Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
ÉTICA
Chanceler
Dom Jaime Spengler
Reitor
Joaquim Clotet
Vice-Reitor
Evilázio Teixeira
Conselho Editorial
da Série Filosofia Conselho Editorial
104
O PROBLEMA DA UNIVERSALIZAÇÃO EM
ÉTICA
Jaime José Rauber
www.editorafi.org
Disponível em:
http://www.editorafi.org
http://www.edipucrs.com.br
CDD-170
Ficha Catalográfica elaborada pelo Setor de
Tratamento da Informação da BC-PUCRS
(SCHOPENHAUER)
Lista de Abreviaturas
1 ................................................................................... 17
O Universalismo no pensamento moral de Kant
2 ...................................................................................68
A Ética do discurso de Habermas
3 ................................................................................. 112
O Universal Abstrato e o Universal Concreto
5 “Denn dass es eine solche geben müsse, leuchtet von selbst aus der
gemeinen Idee der Pflicht und der sittlichen Gesetze ein. Jedermann
muss eingestehen, dass ein Gesetz, wenn es moralisch d. i. als Grund
einer Verbindlichkeit gelten soll, absolute Notwendigkeit bei sich
führen müsse” (GMS, 1965, p. 5) (FMC, 1986, p. 15).
20 O problema da Universalização em Ética
6 “Der gute Wille [...] für sich selbst betrachtet, ohne Vergleich weit
höher zu schätzen als alles, was durch ihn zu Gunsten irgend einer
Neigung, ja wenn man will der Summe aller Neigungen, nur immer zu
stande gebracht werden könnte” (GMS, 1965, p. 11) (FMC, 1986, p.
23).
7 GMS, 1965, p. 11-2.
22 O problema da Universalização em Ética
9 “Eine Handlung aus Pflicht hat ihren moralicher Wert nicht in der
Absicht, welche dadurch erreicht werden soll, sondern in der Maxime,
nach der sie beschlossen wird, hängt also nicht von der Wirklichkeit des
Gegenstandes der Handlung ab, sondern bloss von dem Prinzip des
Wollens, nach welchem die Handlung unangesehen aller Gegenstände
des Begehrungsvermögens geschehen ist” (GMS, 1965, p. 17-8) (FMC,
1986, p. 30).
10 PASCAL, 1996, p. 114.
11“Pflicht ist Notwendigkeit einer Handlung aus Achtung fürs Gesetz” (GMS,
1965, p. 18) (FMC, 1986, p. 31).
24 O problema da Universalização em Ética
12“ich soll niemals anders verfahren als so, dass ich auch wollen könne,
meine Maxime solle ein allgemeines Gesetz werden” (GMS, 1965, p. 20) (FMC,
1986, p. 33).
Jaime José Rauber 25
14 “hat auf das menschliche Herz durch den Weg der Vernunft allein
[...] einen so viel mächtigeren Einfluss als alle anderen Triebfedern”
(GMS, 1965, p. 30) (FMC, 1986, p. 45).
15“von der grössten praktischen Wichtigkeit sei, ihre Begriffe und
Gesetze aus reiner Vernunft zu schöpfen, rein und unvermengt
vorzutragen, ja den Umfang dieser ganzen praktischen oder reinen
Vernunfterkenntnis” (GMS, 1965, p. 31) (FMC, 1986, p. 46).
16 Cf. FMC, 1986, p. 46.
28 O problema da Universalização em Ética
28“Handle nach der Maxime, die sich selbst zugleich zum allgemeinen Gesetze
machen kann” (GMS, 1965, p. 61) (FMC, 1986, p. 80).
29 Essa delimitação também é feita por Otfried Höffe, um dos mais
renomados comentadores contemporâneos de Kant. Para falar do
imperativo categórico como critério do moral em Kant, Höffe utiliza apenas a
fórmula básica e da primeira subfórmula (cf. 1983, p. 184-5). Dado que
o objetivo do presente trabalho não exige um desenvolvimento
pormenorizado de cada uma das formulações apresentadas por Kant,
sigo o paradigma de Höffe e me contento com o que foi dito da
segunda e terceira subfórmulas.
Jaime José Rauber 35
30 “Da sieht man aber bald, dass eine Natur, deren Gesetz es wäre,
durch dieselbe Empfindung, deren Bestimmung es ist, zur Beförderung
des Lebens anzutreiben, das Leben selbst zu zerstören, ihr selbst
widersprechen und also nicht als Natur bestehen würde” (GMS, 1965,
p. 43) (FMC, 1986, p. 60).
36 O problema da Universalização em Ética
1.2.1 A objeção
40 Id., ibid.
41 FD, § 119.
42 Cf. FD, § 120.
Jaime José Rauber 43
50 Id., Ibid.
51 O termo contradição não está sendo usado, aqui, no sentido antitético.
A contradição, aqui, representa algo completamente negativo. No
sentido de antítese, ela significa algo positivo, pois a ausência de
contradição significaria a interrupção do processo dialético. Sem
contradição seria impossível a superação (Aufhebung) dos momentos
anteriores (direito abstrato e moralidade) em direção à eticidade. A
eticidade tem como que guardados os momentos mais imediatos e
subjetivos da ideia de liberdade.
Jaime José Rauber 47
certo para uma sociedade pode não ser certo para outra.
Dado que a proposta de Kant não propõe uma mediação
entre as diferentes sociedades ou instituições sociais, o que
o imperativo categórico fundamenta são apenas deveres
subjetivos.
De acordo com Hegel, o que falta à ética kantiana é
a mediação. É da mediação que resultam os princípios
objetivos do dever. Sem a mediação só é possível
determinar-se o que é bom ou justo subjetivamente. Dado que
o fato da razão de Kant consiste na pressuposição de
princípios e dado que os princípios, sem mediação, são
subjetivos, o que se consegue estabelecer, com base no
imperativo categórico, são conteúdos normativos
subjetivos. Em uma palavra, se se parte dos princípios de
determinada comunidade moral, recorrendo-se ao
imperativo categórico só se consegue estabelecer o que é
justo para aquela comunidade. O dever moral é aquilo que
não contradiz os princípios daquela comunidade. Assim, o
que a proposta de Kant possibilita são concepções isoladas
do certo e do errado, do moral e do imoral, mas não uma
determinação objetiva do dever.
Para Hegel, a verdade encontra-se no todo. As
comunidades morais isoladas constituem simplesmente
partes dessa totalidade e, como tais, não podem determinar
objetivamente o dever. A totalidade é constituída pelas partes,
mas não se esgota nelas. Ou seja, a totalidade não é
constituída por uma parte ou pela junção das partes, mas
pela superação e conservação (Aufhebung) das mesmas. De
forma semelhante, o dever moral objetivamente válido não
deve esgotar-se nos princípios de uma determinada
comunidade moral, mas nos princípios que contemplam a
totalidade das comunidades morais. O que se encaixa na
totalidade é superado (como particular) e guardado (como
universal). O que não se encaixa nesse grande mosaico é
rejeitado como inválido. Pelo processo de mediação social,
os deveres morais subjetivos são dialeticamente superados
56 O problema da Universalização em Ética
72 “Wer also lügt, so gutmütig er dabei auch gesinnt sein mag, muss die
Folgen davon, selbst vor dem bürgerlichen Gerichtshofe, verantworten
und dafür büssen: so unvorhergesehen sie auch immer sein mögen; weil
Wahrhaftigkeit eine Pflicht ist, die als die Basis aller auf Vertrag zu
gründenden Pflichten angesehn werden muss, deren Gesetz, wenn man
ihr auch nur die geringste Ausnahme einräumt, schwankend und
unnütz gemacht wird” (MS, 1982, p. 639) (KANT, 1995, p. 175-6).
73 Esta obra foi publicada originalmente em inglês (em 1961, a primeira
edição e, em 1971, a segunda) e só mais tarde (1975) a tradução para o
alemão, que é utilizada nesse estudo. Da mesma forma que as citações
feitas do pensamento de Kant, também aqui apresento, nas notas, as
citações, não no original, mas em alemão, com o objetivo específico de
evitar equívocos quanto à minha tradução.
74Com esse argumento em defesa à crítica do rigorismo e absolutismo
da ética de Kant, Singer não está tentando fundamentar a validade do
imperativo categórico, apenas tenta mostrar que é possível defender a
proposta de Kant daquelas críticas. Em um passo adiante, ele procura
mostrar que universalizar, que é o que manda o imperativo categórico,
não é um critério seguro e suficiente para o agir moral. Essa objeção
será trabalhada no próximo capítulo.
Jaime José Rauber 63
humanidade como meio e não como fim em si mesma. Para ele, dizer a
verdade é um dever absoluto e qualquer exceção implica imoralidade.
Jaime José Rauber 67
ações podem ser tais que uma exceção ao dever pode ser
mais moral do que sua rigorosa observância. Assim, uma
das grandes limitações da proposta de Kant está em
desprezar as circunstâncias empíricas das ações, pois o
matar e o matar em legítima defesa, o mentir e o mentir a um
assassino para salvar a vida de um inocente, o saquear e o saquear
em extrema necessidade de fome, etc. são ações bem distintas,
onde a consideração das circunstâncias é algo fundamental
para a correta determinação do dever moral.
Com essa argumentação, porém, não se pretende
aqui justificar infrações ao dever moral. Muito pelo
contrário. O que se pretende é mostrar a necessidade de se
estabelecer um princípio cuja determinação dos deveres
leve em conta também as circunstâncias empíricas das
ações. Com tal princípio, perceber-se-ia que, em
determinadas circunstâncias, não é errado mentir, roubar
ou matar. É o caso da mentira ao assassino para salvar a
vida de um inocente, ou da mentira ao paciente que se
encontra em estágio terminal, evitando-se, assim,
transtornos de diversas naturezas que poderiam apressar
mais ainda a morte do paciente e uma morte de forma bem
mais sofrida. A mentira, em tais casos, não infringiria o
dever, pois poderia ser justificada pela especificidade das
circunstâncias da ação. Todos os que se encontrassem em
semelhantes circunstâncias poderiam fazer o mesmo.
Contudo, tais ações envolveriam cálculos, o que para Kant
já não seria mais algo moralmente correto. Elas poderiam ser,
no máximo, legalmente corretas, mas jamais poderiam ser
caracterizadas como ações com mérito moral.
2
A Ética do discurso de
Habermas
Diferentemente de Kant, surge na
contemporaneidade, a partir do fim dos anos 60 e início
dos anos 70, uma nova perspectiva denominada ética do
discurso, que tem na linguagem argumentativa o critério
procedimentalista para a fundamentação racional de
normas morais. Embora a ética do discurso encontre as
suas raízes na teoria moral kantiana, há uma diferença
fundamental entre as duas propostas: em Kant, cada sujeito
em seu foro interno determina o que é e o que não é
(objetivamente) moral; já, para os defensores da ética do
discurso, as questões morais são resolvidas dentro de uma
comunidade de comunicação. A razão monológica ou
solipsista não é mais suficiente para decidir sobre questões
morais, mas é a razão dialógica que vai determinar o que
pode e deve ser feito em situações de conflito moral. A
validade ou não de uma determinada norma é mediada pelo
consenso alcançado entre os sujeitos capazes de linguagem e
ação. A norma que não puder ser universalizada, ou seja, a
norma que não alcançar o assentimento de todos os
possíveis concernidos, em meio a um discurso prático, não
é aceita como válida.
Jaime José Rauber 69
90 Id., p. 31.
76 O problema da Universalização em Ética
105 Habermas faz uma distinção entre o bom e o justo, entre enunciados
valorativos e enunciados estritamente normativos. Para ele, “os valores
culturais, diferentemente das normas de ação, não se apresentam com
uma pretensão de universalidade. Os valores são no máximo candidatos a
interpretações sob as que um círculo de afetados pode, chegado o caso,
descrever um interesse comum e normá-lo. O reconhecimento
intersubjetivo que se forma em torno dos valores culturais não implica
de modo algum uma pretensão de aceitabilidade culturalmente geral ou
mesmo universal” (TAC, I, 1987, p. 39-40). Os valores culturais
encontram-se tão ligados a uma forma de vida particular que não
podem pretender validade normativa no sentido estrito. Só os
enunciados normativos podem pretender validade universal. Os
enunciados valorativos restringem-se às vivências de um determinado
mundo da vida e por isso não podem ser debatidos com perspectivas
de consenso (cf. tb. HABERMAS, 1989, p. 126-7).
86 O problema da Universalização em Ética
a) Plano lógico-semântico
O Universal Abstrato e o
Universal Concreto
O que se tentou fazer até aqui foi mostrar o
caminho que Kant e Habermas seguiram para fundamentar
normas que devem regrar o agir moral. Embora sigam
caminhos diferentes, ambos apresentam a universalização
como critério para a validade normativa do agir moral. Em
Kant, o critério de universalização é o imperativo
categórico. Cada indivíduo, em seu foro interno, tem
condições de saber o que é e o que não é moral, o que
pode e o que não pode fazer para agir com mérito moral. A
bússola para se saber o que é certo e o que é errado é o
imperativo categórico. As leis subjetivas do querer que
puderem também valer como leis objetivas do querer, sem
contradição interna e sem que a vontade, que quer sua
máxima como lei universal, se contradiga a si mesma, são
leis moralmente válidas. As máximas que não puderem
também valer como leis, por caírem em contradições ao
serem submetidas ao teste de universalização, são rejeitadas
como inválidas.
Em Habermas, o procedimento de legitimação de
normas morais não é mais monológico, como acontece na
proposta de Kant. A distinção do agir moral e do agir
imoral acontece dentro da roda do discurso. A norma que
não alcançar o assentimento de todos os possíveis
concernidos em meio a um discurso prático é rejeitada
Jaime José Rauber 113
“Wenn das jeder täte, wären die Folgen verheerend (oder nicht
152
154“Was für den einen richtig ist, muss unter gleichen oder ähnlichen
Umständen auch für jeden anderen richtig sein” (SINGER, 1975, p.
34).
118 O problema da Universalização em Ética
163Verallgemeinerung des Prinzips der Folgen: “(II) Wenn die Folgen davon,
dass jeder x täte, nicht wünschenswert wären, dann sollte nicht jeder x
tun” (SINGER, 1975, p. 90).
164Prinzip der Verallgemeinerung: “(III) Wenn nicht jeder x tun sollte, dann
sollte niemand x tun. Das kann natürlich auch in einer alternativen
Formulierung gesagt werden: Wenn es für jeden nicht richtig ist, x zu
tun, dann ist es auch für irgendeinen beliebigen nicht richtig, x zu tun”
(SINGER, 1975, p. 91).
165 Conforme Guariglia (1996, p. 118), depois de fortes críticas, Singer
reconsiderou o status do Princípio das Consequências. Enquanto no
livro Generalização in Ethics (1961) o PC era considerado um princípio
moral necessário no mesmo nível que o PG, em outros artigos (1977 e
1984) ele admite que se trata apenas de um princípio prudencial
subsidiário do PG.
124 O problema da Universalização em Ética
168 “Zu sagen, dass das Argument unter bestimmten Bedingungen gültig
sei, heisst, dass unter diesen Bedingungen der Satz, wenn das jeder täte,
seien die Folgen nicht wünschenswert, einen guten Grund abgibt für
die Schlussfolgerung, dass es nicht richtig ist, in dieser Weise zu
handeln” (SINGER, 1975, p. 86).
126 O problema da Universalização em Ética
169“[...] ein Argument der Form ‘Da die Folgen davon, dass jeder x tut,
nicht wünschenswert wären, sollte niemand x tun’, ist nur gültig, wenn
es nicht der Fall ist, dass die Folgen davon, dass niemand x tut, auch
nicht wünschenswert wären” (SINGER, 1975, p. 98).
Jaime José Rauber 127
179“Der einzig wichtige Unterschied zwischen ihnen ist der, dass die
Anwendung des Arguments der Verallgemeinerung schon voraussetzt,
dass die Konsequenzen nicht wünschenswert wären, wenn jeder in
einer bestimmten Weise handeln würde, während die Anwendung des
kategorischen Imperativs das nicht tut” (SINGER, 1975, p. 337).
180 Cf. id., p. 337.
Jaime José Rauber 135
cabeça, diz ele, temos que encaixar cada peça com as peças
vizinhas de forma que, no final do jogo, se tenha uma
imagem completa, isto é, “um todo coerente, sem buracos
e sem rupturas”.192 Segundo o autor, em um grande jogo de
quebra-cabeça é possível que se consiga montar apenas
pedaços da grande imagem final, cada pedaço com sua
figura própria, mas sem a composição final da figura. Se o
jogo for jogado até o fim e não faltar nenhuma peça, todas
as peças estarão, então, devidamente encaixadas e a imagem
global estará completa, ou seja, teremos um todo coerente, sem
buracos e sem rupturas. Compor essa imagem final é, então, o
papel da Filosofia:
todo. A ação para ser moral tem de ser coerente com o seu
meio. Toma-se, por exemplo, a ação de ser professor. Ser
professor é algo que se insere no todo maior que é o universal
concreto? Se sim, então ser professor é um dever-ser, algo
coerente, uma ação que pode ser realizada. A partir do
universal concreto percebe-se, porém, que nem todos
podem ser professores. Alguns têm de produzir alimentos,
outros têm de construir casas, outros têm de fabricar
roupas, outros têm de ser médicos e assim por diante. Cada
uma dessas funções cabe no todo maior, cada uma delas é
um dever-ser, só que não podem ser universalizadas
abstratamente. Conforme o autor, somente a partir do
universal concreto pode-se saber se uma ação é boa ou não.
Boa é aquela ação que contribui para a constituição do todo
coerente, do todo equilibrado sem sobras nem carências.
Marcus Singer, ao apresentar o AG como critério
de fundamentação do agir moral, já havia percebido que as
máximas não podem ser universalizadas de forma abstrata e
plana, pois podem levar a uma implosão. Se
universalizarmos ser professor, produzir alimentos, fabricar
roupas, almoçar no restaurante x, jantar no horário y, etc.,
veremos que, na prática, as consequências seriam
extremamente indesejáveis. Singer não trabalha com um
universal concreto no sentido hegeliano do conceito. Não
obstante isso, em sua proposta de fundamentação do agir
moral as consequências e as circunstâncias concretas das
ações estão sempre contempladas. Algo semelhante
acontece na proposta de Habermas, pois na roda do
discurso as consequências e os efeitos colaterais das normas
provenientes do mundo da vida são sempre tematizados,
seja direta ou indiretamente.
A proposta de Kant, por sua vez, trabalha com um
universal puramente abstrato. Por ser assim, mediante o
emprego do imperativo categórico, conclui-se que ninguém
deve ser professor, produzir alimentos, construir casas, etc.,
pois são ações que não podem ser universalizadas. Se
Jaime José Rauber 163
* Livros ESGOTADOS