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SÃO PAULO – SP
Editora Instituto Água Sustentável
Julho/2018
COLETÂNEA DA LEGISLAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO BRASIL -
VOLUME 5: REGIÃO NORTE
1ª Edição
COLETÂNEA DA LEGISLAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO BRASIL
VOLUME 5: REGIÃO NORTE
SÃO PAULO – SP
Editora Instituto Água Sustentável
Julho/2018
Autores: Luciana Cordeiro de Souza Fernandes e Everton de Oliveira
_________________________________________
SOUZA-FERNANDES, Luciana Cordeiro de. OLIVEIRA, Everton
de. (Organizadores)
ISBN: 978-85-94189-14-1
1.Legislação Ambiental.
2. Águas subterrâneas
CDD -
1
Everton de Oliveira
2
AGRADECIMENTOS
Todo trabalho para ter êxito precisa de uma equipe e da colaboração de mãos
amigas:
À HIDROPLAN, nas pessoas dos seus sócios, por prover recursos para o
patrocínio dos trabalhos técnicos executados na diagramação e divulgação
desta Coletânea.
3
PRÓLOGO
4
Assim, de forma didática, apresentamos as leis das 27 UF, em 5 volumes
compreendendo as cinco regiões geográficas brasileiras, e, ao final, pudemos
perceber o quão desprotegidos estão nossos aquíferos em algumas localidades,
o quão necessário se faz integrar a gestão da água superficial à subterrânea, e
uma gestão adequada do solo para proteção dos aquíferos, mananciais
subterrâneos presentes em quase todo o território do país.
Desejamos que este material seja útil aos diversos profissionais da área,
e que esta publicização da informação de forma organizada, alcance a finalidade
da lei: oferecer proteção às águas subterrâneas do Brasil.
Luciana e Everton
5
PREFÁCIO
1 Kritik der reinen Vernunf, 1ª ed. (1781), p. 832 – apud Claus-Wilhelm CANARIS, Pensamento
sistemático e conceito de sistema na ciência do Direito, trad. port. de Antonio Menezes Cordeiro,
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989, p. 10.
2 Noberto BOBBIO, Teoria dell´Ordinamento Giuridico, Turim: G. Giappichelli Editore, 1960, p.
74 e ss.
3 Fabio Siebeneichler de ANDRADE, Da codificação – crônica de um conceito, Porto Alegre:
Livraria do Advogado Editora, 1997, p. 30. “O vocábulo código especializou-se como nome
de uma nova forma jurídico-organizatória concreta destinada a criar uma equilibrada ordem
de convivência encorajada pela afirmação do pensamento racionalista” (Mário Reis
MARQUES, Codificação e paradigmas da modernidade, Coimbra: Coimbra Editora, 2003, p. 5).
6
Além disso, apesar de vivermos época em que as informações estão
mais disponíveis, e até são excessivas, causando estresse, não é incomum que
a informação da qual se precisa é aquela que não sabemos que existe ou é a
que não se encontra disponível. Há normas que parecem se esconder. Esta
situação nos faz lembrar conhecido texto de Graciliano Ramos.
Este famoso escritor exerceu –- de forma dedicada e íntegra -- o cargo
de Prefeito do Município de Palmeira dos Índios, e, com a maestria de sua pena,
cumpriu a tarefa que, a princípio, seria apenas burocrática: elaborou famosos
Relatórios:
7
inutilizar para o uso ordinário, a água de poço ou fonte alheia, a elas
preexistentes” (art. 584).
O Código de Águas de 1934, que revogou os dispositivos dedicados às
águas do Código Civil, foi mais incisivo: “O dono de qualquer terreno poderá
apropriar-se por meio de poços, galerias, etc, das águas que existam debaixo da
superfície de seu prédio (...)” (art. 96), prevendo também condicionantes, como
a para evitar que o aproveitamento de águas subterrâneas prejudique ou diminua
as águas públicas, ou inutilize o uso ordinário da água alheia, aos moldes da
mencionada previsão do Código Civil de 1916.
Com a Constituição de 1988, os recursos hídricos foram todos
estatizados, sendo do domínio da União ou dos Estados.5 Importante entender
que recurso hídrico se distingue de água. O recurso hídrico é perene, alimentado
por correntes ou fontes de água, o que não acontece com a água que, muitas
vezes, foi dele extraída. Por isso que se inserem nos conceitos de recursos
hídricos os rios, lagos e as águas subterrâneas, mas não os integra a água que
compõe o corpo de uma pessoa ou, ainda, a água de lagos ou reservatórios
“situados e cercados por um só prédio particular que não sejam alimentados por
correntes públicas”.6
Em especial, a Constituição de 1988 atribuiu ao domínio dos Estados-
membros ou do Distrito Federal as águas subterrâneas (art. 26). Evidente que
as águas subterrâneas podem integrar aquíferos que se situam até para além
das divisas de um Estado, ou mesmo das fronteiras do país, mas o legislador
constitucional foi expresso em atribuir o seu domínio aos Estados-membros ou
ao Distrito Federal. Por mais estranho que possa parecer.
Disso deriva que a legislação sobre as águas subterrâneas é complexa,
porque deve atender as normas gerais fixadas pela Lei federal nº 9.433, de 8 de
5 Apesar de ser entendimento pacífico entre todos os que atuam na área ambiental e de recursos
hídricos, importante dizer que a atribuição do domínio dos recursos hídricos, pela Constituição
Federal de 1988, à União ou aos Estados ainda não foi bem compreendida por uma parte da
doutrina. Veja-se o caso de Marçal JUSTEN FILHO, que defende a existência de rios municipais no
Parecer que emitiu sobre o Projeto de Lei nº 5.296, de 2005, o qual deu origem à Lei federal nº
11.445, de 5 de janeiro de 2007 – Lei Nacional de Saneamento Básico (LNSB), parecer publicado
na Revista Jurídica da Presidência da República, vol. 7, nº 72 (2005), acessível em
https://revistajuridica.presidencia.gov.br/index.php/saj/issue/view/50/showToc (acesso em
30.3.2018), o trecho em que se defende a existência dos rios municipais se encontra na página 24
do Parecer.
6 Celso Antonio Bandeira de MELLO, Curso de Direito Administrativo, 28ª ed., S. Paulo: Malheiros,
2011, p. 926.
8
janeiro de 1997 – Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos e, ainda, a
disciplina específica, estabelecida por lei estadual.7
Pela importância da matéria, pode ocorrer que também na Constituição
Estadual existam dispositivos sobre as águas subterrâneas, pelo que devem ser
lidas as leis estaduais com muito cuidado, porque as normas constitucionais
estaduais sobre elas prevalecem. Afora isso, há as normas subalternas, como
as portarias, as resoluções e outras, não raro de difícil acesso, e que não são
compreendidas quando fora de seu contexto.
Conhecer a norma subalterna pode fazer toda a diferença, porque é
comum que esta norma seja a de domínio do técnico que irá apreciar o pleito
efetuado pelo cidadão ou pela empresa, sendo que, para tal técnico, muitas
vezes são desconhecidos os graves e pomposos princípios e conceitos
constitucionais ou legais que, teoricamente, seriam superiores e aos quais, em
um Estado de Direito, a Administração deve a mais estreita fidelidade. Por isso,
de nenhuma valia é a Constituição cujas normas e valores não se irradiem nas
prosaicas e fundamentais rotinas administrativas.
Foi necessário escavar profundamente, e nem sempre as profundezas
eram suficientemente iluminadas. Mas eis que brota esta coletânea de legislação
das águas subterrâneas, onde as normas sobre o tema estão reunidas e
organizadas. É um material rico, como as águas das quais fala!
7
No federalismo norte-americano uma determinada matéria ou é competência da União ou do
Estado-membro. Contudo, o sistema brasileiro é muito diferente, existindo hipóteses de
“condomínio legislativo”, em que uma matéria é disciplinada por lei federal nos aspectos de
normas gerais, que podem ser complementadas por normas suplementares editadas pelo Estado-
membro ou pelo Distrito Federal. No caso dos recursos hídricos, a Lei federal nº 9.433/97 possui
dispositivos que são normas gerais, que incidem sobre todos os recursos hídricos do país, e normas
específicas, que incidem apenas sobre os recursos hídricos de domínio da União – no caso de
recursos hídricos dos Estados-membros ou Distrito Federal, serão leis editadas por eles que irão
instituir as normas específicas. É um sistema complexo, de competência legislativa concorrente,
sendo a competência da União limitada às “normas gerais”, com nítida inspiração no texto
original da Grundgesetz alemã de 1949 – sobre o tema, v. Andreas KRELL, Leis de normas gerais,
regulamentação do Poder Executivo e cooperação intergovernamental em tempos de Reforma Federativa,
Belo Horizonte: Editora Fórum, 2008.
9
___________________________________
10
SUMÁRIO
ORGANIZADORES ............................................................................................ 1
AGRADECIMENTOS .......................................................................................... 3
PRÓLOGO.......................................................................................................... 4
PREFÁCIO ......................................................................................................... 6
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 12
2. PARÁ ......................................................................................................... 17
2.1. Lei n. 6.381, de 25 de julho de 2001.................................................... 17
2.2. Lei n. 6105, de 14 de janeiro de 1998 ................................................. 48
2.3. Decreto nº. 3060, de 26 de agosto de 1998 ........................................ 58
3. AMAZONAS ............................................................................................... 65
3.1. Lei n. 3.167, de 27 de agosto de 2007 ................................................ 65
3.2. Decreto n. 28.678, de 16 de junho de 2009....................................... 109
8. AMAPÁ..................................................................................................... 401
8.1. Lei n.0686, de 07 de junho de 2002 .................................................. 401
11
1. INTRODUÇÃO
8
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm, acesso em
24/12/2017.
12
(...)
9
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm, acesso em 24/02/2017.
10
Dispostos no artigo 1.º da Lei 9433/1997.
11
Dispostos no artigo 2º da Lei 9433/1997.
12
Dispostas nos artigos 3º e 4º da Lei 9433/1997.
13
Em nossa ultima pesquisa eram somente 10 UF que possuíam regulamentações especificas.
13
Cabe anotar ainda, que há dispositivos legais de amplitude nacional que
disciplinam sobre o tema, devendo ser observados na gestão da água
subterrânea dos estados e DF, como a Resolução CONAMA 396/200814 que
dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das
águas subterrâneas e dá outras providências; e a Portaria 2914, de 12/12/201115
do Ministério da Saúde, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de
vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade.
14
Disponível em http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=562, acesso em 24/02/2017.
15
Disponível em http://www.comitepcj.sp.gov.br/download/Portaria_MS_2914-11.pdf , acesso em 24/02/2017.
16
Projeto Sistema Aquífero Guarani – PSAG – para mais informações consulte:
http://www.ana.gov.br/bibliotecavirtual/arquivos/20100223172711_PEA_GUARANI_Port_Esp.pdf
17
Disponível em http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/acordo-sobre-o-aquifero-guarani
e/ou http://www.internationalwaterlaw.org/documents/regionaldocs/Guarani_Aquifer_Agreement-Portuguese.pdf ,
acesso em 20/02/2017.
18
Disponível em
http://legis.senado.leg.br/legislacao/ListaTextoSigen.action?norma=17688744&id=17688749&idBinario=17688753
&mime=application/rtf, acesso em 20/02/2017.
14
Figura 1: Mapa de localização do Aquífero Guarani
Fonte: Agência Nacional de Águas.
15
Após esta breve introdução, apresentaremos o arcabouço legal existente
sobre águas subterrâneas, a partir das regiões brasileiras, a seguir a região
Norte.
16
2. PARÁ
TÍTULO I
DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
CAPITULO I
DOS PRINCÍPIOS
17
e) considerar os aspectos econômicos, sociais e ambientais na utilização da
água no território do Estado do Pará.
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
III – a proteção das bacias hidrográficas contra ações que possam comprometer
o seu uso atual e futuro;
CAPITULO III
DAS DIRETRIZES DE AÇÃO
18
V – a compatibilização da gestão dos recursos hídricos com a do uso do solo;
19
CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS
HÍDRICOS
SEÇÃO I
Dos Planos de Recursos Hídricos
20
I – objetivos e diretrizes gerais visando ao aperfeiçoamento do Sistema de
Planejamento Estadual e Inter-regional de Recursos Hídricos;
VIII – propostas para a criação de áreas sujeitas à restrição de uso, com vistas
à proteção dos recursos hídricos;
XV – diretrizes para o transporte fluvial nos cursos de água onde haja tráfego de
embarcações;
21
XVI – estudos de gestão de águas subterrâneas, compreendendo a pesquisa, o
planejamento, o mapeamento da vulnerabilidade à poluição, a delimitação de
áreas destinadas a sua proteção, o controle e o monitoramento.
SEÇÃO II
Do Enquadramento dos Corpos de Água em Classes, segundo os Usos
Preponderantes da Água
SEÇÃO III
Da Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos
22
Art. 12. Estão sujeitos à outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes
usos dos recursos hídricos:
§2º A outorga de uso dos recursos hídricos deverá preservar o uso múltiplo
destes.
23
I – não-cumprimento, pelo outorgado, dos termos da outorga;
Art. 17. Nas outorgas de direito de uso de recursos hídricos, serão respeitados
os seguintes limites de prazos, contados da data de publicação dos respectivos
atos administrativos de autorização:
III – até trinta e cinco anos, para vigência da outorga de direitos de uso.
§3º. O prazo de que trata o inciso III poderá ser prorrogado pelo órgão gestor de
recursos hídricos, respeitando-se as prioridades estabelecidas nos Planos de
Recursos Hídricos.
24
Art. 18. O órgão gestor de recursos hídricos poderá emitir outorgas preventivas
de uso de recurso hídricos com a finalidade de declarar a disponibilidade de água
para os usos requeridos, observando o disposto no art. 13 da Lei Federal nº
9.433, de 1997.
Art. 20. O órgão gestor de recursos hídricos dará publicidade aos pedidos de
outorga de direito de uso de recursos hídricos, bem como aos atos
administrativos que deles resultarem, por meio de publicação na imprensa oficial
e em pelo menos um jornal de grande circulação do Estado do Pará.
Art.21. A outorga não implica a alienação parcial das águas, que são
inalienáveis, mas no simples direito de uso.
25
Art.23. O órgão gestor de recursos hídricos poderá outorgar o direito de uso de
recursos hídricos em rios federais, uma vez que haja delegação da União.
SEÇÃO IV
Da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos
26
II – nos lançamentos de esgotos domésticos e demais efluentes líquidos ou
gasosos, o volume lançado e seu regime de variação e as características físico-
químicas, biológicas e de toxicidade do efluente;
§ 10. – Os fatores referidos neste artigo poderão ser utilizados, para efeito de
calculo, de forma isolada, simultânea, combinada ou cumulativa, observado o
que dispuser o regulamento.
Art. 26. – A cobrança pelo uso de recursos hídricos não recairá sobre os usos
considerados insignificantes, nos termos do regulamento.
Art. 28. – Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos
serão aplicados, prioritariamente, na bacia hidrográfica em que foram gerados e
serão utilizados:
27
SEÇÃO V
Da Compensação a Municípios
SEÇÃO VI
Do Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos
Art. 30º. O Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos tem por
finalidade a coleta, o tratamento, o armazenamento e a disseminação de
informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão,
devendo ser compatibilizado com o Sistema Nacional de Informação sobre
Recursos Hídricos, de acordo com o previsto na Lei Federal nº 9.433, de 1997.
28
SEÇÃO VII
Da Capacitação, Desenvolvimento Tecnológico e Educação Ambiental
Art. 36. A implementação dos programas deverá ser feita pela Agência de Bacia,
sob a supervisão e fiscalização do respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica.
Art. 37. As atividades previstas nos programas poderão ser implementadas por
entidades públicas e privadas com interesse na área de recursos hídricos, nas
respectivas bacias hidrográficas.
29
CAPITULO V
DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MÚLTIPLO DE INTERESSE
COMUM OU COLETIVO
CAPITULO VI
DA AÇÃO DO PODER PÚBLICO
30
III – outorgar os direitos de uso de recursos hídricos, regulamentar e fiscalizar os
usos no âmbito de sua competência;
Art. 40. O Poder Executivo Estadual se articulará com os Municípios, por meio
dos Comitês de Bacia Hidrográfica, com a finalidade de promover a integração
das políticas locais de saneamento básico, de uso, ocupação e conservação do
solo e do meio ambiente com as políticas federal e estadual de recursos hídricos.
TÍTULO II
DO SISTEMA ESTADUAL DE GERENCIAMENTO DOS RECURSOS
HÍDRICOS
31
IV – planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos
recursos hídricos;
IV – as Agências de Bacias;
CAPÍTULO I
DO CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
32
II – deliberar sobre projetos de aproveitamento dos recursos hídricos cujas
repercussões extrapolem a área de atuação de um Comitê de Bacia
Hidrográfica;
III – deliberar sobre questões que lhe tenham sido encaminhadas pelos Comitês
de Bacias Hidrográficas;
33
Art. 45. O Conselho Estadual de Recursos Hídricos será presidido pelo titular da
Secretaria Especial de Estado de Produção.
CAPÍTULO II
DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS
HÍDRICOS
CAPÍTULO III
DOS COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
34
II – a sub-bacia hidrográfica de tributário do curso de água principal da bacia ou
de tributário desse tributário;
35
§ 5º. A somatória dos representantes dos usuários deverá ser igual a quarenta
por cento do total de membros.
VII – estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo
de interesse comum e coletivo;
36
IX – propor ao órgão competente o enquadramento dos corpos de água da bacia
hidrográfica, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Estadual
de Recursos Hídricos;
Art. 53. Das decisões dos Comitês de Bacias Hidrográficas caberá recurso ao
Conselho Estadual de Recursos Hídricos.
CAPÍTULO IV
AGÊNCIAS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
37
Parágrafo único. As Agências de Bacia deverão ser constituídas,
preferencialmente, com natureza jurídica de fundação, devendo constar de seus
estatutos que a entidade não tem fins lucrativos, que sua existência é por prazo
indeterminado e sem prejuízo do disposto no art. 44 da Lei no 9.433, de 1997.
38
XII – analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem custeados
com recursos gerados pela cobrança pelo uso de recursos hídricos;
c)os planos de aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso
dos recursos hídricos;
Art. 57. A criação de Agência de Bacia será autorizada pelo Conselho Estadual
de Recursos Hídricos, mediante solicitação de um ou mais Comitês de Bacia
Hidrográfica, ficando condicionada ao atendimento do seguinte requisitos:
39
I – prévia existência do respectivo ou respectivos Comitê de Bacia Hidrográfica;
CAPÍTULO V
DAS ORGANIZAÇÕES CIVIS DE RECURSOS HÍDRICOS
Art. 59. São consideradas, para os efeitos desta Lei, organizações civis de
recursos hídricos;
40
CAPÍTULO VI
DA PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NA GESTÃO DE RECURSOS
HÍDRICOS
TÍTULO III
DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Art. 64. Para efeito desta Lei, são consideradas águas subterrâneas as que
ocorrem natural ou artificialmente no subsolo, de forma suscetível de extração e
utilização.
Art. 66. Para fins desta Lei, as áreas de proteção e controle dos aquífero
classificam-se em:
41
I – Área de Proteção Máxima – compreendendo, no todo ou em parte, zonas de
recarga de aquífero altamente vulneráveis à poluição e que se constituam em
depósitos de águas essenciais para o abastecimento público;
Art. 68. Nos casos de escassez de água subterrânea ou de prejuízo sensível aos
aproveitamentos existentes nas Áreas de Proteção Máxima, o órgão gestor dos
recursos hídricos do Estado poderá:
Art. 69. Nas Áreas de Restrição e Controle, quando houver escassez de água
subterrânea ou prejuízo sensível aos aproveitamentos existentes, poderão ser
adotadas as medidas previstas no artigo anterior.
Art. 70. Nas Áreas de Proteção de Poços e Outras Captações será instituído um
perímetro imediato de proteção sanitária, abrangendo raio de dez metros, a partir
42
do ponto de captação, cercado e protegido, devendo seu interior estar
resguardando da entrada ou infiltração de poluentes.
Art. 72. Os poços jorrantes deverão ser dotados de dispositivos que impeçam o
desperdício da água ou eventuais desequilíbrios ambientais.
Art. 75. Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênios com outros
Estados, relativamente aos aquífero também a eles subjacentes, objetivando
estabelecer normas e critérios que permitam o uso harmônico e sustentável das
águas subterrâneas.
43
TÍTULO IV
DAS FISCALIZAÇÃO, INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 79. Fica assegurado aos agentes credenciados da fiscalização o livre acesso
aos locais em que estiverem situadas as obras de captação de águas
subterrâneas e onde estiverem sendo executadas quaisquer atividades que, de
alguma forma, possam afetar os aquíferos.
Art. 81. Constitui infração das normas de utilização dos recursos hídricos
superficiais, meteóricos e subterrâneos, emergentes ou em depósitos:
44
II – iniciar a implantação ou implantar empreendimentos relacionados com a
derivação ou utilização de recursos hídricos superficiais, subterrâneos e
meteóricos que implique alterações no regime, quantidade ou qualidade dos
membros, sem a autorização dos órgãos ou entidades competentes;
45
I – advertência por escrito, na qual serão estabelecidos prazos para correção
das irregularidades;
§ 2º. No caso dos incisos III e IV, independentemente da pena de multa, serão
cobrados do infrator as despesas em que incorrer a Administração para tornar
efetivas as medidas previstas nos citados incisos, na forma dos Arts. 36, 53, 56
e 58 do código de Águas, sem prejuízo de responder pela indenização dos danos
a que der causa.
Art. 83. Em decorrência dos critérios, padrões e normas, previstos nesta Lei,
incidem sobre a exploração, dos recursos hídricos as normas constantes do seu
decreto regulamentador e das resoluções do Conselho Estadual de Recursos
Hídricos
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
46
Art. 85. Fica o Poder Executivo Estadual autorizado a celebrar convênios com
os Estados vizinhos para a proteção e administração dos aquífero comuns.
Art. 86. Fica revogada a Lei n.º 5.796, de 4 de janeiro de 1994, no que se refere
às normas de Política Estadual de Recursos Hídricos e às funções do Conselho
Consultivo de Política Hídrica e Minerária, inerentes aos recursos hídricos.
Almir Gabriel
Governador do Estado
19
Disponível em: http://www.sema.pa.gov.br/cedoc/download/recursos%20hidricos.pdf
47
2.2. Lei n. 6105, de 14 de janeiro de 1998
CAPÍTULO I
DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, SUA CONSERVAÇÃO E PROTEÇÃO
SEÇÃO I
Das Disposições Preliminares
48
§ 1º – Os resíduos líquidos, sólidos ou gasosos, provenientes de atividades
agropecuárias, industriais, comerciais, minerais ou de qualquer outra natureza,
só poderão ser armazenados ou lançados de forma a não poluírem as águas
subterrâneas.
SEÇÃO II
Da Outorga Administrativa
49
Art.9 – A outorga administrativa do uso das águas subterrâneas levará em conta
as características hidrogeológicas dos diversos aquífero susceptíveis de
exploração no Estado do Pará.
5. não ceder a água captada a terceiros, com ou sem ônus, sem a prévia
anuência da autoridade outorgante;
50
Parágrafo Único – O exercício do direito de uso das águas subterrâneas será
sempre condicionado à disponibilidade existente.
SEÇÃO III
Do Licenciamento para Execução
51
Art.18 – A captação de água subterrânea através de poços tubulares deverá ser
efetuada de acordo com as normas técnicas específicas adotadas pelo órgão
gestor e será subordinada à existência de condições naturais que não venham
a ser comprometidas, quantitativa ou qualitativamente, pela exploração
pretendida, cabendo a este definir tais condições, em cada local solicitado.
SEÇÃO IV
Do Licenciamento de Explotação
Parágrafo único – Para que o órgão gestor possa fiscalizar a explotação, obriga-
se o licenciado a instalar e manter um hidrômetro na tubulação de saída do poço.
CAPÍTULO II
DA GESTÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
SEÇÃO I
Do Órgão Gestor
52
1. avaliar as potencialidades e disponibilidades de águas subterrâneas, bem
como planejar o seu aproveitamento racional.
SEÇÃO II
Do Cadastramento de Poços
SEÇÃO III
Da Fiscalização
Art.27 – Fica assegurado aos agentes credenciados o livre acesso aos locais em
que estiverem situadas as obras de captação de águas subterrâneas e onde
estiverem sendo executadas quaisquer outras atividades que, de alguma forma,
venham a afetar os aquíferos.
53
Parágrafo Único – Para garantir o exercício das suas funções, os agentes
credenciados poderão requisitar força policial.
SEÇÃO IV
Das Sanções
Art.30 – O descumprimento das disposições contidas nesta Lei, nos
regulamentos ou normas dela decorrentes sujeitará o infrator às seguintes
penalidades, aplicáveis pelo órgão gestor, sem prejuízo das ações penais
cabíveis:
2. multa;
4. interdição;
5. revogação da outorga;
54
7. embargo;
8. demolição;
9. obstrução do poço.
Parágrafo Único – As sanções previstas nos incisos III e IV poderão ser aplicadas
sem prejuízo daquela constante do inciso II.
3. os antecedentes do infrator;
55
3. utilização das águas para fins diversos dos da outorga;
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art.37 – Fica criado um fundo específico, a ser administrado pelo órgão gestor,
para atender às despesas de gerenciamento dos recursos hídricos subterrâneos.
Art.38 – A receita do fundo de que trata o artigo anterior será oriunda da cobrança
do licenciamento de obras de captação, das multas aplicadas e de qualquer
outro tipo de receita destinada àquele fim.
56
Art.42 – Esta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo no prazo máximo de
180 (cento e oitenta) dias contados da data de sua publicação, inclusive no
tocante à expedição, pelo órgão gestor, da Licença de Execução e da Licença
de Explotação.
Almir Gabriel
Governador do Estado
20
Disponível em: https://www.semas.pa.gov.br/1998/01/14/9750/
57
2.3. Decreto nº. 3060, de 26 de agosto de 1998
DECRETA:
CAPÍTULO I
DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, SUA CONSERVAÇÃO E PROTEÇÃO.
SEÇÃO I
Das Disposições Preliminares
SEÇÃO II
Das Definições
58
4. Poço ou obra de captação: qualquer obra, sistema, processo, artefato ou sua
combinação, empregado pelo homem com o fim principal ou incidental de extrair
água subterrânea;
7. Poço jorrante: poço tubular cujo nível de água eleva-se acima da superfície
do solo;
59
SEÇÃO III
Da Outorga Administrativa
Art. 9 – Se, durante três anos consecutivos, o titular deixar de fazer uso das
águas subterrâneas, conforme outorga, sua concessão será declarada caduca,
salvo justificativa a ser apreciada pela SECTAM.
60
SEÇÃO IV
Do Licenciamento para Execução
Art. 16 – Caberá à SECTAM definir, para cada local solicitado, com base em
seus estudos já realizados, os critérios qualitativos e quantitativos para a
explotação pretendida.
SEÇÃO V
Do Licenciamento de Explotação
CAPITULO II
DA GESTÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
SEÇÃO I
Do Órgão Gestor
61
Art. 20 – A SECTAM elaborará um plano quadrienal de aproveitamento racional
das águas no Estado do Pará.
SEÇÃO II
Do Cadastramento de Poços
SEÇÃO III
Da Fiscalização
62
Art. 28 – A SECTAM normatizará as funções fiscalizadoras de que trata o art. 28
e seus incisos da Lei No 6.105, de 14 de janeiro de 1998
SEÇÃO IV
Das Sanções
CAPITULO III
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
MANUAL DE OUTORGA22
21
Disponível em: https://www.semas.pa.gov.br/1998/08/26/9638/
22
Disponível em: http://seirh.semas.pa.gov.br/index.php/biblioteca/manualoutorga.html
63
Palácio do Governo, 4 de setembro de 1998.
Almir Gabriel
Governador do Estado
64
3. AMAZONAS
TÍTULO I
DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
CAPÍTULO I
DOS FUNDAMENTOS
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das
águas;
65
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
66
CAPÍTULO III
DAS DIRETRIZES GERAIS DE AÇÃO
VII - a garantia e a proteção dos corpos hídricos, das nascentes e das áreas
de influência, em especial, pelo estabelecimento de zonas sujeitas a
restrições de uso, disciplinando e controlando, entre outras atividades, a
extração de recursos ambientais;
67
XI - a aplicação de programas de desenvolvimento e capacitação dos
recursos humanos para o setor hídrico, executados em cooperação com
universidades, escolas profissionalizantes, organismos de desenvolvimento
regionais, institutos tecnológicos e de pesquisas, entidades de classe e
organizações não-governamentais;
68
CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS
SEÇÃO I
Do Plano Estadual de Recursos Hídricos
69
com vistas à formação de um juízo prévio das condições ambientais das bacias
correspondentes.
II - tratados internacionais;
VII - diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos;
70
XII - compatibilização das questões interbacias com o desenvolvimento
integrado entre as unidades hidrográficas;
XVII - diretrizes para a proteção das áreas marginais de rios, lagos e demais
corpos de água;
Art. 8° Para fins de gestão dos recursos hídricos será promovida, nos termos de
Regulamento, a divisão do território do Estado do Amazonas, consideradas as
suas bacias hidrográficas.
SEÇÃO II
Dos Planos de Bacias Hidrográficas
71
I - as caracterizações socioeconômica e ambiental da bacia;
72
XIV - as medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos
a serem implantados para o atendimento de metas previstas;
XVII - as diretrizes e critérios para cobrança pelo direito de uso dos recursos
hídricos;
V - programas setoriais;
73
§ 2° Os Planos de Utilização de Recursos Hídricos Subterrâneos terão por
finalidade a utilização racional de depósitos naturais de águas subterrâneas do
Estado e o estabelecimento de diretrizes de proteção dos aquífero subterrâneos,
em conformidade com seu regulamento.
SEÇÃO III
Do Enquadramento dos Corpos de Água em Classes, segundo os Usos
Preponderantes da Água
SEÇÃO IV
Da Outorga de Direitos de Uso de Recursos Hídricos
Art. 15. O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como
objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o
efetivo exercício dos direitos de acesso à água, bem como garantir a
sobrevivência de espécies da fauna e flora estaduais.
Art. 16. Estão sujeitos à outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes
usos de recursos hídricos:
74
II - extração de água de aquífero subterrâneo para quaisquer consumos,
inclusive abastecimento público ou insumo de processo produtivo;
75
III - toda outorga está condicionada às prioridades de uso estabelecidas no Plano
Estadual de Recursos Hídricos, devendo respeitar:
V - a outorga, que deverá preservar o uso múltiplo dos recursos hídricos, tem
caráter singular e personalíssimo, vedada a mudança de sua finalidade e dos
lugares especificados nos respectivos atos concessivos;
VI - a outorga não implica alienação parcial das águas, que são inalienáveis, mas
o seu direito de uso, podendo ser revogada a qualquer tempo, se assim impuser
o interesse público;
76
II - em águas subterrâneas, de quaisquer poluentes.
Art. 20. Sem prejuízo do que for estabelecido no ato específico, constituem
obrigações dos titulares de outorgas:
77
II - a suspensão, pelo outorgado, do uso da derivação por 02 (dois) anos
consecutivos;
III - caducidade;
VIII - quando o uso da água for considerado inadequado para atender aos
compromissos com as finalidades sociais e econômicas, de acordo com os
critérios estabelecidos em Regulamento.
78
SEÇÃO V
Da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos e da Aplicação dos Valores
da Arrecadação
Art. 25. Na fixação dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos
sujeitos a outorga, nos termos do artigo 21 desta Lei, devem ser observados,
dentre outros, os seguintes parâmetros:
a) a finalidade;
d) o consumo efetivo;
e) a sazonalidade;
g) o risco de contaminação;
79
c) a classe de uso preponderante do corpo receptor;
Parágrafo único. O pagamento pelo uso das águas para fins previstos no inciso
II deste artigo não desobriga o usuário do cumprimento das normas e dos
padrões exigidos no respectivo licenciamento ambiental.
Art. 26. Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos
serão aplicados prioritariamente na bacia hidrográfica em que foram gerados e
serão utilizados:
Art. 28. O preço público cobrado pelo uso dos recursos hídricos será calculado
com base na vazão máxima outorgada, ou na quantidade estabelecida em título,
pelo outorgado/usuário, conforme critérios complementares e periodicidades
definidos pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos, com o auxílio técnico
específico, em função dos usos específicos e mediante a utilização da fórmula
PPu= (PP x Vef).
80
§ 1°O valor do preço público da outorga pelo uso de hidrovia para transporte
será calculado com base na alínea “o” do Anexo Único desta Lei, e na fórmula
PPu = (PP x Mn x Cb).
II - PP = preço padrão;
IV - Mn = Milhas náuticas;
Art. 29. Para fins de cálculo do preço público, o valor de PP sofrerá variação
entre as bacias hidrográficas e em função dos seguintes usos dos recursos
hídricos:
I - abastecimento público:
a) na região metropolitana;
II - piscicultura:
a) em tanques escavados;
b) em tanques rede;
c) em canal de igarapé;
d) em barragem;
III - indústria;
81
V - aproveitamento de potenciais hidrelétricos e termelétricos;
Art. 30. O volume mensal de água bruta consumido pelos usuários será o
elemento constitutivo fundamental para efeito de cobrança do preço público,
tanto na captação de água superficial quanto subterrânea.
§ 1° O preço público pelo uso dos recursos hídricos deverá ser calculado através
dos seguintes métodos:
82
§ 2° O instrumento de medição, de instalação obrigatória, será custeado pelo
usuário, atendidas as orientações e normas técnicas estabelecidas pelo
outorgante.
Art. 31. A cobrança mensal do preço público pelo uso dos recursos hídricos será
efetivada pelo outorgante, mediante guia de recolhimento ou outro documento
definido em Regulamento, aplicando-se ao outorgado, em caso de
inadimplência, as seguintes regras:
83
SEÇÃO VI
Do Fundo Estadual de Recursos Hídricos
Art. 32. O Fundo Estadual de Recursos Hídricos, instituído pela Lei n°2.712, de
28 de dezembro de 2001, para suporte financeiro da Política Estadual de
Recursos Hídricos e das ações dos componentes do Sistema Estadual de
Gerenciamento dos Recursos Hídricos, rege-se pelas normas estabelecidas
nesta Lei e em seu Regulamento e pela legislação aplicável.
84
V - os empréstimos e outras contribuições financeiras de entidades nacionais e
internacionais;
85
II - compensação aos Municípios que tenham restrições ao seu
desenvolvimento, em razão de normas de proteção de mananciais, decorrentes
da aplicação desta Lei, mediante a realização de programas de desenvolvimento
que se pretendem estabelecer, compatíveis com a proteção;
III - compensação aos Municípios que tenham áreas inundadas por reservatórios
construídos pelo Estado, desde que não-beneficiados pelo empreendimento,
mediante a realização de programas de desenvolvimento desses Municípios,
compatíveis com a proteção desses reservatórios;
Parágrafo único. Serão despendidos até 7,5% (sete e meio por cento) dos
recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos com despesas de custeio e
pessoal, destinando-se o restante, obrigatoriamente, para a efetiva elaboração
de projetos e execução de obras e serviços do Plano Estadual de Recursos
Hídricos
86
II - até 50% (cinquenta por cento) da arrecadação a que se refere o inciso
anterior, poderão ser aplicados em outras bacias hidrográficas, desde que em
atividades que beneficiem a bacia geradora do recurso, com prévia aprovação
do respectivo Comitê de Bacias Hidrográficas;
SEÇÃO VII
Do Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos
87
III - o Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos operará de
modo descentralizado, sendo acessível a todos os interessados em
planejamento, gestão ou uso dos recursos hídricos.
SEÇÃO VIII
Do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Amazonas
88
II - a classe de uso preponderante a ser definida para o curso de água deverá
ser compatível com a aptidão de uso do solo definida pelo Zoneamento
Ecológico-Econômico, ou qualitativamente superior.
SEÇÃO IX
Do Plano Ambiental do Estado do Amazonas
89
CAPÍTULO V
DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Art. 48. Em caso de risco de escassez das águas subterrâneas ou sempre que
o interesse público o exigir e sem que assista ao outorgado direito a indenização
a qualquer título, a autoridade outorgante poderá:
90
Art. 49. A captação de água subterrânea estará subordinada à existência de
condições naturais que não venham a ser comprometidas, quantitativa ou
qualitativamente, pela explotação pretendida.
Art. 51. O Poder Público instituirá, sempre que necessário, áreas de proteção
aos locais de extração de águas subterrâneas, com a finalidade de possibilitar a
preservação dos aspectos físico-químicos do aquífero e promover seu
aproveitamento racional.
91
CAPÍTULO VI
DA AÇÃO DO PODER PÚBLICO
TÍTULO II
DO SISTEMA ESTADUAL DE GERENCIAMENTO DOS RECURSOS
HÍDRICOS
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS E DA COMPOSIÇÃO
92
V - promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.
93
SEÇÃO I
Do Conselho Estadual de Recursos Hídricos
94
SUBSEÇÃO ÚNICA
Da Secretaria Executiva do Conselho Estadual de Recursos Hídricos
SEÇÃO II
Do Órgão Gestor
95
VII - exercer outras ações, atividades e funções estabelecidas em lei,
regulamento ou decisão do Conselho Estadual de Recursos Hídricos,
compatíveis com a gestão de recursos hídricos;
96
XIX - promover a capacitação de recursos humanos para o planejamento e
gerenciamento de recursos hídricos da bacia hidrográfica;
SEÇÃO III
Do Órgão Executor
III - aplicar penalidades por infrações previstas nesta Lei, em seu regulamento e
nas normas deles decorrentes, inclusive as originárias de representação formal,
subscritas por unidades executivas descentralizadas;
97
X - exercer o controle do uso da água, bem como proceder à correção de
atividades degradantes dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos do
Estado;
98
SEÇÃO III
Dos Comitês de Bacia Hidrográfica
VII - estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo,
de interesse comum ou coletivo.
99
II - sub-bacia hidrográfica de tributário do curso de água principal da bacia, ou
de tributário desse tributário; ou
Art. 66. Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de
atuação:
100
IV - usuários das águas, representados por entidades associativas comunitárias,
cooperativas ou empresariais;
IV - poderão participar e intervir, sem direito a voto, nas reuniões dos Comitês,
representantes credenciados de órgãos públicos federais de cujas atividades
resulte interesse na respectiva bacia.
TÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO E DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
CAPÍTULO I
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 68. A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas nesta Lei será
exercida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas – IPAAM,
e não inibe a apuração de infrações ambientais, se for o caso.
101
Parágrafo único. Ato da Presidência do IPAAM promoverá a disciplina da
documentação e dos procedimentos necessários ao exercício da fiscalização
prevista nesta Lei.
CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES
Art. 70. As infrações às disposições desta Lei, de seu Regulamento, bem como
das normas, padrões e exigências técnicas serão, a critério da autoridade
pública competente, classificadas em leves, graves e gravíssimas.
Parágrafo único. Responderá pela infração quem por qualquer modo a cometer,
concorrer para sua prática ou dela se beneficiar.
102
VII - perfurar poços para extração de água subterrânea ou operá-los sem a
devida autorização;
CAPÍTULO III
DAS PENALIDADES
103
VI - embargo definitivo, com revogação da outorga, se for o caso, para repor
incontinenti, ao seu antigo estado, os recursos hídricos, leitos e margens, nos
termos dos artigos 57 e 58 do Código de Águas, ou tamponar os poços de
extração de água subterrânea.
a) a inexistência de dolo;
V - a multa diária será aplicada quando a irregularidade não for sanada dentro
do prazo concedido para sua correção e não ultrapassará o valor correspondente
ao dobro da multa aplicada.
104
aplicar nova advertência, ainda que outras penalidades já tenham sido impostas
ao infrator.
Art. 76. Aplicada a multa simples, ficará o infrator sujeito à aplicação de multa
diária correspondente a 5% (cinco por cento) do valor da multa anteriormente
aplicada, enquanto permanecer incorrendo na mesma falta, adotando-se os
seguintes procedimentos:
Art. 77. Haverá reincidência se, entre a infração cometida e a anterior, não
houver decorrido o prazo máximo de 03 (três) anos, caso em que será aplicada
multa em valor correspondente ao dobro da multa anterior.
105
Art. 79. Não ocorrerá o embargo definitivo do uso se as partes interessadas
chegarem a consenso de alternativa que compatibilize a captação ou uso de
águas com os interesses e exigências da gestão dos Recursos Hídricos.
Art. 80. Além das penalidades estabelecidas nesta Lei e daquelas previstas na
legislação ambiental, o infrator responderá ainda, quando cabível, civil e
criminalmente, por ações ou omissões que envolvam recursos hídricos do
Estado do Amazonas.
§ 2° Os recursos remetidos por via postal deverão ser registrados com Aviso de
Recebimento e encaminhados ao IPAAM dentro do prazo legal, valendo para
este efeito o comprovante do AR.
Art. 82. Sem prejuízo das demais penalidades, poderá ser determinada pelo
Governador do Estado, mediante representação do IPAAM, a perda ou redução
de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público estadual, em caráter geral
ou condicional, observada a legislação específica, bem como a perda ou
suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos
oficiais do Estado, a qualquer usuário que não esteja adequado às exigências
estabelecidas nesta Lei.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
106
Hídricos, ações e medidas necessárias ao controle do uso dos recursos hídricos
da bacia hidrográfica correspondente.
107
Art. 88. Para a fiel execução do disposto nesta Lei, serão editados seu
Regulamento, aprovado por ato do Chefe do Poder Executivo, e Instruções
Normativas pelo Conselho Estadual de Recursos Humanos e pela Secretaria de
Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS.
23
Disponível em: http://www.ipaam.am.gov.br/arquivos/download/arqeditor/AMAZONAS_Lei
_3167_2007_Reformula_Politica_Estadual_Recursos(1).pdf
108
3.2. Decreto n. 28.678, de 16 de junho de 2009
DECRETA:
TÍTULO I
DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
CAPÍTULO I
DOS FUNDAMENTOS
109
SEÇÃO I
DAS DEFINIÇÕES
III – água bruta: água de uma fonte de abastecimento, como rio, lago,
reservatório ou aquífero, antes de receber qualquer tratamento, e destinada a
múltiplos usos. O mesmo que água in natura;
110
XI – área de recarga: local ou área onde a água passa da superfície do terreno
para o interior do solo, indo alcançar a zona saturada; área onde ocorre
infiltração capaz de alimentar o aquífero.
XVI – efluente estável: despejo líquido tratado, que contém oxigênio suficiente a
sua demanda de oxigênio;
111
XXII – poço tubular: obra de captação subterrânea, executada mediante
perfuração vertical, geralmente mecanizada, de forma cilíndrica, seguindo as
normas da ABNT;
XXIV – poço artesiano jorrante: poço artesiano que capta água de um aquífero
confinado, cuja pressão é suficiente para fazê-la subir acima da superfície do
solo;
XXV – poço freático: poço que capta água de um aquífero livre ou freático;
112
XXXII – reutilização da água: é o processo de captação de água e após ser
usada e tratada, retorne ao corpo hídrico para uso posterior com condições de
uso;
XXXIV - usuário: aquele que utiliza os recursos hídricos, tais como: sistema de
captação de água superficial e subterrânea; tratamento de água; o que gera
efluentes, originadas pela atividade humana, agropecuária, industrial, comercial,
mineral, doméstico ou de qualquer outra natureza; proprietário ou detentor de
áreas destinadas a depósito, armazenamento de resíduos agropecuários,
industriais, comerciais, minerais, domésticos ou de qualquer outra natureza; ou
ainda, área destinada à balneabilidade ou aquele que utiliza as águas
superficiais como meio de transporte por navegação e o que utiliza as águas
superficiais como meio de lazer.
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES
113
CAPÍTULO III
DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
CAPÍTULO IV
DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO
SEÇÃO I
Do Estabelecimento de Áreas de Proteção
114
II - Características hidrogeológicas locais e sua inserção no contexto regional;
SEÇÃO II
Da Classificação das Áreas de Proteção
115
SEÇÃO III
Das Áreas de Proteção Máxima
SEÇÃO IV
Das Áreas de Restrição e Controle
SEÇÃO V
Das Áreas de Proteção de Poços e Outras Captações Subterrâneas
SEÇÃO VI
Das Áreas do Entorno
116
§ 2º - A zona de contribuição (ZC) é a área de recarga associada ao ponto de
captação (fonte ou poço), delimitada pelas linhas de fluxo que convergem a este
ponto.
CAPÍTULO V
DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
117
Parágrafo único – Na gestão das águas superficiais sempre serão levadas em
consideração sua interconexão com as águas subterrâneas e as interações
observadas no ciclo hidrológico.
CAPÍTULO VI
PROCEDIMENTOS
SEÇÃO I
Da Autorização Prévia
Art. 20 – Deverá ser feita consulta prévia ao IPAAM para qualquer obra de
captação de água superficial ou subterrânea, incluídas em projetos, estudos e
pesquisa, que poderá conceder autorização prévia ou não, de acordo com
parecer técnico e legal.
Parágrafo Único – A consulta prévia deverá ser efetuada por escrito, na sede do
IPAAM ou, quando houver convênio com órgão situado na bacia hidrográfica em
que estiver localizado o aproveitamento. Os documentos poderão ser
protocolizados nesse órgão que os encaminhará ao IPAAM no prazo de 05
(cinco) dias úteis.
a. abastecimento público;
c. projetos de irrigação;
118
d. projetos de assentamentos rurais;
e. condomínios;
f. loteamentos;
g. shopping center;
h. hotéis e similares;
i. lavanderias;
j. lavagem de veículos;
k. prédios comerciais;
m. projetos de aquicultura;
n. indústrias e agroindústrias;
r. Parques aquáticos;
s. Frigoríficos e Abatedouros;
119
Art. 23 - Os valores referentes aos custos de análise e expedição de autorizações
de uso dos recursos hídricos pelo IPAAM deverão ser recolhidos junto aos
bancos credenciados, em conta bancária especifica e apresentada uma via
quando dos procedimentos relativos à consulta previa junto àquele órgão.
SEÇÃO II
Do Cadastro
Art. 26 – Toda empresa que tenha como atividade a perfuração de poços deverá,
no prazo de 90 (noventa) dias da publicação deste Decreto, requerer seu
cadastramento no IPAAM e para isso deverá possuir responsável técnico,
devidamente habilitado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia – CREA e cadastrado no IPAAM.
120
SEÇÃO III
Da Captação
SUBSEÇÃO I
Águas Subterrâneas
SUBSEÇÃO II
Das Escavações, Sondagens ou Obras
121
Parágrafo único - O usuário de obras de captação de águas deve operá-la em
condições adequadas, de modo a assegurar a capacidade do manancial e evitar
o desperdício de água, podendo o IPAAM exigir a reparação das obras e das
instalações e a introdução de melhorias.
SUBSEÇÃO III
Águas Superficiais
SUBSEÇÃO IV
Da Disposição de Resíduos no Solo
122
§ 3º - Se houver alteração comprovada acima do limite previsto em legislação
pertinente, que comprometa a qualidade dos corpos d’águas, por ele causada, o
responsável pelo empreendimento deverá executar as obras necessárias para a
sua recuperação.
CAPÍTULO VII
DOS TRANSPORTES DE ÁGUA
CAPÍTULO VIII
DOS EFLUENTES
123
Parágrafo único – Os efluentes de que trata este artigo não poderão conferir ao
corpo receptor, características em desacordo com os critérios e padrões legais
de qualidade das águas.
Art. 40 – Fica vedada a diluição dos efluentes líquidos com águas não poluídas
ou outras que possam vir a ter sua composição alterada.
SEÇÃO I
Do Cadastro
124
§ 1º - O cadastramento deverá ser efetuado por escrito, em modelo próprio
definido pelo IPAAM ou, quando houver convênio com órgão situado na bacia
hidrográfica em que estiver localizado o empreendimento, os documentos
poderão ser protocolizados nesse órgão que os encaminhará ao IPAAM no prazo
de 30 (trinta) dias úteis.
CAPÍTULO IX
DOS TRANSPORTES DE EFLUENTES
125
Art. 48 – As análises a serem apresentadas deverão ser feitas por laboratórios
cadastrados no IPAAM e seu responsável devidamente cadastrado no Conselho
de Classe competente e no IPAAM, apresentando a devida ART.
CAPÍTULO X
DA OUTORGA
SEÇÃO I
Da Outorga e suas Modalidades
SEÇÃO II
Disposições Gerais
Art. 52 - Estão sujeitos à outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes
usos de recursos hídricos:
126
a) Abastecimento Industrial: uso em empreendimentos industriais,
sanitários, de processo, incorporação a produtos, refrigeração, geração de
vapor, combate a incêndios, e similares;
a) Obras hidráulicas:
a.3.1 – aéreas:
127
3) dutos utilizados em saneamento, combustíveis e transmissão de qualquer
espécie; e
4) outros.
a.3.2 – subterrâneas:
3) outros.
a) balneário; e
b) outros.
128
§1º - A dispensa de outorga não implica a inexistência de controle e fiscalização
no interesse público e na conciliação de conflitos sempre que as derivações
insignificantes possam interferir umas nas outras.
129
III - construir e manter, quando e onde determinado pela autoridade
outorgante, as instalações necessárias às observações hidrométricas das águas
explotadas;
Art. 57 - A outorga será dada sob a forma de autorização, por ato do Presidente
do IPAAM e entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial do
Estado.
Art. 58 - O pedido de outorga deverá ser efetuado por escrito, na sede do IPAAM
ou, quando houver convênio com órgão situado na bacia hidrográfica em que
estiver localizado o empreendimento, os documentos poderão ser
protocolizados nesse órgão que os encaminhará ao IPAAM no prazo de 30
(trinta) dias úteis.
130
VII - não aproveitamento das águas, acarretando prejuízos a terceiros;
III - caducidade;
VIII - quando o uso da água for considerado inadequado para atender aos
compromissos com as finalidades sociais e econômicas, de acordo com os
critérios estabelecidos em Regulamento.
131
Parágrafo Único - Na hipótese do inciso VI deste artigo, o pedido de transferência
do direito de outorga para o espólio ou para o legítimo sucessor do usuário
deverá ser formalizado nos seis meses subsequentes ao falecimento.
SEÇÃO III
Dos Prazos
132
Parágrafo Único - A revogação será obrigatória, quando deixarem de existir os
pressupostos legais da outorga.
CAPÍTULO XI
DA COBRANÇA PELO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS
133
III - mediante estimativas indiretas, considerando as dimensões das instalações
dos usuários, os diâmetros das tubulações e/ou canais de adução de água bruta,
a carga manométrica da adução, as características de potência da bomba e
energia consumida, tipo de uso e quantidade de produtos manufaturados,
processos ou culturas que utilizam água bruta.
Art. 78 - A cobrança mensal do preço público pelo uso dos recursos hídricos será
efetivada pelo outorgante, mediante guia de recolhimento, aplicando-se ao
outorgado, em caso de inadimplência, as seguintes regras:
134
a 30 (trinta) dias para recolhimento administrativo do valor apurado, findo o qual
os autos serão encaminhados à Procuradoria Geral do Estado para inscrição do
débito em Dívida Ativa e a respectiva cobrança, em conformidade com o disposto
no artigo 95, inciso III, da Constituição Estadual;
CAPÍTULO XII
DA FISCALIZAÇÃO
Parágrafo Único – Para efeitos deste Decreto, entende-se como técnicos para a
fiscalização os servidores públicos da administração estadual, ocupantes de
cargo de provimento efetivo.
135
Art. 84 - No exercício da ação fiscalizadora, fica assegurada aos técnicos
credenciados a entrada, a qualquer dia e hora, e a permanência, pelo tempo
necessário, em estabelecimentos públicos ou privados, e, se necessário,
requisitar reforço policial.
Art. 85 - Aos agentes credenciados, além das funções que lhes forem cometidas
pelos respectivos órgãos ou entidades, cabe:
III – a notificação dos fatos por escrito ao usuário, que, no caso da constatação
de infrações, conterá advertência fixando prazo para a correção das
irregularidades;
136
IV – o local e a data da lavratura; e
§ 5º - Havendo devolução por parte dos Correios, sem que o usuário tenha
recebido, será procedida a sua chamada por edital, para comparecer ao IPAAM
e receber a notificação, no prazo estabelecido.
137
Art. 90 - O Auto de Infração conterá:
Parágrafo Único – Uma das vias do Auto de Infração será enviada ao usuário
por via postal com aviso de recebimento (AR), ao endereço constante do
Relatório de Vistoria ou outro cadastrado, ou a ele pessoalmente entregue,
mediante recibo.
SEÇÃO I
Das Infrações e Penalidades
138
VI - utilizar-se dos recursos hídricos ou executar obras ou serviços
relacionados com eles, em desacordo com as condições estabelecidas na
outorga;
139
VI - embargo definitivo, com revogação da outorga, se for o caso, para repor
incontinenti, ao seu antigo estado, os recursos hídricos, leitos e margens, nos
termos dos artigos 57 e 58 do Código de Águas, ou tamponar os poços de
extração de água subterrânea.
§ 4º - a multa diária será aplicada quando a irregularidade não for sanada dentro
do prazo concedido para sua correção e não ultrapassará o valor correspondente
ao dobro da multa aplicada.
Art. 93 – Sem prejuízo das penalidades previstas nesta Seção, fica o usuário
obrigado a cumprir as exigências requeridas pelo IPAAM.
140
a) a inexistência de dolo, baixo grau de instrução ou escolaridade do usuário,
comunicação prévia pelo usuário, do perigo iminente de degradação aos
recursos hídricos.
g) em domingos ou feriados;
h) à noite;
141
m) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
142
de uso, caberá recurso, sem efeito suspensivo, junto ao Secretário de Estado do
Meio Ambiente, por intermédio da Presidência do IPAAM, no prazo de 30 (trinta)
dias, contados da ciência do ato punitivo.
Art. 103 - As infrações às disposições deste Decreto, bem como das normas,
padrões e exigência técnica serão, a critério da autoridade pública competente,
classificadas em leves, graves e gravíssimas.
Parágrafo Único - Responderá pela infração quem por qualquer modo a cometer,
concorrer para sua prática ou dela se beneficiar.
I – leves:
II - graves – as infrações previstas nos incisos II, III, IV, X, XII, desde que ocorram
de forma ocasional.
III - gravíssimas – as infrações previstas nos incisos II, III, IV, X e XII, desde que
ocorram de forma continuada, além das infrações previstas nos incisos V, VI, VII,
VIII, IX e XI.
Art. 106 – A advertência será aplicada pelo IPAAM, através de equipe técnica
credenciada.
143
§ 1º - A penalidade de advertência poderá ser aplicada apenas quando da
primeira infração e cuja classificação seja considerada leve, devendo ser fixado
prazo para que sejam sanadas as irregularidades verificadas.
§ 3º - Não ficando sanado o problema que gerou a advertência, será emitido Auto
de Infração com aplicação de multa simples.
Art. 107 – Nos casos de penalidade de multa, será emitido Auto de Infração com
aplicação de multa simples.
Art. 108 – Na aplicação das multas a que se refere o inciso II do artigo 73 da Lei
n.º.167/2007 e o inciso II do artigo 110 deste Decreto, serão observados os
seguintes limites:
III – R$50.001,00 (cinquenta mil e um reais) a R$100.000,00 (cem mil reais), nas
infrações gravíssimas.
Art. 109 - As multas previstas neste Decreto deverão ser recolhidas pelo usuário
dentro de 30 (trinta) dias corridos, contados da ciência da notificação para
recolhimento, em conta corrente estabelecida pelo IPAAM, sob pena de inscrição
na Dívida Ativa.
Parágrafo Único - O recolhimento referido neste artigo deverá ser feito junto aos
bancos credenciados.
144
CAPÍTULO XIII
FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
Art. 110 – O Fundo Estadual de Recursos Hídricos, instituído pela Lei n.◦ 3.167,
de 27 de agosto de 2007, para suporte financeiro da Política Estadual de
Recursos Hídricos e das ações dos componentes do Sistema Estadual de
Gerenciamento dos Recursos Hídricos, rege-se pelas normas estabelecidas
nesta Lei e em seu Regulamento e pela legislação aplicável.
145
V - os empréstimos e outras contribuições financeiras de entidades nacionais e
internacionais;
146
II – compensação aos Municípios que tenham restrições ao seu
desenvolvimento, em razão de normas de proteção de mananciais, decorrentes
da aplicação desta Lei, mediante a realização de programas de desenvolvimento
que se pretendem estabelecer, compatível com a proteção;
III - compensação aos Municípios que tenham áreas inundadas por reservatórios
construídos pelo Estado e que se beneficiam parcialmente pelo
empreendimento, mediante realização de programas de desenvolvimento
desses Municípios, proporcionais à contribuição recebida por outros Municípios;
Parágrafo Único - Serão despendidos até 10% (dez por cento) dos recursos do
Fundo Estadual de Recursos Hídricos com despesas de custeio e pessoal,
destinando-se o restante, obrigatoriamente, para a efetiva elaboração de
projetos e execução de obras e serviços do Plano Estadual de Recursos
Hídricos.
147
III - os recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos poderão ser aplicados,
a fundo perdido, em projetos e obras públicas de interesse coletivo, na forma
prevista em seu regulamento.
24
Disponível em: http://www.ipaam.am.gov.br/arquivos/download/arqeditor/AMAZONAS
_Decreto_28678_2009_Regulamenta_Recursos_Hidricos_Amazonas(1).pdf
148
PORTARIA NORMATIVA/SEMA/IPAAM n.º 012/2017.
RESOLVEM
CAPÍTULO I
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
Art. 2º. No ato administrativo da outorga do direito de uso dos recursos hídricos
deverá constar:
149
b) A identificação do outorgado: nome, CPF/RG ou CNPJ;
d) Obrigações do outorgado;
e) O prazo de vigência;
SEÇÃO I
Da Classificação da Outorga
Art. 4º Para fins de emissão dos direitos de usos de recursos hídricos de domínio
do Estado do Amazonas as outorgas classificar-se-ão:
I – Conforme a modalidade:
150
II – Conforme a regulamentação:
a) Solicitação de Outorga;
b) Renovação de Outorga;
c) Alteração de Outorga;
e) Desistência de Outorga;
c) Lançamento de efluentes;
a) Abastecimento Público
b) Abastecimento Industrial;
c) Abastecimento Urbano;
d) Abastecimento Rural;
f) Aquicultura;
g) Irrigação;
i) Saneamento;
151
j) Proteção de bens e populações;
k) Extração Mineral;
l) Recreação e paisagismo;
SEÇÃO II
Do Cadastro
152
I- O IPAAM enviará ao interessado por e-mail ou meio físico o resultado da
análise das informações;
SEÇÃO III
Da Renovação da Outorga
III- Caso a solicitação for feita com menos de 60 (sessenta) dias da data limite
de sua vigência, a outorga atingirá o seu término e o pedido de renovação será
tratado como novo requerimento de outorga;
153
SEÇÃO IV
Da Alteração da Outorga
SEÇÃO V
Da Transferência da Outorga
Art. 9º. A transferência do ato de outorga deverá ser solicitada ao IPAAM através
de requerimento, conforme modelo disponibilizado por esse Instituto em seu site
na internet, www.ipaam.am.gov.br.
SEÇÃO VI
Da Desistência da Outorga
154
SEÇÃO VII
Do Pedido de Declaração de Dispensa de Outorga
Parágrafo Único. Nos casos em que ocorrer alteração nos dados da Declaração
de Dispensa de Outorga, ou no pedido de renovação da mesma, também deverá
ser apresentada o relatório abrangendo as alterações, com as justificativas
necessárias para nova análise.
SEÇÃO VIII
Da Impugnação do Pedido de Outorga
155
Parágrafo Único. A impugnação de que trata este artigo deverá ser protocolada
na sede do IPAAM ou em quaisquer escritórios regionais acompanhada dos
documentos comprobatórios das alegações apresentadas.
Art. 14. Acatada a impugnação, o outorgado será notificado para apresentar sua
defesa escrita, dirigida ao Diretor Presidente do Instituto de Proteção Ambiental
do Amazonas, no prazo de 20 (vinte) dias corridos, contado da data do
recebimento da notificação.
Art. 15. Da decisão de não acatar a defesa a que se refere o artigo anterior
caberá recurso para o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH-AM),
dirigido ao seu Presidente, no prazo de 20 (vinte) dias contados da notificação.
SEÇÃO IX
Dos Prazos
Art. 16. Fica estabelecido que as vigências dos prazos da outorga de direito de
uso de recursos hídricos, são consubstanciadas nos Artigos 63 e 64 do Decreto
n.º 28.678, de 16 de junho de 2009, conforme quadro abaixo:
156
CAPÍTULO II
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA
157
SEÇÃO I
Do Pedido de Outorga
Art. 18. O pedido de outorga de uso de recursos hídricos deverá ser realizado
junto ao IPAAM, contendo os seguintes documentos:
158
a) Para captação superficial: Relatório Técnico, de acordo com os termos de
referências disponibilizados pelo IPAAM em seu site na internet, assinado pelo
responsável técnico que elaborou o estudo, com Anotação de Responsabilidade
Técnica – ART expedida pelo respectivo Conselho Regional;
V. Formulários:
159
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 20. No prazo de 120 (cento e vinte) dias, após a publicação desta Portaria
Normativa o IPAAM deverá elaborar o Manual Técnico e Administrativo de
Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos do Estado do Amazonas a fim
de assegurar o efetivo exercício dos direitos de acesso à água.
Art. 22. Esta Portaria Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
25
Disponível em: http://www.ipaam.am.gov.br/arquivos/download/arqeditor/SEMA-
IPAAM%20%20portaria%20normativa%20n%C2%B0%20012%20de%202017.pdf
160
4. TOCANTINS
TÍTULO I
DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
CAPÍTULO I
DAS FINALIDADES E DOS PRINCÍPIOS
a) de domínio público;
161
b) dotado de valor ambiental, social e econômico;
c) essencial à vida;
CAPÍTULO II
DAS DIRETRIZES
b) à gestão ambiental;
162
b) a obter maior retorno econômico.
CAPÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS
SEÇÃO I
Do Plano Estadual de Recursos Hídricos
II - leva em conta:
163
Parágrafo único. As diretrizes e a previsão dos recursos financeiros para a
elaboração e a implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos constam
das Leis relativas ao plano plurianual de ação, diretrizes orçamentárias e
orçamento anual do Estado.
SEÇÃO II
Dos Planos de Bacia Hidrográfica
a) crescimento demográfico;
VIII as diretrizes e os critérios para a cobrança de taxa pelo uso dos recursos
hídricos;
164
IX - as propostas para a criação de áreas sujeitas à restrição de uso, com
vistas à proteção dos recursos hídricos;
SEÇÃO III
Da Outorga do Direito de Uso dos Recursos Hídricos
III - respeita a:
165
IV - preserva o uso múltiplo dos recursos hídricos;
b) cancelada por:
166
I - o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos
núcleos populacionais distribuídos no meio rural;
SEÇÃO IV
Da Cobrança de Taxa pelo Uso dos Recursos Hídricos
Art. 11. É sujeito à cobrança de taxa o uso de recursos hídricos que dependa
de outorga, nos termos desta Lei.
Parágrafo único. Na fixação dos valores cobrados pelo uso dos recursos
hídricos são observados:
SEÇÃO V
Da Compensação aos Municípios
167
a) fomento do uso múltiplo dos reservatórios;
Art. 14. Na compensação de que trata esta Seção o Estado pode utilizar:
I - sem prejuízo do disposto no art. 12 desta Lei, até 7,5% dos valores
arrecadados com a cobrança de taxa pelo uso dos recursos hídricos;
SEÇÃO VI
Do Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos
168
I - descentralização da obtenção e produção de dados e informações;
Hídricos:
SEÇÃO VII
Da Educação Ambiental
CAPÍTULO IV
DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS OU AQUÍFERO
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
Art. 20. A utilização das águas subterrâneas classificadas como "água mineral"
é regida por esta Lei, subsidiariamente à legislação própria.
169
Art. 22. A recarga artificial de aquífero:
SEÇÃO II
Da Restrição ao Uso das Águas Subterrâneas
Art. 23. O Poder Público pode restringir a captação e o uso das águas
subterrâneas, no interesse:
SUBSEÇÃO I
Da Área de Proteção Máxima
170
I - o estabelecimento de indústria de alto risco ambiental, pólos petroquímicos,
carboquímicos e cloroquímicos, usinas nucleares e quaisquer outras fontes de
grande impacto ambiental ou extrema periculosidade;
SUBSEÇÃO II
Da Área de Restrição e Controle
171
SUBSEÇÃO III
Da Área de Proteção de Poços e outras Captações
Art. 28. Os poços jorrantes devem ser dotados de dispositivos que impeçam o
desperdício da água ou eventuais desequilíbrios ambientais.
TÍTULO II
DO SISTEMA ESTADUAL DE GERENCIAMENTO DOS RECURSOS
HÍDRICOS
CAPÍTULO I
DA COMPOSIÇÃO E DOS OBJETIVOS
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
172
III - coordenar a gestão integrada dos recursos hídricos;
SEÇÃO II
Dos Comitês de Bacia Hidrográfica
173
d) as propostas de acumulações, derivações, captações e lançamentos
considerados insignificantes;
III - elaborar o relatório anual sobre a situação dos recursos hídricos de sua
respectiva bacia hidrográfica;
IV - aprovar:
Parágrafo único. Das decisões dos Comitês de Bacia Hidrográfica cabe recurso
ao
SEÇÃO III
Das Agências de Bacia Hidrográfica
174
Art. 35. Compete às Agências de Bacia Hidrográfica:
I - manter o:
III - emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos
gerados pela cobrança de taxa pelo uso dos recursos hídricos;
d) o rateio dos custos das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo.
175
Parágrafo único. As Agências de Bacia Hidrográfica podem celebrar parceria
com entidades federais, estaduais ou municipais, nacionais, internacionais ou
estrangeiras, destinadas ao fomento e à execução das atividades dos recursos
hídricos.
CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES
Art. 37. Além da reparação dos danos causados o autor das irregularidades de
que trata o artigo anterior, observado o disposto em regulamento, está sujeito à:
III - cassação da outorga de uso de água, efetivada pela autoridade que a houver
concedido.
§ 2º. Das sanções estabelecidas nos incisos I e II do caput deste artigo cabe
recurso administrativo no prazo de dez dias.
176
§ 4º. O infrator com endereço conhecido é notificado por via postal, e os demais
mediante publicação no Diário Oficial do Estado.
TÍTULO III
DO FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
177
DISPOSIÇÕES FINAIS
26
Disponível em: https://www.mpto.mp.br/intranet/caopma/leg_est/LEI%201.307,%20DE
%2022%20DE%20MAR%C3%87O%20DE%202002.pdf
178
4.2. Decreto n. 2432, de 06 de junho de 2005
DECRETA:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
DA OUTORGA
179
I – contem:
e) o prazo de vigência;
SEÇÃO I
Dos Prazos
180
II – até 5 anos, renováveis por igual período, consecutivamente, desde que
atendidas as exigências legais e regulamentares vigentes, observada a
conveniência administrativa;
SEÇÃO II
Dos Usos Sujeitos a Outorga
SEÇÃO III
Da Outorga para Captação em Águas Superficiais
181
I - não houver barramento será calculada com base nas informações hidrológicas
da bacia hidrográfica, para uma vazão de até 90% de permanência, com valores
diários, enquanto não for aprovado pelo Plano de Bacia, ou este não apresentar
definições sobre a vazão de referência para outorga;
SEÇÃO IV
Da Outorga e Restrições de Usos de Águas Subterrâneas
Art. 9° A outorga do direito de uso de águas subterrâneas será emitida com base:
II - nas informações sobre os poços, das quais deverão constar, dentre outras:
182
a) perfis litológicos;
c) teste de bombeamento.
Parágrafo único. A anuência citada no caput deste artigo não gera o direito de
uso da água extraída.
Art. 11. Após a execução da obra mencionada de que trata o artigo anterior é
requerida a respectiva outorga de direito de uso de recursos hídricos de acordo
com os procedimentos definidos pela legislação.
SEÇÃO V
Da Outorga e Restrições de Lançamento de Efluentes
183
depender da conveniência técnica, econômica e sanitária desde que autorizado
pelo NATURATINS.
SEÇÃO VI
Dos Usos que Independem de Outorga
CAPÍTULO III
DO REQUERIMENTO DE OUTORGA
Art. 17. A outorga será requerida pelo interessado por meio de processo
administrativo protocolado no NATURATINS.
184
Parágrafo único. Ao interessado cumpre a instrução do processo.
I – avaliação:
185
Art. 20. É de 45 dias o prazo para o NATURATINS deliberar sobre o
requerimento da outorga contados da data do protocolo do requerimento.
CAPÍTULO IV
DAS OBRIGAÇÕES DO OUTORGADO
186
VI - delimitar, regularizar juridicamente e conservar faixas de servidão de
passagem de dutos abertos ou forçados, previstas nos estudos e projetos de
engenharia relativos ao uso de água;
XII – pagar os valores fixados para cobrança pelo uso de recursos hídricos.
CAPÍTULO V
DA SUSPENSÃO E REVOGAÇÃO DA OUTORGA
187
V – inadimplência dos valores fixados para cobrança pelo uso de recursos
hídricos.
CAPÍTULO VI
DO CONTROLE ESPECIAL
188
I - serão prioritariamente assegurados os volumes mínimos necessários para
abastecimento humano, de animais, preservação da fauna e atividades
econômicas, nessa ordem.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 30. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação27 28.
27
Disponível em: https://central3.to.gov.br/arquivo/107424/
28
Nota: outorga TO http://naturatins.to.gov.br/protocolo-e-servicos/gestao-das-guas/divisao-de-
outorga/
189
5. ACRE
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2° As disposições desta lei buscam definir normas gerais para uso dos
recursos hídricos de domínio do Estado do Acre, nos termos do autorizado pelo
inciso XIV do art. 45 da Constituição Estadual e do § 1° do art. 25, combinado
com o inciso I do art. 26, ambos da Constituição Federal, bem como da Lei
Federal n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
29
Lei ainda não Regulamentada
190
localizados no Estado são componentes do patrimônio ambiental do Acre e do
País.
TÍTULO II
DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS
Art. 4° A Política Estadual de Recursos Hídricos deve ser conduzida com base
nos princípios de que a água é um bem de domínio público, essencial à vida,
com disponibilidade limitada e dotada de valor econômico, social e ecológico.
191
V – a manutenção e a recuperação das matas ciliares como forma de proteção
dos corpos de água;
192
VI – estimular o desenvolvimento da capacidade científica e tecnológica do
Estado para o gerenciamento de recursos hídricos; e
CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS
VII – o Fundo Especial de Meio Ambiente – FEMAC, criado pela Lei n. 1.117, de
26 de janeiro de 1994;
X – os convênios de cooperação;
XI – a educação ambiental;
193
XV - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das
medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
SEÇÃO I
Do Plano Estadual de Recursos Hídricos
Art. 10. O plano estadual de recursos hídricos será elaborado sob coordenação
da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais – SEMA, devendo ser
objeto de deliberação prévia do Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e
Tecnologia - CEMACT e submetido ao Governador do Estado do Acre para
aprovação, mediante decreto.
Art. 12. O plano estadual de recursos hídricos será elaborado com base nos
planos de bacia hidrográfica encaminhados pelos respectivos comitês de bacia
hidrográfica e nos programas de desenvolvimento dos Municípios, quando
houver, devendo conter, além do que determina o art. 7º da Lei n. 9.433, de
1997, os seguintes elementos:
194
V – as prioridades para outorga de direito de uso de recursos hídricos, atendidas
as determinações da legislação pertinente;
SEÇÃO II
Dos Planos de Bacia Hidrográfica
195
IX - os objetivos e metas a serem alcançados ano a ano dentro do horizonte de
cada plano;
SEÇÃO III
Do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos no Acre - SIRENA
196
Art. 16. O SIRENA será gerido pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC,
devendo as informações produzidas ser incorporadas ao Sistema Nacional de
Informações sobre Recursos
SEÇÃO IV
Do Enquadramento dos Corpos em Classes segundo os Usos da Água
197
Art. 20. O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos
preponderantes da água, objetiva:
SEÇÃO V
Da Outorga do Direito de Uso de Recursos Hídricos
Art. 21. O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como
objetivo o controle qualitativo e quantitativo dos usos da água e o efetivo
exercício dos direitos de acesso à água.
Art. 22. O IMAC fica autorizado a emitir outorga preventiva de uso de recursos
hídricos do Estado, com finalidade de declarar a disponibilidade de água para os
usos requeridos, observados os planos de recursos hídricos.
Art. 23. A outorga de direito de uso de recursos hídricos do Estado do Acre é ato
administrativo específico de autorização, mediante a qual o órgão do poder
público do Estado do Acre faculta ao administrado o uso do recurso hídrico de
domínio do Estado, por prazo determinado, nos termos e condições expressos
nesta lei, nos regulamentos e no ato outorgante.
198
ao cumprimento dos demais requisitos estabelecidos pela legislação e pelo ato
outorgante.
Art. 24. A outorga de direito de uso de recursos hídricos deverá ser emitida
observados os planos de recursos hídricos e, em especial, os seguintes critérios:
Art. 25. Estão sujeitos a outorga os direitos dos seguintes usos de recursos
hídricos de domínio do Estado do Acre:
Art. 26. A outorga de direito de uso de recursos hídricos estaduais será dada por
ato do Instituto do Meio Ambiente do Acre – IMAC, ouvidos os respectivos
comitês de bacia, quando houver.
199
Parágrafo único. O IMAC poderá celebrar convênio de cooperação com o órgão
ou entidade competente do Poder Executivo Federal, com a finalidade de
viabilizar a delegação para outorga de direito de uso de recursos hídricos de
domínio da União localizados no Estado do Acre, conforme autoriza o art. 14, §
1° da Lei Federal n. 9.433, de 1997.
Art. 28. A outorga de direito de uso de recursos hídricos estaduais poderá ser
suspensa, parcial ou totalmente, por prazo determinado, ou extinta, nas
seguintes circunstâncias:
I – não cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga, inclusive com desvio
de finalidade;
200
Art. 29. A outorga de direito de uso de recursos hídricos não implica a alienação
parcial das águas, mas o simples direito de seu uso.
SEÇÃO VI
Da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos Estaduais
Art. 32. Na fixação dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos,
devem ser observados, dentre outros, os seguintes parâmetros:
201
c) a classe preponderante em que estiver enquadrado o corpo de água
superficial ou
subterrâneo; e
Art. 33. Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos
serão
SEÇÃO VII
Do Fundo Especial de Meio Ambiente – FEMAC
Art. 34. O Fundo Especial de Meio Ambiente – FEMAC, criado pela Lei n. 1.117,
de 1994, será conduzido em conformidade com sua legislação específica e com
as alterações introduzidas pela presente lei, exclusivamente no que dizem
respeito a recursos hídricos.
202
Art. 35. No que concerne exclusivamente a recursos hídricos, o Fundo Especial
de Meio Ambiente – FEMAC terá a finalidade de incorporar recursos financeiros
para implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos e para condução
do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, a ser regido por
esta lei e seus regulamentos.
203
– FEMAC poderão ser empreendidas na modalidade de empréstimos ou a fundo
perdido, nos termos do regulamento, atendidas as disposições desta lei.
SEÇÃO VIII
Do Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre
204
desde que não traga prejuízo ao abastecimento humano e de animais
domésticos, à biota e à navegabilidade.
SEÇÃO IX
Do Plano Estadual do Meio Ambiente
SEÇÃO X
Dos Convênios de Cooperação
SEÇÃO XI
Da Educação Ambiental
205
esclarecer e informar sobre as questões relevantes da legislação de recursos
hídricos e meio ambiente e a correta utilização do patrimônio hídrico no Estado.
TÍTULO III
DO SISTEMA ESTADUAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS
HÍDRICOS
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS E COMPOSIÇÃO
206
V – as agências de água.
CAPÍTULO II
DO CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA – CEMACT
Art. 46. São consideradas, para os efeitos desta lei, organizações civis de
recursos hídricos:
207
IV - organizações não-governamentais com objetivos de defesa de interesses
difusos e coletivos da sociedade; e
208
I - promover a articulação do planejamento de recursos hídricos com os
planejamentos nacional, regional, estadual e dos setores usuários;
209
CAPÍTULO III
DOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA
Art. 51. Compete aos comitês de bacia hidrográfica, no âmbito de sua área de
atuação, especialmente:
210
VII - propor ao CEMACT critérios e normas gerais para a outorga de direitos de
uso de recursos hídricos e para a cobrança por seu uso, bem como os valores a
serem cobrados pelo de recursos hídricos em sua área de atuação;
II - dos usuários das águas de sua área de atuação, por meio de suas
associações de representação, na forma do regimento interno de cada comitê;
III - das entidades civis de recursos hídricos com atuação comprovada na bacia;
e
211
internos dos comitês, limitada a representação conjunta dos poderes executivos
da União, Estados e Municípios à metade do total de membros.
§ 5° A cada titular caberá um voto e, na sua ausência, seu suplente terá o mesmo
direito.
CAPÍTULO IV
DAS AGÊNCIAS DE ÁGUAS
Art. 53. A agência reguladora dos serviços públicos do Acre poderá exercer a
função de secretaria executiva do respectivo ou respectivos comitês de bacia
hidrográfica, até a criação das agências de água.
212
III - efetuar mediante delegação do outorgante, a cobrança pelo uso de recursos
hídricos;
213
TÍTULO IV
DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES
CAPÍTULO I
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 56. Compete ao Instituto do Meio Ambiente do Acre – IMAC exercer a ação
fiscalizadora dos usos dos recursos hídricos no Estado, com poder de polícia,
inclusive mediante imposição de penalidades pelas condutas violadoras, na
forma desta lei e dos regulamentos.
CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES
214
III - utilizar-se dos recursos hídricos ou executar obras ou serviços relacionados
com os mesmos em desacordo com as condições estabelecidas na outorga;
I - advertência por escrito, na qual serão estabelecidos prazos para correção das
irregularidades;
215
animais ou prejuízos de qualquer natureza a terceiros, a multa a ser aplicada
nunca será inferior à metade do valor máximo cominado em abstrato.
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 61. A cobrança pelo uso de recursos hídricos será gradualmente aplicada à
medida que forem implantados os progressivos mecanismos de gestão de
recursos hídricos que se tornarem necessários, em conformidade com esta lei,
ao longo do tempo.
216
Art. 62. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação30.
Jorge Viana
Governador do Estado do Acre
30
Disponível em: http://www.al.ac.leg.br/leis/wp-content/uploads/2014/09/Lei1500.pdf
217
6. RONDÔNIA
CAPÍTULO I
DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
218
V - em situações de escassez de água, é prioritário o seu uso para consumo
humano e para dessedentação de animais, respeitadas as necessidades
ecossistêmicas integrais.
219
CAPÍTULO II
DO SISTEMA ESTADUAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS
HÍDRICOS
II - VETADO.
SEÇÃO I
Do Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CRH/RO
I - VETADO.
220
VII - um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -
EMBRAPA/RO;
221
XXVI - um representante das faculdades privadas;
222
VIII - arbitrar, em última instância administrativa, no âmbito do Sistema Estadual
de Recursos Hídricos, os conflitos advindos do uso da água, inclusive entre os
Comitês de Bacia;
SEÇÃO I
Do Órgão Gestor
223
V - aplicar sanções previstas nesta Lei Complementar; e
SEÇÃO III
Da Secretaria Executiva do Conselho Estadual de Recursos Hídricos -
CRH/RO
V - exercer outras atribuições que lhe sejam cometidas pelo Conselho Estadual
de Recursos Hídricos - CRH/RO.
SEÇÃO IV
Dos Comitês de Bacia Hidrográfica
Art. 12. Os Comitês de Bacia Hidrográfica - CBH para cada bacia ou sub-bacia,
serão instituídos por decreto do Poder Executivo, mediante proposta do
Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CRH/RO.
224
III - dos usuários, privados ou públicos, dos recursos hídricos da bacia; e
225
IX - promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos e articular
a atuação das entidades intervenientes; e
X - outras que lhe forem cometidas pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos
- CRH/RO.
SEÇÃO V
Das Agências de Bacia Hidrográfica - ABH
O valor a ser cobrado pelo uso dos recursos hídricos; as condições e os critérios
de rateio de custos de obras, de interesse comum ou coletivo da bacia
hidrográfica; o enquadramento dos corpos de água nas classes de uso
preponderante, para aprovação do Conselho Estadual de Recursos Hídricos -
CRH/RO; e o plano de aplicação dos recursos arrecadados, com a cobrança
pelo uso das águas;
226
VII - exercer outras atribuições que lhe sejam cometidas pelo Conselho Estadual
de Recursos Hídricos - CRH/RO.
Parágrafo único. A natureza jurídica das Agências será proposta, em cada caso,
pelo respectivo Comitê.
CAPÍTULO III
DAS AÇÕES DO PODER PÚBLICO
CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
227
IV - a cobrança pela utilização das águas;
SEÇÃO I
Dos Planos de Recursos Hídricos
Art. 19. Os Planos de Recursos Hídricos são planos diretores de longo prazo,
que visam à concretização das diretrizes definidas pela Política de Recursos
Hídricos do Estado, elaboradas por bacia ou sub-bacia hidrográfica.
VII - diretrizes e critérios para cobrança pelo uso dos recursos hídricos; e
VIII - propostas para criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à
proteção das águas superficiais e subterrâneas.
228
Art. 21. As diretrizes para a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos
- PRH/RO e dos Planos de Bacia ou Sub-bacias Hidrográficas serão
estabelecidas no regulamento desta Lei Complementar.
SEÇÃO II
Do Enquadramento dos Corpos de Água
Art. 22. Os corpos de água estaduais serão enquadrados nas classes instituídas
na legislação federal, em conformidade com os usos preponderantes da água e
na forma prevista no regulamento desta Lei Complementar.
SEÇÃO III
Da Outorga do Direito de Uso dos Recursos Hídricos
Parágrafo único. A outorga não implica em alienação das águas, que são
inalienáveis, mas ao simples direito de seu uso.
229
Art. 25. As outorgas deverão observar as prioridades de uso, constantes do
Plano Estadual de Recursos Hídricos - PRH/RO, do Plano de Recursos Hídricos
da Bacia Hidrográfica, e os seguintes condicionantes:
Art. 26. As outorgas serão formalizadas por ato do órgão gestor dos recursos
hídricos, e entrarão em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial do
Estado.
230
V - permitir a realização de testes e análises de interesse potamológico,
limnológico e hidrogeológico, por técnicos credenciados, pela autoridade
outorgante.
SEÇÃO IV
Da Cobrança pelo Direito de Uso dos Recursos Hídricos
Art. 30. A cobrança pelo direito de uso dos recursos hídricos, objetiva a
racionalização de uso e viabilização dos recursos financeiros para sua gestão.
Parágrafo único. Os valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos
tratados na presente Lei Complementar, após levantado seus valores pelos
meios competentes, terá que ter aprovação final de seus valores pela
Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia.
231
IV - financiamento de estudos, programas, projetos e obras, de acordo com os
Planos de Recursos Hídricos.
Art. 32. Para fixação dos valores a serem cobrados aos usuários, pela outorga
de uso dos recursos hídricos, deverão ser observados, dentre outros, os
seguintes parâmetros:
c) consumo efetivo; e
d) a sazonalidade;
f) a sazonalidade;
§ 1º O pagamento pelo uso das águas para fins previsto no inciso II deste artigo,
não desobriga o usuário pelo cumprimento das normas e dos padrões exigidos
no respectivo licenciamento ambiental.
232
§ 2º Os usos considerados insignificantes dos recursos hídricos, poderão ser
dispensados do pagamento, observado o disposto no artigo 27 desta Lei
Complementar.
SEÇÃO V
Do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FRH/RO
Art. 33. Fica criado o Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FRH/RO, para
suporte financeiro de investimentos nas bacias ou sub-bacias e para custeio das
Agências de Bacia Hidrográfica e dos Comitês de Bacia Hidrográfica.
Art. 34. O Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FRH/RO terá como recursos:
V - empréstimos ou financiamentos; e
233
gestão autônoma dos recursos financeiros pertencentes a cada bacia
hidrográfica.
SEÇÃO VI
Do Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos - SIRH/RO
CAPÍTULO V
DA PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS ÁGUAS
Art. 39. A captação de água, para fins de distribuição por caminhões ou carros-
pipa, com natureza comercial, somente poderá ser feita em mananciais
234
superficiais, reservatórios ou poços previamente autorizados pelo órgão gestor,
mediante outorga específica, e após teste de potabilidade, realizado por
instituição credenciada.
Art. 41. Em caso de risco de escassez das águas, ou sempre que o interesse
público assim o exigir, e sem que assista ao outorgado qualquer direito à
indenização, a nenhum título, a autoridade outorgante poderá:
CAPÍTULO VI
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES
235
de seu regime, quantidade ou qualidade, sem outorga expedida pelo órgão
gestor;
III - utilizar-se dos recursos hídricos ou executar obras ou serviços com eles
relacionados, em desacordo com as condições estabelecidas na outorga;
VIII - o não pagamento dos valores devidos pelo uso dos recursos hídricos até a
data, para tanto estabelecida pelo Comitê de Bacia Hidrográfica - CBH.
Art. 46. Sem prejuízo das sanções cíveis e penais cabíveis, qualquer infringência
aos dispositivos desta Lei Complementar, referentes à execução de obras e
serviços hidráulicos, derivação ou utilização de recursos hídricos do domínio ou
administração do Estado, ficará o infrator sujeito às seguintes penalidades:
I - advertência por escrito, na qual serão estabelecidos prazos para correção das
irregularidades;
236
IV - interdição definitiva, correspondendo à cassação da outorga e respectiva
licença ambiental, pelo órgão licenciador do Estado, objetivando o retorno às
condições originais das águas, dos leitos e margens dos rios e lagos, ou
tamponamento dos poços de captação de águas subterrâneas;
VIII - multa de 10% (dez por cento) sobre o valor do débito decorrente do não
pagamento pela utilização da água, acrescida de juros moratórios legais ao mês,
na forma prevista no regulamento, e
IX - intervenção administrativa.
§ 1º As sanções previstas nos incisos III e IV poderão ser aplicadas sem prejuízo
da constante do inciso II deste artigo.
237
§ 3º No caso de reincidência, será o infrator punido com o dobro do valor da
multa que lhe fora aplicada anteriormente.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 51. Excluem-se desta Lei Complementar as águas minerais, regidas por
legislação federal própria.
238
Art. 53. Enquanto não forem instalados os Comitês de Bacia Hidrográfica, as
intervenções a serem realizadas pelo Estado nas bacias, deverão ser articuladas
com representantes da população nelas residentes, da sociedade civil
organizada com atuação na respectiva bacia, dos usuários das suas águas e
dos representantes dos municípios que a integram.
Art. 57. O Primeiro Plano Estadual de Recursos Hídricos deverá ser finalizado
no prazo de 2 (dois) anos, a partir da publicação desta Lei Complementar,
cabendo à Secretaria Executiva do Conselho Estadual de Recursos Hídricos -
CRH/RO a elaboração das propostas relacionadas às bacias, onde ainda não
estejam em operação os respectivos Comitês.
Art. 58. No prazo de 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação, O Poder
Executivo regulamentará a presente Lei Complementar.
Art. 59. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação31.
31
Disponível em: http://progestao.ana.gov.br/panorama-dos-estados/ro/lei-no-255-02_ro.pdf
239
Palácio do Governo do Estado de Rondônia, em 25 de janeiro de 2002, 114º da
República.
Miguel de Souza
Governador
240
6.2. Decreto n. 10.114, de 20 de setembro de 2002
DECRETA:
CAPÍTULO I
DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
SEÇÃO I
Dos Instrumentos
III - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das
águas;
241
Art. 3 A Política Estadual de Recursos Hídricos tem por objetivos básicos
promover o uso racional e gerenciamento integrado e o uso múltiplo das águas
do domínio do Estado, superficiais e subterrâneas, e obedecerá às seguintes
diretrizes:
242
IV - a cobrança pela utilização dos recursos hídricos;
SEÇÃO II
Dos Conceitos Técnicos Básicos
VI - curso d’água: canal natural para drenagem de uma bacia, tais como:
boqueirão, rio, riacho, ribeirão, córrego ou vereda;
243
XIXI - enquadramento: estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser
alcançado e/ou mantido em um segmento do corpo hídrico ao longo do tempo;
XVI - outorga preventiva: ato administrativo que não confere direito de uso de
recursos hídricos e mediante o qual a SEDAM reserva a vazão passível a ser
outorgada, possibilitando ao investidor o planejamento do(s) empreendimento(s)
que necessitem desse(s) recurso(s), a ser emitido pelo prazo máximo de três
anos;
244
XX - renovação de outorga: ato administrativo mediante o qual a SEDAM poderá
renovar o direito de uso de recurso hídrico, observadas as normas, critérios e
prioridades de uso do recurso hídrico, mantidas as mesmas condições da
outorga anterior;
XXIX - usuário: toda pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que
faça uso de recursos hídricos que dependem ou independem de outorga, nos
termos previstos nos artigos 24 e 27 da Lei Complementar nº 255, de 2002,
sendo obrigatório o cadastramento junto à SEDAM;
245
XXX - vazão de diluição: é a parcela da vazão do corpo receptor necessária para
diluir um lançamento de efluentes. A vazão de diluição do corpo receptor deve
ser tal, que a mistura resultante tenha a concentração máxima permitida pelo
enquadramento do respectivo trecho. Para efeito de outorga, são calculadas as
vazões de diluição para todos os parâmetros físico-químicos que compõem o
lançamento, sendo que a maior vazão de diluição calculada será a atribuída ao
lançamento;
XXXII - vazão mínima sanitária: é a vazão mínima de qualquer corpo hídrico que
seja represa ou barramento de água, para quaisquer atividades de 30% (trinta
por cento) da vazão normal do corpo hídrico represado.
SEÇÃO III
Do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos
246
I - o Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH/RO;
CAPÍTULO II
DO ÓRGÃO GESTOR DE RECURSOS HÍDRICOS
SEÇÃO I
Da Competência para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos
SEÇÃO II
Do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH/RO
247
IV - aprovar a proposta de instituição de Comitês de Bacia Hidrográfica;
Art. 11. A Secretaria Executiva do CERH-RO será exercida pela SEDAM, com
apoio técnico administrativo do Núcleo de Desenvolvimento do Meio Físico –
NUMEF/SEDAM.
Art. 12. O CRH/RO será composto por representantes dos seguintes órgãos e
entidades:
248
III - um representante da Agência Nacional de Águas – ANA;
249
XXIII - um representante da Coordenação da União das Nações e Povos
Indígenas de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas -
CUNPIR;
CAPÍTULO III
DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS
HÍDRICOS - CRH/RO
250
CAPÍTULO IV
DOS COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
SEÇÃO I
Dos Comitês
Art. 15. Os Comitês de Bacias Hidrográficas – CBH serão instituídos por Decreto
do Governador, mediante proposta previamente analisada e aprovada pelo
Conselho Estadual de Recursos Hídricos.
251
§ 2º A representação dos Poderes Executivos da União, do Estado e dos
Municípios, não poderá ultrapassar a metade do total de membros do CBH.
X - outras que lhe forem cometidas pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos
- CRH/RO;
252
XII – desenvolver e apoiar iniciativas em educação ambiental em consonância
com a Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política
Nacional de Educação Ambiental.
253
SEÇÃO II
Das Agências de Bacia Hidrográfica - ABH
d) o plano de aplicação dos recursos arrecadados, com a cobrança pelo uso das
águas;
VII – exercer outras atribuições que lhe sejam cometidas pelo Conselho Estadual
de Recursos Hídricos - CERH/RO.
254
Parágrafo único. Ao CERH/RO caberá aprovar a natureza jurídica de cada
Agência proposta pelo respectivo comitê de bacia hidrográfica.
CAPÍTULO V
DAS AÇÕES DO PODER PÚBLICO
255
CAPÍTULO VI
DOS PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS
SEÇÃO I
Do Plano Estadual de Recursos Hídricos
VII - diretrizes e critérios para cobrança pelo uso dos recursos hídricos; e
VIII - propostas para criação de áreas sujeitas à restrição de uso, com vistas à
proteção das águas, superficiais e subterrâneas.
256
deverão constar, entre outros elementos necessários ao atendimento de sua
finalidade o seguinte:
Parágrafo único. Caso não exista comitê de bacia, a SEDAM será a responsável
pela elaboração da proposta de PBH/RO e/ou do PERH/RO.
SEÇÃO II
Do Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos – SERH
257
II - atualizar permanentemente as informações sobre disponibilidade e demanda
de recursos hídricos em todo o território estadual; e
SEÇÃO III
Do Enquadramento dos Corpos de Água em Classes, segundo seus Usos
Preponderantes
SEÇÃO IV
Da Outorga Preventiva e da Outorga de Direito de Uso de Recursos
Hídricos
Art. 32. A SEDAM poderá emitir outorgas preventivas de uso de recursos hídricos
com a finalidade de declarar a disponibilidade de água para os usos requeridos,
observados os usos múltiplos, o enquadramento dos corpos d`água e a
manutenção de condições adequadas ao transporte aquaviário, quando for o
caso.
258
§ 2º O prazo de validade da outorga preventiva será fixado, levando-se em conta
a complexidade do planejamento do empreendimento, limitando-se ao máximo
de três anos.
§ 1º A outorga não implica alienação total ou parcial das águas, que são
inalienáveis, mas o simples direito de uso.
259
§ 2º Os parâmetros para a outorga de lançamento serão estabelecidos em
Portaria da SEDAM.
IV - os usos já outorgados.
260
§ 2º Cumpridos os termos do caput, se a autoridade outorgante não houver se
manifestado expressamente a respeito do pedido de renovação até a data de
término da outorga, fica esta, automaticamente, prorrogada até que ocorra
deferimento ou indeferimento do referido pedido.
Art. 42. A captação de água, para fins de distribuição por caminhões ou carros-
pipa, com natureza comercial, somente poderá ser feita em corpos d’água
previamente autorizados pela SEDAM, mediante outorga específica, e após
teste de potabilidade, realizado por instituição credenciada.
§ 3º A outorga prevista no caput só poderá ser emitida, caso não haja sistema
público de abastecimento de água para o ponto de distribuição previsto.
261
Art. 43. Em razão de obras públicas, havendo necessidade de adaptação dos
sistemas de derivação e lançamento sob novas condições, os encargos
decorrentes serão de responsabilidade dos outorgados, aos quais será
assegurado prazo determinado para as providências nesse sentido.
SEÇÃO V
Da Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos
262
II - incentivar a racionalização do uso da água;
Art. 52. Na fixação dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos
devem ser observados, entre outros:
263
Art. 53. A cobrança pelo uso dos recursos hídricos será aplicada segundo a
orientação dos Planos de Recursos Hídricos das bacias hidrográficas.
Art. 54. Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos
serão aplicados prioritariamente na bacia hidrográfica, em que foram gerados e
serão utilizados:
Art. 55. Sujeita-se à cobrança pelo uso das águas superficiais ou subterrâneas,
segundo as peculiaridades de cada bacia hidrográfica, aquele que utilizar,
consumir ou poluir recursos hídricos.
SEÇÃO VI
Da Fiscalização
264
§ 2º Dos atos praticados pela fiscalização caberá recurso administrativo,
conforme dispuser o regulamento de fiscalização.
SEÇÃO VII
Do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FERH/RO
Art. 59. O FERH/RO será gerido pela SEDAM e supervisionado por um Conselho
Orientador, que será o Conselho Estadual de Recursos Hídricos.
III - o produto das multas instituídas pela Lei Complementar nº 255, de 2002;
V - empréstimos ou financiamentos; e
265
Art. 61 O Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FERH/RO utilizar-se-á da
estrutura organizacional de planejamento, administrativa e financeira da
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental - SEDAM, para sua gestão.
IV - desenvolvimento institucional;
266
Art. 64. Caberá à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental - SEDAM
prestar contas das aplicações dos recursos do Fundo Estadual de Recursos
Hídricos – FERH/RO, ao Tribunal de Contas do Estado, nos prazos
estabelecidos na Legislação pertinente.
SEÇÃO VIII
Das Águas Subterrâneas
267
Art. 69. A outorga para utilização das águas subterrâneas, onde as
disponibilidades hidrogeológicas não sejam conhecidas, será expedida após o
encaminhamento pelo requerente, dos testes de bombeamento que permitam
a fixação das vazões a serem explotadas em condições sustentáveis, para
as reservas de águas subterrâneas e para as vazões de base dos corpos
de águas superficiais.
Art. 73. Todo aquele que perfurar poço artesiano no Estado de Rondônia deverá
cadastrá-lo junto à SEDAM, no prazo máximo de 06 (seis) meses a partir da
publicação deste Decreto, apresentando as informações técnicas exigidas e
permitir o acesso da fiscalização ao local do mesmo.
Art. 74. Aquele que tiver perfurado ou pretender perfurar poço tubular no Estado
de Rondônia, fica sujeito ao licenciamento a ser emitido pela SEDAM.
268
CAPÍTULO VII
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES
III - utilizar-se dos recursos hídricos ou executar obras ou serviços com eles
relacionados, em desacordo com as condições estabelecidas na outorga;
VIII - o não pagamento dos valores devidos pelo uso dos recursos hídricos até a
data, para tanto estabelecida pelo Comitê de Bacia Hidrográfica - CBH.
Art. 78. Sem prejuízo das sanções cíveis e penais cabíveis, qualquer infringência
aos dispositivos deste Decerto, referentes à execução de obras e serviços
hidráulicos, derivação ou utilização de recursos hídricos do domínio ou
administração do Estado, ficará o infrator sujeito às seguintes penalidades:
I - advertência por escrito, na qual serão estabelecidos prazos para correção das
irregularidades;
269
II - multa simples, ou diária, proporcional à gravidade da infração, de 10 (dez) a
10.000 (dez mil) vezes o valor da UPF (Unidade de Padrão Fiscal), ou outro
índice que a substituir;
VIII - multa de 10% (dez por cento) sobre o valor do débito decorrente do não
pagamento pela utilização da água, acrescida de juros moratórios legais ao mês,
na forma prevista no regulamento; e
IX - intervenção administrativa.
270
§ 1º As sanções previstas nos incisos III e IV poderão ser aplicadas sem prejuízo
da constante do inciso II deste artigo.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
271
Parágrafo único. A SEDAM poderá realizar obras e serviços de interesse do
Comitê, suplementarmente à Agência de Bacia ou de Sub-Bacia Hidrográfica,
de acordo com o Plano de Recursos Hídricos da Bacia ou de sub-bacia,
enquanto a Agência não estiver para tanto capacitada.
32
Disponível em: http://ditel.casacivil.ro.gov.br/COTEL/Livros/Files/D10114.pdff
272
6.3. Lei n. 3.686, de 08 de dezembro de 2015
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
273
Art. 4 São instrumentos do Sistema de Licenciamento Ambiental do Estado de
Rondônia:
I - Licença Ambiental;
II - Autorização Ambiental;
V - Documento de Averbação.
CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS AMBIENTAIS
274
Art. 8 A Licença de Instalação é concedida antes de iniciar a implantação do
empreendimento ou atividade e autoriza a instalação do empreendimento ou
atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e
projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais
condicionantes, da qual constituem motivo determinante.
Art. 10. A Licença de Operação para Teste - LOT autoriza a operação, a título
precário, da atividade ou empreendimento, nos casos em que for necessário
avaliar a eficiência das condições, restrições e medidas de controle ambiental
impostas à atividade ou empreendimento, visando à obtenção de dados e
elementos de desempenho necessários para subsidiar a concessão da Licença
de Operação - LO.
275
§ 2º A Licença Ambiental Única não se aplica às atividades e empreendimentos
que já tenham iniciado a sua implantação ou operação, casos em que deve ser
concedido outro tipo de licença, ou uma Autorização Ambiental, conforme o
caso.
CAPÍTULO III
DAS AUTORIZAÇÕES AMBIENTAIS
276
IX - transporte de espécimes, partes, produtos e subprodutos da fauna selvagem
oriundos de cativeiro;
CAPÍTULO IV
DAS CERTIDÕES AMBIENTAIS
Art. 13. A Certidão Ambiental é o ato administrativo por meio do qual o Órgão
Ambiental declara, atesta, certifica determinadas informações de caráter
ambiental, mediante requerimento do interessado.
277
I - atestado de cumprimento de condicionantes de licenças, autorizações, Termo
de Ajustamento de Conduta ou Termo de Compromisso Ambiental, sendo seu
requerimento facultativo;
CAPÍTULO V
DOS DEMAIS INSTRUMENTOS DO SISTEMA DE LICENCIAMENTO
AMBIENTAL
278
II - alteração ou retificação da titularidade da licença ou autorização;
CAPÍTULO VI
DA CLASSIFICAÇÃO DO PORTE E POTENCIAL POLUIDOR
279
CAPÍTULO VII
DO PROCEDIMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL
280
Art. 19. Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser
realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas do
empreendedor.
281
Art. 22. O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos e
complementações, formuladas pelo Órgão Ambiental, dentro do prazo máximo
de 3 (três) meses, a contar do recebimento da respectiva notificação.
CAPÍTULO VIII
DA RENOVAÇÃO DAS LICENÇAS AMBIENTAIS E DA PRORROGAÇÃO
DAS AUTORIZAÇÕES AMBIENTAIS
Art. 25. A renovação das licenças ambientais deve ser requerida com
antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de
validade, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva
do Órgão Ambiental.
Art. 26. A prorrogação das autorizações ambientais, quando couber, deve ser
requerida com antecedência mínima de 30 (trinta) dias da expiração de seu
prazo de validade, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação
definitiva do Órgão Ambiental.
282
CAPÍTULO IX
DA MODIFICAÇÃO, SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DAS LICENÇAS
AMBIENTAIS
CAPÍTULO X
DO TERMO DE COMPROMISSO AMBIENTAL
Art. 28. O Órgão Ambiental Licenciador poderá celebrar, com força de título
executivo extrajudicial, Termo de Compromisso Ambiental com pessoas físicas
ou jurídicas responsáveis pela construção, instalação, ampliação e
funcionamento de empreendimentos ou atividades considerados efetiva ou
potencialmente poluidores.
283
IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica
compromissada e os casos de rescisão, em decorrência do não cumprimento
das obrigações nele pactuadas;
V - o valor da multa de que trata o inciso IV não poderá ser superior ao valor do
investimento previsto, quando for o caso; e
CAPÍTULO XI
DAS TAXAS
284
VIII - Taxa de Certidão Ambiental - TCA;
Art. 30. As Taxas de Licenciamento Ambiental têm como fato gerador a atuação
do Órgão Ambiental na prestação de serviços ambientais e nas diversas fases e
procedimentos do Licenciamento Ambiental de empreendimentos ou atividades
considerados efetiva ou potencialmente causadores de poluição, bem como os
capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, definidos no
Anexo I desta Lei e em outros instrumentos legais cabíveis.
285
Art. 35. Os empreendimentos e atividades que se constituírem pela conjunção
de duas ou mais tipologias elencadas no Anexo I arcarão com o valor da maior
taxa apurada, considerando o porte e o potencial poluidor de cada uma das
tipologias, desde que o Órgão Ambiental não exija licenciamento próprio para
cada uma delas.
a) não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais;
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
286
Art. 39. Serão aplicadas subsidiariamente aos casos omissos as disposições
constantes da legislação estadual e federal, bem como dos regulamentos e
demais atos normativos expedidos para dar fiel cumprimento às leis.
Art. 42. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. (Artigo acrescentado
pela Lei Nº 3769 DE 21/03/2016)33 34.
33
Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=313482
34
Nota: Outorga RO: http://www.sedam.ro.gov.br/
287
7. RORAIMA
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
TÍTULO I
DA POLÍTICA AMBIENTAL DO ESTADO DE RORAIMA CAPÍTULO I - DOS
PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E DIRETRIZES DA POLÍTICA ESTADUAL DO
MEIO AMBIENTE
SEÇÃO I
Dos Princípios
288
IV - educação ambiental em todos os níveis de ensino, visando a
conscientização pública para defesa do meio ambiente;
SEÇÃO II
Dos Objetivos
289
VIII - o estabelecimento de mecanismos que obriguem o degradador a indenizar
pelos danos causados ao meio ambiente, sem prejuízo da aplicação das
sanções administrativas e penais cabíveis;
SEÇÃO III
Das Diretrizes
290
Art. 7 A política científica e tecnológica do Estado será orientada pelas diretrizes
desta Lei.
35
Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
36
Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
37
Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
38
Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
39
Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
291
da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a simplificação dos
sistemas naturais40;
40
Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
41
Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
42
Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
43
Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
44
Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
292
estabilidade geológica, a biodiversidade e o fluxo gênico de fauna e flora, assim
como, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas45;
CAPÍTULO II
DA AÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
45
Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
46
Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
47
Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
48
Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
293
IV - exercer o controle da poluição ambiental;
294
XX - proporcionar suporte técnico e administrativo ao Conselho Estadual de Meio
Ambiente, Ciência e Tecnologia CEMAT;
CAPÍTULO III
DO SISTEMA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE
SEÇÃO I
Da Estrutura do Sistema
Art. 10. Fica criado o Sistema Estadual do Meio Ambiente para gerir os recursos
ambientais, assegurar a preservação do meio ambiente e coordenar a integração
dos diversos níveis de Governo, garantida a participação da comunidade e das
associações ambientalistas.
Art. 11. O Sistema Estadual do Meio Ambiente será coordenado por órgãos da
administração direta para assuntos do meio ambiente e integrados por:
295
VI - associações ambientalistas, legalmente constituídas; e
CAPÍTULO IV
DO CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO ESTADO DE RORAIMA
SEÇÃO I
Da Constituição e Funcionamento
296
VII - Secretário de Estado de Segurança Pública - SESP/RR;
297
§ 2º Os Conselheiros, e seus suplentes, não serão remunerados, sob qualquer
hipótese, pela participação no Conselho.
SEÇÃO II
Da Competência
49
Redação dada ao artigo pela Lei Complementar nº 69, de 09.09.2003, Ed. de 09.09.2003
298
X - estabelecer critérios para orientar as atividades educativas à preservação do
meio ambiente e dos recursos naturais; e
TÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE
CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS
299
XI - a educação ambiental, a defesa ecológica e as medidas destinadas a
promover a pesquisa e a capacitação tecnológica orientada para a recuperação,
preservação e melhoria da qualidade ambiental.
CAPÍTULO II
DAS MEDIDAS DIRETIVAS
CAPÍTULO III
DO PLANEJAMENTO E ZONEAMENTO AMBIENTAL
300
III - sempre que possível, as diferentes fases do planejamento atenderão as
peculiaridades regionais e locais, relacionados com atividades que causem ou
possam causar impacto ambiental.
a) localização industrial;
b) zoneamento agrícola;
d) saneamento básico;
f) reflorestamento;
h) patrimônio cultural;
i) prevenção à saúde; e
301
CAPÍTULO IV
DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO ESPECIAL E DAS ZONAS DE RESERVA
AMBIENTAL
SEÇÃO I
Das Áreas de Proteção Especial
I - os locais adjacentes a:
a) parques estaduais;
II - as ilhas fluviais;
302
V - SÍTIOS COM ATRIBUTOS AMBIENTAIS RELEVANTES, aqueles capazes
de propiciar atividades de recreação, desenvolvimento de pesquisas científicas
e aprimoramento cultural.
SEÇÃO II
Das Zonas de Reserva Ambiental
I - os parques estaduais; e
SEÇÃO III
Das Proibições e Exigências
Art. 21. É proibido o corte raso das florestas, a exploração de pedreiras e outras
atividades degradadoras da paisagem, dos recursos naturais e das faixas de
terras de locais adjacentes a:
303
I - parques estaduais; e
Art. 23. Nas ilhas, fica proibido o corte raso da vegetação nativa e outras
atividades que degradem a paisagem e os recursos naturais.
Art. 24. Nas áreas de formações vegetais defensivas à erosão, fica proibido o
corte de árvores e demais formas de vegetação natural:
Art. 26. Nos sítios de interesse recreativo, cultural e científico, ficam proibidas
quaisquer atividades que degradem a paisagem e os recursos naturais.
50
Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
51
Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
304
I - extração de qualquer recurso do solo;
V - caça e a pesca ; e
V - caça e a pesca; e
SEÇÃO IV
Das Queimadas
I - do preparo de aceiros;
305
III - de grande proliferação de ofídios, insetos e outros; e
SEÇÃO V
Do Parcelamento do Solo
SEÇÃO VI
Da Implantação das Áreas de Proteção Especial e das Zonas de Reservas
Ambientas
I - criará:
a) os parques estaduais; e
II - declarará:
III - indicará:
306
b) às ilhas; e
c) os mananciais.
Art. 34. Sob qualquer pretexto, as terras devolutas, com área de relevante
interesse ambiental, não poderão ser transferidas a particulares.
CAPÍTULO V
DOS ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL E AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
SEÇÃO I
Dos Estudos de Impacto Ambiental - EIA e do Relatório De Impacto
Ambiental - RIMA
307
a) descrição geral do empreendimento;
308
Art. 38. O EIA/RIMA estará disponível para consulta pública na sede do órgão
ambiental.
Parágrafo único. Os prazos para consultas públicas não poderão ser inferiores a
90 (noventa) dias, contados a partir da data da publicação.
SEÇÃO II
Da Análise de Risco
SEÇÃO III
Dos Custos de Análise de Projetos, de EIA/RIMA e de Análise de Riscos
SEÇÃO IV
Das Audiências Públicas
Art. 42. Para esclarecer aspectos relacionados aos impactos ambientais, serão
realizadas audiências públicas a critério do órgão ambiental ou quando solicitado
por entidades da sociedade civil, por órgãos ou entidades do Poder Público
Estadual ou Municipal, pelo Ministério Público Federal ou Estadual e, ainda, por
membros do Poder Legislativo.
309
Art. 44. As audiências públicas serão realizadas em locais e horários compatíveis
com acesso das comunidades interessadas.
Parágrafo único. No final de cada audiência será lavrada uma ata a ser anexada
à cópia do relatório de impacto ambiental.
CAPÍTULO VI
DO SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Art. 46. O Sistema de Licenciamento Estadual - SLAP tem por objetivo disciplinar
as atividades e serviços que constituam fontes de poluição ou degradação do
meio ambiente, bem como disciplinar a implantação e funcionamento de
qualquer equipamento e/ou sistema de controle de poluição ambiental.
SEÇÃO I
Das Licenças
Art. 47. A licença ambiental será outorgada pelo órgão ambiental, com
observância dos critérios fixados nesta Lei e demais legislações pertinentes.
310
III - LICENÇA DE OPERAÇÃO - LO, que autoriza o início do empreendimento
com os equipamentos de controle ambiental exigidos na licença ambiental, de
acordo com o previsto na LP e LI e/ou no EIA/RIMA, se houver; e
§ 1º As Licenças Ambientais, referidas nos incisos I, II, III e IV, serão outorgadas
por prazo determinado, podendo ser renovadas desde que cumpridas as
exigências e corrigidas eventuais distorções, conforme dispõe esta Lei.
52
Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
311
§ 10. As licenças ambientais referentes às atividades declaradas de utilidade
e/ou interesse social, nos termos desta Lei, serão expedidas ou renovadas no
prazo máximo de 90 (noventa) dias, contado da data do protocolo no órgão
ambiental estadual, após a vistoria de uma equipe técnica do órgão ambiental
estadual, sendo consideradas licenciadas automaticamente, se não for expedida
no prazo previsto nesta Lei, exceto se a não renovação decorrer de
irregularidades previstas na legislação ambiental, nessa hipótese, o
indeferimento deverá ser através de decisão administrativa devidamente
fundamentada53.
Art. 50. Trinta (30) dias antes de vencido o prazo de validade da licença, o
interessado deverá apresentar ao órgão ambiental pedido de renovação que,
após análise, emitirá parecer sobre a solicitação.
SEÇÃO II
Das Condições de Validade das Licenças
Art. 51. A licença somente terá validade enquanto mantidas todas as condições
nela especificada.
53
Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
54
Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
55
Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
56
Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009
312
SEÇÃO III
Dos Custos de Processamento das Licenças
Art. 54. Os custos de emissão das licenças ambientais serão cobrados pelo
Órgão competente, conforme critérios estabelecidos nas tabelas I e II, em anexo.
SEÇÃO IV
Das Atividades Industriais
SEÇÃO V
Dos Critérios de Enquadramento de Atividades não Industriais
Art. 56. As atividades não industriais são enquadradas de acordo com o porte e
o grau de impacto ao meio ambiente.
CAPÍTULO VII
DOS REGISTROS, CADASTROS, INFORMAÇÕES AMBIENTAIS E
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES POLUIDORAS E/OU DEGRADADORAS DO
MEIO AMBIENTE
313
natureza técnica, dos usuários de recursos naturais e de produtores,
transportadores e consumidores de produtos tóxicos.
Art. 59. Os critérios para classificação das fontes poluidoras serão estabelecidos
em Normas Técnicas, elaboradas pelo órgão ambiental.
II - atividades industriais;
314
XI - descaracterização paisagística e/ou das belezas cênicas;
XV - matadouros e abatedouros;
Art. 61. O órgão ambiental, através de portaria, poderá identificar outras fontes
presumíveis de poluição e/ou degradação do meio ambiente, obrigando a
atividade ao procedimento de obtenção de Certificado de Registro.
CAPÍTULO VIII
DO CONTROLE, MONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO
SEÇÃO I
Do Controle e Monitoramento
315
SEÇÃO II
Da Fiscalização
CAPÍTULO IX
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
SEÇÃO I
Das Infrações
316
Art. 68. O infrator é responsável pelo dano que causar ao meio ambiente,
obrigando-se à reparação e à indenização, sem prejuízo das demais sanções
cabíveis.
SEÇÃO II
Das Penalidades
Art. 71. Sem prejuízo das sanções cíveis e penais cabíveis, as infrações serão
punidas com as seguintes penalidades:
I - advertência;
II - multa;
V - embargo;
VI - demolição;
VII - apreensão;
317
SEÇÃO III
Da Advertência
SEÇÃO IV
Das Multas
II - nas infrações de natureza grave, 501 (quinhentos e um) a 3000 (três mil)
reais; e
III - nas infrações de natureza gravíssima, de 3001 (três mil e um) a 5000 (cinco
mil) reais;
Parágrafo único. A multa poderá ser reduzida em até 90% do seu valor, se o
infrator fizer as correções necessárias, evitando a continuidade do delito.
Art. 76. É facultado ao infrator solicitar novo prazo para sanar as irregularidades
constatadas, ficando a critério do órgão competente a análise do pedido, com
base nos fundamentos técnicos apresentados.
318
SEÇÃO V
Da Redução da Atividade
Art. 77. A redução da atividade será imposta nos casos em que se caracterizar
um episódio grave de poluição ambiental, independentemente das precedentes
penalidades de advertência ou multa.
SEÇÃO VI
Da Interdição
Art. 78. A interdição temporária ou definitiva poderá ser aplicada nos seguintes
casos:
Parágrafo único. A atividade que tiver sua licença cassada, só poderá requerer
nova licença, após cumpridas todas as exigências feitas pelo órgão ambiental.
SEÇÃO VII
Do Embargo
Art. 81. O embargo será aplicado quando a atividade for executada à revelia,
sem a competente Licença de Instalação, expedida pelo órgão ambiental.
319
Art. 82. O embargo de obra poderá ser temporário ou definitivo.
SEÇÃO VIII
Das Demolições
SEÇÃO IX
Da Aplicação e da Graduação da Pena
SEÇÃO X
Do Processo Administrativo
320
§ 3º Decorrido o prazo que trata o parágrafo anterior e verificado o não
cumprimento da determinação perante o órgão competente, o agente lavrará o
Auto de Infração com as penalidades cabíveis.
Art. 88. As omissões e erros nas lavraturas dos autos de infração e notificação
não implicam na nulidade da pena, desde que os processos contenham
elementos que caracterizem a infração e o infrator.
Art. 90. O infrator será notificado para ciência da infração na seguinte forma:
I - pessoalmente;
SEÇÃO XI
Da Defesa e dos Recursos
321
Art. 92. A critério do órgão ambiental, a defesa deverá apresentar justificativa por
escrito, anexando documentos de suas alegações até prazo máximo de 10 (dez)
dias, contados da ciência do ato.
Art. 93. O CEMAT terá o prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias para o
julgamento dos recursos.
SEÇÃO XII
Da Cobrança e do Recolhimento das Multas
Art. 95. As multas serão atualizadas com base em índices oficiais e deverão ser
pagas dentro do prazo determinado para a defesa administrativa.
322
Art. 96. A arrecadação das multas decorrentes das infrações previstas nesta Lei
constituirá o Fundo Estadual de Meio Ambiente - FEMA gerido pelo Órgão
Ambiental.
Art. 97. As multas serão recolhidas num banco oficial em nome do FEMA, através
de Guia de Recolhimento elaborada pelo Órgão Ambiental.
SEÇÃO XIII
Da Execução das Decisões Definitivas
II - judicial;
§ 3º Será executada por via judicial, a pena de multa, após a sua inscrição na
dívida ativa.
323
CAPÍTULO X
DOS ESTÍMULOS E INCENTIVOS
CAPÍTULO XI
DA PESQUISA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
324
Art. 101. O Estado e a iniciativa privada deverão incentivar a criação e
manutenção de cursos de níveis médio e superior, visando atender a formação
de profissionais na área de ciência e tecnologia ambiental.
CAPÍTULO XII
DAS ATIVIDADES DE APOIO TÉCNICO E CIENTÍFICO
325
TÍTULO III
DOS SETORES AMBIENTAIS CAPÍTULO I - DA FLORA
326
Art. 109. Mesmo mediante licença especial, as áreas e a vegetação de
preservação permanente, somente poderão ser utilizadas ou suprimidas, em
caso de obras públicas de interesse social comprovado e de atividades
consideradas imprescindíveis e sem alternativa econômica.
CAPÍTULO II
DA FAUNA SILVESTRE
327
§ 2º Para a instalação e manutenção de criadouros, será permitida a apanha de
animais da fauna silvestre, dentro de rigoroso controle e segundo critérios
estabelecidos pelo órgão estadual competente, através de regulamento próprio.
CAPÍTULO III
DA FAUNA E FLORA AQUÁTICAS
Art. 117. Para os efeitos desta Lei, a fauna e a flora aquáticas são compostas
por animais e vegetais que têm na água meio de vida, sejam eles de ocorrência
natural, cultivados ou provenientes de criadouros.
Art. 118. A fauna e flora aquáticas podem ser usadas com fins comerciais,
desportivos e científicos, conforme regulamento apropriado.
328
Art. 121. O controle, a fiscalização e a exploração racional da fauna e flora
aquáticas, sob a responsabilidade do Estado, estarão sujeitos às normas fixadas
pelas autoridades ambientais.
CAPÍTULO IV
DO USO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E SUBSOLO
SEÇÃO I
Do Uso e Conservação
Art. 122. A utilização do solo, para quaisquer fins, deve ser feita através de
técnicas que visem sua conservação e melhoria, observadas as características
geomorfológicas, ambientais e destinação sócio-econômica.
329
§ 1º O parcelamento do solo urbano levará em consideração a natureza da
ocupação, mantendo o equilíbrio da sua utilização com a infra-estrutura a ser
instalada, especialmente no que diz respeito às condições de saneamento
básico e do escoamento das águas pluviais.
330
legislação federal e estadual pertinentes, cabendo ao órgão ambiental disciplinar
a sua regulamentação.
SEÇÃO II
Da Poluição do Solo e do Subsolo
Art. 128. O solo e subsolo só poderão ser utilizados para destino final de resíduos
de qualquer natureza, desde que obedecidos critérios em leis específicas, e
aprovados pelo órgão ambiental.
CAPÍTULO V
DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Art. 129. Considera-se como resíduo sólido qualquer lixo, refugo, lodos e borras,
provenientes de tratamento de águas residenciais, de estações de tratamento
de águas de abastecimento, de estações de tratamento de esgoto doméstico, ou
de equipamentos de controle de poluição atmosférica e outros materiais
residuais.
331
Art. 132. O órgão ambiental publicará normas técnicas necessárias à
identificação da periculosidade de um resíduo e a relação dos resíduos com
características poluentes conhecidas.
CAPÍTULO VI
DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Art. 135. Os depósitos naturais de águas subterrâneas serão regidos por esta
Lei e demais legislações pertinentes.
332
Parágrafo único. A descarga de poluentes que implique no comprometimento da
qualidade da água subterrânea, sujeitará o infrator às penalidades previstas na
legislação ambiental, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
CAPÍTULO VII
DOS RECURSOS MINERAIS
333
§ 2º Constatadas irregularidades na pesquisa ou exploração, contrariando as
normas estabelecidas pelo órgão ambiental, será aplicado o disposto nesta Lei
sem prejuízo das demais cominações legais.
CAPÍTULO VIII
DO CONTROLE E DA POLUIÇÃO AMBIENTAL
334
Art. 146. Sujeitam-se ao cumprimento desta Lei, todas as atividades, que direta
ou indiretamente, causem ou possam causar poluição do meio ambiente.
Art. 147. Em casos de grave ou iminente risco para a saúde pública e níveis
críticos de poluição ambiental, fica o Poder Executivo autorizado a determinar
medidas de emergência.
Parágrafo único. O órgão, de que trata este artigo, terá o poder de polícia
administrativa para exercer a fiscalização e impor as penalidades previstas nesta
Lei.
Art. 149. Ao órgão responsável pelo controle ambiental, competirá, dentre outras;
335
CAPÍTULO IX
DO CONTROLE DE OBRAS OU ATIVIDADES POTENCIALMENTE
POLUIDORAS OU DEGRADADORAS
VIII - expedir normas e instruções, cumprir e fazer cumprir a presente Lei naquilo
que se relaciona com a sua competência.
Art. 154. São consideradas atividades poluidoras, aquelas que, pela utilização
dos recursos ambientais ou pelas modificações na paisagem, impliquem em
alteração das características do meio ambiente, ou modifiquem os padrões de
reprodução da vida na área de influência.
336
Art. 157. As atividades potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio
ambiente serão obrigadas a adotar medidas de segurança e instalarem sistema
de controle, para evitar os riscos de efetiva poluição.
SEÇÃO I
Da Infra-Estrutura de Transporte
I - a drenagem das águas pluviais deverão ser lançadas de forma a não provocar
erosão;
III - quando sobre cursos d´água navegáveis, essa navegabilidade deverá ser
sempre assegurada; e
SEÇÃO II
Da Infra-Estrutura Energética
337
III - os concessionários de energia hidrelétrica financiarão o manejo integrado de
solos e águas nas áreas de contribuição direta dos lagos das usinas;
SEÇÃO III
Da Atividade Industrial
338
I - os efluentes e resíduos deverão apresentar na emissão características
compatíveis com o curso d´água receptor;
SEÇÃO IV
Da Atividade de Comércio e Serviços
339
SEÇÃO V
Das Obras ou Atividades Públicas
Art. 163. Qualquer projeto que utilize ou degrade o meio ambiente deverá
contemplar programas que cubram totalmente os estudos, projetos, planos e
pressupostos destinados à conservação, preservação e melhoria da área
afetada.
SEÇÃO VI
Da Atividade Agropecuária
VII - o Estado fomentará a agricultura nas áreas de campos naturais como forma
de manutenção da floresta natural; e
340
CAPÍTULO X
DO ASSENTAMENTO INDUSTRIAL, URBANO E RURAL
SEÇÃO I
Do Assentamento Industrial e Urbano
341
SEÇÃO II
Do Assentamento Rural
CAPÍTULO XI
DOS RESÍDUOS POLUENTES, PERIGOSOS OU NOCIVOS
342
Art. 172. A instalação e operação de incineradores de resíduos sólidos de
qualquer natureza dependem do licenciamento que fixará os padrões de
emissão e disposição final das cinzas.
CAPÍTULO XII
DO SANEAMENTO BÁSICO DOMICILIAR
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais
343
SEÇÃO II
Da Água e de Seus Usos
SEÇÃO III
Dos Esgotos Sanitários
SEÇÃO IV
Das Condições Ambientais das Edificações
Art. 185. Sem prejuízo a outras licenças exigidas em Lei, estão sujeitos à
aprovação do órgão ambiental os projetos de construção, reforma e ampliação
de edificações destinadas à:
344
TÍTULO IV
CRITÉRIOS, DIRETRIZES E NORMAS DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
NATURAIS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 187. O controle da qualidade dos recursos naturais do Estado será realizado
através de:
I - inventários e levantamentos;
VII - monitoramento;
345
CAPÍTULO II
DO AR
SEÇÃO I
Das Proibições e Exigências Subseção I - Das Proibições
SUBSEÇÃO II
Das Exigências
SEÇÃO II
Dos Padrões de Qualidade do Ar
Art. 192. Uma região será considerada saturada, quando qualquer um dos seus
padrões de qualidade for ultrapassado.
346
SEÇÃO III
Dos Padrões de Emissão
SEÇÃO IV
Dos Padrões de Condicionamento e Projeto para Fontes Estacionárias
CAPÍTULO III
DA ÁGUA
SEÇÃO I
Da Classificação, Controle e Utilização dos Corpos de Água
Art. 199. Entende-se por águas interiores continentais, as águas paradas, semi-
paradas e correntes, podendo ser superficiais e subterrâneas.
Art. 200. As águas, para os efeitos desta Lei, são classificadas segundo seu uso
preponderante:
347
III - CLASSE 3 - águas destinadas ao abastecimento doméstico, após tratamento
convencional, também usadas na piscicultura em geral e noutros elementos da
fauna e da flora; e
SEÇÃO II
Das Proibições e Exigências
Art. 203. Toda empresa deverá tratar seu esgoto sanitário, quando não existir
sistema público de coletas, transporte, tratamento e disposição final de esgoto.
SEÇÃO III
Dos Critérios e Padrões de Qualidade da Água
Art. 206. O padrão de qualidade dos corpos d'água será avaliado nas condições
e locais mais desfavoráveis de assimilação de poluentes.
348
Art. 207. O órgão ambiental poderá limitar o uso de defensivos agrícolas, ouvido
o parecer da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, se os níveis
de contaminação verificados comprometerem a principal utilização no corpo
d'água em questão.
SEÇÃO IV
Dos Critérios e Padrões de Emissão de Efluentes Líquidos
349
CAPÍTULO IV
DO SOLO E DO SUBSOLO
SEÇÃO I
Do Uso e Conservação
Art. 212. O aproveitamento do solo deverá será feito com técnicas destinadas a
manter e/ou aumentar a sua capacidade produtora.
Art. 213. A disposição de qualquer tipo de resíduo tóxico no solo só poderá ser
feita de forma adequada, quer em propriedade pública quer em propriedade
privada.
Art. 214. Estará sujeito à conservação e/ou recuperação, o solo que se encontre
nas seguintes condições:
CAPÍTULO V
DA FLORA
Art. 215. O máximo de 50% (cinquenta por cento) em áreas de floresta natural
de cada propriedade ou posse rural é destinado à implantação de reserva legal,
a critério do órgão ambiental.
Art. 217. Para o cômputo da reserva legal poderão ser inferidas áreas de
preservação permanente, as áreas impróprias para a agricultura e as que são
ou vierem a ser demarcada como área de populações nativas.
Art. 218. A flora nativa, mesmo em propriedade particular, desde que contígua à
área de preservação permanente, está sujeita aos dispositivos de preservação
desta Lei.
350
Art. 219. O órgão ambiental manterá atualizado o cadastro do zoneamento
florestal e da flora nativa, visando racionalizar a localização das explorações
florestais, as florestas de proteção e as áreas de preservação permanente.
CAPÍTULO VI
DA FAUNA
§ 2º As autorizações, referidas, neste artigo não poderão ser utilizadas para fins
comerciais ou esportivos.
Art. 222. A posse de animais da fauna silvestre nacional deve ter origem
comprovada, sendo terminantemente proibida a sua venda.
Art. 223. Os zoológicos deverão ser licenciados pelo órgão ambiental, conforme
o regulamento.
351
CAPÍTULO VII
DA FAUNA E DA FLORA AQUÁTICA
Art. 225. A atividade pesqueira artesanal será regida por uma legislação própria,
considerando as condições de produção e garantia de mercado para assegurar
sua subsistência.
Art. 227. Independente de Lei Federal, a pesca será objeto de licença estadual.
a) explosivos;
b) substâncias tóxicas;
352
Art. 231. Compete aos responsáveis por represas ou cursos d'água, sem
prejuízo de outras disposições legais, tomar medidas de proteção à fauna
aquática.
CAPÍTULO VIII
DOS SONS, RUÍDOS E VIBRAÇÕES
Art. 235. O órgão ambiental deverá normatizar e fiscalizar todo e qualquer tipo
de instalação e utilização de aparelhos sonoros, ou sons de qualquer natureza
que, pela sua intensidade, possa constituir perturbação ao sossego público e
dano à integridade física, mental e ao ambiente.
CAPÍTULO IX
POLUIÇÃO ACIDENTAL
353
III - do proprietário de instalações de armazenagem, tratamento e disposição de
resíduos que vazarem ou forem depositados acidentalmente.
TÍTULO V
DO FUNDO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEMA
CAPÍTULO I
DA CRIAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DO FEMA
Art. 238. Fica criado o Fundo Estadual do Meio Ambiente - FEMA, gerenciado
pelo órgão ambiental, com objetivo de financiar todas as atividades que visem o
uso racional e sustentado de recursos naturais, além de auxiliar no controle,
fiscalização, defesa e recuperação do meio ambiente.
I - do orçamentário estadual;
354
§ 1º As pessoas físicas ou jurídicas que fizerem doações ao FEMA poderão
gozar de benefícios fiscais estaduais, conforme previsto em Lei.
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E GERAIS
Art. 245. O Estado promoverá edição popular do texto integral desta Lei,
divulgando-o nas escolas, nos sindicatos, nas entidades ambientalistas, nas
bibliotecas e outras instituições representativas da sociedade organizada.
Art. 246. O órgão ambiental poderá celebrar convênios com Municípios, Estados
e a União; com entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais,
objetivando a execução desta Lei e dos serviços dela decorrentes.
355
Art. 247. Os órgãos da administração direta, indireta, bem como suas empresas
subsidiárias, ficam obrigados a se articularem com o órgão ambiental, com vistas
ao cumprimento dos dispositivos estabelecidos nesta Lei.
Art. 249. Esta Lei com seus anexos entra em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 35 de
30.12.1992.
IV - da razoabilidade e da proporcionalidade; e
356
processo de desmatamento. (Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº
153, de 21.12.2009, DOE RR de 21.12.2009)
57
Disponível em: https://www.mpc.rr.gov.br/uploads/2013/09/03092013112810479_6.pdf
357
7.2. Lei no 547, de 23 de junho de 200658
TÍTULO I
DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS
58
Disponível em: http://www.cbh.gov.br/Legislacao/RRLei_n_0547-2006.pdf
358
e) considerar os aspectos econômicos, sociais e ambientais na utilização da
água no território do Estado de Roraima; e
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
III – a proteção das bacias hidrográficas contra ações que possam comprometer
o seu uso atual e futuro;
CAPÍTULO III
DAS DIRETRIZES DE AÇÃO
359
III – a integração da gestão dos Recursos Hídricos, com a proteção do meio
ambiente;
360
V – à implantação do sistema de alerta e defesa civil, para garantir a segurança
e a saúde pública, quando se tratar de eventos hidrológicos indesejáveis.
CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS
HÍDRICOS
SEÇÃO I
Dos Planos de Recursos Hídricos
361
§ 2o O planejamento dos Recursos Hídricos consubstanciar-se-á́ em Planos de
Recursos Hídricos, elaborados por bacias hidrográficas localizadas no Estado,
que integrarão o Plano Estadual de Recursos Hídricos.
VIII – propostas para a criação de áreas sujeitas à restrição de uso, com vistas
à proteção dos Recursos Hídricos;
362
XIII – diretrizes para o rateio do custo das obras e aproveitamento dos Recursos
Hídricos de interesse comum ou coletivo;
XVII – diretrizes para o transporte fluvial nos cursos de água onde haja tráfego
de embarcações; e
SEÇÃO II
Do Enquadramento dos Corpos de Água em Classes, segundo os Usos
Preponderantes da Água
363
III – estabelecer prioridades relativas ao manejo, retirada, concessão de outorga,
lançamento de efluentes e demais alterações que venham a afetar os cursos de
água.
SEÇÃO III
Da outorga de direito de uso de Recursos Hídricos
Art. 11. O regime de outorga de direitos de uso de Recursos Hídricos tem como
objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos corpos hídricos e o
efetivo exercício do direito de acesso à água.
Art. 12. Estão sujeitos à outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes
usos dos Recursos Hídricos:
364
Art. 13. Independem de outorga, conforme definido em regulamento:
I – o uso dos Recursos Hídricos para o abastecimento de pequenos núcleos
populacionais distribuídos no meio rural,
Art. 16. A outorga de direito de uso de Recursos Hídricos poderá ser suspensa
parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, nas seguintes
circunstâncias:
365
Parágrafo único. Nas suspensões definitivas, deverá ser previamente ouvido o
Conselho Estadual de Recursos Hídricos.
Art. 17. Nas outorgas de direito de uso de Recursos Hídricos, serão respeitados
os seguintes limites de prazos, contados da data de publicação dos respectivos
atos administrativos de autorização:
§ 3º O prazo de que trata o inciso III poderá ser prorrogado pelo Órgão Gestor
de Recursos Hídricos, respeitando-se as prioridades estabelecidas nos Planos
de Recursos Hídricos.
366
Art. 19. Para licitar a concessão ou autorizar o uso do potencial de energia
hidráulica em corpo de água de domínio do Estado, a Agência Nacional de
Energia Elétrica – ANEEL, deverá solicitar ao órgão gestor dos Recursos
Hídricos a prévia obtenção de declaração de reserva de disponibilidade hídrica.
Art. 20. O órgão gestor dos Recursos Hídricos dará publicidade aos pedidos de
outorga de direito de uso de Recursos Hídricos, bem como, aos atos
administrativos que deles resultarem, por meio de publicação na imprensa oficial
e em, pelo menos, um jornal de grande circulação do Estado de Roraima.
Art. 21. A outorga não implica a alienação parcial das águas, que são
inalienáveis, mas no simples direito de uso.
Art. 23. O órgão gestor dos Recursos Hídricos poderá outorgar o direito de uso
de Recursos Hídricos em rios federais, uma vez que haja delegação da União.
SEÇÃO IV
Da Cobrança pelo uso de Recursos Hídricos
367
IV – proteger as águas contra ações que possam comprometer o seu uso atual
e futuro;
Art. 25. No cálculo e na fixação dos valores a serem cobrados pelo uso dos
Recursos Hídricos, serão observados os seguintes aspectos, dentre outros:
368
§ 2º Os procedimentos para o cálculo e a fixação dos valores a serem cobrados
pelo uso da água serão aprovados pelo CERH, mediante proposta do órgão
gestor dos Recursos Hídricos, instituído na forma da lei, ouvidos os Comitês de
Bacias.
Art. 26. A cobrança pelo uso de Recursos Hídricos não recairá sobre os usos
considerados insignificantes, nos termos do regulamento.
Art. 27. Os valores inerentes à cobrança pelos direitos de uso dos Recursos
Hídricos serão arrecadados e geridos pelo órgão gestor dos Recursos Hídricos,
instituído na forma da lei, que deverão ser depositados e geridos em conta
bancária própria.
Art. 28. Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de Recursos Hídricos
serão aplicados, prioritariamente, na bacia hidrográfica em que foram gerados e
serão utilizados:
369
SEÇÃO V
Do Sistema Estadual de Informações Sobre Recursos Hídricos
Art. 29. O Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos tem por
finalidade a coleta, o tratamento, o armazenamento e a disseminação de
informações sobre Recursos Hídricos e fatores intervenientes em sua gestão,
devendo ser compatibilizado com o Sistema Nacional de Informação sobre
Recursos Hídricos, de acordo com o previsto na Lei Federal no 9.433, de 1997.
SEÇÃO VI
Da capacitação, desenvolvimento tecnológico e educação ambiental
370
Art. 33. Os programas de educação ambiental deverão ser focados na gestão de
Recursos Hídricos e visar à criação de condições de apoio da sociedade e
entidades públicas nas mudanças sócio-político-culturais para a implementação
de Recursos Hídricos.
Art. 35. A implementação dos programas deverá ser feita pela Agência de Bacia,
sob a supervisão e fiscalização do respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica.
Art. 36. As atividades previstas nos programas poderão ser implementadas por
entidades públicas e privadas com interesse na área de Recursos Hídricos, nas
respectivas bacias hidrográficas.
CAPÍTULO V
DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MÚLTIPLO DE INTERESSE
COMUM OU COLETIVO
371
e normas a serem estabelecidos em regulamento baixado pelo Poder Executivo,
após aprovação pelo CERH, atendidos os seguintes procedimentos:
CAPÍTULO VI
DA AÇÃO DO PODER PÚBLICO
372
VI – observar e aplicar a legislação ambiental federal e estadual de modo
compatível e integrado com a política e o gerenciamento dos Recursos Hídricos
de domínio do Estado;
Art. 39. O Poder Executivo Estadual se articulará com os Municípios, por meio
dos Comitês de Bacias Hidrográficas, com a finalidade de promover a integração
das políticas locais de saneamento básico, de uso, ocupação e conservação do
solo e do meio ambiente, com as políticas federal e estadual de Recursos
Hídricos.
TÍTULO II
DO SISTEMA ESTADUAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS
HÍDRICOS
373
I – o Conselho Estadual de Recursos Hídricos;
IV – as Agências de Bacias; e
CAPÍTULO I
DO CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
III – deliberar sobre questões que lhe tenham sido encaminhadas pelos Comitês
de Bacias Hidrográficas;
374
IV – estabelecer diretrizes complementares para implementação da Política
Estadual de Recursos Hídricos, aplicação de seus instrumentos e atuação do
Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
Art. 44. O Conselho Estadual de Recursos Hídricos será presidido pelo titular do
órgão ambiental do Estado ou outra instituição com competência específica,
quando criada.
375
CAPÍTULO II
DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS
HÍDRICOS
CAPÍTULO III
DOS COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
376
Art. 48. A instituição de Comitês de Bacias Hidrográficas em rios de domínio do
Estado será efetivada por ato do Governador, mediante proposição do Conselho
Estadual de Recursos Hídricos.
377
§ 6º A somatória dos representantes das entidades da sociedade civil será de no
mínimo 20% (vinte por cento) do total de membros.
VII – estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo
de interesse comum e coletivo;
378
X – avaliar o relatório sobre a situação dos Recursos Hídricos da bacia
hidrográfica;
Art. 52. Das decisões dos Comitês de Bacias Hidrográficas caberá recurso ao
Conselho Estadual de Recursos Hídricos.
CAPÍTULO IV
DAS AGÊNCIAS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
379
Art. 55. Às Agências de Bacias Hidrográficas compete:
380
b) os valores a serem cobrados pela utilização dos Recursos Hídricos;
Art. 56. A criação de Agência de Bacia será autorizada pelo Conselho Estadual
de Recursos Hídricos, mediante solicitação de um ou mais Comitês de Bacias
Hidrográficas, ficando condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos:
381
autonomia administrativa e financeira, devendo seus integrantes e corpo técnico
ser portadores de reconhecido currículo e trajetória profissional que os qualifique
para o exercício de suas funções específicas.
CAPÍTULO V
DAS ORGANIZAÇÕES CIVIS DE RECURSOS HÍDRICOS
Art. 59. São considerados, para os efeitos desta Lei, organizações civis de
Recursos Hídricos:
382
CAPÍTULO VI
DA PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NA GESTÃO DOS RECURSOS
HÍDRICOS
TÍTULO III
DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Art. 64. Para efeito desta Lei, são consideradas águas subterrâneas as que
ocorrem natural ou artificialmente no subsolo, de forma suscetível de extração e
utilização.
Art. 66. Para fins desta Lei, as áreas de proteção e controle dos aqüíferos
classificam-se em:
383
II – Área de Restrição e Controle, caracterizada pela necessidade de disciplina
das extrações, controle máximo das fontes poluidoras já implantadas e restrição
a novas atividades potencialmente poluidoras; e
Art. 68. Nos casos de escassez de água subterrânea ou de prejuízo sensível aos
aproveitamentos existentes nas áreas de proteção máxima, o órgão gestor dos
Recursos Hídricos do Estado poderá:
Art. 69. Nas áreas de Restrição e Controle, quando houver escassez de água
subterrânea ou prejuízo sensível aos aproveitamentos existentes, poderão ser
adotadas medidas previstas no artigo anterior.
Art. 70. Nas áreas de proteção de poços e outras captações será instituído um
perímetro imediato de proteção sanitária, abrangendo um raio de dez metros a
384
partir do ponto de captação, cercado e protegido, devendo seu interior estar
resguardado da entrada ou infiltração de poluentes.
Art. 72. Os poços jorrantes deverão ser dotados de dispositivos que impeçam o
desperdício da água ou eventuais desequilíbrios ambientais.
Art. 75. Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênios com outros
Estados, relativamente aos aqüíferos também a eles subjacentes, objetivando
estabelecer normas e critérios que permitam o uso harmônico e sustentável das
águas subterrâneas.
Art. 77. O uso e outorga das águas subterrâneas deverão ser regulamentados
pelo CERH-RR e autorizados pelo Órgão Gestor de Recursos Hídricos, sem
prejuízo das demais exigências legais, após elaboração de estudos de impactos
ambientais e de demandas.
385
dos aquuíferos, a necessidade de atendimento às populações, a viabilização das
atividades econômicas e as necessidades de desenvolvimento sustentável do
Estado de Roraima.
TÍTULO IV
DA FISCALIZAÇÃO, INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 79. Ficam sujeitos à fiscalização do órgão competente todos os usos dos
Recursos Hídricos, inclusive aqueles dispensados de outorga.
Art. 80. Fica assegurado aos agentes credenciados da fiscalização o livre acesso
aos locais em que estiverem situadas as obras de captação de águas
subterrâneas e onde estiverem sendo executadas quaisquer atividades que, de
alguma forma, possam afetar os aqüíferos.
Art. 81. Aos agentes credenciados pelo órgão gestor de RH, no exercício das
funções fiscalizadoras, compete:
Art. 82. Constitui infração das normas de utilização dos Recursos Hídricos
superficiais, meteóricos e subterrâneos, emergentes ou em depósitos:
386
I – derivar ou utilizar Recursos Hídricos sem a respectiva outorga de direito de
uso;
387
das solicitações feitas, o infrator, a critério da autoridade competente, ficará
sujeito às seguintes penalidades, independentemente de sua ordem de
enumeração:
§ 2º. No caso dos incisos III e IV, independentemente da pena de multa, serão
cobrados do infrator as despesas em que incorrer a Administração para tornar
efetivas as medidas previstas nos citados incisos, na forma dos arts. 36, 53, 56
e 58 do Código de Águas, sem prejuízo de responder pela indenização dos
danos a que der causa.
Art. 84. Em decorrência dos critérios, padrões e normas previstos nesta Lei,
incidem sobre a exploração dos Recursos Hídricos as normas constantes do seu
decreto regulamentar e das resoluções do Conselho Estadual de Recursos
Hídricos.
388
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 86. Fica o Poder Executivo Estadual autorizado a celebrar convênios com
os Estados vizinhos para proteção e administração dos corpos de água comuns.
Art. 87. O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que couber, no prazo de
180 (cento e oitenta) dias, definindo, inclusive, o órgão responsável pela gestão
da Política Estadual de Recursos Hídricos.
Art. 88. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
389
Instrução Normativa FEMARH Nº 1 DE 18 de abril de 201359
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
59
Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=254202
390
CAPÍTULO II
DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL
Seção I
Do Cadastro Ambiental Rural (CAR), Regularização do Uso de Recursos
Hídricos e Certidão Negativa de Débitos Ambientais (CNDA).
391
SEÇÃO II
Das Licenças Ambientais (LP, LI, LO, LA e LAS)
392
a) controle ambiental: se necessário, a reestruturação e/ou complementação do
projeto original, acrescentando muito mais detalhes, no qual são fixadas as
prescrições com medidas preventivas, mitigatórias e/ou compensatórias
estritamente técnica, capaz de compatibilizar a instalação do empreendimento
com a proteção do meio ambiente;
b) condicionante: se necessário, a reestruturação e/ou complementação do
projeto original, acrescentando respostas aos itens elencados como
condicionantes no parecer técnico que deferiu a Licença Prévia.
III - protocolização de solicitação da Licença de Operação - LO na Divisão
Administrativa com o devido pagamento das Taxas de Serviços Ambientais e da
Taxa de Vistoria Técnica, juntamente com a cópia da Licença de Instalação, com
o estudo ambiental com as medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a licença de operação, além dos documentos constantes do
anexo II com a devida publicidade, que posteriormente será encaminhado a
Divisão de Licenciamento Ambiental, por meio de despacho imediato para
análise e emissão da LO, em caso de parecer técnico favorável.
a) será condicionante para emissão da Licença de Operação, a apresentação de
estudo ambiental cabível, com devido parecer técnico e publicidade.
§ 1º Entende-se por medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a licença de operação:
a) o cumprimento de todas as exigências de controle ambiental feitas nas fases
anteriores, através da avaliação dos sistemas de controle e monitoramento
ambiental proposto e considerando as disposições legais e regulamentares
aplicáveis ao caso específico.
IV - protocolização de solicitação da Licença de Ampliação - LA na Divisão
Administrativa com o devido pagamento das Taxas de Serviços Ambientais e da
Taxa de Vistoria Técnica, juntamente com a cópia da Licença de Operação, com
a devida publicidade, que posteriormente será encaminhado a Divisão de
Licenciamento Ambiental, por meio de despacho imediato para análise e
emissão da LA, em caso de parecer técnico favorável.
V - protocolização de solicitação de Licença Ambiental Simplificada (LAS) na
Divisão Administrativa, juntamente com o CAR, Regularização do Uso de
recursos hídricos, CNDA, Autorização Municipal de Uso e Ocupação do Solo,
além dos documentos constantes do anexo II, com a devida publicidade, que
posteriormente será encaminhada a Divisão de Licenciamento Ambiental (DLA),
por meio de despacho imediato para análise e emissão da LAS, em caso de
parecer técnico favorável.
Art. 5º. O trâmite processual da Licença Ambiental sem Regularização do Uso
de recursos hídricos obedecerá ao seguinte rito, respectivamente para Licença
393
Prévia (LP), Licença de Instalação (LI), Licença de Operação (LO), Licença de
Ampliação (LA) e Licença Ambiental Simplificada (LAS), conforme anexo I:
I - protocolização de solicitação da Licença Prévia - LP na Divisão Administrativa
com o devido pagamento das Taxas de Serviços Ambientais e da Taxa de
Vistoria Técnica, juntamente com o CAR, CNDA, Autorização Municipal de Uso
e Ocupação do Solo e estudo ambiental, além dos documentos constantes do
anexo II, exceto documentos exigidos para Regularização do Uso de recursos
hídricos, com a devida publicidade, que posteriormente será encaminhado a
Divisão de Licenciamento Ambiental, por meio de despacho imediato para
análise e emissão da LP, em caso de parecer técnico favorável.
§ 1º independente da forma de solicitação, se conjunta ou individual, todas as
informações contidas no CAR, Regularização do Uso de recursos hídricos e na
Certidão Negativa de Débitos Ambientais retornarão a parte interessada para
solicitação da Licença Prévia.
§ 2º Entende-se por viabilidade ambiental da LP a análise em conjunto de fatores
técnicos e legais.
a) fatores técnicos: levantamento e práticas ambientais mitigatórias das
condições edafoclimáticos, geotécnicas, bióticos, tecnológicas e disponibilidade
dos recursos ambientais.
b) fatores legais: levantamento das condições de limitações ambientais impostas
pela legislação ambiental.
II - protocolização de solicitação da Licença de Instalação - LI na Divisão
Administrativa com o devido pagamento das Taxas de Serviços Ambientais e da
Taxa de Vistoria Técnica, juntamente com a cópia da Licença Prévia, o
atendimento das condicionantes, a complementação do estudo ambiental
apresentado na fase de LP, além dos documentos constantes do anexo II, exceto
documentos exigidos para Regularização do Uso de recursos hídricos, com a
devida publicidade, que posteriormente será encaminhado a Divisão de
Licenciamento Ambiental, por meio de despacho imediato para análise e
emissão da LI, em caso de parecer técnico favorável.
a) será condicionante para emissão da Licença de Instalação, a apresentação
de estudo ambiental cabível, com devido parecer técnico e publicidade, além da
autorização de desmatamento, quando necessário, conforme a Lei.
§ 1º Entende-se por controle ambiental e condicionantes para instalação do
empreendimento:
a) controle ambiental: se necessário, a reestruturação e/ou complementação do
projeto original, acrescentando muito mais detalhes, no qual são fixadas as
prescrições com medidas preventivas, mitigatórias e/ou compensatórias
estritamente técnica, capaz de compatibilizar a instalação do empreendimento
com a proteção do meio ambiente;
394
b) condicionante: se necessário, a reestruturação e/ou complementação do
projeto original, acrescentando respostas aos itens elencados como
condicionantes no parecer técnico que deferiu a Licença Prévia.
III - protocolização de solicitação da Licença de Operação - LO na Divisão
Administrativa com o devido pagamento das Taxas de Serviços Ambientais e da
Taxa de Vistoria Técnica, juntamente com a cópia da Licença de Instalação, com
o estudo ambiental com as medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a licença de operação, além dos documentos constantes do
anexo II, exceto documentos exigidos para Regularização do Uso de recursos
hídricos, com a devida publicidade, que posteriormente será encaminhado a
Divisão de Licenciamento Ambiental, por meio de despacho imediato para
análise e emissão da LO, em caso de parecer técnico favorável.
a) será condicionante para emissão da Licença de Operação, a apresentação de
estudo ambiental cabível, com devido parecer técnico e publicidade.
§ 1º Entende-se por medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a licença de operação:
a) o cumprimento de todas as exigências de controle ambiental feitas nas fases
anteriores, através da avaliação dos sistemas de controle e monitoramento
ambiental proposto e considerando as disposições legais e regulamentares
aplicáveis ao caso específico.
IV - protocolização de solicitação da Licença de Ampliação - LA na Divisão
Administrativa com o devido pagamento das Taxas de Serviços Ambientais e da
Taxa de Vistoria Técnica, juntamente com a cópia da Licença de Operação, com
a devida publicidade, que posteriormente será encaminhado a Divisão de
Licenciamento Ambiental, por meio de despacho imediato para análise e
emissão da LA, em caso de parecer técnico favorável.
V - protocolização de solicitação de Licença Ambiental Simplificada (LAS) na
Divisão Administrativa, juntamente com o CAR, CNDA, Autorização Municipal de
Uso e Ocupação do Solo, além dos documentos constantes do anexo II, com a
devida publicidade, que posteriormente será encaminhada a Divisão de
Licenciamento Ambiental (DLA), por meio de despacho imediato para análise e
emissão da LAS, em caso de parecer técnico favorável.
SEÇÃO III
Das Autorizações Ambientais
395
I - protocolização de solicitação de Autorização Ambiental na Divisão
Administrativa com o devido pagamento das Taxas de Serviços Ambientais e da
Taxa de Vistoria Técnica, juntamente com o CAR, Regularização do Uso de
recursos hídricos, Certidão Negativa de Débitos Ambientais e Autorização de
Uso e Ocupação do Solo Municipal, além dos documentos constantes do anexo
II e, quando houver Supressão Vegetal, nos termos contidos no Art. 26, § 4º, I,
II, III e IV da Lei nº 12.651/2012 e cópia da Licença Prévia, com a devida
publicidade, que posteriormente será encaminhado a Divisão de Licenciamento
Ambiental e, quando necessário, a Divisão de Controle Florestal por meio de
despacho imediato para análise e emissão da Autorização ambiental, em caso
de parecer técnico favorável.
a) a Autorização Ambiental será emitida conforme parecer técnico conclusivo
com sua devida publicidade.
Art. 7º. O trâmite processual da Autorização Ambiental sem Regularização do
Uso de recursos hídricos obedecerá ao respectivo rito, conforme anexo I:
I - protocolização de solicitação de Autorização Ambiental na Divisão
Administrativa com o devido pagamento das Taxas de Serviços Ambientais e da
Taxa de Vistoria Técnica, juntamente com o CAR, Certidão Negativa de Débitos
Ambientais e Autorização de Uso e Ocupação do Solo Municipal, além dos
documentos constantes do anexo II e, quando houver Supressão Vegetal, nos
termos contidos no Art. 26, § 4º, I, II, III e IV da Lei nº 12.651/2012 e cópia da
Licença Prévia, com a devida publicidade, que posteriormente será
encaminhado a Divisão de Licenciamento Ambiental, e quando necessário, a
Divisão de Controle Florestal por meio de despacho imediato para análise e
emissão da Autorização ambiental, em caso de parecer técnico favorável.
a) a Autorização Ambiental será emitida conforme parecer técnico conclusivo
com sua devida publicidade.
SEÇÃO IV
Da Declaração de Isenção de Licenciamento Ambiental (DILA)
396
Alternativo do Solo e Agricultura Familiar (DUSAF), por meio de despacho
imediato para análise e emissão da DILA, em caso de parecer técnico favorável.
a) independente da forma conjunta ou individual, todas as informações contidas
no CAR, Regularização do Uso de recursos hídricos e a Certidão Negativa de
Débitos Ambientais retornarão a parte interessada para solicitação da DILA.
SEÇÃO V
Da Licença Ambiental Única (LAU)
397
Art. 11º. O trâmite processual da Licença Ambiental Única - LAU sem
Regularização do Uso de recursos hídricos obedecerá ao respectivo rito,
conforme anexo I:
I - protocolização de solicitação da Licença Ambiental Única - LAU na Divisão
Administrativa com o devido pagamento das Taxas de Serviços Ambientais e da
Taxa de Vistoria Técnica, juntamente com o CAR, CNDA, Autorização Municipal
de Uso e Ocupação do Solo e estudo ambiental, além dos documentos
constantes do anexo II, com a devida publicidade, que posteriormente será
encaminhado a Divisão de Licenciamento Ambiental, por meio de despacho
imediato para análise e emissão da LAU, em caso de parecer técnico favorável.
a) independente da forma conjunta ou individual todas as informações contidas
no CAR e na Certidão Negativa de Débitos Ambientais retornarão a parte
interessada para solicitação da LAU.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
398
III - a Autorização Ambiental, Declaração de Isenção de Licença Ambiental,
Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação serão concedidas,
obrigatoriamente, para a atividade.
IV - a Licença Ambiental Única será concedida, obrigatoriamente, para a
propriedade.
V - em propriedades, que já tenha sido concedida a Licença Prévia - LP,
mediante convênio ou não com o órgão ambiental municipal competente, com
posterior aprovação da Autorização de Supressão Vegetal, só terá direito a uma
nova Autorização de Supressão Vegetal para a mesma atividade, nessa mesma
propriedade, após a conclusão das primeiras licenças de instalação e licenças
de operação pleiteadas anteriormente.
VI - a ausência de documentos, planos ou projetos exigidos, impedirá
incondicionalmente a protocolização de solicitação do Cadastro Ambiental Rural,
CNDA, Regularização do Uso de recursos hídricos, Autorização Ambiental,
Declaração de Isenção de Licença Ambiental, Licença Ambiental Única, Licença
Prévia, Licença de Instalação, Licença de Operação, Licença de Ampliação,
Licença Ambiental simplificada e todos os serviços solicitados por meio de
requerimento.
VII - em caso de impedimento de protocolização previsto no inciso anterior, a
solicitação do interessado receberá um carimbo com os dizeres “protocolo
impedido por falta de documentos”.
VIII - para efeito desta instrução normativa, entende-se por despacho imediato o
trâmite processual entre divisões desta fundação.
IX - poderá ser realizado despacho imediato entre divisões, mesmo envolvendo
diferentes diretorias.
X - após análise, a divisão solicitada deverá comunicar, formalmente, a sua
respectiva diretoria.
XI - será apensado o CAR, Regularização do Uso de recursos hídricos e a
Certidão Negativa de Débitos Ambientais ao estudo ambiental na Divisão
Administrativa.
Art. 13º. As taxas de vistoria técnica e taxas de serviços ambientais serão
cobradas conforme a lei nº 882 de 28 de dezembro de 2012.
Art. 14º. Nas atividades de licenciamento, quando houver o indeferimento por
três vezes consecutivas em cada etapa de emissão da Licença Prévia (LP),
Licença de Instalação (LI), Licença de Operação (LO), Regularização Ambiental,
Licença Ambiental Única (LAU) e Autorizações Ambientais (AA), em função de
pendências no processo, será recomendada, mediante justificativa, o
arquivamento do mesmo.
399
§ 1º Será comunicada a parte interessada, após a análise do processo,
ocorrendo o primeiro indeferimento, oriunda da análise do Analista Ambiental.
§ 2º Após atendida as pendências originadas do primeiro indeferimento, o
processo retornará ao analista que realizou a primeira análise, e
excepcionalmente a critério do chefe de divisão, na ausência ou impedimento do
analista, devido a licença, férias ou excesso de demanda será encaminhado a
um outro analista ambiental.
§ 3º Havendo o segundo indeferimento o processo será encaminhado à Câmara
de Assessoramento Técnico e Científico desta Fundação.
Art. 15º. Em casos excepcionais o processo do Cadastro Ambiental Rural,
Autorização Ambiental, Declaração de Isenção de Licença Ambiental, Licença
Ambiental Única, Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação,
CNDA e Regularização do Uso de recursos hídricos poderá ainda ser destinado
a Procuradoria Jurídica para emissão de parecer jurídico, quando couber.
Art. 16º. O trâmite processual da Autorização Ambiental com ou sem
Regularização do Uso de recursos hídricos para a complementação de
licenciamento ambiental realizado por município conveniado com a FEMARH
será o mesmo dos art. 6º e 7º respectivamente, desta instrução normativa.
Art. 17º. O trâmite da Autorização de Queima Controlada (AQC), Registro de
Embarcação (RE) e Carteira de Pescador (CP), ocorrerá conforme o inciso III do
Art. 3º desta Lei.
Art. 18º. Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação.
400
8. AMAPÁ
TÍTULO I
DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
CAPÍTULO I
DOS FUNDAMENTOS
Art. 1º. Esta Lei disciplina a Política de Gerenciamento dos Recursos Hídricos
do Estado do Amapá, como parte integrante dos Recursos Naturais do Estado,
nos termos do art. 231, da Constituição Estadual, em consonância com a
Constituição Federal e na forma da legislação federal aplicável.
401
VI - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para a implementação da Política
Estadual de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Estadual de
Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos e o disciplinamento do uso da
água;
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
402
CAPÍTULO III
DAS DIRETRIZES GERAIS DE AÇÃO
Art. 5º. O Estado promoverá ações integradas nas bacias hidrográficas, tendo
em vista o tratamento de efluentes e esgotos urbanos, industriais e outros, antes
do lançamento nos corpos d`água.
403
II - implantação, conservação e recuperação das áreas de proteção permanente
e obrigatória, além daquelas consideradas de risco aos múltiplos usos de
recursos hídricos;
III - zoneamento das áreas inundáveis, com restrições a usos incompatíveis nas
áreas sujeitas a inundações frequentes e manutenção da capacidade de
infiltração do solo;
CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS
HÍDRICOS
404
SEÇÃO I
Do Plano Estadual de Recursos Hídricos
Art. 11. Os Planos de Recursos Hídricos são de longo prazo, com horizonte de
planejamento compatível com o período de implantação de seus programas e
projetos e terão o seguinte conteúdo mínimo:
405
VIII - propostas para a criação de áreas sujeitas à restrição de uso, com vistas à
proteção dos recursos hídricos;
XV - diretrizes para o transporte fluvial nos cursos de água onde haja tráfego de
embarcações.
Art. 12. A partir da publicação desta Lei, o Governo do Estado fará incluir na Lei
de Diretrizes Orçamentárias, recursos necessários à elaboração e implantação
do Plano Estadual de Recursos Hídricos e dos Planos Diretores de Bacias
Hidrográficas.
SEÇÃO II
Dos Planos Diretores de Bacias Hidrográficas
406
SEÇÃO III
Do Enquadramento dos Corpos de Água em Classes, segundo os Usos
Preponderantes da Água
Art. 14. Os corpos de água estaduais serão enquadrados nas classes segundo
os usos preponderantes da água, objetivando:
SEÇÃO IV
Da Outorga de Direitos de Uso de Recursos Hídricos
Art. 16. O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos, tem como
objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos corpos hídricos e
efetivo exercício dos direitos dos usuários.
Art. 17. Estão sujeitos à outorga pelo Poder Público, os direitos dos seguintes
usos dos recursos hídricos:
407
V - aproveitamento de potenciais hidrelétricos;
Parágrafo único. A outorga de uso dos recursos hídricos deverá preservar o uso
múltiplo destes.
Art. 20. A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser suspensa,
parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, nas seguintes
circunstâncias:
Art. 21. Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos, far-se-á por prazo
não excedente a trinta e cinco anos, renovável.
Art. 22. A outorga não implica a alienação parcial das águas que são inalienáveis,
mas no simples direito de uso.
408
I - lançamento de resíduos sólidos, radiativos, metais pesados e outros resíduos
tóxicos perigosos;
SEÇÃO V
Da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos
Art. 25. Está sujeita à cobrança dos usos de recursos hídricos, previstos no art.
17, desta Lei, obedecidos os critérios estabelecidos no regulamento desta Lei.
Art. 27. Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos
serão aplicados, prioritariamente, na bacia hidrográfica em que foram gerados e
serão utilizados:
409
II - no pagamento de despesas de implantação e custeio administrativo de
órgãos e entidades do Sistema Estadual de Gerenciamento Integrado de
Recursos Hídricos.
§ 2º Os valores que trata o caput, deste artigo, poderão ser aplicados a fundo
perdido em projetos e obras considerados necessários à coletividade, à
qualidade, à quantidade e ao regime de vazão de um corpo de água.
SEÇÃO VI
Do Rateio de Custos das Obras de Recursos Hídricos
SEÇÃO VII
Da Compensação a Municípios
SEÇÃO VIII
Do Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos
410
II - coordenação unificada do sistema;
SUBSEÇÃO I
Da Origem dos Recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos
411
III - a compensação financeira que o Estado receber em decorrência do
aproveitamento do potencial hidro-energético localizado em seu território, na
forma da Lei;
SUBSEÇÃO II
Das Aplicações dos Recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos
Art. 36. O Fundo Estadual de Recursos Hídricos será administrado pelo Órgão
Gestor de Recursos Hídricos e compatibilizado com o orçamento anual do
Estado.
Art. 37. O produto da cobrança pela utilização de recursos hídricos será aplicado
em serviços e obras hidráulicas, previstas no Plano Estadual de Recursos
Hídricos, nas bacias hidrográficas.
412
Parágrafo único. Até 30% (trinta por cento) do valor arrecadado a título de
cobrança pelo uso da água, podem ser aplicados em bacia hidrográfica diversa
daquela em que se deu sua efetiva arrecadação.
CAPÍTULO V
DA AÇÃO DO PODER PÚBLICO
413
X - obter, mediante cooperação técnica com outros organismos, dados de
estações hidrometeorológicas por eles mantidas ou operadas;
Art. 40. O Poder Executivo articular-se-á com os Municípios por meio dos
Comitês de Bacia Hidrográfica, com a finalidade de promover a integração das
políticas locais de saneamento básico, de uso, ocupação e conservação do solo
e do meio ambiente, com as políticas, federal e estadual, de recursos hídricos.
TÍTULO II
DO SISTEMA INTEGRADO DE GERENCIAMENTO DOS RECURSOS
HÍDRICOS DO ESTADO DO AMAPÁ – SIGERH/AP
414
Art. 43. Compõem o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos
do Estado do Amapá:
CAPÍTULO I
DO CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
415
§ 2º A indicação dos representantes referidos nos incisos deste artigo, será
efetuada pelos respectivos segmentos, garantida a participação deliberativa a
todos os membros do CERH/AP.
416
Parágrafo único. O CERH atuará como instância superior recursal, nas questões
que envolvam os recursos hídricos.
Art. 46. O Conselho Estadual de Recursos Hídricos será presidido pelo titular da
Secretaria de Estado em cujo âmbito se dá a outorga do direito de uso dos
recursos hídricos, diretamente ou por meio de entidade a ela vinculada.
Art. 47. O Conselho será assistido em suas funções administrativas por uma
Secretaria Executiva e em suas funções técnicas pela Divisão de Recursos
Hídricos, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
CAPÍTULO II
DO ÓRGÃO GESTOR DE RECURSOS HÍDRICOS
III - elaborar relatório bianual de situação dos recursos hídricos, com base nos
Planos de Bacias Hidrográficas e dados fornecidos pelos Comitês de Bacias
Hidrográficas;
417
demais sistemas governamentais do Poder Executivo Estadual, com o setor
privado e a sociedade civil;
418
XVIII - realizar convênios como instrumento estratégico de gestão, para
estabelecer compromissos de corresponsabilidade e parceria entre as esferas
de governo e com organizações não governamentais, relativamente a questões
de interesse para os recursos hídricos em território estadual;
CAPÍTULO III
DOS COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS (CBH)
419
§ 1º Os representantes, titulares e suplentes, inscritos no inciso IV, deste artigo,
deverão ser portadores de reconhecido currículo e de trajetória profissional e
funcional que, de forma inequívoca, os qualifiquem, em nome de suas
respectivas instituições, para integrarem os Comitês de Bacia Hidrográfica.
420
III - acompanhar o plano de proteção, conservação, recuperação e utilização dos
recursos da bacia hidrográfica, referendado em audiências públicas;
VIII - propor critérios para o rateio de custo das obras e serviços de uso múltiplo,
de interesse comum ou coletivo, em sua área de abrangência;
421
CAPÍTULO IV
DAS AGÊNCIAS DE BACIA HIDROGRÁFICA
422
XII - promover os estudos necessários para a gestão dos recursos hídricos em
sua área de atuação;
423
Art. 56. A criação de Agências de Bacia será autorizada pelo Conselho Estadual
de Recursos Hídricos mediante solicitação de um ou mais Comitês de Bacia
Hidrográfica, que ficará condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos:
CAPÍTULO V
DAS ORGANIZAÇÕES CIVIS DE RECURSOS HÍDRICOS
Art. 58. São consideradas, para os efeitos desta Lei, organizações civis de
recursos hídricos:
424
TÍTULO III
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
425
Art. 61. As penalidades a serem aplicadas aos infratores das normas e
procedimentos estabelecidos nesta Lei, serão as constantes na Lei
Complementar Estadual nº 005/94 e seu regulamento, Decreto nº 3009/98, sem
prejuízo das demais legislações pertinentes.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 63. O Poder Executivo Estadual regulamentará esta Lei, no prazo de 180
(cento e oitenta) dias, contados de sua publicação.
Art. 64. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação60 61.
60
Disponível em: http://www.al.ap.gov.br/ver_texto_lei.php?iddocumento=17698
61
Nota: Outorga - Arts 16 ao 23 da Lei n. 686, de 07/06/2002.
426
Instrução Normativa n. 06, de 10 de janeiro de 201862
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
62
Disponível em: https://sead.amapa.gov.br/diario/DOEn6602.pdf
427
Art. 2º Para os fins desta norma, ficam isentos dos procedimentos de outorga os
empreendimentos que se enquadrarem na categoria de usos considerados de
“pequena vazão”, que são dispensados de outorga, conforme determina a
Resolução n° 009, de 18 de setembro de 2017 do Conselho Estadual de
Recursos Hídricos (CERH/AP).
CAP TULO II
DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
SEÇÃO I
Da Outorga Prévia e Outorga de Direito de Uso de Recurso Hídricos
IV - Obrigações do outorgado;
V - Prazo de vigência;
428
Art. 4º O pedido de Outorga Prévia exceto para perfuração de poço tubular, ou
de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos, deverá ser realizado junto
ao Órgão Executor da Política Estadual de Recursos Hídricos, contendo os
seguintes documentos:
429
X - Anotação de Responsabilidade Técnica ART, expedida pelo respectivo
Conselho Regional, do responsável técnico que elaborou o relatório, a qual
deverá conter a descrição do estudo realizado e/ou laudo técnico desenvolvido,
além da tipologia de outorga a ser licenciada;
SEÇÃO II
Dos pedidos de Outorga Prévia para perfuração de poço tubular
Art. 4º O pedido de Outorga Prévia para perfuração de poço tubular deverá ser
formalizado contendo os seguintes documentos:
II - Cópia dos documentos pessoais (RG, CPF e/ou CNPJ) do responsável pelo
empreendimento;
430
§ 12 A captação de água subterrânea demanda estudo e conhecimento técnico
avançado da modalidade geologia e engenharia de minas, sendo que a extração
do bem mineral “ água” não deve ser abordada apenas como uma atividade
mecânica de perfuração de poços envolvendo a montagem de uma estrutura
física.
§ 42 Todos os poços tubulares cujo objetivo seja ção de águas subterrâ devem
operar de acordo com as normas técnicas estabelecidas pela Associação
Brasileiras das Normas Técnica- ABNT, em especial a NBR- 12.212 (projeto de
poço para captação de águas subterrâneas) e a NBR-12.244 (construção de
poço para captação de águas subterrâneas).
SEÇÃO III
Da renovação da Outorga de Direito de Uso de Recurso Hídricos
431
IV - Registro fotográfico atualizado do (s) ponto (s) de captação ou de
lançamento ou dos locais de intervenção em termos de obras hidráulicas.
Art. 7º Nos casos em que houver alteração dos dados da Outorga o pedido de
renovação de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos também deverá
apresentar:
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
432
§ 1 0 requerente poderá solicitar, por uma única vez, a prorrogação do prazo da
notificação de forma fundamentada, que poderá ser acatada ou não pelo setor
responsável.
Art. 10. Os processos que tiverem seus pedidos indeferidos ser os arquivados
em definitivo, devendo requerente protocolizar novo pedido acompanhado da
documentação descrita nesta Instrução Normativa qual dar origem um novo
processo administrativo.
433