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PERGUNIE
E
RESPONDEREMOS
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lndice
P6g.
Que significa 1
"F~ SECULARIZADA" 1
Hi diferença 1
VALORES HUMANOS E VALORES CRISTAOS
NATUREZA E GRAÇA. .. . . .... . 203
Como se tllpllu?
O MEN INO JESUS DE PRAGA 213
• • •
NO PRÓXIMO NOMERO:
fiel cri, tõo, que I5peros em d.finilivo~ lum eSll,ldO sobre
o vida elelno L Igrejo e missionário'? cCrislãol anônimos».
Crise no Igreja, que signifito ? Romarias ou peregrinocões
em nOuos dias. Antigos crisHios balizavam crianças?
- -- x-- -
" PERGUNTE E RESPONDEREMOS »
Assinatura anual .. ..... • ..•....... . , .. . ,.. . ..... . ...... . Cr$ 30,00
NOmcro avulso de qualquer mts .. .. . ,. . ..... .. .. .. . .. .. Cr$ 4,00
Volumes eneadcrnados de 1958 c 1959 (prece unHârlo) ,... CrS 35,00
Indlce Geral de 1951 :I 1!164 . ..... .. _.. ... ..... ...... .. ... Cr$ 10,00
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EDITORA LAUDES S. A.
REDAÇAO DE PR ADi\IINISTRAÇAO
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t. l .... ' . . .'~", .
2-0/9 / / __
3,5 - 1.000 P/l
•
o titulo paradoxal destas linhas poderá, à ~~~~á.,.-
surpreender o leitor. Acontece, porém, que a. reallda.de é tão Iica
em matizes que âs vezes ela pode atingir as raias do paradoxal.
Aliás, o paradoxo acima é sugerido pêla própria Palavra de
Deus, ou seja, pelo Apocalipse de S. João.
E como?
O número 7, na linguagem dos números (Que a S. Escri-
tura compartilha em algumas passagens) I é símbolo de plenitude
e perfeicão (vcja~se, por exemplo, Gén 1,1-2,4a). Donde se segue
que a metade de 7, isto ê, 3 1/2 representa a deficiência, a pe-
mlria, o estado de «deserto:. em que possa estar o homem pere-
grino na teITa. 1.: por isto que o Apocalipse, c. 12, afirma que
a Mulher simbólica ou «Grande Sinal:. é abrisada por Deus
no deserto durante «um tempo, dois tempos e metade de wn
tempo, CApe 12,14; cf. Dan 7,25; 12,7), ou aInda durante 1260
dias (3 anos e meio) ou ainda 42 meses, se confrontamos os
textos entre 51 (Apc 12,6 e 11,2) .
A Mulher do Apocalipse luminosa, mas perseguida pelo Dra~
gão durante três anos e meio (=42 meses, 1260 dias), represen-
ta a S. Igreja de Cristo na medida em que na terra é sujeita às
deficiências e contradições dos homens. Cada cristão, sendo uma
micro-Igreja, pode, com certeza, dizer que experimenta muitas
vezes um clima de deserto, de fome e sede de vida, verdade,
amor, justiça - valores estes que são contraditados pelos acon-
tecimentos da. vida terrestre.
Passemos agora ao capo 20 do mesmo livro do Apoca.llpse.
- O texto diz que Satanás será acorrentado por mO anos e
lançado num abismo selado. Ao mesmo tempo, os justos ressus-
citarão (experimentarão a ressurreição prime1ra~, e reinarão com
Cristo sobre a terra durante esses mil anos. Terminada, tal pe-
rlodo, dar-se-.á a consumação dos tempos: SatanAs será solto.
travará a batalha final, à Qual se seguIrão a ressurreição de
todos os mortos e o juizo tlnal.
Esta passagem do Apocalipse suscitou as mais diversas
tnterpretacaes. entre as Quais a tese de Que, antes do juizo final,
haverá sobre a terra um reinado milenar de Cristo: somente
OS bons viverão neste mundo, usufruindo de paz espiritual e
fartura materla.l. .. TOdavia o milenarismo assim concebido
foi rejeitado pelo senso de fé da Igreja. Na verdade, a autên-
tica interpretação de Apc 20 há de ser deduzida dos próprIos
-185 -
escritos de São João. Ora em Jo 5,25-29 o Evangelista fala
de duas ressurreiçõcs: a primeiro. ( _já agora:.) é a que se dá.
pelo batismo ou pela participação sacramental da ressurreição
de Cristo; Q segunda se dará no fim dos tempos, quando a graça
do batismo transfigurar os corpos ressuscitados.
Entrementes, ou seja, entre a primeira ressurreicão (a ba-
tismal) e a segunda (a dos corpos, no Cim dos tempos), os cris-
tãos vivem um período de mil anos simbôlicos. Mil, no caso,
significa bonança ou valores eternos e definitivos. Cada cristão,
na realidade, pelo fato de possuir a semente da vida eterna. pela
graça santWcantc, já está vivendo a eternidade, que o número
1.000 simboliza.
Assim se compreende que 3 112 seja Igual a 1.000. A vida
do cristão é expressa pelo sim bolo 3 1/ 2 na medida em que é
viandante e sôfrega sobre a terra. Mas é simbolizada também
pelo número 1.000 na medida em que está de posse da eterni-
dade e goza da presença de Deus. Tal é o paradoxo da vida do
cristão: ainda preso ao temporal, já está ancorado no eterno, ...
ainda sujeito às vicissitudes da vida transitória na terra, já
usufrui da paz e estabilidade do definitivo!
Qual dos dois aspectos, qual dos dois simbolos nos há de
Impressionar mais: 3 1/ 2 ou 1.0oo? Ê certo que a realidade
de 3 1/ 2, de caminheiros sôfregos, muito se faz senUr em cer-
tas horas. Mas o cristão não se deixa abater por ela; sabe que
tem em seu Intimo uma realidade ainda mais real, ou seja, 8
realidade dos 1.000, da eternidade antecipada no tempo.
O presente número de PR tenciona ajudar o cristão a des-
cobrir essa realidade intima, que somente a fé percebe. POl"
isto apresenta em seus dois primeiros Artigos questões de fe
diluida ou contagiada, enquanto nos dois últimos artigos abor-
da a fé exuberante, sujeita, em alguns casos, a desvirtuamentos.
Possam estas páginas contribuir para nutrir uma fé flnne e
viva, inspirada pela autêntica Palavra de Deus, ... uma fé que
descubra a presenca de 1.000 nos momentos marcados por 31/2!
E.D.
-186 -
«PERGUNTE E RESPONDEREMOS»
Ano XIV _ Nt 161 - Moio de 1973
Qu. significa?
1/ fé secularizada /I?
Em Iln,...: A fé teeularlllda, apregoada por Bonhoettar, Robh'lSon,
vln BUfen e oulrOI penaad(lr83 prolest.nlea, efllos "Ieolog~ da morte de
OeuI", relelta tudo que haja de trenscendenla' na menugem do Evangelho:
J'SUI Crt.to lerl. sido apenas um homem livre e libertador (1 aamalhança
de 660(6183) ou "um-homem-para-o,ooulrol", Em consaqü6ncll, prof.sundo
til. concepções, Julgam o. mencIonados autor •• que o Crlltl_nlamo pOde"
f.II' adequadamente lO homem conlempolaneo, para o qual (dizem) DilUI
8 U realidades transcendentais perderam lodo significado,
• • •
ComentáriD: O tema «secularizaçãD:' já f Di repetidamente
abordado em PR 109/ 1969, pp. 1-9; 111/ 1969, pp. 101-110;
112/1969, pp. 137-147, O RSSWlto volta freqüentemente" bai'a
sob alguma de suas modalidades; entre outras, está a da .fé
seeuIarizadu, cujos principais arautos são autDres protestantes
-187 -
4 ..PERGUNTE E RESPONDEREMOS~ 16111913
-189 -
6 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS:. 161/1973
-192 -
cFt SECULARIZADA:.? 9
-193 -
10 ~..Pr:RC UNTf-~ B RE!:>PO~IJE HEMOS.. IGl,~-
dt'1i:!
- 194 -
~ FE SECULARIZADA '. '! 11
minada pela experiência particular Que 05 discipulos fizeram
na Páscoa:... experiência de ver Jesus de novo modo e de
parllcipar da liberdade que fora a dele." Na Páscoa eles dos·
cobriram que Jesus tinha um poder novo que antes ele nAo
Unha ou não havia exercido: o poder de suscitar liberdade em
seus dis.clpulos .. , O que aconteceu aos d isclpulos por ocasllo
de Páscoa, foi que eles se lornaram participantes da liberdade
Que Jesus tinha, de Sér um homem para os oulros ... Na Pás-
coa, eles des.cobriram que eles mesmos começavam a condl-
v/dir essa liberdade - co isa que antes não lhes acontecia.
Poderlamos dizer que na Poscoa a liberdade de Jesus começou
a ser contagiosa" (ib. 163$).
Por ultimo, van BU locn exp6c o que vem 11 ser o Evangelho
par.(l o homem dc hoje, _sccu1al'izado .. como é:
" O Evangelho é a 6oa-Nova de um homem livre que tornou
livres oulros homens, Boa-Nova proclamada pela primeira vez
por aqueles aos quais aconteceu tornar-sa livres, No decurso
de dezenove .séculos repetiu-se .constantemente o fato de que,
ao ouvirem essa proclamação, 0.9 homens se tornaram livres,
A resposta que o Novo Testamento chama fé, consiste em re·
con hecer que a libertação Se dá mediante a aceitação do
libertador Jesus de Nazsré: este é o homem que determina
para eles o que significa ser homem e Que se torna o foco de
orientação da vida deles" (I b. 171).
Em suma, o si,nific.:ldo secuJar do Evangelho l'CSume-se na
seguinte mensagem : .. A vcrd.:ldeira natureza do homem consiste
preclsamcnte na liberdade pai-a os outros que foi própria de
Jesus. Ser humano é ser livre para o próximo .. (lb. 199)_
As idéias assim propostas sugerem, sem dúvida, algumas
!'cfl.cxõt!s, qoo procuro.r~mos abaixo sintetizar.
4. Reflexõe5
Olslribuil'cmos as nossas pondera';Ôe.c; sob dois titulos, dos
quais o primeiro dirá respeito à _morte de Deus_ e o outro se
referirA a Cristo ..homcm-pnr..,-os-homens ...
-197 -
2 . Uma reflexão liIosôfico-teoJógica seja él cl'CSc~lntadíl ;',
verlfica.,=áo do (i,tO histórico.
- 198 ·_-
.. F~ SECULARlZADAJo ? 15
- 199-
1G c-PERCUNTE E RESPONDEREMOS" 16111973
4 .2 . C..b.lanh,*,o harban'alizada
que 'á
que era ministro do culto an211cano, reconhecia muito lealmente
não era cristão:
"Quanto à minha condição de Pastor, direi que não rezo;
limito-me a refletir sobre essas coisas. Fui ordenado. é ver-
dade ; mas, quando me pedem que vá pregar ou celebrar o
culto, geralmente respondo que prefiro abstel'-me disso. Eu
não hesitaria em deiltar as funções por completo, se Islo se
pudesse fazer !lem ruido, de maneira inofensiva. Mas não é
- 200-
passlvel ; deixar o pastorado acarreta uma série de complica-
"
çães... Se alguém quisesse ,tontastar o meu nome de cristão.
eu deveria admitir que, sim. eu não sou um cristão" (citado
por Ved Mehta, "Les théologiens de la mort de Oleu" , Paris
1969, p. 83).
• • •
AMIGO LEIlORI
PR
- 202-
Hé diferença?
• • •
Comeatárlo: Uma. das questões multo debatidas, sempre
que se faJa de antropologia e vida cristã, é a do relaciona-
mento entre os valores do ser humano (ou da natureza huma-
-203-
20 .PERGUNTE E RESPONDEREMOS). 161/ 1973
,. Natureza e 9ra~a
- 204-
VALDRFS HUMANOS E VALORES CRIST.lOS 21
-205-
22 .:PERGUNTE E RESPONDEREMOS); 161/1973
-206 -
_ __ -.!..~LORES HUMANOS E VALORES CRlST.lOS 21
ruio morrer, não darâ fruto. Se, porém, morrer, darâ fruto
múltiplO. (Jo 12,24).
-208 -
VALORES HUMANOS E VALORES CRISTAOS 2S
2, Yoga e Cristianismo
1. A Yoga é uma (aceta da filosofia hindu associada &.
uma técnica de ginástica corpórea e hlciene mentnl. J á foi npre-
senlada em PR 16/1959, pp. 139-146. Em conseqüência. aqui
serão propostas apenas considerações sumârias sobre o assunto
com vistas à temática destas páginas.
- 210_
VALORF.S HUMANOS E VALORES CRIST.l.QS 27
- 212-
Como .e explica?
• • •
Comentário: J::; muito comum, até nos jornais destinados ao
grande publico, encontrar-se a oração ao Menino Jesus de
Praga c o testemunho do. gratidão dos fiéis por graças rece-
bidas do Mesmo.
As vezes esta forma de devoção chama a atenção por sua
Indole exuberante e pela lnsistência com que é propagada. Eis
- 213-
3U "PERCl;N!!; . 1~ ~..!tESPONnEREô\tOS!,_ lGl/1973
1 .2 . ldod. Média
- 216 --
o MENINO JESUS DE PRAGA 33
- 21~ --
o :\"';;-';1 :\0 JESUS DE PRAGA
- 219 --
as .PERCUNTE E RESPONDEREMOS. 101/ 1973
Dlbllogr8fr. :
I. Noye, "EMane. d. Jésus (dévot lon)", em "Dletlonnalre de Splrltu...
1116" I. IV,1. Paria 1960, cola. 652-682.
C. Vln Mulll, "Crtch. (dévotlon)", Ib. li, 2. Pari' 1953, colll. 2520-2528.
C. van Hulat, "Bamblno Geau", em "Encllclopodla Cattollc." 11. CI~
dei Vaticano, cols. 771 ••
H. K[ene, "Jesueklnd, wunderUi.tlges", em "Lexlkon IOr Theo[ogle und
Klrch,,", I. 5, Frelburg 1./9r. 1960, cor. 966.
- 221-
LIma apéirlção em loco :
• • •
Com(!ntá]'io: Vem-se difundindo grandemente os opúsculos
e estampas Que transmitem as mensagens de «Nossa Senhora
de todos os Povos,. Têm por bnse 56 «apariçõcs » da VIrgem
Maria, ocorridas no dcturso (le qU;;ltorzc anos, ou seja, desd"
25 de mar' o de 1945 ale 31 de maio de 1959 em Amsterdam
(Holanda) : Maria SS. , apresentando-sc a uma vidente {Que
desejou ficar no anonimatol, ter-!hc-â fe ito dlvers.'L"õ comunica-
ções orais; estus (oram consi~adas por escrito sob a Rss istên-
ela do confessor da vidente, que era o padre dominic ano Frellc
o. P. As «aparlçõcs:»dCl'8.m-sc gel'olmente em casa da vidente;
esta repetia o que ouvia. c a sua InnA. se encB1TCgava da reda~
ção escrita das mcn."-Ogens. Por rim, a vidente completou o texto ·
- 222 -
· _. ' _ ____~ SI~!!~On A nE 'I'0-ºP.:~. r,l:-> 1..'<-">"vo",,-s___.__,,,;9
l'SCl'ito. Este, DO m~I1OS nas sua.. primeiras pâginas, i! um tanto
prolixo e, as vezes, obscuro ou hermético.
Em Unhas gerais, tais mensagens aludem às calamidades
materiais e morais que o mundo padece. A Virgem SS. porém.
promete o fim da f'nt õI:l~.,t~t i étnlc (' 11 vinda do Esplrito Santo:
"Sabel que o Elplrllo Santo ast' mais prólClmo que nunea; entretanto
:!IÓ vir' se o pedlrdes. Chele o Inicio EI. IA .,te.vl, m.. agora chegou o
aeu tempo .. , Procurais, 'enlal, aqui e acol!. Também a I.to a Senhor.
dará uma respo.te. t que o Par!clllo Integra tudo Isto em lua obra. Sabel.
o que a Senhora quer dizer : Elo é Sal - Ele ê a égua" laparlçlo 51a.
do 311V1'95S).
1. ReYela~6es particulal'ês
A fé católica não recusa admitir que Deus, por soberana
e gratuita disposição, possa pennittr a aparição de algum santo
ou personagem defunto aos viventes deste mundo. Tais apari~
ções são chamadas «aparições ou (quando trazem mensagem)
revelações particula.res», para se distinguirem da Revelação
pública. que o Senhor Deus fez através da Tradição oral e das
Escrituras Sagradas.
Para se julgar a autenticidade de alguma apar:l(á'O ou re-
velação particular, aplicam-se determinados critérios, que p0.-
dem ser assim compendiosamente recenseados:
1) A «aparlção:t hâ de ser espontânea, isto é, não provo--
cada por algum «despacho, trabalho~ ou artimanha. Os viven-
tes deste mundo não têm faculdades sobre os seus innios que
partiram da vida presente, de modo a poder constrangê-Ios a
«voltar:. ou aparecer na terra. Os cristãos podem, sim, pedir a
Deus a lntervencâo ou intercessão dos santos, mas não a p0-
dem desencadear. - Nisto o catolicismo se diferencia essencial..
mente do espirItismo e da umbanda, que julgam ter receitas ou
passes capazes de atrair a interferência dos defuntos ou «de-
sencarnados...
2. A mensagem da Senhora
Alguns pontos das revelações feitas à vidente de Amster-
dam chamam a atenção do estudioso e do teólogo:
1) A ênfase com que é prometida a efusão do Esplrlto
Santo ... O fato de Pentecostes ocorrido no inicio da era cristã
parece não ter sido suficiente e definitivo - o que seria errôneo
pensar. Tenham-se em vista as seguintes declarações atrlbuldas
à Senhora:
"Dize o segulnle: O TEMPO ~ CHEGADO. O ESPIRITO SANTO DEVE
VIR A TERRA" (441. vlslo. 8/XII/1952).
"ISTO AGORA t O TEMPO 00 ESPIAITO" (43a. vlslo, 5JXl1gS2).
"Ambos agora (O Pai s o Filho) querem "ENVIAR O SANTO E VER-
DADEIRO ESP!RITO. Só Ele pode trazer a pu" (338. vlslo. 31IVJ1gS1).
2) Com grande realce a mensagem promete: o envio de
Maria - o Que é amblguo:
"Agora o Pai e o Filho qUlr enviar a Senhora, enviá-lI ao MUNDO
INTEIRO. Poli folel. Clue outrora PRECEDEU o Filho: foi ela que o SEGUIU.
- 226-
A SENHORA DE TODOS OS POVOS
Ou ainda:
"Sucedeu da pOis dl,to um falo bem eltranho. Do globo tanabrOllo,
surgiram cabeças human.. em gl1lOO8 mlmero. E hOmens de toda esp6cta
subIam lenlamanle du .profundeza,. E eIs que, de sllblto, \lI-os todo. ag~
pedos na sU'Perlfcle do hemrl!érlo. E au dizia de mIm para mIm, ao CO""
templar aquilo : como li posal....1 que ".Ia lanla dlvaTlldade, tantas raça.
antra OS homeM'
Entlo 8 Senhora estandeu as mlos sobre 8 mullldlo e pereceu aben-
çoA-Ia . ..
E a Senhora de repenle des.parecau; • o que a .ubsll1ulu foi uma
Imensa HÓ5t1a. Ume MsUa enorme, mil comum, falia com pio h lmo,
samalhanta às que se vêem na IgraJa.
-227 -
« cPERGUNTE E RESPONDEREMOS,. 161/ 1973
3. A Medianeira e Advogada
1. 1: notória a Jnsistência com Que a mensagem da Se-
nhora de todos OS povos pede a proclamação de Maria como
Co-Redentora, ~(edlp.nelra c Advognda. Assim, por exemplo,
r efere a. vidente 8S seguintes palavras colhidas na 31. visão,
80s 31/V/1951:
"EIs Que venho; astou aqut em p6, a venho plra dIzer-te que quero
.8' Maria, a Senhara de todos os povos.
-228-
A SENHORA DE TODOS OS POVOS
EII por que na hora presente eslOU ravllando 1116 nome e dlzando:
Eu 10U I Sanhora de lodol oa povoa, que de inIcio 101 Maria, DIzI "lO 101
leólogol. E til é. para o. teólogos, o lenlldo dl.tas p.r.yras.
- 230-
A SENHORA DE TODOS OS POVOS (7
- 231-
48 ePERGUNTE E RESPONDEREMOS, 161/1913
4. Conc:lusão
A mensagem da vidente de Amsterdam é vâ1ida e aceitãvel
na medida em Que constitui um despertar de consciências e wna
exortação à conversão para Deus e ê. pureza de vIda. Pare<:e,
porém, temerário atribuir à Virgem SS. os dizeres da mensa-
gem. Esta é fan-t asista demais para poder ser tida como autên-
tica revelação do Céu; traz o estilo hennetico e Imaginativo
que muitas vezes caraderlza a literatura apócrifa antiga e
moderna.
Este julgamento não pretende derrogar em absoluto ao
valor da devoção a Maria SS. Nem seja tido como desestimulo
da autêntica piedade. Apenas tenciona fornecer ao leitor os
meios para distinguir _mensagens do Além" a fim de que ~
nha uma fé e wna vida de oração finnadas sobre os sólidos
fundamentos da Palavra de Deus, e não sobre concepções de
videntes não autenticadas.
A mell$lIgem dI Senhora de lodos OI povo. encontra-se em opúlculos
de H. A. Brouwer 1.1. (C.p. 285, Porto Alegre, RS) e Raoul AucJelr (C.
p. 310, Rio de Janeiro, GB).
Estêvão Bettencourt O.S.B.
- 232 -
hOUI"I1I' (Au5lnlllol clt' 18 a 2S ti" rcverciro PI). Este certame de fé
teve :;1,10:; nOIM própria:;, l)UC podcl'lamOIl n!lslm r('sumlr:
O numero de!, pCl'cgrlnos não Col lão avultado quanto em C()n·
~'1!SSOS anteriores - o que se explica dada a distAncia reogTArica
qUl! scpar3. a Austrália do I't!sto do mundo. Não obstante vla.m-se
Cardeais} bispos, sacerdotes c fiéis de todas as partes do globó ... Essa
nsscmblcla na parte mais Jovem do mundo (8 AuslràUa tem apenas
200 anos de viela polltlCl) devia signltlcar a presença da Igreja Cató-
lica naquele distante con llMntc, presença Hia atuante quanto no Velho
Mundo . Na verdade, o Congresso Eucarlstlco Implicou uma renovação
c intensificaçâo da vida católica n!l Auslrll.lia : durante meses a rio, as
j.al'Ól:jUialil e comu nidades religiOSa!! SI! pr(!pararam para o grande en-
con tro mediante estudo c trabalho a"lduos. O varlodo progr.ma da
!'õemano do CongresllO fMlssos, coníerênclas. exposlCõeS. encontros .. . )
n:vt"lovo den.~I<lade de \'ida clltóllc... . Q!I canto!! corais e as cerlm6nlas
r(Jram eXl'Cutados com dignidaue l! harmonia, que bem traduziam o
I"l!JlII'H(I bl'U.ànloo posto tt serviço do Senhor c tio EvangC!lho.
Notou·~c na programação do Congreso uma forte preocupação
('Cumênica . Os católicos representam apenas 25'if- da população da
AustrãUa . Constituem. porém, uma minoria dblogante: as autoridades
n.> lIglos3s protestantes c ortodoxas, bem como membros do Governo
do pais, esUveram presentes a divcl"Slls 1uI1COc!'l do Congresso. Nas
comlS$Ões organizadoras do mesmo, colaboraram crlst.Aos nlo catÓ-
IjCQ~ (nii.o no toellntc à onenl.a('âo doutrinAria, mil! no selor do atendi-
mento social). Em exposlÇ'Oes, eartous c programas era multo enfatl-
%'ndll a cooperaçüo dos crlsto.os em prol da Justiça social e do alivio às
populaçOes que sofrem de lome. desabrigo, molbtlas, anallabetlsmo ...
Dentre os atos liturglcos da .semana, destacaram·se:
_ a inauguraçAo do Congresso. na bela Catedral de S. Patrlclo.
sob a prcsldêncb do Cardeal LawrenC(! Shehan. arcebispo d~ Baltlmore
m . S . A . } C Legado papal ;
- a Liturgia dos aborlgcncs, no sAbado 24/11. Foi então celebrada
uma Missa em que os primitivos habitantes da AustrAUa executaram
Imas melodhs tlpicn!'i c ~presentaram artisticamente a Última Cela
do Senhor . O ato rol altamente originai : constituiu \lma tentativa de
aculturação ou adaplaçao da arte de povos primitivos II Liturgia catÓ-
lica, sem detrimento para a dev ida rever~ncla:
_ a Mi~a tias Escolas, da ~ual C(!rca de 100.000 estudantes de
tl iVC I'58S cidades da AuslrAlin l)lLrtlclparam ativamente, nntando c
nclomando:
_ o Cullo Ecuméonlco, realizado no Crande Esládlo de Mclbou.r ne
I;om li. presem.:a de representantes lias l'Omunld.:ldes angUeonas, pro'
lestantes e ortodoxas do pais. Entrc leituras, cantos e preces, todos
o ~ fiéis pre!'ICntes. de velas ae('sas na mDo. r<!novaram as promessas
do batismo e rccllar.:.lm o slmbolo da lê:
_ a Missa de cn~rramenlo, no domingo 25/ 11, As 18 h. também
d ita ..SIatlo Orblu, ou scJa, assembl~la litúrgica do mundo Inteiro.
Foi Inegavelmente o digno fecho e o ponto alto da semana . Comecan·
do as 18 h. esse ato tennlnou ao pÔr do sal, pois a luz: do dia no
verão de Melbourne se fazia sentir até as 20 h 30 mln . - Nilo houve
procissAo de encerramento, em vista do ambiente lortement~ prot~s.
!ante da cidade, mas após a Missa realizou-se breve paraliturgla: um
lovem, um anelA0, uma mulher e um representan te de CtillO fI!.I!ram
o proclama Cão de palavras do Senhor no Evangelho, que exortavam
OJ crlstaos a confiarem ll(I Mestre e a se dedicarem à obra do Senhor
neste mundo, que d'Ele tanto nece&s!ta . Tal proclamaçlo 101 acom-
j::anhada Jl'C!!u toqU(' til.' Irombcl:ls por pnrll' de ma ,'lnhc[ ro!l aust":I-
lIanos, ~UC. l'õcgundtl Q estilo nlhlieu, Iwm It!mhravam o juizo rlnal.
'1'01 et:nário susci l uu as l.lllm3'" cn lu!!iâstlca" tia d Cnsa IIsscmbléia ti"
1Ui.OOO pessoas, qU{' usim puseram o ter mo fina l ao Congresso.
Deste notável certnme de fc 1'105 rosta uma mCI'I~agem pcrt'nr
oompcndlada nllS pctla\'l'8:O de Cristo tomado como lcm:.a-p,'ogrumll do
Congresso c constantemente rcpctld ElS nas alocuções da sema na . .. Amai·
·vo~ uns ao:> outros como Eu VO.'l ame!.. IJn 15, 12 1.
_Como Eu vos umt'I. .. .. 1=: m'slt' h.' I'mo dt· comJl:lI 'a~'fio (IUt' estão
a rt.lt'Ça c a novidade dtls palavrils de Cri sto . Os hOlnC'lls de bom sen S(o
l'Omprocndem sem Kl'anllc dtricu Jd:ulc (Iue <levem ama i' uns aos o utros.
pois 1000.'1 ~o Irmr..".", !'/l tr!! si. Mas o qu .... 1I1I ~s JM>tk custUI', c seguir
° exemplo de Cri!lto, (tUL! limou a IXlnlu de dnr a vida 1'01' seu!:! am l Ru~
e Inimigos, 'Tal CJ(I>m l,IOl " sohrl'·humtll1 ........ u divino. Comn 1)/]/II'rla ()
Iwrnt'In, Ih'ixllllu l L :o i IILI 'SI II O, 1'1\,111 1'111 1 J1'(IIiI 'II'~ Crislu, IHI I'(:rn, liuhia