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interesse
das
CRIANÇAS
pelas
orquídeas
PARA
PAINÉIS
VERTICAIS
Como plantar "PARENTES" DOS
micro-orquídeas
em meio-vasos PAPHIOPEDILUM
OS DETALHES DE CULTIVO
Confira os DOS EXIGENTES
Phragmipedium
procedimentos
que ESTIMULAM
A FLORAÇÃO
editorial
16 PASSO A PASSO
Aprenda a plantar micro-orquídeas em meio-vasos
Diretores
Luiz Fernando Cyrillo
Renato Sawaia Sáfadi
24 ESTÍMULO À FLORAÇÃO
Diferentes métodos utilizados para garantir
FALE CONOSCO
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26 CRIANÇAS E ORQUIDOFILIA
REDAÇÃO, dúvidas, críticas e sugestões: editorial@casadois.com.br
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Colaboradores Bruno Carvalho, Daniel Mansur, Eduardo Liotti, Evelyn Müller, Gabriel Guimarães,
Hamilton Penna, Rafael Coelho, Shutterstock, Tatiana Villa e Thiago Justo
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12
DECORAÇÃO: Construir, Construir Especial Banheiros, Construir Especial Cozinhas, Construir
36
Especial Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Decoração de Interiores Varandas
e Espaços Gourmets, Guia Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Banheiros e
Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas & Churrasqueiras. DECORAÇÃO DE FESTAS:
Decoração de Festas Infantis, Guia de Decoração de Festa de Casamento e Guia de Decoração
de Natal. GASTRONOMIA E CULINÁRIA: Cake Design, Cake Design Cupcakes, Coleção Delícias
36 GUIA DE ORQUÍDEAS da Cozinha, Culinária Fácil Bolos, Guia da Cerveja, Guia de Decoração de Festas Infantis Bolos,
Guia de Degustação de Cervejas e Guia de Delícias Festas de Aniversário. JARDINAGEM E PAI-
49 CONTATOS
SAGISMO: Coleção Cultivo de Orquídeas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar Orquí-
deas para Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de Orquídeas, Guia Sítio & Cia - Horta & Pomar,
Jardins em Pequenos Espaços e Paisagismo & Jardinagem. PROJETO E CONSTRUÇÃO: Casas
Paisagismo
& Jardinagem
PLANTA DO MÊS
PROJETO PAISAGÍSTICO
PELO MUNDO
NOVIDADES NO JARDIM
AGENDA VERDE
ESPAÇO DO LEITOR
BOLETIM DO LEITOR PLANTA DO MÊS PROJETO PAISAGÍSTICO PELO Mundo
MEIO AMBIENTE
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JARDINAGEM
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GUIA DE PLANTAS camente i ustradas. com a natureza. tão, visitá os.
ições anterio
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12 \ C om o C ultivar Orquídeas
Orquidófilo Texto Paula Andrade
profissional
Fotos Hamilton Penna
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TRABALHO
Arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e Urba-
nismo da Universidade de São Paulo (USP), atuou na área por
poucos anos. “Acabei transformando meus hobbies em traba-
lho. Primeiro aconteceu com o aquarismo e depois com a or-
quidofilia.” O envolvimento profissional com as orquidáceas
começou em 1990.
Quando já era proprietário de uma loja de aquários, Heger
se aliou a Campacci, Elcio Humberto Gatti, José Carlos Cavalin
e Manuel Lopes Henriques, companheiros do CPO, e começou
a produzir orquídeas em um sítio em Ibiúna, no interior paulista.
“Chamava-se Projeto Caapora e a intenção era produzir
comercialmente, mas de maneira sustentável. Pensávamos que
se produzíssemos 500 plantas, elas seriam compradas por
500 pessoas e teriam grandes chances de sobreviver em cole-
ções”, conta, adicionando que na produção constavam rari- Encyclia maderoi
dades.“Muitas espécies desapareceram sem deixar rastros. Eu
corria atrás das plantas raras para multiplicá-las e evitar sua
extinção. Por exemplo, as Cattleya, amadas pelos orquidófi-
los, já tinham sua conservação garantida.”
Trabalhando de segunda a sexta-feira na loja de aquários
na capital paulista e aos fins de semana na produção de plan-
tas em Ibiúna, o orquidófilo não dispunha de tempo para cui-
dar de sua coleção que passava de 4 mil exemplares. Por isso,
optou por vendê-los ou doá-los. “Não sinto falta da coleção,
pois tenho contato com orquídeas diariamente.”
Hoje, não atua mais com produção comercial, mas como
consultor do Orquidário Oriental, localizado em Mogi das Cru-
zes, SP. Inclusive, Heger ajudou a desenvolver a loja virtual do
estabelecimento. “Eles têm uma grande produção de Vanda e
eu seleciono as melhores plantas, fotografo e lacro para vendê-
las. O site apresenta a imagem dos exemplares com dados téc-
nicos, como tamanho e quantidade de flores e data de flora-
ção. Então, o consumidor pode comprar a mesma planta da fo-
to conhecendo suas características principais.”
Ele também contribuiu com a criação da loja física do or-
quidário, além da realização de festivais de orquídeas e con-
gressos de orquidófilos no local. “Atualmente são promovidos
quatro festivais por ano. E são todos um sucesso!”
Laelia harpophylla
14 \ C om o C ultivar Orquídeas
“Muitas espécies desapareceram sem deixar
rastros. Eu corria atrás das plantas raras
para multiplicá-las e evitar sua extinção”
FORTE LIGAÇÃO
As mais de três décadas de dedicação ao estudo e cultivo
da família Orchidaceae fizeram de Heger um nome importante
no meio orquidófilo. Tanto que recebeu uma homenagem do
amigo Campacci e tem uma planta batizada com seu nome: a
Hoffmannseggella hegeriana (hoje também classificada como
Rodriguezia venusta Cattleya hegeriana).
“Numa incursão às matas de Petrópolis, RJ, Campacci e eu
ficamos intrigados com uma orquídea. Eu acreditava que era
uma espécie nova, mas ele discordava. Depois de fazer uma
pesquisa minuciosa, ele concluiu que se tratava mesmo de uma
planta ainda não catalogada e acabou dando o meu nome”,
conta em tom descontraído.
A busca por novos conhecimentos está sempre em curso.
Por isso, está constantemente lendo livros, acessando sites e con-
sultando especialistas. Também continua a participar de mos-
tras de orquidáceas, em uma média que varia de dez a 12 por
ano. Em razão desse intenso contato, já observa o interesse do
filho Hugo Henrique, de 8 anos. “Ele gosta de mexer nas plan-
tas e de ir em exposições. Mas ainda não está fanático como
eu”, comenta sorrindo.
De acordo com Heger, a diversidade das orquidáceas é o
que mais o encanta. “Sempre tive espírito colecionista e as or-
quídeas permitem uma coleção variada. Brinco que se você gos-
ta de violetas, pode ter no máximo 20 diferentes. Enquanto com
as orquídeas, pode ter 10 mil plantas muito distintas entre si.
Afinal, existem cerca de 35 mil espécies no mundo. Além dis-
so, ao contrário dos cruzamentos de outras plantas, os híbridos
não são estéreis e o fato de manipulá-los é admirável.”
Perguntado sobre o que acha do fato das orquidáceas te-
rem se tornado seu ganha-pão, responde bem-humorado: “Ho-
je eu vivo delas e brinco dizendo que o único parasita presen-
te na produção sou eu.”
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passo a passo
Plantio
em meio-vaso
T t P l
4 5 6
7 8 9
17
cultivo
Gabriel Guimarães
Phrag. lindleyanun
Sapatinho
das Américas
Texto Paula Andrade
19
Hamilton Penna
Phrag. richteri
FLORES ENCANTADORAS
Normalmente sem aroma, as flores são sequenciais e per-
duram por cerca de duas semanas. “No entanto, há algumas
espécies que possuem floração plena (não sequencial) com du-
ração de até 20 dias. Aparecem em tons de verde e marrom e
com longas pétalas. Mas existem variedades, em geral de ta-
manho mais modesto, que produzem flores em tons róseo, la-
ranja e vermelho”, conta Rocha, acrescentando que as plantas
maduras fornecem floradas de qualidade superior às das mu-
das de primeira floração.
Embora não sejam tão populares quanto os “primos” Paphio-
pedilum, têm boa aceitação comercial. “Os preços são um tan-
to elevados em comparação a outros híbridos comerciais. Nas
exposições ainda não são muito frequentes”, comenta o pro-
fessor mineiro.
Atualmente, existem 30 espécies já catalogadas de Phrag-
mipedium, sendo que as de maior destaque são Phrag. bes-
seae, Phrag. caudatum, Phrag. kovachii, Phrag. lindenii,
Phrag. longifolium, Phrag. sargentianum e Phrag. schlimii.
Elas também são as mais usadas em cruzamentos. Phrag.
Hanne Popow, Phrag. Giganteum, Phrag. Grande, Phrag.
Schroderae, Phrag. Sedenii, Phrag. Coral Jewel, Phrag. De-
metria, Phrag. Memoria Dick Clements, Phrag. Patti MacHale,
Phrag. Red Lightning e Phrag. Beauport são alguns dos híbri-
dos mais comercializados. Vale destacar que quando cruzados
Hamilton Penna
com Paphiopedilum são geradas plantas inseridas no grupo hí- Phrag. Schroederae
brido Phragmipaphium.
21
CONDIÇÕES IDEAIS ao anoitecer suas folhas estejam praticamente secas. Outra di-
Exigentes com relação às condições de cultivo, precisam de ca é medir frequentemente o pH do substrato e da água da ir-
luminosidade em torno de 50%. “Apenas as espécies Phrag. bes- rigação, que devem estar abaixo de 7 (ácido)”, informa o or-
seae e Phrag. schlimii devem ser cultivadas em sombreamento quidófilo, alertando que a rega constante faz com que o subs-
de 70%. Queimas potenciais podem ser evitadas sentindo a tem- trato se deteriore rapidamente, tornando necessário o replantio
peratura das folhas durante a período de maior luminosidade do a cada dois anos, logo após a floração.
dia. Se elas estiverem quentes ao toque, estão em perigo. Então, Os substratos ácidos, que permitem a rápida vazão de água,
aumente a circulação de ar ou reduza a luz e a temperatura do são os mais indicados para os Phragmipedium. “Apesar de ter-
local com uma tela do tipo aluminet”, ensina Rocha. restres ou rupícolas, são melhor cultivadas em misturas para epí-
Ainda de acordo com ele, a folhagem pode indicar se a lu- fitas como a mistura de casca de pinus eliot, pedaços de perli-
minosidade fornecida é adequada. Folhas em tom verde-médio ta e carvão de madeira. Outra opção é casca de pinus com hú-
indicam saúde, enquanto verde-amareladas refletem excesso de mus de minhoca, terra vegetal e uma colher (sopa) de calcário
luz e verde-escuras, falta dela. Quanto à umidade do ar, apre- dolomítico. O ideal é usar vaso de plástico sempre com um pra-
ciam altos índices, que devem estar sempre acima de 65%, além tinho com brita ou areia embaixo”, orienta o professor.
de temperaturas intermediárias entre 14 e 29ºC. Paparelli sugere mais uma alternativa. “Para evitar replan-
Como são sensíveis à qualidade da água, o líquido não de- tes frequentes, alguns orquidófilos e orquidários comerciais vêm
ve apresentar muitos sais dissolvidos em sua composição. “Dê utilizando a hidroponia, técnica que oferece toda a umidade
preferência à água da chuva. Regue pela manhã de forma que necessária que as plantas desse gênero necessitam.”
Phrag. besseae
Hamilton Penna
Evelyn Müller
Phrag. longifolium
Hamilton Penna
23
estímulo à floração Texto Paula Andrade
Tatiana Villa
Evelyn Müller
Dendrobium Brassolaeliocattleya
ESTRESSE HÍDRICO
Além da adubação, outro método conhecido para incentivar as floradas é o
estresse hídrico. Trata-se da suspensão de regas durante certo período para for-
çar a planta a florir. No entanto, esse procedimento pode ser empregado so-
mente em espécies de alguns gêneros, por exemplo, Dendrobium. Moradores
do Norte do País costumam empregar esse recurso com as Brassolaeliocattleya,
já que na região a amplitude térmica (diferença entre a maior e a menor tem-
peratura) é muito pequena e, por isso, os híbridos têm dificuldade de florescer.
“Não é indicado para iniciantes no cultivo. Além disso, deve-se ter um co-
nhecimento profundo para utilizá-lo. Não se trata de uma regra geral, somente
Evelyn Müller
alguns gêneros, que em seu habitat sofrem com escassez de água, podem pas-
sar pelo estresse hídrico, mas desde que antes se analise minuciosamente a plan-
Posicionando as plantas de forma que ta, sua região de origem e seu local atual de cultivo”, afirma Sabino, alertando
recebam luminosidade adequada, dificilmente para os grandes riscos de perda da orquídea.
haverá problemas com as florações
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Texto Renata Putinatti
crianças e orquidofilia
Fotos [1] Acervo pessoal, [2] Tatiana Villa
e [3] Shutterstock
Ilustrações Shutterstock
Pequenos
São recorrentes os rela
o quid filos s-
rientes dizendo que a paixã s-
fância. No passado, a curiosidade despontava principalmente tras e reuniões que acontecem nas associações. “Atualmente,
devido à facilidade de encontrá-las nas matas brasileiras. estou lendo Cultivo Moderno de Orquídeas, escrito por Rober-
Hoje, o interesse das crianças por essas plantas está relacio- to Jun Takane [engenheiro agrônomo e produtor de orquídeas]”,
nado à conscientização da importância de respeitar o meio am- diz Yan, reafirmando sua paixão por essa família botânica.
biente, temática amplamente difundida.“Gosto de cultivá-las por- Há dois anos, ele se tornou membro da Associação Cearen-
que é uma forma de preservar a natureza sem sair de casa”, afir- se de Orquidófilos (Aceo). “Minha mãe faz parte da Aceo e sem-
ma Yan Ferreira Alves, de Fortaleza, CE, que, com apenas 11 pre teve orquídeas, mas eu não tinha percebido que eram tão bo-
anos, já possui um orquidário com cerca de 160 exemplares. nitas. Quando fui a uma exposição com ela, notei que eram ma-
A presença de um orquidófilo na família também é um fator ravilhosas. Então, perguntei se eu poderia me associar também”,
que desperta o apreço dos pequenos pelas orquidáceas. Foi o comenta ao revelar que, quando suas plantas estão floridas, cos-
que aconteceu com Thiago Enrique Uesler, de Pomerode, SC, de tuma expôs-las nos eventos realizados pela entidade.
11 anos, ao observar a coleção da sua prima e da sua avó e Em novembro, o pequeno colecionador ministrará uma ofici-
que há aproximadamente três anos ingressou na orquidofilia. na de cultivo para crianças durante o 5º FestOrquídeas, que ocor-
E se engana quem pensa que a admiração fica restrita ape- rerá entre os dias 18 e 20 e será promovido pela Aceo. “Não es-
nas ao encantamento pelas cores e pelos formatos das flores. tou ansioso, só um pouco nervoso com a apresentação”, admite.
Ambos levam a sério o trato cultural e tomam as providências Thiago também é um associado ativo do Círculo Orquidófi-
necessárias para garantir a saúde e beleza delas. “Quase to- lo de Pomerode. Recentemente, participou de uma excursão à
dos os dias pela manhã, antes de ir para a escola, cuido das Florianópolis, capital do estado catarinense, promovida pela en-
minhas plantas. Rego, verifico se há praga, adubo e faço re- tidade, na qual teve a oportunidade de visitar um orquidário co-
plante”, esclarece Thiago. mercial e prestigiar uma exposição. “O que aprendo explico
O conhecimento dos colecionadores mirins é resultado de para meus amigos da escola”, completa.
[1
Cattleya [2
Bifrenaria [2
Bulbophyllum [2
CULTIVO COM las Cattleya”, comenta entusiasmado tro exemplares. Há dois anos, fiquei
PERSONALIDADE o iniciante catarinense. muito surpreso e feliz quando ganhei
Embora tenham apenas 11 anos, Sua miniestufa – como ele mesmo uma Vanda em um sorteio feito na A-
Yan e Thiago falam com maturidade so- se refere – fica no quintal de sua casa. ceo”, recorda-se.
bre as orquídeas, expressando suas pre- Os exemplares são acomodados em Agora, o colecionador mirim pensa
ferências e pronunciando corretamente bancadas, prateleiras e alguns ficam pen- em adquirir a Cattleya amethystoglos-
os complicados nomes científicos das durados. “Talvez eu comece a colecio- sa. “Ela tem flores lindas, uma mais sur-
plantas com a simplicidade e a ino- nar mais Cymbidium”, faz planos. preendente que a outra”, empolga-se.
cência típicas da infância. Yan classifica seu orquidário como Portanto, isso mostra que a admi-
“Tenho 272 vasos com gêneros va- pequeno e simples. Porém, nele estão ração pelas orquídeas e, principal-
riados, como Cattleya, Cymbidium, suas preciosidades: Cattleya labiata mente pela natureza, não tem idade.
Bifrenaria, Bulbophyllum, entre ou- e espécies e híbridos de Dendrobium, E se depender de Yan e Thiago, a or-
tros. Gosto de todos, mas tenho um Oncidium e Vanda. “Minhas predile- quidofilia brasileira será muito bem re-
carinho especial pelos híbridos e pe- tas são as Vanda. Tenho três ou qua- presentada no futuro.
[2 [2 [2
[4
27
guia de orquídeas
Cattleya Hawaiian Variable
Origem: híbrido
Condições ideais: bastante umidade do ar, local bem ven-
tilado e meia-sombra
Curiosidades: híbrido de duas Cattleya bifoliadas (C. gut-
tata x C. Penny Kuroda), sendo que a C. guttata é uma es-
pécie brasileira originária da Mata Atlântica
Cultivo: Orquidário Morumby (São Paulo/SP)
Tatiana Villa
37
Epidendrum paranaense
Origem: Brasil, Costa Rica, Jamaica e República
Dominicana
Condições ideais: bom sombreamento e clima
de quente a ameno
Curiosidade: as flores são bastante pequenas,
não passando de 2 cm
Cultivo: Dalton Holland Baptista (Piracicaba/SP)
Evelyn Müller
39
Dendrobium lasianthera
Origem: Nova Guiné
Condições ideais: necessita de clima quente,
entre 18 e 28°C, e de sombreamento médio
Curiosidade: planta muito vigorosa, com haste
floral que pode chegar a mais de 1 m
Evelyn Müller
41
Brassolaeliocattleya Corcovado
Origem: híbrido
Condições ideais: clima subtropical, com temperatura
média maior que 20°C, meia-sombra, rega espaçada e
substrato aerado e bem drenado
Curiosidades: suas flores exalam perfume suave e podem
chegar a 10 cm de diâmetro
Cultivo: Aniela Orquídeas (Jundiaí/SP)
Tatiana Villa
43
Bulbophyllum Louis Sanders
Origem: híbrido
Condições ideais: ambientes quentes e úmidos
Curiosidade: origina-se de duas espécies, Bulb.
longissimum e Bulb. ornatissimum
Cultivo: Orquidário da Mata (São Paulo/SP)
Thiago Justo
49
artigo
Por que
cultivar
orquídeas?
*Por Thiago de Mello Fernandes
Bruno Carvalho
quão interessante e complexa pode ser esta ciência. Uma delas
me ofereceu a oportunidade de aprender mais sobre as orquí-
deas, tanto sua classificação como a maneira com que devem
ser cultivadas. Todo o tempo destinado as nossas orquídeas é refletido atra-
Descobri que seu trato é algo que renova a beleza da vida vés da aparência das plantas que temos. Tal fato me faz pensar
diariamente. Todos os dias e todas as horas dedicados a elas diariamente em como tenho me portado perante aqueles que
são recompensados por inúmeras formas, cores e aromas que amo e as coisas que almejo. Minha dedicação à família também
atraem para perto delas ainda mais vida. Poder assistir a um me- se reflete nos gestos, nas atitudes e nas conversas do dia a dia
canismo, como a polinização, que por muitas vezes passa de- e me indica o quanto tenho me esforçado para que nossa rela-
sapercebido, é um presente que Deus nos deu e que todos nós ção se mantenha saudável.
deveríamos observar e perceber o quão grandiosas e simples O cultivo de orquídeas deve sempre ser realizado com cari-
são estas belas obras da natureza. nho, no intuito de oferecer a um “simples organismo” condições
adequadas de vida para que possa se desenvolver e produzir
novos descendentes. Aquilo que se tornaria um trabalho passa
a ser um grande prazer e acaba contagiando nosso espírito e
daqueles que nos cercam.
Todas as pessoas deveriam cultivá-las porque exigem algum
tempo de dedicação, o que nos deixa mais fortes; precisam de
cuidados simples e constantes, o que nos torna pessoas com ter-
nura; elas se renovam constantemente e sua exuberância é ini-
gualável, o que mostra que a vida é bela e tem que ser vivida
dia após dia.
Todos deveriam cultivar orquídeas porque esta é uma forma
de contribuir com a preservação de inúmeras espécies ameaça-
das de extinção e a beleza da vida está em coisas simples. E
acima de tudo porque é uma forma de terapia para a alma, tra-
zem graciosidade, alegria e paz e ensinam como nos tornarmos
pessoas melhores e felizes.
50 \ C om o C ultivar Orquídeas