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"Meu nome é Marlan. Se os deuses Mielikki, Eldath e Silvanus permitirem, e o deus élfico Rillifane
Rallanthil concordar, talvez você encontre em meio ao mar verde da Floresta Alta o pequeno, mas
belo Reino Élfico de Kand, suas casas nas árvores, fontes e jardins de extrema beleza, ornados com
flores raras e coloridas, de odores sublimes. Um pequeno paraíso, diria eu, onde se pode ver, caso a
sorte lhe sorrir, até unicórnios e fadas".
Kand é um Reino edificado aos pés dos Montes Estelares e ao lado do Rio Sangue do
Coração . Uma de suas grandes peculiaridades é o isolamento do Reino em relação às outras
comunidades e nações, tanto que praticamente não há comércio com o mundo exterior,
nem moradores oriundos de outros locais (a não ser pelo único humano, o mago Marlan).
Vida e Sociedade
"Povo belo estes elfos. Camponeses, artistas e mesmo guerreiros vivem em harmonia, em verdadeira
cooperação. Nunca presenciei aqui crimes ou violências fratricidas. Talvez por isto desconfiem dos
humanos, tão bélicos, tão egoístas que somos."
Marlan Athalan
Recentemente a desconfiança do povo com relação aos estrangeiros, ou aos "N´Tel Quess",
como se referem em élfico aos que não fazem parte de seu povo, está muito reduzida devido
às experiências dos príncipes Kariel e Rena, cujos relatos mostraram aos elfos que não é só
de ameaças que se compõe o mundo exterior. Até mesmo o Coronal começa a refletir
melhor a este respeito e ao isolamento de seu Reino.
A História
Myth Drannor, o grande reino élfico do passado, contava com diversas cidades espalhadas
por Faerûn e ligadas entre si por portais mágicos. Uma delas, foi fundada e dirigida pelo
nobre Wariel Elkendor, na orla da Floresta Alta. Seu nome era Kand. Em seu apogeu, Kand
contava com 10.000 elfos e uma cultura esplendorosa de arte, magia e sabedoria. Então
veio, no ano de 714, a queda de Myth Drannor, destruída por um exército demôniaco. Com
os portais destruídos, Kand se isolou e por aclamação da população, tornou-se um Reino,
tendo Wariel como seu Coronal. Wariel e sua esposa Kalisha tiveram dois filhos, Reliel e
Elder.
Com a juventude, o príncipe mais novo, Elder Villayette, deixou Kand para aventurar-se e
fundou nas proximidades, junto com alguns seguidores, um novo Reino chamado
Wardinton. No ano de 1002, conhecido pelos elfos de Kand como "O Ano do Sangue",
iniciou a tragédia em Kand. Uma imensa horda de orcs destruiu o magnífico Reino, em uma
batalha dramática e sangrenta, que marcou o fim de uma guerra. A maioria da população,
incluindo os altos magos de Kand, os grandes guerreiros e o próprio Rei Wariel e sua esposa
Kalisha, pereceu.
Hoje o Reino, que conta aproximadamente com 2000 moradores, vive em relativa paz, que
só é interrompida por esporádicos ataques de orcs, que tentam saquear alimentos e as
colheitas. A Guarda Real mantém vigilância e repele estes ataques, mas a freqüência destes
parece aumentar perigosamente.
Os personagens de Kand
Reliel Elkendor - primogênito de Wariel Elkendor e atual Coronal de Kand. Casou-se com a
elfa da lua Loriene Relanil tendo dois filhos, os gêmeos Kariel Elkendor e Rena Elkendor.
Reliel é comedido e sério, mas já deixou Kand por alguns breves períodos de sua juventude,
em que viveu aventuras. Porém tragicamente, em uma destas jornadas perdeu sua esposa
durante uma emboscada. Vingou-se dos agressores, bandoleiros humanos e orcs, e retornou
para Kand de onde nunca mais saiu. Sentiu-se culpado por não poder salvá-la e mais ainda
por levá-la consigo durante as viagens que empreendia.
Nutria certa mágoa de seu irmão mais jovem, Elder Villayette, que após fundar o Reino de
Wardinton (também destruído no "Ano do Sangue"), deixou a Floresta Alta em busca de um
artefato roubado pelos orcs: a Adaga de Prata, parte integrante do conjunto mágico de
armas da família Elkendor. Não concordava na ida do irmão para o perigoso mundo dos
humanos. Mas tarde, seu desapontamento aumentou com a partida de Eleannor, esposa de
Vilayette, que foi em busca do marido.
Kariel Elkendor - O jovem príncipe elfo de cabelos azuis sempre possuiu uma curiosidade
sobre o mundo que existe além da Floresta Alta. Foi aluno de Marlan, com quem aprendeu
suas primeiras magias e a língua comum. As aventuras de Kariel começaram quando sua
irmã gêmea, Rena, foi transformada em pedra por uma criatura desconhecida. Para
encontrar uma cura, deixou a cidade rumo a Águas Profundas. Na estrada foi atacado e
dominado por ladrões da guilda de Xanathar e levado como prisioneiro para os
subterrâneos da cidade, onde encontrou aqueles que seriam seus futuros amigos, Faergal
Rahl e Kelta Westingale.
Rena Elkendor - A princesa Rena é uma elfa de cabelos dourados e ar gracioso. Além de
aprendiz de magia é conhecida por ser uma flautista virtuosa, que encanta a todos no Reino
com suas belas composições. Rena tocava na Montanha do Mirante quando foi
transformada em pedra. Após ser curada pelos esforços de seu irmão Kariel, Rena também
percorreu os Reinos, conhecendo e se casando com o humano Widon, amigo de Kariel.
Junto com seu esposo viveram muito tempo no Norte, na Terra dos Gigantes Firbolgs.
Infelizmente chegou o dia que Widon morreu em uma batalha contra forças do Zentharim.
Rena então retornou à Kand, onde continua a viver e a tocar belas melodias, se bem que não
tão alegres como antes..
Elder Villayette Elkendor - segundo filho de Wariel Elkendor, casado com Eleannor
Elkendor, com quem teve dois filhos, Antherion Etherion Elkendor e Ghenthar Elkendor.
Fundou com a esposa o reino de Wardinton. Partiu após rumores sobre o paradeiro da
Adaga de Prata, desaparecendo na empreitada. Após 200 anos, conseguiu escapar de seu
cárcere, nos labirintos da Montanha Subterrânea e prosseguiu em busca do artefato de sua
família. Torna-se um Harpista e em companhia de seu sobrinho Kariel consegue encontrar
a Adaga de Prata. Em uma missão, vê através de um encanto sua esposa, que o procurava,
ser atacada por demônios. Algum tempo depois descobre que ela é prisioneira do Lorde
Abissal Graz'zt. Villayette e seus companheiros conseguiram libertá-la, mas a felicidade do
reencontro durou pouco, pois Eleannor morreria em combate poucos meses depois.
Villayette prosseguiu para vingar seu assassinato, conseguindo derrotar o lich Damien
Morienus. Logo após, o destino, tragicamente, uniu novamente Elder e Eleannor. Ao
impedir que Graz´zt invadisse os Reinos com uma imensa horda de demônios, Elder
Villayette foi morto, juntamente com seu amigo Feargal Rahl.
Eleannor Elkendor - Esposa de Elder, após uma longa espera por seu esposo parte em sua
procura, deixando os filhos em Kand. Em sua busca é aprisionada e transformada em uma
estátua, sendo levada para o salão de Graz'zt, imperador do Reino Triplo, nos nove abismos.
Foi libertada por seu esposo e pela Comitiva da Fé, da qual ele era integrante. Morreu no
Vale do Vento Gélido, ao enfrentar o mago lich Damein Morienus. Seu sobrinho trouxe seu
corpo até o Reino e hoje ele repousa em um túmulo florido, no santuário à Corellon.
Genthar Elkendor - O filho mais novo de Elder, diferente do sério e pragmático Antherion, é
sonhador, impulsivo e por vezes brincalhão. Também é um guerreiro e tenta seguir os
passos do irmão, pois tem o desejo de um dia, quanto se achar pronto, deixar o Reino em
busca de aventuras. Assim como o irmão, tem algumas mágoas dos pais, por estes terem
partido e os deixados ainda jovens, aos cuidados do Coronal.
Marlan Athalan - Mago humano, de 70 anos de idade, é o único de seu povo a viver em
Kand, sob a permissão do Coronal. Foi mestre na Arte de Kariel e Rena. Perdido e fugindo
de algo, chegou a Kand a 30 anos atrás. Foi recebido com muita desconfiança pelos elfos,
mas o Coronal Reliel permitiu que se estabelecesse na cidade. Em gratidão, Marlan abriu
sua Academia Arcana, na qual ensina jovens elfos no caminho da Arte e na história e língua
humanas.
Rumores:
Palácio dos Trevos: O pequeno palácio abriga a família real de Kand, e um pequeno
conjunto de altos conselheiros e funcionários. O palácio exibe em seus fundos um dos mais
belos jardins da cidade, abertos à população. Somente é fechado quando o Coronal o
reserva para suas meditações ou eventos particulares.
Composto da Espada Goliath (Úvea Macil), o Arco da Lua (Isil Quínga) e a Adaga de Prata
(Sicil Telpë).
Espada Goliath ou Úvea Macil - A espada Goliath, arma passada para o príncipe Elder
Villayette o acompanhou por muito tempo, até este receber sua Lâmina Lunar e entregá-la
aos cuidados de seu sobrinho Kariel, que hoje é o seu portador. Sua lâmina feita de mithril,
exibe o símbolo da Casa Elkendor. O encanto que a torna leve e precisa, proporciona maior
possibilidade de acertar o inimigo e inflige maiores injúrias. Para o jogo, a Goliath é uma
espada +1 para dano e ataque. Além deste poder, a lâmina da espada emana um forte brilho
quando o seu portador deseja, ou quando se encontra próxima a goblinóides.
Arco da Lua ou Isil Quínga - O Arco da Lua, arma favorita de Reliel Elkandor, confere ao
seu possuidor pontaria favorecida pela magia, assim como as flechas atiradas por ele
causam maior dano no inimigo. Em termos de jogo, o arco dá o bônus de +1 para ataque e
dano.
Adaga de Prata ou Sicil Telpë - Roubada durante o "Ano do Sangue", a adaga percorreu
muitos caminhos, do labirinto do louco Halaster, na Montanha Subterrânea até o distante
Mar da Lua. Finalmente encontrada por Elder Villayette, foi entregue a Kariel e hoje está,
junto com o Arco da Lua, no Palácio dos Trevos, sede do Reino. É uma arma +1 para ataque
e dano.
O Conjunto - Quando um único portador equipa-se dos três itens do conjunto, recebe uma
proteção adicional, a Aura de Prata. Esta aura é visível no escuro como uma tênue luz que
envolve seu portador, dando-lhe uma resistência extra. Em temos de jogo, nesta situação o
personagem obtém o bônus de 2 em sua classe de armadura.