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Kultur Dokumente
Tema:
Construções
Leves
Estruturadas
em
Aço
Resumo
Esta
pesquisa
tem
por
objetivo
principal
investigar,
por
meio
de
um
estudo
experimental,
o
comportamento
da
ligação
do
compensado
estrutural
com
os
perfis
do
sistema
construtivo
Light
Steel
Framing.
Para
alcançar
o
objetivo
da
pesquisa
foram
feitas
uma
revisão
bibliográfica
e
a
avaliação
do
comportamento
do
conjunto
formado
pelos
parafusos
de
ligação
e
as
placas
de
compensado
fixadas
nos
perfis
do
sistema
Light
Steel
Framing,
como
a
determinação
dos
valores
da
rigidez
inicial
de
cada
ligação
(Ke),
da
energia
dissipada
(A)
e
da
ductilidade
(μ)
de
cada
espécime
ensaiado.
O
presente
estudo
mostrou
que
sistemas
com
mais
ligações
e
menores
espaçamentos
axiais
entre
os
parafusos,
tem
mais
resistência
à
força
cisalhante.
Espera-‐se
que
este
estudo
contribua
com
a
redução
do
consumo
de
aço
no
sistema,
por
meio
da
eliminação
do
contraventamento
com
fitas
de
aço
galvanizado
comumente
feito
nos
painéis
de
Light
Steel
Framing,
levando
em
conta
a
provável
eficiência
do
compensado
estrutural,
principalmente
em
edificações
de
interesse
social,
bem
como
com
a
normalização
nacional
sobre
o
assunto
estudado,
e
com
a
difusão
do
conhecimento
técnico
a
respeito
desse
sistema.
Palavras-‐chave:
Light
steel
framing;
Compensado
estrutural;
Painel
de
cisalhamento
¹
Arquiteta
e
Urbanista,
Mestranda,
Programa
de
Pós-‐Graduação
em
Engenharia
de
Estruturas,
Universidade
Federal
de
Minas
Gerais,
Belo
Horizonte,
Minas
Gerais,
Brasil.
²
Engenheiro
Civil,
Doutor,
Professor
Titular,
Programa
de
Pós-‐Graduação
em
Engenharia
de
Estruturas,
Universidade
Federal
de
Minas
Gerais,
Belo
Horizonte,
Minas
Gerais,
Brasil.
³
Engenheiro
Civil,
Doutor,
Professor
Associado,
Programa
de
Pós-‐Graduação
em
Engenharia
de
Estruturas,
Universidade
Federal
de
Minas
Gerais,
Belo
Horizonte,
Minas
Gerais,
Brasil.
4
Engenheira
Civil,
Mestranda,
Programa
de
Pós-‐Graduação
em
Construção
Civil,
Universidade
Federal
de
Minas
Gerais,
Belo
Horizonte,
Minas
Gerais,
Brasil
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
1
STUDY
OF
THE
CONNECTION
BEHAVIOR
BETWEEN
THE
STRUCTURAL
PLYWOOD
BOARD
AND
THE
STEEL
RETICULATE
OF
THE
LIGHT
STEEL
FRAMING
SYSTEM
*
Abstract
The
main
objective
of
this
research
is
to
investigate,
through
an
experimental
study,
the
connection
behavior
of
the
structural
plywood
with
the
Light
Steel
Framing
profiles
system.
In
order
to
reach
the
research
objective,
it
was
done
a
bibliographical
review
and
the
behavior
evaluation
of
the
assembly
formed
by
the
connecting
screws
and
the
plywood
plates
fixed
in
the
profiles
of
the
Light
Steel
Framing
system,
as
the
determination
of
the
values
of
the
initial
rigidity
of
each
connection
(Ke),
the
dissipated
energy
(A)
and
the
ductility
(μ)
of
each
specimen
tested.
The
present
study
showed
that
systems
with
more
connections
and
smaller
axial
spacing
between
the
screws
have
more
resistance
to
shear
force.
This
study
is
expected
to
contribute
to
the
reduction
of
steel
consumption
in
the
system
by
eliminating
the
bracing
of
galvanized
steel
strips
commonly
made
in
Light
Steel
Framing
panels,
taking
into
account
the
probable
efficiency
of
the
structural
plywood,
mainly
in
buildings
of
social
interest,
as
well
as
with
the
national
normalization
on
the
studied
subject,
and
with
the
diffusion
of
the
technical
knowledge
regarding
this
system.
Keywords:
Light
steel
framing;
structural
plywood;
shear
wall
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
2
1
INTRODUÇÃO
O
Light
Steel
Frame
é
um
sistema
construtivo
com
inúmeras
vantagens.
Sua
concepção
é
feita
de
forma
racional,
permitindo
uma
construção
a
seco,
com
poucos
resíduos
de
obra,
além
de
poder
ser
feito
de
forma
rápida,
em
comparação
às
construções
feitas
em
alvenaria.
O
sistema
é
composto
por
perfis
de
aço
galvanizado
formados
a
frio
que
são
obtidos
a
partir
de
bobinas
de
aço
Zincado
de
Alta
Resistencia
(ZAR)
–
150
g/m2
(alumínio-‐zinco)
e
275
g/m2
(zinco)
e,
tem
resistência
ao
escoamento
de
no
mínimo
230
MPa.
Sua
capacidade
autoportante
é
devido
a
forma
alinhada
no
qual
se
encontram
os
perfis,
dando
origem
ao
termo
in
line
framing.
Seu
sistema
estrutural
é
divido
em
dois
subsistemas,
os
verticais
e
os
horizontais,
sendo
que
os
subsistemas
horizontais
são
suportados
pelos
verticais.
Assim,
os
horizontais
são
responsáveis
por
receber
e
transmitir
as
cargas
de
piso
e
teto,
e
os
verticais
conduzem
as
cargas
verticais
e
horizontais
para
a
fundação
do
edifício,
conforme
Rodrigues
[1].
Para
garantir
que
o
sistema
resista
também
aos
esforços
horizontais,
é
necessário
que
haja
um
contraventamento
na
parede
estrutural
(shear
wall),
que
pode
ser
feito
com
fitas
de
aço
galvanizado,
bem
como
com
painéis
de
revestimento.
Além
do
sistema
principal,
constituído
de
perfis
de
aço,
há
outros
elementos
que
o
compõe,
como
a
fundação,
os
revestimentos
estruturais
e
não-‐estruturais,
como
placas
de
madeira,
placas
cimentícias
e
placas
de
gesso,
as
instalações
hidráulicas
e
elétricas,
e
também
os
isolamentos
termo
-‐
acústicos.
Atualmente,
o
sistema
é
comumente
empregado
em
países
onde
a
construção
civil
é
predominantemente
industrializada.
No
Brasil,
um
dos
maiores
produtores
de
aço
do
mundo,
as
construções
feitas
em
concreto
armado
ainda
são
predominantes,
e
o
LSF
ainda
é
pouco
utilizado.
No
entanto,
o
uso
do
aço
vem
aumentando
consideravelmente
no
país
desde
a
década
de
1980.
1.1
Objetivos
Diante
desse
contexto,
esta
pesquisa
tem
por
objetivo
principal
analisar
o
comportamento
da
ligação
do
compensado
estrutural
no
reticulado
metálico
do
sistema
construtivo
LSF,
por
meio
de
um
estudo
experimental.
Para
isto,
interessa
avaliar
o
comportamento
da
ligação
feita
com
parafusos
autoatarraxantes
entre
as
placas
de
compensado
estrutural
e
o
reticulado
metálico
do
sistema
LSF,
assim
como
determinar
ou
confirmar,
por
meio
de
ensaios,
algumas
propriedades
mecânicas
do
compensado.
Com
isso,
este
estudo
poderá
contribuir
com
a
redução
de
aço
no
sistema
Light
Steel
Framing,
uma
vez
que
tais
placas
podem
vir
a
substituir
as
fitas
de
aço
galvanizado
utilizadas
no
contraventamento
dos
painéis
estruturais,
além
de
contribuir
para
a
difusão
do
conhecimento
técnico
a
respeito
desse
sistema
e
promover
o
seu
uso
no
país.
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
3
1.2
Revisão
da
literatura
1.2.1
Painel
de
cisalhamento
Para
que
o
sistema
LSF
consiga
resistir
a
esforços
horizontais,
é
necessário
que
haja
um
contraventamento
feito
nas
paredes
estruturais,
compostas
de
montantes
separados
entre
si
por
400
ou
600
mm,
com
fitas
de
aço
galvanizado,
pré-‐determinado
no
projeto,
cuja
forma
mais
comum
é
em
formato
de
“X”,
como
mostra
a
Figura
1.
De
acordo
com
Rodrigues
[1],
quando
esse
formato
não
é
adequado
devido,
por
exemplo,
a
alguma
abertura,
pode-‐se
utilizar
o
contraventamento
em
outros
formatos,
como
em
"K",
"Ʌ"
e
"V".
Ainda
é
possível
utilizar
painéis
estruturais
de
madeira,
como
o
compensado
e
a
placa
de
OSB,
além
de
placas
cimentícias
para
garantir
a
estabilidade
da
estrutura.
O
efeito
diafragma
é
a
capacidade
que
essas
paredes
têm
em
resistir
às
forças
laterais,
e
o
painel
recebe
o
nome
de
diafragma
rígido
ou
painel
de
cisalhamento
(shear
wall).
Figura
1:
Painel
com
contraventamento
em
"X".
Fonte:
Santiago
et
al.
[2].
As
fitas
de
aço
galvanizado
são
parafusadas
com
parafusos
do
tipo
HEX
com
cabeça
sextavada
em
uma
placa
denominada
Gusset,
de
mesmo
material,
junto
a
montantes
duplos,
que
ficam
junto
a
ancoragem
(hold
down)
do
painel
como
mostra
a
Figura
2.
Dessa
forma,
é
possível
que
esforços
transmitidos
pelo
contraventamento
sejam
absorvidos.
Além
disso,
o
ângulo
entre
a
guia
inferior
e
a
fita
de
aço
galvanizado
deve
estar
compreendido
entre
30°
e
60°,
para
que
não
haja
deformações
no
painel,
conforme
Rodrigues
[1].
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
4
Figura
2:
Fixação
das
diagonais
nos
painéis
por
placa
de
Gusset.
Fonte:
Santiago
et
al.[2].
Já
as
placas
de
revestimento
estruturais
podem
desempenhar
a
função
de
diafragma
rígido
no
lugar
das
fitas
aço
galvanizado.
No
entanto,
o
desempenho
estrutural
deve
ser
garantindo
pelo
fabricante
do
painel
de
revestimento
ou
por
instituições
de
pesquisas
por
meio
de
testes
comportamentais
do
material.
Para
que
o
painel
exerça
o
efeito
diafragma,
é
preciso
que
ele
esteja
engastado
na
parte
inferior
e
que
seu
deslocamento
na
parte
superior
esteja
dentro
dos
limites
preconizados
nas
normas
brasileiras
aplicáveis,
como
mostra
a
Figura
3.
Figura
3:
Diagrama
das
forças
do
painel
de
cisalhamento.
Fonte:
Bredel
[3].
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
5
Conforme
a
Associação
Brasileira
da
Indústria
de
Madeira
Processada
Mecanicamente
(ABIMCI)
[5],
o
compensado
é
um
painel
de
madeira,
conhecido
mundialmente
por
plywood,
feito
de
colagem
de
lâminas
de
madeira
sobrepostas,
cujas
fibras
são
dispostas
perpendicularmente
a
cada
lâmina,
a
fim
de
que
possa
garantir
maior
resistência
mecânica
e
física,
como
mostra
a
Figura
4.
Figura
4:
Posicionamento
das
lâminas
de
compensado.
Fonte:
Dias
[6].
Ainda,
segundo
Iwakiri
et
al.
[4],
as
resinas
de
fenol-‐formaldeído
ou
ureia-‐formaldeído
são
responsáveis
pela
colagem
das
lâminas
do
painel,
e
o
processo
de
prensagem
das
lâminas
demanda
atenção
em
relação
ao
teor
de
umidade
e
pressão.
Ademais,
o
tipo
de
resina
usada
dependerá
do
tipo
de
compensado.
No
mercado
há
sete
tipos
de
compensados,
são
eles,
laminados,
sarrafeados,
decorativos,
industrial,
naval,
resinado
e
plastificado.
A
ABIMCI
[5],
divide
os
painéis
de
madeira
compensada
quanto
ao
uso,
e
são
consideradas
três
classes:
a
classe
1,
chamada
de
condições
secas,
para
compensados
que
serão
protegidos
da
ação
da
água,
nesse
caso
são
usadas
resinas
com
base
em
ureia/formaldeído;
a
classe
2,
denominada
de
condições
úmidas,
destinadas
a
painéis
utilizados
em
locais
úmidos
e
capazes
de
resistir
a
umidade
por
pouco
tempo,
e
são
utilizadas
resinas
de
ureia/formaldeído
ou
fenol/formaldeído;
e
a
classe
3,
chamada
de
condições
externas,
para
painéis
também
utilizados
em
locais
úmidos,
porém,
nesse
caso,
eles
tem
a
capacidade
de
resistir
à
ação
de
intempéries
por
um
longo
tempo,
e
são
usadas
resina
fenol/formaldeído.
Também,
ela
divide
os
painéis
quanto
aos
tipos
de
aplicação,
são
eles,
os
compensados
estruturais,
utilizados
em
paredes,
pisos
e
tetos;
e,
os
não
estruturais,
utilizados
em
andaimes,
tapumes,
folhas
de
porta,
bem
como
na
fabricação
de
móveis
e
pisos
de
madeira
decorativos.
Segundo
seus
fabricantes,
o
compensado
estrutural
tem
qualidade
superficial,
estabilidade
dimensional,
assim
como,
baixa
condutividade
térmica
e
acústica,
resistência
a
água
e
ótimo
custo-‐benefício.
Eles
são
fabricados
conforme
as
normas,
que
garantem
a
resistência
do
compensado
estrutural
à
flexão
estática,
item
importante
levado
em
consideração
ao
assegurar
a
estabilidade
da
estrutura
em
Light
Steel
Frame
e
Wood
Frame.
1.2.3
Pesquisa
realizada
por
Serrette
et
al.
(1997)
Na
pesquisa
realizada
por
Serrette
et
al
[7],
foi
comparado
o
comportamento
do
compensado,
placa
de
OSB,
gesso
acartonado
e
MDF
no
fechamento
de
paredes
estruturais
do
sistema
construtivo
LSF.
O
teste
foi
feito
para
um
mesmo
espaçamento
entre
os
conectores
metálicos,
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
6
com
boa
fixação
e
ancoragem
das
paredes
na
base.
O
resultado
da
Tabela
1
mostra
que
o
compensado
tem
a
maior
resistência
lateral
às
paredes
de
cisalhamento
em
relação
aos
outros
materiais
de
fechamento.
Ademais,
segundo
os
autores,
os
valores
de
resistência
para
a
placa
de
compensado
e
os
painéis
de
OSB
são
similares,
enquanto
a
resistência
da
parede
revestida
de
placa
de
gesso
é
relativamente
baixa.
Tabela
1:
Relação
entre
a
capacidade
resistente
lateral
de
paredes
com
diferentes
materiais
de
fechamento.
Fonte:
Serrette
at
al
[7].
Material
de
fechamento
Comparativo
de
carga
máxima
1.2.4
Pesquisa
realizada
por
Tian
et
al.
(2004)
Na
pesquisa
feita
por
Tian
et
al.[8],
também
foi
realizada
uma
análise
da
rigidez
dos
painéis
estruturais
do
sistema
LSF,
conforme
os
corpos
de
provas
da
Figura
5.
Os
resultados
da
pesquisa
deixam
claro
que
a
placa
de
OSB
e
a
cimentícia
resistem
aproximadamente
à
mesma
força
cisalhante,
se
comparados
com
os
resultados
apresentados
pelos
painéis
contraventados
por
fitas
metálicas,
como
mostra
a
Tabela
2.
Além
disso,
observou-‐se
que,
quanto
maior
for
a
espessura
das
placas
e
menor
o
espaçamento
entre
os
parafusos,
maior
será
́ a
capacidade
de
o
corpo
de
prova
suportar
maiores
valores
de
cisalhamento.
Figura
5:
Corpos
de
Prova.
Fonte:
Tian
et
al.
[8].
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
7
Tabela
2:
Resultados
obtidos.
Fonte:
Tian
et
al.
[8].
CP
Descrição
Força
máxima
cisalhante
(KN)
1
Sem
contraventamento
e
sem
placa
0,4
2
Com
OSB
em
apenas
uma
face
9,5
3
Com
placa
cimentícia
em
apenas
uma
face
9,9
4
Com
contraventamento
em
X
nas
duas
faces
10,3
5
Com
contraventamento
em
X
apenas
uma
face
5,2
6
Duplo
contraventamento
em
XX
nas
duas
faces
10,1
1.2.5
Pesquisa
realizada
por
Fuentes
et
al.
(2014)
Na
pesquisa
feita
por
Fuentes
et
al.
[9],
realizou-‐se
ensaios
de
cisalhamento
entre
perfis
de
madeira
e
placas
de
OSB,
como
mostra
a
Figura
6.
Os
ensaios
foram
feitos
com
placas
de
OSB;
grampos
orientados
a
0°,
45°
e
90°;
com
e
sem
cola
e
carregamento
nas
direções
paralela
e
perpendicular
das
fibras
de
madeira.
Os
resultados
mostraram
que
quanto
maior
for
a
espessura
das
placas
de
OSB
com
grampos
orientados
perpendicularmente
à
direção
das
fibras
de
madeira
(90°),
menor
o
espaçamento
entre
eles,
maior
número
de
grampos,
sem
uso
de
cola,
maior
será
́ a
capacidade
de
o
corpo
de
prova
suportar
força.
Figura
6:
Máquina
universal
de
ensaios,
curva
força
versus
deslocamento
e
amostra
de
ensaio.
Fonte:
Fuentes
et
al.
[9].
1.2.6
Pesquisa
realizada
por
Datchoua
(2018)
Na
pesquisa
realizada
por
Datchoua
[10],
foi
realizada
um
estudo
experimental
acerca
da
ligação
entre
os
perfis
do
sistema
construtivo
do
LSF
e
as
placas
de
OSB,
como
mostra
a
Figura
7.
Os
ensaios
foram
feitos
por
meio
da
adaptação
do
ensaio
push
test,
no
qual
foi
observado
que
o
modo
de
carregamento,
a
espessura
dos
painéis
de
OSB
e
o
espaçamento
axial
entre
os
parafusos
ao
longo
do
montante
foram
determinantes
para
os
resultados
de
força
máxima
alcançada,
rigidez,
energia
dissipada
e
ductilidade
dos
corpos
de
prova,
constituídos
por
parafusos,
placa
OSB
e
perfis
do
sistema
LSF.
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
8
Figura
7:
Ensaio
Push
Test.
Fonte:
Datchoua
[10]
2
MATERIAIS
E
MÉTODOS
Conhecido
também
como
ensaio
de
cisalhamento
ou
de
deslizamento,
o
ensaio
tipo
push
test
é
normalmente
utilizado
para
a
análise
de
conectores
de
cisalhamento
na
interface
perfil
metálico
e
concreto.
Neste
trabalho,
foi
realizado
uma
adaptação
dos
ensaios
de
cisalhamento,
do
tipo
Standard
Push
Test,
preconizado
pelo
Eurocode
4
[11],
com
o
intuito
de
avaliar
o
comportamento
dos
parafusos
autobrocantes
e
auto-‐atarraxantes
de
fixação
na
interface
entre
o
perfil
metálico
e
as
placas
de
compensado
estrutural.
Durante
o
ensaio,
é
importante
que
haja
uma
ação
conjunta
entre
os
três
elementos,
o
reticulado
metálico,
a
placa
de
revestimento
e
os
parafusos
de
fixação,
pois
é
nesse
conjunto
que
atuam
as
forças
de
cisalhamento,
as
quais
são
transmitidas
pelos
parafusos
de
fixação,
para
os
elementos
que
compõem
o
reticulado
metálico.
Para
a
realização
dos
ensaios
de
cisalhamento,
os
espécimes
foram
fabricados
com
variações
nas
espessuras
do
compensado
e
no
perfil
metálico
considerando
o
espaçamento
entre
os
parafusos
e
seu
posicionamento
na
placa
de
revestimento,
a
fim
de
analisar
o
comportamento
do
conjunto
composto
pelo
compensado
estrutural,
parafuso
e
reticulado.
O
compensado
utilizado
nos
espécimes
é
da
espécie
pinnus
elliotti;
os
parafusos
utilizados
para
as
ligações
foram
os
autobrocantes
e
auto-‐atarraxantes
da
marca
WALSYWA
com
dimensões
de
4,2
mm
de
diâmetro
e
32
mm
de
comprimento.
Ademais,
o
aço
utilizado
para
a
fabricação
dos
perfis
foi
produzido
pela
Companhia
Siderúrgica
Nacional
(CSN)
com
zinco
de
275
g/m2
(Z275)
e
com
0,95
mm
de
espessura,
além
de
ter
a
resistência
ao
escoamento
igual
a
280
Mpa
(ZAR280).
O
perfil
utilizado
foi
o
U
enrijecido
(Ue)
com
dimensões
nominais
iguais
a
140
mm
(alma),
40
mm
(mesa)
e
10
mm
(enrijecedor).
Nos
ensaios
foram
avaliadas
as
dimensões
nominais
mais
utilizadas
no
sistema
LSF,
como
placas
de
compensado
estrutural
de
11,1
mm,
os
perfis
formados
a
frio
de
0,95mm,
além
dos
espaçamentos
axiais
dos
parafusos
mais
utilizados
na
construção
das
paredes
do
sistema
LSF
que
podem
ser
de
150
mm
e
300
mm.
Ademais,
as
placas
foram
cortadas
na
direção
longitudinal
(2400
mm)
e
transversal
(1220
mm)
em
relação
as
suas
fibras
externas.
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Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
9
Para
facilitar
os
ensaios,
os
espécimes
foram
nomeados
segundo
a
expressão:
“M1
-‐
A(0,95)-‐
C
(11,1)
-‐L
ou
T
-‐150
ou
300
-‐
E
(1
a
3)”,
no
qual
“M1”
é
o
tipo
de
modelo
a
ser
ensaiado;
“A”
representa
a
espessura
da
chapa
de
aço
dada
em
milímetros;
“C”
representa
a
espessura
da
placa
de
compensado
dada
em
milímetros;
“L”
e
“T”
representam
a
direção
do
corte
da
placa,
sendo
“L”,
as
placas
com
corte
na
direção
longitudinal
às
fibras
externas
da
madeira
e
“T”,
as
placas
na
direção
transversal;
“150”
e
“300”
são
os
espaçamentos
axiais
entre
os
parafusos,
também
em
milímetros;
e
“E”,
representa
o
número
do
espécime.
2.1
Ensaios
e
procedimentos
Este
trabalho
é
parte
de
uma
pesquisa
para
a
verificação
posterior
de
uma
possível
substituição
de
parte
do
contraventamento
de
aço
do
sistema
LSF,
por
placas
de
compensado
estrutural.
Neste
trabalho
são
analisados
os
espécimes
denominados
de
“M1
0,95
C11,1
T
150”,
“M1
0,95
C11,1
L
150”,
“M1
0,95
C11,1
T
300”
e
“M1
0,95
C11,1
L
300”,
que
foram
fabricados
com
montantes
na
extremidade
da
placa,
espaçados
entre
si
de
400
mm,
e
com
placas
de
compensado
estrutural
fixadas
no
perfil
por
parafusos
autoatarraxantes,
espaçados
a
cada
150
mm,
ou
a
cada
300
mm
entre
seus
eixos.
A
chapa
de
aço
utilizada
tem
espessura
de
0,95
mm
e
a
placa
de
compensado
tem
espessura
nominal
de
11,1
mm.
A
Figura
8
representa
dois
espécimes
com
espaçamento
das
ligações
da
placa
diferentes,
sendo
as
fotos
com
a
letra
a)
150
mm
e
letra
b)
300
mm.
(a)
(b)
Figura
8:
a)
Espécime
“M1
0,95
C
11,1
L
150
–
E1”;
b)
Espécime
“M1
0,95
C
11,1
L
300
–
E3”
Para
os
ensaios
realizados
nesta
pesquisa
foi
feita
uma
aplicação
de
incremento
de
força,
uma
pausa
de
1
minuto
para
a
estabilização
do
sistema,
então
novas
aplicações
de
força
foram
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tecnocientífica
ao
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2019
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8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
10
realizadas
até
a
ruptura
das
ligações
do
espécime,
sempre
com
uma
pausa
de
1
minuto
entre
os
carregamentos.
O
ensaio
foi
monitorado
durante
todo
o
tempo,
observando
principalmente
a
movimentação
dos
parafusos,
bem
como
os
modos
de
ruptura
das
placas
de
compensado
estrutural.
Foi
utilizado
um
anel
dinamométrico
de
compressão
e
tração,
da
marca
CONTENCO
modelo
I-‐
1068-‐N
com
capacidade
de
500
kN,
para
a
leitura
da
aplicação
de
incremento
força,
acoplado
a
um
pórtico
de
reação.
Uma
bomba
hidráulica
manual
da
TORVEL,
tipo
pistão
e
modelo
PT-‐464
também
foi
utilizada
para
aplicação
dos
incrementos
de
força.
Na
bomba
também
estava
instalado
um
transdutor
de
pressão
(DP)
da
TRANSTEC
com
capacidade
de
700
bar.
Para
medir
o
deslocamento
vertical
entre
a
placa
de
compensado
e
o
reticulado
metálico,
foram
utilizados
transdutores
de
deslocamento
ou
displacement
transducer
(DT)
do
tipo
DT-‐
100A,
marca
KYOWA
com
curso
de
100
mm
e
precisão
de
0,005
mm.
Eles
foram
conectados
ao
sistema
de
aquisição
de
dados
da
marca
Lynx
junto
aos
softwares
Lynx
AqDados
7.2
e
Lynx
AqDanalysis
7.2.
Dessa
maneira,
foi
possível
monitorar
e
adquirir
os
dados
dos
ensaios
e,
então,
exportá-‐los
para
o
Microsoft
Excel
para
a
produção
de
gráficos
de
força
versus
deslocamento.
A
partir
dos
ensaios
de
push
test,
foram
determinados
os
valores
da
rigidez
inicial
de
cada
ligação
(Ke),
da
energia
dissipada
(A)
e
da
ductilidade
(μ)
de
cada
espécime,
conforme
as
recomendações
da
norma
American
Iron
and
Steel
Institute
(AISI)
[12].
Segundo
essa
norma,
é
possível
determinar
tais
valores
por
meio
do
gráfico
força
versus
deslocamento,
pois
ainda
de
acordo
com
ela,
o
modelo
elasto-‐plástico
de
energia
equivalente
baseia-‐se
na
consideração
de
que
a
energia
dissipada
durante
o
ensaio
monotômico
do
espécime
é
equivalente
à
energia
dissipada
pela
curva
bilinear,
sendo
que
a
inclinação
da
primeira
linha
representa
a
rigidez
da
ligação,
ou
seja,
o
comportamento
elástico,
e
a
segunda
linha
representa
o
patamar
de
escoamento,
ou
seja,
o
comportamento
plástico,
até
que
haja
a
ruptura
do
espécime,
conforme
mostra
a
Figura
9,
cuja
área
1
(A1)
igual
a
área
2
(A2).
Dessa
forma,
para
cada
gráfico
de
força
versus
deslocamento
elaborado,
foi
feita
uma
curva
de
aproximação
bilinear,
conhecida
como
Energia
Equivalente
Elasto-‐Plástica
(EEEP),
para
a
determinação
dos
parâmetros
abordados,
conforme
a
Figura
10.
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2019
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8º
Congresso
Latino-‐americano
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Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
11
Figura
9:
Gráfico
com
a
aproximação
bilinear
da
curva
elasto-‐plástica
da
energia
equivalente.
Fonte:
American
Iron
And
Steel
Institute
[12],
Traduzido.
Figura
10:
Exemplo
de
gráfico
força
versus
deslocamento
do
modelo
“M1
0,95
C11,1
T150–E1”
e
curva
teórica
(EEEP)
Os
deslocamentos
médios
apresentados
no
gráfico
da
Figura
10
foram
obtidos
pela
média
entre
os
deslocamentos
com
os
4
DT´s
utilizados
durante
os
ensaios.
Assim
sendo,
por
meio
da
elaboração
dos
gráficos
força
versus
deslocamento
e
da
Equação
1,
obteve-‐se
a
rigidez
da
ligação
(ke)
de
cada
espécime.
Além
disso,
a
energia
dissipada
(A)
foi
determinada
por
intermédio
do
cálculo
da
área
do
gráfico
obtido
em
cada
ensaio
e
o
patamar
EEEP
obtido
por
meio
da
Equação
2,
desenvolvida
por
Datchoua
[10].
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–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
12
Pe
Ke =
(
1
)
δ'
2A
−δ*
± δ* , −
Ke
Py =
(
2
)
1
−
Ke
Onde:
Ke
é
o
valor
da
rigidez
da
ligação,
Pe
(mm)
é
o
valor
de
0,4
da
força
máxima
atingida
pelo
parafuso;
δe
(mm)
é
o
deslocamento
correspondente
ao
valor
de
Pe;
Py
(N)
é
o
valor
da
força
inicial
de
escoamento;
A
é
o
valor
da
energia
dissipada;
δu
(mm)
é
o
deslocamento
correspondente
à
força
de
ruptura.
Para
determinar
a
ductilidade
(μ)
dos
espécimes,
que
é
a
capacidade
que
um
material
tem
de
se
deformar
antes
da
sua
ruptura,
foi
utilizada
a
Equação
3.
Quanto
maior
o
patamar
de
escoamento
(EEEP),
maior
a
ductilidade
obtida.
δ*
µμ =
(
3
)
δ1
Sendo:
μ
é
a
ductilidade;
δu
(mm)
é
o
deslocamento
correspondente
à
força
de
ruptura;
δy
(mm)
é
o
deslocamento
correspondente
à
força
do
início
de
escoamento.
O
δy
foi
obtido
pela
Equação
4:
𝑃3
𝛿3 =
(
4
)
𝐾𝑒
Onde:
δy
(mm)
é
a
força
do
início
de
escoamento;
Py
força
inicial
de
escoamento;
Ke
é
o
valor
da
rigidez
da
ligação.
Além
de
tais
parâmetros
determinados,
a
força
máxima
atingida
por
cada
parafuso
(Pmáx
Parafuso)
foi
encontrada
por
meio
da
relação
entre
a
força
máxima
total
(Pmáx
Total)
obtida
pelo
espécime
e
sua
respectiva
quantidade
de
parafusos.
Também
foram
determinados
os
valores
médios
(Xm)
dos
parâmetros
obtidos,
bem
como
o
coeficiente
de
variação
(Cv)
dos
espécimes.
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Latino-‐americano
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Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
13
Ademais,
foram
determinados
os
valores
da
variância
(Var),
do
desvio
padrão
(DP)
e
do
coeficiente
de
variação
(𝐶8 )
dos
ensaios
realizados.
A
variância,
indicada
pela
Equação
5
é
a
medida
da
dispersão
estatística
que
indica
quão
distantes
os
valores
estão
da
média
(Xm).
O
desvio
padrão,
como
mostra
a
Equação
6,
é
a
medida
que
mostra
o
quanto
de
variação
existe
em
relação
à
média.
Assim
sendo,
um
baixo
valor
de
DP
significa
que
os
resultados
tendem
a
estar
próximos
da
média,
enquanto
que,
um
alto
valor
do
DP
significa
que
esses
resultados
estão
dispersos.
Dessa
forma,
o
coeficiente
de
variação,
indicado
pela
Equação
7
é
uma
maneira
de
expressar
a
variabilidade
dos
dados,
excluindo-‐se
a
ordem
de
grandeza
da
variável.
Conforme
pesquisa
realizada
por
Datchoua
[10],
de
um
modo
geral,
tem-‐se
resultados
homogêneos
(baixa
dispersão)
para
𝐶8
≤
15%,
média
dispersão
para
15%
<
𝐶8 <
30%
e
resultados
heterogêneos
(alta
dispersão)
para
𝐶8
≥
30%.
A ,
𝑉𝑎𝑟 =
=BC(𝐶𝑃= − 𝑋? )
(
5
)
(𝑛 − 1)
𝐷𝑃 = 𝑉𝑎𝑟
(
6
)
𝐷𝑃
𝐶𝑣 = . 100
(
7
)
𝑋𝑚
3
RESULTADOS
E
DISCUSSÃO
Os
resultados
obtidos
para
os
ensaios
de
push
test
foram
agrupados
conforme
3
espécimes
ensaiados
sob
os
mesmos
parâmetros
e
características,
ou
seja,
o
mesmo
modelo,
o
mesmo
tipo
de
aço,
a
mesma
espessura
da
placa
de
compensado
estrutural
e
o
mesmo
espaçamento
axial
entre
os
parafusos.
Além
disso,
em
uma
mesma
tabela
e
gráfico
de
força
versus
deslocamento
foram
agrupados
os
espécimes
com
tais
características,
porém
com
diferentes
direções
de
cortes
na
placa,
sendo
eles
na
direção
longitudinal
e
transversal.
A
força
utilizada
no
gráfico
foi
a
atingida
por
cada
parafuso
em
cada
espécime.
A
Figura
11
e
a
Tabela
3
mostram
os
resultados
obtidos
para
os
espécimes
nomeados
de
“M1
0,95
C11,1
(T
e
L)
150”.
A
Figura
11
mostra
o
gráfico
força
versus
deslocamento
dos
espécimes
nomeados
“M1
0,95
C11,1
(T
e
L)
150”.
Nesse
gráfico
os
espécimes
com
corte
de
placa
longitudinal
apresentam
uma
maior
área
no
gráfico
em
relação
aos
espécimes
com
corte
transversal,
devido
à
maior
força
máxima
alcançada,
bem
como
maior
deslocamento
atingido
por
esses
espécimes.
Além
disso,
os
espécimes
“M1
0,95
C11,1
L150
–
E1”
e
“M1
0,95
C11,1
L150
–
E2”
apresentam
em
um
primeiro
momento
uma
fase
elástica
até
atingir
a
força
máxima,
e
logo
em
seguida
uma
fase
plástica
até
acontecer
a
ruptura
dos
espécimes,
enquanto
os
outros
espécimes
têm
suas
ligações
rompidas
após
atingir
a
força
máxima.
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–
8º
Congresso
Latino-‐americano
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Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
14
Na
Tabela
3
o
valor
médio
da
força
máxima
total
(Pmáx
Total)
foi
53202,74
N
para
os
espécimes
com
corte
longitudinal
e
49102,97
N
para
os
de
corte
transversal.
Enquanto
a
força
máxima
alcançada
por
parafuso
(Pmáx
Parafuso)
foi
de
2660,14
N
para
os
espécimes
com
corte
longitudinal
e
de
2455,15
N
para
os
de
corte
transversal.
A
rigidez
(Ke)
alcançada
para
os
espécimes
com
placas
de
corte
longitudinal
foi
de
684,94
N/mm
e
de
841,30
N/mm
para
os
de
corte
transversal.
A
energia
dissipada
(A)
foi
de
23903,89
N.mm
para
os
espécimes
de
corte
longitudinal
e
de
18026,73
N.mm
para
os
de
corte
transversal.
Por
fim,
a
ductilidade
(μ)
alcançada
foi
de
4,17
para
os
espécimes
de
corte
longitudinal
e
de
4,78
para
os
de
corte
transversal.
Os
valores
de
𝐶8
menores
que
15%
representam
uma
baixa
dispersão
dos
resultados,
já
os
de
𝐶8
entre
15%
e
30%
caracterizam
uma
média
dispersão
dos
resultados.
Figura
11:
Gráfico
força
versus
deslocamento
dos
espécimes
nomeados
de
“M1
0,95
C11,1
(T
e
L)
150”
Tabela
3:
Resultados
relativos
aos
espécimes
nomeados
de
“M1
0,95C11,1
(T
e
L)
150”
Espécime
Pmáx
Total
(N)
Pmáx
Parafuso
(N)
Ke
(N/mm)
A
(N.mm)
μ
M1
0,95
C
11,1
L
150
-‐
E1
51798,45
2589,92
595,92
26117,38
4,00
M1
0,95
C
11,1
L
150
-‐
E2
53155,61
2657,78
787,93
25071,78
5,07
M1
0,95
C
11,1
L
150
-‐
E3
54654,15
2732,71
670,97
20522,52
3,43
Xm
53202,74
2660,14
684,94
23903,89
4,17
Cv
2,68%
2,68%
14,13%
12,44%
19,98%
Espécime
Pmáx
Total
(N)
Pmáx
Parafuso
(N)
Ke
(N/mm)
A
(N.mm)
μ
M1
0,95
C
11,1
T
150
-‐
E1
49508,24
2475,41
916,30
22413,17
5,83
M1
0,95
C
11,1
T
150
-‐
E2
48688,28
2434,41
678,08
14674,32
3,53
M1
0,95
C
11,1
T
150
-‐
E3
49112,40
2455,62
929,51
16992,70
4,99
Xm
49102,97
2455,15
841,30
18026,73
4,78
Cv
0,84%
0,84%
16,82%
22,03%
24,31%
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
15
Os
resultados
obtidos
para
os
espécimes
nomeados
de
“M1
0,95
C11,1
(T
e
L)
300”
estão
compilados
na
Figura
12
e
na
Tabela
4.
Na
Figura,
12
está
representado
o
gráfico
força
versus
deslocamento
dos
espécimes
“M1
0,95
C11,1
(T
e
L)
300”,
na
qual
os
espécimes
com
corte
de
placa
longitudinal
e
corte
transversal
apresentam
curvas
com
áreas
similares.
Além
disso,
as
curvas
apresentam
na
primeira
etapa
uma
fase
elástica,
até
atingir
a
força
máxima,
e
logo
em
seguida
uma
breve
fase
plástica,
terminando
com
a
ruptura
dos
espécimes.
O
espécime
“M1
0,95
C11,1
T300
–
E2”
teve
um
comportamento
atípico
em
relação
aos
demais
espécimes,
pois
um
de
seus
parafusos
não
foi
instalado
de
maneira
correta,
impactando
diretamente
na
sua
força
máxima
e
na
rápida
ruptura
das
suas
ligações.
A
Tabela
4
mostra
que
o
valor
médio
da
força
máxima
total
(Pmáx
Total)
foi
de
29904,74
N
para
os
espécimes
com
corte
longitudinal
e
de
28283,69
N
para
os
de
corte
transversal.
Já
a
força
máxima
alcançada
por
parafuso
(Pmáx
Parafuso)
teve
um
valor
médio
de
2492,06
N
para
os
espécimes
com
corte
longitudinal
e
de
2356,97
N
para
os
de
corte
transversal.
Já
a
rigidez
(Ke)
média
alcançada
para
os
espécimes
com
placas
de
corte
longitudinal
foi
de
495,02
N/mm
e
de
632,99N/mm
para
os
de
corte
transversal.
A
energia
dissipada
(A)
foi
de
18485,38
N.mm
para
os
espécimes
de
corte
longitudinal
e
de
13463,17
N.mm
para
os
de
corte
transversal.
Por
fim,
a
ductilidade
(μ)
média
alcançada
foi
de
2,67
para
os
espécimes
de
corte
longitudinal
e
d
2,72
para
os
de
corte
transversal.
Os
valores
de
𝐶8
menores
que
15%
representam
uma
baixa
dispersão
dos
resultados,
enquanto
os
de
𝐶8
entre
15%
e
30%
caracterizam
uma
média
dispersão
dos
resultados,
já
os
valores
acima
de
30%,
representam
uma
alta
dispersão
dos
resultados.
Figura
12:
Gráfico
força
versus
deslocamento
dos
espécimes
nomeados
de
M1
0,95
C11,1
(T
e
L)
300
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
16
Tabela
4:
Resultados
relativos
aos
espécimes
nomeados
de
M1
0,95
C11,1
(T
e
L)
300
Espécime
Pmáx
Total
(N)
Pmáx
Parafuso
(N)
Ke
(N/mm)
A
(N.mm)
μ
M1
0,95
C
11,1
L
300
–
E1
31271,33
2605,94
515,53
17717,98
2,39
M1
0,95
C
11,1
L
300
–
E2
27821,87
2318,49
477,98
16601,00
2,66
M1
0,95
C
11,1
L
300
–
E3
30621,02
2551,75
491,55
21137,16
2,95
Xm
29904,74
2492,06
495,02
18485,38
2,67
Cv
6,13%
6,13%
3,84%
12,79%
10,39%
Espécime
Pmáx
Total
(N)
Pmáx
Parafuso
(N)
Ke
(N/mm)
A
(N.mm)
μ
M1
0,95
C
11,1
T
300
–E1
30734,12
2561,18
559,38
14204,53
2,46
M1
0,95
C
11,1
T
300
–E2
25616,49
2134,71
797,94
8263,51
2,93
M1
0,95
C
11,1
T
300
–E3
28500,46
2375,04
541,64
17921,47
2,77
Xm
28283,69
2356,97
632,99
13463,17
2,72
Cv
9,07%
9,07%
22,61%
36,18%
8,83%
Entre
os
espécimes
analisados
é
possível
perceber
que
aqueles
denominados
de
“M1
0,95
C11,1
(T
e
L)
150”
suportaram
força
máxima
total
(Pmáx
Total)
com
valores
maiores,
cerca
de
75,82%
maior
em
relação
aos
espécimes
“M1
0,95
C11,1
(T
e
L)
300”,
assim
como
o
valor
da
rigidez
(Ke),
cerca
de
35,30%
maior,
a
ductilidade
(μ),
66,23%
maior,
a
força
máxima
por
parafuso
(Pmáx
Parafuso),
apenas
5,49%
maior
e
a
energia
dissipada
(A),
31,24%
maior.
Dessa
forma,
é
possível
perceber
que
o
espaçamento
axial
entre
os
parafusos
e
a
quantidade
de
ligações
teve
forte
influência
sobre
tais
parâmetros
discutidos,
como
relata
Datchoua
[10]
em
sua
pesquisa,
na
qual
realizou
ensaios
em
sistema
LSF
com
placas
de
OSB.
Assim
como
também
afirmam
Fuentes
et
al.
[9],
que
quanto
mais
ligações
e
menor
espaçamento
entre
elas,
maior
a
capacidade
do
sistema
em
suportar
incremento
de
força.
Tian
et.al
[8]
também
mostram,
em
sua
análise
da
rigidez
dos
painéis
estruturais
do
sistema
LSF,
que
quanto
menor
espaçamento
entre
os
parafusos
de
ligação,
maior
a
capacidade
do
espécime
em
atingir
maiores
valores
de
força
máxima.
Tais
resultados
experimentais
obtidos
nos
ensaios
desta
pesquisa
demonstraram
concordância
com
as
análises
da
bibliografia
deste
trabalho.
Além
de
tais
análises,
as
curvas
de
um
mesmo
gráfico
mostraram
características
similares,
ou
seja,
os
cortes
longitudinal
e
transversal
das
placas
não
tiveram
grande
influência
sobre
os
resultados,
sendo
eles
aproximados
entre
si.
Existe
apenas
uma
tendência
de
as
placas
de
corte
longitudinal
serem
mais
resistentes,
elas
suportaram
cerca
de
7,4%
a
mais
de
força
máxima
total
em
relação
as
de
corte
transversal,
considerando
os
dois
espaçamentos
entre
os
parafusos
(150
mm
e
300
mm).
4
CONCLUSÃO
A
partir
das
análises
dos
resultados
desta
pesquisa,
recomenda-‐se
que
para
suportar
maiores
valores
de
força
é
indicado
que
o
sistema
LSF
tenha
em
suas
paredes
estruturais
menor
espaçamento
entre
os
parafusos
e
maior
quantidade
destes
nas
ligações
entre
as
placas
de
revestimento
e
reticulado
de
aço.
Esse
fato
foi
comprovado
por
meio
de
ensaios
push
test
realizados
durante
este
trabalho
e
demonstraram
que
os
espécimes
com
espaçamento
de
150
mm
suportaram
75,82%
a
mais
de
força
que
os
espécimes
de
espaçamento
de
300
mm.
Além
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
17
de
ter
maior
força
máxima,
também
atingiram
maiores
valores
em
relação
ao
valor
da
rigidez
(Ke),
a
ductilidade
(μ),
a
força
máxima
por
parafuso
(Pmáx
Parafuso)
e
também
a
energia
dissipada
(A).
Ainda
foi
observado
que
os
espécimes
com
placas
com
corte
longitudinal
têm
certa
tendência
em
atingir
maiores
cargas
em
relação
aos
espécimes
com
placas
de
corte
transversal.
Além
disso,
este
trabalho
é
parte
de
uma
pesquisa
para
a
verificação
posterior
de
uma
possível
substituição
de
parte
do
contraventamento
de
aço
do
sistema
LSF,
por
placas
de
compensado
estrutural.
Além
dos
ensaios
de
push
test,
foram
realizados
ensaios
para
a
caracterização
da
placa
de
compensado,
a
fim
de
poder
compará-‐la
a
outros
materiais
de
revestimento
mais
utilizados
como
a
placa
de
OSB
e
a
placa
cimentícia.
É
importante
um
embasamento
científico
para
o
emprego
de
placas
de
revestimento
como
elemento
de
contraventamento
nas
paredes
estruturais
do
sistema
LSF,
uma
vez
que
ainda
não
existe
normalização
sobre
o
assunto.
A
partir
de
referências
bibliográficas,
ensaios
mecânicos
e
coletas
de
dados
por
meios
computacionais,
deseja-‐se
uma
contribuição
técnico-‐
científica
para
as
novas
edificações
do
sistema
LSF.
Ademais,
espera-‐se
que
esta
pesquisa
contribua
para
a
normalização
nacional
sobre
o
assunto,
e
que
seja
possível
a
substituição
das
fitas
de
aço
galvanizado
por
placas
de
compensado
estrutural
no
contraventamento
do
sistema
LSF,
podendo
assim
permitir
a
redução
do
aço
e,
consequentemente,
de
custos
das
obras
em
LSF,
principalmente
as
edificações
de
interesse
social.
Agradecimentos
Agradecemos
a
CAPES
(Coordenação
de
Aperfeiçoamento
de
Pessoal
de
Nível
Superior)
e
ao
CNPq
(Conselho
Nacional
de
Desenvolvimento
Científico
e
Tecnológico):
Projeto
de
Pesquisa
N°
425165/2016-‐7,
pelo
apoio
financeiro
em
forma
de
fomento
à
pesquisa.
Agradecemos
também
ao
Programa
de
Pós-‐Graduação
em
Engenharia
de
Estruturas
da
Universidade
Federal
de
Minas
Gerais.
REFERÊNCIAS
1
Rodrigues
FC.
Manual
de
Construção
em
Aço.
Steel
Framing:
Engenharia.
2a
edição.
Rio
de
Janeiro:
Instituto
Brasileiro
de
Siderurgia
-‐
Centro
Brasileiro
da
Construção
em
Aço
(CBCA);
2016.
2
Santiago
AK,
Freitas
AMS,
CRASTO
RCM.
Steel
Framing:
Arquitetura.
2ª
edição.
Rio
de
Janeiro:
Instituto
Brasileiro
de
Siderurgia
-‐
Centro
Brasileiro
da
Construção
em
Aço
(CBCA);
2012.
3
Bredel
DH.
Performance
capabilities
of
light-‐frame
shear
walls
sheathed
with
long
OSB
panels.
Blacksburg:
Virginia
Tech;
2003.
4
Iwakiri
S,
Keinert
S,
Prata,
JG,
Rosso
S.
Produção
De
Painel
Compensado
Estrutural
De
Eucalyptus
Grandis
e
Eucalyptus
Dunnii.
Revista
Floresta.
2007;
37
(3):
363-‐367.
5
Associação
Brasileira
Da
Indústria
Da
Madeira
Processada
Mecanicamente.
ABIMCI:
Compensado
De
Pinus
–
Catálogo
Técnico
N°
1.
Curitiba,
2007.
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
18
6
Dias
FM.
Aplicação
de
Resina
Poliuretana
à
Base
de
Mamona
na
Fabricação
de
Painéis
de
Madeira
Aglomerada.
São
Carlos:
Escola
de
Engenharia
de
São
Carlos,
Universidade
de
São
Paulo;
2005.
7
Serrette
et
al.
Static
Racking
Behavior
of
Plywood,
OSB,
Gypsum,
and
Fiberbond
Walls
with
Metal
Framing.
Journal
of
Structural
Engineering.
1997;
123:1079-‐1086.
8
Tian
YS,
Wang
J,
Lu,
TJ.
Racking
Strength
and
Stiffness
of
Cold-‐Formed
Wall
Frames.
Journal
of
Constructional
Steel
Research.
2004;
60
(7):
1069-‐1093.
9
Fuentes
S,
Fournely
E,
Pitti
RM,
Bouchair
A.
Impact
of
Semi-‐rigidity
of
Joint
on
Timber
Composite
Truss
Beam.
Experimental
Mechanics
of
Composite,
Hybrid,
and
Multifunctional
Materials.
2014;
6:
9-‐16.
10
Datchoua,
JS.
Estudo
Teórico-‐Experimental
do
Comportamento
da
Ligação
de
Painéis
de
OSB
com
Perfis
do
Reticulado
Metálico
do
Sistema
Construtivo
Light
Steel
Framing.
Belo
Horizonte:
Departamento
de
Engenharia
de
Estruturas,
Escola
de
Engenharia,
Universidade
Federal
de
Minas
Gerais;
2018.
11
European
Committe
for
Standartization.
EN
1994-‐1-‐1:
Eurocode
4,
Design
of
Composite
Steel
and
Concrete
Structures,
Part
1.1:
General
Rules
and
Rules
for
Buildings.
Bruxelas,
2004.
12
American
Iron
and
Steel
Institute.
A.
S213-‐07/S1-‐09:
North
American
Standard
for
Cold-‐
Formed
Steel
Framing
-‐
Lateral
Design
2007.
Washington,
2012.
________________________________
Contribuição
tecnocientífica
ao
Construmetal
2019
–
8º
Congresso
Latino-‐americano
da
Construção
Metálica
–
14
a
16
de
agosto
de
2019,
São
Paulo,
SP,
Brasil.
19