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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____VARA

CÍVEL DA COMARCA DE __________-UF.

Processo nº _____________.

FULANO DE TAL________________, (Nome, prenome, estado


civil, profissão, CPF ou CNPJ, e-mail, endereço - cf. art. 319, II do
CPC/2015), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, através de
seu advogado infra firmado, no prazo legal, apresentar:

DEFESA PRELIMINAR NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE


RESPONSABILIDADE POR DANOS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE

movida por ___________________________, já qualificado nos


autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

PRELIMINAR – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA


Inicialmente, requerem a V. Exª. sejam deferidos os
benefícios da Gratuidade de Justiça, conforme art. 98 e seguintes do NCPC
e em analogia a Lei 7.115 de 29/08/1983 e para finalidade do disposto no
Art. 4º da Lei 1.060 de 05/02/1950 e com as alterações introduzidas pela
Lei 7.510/86, por não terem condições de arcar com às custas processuais
e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de suas
famílias, conforme atestado de pobreza que instrui a exordial.

PRELIMINAR - DA ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE


CAUÇÃO
O beneficiário da gratuidade não pode ser compelido a
prestar caução, sob pena de frustrar-se o acesso à justiça. Assim, não se
exige caução do Requerido, que litiga sob o pálio da Assistência Judiciária
Gratuita.

PRELIMINAR - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA


Argui, inicialmente, em preliminar sua ilegitimidade passiva
ad causam ao fundamento de que inexiste qualquer relação jurídica entre
____ proprietário da requerida ____ e o Requerido, pois, o mesmo não é
titular do direito em discussão na presente demanda.
Alega-se isto, porque em meados do ano de ____, o Requerido
____, vendeu um terreno, no Bairro ____, para a pessoa de ____, onde lhe
foi entregue por ____ uma Procuração dando poderes para que a pessoa de
____, transferisse para seu nome ou de quem este indicasse, já que o
mesmo, disse que iria lotear todo o terreno;

Ocorre que o terreno vendido, nunca foi transferido nem para


o nome de ninguém. Ora, mesmo estando o comprador ____, com a
Procuração e os poderes para que, o mesmo, efetuasse a transferência do
terreno vendido, nunca o fez.
Fato este, que causa e vem causando ao Requerido ____,
transtornos que ultrapassam as raias do cotidiano, além de vários
aborrecimentos e constrangimento tais como: o de ser taxado como
caloteiro; de ver seu nome sendo processado pelo Ministério Público; de
estar respondendo um processo, sem sequer tem participação alguma e;
por estar sendo cobrado por uma dívida, que não é sua.
A verdade é tanta sua Excelência, que no próprio inquérito
civil nº ____ que consta da peça acusatória, consta que a pessoa de ____
teria comprado os lotes do Loteamento ____ de “PROPRIEDADE DA
REQUERIDA ____”, onde seu dono figura como a pessoa de ____.

Disse ainda ____ que não pôde escriturar a propriedade em


seu nome, porque o parcelamento ____ não havia sido averbado no
Cartório de Registro imobiliário.
Ocorre que, seja por má-fé da ____ ou esquecimento de seu
representante e proprietário ____, este possui poderes através de
procuração pública para transferir para seu nome ou de terceiros o terreno
vendido, e isso desde o ano de ____.

Ora, no próprio inquérito civil nº ____, conforme se vê no


ITEM 09 - da Ação Civil Pública, verifica-se que na data de __/__/__, ____,
representante legal da empresa ____, compareceu a Promotoria de Justiça
e prestou as seguintes declarações (f.8l/81v.):

"ADQUIRIU O LOTEAMENTO ____ DE ____ e ____, em 23 de


outubro de 2002 (...)” (...) QUANDO REALIZOU A COMPRA, TOMOU
CIÊNCIA DE QUE DEVERIA EXECUTAR AS OBRAS DE
INFRAESTRUTURA, MAS NÃO TINHA CONDIÇÕES FINANCEIRAS PARA
TANTO. (...) ENTÃO, PASSOU A VENDER OS LOTES PARA QUE COM
ESSA RENDA PUDESSE EXECUTAR O PROJETO E INSTALAR A
INFRAESTRUTURA. VENDEU CERCA DE 47 LOTES. CONTUDO, APENAS
29% DOS COMPRADORES QUITARAM SEUS CONTRATOS. (...)".

Fácil verificar através das próprias declarações da pessoa de


____, representante legal da empresa ____ quem é o verdadeiro culpado,
ou seja, fácil demonstrar quem deu início ao loteamento e; quem é o
verdadeiro LOTEADOR, já que o mesmo foi quem promoveu a venda de
lotes irregularmente, vendendo parte do todo maior a várias pessoas,
conforme demonstra acima.

A real versão dos fatos é que a pessoa de ____, representante


legal da empresa ____, comprou do Requerido ____, um TERRENO, e que,
após a compra loteou o imóvel e começou a vendê-lo.

Para corroborar com este entendimento, colacionam-se as


decisões, verbis:
Ação ajuizada pelo ministério público, sob a forma de
obrigação de fazer e indenização. Pretensão de regularização de loteamento.
Obrigação do município de exercitar o poder-dever de fiscalização.
Responsabilidade, no mínimo, subsidiária da administração.
RESPONSABILIDADE DO LOTEADOR. RECONHECIMENTO. Multa. Custas.
Sucumbência recíproca configurada. Danos morais e materiais.
Descabimento. Sentença alterada em relação as custas. Recurso oficial.
Provido em parte. Tanto a administração, quanto o loteador, são partes
legítimas para figurar no polo passivo da ação aquele pelo dever-poder de
fiscalização das obras do loteamento; este pela aplicação do disposto no art.
6º e 47 da Lei nº 6766/79 (...) (TJ-PB; R. of. 033.2001.000463-9/001; Rel.
Juiz Conv. Carlos Martins Beltrão Filho; DJPB 30/03/2010; Pág. 5)
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LOTEAMENTO
IRREGULAR. “AUSÊNCIA DE REGISTRO JUNTO AO OFICIO DE IMÓVEIS.
OBRIGAÇÃO QUE DEVE SER SUPORTADA PELO EMPREENDEDOR. Obras
de infraestrutura que igualmente deverão ser efetivadas pelo loteador.
Reparação por danos suportados pelos adquirentes dos lotes. Inviabilidade.
Inexistência de qualquer prova do abalo sofrido, que não se presume ex vi
legis. Insuficiência de parâmetros ou diretrizes objetivas para o seu
arbitramento e quantificação. Honorários advocatícios. Não cabimento na
espécie, porquanto a ação foi intentada pelo ministério público. Doutrina.
Sentença parcialmente reformada. Recurso provido em parte. Unânime.”
(TJRS; AC 70019593045; Camaquã; Décima Oitava Câmara Cível; Rel. Des.
Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes; Julg. 02/09/2010; DJERS
10/09/2010)

Analisando os autos, com o foco totalmente na Ação Civil


Pública, através do próprio inquérito civil instaurado sob o nº ____, vê-se
do item 9, que é fácil constar quem é o loteador dos terrenos, sendo este,
a pessoa de ____, representante legal da empresa ____.

É de sabença de todos, que é vedado vender ou prometer


vender parcela do loteamento ou desmembramento não registrado (art. 37
da Lei n. 6.766/79). Não há sequer como alegar ignorância ao fato, eis que
vigora o Princípio Ignorantia legis neminem excusat (ninguém pode se
escusar que não conhece a lei).

A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, também


estabelece que:
“Art. 3º: Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que
não a conhece.”
Assim, não precisa ter cem olhos como Argos da mitologia
grega para ver que quem foi o loteador, foi à pessoa de ____, representante
legal da empresa ____.

Da liminar colhe-se:
“Aduz em síntese que ante a omissão do Município, a
EMPRESA ____ Prestadora de Serviços de Loteamento Urbano e Rural Ltda.,
IMPLANTOU O LOTEAMENTO "____" sobre o imóvel matriculado sob n. ____
do _º Cartório de Notas e de Registro de Imóveis de ____-UF, dando início à
comercialização dos lotes sem o devido registro(...) (Grifos e destaques não
originais)

Da própria liminar, consta quem implantou o loteamento,


sendo esta a empresa________.

Fica claro como a luz, que o Requerido ____ apenas vendeu o


terreno, não possuindo qualquer vínculo com a pessoa de ____, ou com a
empresa ____.
Vejamos o que entende o eminente Desembargador Nildo de
Carvalho, o qual sempre dizia em suas decisões “OCEÂNICA É A
JURISPRUDÊNCIA”, neste sentido, é que nos resta trazer decisões que
aniquilam o objeto deste litígio:

DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO E PROCESSUAL


CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE.
LOTEAMENTO IRREGULAR. LEGITIMIDADE PASSIVA.
SUCUMBÊNCIA. O reconhecimento do descumprimento de
antecipação de tutela não precisa ser feito na sentença. NÃO
É RESPONSÁVEL PELA REGULARIZAÇÃO DO LOTEAMENTO
AQUELE QUE VENDEU O IMÓVEL ANTES DO INÍCIO DA
IRREGULARIDADE, EMBORA NÃO TENHA SIDO
REGISTRADO O CONTRATO. É corresponsável com a
cooperativa loteadora aquele que iniciou o parcelamento
irregular do solo. Sucumbência distribuída conforme o
decaimento das partes. APELAÇÃO PROVIDA EM PARTE.
(TJRS; AC 70035026681; Porto Alegre; Vigésima Segunda
Câmara Cível; Rela. Desa. Rejane Maria Dias de Castro Bins;
Julg. 27/05/2010; DJERS 15/09/2010)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO.


AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA REGULARIZAÇÃO DE
LOTEAMENTO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA EX-
PROPRIETÁRIA, PROMITENTE VENDEDORA DA ÁREA DE
TERRAS LOTEADA. PRELIMINAR ACOLHIDA.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA MUNICIPALIDADE.
EXEGESE DO ART. 40 DA LEI 6.766/79 E ART. 30, VIII DA
CF. ESTIPULAÇÃO DE PRAZO PARA CUMPRIMENTO DAS
OBRIGAÇÕES DE FAZER E IMPOSIÇÃO DE MULTA
ASTREINTES. PRECEDENTES DO STJ E DO TJRS.
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA ACOLHIDA DA
EMPRESA ARROZEIRA BRASILEIRA S/A E APELAÇÃO DO
MUNICÍPIO DESPROVIDA. SENTENÇA MODIFICADA, EM
PARTE, EM REEXAME NECESSÁRIO CONHECIDO DE
OFÍCIO. (Apelação Cível nº 70039578653, 1ª Câmara Cível do
TJRS, Rel. Jorge Maraschin dos Santos. j. 28.09.2011, DJ
07.10.2011).

Para arremate, outro não pode ser o entendimento em


relação à ilegitimidade do Requerido ____.

Ainda, vale ressaltar que o Requerido nunca realizou


Contrato Particular de Exploração Conjunta de Empreendimento
Imobiliário de Loteamento com a empresa ____ Ltda., tendo apenas
vendido para a Empresa ____ seu terreno.

Não há prova mais importante do que a própria declaração


da pessoa que comprou o lote, item 1 da Ação Civil Pública, sendo esta a
pessoa de ____, o qual, disse que comprou o lote da empresa ____.

O Requerido jamais manteve qualquer negócio com a


Empresa ____, apenas realizou a venda de seu terreno.
Assim, uma vez que a venda do imóvel é fato incontroverso
e, que o Requerido ____, também foi alvo das artimanhas do senhor ____,
representante legal da empresa ____, é que se deve impor a sua imediata
exclusão da lide.

É esta, a história relevante deste processo.

DO DIREITO
Resta ainda, apenas demonstrar a não participação do
Requerido ____ nos autos da Ação Civil Pública.

Fácil é demonstrar essa alegação:


Primeiro, porque fácil verificar através das declarações
colecionadas na própria Ação Civil Pública que o Requerido ____ não
participou de qualquer tipo de ato ilegal.

Segundo, porque a pessoa de ____ (item 1 - da Ação Civil


Pública), disse ter comprado o lote da Empresa ____;

Terceiro, porque a própria pessoa de ____, representante


legal da empresa ____, (item 9 - da Ação Civil Pública), disse que
ADQUIRIU O IMÓVEL DE ____, em 23 de outubro de 2002.

Disse ainda, que quando realizou a compra, tomou ciência


de que deveria executar as obras de infraestrutura, mas não tinha
condições financeiras para tanto.

Então, passou a vender os lotes para que com essa renda


pudesse executar o projeto e instalar a infraestrutura.

Vendeu cerca de 47 lotes. Contudo, apenas 29% dos


compradores quitaram seus contratos.
Quarto, porque da própria da própria liminar destes autos,
colhe-se, que a EMPRESA ____, implantou o loteamento"____" sobre o
imóvel matriculado sob n. ____ do _º Cartório de Notas e de Registro de
Imóveis de ____-UF, dando início à comercialização dos lotes sem o devido
registro.

Ora Excelência, se não houve Escrituração do Imóvel, foi por


culpa única e exclusiva da Empresa ____, realizada através do senhor ____,
o qual detinha poderes através de Procuração para efetuar a transferência
do Loteamento para seu nome ou de quem quisesse.

Somente pela declaração das pessoas de (____, ____ e ____),


constantes na Ação Civil Pública nos itens 01-09-10, fácil constatar, a
compra e a venda do loteamento, bem como quem é o loteador do terreno
vendido.

Importante destacar que desde o ano de ____, o terreno


encontra-se sob a posse de ____, representante legal da empresa ____.

O Requerido é autônomo vivendo de seu trabalho digno e


honesto, sendo totalmente isento no Imposto de Renda desde o ano de
_____, ou seja, desde a venda do seu único imóvel.

Assim, diante de todo exposto, pede deferimento.

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja de chofre recebido o presente


feito, determinando-se:

a) O recebimento da presente defesa a fim de que esta


produza seus jurídicos e legais efeitos;
b) O reconhecimento da Ilegitimidade de Parte Passiva, nos
termos do fundamentado acima, extinguindo-se, a presente demanda em
relação ao Requerido ____;

c) Requer a isenção da prestação de caução;

d) Requer sejam concedidos os benefícios da Assistência


Judiciária Gratuita;

e) Caso seja o entendimento de Vossa Excelência, requer o


exame de perícia técnica para o devido exame grafotécnico, que com
certeza comprovará que nunca existiu qualquer assinatura do Requerido
____ com a empresa ____ Ltda., no que se refere ao Contrato Particular de
Exploração Conjunta de Empreendimento Imobiliário de Loteamento,
demonstrando assim a sua não participação no negócio, bem como, sua
ilegitimidade passiva ad causam.

f) Protesta por todos os meios de prova, bem como, pela oitiva


de testemunhas, cujo rol será apresentado em Cartório na devida
oportunidade, caso não ocorra o julgamento antecipado da lide, com a
acolhida das preliminares arguidas nesta Contestação;

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.

____________, ___ de __________ de 20__.


____________
OAB-UF n°_____.

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