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SISTEMA AUTÔNOMO PARA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA

BONE, Eduardo Engelhardt1


DUMPIERRE, Glaubert Francis 2
POSIDONIO, Romário Goulart3
SANTOS, Samuel Schuindt dos4
SILVA, Vinício Gonçalves da5

RESUMO

Atualmente nas indústrias possuem as seguintes cargas elétricas: resistivas, indutivas e capacitivas,
entretanto, com o avanço da tecnologia eletrônica as cargas passaram a não ser mais lineares,
principalmente no setor industrial. Essa classificação está diretamente ligada ao fator de potência, que
por sua vez, serve para atribuir valor a energia ativa e reativa da carga em si. Com esses valores,
podemos corrigir, ou melhorar o fator de potência das máquinas nas indústrias inserindo um banco de
capacitores na rede, ou na carga, e aproximando-se de uma potência reativa utilizável e aceitável na
rede. O objetivo desse artigo é através do arduino e um banco de capacitores poder fazer a correção da
potência reativa em motores elétricos indutivos.

Palavras-chave: Indústrias, Energia, Potência Reativa, Rede.

INTRODUÇÃO

Com o advento das Leis de Faraday e de Lenz, o sucesso dos projetos de transmissão
de energia em corrente alternada e o uso difundido desta técnica para as mais diversas tarefas
tornavam-se inevitáveis. Motores, refrigeradores, transformadores, fornos a arco, reatores e
eletrodomésticos em geral (equipamentos basicamente construídos a partir de indutores)
foram responsáveis pela reinvenção da indústria e pelo requinte no conforto das residências.
(SILVEIRA, 2018)

1
Acadêmico de Engenharia Elétrica pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal –
FACIMED. E-mail: eduardo-bone@hotmail.com
2
Graduado em Desenvolvimento em Sistemas de Informação formado pela Faculdade Integradas de Cacoal,
especialista em Didática do Ensino Superior pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal, acadêmico de
Engenharia Elétrica pela Faculdade de ciências biológicas de Cacoal –
FACIMED. E-mail: dumpierre@gmail.com
3
Acadêmico de Engenharia Elétrica pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal –
FACIMED. E-mail: romarioposidonio@gmail.com
4
Acadêmico de Engenharia Elétrica pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal –
FACIMED. E-mail: samuelschuindt1@gmail.com
5
Acadêmico de Engenharia Elétrica pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal –
FACIMED. E-mail: viniciosentinela@gmail.com
O problema dos equipamentos indutivos é que ao ser acionados com alimentação por
corrente alternada, ocorre um fenômeno de defasagem entre as ondas da tensão e da corrente,
causando o surgimento da Potência Reativa. Esta defasagem é quantificada pelo chamado
Fator de Potência (FP) (SCARPIN, 2017).
O fator de potência é definido como a relação entre a potência ativa e a potência
aparente. Esse indicador determina a eficácia com que a potência ativa está sendo transferida
para a carga. O fator de potência só pode ser considerado igual ao cosseno do ângulo de
defasagem entre a tensão e a corrente no caso de ambas as grandezas serem senóides puras,
ou seja, não possuam componentes harmônicas (ROCHA, 2016).
A energia reativa indutiva é consumida por aparelhos normalmente dotados de
bobinas, tais como motores de indução, reatores, transformadores etc., ou que operam com
formação de arco elétrico, como os fornos a arco. Este tipo de carga apresenta fator de
potência dito reativo indutivo. Já a energia reativa capacitiva pode ser gerada por motores
síncronos superexcitados (compensadores síncronos) ou por capacitores. Neste caso, estas
cargas apresentam fator de potência dito reativo capacitivo (FILHO, 2017).
De acordo com Júnior (2017) um baixo fator de potência pode encarecer a conta de
energia e provocar um aquecimento nos cabos condutores das cargas, acarretando algumas
consequências como:
-Maiores perdas por efeito Joule devido à circulação da potência reativa no
sistema elétrico;
-Redução do aproveitamento das capacidades dos transformadores;
-Aquecimento dos cabos;
-Fatura de energia elétrica mais cara.

Para amenizar o impacto do baixo fator de potência, e consequentemente uma baixa


qualidade de energia, é importante que as indústrias, em suas plantas elétricas, corrijam o
fator de potência, evitando assim, multas cobradas pela concessionária por excedente de
consumo de potência reativa e obtendo uma melhor utilização da energia disponível
(ANICETO, 2016).
As fontes de energia elétrica estão cada vez mais raras e o consumo está cada vez
maior, levando nossas atuais fontes de energia à sua carga quase máxima e fazendo que seja
cogitada a construção de novas usinas hidrelétricas e termelétricas. Entretanto esse fato pode
ser amenizado houvesse um melhor aproveitamento da capacidade já instalada (VALENTIM
et al. 2010).
Logo o projeto consiste em desenvolver uma plataforma eletrônica, onde ao conectá-lo
a carga ou a rede, o aparelho faz a leitura das potências, o seu ângulo de defasagem e o fator
de potência e com essas informações é possível aproximar o fator de potência para 0,92 como
pede na norma da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), para cargas inferiores a 69
kV, evitando assim as potências reativas.

METODOLOGIA

O protótipo é composto por uma caixa 30 x 20,5 x 8,5cm onde está inserido o display
na sua parte frontal, juntamente com o disjuntor, e o barramento de conexão das entradas e
saídas das tensões ao equipamento como mostra a figura 1.

Figura 1: Esquema do projeto (Elaborado pelo autor¹)

Através dos bornes presentes na parte superior do equipamento como mostra a figura
2, a tensão AC 127 ou 220 Volts (fio roxo ou verde, respectivamente) juntamente com o
aterramento (fio amarelo), entra no equipamento, onde através do sensor PZEM-004T mede-
se a corrente e a tensão da fase.

Figura 2: Esquema de ligação do projeto (Elaborado pelo autor¹)


O sensor PZEM-004T é um transformador de corrente, que utiliza dos princípios
magnéticos da corrente elétrica para efetuar a leitura. Um exemplo é a Lei de Ampére, que
segundo Demetras (2017) a corrente que flui no interior do condutor induz um campo
magnético ao seu redor.
A Lei de Ampère diz que todo condutor por onde flui uma corrente elétrica
induz ao seu redor um campo magnético proporcional à corrente.

Através do campo magnético o transformador de corrente faz a leitura do campo, e


transforma a unidade em bits para se comunicar com o Arduino, assim obtém a variação da
corrente fluindo no condutor, além da tensão que é medida através da conexão paralelo com a
carga.
A leitura feita pelo sensor é captada pelo Arduino, onde automaticamente através dos
cálculos de fator de potência, podemos corrigir o ângulo de defasagem entre a corrente e a
tensão, melhorando a energia da rede ou dos motores. Ao descobrir o ângulo, potência
aparente, reativa e ativa, o Arduino irá calcular a capacitância necessária para aproximar o
ângulo de arco cosseno (0.92), aproximadamente 23,074º, o qual é o permitido pela ANEEL.
A plataforma apenas fará a correção do fator de potência para cargas indutivas, pois a mesma
está programada apenas para cargas mais utilizadas.
Após o Arduino calcular o capacitor necessário para a carga, através da fórmula da
capacitância, e acionar os relés específicos com cada valor presentes na plataforma, onde ao
acionar os relés necessários, retorna a instalação melhorando o fator de potência.

RESULTADOS ESPERADOS

Com esses estudos, pode-se esperar que os capacitores presentes no sistema realizarão
a ligação em paralelo com a carga ou rede, e com a inserção dos mesmos, corrija o ângulo de
defasagem entre a corrente e a tensão, aproximando o ângulo de 23,07º, assim reduzindo as
multas acentuadas pelas concessionárias para consumidores com o fator de potência inferior a
0.92 para cargas indutivas.
O intuito do projeto é ser viável e possuir o mínimo de erro possível, tornando a
utilização do mesmo confiável. O projeto é bastante tentador, visando que já existem diversas
plataformas para corrigir o fator de potência no mercado, porém o inovador deste projeto é a
utilização de uma placa controladora de fácil acesso, baixo custo e didática.
CONCLUSÃO PARCIAL

Cada vez mais se acentua a preocupação com a produtividade elétrica, onde deve-se
levar em consideração a economia da energia e consumir com produtividade, ou seja,
minimizar a energia reativa na instalação. A compensação da energia reativa na rede traz
diversos benefícios para o consumidor e para a concessionária, dentre elas estão, a redução de
custos, e as perdas presentes nos cabos e condutores, além de melhorar o funcionamento dos
equipamentos da instalação.

ABSTRACT
Currently in industries have the following electrical loads: resistive, inductive and capacitive,
however, with the electronic technology yield as loads become more linear, mainly in the industrial
sector, instead, serve to emit value the active and reactive energy of the load in itself. With these
values we can correct, improve the performance of your capacities in the machines, enable us in the
network or the load and approach a reactive, usable and acceptable power in the network. The article
should be done on the Arduino and a bank of capacitors to do the reactive correction of inductive
electric motors.

Keywords: Industries, Energy, Reactive Power, Network.

BIBLIOGRAFIA

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