação do retorno.
(E) A sabedoria e a elevação do monge medieval, que o autor do texto
reconheceu num artigo de Edward Said, acabou por impressioná-lo tão
fortemente quanto ao pensador palestino.

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Questão 21: CMSP 2014 Procurador Legislativo (banca FCC)
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar
com o elemento sublinhado na frase:
(A) São comoventes os impulsos de gratidão de Donato, materializados
quando se (dispor) a abraçar as paredes da editora.
(B) As condições de privação em que vivia (acabar) por levar Donato a
valorizar o sentido essencial de cada experiência.
(C) A escolha dessas duas histórias verdadeiramente exemplares (propiciar)
ao autor a viva apresentação de um dilema cultural da nossa época.
(D) Em nossos dias (impor)-se pensar sobre as escolhas que devemos fazer
entre procedimentos tradicionais e processos modernos.
(E) Somente a um leitor insensível (deixar) de impressionar as palavras com
que Donato se refere à sua experiência com o primeiro livro.

Questão 22: TRT 2ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o
elemento sublinhado na frase:
(A) Há trabalhos que a gente (executar) sem imaginar o sentido que
ganharão no futuro.
(B) Os minutos de que se (necessitar) viver plenamente devem trazer
consigo uma expectativa de futuro.
(C) As privações que me (competir) enfrentar não devem desestimular meus
empreendimentos.
(D) As incertezas quanto ao meu próprio futuro não (dever) eximir-me de ser
responsável por minhas decisões.
(E) Os desafios que cada um de nós hoje se (obrigar) a enfrentar fortalecem-
nos diante do futuro.

Questão 23: TRT 2ªR 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


A frase em que a concordância respeita as regras da gramática normativa é:
(A) Cada um dos interessados em participar dos projetos devem apresentar
uma proposta de ação e uma previsão de custos.
(B) Acordos luso-brasileiros têm sido recebidos com entusiasmo, o que
sugere que haverá de serem cumpridos fielmente.
(C) Quanto mais discussão houver sobre as questões pendentes, mais se
informarão, com certeza, os que têm de decidir os próximos passos do
processo.
(D) Procede, por uma questão técnica, segundo os especialistas
entrevistados, as medidas divulgadas ontem, pois a urgência de
saneamento é indiscutível.
(E) É bilateral, sem dúvida alguma, os interesses pela exploração desse tipo
de negócio, por isso os países envolvidos terão de fazer concessões
mútuas.

Questão 24: TRT RJ 2013 Analista Judiciário (banca FCC)


Estão plenamente acatadas as normas de concordância verbal na seguinte
frase:
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(A) A virtude da confiança, assim como a da desconfiança, não independe das
circunstâncias que a requisitam.
(B) As ações de confiar ou desconfiar constitui uma alternativa que não raro
corresponde a um dilema.
(C) Destacam-se, no capítulo das desconfianças, a escola dos filósofos
clássicos identificados com o ideário do ceticismo.
(D) Entre todas as virtudes, a da confiança é das que mais requer
argumentos para se afirmarem junto aos críticos.
(E) Aos desconfiados parecem inaceitável ingenuidade pensar que o otimismo
e a esperança possam nutrir alguém.

Questão 25: TRT RJ 2013 Analista Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
(A) Cabem a cada um dos usuários de uma língua escolher as palavras que
mais lhes parecem convenientes.
(B) D. Glorinha valeu-se de um palavrório pelo qual, segundo lhe parecia
certo, viessem a impressionar os ouvidos de meu pai.
(C) As palavras que usamos não valem apenas pelo que significam no
dicionário, mas também segundo o contexto em que se emprega.
(D) Muita gente se vale da prática de utilizar termos, para intimidar o
oponente, numa polêmica, que demandem uma consulta ao dicionário.
(E) Não convém policiar as palavras que se pronuncia numa conversa
informal, quando impera a espontaneidade da fala.

Questão 26: TST 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal estão plenamente acatadas em:
(A) Aos ateus não se devem dispensar o mesmo tratamento de que foram
vítimas os primeiros adeptos do cristianismo.
(B) Nunca faltaram aos homens de todas as épocas o recurso das crenças no
sobrenatural e a empolgação pelas artes da magia.
(C) Não se deixam levar pelas crenças transcendentes quem só costuma
atender as exigências do pensamento racional.
(D) Poupem-se da ira dos fanáticos de sempre aquele tipo de pesquisador
que se baseia tão somente nos fenômenos que se podem avaliar.
(E) Nunca se abrandaram nos homens e mulheres que não se valem da fé
religiosa a reação hostil dos que se proclamam filhos de Deus.

Questão 27: TST 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


O verbo empregado no plural que também poderia ter sido flexionado no
singular, sem prejuízo para a correção, está em:
(A) Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruções sobre ...
(B) Todos os jogos se compõem de duas partes ...
(C) As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus ...
(D) Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para ...
(E) ... todos os hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho.

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Questão 28: TST 2012 Analista Judiciário (banca FCC)
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no singular para
preencher adequadamente a lacuna da frase:
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de corresponder
nossos valores éticos mais rigorosos.
(B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o peso de suas
mais graves decisões.
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) tomar decisões
sem medir suas consequências.
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) sobrevir
consequências imprevistas e injustas.
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, recomenda Gramsci,
os critérios que levam em conta a dor humana.

Questão 29: TRT 6ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


Uma vez ...... as limitações fundamentais da condição humana, é possível
dominar a fantasia e ...... as possibilidades concretas que se ...... para todos
nós.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
(A) aceita - testar - abrem (B) aceitas - testar - abrem
(C) aceita - testarem - abre (D) aceitas - testar - abre
(E) aceita - testarem - abrem

Questão 30: TRT 11ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado no plural para
preencher corretamente a lacuna da frase:
(A) Nem todos discriminam, numa foto, os predicados mágicos que a ela se
...... (atribuir) nesse texto.
(B) Os tempos que ...... (documentar) uma simples foto, aparentemente
congelada, são complexos e estimulantes.
(C) A associação entre músicos e fotógrafos profissionais ...... (remeter) às
especificidades de cada tipo de sintaxe.
(D) A poucos ...... (costumar) ocorrer que as fotografias podem enfeixar
admiráveis atributos estéticos, como obras de arte que são.
(E) Imaginem-se os sustos que não ...... (ter) causado aos nativos de tribos
remotas a visão de seus rostos fotografados!

Questão 31: TRF 2ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propostas para o segmento
grifado, deverá ser colocado no plural, está em:
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida ... (dúvidas)
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do planeta)
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O consumo mundial de
barris de petróleo)
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no custo da matéria-
prima ... (Constantes aumentos)

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(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços mundiais ... (a
preocupação em torno das mudanças climáticas)

Questão 32: TRT 6ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


A concordância verbal está plenamente observada na frase:

(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e materialistas, o


posicionamento de alguns religiosos e parlamentares acerca da educação
religiosa nas escolas públicas.
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àqueles que são contra a
obrigatoriedade do ensino religioso, para se reservar essa prática a
setores da iniciativa privada.
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, contra os que votam a
favor do ensino religioso na escola pública, consistem nos altos custos
econômicos que acarretarão tal medida.
(D) O número de templos em atividade na cidade de São Paulo vêm
gradativamente aumentando, em proporção maior do que ocorrem com o
número de escolas públicas.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como a regulação natural
do mercado sinalizam para as inconveniências que adviriam da adoção do
ensino religioso nas escolas públicas.

Questão 33: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


As regras de concordância estão plenamente respeitadas em:

(A) A campanha das Diretas, de que os mais jovens participaram ativamente,


terão sempre lugar especial nos registros de nossa história recente, ao
lado de episódios como o movimento caras-pintadas que, em 1992,
levaram à deposição de um presidente.
(B) Por mais diferenças que houvesse entre eles e o incansável dr. Ulysses, a
maioria dos políticos que foram seus contemporâneos não lhe
demonstrava senão grande admiração e profundo respeito.
(C) A confusão entre as funções de jornalista e de militante, no caso de
Ricardo Kotscho e de outros profissionais de nossa imprensa, tornaram
possível um registro muito mais vivaz de várias personagens da
campanha das Diretas.
(D) Poucos episódios na história mais recente do Brasil pode nos inspirar
tanto orgulho quanto a campanha das Diretas, ao longo dos anos 1983 e
1984, ainda que as eleições diretas para presidente, sua principal
reivindicação, só tenha sido contemplada em 1989.
(E) Não se confunda os raríssimos casos em que a separação das funções de
jornalista e de militante podem ser justificadas com aqueles que
merecem a condenação mais enfática.

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Questão 34: TRF 2ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
(A) Evitem-se, sempre que possível, qualquer excesso no convívio humano:
nem proximidade por demais estreita, nem distância exagerada.
(B) Os vários atrativos de que dispõem a vida nas ilhas não são, segundo o
cronista, exclusividade delas.
(C) Cabem aos poetas imaginar espaços mágicos nos quais realizemos nossos
desejos, como a Pasárgada de Manuel Bandeira.
(D) Muita gente haveriam de levar para uma ilha os mesmos vícios a que se
houvesse rendido nos atropelos da vida urbana.
(E) A poucas pessoas conviria trocar a rotina dos shoppings pela serenidade
absoluta de uma pequena ilha.

Questão 35: TRE-CE 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas
em:
(A) A vontade maior de governantes autoritários se opõem ao sistema
democrático de governar, baseado no respeito à voz dos cidadãos e na
aplicação da justiça.
(B) Não é permitido alterações nas regras de um jogo já iniciado, inclusive na
política, devendo os que dele participa considerar os interesses da
maioria dos cidadãos.
(C) Em um jogo, ainda que tenha importância a integração de todos os
atletas, sobressaem os talentos individuais, que podem definir o resultado
final da partida.
(D) Em toda prática esportiva, assim como na política, torna-se necessário os
esforços de todos os envolvidos para que sempre se alcance os objetivos
previstos.
(E) A variada gama de interesses de povos e nações devem ser consideradas
na ocasião de se firmar os acordos diplomáticos entre governantes.

Questão 36: TRE SP 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


Estão plenamente observadas as normas de concordância verbal em:
(A) À noite, davam-se aos trabalhos de poucos e à diversão de muitos uma
trégua oportuna, para tudo recomeçar na manhã seguinte.
(B) Aos esforços brutais da jubarte não correspondiam qualquer efeito
prático, nenhum avanço obtinha o gigante encalhado na areia.
(C) Sempre haverá de aparecer aqueles que, diante de um espetáculo
trágico, logram explorá-lo como oportunidade de comércio.
(D) Como se vê, cabe aos bons princípios ecológicos estimular a salvação das
baleias, seja no alto-mar, seja na areia da praia.
(E) Da baleia encalhada em 1966 não restou, lembra-nos o autor, senão as
postas em que a cruel voracidade dos presentes retalhou o animal.

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Questão 37: TRE SP 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural
para preencher de modo adequado a lacuna da seguinte frase:
(A) As acusações que ...... (promover) quem defende o "assembleísmo"
baseiam-se na decantada "soberania" das assembleias.
(B) Não ...... (convir) aos radicais da meritocracia admitir que pode haver
boas resoluções obtidas pelo critério do voto.
(C) Por que ...... (haver) de caber a um simples passageiro as
responsabilidades do comando de uma aeronave?
(D) O que aos bons políticos não ...... (poder) faltar, sobretudo nos
momentos de decisão, é o espírito público.
(E) Não ...... (caber) às associações de classe, em assembleias, avaliar o
mérito técnico, julgar a qualificação profissional de alguém.

Questão 38: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural
para preencher de modo adequado a lacuna desta frase:
(A) Será que um dia se ...... (atingir) a cifra de inimagináveis vinte bilhões
de habitantes?
(B) Infelizmente não ...... (caber) aos homens, desde a sua criação, escolher
a solidariedade como seu atributo natural.
(C) Não é difícil imaginar o que nos ...... (reservar) o adensamento das
aglomerações urbanas.
(D) Aos jornais se ...... (impor) reduzir as páginas, o mesmo ocorrendo com
o palavreado de seus articulistas.
(E) Até mesmo a regime de emagrecimento ...... (dever) submeter-se os
homens do futuro.

Questão 39: TRE SP 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


Estão plenamente observadas as normas de concordância verbal na frase:

(A) Dentro da elite nunca se criticou, diante da rotina do sistema


penitenciário brasileiro, os horrores a que os presos são submetidos.
(B) Reserva-se ao pobre, tantas vezes identificado como potencialmente
perigoso, as opções da resignação ou da marginalidade social.
(C) Sem altos investimentos não haverão como minimizar os horrores que
vêm caracterizando as nossas penitenciárias.
(D) A nenhum dos intérpretes de um fato faltarão argumentos para
considerá-lo segundo seu interesse e sua conveniência.
(E) Ainda que não lhes convenham fazer altos investimentos, as elites terão
que calcular os custos de tanta violência.

Questão 40: ISS-SP 2009 Agente-Fiscal de Rendas (banca FCC)


Fragmento do texto: Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da
inutilidade de seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perder
não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca Montezuma,

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prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto
tesouro que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade
ao rei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés
representava.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Em perder não só a liberdade, o elemento destacado tem o mesmo valor e
função dos notados na frase "Estava só, mas bastante tranquilo".

Questão 41: TRT 12ªR 2010 Técnico (banca FCC)


O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente correto em:
(A) Senhor João das Neves, respeitável representante da Sociedade Amigos e
Amigos, queremos cumprimentar-vos pela gestão que V. Exa. tão bem
tem conduzido neste último ano.
(B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade aos trabalhos que
vós encetaram neste setor, e esperamos fazê-lo tão bem quanto vós
mesmos o fizestes.
(C) É notório que V. Sa. deveis estar sabendo dos progressos conseguidos por
estas pessoas, e por isso vimos solicitar-vos vossa atenção para uma
situação surgida recentemente.
(D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que não abandoneis a
organização de nossos programas culturais, em nome daqueles que
dependem de vosso conhecimento nessa área.
(E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora, dirigimos os votos de
que possa cumprir com êxito sua missão diplomática em região tão
conturbada por conflitos entre nações vizinhas.

Questão 42: TRT 23ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


O modelo ainda dominante nas discussões ecológicas privilegia, em escala, o
Estado e o mundo...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) são privilegiadas.
(B) é privilegiado.
(C) sendo privilegiadas.
(D) são privilegiados.
(E) foi privilegiado.

Questão 43: CNMP 2015 Arquivologia (banca FCC)


Muita gente nos engana valendo-se das páginas da internet.
A transposição da frase acima para a voz passiva implicará
(A) a utilização da forma verbal enganam-nos.
(B) em que o sujeito de valendo-se passe a ser internet.
(C) em que o sujeito de enganar passe a ser nós.
(D) a utilização de muita gente como sujeito.
(E) a utilização de páginas da internet como sujeito

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Questão 44: TRT MG 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)
Transpondo-se para a voz passiva a forma verbal sublinhada na frase Dentro
deles surpreendo a vida que já foi, obtém-se a expressão
(A) será surpreendida.
(B) é surpreendida.
(C) tenho surpreendido.
(D) fora surpreendida.
(E) estou surpreendendo.

Questão 45: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles alardeavam o insuportável
som instalado nos carros, obtém-se a forma verbal
(A) era alardeado.
(B) tinha sido alardeado.
(C) têm alardeado.
(D) eram alardeados.
(E) fora alardeado.

Questão 46: TCE RS 2014 Auditor Público Externo (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível
que os tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução
do jeitinho, a forma obtida deverá ser:
(A) tenha começado a ser desfavorecida.
(B) comecem a desfavorecer.
(C) terá começado a ser desfavorecida.
(D) comecem a ser desfavorecidos.
(E) estão começando a se desfavorecer.

Questão 47: SABESP 2014 Advogado (banca FCC)


Fragmento do texto: No sistema havia também uma estação que desviava a
água para diversos reservatórios. Assim, os maias supriam a necessidade de
água da população, estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além
das estimativas de mais cinco milhões de pessoas que viviam na região das
planícies maias ao sul.
No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao seu
colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para
Scarborough é muito difícil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visão
pessoal é que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal
modo nessa sociedade altamente bem-sucedida que agiram como uma
‘perfeita tempestade’. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los
derrubado tão severamente”, disse o pesquisador à Folha de S. Paulo.
Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão
severamente...
A transposição da frase acima para a voz passiva terá como resultado a
forma verbal:

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(A) poderiam ter sido derrubados.
(B) poderia terem sido derrubados.
(C) poderiam ter vindo a derrubar.
(D) poderiam ter derrubado.
(E) poderia ter sido derrubado.

Questão 48: CMSP 2014 Procurador Legislativo (banca FCC)


A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva é:
(A) A alma frágil fixa seu amor na terra natal.
(B) Percorreu muitos caminhos, no exílio, em busca de si mesmo.
(C) O exílio impõe ao apenado os mais terríveis infortúnios.
(D) Investiguei mais de perto o conceito de exílio.
(E) No artigo de Said dei com uma bela citação de um texto medieval.

Questão 49: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Verifica-se transposição correta de uma voz verbal para outra em:
(A) o selo de sua primeira gravação [...] trazia um esclarecimento // um
esclarecimento vinha trazendo o selo de sua primeira gravação
(B) a referida nota [...] ainda soava como grande notícia // como grande
notícia continuava a soar a referida nota
(C) a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução // uma grande
revolução era noticiada pela Revista do Rádio
(D) Adoniran era duas pessoas em uma // Adoniran tinha sido duas pessoas
em uma
(E) se lembrarmos Zé Conversa // se fomos lembrados por Zé Conversa

Questão 50: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Os publicitários descobriram que é possível fazer o inconsciente do
consumidor trabalhar a favor do lucro de seus clientes.
Transpondo-se o segmento acima para a voz passiva, a forma verbal
resultante será:
(A) descobriram-se
(B) foi descoberto
(C) era descoberto
(D) foram descobertos
(E) vinham descobrindo

Questão 51: TRT 2ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


Na passagem da voz ativa para a passiva, NÃO houve a devida
correspondência quanto ao tempo verbal na seguinte construção:
(A) A questão de gosto dispensaria as razões = As razões teriam sido
dispensadas pela questão de gosto.
(B) O autoritarismo apagava as diferenças reais = As diferenças reais eram
apagadas pelo autoritarismo.
(C) Os acomodados têm proclamado a servidão ao capricho = A servidão ao
capricho tem sido proclamada pelos acomodados.
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(D) Será que ele apreciará tais formas ditatoriais? = Será que tais fórmulas
ditatoriais serão apreciadas por ele?
(E) Haveremos de enfrentar esse e outros desafios = Esse e outros desafios
haverão de ser enfrentados por nós.

Questão 52: TRT RJ 2013 Analista Judiciário (banca FCC)


É exemplo de construção na voz passiva o segmento sublinhado na seguinte
frase:
(A) Ainda ontem fui tomado de risos ao ler um trechinho de crônica.
(B) A Solange toma especial cuidado com a escolha dos vocábulos.
(C) D. Glorinha e sua filha não partilham do mesmo gosto pelo requinte
verbal.
(D) O enrubescimento da mãe revelou seu desconforto diante da observação
da filha.
(E) Lembro-me de uma visita que recebemos em casa, há muito tempo.

Questão 53: TRT RJ 2013 Técnico Judiciário (banca FCC)


... aquelas que um observador pode vislumbrar a partir do Museu de Arte
Contemporânea de Niterói...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) pode ser vislumbrado.
(B) vislumbra-se.
(C) podem ser vislumbradas.
(D) pode-se vislumbrar.
(E) podem vislumbrar.

Questão 54: TST 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva a construção Os ateus despertariam a
ira de qualquer fanático, a forma verbal obtida será:
(A) seria despertada. (B) teria sido despertada.
(C) despertar-se-á. (D) fora despertada.
(E) teriam despertado.

Questão 55: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


O verbo que NÃO admite transposição para a voz passiva está em:
(A) ... a República aterrou aquela zona ...
(B) O Cais do Valongo ficava longe da vista dos cariocas ...
(C) ... a prefeitura pôs em execução uma ampla reforma...
(D) ... uma equipe de pesquisadores do Museu Nacional encontrou o piso do
Cais do Valongo.
(E) ... e a cobriu com ruas e praças.

Questão 56: TRF 5ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a responsabilidade de proteger
pela via militar, a comunidade internacional [...] observe outro preceito ...

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Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz passiva, a forma verbal
resultante será:
(A) é observado.
(B) seja observado.
(C) ser observado.
(D) é observada.
(E) for observado.

Questão 57: TRF 5ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva está em:
(A) Quando Rodolfo surgiu...
(B) ... adquiriu as impressoras...
(C) ... e sustentar, às vezes, família numerosa.
(D) ... acolheu-o como patrono.
(E) ... que montou [...] a primeira grande folhetaria do Recife ...

Questão 58: TRE CE 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


As demandas, a tensão, a pressa da existência moderna perturbam esse
precioso repouso.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) tem sido perturbado.
(B) são perturbadas.
(C) perturbam-no.
(D) perturbam-se.
(E) é perturbado.

Questão 59: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


... ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão paulista do italiano recoberto
pela terra e do brasileiro das raízes europeias.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) foi expressa.
(B) exprimia-se.
(C) é exprimida.
(D) vem sendo exprimida.
(E) era expressa.

Questão 60: TJ RJ 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


... vê com alegria o reconhecimento que seu nome alcança e sua irradiação
pelo mundo.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) são vistos.

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(B) é visto.
(C) é vista.
(D) eram vistos.
(E) viam-se.

Questão 61: TCE-AL – 2008 – Analista de Sistemas (banca FCC)


Está inteiramente correta a pontuação da seguinte frase:
(A) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano Novo, pois não há
como de fato alguém começar algo inteiramente do nada.
(B) É realmente muito difícil: cumprir propósitos de Ano Novo; pois não há
como, de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(C) É, realmente, muito difícil – cumprir propósitos de Ano Novo: pois não há
como de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(D) É, realmente, muito difícil cumprir propósitos de Ano Novo, pois não há
como, de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(E) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano Novo; pois não há
como de fato alguém começar algo, inteiramente do nada.
Questão 62: TCE-MA – 2005 – Analista de Controle Externo (banca FCC)
Considere as frases do texto:
I. ... “variabilidade decadal do Oceano Pacífico”, que impacta o Atlântico.
... “variabilidade decadal do Oceano Pacífico” que impacta o Atlântico.
II. Nos anos 40, 50 e 60 choveu menos na Amazônia. Nas três décadas
seguintes, as chuvas aumentaram.
Nos anos 40, 50 e 60 choveu menos na Amazônia; nas três décadas
seguintes, as chuvas aumentaram.
III. .... têm um sistema de braços flutuantes – inventado pelos ingleses –, que
sobem e descem...
... têm um sistema de braços flutuantes (inventado pelos ingleses), que
sobem e descem...
Com a alteração dos sinais de pontuação, ocorreu também alteração de
sentido SOMENTE em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

Questão 63: TCE-CE – 2010 – Analista de Controle Externo (banca FCC)


Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade, mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.
(B) A rotina, afirmam alguns: é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista é uma falácia, basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.

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(C) A rotina − afirmam alguns − é inimiga da criatividade: mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.
(D) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver, o que já ocorreu em nossa
literatura.
(E) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade mas, essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.

1E 2A 3D 4E 5A 6C 7C 8E 9E 10 D
11 A 12 D 13 E 14 E 15 D 16 D 17 B 18 C 19 E 20 A
21 E 22 D 23 C 24 A 25 D 26 B 27 D 28 C 29 B 30 A
31 D 32 E 33 B 34 E 35 C 36 D 37 C 38 E 39 D 40 E
41 E 42 D 43 C 44 B 45 A 46 A 47 A 48 E 49 C 50 B
51 A 52 A 53 C 54 A 55 B 56 B 57 A 58 E 59 A 60 A
61 D 62 A 63 A

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