Sie sind auf Seite 1von 9

APOSTILA PREPARATÓRIO

COLÉGIO MILITAR E COLÉGIO


DA POLÍCIA MILITAR

ESCOLA PROFª MARIA LUIZA E PROF.


ANDRÉ.

ENSINO FUNDAMENTAL/6ºANO
2013/2014
1. FONÉTICA E FONOLOGIA

Toda língua existe em duas modalidades: a língua escrita e a


língua falada. A língua escrita se refere ao conjunto de letras, enquanto
a língua falada se refere ao conjunto de sons. As letras são estudadas
pela Ortografia e os sons estudados pela Fonologia. A fonética é a parte
da gramática que estuda a produção dos sons da fala.

Observando as palavras abaixo:

bar mar par

Percebemos que as letras b, m e p em negrito representam sons


diferentes, apesar das palavras possuírem em comum a mesma
terminação. Conclui-se daí que essa diferença de sons gera diferentes
significados para cada palavra. Esses sons capazes de determinar
diferenças de significado dentro de uma língua são chamados de
fonemas.

Assim, as trocas das letras iniciais das palavras dadas implicam


a produção de diferentes sons iniciais, modificando o significado das
palavras. Essas letras diferentes representam, portanto, diferentes
fonemas.

Nas palavras dadas:

má pá lá chá

O sistema é o mesmo. Apenas na palavra chá, onde temos duas


letras (ch), estas formarão um único fonema. Isto se explica devido à
falta de correspondência entre letras e fonemas, muito comum, uma vez
que a escrita não reproduz fielmente os sons da língua.

Assim:

Fonética: estuda as variações que podem ocorrer na realização dos


fonemas.
Fonologia: estuda os fonemas (sons) de uma língua.
Fonema: é a menor unidade sonora distintiva (que estabelece
significados distintos entre as palavras de uma língua).

É importante não confundir letra com fonema, pois letra é a


representação escrita do fonema, enquanto o fonema é a unidade
sonora. Além disso, os fonemas devem ser sempre representados entre
barras.
Por exemplo:
Na palavra brisa, a letra s é representada pelo fonema /z/.
No caso da Língua Portuguesa, é importante salientar que:

a) Uma mesma letra pode representar fonemas diferentes, como ocorre


em palavras como: próximo (/ss/), exame (/z/), feixe (/ch/) e táxi
(/ks/).
b) Um mesmo fonema pode ser representado por letras diferentes, como
ocorre em: brecha e rixa.
c) Uma única letra pode representar dois fonemas, como é o caso de
táxi (táksi).
d) Duas letras podem representar um único fonema, como em: chave
(xávi).

Os fonemas na língua portuguesa são classificados em:

a) Vogais – Em sua produção há livre passagem do ar pela boca.


Exemplos:

/a/: lá, mato, tetra


/ɐ/: cana, drama, cama
/ε/: ela, dela, chalé
/e/: êxodo, selo, correr
/ɔ/: sola, cócega, pó
/o/: moço, corvo, tricô
/i/: isto, trigo, fico

b) Semivogais – São os fonemas /y/ e /w/, acompanhando sempre


uma vogal e formando uma única sílaba. São representados na escrita
pelas letras i e u. Exemplo:

mãe: /mãy/
cai: /kay/
rei: /Rey/
pau: /paw/
quadro: /kwadru/

c) Consoantes – São fonemas em cuja produção o ar encontra


obstáculos ao passar pela boca. Englobam as 19 consoantes que temos
na língua portuguesa e classificam-se em:

● Quanto ao modo de articulação:

# Oclusivas: Quando o ar ao passar pela boca encontra um obstáculo


total. É o caso dos fonemas: /b/, /d/, /g/, /k/, /p/, /t/.
Ex: bela, babá, cobra; dia, prado, caído; garfo, agudo, manga; calo,
quesito, vacaria; paca, carrapato, tapa; tecelã, sentido, canto.

# Constritivas fricativas: Quando há fricção do ar ao passar pelo meio


da via bucal, como nos fonemas: /f/, /v/, /s/, /z/, / ʃ /, / ʒ/.
Ex: favo, afago, rifa; verba, adivinho, uva; saco, seta, pêssego; zero,
asa, êxito; chapa, xarope, marcha; gênese, jarro, esbanjar.

# Constritivas laterais: Quando o ar passa pelos lados da cavidade


bucal, no caso dos fonemas: /l/, / ʎ/.
Ex: laço, calado, cola; lhe, filhote, tralha.

# Constritivas vibrantes: Quando há uma vibração da língua ou do véu


palatino. É o caso dos fonemas: /r/, /R/.
Ex: barata, careta, lar; roça, esparro, agarrar.

● Quanto ao ponto de articulação:

#Bilabiais: Quando na pronúncia há o contato dos lábios superior e


inferior, como nos fonemas: /b/, /m/, /p/.
Ex: mãe, amor, pomada, pomba.

# Labiodentais: Quando na pronúncia o lábio inferior toca os dentes


superiores. É o que ocorre nos fonemas: /f/, /v/.

# Linguodentais: Quando na pronúncia há um contato entre a língua e


a face interna dos dentes superiores, no caso dos fonemas: /d/, /n/,
/t/.
Ex: nata, cano, Ana.

# Alveolares: Quando na pronúncia a língua toca os alvéolos dos dentes


superiores, como no caso dos fonemas: /l/, /r/, /s/, /z/.

# Palatais: Quando na pronúncia há o contato entre o dorso da língua e


o palato duro ou céu da boca. É o ocorre com os fonemas: / ʃ /, / ʒ/, /
ʎ/, /ɲ/.
Ex: nhá, vinha, caminho.

# Velares: Quando na pronúncia há o contato entre a parte posterior da


língua e o palato mole ou véu palatino, como no caso dos fonemas: /g/,
/k/, /R/.

● Quanto ao papel das cordas vocais:

# Surdas: Quando na pronúncia não ocorre a vibração das cordas


vocais, como nos fonemas: /f/, /k/, /p/, /s/, /t/, / ʃ /.

# Sonoras: Quando na pronúncia ocorre a vibração das cordas vocais,


como nos fonemas: /b/, /d/, /g/, /v/, /z/, / ʒ/. Há ainda: /l/, / ʎ/,
/r/, /R/, /m/, /n/, /ɲ/.

● Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal:


# Nasais: Quando durante a pronúncia a corrente de ar passa pelas
cavidades bucal e nasal, como é o caso dos fonemas: /m/, /n/, /ɲ/.

# Orais: Quando durante a pronúncia a corrente de ar passa somente


pela cavidade bucal, que é o caso de todos os demais fonemas.

1.1. Encontros Vocálicos

São agrupamentos de vogais e semivogais encontrados nas


palavras. Podem ser do tipo ditongo, tritongo e hiato.

a) Ditongo: É o encontro de uma vogal e uma semivogal ou vice-versa


na mesma sílaba. Podem ser ditongos crescentes, decrescentes, orais e
nasais. Exemplos:

pai lei/te meu sé/rio co/ra/ção

a.1) Ditongo crescente: quando a semivogal vem antes da vogal. Ex:


lín/gua; gê/nio; qua/tro; cá/rie.

a.2) Ditongo decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal. Ex:


cai/xa; mui/to; lei/te; céu; he/rói; a/néis.

a.3) Ditongo oral: quando possui uma vogal oral. Pode ser crescente ou
decrescente.

a.3.1) Ditongo oral crescente: fér/rea; in/do/lên/cia (/ya/); sé/rie


(/ye/); fér/reo, lí/rio (/yo/); má/goa (/wa/); tê/nue (/we/); vá/cuo
(/wo/).

a.3.2) Ditongo oral decrescente: pai (/pay/); sei (/sey/); grau (/graw/);
pa/péis (/papεyz/); teu (/tew/); tro/féu (/trofεw/); viu (/viw/); boi
(/boy/); re/mói (/Remɔy/; a/zuis (/azuyz).

a.4) Ditongo nasal: quando possui uma vogal nasal. Pode ser também
crescente ou decrescente.

a.4.1) Ditongo nasal crescente: quan/to, en/xa/guan/do (/wã/);


a/guen/tar, fre/quen/te (/we/); pin/guim; quin/quê/nio (/wi/).

a.4.2) Ditongo nasal decrescente: mãe (/mãy/); sem (/sey/); a/nões


(/anoyz/); mui/to (/muytw); não (/nãw/).

b) Tritongo: É o encontro formado por uma semivogal, uma vogal e


outra semivogal na mesma sílaba da palavra. Pode ser nasal ou oral.
Ex: i/guais; sa/guão.

b.1) Tritongo nasal: en/xá/guam; quão (/wãw/); de/lin/quem


(/wey/); sa/guões (/wõy/).
b.2) Tritongo oral: Pa/ra/guai, U/ru/guai (/way/); en/xa/guei
(/wey/); ar/guiu (/wiw/); a/ve/ri/guou (/wow/).

c) Hiato: É o encontro de duas vogais em sílabas diferentes na palavra.


Ex: sa/ú/de; pa/ís; ra/iz; ru/im; ca/a/tin/ga; co/o/pe/rar;
sa/í/da.

LEMBRETE 1:

Os encontros vocálicos ea, eo, ia, ie, io, ao, ua, ue, uo quando
no final de algumas palavras podem ser considerados ditongos
crescentes ou hiatos, dependendo de como são pronunciados.

Palavra Ditongo crescente – Hiato - proparoxítona


paroxítona

argêntea ar-gên-tea ar-gên-te-a

espontâneo es-pon-tâ-neo es-pon-tâ-ne-o

Emília E-mí-lia E-mí-li-a

História his-tó-ria his-tó-ri-a

cárie cá-rie cá-ri-e

série sé-rie sé-ri-e

início i-ní-cio i-ní-ci-o

sério sé-rio sé-ri-o

mágoa má-goa má-go-a

tábua tá-bua tá-bu-a

água á-gua á-gu-a

tênue tê-nue tê-nu-e

árduo ár-duo ár-du-o

LEMBRETE 2:

Os encontros vocálicos presentes nas seguintes palavras são


assim separados: maio (mai-o), praia (prai-a), feio (fei-o), baleia (ba-lei-
a), goiaba (goi-a-ba), formando ditongo e hiato.
1.2. Encontros Consonantais

São encontros de duas ou mais consoantes na mesma palavra.


Pode ocorrer na mesma sílaba da palavra ou em sílabas diferentes.
Exemplos:

a) Na mesma sílaba ou b) Em sílabas diferentes ou


inseparáveis separáveis

bl – ble-fe; a-bla-ti-vo bd – ab-di-car


br – bru-ma; a-bri-lhan-tar bn – ab-ne-ga-ção
cl – cla-ra; de-cli-ve bs – ab-sol-vi-do; ab-so-lu-tis-ta
cr – cra-vo; a-cró-po-le bt – ob-ter
dr – dra-ma; la-drão cç – con-vic-ção; fac-ção
fl – flo-res; re-fle-xo ct – ex-pec-to-ran-te; cac-to
fr – fran-cês; res-fri-a-do dm – ad-mi-tir; ad-mi-ra-ção
gl – gló-bu-lo; en-glo-bar dv – ad-ver-si-da-de; ad-vo-ga-cia
gr – gra-ma-do; re-gre-dir ft – af-ta; af-to-sa
pl – pla-car; re-plan-tar gn – ag-nós-ti-ca; dig-ni-fi-car
pr – pri-va-do; re-pre-sa lg – gal-go; vul-gar
ps – psi-ca-ná-li-se ls – com-pul-si-vo; pul-so
tl – tlin-tar; a-tle-ta mn – am-né-sia
tr – tri-go; a-tra-vés pt – rép-til; he-li-cóp-te-ro
vr – li-vre; la-vra-dor rc – mar-ca-dor; car-ca-ça
rd – bar-do; car-di-nal
rt – for-ta-le-za; par-tí-cu-la
sc – mes-clar; cis-co
st – cis-to; pos-tal
tm – ar-rit-mia; rit-ma-do

Existem ainda encontros consonantais menos frequentes, que


ocorrem no início de determinadas palavras e são inseparáveis, como
por exemplo:

gn – gno-mo, gno-se;
mn – mne-mô-ni-co; mne-mo-tes-te;
pn – pneu-mo-tó-rax; pneu-má-ti-co;
ps – psi-qui-a-tra; psi-co-ló-go;
pt – pti-lo-se; pte-ró-po-de.

1.3. Dígrafos

São definidos como o encontro de duas letras que representam


um único som (ou fonema). São divididos em dígrafos consonantais e
dígrafos vocálicos.
No caso dos dígrafos vocálicos, o m e o n não são considerados
como consoantes, indicando apenas que a vogal anterior é nasal.
Os dígrafos gu e qu sempre vêm antes das vogais e e i, e a letra
u não é pronunciada.
Nos dígrafos gu e qu, quando a letra u for pronunciada, não
forma dígrafo e sim um encontro vocálico com as vogais e e i, como por
exemplo:
tranquilo – ditongo crescente oral;
frequente – ditongo crescente nasal;
aguei – tritongo oral;
pinguim – ditongo crescente nasal.

Gu e qu também não formam dígrafos quando seguidos de a ou


o, em palavras como: aquoso, água, quanto, aguado, quase.

Dígrafos consonantais Dígrafos vocálicos – representam


as vogais nasais.

ch (com som de x e representado am e an (equivalente ao fonema


pelo fonema /ʃ/): chácara, chicote. /ã/: pampa, campo; santo,
espanto.
lh (representado pelo fonema /ʎ/):
falha, pilha, milho. em e en (equivalente ao fonema
/ē/: embalagem, templo; encarte,
nh (representado pelo fonema lenda.
/ŋ/): fanho, enfadonho, nenhuma.
im e in (equivalente ao fonema
rr (representado pelo fonema /R/): /ĩ/: jardim, limpeza; intuição,
barro, terreno, terrina. pingo.

ss (representado pelo fonema /s/): om e on (equivalente ao fonema


passo, disso. /õ/: combate, bombom; onda,
monte.
sc (representado pelo fonema /s/):
descer, nascer. um e un (equivalente ao fonema
/ũ/: nenhum, bumbo; fungo,
sç (representado pelo fonema /s/): imundo.
desça, cresço.

xc (representado pelo fonema /s/):


excelência, excedido.

xs (representado pelo fonema /s/):


exsudar, exsurgir.

gu (antes de “e” e “i”, representado


pelo fonema /g/): gueixa, guichê,
sangue.

qu (antes de “e” e “i”, representado


pelo fonema /k/): queijo,
querosene, quitanda, aquilo.

LEMBRETE:

No dígrafo as duas letras representam apenas um fonema.


Exemplo: linho - /li ɲ u/; carro - /kaRu/

No encontro consonantal, cada letra representa um fonema.


Exemplo: apto - /aptu/; bloco - /bloku/

Das könnte Ihnen auch gefallen