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Leis abolicionistas

E o processo de abolição
da escravidão
Apresentação: Andressa Coelho
licencianda em História na UFRJ
contexto
■ mobilização de pessoas escravizadas pela sua
própria liberdade, com fugas e enfrentamentos aos
senhores
■ mobilização de grupos abolicionistas que defendiam
o fim da escravidão
■ pressões externas: reconhecimento da independência
e relações econômicas
CARACTERÍSTICAS NACIONAIS NO SÉC. XIX
■ O Brasil do séc. XIX era monárquico e liberal, mas era
conservador, elitista, escravocrata e latifundiário;

■ a escravidão resultava de um pacto de produção entre


grandes fazendas (principais produções: café, açúcar e
minério) para exportação, utilizando mão de obra
escrava de homens e mulheres africanas.
ESCRAVIDÃO: ARGUMENTOS
■ FAVORÁVEIS: negros como almas amaldiçoadas que
encontrariam redenção através do trabalho; monarquia e
ordem social como vontade do deus cristão; importância
da mão-de-obra para produção nacional;

■ CONTRA: confronto com as ideias liberais, pensamento


humanista, cristão e fundamentos do Antigo Regime.
LEIS ABOLICIONISTAS
LEI DIOGO FEIJÓ (1831)
■ Primeira lei proibindo o tráfico de escravos no Brasil
■ “Todos os escravos que entrarem no território ou portos do
Brasil, vindos de fora, ficam livres e seus importadores punidos,
além de ter que pagar as despesas de reexportação para
qualquer parte da África”
■ “Lei para inglês ver”
LEIS ABOLICIONISTAS
LEI ABERDEEN ou SLAVE TRADE SUPRESSION ACT (1845)
■ Autorizava os britânicos a prender qualquer navio
suspeito de transportar escravos no Oceano Atlântico;
■ Imposição inglesa para coibir o tráfico de escravos em
países com os quais mantinham relações econômicas;
■ Ameaça de bloqueio comercial e crise nas relações
diplomáticas.
LEIS ABOLICIONISTAS
LEI EUSÉBIO DE QUEIROZ (1850)
■ O Brasil cria outra lei para reprimir o tráfico negreiro;
■ A lei previa que todas as embarcações que fossem encontradas no território
nacional exercendo o tráfico de escravos seriam apreendidas e julgadas
como importadoras ilegais;
■ Todos os escravos seriam reexportados pelo governo aos seus locais de
origem ou mantidos sob a tutela do Estado até que fossem reexportados;
■ Havia desrespeito a lei, mas foi fundamental para diminuir o tráfico, pois a
prática se tornou cada vez mais cara.
LEIS ABOLICIONISTAS
LEI DE TERRAS (1850)
■ Desde o século XVI, terras podiam ser emprestadas para cultivo a uma única
pessoa que quisesse e pudesse trabalhar nelas;
■ A partir da Lei de Terras, era proibido conceder terras públicas - apenas teria
acesso às terras quem pudesse comprar/pagar por elas;
■ Impacto direto na vida de imigrantes pobres e ex-escravizados, pois não
possuiam recursos para adquirir algo e se manterem da própria agricultura;
■ Terras como mercadorias de alto custo, maior concentração e desigualdade;
■ A força das oligarquias na condução da política imperial.
GUERRA DO PARAGUAI (1864 – 1870)
■ pessoas escravizadas e despossuídos no geral eram os indivíduos
convocados ou obrigados a irem para a guerra - (CVP);
■ o Império passa a comprar escravos de seus senhores para
lutarem na guerra, além de prometer alforria para os que se
apresentassem;
■ de 124 mil escravos, de 9 a 20 mil escravos conseguiram liberdade
com o alistamento;
■ agitação entre proprietários de escravos e políticos
conservadores.
LEIS ABOLICIONISTAS
LEI DO VENTRE LIVRE (1871)
■ Declarou condição de liberdade aos filhos de mulheres escravizadas
que nascessem a partir daquele ano;
■ Entretanto, os filhos ficariam sob autoridade do senhor até os 8 anos
de idade; após esse tempo, o senhor optaria por receber indenização
do Estado ou usufruir da criança até os 21 anos;
■ Muitos menores acabavam direcionados ao trabalho nas lavouras
ou doméstico;
■ A lei facilita a compra da liberdade
LEIS ABOLICIONISTAS
LEI DOS SEXAGENÁRIOS (1885)
■ Permitia a libertação de escravos com mais de 60 anos;
■ O escravo teria que pagar uma indenização ou trabalhar por
mais 3 anos;
■ RJ, SP, BA, PE, MG = cerca de 917 mil pessoas escravizadas,
sendo que menos de 10% desse número tinha mais de 60 anos;
■ Os escravos raramente chegavam a essa idade devido as
condições de trabalho e os maus tratos.
LEIS ABOLICIONISTAS
LEI ÁUREA (1888)
■ declarou extinta a escravidão definitivamente no território
brasileiro;
■ houve embate entre abolicionistas e escravistas quanto a questão
da indenização;
■ a lei foi a última das leis abolicionistas, que percorreram um
caminho árduo de aceitação, pois o imaginário das pessoas era o
mais difícil de modificar
COMEMORAR A ABOLIÇÃO?
■ As inúmeras leis demonstraram a dificuldade de efetivação das
normas abolicionistas;
■ Entretanto, serviam para atenuar a cultura da escravidão e
permitia o acesso ao poder judiciário;
■ A Lei Áurea não é comemorada pelo movimento negro;

“Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e


segurança dos libertos, sem que o Estado, a Igreja ou qualquer outra
instituição assumisse encargos especiais que tivessem por objeto
prepará-los para o novo regime de organização da vida e de trabalho”
(Florestan Fernandes)
Luiz Gama (1830 - 1882)
Poeta, jornalista, advogado e intelectual
negro brasileiro nascido em Salvador;

Viveu a experiência da escravidão até os 10


anos, mas provou ter nascido livre;

Filho de Luiza Mahin;

Ocupou a literatura brasileira e a imprensa


paulistana;

Atuou como advogado abolicionista e


libertou cerca de mil escravos.
Minha Mãe
Minha mãe era mui bela,
Eu me lembro tanto dela
De tudo quanto era seu!
Tenho em meu peito guardadas
Suas palavras sagradas
C’os risos que ela me deu.

Era mui bela e formosa,


Era a mais linda pretinha,
Da adusta Líbia rainha,
E no Brasil pobre escrava! (...)
Chico da Matilde (1839 - 1914)
Francisco José do Nascimento, conhecido
como Dragão do Mar, liderou os
jangadeiros Lobos do Mar em janeiro e
agosto de 1881;

Os jangadeiros se recusaram a
transportar os negros traficados das
embarcações para o porto no Ceará;

Foi um personagem fundamental na


História da Abolição no Ceará, efetivada 4
anos antes da Lei Áurea – a primeira
província a abolir a escravidão.
Maria Firmina dos Reis (1825 - 1917)
Uma das primeiras escritoras negras da
América Latina;

Foi professora na cidade de Guimarães,


no Maranhão;

Fundou uma das primeiras escolas


gratuitas e mistas no Maranhão em 1880;

Criticava a condição da escravidão e


inspirou a literatura abolicionista com
suas obras “Úrsula” (1859), “Cantos à
Beira-mar” (1871) e “A Escrava” (1887)
“Senhor Deus! Quando calará no peito do homem a tua sublime
máxima – ama a teu próximo como a ti mesmo –, e deixará de
oprimir com tão repreensível injustiça ao seu semelhante!...
Àquele que também era livre no seu país… Àquele que é seu
irmão? E o mísero sofria; porque era escravo, e a escravidão não
lhe embrutecera a alma; porque os sentimentos generosos, que
Deus lhe implantou no coração, permaneciam intactos e puros
como a sua alma. Era infeliz, mas era virtuoso; e por isso seu
coração enterneceu-se em presença da dolorosa cena, que se lhe
ofereceu à vista” Úrsula (p. 18-19)
“Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e será sempre um
grande mal. Dela a decadência do comércio; porque o comércio e a
lavoura caminham de mãos dadas, e o escravo não pode fazer florescer a
lavoura; porque o seu trabalho é forçado. Ele não tem futuro; o seu
trabalho não é indenizado; ainda dela nos vem o opróbrio, a vergonha;
porque de fronte altiva e desassombrada não podemos encarar as nações
livres; por isso que o estigma da escravidão, pelo cruzamento das raças,
estampa-se na fronte de todos nós. Embalde procurará um dentre nós,
convencer ao estrangeiro que em suas veias não gira uma só gota de
sangue escravo… E depois, o caráter que nos imprime e nos envergonha! O
escravo é olhado por todos como vítima – e o é. O senhor, que papel
representa na opinião social? O senhor é o verdugo – e esta qualificação é
hedionda.” A Escrava (p. 164-165)
PROPOSTA DE ATIVIDADE
■ A partir do que foi explicado em aula, reunam-se em grupos de NO
MÁXIMO 3 pessoas e confeccionem a capa de um jornal com propostas
abolicionistas.
■ Criem um personagem abolicionista, homem ou mulher, e deem um
nome a ele ou ela;
■ Criem um nome para o jornal, cidade, ano, uma manchete e duas notas
com argumentos favoráveis à abolição. O personagem criado
defenderá um dos argumentos;
■ O trabalho deverá ser feito em uma folha de ofício. Usem a
criatividade!

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