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Campanha vai usar redes sociais para

prevenir suicídio
No Setembro Amarelo, a campanha é para prevenir e conscientizar

Publicado em 10/09/2018 - 07:17


Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
No Brasil, há um suicídio a cada 45 minutos. Os dados mundiais indicam que ocorre uma
tentativa a cada três segundos e um suicídio a cada 40 segundos. No total, chega-se a 1
milhão de suicídios no mundo. Provocar o fim da própria vida está entre as principais causas
das mortes entre jovens, de 15 a 29 anos, e também de crianças e adolescentes.
No esforço para mudar esses números, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que a
data de 10 de Setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Há quatro anos a
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de
Medicina (CFM), promove a campanha nacional Setembro Amarelo.
À Agência Brasil, o presidente eleito da Associação Psiquiátrica da América Latina (Apal) e
superintendente técnico da ABP, Antônio Geraldo da Silva, destacou a importância da
campanha para prevenção e conscientização.
“Esses números são altíssimos, mas nós sabemos que são falhos. Mesmo assim, são
assustadores.”

Crianças e jovens
Pelos dados da OMS, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. É
também a sétima causa de morte de crianças entre 10 e 14 anos de idade. O caminho,
segundo Silva, é adotar medidas preventivas de ajuda e auxílio.
“É uma maneira de a gente salvar vidas porque 90% dos suicídios poderiam ser evitados se as
pessoas tivessem acesso a tratamento e pudessem tratar a doença que leva ao suicídio”,
afirmou o presidente da Apal.
Segundo o psiquiatra, em geral, a maior parte das pessoas que tenta colocar fim à vida sofre
de algum tipo de transtorno mental.
“Os estudos mostram que 100% de quem se suicida têm uma doença mental. Os trabalhos
mostram isso. Nem 100% de quem pensa em suicídio têm doença mental, mas 100% de quem
suicida têm transtorno mental”, afirmou.

Redes sociais
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) pretende lançar campanhas nas redes sociais ao
longo deste mês para alertar sobre suicídio e oferecer apoio e ajuda. Antônio Geraldo da Silva
disse que os especialistas devem abordar o assunto e buscar mais informações com
psiquiatras.
A ABP quer levar isso para a população. “A ABP quer popularizar. Nós estamos levando isso
para as escolas, empresas e instituições”, afirmou o médico. “O que entristece os membros
da ABP é ver que as pessoas querem abordar o assunto, mas negando a doença mental, que a
depressão ou a esquizofrenia existam.”
O médico acrescentou: “Se a gente negar que a doença mental existe, como vai falar de
suicídio, sabendo que 100% de quem suicida têm doença mental?”. “É uma doença como
outra qualquer. Não escolhe raça, cor, nada”.

Drogas
O psiquiatra Jorge Jaber, membro fundador e associado da International Society of Addiction
Medicine, especialista no tratamento de dependentes químicos, ressaltou que o uso de álcool
e drogas é o segundo fator depois das doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão, que
leva ao aumento de suicídios.
Segundo ele, o suicídio é a causa de morte mais facilmente evitável entre todas as doenças.
“Enquanto doenças infecciosas, cardiovasculares e tumores precisam de grande aporte
médico e cirúrgico de alto custo, o impedimento médico do suicídio pode ser atingido com
remédios bem mais baratos e somente conversando com o paciente.”
Para Jaber, o fundamental é dar atenção e escutar aquele que pensa em cometer o suicídio. “O
fato de alguém que tenta suicídio ser escutado por cerca de 20 minutos pode impedir que ele
tenha o impulso de cometer o ato. Ouvir o suicida salva a vida dele”.
Na clínica onde atende dependentes químicos, Jaber informou que pelo menos 20% dos
pacientes internados tentaram suicídio. “Quanto mais as pessoas falarem sobre o suicídio,
menos suicídios ocorrerão” disse.
Edição: Kleber Sampaio

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um-suicidio-no-mundo

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