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DIGITAÇÕES E CONCURSOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS atuação os consultores e os executores.


Os membros consultores serão
TÉCNICO EM ENFERMAGEM representados pelos serviços: médicos,
enfermagem, farmácia e de microbiologia,
02 - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM os membros executores serão, no mínimo,
PREVENÇÃO E CONTROLE DE 2 (dois) técnicos da área da saúde ou de
INFECÇÃO nível superior para cada 200 (duzentos)
leitos ou fração deste número com carga
A infecção hospitalar é um grande horária diária, mínima, de 6 (seis) horas
obstáculo encontrado dentro das para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para
unidades hospitalares, em especial nas os demais profissionais, sendo que Um dos
Unidades de terapia Intensiva. Sendo um membros executores deve ser,
problema de grande ocorrência, o preferencialmente, um enfermeiro.
Enfermeiro que possui um maior e mais A Enfermagem é uma profissão
longo contato com os pacientes torna-se um comprometida com a saúde do ser
membro extremamente importante e humano e da coletividade. Atua na
indispensável na Comissão de Controle de promoção, proteção, recuperação da saúde
Infecção Hospitalar. e reabilitação das pessoas, respeitando os
O interesse ao desenvolver este trabalho preceitos éticos e legais. O profissional
surgiu ao perceber-se a despreocupação de de Enfermagem presta assistência à
alguns profissionais da área da saúde saúde visando à promoção do ser humano
com os deveres éticos e jurídicos que como um todo.
lhes possam responsabilizar pelo O Ministério da Saúde do Brasil define a
exercício de sua profissão. Essas Infecção Hospitalar como toda e
implicações advindas das infecções qualquer infecção que se adquire em um
hospitalares recaem sobre os profissionais hospital após sua admissão, permanência e
e as instituições prestadoras de serviços de até mesmo após sua alta, quando
saúde, que trazem repercussões penais, relacionada com a hospitalização do
cíveis e éticas. paciente. Para se obter um diagnóstico de
A infecção hospitalar constitui infecção hospitalar, devemos valorizar
um dos grandes problemas informações oriundas de: evidência clínica,
enfrentados pelos profissionais de saúde e derivada da observação direta do paciente
pacientes. Os avanços tecnológicos ou da análise de seu prontuário, resultados
relacionados aos procedimentos invasivos, de exames de laboratório, ressaltando os
diagnósticos e terapêuticos, e o exames microbiológicos, a pesquisa de
aparecimento de microrganismos antígenos, anticorpos e métodos de
multirresistentes aos antimicrobianos visualização realizados e evidências de
usados rotineiramente na prática estudos com métodos de imagem,
hospitalar tornaram as infecções endoscopia, biópsia e outros.
hospitalares um problema de saúde A preocupação em manter o controle
pública. As maiores taxas de infecção das infecções hospitalares no Brasil
hospitalar são observadas em pacientes surgiu na década de 60, surgindo também
nos extremos da idade e nos serviços de as primeiras publicações e relatos
oncologia, cirurgia e terapia intensiva. relacionados ao tema. Em 1963, no Hospital
A Comissão de Controle de Infecção em Ernesto Dornelles, em Porto Alegre-RS
Serviços de Saúde é um órgão que começou a implantação da primeira CCIH
presta assessoria a Direção Clínica da brasileira, e outras comissões
Unidade, tendo como competência a multidisciplinares, começaram a surgir a
elaboração do Programa de Controle das partir da década de 70. E nos anos
Infecções Hospitalares, com o objetivo de seguintes foi criado e publicado pelo
beneficiar a comunidade assistida, Ministério da Saúde, o Manual de
protegerem o corpo clínico e o hospital. Controle de Infecção Hospitalar, e criadas
A comissão de controle de infecção portarias, obrigando a criação de CCIH em
hospitalar e composta por dois níveis de hospitais brasileiros. Essas portarias

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enfatizavam: a composição das CCIH, quais de extrema importância para o bom
atividades praticadas, qual competência funcionamento da unidade, evidenciando-
caberia a cada membro, recomendações e se, portanto, a necessidade da proteção
indicadores epidemiológicos para o controle tanto individual quanto dos clientes, bem
das infecções. como a adequada limpeza do ambiente
Atualmente, são inúmeros os casos de hospitalar.
omissões, além de outras desagradáveis Este trabalho poderá contribuir para a
consequências de imperícia, negligência ou conscientização e sistematização da
imprudência, pela representação político- assistência de enfermagem quanto ao
social das infecções hospitalares e de seu controle das infecções dentro das Unidades
controle. de Terapia Intensiva, possibilitando a
As infrações serão consideradas leves, diminuição dos índices de infecção dentro
graves ou gravíssimas, conforme a desse ambiente.
natureza do ato e a circunstância de cada
caso. A gravidade da infração é Objetivo
caracterizada através da análise dos fatos
e causas do dano, suas consequências Identificar a importância e as formas de
e dos antecedentes do infrator. As atuação da Comissão de Controle de
penalidades a serem impostas pelos Infecção Hospitalar dentro da Unidade de
Conselho Federal e Regionais de Terapia Intensiva, permitindo assim que a
Enfermagem, conforme determina o Art. 18, equipe de enfermagem atue nas causas
da Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, são de infecção hospitalar, visando à proteção
as seguintes: advertência verbal, multa, e segurança dos clientes.
censura suspensão do exercício profissional
e cassação do direito ao exercício Materiais e Métodos
profissional.
A infecção hospitalar é causa de grande Trata-se de um estudo de revisão
preocupação das instituições de saúde do bibliográfica, qualitativa, pesquisados em
Brasil. Enquanto a média mundial de índice sites especializados do assunto,
de infecção é 5%, o país apresenta o Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), tais
porcentual de 15,5% entre os pacientes como Literatura Latino- Americano e do
internados, conforme dados do Ministério da Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), a
Saúde. Bibliografia Médica (MEDILINE), e a
Estima-se que em países desenvolvidos 5 Biblioteca Científica Eletrônica Virtual
a 10% dos pacientes admitidos em (SCIELO), referente aos anos 1995 a
hospitais adquirem pelo menos uma 2008. Para isso foram utilizados os
infecção hospitalar e em países em seguintes descritores: Unidade de Terapia
desenvolvimento essa taxa pode ser Intensiva, Enfermeiro, Infecção,
superior a 25%. Enfermagem, Paciente e Controle.
Diante disso podemos questionar: Qual a A pesquisa bibliográfica é a busca de uma
importância da atuação do enfermeiro no problematizarão de um projeto de pesquisa
controle de infecção hospitalar na unidade a partir de referencias publicadas,
de terapia intensiva? analisando e discutindo as contribuições
Considerando que a UTI é um local de culturais e cientificas. Ela constitui uma
atendimento a pacientes de alta excelente técnica para fornecer ao
complexidade, a importância da atuação do pesquisador a bagagem teórica, de
enfermeiro no controle de infecção conhecimento, e o treinamento cientifico
hospitalar na unidade de terapia intensiva, que habilitam a produção de trabalhos
surge com o intuito de mostrar a originais e pertinentes. Já a pesquisa
importância do profissional de qualitativa: tem caráter exploratório,
enfermagem no controle de infecção isto e, estimula os entrevistados a
hospitalar nesse ambiente. pensarem livremente sobre algum tema,
O controle de infecções em Unidades de objeto ou conceitos. Mostra aspectos
Terapia Intensiva é um assunto complexo e subjetivos e atingem motivações não

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explicitas, ou mesmo conscientes, de principais: proteger o paciente, os
maneira espontânea. E utilizada quanto se profissionais de saúde, visitantes e
busca percepções e entendimentos sobre a outras pessoas que circulam ou atuam
natureza geral de uma questão, abrindo no ambiente hospitalar e acompanhar
espaço para uma interpretação. E uma esses objetivos de modo eficaz e
pesquisa indutiva, isto e, o pesquisador eficiente, sempre que possível, para
desenvolve conceitos, ideias e garantir o seu alcance. A partir desses
entendimentos, a partir de padrões objetivos gerais, cada instituição deve
encontrados nos dados, ao invés de planejar ações para limitar a disseminação
coletar dados para comprovar teorias, ou prevenir a ocorrência de IH”.
hipóteses e modelos preconcebidos. “A maioria das IH manifesta-se como
Para análise das publicações foram complicações em pacientes gravemente
considerados como critério de inclusão, enfermos, em consequência da
artigos completos na língua portuguesa, hospitalização prolongada e da realização
que descrevem a atuação da de procedimentos invasivos ou
Enfermagem nessa área de prevenção de imunossupressores a que os doentes,
Infecção hospitalar em unidades de Terapia correta ou incorretamente, foram
Intensiva. submetidos”.
Para a construção do desenvolvimento “A adoção de uma filosofia que priorize a
deste trabalho de acordo com o prevenção toma-se condição indispensável
levantamento do estudo, propôs-se a ao desenvolvimento dos avanços
definição e a importância que o Enfermeiro alcançados pela tecnologia, beneficiando
tem em sua atuação na UTI, a fim de evitar o homem em suas duas dimensões:
danos causados pelas falhas de critérios de enquanto usuário do hospital e como
prevenção de infecções nessas unidades trabalhador pertencente à equipe de saúde”
que serão discutidos a seguir, tais como .
a imperícia e a imprudência, fatores “Estudos realizados nos Estados Unidos
destacantes e bastantes falhos para evitar pelo Centro para Controle de Doenças
que infecções ocorram nesses ambientes (CDC) de Atlanta (através do projeto
tão importantes para a recuperação dos SENIC - Study on the Efficacy of
pacientes. Nosocomial Infection Control) mostram
que a infecção hospitalar prolonga a
Resultados e Discussão permanência de um paciente no hospital
em pelo menos 4 dias, ao custo adicional
seguir: A análise das 14 publicações de U$ 1.800,00. Para reduzir o problema, a
permitiu o acesso a três tópicos que serão Organização Mundial de Saúde
analisados a Benefícios para o paciente recomenda a adoção de políticas
crítico, equipe de enfermagem e hospital. nacionais de prevenção e controle de
Sabemos que a infecção hospitalar é uma infecção hospitalar estimulando a
das problemáticas existentes dentro de uma constituição de comissões de controle de
unidade de saúde, acarretando um infecção em todos
aumento do custo final de uma os hospitais”.
hospitalização de uma pessoa enferma, “As infecções hospitalares são as mais
gerando assim uma maior despesa para frequentes e importantes complicações
a entidade. Sendo que a sua profilaxia terá ocorridas em pacientes hospitalizados. No
um custo menor do que erradificação de IH. Brasil, estima-se que 5% a 15% dos
Um dos principais benefícios da profilaxia pacientes internados contraem alguma
na CCIH será gerar ao paciente e o infecção hospitalar. Uma infecção hospitalar
trabalhador da área da saúde, proteção acresce, em média, 5 a 10 dias ao período
e prevenção de alguma espécie bacteriana de internação. Além disso, os gastos
induzindo assim a uma IH. Como veremos relacionados a procedimentos diagnósticos
que das 14 publicações 5 concordam que : e terapêuticas da infecção hospitalar fazem
“Um Programa de Controle de Infecção com que o custo seja elevado”.
Hospitalar tem pelo menos três objetivos Portanto os benefícios alcançados

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pela PCIH para a melhora do paciente atuam diretamente na Comissão de
e o treinamento da equipe de enfermagem Controle de Infecção Hospitalar - C.C.I.H.,
para que esta não realize nenhum bem como aqueles que participam
procedimento que possa acarretar a uma enquanto membros da equipe de saúde
infecção em um paciente grave, sendo e que deveriam exercer suas atividades
assim diminuindo a taxa de IH e a em conjunto, por meio da
permanência deste na unidade assim multidisciplinariedade, solucionando os
reduzindo o custo final do tratamento. Onde problemas com competência,
ainda a profilaxia é a melhor terapêutica compromisso, responsabilidade,
indicada para uma IH, assim gerando uma honestidade, diante do seu agir e pensar
economia para a instituição, está é feita ético, levando em consideração a
com a diminuição da permanência do individualidade, potencialidades, respeito e
cliente na unidade por não adquirir uma direitos do ser humano” 14.
infecção hospitalar, com isto ele ira utilizar Tendo em vista todas essas citações,
menos antibióticos, ira desocupar um leito vemos que nos profissionais de saúde
mais rápido, que será ocupado por outro temos o dever de tratar toda pessoa com
cliente que precise. respeito e honestidade. E atuar com
4.2- A atuação do enfermeiro em CCIH responsabilidade, competência e com
envolve questões éticas: justiça não só seus pacientes como seus
A questão da ética em qualquer companheiros de equipe.
profissão é um dos principais requisitos
para se alcançar seus objetivos. Dentre os Cuidados Específicos de Enfermagem
14 artigos analisados, 2 concordam que na evitam a infecção hospitalar dentro da UTI.
área da saúde não e diferente. Mexemos
com vidas e o respeito com o ser O enfermeiro é a peça chave dentro da
humano é primordial, tendo comissão de controle de infecção
responsabilidade e honestidade em tudo hospitalar, sendo responsável pela
que faz. E trabalhando em equipe construção de protocolos, implantação dos
precisamos exercer nossas atividades como mesmos, treinamento da equipe,
um todo, como ocorre na CCIH. Como supervisionado e avaliando cada
podemos comprovar abaixo: integrante. Como podemos comprovar
"A ética profissional é uma parte da ciência que dos 14 artigos revistos 2 estão de
moral. Mais do que limitar-se a um feixe de acordo como poderemos ver nas citações
normas, ela procura a humanização do abaixo:
trabalho organizado, isto é, procura colocá-lo a “Diante disso é correto que o Enfermeiro
serviço do homem, da sua promoção, da tenha uma atuação de destaque dentro
sua finalidade social. É tarefa ainda da dessa comissão por deter grande número
ética profissional detectar os fatores que, de informações e manter um maior e mais
numa determinada sociedade, esvaziam a restrito contato com os pacientes em
atividade profissional tornando-a alienada. situação de internação em unidades de
Mais do que formular determinadas normas e terapia intensiva”.
cristalizá-las num código, é tarefa da ética “O papel fundamental do enfermeiro na
profissional realizar uma reflexão crítica, comissão de controle de infecção
questionadora, que tenha, por finalidade, hospitalar deverá ser o de elaborar,
salvar o humano, a hipoteca social de toda implementar, manter e avaliar programas de
atividade profissional"13. controle de infecção hospitalar, adequando
“O respeito à pessoa humana é um dos as características e necessidades da
valores básicos da sociedade moderna, instituição, contemplando no mínimo,
fundamentando-se no princípio de que cada ações relativas a implantação de um
pessoa deve ser vista como um fim em si Sistema de Vigilância Epidemiológica das
mesmo e não somente como um meio, Infecções Hospitalares; adequação,
princípio frequentemente infringido nas implementação e supervisão das normas e
instituições de assistência à saúde”. rotinas técnico operacionais, visando à
“Acreditamos que os profissionais que prevenção de controle das infecções

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hospitalares; capacitação do quadro de dificuldades apresentadas causadas pela
funcionários e profissionais da instituição, imprudência, imperícia e até mesmo falta de
no que diz respeito à prevenção e informação de alguns profissionais deste
controle das infecções hospitalares ”. ambiente.
A CCIH tem o objetivo não somente
“Também devera elaborar e divulgar, de prevenir e combater à infecção
regularmente, relatórios·. e comunicar, hospitalar, beneficiando dessa maneira
periodicamente, à autoridade máxima de toda a comunidade assistida, como
instituição e às chefias de todos os também de proteger o hospital
setores do hospital, a situação do controle e o corpo clínico.
das infecções hospitalares, promovendo seu Em uma Unidade de saúde, a Comissão
amplo debate na comunidade hospitalar, de Controle de Infecção Hospitalar é um
implementar e supervisionar a aplicação de apoio a todos os profissionais que atuam
normas e rotinas técnico operacionais, diretamente com os pacientes a fim de
visando limitar a disseminação de agentes prevenir e controlar as infecções
presentes nas infecções em curso no hospitalares e suas prováveis
hospital, por meio de medidas de consequências.
precaução e de isolamento. É notificar ao A extinção da IH é tarefa impossível, sendo
Serviço de Vigilância Epidemiológica e que sua etiologia e condições de instalação
Sanitária do organismo de gestão do no homem em desequilíbrio no seu processo
SUS, os casos e surtos diagnosticados ou doença. Portanto, a profilaxia e diminuição
suspeitos de infecções associadas à têm se mostrado viáveis em vários casos e
utilização de insumos e/ou produtos situações, conforme já comprovado na prática
industrializados”. hospitalar.
Na interpretação dos trechos acima o
enfermeiro é preconizado em três áreas:
administrativa, assistencial e ensino. PREVENÇÃO E CONTROLE DE
Como administrativo, ele realiza o INFECÇÕES RELACIONADO AO
planejamento, a organização, a direção PROCESSAMENTO DAS ROUPAS
e o controle das atividades HOSPITALARES
desenvolvidas nesta unidade. Na
assistência, elabora um plano de cuidados, Introdução
usando metodologia científica para As roupas hospitalares representam todo e
prestar assistência individualizada e o papel qualquer material de tecido utilizado dentro
de ensino é relevante por estimular o de hospitais e que necessitam passar por
enfermeiro a buscar novos conhecimentos um processo de lavagem e secagem para
para propiciar o aperfeiçoamento da equipe sua reutilização. Roupas hospitalares, por
de enfermagem. exemplo, incluem lençóis, fronhas,
Como vimos o enfermeiro tem um cobertores, toalhas, colchas, cortinas,
papel fundamental na comissão de roupas de pacientes e roupas de
controle de infecção hospitalar, um dos funcionários, fraldas, compressas, campos
mais importantes pela sua função cirúrgicos, máscaras, propés, aventais,
desempenhada. Sendo responsável pelos gorros, panos de limpeza, entre outros.
cuidados de enfermagem no controle de IH. Através desses exemplos pode-se perceber
a grande variedade, origem, diferentes
Conclusão utilizações, sujidades e contaminação das
roupas utilizadas dentro de hospitais. As
É de extrema importância salientar a roupas hospitalares diferem daquelas
necessidade de uma CCIH dentro da utilizadas em outros tipos de instituições ou
Unidade Hospitalar e principalmente dentro residências porque alguns itens apresentam-
da Unidade de Terapia intensiva. Assim se contaminados com sangue, secreções ou
também declarar o quanto importante é a excreções de pacientes (1) em maior
participação do Enfermeiro, para que quantidade de contaminação e volume de
tenha um bom desempenho diante às roupa, mas não diferentemente das

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sujidades encontradas nas roupas da de pacientes apresentavam maior
comunidade em geral. contaminação do que colchas e cobertores.
O processamento das roupas hospitalares Lençóis de baixo ou inferiores apresentavam
abrange todas as etapas pelas quais as maior número de bactérias do que os
roupas passam, desde sua utilização até seu superiores e a parte aproximada da
retorno em ideais condições de reuso. Estas cabeceira das roupas de cama também
etapas são geralmente classificadas em demonstrou maior contaminação do que a
seleção, acondicionamento, coleta e parte dos pés da cama. As bactérias mais
transporte da roupa suja utilizada nos encontradas neste estudo foram Bacillus sp,
diferentes setores do hospital; recebimento e Escherichia coli e outros Gram-negativos.
lavagem da roupa suja na lavanderia; Mesmo que o processo de lavagem,
secagem e calandragem da roupa limpa; centrifugação, secagem e calandragem da
separação e transporte da roupa limpa da roupa sejam os mais adequados possíveis, o
lavanderia para os diversos setores do resultado final não representa eliminação
hospital; armazenamento e controle de total de microrganismos, já que não significa
estoque da roupa limpa nos setores do um processo de esterilização (1, 2, 3).
hospital. Também podem estar incluídas No clássico e pioneiro estudo de Arnold,
neste processo a confecção e o reparo das em 1938 (5), as contagens de bactérias, nas
roupas. suas mais diversas formas, caíram para zero
A lavanderia hospitalar tem o objetivo de após o último processo de calandragem da
transformar toda a roupa suja ou roupa, restando apenas formas esporuladas.
contaminada utilizada no hospital em roupa Church e Loosli, em 1953 (4), em
limpa. Este processo é extremamente contraposição ao estudo de Arnold, não
importante para o bom funcionamento do demonstraram ausência de contagens
hospital em relação a assistência direta ou bacterianas. A roupa limpa recém
indireta prestada ao paciente. O processada apresentou variações nas
processamento de roupas dentro dos contagens bacterianas de 8x 10 bactérias a
hospitais deve ser dirigido de forma que a 2x 1.000 bactérias/cm2, principalmente por
roupa não represente um veículo de Gram-positivos como Staphylococcus spp. e
infecção, contaminação ou mesmo irritação Streptococcus spp., enquanto as bactérias
aos pacientes e trabalhadores (1, 2, 3). Gram-negativas foram encontradas em
quantidades inexpressivas.
Contaminação da roupa utilizada dentro de A meta principal a ser atingida após o
hospitais processamento da roupa deve ser a redução
A contaminação da roupa hospitalar das contagens microbianas para níveis
depende basicamente da quantidade de sua aceitáveis, ou seja, livre de patógenos em
sujidade e da proveniência desta sujidade. quantidade e qualidade suficientes para
Roupas sujas de fezes, secreções transmitir doenças (1, 2, 3). Wetzler e
purulentas, urina, sangue, secreções colaboradores, em 1971 (6), sugeriram um
vaginais, uretrais, gástricas e outras limite máximo de tolerância de contagens
secreções e excreções corporais bacterianas de 6x 1.000 esporos de Bacillus
apresentarão muito maior quantidade de spp. por 100 cm2 de roupa limpa.
microrganismos do que roupas com As contagens de microrganismos na roupa
sujidade não proveniente de pacientes, limpa aumentam, entretanto, com o passar
como alimentos, líquidos diversos, poeira, dos dias, dependendo das condições de
etc. Quanto maior a quantidade da sujidade, transporte e armazenamento. Neste mesmo
também obviamente maior será a estudo de Church e Loosli (4) a análise da
quantidade de microrganismos presentes na roupa limpa colocada sobre camas
roupa suja. apresentou aumento de contaminação após
Um estudo feito por Church e Loosli (4), da 2 a 10 dias sem uso, principalmente as
Universidade de Chicago, em 1953, roupas mais expostas.
demonstrou que roupas hospitalares sujas
apresentavam uma média de 2x 10.000 Risco de aquisição de infecções
bactérias/100 cm2. Lençóis, fronhas e roupas hospitalares através das roupas

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Apesar da roupa suja ser identificada como estudos mais recentes analisando
fonte de um largo número de certos contaminação de roupas hospitalares.
microorganismos patogênicos, o risco de No Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o
transmissão de doenças para os maior número de notificações de infecções
trabalhadores do hospital e para os em funcionários da lavanderia são
pacientes que mantém contato direto com a pediculoses em cabelos e barbas,
roupa é negligenciável (1, 2, 3, 7, 8, 9). escabioses e conjuntivites (dados do Serviço
Poucos estudos, e não muito recentes, de Medicina Ocupacional e do Serviço de
relatam infecção cruzada associada com Controle de Infecção Hospitalar do HCPA).
roupa em pacientes (10, 11, 12) e em Parece claro que a adoção de rotinas
trabalhadores de hospitais (13, 14). adequadas quanto ao recolhimento,
Em 1956, Kirby e Corpron (10), da transporte e processamento da roupa suja,
Universidade de Washington, sugeriram a distribuição e armazenamento da roupa
possibilidade de colchões e cobertores limpa, além da proteção adequada dos
contaminados com bactérias coliformes funcionários que manuseiam com roupa
estarem associados com a aquisição de suja, deveria prevenir qualquer potencial de
infecções urinárias por estes mesmos infecção cruzada (8, 9).
microrganismos em pacientes cateterizados. O eficiente processamento das roupas
Em outro estudo, em um hospital de hospitalares depende basicamente de uma
Cleveland, em 1964, Gonzaga e boa operacionalização do serviço, de
colaboradores (11) associaram a adequada área física e equipamentos,
transmissão de Staphylococcus para recém- administração competente e treinamento de
nascidos através de cobertores, fraldas e pessoal. A operacionalização da lavanderia
roupas contaminadas. abrange todo o circuito da roupa, desde sua
English e colaboradores (12) descreveram, utilização nas diversas unidades do hospital,
em 1967, a ocorrência de infecção fúngica separação e acondicionamento da roupa
por Tinea pedis nos dedos e unhas dos pés suja nestas unidades, coleta e transporte,
de pacientes internados em um hospital até sua redistribuição e armazenamento
psiquiátrico de Bristol, Inglaterra, causada após o devido processamento (17).
por meias contaminadas. Cobertores como fontes de contaminação
Um surto de gastroenterite por Salmonella Os cobertores podem frequentemente
typhimurium, que envolveu pacientes e representar mais uma fonte de
trabalhadores, em um hospital americano, contaminação, uma vez que não são
em 1975, foi relatado por Steere e trocados diariamente, nem lavados com
colaboradores (13), no qual a fonte de muita frequência. Estudos feitos em Curitiba
contaminação para alguns funcionários da mostraram que, de uma amostra de 28
lavanderia acometidos pela doença foram cobertores, 100% estavam contaminados,
lençóis contaminados. independente de estar em uso ou não (18).
Em um estudo mais recente, de 1994, Outros estudos anteriormente citados
Standaert e colaboradores (14) também tem demonstrado contaminação dos
demonstraram a transmissão de Salmonella cobertores (10,11).
hadar, causando gastroenterite em A recomendação, portanto, seria a lavagem
funcionários da área suja da lavanderia, dos cobertores após a alta e após qualquer
através do manuseio com roupas contaminação evidente.
contaminadas.
Apesar destes e outros poucos relatos Esterilização das roupas hospitalares
relacionando a aquisição de infecções Como já foi citado anteriormente, o
através da roupa, estudos mais recentes processamento normal da roupa não resulta
estão deixando bastante evidente que a em eliminação total dos microrganismos,
eliminação da carga microbiana ambiental especialmente em suas formas esporuladas.
pouco interfere na diminuição das taxas de Para isto, seria necessário um processo de
infecções nosocomiais (15, 16). Portanto, esterilização, preferencialmente através de
culturas ambientais de rotina não tem sido autoclavação a vapor e pressão.
recomendadas, o que explica a carência de

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Quando existe possibilidade da roupa física e etapas do processamento das
entrar em contato com pele não íntegra, roupas hospitalares, foram publicadas pelo
áreas cruentas, mucosas e tecidos expostos, Ministério da Saúde, com o objetivo de
necessariamente deve ser prevista sua normatizar e padronizar a organização das
esterilização. Isto se aplica para lavanderias hospitalares (17).
procedimentos cirúrgicos, procedimentos Para tanto, é indispensável na área física a
invasivos, em queimaduras e outras existência de uma barreira de contaminação,
situações em que ocorra a quebra da separando a área suja da lavanderia
barreira de proteção da pele (2, 3, 7, 19). (separação e lavagem da roupa) da área
Mesmo se tratando de pacientes limpa (acabamento e guarda da roupa) (2,
imunodeprimidos, a necessidade de 17).
esterilização das roupas se aplica somente Essa barreira de contaminação só será
para as situações relatadas anteriormente. realmente eficiente se existirem lavadoras de
Esta é uma prática que vem sendo seguida roupa com duas portas de acesso, uma para
por muitos hospitais brasileiros. cada área. Nos hospitais de pequeno porte,
Em outros países se observa a mesma que utilizam ainda as lavadoras tradicionais,
realidade. Um estudo realizado por Meyer e a barreira de contaminação pode ser
colaboradores (19), em 1981, demonstrou efetivada pela delimitação de uma área física
que, apesar das recomendações, de 1977, especial, ou seja, um espaço intermediário.
do uso de roupas esterilizadas para recém- Neste caso, a área de lavagem estará
nascidos, pela Academia Americana de compreendida entre as áreas de separação
Pediatria, 74% dos hospitais americanos, (suja) e de acabamento (limpa) (17).
que responderam a um questionário, não De maneira geral, a lavanderia poderia
seguiam esta recomendação. Neste estudo admitir fluxos em forma de I, L ou U. A
também foram realizadas culturas das precaução fundamental é evitar que a roupa
roupas não esterilizadas utilizadas na suja cruze ou entre em contato com a limpa
unidade de neonatologia de um hospital de (17).
Indianápolis, que resultou em 68% de
culturas positivas. Entretanto, somente 2,5% Equipamentos e outros suprimentos
apresentavam contagens maiores de 20 mínimos necessários para o bom
colônias por placa, com prevalência de funcionamento de uma lavanderia hospitalar
Staphylococcus epidermidis, Diphtheroides e Os equipamentos mínimos necessários
Micrococcus spp., ou seja, quantidades para o bom funcionamento de uma
muito pequenas de microrganismos para lavanderia são: lavadoras, centrífugas,
causar infecções . calandras, secadoras, prensas e máquinas
Área física de uma lavanderia hospitalar de costura. Além disso são necessários
O processamento da roupa em um termômetros, termostatos e relógios
ambiente único dentro de lavanderias marcadores de tempo (cronômetros) (1, 20,
hospitalares pode propiciar a 21, 22, 23, 24).
recontaminação constante da roupa limpa. Não menos importante seriam a rede de
Um grande número de microrganismos são esgoto viável, energia elétrica suficiente,
jogados ao ar durante o processo de iluminação, ventilação e exaustão adequada,
separação da roupa suja, contaminando além de caldeiras, para aquecimento da
todo o ambiente circundante. Church e grande quantidade de água necessária, e ar
Loosli (4) demonstraram que as áreas de comprimido para as máquinas.
seleção de roupa suja e de centrifugação Todas as janelas da lavanderia deveriam
apresentavam maior contaminação do ar, ser providas de tela, para evitar entrada de
comparadas com as demais áreas. insetos.
As descobertas deste e outros estudos
similares revolucionaram a planta física das Qualidade da água utilizada em
lavanderias hospitalares, as instalações, os lavanderias
equipamentos e os métodos utilizados no A qualidade da água utilizada em
processamento das roupas. Em 1986, lavanderias é muito importante para o
algumas recomendações a respeito da área processo da lavagem. A análise e tratamento

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da água são indispensáveis, a mesma não cores para cada tipo de roupa ou até para
devendo conter sais de cálcio e magnésio, diferentes locais de procedência da roupa
ferro, manganês ou matéria orgânica. (26).

Rotinas de seleção da roupa suja Rotinas de recolhimento e transporte da


A seleção dos diferentes tipos de roupa roupa suja
suja, para escolha do método de lavagem O transporte da roupa usada no hospital é
adequado, não deveria ser feita na um problema muito sério. Trata-se de
lavanderia, mas no momento do seu material contaminado que pode disseminar
acondicionamento nas unidades ou infecções e trata-se de volume e peso
enfermarias (25, 26). Os sacos de pano de considerável a ser transportado diariamente
“hamper” já deveriam conter identificação com intensa manipulação dentro das
quanto ao tipo de roupa que contém, roupa diversas áreas do hospital e dentro da
de sujeira pesada, muito contaminada, ou própria lavanderia.
roupa de sujeira leve, pouco contaminada. Quanto às rotinas de recolhimento e
Várias publicações tem recomendado e transporte da roupa hospitalar, recomenda-
demonstrado que não é necessário separar se:
a roupa proveniente de pacientes em - A roupa suja deve ser manuseada e
precauções e isolamentos, ou seja, sacudida o menos possível, devendo ser
pacientes sabidamente infectados, já que o transportada ao serviço de lavanderia em
potencial de contaminação é o mesmo para sacos resistentes e bem vedados.
qualquer roupa que contenha muita sujidade - As roupas sujas devem ser colocadas nas
com matéria orgânica (sangue, urina, fezes, unidades e enfermarias em sacos de pano
secreções e excreções corporais) de de “hamper” e alojadas em sala específica
qualquer paciente (2, 3, 8, 25). para materiais sujos.
Weinstein e colaboradores (25) analisaram - Roupas com sujidade pesada, ou seja,
a contaminação de roupas sujas muito sujas com matéria orgânica devem ser
provenientes de pacientes sabidamente acondicionadas com sacos plásticos dentro
infectados (em isolamento) e provenientes dos sacos de pano de “hamper”, para evitar
de pacientes não sabidamente infectados. extravasamento e risco de contaminação
Não encontraram diferenças ambiental.
estatisticamente significativas entre os dois - Os sacos de “hamper” contendo roupa
grupos. suja devem ser recolhidas pelo pessoal da
Portanto, deve ser considerada lavanderia, no mínimo 3 vezes ao dia, para
contaminada, ou de sujeira pesada, toda e evitar seu acúmulo nas unidades.
qualquer roupa que apresentar sujidade - O transporte da roupa suja deve ser feito
aparente de sangue, fluidos, urina, fezes, em carros grandes com rodas, dentro dos
etc... setores do hospital.
A roupa que não apresentar este tipo de - Os carros de transporte de roupa suja
sujidade aparente pode ser considerada não devem ser devidamente identificados para
contaminada ou de sujeira leve. Uma boa diferenciá-los dos carros usados para o
forma de caracterização da roupa de sujeira transporte de roupa limpa, a fim de se evitar
pesada, ou muito contaminada, seria a uma troca acidental.
colocação de um saco plástico dentro do - Todos locais e carros utilizados para o
saco de pano de “hamper”, o que inclusive recolhimento e transporte da roupa devem
colabora para o não derramamento e ser diariamente lavados com água e sabão.
extravasamento de sujeira líquida através do - Preferencialmente, o fluxo de transporte
saco de tecido e maior contaminação do ar da roupa suja não deve coincidir com o fluxo
durante o transporte. Este tipo de rotina vem da roupa limpa.
sendo utilizada no Hospital de Clínicas de
Porto Alegre (HCPA), com bons resultados Transporte de roupa suja dentro de
práticos. hospitais - Uso de tubo de queda ou chute
Outras recomendações sugerem O uso de tubo de queda ou chute para
identificação dos “hampers” com diferentes roupa usada não é permitido segundo

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DIGITAÇÕES E CONCURSOS
Portaria nº 138 do Ministério da Saúde, em Em 1992, estudos foram realizados no
virtude da dificuldade de manutenção da HCPA, pelo Serviço de Controle de Infecção
limpeza destes tubos e pela camada de ar Hospitalar, conjuntamente com o Serviço de
contaminado que é liberada a cada Higienização, Serviço de Processamento de
passagem da roupa. Roupas e Grupo de Engenharia, na tentativa
Entretanto, há poucos estudos que de comprovar os riscos relacionados ao uso
comprovem isto. Alguns estudos relatam do tubo de queda para transporte de roupa
contaminação de tubos de queda para lixo suja. A necessidade destes estudos vieram
com bacilos Gram negativos que levaram a pelo questionamento da adequação à
dispersão destes bacilos para o ar e Portaria Ministerial. Nestes estudos
transmissão de Pseudomonas e bacilos conseguiu-se provar que os tubos de queda
entéricos. A massa de lixo nos tubos de não se encontravam com suas paredes
queda continham 100.000.000 ufc/g; internas sujas, como se esperava. Foram
amostras de ar provenientes dos tubos para jogados vários sacos de tecido branco
as saídas nas unidades continham 150 ufc/g. limpos, preenchidos completamente com
Depois de fechado o tubo de queda para lixo roupas molhadas, através dos tubos. Os
as contagens microbianas do ar diminuíram sacos chegaram até a saída do tubo ainda
em 75% e a incidência de bacteriémicas totalmente limpos. A explicação para tal fato
hospitalares por Gram negativos caíram ocorre provavelmente pelo princípio físico no
mais de 65% (27). qual os sacos de “hamper” ao descer pelo
Estudos específicos para tubos de queda tubo de queda atingem um peso e uma
utilizados para roupa suja relacionados a velocidade tal que o seu contato com a
contaminação do ar dificilmente são superfície interna do tubo é mínima, pelo
encontrados. vácuo que se forma. Desta forma as
Michaelson (28) relatou a diminuição de superfícies internas do tubo dificilmente
60% da contaminação do ar através da acumulam sujidade que pudesse ser
instalação de um sistema de exaustão no despejada pelos sacos com roupa suja, tipo
chute utilizado para transporte de roupa suja sangue, urina ou outros fluidos.
num hospital de Minneapolis. Antes da Além disto, foi instituída uma rotina de
reforma do chute, culturas do ar acondicionamento de todas as roupas com
demonstraram que os mesmos sujidade pesada em sacos plásticos, que
microrganismos que chegavam ao fundo do resultaria em menor contaminação
tubo de queda estavam presentes depois de ambiental.
minutos no terceiro e quinto andares do Obviamente a instalação destes tubos
prédio, próximos à saída do chute. O uso de deveria exigir alguns requisitos, como por
sacos plásticos para acondicionamento da exemplo, diâmetro adequado, superfície
roupa suja também colaborou para a interna lisa e lavável, portas nos andares
diminuição em 73% da contaminação do com boa vedação, saída nas unidades em
ambiente na sala de queda das roupas sujas salas não próximas das áreas de pacientes,
do chute. saída inferior localizada em sala afastada de
A despeito destes fatos, pela facilidade locais considerados limpos. Além disso, as
prática, alguns hospitais ainda mantém o roupas sujas jogadas nos chutes devem
sistema de tubos de queda para roupa sempre estar acondicionadas de forma a não
usada. permitir o espalhamento excessivo de ar ou
No Hospital de Clínicas de Porto Alegre líquidos contaminados (2, 28).
(HCPA) a opção pelo tubo de queda ocorreu
por ser um hospital de grande porte, vertical, Rotinas de recepção e seleção da roupa
com muitos andares, onde o transporte da suja na lavanderia
roupa usada através de carros passaria por Na área de separação, a roupa suja é
muitos corredores e elevadores, separada para ser colocada na máquina. O
provavelmente cruzando com o fluxo da manuseio da roupa suja deve ser o mínimo
roupa limpa, de pacientes e outros materiais possível, apenas o necessário para perfeita
considerados limpos. colocação das roupas na máquina e para
identificação de objetos estranhos colocados

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DIGITAÇÕES E CONCURSOS
erroneamente nos sacos de “hamper”. Seria evitar que estas falhas se repitam, colocando
recomendável o uso de detector de metais, em risco a saúde ocupacional dos
para evitar o manuseio excessivo. As roupas funcionários da lavanderia, além de danificar
não deveriam ser contadas, também para roupas e máquinas. Recomendações deste
evitar mais manuseio. tipo tem sido utilizadas em vários hospitais e
Os funcionários responsáveis pela podem a princípio parecer duras, mas são
recepção, separação e seleção da roupa extremamente necessárias (29).
suja devem usar vestimenta especial que os
proteja do contato com a roupa suja, ou seja, Classificação das sujeiras
avental impermeável, luvas de borracha, É importante classificar as sujeiras para se
gorro, botas de borracha, máscaras e óculos adotar o método correto de eliminá-las. De
de proteção (1, 2, 3, 8, 9, 26). forma geral as sujeiras se classificam em
Apesar de que as maiores evidências (20):
relacionam os riscos de transmissão de - Sujeiras solúveis na água (açúcares, sais,
infecções para os funcionários através do sucos de frutas, corantes, etc...): sua
contato da pele com as roupas eliminação se efetua basicamente por
contaminadas (13, 14), as outras formas de enxagues.
transmissão não podem ser negligenciadas, - Sujeiras saponificáveis (matérias
como a transmissão pelo ar ou pelo gordurosas): a ação do calor, combinada
espirramento de secreções em mucosas com a dos álcalis e a agitação mecânica,
(olhos, boca, etc.), daí a importância de amolece as gorduras, saponifica-as e
máscaras e óculos de proteção. É remove-as.
importante também lembrar o risco de - Sujeiras emulsionáveis (óleos minerais): a
transmissão de infecções em cabelos e sua estrutura química só permite sua
pelos, causadas por parasitas, como por eliminação através da emulsificação, por
exemplo pediculose, especialmente para ação dos tensoativos.
trabalhadores homens que tem barba. No - Sujeiras eliminadas por via física (areia,
HCPA, como já relatado anteriormente, as fuligem, poeira,...): sua eliminação ocorre
infecções mais comuns em funcionários da pela ação mecânica combinada com o poder
lavanderia são pediculoses em cabelos e umectante de um produto tenso ativo.
barbas, escabioses e conjuntivites, muito - Sujeiras eliminadas por descoloração
provavelmente causadas pela falha na (chá, café, vinho, medicamentos,...): não são
adequada proteção. removíveis pois tingem a fibra. É necessário,
A frequente lavagem de mãos pelo pessoal então, destruir a cor através de agentes de
que manuseia com roupa suja também é branqueamento (hipoclorito de sódio,
essencial para a prevenção das infecções (1, perborato de sódio e outros).
2, 3, 8, 26). - Sujeiras ou matérias albuminóides
Os acidentes pérfuro-cortantes (albumina, sangue, plasma,...): coagulam e
representam um sério risco de aquisição de dissolvem-se através do calor e soluções
infecções transmitidas pelo sangue e outros alcalinas.
fluidos corporais (vírus HIV, hepatites e Processo de lavagem da roupa suja
outros) para os funcionários que manuseiam A lavagem é o processo que consiste na
com a roupa suja, nas quais podem ter sido eliminação da sujeira fixada na roupa,
inadvertidamente desprezadas agulhas ou deixando-a com aspecto e cheiro
outros materiais cortantes contaminados. agradáveis, confortável para o uso e com
Medidas de precauções universais tem sido níveis microbiológicos reduzidos aos limites
amplamente recomendadas para a aceitáveis.
diminuição destes riscos (9). Existem vários processos de lavagem de
Os sacos de “hamper” contendo roupa suja roupa, daí a necessidade da classificação da
deveriam possuir identificação da unidade mesma, que é feita dependendo do grau de
de procedência. No caso de serem sujidade, do tipo de tecido e do tipo de
encontrados objetos estranhos dentro dos equipamento.
sacos, as unidades poderiam ser cobradas, O processo de lavagem mecânica da roupa
como medida educacional, no sentido de associado ao uso de água quente e

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detergente efetivos é essencial para remover - Ciclo para lavagem de roupa com
a contaminação bacteriana da roupa. Um sujidade leve:
termômetro acurado deveria ser usado para - lavagem
medir a temperatura da água. Temperaturas - alvejamento/desinfecção
da água acima de 71ºC durante 25 minutos - 1º enxague e 2º enxague
tem sido recomendadas (2, 3), desde os - acidulação
estudos de Arnold (5). Outras publicações - amaciante/desinfecção
recomendam temperaturas de 80, 85 a 95ºC - Ciclo para lavagem de roupa com
durante 15 minutos (17, 20). sujidade pesada:
Estudos mais recentes relatam bons - umectação
resultados com a associação de detergentes - 1º enxague e 2º enxague
a temperaturas mais baixas do que 71ºC, - pré-lavagens
desde que as concentrações e quantidade - enxague
dos detergentes sejam bem controladas (2, - alvejamento/desinfecção
3). Tompkins (30) relatou a prática do uso de - lavagem
lavagens de roupas hospitalares a - 1º enxague e 2º enxague
temperaturas de 40ºC, adicionadas de cloro, - acidulação
que vem sendo adotada em hospitais suíços - amaciamento /desinfecção
há muitos anos. No seu estudo foi
comparada a adição de diferentes Os produtos químicos utilizados na fase de
desinfetantes, cloro e triclosan, ao processo lavagem são o sabão (soda cáustica +
de lavagem, sem diferenças importantes na ácidos graxos) ou detergentes sintéticos
redução das contagens microbianas. (soda cáustica + ácido duodecil
Outro estudo interessante sugere a benzenosulfato).
ineficácia das lavagens a seco na redução e Durante o alvejamento são utilizados
eliminação de muitos microrganismos, produtos que contém cloro, como hipoclorito
especialmente alguns tipos de vírus (31). de sódio ou perbonato de sódio. Esta fase
Todos estes estudos, apesar de ainda colabora para o branqueamento da roupa e
questionáveis, tem merecido particular fundamentalmente para a redução da sua
atenção para futuras propostas de novos contaminação microbiana.
métodos de lavagem, não só levando em A acidulação consiste em adicionar um
conta a descontaminação da roupa, como na produto ácido, em geral a base de ácido
tentativa de diminuir o tempo nos processos acético, para baixar o pH e neutralizar os
de lavagem e a diminuição da danificação e resíduos alcalinos da roupa.
presença de resíduos tóxicos e irritantes na Na última fase, de amaciamento, se
roupa. adicionam produtos a base de glicerina para
Cada fase dentro das máquinas de produzir o amolecimento ou elasticidade das
lavagem da roupa deve seguir padrões de fibras, tornando o tecido suave e macio.
temperatura e tempo bem definidos. As Na fase de secagem, a temperatura da
temperaturas mais elevadas ocorrem na fase máquina varia de 20 a 150ºC. Os filtros da
de lavagem, devendo a água permanecer máquina secadora devem ser limpos a cada
em temperaturas mais baixas durante as processo de secagem, pois o acúmulo de
demais fases, para não danificar penugem e poeira nestes filtros poderia
excessivamente a roupa. recontaminar a roupa ou espalhar-se para o
Basicamente, deve-se distinguir os ambiente.
processos de lavagem em ciclos para As máquinas que fazem todas as
lavagem de roupa com sujidade leve ou operações inclusive a secagem, são as mais
sujidade pesada, dependendo da quantidade indicadas na prevenção contra a
de sujeira aparente na roupa. Toda roupa contaminação, pois evitam o transporte da
com mais de três pontos de sujeira visível de roupa já lavada de uma máquina para outra,
sangue, fezes, urina, secreções e outros por exemplo, da máquina lavadora para a
fluidos já pode ser considerada roupa de máquina secadora e daí para a calandra.
sujidade pesada.

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Etapas do processamento da roupa após a estoque da roupa limpa deve estar protegido
lavagem de intensa circulação de ar, em salas limpas,
Após a operação de lavagem a roupa fechadas. Os armários para estoque da
passa por processos de centrifugação, roupa limpa devem ser fechados, não
calandragem, secagem e prensagem. Todos permitindo entrada de poeira e insetos.
estes processos se efetuam na área limpa Quanto maior o período de estocagem,
da lavanderia. É fundamental que os maior a probabilidade de recontaminação da
funcionários desta área não entrem em roupa. Conforme já citado, pelos estudos de
contato com os outros que estão Church e Loosli (4), as roupas limpas podem
trabalhando na área suja. Os funcionários sofrer diferentes níveis de recontaminação a
da área limpa devem usar uniformes partir de dois dias. O período de estocagem,
específicos para esta área. Também não por convenção, poderia, então, ser
devem existir correntes de ar entre as áreas estabelecido em 24 a 48 horas.
suja e limpa. O estoque da maior parte da roupa limpa
deve ser centralizado na lavanderia. As
A centrifugação representa um ponto de unidades ou enfermarias devem possuir um
recontaminação da roupa, devido ao fato de estoque de roupa para mais ou menos 24 a
que a centrífuga aspira centenas de metros 48 horas.
cúbicos de ar ambiente, o qual estando A distribuição da roupa limpa deveria,
contaminado necessariamente aumentará o portanto, ser feita 1 vez ao dia para o
número de microrganismos na roupa (4). O estoque principal e, se necessário, outras
seguinte quadro, extraído dos estudos de vezes para complementação.
Church e Loosli (4), demonstra claramente a
centrifugação como ponto de Uso de roupas descartáveis
recontaminação: A opção pelo uso de roupas descartáveis
deve ser avaliada do ponto de vista
Etapas Microorganismos por econômico, praticidade, qualidade,
cm2 de tecido capacidade operacional da lavanderia,
antes da lavagem 2.000 espaço para estocagem, além de outros.
após a lavagem 10 Dependerá, obviamente, dos recursos
após a centrifugação 2.300 disponíveis em cada instituição (2).
após a calandragem 30 Atualmente encontramos disponível no
mercado nacional diversos tipos de
pequenos itens de roupa hospitalar a preços
A fase de calandragem é extremamente acessíveis, como por exemplo, máscaras,
necessária no processo de descontaminação gorros, propés, fraldas. A confecção e
da roupa. A temperatura da calandra deve processamento destes acessórios pode se
chegar a 160ºC. tornar mais demorada, mais trabalhosa e
As roupas que não podem ir para a resultar em menor qualidade e segurança do
calandra, devem ser passadas pelo método que o uso de descartáveis.
de ferro elétrico, para que recebam mais um
processo de descontaminação. 3 - CUIDADOS DE ENFERMAGEM: NA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS,
Rotinas de distribuição e estoque da roupa EM CATETERES, DRENOS E SONDAS,
limpa EM FERIDAS, EM OXIGENIOTERAPIA E
A roupa limpa deve ser transportada de SINAIS VITAIS.
forma a evitar a recontaminação, através de
carro vedado, não permitindo entrada de Administração de medicamentos é um dos
poeira durante o transporte. Não deve ser deveres de maior responsabilidade da
utilizado o mesmo carro de transporte da equipe de enfermagem. Requer
roupa suja (2). conhecimentos de farmacologia e
Durante o armazenamento, deve-se evitar terapêutica médica no que diz respeito a
a recontaminação da roupa limpa, isolando-a ação, dose, efeitos colaterais, métodos e
dos locais da roupa suja. O local para

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precauções na administração de drogas. CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS - Ao preparar a bandeja de medicamentos,
1. Gastrointestinal: não conversar.
Oral ou bucal - Ter sempre à frente, enquanto prepara o
Sublingual. medicamento, o cartão do medicamento ou a
Gástrica. prescrição médica.
Retal. - Ler o rótulo do medicamento três vezes,
Duodenal. comparado-o com a prescrição:
2. Respiratória. a) antes de retirar o recipiente do armário;
3. Vaginal. b) antes de colocar o medicamento no
4. Cutânia. recipiente para administrar;
5. Nasal c) antes de repor o recipiente no armário.-
6. Ocular. Colocar o cartão e o recipiente de
7. Auricular. medicamentos sempre juntos, na bandeja.
8. Parenteral: - Não tocar com a mão em comprimidos,
- intradérmica (ID). cápsulas, drágeas, pastilhas.
- subcutânea (SC). - Esclarecer dúvidas existentes antes de
- Intramuscular (IM). administrar o medicamento.
- Endovenosa (EV) ou intravenosa (IV). - Identificar o paciente antes de administrar o
REGRAS GERAIS medicamento, solicitando nome completo e
1. Todo medicamento deve ser prescrito pelo certificando-se da exatidão do mesmo, pelo
médico. cartão de medicamento ou prontuário.
2. A prescrição deve ser escrita e assinada. - Lembrar a regra dos 5 certos: medicamento
Somente em caso de emergência, a certo, paciente certo, dose certa, hora certa,
enfermagem pode atender prescrição verbal, via certa.
que deverá ser transcrita pelo médico logo - Só cancelar a medicação após administrá-
que possível. la, rubricando ao lado.
3. Nunca administrar medicamento sem - Quando o medicamento deixar de ser
rótulo. administrado por estar em falta, por
4. Verificar data de validade do recusado paciente, jejum, esquecimento, ou
medicamento. erro, fazer a anotação no relatório.
5. Não administrar medicamentos - Fazer anotações cuidadosas sobre efeitos
preparados por outras pessoas. dos medicamentos ou queixas do paciente.
6. Interar-se sobre as diversas drogas, para - Para uma medida perfeita, ao despejar o
conhecer cuidados específicos e efeitos medicamento no copo graduado, levantá-lo à
colaterais. altura dos olhos.
- melhor horário; Correspondência: colher de sopa (15ml),
- diluição formas, tempo de validade; colher de sobremesa (10ml), colher de chá
- ingestão com água, leite, sucos; (5ml), colher de café (3ml).
- antes, durante ou após as refeições ou em - Ter sempre o cuidado de limpar com gaze a
jejum; boca dos vidros de medicamentos, antes de
- incompatibilidade ou não de mistura de guardá-los.
drogas; - Ao colocar o medicamento no copo, manter
7. Tendo dúvida sobre o medicamento, não o rótulo do frasco voltado para a mão, a fim
administra-lo. de não sujá-lo.
8. Manter controle rigoroso sobre - Se faltar medicamentos, tomar
medicamentos disponíveis. providências imediatas, seguindo normas e
9. Alguns medicamentos, como antibióticos, rotinas do serviço.
vitaminas e sulfas, precisam ser guardados - Certificar-se sobre as ordens de controle
corretamente, pois se alteram na presença hídrico, dietas, jejum, suspensão de
da luz, do ar ou do calor. medicamentos antes de prepará-los.

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É de grande utilidade seguir o roteiro para a -O óleo de rícino ou outros óleos podem ser
correta administração de medicamentos misturados com suco de laranja ou de limão,
elaborada por Du Gas: café ou chá. Gelo também desestimula as
1. O cliente tem alguma alergia? papilas gustativas. É bom tomar com
2. que medicamentos foram prescritos? substâncias efervescentes e geladas (coca-
3. Por que está recebendo esses cola, guaraná).
medicamentos? - Antibióticos, de modo geral, devem ser
4. Que informações devem ser dadas pela tomados com água (nunca com leite) e com
enfermagem, em relação ao efeito desses estômago vazio.
medicamentos sobre o cliente?
5. Existem cuidados de enfermagem CUIDADOS EM RELAÇÃO AO REGISTRO
específicos devido à ação das drogas DOS MEDICAMENTOS
contidas nestes medicamentos? A fim de evitar acidentes, desperdícios,
6. Como devem ser administrados os roubos e uso abusivo, os medicamentos
medicamentos? devem ser guardados em lugar apropriado e
7. Que precauções devem ser tomadas na controlados.
administração de tais medicamentos? Deve existir uma relação do estoque
Existem precauções especiais que devem disponível, e dependendo da utilização um
ser tomadas por causa da idade, condição controle de saída diária, semanal ou mensal.
física ou estado mental do paciente?
8. Alguns dos medicamentos exigem As saídas podem ser controladas pelo
medidas acautelatórias especiais na receituário, folha de prescrição ou relatório
administração? de enfermagem. O importante é que exista
9. O paciente precisa aprender alguma coisa um sistema de controle.
com relação à sua terapia médica? O cancelamento no local apropriado
10. O paciente ou sua família necessita de (relatório, ficha ou prontuário) deve ser feito
conhecimento ou habilidades específicas logo após a aplicação.
para continuar a terapia em casa? Sendo as anotações de enfermagem um
documento oficial, é de grande importância
CUIDADOS NA DILUIÇÃO que o cuidados seja assinado ou rubricado
- Todas as drogas que provocam irritações e por quem fez.
com gosto forte, devem ser diluídas, caso VIA ORAL, BUCAL
não haja contraindicação. É a administração de medicamento pela
- Normalmente, não é aconselhável misturar boca.
medicamentos líquidos. Poderá ocorrer uma Contra-indicações
reação química, resultando em precipitado. - Pacientes incapazes de deglutir ou
- Água fresca deve ser usada para aumentar inconscientes.
o paladar, se não houver contraindicação. - Em casos de vômito.
- Satisfazer o quanto possível os pedidos do - Quando o paciente está em jejum para
paciente quanto ao gosto, que pode ser cirurgia ou exame.
melhorado, dissolvendo-se o medicamento
em suco de frutas ou acrescentando MATERIAL
açúcares, se não houver contraindicação. • Pratinhos ou copinhos descartáveis.
- Medicamentos amargos podem ser diluídos • Conta-gotas.
na água. Diminui-se o amargor colocando-se • Copo graduado.
gelo na boca antes e depois da medicação.
- Xaropes devem ser administrados puros. MÉTODO
- Salicilatos, digital, corticóides, irritam a 1. Lavar as mãos.
mucosa gástrica e podem produzir náuseas 2. Identificar o recipiente com o nome do
e vômitos. Devem ser servidos com leite, e paciente, número do leito, medicamento e
durante as refeições. dose.
- O gosto do iodeto de potássio e solução de 3. Colocar os medicamentos nos, recipientes
lugol pode ser amenizado diluindo-os em identificados, diluindo-os se for necessário.
suco de uva ou laranja. 4. Levar a bandeja para junto do paciente.

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5. Perguntar o nome do paciente, fazendo a Os medicamentos sólidos são dissolvidos
verificação no cartão de identificação. em água e introduzidos na via gástrica com
6. Colocar o comprimido na mão ou na boca seringa.
do paciente. Se for líquido, dar no copinho As cápsulas são abertas, dissolvendo-se o
descartável. pó medicamentoso nelas contido.
7. Oferecer-lhe água ou leite. Obs.: Ver cuidados específicos na técnica de
8. Verificar se o paciente deglutiu o sondagem gástrica.
medicamento: nunca deixá-lo sobre a mesa-
de-cabeceira. VIA RETAL
9. Colocar o material em ordem. É a introdução do medicamento no reto, em
10. Lavar as mãos. forma de supositórios ou clister
11. Checar o horário e fazer as anotações. medicamentoso.
MATERIAL
OBSERVAÇÕES Bandeja contendo:
• Os medicamentos em pó devem ser • Supositório
dissolvidos. • Gaze, papel higiênico
• Pacientes inconscientes não devem tomar • Cuba-rim • Saco plástico para lixo
medicação por via oral. • Luva de procedimento
• Gotas devem ser medidas com conta- SUPOSITÓRIO
gotas. 1. Explicar ao paciente o que vai fazer.
• Dissolver os medicamentos para os 2. Lavar as mãos.
pacientes que têm dificuldade me deglutir. 3. Colocar o supositório sobre uma gaze,
• Ao administrar digitálicos, contar pulso numa cuba-rim ou bandeja pequena.
radial e apical. Se estiver abaixo de 60 4. Colocar o paciente em decúbito lateral.
b.p.m. não administrar. Acima de 120 b.p.m. 5. Calçar a luva na mão dominante, e com o
pode indicar intoxicação digitálica. polegar e indicador da outra mão afastar o
• Considerar sempre o melhor horário para ânus.
administrar os medicamentos. Exemplo: os 6. Introduzir o supositório no reto,
diuréticos devem ser administrados, de delicadamente, e pedir ao paciente que o
preferência, no período da manhã. retenha.
7. Retirar a luva e desprezar no saco
VIA SUBLINGUAL plástico.
Consiste em colocar o medicamento debaixo 8. Colocar o material em ordem.
da língua e deixar que seja absorvido pela 9. Lavar as mãos.
mucosa bucal. 10. checar o horário.

MÉTODO OBSERVAÇÕES
1. Lavar as mãos. - O paciente poderá colocar com auxílio da
2. Separar o medicamento enfermagem.
3. Dar água para o paciente enxaguar a - Em se tratando de criança, comprimir
boca. levemente as nádegas para evitar o retorno
4. Colocar o medicamento sob a língua e do supositório.
pedir para abster-se de engolir a saliva por - As vezes é necessário colocar
alguns minutos, a fim de que a droga seja imediatamente a comadre ou encaminhar o
absorvida. paciente ao banheiro.
5. Lavar as mãos.
6. Checar o horário e fazer as anotações VIA VAGINAL
necessárias. É a introdução e absorção de medicamentos
no canal vaginal. O medicamento pode ser
VIA GÁSTRICA introduzido sob a forma de:
É feita através da introdução do 1. Velas, tampões, supositórios,
medicamento na sonda nasogástrica. É comprimidos.
utilizada para pacientes inconscientes e 2. Óvulos.
pacientes impossibilitados de deglutir. 3. Lavagens e irrigação.

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4. Cremes ou gel. para lixo.
MÉTODO
MATERIAL 1. Explicar ao paciente sobre o cuidado a
• Luvas de procedimento fazer ou orientar para que faça higiene local,
• Aplicador vaginal se necessário.
• Gaze com vaselina • Saco plástico para 2. Lavar as mãos.
lixo. 3. Organizar o material e dispô-lo junto ao
• Comadre, se necessário paciente.
4. Expor o local.
MÉTODO 5. Calçar as luvas.
1. Explicar à paciente sobre o que vai ser 6. Colocar o medicamento sobre a gaze,
feito. com a espátula.
2. Lavar as mãos. 7. Aplicar e espalhar delicadamente o
3. Organizar o material e levá-lo para junto medicamento, fazendo fricção, se
da paciente. necessário.
4. Cercar o leito com biombo. 8. Retirar as luvas.
5. Colocar a paciente em posição 9. Deixar o paciente confortável e o
ginecológica. ambiente em ordem.
6. Calçar as luvas. 10. Providenciar a limpeza e a ordem do
7. Colocar o medicamento no aplicador e material.
lubrificar a ponta com vaselina, ou umedecê- 11. Lavar as mãos.
la com água, para facilitar a penetração. 12. Checar o cuidado e fazer as anotações
8. Abrir os pequenos lábios, expor o orifício necessárias.
vaginal e introduzir o aplicador com o
medicamento. O aplicador deve ser dirigido VIA NASAL
em direção ao sacro, para baixo e para trás, Consiste em levar à mucosa nasal um
cerca de 5cm, para que o medicamento seja medicamento líquido.
introduzido na parede posterior da vagina. MATERIAL
9. Pressionar o êmbolo, introduzindo o Bandeja contendo:
medicamento. • Frasco de medicamento.
10. Pedir para que a paciente permaneça • Conta-gotas.
em decúbito dorsal, aproximadamente por • Algodão ou cotonete.
15 minutos, com um travesseiro sob os • Cuba-rim.
quadris, para melhor distribuição de • Gaze ou lenço de papel.
medicamento sobre a mucosa. • Saco plástico para lixo.
11. Colocar um absorvente, se necessário.
12. Retirar as luvas e deixar o ambiente em MÉTODO
ordem. 1. Explicar ao paciente sobre o cuidado, e
13. Providenciar a limpeza e a ordem do solicitar que faça a higiene das narinas, se
material. necessário.
14. Lavar as mãos. 2. Lavar as mãos.
15. Checar o horário na prescrição médica e 3. Levar o material até a unidade do
fazer as anotações necessárias. paciente.
4. Inclinar a cabeça para trás (sentado ou
VIA TÓPICA OU CUTÂNEA deitado).
É a aplicação de medicamento por fricção na 5. Retirar, através do conta-gotas, a
pele. Sua ação pode ser local ou geral. Ex.: dosagem do medicamento prescrita.
pomadas, linimentos, antissépticos. 6. Pingar a medicação na parte superior da
cavidade nasal, evitando que o conta-gotas
MATERIAL toque a mucosa.
Bandeja contendo: 7. Solicitar ao paciente que permaneça nesta
• Medicamento. posição por mais alguns minutos.
• Gaze. • Espátula. 8. Deixar o ambiente em ordem e o paciente
• Luvas de procedimento. • Saco plástico confortável.

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9. Lavar as mãos. 5. Ocluir o olho com monóculo, quando
10. Providenciar a limpeza e a ordem do indicado.
material.
11. Checar o horário na prescrição médica e VIA AURICULAR
fazer as anotações necessárias. Consiste em introduzir o medicamento no
conduto auditivo externo (ouvido).
VIA OCULAR MATERIAL
É a aplicação de colírio ou pomada na Bandeja contendo:
conjuntiva ocular. • Medicamento prescrito.
MATERIAL • conta-gotas.
Bandeja contendo: • cuba-rim. • Gaze, bola de algodão ou
• Colírio ou pomada. cotonete.
• conta-gotas. • Saco plástico para lixo.
• algodão, gaze ou lenço de papel. MÉTODO
• Espátula. 1. Explicar ao paciente o que vai ser feito.
• Saco plástico para lixo. 2. Lavar as mãos.
Aplicação de colírio 3. Organizar o material e levar para próximo
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado. do paciente.
2. Lavar as mãos. 4. Inclinar a cabeça do paciente lateralmente
3. Organizar o material e levar para perto do (sentado ou deitado).
paciente. 5. Retirar, através de conta-gotas, a
4. Posicionar o paciente com a cabeça um medicação prescrita.
pouco inclinada para trás. 6. Entreabrir a orelha e pingar a medicação,
5. Retirar, com o conta-gotas, a quantidade evitando que o conta-gotas toque o orifício
de medicação prescrita. interno do ouvido. No adulto, puxar com
6. afastar com o polegar a pálpebra inferior, delicadeza o pavilhão da orelha para cima e
com auxílio do lenço ou gaze, expondo o para trás, a fim de retificar o conduto
fornix inferior. auditivo. Na criança, puxar para baixo e para
7. Solicitar ao paciente que olhe para cima e trás.
instilar a medicação no ponto médio do 7. Deixar o paciente confortável e o
fundo do saco conjuntival, mantendo o olho ambiente em ordem.
levemente aberto, sem forçar, para que o 8. Providenciar a limpeza e a ordem do
colírio não se perca. material.
8. Enxugar o excesso de líquido com gaze 9. Lavar as mãos.
ou lenço de papel. 10. Checar o horário na prescrição médica e
9. Deixar o paciente confortável e a unidade fazer as anotações de enfermagem.
em ordem. * A medicação deve ser administrada à
10. Providenciar a limpeza e a ordem do temperatura ambiente. Se estiver na
material. geladeira, retirar e aguardar o tempo
11. Lavar as mãos. necessário.
12. Checar o horário na prescrição médica e
fazer as anotações necessárias. VIA PARENTERAL
Aplicação de pomada É a administração de drogas ou nutrientes
1. Afastar a pálpebra inferior com o polegar. pelas vias intradérmica (ID), subcutânea
2. Colocar cerca de 2 cm de pomada com o (SC), intramuscular (IM), intravenosa (IV) ou
auxílio de uma espátula ou a própria endovenosa (EV).
bisnaga. Embora mais raramente e reservadas aos
3. Após a aplicação, solicitar ao paciente que médicos, utilizam-se também as vias intra-
feche lentamente as pálpebras e faça arterial, intraóssea, intratecal, intraperitonial,
movimentos giratórios do globo ocular. intrapleural e intracardíaca.
4. Com auxílio do algodão ou lenço de Existe uma fundamental diferença entre a
papel, retirar o excesso de pomada e fazer VIA ENTERAL, em que o medicamento é
uma pequena fricção sobre o olho, para que introduzido no aparelho digestivo e a VIA
a medicação se espalhe. PARENTERAL. Nesta, as substâncias são

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aplicadas diretamente nos tecidos através de avermelhada, inturnescida, mais quente ao
injeção, com emprego de seringas, agulhas, toque e dolorida.
cateteres ou hipospray. Além disso, pode haver acumulo de pus,
Vantagens denominado abscesso.
• Absorção mais rápida e completa. Pode aparecer também fleimão ou flegmão,
• Maior precisão em determinar a dose que é uma inflamação piogênica, com
desejada. infiltração e propagação para os tecidos,
• Obtenção de resultados mais seguros. caracterizando-se pela ulceração ou
• Possibilidade de administrar determinadas supuração.
drogas que são destruídas pelos sucos Além das infecções locais em casos mais
digestivos. graves, a infecção pode generalizar-se,
Desvantagens aparecendo então a septicemia: infecção
• Dor, geralmente causada pela picada da generalizada, consequente à pronunciada
agulha ou pela irritação da droga. invasão na corrente sanguínea por
• Em casos de engano pode provocar lesão microorganismos oriundos de um ou mais
considerável. focos nos tecidos, e possivelmente, com a
• Devido ao rompimento da pele, pode multiplicação dos próprios microorganismos
ocorrer o risco de adquirir infecção. no sangue.
• Uma vez administrada a droga, impossível 2. Fenômenos alérgicos
retirá-la. Os fenômenos alérgicos aparecem devido à
Requisitos básicos susceptibilidade do indivíduo ao produto
• Drogas em forma líquida. Pode estar em usado para anti-sepsia ou às drogas
veículo aquoso ou oleoso, em estado solúvel injetadas.
ou suspensão e ser cristalina ou coloidal. A reação pode ser local ou geral, podendo
• Soluções absolutamente estérieis, isentas aparecer urtcária, edema, o Fenômeno de
de substâncias pirogênicas. Arthus ou mesmo choque anafilático.
• O material utilizado na aplicação deve ser O Fenômeno de Arthus é uma reação
estéril e descartável, de preferência. provocada por injeções repetidas no mesmo
• A introdução de líquidos deve ser lenta, a local, caracterizada pela não absorção do
fim de evitar rutura de capilares, dando antígeno, ocasionando infiltração, edema,
origem a microembolias locais ou hemorragia e necrose no ponto de
generalizadas. inoculação.
No choque anafilático aparece a dilatação
PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER geral dos vasos, com congestionamento da
Embora muito utilizada para a administração face, seguida de palidez, alucinações,
de medicamentos, a via parenteral não é agitação, ansiedade, tremores, hiperemia,
isenta de riscos. cianose, edema de glote, podendo levar à
As aplicações devem ser feitas com o morte.
máximo zelo, a fim de diminuir traumas e 3. Má absorção das drogas
acidentes. Quando a droga é de difícil absorção, ou é
Os acidentes causam: dor, prejuízo (falta à injetada em local inadequado pode provocar
escola e/ou serviço, gastos) deficiência e até a formação de nódulos ou abscessos
morte. assépticos, que além de incomodativos e
Além dos problemas específicos a cada via, dolorosos, fazem com que a droga não surta
temos alguns problemas gerais, enumerados o efeito desejado.
por HORTA & TEIXEIRA. 4. Embolias
1. Infecções Resultam da introdução na corrente
Podem resultar da contaminação do sanguínea de ar, coágulos, óleos ou cristais
material, da droga ou em consequência de de drogas em suspensão. É um acidente
condições predisponentes do cliente, tais grave consequente da falta de conhecimento
como: mau estado geral e presença de focos e habilidade do profissional.
infecciosos. Pode ser devido à falta de aspiração antes
As infecções podem ser locais ou gerais. de injetar uma droga, introdução inadvertida
Na infecção local, a área apresenta-se de ar, coágulo, substância oleosa ou

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suspensões por via intravenosa, ou à não no gargalo. Se não estiver, fazer a
aplicação de pressão muito forte na injeção medicação descer fazendo movimentos
de drogas em suspensão ou oleosas, rotatórios com a ampola.
causando a rutura de capilares, com 4. Fazer desinfecção do gargalo com
consequente microembolias locais ou gerais. algodão embebido em álcool a 70%.
5. Traumas 5. Proteger os dedos com algodão, ao serrar
Podemos dividi-los em trauma psicológico e ou quebrar o gargalo.
trauma tissular. 6. Abrir a embalagem da seringa.
No trauma psicológico, o cliente demonstra 7. Adaptar a agulha ao bico da seringa,
medo, tensão, choro, recusa do tratamento, zelando para não contaminar as duas partes.
podendo chegar à lipotimia. O medo pode
levar à exagerada contração muscular, 8. Certificar-se do funcionamento da seringa,
impedindo a penetração da agulha, verificando, também se a agulha está
acarretando acidentes ou a contaminação firmemente adaptada.
acidental do material. 9. Manter a seringa com os dedos polegar e
É sempre de grande importância orientar o indicador e segurar a ampola entre os dedos
cliente, e acalmá-lo, antes da aplicação. Nos médio e indicador da outra mão.
casos extremos, esgotados os recurso 10. Introduzir a agulha na ampola e proceder
psicológicos, faz-se necessária uma à aspiração do conteúdo, invertendo
imobilização adequada do cliente, a fim de lentamente a agulha, sem encostar na borda
evitar outros danos. da ampola.
Os traumas tissulares são de etilogias 11. Virar a seringa com a agulha para cima,
diversas, podendo ser consequentes à em posição vertical e expelir o ar que tenha
agulha romba ou de calibre muito grande, penetrado.
que causa lesão na pele ou ferimentos, 12. Desprezar a agulha usada para aspirar.
hemorragias, hematomas, equimoses, dor, 13. Escolher, para a aplicação, uma agulha
paresias, parestesias, paralisias, nódulos e de calibre apropriado à solubilidade da droga
necroses, causando por técnica incorreta, e à espessura do tecido subcutâneo do
desconhecimento dos locais adequados paciente (VER Tabela).
para as diversas aplicações, falta de rodízio 14. Manter a agulha protegida com protetor
dos locais de aplicação ou variações próprio.
anatômicas individuais. 15. Identificar a seringa e colocá-la na
bandeja com o algodão e o recipiente com
MATERIAL álcool a 70%.
Bandeja contendo:
• Seringas e agulhas esterilizadaas. O ideal PREPARO DO MEDICAMENTO EM
é usar material descartável. FRASCO (PÓ)
• Algodão. 1. Retirar a tampa metálica, e fazer
• Recipiente com álcool a 70%. desinfecção da tampa da rolha com algodão
• Serrinha, se a ampola não for semi- embebido em álcool.
serrada. 2. Abrir a ampola.
• Garrote. 3. Preparar a seringa, escolhendo uma
• Medicamento prescrito. agulha de maior calibre (25 x 9, 10 ou 12).
• Cartão de identificação. 4. Aspirar o líquido da ampola e introduzir no
• Saco para lixo. frasco. (A agulha deve apenas atravessar a
tampa da rolha).
PREPARO DO MEDICAMENTO EM 5. Retirar a seringa.
AMPOLA 6. Homogenizar a solução, fazendo a
1. Lavar as mãos. rotação do frasco, evitando a formação de
2. Certificar-se do medicamento a ser espuma.
aplicado, dose, via e paciente a que se 7. Colocar ar na seringa, em volume igual ao
destina. medicamento a ser aspirado.
3. Antes de abrir a ampola, certificar-se que 8. Soerguer o frasco, aspirando.
toda a medicação está no corpo da ampola e 9. Retirar o ar contido na seringa.

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10. Trocar de agulha e identificar a seringa. 3. Explicar ao paciente o que vai fazer e
SUGESTÕES PARA DIMINUIR A DOR NAS deixá-lo em posição confortável e adequada.
INJEÇÕES
1. Transmitir confiança. 4. Expor a área de aplicação.
2. Aplicar compressas quentes ou cubos de 5. Firmar a pele com o dedo polegar e
gelo, um pouco antes da aplicação. indicador da mão não dominante.
3. Introduzir a agulha rapidamente. 6. Com a mão dominante, segurar a seringa
4. Injetar a solução vagarosamente. quase paralela à superfície da pele (15") e
5. Deixar na seringa uma pequena bolha de com o bisel voltado para cima, injetar o
ar que, injetada no final, evitará a dor, conteúdo.
especialmente no caso de soluções irritantes 7. Retirar a agulha, sem friccionar o local.
para os tecidos. colocar algodão seco somente se houver
6. Fazer rodízio de locais de aplicações, sangramento ou extravasamento da droga.
evitando áreas doloridas. 8. Deixar o paciente confortável e o
7. Escolher a agulha ideal ao tipo de ambiente em ordem.
paciente e da solução, evitando agulhas 9. Providenciar a limpeza e a ordem do
calibrosas demais (Tabela I). material.
8. Manter o paciente em posição confortável 10. Lavar as mãos.
e apropriada (ver posição indicada). 11. Anotar o cuidado.
9. Não aplicar com agulhas com pontas Observações
rombas ou rombudas. 1. A injeção ID geralmente é feita sem anti-
10. Após a aplicação, fazer pressão leve e sepsia para não interferir na reação da
constante no local de penetração da agulha. droga.
Massagear a área, a não ser que haja 2. A substância injetada deve formar uma
contraindicação. pequena pápula na pele.
11. Existem medicamentos doloridos que 3. A penetração da agulha não deve passar
vem acompanhados de diluentes com de 2 mm (somente o bisel).
anestésico.
INJEÇÃO INTRADÉRMICA (ID) INJEÇÃO SUBCUTÂNEA (SC)
É a aplicação de drogas na derme ou córion. A via subcutânea, também chamada
hipodérmica, é indicada principalmente para
Geralmente utilizada para realizar teste de drogas que não necessitam ser tão
hipersensibilidade, em processos de rapidamente absorvidas, quando se deseja
dessensilidade e imunização. (BCG). eficiência da dosagem e também uma
absorção contínua e segura do
ÁREA DE APLICAÇÃO medicamento.
Na face interna do antebraço ou região Certas vacinas, como a anti-rábica, drogas
escapular, locais onde a pilosidade é menor como a insulina, a adrenalina e outros
e oferece acesso fácil à leitura da reação hormônios, têm indicado especifica por esta
aos alérgenos. via.
A vacina BCG intradérmica é aplicada na
área de inserção inferior do deltóide direito. ÁREAS DE APLICAÇÃO
Os locais mais adequados para aplicação
MATERIAL são aqueles afastados das articulações,
Bandeja contendo: nervos e grandes vasos sanguíneos:
• Seringa especial, tipo insulina ou vacina. - partes externas e superiores dos braços;
• Agulha pequena: 13 x 3,8 ou 4,5. - laterais externas e frontais das coxas;
• Etiqueta de identificação. - região gástrica e abdome (hipocondrio D e
• Saco plástico para lixo. E);
- nádegas;
MÉTODO - costas (logo acima da cintura).
1. Lavar as mãos. Obs.: Na aplicação de injeções subcutâneas
2. Preparar o medicamento, conforme o paciente pode estar em pé, sentado ou
técnica anteriormente descrita. deitado, com a área bem exposta.

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Não se deve aplicar: - nos antebraços e 1. Não utilizando a agulha curta, a angulação
pernas; será de 45º para indivíduos normais, 60º
- nas proximidades do umbigo e da cintura; para obesos e 30º para excessivamente
- próximo das articulações; magros.
- na região genital e virilia. 2. A diluição das drogas deve ser feita com
precisão e segurança. Na dúvida, não
MATERIAL aplicar.
Bandeja contendo: 3. Na aplicação da heparina subcutânea,
• Seringa especial de 0,5 a 1 ml (seringa para evitar traumatismo do tecido, não é
para insulina). recomendado aspirar antes de injetar a
• Agulhas pequenas 13 x 3,8 ou 4,5. medicação e para evitar absorção rápida da
• Álcool a 70%. medicação, não se deve massagear o local
• Algodão. após a aplicação.
• Etiqueta de identificação. 4. Na aplicação de insulina, utilizar a técnica
• Saco plástico para lixo. do revezamento, que é um sistema
padronizado de rodízio dos locais das
MÉTODO injeções para evitar abscessos, lipodistrofias
1. Lavar as mãos. e o endurecimento dos tecidos na área da
2. Preparo da medicação conforme técnica injeção.
anteriormente descrita.
3. Explicar ao paciente o que vai fazer e INJEÇÃO INTRAMUSCULAR (IM)
deixá-lo confortável, sentado ou deitado. É a deposição de medicamento dentro do
4. Expor a área de aplicação e proceder a tecido muscular.
anti-sepsia do local escolhido. Depois da via endovenosa é a de mais
5. Permanecer com o algodão na mão não rápida absorção; por isso o seu largo
dominante. emprego.
6. Segurar a seringa com a mão dominante, Locais de aplicação
como se fosse um lápis. Na escolha do local para aplicação, é muito
7. Com a mão não dominante, fazer uma importante levar em consideração:
prega na pele, na região onde foi feita a anti-
sepsia. a) a distância em relação a vasos e nervos
8. Nesta prega cutânea, introduzir a agulha importantes;
com rapidez e firmeza, com ângulo de 90º b) musculatura suficientemente grande para
(perpendicular à pele). absorver o medicamento;
9. Aspirar para ver se não atingiu um vaso c) espessura do tecido adiposo;
sanguíneo, exceto na administração da d) idade do paciente;
heparina. e) irritabilidade da droga;
10. Injetar o líquido vagarosamente. f) atividade do cliente;
11. Esvaziada a seringa, retirar rapidamente São indicadas, para aplicação de injeção
a agulha, e com algodão fazer ligeira intramuscular as seguintes regiões:
pressão no local, e logo após, fazer a
massagem. Para certos tipos de drogas, a) região deltoidiana - músculo deltoíde.
como a insulina e a heparina, não é b) região ventro-glútea ou de Hachstetter -
conveniente a massagem após a aplicação, músculo glúteo médio.
para evitar a absorção rápida. c) região da face ântero-lateral da coxa -
12. Observar o paciente alguns minutos, músculo vasto lateral (terço médio).
para ver se apresenta alterações. d) região dorso-glúteo - músculo grande
13. Providenciar a limpeza e a ordem do glúteo (quadrante superior externo).
material. Escolha do local
14. Lavar as mãos. Embora existam controvérsias, segundo
15. Checar o cuidado fazendo as anotações CASTELLANOS a ordem de preferência
necessárias. deve ser:
1º Região ventro-glútea: indicada em
OBSERVAÇÕES qualquer idade.

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MÉTODO
2º Região da face ântero-lateral da coxa: 1. Preparar o medicamento conforme técnica
contra-indicada para menores de 28 dias e descrita.
indicada especialmente para lactentes e 2. Levar o material para perto do paciente,
crianças até 10 anos. colocando a bandeja sobre a mesinha.
3º Região dorso-glútea: contra-indicada para 3. Lavar as mãos.
menores de 2 anos, maiores de 60 anos e 4. Explicar o que vai fazer e expor a área de
pessoas excessivamente magras. aplicação.
4º Região deltoidiana: contra-indicada para 5. Com os dedos polegar e indicador da mão
menores de 10 anos e adultos com pequeno dominante, segurar o corpo da seringa e
desenvolvimento muscular. colocar o dedo médio sobre o canhão da
Observações agulha.
1. Em nosso meio, a região FALC é usada 6. Com a mão dominante, proceder à anti-
também para recém-nascidos e a região DG sepsia do local. Depois, manter o algodão
também para menores de 2 anos. entre o dedo mínimo e anular da mesma
2. Na escolha do local, devem ser mão.
consideradas as condições musculares. 7. Ainda com a mão dominante, esticar a
Escolha da agulha pele segurando firmemente o músculo.
Para aplicar com agulha ideal, deve-se levar 8. Introduzir rapidamente a agulha com o
em consideração: o grupo etário, a condição bisel voltado para o lado, no sentido das
física do cliente e a solubilidade da droga a fibras musculares.
ser injetada. 9. com a mão dominante, puxar o êmbolo,
aspirando, para verificar se não lesionou um
TABELA I vaso.
Dimensões de agulhas em relação ao grupo 10. Empurrar o êmbolo vagarosamente.
etário, condição física e tipo de solução 11. Terminada a aplicação, retirar
( Injeção IM) rapidamente a agulha e fazer uma ligeira
Espessura da tela subcutânea Soluções pressão com o algodão.
aquosas Soluções oleosas e suspensões 12. Fazer massagem local enquanto observa
Adulto: magro o paciente.
normal 13. Deixar o paciente confortável e o
obeso 25 x 6 ou 7 ambiente em ordem.
30 x 6 ou 7 14. Providenciar a limpeza e a ordem do
40 x 6 ou 7 25 x 8 ou 9 material.
30 x 8 ou 9 15. Lavar as mãos.
40 x 8 ou 9 16. Checar o cuidado fazendo as anotações
Criança: magra necessárias.
normal
obesa 20 x 6 ou 7 OBSERVAÇÕES
25 x 6 ou 7 1. Em caso de substâncias oleosas, pode-se
aquecer um pouco a ampola para deixá-la
30 x 6 ou 7 20 x 8 menos densa.
25 x 8 2. Em caso de substância escura, puncionar
30 x 8 com seringa em medicação e aspirar. Não
Adaptado de Horta & Teixeira vindo sangue, adaptar a seringa com a
Angulação da agulha medicação e injetar.
• Nas regiões D e DG, a posição é 3. Caso venha sangue na seringa, retirar
perpendicular à pele, num ângulo de 90º. imediatamente e aplicar em outro local.
• Na região VG, recomenda-se que a agulha 4. Injeções de mais de 3 ml. não devem ser
seja dirigida ligeiramente à cristailiaca. aplicadas no deltóide.
• Na região FALC o ângulo deve ser de 45º, 5. O volume máximo para injeção IM é de 5
em direção do pé. ml. Volume acima de 5 ml, fracionar e aplicar
em locais diferentes.
6. Estabelecer rodízio nos locais de

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aplicação de injeções. caso de crianças, especialmente as
7. O uso do músculo deltóide é contra- agitadas, há necessidade de uma contenção
indicado em pacientes com complicações firme, sendo recomendado o auxílio da mãe,
vasculares dos membros superiores, colocando a criança em decúbito ventral no
pacientes com parestesia ou paralisia dos colo, segurando os braços com as mãos e
braços, e aquelas que sofreram colocando as pernas da criança entre suas
mastectomia. pernas, firmando bem.
3. Ventro-glútea (VG) Colocar a mão não
APLICAÇÃO EM Z OU COM DESVIO dominante no quadril do paciente,
É usada para evitar o refluxo da medicação, espalmando a mão sobre a base do grande
prevenindo irritação subcutânea e manchas trocanter do lêmur, localizando a espinha
pelo gotejamento sã solução no trajeto da iliaca ântero-superior. Fazer a injeção no
agulha. centro da área limitada pelos dois dedos
abertos em V. Nesse local não é necessária
MÉTODO posição especial. No entanto, especialmente
1. Puxar a pele e o tecido subcutâneo para no caso de principiantes a delimitação da
um lado (uns 2 cm) e manter assim até o área é facilitada com o paciente em decúbito
final da aplicação. lateral. Se a musculatura do paciente
2. Com a outra mão, inserir a agulha, aspirar esxtiver tensa, a flexão dos joelhos auxilia no
com a ajuda dos dedos polegar e indicador e relaxamento.
empurrar o êmbolo com o polegar. 4. Músculo vasto lateral da coxa (FALC)
3. Retirar a agulha e só então liberar a mão Dividir a coxa em 3 partes e fazer a
não dominante, deixando o tecido aplicação na região ântero-lateral do terço
subcutâneo e a pele voltarem ao normal. médio. De preferência, o paciente deve ficar
TABELA II sentado, com a perna fletida, ou deitado em
Injeção IM: Locais de Aplicação, Delimitação decúbito dorsal, com as pernas distendidas.
da área e Posição do Cliente INJEÇÃO ENDOVENOSA (EV)
REGIÃO DELIMITAÇÃO DA ÁREA É a introdução de medicamentos
POSIÇÃO DO CLIENTE diretamente na veia.
1. Deltoidiana (D) Face lateral do braço,
aproximadamente 4 dedos abaixo do ombro, FINALIDADES
no centro do músculo deltóide. 1. Obter efeito imediato do medicamento.
Preferencialmente sentado, com o antebraço 2. Administração de drogas, contraindicadas
flexionado, expondo completamente o braço pela via oral, SC, IM, por sofrerem a ação
e o ombro. dos sucos digestivos ou por serem irritantes
2. Dorso-glutea (DG) Dividir o glúteo em 4 para os tecidos.
partes e aplicar no quadrante superior 3. Administração de grandes volumes de
externo. Deitado, em decúbito ventral, com a soluções em casos de desidratação, choque,
cabeça de preferência voltada para o hemorragia, cirurgias.
aplicador - a fim de facilitar a observação de 4. Efetuar nutrição parenteral.
qualquer manifestação facial de desconforto 5. Instalar terapêutica com sangue e
ou dor durante a aplicação. Os braços hemoderivados.
devem ficar ao longo do corpo e os pés
virados para dentro. LOCAIS DE APLICAÇÃO
Deve-se evitar aplicações na região DG com Qualquer vais acessível, dando-se
o cliente em decúbito lateral, pois nessa preferência para:
posição há distorção dos limites anatômicos, • Veias superficiais de grande calibre da
aumentando a possibilidade de punções mal dobra do cotovelo: cefálica e basílica.
localizadas. A posição do cliente em pé • Veias do dorso da mão e antebraço.
também deve ser evitada, pois há completa
contração dos músculos glúteos nesse MATERIAL
decúbito. A contração pode ser atenuada Bandeja contendo:
solicitando ao cliente que flexione levemente • Seringas de preferência de bico lateral.
a perna em que será aplicada a injeção. No • Agulhas tamanhos 25 x 7 ou 8 ou 30 x 7 ou

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8. 17. Deixar o paciente confortável e o
• Algodão e álcool a 70%. ambiente em ordem.
• Garrote. 18. Providenciar a limpeza e a ordem do
• Toalha, papel-toalha, plástico ou pano para material.
forrar o local da aplicação. 19. Lavar as mãos.
• Etiqueta ou cartão de identificação. 20. Checar o cuidado e fazer as anotações
• Luvas de procedimento. necessárias.
• Saco plástico para lixo.
OBSERVAÇÕES
MÉTODO 1. Não administrar drogas que contenham
1. Lavar as mãos. precipitados ou flóculos em suspensão.
2. Preparar a injeção conforme técnica já 2. Para administrar dois medicamentos ao
descrita. mesmo tempo, puncionar a veia uma vez,
3. Levar a bandeja para perto do paciente. usando uma seringa para cada droga. Só
4. Deixar a bandeja na mesa-de-cabeceira e misturar drogas na mesma seringa se não
preparar o paciente: explicar o que vai fazer; existir contraindicação.
expor a área de aplicação, verificando as 3. Usar só material em bom estado: seringa
condições das veias; colocar o forro para bem adaptada, agulha de calibre adequado.
não sujar o leito. 4. Mudar constantemente de veia.
5. Calçar as luvas. 5. A presença de hematoma ou dor indica
6. Garrotear sem compressão exagerada, que a veia foi transfixada ou a agulha está
aproximadamente 4 dedos acima do local fora dela: retirar a agulha e pressionar o
escolhido para a injeção. Em pacientes com local com algodão. A nova punção deverá
muitos pelos, pode-se proteger a pele com ser feita em outro local, porque a
pano ou com a roupa do paciente. recolocação do garrote aumenta o
7. Fazer o paciente abrir e fechar a mão hematoma.
diversas vezes e depois conservá-la 6. Para facilitar o aparecimento da veia
fechada, mantendo o braço imóvel. pode-se empregar os seguintes meios:
8. Fazer a anti-sepsia ampla do local, com A. Aquecer o local com auxilio de
movimentos de baixo para cima. compressas ou bolsas de água quente.
9. Fixar a veia com o polegar da mão não B. Fazer massagem local com suavidade,
dominante. sem bater. Os "tapinhas"sobre a veia devem
10. Colocar o indicador da mão dominante ser evitados, pois além de dolorosos podem
sobre o canhão da agulha, e com os demais lesar o vaso. Nas pessoas com ateroma,
dedos, segurar a seringa. O bisel da agulha pode haver seu desprendimento, causando
deve estar voltado para cima. sérias complicações.
11. Se a veia for fixa, penetrar pela face C. Pedir ao paciente que, com o braço
anterior. Se for móvel, penetrar por uma das voltado para baixo, movimente a mão (abrir
faces laterais, empurrando com a agulha até e fechar) e o braço (fletir e estender)
fixá-la. diversas vezes.
12. Evidenciada a presença de sangue na
seringa, pedir para o paciente abrir a mão e ACIDENTES QUE PODEM OCORRER
retirar o garrote. 1. Choque: vaso-dilatação geral com
13. Injetar a droga lentamente, observando congestão da face, seguida de palidez,
as reações do paciente. vertigem, agitação, ansiedade, tremores,
14. Terminada a aplicação, apoiar o local hiperemia, cianose, podendo levar a morte.
com algodão embebido em álcool. O choque pode ser:
15. Retirar a agulha, comprimir o vaso com a. Pirogênico: atribuído à presença de
algodão, e solicitar ao paciente para "pirogênio"no medicamento (substância
permanecer com o braço distendido. Não produzida por bactérias existentes no
flexioná-lo quando a punção ocorrer na diluente).
dobra do cotovelo, pois esse procedimento b. Anafilático: devido à susceptibilidade do
provoca lesão no tecido. indivíduo à solução empregada.
16. Retirar as luvas. c. Periférico: etilogia variada (emocional,

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traumático, superdosagem, aplicação • Suporte para o frasco de soro.
rápida). • Tesoura.
2. Embolia: devido à injeção de ar, coágulo • Saco plástico para lixo. • Luvas de
sangüíneo ou medicamento oleoso. procedimento.
3. Acidentes locais: • Etiqueta de identificação.
• Esclerose da veia por injeções repetidas no • Garroto.
mesmo local. • Algodão.
• Necrose tecidual: devido a administração • Cuba-rim.
de substâncias irritantes fora da veia. • Álcool a 70%.
• Hematomas: por rompimento da veia e Quando necessário: Tala para imobilizar e
extravasamento de sangue nos tecidos ataduras.
próximos. * Ao invés da agulha, melhor é utilizar
• Inflamação local e abscessos: por conjunto alado para infusão, também
substâncias irritantes injetadas fora da veia chamado escalpe ou Butterfly.
ou falta de assepsia. Vantagem do "escalpe "sobre a agulha
• Flebites: injeções repetidas na mesma veia comum:
ou aplicação de substâncias irritantes. 1. As asas podem ser dobradas para cima,
facilitando a introdução na veia.
APLICAÇÃO DE INJEÇÃO ENDOVENOSA 2. A ausência de canhão permite melhor
EM PACIENTES COM SORO controle sobre a agulha e envia maior
Devido ao risco de contaminação e angulação.
acidentes, a aplicação de medicamentos 3. É menos traumatizante, pois são
através da "borrachinha" deve ser evitada. apresentados em diversos calibres e com
Nesse caso, o melhor é usar equipos com bisel curto que reduz a possibilidade de
infusor lateral ou conectores em y (Polifix). transfixar a veia.
Na ausência de dispositivos especiais, 4. Após a introdução na veia, as asas são
aconselha-se: soltas, proporcionando um contato plano
1. Pinçar o equipo de soro e desconectá-lo menos irritante para o paciente.
do escalpe. 5. A numeração dos escalpes na escala
2. Adaptar a seringa, com a medicação ao descendente é 27,25,23,21,19 e 17 para o
escalpe mantendo a extremidade do equipo uso comum, existindo outros calibres para
entre os dedos, sem contaminá-lo. tratamentos especializados.
3. Aspirar com a seringa. Havendo refluxo de
sangue, administrar lentamente o MÉTODO
medicamento. I. Preparo do ambiente e do paciente
4. Terminada a aplicação, adaptar 1. Conversar com o paciente sobre o
novamente o equipo ao escalpe, evitando a cuidado a ser executado.
entrada de ar, e regular o gotejamento do 2. Providenciar suporte para o soro.
soro. 3. Verificar as condições de iluminação e
aeração.
VENÓCLISE 4. Desocupar a mesa-de-cabeceira.
É a introdução de grande quantidade de II. Preparo do medicamento
líquido, por via endovenosa. 1. Lavar as mãos.
Locais de aplicação 2. Abrir o frasco com a solução e o
De preferência veias que estejam distantes plastequipo.
de articulações, para evitar que com o 3. Introduzir no frasco de soro, os
movimento a agulha escape da veia. medicamentos prescritos.
4. Adaptar o plastequipo no frasco.
MATERIAL 5. Retirar o ar, pinçar e proteger a
Bandeja contendo: extremidade do plastequipo.
• Agulha ou escalpe*. 6. Rotular o frasco com nome do paciente,
• Equipo para soro (plastequipo). leito, o conteúdo sã solução, horário de início
• Frasco com a solução prescrita. e término, número de gotas/minuto, data e
• Esparadrapo ou micropore. assinatura do responsável pelo preparo.

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III. Aplicação vermelhidão ou dor no local.
1. Lavar as mãos. b. Colocar o frasco abaixo do local de
2. Levar o material na bandeja e colocar na punção, a fim de verificar se há refluxo de
mesa-de-cabeceira. sangue para o escalpe.
3. Separar as tiras de esparadrapo ou Devido ao risco de contaminação, não se
micropore. deve desconectar o soro escalpe para ver
4. Selecionar a veia a ser puncionada. se o sangue reflui.
5. Colocar o frasco no suporte e aproximá-lo Caso os teste demonstrem problemas,
do paciente. providenciar imediatamente nova punção.
6. Posicionar o paciente de modo a mantê-lo 5. Em casos de pacientes inconscientes,
confortável e facilitar a visualização das agitados e crianças, fazer imobilizações.
veias. 6. Se o acondicionamento da solução for em
7. Calçar as luvas. frasco tipo "Vacoliter", ao retirar a borracha
8. Prender o garrote aproximadamente 4 que recobre os orifícios de entrada do
dedos acima do local da punção e pedir ao equipo e do ar, observar se faz ruído pela
paciente para abrir e fechar as mãos (se entrada do ar. Se não o fizer, não deverá ser
MMSS), e conservá-la fechada. usado.
9. Fazer anti-sepsia da área, com 7. Só aplicar soluções límpidas.
movimentos firmes e no sentido do retorno 8. Nos frascos de plástico não há
venoso, para estimular o aparecimento das necessidade de colocar a agulha para fazer
veias. o respiro. Se julgar conveniente colocá-la,
10. Desprezar o algodão no saco plástico. observar que não haja contaminação do
11. com o polegar da mão não dominante, conteúdo, fazendo desinfecção do local de
fixar a veia, esticando a pele, abaixo do inserção da agulha e evitando que a agulha
ponto de punção. toque no conteúdo líquido.
12. Introduzir o escalpe e tão logo o sangue 9. Usualmente o frasco fica pendurado no
preencha totalmente o escalpe, pedir para o suporte, numa altura aproximada de um
paciente abrir a mão, soltar o garrote e metro acima do leito, mas pode variar
adaptar o escalpe ao equipo. conforme a pressão que se deseja obter.
13. Abrir o soro observando o local da Quanto mais alto estiver o frasco, maior é a
punção. força da gravidade que impulsiona o líquido.
14. Fixar o escalpe com o esparadrapo ou
micropore. HEPARINIZAÇÃO
15. Controlar o gotejamento do soro, É a administração de uma solução
conforme prescrição. anticoagulante (heparina ou liquemine) para
16. Deixar o paciente confortável e o evitar a coagulação do sangue no equipo,
ambiente em ordem. mantendo-o o pérvio.
17. Providenciar a limpeza e a ordem do São bastante controvertidas as quantidades
material. recomendadas para heparinizar.
18. Retirar as luvas e lavar as mãos. A "ABBOTT"- Divisão hospitalar recomenda:
19. Anotar o horário da instalação. • 0,2 ml de heparina I.V. (concentração de
5.000 U.I./ml).
OBSERVAÇÕES • 9,8 ml de soro fisiológico.
1. Observar o local da punção, para detectar • Aplicar 0,5 a 1,0 ml da solução preparada.
se o escalpe está na veia, evitando edema, Observações
hematoma, dor e flebite. 1. O escalpe heparinizado deve ser trocado
2. controlar o gotejamento do soro de 2/2 quando surgirem sinais de flebite ou
horas. infiltração como: edema, dor e vermelhidão
3. No caso de obstrução do cateter ou no local.
escalpe, tentar aspirar o coágulo com uma 2. A heparina diluída, guardada no
seringa. Jamais empurrá-lo. refrigerador a 4ºC, pode ser utilizada até 72
4. Para verificar se o soro permanece na horas após seu preparo.
veia: 3. Certos serviços de saúde já utilizam a
a. Observar a ausência de edema, heparina que vem diluída da farmácia,

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pronta para uso. permanência, existem os totalmente
4. Recomenda-se trocar a solução implantados (Port-a-cath) e os parcialmente
heparizada contida no interior do cateter, a implantados (Broviac e Hickman).
cada 8 horas, caso não haja administração Os cuidados variam conforme o tipo de
de medicamento neste período. cateter.
5. É utilizada, também vitamina C sem diluir, Geralmente é recomendado:
para manter o cateter desobstruído. 1. Manter o cateter sob infusão continua
(preferencialmente) ou haparinizado.
CÁLCULO PARA GOTEJAMENTO DE 2. Fazer diariamente curativo no local de
SORO implantação do cateter, observando as
Para calcular o ritmo do fluxo do soro a ser condições locais. Utilizar para anti-sepsia
administrado num determinado período de soluções a base de iodo ( Polvidine tópico,
tempo, deve-se considerar o tipo de equipo, por exemplo).
a quantidade e o número de horas desejado 3. Controlar o tempo de permanência do
para a administração do soro. Existe no cateter.
mercado equipo de micro e macrogotas, que 4. Observar possíveis complicações, como
correspondem respectivamente a 60 gotas e febre ou outros sintomas sugestivos de
a 20 gotas por ml. infecção.
Para administrar um soro de 500 ml em 8
horas, utilizando equipo de macrogotas FLEBOTOMIA
( equipo padrão), efetuaremos o seguinte É uma pequena abertura cirúrgica em uma
cálculo: veia calibrosa e profunda para introduzir um
1º 1ml = 20 gotas cateter.
50 ml = x = 10.000 gotas Cuidados
2º 1 hora = 60 minutos 1. Fazer, diariamente, curativo no local, com
8 horas = x = 480 minutos soluções à base de iodo.
3º 10.000 gotas = 20.8 2. Observar o local da incisão, onde pode
480 minutos = 21,0 gotas por minuto ocorrer: edema, hematoma ou sangramento.
TABELA II
Tabela de gotejamento de soro 3. Deixar o paciente com o braço em
Quantidade 500 ml 1000 ml 2000 ml elevação de 30º para facilitar o retorno
Nºhoras Nºgotas Nºgotas Nºgotas venoso e prevenir edema.
24 7,0 14,0 27,0 4. Manter infusão contínua para evitar
18 9,0 18,0 37,0 obstrução do cateter. Se o cateter obstruir,
12 14,0 27,0 55,0 não injetar nada para tentar desobstruí-lo,
10 16,0 33,0 66,0 pois o deslocamento do coágulo pode levar
8 21,0 42,0 83,0 à embolia.
6 27,0 55,0 111,0 5. Observar a extremidade do cateter,
Obs.: 1) Para controle mais preciso de evitando torções.
gotejamento e quantidade a ser infundida 6. Observar os sinais e sintomas de
existem aparelhos apropriados, como a tromboflebite: dor, hiperemia (rubor), calor e
bomba infusora. edema no trajeto do vaso.
7. Não administrar colher sangue pela
flebotomia.
CATETERES 8. Trocar o equipo a cada troca de soro.
O uso constante da rede venosa para 9. Ao desconectar o equipo do cateter, fazê-
administração de medicamentos, sangue e lo com cuidado evitando a contaminação das
coleta de sangue para exames laboratoriais, partes e a entrada de ar.
e as condições próprias das veias do
paciente, as vezes recomendam que se VIA RESPIRATÓRIA
utilizem caleteres venosos, que podem ser Os gases medicinais são muito utilizados
de curta ou longa permanência. para o tratamento de patologias e para a
O catete de curta permanência mais comum anestesia.
é o Intracath. E dentre os de longa Embora existam vários tipo de gases

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medicinais, como o Hélio (He), o dióxido de • Intermediário de látex ou plástico, com 1 ou
carbono (CO2), o óxido nitroso (N2O), o 2 metros de comprimento, para permitir que
Nitrogênio (N2), o mais comumente usado é o paciente possa se movimentar.
o Oxigênio (O2).
MEIOS DE ADMINISTRAÇÃO
OXIGENOTERAPIA O oxigênio pode ser administrado por
É a administração de oxigênio medicinal com intermédio de :
finalidade terapêutica. • Cânula nasal ( óculos para oxigênio).
INDICAÇÕES • Cateter nasal.
1. Hipoxemia de qualquer origem. • Máscara facial.
2. Reanimação cardiorespiratória. • Cânula endotraqueal.
Medidas de Segurança • Incubadora ( crianças).
Sendo o oxigênio inflamável, é muito • HOOD ( capacetes de cabeça).
importante.
1. Não permitir fumar no local - colocar CÂNULA NASAL
avisos de "Não fumar". É usada quando não é necessária grande
2. Cuidado com aparelhos elétricos que pressão na administração de oxigênio.
podem emitir faíscas. Acrescentar ao material básico:
3. Roupas que contém nylon, seda, podem • Cânula nasal.
gerar eletricidade estática e produzir faíscas.
MÉTODO
4. Nunca usar graxa ou óleo nas válvulas e 1. conversar com o paciente sobre o
no manômetro de oxigênio. cuidado.
5. Transportar o torpedo com cuidado, pois 2. Preparar o ambiente, verificando as
na queda pode provocar explosão ( o ideal é medidas de segurança.
que seja canalizado). 3. Lavar as mãos.
Cuidados com o umidificador 4. Organizar e trazer o material para junto do
1. O oxigênio precisa sempre ser paciente.
administrado, pois a inalação por longos 5. Colocar o paciente em posição
períodos com baixa umidade lesa o epitélio confortável.
da mucosa respiratória, dificultando a 6. Adaptar a cânula ao intermediário e este
eliminação do muco e provocando uma ao umidificador.
reação inflamatória subepitelial. 7. Abrir o fluxômetro.
2. Manter o umidificador sempre com áqua 8. Lubrificar com soro fisiológico.
até a marcar ou no mínimo 2/3 de sua 9. Colocar a cânula no nariz do paciente,
capacidade. fixando-a com fita adesiva.
3. A água usada no umidificador deve ser 10. Manter o fluxo de oxigênio -3 a 5 litros
estéril. por minuto ou conforme prescrição médica.
4. Ao verificar que o nível da água no 11. Deixar o paciente confortável e a unidade
umidificador está baixo, desprezar a água em ordem.
restante e recolocar nova água. Jamais 12. Lavar as mãos.
acrescentar água ao volume restante, para 13. Anotar o cuidado feito e fazer as
evitar de torná-la um meio de cultura. anotações necessárias.
MATERIAL BÁSICO
• Oxigênio canalizado ou em torpedo. CATETER NASAL
• 2 manômetros: um indica a quantidade de Acrescentar ao material básico:
oxigênio no torpedo e o outro controla o • Cateter nasal (nº 6,8,10 ou 12), conforme a
fluxo de saída (fluxômetro). idade do paciente e a quantidade de
• Umidificador oxigênio desejada.
• Aviso de "não fumar". • Ampola de soro fisiológico.
• Esparadrapo • Luvas de procedimento.
• Gaze.
• Soro fisiológico. MÉTODO
• Saco para lixo. 1. Explicar ao paciente sobre o cuidado.

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2. Preparar o ambiente, verificando as 6. Regular o fluxo de oxigênio ou ar
medidas de segurança. comprimido de acordo com a prescrição:
3. Lavar as mãos. geralmente 3 litros.
4. Organizar o material e trazer para perto do 7. Instruir o paciente para inspirar
paciente. profundamente a medicação e expirar
5. Colocar o paciente em posição de Fowler. lentamente, permanecendo com a boca semi
6. Unir o cateter ao intermediário e este ao aberta, sem conversar.
umidificador. 8. Manter a nebulização durante o tempo
7. Calçar as luvas. indicado e observar o paciente.
8. Medir, com o cateter, a distância entre a 9. Oferecer lenço de papel e orientar para
ponta do nariz e o lóbulo da orelha, escarrar, tossindo profundamente. Ajudá-lo
marcando com esparadrapo, para fazendo tapotagem ou vibração na região
determinar quanto o cateter deve ser onde há acúmulo de secreção.
introduzido. 10. Providenciar a limpeza e a ordem do
9. Abrir o fluxômetro e deixar fluir um pouco material.
de oxigênio para evitar acidentes por saída 11. Lavar as mãos.
intempestiva de oxigênio. 12. Anotar o cuidado prestado, volume e
10. Umedecer o cateter com soro fisiológico, característica do escarro.
segurando-o com a gaze.
OBSERVAÇÕES
NEBULIZAÇÃO / INALAÇÃO 1. No momento de usar o nebulizador,
É a administração de medicamentos por via enxaguá-lo em água corrente para remover
respiratória, através de um aparelho o desinfetante.
chamado nebulizador ou inalador. O 2. Os nebulizadores são também chamados
medicamento líquido é transformado em inaladores e atualmente os mais usados são
névoa, que é inalada, para fluidificar as de plástico.
secreções aderidas na parede brônquica. 3. Após o uso, o nebulizador deve ser
Medicamentos mais usados: Soluções lavado, enxaguado e depois colocado em
fisiológica, Berotec, Adrenalina, Atrovent, recipiente fechado contendo uma solução
Salbutamol. desinfetante, como hipoclorito de sódio, por
uma hora. Em seguida, enxaguar e secar.
MATERIAL 4. Os líquidos usados em nebulizadores
• Fonte de oxigênio ou ar comprimido. deverão ser estéreis.
• Nebulizador (existem diversos tipos) com a 5. Frascos contendo doses múltiplas
medicação. deverão ser datados, mantidos refrigerados
• Intermediário de borracha. a 4ºC e desprezados24 horas após a
• Cuba-rim ou escarradeira. abertura.
• Lenço de papel. 6. Após a nebulização, estimular o paciente
• Saco plástico para lixo. a tossir, respirar profundamente e, se
possível, inclinar o tronco para a frente, a fim
MÉTODO de auxiliar a drenagem de secreções
1. Explicar ao paciente o cuidado a ser broncopulmonares.
executado.
2. Lavar as mãos. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS:
3. Organizar o material, colocando o UMA VISÃO SISTÊMICA PARA O
medicamento no nebulizador. DESENVOLVIMENTO DE MEDIDAS
4. Preparar o paciente para receber o PREVENTIVAS DOS ERROS NA
tratamento: em posição de Fowler, ou MEDICAÇÃO
sentado em uma cadeira.
5. Retirar o frasco umidificador e ligar o 1. ADMINISTRAÇAÃ O DE MEDICAMENTOS
nebulizador à fonte de oxigênio ou ar
comprimido, para que o fluxo aja diretamente A administração de medicamentos, prática
sobre o medicamento que está no realizada nas instituições hospitalares sob
nebulizador. responsabilidade da equipe de enfermagem,
deve ser vista por todos os profissionais de

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saúde envolvidos com a terapia em um ou em vários momentos dentro do
medicamentosa como apenas uma das processo de medicação.
partes do processo de medicação. O National Coordinating Council for
No que diz respeito à enfermagem esta Medication Error Reporting and Prevention
deve ater-se não somente aos (NCCMERP), corporação norte – americana
procedimentos técnicos e básicos inerentes independente, composta de 15 organizações
à profissão, mas identificar os caminhos apresenta as seguintes definições para dano
percorridos pelo medicamento desde o e erro na medicação:
momento que o médico o prescreve até a “Dano é definido como prejuízo temporário
sua administração ao paciente e analisar ou permanente da função ou estrutura do
criticamente o sistema de medicação, corpo: física, emocional, ou psicológica,
refletindo sobre suas possíveis falhas e seguida ou não de dor, requerendo uma
causas. A enfermagem deve colaborar com a intervenção”.
segurança do sistema buscando soluções “Erro na medicação é qualquer evento
para os problemas existentes, além de evitável que pode causar ou induzir ao uso
colaborar com pesquisas sobre esta inapropriado de medicamento ou prejudicar
temática. o paciente enquanto o medicamento está
A utilização de medicamentos é uma das sob o controle do profissional de saúde,
intervenções mais utilizadas no ambiente paciente ou consumidor. Tais eventos podem
hospitalar, no entanto, estudos, ao longo dos estar relacionados à prática profissional,
últimos anos, têm evidenciado a presença de produtos de cuidado de saúde,
erros no tratamento medicamentoso procedimentos, e sistemas, incluindo
causando prejuízos aos pacientes que vão prescrição; comunicação; etiquetação,
desde o não-recebimento do medicamento embalagem e nomenclatura; aviamento;
necessário até lesões e mortes (LEAPE et dispensação; distribuição; administração;
al. 1995; TÁXIS & BARBER, 2003). A educação; monitoramento e uso”.
administração de medicamentos Os dados provenientes de pesquisas
corresponde a última oportunidade de mostram que os erros na medicação
prevenir um erro na medicação que pode ter representam uma triste realidade no trabalho
surgido já na prescrição ou na dispensação dos profissionais de saúde, com sérias
dos medicamentos. conseqüências para pacientes e organização
Os profissionais de saúde devem estar hospitalar, pois suas causas repercutem
cientes e alertas para este fato e buscar, negativamente nos resultados institucionais
permanentemente, medidas de prevenção face aos indicadores relevantes da qualidade
de erros através de novos conhecimentos, da assistência prestada aos pacientes
condutas ou de estratégias que visem hospitalizados.
proteger todos os envolvidos, principalmente O relatório “To err is human: building a
o paciente. safer health system” do Institute of Medicine
Obter uma visão ampla do sistema de (EUA) publicado em 1999, baseado em
medicação possibilita aos profissionais estudos realizados no Colorado, Utah e
condições de análise e intervenções que Nova York, aponta que das 33,6 milhões de
garantam uma assistência responsável e internações realizadas no ano de 1997, em
segura ao paciente e a si próprio. A partir hospitais dos EUA, por volta de 44.000 a
dessas considerações esse estudo tem por 98.000 americanos morreram devido a
objetivo discorrer sobre tipos e causas de problemas causados por erros na medicação
erros na medicação e sobre a importância de (KOHN et al., 2001).
que haja uma visão ampla do sistema de Os resultados de um estudo realizado em
medicação dentro da instituição hospitalar. dois hospitais terciários de grande porte,
Brighan and Women´s Hospital e
2. ERROS NA MEDICAÇAÃ O Massachuchusetts General Hospital, nos
Os erros na medicação são considerados Estados Unidos da América, apontou uma
eventos adversos ao medicamento passíveis média de 6,5 eventos adversos ao
de prevenção, podendo ou não causar dano medicamento para cada 100 internações,
ao paciente, com possibilidade de ocorrer dos quais 28% poderiam ter sido prevenidos.

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Os erros na medicação podem, muitas  Erros com medicamentos
vezes, causar dano ao paciente e, segundo deteriorados: administração de
Bates (1996), cerca de 30% dos danos medicamentos com comprometimento da
durante a hospitalização estão associadas a integridade física ou química.
erros na medicação, os quais trazem  Outros tipos de erros incluem:
também sérias conseqüências econômicas  Erros de prescrição: prescrição
às instituições de saúde. Estima-se um gasto imprópria de um medicamento, seja em
de aproximadamente US$ 4.700 por evento relação à dose, apresentação, quantidade,
adverso de medicamento evitável ou por via de administração ou concentração.
volta de US$ 2,8 milhões, anualmente, em  Erros de distribuição: falhas ao
um hospital de ensino com 700 leitos. O distribuir o medicamento, como: doses
custo anual de morbidade e mortalidade incorretas; rótulos incorretos ou
referente a erros na medicação, nos EUA, inadequados; preparação incorreta ou
tem sido estimado em torno de US$ 76,6 inapropriada; distribuição de medicamento
bilhões. com data expirada; medicamento estocado
Os erros descritos tanto na literatura de maneira imprópria ou ainda
nacional como na internacional são tipados comprometido física ou quimicamente.
conforme descrição a seguir:  Erros potenciais: são aqueles que
 Erros de omissão: qualquer dose ocorreram na prescrição, distribuição ou
não-administrada até o próximo horário de administração dos medicamentos, mas que
medicação. não causaram dano ao paciente.
 Erros na administração de um Medicar pacientes requer um processo de
medicamento não-autorizado: administração comunicação eficaz para que esta atividade
de um medicamento ou dose de seja realizada com sucesso. Problemas na
medicamento não-prescrito pelo médico. comunicação podem ser uma das causas de
 Erros em dose extra: administração erros na medicação, e se originam de várias
de uma ou mais unidades de dosagem, além situações encontradas no dia-a-dia do
daquela prescrita. profissional.
 Erros referentes à via: administração Dentre essas situações, a má qualidade da
pela via errada ou por uma via que não a letra médica é identificada como um fator
prescrita. que contribui não só para a incidência de
 Erros com a dosagem: erros, como também para aumentar o custo
administração do medicamento em para o hospital, pois exige mais tempo da
dosagens diferentes daquelas prescritas enfermagem e dos profissionais da farmácia
pelo médico. para interpretá-la. A falta de uma
 Erros devido ao horário incorreto: padronização da nomenclatura de
administrar medicamento fora dos horários medicamentos também pode gerar
predefinidos pela instituição ou da problemas, pois muitos deles possuem
prescrição. nomes comerciais parecidos, podendo ser
 Erros devido ao preparo incorreto do transcritos ou interpretados de maneira
medicamento: medicamento incorretamente incorreta. Além disso, o uso de abreviaturas
formulado ou manipulado: diluição ou nas prescrições, padronizadas ou não,
reconstituição incorreta ou inexata; falha ao podem originar erros.
agitar suspensões; diluição de As ordens verbais são frequentes na
medicamentos que não permitam esse prática hospitalar, principalmente em
procedimento, mistura de medicamentos que situações de emergência, porém exigem
são física ou quimicamente incompatíveis e uma boa memória do receptor para guardar
embalagem inadequada do produto. a dose e nome do medicamento indicado,
 Erros devido à utilização de técnicas pois muitas vezes elas são dadas de forma
incorretas na administração: uso de incompleta. No caso das prescrições
procedimentos inconvenientes ou técnicas escritas, as informações podem ser também
impróprias, como falhas nas técnicas de incompletas e faltar dados como: via, dose,
assepsia e das lavagens das mãos. posologia, diluição, levando o profissional a
tirar conclusões próprias sobre como agir,

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seja executando ou deixando de realizar o descuidados e com isso os erros poderão
procedimento. aumentar, mas WOMER et al. (2002), em
Em alguns hospitais é comum o ato de estudo realizado sobre a prática da não-
transcrições das ordens médicas que podem punição no Children’s Hospital of
induzir à omissão ou erro na transmissão da Philadelphia, identificaram que os relatos de
informação. erros interceptados aumentaram
Os erros na medicação também podem dramaticamente enquanto os dos detectados
estar relacionados: a deficiências da diminuíram.
formação acadêmica, inexperiência,
negligência, desatenção ou desatualização 3. O SISTEMA DE MEDICAÇAÃ O
quanto aos avanços tecnológicos e O conceito de sistema traz as relações
científicos; ao manejo de equipamentos, entre as partes e o todo, permitindo a
como bombas de infusão, cateteres etc; aos compreensão de toda e qualquer atividade
procedimentos desenvolvidos e ao sistema complexa, sendo os sistemas constituídos
de medicação como um todo. de conjuntos de componentes que se
Sabe-se que os erros fazem parte da interagem, se inter-relacionam, se
natureza humana, portanto os sistemas de transformam e atuam entre si na execução
medicação devem ser bem estruturados com de um objetivo global. Estes conjuntos
a finalidade de promover condições que poderão ser assumidos como subsistemas
auxiliem na minimização e prevenção dos ou processos, com funções e objetivos
erros, planejando os processos e próprios, os quais afetam o comportamento
implementando normas, regras e ações. do conjunto como um todo. Qualquer ação
Alguns estudos têm como propósitos de uma parte, necessariamente, provocará
identificar e analisar os erros na medicação, uma reação das demais.
mas o fazem sob a ótica dos erros causados O sistema de medicação de um hospital é
pelos profissionais, ignorando que erros na aberto e complexo, envolvendo várias
medicação também podem ser gerados por etapas que estão inter-relacionadas e
falhas no sistema que, muitas vezes, interligadas por várias ações, desenvolvendo
induzem ao erro humano. de 20 a 30 passos diferentes durante os
No caso do erro na medicação, o indivíduo processos de prescrição, dispensação e
raramente é a única causa. Desse modo, administração de medicamentos, envolvendo
entendemos que deve-se mudar a cultura sempre muitos indivíduos e múltiplas
dos erros para que estes não sejam vistos transferências de pedidos ou materiais, que
como falhas humanas, mas como uma passam de uma mão à outra, que podem
oportunidade de melhorar o sistema conduzir a erros na medicação.
existente. Em 1989, a Joint Commission on
No momento em que a instituição procurar Accreditation of Healthcare Organizations -
saber “como” e o “por quê” da ocorrência JCAHO identificou cinco componentes ou
dos erros, e não mais o “quem” foi o processos do sistema de medicação, quais
responsável por eles, ela contará com a sejam: seleção e obtenção do medicamento;
colaboração dos profissionais para prescrição; preparo e dispensação;
diagnosticar as falhas que possam estar administração de medicamentos e
ocorrendo na medicação dos pacientes. acompanhamento do paciente em relação
Sabemos que o medo de ações aos efeitos do medicamento.
disciplinares e punitivas compromete a Estudo realizado relata que 39% dos erros
decisão do funcionário ou da equipe quanto na medicação ocorreram no processo de
a documentá-lo ou não, portanto, os prescrição de medicamentos, 12% na
gerentes de serviços devem mudar sua transcrição, 11% no processo de
cultura e promover mudanças no ambiente dispensação e 38% no de administração de
de trabalho, de modo que a punição não medicamentos.
seja a prática em execução e o ser humano No sistema de medicação entendemos por
não seja o foco principal de correção. insumo os pacientes e as informações a
Os gerentes muitas vezes pensam que, respeito da terapia medicamentosa; por
sem punição, os profissionais se tornarão processo, a realização de prescrição,

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dispensação e distribuição e administração reduzir a transferência de atividades entre
de medicamentos; por resultado, os pessoas e/ou grupos de pessoas; dar
pacientes medicados com eficácia, e o principal atenção ao fator humano.
tratamento seguro, como feed-back, que Além da complexidade própria do sistema
realimenta o sistema, os relatórios e as de medicação, os hospitais ligados às
informações geradas. Por último, temos Universidades, que oferecem campo de
como ambiente o conjunto de fatores e de estágio para escolas técnicas e que
condições que influencia a dinâmica desta possuem acadêmicos e estudantes das
prática (tecnologia, infraestrutura, diversas áreas da saúde atuando em suas
fornecedores, regras, regulamentos etc) instalações e prestando assistência a seus
fazendo com que o sistema se reajuste e se pacientes, devem considerar as situações
mantenha em contínua aprendizagem e inerentes àqueles que estão aprendendo,
auto-organização. tais como: inabilidade, insegurança, falta de
Os médicos são os responsáveis pela domínio técnico, limitada capacidade para
prescrição de medicamentos, porém a interpretar e analisar as situações presentes
maneira como ela é realizada varia de e emergentes, precipitação, lentidão,
hospital para hospital. A equipe de apresentando, enfim, possibilidade maior de
enfermagem atua no último processo, que é risco para a falha e para a iatrogênica do
o da administração do medicamento ao cuidado.
paciente, fato que faz com que muitos erros Acrescenta-se ainda a esse processo o
cometidos no início ou no meio do sistema, e pouco conhecimento dos sistemas vigentes
não detectados, lhe sejam atribuídos. na instituição e seu papel dentro deles.
As instituições hospitalares devem prevenir Este fato pode prejudicar a qualidade e a
os erros na medicação através da eficiência dos serviços prestados aos
elaboração e implementação de pacientes, principalmente no que se refere
mecanismos de segurança voltados ao ao sistema de medicação que sempre
sistema de medicação, deixando de lado a comporta riscos, podendo, assim, causar
perseguição e punição dos profissionais a danos à clientela.
cada erro ocorrido, fazendo com que este
erro seja discutido e, assim, revertido em CONSIDERAÇÕES FINAIS
educação e melhorias para o sistema. Para As instituições hospitalares devem centrar
tanto o sistema deve possuir alguns seus objetivos em um sistema de medicação
princípios e características considerados seguro aos pacientes, utilizando, para este
ideais (LEE, 2002). fim: mudança na cultura dos erros;
Os princípios ideais apregoam que o simplificação e padronização dos processos
sistema deva centrar-se no paciente, basear- e as atividades neles desenvolvidos e
se no respeito aos outros e requerer o aceite introdução de avaliações imediatas sobre as
à responsabilidade e à colaboração de todos ações executadas.
os interessados, tanto dos profissionais O Joint Commission on Accreditation of
envolvidos como do próprio paciente que Healthcare Organizations faz algumas
também deve assumir responsabilidade de recomendações gerais para prevenção de
participar das decisões relativas ao seu erros como: reduzir a confiança na memória;
tratamento. aperfeiçoar o acesso a informações seguras
Em um estudo multidisciplinar foram e confiáveis sobre medicamentos; introduzir
utilizados alguns princípios de segurança sistemas que eliminem ou diminuam a
e orientações que resultaram em possibilidade de erro (ex: equipo de nutrição
melhorias para o sistema, reduzindo os enteral que não conecte em cateter
erros que atingiam o paciente, tais como intravenoso); buscar a padronização e
(WOMER et al., 2002): eliminar as promover treinamentos (BATES, 1998).
punições; aprender com o erro; Percebemos que a maioria das estratégias
simplificar o sistema de medicação; está voltada ao sistema e sabemos que
padronizar os processos; utilizar prevenir erros através de abordagens
procedimentos que estimulem as voltadas para os indivíduos que os cometem
pessoas a seguirem o caminho certo; é contraproducente, pois tais estratégias

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podem encorajar o funcionário a esconder II – o titular do diploma ou certificado de
os erros com medo das possíveis punições e obstetriz ou de enfermeira obstétrica,
da exposição a que estará sujeito. conferidos nos termos da lei;
Em vista disso, torna-se necessário III – o titular do diploma ou certificado de
conhecer o sistema de medicação utilizado Enfermeira e a titular do diploma ou
nas instituições hospitalares e verificar como certificado de Enfermeira Obstétrica ou de
seus profissionais estão desenvolvendo suas Obstetriz, ou equivalente, conferido por
atividades, se estas são preestabelecidas ou escola estrangeira segundo as leis do país,
não por protocolos e padronizações, para registrado em virtude de acordo de
permitirem identificação e análise das intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil
possíveis fragilidades e falhas ocorridas nos como diploma de Enfermeiro, de
processos e intervir, minimizando riscos e Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;
aumentando a segurança do paciente. IV – aqueles que, não abrangidos pelos
incisos anteriores, obtiverem título de
4 - LEGISLAÇÃO DE ENFERMAGEM Enfermeiro conforme o disposto na alínea
“”d”" do Art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28
Lei n 7.498/86, de 25 de junho de 1986. de março de 1961.
Art. 7º – São técnicos de Enfermagem:
Dispõe sobre a regulamentação do I – o titular do diploma ou do certificado de
exercício da Enfermagem e dá outras Técnico de Enfermagem, expedido de
providências. acordo com a legislação e registrado pelo
O presidente da República. órgão competente;
Faço saber que o Congresso Nacional II – o titular do diploma ou do certificado
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: legalmente conferido por escola ou curso
Art. 1º – É livre o exercício da Enfermagem estrangeiro, registrado em virtude de
em todo o território nacional, observadas as acordo de intercâmbio cultural ou
disposições desta Lei. revalidado no Brasil como diploma de
Art. 2º – A Enfermagem e suas atividades Técnico de Enfermagem.
Auxiliares somente podem ser exercidas Art. 8º – São Auxiliares de Enfermagem:
por pessoas legalmente habilitadas e I – o titular do certificado de Auxiliar de
inscritas no Conselho Regional de Enfermagem conferido por instituição de
Enfermagem com jurisdição na área onde ensino, nos termos da Lei e registrado no
ocorre o exercício. órgão competente;
Parágrafo único. A Enfermagem é exercida II – o titular do diploma a que se refere a
privativamente pelo Enfermeiro, pelo Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956;
Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de III – o titular do diploma ou certificado a que
Enfermagem e pela Parteira, respeitados se refere o inciso III do Art. 2º da Lei nº
os respectivos graus de habilitação. 2.604, de 17 de setembro de 1955,
Art. 3º – O planejamento e a programação expedido até a publicação da Lei nº 4.024,
das instituições e serviços de saúde de 20 de dezembro de 1961;
incluem planejamento e programação de IV – o titular de certificado de Enfermeiro
Enfermagem. Prático ou Prático de Enfermagem,
Art. 4º – A programação de Enfermagem expedido até 1964 pelo Serviço Nacional
inclui a prescrição da assistência de de Fiscalização da Medicina e Farmácia,
Enfermagem. do Ministério da Saúde, ou por órgão
Art. 5º – (vetado) congênere da Secretaria de Saúde nas
§ 1º (vetado) Unidades da Federação, nos termos do
§ 2º (vetado) Decreto-lei nº 23.774, de 22 de janeiro de
Art. 6º – São enfermeiros: 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de
I – o titular do diploma de enfermeiro janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de
conferido por instituição de ensino, nos outubro de 1959;
termos da lei; V – o pessoal enquadrado como Auxiliar de
Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº
299, de 28 de fevereiro de 1967;

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VI – o titular do diploma ou certificado c) prescrição de medicamentos
conferido por escola ou curso estrangeiro, estabelecidos em programas de saúde
segundo as leis do país, registrado em pública e em rotina aprovada pela
virtude de acordo de intercâmbio cultural ou instituição de saúde;
revalidado no Brasil como certificado de d) participação em projetos de construção
Auxiliar de Enfermagem. ou reforma de unidades de internação;
Art. 9º – São Parteiras: e) prevenção e controle sistemático da
I – a titular de certificado previsto no Art. 1º infecção hospitalar e de doenças
do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de transmissíveis em geral;
1946, observado o disposto na Lei nº f) prevenção e controle sistemático de
3.640, de 10 de outubro de 1959; danos que possam ser causados à clientela
II – a titular do diploma ou certificado de durante a assistência de enfermagem;
Parteira, ou equivalente, conferido por g) assistência de enfermagem à gestante,
escola ou curso estrangeiro, segundo as parturiente e puérpera;
leis do país, registrado em virtude de h) acompanhamento da evolução e do
intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil, trabalho de parto;
até 2 (dois) anos após a publicação desta i) execução do parto sem distocia;
Lei, como certificado de Parteira. j) educação visando à melhoria de saúde
Art. 10 – (vetado) da população.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as Parágrafo único. As profissionais referidas
atividades de enfermagem, cabendo-lhe: no inciso II do art. 6º desta lei incumbe,
I – privativamente: ainda:
a) direção do órgão de enfermagem a) assistência à parturiente e ao parto
integrante da estrutura básica da instituição normal;
de saúde, pública e privada, e chefia de b) identificação das distocias obstétricas e
serviço e de unidade de enfermagem; tomada de providências até a chegada do
b) organização e direção dos serviços de médico;
enfermagem e de suas atividades técnicas c) realização de episiotomia e episiorrafia e
e auxiliares nas empresas prestadoras aplicação de anestesia local, quando
desses serviços; necessária.
c) planejamento, organização, Art. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce
coordenação, execução e avaliação dos atividade de nível médio, envolvendo
serviços da assistência de enfermagem; orientação e acompanhamento do trabalho
d) (VETADO); de Enfermagem em grau auxiliar, e
e) (VETADO); participação no planejamento da
f) (VETADO); assistência de Enfermagem, cabendo-lhe
g) (VETADO); especialmente:
h) consultoria, auditoria e emissão de § 1º Participar da programação da
parecer sobre matéria de enfermagem; assistência de Enfermagem;
i) consulta de enfermagem; § 2º Executar ações assistenciais de
j) prescrição da assistência de Enfermagem, exceto as privativas do
enfermagem; Enfermeiro, observado o disposto no
l) cuidados diretos de enfermagem a Parágrafo único do Art. 11 desta Lei;
pacientes graves com risco de vida; § 3º Participar da orientação e supervisão
m) cuidados de enfermagem de maior do trabalho de Enfermagem em grau
complexidade técnica e que exijam auxiliar;
conhecimentos de base científica e § 4º Participar da equipe de saúde.
capacidade de tomar decisões imediatas; Art. 13 – O Auxiliar de Enfermagem exerce
II – como integrante da equipe de saúde: atividades de nível médio, de natureza
a) participação no planejamento, execução repetitiva, envolvendo serviços auxiliares
e avaliação da programação de saúde; de Enfermagem sob supervisão, bem como
b) participação na elaboração, execução e a participação em nível de execução
avaliação dos planos assistenciais de simples, em processos de tratamento,
saúde; cabendo-lhe especialmente:

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§ 1º Observar, reconhecer e descrever Art. 26 – Esta Lei entra em vigor na data de
sinais e sintomas; sua publicação.
§ 2º Executar ações de tratamento simples; Art. 27 – Revogam-se (vetado) as demais
§ 3º Prestar cuidados de higiene e conforto disposições em contrário.
ao paciente; Brasília, em 25 de junho de 1986, 165º da
§ 4º Participar da equipe de saúde. Independência e 98º da República
Art. 14 – (vetado) José Sarney
Art. 15 – As atividades referidas nos arts. Almir Pazzianotto Pinto
12 e 13 desta Lei, quando exercidas em Lei nº 7.498, de 25.06.86
instituições de saúde, públicas e privadas, publicada no DOU de 26.06.86
e em programas de saúde, somente podem Seção I – fls. 9.273 a 9.275
ser desempenhadas sob orientação e CÓDIGO DE ÉTICA DOS
supervisão de Enfermeiro. PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Art. 16 – (vetado)
Art. 17 – (vetado) RESOLUÇÃO COFEN-240/2000
Art. 18 – (vetado) Aprova o Código de Ética dos
Parágrafo único. (vetado) Profissionais de Enfermagem e dá
Art. 19 – (vetado) outras providências.
Art. 20 – Os órgãos de pessoal da O Conselho Federal de Enfermagem-
administração pública direta e indireta, COFEN, no uso de suas atribuições legais
federal, estadual, municipal, do Distrito e regimentais;
Federal e dos Territórios observarão, no CONSIDERANDO a Lei nº 5.905/73, em
provimento de cargos e funções e na seu artigo 8º, inciso III;
contratação de pessoal de Enfermagem, de CONSIDERANDO o resultado dos estudos
todos os graus, os preceitos desta Lei. originários de seminários realizados pelo
Parágrafo único – Os órgãos a que se COFEN com participação dos diversos
refere este artigo promoverão as medidas segmentos da profissão;
necessárias à harmonização das situações CONSIDERANDO o que consta dos PADs
já existentes com as diposições desta Lei, COFEN nºs 83/91, 179/91, 45/92 e 119/92;
respeitados os direitos adquiridos quanto a CONSIDERANDO a deliberação do
vencimentos e salários. Plenário em sua 288ª Reunião Ordinária;
Art. 21 – (vetado) RESOLVE:
Art. 22 – (vetado) Art. 1º - Fica aprovado o Código de Ética
Art. 23 – O pessoal que se encontra dos Profissionais de Enfermagem, para
executando tarefas de Enfermagem, em aplicação na jurisdição de todos os
virtude de carência de recursos humanos Conselhos de Enfermagem.
de nível médio nesta área, sem possuir Art. 2º - Todos os profissionais de
formação específica regulada em lei, será Enfermagem poderão conhecer o inteiro
autorizado, pelo Conselho Federal de teor do presente Código, bastando para
Enfermagem, a exercer atividades tanto, requerê-lo no Conselho Regional de
elementares de Enfermagem, observado o Enfermagem do Estado onde exerce suas
disposto no Art. 15 desta Lei. atividades.
Parágrafo único – A autorização referida Art. 3º - Aplicam-se aos Atendentes de
neste artigo, que obedecerá aos critérios Enfermagem e assemelhados que exercem
baixados pelo Conselho Federal de atividades na área de Enfermagem, todos
Enfermagem, somente poderá ser os preceitos contidos no Código de Ética
concedida durante o prazo de 10 (dez) dos Profissionais de Enfermagem.
anos, a contar da promulgação desta Lei. Art. 4º - Este ato resolucional entrará em
Art. 24 – (vetado) vigor na data de sua publicação,
Parágrafo único – (vetado) revogando-se as disposições em contrário,
Art. 25 – O Poder Executivo regulamentará em especial, as Resoluções COFEN-
esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) 160/93, 161/93 e 201/97.
dias a contar da data de sua publicação. Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2000

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Gilberto Linhares Teixeira para o exercício profissional, ressalvadas
(COREN-RJ Nº 2.380) as situações de urgência e emergência,
Presidente devendo comunicar imediatamente sua
João Aureliano Amorim de Sena decisão ao Conselho Regional de
(COREN-RN Nº 9.176) Enfermagem.
Primeiro Secretário
Parágrafo único - Ao cliente sob sua
CÓDIGO DE ÉTICA DOS responsabilidade, deve ser garantida a
PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM continuidade da assistência de
CAPÍTULO I Enfermagem.
Dos Princípios Fundamentais Art. 12 - Receber salários ou honorários
Art. 1º - A Enfermagem é uma profissão pelo seu trabalho que deverá corresponder,
comprometida com a saúde do ser humano no mínimo, ao fixado por legislação
e da coletividade. Atua na promoção, específica.
proteção, recuperação da saúde e Art. 13 - Associar-se, exercer cargos e
reabilitação das pessoas, respeitando os participar das atividades de entidades de
preceitos éticos e legais. classe.
Art. 2º - O profissional de Enfermagem Art. 14 - Atualizar seus conhecimentos
participa, como integrante da sociedade, técnicos, científicos e culturais.
das ações que visem satisfazer às Art. 15 - Apoiar as iniciativas que visem ao
necessidades de saúde da população. aprimoramento profissional, cultural e a
Art. 3º - O profissional de Enfermagem defesa dos legítimos interesses de classe.
respeita a vida, a dignidade e os direitos da
pessoa humana, em todo o seu ciclo vital, CAPÍTULO III
sem discriminação de qualquer natureza. Das Responsabilidades
Art. 4º - O profissional de Enfermagem Art. 16 - Assegurar ao cliente uma
exerce suas atividades com justiça, assistência de Enfermagem livre de danos
competência, responsabilidade e decorrentes de imperícia, negligência ou
honestidade. imprudência.
Art. 5º - O profissional de Enfermagem Art. 17 - Avaliar criteriosamente sua
presta assistência a saúde visando a competência técnica e legal e somente
promoção do ser humano como um todo. aceitar encargos ou atribuições, quando
Art. 6º - O profissional de Enfermagem capaz de desempenho seguro para si e
exerce a profissão com autonomia, para a clientela.
respeitando os preceitos legais da Art. 18 - Manter-se atualizado ampliando
Enfermagem. seus conhecimentos técnicos, científicos e
CAPÍTULO II culturais, em benefício da clientela,
Dos Direitos coletividade e do desenvolvimento da
Art. 7º - Recusar-se a executar atividades profissão.
que não sejam de sua competência legal. Art. 19 - Promover e/ou facilitar o
Art. 8º - Ser informado sobre o diagnóstico aperfeiçoamento técnico, científico e
provisório ou definitivo de todos os clientes cultural do pessoal sob sua orientação e
que estejam sob sua assistência. supervisão.
Art. 9º - Recorrer ao Conselho Regional de Art. 20 - Responsabilizar-se por falta
Enfermagem, quando impedido de cumprir cometida em suas atividades profissionais,
o presente Código e a Lei do Exercício independente de ter sido praticada
Profissional. individualmente ou em equipe.
Art. 10 - Participar de movimentos CAPÍTULO IV
reivindicatórios por melhores condições de Dos Deveres
assistência, de trabalho e remuneração. Art. 21 - Cumprir e fazer cumprir os
Art. 11 - Suspender suas atividades, preceitos éticos e legais da profissão.
individual ou coletivamente, quando a Art. 22 - Exercer a enfermagem com
instituição pública ou privada para a qual justiça, competência, responsabilidade e
trabalhe não oferecer condições mínimas honestidade.

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Art. 23 - Prestar assistência de Art. 36 - Interromper a pesquisa na
Enfermagem à clientela, sem discriminação presença de qualquer perigo a vida e a
de qualquer natureza. integridade da pessoa humana.
Art. 24 - Prestar à clientela uma assistência Art. 37 - Ser honesto no relatório dos
de Enfermagem livre dos riscos resultados da pesquisa.
decorrentes de imperícia, negligência e Art. 38 - Tratar os colegas e outros
imprudência. profissionais com respeito e consideração.
Art. 25 - Garantir a continuidade da
assistência de Enfermagem. Art. 39 - Alertar o profissional, quando
Art. 26 - Prestar adequadas informações ao diante de falta cometida por imperícia,
cliente e família a respeito da assistência imprudência e negligência.
de Enfermagem, possíveis benefícios, Art. 40 - Comunicar ao Conselho Regional
riscos e conseqüências que possam de Enfermagem fatos que infrinjam
ocorrer. preceitos do presente Código e da Lei do
Art. 27 - Respeitar e reconhecer o direito do Exercício Profissional.
cliente de decidir sobre sua pessoa, seu Art. 41 - Comunicar formalmente ao
tratamento e seu bem-estar. Conselho Regional de Enfermagem fatos
Art. 28 - Respeitar o natural pudor, a que envolvam recusa ou demissão de
privacidade e a intimidade do cliente. cargo, função ou emprego, motivados pela
Art. 29 - Manter segredo sobre fato sigiloso necessidade do profissional em preservar
de que tenha conhecimento em razão de os postulados éticos e legais da profissão.
sua atividade profissional, exceto nos CAPÍTULO V
casos previstos em Lei. Das Proibições
Art. 30 - Colaborar com a equipe de saúde Art. 42 - Negar assistência de Enfermagem
no esclarecimento do cliente e família em caso de urgência ou emergência.
sobre o seu estado de saúde e tratamento, Art. 43 - Abandonar o cliente em meio a
possíveis benefícios, riscos e tratamento sem garantia de continuidade
conseqüências que possam ocorrer. da assistência.
Art. 31 - Colaborar com a equipe de saúde
na orientação do cliente ou responsável, Art. 44 - Participar de tratamento sem
sobre os riscos dos exames ou de outros consentimento do cliente ou representante
procedimentos aos quais se submeterá. legal, exceto em iminente risco de vida.
Art. 32 - Respeitar o ser humano na Art. 45 - Provocar aborto ou cooperar em
situação de morte e pós-morte. prática destinada a interromper a gestação.
Art. 33 - Proteger o cliente contra danos
decorrentes de imperícia, negligência ou Parágrafo único - Nos casos previstos em
imprudência por parte de qualquer membro Lei, o profissional deverá decidir, de acordo
da equipe de saúde. com a sua consciência, sobre a sua
Art. 34 - Colocar seus serviços profissionais participação ou não no ato abortivo.
à disposição da comunidade em casos de
emergência, epidemia e catástrofe, sem Art. 46 - Promover a eutanásia ou cooperar
pleitear vantagens pessoais. em prática destinada a antecipar a morte
Art. 35 - Solicitar consentimento do cliente do cliente.
ou do seu representante legal, de Art. 47 - Ministrar medicamentos sem
preferência por escrito, para realizar ou certificar-se da natureza das drogas que o
participar de pesquisa ou atividade de compõem e da existência de risco para o
ensino em Enfermagem, mediante cliente.
apresentação da informação completa dos Art. 48 - Prescrever medicamentos ou
objetivos, riscos e benefícios, da garantia praticar ato cirúrgico, exceto os previstos
do anonimato e sigilo, do respeito a na legislação vigente e em caso de
privacidade e intimidade e a sua liberdade emergência.
de participar ou declinar de sua Art. 49 - Executar a assistência de
participação no momento que desejar. Enfermagem sem o consentimento do

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cliente ou seu representante legal, exceto saúde, unidade sanitária, clínica,
em iminente risco de vida. ambulatório, escola, curso, empresa ou
Art. 50 - Executar prescrições terapêuticas estabelecimento congênere sem nele
quando contrárias à segurança do cliente. exercer as funções de Enfermagem
Art. 51 - Prestar ao cliente serviços que por pressupostas.
sua natureza incumbem a outro Art. 64 - Assinar as ações de Enfermagem
profissional, exceto em caso de que não executou, bem como permitir que
emergência. outro profissional assine as que executou.
Art. 52 - Provocar, cooperar ou ser Art. 65 - Receber vantagens de instituição,
conivente com maus-tratos. empresa ou de cliente, além do que lhe é
Art. 53 - Realizar ou participar de pesquisa devido, como forma de garantir assistência
ou atividade de ensino, em que o direito de Enfermagem diferenciada ou benefícios
inalienável do homem seja desrespeitado de qualquer natureza para si ou para
ou acarrete perigo de vida ou dano à sua outrem.
saúde. Art. 66 - Colaborar, direta ou indiretamente
com outros profissionais de saúde, no
Parágrafo único - A participação do descumprimento da legislação referente
profissional de Enfermagem nas pesquisas aos transplantes de órgãos, tecidos,
experimentais, deve ser precedida de esterilização ou fecundação artificial.
consentimento, por escrito, do cliente ou do Art. 67 - Usar de qualquer mecanismos de
seu representante legal. pressão e/ou suborno com pessoas físicas
Art. 54 - Publicar trabalho com elementos e/ou jurídicas para conseguir qualquer tipo
que identifiquem o cliente, sem sua de vantagem.
autorização. Art. 68 - Utilizar, de forma abusiva, o poder
Art. 55 - Publicar, em seu nome, trabalho que lhe confere a posição ou cargo, para
científico do qual não tenha participação ou impor ordens, opiniões, inferiorizar as
omitir em publicações, nomes de pessoas e/ou dificultar o exercício
colaboradores e/ou orientadores. profissional.
Art. 56 - Utilizar-se, sem referência ao autor Art. 69 - Ser conivente com crime,
ou sem autorização expressa, de dados, contravenção penal ou ato praticado por
informações ou opiniões ainda não membro da equipe de trabalho que infrinja
publicados. postulado ético profissional.
Art. 57 - Sobrepor o interesse da ciência ao Art. 70 - Denegrir a imagem do colega e/ou
interesse e segurança da pessoa humana. de outro membro da equipe de saúde, de
Art. 58 - Determinar a execução de atos entidade de classe e/ou de instituição onde
contrários ao Código de Ética e demais trabalha.
legislações que regulamentam o exercício
profissional da Enfermagem. CAPÍTULO VI
Art. 59 - Trabalhar e/ou colaborar com Dos Deveres Disciplinares
pessoas físicas e/ou jurídicas que Art. 71 - Cumprir as normas dos Conselhos
desrespeitem princípios éticos de Federal e Regionais de Enfermagem.
Enfermagem. Art. 72 - Atender às convocações dos
Art. 60 - Acumpliciar-se com pessoas ou Conselhos Federal e Regionais de
instituições que exerçam ilegalmente Enfermagem, no prazo determinado.
atividades de Enfermagem. Art. 73 - Facilitar a fiscalização do exercício
Art. 61 - Pleitear cargo, função ou emprego profissional.
ocupado por colega, utilizando-se de Art. 74 - Manter-se regularizado com suas
concorrência desleal. obrigações financeiras com o Conselho
Art. 62 - Aceitar, sem anuência do Regional de Enfermagem.
Conselho Regional de Enfermagem, cargo, Art. 75 - Apor o número de inscrição do
função ou emprego vago em decorrência Conselho Regional de Enfermagem em sua
do previsto no Art. 41. assinatura, quando no exercício
Art. 63 - Permitir que seu nome conste no profissional.
quadro de pessoal de hospital, casa de

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Art. 76 - Facilitar a participação dos testemunhas.
profissionais de Enfermagem no
desempenho de atividades nos órgãos de Parágrafo segundo - A multa consiste na
classe. obrigatoriedade de pagamento de 01 (um)
Art. 77 - Facilitar o desenvolvimento das a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da
atividades de ensino e pesquisa, categoria profissional a qual pertence o
devidamente aprovadas. infrator, em vigor no ato do pagamento.
Art. 78 - Não apropriar-se de dinheiro, valor
ou qualquer bem imóvel, público ou Parágrafo terceiro - A censura consiste em
particular de que tenha posse, em razão do repreensão que será divulgada nas
cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou publicações oficiais dos Conselhos Federal
de outrem. e Regionais de Enfermagem.
Capítulo VII
Das Infrações e Penalidades Parágrafo quarto - A suspensão consiste na
Art. 79 - A caracterização das infrações proibição do exercício da Enfermagem por
éticas e disciplinares e a aplicação das um período não superior a 29 (vinte e nove)
respectivas penalidades regem-se por este dias e será divulgada nas publicações
Código, sem prejuízo das sanções oficiais dos Conselhos Federal e Regionais
previstas em outros dispositivos legais. de Enfermagem.
Art. 80 - Considera-se infração ética a
ação, omissão ou conivência que implique Parágrafo quinto - A cassação consiste na
em desobediência e/ou inobservância às perda do direito ao exercício da
disposições do Código de Ética dos Enfermagem e será divulgada nas
Profissionais de Enfermagem. publicações dos Conselhos Federal e
Art. 81 - Considera-se infração disciplinar a Regionais de Enfermagem e em jornais de
inobservância das normas dos Conselhos grande circulação.
Federal e Regionais de Enfermagem. Art. 86 - As penalidades de advertência
Art. 82 - Responde pela infração quem a verbal, multa, censura e suspensão do
cometer ou concorrer para a sua prática, ou exercício Profissional são da alçada dos
dela obtiver benefício, quando cometida por Conselhos Regionais de Enfermagem; a
outrem. pena de cassação do direito ao exercício
Art. 83 - A gravidade da infração é Profissional é de competência do Conselho
caracterizada através da análise dos fatos Federal de Enfermagem, conforme o
e causas do dano, suas conseqüências e disposto no Art. 18, parágrafo primeiro, da
dos antecedentes do infrator. Lei nº 5.905/73.
Art. 84 - A infração é apurada em processo
instaurado e conduzido nos termos deste Parágrafo único - Na situação em que o
Código. processo tiver origem no Conselho Federal
Art. 85 - As penalidades a serem impostas de Enfermagem, terá como instância
pelos Conselhos Federal e Regionais de superior a Assembléia dos Delegados
Enfermagem, conforme o que determina o Regionais.
Art. 18, da Lei nº 5.905, de 12 de julho de Art. 87 - Para a graduação da penalidade e
1973, são as seguintes: respectiva imposição consideram-se:
I - Advertência verbal.
II - Multa. I - A maior ou menor gravidade da infração.
III - Censura. II - As circunstâncias agravantes e
IV - Suspensão do exercício profissional. atenuantes da infração.
V - Cassação do direito ao exercício III - O dano causado e suas
profissional. conseqüências.
IV - Os antecedentes do infrator.
Parágrafo primeiro - A advertência verbal Art. 88 - As infrações serão consideradas
consiste numa admoestação ao infrator, de leves, graves ou gravíssimas, conforme a
forma reservada, que será registrada no natureza do ato e a circunstância de cada
prontuário do mesmo, na presença de duas caso.

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Art. 92 - A pena de Advertência Verbal é
Parágrafo primeiro - São consideradas aplicável nos casos de infrações ao que
infrações leves as que ofendam a está estabelecido nos artigos: 16 a 26; 28 a
integridade física, mental ou moral de 35; 37 a 44; 47 a 50; 52; 54; 56; 58 a 62 e
qualquer pessoa, sem causar debilidade. 64 a 78 deste Código.
Art. 93 - A pena de Multa é aplicável nos
Parágrafo segundo - São consideradas casos de infrações ao que está
infrações graves as que provoquem perigo estabelecido nos artigos: 16 a 75 e 77 a 79,
de vida, debilidade temporária de membro, deste Código.
sentido ou função em qualquer pessoa. Art. 94 - A pena de Censura é aplicável nos
casos de infrações ao que está
Parágrafo terceiro - São consideradas estabelecido nos artigos: 16; 17; 21 a 29;
infrações gravíssimas as que provoquem 32; 35 a 37; 42; 43; 45 a 53; 55 a 75 e 77 a
morte, deformidade permanente, perda ou 79, deste Código.
inutilização de membro, sentido, função ou Art. 95 - A pena de Suspensão do Exercício
ainda, dano moral irremediável em Profissional é aplicável nos casos de
qualquer pessoa. infrações ao que está estabelecido nos
Art. 89 - São consideradas circunstâncias artigos: 16; 17; 21 a 25; 29; 32; 36; 42; 43;
atenuantes: 45 a 48; 50 a 53; 57 a 60; 63; 66; 67; 70 a
72; 75 e 79, deste Código.
I - Ter o infrator procurado, logo após a Art. 96 - A pena de Cassação do Direito ao
infração, por sua espontânea vontade e Exercício Profissional é aplicável nos casos
com eficiência, evitar ou minorar as de infrações ao que está estabelecido nos
conseqüências do seu ato. artigos: 16; 24; 36; 42; 45; 46; 51 a 53; 57;
II - Ter bons antecedentes profissionais. 60; 70 e 79, deste Código.
III - Realizar atos sob coação e/ou CAPÍTULO IX
intimidação. Das Disposições Gerais
IV - Realizar atos sob emprego real de Art. 97 - Os casos omissos serão
força física. resolvidos pelo Conselho Federal de
V - Ter confessado espontaneamente a Enfermagem.
autoria da infração. Art. 98 - Este Código poderá ser alterado
Art. 90 - São consideradas circunstâncias pelo Conselho Federal de Enfermagem, por
agravantes: iniciativa própria e/ou mediante proposta de
Conselhos Regionais.
I - Ser reincidente.
II - Causar danos irreparáveis. Parágrafo único - A alteração referida deve
III - Cometer infração dolosamente. ser precedida de ampla discussão com a
IV - Cometer infração por motivo fútil ou categoria.
torpe. Art. 99 - O presente Código entrará em
V - Facilitar ou assegurar a execução, a vigor na data de sua publicação, revogando
ocultação, a impunidade ou a vantagem de os demais disposições em contrário.
outra infração.
VI - Aproveitar-se da fragilidade da vítima.
VII - Cometer a infração com abuso de LEI Nº 8.967, DE 28.12.94.
autoridade ou violação do dever inerente
ao cargo ou função. Altera a redação do parágrafo único do art.
VIII - Ter mais antecedentes pessoais e/ou 23 da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986,
profissionais. que dispõe sobre a regulamentação do
Capítulo VIII exercício da enfermagem e dá outras
Da Aplicação das Penalidades providências
Art. 91 - As penalidades previstas neste O Presidente da República
Código somente poderão ser aplicadas, Faço saber que o Congresso Nacional
cumulativamente, quando houver infração a decreta eu sanciono a seguinte Lei:
mais de um artigo.

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Art. 1º - O Parágrafo único do Art. 23 da Lei mas não necessariamente contra seus
nº 7.498 de 25 de junho de 1986, passa a esporos.
vigorar com a seguinte redação:
Parágrafo único - É assegurado aos Assepsia. A assepsia envolve a inativação
Atendentes de Enfermagem, admitidos ou destruição por meio químico dos
antes da vigência desta Lei, o exercício das microrganismos associados ao animal.
atividades elementares da Enfermagem, Antissépticos podem ser bactericidas ou
observado o disposto em seu artigo 15. bacteriostáticos; o estado formador é
Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de irreversível, mas o último é reversível. Para
sua publicação. propósitos ordinários, os termos
Art. 3º - Revogam-se as disposições em desinfetantes e antissépticos são usados
contrário. como sinônimos.
Brasília, 28 de dezembro de 1994; 175o da
Independência e 106o da República Agentes Físicos
Itamar Franco Calor Úmido:
Marcelo Pimentel O calor indubitavelmente atua coagulando
as proteínas celulares e destroçando todas
as estruturas celulares vitais. O modo de
5 - LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ação do calor quando aplicado de modo a
ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS E apenas matar as células mais sensíveis em
SUPERFÍCIES uma população constitui assunto de mera
conjectura no momento. Entretanto,
constatou-se que uma fração importante de
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO E uma suspensão de bactérias mortas pelo
DESINFECÇÃO DE MATERIAIS E calor pode ser reavivada pela incubação
SUPERFÍCIES em uma solução tamponada de certos
Esterilização e desinfecção são de grande metabólitos comuns, tais como ácido cítrico
importância à prática veterinária. A ou ácido pirúvico. Isto sugere que, em
esterilização de vestimentas, instrumentos níveis limiares, o calor atue produzindo
cirúrgicos e seringas é um procedimento de uma perturbação reversível de apenas uma
rotina, como é a desinfecção de canis, ou poucas reações metabólicas chave.
premissas infectadas e calçados O calor é utilizado para destruir os
contaminados. Para que tais operações microrganismos de quatro maneiras
possam ser realizadas efetivamente, em diferentes.
entendimento dos princípios gerais de
esterilização, desinfecção e assepsia são Fervura - Água fervente ou vapor
necessárias. (instrumento esterilizador comum) a 100°C
é largamente utilizado na prática veterinária
Esterilização. É o processo pelo qual no preparo de seringas, agulhas e
todos os microrganismos viáveis são instrumentos para pequenas cirurgias. Este
eliminados ou destruídos. O critério de processo mata as formas vegetativas dos
esterilização é a deficiência dos microrganismos e vírus em 5 minutos.
microrganismos em crescer se um meio Muitos esporos também são mortos a
que mantém o crescimento é suprido. O 100°C neste mesmo período, mas muitos
requerimento limitante da esterilização do dos mais resistentes, e.g, aqueles dos
esporo bacteriano, a forma de vida mais Clostridium tetani e as espécies comuns de
resistente. Bacillus, podem sobreviver à fervura por
várias horas. E assim parece que embora a
Desinfecção. A desinfecção envolve a fervura mate a maioria das bactérias
destruição de microrganismos patogênicos patogênicas, não é uma esterilização como
associados a objetos inanimados, na definição do termo. Se a fervura é
geralmente por meio físico ou químico. utilizada, não deve ser continuada por
Todos os desinfetantes são efetivos contra menos de 10 minutos.
as formas vegetativas dos microrganismos,

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Vapor sob Pressão (Autoclave) - Os ao calor aos pacotes a serem
esporos mais resistentes são mortos por esterilizados. Faixas de papel
uma temperatura de 121°C por 15 minutos. impregnadas com esporos de
Isto é obtido ao nível do mar a uma Bacillus stearothermophilus também
pressão de 15 lb/in² acima da pressão podem ser utilizados para testar a
atmosférica. A autoclave, que é um cilindro autoclave. Se a autoclave está
de metal designado para conter vapor sob funcionando corretamente, os
pressão, é um dos equipamentos esporos serão mortos.
essenciais nos laboratórios de As autoclaves de alto vácuo utilizadas nas
microbiologia e salas de operação. Muitos clínicas e ns hospitais devem ser operadas
veterinários possuem pequenas autoclaves estritamente de acordo com as
para esterilização de instrumentos, recomendações fornecidas pelo fabricante.
vestimentas, soluções e invólucros Pressão, temperatura e tempos devem ser
cirúrgicos. Para se obter uma temperatura recordados e checagens de rotina devem
de 121°C, todo o ar deve ser retirado ser feitas nas temperaturas e efetividade de
anteriormente. Nas autoclaves de alto esterilização.
vácuo, grandes e modernas, 98% do ar é Vaporização (Tindalização) - Este
removido por uma poderosa bomba de ar. processo está largamente substituído pela
O ar é removido em duas etapas nas filtração. Envolve a colocação dos meios ou
autoclaves a vácuo. O vapor é admitido no condições em vapor fluente por uma hora a
topo da câmara e ar residual é expelido por cada três dias sucessivos. O período entre
baixo. as vaporizações permite aos esporos
O poder letal do vapor está atribuído ao germinarem e assim serem mortos na
fato de que se condensa sobre o objeto a próxima exposição. A tindalização depende
ser esterilizado, libera uma grande do meio ou solução serem suficientemente
quantidade de calor latente. A contração nutritivos para promover a germinação dos
resultante da condensação – um fino filme esporos nos intervalos entre as
de umidade na superfície do conteúdo – vaporizações. Meios bacteriológicos se
contrai o vapor fresco e assim mais calor. qualificam e este respeito.
Este processo continua e o vapor penetra e
circunda os vários objetos, produzindo uma Pasteurização - Este processo, que
alta temperatura uniforme. envolve o aquecimento do leite ao ponto
Os seguintes tópicos devem ser mantidos em que todos os patógenos potenciais
em mente quando se utilizar a autoclave humanos são mortos, tem reduzido
profissional: grandemente a incidência de brucelose e
 O ar e o condensado devem ser tuberculose em humanos com o passar dos
removidos para uma esterilização anos. Os surtos ocasionais do grupo de
efetiva. estreptococos A (Streptococcus pyogenes),
 A temperatura exigida de 121°C doença transmitida pelo leite, também vem
deve ser mantida. sendo eliminada.
 Todos os equipamentos tais como No método lento de pasteurização, o leite é
manômetros e medidores de tempo aquecido a 63ºC por 30 minutos e no
devem estar na ordem correta para método rápido a 72ºC por 15 segundos.
o trabalho. Algumas poucas bactérias vegetativas
 Os pacotes devem ser resistem ao valor (termófilas) e esporos
adequadamente preparados. Não sobrevivem. O leite é rapidamente resfriado
devem ser muito grandes e os após a pasteurização para desfavorecer o
invólucros não devem ser crescimento dos microrganismos viáveis
impermeáveis. O volume dos fluidos remanescentes.
não devem ser muito grandes. A
carga deve ser arrumada para Óxido de Etileno:
permitir a penetração do vapor. O gás óxido de etileno, tornado inexplosivo
 A efetividade da autoclave pode ser pela mistura com CO a 90% ou um
testada fixando-se uma fita sensível fluorcarboneto, constitui o mais fidedigno

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desinfetante disponível para superfícies A resistência relativa de diferentes estirpes
secas. É extensamente utilizado para a bacterianas a radiação e a outros agentes
desinfecção de instrumentos e materiais que danificam diretamente o ADN e devida
cirúrgicos, que devem ser colocados em a eficácia relativa de seus sistemas
câmaras de vácuo especiais para tal enzimáticos de reparação.
objetivo.
Radiação Ionizante - Esta forma de
Radiação: radiação possui um conteúdo muito maior
Luz Ultravioleta – A luz ultravioleta e, por de energia que a luz ultravioleta e
vezes utilizada como agente esterilizante. consequentemente possui uma ação
Sua ação e devida em parte a produção de desinfetante mais forte. Raios gama
peróxidos (R-O-O-R) no meio, os quais, por emitidos pelo cobalto-60 são utilizados
sua vez, atuam como agentes oxidantes. comercialmente para esterilizar seringas
Algumas das radiações mais penetrantes, descartáveis, agulhas, pipetas, fios de
tais como os raios x, ionizam (e, portanto, sutura cirúrgica, vestimentas, transplantes
inativam) os constituintes celulares através ósseos, próteses de artérias plásticas,
dos quais passam. Entretanto, parte do cateteres, placas de Petri plástica e outros
efeito da radiação com raios-X pode ser itens sensíveis ao calor. Infortunadamente
outra vez atribuída a formação de peróxido, quando a radiação ionizante e utilizada nos
pois que as células podem ser alimentos, os sabores podem ser afetados
parcialmente protegidas pela exclusão do e quando utilizados em itens tais como
oxigênio durante a irradiação. drogas, hormônios e enzimas, sua potencia
Grande parte da ação letal da radiação, pode ser reduzida.
entretanto, e devida a um efeito direto
sobre os ácidos nucléicos da célula. O Filtração:
principal efeito da absorção ultravioleta A filtração vêm sendo utilizada por décadas
pelo ADN e a produção de ligações para esterilizar meios bacteriológicos, soro
cruzadas entre resíduos pirimidínicos soluções sensíveis ao calor. Um poro de
vizinhos (produção de dímeros tamanho de 0,45um ou menos irá remover
pirimidínicos). todas as bactérias que foram utilizados
As bactérias contem dois sistemas através dos anos, o mais utilizado no
enzimáticos para a reparação do ADN que presente é o vidro de borossilicato,
contenha dímeros pirimidínicos. Um membrana de acetato de celulose (Gelman
sistema denominado fotorreativação, Millipore) e asbestos ou filtros Seitz. A
consiste em uma enzima que cliva os porosidade destes filtros mede de 0,22um a
dímeros pirimidínicos. Essa enzima e 10um. Os de tamanho rudimentar são
ativada pela luz visível; as células, utilizados para clarificação anterior dos
portanto, que foram "mortas" pela luz poros de tamanho menor. Os filtros
ultravioleta podem ser reativadas pela comumente utilizados para se remover
exposição a luz intensa de comprimento de bactérias não retêm vírus ou micoplasmas.
onda de 400mm. O segundo sistema e
denominado sistema de reparação no Agentes Químicos
escuro. Ele exige a ação de quatro enzimas Em virtude de os agentes antibacteriano
que operam em sucessão: (1) uma terem que ser inócuos para o organismo
endonuclease especifica que executa nas condições de utilização (toxicidade
cortes monofilamentares em cada lado do seletiva), o número de agentes
dímero, excisando-o do ADN; (2) uma 3’ antibacterianos comumente empregado é
exonuclease , que amplia o vão no muito mais baixo que o número de venenos
filamento de ADN por digestão sequencial; e inibidores celulares disponíveis. Assim, o
(3) ADN-polimerase, que preenche o vão cianeto, o arsênico e outros venenos não
pelo alongamento da extremidade 3’ , são incluídos em virtude, das limitações de
utilizando o filamento oposto como molde; sua utilidade prática.
e (4) polinucleotídio-ligase, que religa as
extremidades livres. Álcoois:

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Os compostos com a estrutura
(onde R significa "grupamento alcoíla") são Detergentes:
tóxicos para as células em concentração Os compostos que têm a propriedade de se
relativamente altas. São comumente concentrar interfaces são denominados
empregados o álcool etílico ( )e "agentes tensioativos" ou "detergentes". A
interface entre a membrana de uma célula
o álcool isopropílico ( [ ] ). Nas bacteriana, que contém lipídios, e o meio
concentrações geralmente usadas aquoso circundante atrai uma classe
(soluções aquosa a 70%) eles atuam como particular de compostos tensioativos, a
coagulantes das proteínas; entretanto, saber, aqueles que possuem tanto um
como no caso do calor, seu modo de ação grupamento lipossolúvel quanto um
em concentrações marginais não é grupamento hidrossolúvel. Os
conhecido. A revivescência de células hidrocarbonetos de cadeia longa são muito
"mortas", pela incubação com certos lipossolúveis, enquanto que os íons
metabólitos, foi observada também com dotados de carga são muito hidrossolúveis;
suspensões tratadas por álcool. um composto possuidor de ambas as
estruturas concentrar-se-á, assim, na
Fenol: superfície da célula bacteriana.
O fenol e muitos compostos fenólicos são Conhecem-se dois tipos gerais de agentes
fortes agentes antibacterianos. Nas altas tensioativos ou detergentes: aniônicos e
concentrações geralmente empregadas catiônicos.
(soluções aquosa a 1 até 2%) eles
coagulam as proteínas; isto não é devido, 1. Detergentes aniônicos – Os
entretanto, à sua acidez, pois que são detergentes nos quais o hidrocarboneto de
ácidos extremamente fracos. Em baixas cadeia longa tem uma carga negativa são
concentrações, o fenol atua por um denominados "aniônicos. Incluem os
mecanismo diferente, pois que, nessas sabões (sais sódicos de ácidos carboxílicos
concentrações, faz-se a ação reverter por de cadeia longa); produtos sintéticos que o
um componente do extrato de levedura. grupamento carboxila é substituído por um
grupo ácido sulfônico; e os sais biliares,
Íons de Metais Pesados: nos quais a porção lipossolúvel tem uma
Os sais de mercúrio, cobre e prata são, em estrutura esteroide.
altas concentrações, coagulantes das Os detergentes sintéticos têm vantagens
proteínas, porém são demasiado lesivo aos em solubilidade e custo sobre os sabões
tecidos humanos para serem usados dessa naturais (obtidos pela saponificação de
maneira. Usam-se comumente em gordura animal). Os sais biliares são
concentrações muito baixas, condições sob notáveis pelo fato de dissolverem
as quais atuam combinado com os completamente as células de
grupamentos sulfidrila. O mercúrio pode ser pneumococos, proporcionando, assim, um
mais seguro para uso externo quando recurso de identificação.
combinado com compostos com compostos
orgânicos (e.g., mercurocromo, mertiolato). 2. Detergentes catiônicos – O
Exceto quando utilizados sobre superfícies componente lipossolúvel pode-se tornar
cutâneas limpas, esses mercuriais portador de carga positiva pela combinação
orgânicos são de valor prático duvidoso, com um átomo de nitrogênio quaternário
pois são facilmente inativados por (valência = +5).
substância orgânica estranha. Como detergentes se concentram na
membrana celular, e com esta última é um
Agentes Oxidantes: componente celular essencial delicado,
Os agentes oxidantes fortes inativam as infere-se que os detergentes atuam pela
células oxidando-lhes grupamentos destruição da função normal da membrana
sulfidrila livres. Os agentes úteis incluem o celular. Baseia-se esse ponto-de-vista nas
peróxido de hidrogênio, o iodo, o experiências que mostram que células
hipoclorito, o cloro, e compostos que
liberem cloro lentamente (cloreto de cálcio).

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expostas a detergentes "vazam" compostos imunidade passiva artificial pode ser
solúveis de nitrogênio e fosfato no meio. adquirida sob três formas principais: a
imunoglobulina humana combinada, a
6) PROGRAMA NACIONAL DE imunoglobulina humana hiperimune e o
IMUNIZAÇÕES soro heterólogo. A transfusão de sangue é
uma outra forma de se adquirir imunidade
A imunização é definida como a passiva, já que, virtualmente, todos os tipos
aquisição de proteção imunológica contra de produtos sanguíneos (i.e. sangue total,
uma doença infecciosa. Prática que tem plasma, concentrado de hemácias,
como objetivo aumentar a resistência de concentrado de plaquetas, etc) contêm
um indivíduo contra infecções. É anticorpos.
administrada por meio de vacina,
imunoglobulina ou por soro de
CLASSIFICAÇÃO DAS VACINAS
anticorpos. As vacinas são usadas para
induzir a imunidade ativa; sua 1- Vacinas vivas atenuadas
administração resulta numa resposta Compostas de microrganismos vivos
biológica e na produção de anticorpos atenuados em laboratório, que devem ser
específicos. Assim, a imunidade é induzida capazes de multiplicarem-se no organismo
contra futuras infecções pelo mesmo hospedeiro para que possa ocorrer a
microorganismo. A imunidade ativa dura estimulação de uma resposta imune. Essa
muitos anos; a passiva é induzida pela resposta imune ao microrganismo
administração de anticorpos contra uma atenuado é idêntica a produzida pela
infecção particular. Os anticorpos colhidos infecção natural, pois o sistema imune é
dos humanos são chamados incapaz de diferenciar entre uma infecção
imunoglobulina e os dos animais, soros. A pelo microrganismo vacinal e o
imunidade passiva dura apenas algumas microrganismo selvagem. A multiplicação
semanas. do microrganismo vacinal não costuma ser
capaz de causar doença.
Exemplos de vacinas vivas
IMUNIZAÇÃO ATIVA VS. PASSIVA atenuadas: Sarampo, caxumba, rubéola,
A imunização ativa ocorre quando o pólio-Sabin, febre amarela, varicela, BCG.
próprio sistema imune da criança, ao entrar
em contato com uma substância estranha 2- Vacinas inativadas
ao organismo, responde produzindo Compostas de microrganismos
anticorpos e células imunes (linfócitos T). inativados, o que significa que estes não
Esse tipo de imunidade geralmente dura mais se encontram vivos, logo incapazes
por vários anos, às vezes, por toda uma de multiplicarem-se. A resposta imune à
vida.Os dois meios de se adquirir vacina inativada é principalmente humoral,
imunidade ativa são contraindo uma com pouca ou nenhuma imunidade celular.
doença infecciosa e a vacinação. Exemplos de vacinas inativadas:
A imunização passiva é obtida pela DPT,hepatite A, hepatite B, raiva, pólio-
transferência à criança de anticorpos Salk, pneumococo, meningococo,
produzidos por um animal ou outro homem. influenza, haemophilus do tipo-b, febre
Esse tipo de imunidade produz uma rápida tifóide, cólera.
e eficiente proteção, que, contudo, é
temporária, durando em média poucas
NÚMERO DE DOSES DE UMA
semanas ou meses. A imunidade passiva
natural é o tipo mais comum de imunidade VACINA
passiva, sendo caracterizada pela As vacinas vivas atenuadas
passagem de anticorpos da mãe para o geralmente produzem imunidade
feto através da placenta. Essa prolongada com uma única dose; exceção
transferência de anticorpos ocorre nos à vacina oral da poliomielite.As vacinas
últimos 2 meses de gestação, de modo a inativadas requerem múltiplas doses para
conferir uma boa imunidade à criança produzir imunidade e, eventualmente,
durante seu primeiro ano de vida. A

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necessitam de uma dose de reforço para a A administração de vacinas vivas
manutenção da imunidade. atenuadas x anticorpos :
 Se a vacina foi administrada
antes- Esperar 2 semanas antes de
INTERVALO ENTRE DOSES DE UMA
administrar o anticorpo
MESMA VACINA  Se o anticorpo foi
Não existe um intervalo máximo administrado antes- Esperar > 3 meses
entre as doses de uma mesma vacina. antes de administrar a vacina
Assim sendo, apesar de cada vacina Observação: A vacina oral da
possuir seu próprio intervalo de tempo poliomielite não é afetada por anticorpos,
recomendável entre as doses, no caso possivelmente porque o vírus pólio
desse intervalo ter sido ultrapassado, não multiplica-se no trato GI.
existe a indicação de se reiniciar nova
vacinação e deve-se administrar as doses
subsequentes da vacina.
REAÇÕES ADVERSAS DAS
Por outro lado, a não obediência do VACINAS
intervalo mínimo permitido entre as doses As reações locais são as mais
pode implicar em redução da eficácia da frequentes e incluem dor, edema e eritema
vacina. no sítio de injeção. Essas reações
geralmente são leves e auto-limitadas, no
entanto, em raras ocasiões, podem se
APLICAÇÃO SIMULTÂNEA E NÃO
tornar graves (reações de Arthus).
SIMULTÂNEA DE DIFERENTES VACINAS As reações sistêmicas incluem febre,
Não existe contraindicação a mal-estar, rash cutâneo, mialgias, cefaléia
administração simultânea de quaisquer e anorexia. Esses sintomas usualmente
vacinas. A única exceção a essa regra fica ocorrem 1-2 semanas após a
por conta da administração simultânea das administração de vacinas vivas atenuadas
vacinas da febre amarela e cólera, que e são considerados como uma “doença”
devem ser separadas por um período leve provocada pela multiplicação do
mínimo de 3 semanas. microrganismo da vacina.
A administração não-simultânea de As reações alérgicas são as mais
diferentes vacinas deve seguir os seguintes graves, inclusive colocando a vida da
intervalos entre elas: criança em risco, porém, felizmente, são
 Duas vacinas vivas muito raras.
atenuadas- Esperar 4 semanas
 Febre amarela e cólera-
Esperar 3 semanas
CONTRA-INDICAÇÕES À
 Todas as outras- Sem VACINAÇÃO
restrições 1-Contra-indicações gerais à
Observação: A vacina oral da vacinação:
poliomielite não precisa ser separada por 4  Alergia grave a uma dose
semanas de outra vacina viva atenuada prévia da vacina
 Alergia grave a um dos
componentes da vacina
INTERFERÊNCIA DA PRESENÇA DE
 Doença aguda moderada à
ANTICORPOS NA RESPOSTA À grave
VACINAÇÃO Observação: As vacinas contra o
A multiplicação dos microrganismos sarampo, caxumba, influenza (gripe) e
nas vacinas vivas atenuadas é necessária febre amarela não são recomendadas a
para que ocorra a resposta imune. A indivíduos alérgicos à proteína do ovo de
presença de anticorpos circulantes pode galinha.
resultar numa inibição dessa multiplicação
e, consequentemente, numa imunização 2-Contra-indicações às vacinas vivas
ineficiente. atenuadas:
 Gravidez

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 Imunossupressão Observação: A vacinação oral da
 Transfusão recente de poliomielite está contra-indicada às
produtos sanguíneos crianças que possuem um contactante
domiciliar imunossuprimido, pois existe o
3-Contra-indicações à vacinação risco da criança expelir o vírus vacinal no
BCG: ambiente e, com isso, o indivíduo
 Todas relativas às vacinas imunossuprimido desenvolver poliomielite
vivas atenuadas paralítica.
 Criança com peso < 2 Kg As vacinas do sarampo e varicela,
(impossibilidade técnica da aplicação ID) apesar de serem vacinas vivas atenuadas,
estão indicadas às crianças HIV positivas
4-Contra-indicações à vacinação assintomáticas ou levemente
DPT (devido ao componente pertussis): imunossuprimidas, em virtude destas duas
 Encefalopatia nos 7 dias pós- doenças representarem infecções graves
vacinação em pacientes HIV positivos.
 Convulsões nas 72 horas pós-
vacinação
INDICAÇÕES DE IMUNIZAÇÃO
 Choro persistente e
inconsolável, com 3 horas ou mais de PASSIVA
duração  Imunoglobulina humana
combinada: Possui indicação na profilaxia
5-Falsas contra-indicações à pós-exposição da hepatite A e sarampo.
vacinação:  Imunoglobulina humana
 Doença aguda leve (infecções hiperimune: Profilaxia pós-exposição da
de vias aéreas superiores, resfriados, hepatite B, tétano e varicela.
diarréia, doenças de pele)  Soro heterólogo: Tratamento
 Desnutrição da difteria, profilaxia da raiva e tétano.
 Doença neurológica estável
(p.ex. síndrome convulsiva controlada)
 Antecedente familiar de IMUNOLOGIA
convulsão
 Uso de corticóides em doses Imunologia é o ramo da biologia
não imunossupressoras que estuda o sistema imunitário (ou
 Alergia a produtos que não imunológico). Ele lida, entre outras coisas,
compõe a vacina; alergia não-anafilática a com o funcionamento fisiológico do sistema
componente da vacina imune de um indivíduo no estado sadio ou
 Aleitamento materno não, malfuncionamento do sistema imune
 Contactante domiciliar de em casos de doenças imunológicas
grávida (doenças autoimunes, hipersensitividade,
 Prematuridade deficiência imune rejeição pós enxerto);
 Uso de antibióticos características físicas, químicas e
 Necessidade de fazer PPD fisiológicas dos componentes do sistema
imune in vitro, in situ e in vivo. O ramo da
imunologia que estuda a sua interação com
VACINAÇÃO E INFECÇÃO PELO
o comportamento e o sistema
HIV neuroendócrino chama-se
Não se deve aplicar vacinas vivas psiconeuroimunologia.
em crianças imunossuprimidas pelo HIV HISTÓRIA
(ou por qualquer outra etiologia) devido O conceito de Imunologia foi criado
possibilidade aumentada da ocorrência de por Elie Metchnikoff em 1882. Após
multiplicação descontrolada dos espetar uma larva transparente de estrela-
microrganismos vacinais e reações do-mar com o acúleo de uma roseira,
adversas graves. Metchnikoff verificou um acumulo de
células cercando a ponta afiada, 24 horas

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após a injúria. Uma resposta activa constituem várias subpopulações diferentes
(inexistente naquela época - ver Teoria com uma variedade de funções.
dos Humores) dos organismos foi então As células cititóxicas reconhecem e
proposta, baseada nas observações da destroem outras células que se tornaram
Fagocitose (termo cunhado pelo próprio infectadas. Essas células são: Ta¹, Ta², Tc e
Metchnikoff). Esta actividade seria LGG. As células auxiliares que controlam a
fundamental na manutenção da integridade inflamação são: basófilos, mastócitos e
dos organismos, sendo que a defesa plaquetas. Os basófilos e mastócitos
aparece como um fenômeno secundário. possuem granulosidades no seu citoplasma
e uma série de mediadores que provocam
inflamação nos tecidos circundantes. As
CONCEITO
plaquetas também podem liberar
As células responsáveis pela mediadores inflamatórios quando activadas
imunidade são os linfócitos e os durante a trombogénese ou por complexos
fagócitos. Os linfócitos podem apresentar- antigénio-anticorpo.
se como linfócitos T ou linfócitos B (estes As moléculas envolvidas no
são responsáveis pela produção de desenvolvimento da resposta imune
anticorpos), as células T citotóxicas (CD8) compreendem os anticorpos e as citosinas,
destroem células infectadas por vírus e os produzidas pelos linfócitos, e uma ampla
linfócitos T auxiliares (CD4) coordenam as variedade de outras moléculas conhecidas
respostas imunes. Além das defesas como proteínas de fase aguda, porque as
internas existem também defesas externas suas concentrações séricas elevam-se
(Ex: pele – barreira física, ácidos gordos e rapidamente durante a infecção. As
comensais). As defesas externas são a moléculas que promovem a fagocitose são
primeira barreira contra muitos organismos conhecidas como opsoninas.
agressores. No entanto, muitos conseguem O sistema complementar é um
penetrar, activando assim as defesas conjunto de aproximadamente 20 proteína
internas do organismo. O sistema imune séricacieínas séricas cuja principal função
pode sofrer um desequilíbrio que se é o controlo do processo inflamatório. As
apresenta como imunodeficiência, proteínas deste sistema promovem a
hipersensibilidade ou doença auto-imune. fagocitose, controlam a inflamação e
As respostas imunes podem ser interagem com os anticorpos na defesa
adaptativas ou inatas: as respostas imune.
adaptativas reagem melhor cada vez que As citosinas são moléculas diversas
encontram um determinado patógeno e a que fornecem sinais para os linfócitos,
resposta inata, ao contrário da adaptativa, fagócitos e outras células do organismo.
sempre dá a mesma resposta mesmo Todas as citosinas são proteínas ou
quando é exposta várias vezes ao péptidos, algumas contendo glicoproteínas.
patógeno. Os fagócitos coordenam as Os principais grupos de citosinas
respostas inatas e os linfócitos coordenam são: Interferons (IFNs) (limitam a
as respostas imunes adaptativas. propagação de certas infecções virais),
Os principais componentes do Interleucinas (ILs) (a maioria delas está
sistema imune são as células T, células B, envolvida na indução de divisão e
linfócitos grandes granulares (células NK), diferenciação de outras células), Fatores
fagócitos mononucleares (monócitos), estimuladores de colónias (CSFs) (divisão
neutrófilos, eosinófilos, basófilos, e diferenciação das células tronco na
mastócitos (denominação dos basófilos medula óssea e dos precursores dos
infudidos nos tecidos), plaquetas e células leucócitos sanguíneos), Quimiocinas
teciduais. (direcciona a movimentação das células
Os linfócitos T e B são responsáveis pelo organismo) e outras citosinas (são
pelo reconhecimento específico dos particularmente importantes nas reacções
antigénios. Cada célula B está inflamatórias e citotóxicas).
geneticamente programada para codificar
um receptor de superfície específico para
um determinado antigénio, os linfócitos T ANTICORPOS

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Os anticorpos são um grupo de em suas membranas externas pela
proteínas séricas produzidas pelos perfurina. Algumas células citotóxicas
linfócitos B. Eles são a forma solúvel do também podem sinalizar para as células-
receptor de antígenos. Os anticorpos alvo que então iniciam um processo de
ligam-se especificamente aos antígenos e autodestruição, conhecido como apoptose.
assim promovem efeitos secundários. A inflamação é a concentração das
Enquanto uma parte da molécula do células do sistema imune no local da
anticorpo se liga ao antigénio (chamada infecção e compreende três eventos:
porção Fab do AC), outras regiões aumento do suprimento sanguíneo para a
interagem com outros elementos do área afectada, aumento da permeabilidade
sistema imune (chamada porção Fc do capilar e migração dos leucócitos, dos
AC), como os fagócitos ou com uma das capilares para os tecidos circundantes.
moléculas do complemento. O processo de migração celular é
controlado pelas quimiocinas na superfície
do endotélio das vénulas dos tecidos
ANTIGÉNIOS
inflamados. As quimiocinas activam as
Antigénios são quaisquer moléculas células circulantes promovendo a sua
que possam ser reconhecidas pelo sistema ligação ao endotélio e iniciando a migração
imune adaptativo. O reconhecimento do dos leucócitos através deste.
antigénio é a base principal de todas as Quando o sistema imune se defronta
respostas imunes adaptativas. O ponto com um patogene extracelular o seu
essencial a ser considerado com relação objectivo é destruí-lo e neutralizar os seus
ao antigénio é que a estrutura é a força produtos. Nas respostas intracelulares, os
iniciadora e condutora de todas as linfócitos T destroem a célula infectada ou
respostas imunes. O sistema imune evoluiu determinam que a própria célula parasitada
com a finalidade de reconhecer os destrua o parasita por si própria.
antígenos e destruir e eliminar a sua fonte. O princípio da vacinação está
Quando o antigénio é eliminado, o sistema baseado em dois elementos fundamentais
imune é desligado. da resposta imune adaptativa: memória e
A selecção clonal envolve a especificidade. O objectivo no
proliferação de células que reconhecem um desenvolvimento da vacina é alterar o
antigénio específico. Quando um antigénio patogene ou as suas toxinas de tal modo
se liga às poucas células que podem que eles se tornem inócuos sem perderem
reconhecê-lo, estas são rapidamente a antigenicidade.
induzidas a proliferar e em poucos dias O sistema imune pode sofrer um
existirá uma quantidade suficiente delas desequilíbrio, esta falência do sistema
para elaborar uma resposta imune imune pode ocasionar:
adequada. Imunodeficiência - resposta imune
ineficiente;
OUTRAS DEFINIÇÕES Hipersensibilidade - resposta imune
Diferentes sistemas efectores estão exagerada; Doenças auto-imunes –
disponíveis para controlar a enorme reacção inadequada aos antigénios
diversidade de patogenes. autólogos.
Neutralização - os anticorpos podem
combater os patogenes simplesmente por Imunidade e Alergia
se ligarem a eles;
Fagocitose – internalização do Conceitos relacionados com
material estranho, que sofre uma Imunologia
endocitose no fagossomo;
Reações citotóxicas – são
direccionadas contra células muito grandes 1-Agente infeccioso: Qualquer ser capaz de
para sofrerem fagocitose. As células de originar infecção.
defesa direccionam os seus grânulos para
a célula-alvo, as células alvo serão lesadas 2-Alérgeno: antígeno que reage

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especificamente com um tipo específico de
anticorpo reagina IgE)
Vias de penetração de
3-Anticorpos: moléculas sintetizadas após microorganismos em laboratório
um estímulo antigênico, dotadas de alta Via Aérea: produção de aerossóis
especificidade para antígeno. pelo ato de pipetagem, centrifugação,
maceração de tecidos, sonicação, agitação,
4-Antígenos: moléculas que quando flambagem da alça de platina, abertura de
introduzidas em um indivíduo, estimulam a ampolas liofilizadas, manipulação de fluidos
síntese de anticorpos capazes de interagir orgânicos, abertura de frascos com cultura
com ele através dos sítios de combinação. de células infectadas etc. O aerossol pode
ficar em suspensão, propagar-se e
5-Estudo da Resposta Imune: estudo de contaminar um grande número de pessoas;
mecanismos pelo qual um organismo tem
capacidade de reconhecer, neutralizar, Via Cutânea: perfuração com agulhas
metabolizar e eliminar as substâncias contaminadas, sobretudo durante a prática
heterólogas, assim como tornar-se incorreta de recapiá-las, corte ou
resistente a reinfecção. perfuração por vidraria quebrada, trincada
ou por instrumentos perfuro-cortantes
6-Infecção: é a implantação, contaminados;
crescimento e proliferação de seres
agressores no organismo hospedeiro, Via Ocular: contaminação da mucosa
acarretando-lhe prejuízo. conjuntival por projeções de gotículas ou
aerossóis de material infectante nos olhos;
7-Infecciosidade: característica de um
agressor que tem poder de infectar. Via Oral: pipetagem com a boca, hábito de
fumar, fazer refeições no laboratório e falta
8-Inflamação: reação de defesa de um de procedimentos higiênicos.
tecido em relação a presença de um
agente agressor. Órgãos do Sistema Imunológico

9-Haptenos: grupamentos químicos que, Os órgãos do sistema imunológico


por si só, são muito pequenos para estão espalhados pelo corpo, e são
estimular uma resposta imune, mas conhecidos como órgãos linfóides,
reagem com os anticorpos. podendo ser divididos em dois tipos:

10-Moléculas Carregadoras: proteínas 1-Órgãos Linfóides primários: produtores


imunogênicas que se ligam aos haptenos, de células do Sistema Imunológico (SI).
tornando-os imunogênicos. • Timo
• Medula Óssea
11-Patogenicidade: capacidade que tem o
agente agressor de causar doença. 2-Órgãos Linfóides secundários: agem
como um filtro imunológico drenando os
12-Poder Imunogênico: Poder do agressor antígenos dos tecidos.
de ser perceber e desencadear a resposta • Baço
imune no organismo hospedeiro. • Linfonodos

13-Vacinação: método de estimular a


imunidade para uma doença infecciosa Imunidade Natural
através da inoculação de um
microorganismo ou seus produtos. O corpo humano tem a capacidade
de resistir a quase todos os tipos de
14-Virulência: Capacidade de produzir organismos ou toxinas que tendem a
doença grave ou fatal. danificar os tecidos e órgãos. Esta

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capacidade é chamada de imunidade.
Grande parte da imunidade é a imunidade Além de sua imunidade natural, o
adquirida, que se desenvolve depois do organismo humano tem a habilidade de
primeiro ataque do organismo por uma desenvolver imunidade extremamente
doença bacteriana ou por toxina, muitas poderosa e específica contra agentes
vezes necessitando de semanas ou meses invasores tais como bactérias, vírus,
para se desenvolver. Uma parte toxinas e, até mesmo, tecidos estranhos de
suplementar da imunidade origina-se de outros animais. Isto é denominada
processos gerais, e não de processos imunidade adquirida.A imunidade adquirida
direcionados para organismos infecciosos é induzida por um sistema imune especial
específicos. Esta é chamada de imunidade formado de anticorpos e linfócitos ativados
natural, que inclui o seguinte: que atacam e destroem organismos
específicos ou toxinas, especialmente as
1.Fagocitose de bactérias e outros alergias.
invasores por glóbulos brancos e células do A imunidade adquirida pode muitas
sistema de macrófagos teciduais. vezes conferir proteção extrema. Por
exemplo, certas toxinas, tais como a toxina
2.Destruição de organismos presentes no paralisante do botulismo ou a toxina do
estomago pelas secreções ácidas gástricas tétano, podem ser bloqueadas em doses
e enzimas digestivas. tão altas quanto 100.000 vezes a
quantidade que seria letal sem imunidade.
3.Resistência da pele a invasão de Esta é a razão pó que o processo
organismos. conhecido como vacinação é tão
importante na proteção dos seres humanos
4.Presença de determinados compostos contra doenças e toxinas.
químicos no sangue que aderem aos
organismos estranhos ou toxinas e os Tipos básicos de imunidade adquirida
destroem. Alguns desses compostos são Dois tipos básicos mais diretamente
(1) lisozima, um polissacarídeo mucolítico relacionados de imunidade adquirida
que ataca as bactérias e ocasiona sua ocorrem no organismo. Em deles, o
desagregação; (2) polipeptídios básicos, organismo desenvolve anticorpos
que reagem e inativam certos tipos de circulantes, que são globulinas do sangue
bactérias Gram-positivas; (3) o complexo capazes de atacar agentes invasores. Este
do complemento, um sistema de tipo de imunidade é chamado imunidade
aproximadamente 20 proteínas que pode humoral ou imunidade célula B (porque os
ser ativado de diversos modos para destruir linfócitos B produzem os anticorpos). O
bactérias; (4) linfócitos matadores naturais, segundo tipo de imunidade adquirida é
(natural killer), que podem reconhecer e alcançado através da formação de grandes
destruir células estranhas, células tumorais quantidades de linfócitos ativados que são
e até mesmo algumas células infectadas. designados especificamente para destruir o
Esta imunidade natural torna o agente estranho. Este tipo de imunidade é
organismo humano resistente a doenças chamado de imunidade celular ou
tais como paralisias de animais por imunidade célula T ( porque os linfócitos
infecções virais, cólera suína, peste bovina ativados são os linfócitos T).
e cinomose (doença viral que mata grande
percentagem de cães afetados). Por outro Os dois tipos de imunidade adquirida
lado, muitos animais inferiores são são iniciados pelos antígenos
resistentes ou mesmo imunes a inúmeras
doenças humanas, tais como poliomielite, Desde que a imunidade adquirida
caxumba, cólera humana, sarampo e sífilis, não ocorre até depois da primeira invasão
que são destrutivas ou mesmo letais para por um organismo ou toxina estranha, está
seres humanos. claro que o organismo deve ter algum
mecanismo para reconhecer a invasão
Imunidade Adquirida inicial. Cada toxina ou tipo de organismo

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quase sempre contém um ou mais Os linfócitos são as bases da imunidade
compostos químicos específicos, na adquirida
configuração, que são diferentes de todos
os outros compostos. Em geral, são A imunidade adquirida é o produto
proteínas ou grandes polissacarídeos, e do sistema linfático do organismo. As
são eles que iniciam a imunidade adquirida. pessoas que possuem carência genética
Estas substâncias são chamadas de de linfócitos ou aquelas cujos linfócitos
antígenos. foram destruídos por irradiação ou drogas
Para uma substância ser antigênica, não podem desenvolver imunidade
normalmente deve ter um alto peso adquirida. E, dias após o nascimento,
molecular, 8.000 ou mais. Além disso, o essas pessoas morrem por infecção
processo de antigenicidade normalmente bacteriana fulminante, salvo se tratadas
depende da ocorrência periódica de grupos com medidas heróicas.
moleculares, chamados de epítopos, na Consequentemente, torna-se claro que os
superfície de grandes moléculas, o que linfócitos são essenciais para sobrevivência
explica por que proteínas e grandes do ser humano.
polissacarídeos são quase sempre Os linfócitos estão localizados
antigênicos devido ao fato de ambos amplamente nos linfonodos, mas também
possuírem este tipo de característica são encontrados em tecidos linfóides,
esterioquímica. especiais tais como o baço, áreas da
submucosa do trato gastrintestinal e na
Haptenos medula óssea. O tecido linfóide está
distribuído favoravelmente no organismo
Embora substâncias com peso para interceptar os organismos invasores
molecular menor que 8.000 raramente ou toxinas antes que possam disseminar-
atuem como antígenos, mesmo assim a se amplamente. Em muitos casos o agente
imunidade pode se desenvolver contra invasor primeiramente penetra nos líquidos
substâncias de baixo peso molecular de teciduais e, então, é carregado via vasos
uma maneira especial, como se segue: linfáticos para o linfonodo ou outro tecido
caso o composto de baixo peso molecular, linfóide. Por exemplo, o tecido linfóide do
chamado de hapteno, primeiro se combine trato gastrintestinal é logo exposto aos
com uma substância antigênica, tal como antígenos que invadem o intestino. O
uma proteína, então a combinação tecido linfóide da garganta e faringe (as
resultará numa resposta imune. Os tonsilas e adenóides) está bem localizado
anticorpos ou linfócitos ativados que se para interceptar os antígenos que penetram
desenvolvem contra a associação então via trato respiratório superior. O tecido
reagirão separadamente contra a proteína linfóide nos linfonodos está exposto aos
ou hapteno. Por está razão, numa segunda antígenos que invadem os tecidos
exposição ao hapteno, alguns anticorpos periféricos do corpo. E, finalmente, o tecido
ou linfócitos reagirão com ele antes que ele linfóide do baço e medula óssea
possa de disseminar pelo corpo e causar desempenha o papel específico de
danos. interceptar agentes antigênicos que
Os haptenos que provocam conseguiram alcançar o sangue circulante.
respostas imunes desse tipo são
normalmente drogas de baixo peso Dois tipos de linfócitos promovem,
molecular, constituintes químicos da poeira, respectivamente, a imunidade celular e a
produtos da decomposição química da imunidade humoral – os linfócitos T e B.
descamação de animais, produtos Embora a maioria dos linfócitos no
degenerativos da descamação da pele, tecido linfóide normal pareça semelhante
vários compostos químicos industriais, a quando estudados ao microscópio, estas
toxina do veneno da urtiga, e assim por células são divididas em duas grandes
diante. populações distintas. Uma das populações,
os Linfócitos T, é responsável pela
formação de linfócitos ativados produzem a

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imunidade celular, e a outra população, os haja diferentes linfócitos tímicos com
linfócitos B, é responsável pela formação reatividade específica contra, literalmente,
de anticorpos que proporcionam a milhões de antígenos diferentes. Estes
imunidade humoral. diferentes tipos de linfócitos T processados
Ambos os tipos de linfócitos são agora deixam o timo e disseminam-se pelo
derivados originalmente do embrião, a organismo, para se fixarem nos tecidos
partir de células-tronco hemopoéticas linfóides.
pluripotenciais que diferenciam e originam O timo também determina que
os linfócitos. Os linfócitos formados qualquer linfócito T que o deixa não reagirá
finalmente se localizam no tecido linfóide, contra proteínas ou outros antígenos
mas previamente sofrem diferenciação presentes nos tecidos do próprio corpo;
adicional ou são pré-processados da caso contrário os linfócitos T seriam letais
seguinte maneira. para o corpo em somente poucos dias. O
Os linfócitos destinados a formar timo seleciona quais os linfócitos T que
linfócitos T ativados primeiro migram e são serão liberados, expondo-os virtualmente, a
pré-processados no timo, daí serem todos os antígenos próprios específicos
chamados de linfócitos T. Eles são dos tecidos do corpo. Se um linfócito T
responsáveis pela imunidade celular. reage, ele é destruído e fagocitado, em vez
A outra população de linfócitos – os de ser liberado, sendo o que acontece com
linfócitos B, destinados a formação de 90% dos linfócitos T. Deste modo, somente
anticorpos - são pré-processados no as células que finalmente são liberadas são
fígado, durante a metade da vida fetal, e na aquelas não-reativas contra antígenos do
medula óssea, durante o final da vida fetal próprio corpo - ao contrário, somente
e após o nascimento. Esta população contra os antígenos de origem externa tais
celular foi inicialmente descoberta nas como uma bactéria, uma toxina, ou mesmo,
aves, nas quais o pré-processamento um tecido transplantado de outra pessoa.
ocorre na bolsa de Fabricius, uma estrutura A maior parte do pré-processamento
ausente nos mamíferos. Por esta razão, dos linfócitos T no timo ocorre rapidamente
estes linfócitos são chamados de linfócitos antes do nascimento de uma criança e
B, e são responsáveis pela imunidade durante alguns meses após o nascimento.
humoral. Após este período, a remoção do timo
diminui, (mas não elimina) o sistema imune
Pré-processamento dos Linfócitos T e B linfocítico T. Entretanto, a remoção do timo
vários meses antes do nascimento evita o
Embora todos os linfócitos do corpo desenvolvimento de toda imunidade celular.
se originem das células-tronco linfocíticas Como este tipo de imunidade celular é o
comprometidas, estas células-tronco por si principal responsável pela rejeição de
só são incapazes de formar linfócitos T órgãos transplantados, tais como coração e
ativados ou anticorpos. Previamente elas rim, podem se transplantar órgãos com
devem sofrer diferenciação adicional em pouca probabilidade de rejeição se o timo
áreas apropriadas de processamento no for removido do animal num período
timo ou em áreas de processamento de razoável antes do nascimento.
célula B. O fígado e a medula óssea pré-
O Timo pré-processa os linfócitos T. processam os linfócitos B. Sabe-se muito
Os linfócitos T, após sua produção na pouco sobre os detalhes do pré-
medula óssea, inicialmente migram para o processamento dos linfócitos B do que
timo, onde se dividem rapidamente e, ao aqueles do pré-processamentos dos
mesmo tempo, desenvolvem extrema linfócitos T. Nos seres humanos, considera-
diversidade para reagir contra diferentes se que os linfócitos B são processados, no
antígenos específicos. Isto é, um dos fígado, durante o segundo trimestre da vida
linfócitos tímicos desenvolve reatividade fetal e, na medula óssea, durante o final da
especifica contra um antígeno. Depois, o vida fetal e após o nascimento.
linfócito seguinte desenvolve especificidade Os linfócitos B são diferentes dos
contra outro antígeno. Isto continua até que linfócitos T por dois motivos:

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Primeiro, em vez de a célula inteira linfa e carreadas para o sangue e, então,
desenvolver reatividade contra o antígeno, circulam através de todos os líquidos
como ocorre com os linfócitos T, o linfócito teciduais e voltam para a linfa, algumas
B secreta ativamente anticorpos que são os vezes circulando em torno desse circuito
agentes reativos. Estes agentes são por meses ou anos.
grandes moléculas protéicas capazes de se Todos os diferentes linfócitos que
combinar com o agente antigênico e são capazes de produzir uma
destruí-lo. Segundo, os linfócitos B tem especificidade de anticorpo ou célula T são
maior diversidade que os linfócitos T, denominados de clone de linfócitos. Isto é,
produzindo muitos e muitos milhões – os linfócitos em cada clone são
talvez bilhões- de tipos de anticorpos com semelhantes e derivados, originalmente, de
diferentes reatividades especificas. um linfócito ou de poucos linfócitos
Após o pré-processamento, os prematuros do seu tipo específico.
linfócitos B, como os linfócitos T, migram
para o tecido linfóide através do organismo, Origem de muitos clones de
onde se fixam nas proximidades das áreas linfócitos
de linfócitos T.
Apenas várias centenas ou milhares
Linfócitos T e Anticorpos dos Linfócitos de genes codificam para os diferentes tipos
B reagem especificamente contra de anticorpos e linfócitos T. A princípio, foi
antígenos específicos – papel dos um mistério, como era possível tão pouco
clones de linfócitos genes codificar milhões de diferentes
especificidades de moléculas de anticorpos
Quando um antígeno específico ou células T que podem ser produzidas
entra em contato com os linfócitos T e B no pelo tecido linfóide, sobretudo quando se
tecido linfóide, alguns linfócitos T tornam-se considera que um único gene é
ativados e formam células T ativadas e normalmente necessário para formação de
alguns linfócitos B produzem anticorpos. As cada tipo diferente de proteína.
células T ativadas e os anticorpos por sua Este mistério agora está
vez reagem especificamente contra o tipo solucionado. O gene completo para
particular de antígeno que iniciou sua formação de cada tipo de célula T ou B
produção. O mecanismo desta nunca está presente nas células-tronco
especificidade é o seguinte. originais a partir das quais as células
imunes funcionais são formadas. Ao
Milhões de Linfócitos Específicos estão contrário, existem apenas múltiplos
Pré-formados no Tecido Linfóide. A milhões segmentos gênicos - normalmente,
de diferentes tipos de linfócitos B e T pré- centenas de tais segmentos -, mas não
formados que são capazes de produzir genes totais.
anticorpos altamente específicos ou células Durante o pré-processamento dos
T quando estimulados por antígenos respectivos linfócitos T e B, estes
apropriados. Cada um destes linfócitos pré- segmentos gênicos misturam-se uns com
formados é capaz de formar somente um os outros em combinações aleatórias,
tipo de anticorpo ou tipo de célula T com finalmente formando, genes inteiros.
um único tipo de especificidade. E somente Devido às várias centenas de tipos de
o tipo específico de antígeno com o qual segmentos gênicos, assim como os
ele pode reagir pode ativá-lo. Uma vez o milhões de ordens diferentes em que os
linfócito específico seja ativado por seu segmentos podem ser arranjados numa
antígeno, ele se reproduz amplamente, única célula, é possível entender os
formando números extraordinários de milhões ou, mesmo, bilhões de diferentes
linfócitos do mesmo tipo. Caso seja um tipos de genes que podem ocorrer. Para
linfócito B, sua progênie secretará cada linfócito T e B funcional que é
anticorpos que circulam pelo corpo; se for finalmente formado, a estrutura gênica
um linfócito T, sua progênie é de células T codifica para somente uma única
sensibilizadas que são liberadas para a especificidade antigênica. Estas células

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maduras tornam-se, então, células T e B específicas (chamadas coletivamente de
altamente específicas, que se disseminam linfoquinas) que favorecem a ativação dos
e populam o tecido linfóide. linfócitos B na verdade, sem a ajuda
dessas células T, a quantidade de
Mecanismo para ativar um Clone de anticorpos produzida pelos linfócitos B
Linfócitos seria desprezível.
Cada clone de linfócito é responsivo
para somente um único tipo de antígeno Características específicas do sistema
(ou para antígenos similares que tenham de linfócitos b – imunidade humoral e os
quase que exatamente as mesmas anticorpos
características esterioquímicas). A razão Formação de anticorpos pelos
para isto é o seguinte: no caso dos plasmócitos. Antes da exposição a um
linfócitos B, cada um tem na superfície da antígeno específico, os clones de linfócitos
sua membrana celular cerca de 100.000 B permanecem inativos no tecido linfóide.
moléculas de anticorpos que reagirão Com a entrada de um antígeno estranho,
especificamente com somente um tipo os macrófagos do tecido linfóide fagocitam
específico de antígeno. Por, essa razão, o antígeno e o apresentam aos linfócitos
quando o antígeno apropriado se aproxima, adjacentes. Além disso, o antígeno ao
imediatamente adere à membrana celular; mesmo tempo é apresentado às células T,
isto induz o processo de ativação. No caso e células T de ajuda também contribuem
dos linfócitos T, moléculas similares aos para ativação dos linfócitos B.
anticorpos, chamadas de receptores Estes linfócitos B específicos para o
protéicos de superfície (ou marcadores de antígeno imediatamente avolumam e
célula T), estão na superfície da membrana adquirem a aparência de linfoblastos.
da célula T, e estas são, também, Alguns linfoblastos sofrem diferenciação
altamente específicas para um único adicional para formar plasmoblastos, que
antígeno ativado. são os precursores dos plasmócitos.
Papel dos Macrófagos no Processo Nestas células, o citoplasma se expande e
de Ativação. Ao lado dos linfócitos no tecido o retículo endoplasmático granular prolifera
linfóide, literalmente milhões de intensamente. Eles, então, começam a se
macrófagos estão presentes no mesmo dividir numa velocidade de cerca de uma
tecido. Estes revestem os sinusóides dos vez a cada 10 h para nove divisões,
linfonodos, baço e outro tecido linfóide, e originando em quatro dias uma população
encontram-se justapostos aos muitos total de aproximadamente 500 células por
linfócitos no linfonodo. A maioria dos cada plasmoblasto original. Os plasmócitos
organismos invasores são inicialmente maduros produzem anticorpos
fagocitados e parcialmente digeridos pelos gamaglobulina numa velocidade
macrófagos, e os produtos antigênicos são extremamente rápida – aproximadamente
liberados para o citosol do macrófago. Daí 2.000 moléculas por segundo por cada
os macrófagos passam estes antígenos plasmócito. Os anticorpos são secretados
diretamente para os linfócitos por contato para a linfa e carreados para o sangue
célula-célula, induzindo, assim a ativação circulante. Este processo continua durante
de clones específicos. Além disso, os vários dias ou semanas até a exaustão final
macrófagos secretam uma substância e morte dos plasmócitos.
ativadora especial que promove o
crescimento e a reprodução de linfócitos Formação das células de memória –
específicos. A substância é chamada de diferença entre resposta primária e
interleuquina-1. resposta secundária.
Papel das células T na ativação dos Alguns dos linfoblastos formados por
Linfócitos B. A maioria dos antígenos ativa ativação de um clone de linfócitos B não
ao mesmo tempo tanto os linfócitos T evoluem para formar plasmócitos, mas, em
quanto os linfócitos B. Algumas das células seu lugar, formam quantidades moderas de
T então formadas chamadas de células de novos linfócitos B similares àquelas do
ajuda, por sua vez secretam substâncias clone original. Em outras palavras, a

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população de células B do clone
especificamente ativado aumenta
consideravelmente. Os novos linfócitos B
juntam-se aos linfócitos originais do clone.
Eles também circulam através dos corpos
para popular todo o tecido linfóide, mas,
imunologicamente, permanecem inativos
até serem ativados outra vez por uma nova
quantidade do mesmo antígeno. Estes Fig 01 Estrutura de um anticorpo
linfócitos são chamados de células de mostrando sua composição de duas
memória. A exposição subsequente ao cadeias polipeptídicas pesadas e duas
mesmo antígeno causará uma resposta cadeias polipeptídicas leves.
muito mais rápida e potente porque existem Especificidade dos anticorpos. Cada
muito mais células de memória do que de anticorpo é específico para um antígeno
linfócitos B originais do clone específico. particular; isto é motivado por sua
organização estrutural singular de
Natureza dos anticorpos aminoácidos nas porções variáveis.
Os anticorpos são gamaglobulinas
chamadas de imunoglobulinas e têm um Mecanismo de ação dos
peso molecular entre 160.000 e 970.000. anticorpos
Geralmente constituem cerca de 20% do Os anticorpos agem de duas
total de proteínas plasmáticas. maneiras para proteger o corpo contra
Todas as imunoglobulinas são agentes invasores: (1) por ataque direto
formadas pela combinação de cadeias aos invasores e (2) por motivação do
polipeptídicas leves e pesadas; a maioria é sistema do complemento, que também tem
uma combinação de duas cadeias leves e múltiplos meios para destruir o invasor.
duas pesadas.
Entretanto algumas imunoglobulinas Ação Direta dos Anticorpos sobre os
têm combinações de 10 cadeias pesadas e Agentes Invasores: Fig 02 mostra os
10 cadeias leves, que originam anticorpos (indicados por barras em forma
imunoglobulinas de alto peso molecular. de Y) reagindo com os antígenos.
Em todas as imunoglobulinas, cada cadeia
pesada é paralela a uma cadeia leve em
uma de suas extremidades, e sempre há
pelo menos dois e até, 10 pares em cada
molécula de imunoglobulina.

A FIG 01 mostra , uma extremidade


da cadeia leve e pesada, chamada de
porção variável; o restante de cada cadeia
é denominado de porção constante. A
porção variável é diferente para cada
especificidade de anticorpo, e é esta
porção que se liga especificamente a um Fig 02
tipo particular de antígeno. A porção
constante do anticorpo determina outras
propriedades, estabelecendo fatores tais Devido à natureza bivalente dos anticorpos
como a difusão do anticorpo nos tecidos, a e aos múltiplos sítios antigênicos nos
aderência do anticorpo a estruturas agentes invasores, os anticorpos podem
específicas nos tecidos, a ligação ao inativá-los por uma das várias maneiras a
complexo do complemento, a facilidade seguir:
com que os anticorpos passam através das
membranas e outras propriedades 1. Aglutinação, na qual muitas partículas
biológicas dos anticorpos. grandes com antígenos na sua superfície,

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tais como bactérias ou hemácias, formam combinações antígeno-anticorpo são
um aglomerado. necessárias para ativar muitas moléculas
do primeiro no primeiro estágio do sistema
2.Precipitação, na qual o complexo complemento. As enzimas C1 que são
molecular de antígeno é solúvel (tal como formadas ativam sucessivamente
toxina do tétano) e anticorpo é tão grande quantidades crescentes de enzimas nas
que se torna insolúvel e precipitado. fases finais do sistema, tanto que, a partir
de um começo diminuto, ocorre uma
3.Neutralização, na qual anticorpos cobrem reação extremamente extensa e
os sitos tóxicos do antígeno. amplificada. Muitos produtos finais são
formados, e vários deles causam efeitos
4.Lise, na qual anticorpos potentes são importantes que ajudam a evitar danos
ocasionalmente capazes de atacar pelos organismos invasores ou toxinas.
diretamente as membranas de antígenos Entre os efeitos mais importantes, incluem-
celulares e, desse modo, causar ruptura da se os seguintes:
célula.
1.Opsonização e fagocitose. Um dos
Sob condições normais, estas ações produtos da cascata do complemento, a
diretas dos anticorpos atacando os C3b, ativa intensamente a fagocitose pelos
antígenos, não são bastante fortes para neutrófilos e macrófagos, induzindo-os a
desempenhar papel importante na proteção englobar as bactérias onde os complexos
do corpo contra o invasor. A maior parte da antígeno-anticorpo estão aderidos. Este
proteção vem através dos efeitos processo é chamado de opsonização. Isto
amplificados do sistema do complemento. frequentemente eleva em centenas de
vezes o número de bactérias que podem
O Sistema do Complemento na Ação do ser destruídas.
Anticorpo
2.Lise. De todos os produtos da cascata do
Complemento é um termo coletivo complemento, um dos mais importantes é o
que descreve um sistema de cerca de 20 complexo lítico, que é a combinação de
proteínas, muitas das quais são múltiplos fatores do complemento sendo
precursores enzimáticos. Os principais designado C5b6789. Este tem um efeito
agentes neste sistema são 11 proteínas direto na ruptura das membranas celulares
designadas de C1 até, C9, B e D. de bactérias e de outro organismo invasor.
Normalmente, todas estão presentes entre
as proteínas plasmáticas, assim como 3.Aglutinação. Os produtos do
entre as proteínas plasmáticas que complemento também alteram a superfície
extravasam dos capilares para os espaços dos organismos invasores, induzindo-os a
teciduais. Os precursores enzimáticos aderir uns aos outros, promovendo desse
normalmente são inativos, mas podem ser modo a aglutinação.
ativados por duas vias: (1) pela via clássica
e (2) pela via alternativa 4.Neutralização de vírus. As enzimas e
outros produtos do complemento podem
Via Clássica atacar as estruturas de alguns vírus e,
A via clássica é ativada pela reação desse modo, torná-los não-virulentos.
antígeno-anticorpo. Isto é, quando um
anticorpo se liga ao antígeno, um sítio 5.Quimiotaxia. O fragmento C5a induz a
reativo específico na porção constante do quimiotaxia pelos neutrófilos e macrófagos,
anticorpo é exposto, ou ativado, e este promovendo a migração de grandes
sítio, por sua vez, se une diretamente com quantidades desses fagócitos para o local
a molécula C1 do sistema complemento, do agente antigênico.
colocando em ação uma cascata de
reações sequenciais, que começa com a 6.Ativação de mastócitos e basófilos. Os
ativação da proenzima C1. Poucas fragmentos C3a, C4a e C5a ativam os

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mastócitos e basófilos, induzindo-os a A liberação de células T ativadas do
liberar histamina, heparina e várias outras tecido linfóide e a produção de celular de
substâncias para os líquidos locais. Estas memória. Após exposição aos antígenos
substâncias, por sua vez, causam aumento adequados, apresentados pelos
no fluxo sanguíneo local, de macrófagos adjacentes, os linfócitos T de
extravasamento de líquido e proteína clone específico do tecido linfóide
plasmática para os tecidos e de outras proliferam e liberam grandes quantidades
reações teciduais locais que ajudam a de células T ativadas, de certo modo
inativar e imobilizar o agente antigênico. Os paralelamente à liberação de anticorpos
mesmos fatores desempenham papel pelas células B ativadas. A principal
importante na inflamação e na alergia. diferença é que, em lugar de liberar
anticorpos, formam-se células T ativadas
7.Efeitos inflamatórios. Além dos efeitos que são liberadas na linfa. Elas, então
inflamatórios causados pela inflamação dos passam para circulação e são distribuídas
mastócitos e basófilos, vários outros pelo corpo, passando através das paredes
produtos do complemento contribuem para dos capilares para os espaços teciduais,
a inflamação local. Estes produtos induzem voltando para linfa e sangue outra vez, e
o aumento do fluxo sanguíneo que já recirculam várias vezes pelo corpo, em
estava aumentado, o aumento do geral durante meses ou mesmo anos.
extravasamento de proteínas a partir dos Também os linfócitos T de memória
capilares e a coagulação de proteínas nos são formados da mesma maneira que as
espaços teciduais, evitando desse modo à células B no sistema imune. Isto é, quando
movimentação do organismo invasor um clone de linfócitos T é ativado por
através dos tecidos. antígeno, muitos dos linfócitos recém-
formados são mantidos no tecido linfóide
Via Alternativa para se tornarem linfócitos suplementares
Algumas vezes, o sistema do desse clone específico; de fato, estas
complemento é ativado sem a células de memória difundem-se através do
intermediação de uma reação antígeno- tecido linfóide de todo o corpo. Por esta
anticorpo. Isto ocorre especialmente em razão, numa exposição subsequente do
resposta a grandes moléculas mesmo antígeno, a liberação das células T
polissacarídicas na membrana celular de ativadas ocorre muito mais rapidamente e
alguns microrganismos invasores. Estas com mais eficácia do que na primeira
substâncias reagem com os fatores B e D resposta.
do complemento, formando um produto
ativador que ativa o fator C3 e estimula o Receptores de antígenos nos linfócitos
restante da cascata do complemento além Os antígenos ligam-se com
do nível C3. Desse modo, essencialmente moléculas receptoras na superfície das
todos os mesmos produtos finais do células T da mesma maneira que se unem
sistema são produzidos como na via com os anticorpos.Estas moléculas
clássica e promovem os mesmos efeitos receptoras são constituídas de uma
que aqueles já listados para proteger o unidade variável similar à porção variável
corpo contra o invasor. de um anticorpo humoral, mas sua porção
Como a via alternativa não envolve reta está firmemente ligada à membrana
uma reação antígeno-anticorpo, ela é uma celular. Existem cerca de 100.000 sítios
das primeiras linhas de defesa contra receptores numa única célula T.
microrganismos invasores, capaz de
funcionar mesmo antes que uma pessoa Vários tipos de células T e suas
seja imunizada contra o organismo. diferentes funções
Está claro que existem vários tipos
Características especiais do Sistema de de células T. São classificadas em três
Linfócitos T – Células T Ativadas e grandes grupos: (1) células T de ajuda, (2)
Imunidade Celular Células T citotóxicas e (3) células T
supressoras. As funções de cada uma

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delas são absolutamente distintas. produção de células T citotóxicas e células
T supressoras são muito pouco ativados
Células T de ajuda – seu papel na pela maioria dos antígenos. A linfoquina
regulação total da imunidade interleuquina-2 tem um efeito estimulador
As células T de ajuda são as mais especialmente forte para induzir o
numerosas células t, constituindo crescimento e proliferação de células T
normalmente mais de três quartos de todas citotóxicas e supressoras. Além disso,
as células. Como seu nome indica, elas várias outras linfoquinas têm efeito menos
ajudam nas funções do sistema imune de potente, especialmente a interleuquina-4 e
muitas maneiras. De fato, atuam como o a interleuquina-5.
regulador principal de todas as funções
imunes. Atuam produzindo uma série de 2.Estimulação do crescimento e
mediadores protéicos, chamados de diferenciação das Células B para formar
linfoquinas, que agem em outras células do plasmócitos e anticorpos. As ações diretas
sistema imune, assim como nas células de do antígeno para induzir o crescimento e
medula óssea. Entre as importantes proliferação de células B, a formação de
linfoquinas secretadas pelas células T de plasmócitos e a secreção de anticorpos são
ajuda estão as seguintes: também insuficientes sem a “ajuda” das
células T de ajuda. Quase todas as
Interleuquina-2 interleuquinas participam da resposta das
células B, mas especialmente as
Interleuquina-3 interleuquinas-4, 5 e 6. Realmente, estas
três interleuquinas têm efeitos tão potentes
Interleuquina-4 sobre as células B que foram chamadas de
fatores estimuladores das células B ou
Interleuquina-5 fatores de crescimento das Células B.

Interleuquina-6 3.Ativação do sistema de macrófagos. As


linfoquinas também afetam os macrófagos.
Fator estimulador de colônia granulócito- Primeiro, atrasando ou parando a migração
monócito dos macrófagos depois que estes foram
atraídos quimiotaticamente para área do
Interferon-γ tecido inflamado, desse modo causando
grande acumulação de macrófagos.
Segundo, ativam os macrófagos para
Funções Reguladoras Específicas das induzir uma fagocitose mais eficiente,
Linfoquinas possibilitando-lhes atacar e destruir
quantidades aumentadas de organismos
Na ausência de linfoquinas das invasores.
células T de ajuda, o restante do sistema
imune é quase paralisado. De fato, são as 4.Feedback, efeito estimulador nas células
células T de ajuda que são inativadas ou de ajuda. Algumas linfoquinas,
destruídas pelo vírus da síndrome de especialmente a interleuquina-2, têm um
imunodeficiência adquirida (AIDS) que efeito de feedback direto e positivo na
deixa o corpo quase que totalmente ativação estimuladora das próprias células
desprotegido contra doenças infecciosas, T de ajuda. Isto atua como um amplificador
por esta razão produzindo os efeitos acentuando a resposta imune para um
rápidos e letais conhecidos da AIDS. antígeno invasor.
Algumas das funções reguladoras são as
seguintes: Células T Citotóxicas

1.Funções reguladoras específicas das A célula T citotóxica é uma célula de


linfoquinas. Na ausência de linfoquinas das ataque direto capaz de matar
células T de ajuda, os clones para microrganismos e, às vezes, algumas

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células do próprio corpo. Por esta razão, o seguinte: as células T de ajuda ativam as
estas células são chamadas de células células T supressoras; estas células por
assassinas. Os receptores protéicos na sua vez, agem com um feedback negativo
superfície das células citotóxicas induzem controlador das células T de ajuda; e este,
uma ligação firme com aqueles organismos automaticamente, ajusta o nível de
ou células que contém sítios de ligação atividade do sistema de células T de ajuda.
específicos. Dessa forma matam a célula Também é provável que as células T
atacada. Após a ligação, a célula T supressoras tenham um papel importante
citotóxica secreta proteínas formadoras de limitando a capacidade do sistema imune
buracos, chamados de perforinas, que, em atacar os tecidos do próprio corpo do
literalmente, perfuram grandes buracos indivíduo, chamada de tolerância imune.
redondos na membrana da célula atacada.
Quase que imediatamente, a célula Tolerância do Sistema de Imunidade
atacada torna-se intensamente túrgida e para os próprios tecidos – papel do pré-
geralmente desintegra logo depois. processamento no timo e na medula
Uma característica especialmente óssea
importante refere-se à capacidade das
células citotóxicas assassinas de retira-se e Se uma pessoa se torna imune aos
afastar-se das células atacadas após terem seus próprios tecidos, o processo de
cavados buracos e liberado substâncias imunidade adquirida poderia destruir o
citotóxicas, movendo-se para destruir muito corpo do próprio indivíduo. O mecanismo
mais células. Na verdade, mesmo após imune normalmente reconhece os tecidos
destruírem todos os invasores, muitas próprios da pessoa como sendo diferentes
destas células persistem durante meses das bactérias e do vírus, e o sistema imune
nos tecidos. forma poucos anticorpos ou células T
Algumas células T citotóxicas são ativadas contra os antígenos próprios da
especialmente letais para os tecidos que pessoa. Este fenômeno é conhecido como
foram invadidos por vírus porque muitas autotolerância aos tecidos do próprio corpo.
partículas virais ficam aprisionadas nas A maior parte da tolerância resulta
membranas destas células e atraem as da seleção de clones durante o pré-
células T em resposta à antigenicidade processamento
viral. As células citotóxicas também têm Acredita-se que a maior parte do fenômeno
papel importante na destruição de células da tolerância desenvolve-se durante o pré-
cancerosas, células cardíacas processamento dos linfócitos T no timo e
transplantadas ou outros tipos de células dos linfócitos B nos seres humanos na
que são estranhas para o corpo do medula óssea. A razão para este ponto de
indivíduo. vista é que, injetando-se um antígeno
potente em um feto na época em que os
Células T Supressoras linfócitos estão sendo processados nestas
duas áreas, impede-se o desenvolvimento
Muito menos é sabido sobre as de clones de linfócitos no tecido linfóide
células T supressoras em relação às outras que são específicos para o antígeno
células; mas elas são capazes de suprimir injetado. Igualmente, experimentos têm
as funções das células T citotóxicas e de mostrado que linfócitos específicos
ajuda. Acredita-se que estas funções imaturos no timo, quando expostos a um
supressoras têm o objetivo de regular às antígeno potente, tornam-se linfoblastos,
atividades de outras células, impedindo-as proliferam consideravelmente e, então,
de efetuar reações imunes excessivas que combinam-se com o antígeno estimulador –
poderiam ser seriamente prejudiciais para o um efeito que, acredita-se, promove a
corpo. Por esta razão, as células destruição das células tímicas epiteliais
supressoras, juntamente com as células T antes que possam migrar e colonizar o
de ajuda, são classificadas como células T tecido linfóide.
reguladoras. Um panorama para a função Portanto, acredita-se que, durante o
das células T supressoras e reguladoras é pré-processamento dos linfócitos no timo e

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na medula óssea, a maioria dos clones ou imunizada contra as membranas basais
todos aqueles de linfócitos que são dos glomérulos; (3) miastenia grave, na
específicos para os tecidos do próprio qual a imunidade se desenvolve contra os
corpo são destruídos devido a sua receptores protéicos para acetilcolina na
exposição contínua aos antígenos do junção neuromuscular, causando paralisia;
corpo. (4) lúpus eritematoso, na qual a pessoa se
torna imunizada contra diferentes tecidos
Papel das células T supressoras no do corpo ao mesmo tempo, uma doença
desenvolvimento da tolerância que causa danos extensos e
frequentemente a morte rápida.
Provavelmente, as células T supressoras
são responsáveis por outro tipo de Vacinação
autotolerância. Por exemplo, algumas
vezes uma reação de auto-imunidade Há muitos anos, a vacinação vem sendo
ocorre intensamente contra um dos tecidos usada para produzir imunidade adquirida
do próprio corpo, mas, após alguns dias ou contra doenças específicas. Uma pessoa
semanas, desaparece, ainda que pode ser vacinada por injeções de
anticorpos auto-imunes persistam no organismos mortos que não são mais
plasma circulante. O que acontece é que o capazes de causar doenças mas que ainda
número de células T supressoras possuem seus antígenos químicos. Este
especificamente sensibilizadas para o auto- tipo de vacinação é usado é usado para
antígeno aumentou intensamente. Acredita- proteger contra a febre tifóide, coqueluche,
se que estas células T supressoras difteria e muitos outros tipos de doenças
funcionam neutralizando os efeitos dos bacterianas. A imunidade também pode ser
anticorpos auto-imunes, assim como as conseguida contra toxinas que foram
células de ajuda e as células T citotóxicas tratadas quimicamente de modo que sua
sensibilizadas, bloqueando assim o ataque natureza tóxica foi destruída, embora seus
imune ao tecido. antígenos que induzem a imunidade ainda
estejam intactos. Este procedimento é
Deficiência do mecanismo de tolerância usado na vacinação contra o tétano,
causa doenças imunes botulismo e outras doenças tóxicas
similares. E, finalmente, uma pessoa pode
Algumas vezes, as pessoas perdem ser vacinada por infecção com o organismo
certa tolerância imune para seus próprios vivo que foi atenuado. Isto é, estes
tecidos. Isto ocorre com grande extensão organismos cresceram em um meio de
quanto mais velha a pessoa se torna. cultura especial ou passaram por uma série
Normalmente isto ocorre depois da de animais até se transformarem
destruição de alguns tecidos do corpo, suficientemente e não mais causarem
liberando quantidades consideráveis de doenças, apesar de ainda carregarem os
auto-antígenos que circulam pelo corpo e, antígenos específicos. Este procedimento é
presumivelmente, induzem a imunidade usado na proteção contra poliomielite, febre
adquirida na forma de células T ativadas ou amarela, sarampo, varíola, e muitas outras
de anticorpos. doenças virais.
Várias doenças específicas que se
originam da auto-imunidade incluem (1) Imunidade Passiva
febre reumática, na qual o corpo de torna Até este ponto, toda imunidade
imunizado contra tecidos das articulações e adquirida que discutimos tem sido
coração, especialmente as válvulas imunidade passiva. Isto é, o corpo da
cardíacas, após a exposição a um tipo pessoa desenvolve anticorpos ou células T
específico de tóxica estreptocócica que tem ativadas em resposta à invasão de um
um epítopo na sua estrutura molecular antígeno estranho. Entretanto,
similar à estrutura de algum auto-antígeno temporariamente a imunidade pode ser
do próprio corpo; (2) Um tipo de conseguida, numa pessoa, sem a injeção
glomerulonefrite, na qual a pessoa se torna de qualquer antígeno. Isto é feito por

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injeção de anticorpos, células T ativadas, eventual de algumas reações alérgicas
ou por ambos esses processos, obtidos a retardada pode consistir em danos sérios
partir do sangue de qualquer outra pessoa aos tecidos. O dano normalmente ocorre
ou de algum outro animal que tenho sido na área de tecido onde o antígeno está
imunizado ativamente contra o antígeno. presente, tal como a pele, no caso da
Os anticorpos conservam-se durante duas urtiga, ou os pulmões ocasionando edema
a três semanas, e, durante este tempo, a pulmonar e ataque plasmático, no caso de
pessoa está protegida contra a doença. As antígenos transportados pelo ar.
células T conservam-se durante poucas Alergias com excesso de anticorpos
semanas, se transfundidas a partir de outra IgE em pessoas que se dizem alérgicas
pessoa, e durante poucas horas até poucas Algumas pessoas têm tendência alérgica.
horas até poucos dias, se transfundidas a Suas alergias são chamadas de alergias
partir de um animal. Tais transfusões de atópicas, porque são causadas por uma
anticorpos ou linfócitos que conferem resposta incomum do sistema imune. A
imunidade é o que se chama imunidade tendência alérgica é transmitida
passiva. geneticamente de pais para crianças e é
caracterizada pela presença de grandes
Alergia e Hipersensibilidade quantidades de anticorpos IgE. Estes
Um efeito importante e indesejável anticorpos são chamados de reaginas ou
da imunidade é o desenvolvimento, sob anticorpos sensibilizantes para se
algumas condições, de alergia ou outros distinguirem dos anticorpos mais comuns
tipos de hipersensibilidades, algumas das IgG. Quando um alérgeno penetra no
quais ocorrem somente em pessoas que corpo, uma reação alérgeno-reagina
têm a tendência alérgica específica. acontece, ocorrendo uma reação alérgica
Alergia causada por células T subsequente ativadas Uma característica
ativadas: Reação Alérgica Retardada especial dos anticorpos IgE (as reaginas) é
Este tipo de alergia pode causar erupções a forte propensão em atacar mastócitos e
cutâneas em resposta a certas drogas ou basófilos. Na verdade, um único mastócito
substâncias químicas, particularmente ou basófilo pode se ligar a meio milhão de
alguns cosméticos e substâncias químicas moléculas de anticorpos IgE. Desse modo,
de uso doméstico, às quais a pele do quando um antígeno (um alérgeno) que
indivíduo está frequentemente exposta. tem múltiplos sítios de ligação se une com
Outro exemplo de hipersensibilidade vários anticorpos IgE aderidos a um
alérgica é a erupção cutânea causada pela mastócito ou basófilo, isto provoca uma
exposição à urtiga. mudança imediata na membrana celular,
A reação alérgica retardada é talvez resultante de um simples efeito físico
causada pelas células T ativadas, e não por das moléculas de anticorpo ao serem
anticorpos. No caso da urtiga, a toxina por tracionadas em conjunto pelo antígeno.
si só não causa muitos danos aos tecidos. Em qualquer proporção, muitos
Entretanto, a exposição repetida induz a mastócitos e basófilos se rompem; outros
formação de células T de ajuda e liberam seus grânulos sem se romperem e
citotóxicas. Por isto, após uma exposição secretam substância adicionais que não
subsequente à toxina da urtiga, dentro de são pré-formadas nos grânulos. Dentre
mais ou menos um dia as células T essas muitas substâncias liberadas
ativadas passam do sangue circulante para imediatamente ou secretadas logo depois,
a pele em número suficiente para incluem-se histamina, substância da reação
responder à toxina da urtiga e induz uma lenta de anafilaxia (que uma mistura de
reação imune do tipo celular. Lembrando leucotrienos tóxicos), substância
que este tipo de imunidade pode causar quimiotática eosinofílica, uma protease,
liberação de muitas substâncias tóxicas a uma substância quimiotática neutofílica,
partir de células T ativadas, assim como heparina e fatores de ativação plaquetária.
extensa invasão dos tecidos por Estas substâncias causam
macrófagos e seus efeitos subsequentes, fenômenos tais como dilatação dos vasos
alguém pode bem entender que o resultado sanguíneos locais, atração de eosinófilos e

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neutrófilos para o sítio reativo, danos aos vulgarmente chamadas de urticária. A
tecidos locais pelas proteases, aumento da administração de anti-histamínicos ao
permeabilidade capilar e perda de líquido indivíduo antes da exposição impede a
para os tecidos, além de contração das formação dessas bolhas.
células musculares lisas locais. Entretanto
vários tipos diferentes de respostas Febre do Feno: Na febre do feno, a
teciduais anormais podem ocorrer, reação alérgeno-reagina ocorre no nariz. A
dependendo do tipo de tecido onde a histamina liberada em resposta à reação
reação alérgeno-reagina ocorre. Dentre os causa dilatação vascular local, como
diferentes tipos de reações alérgicas resultante aumento da pressão capilar,
originadas dessa maneira, citam-se os assim como aumento da permeabilidade
seguintes: capilar. Estes efeitos induzem
extravasamento rápido de líquido para os
Anafilaxia: Quando um alérgeno tecidos do nariz, e a mucosa nasal torna-se
específico é injetado diretamente na edemaciada e secretora. Aqui, outra vez, o
circulação, este pode reagir em áreas uso de drogas anti-histamínicas pode evitar
extensas do corpo com os basófilos do esta reação do edema. Outros produtos da
sangue e mastócitos, localizados reação alérgeno-reagina ainda causam
imediatamente ao lado de pequenos vasos irritação no nariz, provocando a típica
sanguíneos, casos estes tenham sido síndrome do espirro, apesar da terapia com
sensibilizados pela ligação com reagina drogas.
IgE. Desse modo uma reação alérgica
ampla ocorre através do sistema vascular e Asma: a asma ocorre
em tecidos intimamente associados. Isto é freq6uentemente em pessoas do tipo
chamado de anafilaxia. A histamina “alérgico”. Nelas, a reação alérgeno-
liberada na circulação causa vasodilatação reagina ocorre nos bronquíolos dos
generalizada, assim como o aumento da pulmões. Aqui, o produto mais importante
permeabilidade capilar com a resultante liberado pelos mastócitos parece ser a
perda intensa de plasma a partir da substância de reação lenta anafilaxia, que
circulação. Muitas pessoas que causa espasmo do músculo liso
experimentam esta reação morrem de bronquiolar. Consequentemente, a pessoa
choque circulatório em poucos minutos, tem dificuldade para respirar até que os
salvo quando tratadas com epinefrina para produtos da reação alérgica sejam
antagonizar os efeitos da histamina. Além removidos. A administração de anti-
disso, uma mistura de leucotrienos é histamínicos tem pouco efeito no curso da
liberada das células, chamada de asma porque a histamina não parece ser o
substância de reação lenta da anafilaxia. fator principal que provoca a reação
Estes leucotrienos causam espasmo do asmática.
músculo liso dos bronquíolos, provocando
um ataque asmático, algumas vezes
causando a morte por sufocação.

Urticária: a urticária resulta da


entrada de um antígeno em áreas
específicas da pele, causando reações
anafilactóides localizadas. A histamina
liberada localmente causa (1)
vasodilatação, que produz uma imediata
vermelhidão, e (2) aumento da
permeabilidade capilar local, que induz a
formação de áreas circunscritas de edema
local na pele em poucos minutos. Estas
áreas circunscritas de edema local na pele
em poucos minutos. Estas áreas são

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