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r e a s U r b a n a s e Ru r a i s

Plan e j a m e n t o d e Á
ro li n a B e le i S a ld anha
Autoria: Ca

Tema 05
Planejamento do Espaço Rural
Tema 05
Planejamento do Espaço Rural
Autoria: Carolina Belei Saldanha
Como citar esse documento:
SALDANHA, Carolina Belei. Planejamento de Áreas Urbanas e Rurais: Planejamento do Espaço Rural. Caderno de Atividades. Anhanguera
Educacional: Valinhos, 2017.

Índice

CONVITEÀLEITURA PORDENTRODOTEMA
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ACOMPANHENAWEB
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© 2017 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua
portuguesa ou qualquer outro idioma.
CONVITEÀLEITURA
Olá, aluno! Iniciaremos agora mais um tema da disciplina Planejamento de áreas urbanas e rurais, que abordará,
mais especificamente, sobre o planejamento das áreas rurais. Anteriormente, estudamos importantes tópicos que serão
a base para o aprofundamento de alguns relevantes assuntos que trabalharemos neste tema. Você lembra que no Tema
1 abordamos sobre o espaço rural? Por exemplo, você aprendeu sobre a sua definição, que muitas vezes se restringe
a aquele local compreendido pelo campo e que não é urbanizado, onde são desenvolvidas atividades relacionadas à
produção animal e vegetal. Entretanto, discutimos que isso, muitas vezes, provoca dificuldades na correta caracterização
de uma área. Também foi exposto sobre as principais características e sobre algumas das atividades praticadas no meio
rural, como a agricultura, pecuária, silvicultura e o turismo rural, certo? Ao longo dos estudos dos temas da disciplina,
você pôde ter uma maior compreensão da organização, por meio de instrumentos, institucionalidade, estratégias e
gestão, de como ocorre o planejamento das áreas urbanas. E neste tema você irá compreender como essa dinâmica
ocorre no espaço rural. É importante que você esteja atento e observe, como futuro gestor ambiental, como poderá
participar desse processo e contribuir para a preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento de atividades
econômicas. Vamos iniciar o estudo?!

PORDENTRODOTEMA
Aluno, anteriormente estudamos sobre o planejamento das áreas urbanas, certo? Agora, antes de continuarmos
nosso estudo e nos aprofundarmos no planejamento do espaço rural, é importante que você compreenda que esses
espaços não são independentes um do outro.

Quando o espaço ou território é colocado em discussão, isso acaba se tornando uma estratégia, na medida em que
é crescente a procura pelo conhecimento e por informações para o planejamento territorial do município, que engloba
tanto zonas urbanas quanto as rurais, como é determinado pelo Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257 de 2001), rompendo
a ideia de dicotomia entre os espaços urbanos e rurais.

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PORDENTRODOTEMA
Santoro, Costa e Pinheiro (2004) reforçam ainda que as discussões, a informação e também o conhecimento reunidos
norteiam para a relevância desses territórios complementares em termos de planejamento e elaboração de políticas
setoriais.

Ainda existe uma discussão sobre os diferentes entendimentos e definições sobre o que é o território urbano e o
território rural. Essas definições são relevantes, principalmente do ponto de vista jurídico, para a definição adequada das
tributações e competências dos entes federativos, como município, estado, União.

Santoro, Costa e Pinheiro (2004) afirmam que no aspecto legal e jurídico as definições territoriais (urbano e rural) são
essenciais para fins da organização político-administrativa e territorial do município, bem como para estabelecer a
política tributária aplicável sobre a propriedade urbana e rural.

Nesse tema, você entenderá como o planejamento do espaço rural não é exposto como um processo oposto ao que
ocorre no espaço urbano, e sim como um planejamento que se baseia nas particularidades e características próprias
que o espaço rural apresenta.

Mas, primeiramente, você recorda sobre como está apresentado o espaço rural?

O espaço rural constitui-se em uma área estratégica para se alcançar o desenvolvimento de forma sustentável, já que as
propriedades presentes neste espaço contribuem para a segurança alimentar da população, geração de emprego em
atividades como a agricultura, pecuária e turismo rural (conforme estudado no Tema 1), além da prestação de serviços
ambientais, como proteção da biodiversidade e dos recursos naturais em geral.

Um ponto importante a ser ressaltado é a segurança alimentar que, de acordo com a Lei Federal 11.346, de 2006:

“A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a
alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais,
tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam
ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis (BRASIL, LEI nº 11.346).

Na lei também é exposto que a segurança alimentar está associada a:

Ampliação das condições de acesso aos alimentos por meio da produção, do processamento, da industrialização,
do armazenamento, da distribuição, da comercialização, do consumo de alimentos saudáveis, da utilização dos
alimentos para fins biológicos e nutricionais, incluindo-se a água e as sementes, bem como a geração de emprego
e redistribuição da renda, considerando a função social da terra” (BRASIL, LEI nº 11.346).

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PORDENTRODOTEMA
Você consegue notar como as colocações supra estão relacionadas ao planejamento do espaço rural?

Como primeiro passo para essa compreensão, temos que relembrar que o espaço rural possui como característica do
seu território a produção agrícola, ou seja, a produção de alimentos tem uma grande relevância nesse espaço, por isso
é preciso organização e adequado planejamento para que se tenha um cenário propício a produção agrícola a fim de
atender as necessidades expostas na segurança alimentar tanto para a população que vive nas áreas rurais quanto na
urbana.

Segundo Souza (2012), as propriedades rurais podem ser caracterizadas pela presença de agrossistemas, de
ecossistemas naturais, de vida silvestre e de importantes componentes, como: solo, nascentes e corpos d’água e
ambientes mais próximos daqueles que conhecemos como “paisagens naturais”.
Figura 5.1 - Representação do espaço rural com paisagem expondo recursos naturais (Zona rural de Santo Antônio do Rio Abaixo).

Fonte: Disponível em: <https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Zona_rural_de_Santo_Ant%C3%B4nio_do_Rio_Abaixo.JPG>. Acesso em 17 nov. 2016.

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PORDENTRODOTEMA
Você lembra que no Tema 1 discutimos que o conceito do espaço rural apresenta pontos relevantes, como a compreensão
dos limites e o que caracteriza cada um dos espaços?

A importância da compreensão do espaço rural é destaca por Santoro, Costa e Pinheiro (2004, p. 8):

“A atualidade do debate sobre o rural é justificada pela urgência de entender essas categorias, para que os
municípios elaborem seus planos diretores. O Estatuto da Cidade exige que os planos diretores considerem todo
o município, tanto área urbana como rural (art. 40, parágrafo 2º), buscando a integração e a complementaridade
entre as atividades desenvolvidas nesses dois espaços, com vistas ao desenvolvimento socioeconômico do
município e do território”.

Os autores destacam que é necessária uma “leitura”, ou seja, compreensão do espaço rural de acordo com suas
particularidade e funções estabelecidas, a partir de temas já conhecidos do planejamento urbano, por exemplo, a
distribuição da população no território local e o desenvolvimento econômico.

Santoro, Costa e Pinheiro (2004) ressaltam ainda que as regras que são usadas no planejamento do espaço urbano nem
sempre são adequadas para serem utilizadas no espaço rural, que apresenta especificidades em suas características.

Um dos exemplos sobre as características do espaço rural que se distingue do urbano está no uso e ocupação do solo,
que no primeiro, geralmente, é mais dispersa. Dessa forma, essa diferença leva a muitas discussões sobre como deve
ser, em espaços classificados como rurais, a relação entre o tipo de assentamento e a oferta de serviços públicos,
infraestrutura de saneamento ambiental e equipamentos sociais de saúde, educação, entre outros.

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PORDENTRODOTEMA
Figura 5.2 - Serviços de saúde na comunidade quilombola rural Camaputiua, no Maranhão.

Fonte: Disponível em: <http://www.ma.gov.br/wp-content/uploads/2016/09/Foto-1-Mutir%C3%A3o-da-Cidadania-realizou-3.589-atendimentos-em-


comunidades-quilombolas-rurais-em-Cajari.jpg>. Acesso em 14 nov. 2016.

Os autores afirmam ainda que, para obter informações concretas sobre o rural, é necessária a realização de um
mapeamento dos atores envolvidos tanto nos processos técnicos de elaboração de cadastros, de informações, e
também propor uma metodologia que permita a participação de atores sociais nas leituras e propostas de planejamento
(SANTORO; COSTA; PINHEIRO, 2004).

Muitas vezes, no espaço rural tem-se maiores dificuldade de instaurar processos participativos de mobilização do que no
espaço urbano. Além disso, Santoro, Costa e Pinheiro (2004, p. 9) expõem que “há pouca integração entre os movimentos
sociais que atuam nos dois espaços”. Ou seja, isso pode ser atribuído pelas diferentes propostas e interesses que os
movimentos sociais podem apresentar. Um exemplo desse cenário é o pouco diálogo entre os movimentos sociais mais
organizados, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o Fórum Nacional de Reforma Urbana.

Outro importante ponto ressaltado é que na busca de complementaridade e integração, o processo de planejamento
deve promover a reunião dos diversos atores, para a discussão do território como um todo.

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PORDENTRODOTEMA
Um dos instrumentos utilizados no planejamento urbano é o Plano Diretor, você lembra?

A elaboração do Plano Diretor deve levar em conta outras questões voltadas para o rural, como o desenvolvimento
local, o combate à pobreza e à segurança alimentar e nutricional. Ainda que o fenômeno da pobreza urbana
seja crescente, os mais elevados índices de insegurança alimentar encontram-se nas áreas rurais. Dado que
a pobreza constitui a principal causa de dificuldade de acesso aos alimentos, a inserção de componentes de
segurança alimentar nos planos de desenvolvimento local constitui estratégia promotora de equidade e inclusão
social (SANTORO; COSTA; PINHEIRO, 2004, p. 9-10).

Além disso, na elaboração do Plano Diretor para áreas rurais, deve-se considerar a questão alimentar, principalmente
analisando as comunidades com alto índice de pobreza. Isso possibilitará que políticas públicas possam ser direcionadas
para a realidade e necessidade daquela população, além de políticas públicas específicas para a segurança alimentar.
Assim como nas áreas urbanas, o Plano Diretor pode e também deve ser uma ferramenta que contribui com o planejamento
territorial nas áreas rurais, considerando a democratização e o direito humano ao alimento, água, terra produtiva e ao
meio ambiente preservado.

De acordo com Santoro, Costa e Pinheiro (2004), existe uma fragmentação política-institucional exposta pela duplicidade
de programas, ações, projetos e também de orçamento para o rural e para o urbano. As instâncias federais, estaduais e
municipais que possuem a competência para gerir, tributar e/ou planejar o espaço rural acabam sendo pouco integradas,
o que pode resultar em vazios políticos e pouco impacto sobre o território como um todo.

Nesse ponto observamos como é complexa a compreensão de como a legislação e instrumentos políticos em geral
podem ser utilizados em espaços urbanos e rurais, pois nem sempre as atividades nesses espaços estão claramente
definidas e separadas.

Uma importante colocação é exposta por Santoro, Costa e Pinheiro (2004, p. 6), observe de forma crítica o trecho a
seguir:

“A definição do que é urbano e rural para o planejamento do município é feita a partir da aprovação de lei municipal
pela Câmara de Vereadores; em cada localidade, são desenhados os perímetros urbanos e rurais em função
dos interesses e das perspectivas de desenvolvimento territorial do município. Essa definição conserva relação
estreita com os objetivos políticso, esbarra muitas vezes em relações clientelistas, resultando no crescimento da
lógica de expansão do urbano sobre o rural, [...]. Além desse viés político, é comum uma certa precariedade dos
instrumentos de planejamento do território rural, na maioria dos municípios brasileiros, dos quais poucos ainda
possuem sequer mapas que mostrem as estradas, recursos naturais, vilas, etc. De fato, ainda se sabe muito
pouco do que ocorre fora dos perímetros urbanos”.

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PORDENTRODOTEMA
No planejamento de áreas urbanas estudamos também sobre o parcelamento e uso do solo, não é mesmo? E como
será que isso é aplicado no espaço rural?

Há diversas interpretações envolvendo a sobreposição de legislações e competências que definem o parcelamento do


solo em áreas rurais. Uma vertente considera o parcelamento do solo rural competência do município; para outra, é de
competência federal, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Embasando essas vertentes,
há diferentes interpretações sobre o Direito Agrário, Ambiental e Urbanístico (SANTORO; COSTA; PINHEIRO, 2004).

A Instrução nº 17-B, de 22 de dezembro de 1980, dispõe sobre parcelamento, loteamento e desmembramento do


solo e ressalta dois conceitos importantes que estudamos no Tema 3, loteamento e desmembramento. Relembrando:
Loteamento é considerado como a divisão de gleba em lotes, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros
públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. Já o desmembramento é a divisão de gleba em
lotes, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros
públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

Leia mais sobre esse assunto acessando a Instrução nº 17-B, de 22 de dezembro de 1980, disponível em: <http://www.
incra.gov.br/media/institucional/legislacao/atos_internos/instrucoes/instrucao/I17b_221280.pdf>.

A abordagem pela Região do Entorno Imediato (REI) coloca, por exemplo, que na maioria das vezes, os loteamentos nas
áreas rurais são clandestinos, por não terem sido submetidos a processos de aprovação municipal, uma vez que muitos
municípios não possuem legislações próprias que regulem o parcelamento do solo rural, ou proíbem tal parcelamento
além do perímetro urbano (SANTORO; COSTA; PINHEIRO, 2004).

Outro importante tópico a ser abordado é sobre o uso e ocupação inadequados do solo nas áreas rurais que podem
ocasionar desmatamentos, exploração excessiva dos recursos naturais, práticas agrícolas incorretas e devastadoras,
que contribuem para degradação das áreas rurais e das adjacentes, e se consideramos fatores como poluição, podem
atingir locais bastante distantes da área rural.

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PORDENTRODOTEMA
Figura 5.3 - Umas das degradações que pode estar presente nas áreas rurais é a erosão do solo.

Disponível em: <http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2014/12/4-motivos-que-causam-degradacao-do-solo-na-agricultura.


html>. Acesso em 15 nov. 2016.

Nesse contexto, para a manutenção, melhoria ou recuperação do equilíbrio ambiental, tornam-se, portanto, fundamentais
e estratégicos o envolvimento e a inserção das propriedades rurais no elenco das políticas públicas direcionadas para a
sustentabilidade ambiental (SANTORO; COSTA; PINHEIRO, 2004).

A sustentabilidade ambiental preocupa-se com a forma de utilização dos recursos naturais associando seu uso ao
desenvolvimento sustentável, ou seja, disponível para as próximas gerações de forma que contribua com as atividades
econômicas e tenha abrangência no aspecto social, evitando impactos negativos ao meio ambiental e ao próprio homem.

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PORDENTRODOTEMA
Segundo Souza (2012), dentre os impactos negativos das atividades rurais, destacam-se:

Desmatamentos e queimadas indiscriminados, exploração de glebas acima da sua capacidade de suporte e uso intensivo
de mecanização são exemplos também de práticas que expõem o solo às intempéries e induzem os processos erosivos,
provocando a destruição gradativa de suas propriedades físicas, químicas e biológicas (SOUZA, 2012).

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PORDENTRODOTEMA
Figura 5.4 - Desmatamento de área localizada no espaço rural.

Fonte: Disponível em: <http://cdn.istoe.com.br/wp-content/uploads/sites/14/2016/01/mi_1087504675938943.jpg>. Acesso em 13 nov. 2016.

Figura 5.5 - Área rural onde está ocorrendo queimada, provocando impactos negativos ambientais.

Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Queimada_ABr_02.jpg>. Acesso em 12 nov. 2016.

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PORDENTRODOTEMA
Entretanto, não se preocupe agora em compreender sobre as ações antrópicas que ocasionam consequências negativas
ao meio ambiente e às propriedades rurais, isso será estudado com maior aprofundamento no próximo tema, que
abordará sobre os impactos provocados pelas diferentes atividades realizadas no ambiente rural e, ainda, como a
sustentabilidade pode ser aplicada para contribuir com o desenvolvimento das áreas, tanto rurais quanto urbanas.

De acordo com Souza (2012), o planejamento para utilização das áreas produtivas da propriedade rural deve contemplar
uma visão sistêmica, na perspectiva de uso adequado e sustentável dos recursos naturais. O uso e a conservação
desses recursos, embasados em conhecimentos de ecologia agrícola, devem nortear o plano de utilização agrícola,
usando sistemas de produção diversificados, integrados e adaptados aos ecossistemas e às formas de tratamento de
resíduos e estruturas de saneamento.

Por outro lado, a expansão indevida do perímetro urbano sobre áreas em que predomina produção agrícola pode
desestabilizar a atividade produtiva. A tendência de as propriedades serem fragmentadas, o surgimento de loteamentos
e a elevação do preço de mercado das terras são fatores que influenciam nessa direção.

No Brasil, a legislação ambiental, a fim de promover a conservação ambiental, dispõe de várias diretrizes e normas
estabelecidas por meio de instrumentos de planejamento e gestão ambiental, com o objetivo de garantir qualidade e uso
correto dos recursos naturais, evitando os impactos ambientais (CELERES, 2015).

A evolução e as novas diretrizes na legislação federal observada nos últimos anos acerca da regularização
ambiental em propriedades rurais trazem novos desafios, mas também novas perspectivas para a proteção e a
conservação ambiental no meio rural, como é o caso do Novo Código Florestal, e instrumentos de planejamento
e gestão ambiental, a exemplo do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), do Cadastro Ambiental Rural (CAR)
e de Programas de Regularização Ambiental (PRA) (CELERES, 2015, p. 2).

Celeres (2015) expõe que o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) é um dos instrumentos utilizados na organização
do território que deve ser observado de forma obrigatória na implantação de atividades, obras ou de planos, tantos
público como privados.

O ZEE tem um caráter orientador, inclusive limitante, e “estabelece medidas e padrões de proteção ambiental destinados
a assegurar a qualidade ambiental, os recursos naturais e a conservação da biodiversidade, garantindo assim o
desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população” (CELERES, 2015, p. 4).

Destacam-se entre os objetivos do ZEE o “planejamento do território e, nesse caso, as atividades rurais que considerem
a vocação própria de cada área, respeitando suas características e fragilidades físicas, econômicas e sociais, a fim de
impedir o desencadeamento de impactos ambientais” (CELERES, 2015, p. 4).

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PORDENTRODOTEMA
“O ZEE foi incorporado aos processos de regularização ambiental de propriedades rurais, já que as análises nele
contidas podem indicar, inclusive, a inviabilidade ambiental do empreendimento ou da atividade em determinada região”
(CELERES, 2015, p. 4).

O ZEE atua no mapeamento e na identificação de áreas prioritárias para conservação da biodiversidade, áreas
apropriadas para agricultura, manejo florestal e pecuária, considerando características do solo, pluviosidade e
ausência de áreas protegidas, entre outras. Assim, pode orientar a criação de políticas públicas voltadas para o
controle do desmatamento, o licenciamento ambiental, o uso do solo e de recursos hídricos. Constata-se que a
observância e a consulta do ZEE nos processos de regularização ambiental é uma premissa que vem crescendo
em todo o país, dadas as obrigatoriedades legais. Nota-se que este instrumento está em consonância com as leis
ambientais correlatas, atendendo às premissas da gestão e do planejamento ambiental e otimizando o uso dos
recursos naturais de forma sustentável, sobretudo na prevenção de impactos ambientais (CELERES, 2015, p. 4).

Celeres (2015) expõe que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) instituído em 2012 pela Lei do Código Florestal (Lei Federal
nº 12.651/12) é um instrumento de controle, monitoramento, planejamento ambiental e combate ao desmatamento. Seu
objetivo é auxiliar o processo de regularização ambiental de propriedades rurais, contribuindo para o cumprimento do
dever de defender e preservar o meio ambiente.

Muitas propriedades rurais encontram-se com algum tipo de irregularidade ambiental. Dessa forma, seguindo o princípio
da conservação ambiental adotado pela legislação brasileira, o CAR se apresenta como instrumento, auxiliando a
regularização e garantindo o cumprimento da legislação ambiental por parte dos produtores rurais, estimulando, inclusive,
o produtor a buscar novos investimentos (CELERES, 2015).

Uma outra discussão relevante sobre o planejamento das áreas rurais é que, assim como no espaço urbano busca-se
que a população tenha uma boa qualidade de vida e acesso a serviços e infraestruturas adequados, isso também é um
anseio e deve estar disponível nas áreas rurais.

É importante que você observe as atividades desenvolvidas no espaço rural e como elas podem influenciar o planejamento
territorial, e quais leis, projetos e ações devem ser levados em consideração de acordo com a realidade que se faz
presente.

Por exemplo, assim como a área urbana, que pode apresentar problemas como a falta de infraestrutura adequada
levando à sua desvalorização, as áreas rurais também podem sofrer com isto, ou seja, serem desvalorizadas por
apresentar acesso inadequado, dificultando a logística de fornecimento de produtos agrícolas ou até mesmo prejudicando
a população a ter acesso a serviços como escolas, universidades, hospitais e saneamento básico.

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PORDENTRODOTEMA
Figura 5.6 - Área periférica localizada no espaço urbano, o que pode resultar em desvalorização territorial.

Fonte: Disponível em: <http://www.paodeacucar.al.gov.br/wp-content/uploads/2015/03/IMG-20150326-WA0014.jpg>. Acesso em 13 nov. 2016.

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PORDENTRODOTEMA
Figura 5.7 - Estrada com infraestrutura inadequada que contribuiu para que o ônibus escolar atolasse.

Fonte: Disponível em: <http://www.jornaldanoticia.com.br/adminvg/fotos/31032015110459onibus.jpg>. Acesso em 13 nov. 2016.

Você percebeu que existem muitos anseios da população que vive nas áreas urbanas que acabam sendo similares aos
da população do espaço rural? Você, como futuro gestor ambiental, deverá ter o conhecimento dos instrumentos que são
necessários para contribuir para o planejamento e também o adequado desenvolvimento desses espaços, considerando
suas particularidades e características que influenciam em como as políticas públicas serão aplicadas.

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ACOMPANHENAWEB
Planejamento Urbano e Ambiental nas Municipalidades: da Cidade à Sustent-
abilidade, da Lei à Realidade

• O artigo supracitado dos autores Geovany Jessé Alexandre da Silva e Hugo José Scheuer
Werle, do ano de 2007, irá reforçar alguns tópicos estudados nos temas anteriores e contribuir
com a compreensão de alguns aspectos relevante do planejamento de áreas rurais. O texto
aborda sobre soluções urbanísticas utilizadas para a realidade das cidades do país e como
isso contribui para que se desenvolva a sustentabilidade aliada ao planejamento e atividades
socioeconômicas.
Disponível em: <http://www.fau.usp.br/depprojeto/gdpa/paisagens/artigos/2007Silva-Werle-PlanejamentoUrba-
noSustentabilidade.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2016.

Gestão Ambiental de Propriedades Rurais

• O texto disponível no link a seguir, do engenheiro agrônomo Ênio Resende de Souza, publicado
em 2012, expõe importantes assuntos que você, como futuro gestor ambiental, deve estar atento,
por exemplo, a importância socioeconômica e ambiental do espaço rural, aspectos ambientais
relevantes das propriedades rurais, impactos ambientais relacionados às propriedades rurais e,
ainda, planejamento e gestão ambiental das propriedades rurais.
Disponível em: <https://issuu.com/thiagocurioso1985/docs/emater-mg_-_gest__o_ambiental_de_pr>. Acesso
em 10 nov. 2016.

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ACOMPANHENAWEB
Gestão Territorial Orienta Produtores para Ocupação do Espaço Rural

• Assista à entrevista realizada em 2014 com o pesquisador da Embrapa Evaristo de Miranda,


que é um estudioso da gestão territorial, que contribui para que os agricultores consigam ocupar
o espaço rural de uma forma adequada por meio da definição de estratégias que ajudam na
construção do desenvolvimento sustentável de uma produção agrícola.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1dydPdQ4rhI>. Acesso em 10 nov. 2016.

Tempo: 24:51.

Gestão Ambiental e Territorial

• O vídeo dinâmico e interativo disponível no link sugerido a seguir da Empresa Brasileira


de Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA), do ano de 2012, mostra que o objetivo da gestão
ambiental e territorial está vinculado à determinação do local em que a atividade agrícola pode
ter sua máxima capacidade produtiva expressa de uma maneira sustentável.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=NwUVOQuoLmE>. Acesso em 09 nov. 2016.

Tempo: 4:12.

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AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1

Leia o trecho a seguir:

“O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Censo Demográfico de 2000 [...] coloca como estando em área rural
os domicílios que estão situados na área externa ao perímetro urbano de um distrito [...] e os domicílios urbanos, como aqueles
que estão situados na área interna ao perímetro urbano de um distrito”.

Fonte: Disponível em: <www.agb.org.br/evento/download.php?idTrabalho=3215>. Acesso em 17 de nov. 2016.

Sobre o conceito do espaço rural, que é bastante discutido, podemos afirmar corretamente que:

a) O seu planejamento não é exposto como uma oposição ou com grandes divergências do espaço urbano, porém considera-se
suas características particulares e distintas do espaço urbano.

b) Não possui distinção em relação ao espaço urbano, sendo os dois constituintes do espaço municipal e participando e sendo
implantado o mesmo planejamento territorial.

c) O espaço rural constitui-se em uma área estratégica para alcançar o desenvolvimento de forma sustentável, porém não possui
uma relevância em relação à segurança alimentar da população, já que muitos produtos são provenientes de exportações.

d) Existem poucas interpretações envolvendo a sobreposição de legislações e competências que definem o parcelamento do
solo urbano, sendo o parcelamento do solo uma competência de responsabilidade do governo do estado.

e) O planejamento para utilização das áreas produtivas da propriedade rural deve contemplar uma visão sistêmica, mesmo que
sua utilização não seja sustentável e que afete o meio ambiente local.

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AGORAÉASUAVEZ
Questão 2

Analise as seguintes afirmações e, em seguida, assinale a alternativa que contém APENAS as afirmações corretas.

I. O espaço rural constitui-se em uma área estratégica para se alcançar o desenvolvimento de forma sustentável, já que as
propriedades presentes neste espaço contribuem para a segurança alimentar da população.

II. O uso e ocupação inadequada do solo podem ocasionar desmatamentos, exploração excessiva dos recursos naturais, práticas
agrícolas incorretas e devastadoras que contribuem para degradação das áreas rurais.

III. A preservação e a conservação dos recursos naturais, embasadas em conhecimentos da realidade local, contribuem para
nortear o plano de utilização dessas áreas.
a) Apenas as afirmações I e II.

b) Apenas as afirmações I e III.

c) Apenas as afirmações II e III.

d) I, II e III.

e) Apenas a afirmação III.

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AGORAÉASUAVEZ
Questão 3

Leia o texto a seguir:

“Compreende todas as áreas do território do município, localizadas fora do perímetro urbano, nas quais serão permitidos a ins-
talação e desenvolvimento de atividades primárias, de atividades relacionadas com o turismo rural e de atividades extrativas,
devendo a área ser objeto de zoneamento ambiental que subsidiará a regulamentação específica de uso [...]”.

Fonte: Disponível em: <http://www.pocosdecaldas.mg.gov.br/site/wp-content/uploads/2016/05/apresenta%C3%A7%C3%A3o-


-plano-diretor-zona-rural-2.pdf>. Acesso em 12 nov. 2016.

Assinale a alternativa correta:

a) O espaço urbano possui uma grande importância na produção de alimentos para a população, tendo como principal
componente a produção agrícola.

b) Espaço rural possui como característica do seu território a produção agrícola, podendo ser utilizadas ou não tecnologias para
facilitar no cultivo.

c) A agricultura não possui um fator de importância para a segurança alimentar da população, sendo a maior parte dos alimentos
produzidos em indústrias.

d) Com o aparecimento dos processos industriais para a alimentação, a agricultura perdeu espaço, atualmente sendo substituída
pela pecuária e fadada a desaparecer em alguns anos.

e) O Brasil é um péssimo produtor agrícola, tendo poucas legislações e diretrizes para auxiliar nos processos de regulamentação
ambiental para as plantações.

Questão 4
“A abordagem pela REI (Região do Entorno Imediato) coloca, por exemplo, que na maioria das vezes, os loteamentos nas áreas
rurais são clandestinos, por não terem sido submetidos a processos de aprovação municipal, uma vez que muitos municípios não
possuem legislações próprias que regulem o parcelamento do solo rural, ou proíbem tal parcelamento além do perímetro urbano
(SANTORO; COSTA; PINHEIRO, 2004).
Mesmo os autores afirmando que os municípios não possuem legislações sobre parcelamento de terrenos, existem outras que
tentam evitar problemas territoriais e ambientais na zona rural. Cite exemplos dessas normas e onde elas podem ser encontradas.

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AGORAÉASUAVEZ
Questão 5

A atualidade do debate sobre o rural é justificada pela urgência de entender essas categorias, para que os municípios elaborem
seus planos diretores. O Estatuto da Cidade exige que os planos diretores considerem todo o município, tanto área urbana como
rural (art. 40, parágrafo 2º), buscando a integração e a complementaridade entre as atividades desenvolvidas nesses dois espa-
ços, com vistas ao desenvolvimento socioeconômico do município e do território.

Quais são os impactos que a população rural poderia sofrer caso o plano diretor não levasse em conta o aspecto rural?

FINALIZANDO
Aluno,

Chegamos ao fim de mais um tema da disciplina “Planejamento de áreas rurais e urbanas”. Você pode refletir agora e
constatar quanto conhecimento já adquiriu ao longo de temas que estudamos, não é mesmo? E em especial, no Tema
5, você pôde conhecer ainda mais como as áreas do espaço rural se organizam, são planejadas e quais os instrumentos
que são utilizados para construir o espaço urbano por meio de um desenvolvimento que respeita o meio ambiente e as
necessidades do homem.

Além disso, reforçamos o conceito do espaço urbano, certo? Ainda podem ter restado algumas dúvidas e você também
pode estar incerto sobre como você, futuro gestor ambiental, poderá atuar nesse processo de estudar, planejar, propor e
aplicar medidas relevantes para o planejamento tanto das áreas rurais quanto urbanas, certo? E ainda, como todo esse
processo pode ser realizado baseando-se na sustentabilidade.

Não se preocupe caso esses questionamentos pareçam difíceis de ser respondidos, no próximo e último tema da
disciplina abordaremos especificamente a sustentabilidade das áreas rurais e urbanas, com enfoque para compreender
os impactos que essas áreas sofrem e como isso pode ser minimizador por meio de uma gestão ambiental.

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REFERÊNCIAS
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GLOSSÁRIO
Atores sociais: São membros que fazem parte do grupo político, ou seja, são aqueles indivíduos, associações ou gru-
pos que tomam decisões importantes vinculadas a alguma questão política, por exemplo, o planejamento territorial.

Dicotomia: Pode ser compreendida como a divisão ou subdivisão de algo em duas partes, por exemplo, a classificação
do espaço em áreas urbanas e em áreas rurais.

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA): Segundo o site do INCRA (s/i), sua definição pode
ser entendida como uma autarquia federal criada pelo Decreto nº 1 110, de 9 de julho de 1970, cuja missão prioritária é
executar a reforma agrária e realizar o ordenamento fundiário nacional.

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST): É um movimento social brasileiro que luta em prol de questões re-
lacionadas aos interesses dos trabalhadores rurais, principalmente relacionadas a questões de acesso a propriedades
rurais, como a reforma agrária, buscando a redistribuição de terras que não estão sendo utilizadas.

Região do Entorno Imediato: Entre o espaço rural e o espaço urbano existe uma área de transição entre eles, que é
conceituada por alguns autores como sendo a região do entorno imediato.

Segurança alimentar: É composta por um conjunto de normas de produção, adequado armazenamento e transporte
de produtos alimentares com o objetivo de padronizar algumas características, como microbiológicas, físico-químicas
e sensoriais (paladar, olfato e visão) que contribuem para comprovar que um alimento está adequado para o consumo.

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GABARITO
Questão 1

Resposta: Alternativa A.

O espaço rural é tratado de maneira similar ao espaço urbano, sendo ambos cuidados pela administração municipal,
porém o espaço rural possui características únicas, tal como porcentagem de matas preservadas, que devem ser levadas
em consideração no momento da realização do seu planejamento. É necessário que os impactos no meio ambiente
sejam considerados quando é realizado o planejamento de uma área.

Questão 2

Resposta: Alternativa D.

Todas as afirmações são verdadeiras, pois o espaço rural constitui-se em uma área estratégica para se alcançar o
desenvolvimento de forma sustentável, já que suas atividades são de grande relevância até para a sobrevivência da
população (com fornecimento de alimentos) e fomento a atividades industriais (com fornecimento de matérias-primas,
por exemplo).

O uso inadequado dos recursos naturais pode causar danos graves ao meio ambiente de forma geral, não restringindo os
impactos apenas ao espaço rural, e estes podem ser desmatamento, erosão, queimadas, aquecimento global, poluição,
degradação dos recursos naturais, entre muitos outros danos.

Questão 3

Resposta: Alternativa: B

O espaço rural é caracterizado pela produção agrícola, sendo que em algumas propriedades, onde a produção é alta,
a utilização de máquinas e produtos químicos agiliza os processos de plantação e distribuição dos produtos plantados.

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Questão 4

Resposta: As normas são passadas através do Plano Diretor e de inúmeras diretrizes para o funcionamento produtivo
do setor rural. Projetos de lei também visam auxiliar no desenvolvimento rural, tal como a Lei Federal 11.346, de 2006,
que afirma que a segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e
permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades
essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que
sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.

Questão 5

Resposta: O Plano Diretor deve considerar características particulares das áreas rurais, e deve conter temas como:
a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios,
considerando a existência de infraestrutura e de demanda para utilização, Instrumentos urbanísticos, Sistema de
acompanhamento e controle, Demarcação das áreas de risco e Diretrizes para regularização fundiária.

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