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FORÇA PARA VIVER


2 Coríntios 4.16 a 5.10

Não existem pessoas sem problemas. Todos se encontram expostos a situações que
geram preocupações e até mesmo desânimo. E há momentos em que se acumulam
problemas de toda a sorte, tumultuando a nossa caminhada e levando-nos a perder as
perspectivas de vida. Alguns chegam até mesmo a desistir, sentindo-se fracos e
derrotados.

Como diz a canção: "há momentos que na vida pensamos em olhar atrás... é preciso
pedir ajuda para poder continuar". E aí, o que fazer?

Ao contrário do que muita gente pensa e prega, a vida cristã não nos isenta de
situações difíceis marcadas por intensas provações. Em muitos casos, o simples fato
de ser cristão já acarreta uma série de dificuldades.

O apóstolo Paulo é um exemplo típico de alguém que conviveu com muitas situações
adversas, tais como: perigos, fome, nudez, naufrágios, perseguições etc.,
principalmente devido à carreira ministerial que abraçou.

No entanto, a despeito de tantos sofrimentos, ele jamais desanimou. Pelo contrário,


sentia-se sempre bem disposto e renovado, pois recebia da parte do Senhor "força
para viver". De igual modo, nós também podemos nos sentir encorajados a prosseguir
em nossa caminhada, sentindo a força que vem do alto e que dá significado à própria
vida.

Em Deus podemos buscar e encontrar força para viver. Não é algo mágico e
instantâneo: mas algo possível e disponível aos cristãos.

Análise do texto
No texto em apreço, o apóstolo Paulo continua a sua defesa frente aos seus
opositores. Apesar das muitas críticas, ele enfrenta e responde aos seus inquiridores
com paciência e determinação, demonstrando uma fé firme e inabalável, como sempre
ensinou: "o justo viverá pela fé".

A partir de algumas imagens extraídas da filosofia grega, o apóstolo faz algumas


comparações através de antíteses como: homem interior X homem exterior; visível X
invisível; temporal X eterno; morada terrestre X habitação celeste; vestidos X nus. Em
todas elas, o apóstolo encara os desafios da vida como oportunidades para o
fortalecimento de seu ministério e crescimento de sua fé.

Este texto contém lições e experiências já vivenciadas por Paulo em outras ocasiões
em que se sentiu encorajado e fortalecido (At 23.11; II Tm 4.17). A partir de sua
experiência, Paulo transmite encorajamento aos coríntios que também viviam dias
difíceis de tribulação.

Segundo o ensino apostólico, é pela fé (e somente assim), que a pessoa encontra


força para viver e encorajamento para enfrentar as tribulações da vida: "é por isto que
não desanimamos ou enfraquecemos"(v. 16).

Do texto lido, é possível extrair algumas lições que enriquecem a nossa vida cristã e
nos dão força para viver, das quais destacamos:

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1 - A FORÇA INTERIOR
Inicialmente, o apóstolo recorre à distinção: "homem interior e homem exterior". Paulo
admite que as provações do caminho respondem pela corrupção do homem exterior.

Com o passar do tempo, e em meio a muitas tribulações, o nosso corpo mortal tende a
se desgastar e a se desfazer. Mas, o homem interior cresce e se desenvolve. A fé se
estabelece no coração, donde procedem as fontes da vida (Pv 4.23).

É o cultivo da vida interior capacita o cristão a enfrentar as lutas e adversidades da


vida. Semelhantemente, o apóstolo faz comparações entre o visível e o invisível, ou
entre o que é transitório e o que é eterno - figuras que também comunicam a
mensagem do cultivo de uma vida interior, íntima e profunda com Deus, centrada não
em aparências ou exterioridades, mas plantada e desenvolvida no coração humano.

Não há base neste texto para se pregar o sofrimento, ou a desvalorização do corpo.


Mas, sim, para ensinar que é a força interior que nos encoraja a prosseguir no
cumprimento de nossa missão. Em outras palavras, é a fé plantada no coração do
homem, a qual se renova a cada dia, que o encoraja a enfrentar os muitos desafios da
vida.

Jesus, defendendo-se dos fariseus, advertiu quanto à inversão tão comum (e antiga)
de se valorizar o exterior e negligenciar o interior (Lc 11.37-41). Eis um tremendo
desafio para o mundo atual que supervaloriza a aparência, o exterior, e se distrai
tanto, quanto aos valores interiores que, de fato, fornecem capacitação para os
embates da vida.

Na verdade, aqueles que são movidos pela aparência, são os mais despreparados
para enfrentar as lutas do caminho. Por não possuírem valores profundos e eternos,
são os que se desesperam e se afligem no meio das tribulações, ao contrário dos que
possuem uma fé viva e profunda que nasce do íntimo de seus corações. Esta é a
verdadeira força que sustenta a vida.

A leitura do Salmo 131 nos ensina que, à semelhança de uma criança que se aquieta
nos braços de sua mãe, a alma também pode descansar em plena paz. Eis um
segredo que enriquece a nossa experiência cristã e que nem todos valorizam: a força
interior plantada em nosso íntimo que nos capacita a enfrentar as lutas da vida.

2 - A VISÃO DO FUTURO.
Na defesa de Paulo, a visão do futuro também fornece força para viver. Em outras
palavras, o presente só faz sentido quando se cultiva a perspectiva do futuro. Para
ilustrar, Paulo recorre às figuras da "morada terrestre" e a "habitação celeste",
comparando o presente e o futuro.

A morada terrestre - também traduzida por "tabernáculo" ou "tenda" - representa uma


construção passageira ou temporária que um dia será substituída por um belo edifício
definitivo.

Ao comentar este texto, a Bíblia Edição Pastoral diz que "Paulo emprega uma imagem
muito familiar no Oriente: quando continuam a caminhada, os nômades do deserto
desmontam a tenda do acampamento porque o deserto não é a sua morada eterna. O
mesmo acontece conosco: este mundo é o lugar onde vivemos e construímos a nossa
história, cujo fim é a comunhão e a participação da própria vida divina".

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Para uns, a alusão de Paulo diz respeito às coisas comuns desta vida que devem
ceder lugar ao que é eterno e duradouro. Para outros, a casa terrena representa o
corpo mortal, enquanto a casa celeste ("não feita por mãos humanas") significa a
condição futura dos remidos.

O certo é que ambas as interpretações facilitam a compreensão da vida numa


perspectiva futura. O argumento de Paulo favorece a concepção de uma vida melhor:
a vida eterna.

Como seres eternos, um dia seremos revestidos de um novo corpo (vv.2-4). Eis o
sentido da expressão figurada "vestidos e não nus", que implica estar devidamente
preparado para a eternidade.

Enquanto estamos nesta vida, diz o apóstolo Paulo, "gememos" e "sofremos" -


palavras que se identificam com as dores de parto que dá à luz um novo ser. Mas,
"aspiramos" o revestimento definitivo, celestial, total. Um dia, todo o sofrimento
cessará, o corpo se revestirá de incorruptibilidade, tudo se fará novo.

Esta é uma promessa que fortalece a nossa caminhada. Sabemos que a nossa vida
não cessa com a morte, mas sim, possui uma perspectiva futura, quando tudo se fará
novo. Isto também traz força para viver.

3 - O PODER DA ESPERANÇA.
Muita gente sabe de tudo o que foi descrito acima, mas não acredita que isto lhe diz
respeito. Ainda não se apossou desta encorajadora promessa. Não basta apenas
saber: é preciso crer e também alimentar a esperança que fortalece a caminhada. Nos
versículos 6- 10, o apóstolo encoraja os seus leitores a confiar na esperança que está
proposta. O texto recomenda "desejar" entrar nesta vida.

Diz o biblista José Comblin que "a esperança sustenta o desejo". E acrescenta:
"estamos numa situação de espera, gemendo, aspirando, desejando, no exílio, numa
moradia provisória, mas apesar de tudo, numa confiança firme. A certeza do futuro
que nos espera basta".

Neste sentido, o apóstolo menciona o comparecimento diante do tribunal de Cristo.


Esta referência não deve ser vista como ameaça; nem ser encarada com temeridade,
como fazem alguns pregadores, ameaçando os seus ouvintes.

O apóstolo encara o comparecimento ao tribunal de Cristo como uma oportunidade de


encontro, recompensa, realização - uma celebração de vitória e regozijo. Os seus
opositores sim, deveriam aproveitar para refletir quanto à sua conduta, uma vez que
se portavam de forma inconveniente.

Os cristãos se alimentam da esperança futura, uma vez que compreendem que "se a
nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de
todos os homens"(I Co 15.19).

É preciso manter firme a esperança proposta, pois isto fortalece a nossa vida. Ne.n
sempre é fácil esperar. Principalmente, em um tempo marcado pela pressa, que exige
resultados automáticos e instantâneos. Mas aqui está o segredo: saber esperar no
Senhor (SI 27.14; 40.1-3). Isto é fundamental. Isto faz a diferença. Isto traz força para
viver.

AUTOR: REV. WILSON EMERICK DE SOUZA

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