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O

interesse
das
CRIANÇAS
pelas
orquídeas

PARA
PAINÉIS
VERTICAIS
Como plantar "PARENTES" DOS
micro-orquídeas
em meio-vasos PAPHIOPEDILUM
OS DETALHES DE CULTIVO
Confira os DOS EXIGENTES

Phragmipedium
procedimentos
que ESTIMULAM
A FLORAÇÃO
editorial

Costuma-se dizer que o amor não tem ida-


de. E isto pode se aplicar à paixão pelas or-
quídeas. Afinal, é cada vez mais comum encontrar
crianças fascinadas por essas plantas, cuidan-
do de exemplares, compondo coleções e até mi-
nistrando palestras. Como Cultivar Orquídeas
conversou com alguns pequenos orquidófilos e
conta como eles começaram a se interessar por
essa família botânica.
Independentemente da idade, é inquestionável
que as flores são as grandes responsáveis pela
atração que as pessoas têm pelas orquidáceas.
Por isso, as floradas são aguardadas ansiosa-
mente. Inclusive, muitos cultivadores a estimulam
por meio de diferentes métodos, como estresse
hídrico e aplicação de fertilizante específico.
Confira detalhes nas próximas páginas.
E mais: as características e formas de culti-
vo dos Phragmipedium, o plantio de micro-or-
quídea em meio-vaso e a cobertura de exposi-
ções em São Paulo e Rio Grande do Sul.
índice
6 NOVIDADES
12 HISTÓRIA Para Artur Norberto Heger, o cultivo de orquídea
passou de hobby para profissão

16 PASSO A PASSO
Aprenda a plantar micro-orquídeas em meio-vasos
Diretores
Luiz Fernando Cyrillo
Renato Sawaia Sáfadi

18 CULTIVO A beleza exótica das espécies


Administrativo Natália Seemann
Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França
do gênero Phragmipedium
Distribuição Dinap SA

24 ESTÍMULO À FLORAÇÃO
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26 CRIANÇAS E ORQUIDOFILIA
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Os pequenos orquidófilos contam como


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12
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4 \ Como Cultivar Orquídeas


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hist ória

12 \ C om o C ultivar Orquídeas
Orquidófilo Texto Paula Andrade

profissional
Fotos Hamilton Penna

As orquídeas estão presentes na vida de Artur Norberto Heger há 37 anos, passando


de simples hobby a profissão. Nascido e criado em São Paulo, SP, o primeiro contato foi
aos 18 anos. “Tudo começou por acaso quando eu estava servindo o Exército. Não podia
trabalhar, então, no meu tempo livre passei a cuidar do pequeno jardim da minha casa,
que contava com alguns vasos de orquídeas. No início mexia com as plantas apenas por
curiosidade, mas logo gostei e me envolvi.”
Os primeiros cuidados foram destinados a exemplares de Cattleya loddigesii, Dendro-
bium nobile e Paphiopedilum insigne. Em pouco tempo, passou a frequentar exposições de
orquídeas realizadas na capital e no interior paulista. Os eventos se tornaram um programa
familiar e Heger começou a comprar diversos exemplares, iniciando sua coleção.
Aos 22 anos, filiou-se ao Círculo Paulista de Orquidófilos (CPO). Foi lá para se informar
sobre um curso de cultivo e nunca mais deixou a entidade. “No ano seguinte já fazia par-
te da diretoria, na qual me mantive até o ano passado.”
Na entidade fez amizades com grandes nomes da orquidofilia como Augusto Fernan-
des Neves e Marcos Antonio Campacci. Ao lado deles e de outros amigos, realizou diver-
sas incursões a matas em busca de orquídeas raras ou ainda não catalogadas.
“Viajávamos sempre com o intuito de pesquisar. Tirávamos fotos e colhíamos material
para o Jardim Botânico de São Paulo”, afirma, acrescentando que conheceu bem a biodi-
versidade dos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
O grande interesse pela família Orchidaceae fez com que Heger dedicasse muito tem-
po ao seu estudo. Então, concomitantemente à coleção de plantas, também deu início a
uma biblioteca com obras sobre o assunto.
“Eu era um 'rato de sebos'. Tinha uma grande quantidade de livros, que vendi há pou-
cos anos. Não contei com a ajuda de um professor que me ensinasse sobre as orquidáceas.
Fui um autodidata”, relata.

13
TRABALHO
Arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e Urba-
nismo da Universidade de São Paulo (USP), atuou na área por
poucos anos. “Acabei transformando meus hobbies em traba-
lho. Primeiro aconteceu com o aquarismo e depois com a or-
quidofilia.” O envolvimento profissional com as orquidáceas
começou em 1990.
Quando já era proprietário de uma loja de aquários, Heger
se aliou a Campacci, Elcio Humberto Gatti, José Carlos Cavalin
e Manuel Lopes Henriques, companheiros do CPO, e começou
a produzir orquídeas em um sítio em Ibiúna, no interior paulista.
“Chamava-se Projeto Caapora e a intenção era produzir
comercialmente, mas de maneira sustentável. Pensávamos que
se produzíssemos 500 plantas, elas seriam compradas por
500 pessoas e teriam grandes chances de sobreviver em cole-
ções”, conta, adicionando que na produção constavam rari- Encyclia maderoi
dades.“Muitas espécies desapareceram sem deixar rastros. Eu
corria atrás das plantas raras para multiplicá-las e evitar sua
extinção. Por exemplo, as Cattleya, amadas pelos orquidófi-
los, já tinham sua conservação garantida.”
Trabalhando de segunda a sexta-feira na loja de aquários
na capital paulista e aos fins de semana na produção de plan-
tas em Ibiúna, o orquidófilo não dispunha de tempo para cui-
dar de sua coleção que passava de 4 mil exemplares. Por isso,
optou por vendê-los ou doá-los. “Não sinto falta da coleção,
pois tenho contato com orquídeas diariamente.”
Hoje, não atua mais com produção comercial, mas como
consultor do Orquidário Oriental, localizado em Mogi das Cru-
zes, SP. Inclusive, Heger ajudou a desenvolver a loja virtual do
estabelecimento. “Eles têm uma grande produção de Vanda e
eu seleciono as melhores plantas, fotografo e lacro para vendê-
las. O site apresenta a imagem dos exemplares com dados téc-
nicos, como tamanho e quantidade de flores e data de flora-
ção. Então, o consumidor pode comprar a mesma planta da fo-
to conhecendo suas características principais.”
Ele também contribuiu com a criação da loja física do or-
quidário, além da realização de festivais de orquídeas e con-
gressos de orquidófilos no local. “Atualmente são promovidos
quatro festivais por ano. E são todos um sucesso!”

Laelia harpophylla

14 \ C om o C ultivar Orquídeas
“Muitas espécies desapareceram sem deixar
rastros. Eu corria atrás das plantas raras
para multiplicá-las e evitar sua extinção”

FORTE LIGAÇÃO
As mais de três décadas de dedicação ao estudo e cultivo
da família Orchidaceae fizeram de Heger um nome importante
no meio orquidófilo. Tanto que recebeu uma homenagem do
amigo Campacci e tem uma planta batizada com seu nome: a
Hoffmannseggella hegeriana (hoje também classificada como
Rodriguezia venusta Cattleya hegeriana).
“Numa incursão às matas de Petrópolis, RJ, Campacci e eu
ficamos intrigados com uma orquídea. Eu acreditava que era
uma espécie nova, mas ele discordava. Depois de fazer uma
pesquisa minuciosa, ele concluiu que se tratava mesmo de uma
planta ainda não catalogada e acabou dando o meu nome”,
conta em tom descontraído.
A busca por novos conhecimentos está sempre em curso.
Por isso, está constantemente lendo livros, acessando sites e con-
sultando especialistas. Também continua a participar de mos-
tras de orquidáceas, em uma média que varia de dez a 12 por
ano. Em razão desse intenso contato, já observa o interesse do
filho Hugo Henrique, de 8 anos. “Ele gosta de mexer nas plan-
tas e de ir em exposições. Mas ainda não está fanático como
eu”, comenta sorrindo.
De acordo com Heger, a diversidade das orquidáceas é o
que mais o encanta. “Sempre tive espírito colecionista e as or-
quídeas permitem uma coleção variada. Brinco que se você gos-
ta de violetas, pode ter no máximo 20 diferentes. Enquanto com
as orquídeas, pode ter 10 mil plantas muito distintas entre si.
Afinal, existem cerca de 35 mil espécies no mundo. Além dis-
so, ao contrário dos cruzamentos de outras plantas, os híbridos
não são estéreis e o fato de manipulá-los é admirável.”
Perguntado sobre o que acha do fato das orquidáceas te-
rem se tornado seu ganha-pão, responde bem-humorado: “Ho-
je eu vivo delas e brinco dizendo que o único parasita presen-
te na produção sou eu.”

15
passo a passo

Plantio
em meio-vaso
T t P l

Chamados de meio-vasos, os re-


cipientes de cerâmica cortados pela
metade são ótimos para acomodar mi-
cro-orquídeas. E quando dispostos em
painéis ou jardins verticais agregam
beleza aos ambientes.
Creuza Müller, proprietária do Or-
quidário da Mata, da capital paulis-
ta, afirma que, apesar de parecer com-
plicado à primeira vista, o procedi-
mento é bem simples. “Não é difícil,
exige apenas delicadeza, por se tratar
de uma planta pequena”, ressalta.
A seguir, ela ensina a técnica de
plantio que pode ser aplicada a qual-
Projeto paisagístico Paula Magaldi Foto Thiago Justo

quer gênero de orquidáceas de por-


te diminuto. Para esta demonstração,
foi utilizada uma Isabelia virginalis,
espécie com 5 cm de altura e flores
de somente 1,4 cm de diâmetro.

16 \ Como Cultivar Orquídeas


1 2 3

4 5 6

7 8 9

Pegue um pequeno punhado de esfagno molhado e aperte-


o com a mão para retirar o excesso de água. Em seguida, en-
volva as raízes da orquídea com ele (3). De acordo com a es-
pecialista, este substrato é o mais indicado pois é maleável,
além de reter umidade e ajudar no desenvolvimento das raízes.
O próximo passo é colocar a planta com o esfagno dentro
do meio-vaso (4). “Escolha sempre um recipiente com ranhuras
no interior porque, após quatro ou cinco meses, o musgo se de-
teriora e as raízes irão aderir a suas paredes”, reforça Creuza.
Após esta etapa, é preciso prendê-la ao vaso. Para isso, pas-
se o fio metálico de telefone por entre os orifícios, começando
pela parte externa (5). Então, enlace a orquídea (6), dê duas
voltas e amarre o fio (7).
VOCÊ VAI PRECISAR DE Pode-se usar também barbante, náilon para pesca ou fita fi-
Exemplar de micro-orquídea, meio-vaso, tesoura na. “Os fios metálicos de telefone são muito eficientes e podem
de poda, pinça, esfagno molhado, borrifador e ser encontrados até mesmo na rua. É uma ideia de reaprovei-
fios metálicos internos de cabo de telefone tamento. O melhor é utilizar um material delicado para ficar dis-
creto e ter um efeito estético bonito.”
Quando o exemplar estiver preso adequadamente, borrife
SIMPLES E RÁPIDO água para hidratá-lo e limpar o recipiente (8). “Adicione fertili-
O procedimento começa com a limpeza da orquídea. En- zante enraizador ao líquido para acelerar o processo de de-
tão, com a pinça, retire todo o substrato antigo (1). “Aconselho senvolvimento da orquídea”, aconselha Creuza.
o uso da pinça porque as raízes são muito finas e delicadas e Para finalizar, prenda um fio no orifício superior e coloque
podem se quebrar.” A seguir, utilize a tesoura de poda, que de- uma placa ou etiqueta com o nome da micro-orquídea (9). “De-
ve estar esterilizada, para cortar folhas velhas e raízes mortas pois de plantada, ela demora em torno de um ano para se adap-
e mal-formadas (2). tar ao novo ambiente”, conclui.

17
cultivo
Gabriel Guimarães

Phrag. lindleyanun

18 \ Como Cultivar Orquídeas


Phrag. Grande

O gênero Phragmipedium é conhecido pelas flores de for-


mato exótico. Seu nome deriva de duas palavras gregas: phrag-
ma, que significa divisão e pedilum, sapato. Foi batizado as-
sim devido ao seu labelo diferenciado, que lembra muito o das
espécies de Paphiopedilum. No entanto, diferentemente desses
“parentes” nativos da Ásia, são originários da América Tropi-
cal, aparecendo do sul do México até o norte do Estado de São
Paulo, no Brasil.
“Nos países de língua inglesa, é chamado de lady slipper or-
chid (orquídea chinelo de senhora). Com várias plantas sendo
descobertas nos últimos cinco anos, estas espécies tropicais ame-
ricanas foram retiradas do gênero Paphiopedilum em 1896 por
Robert Allen Rolfe, que criou o gênero Phragmipedium”, explica
René Rocha, professor de ciências biológicas, de Areado, MG.
Em sua grande maioria, são terrestres ou rupícolas que não
possuem pseudobulbos e contam com caules bastante curtos. Apre-
sentam raízes fibrosas e vilosas. As folhas são estreitas, coriáceas
e verde-claras e as hastes florais atingem 90 cm, suportando de
uma a seis flores. Enquanto os labelos são saquiformes ou con-
chiformes, lembrando um sapato ou um chinelo, ao passo que
suas pétalas laterais têm forma de fitas longas.
Além dos Paphiopedilum, suas flores também podem ser
confundidas com as dos grupos Selenipedium e Cypripedium.
“O gênero Phragmipedium se distingue dos outros por apre-
sentar ovário com três câmaras separadas e flores decíduas, ou
Hamilton Penna

seja, que se destacam depois de murchas”, detalha Carlos Hen-


rique Paparelli, orquidófilo, de Guarulhos, SP.

Sapatinho
das Américas
Texto Paula Andrade

19
Hamilton Penna

Phrag. richteri

FLORES ENCANTADORAS
Normalmente sem aroma, as flores são sequenciais e per-
duram por cerca de duas semanas. “No entanto, há algumas
espécies que possuem floração plena (não sequencial) com du-
ração de até 20 dias. Aparecem em tons de verde e marrom e
com longas pétalas. Mas existem variedades, em geral de ta-
manho mais modesto, que produzem flores em tons róseo, la-
ranja e vermelho”, conta Rocha, acrescentando que as plantas
maduras fornecem floradas de qualidade superior às das mu-
das de primeira floração.
Embora não sejam tão populares quanto os “primos” Paphio-
pedilum, têm boa aceitação comercial. “Os preços são um tan-
to elevados em comparação a outros híbridos comerciais. Nas
exposições ainda não são muito frequentes”, comenta o pro-
fessor mineiro.
Atualmente, existem 30 espécies já catalogadas de Phrag-
mipedium, sendo que as de maior destaque são Phrag. bes-
seae, Phrag. caudatum, Phrag. kovachii, Phrag. lindenii,
Phrag. longifolium, Phrag. sargentianum e Phrag. schlimii.
Elas também são as mais usadas em cruzamentos. Phrag.
Hanne Popow, Phrag. Giganteum, Phrag. Grande, Phrag.
Schroderae, Phrag. Sedenii, Phrag. Coral Jewel, Phrag. De-
metria, Phrag. Memoria Dick Clements, Phrag. Patti MacHale,
Phrag. Red Lightning e Phrag. Beauport são alguns dos híbri-
dos mais comercializados. Vale destacar que quando cruzados
Hamilton Penna

com Paphiopedilum são geradas plantas inseridas no grupo hí- Phrag. Schroederae
brido Phragmipaphium.

20 \ Como Cultivar Orquídeas


Tatiana Villa

Phrag. Sorcerer’s Apprentice

21
CONDIÇÕES IDEAIS ao anoitecer suas folhas estejam praticamente secas. Outra di-
Exigentes com relação às condições de cultivo, precisam de ca é medir frequentemente o pH do substrato e da água da ir-
luminosidade em torno de 50%. “Apenas as espécies Phrag. bes- rigação, que devem estar abaixo de 7 (ácido)”, informa o or-
seae e Phrag. schlimii devem ser cultivadas em sombreamento quidófilo, alertando que a rega constante faz com que o subs-
de 70%. Queimas potenciais podem ser evitadas sentindo a tem- trato se deteriore rapidamente, tornando necessário o replantio
peratura das folhas durante a período de maior luminosidade do a cada dois anos, logo após a floração.
dia. Se elas estiverem quentes ao toque, estão em perigo. Então, Os substratos ácidos, que permitem a rápida vazão de água,
aumente a circulação de ar ou reduza a luz e a temperatura do são os mais indicados para os Phragmipedium. “Apesar de ter-
local com uma tela do tipo aluminet”, ensina Rocha. restres ou rupícolas, são melhor cultivadas em misturas para epí-
Ainda de acordo com ele, a folhagem pode indicar se a lu- fitas como a mistura de casca de pinus eliot, pedaços de perli-
minosidade fornecida é adequada. Folhas em tom verde-médio ta e carvão de madeira. Outra opção é casca de pinus com hú-
indicam saúde, enquanto verde-amareladas refletem excesso de mus de minhoca, terra vegetal e uma colher (sopa) de calcário
luz e verde-escuras, falta dela. Quanto à umidade do ar, apre- dolomítico. O ideal é usar vaso de plástico sempre com um pra-
ciam altos índices, que devem estar sempre acima de 65%, além tinho com brita ou areia embaixo”, orienta o professor.
de temperaturas intermediárias entre 14 e 29ºC. Paparelli sugere mais uma alternativa. “Para evitar replan-
Como são sensíveis à qualidade da água, o líquido não de- tes frequentes, alguns orquidófilos e orquidários comerciais vêm
ve apresentar muitos sais dissolvidos em sua composição. “Dê utilizando a hidroponia, técnica que oferece toda a umidade
preferência à água da chuva. Regue pela manhã de forma que necessária que as plantas desse gênero necessitam.”

Phrag. besseae
Hamilton Penna

Phrag. Hanne Popow


Hamilton Penna

Evelyn Müller

Phrag. longifolium

22 \ Como Cultivar Orquídeas


DETALHES
Os Phragmipedium demandam fornecimento de nu-
trientes constantemente. Assim como a água, também
não apreciam fertilizantes salinizados. Por isso, evite fa-
rinha de osso e torta de mamona. “Adube com frequência
durante o período de crescimento e reduza na fase de
repouso. Por causa da delicadeza de suas folhas finas,
uma vez por semana lave o substrato, regando o exem-
plar diretamente no vaso até que a água saia clara do
fundo do recipiente”, aconselha o orquidófilo. O NPK
10-10-10 ou 20-20-20 na dosagem 0,5 g por litro de
água pode ser empregado a cada 15 dias.
A adubação adequada diminui bastante a possibi-
lidade de ataques de pragas e doenças. Cochonilhas,
ácaros e pulgões são os agentes nocivos mais comuns
e podem ser afastados com pulverizações quinzenais
de óleo de nim e citronela, defensivos naturais. O ex-
cesso de umidade pode provocar podridões e bacte-
rioses. Então, evite esses problemas deixando de mo-
lhar as folhas das plantas.

Hamilton Penna

Phrag. Eric Young

23
estímulo à floração Texto Paula Andrade

Floradas quada, é necessário analisar suas folhas.


“Quando estão em tom de verde muito es-
curo, deve-se levar a planta para um lu-
gar mais iluminado, tendo o cuidado de
fazer a mudança aos poucos, para que
ela se adapte. Quando colocada em am-
bientes com muita luz sofrerá queimadu-
ras de sol, que são a porta de entrada pa-
A floração é o ponto alto no cultivo de geta. “Deve-se buscar o máximo de in- ra fungos e bactérias. No entanto, a fal-
orquídeas. Trata-se do momento mais es- formação, pois algumas espécies têm ne- ta também pode causar problemas, como
perado pelos orquidófilos, que têm então cessidade de maior luminosidade. Justa- o enfraquecimento dos pseudobulbos, que
a certeza de que estão cuidando correta- mente por falta de conhecimento, cultiva- ficam mais finos e se vergam sem resis-
mente de seus exemplares. Afinal, quan- dores colocam plantas de sombra em am- tência para se sustentarem. As folhas com
do são bem tratados, retribuem com flo- bientes de muita luz e vice-versa. Isso é tom verde-amarelado indicam excesso
res encantadoras. Mas o que fazer quan- um grande problema, pois o local certo é de luminosidade. Com o tempo, é possí-
do o florescimento demora demais ou sim- prioridade para o sucesso no cultivo”, ex- vel que o exemplar se desenvolva e até
plesmente não acontece? plica Ronaldo Sabino, proprietário do Or- floresça, mas há o risco de queimaduras
Antes de sair à procura de fertilizan- quidário Imirim, da capital paulista. e redução da resistência a doenças”, in-
tes teoricamente milagrosos, é preciso ve- Para saber se o exemplar que não flo- forma Roseli Cassola Fernandes, orqui-
rificar as condições em que a orquídea ve- resce está recebendo a luminosidade ade- dófila, de Ubatuba, litoral de São Paulo.
Evelyn Müller

24 \ Como Cultivar Orquídeas


ADUBAÇÃO Caso haja interesse, o aumento da
Após conferir a iluminação fornecida luz e da temperatura pode antecipar as
às plantas e corrigi-la, caso necessário, é inflorescências em alguns dias. “Exceto
hora de escolher o adubo correto para que em plantas de cultivo à meia-sombra ou
as flores apareçam. “Cada espécie tem sombra total. Neste caso, basta colocar
sua época de floração e uma adubação o exemplar em um lugar mais quente que
regular contribui para que ela seja abun- o ambiente de cultivo para que as flores
dante e de qualidade, mas sempre dentro se abram com maior rapidez. No en-
deste período natural”, diz Roseli. tanto, não é possível mudar a época de
De acordo com ambos os especialistas, floração. Somente a altitude, o clima, a
os fertilizantes ricos em fósforo (P) são os temperatura e a umidade a alteraram,
mais indicados. O NPK nas dosagens 10- considerando ainda uma espécie que es-
45-30 ou 5-30-15 é uma boa opção para teja em local bem diferente do habitat”,
estimular a floração e o enraizamento. acrescenta a orquidófila.

Tatiana Villa
Evelyn Müller

Dendrobium Brassolaeliocattleya

ESTRESSE HÍDRICO
Além da adubação, outro método conhecido para incentivar as floradas é o
estresse hídrico. Trata-se da suspensão de regas durante certo período para for-
çar a planta a florir. No entanto, esse procedimento pode ser empregado so-
mente em espécies de alguns gêneros, por exemplo, Dendrobium. Moradores
do Norte do País costumam empregar esse recurso com as Brassolaeliocattleya,
já que na região a amplitude térmica (diferença entre a maior e a menor tem-
peratura) é muito pequena e, por isso, os híbridos têm dificuldade de florescer.
“Não é indicado para iniciantes no cultivo. Além disso, deve-se ter um co-
nhecimento profundo para utilizá-lo. Não se trata de uma regra geral, somente
Evelyn Müller

alguns gêneros, que em seu habitat sofrem com escassez de água, podem pas-
sar pelo estresse hídrico, mas desde que antes se analise minuciosamente a plan-
Posicionando as plantas de forma que ta, sua região de origem e seu local atual de cultivo”, afirma Sabino, alertando
recebam luminosidade adequada, dificilmente para os grandes riscos de perda da orquídea.
haverá problemas com as florações

25
Texto Renata Putinatti

crianças e orquidofilia
Fotos [1] Acervo pessoal, [2] Tatiana Villa
e [3] Shutterstock
Ilustrações Shutterstock

Pequenos
São recorrentes os rela
o quid filos s-
rientes dizendo que a paixã s-
fância. No passado, a curiosidade despontava principalmente tras e reuniões que acontecem nas associações. “Atualmente,
devido à facilidade de encontrá-las nas matas brasileiras. estou lendo Cultivo Moderno de Orquídeas, escrito por Rober-
Hoje, o interesse das crianças por essas plantas está relacio- to Jun Takane [engenheiro agrônomo e produtor de orquídeas]”,
nado à conscientização da importância de respeitar o meio am- diz Yan, reafirmando sua paixão por essa família botânica.
biente, temática amplamente difundida.“Gosto de cultivá-las por- Há dois anos, ele se tornou membro da Associação Cearen-
que é uma forma de preservar a natureza sem sair de casa”, afir- se de Orquidófilos (Aceo). “Minha mãe faz parte da Aceo e sem-
ma Yan Ferreira Alves, de Fortaleza, CE, que, com apenas 11 pre teve orquídeas, mas eu não tinha percebido que eram tão bo-
anos, já possui um orquidário com cerca de 160 exemplares. nitas. Quando fui a uma exposição com ela, notei que eram ma-
A presença de um orquidófilo na família também é um fator ravilhosas. Então, perguntei se eu poderia me associar também”,
que desperta o apreço dos pequenos pelas orquidáceas. Foi o comenta ao revelar que, quando suas plantas estão floridas, cos-
que aconteceu com Thiago Enrique Uesler, de Pomerode, SC, de tuma expôs-las nos eventos realizados pela entidade.
11 anos, ao observar a coleção da sua prima e da sua avó e Em novembro, o pequeno colecionador ministrará uma ofici-
que há aproximadamente três anos ingressou na orquidofilia. na de cultivo para crianças durante o 5º FestOrquídeas, que ocor-
E se engana quem pensa que a admiração fica restrita ape- rerá entre os dias 18 e 20 e será promovido pela Aceo. “Não es-
nas ao encantamento pelas cores e pelos formatos das flores. tou ansioso, só um pouco nervoso com a apresentação”, admite.
Ambos levam a sério o trato cultural e tomam as providências Thiago também é um associado ativo do Círculo Orquidófi-
necessárias para garantir a saúde e beleza delas. “Quase to- lo de Pomerode. Recentemente, participou de uma excursão à
dos os dias pela manhã, antes de ir para a escola, cuido das Florianópolis, capital do estado catarinense, promovida pela en-
minhas plantas. Rego, verifico se há praga, adubo e faço re- tidade, na qual teve a oportunidade de visitar um orquidário co-
plante”, esclarece Thiago. mercial e prestigiar uma exposição. “O que aprendo explico
O conhecimento dos colecionadores mirins é resultado de para meus amigos da escola”, completa.

26 \ Como Cultivar Orquídeas


Thiago iniciou a coleção há três anos e já
possui 272 exemplares, sendo que os híbridos
e as Cattleya estão entre seus preferidos

[1

Cattleya [2
Bifrenaria [2
Bulbophyllum [2

CULTIVO COM las Cattleya”, comenta entusiasmado tro exemplares. Há dois anos, fiquei
PERSONALIDADE o iniciante catarinense. muito surpreso e feliz quando ganhei
Embora tenham apenas 11 anos, Sua miniestufa – como ele mesmo uma Vanda em um sorteio feito na A-
Yan e Thiago falam com maturidade so- se refere – fica no quintal de sua casa. ceo”, recorda-se.
bre as orquídeas, expressando suas pre- Os exemplares são acomodados em Agora, o colecionador mirim pensa
ferências e pronunciando corretamente bancadas, prateleiras e alguns ficam pen- em adquirir a Cattleya amethystoglos-
os complicados nomes científicos das durados. “Talvez eu comece a colecio- sa. “Ela tem flores lindas, uma mais sur-
plantas com a simplicidade e a ino- nar mais Cymbidium”, faz planos. preendente que a outra”, empolga-se.
cência típicas da infância. Yan classifica seu orquidário como Portanto, isso mostra que a admi-
“Tenho 272 vasos com gêneros va- pequeno e simples. Porém, nele estão ração pelas orquídeas e, principal-
riados, como Cattleya, Cymbidium, suas preciosidades: Cattleya labiata mente pela natureza, não tem idade.
Bifrenaria, Bulbophyllum, entre ou- e espécies e híbridos de Dendrobium, E se depender de Yan e Thiago, a or-
tros. Gosto de todos, mas tenho um Oncidium e Vanda. “Minhas predile- quidofilia brasileira será muito bem re-
carinho especial pelos híbridos e pe- tas são as Vanda. Tenho três ou qua- presentada no futuro.
[2 [2 [2

Oncidium Cattleya Dendrobium

Depois de visitar uma exposição, Yan se apaixonou


pelas orquídeas e se tornou associado da Aceo.
Hoje, seu orquidário conta com 160 vasos
[1

[4

27
guia de orquídeas
Cattleya Hawaiian Variable
Origem: híbrido
Condições ideais: bastante umidade do ar, local bem ven-
tilado e meia-sombra
Curiosidades: híbrido de duas Cattleya bifoliadas (C. gut-
tata x C. Penny Kuroda), sendo que a C. guttata é uma es-
pécie brasileira originária da Mata Atlântica
Cultivo: Orquidário Morumby (São Paulo/SP)
Tatiana Villa

36 \ Como Cultivar Orquídeas


Liparis nervosa
Origem: da América Central ao Sul do Brasil
e também Japão
Condições ideais: necessita de umidade eleva-
da e pode ser cultivada sob sombra e meia-som-
bra, em clima frio ou um pouco mais quente
Curiosidades: atinge até 15 cm de altura, é ter-
restre e apresenta folhas largas, com nervuras lon-
gitudinais salientes. As flores têm cerca de 5 cm
de comprimento
Cultivo: Carlos H. Paparelli (Guarulhos/SP)
Tatiana Villa

37
Epidendrum paranaense
Origem: Brasil, Costa Rica, Jamaica e República
Dominicana
Condições ideais: bom sombreamento e clima
de quente a ameno
Curiosidade: as flores são bastante pequenas,
não passando de 2 cm
Cultivo: Dalton Holland Baptista (Piracicaba/SP)
Evelyn Müller

38 \ Como Cultivar Orquídeas


Paphiopedilum liemianum
Origem: Sumatra
Condições ideais: temperatura em torno de 20ºC, meia-sombra,
solo bem drenado e rega constante, mas sem encharcamento
Curiosidades: o florescimento tem início no Verão e perdura por
vários meses ao longo do ano, podendo ter até 32 flores conse-
cutivas, no entanto, só desabrocham uma ou duas por vez
Evelyn Müller

Cultivo: Dalton Holland Baptista (Piracicaba/SP)

39
Dendrobium lasianthera
Origem: Nova Guiné
Condições ideais: necessita de clima quente,
entre 18 e 28°C, e de sombreamento médio
Curiosidade: planta muito vigorosa, com haste
floral que pode chegar a mais de 1 m
Evelyn Müller

Cultivo: Orquidário Imirim (São Paulo/SP)

40 \ Como Cultivar Orquídeas


Vanda Kultana Blue
Origem: híbrido
Condições ideais: luminosidade entre 50 e 70%,
boa ventilação e umidade ambiente elevada
Curiosidades: suas flores grandes perduram por
mais de um mês
Cultivo: José Geraldo de Oliveira (Associação
Orquidófila de Vespasiano/MG)
Daniel Mansur

41
Brassolaeliocattleya Corcovado
Origem: híbrido
Condições ideais: clima subtropical, com temperatura
média maior que 20°C, meia-sombra, rega espaçada e
substrato aerado e bem drenado
Curiosidades: suas flores exalam perfume suave e podem
chegar a 10 cm de diâmetro
Cultivo: Aniela Orquídeas (Jundiaí/SP)

42 \ Como Cultivar Orquídeas


Vanda Pak Chong Blue 'Korat'
Origem: híbrido
Condições ideais: meia-sombra, boa umidade
ambiente e local bem ventilado
Curiosidade: suas flores apresentam aproximadamente
9 cm de diâmetro
Cultivo: Orquidário Oriental (Mogi das Cruzes/SP)
Hamilton Penna

Tatiana Villa

43
Bulbophyllum Louis Sanders
Origem: híbrido
Condições ideais: ambientes quentes e úmidos
Curiosidade: origina-se de duas espécies, Bulb.
longissimum e Bulb. ornatissimum
Cultivo: Orquidário da Mata (São Paulo/SP)
Thiago Justo

44 \ Como Cultivar Orquídeas


contatos
EMPRESAS Orquidário Epiphanio Clodoaldo José Censi
Rio Claro/SP Presidente do COJ
Aniela Orquídeas (19) 3524-3624 Jarinu/SP
Jundiaí/SP www.orquidarioepiphanio.com (11) 9969-8003
(11) 4016-4112/7134-2256

Associação Ceareanse Orquidário Maricaense Creuza Müller


de Orquidófilos (Aceo) Maricá/RJ Proprietária do
Fortaleza/CE www.orquidariomaricaense.com Orquidário da Mata
www.orquidofilos.com São Paulo/SP
Orquidario Maripá (11) 5542-7627/5092-5637
Associação Orquidófila de Maripá/PR
São Paulo (Aosp)
(44) 3687-1678 Dalton Holland Baptista
São Paulo/SP
(11) 3207-5708 www.bazar10.com.br Orquidófilo e estudioso
www.aosp.com.br do Projeto Orchidstudium
Orquidário Morumby Piracicaba/SP
Associação Orquidófila de Vespasiano São Paulo/SP dalton@orchidstudium.com
Vespasiano/MG (11) 5041-2391
contadilvespasiano@hotmail.com www.morumby.com.br Lúcia Morimoto
Presidente da Aosp
Caiana.com
Joinville/SC Orquidário Oriental São Paulo/SP
(47) 3026-6677 Mogi das Cruzes/SP lucia@colibriorquideas.com
www.caiana.com.br (11) 4724-9619
www.orquidariooriental.com.br Raul Jacques Sartori
Círculo Orquidófilo de Jarinu (COJ) Presidente do Nogra
Jarinu/SP Orquidário Santa Bárbara Gramado/RS
(11) 9969-8003
Santa Bárbara d’Oeste/SP (54) 9982-2215
Círculo Orquidófilo de Pomerode (19) 9220-3499
Pomerode/SC www.orquidariosantabarbara.com René Rocha
magrit.mandel@gmail.com Professor de ciências biológicas
Ostetto Orquídeas Areado/MG
Núcleo de Orquidófilos de Gramado Campo Grande/MS renerocha@ip3.com.br
(Nogra) (67) 3382-5342
Gramado/SP www.ostetto.com.br Ronaldo Sabino
www.nogra.com.br
Proprietário do Orquidário Imirim
Orchiland RF Orquídeas São Paulo/SP
Mogi das Cruzes/SP Campo Largo/PR (11) 2236-6464
(11) 8174-3743 (41) 9963-8108
www.orchiland.com.br www.rforquideas.com Roseli Cassola Fernandes
Orquidófila
Orquidário Chácara Suíça Ubatuba/SP
Curitiba/PR
(41) 3335-8340 PROFISSIONAIS rocafesa@uol.com.br
www.orquidariochacarasuica.com.br
Artur Norberto Heger Sergio Ostetto
Orquidário da Mata Orquidófilo Proprietário do Ostetto Orquídeas
São Paulo/SP São Paulo/SP Campo Grande/MS
(11) 5542-7627/5092-5637 arturnheger@yahoo.com.br (67) 3382-5342
www.orquidariodamata.com.br

Orquidário Imirim Carlos Henrique Paparelli Thiago de Mello Fernandes


São Paulo/SP Orquidófilo Estudante de ciências biológicas
(11) 2236-6464 Guarulhos/SP Piracicaba/SP
www.orquidarioimirim.com.br chpaparelli@yahoo.com sword_kenshin@hotmail.com

49
artigo

Por que
cultivar
orquídeas?
*Por Thiago de Mello Fernandes

Ingressei no ensino superior com o objetivo de aprender o


máximo possível sobre plantas em geral. A curiosidade em ob-
servá-las e dar-lhes seus respectivos nomes me levou a estudar a
fundo a Botânica Sistemática, ciência que tem como objetivo se-
parar, organizar e classificar espécies vegetais.
Neste período, conheci muitas pessoas que me mostraram o

Bruno Carvalho
quão interessante e complexa pode ser esta ciência. Uma delas
me ofereceu a oportunidade de aprender mais sobre as orquí-
deas, tanto sua classificação como a maneira com que devem
ser cultivadas. Todo o tempo destinado as nossas orquídeas é refletido atra-
Descobri que seu trato é algo que renova a beleza da vida vés da aparência das plantas que temos. Tal fato me faz pensar
diariamente. Todos os dias e todas as horas dedicados a elas diariamente em como tenho me portado perante aqueles que
são recompensados por inúmeras formas, cores e aromas que amo e as coisas que almejo. Minha dedicação à família também
atraem para perto delas ainda mais vida. Poder assistir a um me- se reflete nos gestos, nas atitudes e nas conversas do dia a dia
canismo, como a polinização, que por muitas vezes passa de- e me indica o quanto tenho me esforçado para que nossa rela-
sapercebido, é um presente que Deus nos deu e que todos nós ção se mantenha saudável.
deveríamos observar e perceber o quão grandiosas e simples O cultivo de orquídeas deve sempre ser realizado com cari-
são estas belas obras da natureza. nho, no intuito de oferecer a um “simples organismo” condições
adequadas de vida para que possa se desenvolver e produzir
novos descendentes. Aquilo que se tornaria um trabalho passa
a ser um grande prazer e acaba contagiando nosso espírito e
daqueles que nos cercam.
Todas as pessoas deveriam cultivá-las porque exigem algum
tempo de dedicação, o que nos deixa mais fortes; precisam de
cuidados simples e constantes, o que nos torna pessoas com ter-
nura; elas se renovam constantemente e sua exuberância é ini-
gualável, o que mostra que a vida é bela e tem que ser vivida
dia após dia.
Todos deveriam cultivar orquídeas porque esta é uma forma
de contribuir com a preservação de inúmeras espécies ameaça-
das de extinção e a beleza da vida está em coisas simples. E
acima de tudo porque é uma forma de terapia para a alma, tra-
zem graciosidade, alegria e paz e ensinam como nos tornarmos
pessoas melhores e felizes.

*Thiago de Mello Fernandes é aluno do quarto semestre


Tatiana Villa

de Ciências Biológicas na Universidade Metodista de Piracicaba


(Unimep), no interior paulista. Contato: sword_kenshin@hotmail.com

50 \ C om o C ultivar Orquídeas

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