Sie sind auf Seite 1von 6

Universidade Eduardo Mondlane

Departamento de Matemática e Informática

Licenciatura em Matemática
Análise Matemática III - Teste 1
3 de Outubro de 2018 - 110 minutos

Guião de Resolução
A preencher pelos docentes, após a correcção:

Ex.1 Ex.2 Ex.3 Ex.4 Ex.5 Ex.6 Total

Nome do estudante: ..............................................................................................

x+y ∂z ∂z
1. (3,5 valores) Considere a função z = f (x, y) = . Mostre que x + y = 0.
x−y ∂x ∂y
Indique, justicando, se esta função satisfaz, ou não, o Teorema de Euler.
Resolução: Calculemos as derivadas parciais:
∂z 1(x − y) − (1)(x + y) −2y
= =
∂x (x − y)2 (x − y)2
∂z 1(x − y) − (−1)(x + y) 2x
= 2
=
∂y (x − y) (x − y)2
Logo
∂z ∂z −2y 2x −2xy + 2xy
x +y =x 2
+y 2
= =0
∂x ∂y (x − y) (x − y) (x − y)2

Notemos agora que f (x, y) é uma função homogénea de grau 0 pois


tx + ty t(x + y) x+y x+y
f (tx, ty) = = = = t0 , ∀t ∈ R
tx − ty t(x − y) x−y x−y
Como
∂f ∂f
x +y = 0f (x, y)
∂x ∂y
esta função satisfaz o Teorema de Euler.

1
2. (3 valores) Determine a equação do plano tangente à curva denida pela equação
z = sen(xy) no ponto (x; y) = (π/3; −1).

Resolução: a equação do plano tangente é dada por:


∂f ∂f
z − z0 = (x0 , y0 )(x − x0 ) + (x0 , y0 )(y − y0 )
∂x ∂y
Calculemos o valor das derivadas parciais no ponto dado:
     
∂f ∂f Π Π 1 1
= y cos(xy) e , −1 = −1 cos − = −1 =−
∂x ∂x 3 3 2 2
     
∂f ∂f Π Π Π Π 1 Π
= y cos(xy) e , −1 = cos − = =
∂y ∂x 3 3 3 3 2 6

Encontremos agora a coordenada z do ponto acima:


  √
Π 3
z = sen(xy) =⇒ z0 = sen − =−
3 2
√ !
Π 3
Achemos por m a equação do plano tangente à curva dada no ponto , −1, − :
3 2
√     
3 1 Π Π
z+ = − x− + (y + 1) ⇐⇒
2 2 3 6

1 Π 2Π − 3 3
z = x+ y+
2 6 6

2
∂z
3. (3,5 valores) Sejam z = txy 2 , x = t + ln(t2 ) e y = et . Calcule a derivada parcial .
∂t
Apresente o resultado em função de x e t.
Resolução: vericamos que, apesar de função z depender directamente da variável t, depende
também das funções x e y , que são funções na variável t. Usando o método de derivação das
funções compostas obtemos:
∂z ∂z ∂z ∂x ∂z ∂y
= + +
∂t ∂t ∂x ∂t ∂y ∂t
Temos assim:
   
∂z 2 2 2t t 2t 2t 2
= xy + (ty ) 1 + 2 + (2txy)(e ) = xe + te 1+ + 2txet et =
∂t t t
= e2t (t + 2tx + x + 2)

3
4. (4,5 valores) Usando a matriz Hessiana, calcule os pontos de extremos (e respectivos
valores) da função f (x, y, z) = x2 + y 2 + 3z 2 + 2xz e apresente as justicações necessárias.
Resolução: comecemos por calcular as derivadas parciais da função
∂f ∂f ∂f
= 2x + 2z = 2y = 6z + 2x
∂x ∂y ∂z
Determinemos agora os pontos críticos da função, resolvendo o seguinte sistema de equações:
  
 2x + 2z = 0  x = −z  x=0
2y = 0 ⇐⇒ y=0 ⇐⇒ y=0
6z + 2x = 0 6z − 2z = 0 z=0
  

Concluímos que existe um único ponto crítico (0, 0, 0).


Determinemos o valor das derivadas de segunda ordem no ponto crítico:
∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f
(0, 0, 0) = 2 ; (0, 0, 0) = 0 ; (0, 0, 0) = 2
∂x2 ∂x∂y ∂x∂z
∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f
(0, 0, 0) = 0 ; (0, 0, 0) = 2 ; (0, 0, 0) = 0
∂y∂x ∂y 2 ∂y∂z
∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f
(0, 0, 0) = 2 ; (0, 0, 0) = 0 ; (0, 0, 0) = 6
∂z∂x ∂z∂y ∂z 2
 
2 0 2
A matriz Hessiana vem então: H(0, 0, 0) =  0 2 0 
2 0 6

2 0
Uma vez que D1 = 2 > 0, D2 = =4>0 e
0 2
2 0 2
D3 = 0 2 0 = 24 − 8 = 16 > 0,

2 0 6
concluímos que H(0, 0, 0) é denida positiva.
Podemos nalmente armar que (0, 0, 0) é um ponto de mínimo da função f .
Nesse ponto a função tem o valor: f (0, 0, 0) = 02 + 02 + 3.02 + 2.0.0 = 0.

4

3n (x − 4)n
(3,5 valores) Determine I , o intervalo de convergência da série de funções .
X
5.
n=1
n

Resolução: usando o Critério de d'Alembert:


n+1
3 (x − 4)n+1


3n+1 (x − 4)n+1 n 3(x − 4)

lim n+1
= lim = lim =

n n n n
3 (x − 4) (n + 1)
n→∞
3 (x − 4) n→∞ n→∞ (n + 1)
n

n
= 3 |x − 4| lim = 3 |x − 4|
n→∞ n + 1

Para que a série seja convergente é necessário que 3 |x − 4| < 1. Temos então:
1 1 11 13
3 |x − 4| < 1 ⇐⇒ − < x − 4 < ⇐⇒ <x< .
3 3 3 3
 
11 13
Concluímos então que o intervalo de convergência da série é I = , .
3 3

5
6. (2 valores) Recorde a denição de limite de uma função de duas variáveis:
Denição: diz-se que o número L é o limite da função f (x, y) quando o ponto P (x, y) tende
para o ponto P0 (x0 , y0 ) e denotamos por lim f (x, y) = L se
(x,y)→(x0 ,y0 )


ε>0
∃ ∀ |(x, y) − (x0 , y0 )| < δ =⇒ |f (x, y) − L| < ε.
δ>0 (x,y)∈Df \{(x0 ,y0 )}

Sejam f e g duas funções tais que lim f (x, y) = L e lim g(x, y) = M . Mostre
(x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 )
que lim (f + g)(x, y) = lim f (x, y) + lim g(x, y) = L + M .
(x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 )

Resolução: como L é limite de f sabemos que


ε1 >0
∃ ∀ |(x, y) − (x0 , y0 )| < δ1 =⇒ |f (x, y) − L| < ε1 .
δ1 >0 (x,y)∈Df \{(x0 ,y0 )}

Como M é limite de g sabemos que


ε2 >0
∃ ∀ |(x, y) − (x0 , y0 )| < δ2 =⇒ |g(x, y) − L| < ε2 .
δ2 >0 (x,y)∈Dg \{(x0 ,y0 )}

Seja δ = min{δ1 , δ2 } e ε = ε1 + ε2 .
Seja (x, y) um ponto qualquer de Df +g = Df ∩ Dg tal que |(x, y) − (x0 , y0 )| < δ . Então

|(f (x, y) + g(x, y)) − (L + M )| = |f (x, y) − L + g(x, y) − M | ≤

≤ |f (x, y) − L| + |g(x, y) − M | < ε1 + ε2 = ε.


Logo


ε>0
∃ ∀ |(x, y) − (x0 , y0 )| < δ =⇒ |(f (x, y) + g(x, y)) − (L + M )| < ε.
δ>0 (x,y)∈Df +g \{(x0 ,y0 )}

E, portanto,
lim (f + g)(x, y) = lim f (x, y) + lim g(x, y).
(x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 )

Das könnte Ihnen auch gefallen