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RODA VIVA SIMULACAO – FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

TATIANE ANJU WATANABE

1- No seu governo, a política externa seguiu a linha da autonomia pela integração, em


que, ao invés de uma autonomia isolacionista, havia uma autonomia articulada com o
meio internacional. Por que o senhor viu como necessário a autonomia pela integração,
ao invés da autonomia pela distância, como foi a diplomacia brasileira durante a Guerra
Fria? E quais foram os benefícios que essa linha de política externa trouxe?
2- Durante seu governo, diferente do que se previra, a privatização das empresas públicas
e a abertura da economia para o capital internacional, não trouxe crescimento econômico.
Além do mais, por conta da política de valorização da moeda nacional por meio de
artifícios, gerou graves problemas, levando o país a recorrer ao FMI, o que no âmbito
internacional, é visto como reconhecimento do quadro pré-falimentar, de pré-falência da
economia nacional. Nas privatizações de alienação, seu governo deu venda preferenciada
das empresas estatais às companhias estrangeiras, ao invés de companhias nacionais. Essa
transferência de renda ao exterior por meio dos lucros aprofundou a dependência
estrutural da nação. E as empresas que começaram a atuar no Brasil, tinha como objetivo
alcançar o vasto mercado brasileiro, não se voltando a exportação, tornando inócua sua
política de comércio exterior. O senhor não acha então, que a alienação das privatizações,
portanto, impediu a inserção internacional do país em condições de competitividade
sistêmica, que demandaria uma expansão para fora, das empresas de matriz nacional?
Primeiramente bom dia. A minha pergunta vai ser sobre as privatizações e inserção
internacional.

Sua política de privatizações, tendo essa transferência de renda ao exterior por meio dos
lucros aprofundou a dependência estrutural do nosso país. E essa abertura da economia
para o capital internacional, não trouxe crescimento econômico esperado.

Houve nas privatizações venda preferenciada das empresas estatais às companhias


estrangeiras, que tinham como objetivo alcançar o vasto mercado brasileiro, não se
voltando a exportação, prejudicando nosso comércio exterior, que é importante para
política externa, para se melhor posicionar no sistema internacional.

O senhor não acha, portanto, que as privatizações impediram a inserção internacional do


país em condições de competitividade sistêmica, que, na verdade, demandaria uma
expansão para fora, das empresas de matriz nacional?

Durante o primeiro ano do mandato de FHC, o presidente buscou melhorar as relações


bilaterais com os EUA, afirmando que “os EUA são nosso parceiro fundamental, por
causa da posição central desse país”. Essa busca de melhor relacionamento com o país,
acompanhou a busca de autonomia pela integração no sistema internacional. Essa
autonomia proporcionava maior aproximação com outros países, mas sem que houvesse
alinhamento automático nem opções excludentes (VIGEVANI; OLIVEIRA; CINTRA,
2003).

A autonomia pela integração, seria a adesão aos regimes internacionais, inclusive os de


cunho liberal, sem perdendo a capacidade de gestão da política externa, tendo como
objetivo influenciar a própria formulação dos princípios e das regras que regem o sistema
internacional (VIGEVANI; CAPALUNI, 2007).
As consequências do modelo de privatização no governo Cardoso foram: “esterilização
da inteligência nacional, dispensada de atuar no setor; nova via de transferência de renda
mediante expatriação de bilhões de dólares anuais oriundos dos lucros fáceis do setor de
serviços; dificuldades no comércio exterior, já que tais empresas se estabelecem para
explorar o mercado local, importam seus equipamentos das matrizes e não se voltam para
exportação a terceiros mercados.” (CERVO, 2002).
Diferente de países avançados, o Brasil não equilibrou a abertura do país para o capital
estrangeiro, com políticas de internacionalização de suas próprias economias, que
balancearia a balança comercial (CERVO, 2002).

CERVO, Amado luiz. Relações internacionais do Brasil: o balanço da era Cardoso.


Rev. Bras. Polit́ . Int. 45 (1): 5-35 [2002]. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v45n1/a01v45n1>

VIGEVANI, Tulio; CEPALUNI, Gabriel. A política externa de lula da silva: a


estratégia da autonomia pela diversificação. Contexto int. vol.29 no.2 Rio de
Janeiro July/Dec. 2007. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292007000200002>

VIGEVANI, Tulio; OLIVEIRA, Marcelo F.; CINTRA, Rodrigo. Política externa no


período FHC: a busca de autonomia pela integração. Tempo soc. vol.15 no.2 São
Paulo Nov. 2003. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702003000200003>

ANDRESSA TORRES FRANCA

1- Durante seu governo, o senhor buscou melhorar as relações bilaterais com os EUA.
Como se deu essa relação, e quais que seriam os ganhos e as perdas vistas pelo senhor,
de melhorar esse relacionamento bilateral com os EUA?

2- De quais formas o governo brasileiro tentou uma reaproximação com os governos dos
países africanos, como forma de diversificar seus parceiros?

O governo de FHC, estreitou as relações com os paiś es africanos de língua portuguesa,


visando diversisficar seus parceiros, vendo na África um possível campo comercial. Foi
enviado então, para Angola, uma missaõ de peace making, por exemplo. Isso foi
importante, considerando o impacto político e simbólico alcançado. Foi enviado também
um pequeno contingente de forças de paz para Timor Leste. No segundo mandato de
FHC, o relativo sucesso da politica brasileira de controle da Aids permitiu o
desenvolvimento de projetos de cooperação internacional horizontal nessa área, por meio
da Agência Brasileira de Cooperação, implementando-se ações na área de combate à Aids
e para o treinamento de pessoal em saúde publica em países africanos (VIGEVANI;
OLIVEIRA; CINTRA, 2003).

“A relação com os Estados Unidos manteve-se cordial embora se tenham verificado


algumas incompatibilidades, especialmente no respeitante às políticas comerciais e aos
objetivos de integração, devido ao projeto da Área de Livre Comércio das Américas
(ALCA). Em contrapartida, a realização da Cimeira das Américas, em Brasília, em 2000,
representou um marco importante na política externa brasileira ao propor o
estabelecimento de uma Área de Livre Comércio Sul-Americana (ALCSA), bem como a
Iniciativa para a Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), dando
ao discurso diplomático brasileiro um carácter autonomista, que chocava com a proposta
americana de criação da ALCA. O final do mandato de Cardoso registou, por isso, um
enfraquecimento do relacionamento com os Estados Unidos, que se deve não só à
substituição de Bill Clinton por George W. Bush (que tinha definido uma política de
aproximação ao continente latino-americano), mas, sobretudo, à alteração da estratégia
internacional dos Estados Unidos esboçada após os ataques do 11 de Setembro que passou
a privilegiar as questões de segurança e a dar menos importância ao Sul do continente,
pese embora o relacionamento entre Bush e FHC (e, posteriormente, Lula da Silva). Ora,
o fortalecimento da postura unilateral americana levara FHC a incrementar a vertente
multilateral, diversificando as relações e aproximando-se das potências de outras
regiões.” (FONSECA, 2011).

FONCESA, Carmen. A política externa brasileira da democracia – O paradoxo da


mudança na continuidade. Relações Internacionais n.29 Lisboa mar. 2011. Disponível
em: < http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-
91992011000100003>

VIGEVANI, Tulio; OLIVEIRA, Marcelo F.; CINTRA, Rodrigo. Política externa no


período FHC: a busca de autonomia pela integração. Tempo soc. vol.15 no.2 São
Paulo Nov. 2003. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702003000200003>

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