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Norma

NP ISO 1996-2
2019

Portuguesa
Acústica
Descrição, medição e avaliação do ruído ambiente
Parte 2: Determinação dos níveis de pressão sonora

Acoustique
Description, mesurage et évaluation du bruit de l’environnement
Partie 2: Détermination des niveaux de bruit

Acoustics
Description, measurement and assessment of environmental noise
Part 2: Determination of sound pressure levels

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T2
C

ICS HOMOLOGAÇÃO
13.140; 17.140.01 Termo de Homologação n.º 67/2019, de 2019-04-05
A presente norma resulta da revisão da
NP ISO 1996-2:2011 (Ed. 1)

CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
Versão portuguesa da ISO 1996-2:2017 CT 28 (SPAcústica)

CÓDIGO DE PREÇO 2ª EDIÇÃO


X0018 2019-04-15

 IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2


2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101


E-mail: ipq@ipq.pt Internet: www.ipq.pt
Preâmbulo nacional
O presente documento é idêntico ao Documento Internacional ISO 1996-2:2017, Acoustics –
Description, measurement and assessment of environmental noise – Part 2: Determination of sound
pressure levels, elaborado pelo Comité Técnico ISO/TC 43, Acoustics, Subcomité SC 1, Noise. A Comissão
Técnica responsável pela elaboração da versão portuguesa deste documento é a CT 28, Acústica,
vibrações e choques, cuja coordenação é assegurada pelo Organismo de Normalização Setorial,
Sociedade Portuguesa de Acústica (ONS/SPAcústica).
Este documento substitui a NP ISO 1996-2:2011 (ISO 1996-2:2007), que foi tecnicamente revista.
A ISO 1996 é composta pelas seguintes partes, tendo como título geral Acoustics – Description,
measurement and assessment of environmental noise:
 Part 1: Basic quantities and assessment procedures
 Part 2: Determination of sound pressure levels

8
T2
C

Aviso: Documento com direitos de propriedade


© IPQ reprodução proibida
As normas e os documentos normativos são documentos abrangidos por direitos de Propriedade Intelectual a
qual inclui a Propriedade Industrial, Direitos de Autor e Direitos Conexos. É proibida e punida, nos termos da
legislação aplicável, a sua reprodução, utilização, distribuição ou divulgação pública, de qualquer parte deste
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intranet, sem autorização prévia escrita. A autorização deve ser requerida ao Instituto Português da Qualidade
enquanto Organismo Nacional de Normalização.
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Sumário Página
Preâmbulo nacional ................................................................................................................................................. 6
Introdução.................................................................................................................................................................... 6
1 Objetivo e campo de aplicação .......................................................................................................................... 7
2 Referências normativas....................................................................................................................................... 7
3 Termos e definições .............................................................................................................................................. 7
4 Incerteza da medição ........................................................................................................................................... 9
5 Equipamento para as medições acústicas ..................................................................................................11
5.1 Generalidades........................................................................................................................................................................ 11
5.2 Calibração ............................................................................................................................................................................... 12

8
5.3 Verificação .............................................................................................................................................................................. 12
5.4 Monitorização de longa duração ................................................................................................................12
6 Princípios ................................................................................................................................................................13
T2
6.1 Generalidades........................................................................................................................................................................ 13
6.2 Medições independentes .................................................................................................................................................. 14
7 Funcionamento da fonte sonora ....................................................................................................................14
7.1 Generalidades........................................................................................................................................................................ 14
7.2 Tráfego rodoviário .............................................................................................................................................................. 15
C

7.2.1 Medição de Leq ................................................................................................................................................................... 15


7.2.2 Medição de Lmax ................................................................................................................................................................. 16
7.3 Tráfego ferroviário .............................................................................................................................................................. 16
7.3.1 Medição de Leq ................................................................................................................................................................... 16
7.3.2 Medição de Lmax ................................................................................................................................................................. 16
7.4 Tráfego aéreo......................................................................................................................................................................... 16
7.4.1 Medição de Leq ................................................................................................................................................................... 16
7.4.2 Medição de Lmax ................................................................................................................................................................. 18
7.5 Instalações industriais....................................................................................................................................................... 18
7.5.1 Medição de Leq ................................................................................................................................................................... 18
7.5.2 Medição de Lmax ................................................................................................................................................................. 18
8 Condições meteorológicas ................................................................................................................................19
8.1 Generalidades........................................................................................................................................................................ 19
8.2 Condições favoráveis à propagação sonora ............................................................................................................. 20
8.3 Efeitos da precipitação nas medições ......................................................................................................................... 20

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9 Procedimentos de medição ............................................................................................................................. 21


9.1 Seleção do intervalo de tempo de medição.............................................................................................................. 21
9.1.1 Medições de longa duração ......................................................................................................................................... 21
9.1.2 Medições de curta duração.......................................................................................................................................... 21
9.2 Localização do microfone ................................................................................................................................................ 22
9.2.1 Exterior ................................................................................................................................................................................ 22
9.2.2 Interior ................................................................................................................................................................................. 23
9.3 Medições ................................................................................................................................................................................. 23
9.3.1 Medições de longa duração sem acompanhamento ......................................................................................... 23
9.3.2 Medições de curta duração com acompanhamento ......................................................................................... 24
9.3.3 Som residual ...................................................................................................................................................................... 25

8
9.3.4 Gama de frequências das medições ......................................................................................................................... 26
9.3.5 Medições dos parâmetros meteorológicos........................................................................................................... 26
T2
10 Avaliação do resultado da medição ........................................................................................................... 26
10.1 Generalidades..................................................................................................................................................................... 26
10.2 Determinação do LE,T e Leq,T e LN,T ................................................................................................................................ 27
10.2.1 LE,T e Leq,T ........................................................................................................................................................................... 27
10.2.2 LN,T........................................................................................................................................................................................ 27
C

10.3 Tratamento de dados corrompidos ou incompletos ......................................................................................... 27


10.3.1 Generalidades ................................................................................................................................................................. 27
10.3.2 Som induzido pelo vento ........................................................................................................................................... 27
10.4 Correção para o nível de ruído residual ................................................................................................................. 27
10.5 Determinação da incerteza padrão ........................................................................................................................... 28
10.6 Determinação de Lden....................................................................................................................................................... 29
10.6.1 Determinação a partir de medições de Leq de longa duração..................................................................... 29
10.6.2 Determinação a partir de medições de LE de longa duração, referentes a
acontecimentos acústicos individuais ............................................................................................................................... 29
10.6.3 Determinação a partir de medições curta duração ........................................................................................ 29
10.7 Nível máximo, Lmax ........................................................................................................................................................... 30
11 Extrapolação para outras localizações ..................................................................................................... 31
11.1 Generalidades..................................................................................................................................................................... 31
11.2 Extrapolação a partir de cálculos .............................................................................................................................. 31
11.3 Extrapolação a partir da medição de funções de atenuação ......................................................................... 31
12 Cálculo................................................................................................................................................................... 32

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12.1 Generalidades ..................................................................................................................................................................... 32


12.2 Métodos de cálculo ........................................................................................................................................................... 33
12.2.1 Generalidades ................................................................................................................................................................. 33
12.2.2 Procedimentos específicos ........................................................................................................................................ 33
13 Informação a registar e a incluir no relatório ........................................................................................33
Anexo A (informativo) Determinação do raio de curvatura .....................................................................34
Anexo B (informativo) Posições de microfone relativamente a superfícies refletoras ..................37
Anexo C (informativo) Seleção dos locais de medição/monitorização .................................................42
Anexo D (informativo) Correção para a condição de referência .............................................................44
Anexo E (informativo) Eliminação de som não desejado ...........................................................................49
Anexo F (informativo) Incerteza de medição .................................................................................................50

8
Anexo G (Informativo) Exemplos de cálculo de incertezas .......................................................................52
Anexo H (informativo) Níveis máximos de pressão sonora ......................................................................57
T2
Anexo I (informativo) Medição do ruído residual.........................................................................................60
Anexo J (informativo) Método objetivo para a avaliação da audibilidade de tons no ruído –
Método de engenharia ...........................................................................................................................................62
Anexo K (informativo) Método objetivo para a avaliação da audibilidade de tons no ruído –
Método expedito ......................................................................................................................................................64
Anexo L (informativo) Métodos de cálculo nacionais e europeus para fontes sonoras
C

específicas ..................................................................................................................................................................65
Bibliografia ................................................................................................................................................................68

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Introdução
As medições de ruído ambiental são complicadas porque há um grande número de variáveis a
considerar para o planeamento e realização de medições. Como cada ocasião de medição está sujeita a
condições da fonte e condições meteorológicas que não podem ser controladas pelo operador, muitas
vezes não é possível controlar a incerteza resultante das medições. Em vez disso, a incerteza é
determinada após as medições com base numa análise das medições acústicas e dados recolhidos
sobre as condições de operação da fonte e sobre os parâmetros meteorológicos importantes para a
propagação do som.
Como este documento tem a ambição de cumprir com os novos requisitos e os requisitos mais
rigorosos sobre cálculos de incerteza de medição, assim como incluir todos os tipos de fontes e
condições meteorológicas, tornou-se mais complicado do que uma norma respeitante a uma única
fonte específica e aplicação. O melhor modo de aplicar esta norma, é utilizá-la como base para o
desenvolvimento de normas mais específicas, atendendo as fontes e objetivos em avaliação.

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1 Objetivo e campo de aplicação


Este documento descreve como podem ser determinados os níveis de pressão sonora pretendidos
como base para avaliar os limites de ruído ambiental, ou a comparação de cenários em estudos
espaciais. Esta determinação pode ser realizada por medição direta e por extrapolação dos resultados
de medição por meio de cálculo. Este documento destina-se principalmente a ser utilizado em
medições realizadas ao ar livre, mas também são fornecidas algumas orientações para medições no
interior. É um documento flexível e, em grande medida, o utilizador determina o esforço de medição e,
consequentemente, a incerteza de medição, que é determinada e indicada em cada caso. Assim, não há
limites para a incerteza máxima permitida. Frequentemente, os resultados das medições são
combinados com cálculos para corrigir para as condições de referência, as condições de operação da
fonte ou propagação que ocorreram durante a medição real. Este documento pode ser aplicado a todos
os tipos de fontes de ruído ambiental, tais como ruído de tráfego rodoviário e ferroviário, ruído de
aeronaves e ruído industrial.

2 Referências normativas
8
Os documentos a seguir referenciados são, no todo ou em parte, indispensáveis à aplicação deste
documento. Para referências datadas, apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas,
aplica-se a última edição do documento referenciado (incluindo as emendas).
T2
ISO 1996-1:2016 Acoustics – Description, measurement and assessment of environmental
noise – Part 1: Basic quantities and assessment procedures
ISO 20906:2009/Amd 1:2013 Acoustics – Unattended monitoring of aircraft sound in the vicinity of
airports – Amendment 1
ISO/IEC 17025 General requirements for the competence of testing and calibration
laboratories
C

ISO/IEC Guide 98-3 Uncertainty of measurement – Part 3: Guide to the expression of


uncertainty in measurement (GUM: 1995)
IEC 60942 Electroacoustics – Sound calibrators
IEC 61260 Electroacoustics – Octave-band and fractional-octave band filters
IEC 61672-1 Electroacoustics – Sound level meters – Part 1: Specifications

3 Termos e definições
Para os fins do presente documento, aplicam-se os termos e definições constantes na ISO 1996-1, bem
como os seguintes.
A ISO e IEC mantêm bases de dados sobre a terminologia a utilizar em normalização nos seguintes
endereços:
 IEC Electropedia: disponível em http://www.electropedia.org/

 ISO Online browsing platform: disponível em http://www.iso.org/obp

3.1 intervalo de tempo de medição


Intervalo de tempo durante o qual as medições são efetuadas.

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NOTA 1 à secção: Para medições do nível de exposição ou do nível sonoro contínuo equivalente, o intervalo de tempo de
medição corresponde ao período de integração.

NOTA 2 à secção: Para medições do nível máximo de pressão sonora ou dos níveis percentis, etc. o intervalo de tempo de
medição é o intervalo de tempo de observação (3.2).

3.2 intervalo de tempo de observação


Intervalo de tempo durante o qual é efetuada uma série de medições.

3.3 intervalo de tempo de previsão


Intervalo de tempo para o qual se efetua a previsão de níveis.
NOTA 1 à secção: Atualmente talvez seja mais comum efetuar a previsão de níveis sonoros utilizando computadores em
alternativa à sua medição, para algumas fontes, tais como fontes de ruido associadas aos meios de transporte. O intervalo de
tempo de previsão corresponde ao intervalo de tempo de medição (3.1), exceto que para o primeiro, se efetua a previsão dos
níveis, e para o segundo a sua medição.

3.4 medição de longa duração

8
Medição suficientemente longa para abranger todas as situações de emissão e de condições
meteorológicas necessárias para obter um valor representativo.

3.5 medição de curta duração


T2
Medição durante intervalos de tempo de medição (3.1) com condições de emissão e meteorológicas
bem definidas.

3.6 local recetor


Local onde o ruído é avaliado.

3.7 método de cálculo


C

Conjunto de algoritmos para calcular o nível de pressão sonora num local recetor especificado (3.6) a
partir de dados medidos ou previstos, de potência sonora e de atenuação.

3.8 método de previsão


Parte de um método de cálculo (3.7) elaborado para a determinação de níveis de ruído futuros.

3.9 janela meteorológica


Conjunto de condições meteorológicas durante o qual podem ser efetuadas medições, cujos resultados
têm variações limitadas e conhecidas em função da variação das condições meteorológicas.

3.10 janela de emissão


Conjunto de condições de emissão durante o qual podem ser efetuadas medições, cujos resultados têm
variações limitadas e conhecidas em função da variação das condições de funcionamento.

3.11 raio de curvatura dos trajetos de propagação sonora, Rcur


Raio aproximado da curvatura dos trajetos de propagação sonora devido à refração atmosférica.
NOTA 1 à secção: Rcur é expresso em metro.
NOTA 2 à secção: Muitas vezes o parâmetro utilizado é 1/Rcur para evitar valores infinitamente grandes durante a
propagação dos raios em linha reta.

3.12 estação de monitorização


Instrumentação utilizada num único terminal automatizado de monitorização em contínuo do nível
sonoro, e que regista os níveis de pressão sonora, ponderada A, os seus espectros e todas as grandezas

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meteorológicas relevantes, como velocidade do vento, direção do vento, chuva, humidade, estabilidade
atmosférica, etc.
NOTA 1 à secção: As medições meteorológicas não necessitam de ser efetuadas em cada estação desde que estas medições
sejam realizadas a uma distância adequada aos terminais e que essa distância seja indicada no relatório.

3.13 sistema automático de monitorização de níveis sonoros


Sistema completo e automatizado de monitorização em contínuo do nível sonoro, incluindo todas as
estações de monitorização (3.12), a base ou central de recolha de dados (servidor principal) e todo o
software e hardware envolvidos no seu funcionamento.

3.14 condição de referência


Condição à qual se referem os resultados de medição (corrigidos).
NOTA 1 à secção: Exemplos de condições de referência são as condições de absorção do som na atmosfera para valores
médios anuais de temperatura e humidade, e valores médios anuais de trafego para os períodos diurno, entardecer e noturno,
respetivamente.

8
3.15 medições independentes
Medições consecutivas realizadas num espaço de tempo suficientemente longo para tornar quer as
condições de funcionamento da fonte, quer as condições de propagação do som, estatisticamente
T2
independentes, das mesmas condições de outras medições da série.
NOTA 1 à secção: Para alcançar condições independentes para as condições meteorológicas, normalmente é necessário um
espaço de tempo de vários dias.

3.16 som de baixa frequência


Som que contém frequências de interesse, em termos de bandas de um terço de oitava, no intervalo de
16 Hz a 200 Hz.
C

NOTA 1 à secção: Esta definição é específica deste documento. Ao nível da regulamentação nacional podem ser aplicadas
outras definições.

4 Incerteza da medição
A incerteza dos níveis de pressão sonora determinada como descrito nesta parte da norma depende da
fonte sonora e do intervalo de tempo de medição, das condições meteorológicas, da distância à fonte
sonora, do método de medição adotado e do sistema de medição utilizado. A incerteza da medição
deve ser determinada de acordo com a ISO/IEC Guide 98-3 (GUM). Escolher uma das seguintes
abordagens, que são todas compatíveis com o GUM:
a) A abordagem por modelação, que consiste na identificação e quantificação das maiores fontes de
incerteza (o chamado balanço de incerteza). Este é o método preferencial.
b) A abordagem interlaboratorial, que consiste na realização de um ensaio de “round-robin” por forma
a determinar o desvio-padrão da reprodutibilidade do método de medição.
NOTA 1: No caso de existir mais do que um método para determinada mensuranda, quaisquer desvios são considerados,
por exemplo, pela implementação da ISO 21748 [1].

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c) A abordagem híbrida que consiste na utilização conjunta da abordagem por modelação e


abordagem interlaboratorial. Nesta situação, a abordagem interlaboratorial é utilizada para
componentes do balanço da incerteza para as quais as contribuições não possam ser quantificadas
utilizando o modelo matemático da abordagem por modelação por falta de conhecimento técnico.
NOTA 2: A Nota 1 é igualmente aplicável.

De acordo com a abordagem por modelação, devem ser identificadas todas as fontes de incerteza
significativas. Sempre que possível, devem ser eliminados ou reduzidos efeitos sistemáticos pela
aplicação de correções. Se a grandeza a ser medida é L, que é função das grandezas j, a Fórmula será:
(1)
Se cada grandeza tem uma incerteza-padrão uj, a incerteza padrão combinada é dada pela Fórmula (2):
n
u( L)  (c j u )2 (2)
1 j

8
assumindo que as grandezas de entrada j são independentes. Para as mesmas condições, o coeficiente
de sensibilidade cj é dado pela Fórmula (3):

(3)
T2
A incerteza de medição a ser indicada é a incerteza associada a um fator de expansão, ou seja, a
incerteza expandida. Por convenção, é normalmente escolhida uma probabilidade de expansão de
95 %, para um fator de expansão de 2. O que significa que o resultado será L ± 2 u.
NOTA 3: Entidades competentes poderão definir outras probabilidades de expansão. Um fator de expansão de 1,3 ou, por
exemplo, uma probabilidade de expansão de 80 %.

Para avaliações de ruído ambiente f(xj), é extremamente complicado e dificilmente realizável a


C

formulação exata de uma função f. Segundo os princípios da ISO 3745, [2] podem ser identificadas as
fontes de incerteza mais importantes. Para uma medição individual, aplica-se a Fórmula (4):
( ))
( (4)
onde
L é o valor estimado durante as condições específicas para as quais se pretende obter a
mensuranda, expresso em decibel (dB);
L′ é o valor medido incluindo o som residual, Lres, expresso em decibel (dB);
Lres é o som residual, expresso em decibel (dB);
δfon é uma grandeza de entrada que permite quantificar qualquer incerteza devida a desvios
das condições normais de funcionamento da fonte expressa em decibel (dB);
δmet é uma grandeza de entrada que permite quantificar qualquer incerteza devida a
condições meteorológicas diferentes das consideradas, expressa em decibel (dB);
δloc é uma grandeza de entrada que permite quantificar qualquer incerteza devida à seleção
do local recetor, expressa em decibel (dB).
Geralmente δfon + δmet é determinado diretamente a partir de medições; ver 10.5.

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L′ e Lres são ambos dependentes de δson que é uma grandeza de entrada que permite quantificar
incertezas da cadeia de medição (sonómetro, no caso mais simples). Além disso, Lres depende de δres
que é uma grandeza de entrada que permite quantificar a incerteza devido ao som residual. O Quadro
1, mostra com maior detalhe, a relação entre as grandezas da Fórmula (4) e a sua estimativa e
incerteza.
A Fórmula (4) é muito simplificada e cada fonte de incerteza é função de várias outras fontes de
incerteza. Em princípio, a Fórmula (4) aplica-se a qualquer medição independentemente da duração
(alguns segundos ou anos). Na secção 9.1, as medições são divididas, respetivamente, em longa e curta
duração. Uma medição de curta duração normalmente varia entre 10 min e várias horas, enquanto que
uma medição de longa-duração pode normalmente variar entre um mês e um ano.
No Quadro 1 encontram-se algumas orientações de como determinar cj e uj para introduzir na
Fórmula (2).
Quadro 1 – Exemplo de um balanço de incerteza para um valor medido

Grandeza
8 Estimativa
dB
Incerteza-padrão,

dB
Magnitude do
coeficiente de
sensibilidade,
Secção para
orientação
T2
u(L’)
L′ + δson L’ Anexo F
0,5a)
7.2 a 7.5,
δfon 0 ufon 1
Anexo D
Secção 8,
δmet 0 umet 1
C

Anexo A
δloc 0,0 – 0,60 uloc 1 Anexo B

Lres+δres Lres ures Anexo F

a) 0,5 dB refere-se a um sonómetro de classe 1. Um sonómetro de classe 2 teria uma incerteza-padrão de 1,5 dB.

Os números do Quadro 1 referem-se apenas a níveis de pressão sonora contínua equivalente,


ponderada A. Incertezas mais elevadas são esperadas em níveis máximos, níveis por banda de
frequência e níveis com componentes tonais. Em muitos casos, os valores medidos devem ser
corrigidos para diferentes condições de funcionamento da fonte que não representem os casos
medidos, mas a média anual. De forma similar, as medições poderão ser corrigidas para outras
condições meteorológicas para ser possível calcular Lden. O cálculo da incerteza para estes casos é dado
no Anexo F.
NOTA 4: Alguns exemplos de cálculos de incerteza completo, incluindo uma folha de cálculo, são apresentados no Anexo G.

5 Equipamento para as medições acústicas


5.1 Generalidades
O equipamento para a medição dos níveis de pressão sonora, incluindo o(s) microfone (s), assim como
o(s) cabo(s) protetor(es) de vento, equipamento de registo e outros acessórios, se utilizados, devem

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cumprir os requisitos da classe 1 como especificado na IEC 61672-1 para campo livre ou incidência
aleatória, conforme o mais adequado. Os filtros devem cumprir os requisitos da classe 1 da IEC 61620.
Para medições no exterior deve sempre ser utilizado um protetor de vento.
NOTA 1: Os limites de tolerância para a Classe 1 da IEC 61672–1 aplicam-se num intervalo de temperatura de -10 °C a +50 °C.
Se o equipamento for utilizado em temperaturas fora do intervalo entre -10 °C a +50 °C, pode haver um aumento na incerteza
de medição.
NOTA 2: Mesmo com o protetor de vento, os níveis de pressão sonora medidos podem ser afetados pelo ruído induzido pelo
vento. Por exemplo, o nível de pressão sonora, ponderado A, LpA para um microfone de 13 mm, com um protetor de vento de
90 mm de diâmetro, exposto a uma velocidade do vento de v m/s é de aproximadamente −18+70 lg(v/1 m/s) dB, com o vento
soprando perpendicularmente à membrana do microfone, e −32+83 lg (v/1 m/s) dB, com o vento soprando paralelamente à
membrana [3].

5.2 Calibração
Imediatamente antes e após uma série de medições, deve ser verificada a calibração do sistema de
medição, numa ou mais frequências, com um calibrador da classe 1 conforme a IEC 60942. Sem

8
qualquer outro ajustamento, a diferença entre as leituras de duas verificações consecutivas deve ser
inferior ou igual a 0,5 dB. Se este valor for excedido, os resultados das medições obtidas após a
verificação satisfatória anterior devem ser descartados. Para monitorização de longa duração de
vários dias ou mais, devem ser aplicados os requisitos da ISO 20906:2009/Amd 1:2013.
T2
5.3 Verificação
A conformidade do instrumento de medição do nível de pressão sonora, dos filtros e do calibrador
sonoro deve ser verificada pela existência de um certificado válido de conformidade com os
parâmetros de medição especificados nos métodos de ensaio relevantes na IEC 61672-3 [4], IEC 61260
e IEC 60942.
Todos os ensaios de conformidade devem ser efetuados por um laboratório que esteja de acordo com
C

os requisitos da ISO/IEC 17025 para realizar os ensaios e calibrações relevantes e garantir a


rastreabilidade metrológica para os padrões de medição apropriados. O intervalo de tempo
recomendado para ensaiar o desempenho do sistema é uma vez por ano. O intervalo máximo
permitido é de 2 anos.

5.4 Monitorização de longa duração


O erro máximo admissível para instrumentos utilizados em medições meteorológicas deve ser:
 ± 0,5 K para equipamentos de medição de temperatura,
 ± 5,0 % para equipamentos de medição de humidade relativa,
 ± 0,5 hPa para equipamentos de medição de pressão barométrica,
 ± 0,5 m/s para equipamentos de medição da velocidade do vento, e
 ± 5° para equipamentos de medição da direção do vento.
As Classes Meteorológicas devem ser de acordo com a Secção 8.
NOTA: Alguns anemómetros sónicos modernos são adequados para a medição direta dos parâmetros a serem utilizados para
determinar classes meteorológicas.

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6 Princípios
6.1 Generalidades
Nas medições de ruído ambiente devem ser seguidas as seguintes duas estratégias:
a) efetuar uma única medição em condições meteorológicas bem definidas, monitorizando
cuidadosamente as respetivas condições de funcionamento da fonte;
b) efetuar uma medição de longa duração, ou diversas medições por amostragem, monitorizando as
respetivas condições meteorológicas.
Os dois tipos de medição requerem o pós-processamento dos dados obtidos.
Cada resultado e cada tipo de medição terá uma incerteza associada, que deve ser determinada. Cabe
ao utilizador dos resultados obtidos determinar o grau de exatidão que pretende atingir. Não são
estabelecidos limites superiores para a incerteza da medição.

8
O Leq de longa duração, Llong, é dado pela Fórmula (5):
T2
(5)
onde
pk é a frequência de ocorrência das condições de emissão sonora e das condições
meteorológicas para a janela k, a que corresponde o nível Lk, expresso em decibel (dB);
Nw é o número de janelas k utilizado.
Habitualmente, o Lk é obtido através de diversas medições; ver Fórmula (6):
C

(6)
onde
Li é o nível obtido numa medição independente inserida na janela k, expresso em decibel (dB);
Nm é o número de medições inseridas naquela janela k.
Por forma a calcular o Lden, os períodos diurno, entardecer e noturno, devem ser separados.
Uma janela é a combinação das condições de emissão sonora (por exemplo, diurno, entardecer,
noturno) e das condições meteorológicas (por exemplo, as quatro diferente classes, ilustradas no
Quadro 2). Preferencialmente uma janela deverá incluir condições de emissão e propagação sonoras
constantes. Em muitos casos, as condições de emissão são independentes das condições
meteorológicas e noutros, como por exemplo em ruído de tráfego aéreo, existe uma forte interligação.

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Quadro 2 – Estratificação das condições de emissão sonora e das condições meteorológicas


observadas durante as medições

Janela meteorológica
1 2 3 4
Janela de emissão
1
2
N

A incerteza associada deve ser determinada para pk e Lk. A incerteza de Lk é determinada diretamente a
partir de um número alargado de medições independentes, preferencialmente; ver 10.5. Se for
realizada apenas uma ou poucas medições, a incerteza deve ser determinada utilizando outra
informação disponível. Se não existem valores de Lk, os mesmos devem ser estimados utilizando o
método de previsão. As referidas estimativas devem incluir, igualmente, as estimativas da
correspondente incerteza.

8
Para medições únicas significativas, o requisito mínimo é o de que o Lk seja determinado durante as
condições de propagação favoráveis definidas no Anexo A e que as condições de operação da fonte
sonora sejam monitorizadas durante as referidas medições.
T2
6.2 Medições independentes
Para que duas medições sejam independentes, desprezando as variações sistemáticas como as
sazonais, diurnas, semanais ou outras, os requisitos do Quadro 3 podem ser utilizados como
orientação (ver Referência [5]).
Quadro 3 – Duração mínima (em horas) entre duas medições para que sejam independentes
C

< 100 m 100 m a 300 m > 300 m


Distância
dia noite dia noite dia noite
Tráfego rodoviário 24 h 24 h 48 h 48 h 72 h 72 h
Tráfego ferroviário 24 h/
24 h 48 h 72 h 72 h 72 h
fontea)
Instalações industriais fonte fonte 48 h 48 h 72 h 72 h
Tráfego aéreob) fonte fonte fonte fonte fonte fonte
a) Se os comboios de carga são predominantes.
b) Predominantemente dependente das operações de voo.

NOTA 1: “fonte” no Quadro 3 significa que a duração mínima é influenciada pelas condições de funcionamento da fonte
sonora.
NOTA 2: “dia” no Quadro 3 indica a duração entre o nascer do sol e o pôr-do-sol, enquanto que “noite” indica a duração entre
o pôr-do-sol e o nascer do sol.

7 Funcionamento da fonte sonora


7.1 Generalidades
As condições de funcionamento da fonte sonora devem ser representativas do ruído ambiente em
consideração. Para a obtenção de uma estimativa fiável do correspondente nível sonoro contínuo
equivalente e do nível máximo de pressão sonora, o respetivo tempo de medição deve abranger um

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número mínimo de acontecimentos sonoros. Para os tipos de fontes sonoras mais comuns, são dadas
orientações em 7.2 a 7.5.
O número de passagens de veículos (seja em tráfego rodoviário, ferroviário ou aéreo) necessário para
o cálculo da média em emissão sonora de cada um depende do grau de exatidão requerido. As fontes
sonoras menos comuns, tais como tráfego marítimo, helicópteros e elétricos não são concretamente
tratadas.
Para o tráfego ferroviário e aéreo, o nível de pressão sonora contínuo equivalente pode ser
determinado medindo os níveis de exposição sonora para um conjunto de acontecimentos acústicos
individuais de passagens de veículos, calculando-se, com base nestes, o correspondente nível de
pressão sonora contínuo equivalente.
Se os valores obtidos tiverem de ser corrigidos para outras condições de funcionamento, utilizando
modelos de previsão específicos, aquelas condições de funcionamento devem ser monitorizadas
recorrendo a todos os parâmetros relevantes utilizados como entrada no método de previsão. A
incerteza resultante irá depender do grau de exatidão com que os diferentes parâmetros são
determinados.
8
NOTA: No Anexo D são dadas orientações sobre como proceder para a correção em outras condições de funcionamento.

As orientações dadas não consideram problemas adicionais com fontes sonoras de baixa frequência,
T2
tais como helicópteros, vibrações em pontes, metropolitanos, comboios de carga, minas, metalúrgicas,
equipamento pneumático, etc.. O Anexo C da ISO 1996-1:2016 refere informação detalhada para sons
de baixa frequência. Os procedimentos para a medição de sons de baixa frequência são dados em 9.2.2
e 9.3.2.7.

7.2 Tráfego rodoviário

7.2.1 Medição de Leq


C

Durante o intervalo de tempo de medição do Leq deve ser registado o número de passagens de veículos,
determinado por contagem direta ou por outros meios. Se o resultado da medição é para ser
convertido para outras condições de tráfego, deve ser efetuada, pelo menos, a distinção entre 3 classes
de veículos, designadamente, “veículos ligeiros de passageiros”, “veículos pesados médios” (com
2 eixos), e “veículos pesados” (com 3, ou mais eixos). Para determinar se as condições de tráfego são
representativas, deve ser determinada a velocidade média do tráfego, por meio de medições, ou por
outros meios, e registado o estado e o tipo de pavimento.
O número de passagens necessário para obtenção de uma média da variação individual da emissão
sonora de um veículo depende da exatidão pretendida. Na ausência de melhor informação disponível,
a incerteza padrão referida, ufon, no Quadro 1, pode ser calculada através da Fórmula (7):

dB (7)

onde n é o número de passagens.


Para tráfego misto, deve assumir-se C = 10, apenas para veículos pesados, C = 5, e apenas para veículos
ligeiros, C = 2,5. Em cada caso, a correspondente incerteza padrão pode ser determinada com maior
rigor a partir da estatística de medições diretas do LE de passagens individuais, quer classe a classe ou
para uma combinação de tráfego representativa.

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7.2.2 Medição de Lmax


Os níveis máximos de pressão sonora diferem em função da classe dos veículos. Para cada classe existe
uma determinada margem de variação nos níveis máximos de pressão sonora obtidos, a qual se deve a
diferenças individuais entre veículos e a variações na velocidade de circulação ou nos padrões de
condução. Dependendo da definição, o nível máximo de pressão sonora pode ser medido diretamente
a partir de um número específico de passagens ou calculado a partir do valor médio aritmético e do
respetivo desvio padrão, utilizando a teoria estatística; ver Anexo H.

7.3 Tráfego ferroviário

7.3.1 Medição de Leq


Durante o intervalo de tempo de medição do Leq, quer por medição direta quer por medição do LE de
passagens individuais, o número de passagens de comboios, a velocidade e o comprimento dos
mesmos, ou, em alternativa, o número de carruagens deve ser registado. Se o resultado da medição é
para ser convertido para outras condições de tráfego, deve ser efetuada, pelo menos, a distinção entre

8
as seguintes categorias de comboios: “alta velocidade”, “intercidades”, “regionais”, de carga e a diesel.
Para aumentar o grau de exatidão em comboios de carga deverá ser registado o comprimento do
comboio e o tipo de travão (de disco ou de pastilha, de ferro fundido ou “sinterizado”).
T2
O número de passagens necessário para obtenção de uma média da variação individual da emissão
sonora de um veículo depende da exatidão pretendida. Na ausência de melhor informação disponível,
a incerteza padrão referida, ufon, no Quadro 1, pode ser calculada através da Fórmula (8):
dB (8)

onde n é o número de passagens.


C

Se a amostragem for realizada sem ter em consideração as condições de operação, deve assumir-se
C = 10, se a amostragem teve em consideração as ocorrências relativas das diferentes classes de
comboios (carga, passageiros, etc.), o valor pode ser reduzido para C = 5. Em cada caso, a
correspondente incerteza padrão pode ser determinada com maior rigor a partir da estatística de
medições diretas do LE de passagens individuais, quer categoria a categoria, ou para uma combinação
representativa de tráfego.

7.3.2 Medição de Lmax


Os níveis máximos de pressão sonora diferem em função da categoria dos comboios. Adicionalmente,
para cada categoria existe uma determinada margem de variação nos níveis máximos de pressão
sonora obtidos, a qual se deve a diferenças individuais entre veículos e a variações na velocidade de
circulação ou nos padrões de condução. Dependendo da definição, o nível máximo de pressão sonora
pode ser medido diretamente a partir de um número específico de passagens ou calculado a partir do
valor médio aritmético e do respetivo desvio padrão, utilizando a teoria estatística; ver Anexo H.

7.4 Tráfego aéreo

7.4.1 Medição de Leq


O valor Leq deve ser determinado a partir de medições de LE de operações representativas do
aeroporto. Estas operações incluem o padrão de tráfego (utilização da pista, procedimentos de
descolagem e aterragem, composição da frota aérea, distribuição do tráfego referente ao período do
dia), bem como as condições de propagação sonora. A grandeza principal a ser medida é o nível de

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exposição sonora ponderado A, LAE, mas outras medições poderão ser relevantes para definir que um
acontecimento acústico pertence a uma determinada aeronave. Tais medições devem incluir:
 o nível de pressão sonora ponderado A, registado em contínuo e com uma taxa de amostragem de,
pelo menos, 10 Hz;
 o nível máximo de pressão sonora, ponderado em frequência e no tempo, LASmax;
 o tempo de registo para LASmax;
 a duração do acontecimento acústico.
NOTA 1: Para informação adicional útil sobre medições, consultar a ISO 20906.

Cada medição relativa a uma aeronave deve ser identificada e, se relevante, agrupada de acordo com a
dimensão (massa) e tecnologia. O número de classes ou a atribuição de classe às aeronaves é objeto de
discussão com as autoridades aeroportuárias e/ou com as autoridades nacionais.
NOTA 2: Códigos para identificação dos diferentes tipos de aeronaves são dados no ICAO Anexo 16 [6].

8
Os dados a fornecer pelas autoridades aeroportuárias são:
a) número de operações para cada grupo de aeronaves durante cada janela de medição;
b) tráfego de referência (dados de média de tráfego por tipo de aeronave/condição de operação).
T2
Dependendo das condições meteorológicas, a pista pode ser utilizada em ambas as direções, para
descolagem e aterragem. A situação é, ainda, mais complexa para aeroportos de maior dimensão, com
duas ou mais pistas. A utilização específica da pista é designada por “configuração do aeroporto”. Para
a determinação de valores compostos de longa duração, como Lden ou Ldn, é importante que cada
configuração seja medida numa “janela” separada, e que os resultados sejam ponderados de acordo
com a utilização de cada configuração durante um ano “típico”.
C

Na determinação do indicador composto diurno, a partir de medições LE, relativo à média temporal
durante um período, como uma semana ou mês, para uma configuração de aeroporto específica, as
condições de operação do aeroporto (padrão de tráfego e condições de propagação sonora) durante
esse período devem ser confirmadas como sendo representativas da configuração.
O número de acontecimentos acústicos necessários para calcular a variação da emissão sonora de
aeronaves individuais, para uma configuração de aeroporto específica, depende da exatidão requerida.
Na ausência de melhor informação disponível, a incerteza padrão referida, ufon, no Quadro 1, pode ser
calculada através da Fórmula (9):
dB (9)

onde n é o número de acontecimentos acústicos.


Se a amostragem for realizada sem ter em consideração as condições de operação, deve assumir-se
C = 4. Se a amostragem teve em consideração as ocorrências relativas a diferentes tipos de aeronave e
modos de voo, o valor a assumir é C = 3 para descolagem de aeronaves a jacto, C = 4 para descolagem
de outras aeronaves, C = 2 para aterragem de aeronaves a jacto e C = 3 para aterragem de outras
aeronaves.
Na determinação do indicador composto para uma configuração de aeroporto específica, a partir da
medição de LE de todos os acontecimentos acústicos, relativos às aeronaves observadas durante um
período sem informação sobre as condições de operação do aeroporto, a incerteza padrão, ufon, devido
à variação da emissão sonora da aeronave pode ser assumida como ufon = 3 dB para um único dia,
ufon = 2 dB para uma semana normal e ufon = 1 dB para um período superior a um mês.

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7.4.2 Medição de Lmax


Se o objetivo é medir o nível máximo de pressão sonora devido ao tráfego aéreo numa determinada
zona residencial, deve ser assegurado que o período de medição abrange os tipos de aeronaves com
emissão sonora mais elevada, utilizando as rotas de voo mais próximas. Dependendo da definição, o
nível máximo de pressão sonora pode ser medido diretamente a partir de um número específico de
passagens individuais, ou calculado a partir do valor médio aritmético e do correspondente desvio
padrão, utilizando a teoria estatística; ver Anexo H.

7.5 Instalações industriais

7.5.1 Medição de Leq


As condições de funcionamento da fonte sonora devem ser divididas em classes: para cada classe, a
variação temporal da emissão sonora da instalação deve ser razoavelmente estacionária (em sentido
estocástico). Esta variação deve ser menor do que a variação decorrente da atenuação da propagação
devida às variações nas condições meteorológicas, (ver Secção 8). As condições de funcionamento

8
devem ser definidas pela atividade bem como pela sua localização; por exemplo, 1) medir os valores
Leq durante um período de 5 min a 10 min, a uma determinada distância; 2) para cada condição de
funcionamento, a distância de medição deve ser suficientemente longa para abranger todas as
T2
contribuições sonoras das principais fontes e suficientemente curta para minimizar os efeitos
meteorológicos (ver Secção 8); 3) se os valores Leq variarem consideravelmente, deve ser realizada
uma nova categorização das classes de funcionamento. Deve medir-se o Leq correspondente a cada
classe de funcionamento da fonte sonora, sendo o Leq da instalação industrial calculado a partir dos
valores obtidos, tendo em consideração a frequência e a duração de cada classe de funcionamento.
Para o cálculo da incerteza, de acordo com a Secção 4, é necessário estimar a incerteza padrão das
condições de funcionamento. Uma das formas de o realizar é repetir as medições a uma distância
C

suficientemente próxima da fonte sonora, de modo que as variações dos níveis de pressão sonora
sejam independentes das condições meteorológicas; ver Fórmula (10):

2
 
 Lmi  Lm 
n  
usou     dB (10)
i 1 n  1

onde
Lmi é o valor medido representativo do ciclo de operação típico, expresso em decibel (dB);
̅̅̅̅ é a média aritmética de todos os Lmi, expresso em decibel (dB);
n é o número total de todas a medições independentes.

7.5.2 Medição de Lmax


Se o objetivo é medir o nível máximo de pressão sonora do ruído devido a instalações industriais, deve
ser assegurado que o período de medição abrange a condição de funcionamento da instalação,
associada à emissão sonora mais elevada, a ocorrer o mais próximo possível do local recetor.
Dependendo da definição, o nível máximo de pressão sonora pode ser medido diretamente a partir de
um número específico de ciclos de operação, ou calculado a partir do valor médio aritmético e do
respetivo desvio padrão, utilizando a teoria estatística; ver Anexo H.

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8 Condições meteorológicas
8.1 Generalidades
Os níveis de pressão sonora variam com as condições meteorológicas. Para solo poroso, estas
variações são pequenas, desde que se verifique a condição da Fórmula (11):
hs  hr
 0 ,1
D
onde
hs é a altura da fonte;
hr é a altura do recetor;
D é a distância na horizontal entre a fonte o recetor.
Se o solo for refletor, são aceitáveis distâncias maiores.

8
Os parâmetros meteorológicos devem ser medidos quer se trate de medições de curta ou de longa
duração. No mínimo, requer-se a medição da velocidade do vento e da sua direção, bem como da
humidade relativa do ar e a sua temperatura. Adicionalmente, deve ser providenciada informação
T2
sobre a estabilidade atmosférica, ou, diretamente, a partir de medições, ou, indiretamente, a partir da
nebulosidade do céu e do período do dia. No caso de ocorrer precipitação, então esta informação deve
também ser fornecida. Para o propósito de se definir as condições de propagação na direção da menor
distância entre a fonte e o recetor, devem-se usar as janelas meteorológicas indicadas no Quadro 4
para o preenchimento da matriz de medição indicada na Secção 6.1. O raio de curvatura, Rcur, pode ser
determinado indiretamente a partir do Quadro 4 ou pode ser calculado a partir dos parâmetros
meteorológicos conforme exposto no Anexo A. D é a distância, em metros, na horizontal entre a fonte e
o recetor. O raio de curvatura é negativo, quando os caminhos acústicos são curvados para cima,
C

enquanto que um sinal negativo associado às velocidades do vento, indica que a direção do vento é do
recetor para a fonte.
NOTA: O Quadro 4 é um quadro simplificado, podendo ser usadas descrições alternativas desde que as curvaturas desejadas
sejam obtidas.

A descrição geral dada poderá não ser apropriada para fontes sonoras muito altas, como p. ex.
aerogeradores, onde diferentes camadas atmosféricas e turbulência poderão ser importantes.

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Quadro 4 – Janelas meteorológicas


Janelas Valor representativo
Alcance D/Rcur Descrição verbal
meteorológicas D/Rcur
M1a) < - 0,04 - 0,08 desfavorável
M2b) - 0,04 … 0,04 0,00 neutro ou homogéneo
M3c) 0,04 … 0,12 0,08 favorável
M4d) > 0,12 0,16 muito favorável
a) Valor típico da componente vetorial da velocidade do vento a 10 m: <1 m/s e <-1 m/s respetivamente para o dia e para a
noite.
b) Valor típico da componente vetorial da velocidade do vento a 10 m: 1 m/s a 3 m/s.
c) Valor típico da componente vetorial da velocidade do vento a 10 m: 3 m/s a 6 m/s.
d) Valor típico da componente vetorial da velocidade do vento a 10 m: >6 m/s e ≥-1 m/s respetivamente para o dia e para a
noite.

8
8.2 Condições favoráveis à propagação sonora
T2
No caso de medições de curta duração (uma medição, ou poucas), então as mesmas devem ser
realizadas durante condições favoráveis ou muito favoráveis de propagação sonora (janelas
meteorológicas M3 ou M4) ou quando a Fórmula (11) é verificada. Neste caso, exceto se houver
melhor informação, a incerteza padrão é igual a:
umet ,fav  2 dB (12)

para distâncias D ≤ 400 m. Para distâncias D > 400 m, a incerteza padrão é dada pela Fórmula 13:
C

 D 
umet,fav   1  (13)
 400 m 

Esta Secção poderá não ser inteiramente apropriada para o caso de ruído de tráfego aéreo, pois as
direções de descolagem e de aterragem dependem da componente vetorial do vento ao longo da pista.
Em algumas posições do microfone, poderão nunca ocorrer condições favoráveis de propagação
sonora.

8.3 Efeitos da precipitação nas medições


A precipitação no protetor de vento do microfone poderá gerar ruído espúrio. Os resultados de
medições obtidos nestas condições devem ser descartados a não ser que se comprove que o efeito da
precipitação é negligenciável. Depois de a precipitação ter parado, as propriedades acústicas do
protetor de vento poderão ser modificadas. Para protetores de vento de dimensões padrão (9 cm de
diâmetro), este efeito pode ser significativo para frequências superiores a 1 kHz, se a quantidade de
precipitação for maior que 1 mm. Neste caso, o efeito permanece significativo durante uma certa
duração temporal, T, necessária para que o protetor de vento seque.
A duração temporal T pode ser estimada usando-se a Fórmula 14:
T = 16, 3 lg (7, 4 lg (h)  1, 5)  2, 8; h  1 (14)
onde
T duração temporal, em horas;

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h valor da precipitação, expresso em milímetros.


NOTA: A Fórmula (14) pode ser vista como um exemplo, pois a velocidade do vento, radiação direta solar e a humidade
relativa do ar podem ter influência significativa [17].

Quando o efeito da chuva é significativo, os valores medidos são utilizáveis desde que a incerteza
associada seja tida em conta.

9 Procedimentos de medição
9.1 Seleção do intervalo de tempo de medição

9.1.1 Medições de longa duração


Devem ser contempladas as mais importantes condições de emissão e de propagação quanto possíveis.
As medições devem ser distribuídas de maneira a evitar qualquer tendência sistemática nas condições
de operação da fonte sonora. As condições de operação da fonte, como p. ex. a composição do tráfego e

8
a dinâmica do tráfego, devem ser as mais representativas possíveis de modo a minimizar correções
posteriores. É particularmente importante incluir as janelas que mais contribuem para o Leq de longa
duração. Se as condições de propagação sonora ou as condições de emissão sonora variarem
grandemente nas diferentes estações do ano, p. ex. devido a pneus de Inverno e camadas de neve,
T2
então pode ser necessário medir-se durante as diferentes estações de modo a obter-se uma incerteza
baixa nas medições.
Para ruído industrial, com emissão constante, o indicador Lden deve ser determinado a partir dos
valores do período noturno.

9.1.2 Medições de curta duração


O intervalo temporal de medição deve ser selecionado de modo a abranger todas as variações
C

significativas na emissão do ruído. Se o ruído exibir periodicidade, então o intervalo temporal de


medição deverá preferencialmente abranger um número inteiro de vários períodos. Se não puderem
ser realizadas medições em contínuo, englobando um destes períodos, então os intervalos temporais
de medição devem ser escolhidos de maneira a que cada um represente uma parte do ciclo e que, em
conjunto, representem um ciclo completo. Resultados de medições representativos podem ser
estendidos no tempo de modo a cobrir o período para os quais são representativos, e combinados a
fim de providenciarem novos resultados.
Se o ruído é devido a acontecimentos acústicos individuais (p. ex. ruído de passagens de aeronaves, em
que o ruído varia durante a passagem e se encontra ausente durante uma parte considerável do
intervalo de tempo de referência), então os intervalos de tempo de medição devem ser escolhidos de
maneira a que o nível de exposição sonora, LE,T, do acontecimento acústico isolado possa ser
determinado.
Para medições de curta duração que requerem condições favoráveis de propagação sonora
envolvendo distâncias não cobertas pela Fórmula (11), o tempo mínimo para se obter uma média das
condições meteorológicas reais é igual a 10 min. No entanto, para se obter uma média suficientemente
boa das condições da fonte sonora é necessário um tempo mais prolongado.

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9.2 Localização do microfone

9.2.1 Exterior

9.2.1.1 Seleção do local de medição


Os locais de medição devem ser escolhidos de maneira a que o efeito do ruído residual devido a fontes
não relevantes seja minimizado.
NOTA: O Anexo C fornece orientações para a seleção dos locais de medição.

9.2.1.2 Seleção da localização do microfone


Deve ser selecionada uma das seguintes localizações:
a) Para se avaliar a situação num dado local específico, deve usar-se um microfone posicionado nesse
mesmo local.

8
b) Para outros fins, deve-se utilizar uma das seguintes localizações:
1) Campo direto incidente (condição de referência).
NOTA 1: Trata-se da posição em campo livre, ou do caso teórico em que o nível de pressão sonora do campo livre
T2
hipotético sobre o solo no exterior de um edifício é calculado a partir das medições efetuadas junto do mesmo edifício; ver
2) e 3). A noção de campo direto incidente refere-se ao facto de que todas as reflexões, caso existam, de qualquer edifício
localizado atrás do microfone sejam eliminadas. Uma localização atrás de um edifício que serve de barreira acústica é
também considerada como uma localização de campo direto incidente, mas neste caso as localizações 2) e 3) não são
relevantes, e as reflexões da fachada posterior do edifício são incluídas.

2) Microfone de medição colocado diretamente sobre a superfície refletora.


Neste caso, a correção a usar de modo a se obter o valor de campo direto incidente é igual a até
6 dB. A correção é igual a 5,7 dB se as condições do Anexo B forem cumpridas. Para outras
C

condições devem ser usadas outras correções.


NOTA 2: Em condições ideais, a diferença entre o valor obtido com o microfone colocado na superfície refletora e o
microfone em campo livre é de + 6 dB. Na prática, ocorrem pequenos desvios em relação a este valor. Para orientação
adicional, ver Anexo B.

3) Microfone de medição localizado a uma distância compreendida entre 0,5 m e 2 m em frente da


superfície refletora;
Neste caso, para se obter o campo direto incidente, deve aplicar-se uma correção de até 3 dB. A
correção é igual a 3 dB se as condições do Anexo B forem cumpridas. Para outras condições devem
ser usadas outras correções.
NOTA 3: Em condições ideais onde não existam outros elementos verticais refletores que possam influenciar a
propagação do som para o recetor em estudo, a diferença entre o nível de pressão sonora com o microfone colocado 2 m
em frente da fachada e o microfone colocado em campo livre, é de aproximadamente 3 dB. Em situações mais complexas
(p. ex., a existência de uma elevada densidade de edifícios, rua em “U”, etc.) esta diferença pode ser muito maior. Mesmo
em condições ideais pode haver algumas restrições. Para uma incidência sonora quase rasante, esta posição não é
recomendada porque os desvios podem ser superiores. Para orientações adicionais, ver o Anexo B.

Em princípio, qualquer uma das localizações descritas nestas alíneas pode ser utilizada, desde que a
localização selecionada seja registada em relatório, bem como seja indicado se foram ou não efetuadas
correções em relação à condição de referência. Em alguns casos específicos, as posições descritas
nestas alíneas são objeto de restrições adicionais.
Para mapeamento de ruído em geral, deve usar-se uma altura do microfone de (4,0 ± 0,2) m, para
zonas residenciais com edifícios multifamiliares desenvolvidos em altura.

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9.2.2 Interior
Deve escolher-se pelo menos três posições do microfone uniformemente distribuídas pelos locais do
compartimento onde as pessoas afetadas permanecem mais tempo, ou, em alternativa, utilizar um
sistema de microfone, para ruído contínuo.
Se se suspeitar que o ruído de baixa frequência é dominante, uma das três posições de microfone deve
estar num dos cantos, não sendo permitido o uso de um microfone rotativo. A posição do canto deve
situar-se a uma distância de 0,5 m de todas as superfícies adjacentes ao canto definido pelas paredes
mais pesadas, e sem que nenhuma abertura esteja a uma distância inferior a 0,5 m.
As outras posições do microfone devem situar-se a, pelo menos, 0,5 m das paredes, teto e pavimento, e
a pelo menos 1 m de elementos com significativa transmissão sonora, tais como janelas ou entradas de
ar. A distância entre posições adjacentes do microfone deve ser, pelo menos, 0,7 m. Se for usado um
microfone rotativo, o raio de varrimento deve ser, pelo menos, 0,7 m. O plano transversal deve ser
inclinado de forma a cobrir uma grande parte do espaço do compartimento e deve ter uma inclinação
superior a 10° em relação a qualquer um dos planos das superfícies do compartimento. Os

8
procedimentos acima descritos relativos às distâncias das posições discretas do microfone às paredes,
tetos, pavimentos e elementos de significativa transmissão sonora, também se aplicam às posições do
microfone rotativo. O período de rotação do microfone rotativo não deve ser inferior a 15 s.
T2
NOTA 1: Nos casos em que se efetuem apenas medições com ponderação A e a contribuição das baixas frequências para o
nível ponderado A seja pequena, pode ser suficiente usar-se uma posição para o microfone.
NOTA 2: Os procedimentos descritos nesta secção destinam-se, principalmente, a compartimentos com volumes inferiores a
300 m3. Para compartimentos maiores, podem ser necessárias mais posições do microfone.
NOTA 3: Regulamentações nacionais podem prescrever regras diferentes para a determinação das posições de medição.

9.3 Medições
C

9.3.1 Medições de longa duração sem acompanhamento

9.3.1.1 Grandezas a medir


O sistema de medição deve medir em contínuo e registar os níveis de pressão sonora ponderados A, do
som global, na forma de séries temporais com a duração de 1 segundo, ou menos. Os dados
meteorológicos relevantes devem ser registados. Outras grandezas são opcionais.

9.3.1.2 Registador temporal


Um sistema para a monitorização de níveis sonoros de acontecimentos discretos, deve possuir um
relógio exato, para a identificação da data e hora do dia, associada a cada medição de um
acontecimento acústico e fenómenos relacionados.

9.3.1.3 Deteção de acontecimentos


A monitorização de longa duração automática, de acontecimentos acústicos individuais, é apenas
possível quando os acontecimentos relevantes são detetados de forma fiável e exata, e identificados, de
modo a que possam ser incluídos ou excluídos do resultado final. Diferentes técnicas de identificação
podem ser usadas dependendo da situação. A incerteza causada pelas técnicas de identificação deve
ser estimada e registada em relatório.

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9.3.2 Medições de curta duração com acompanhamento

9.3.2.1 Generalidades
Uma, ou algumas das seguintes grandezas, deve ser medida.

9.3.2.2 Nível sonoro contínuo equivalente, durante um intervalo de tempo T, Leq,T


Para se obter médias temporais de curta duração, deve-se medir em bandas de frequência durante
pelo menos 30 minutos, de maneira a obter-se uma média das variações meteorológicas no caminho
de propagação, a não ser que a Fórmula (11) seja cumprida, ou que a propagação sonora seja
favorável; ver 8.2. Nesse caso, 10 min é normalmente suficiente. Estas durações mínimas devem ser
aumentadas de modo a se obter uma amostra representativa das condições de operação da fonte; ver
Secção 7.
NOTA: Valores em bandas de 1/3 de oitava podem ser necessários de maneira a se obter correções utilizando-se métodos
previsionais.

8
9.3.2.3 Nível de exposição sonora, durante o intervalo de tempo T, LE,T
Deve ser medido um número mínimo de acontecimentos acústicos nas condições de funcionamento da
fonte, de acordo com o especificado na Secção 7. Cada acontecimento acústico deve ser medido
T2
durante um período de tempo suficientemente longo, para incluir todas as contribuições de ruído
importantes. Para uma passagem individual, deve efetuar-se a medição até que o nível de pressão
sonora baixe, pelo menos, 10 dB em relação ao nível máximo. Deve-se separar entre as diferentes
categorias de veículos segundo as definições constantes no método previsional relevante.
NOTA: Valores em bandas de oitava ou em 1/3 de oitava podem ser necessários de maneira a se obter correções utilizando-
se métodos previsionais.
C

9.3.2.4 Nível excedido em N % do tempo, durante o intervalo de tempo T, LN,T


Durante o intervalo de tempo de medição, deve registar-se o valor de Leq,T de curta duração (onde
T ≤ 1 s), pelo menos, a cada segundo, ou registar-se o nível de pressão sonora com uma taxa de
amostragem no tempo, inferior à constante de tempo da ponderação temporal utilizada. Os resultados
devem ser registados em intervalos de classes de 1,0 dB ou menos. Devem ser reportados o descritor
de base, e, quando aplicável, a ponderação no tempo, o período de registo, e o intervalo de classes
escolhido para determinar LN,T, (p. ex. “baseado em amostragens de 10 ms de LF, com um intervalo de
classes de 0,2 dB” ou “baseado no Leq,1s com um intervalo de classes de 1,0 dB”.

9.3.2.5 Nível de pressão sonora máximo ponderado no tempo, LF,max, LS,max


Usando a ponderação no tempo F ou S especificada, deve medir-se o valor de LF,max ou de LS,max para um
número mínimo de acontecimentos acústicos nas condições de funcionamento da fonte, de acordo com
o especificado na Secção 6 e registar cada um dos resultados.

9.3.2.6 Som com características tonais


Se as características do ruído no local recetor incluírem tom(ns) audível(eis), deverá ser efetuada uma
medição específica da proeminência desses tons. Deverão ser escolhidas as posições do microfone que
proporcionem uma melhor identificação dos tons mais audíveis, sendo que a análise para o método de
engenharia deverá ser desenvolvida de acordo com o descrito no Anexo I, e a análise para o método
simplificado de acordo com o descrito no Anexo K.

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NOTA 1: De uma maneira geral, não é recomendada a análise tonal do ruído no interior de um compartimento atendendo ao
comportamento modal existente. A análise tonal é também problemática para algumas bandas de frequências quando o
microfone é colocado em frente de uma fachada.
NOTA 2: Algumas regulamentações nacionais permitem uma avaliação subjetiva de modo a caracterizar som com
características tonais.

9.3.2.7 Som com características impulsivas


Não existe nenhuma norma internacional para detetar som com características impulsivas utilizando
medições objetivas. Se ocorrerem características impulsivas, a fonte sonora deve ser identificada e
comparada com a lista de fontes sonoras com características impulsivas constantes na ISO 1996-1. Em
complemento, deve verificar-se se as características impulsivas são representativas e se estão presentes no
intervalo de tempo de medição escolhido.
NOTA: Existem exemplos de métodos regionais para medições objetivas de som com características impulsivas, p. ex.
NT ACOU 112 [7] e BS 4142 [8].

8
9.3.2.8 Som de baixa frequência
Nos espaços interiores, deve efetuar-se a medição utilizando três posições do microfone, de acordo
com o especificado em 9.2.2. No exterior, deve efetuar-se a medição em campo livre ou diretamente na
fachada, ver o Anexo B.
T2
Os métodos constantes nesta parte da ISO 1996 são geralmente válidos até à banda de oitavas de
16 Hz. No entanto, para efetuar medições nas baixas frequências, o microfone deve ser colocado no
mínimo a 16 m da superfície refletora significativa mais próxima, para além do solo, de maneira a
reproduzir condições de medição em campo livre (campo direto incidente).
NOTA 1: A posição do microfone em frente à superfície refletora referida na Secção 9.2.1.2 b) não foi definida para medições
de baixa frequência.
C

NOTA 2: Para análise espectral de baixas frequências é importante ter em conta a regra BT >> 1 (onde B é a largura da banda
em Hz e T é o tempo de duração da medição em s), de maneira a evitar-se uma dispersão grande de mais nas medições. Em
particular, deve ter-se cuidado ao extrair-se dados baseados em rotinas automáticas, onde se podem usar secções contínuas
curtas dos registos. Frequências mais baixas, requerem tempos de duração de medição mais longos, para se obter valores
médios corretos.

Portanto, para 10 Hz, onde a largura da banda de 1/3 de oitava é igual a 2,3 Hz, recomenda-se
amostras com uma duração de, pelo menos, 5 s. Para 50 Hz, a largura da banda de 1/3 de oitava é igual
a 11,6 Hz e é aceitável extrair-se dados baseados em amostras com durações de 1 s. Estes exemplos
baseiam-se num valor do produto BT aproximadamente igual a 10, correspondendo a um desvio
padrão teórico de 1,4 dB para resultados de medições de ruído branco.

9.3.3 Som residual


Em medições de ruído ambiente, o som residual é frequentemente um problema. Uma das razões
prende-se com o facto de a regulamentação exigir frequentemente que o ruído de diferentes tipos de
fontes sonoras seja tratado separadamente. Esta separação, por exemplo, do ruído de tráfego
relativamente ao ruído industrial, é difícil de concretizar na prática. Outra razão prende-se com o facto
de as medições serem normalmente realizadas no exterior. O ruído originado pelo vento, induzido
diretamente no microfone ou provindo indiretamente das árvores, edifícios, etc., poderá também
afetar o resultado obtido. As características destas fontes sonoras poderão dificultar ou até mesmo
impossibilitar a aplicação de qualquer correção. No entanto, para aplicar correções (ver 10.4) e para
determinar a incerteza da medição (ver Secção 4) é necessário medir-se o som residual e determinar-
se a sua incerteza padrão.

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NOTA: Alguma orientação para a determinação do som residual é dada no Anexo I.

9.3.4 Gama de frequências das medições


Se for necessário caracterizar-se o conteúdo espectral do ruído e, não sendo indicada outra
especificação, deve efetuar-se a medição do nível de pressão sonora utilizando-se filtros de banda de
oitava centrados nas seguintes frequências: 63 Hz, 125 Hz, 250 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz, 2000 Hz,
4000 Hz, 8000 Hz.
Para sons de baixa frequência a gama deve ser estendida até aos 16 Hz. Opcionalmente, as medições
podem ser efetuadas utilizando-se filtros de um 1/3 de oitava, para frequências centrais abrangidas
pelas bandas de oitava acima mencionadas.

9.3.5 Medições dos parâmetros meteorológicos


Os seguintes parâmetros meteorológicos devem ser medidos:
a) velocidade do vento;

8
b) direção do vento, temperatura do ar e humidade relativa do ar;
c) ocorrência de precipitação;
T2
d) estabilidade atmosférica (opcional; poderá ser determinada indiretamente a partir da nebulosidade
do céu e do período do dia).
A velocidade do vento e a sua direção deverão ser determinadas a uma altura de 10 m.
Em termos práticos poderá ser necessário usar-se alturas inferiores a 10 m para a determinação da
velocidade do vento e a sua direção, mas neste caso a incerteza das medições será aumentada, pois os
dados e experiência constantes desta parte da norma são baseados em medições a uma altura de 10 m.
C

10 Avaliação do resultado da medição


10.1 Generalidades
Deve-se retirar todos os dados que incluem acontecimento acústicos não desejados (ver Anexo E), ou
com som residual muito alto (ver Anexo I). Corrigir todos os valores medidos no exterior em relação a
uma localização do microfone de campo-livre (ver Anexo D), excluindo assim todas as reflexões da
fachada imediatamente atrás do microfone, mas incluindo todas as reflexões do solo e de outros
objetos verticais, exceto a fachada imediatamente atrás do microfone. Após isso, se relevante,
a) atribuir cada amostra a uma janela específica (baseada na meteorologia e ou condições de
funcionamento),
b) corrigir para o som residual de acordo com a Fórmula (16) ou rejeitar a amostra caso tenha muito
ruído,
c) corrigir cada amostra para condições de referência, incluindo tráfego de referência e condições
atmosféricas de referência (informações detalhadas no Anexo D),
NOTA 1: As condições de referência normalmente diferente entre dia, entardecer e noite.

d) calcular Leq,T para cada janela utilizando a Fórmula (15):




(15)

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onde é a duração do período de cada medição.


NOTA 2: Se LE foi medido, então o Leq é calculado tal como descrito em 10.6.2.

e) baseado na frequência de ocorrência, durante o período de tempo relevante, as janelas são agora
combinadas de acordo com a Fórmula (5),
f) Determinação da incerteza de medição usando os princípios descritos na Secção 4 e nos anexos.

10.2 Determinação do LE,T e Leq,T e LN,T

10.2.1 LE,T e Leq,T


Determinar a média energética dos valores medidos de LE e Leq,T para cada posição de microfone, e
para as diferentes condições de funcionamento da fonte.
NOTA: A ISO 1996-1 fornece orientações sobre como corrigir o Leq,T para se obter os níveis de avaliação.

10.2.2 LN,T
8
Analisar, estatisticamente, os valores amostrados para obter o nível estatístico, LN,T para N%.
T2
10.3 Tratamento de dados corrompidos ou incompletos

10.3.1 Generalidades
Um sistema de monitorização, ou uma das suas estações, poderá deixar de adquirir ou processar
informação de som válida, como resultado de uma falha de energia, vento excessivo, mau
funcionamento dos instrumentos, etc. Devem ser tomadas medidas para alertar o técnico de tal
situação, de modo que as condições normais de funcionamento possam ser restabelecidas
prontamente, e minimizar a perda de dados. Quando tenha havido perda de dados irrecuperável ou
C

estes tenham sido invalidados, os cálculos de nível sonoro devem ser modificados de forma
apropriada. Por exemplo, no caso de se verificar a perda de dados relativos a várias horas de medição
em determinado dia, o processo de cálculo para determinação do nível de pressão sonora, ponderado
A, deve utilizar apenas as horas para as quais existam dados disponíveis, em vez do dia todo. Outra
abordagem, poderia ser considerar apenas as horas do dia ou da noite, para as quais as condições de
medição sejam aceitáveis. Todos estes dados, devem ser sinalizados, com a indicação das
circunstâncias em que foram registados.

10.3.2 Som induzido pelo vento


Os dados recolhidos em condições ventosas irão aumentar a incerteza de medição e poderão afetar a
sua exatidão. No caso de ser conhecida a velocidade do vento, no local recetor, no momento de
medição de cada acontecimento acústico, esta informação deverá incluída no relatório. Devem ser
sinalizadas situações em que a velocidade do vento produza um ruído próximo de 5 dB, do valor a ser
medido.
NOTA: Em algumas situações, os efeitos do vento podem ser identificados pelo espectro sonoro específico do vento
(usualmente, um espetro de banda larga, predominante na baixa frequência).

10.4 Correção para o nível de ruído residual


Se o nível de pressão sonora do som residual for inferior ao nível de pressão sonora medido em 3 dB
ou menos, não devem ser feitas correções. A incerteza da medição será grande. Os resultados poderão,
no entanto, ser registados e utilizados para determinar um limite superior do nível de pressão sonora

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da fonte em avaliação. Se estes resultados forem utilizados, deve constar de forma clara no texto do
relatório, que os requisitos deste método de avaliação não foram cumpridos, bem como nos gráficos e
tabela de resultados.
Para situações em que o nível de pressão sonora do som residual seja mais de 3 dB abaixo do nível de
pressão sonora medido, o nível deve ser corrigido de acordo com a Fórmula (16):

L = 10 lg (10L'/10  10Lres /10 )dB (16)


onde
L é o nível de pressão sonora corrigido, expresso em decibel (dB);
é o nível de pressão sonora medido, expresso em decibel (dB);
é o nível de pressão sonora do som residual, expresso em decibel (dB).

10.5 Determinação da incerteza padrão

8
A incerteza a ser determinada diretamente pela medição é a combinação da incerteza associada à
emissão da fonte e a incerteza associada às condições meteorológicas. Deve ser determinada
separadamente para cada período relevante, diurno, entardecer e noturno, e se necessário, para
T2
diferentes estações do ano.
A incerteza padrão das medições, para cada janela k, uk, é determinado usando a Fórmula (17):
(17)
onde
é a média energética dos níveis de pressão sonora medidos para medições independentes,
para a janela de emissão e meteorológica k, expressa em decibel (dB), que é dada pela
C

Fórmula (18):
 1 Nm 
Lk = 10 lg  0,1 Li  dB (18)
 10
 Nm i  1 
 

é dado pela Fórmula (19):

 1 Nm 
Sk2 =  0,1 Li  100,1 Lk )2  (19)
 (10
 Nm  1 i  1 
 

onde é o valor medido, representando uma medição independente, dentro da janela k, expresso em
decibel (dB).
NOTA 1: No que concerne à incerteza associada ao equipamento de medição, as medições repetidas realizadas utilizando o
mesmo equipamento, não são independentes.
NOTA 2: Se a diferença entre os Li é pequena, as Fórmulas (17) a (19) podem ser substituídas pela Fórmula (20):

nk ( L  L )2
u =
k  i k dB (20)
i 1 nk  1

NOTA 3: O desvio padrão da média, é dado pelo desvio padrão das observações dividido pela raiz quadrada do número de
observações.

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10.6 Determinação de Lden

10.6.1 Determinação a partir de medições de Leq de longa duração


Seguir os seguintes passos:
a) Retirar os dados não relevantes. Alguma informação de como proceder é dada no Anexo E.
b) Estratificar os dados nas diferentes janelas, e corrigir para o ruído residual e condições de
referência.
c) Usar a Fórmula (6) juntamente com a frequência de ocorrência de acordo com as estatísticas
meteorológicas para determinação de Ldia, Lentardecer e Lnoite.
d) Calcular o Lden.

10.6.2 Determinação a partir de medições de LE de longa duração, referentes a acontecimentos


acústicos individuais

8
O princípio é determinar a média LE para cada tipo de acontecimento acústico, converter para energia,
e em seguida adicionar todos os acontecimentos previsíveis de ocorrer, durante o período de análise, e
finalmente converter para Leq, para o período em questão. A determinação é realizada de acordo com
T2
os seguintes passos:
a) Retirar os acontecimentos não desejados;
b) Estratificar os acontecimentos medidos, em categorias de fontes relevantes, e janelas
meteorológicas;
c) Para cada janela meteorológica, k, e cada categoria de fonte, i, determinar o nível de exposição
sonora médio .
C

Para cada janela meteorológica, k, calcular Ldia,k, usando a Fórmula (21):


(∑ ) (21)
onde
é a média estatística anual de acontecimentos acústicos individuais por dia, associados à
fonte da categoria i;
tdia é o valor numérico da duração do dia, em horas.
A Fórmula equivalente é válida para Lentardecer e Lnoite.
d) Usar a Fórmula (6) de acordo com a frequência de ocorrência e estatísticas meteorológicas para
determinar Ldia Lentardecer e Lnoite.
e) Calcular o Lden.

10.6.3 Determinação a partir de medições curta duração


Neste caso, as medições são realizadas:
a) a curta distância, ver Fórmula (11), minimizando a influência das condições meteorológicas, ou
b) sob condições favoráveis de propagação descritas em 8.2, ou
c) sob condições de propagação variadas.

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Na situação a) usar o método de previsão para normalizar os níveis de pressão sonora, para as
condições de fluxo de tráfego relativas aos intervalos de tempo de referência, ou seja, dia, entardecer e
noite. Os valores assim obtidos definem Ldia, Lentardecer e Lnoite respetivamente. No caso de fontes de ruído
industrial, cada fonte deve ser ponderada no tempo, de forma a considerar as condições de
funcionamento normais.
Na situação b) e c) proceder da seguinte forma:
a) Normalizar os níveis de pressão sonora medidos para as condições de fluxo tráfego referentes aos
intervalos de tempo de referência, ou seja, dia, entardecer e noite.
b) Utilizar estatísticas sobre condições meteorológicas, para determinar o rácio de tempo pi associado
a cada janela meteorológica Mi (ver 8.1) diferenciando entre dia, entardecer e noite.
c) As condições favoráveis de propagação durante as medições, são representadas ou pela janela
meteorológica M3 (mais frequente durante o período diurno) ou M4 (mais frequente durante o
período noturno).

8
1) Caso b): utilizar o método de previsão para calcular os níveis de pressão sonora para cada uma
das quatro classes meteorológicas, tal como descrito no Quadro 4. Calcular a diferença Δi entre
cada uma das janelas meteorológicas, i, e M3 ou M4 (Δ4 =0 dB), dependendo do que foi medido.
T2
Devem-se utilizar as mesmas condições de funcionamento para cada uma das janelas
meteorológicas M1 a M4 no cálculo de Leq. Para cada classe meteorológica, a diferença é
calculada relativamente à janela medida (M3 ou M4). Estas diferenças aplicam-se ao valor
medido, para obter valores simulados para outras condições meteorológicas.
2) Caso c): utilizar os níveis de ruído medidos em condições de propagação selecionadas para
estimar as diferenças Δi entre cada janela meteorológica i e M3, respetivamente M4 (Δ4= 0 dB).
d) Calcular Ldia usando a Fórmula (22):
C

 4 
Ldia = 10 lg   pi 100,1( Li  i )  dB (22)
 i 1 
 

onde
é o valor médio de medições realizadas sob a janela meteorológica Mi, corrigido para o
fluxo de tráfego da média diária anual expresso em decibel (dB);
pi e Δi são definidos nas alíneas a) e b).
e) Calcular Lentardecer ;
f) Calcular Lnoite de forma equivalente.
g) Calcular Lden.

10.7 Nível máximo, Lmax


Para cada posição de microfone e para cada uma das diferentes condições de funcionamento da fonte,
determinar os seguintes valores:
 o máximo de maior amplitude;
 média aritmética;
 média energética;

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 desvio-padrão;
 distribuição estatística.
Utilizar os valores acima referidos para determinar grandeza desejada de Lmax.
NOTA: O Anexo H apresenta orientações sobre como calcular diferentes grandezas de Lmax.

11 Extrapolação para outras localizações


11.1 Generalidades
A extrapolação dos resultados das medições é frequentemente utilizada para estimar o nível de
pressão sonora noutra localização. Esta extrapolação é útil, por exemplo, quando o som residual
impede a medição diretamente no local recetor.

11.2 Extrapolação a partir de cálculos

8
As medições de ruído são realizadas numa posição bem definida, nem muito perto (não se podem
localizar na vizinhança da fonte) nem muito afastada (uma previsão exata da atenuação é
recomendável), da fonte, tendo em conta a sua dimensão. É estabelecida uma estimativa do ruído
emitido pela fonte calculando a atenuação devido à propagação sonora desde a fonte até à posição de
T2
medição. Esta estimativa é utilizada subsequentemente para calcular o nível de pressão sonora no
recetor, e no local intermédio de medição.
Para calcular a atenuação da transmissão sonora, é necessário utilizar um método de cálculo; ver
secção 12. A posição intermédia de medição deve ser escolhida de modo a facilitar a realização de
medições e de cálculos fiáveis. Por exemplo, não deve haver nenhum obstáculo entre a fonte e o
microfone sendo preferível uma posição elevada do microfone, uma vez que assim se minimiza a
influência das condições meteorológicas durante a medição.
C

11.3 Extrapolação a partir da medição de funções de atenuação


As medições de ruído devem ser realizadas no local que se pretende estimar e, simultaneamente, num
local de referência perto da fonte (mas fora da vizinhança de alguma parte da fonte), de preferência
entre o primeiro ponto e a própria fonte. A localização de referência deve ser escolhida de forma a
reduzir o nível do som residual. Devem ser realizadas medições simultaneamente durante um período
de tempo limitado, mas pelo menos, por um período duas a três vezes superior ao atraso no tempo de
propagação entre os dois microfones.
EXEMPLO: Assumindo que os microfones de referência e de avaliação, estão a uma distância de 400 m entre si, o atraso na
propagação é de cerca de 1,2 s. Assim, ajustar o tempo de integração para 5 s será uma escolha adequada.

Os dois equipamentos de registo devem ser sincronizados com exatidão, de modo que a diferença de
tempo ente eles, esteja dentro do intervalo de tempo de medição. Realizar as medições para as
condições de propagação selecionadas. O intervalo de medição deve ser longo o suficiente para incluir
variações da fonte.
Para fontes de emissão quase continuas (p. ex. indústrias, estrada com muito tráfego), a recolha de
dados pode ser realizada por um período de tempo fixo de forma a assegurar representatividade
estatística e ao mesmo tempo mantendo as mesmas condições de propagação. Normalmente um
período de 15 min a 30 min será apropriado. Para fontes de emissão variável (p. ex. estradas com
menos tráfego e ferrovias), o número de passagens registads deverá ser superior a 10; se possível as
medições deverão ser de pelo menos 15 min, ou se o número de acontecimentos acústicos não tenha
sido atingido, ainda mais.

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A função de atenuação Lfa é dada pela Fórmula (23):


(23)
onde
é o nível medido no local de referência, expresso em decibel (dB);
é o nível no local de medição, expresso em decibel (dB).
Níveis de baixa amplitude, no local de medição podem ser determinados a partir da Fórmula (23), ou
seja, usando a Fórmula (24):
(24)
onde é determinada a partir de um intervalo de tempo em que a influência do ruído residual é
minimizada, expressa em dB.

12 Cálculo
12.1 Generalidades 8
Em muitos casos, as medições podem ser substituídas ou complementadas por cálculos. Muitas vezes,
T2
os cálculos são mais fiáveis que uma medição de curta duração, quando se pretendem determinar
médias de longa duração e noutros casos quando é impossível efetuar medições devido a níveis
sonoros excessivos de som residual. Neste último caso, é por vezes conveniente efetuar as medições a
curta distância da fonte e depois usar o método de cálculo para calcular o resultado a uma distância
maior.
Quando se recorre ao cálculo em vez de medir níveis de pressão sonora, é necessário dispor de dados
relativos à emissão sonora da fonte, de preferência sob a forma de níveis de potência sonora da fonte
C

(incluindo a sua diretividade), e posição da(s) fonte(s) pontual(ais) que estabelece(m) no ambiente
níveis de pressão sonora idênticos aos estabelecidos pela fonte real. Para ruído de tráfego, os níveis de
potência sonora são muitas vezes substituídos por níveis de pressão sonora determinados em
condições bem definidas. Frequentemente, esses dados são obtidos por modelos de cálculo
(estabelecidos), mas noutros casos é necessário que sejam determinados para cada caso concreto.
O nível de pressão sonora no ponto de avaliação pode ser calculado usando um modelo adequado de
propagação sonora da fonte para o recetor. É necessário relacionar a propagação do som com as
condições meteorológicas e do solo que estejam bem definidas. A maioria dos modelos de cálculo
refere-se a condições de propagação sonora neutras ou favoráveis, uma vez que as restantes condições
de propagação são muito mais difíceis de prever. A impedância acústica do solo é também importante,
em particular a curtas distâncias e para fontes e recetores posicionados a baixa altura. A maioria dos
modelos apenas faz distinção entre solo refletor e poroso. É, em geral, mais fácil efetuar cálculos exatos
quando a fonte e o recetor estão posicionados a alturas elevadas.
Dependendo do objetivo do cálculo, são necessários vários graus de exatidão. A densidade de pontos
na malha usada como base para mapear níveis sonoros numa área, depende do objetivo do mapa. A
variação dos níveis sonoros é superior na proximidade de fontes e de obstáculos de grandes
dimensões. A densidade de pontos da malha deverá ser, portanto, superior nesses locais. Para o
mapeamento da exposição sonora em geral, a diferença de níveis de pressão sonora entre pontos
adjacentes da malha não deverá exceder 5 dB. Para efeitos de seleção de medidas de minimização de
ruído, quer na forma de medidas físicas de controlo de ruído quer na forma de compensação
económica, a densidade de pontos na malha deverá ser tal que dois pontos adjacentes não difiram
entre si mais do que 2 dB.

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12.2 Métodos de cálculo

12.2.1 Generalidades
Não existem métodos de cálculo, completos, internacionalmente reconhecidos, apesar de existirem
algumas normas internacionais, tais como a ISO 9613-1, ISO 9613-2[9] e ISO 13474[10], sobre
propagação sonora, que podem ser aplicadas a fontes com potência sonora conhecida. No Anexo L é
fornecida uma lista de métodos de cálculo Europeus e nacionais.

12.2.2 Procedimentos específicos


Têm sido desenvolvidos métodos de cálculo específicos para avaliação de ruído de tráfego rodoviário,
ferroviário e aéreo. Em muitos países são usados métodos nacionais. Muitos dos métodos limitam-se
ao cálculo de níveis de pressão sonora ponderados na malha A e são aplicáveis a um espectro de
frequências específico. Normalmente, o cálculo é baseado no parâmetro LAeq, e por vezes
complementarmente no parâmetro Lmax. Existem, contudo exceções.

8
13 Informação a registar e a incluir no relatório
Deve ser registada e incluída no relatório a seguinte informação sobre as medições, desde que
relevante:
T2
a) hora, dia e local das medições;
b) sistema de medição e calibração;
c) valores medidos e, se aplicável, valores corrigidos, dos níveis de pressão sonora (Leq, LE, Lmax)),
ponderado A (opcionalmente também o ponderado C) e, também opcionalmente, em bandas de
frequências;
d) percentagem de nível excedido N medido (LN,T), incluindo a base em que foi calculado (amostragem
C

ou outros processos);
NOTA: LN,T é por exemplo, usado para estimar o som residual usando o valor de N = 95 %.
e) estimativa da incerteza expandida e respetivo nível de confiança;
f) informação sobre os níveis de pressão sonora do som residual durante as medições;
g) intervalos de tempo das medições;
h) descrição detalhada do local de medição, incluindo as condições e características do solo, e
localização do microfone e fontes, nomeadamente a altura acima do solo;
i) descrição das condições de operação da fonte durante a medição, incluindo o número de passagens
de veículos/comboios/aviões por categoria adequadas;
j) descrição das condições meteorológicas, incluindo velocidade do vento, direção do vento,
estabilidade atmosférica (p. ex. nebulosidade e altura do dia), temperatura, pressão atmosférica,
humidade, presença de precipitação e localização do termómetro e do anemómetro;
k) método(s) utilizado(s) para extrapolação dos valores para outras condições.
Para os cálculos deve ser fornecida informação relevante nas matérias referenciadas de a) a k),
incluindo a incerteza do cálculo.

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Anexo A
(informativo)

Determinação do raio de curvatura


A seguir, é assumido que o perfil da velocidade do som acima do solo pode ser descrito pela Fórmula
(A.1):

 z
c (z)  c0  Az  B  lg   (A.1)
 z0 
onde
c é a velocidade do som;

z0
é a altura acima do solo;
8
é o comprimento da rugosidade da superfície do solo;
T2
A é o coeficiente da velocidade linear do som, em 1/s, calculado segundo as Fórmulas (A.5) e
(A.6);
B é o coeficiente da velocidade logarítmica do som, em m/s, calculado segundo a Expressão
(A.7);
c0 é a velocidade de referência da propagação do som = 331,4 m/s.

NOTA 1: Esta teoria da similaridade de Monin-Obukhov pode ser utilizada para obter perfis de velocidade do som. No
C

entanto, esta teoria não é aplicável a terrenos acidentados, áreas urbanas ou terrenos heterogéneos (ver, por exemplo,
referência [11]).

Para terrenos planos, o raio Rcur, semelhante à curvatura da propagação do som causado pela refração
atmosférica, pode ser determinado pela Fórmula (A.2):
1 1 1
  (A.2)
Rcur R A RB
2
 c0   D 
2
A
RA       (A.3)
|A| | A |  2 

B 1 2πc0
RB  D (A.4)
|B| 8 |B|
onde D corresponde à distância horizontal entre a fonte e o recetor, em m.
Durante o dia (classes de estabilidade S1, S2 e S3), A é determinado pela Fórmula (A.5):
u* 1 c  T g 
A cos( wd )   0   0, 74 *   (A.5)
Cvk L  2 Tref  Cvk L c p 
 

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Durante a noite (classes de estabilidade S4 e S5), A é determinado pela Fórmula (A.6):

u*  1 c0  
A  4,7 cos(wd )    4,7 T*   g (A.6)
2T  Cvk L  c p
Cvk L  ref 
Para ambas as situações, dia e noite, B é determinado pela Fórmula (A.7):

u*  1 c0  
B cos(wd )    0,74 T*  (A.7)
2T  Cvk L 
Cvk L  ref 
onde
u* é a velocidade de fricção, em m/s;

T* é a escala de temperatura, em K;

Cvk

g
8
é o comprimento de Monin-Obukhov, em m;

é a constante de Von Kármán, 0,4;

é a aceleração da gravidade de Newton, 9,81 m/s2;


T2
cp é o calor específico do ar a pressão constante, 1 005 J/kg;

Tref é a temperatura de referência, 273 K;


wd é a direção do vento da fonte ao recetor.

Os parâmetros meteorológicos u*, T* e o inverso do comprimento de Monin-Obukhov, 1/L, podem ser


C

medidos diretamente ou retirados dos Quadros A.1. até A.3.


NOTA 2: Valores positivos de Rcur correspondem a uma curvatura descendente do raio sonoro (por exemplo, durante vento
favorável ou na presença da inversão de temperatura); 1/Rcur = 0 corresponde a propagação sonora em linha reta (“ausência
de vento”, atmosfera homogénea); enquanto que valores negativos de Rcur correspondem a uma curvatura ascendente do raio
sonoro (por exemplo, durante vento desfavorável ou num dia calmo de Verão). A inversão de temperatura pode ocorrer, por
exemplo, durante a noite, quando a nebulosidade é inferior a 70 %.

Quadro A.1 – Velocidade de fricção para diferentes classes de velocidade do vento

u*
m/s
W1: 0 m/s até 1 m/s 0
W2: 1 m/s até 3 m/s 0,13
W3: 3 m/s até 6 m/s 0,3
W4: 6 m/s até 10 m/s 0,53
W5: >10 m/s 0,87

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Quadro A.2 – Comprimento inverso de Monin-Obukhov, 1/L, em função da velocidade do vento


(W) e classe de estabilidade (S)
1/L, m-1 S1 S2 S3 S4 S5
Dia 0/8–2/8 Dia 3/8–5/8 Dia 6/8– Noite 5/8–8/8 Noite 0/8–4/8
8/8
W1: 0 m/s até 1 m/s –0,08 –0,05 0 0,04 0,06
W2: 1 m/s até 3 m/s –0,05 –0,02 0 0,02 0,04
W3: 3 m/s até 6 m/s –0,02 –0,01 0 0,01 0,02
W4: 6 m/s até 10 m/s –0,01 0 0 0 0,01
W5: >10 m/s 0 0 0 0 0
X/8 indica a fração do céu coberta pelas nuvens (nebulosidade).

Quadro A.3 – Escala de temperatura, T*, em função da velocidade do vento (W) e classe de

T*, K 8
S1
Dia 0/8–2/8
estabilidade (S)
S2
Dia 3/8–5/8
S3
Dia 6/8–8/8
S4
Noite 5/8–8/8
S5
Noite 0/8–4/8
T2
W1: 0 m/s até 1 m/s –0,4 –0,2 0 0,2 0,4
W2: 1 m/s até 3 m/s –0,2 –0,1 0 0,1 0,2
W3: 3 m/s até 6 m/s –0,1 –0,05 0 0,05 0,1
W4: 6 m/s até 10 m/s –0,05 0 0 0 0,05
W5: >10 m/s 0 0 0 0 0
X/8 indica a fração do céu coberta pelas nuvens (nebulosidade).
C

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Anexo B
(informativo)

Posições de microfone relativamente a superfícies refletoras

B.1 Generalidades
Geralmente, o nível de pressão sonora utilizado nos regulamentos corresponde ao nível sonoro em
campo livre, de acordo com o descrito na secção B.3. De modo a garantir que o nível de pressão sonora
não é influenciado, de forma arbitrária, por reflexões não controladas, provenientes de superfícies
existentes na proximidade, com exceção das que ocorrem no chão, é necessário selecionar de forma
criteriosa a posição do microfone. Na secção seguinte é apresentada uma tentativa de identificar
localizações, em que é relativamente fácil de efetuar uma correção devida à presença de reflexões
adicionais e de estimar a incerteza associada à introdução desta correção. Os valores apresentados são

8
baseados em experiência e cálculos considerando o ruído de tráfego rodoviário e poderão não ser
complementarmente apropriados para outros tipos de fonte, como é o caso do tráfego aéreo, onde
tradicionalmente o microfone é montado a 6 m de altura e onde o ângulo de incidência do som é com
T2
frequência, diferente do proveniente do ruído de tráfego.

B.2 Incerteza padrão devida às correções para diferentes localizações


No Quadro B.1 são apresentados os valores por defeito da incerteza padrão referentes a diferentes
posições de microfone, para os casos mais comuns, considerando a fonte de ruído de trafego
rodoviário. Estes valores devem ser utilizados no caso de não existir informação mais adequada. Para
o caso do ruído industrial e de outras localizações, as incertezas deverão ser determinadas para cada
C

caso individual. Para fontes estacionárias e baixas frequências não é adequado a utilização da correção
padrão de 3 dB em frente da fachada. Em vez disso, recomenda-se a utilização de uma posição em que
o microfone é montado numa superfície refletora com uma correção de 5,7 dB.
Quadro B.1 – Incerteza padrão das correções devidas a reflexões em diferentes posições de
microfone em relação a superfícies refletoras verticais
Posições de microfone Incerteza, uloc
dB

Ruído de tráfego incidente de todos os ângulos


Localização de referência em campo livre 0
Localização que cumpre os requisitos definidos em B.2 0,5
Localização onde se utiliza a correção 5,7 dB e que cumpre os requisitos definidos em B.4 0,4
Localização onde se utiliza a correção de 3 dB e que cumpre os requisitos definidos em B.5 0,4
Ruído de tráfego com predominância de incidência rasante
Localização de referência em campo livre 0
Localização onde se utiliza a correção 5,7 dB e que cumpre os requisitos definidos em B.4 2,0
Localização onde se utiliza a correção de 3 dB e que cumpre os requisitos definidos em B.5 1,0

NOTA: O Quadro B.1 é válido apenas para ruído de tráfego, ponderado A (fontes em movimento).

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B.3 Posição em campo livre


Esta é uma posição em que não existem superfícies refletoras para além do solo que estejam
suficientemente próximas de modo a influenciar o nível de pressão sonora a medir. A distância do
microfone a qualquer superfície refletora para além do solo deve ser de pelo menos o dobro da
distância do microfone à parte dominante da fonte sonora.
NOTA: Podem ser feitas exceções para superfícies refletoras de pequenas dimensões desde que possa ser demonstrado que a
reflexão nelas ocorrida tem um efeito pouco significativo. Esta demonstração pode ser baseada em cálculos tendo em consideração as
dimensões da superfície refletora e o comprimento de onda do som em causa.

B.4 Microfone colocado diretamente na superfície refletora – Condições


para efetuar uma correção nominal de +6 dB
A correção a considerar para esta localização é de 5.7 dB
Esta posição é montada numa superfície refletora na fachada e o som direto e o refletido estão em fase

8
abaixo de uma determinada frequência, f. Para ruído de tráfego de banda larga com incidência sonora
proveniente de vários ângulos, f é cerca de 4 kHz para um microfone de 13 mm de diâmetro montado
na superfície refletora. Esta posição deverá ser evitada se o som for predominantemente de incidência
rasante.
T2
A superfície da fachada no raio de 1 m à volta do microfone deve ser lisa a menos de ± 0,05 m. A
distância do microfone às arestas da fachada deve ser superior a 1 m. O microfone pode ser montado
como indicado na Figura B.1 ou com a membrana do microfone encostada à placa de montagem. A
placa não deverá ter mais do que 25 mm de espessura e as suas dimensões não devem ser inferiores a
0,5 m  0,7 m. A distância do microfone às arestas e aos eixos de simetria da placa de montagem deve
ser superior a 0,1 m para reduzir a influência da difração nas arestas da placa.
A placa deve ser feita de um material que do ponto de vista acústico seja rígido e refletor, de modo a
C

evitar a absorção sonora e ressonâncias na gama de frequências de interesse.


EXEMPLO: Uma placa de aglomerado de madeira pintado, com uma espessura superior a cerca de 19 mm, ou alumínio com
5 mm de espessura, com um mínimo de 3 mm de material resiliente na face virada para a parede.
NOTA: A placa da Figura B.1 assenta em tiras de borracha flexível para compensar as irregularidades da fachada.

Deve ter-se cuidado para que não seja gerado ruído aerodinâmico indesejado entre a placa e uma
fachada rugosa.
O microfone pode ser usado sem a placa quando a parede é feita de betão, pedra, vidro, madeira ou
outro material refletor semelhante. Neste caso, a superfície da parede, num raio de 1 m à volta do
microfone deverá ser lisa a menos de ± 0,01 m.
Para medições em bandas de oitava, deverá ser usado um microfone de 13 mm de diâmetro ou
inferior. Se a gama de frequências se estender acima de 4 kHz, deverá ser usado um microfone de
6 mm.

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8
T2
Legenda:
1 microfone;
2 protetor de vento;
3 placa de montagem;
4 parede ou superfície refletora.
C

Figura B.1 – Microfone montado numa superfície refletora

B.5 Microfone colocado na proximidade de uma superfície refletora –


Condições para efetuar uma correção nominal de +3 dB
Quando o microfone se encontra próximo de uma superfície refletora, desde que se cumpram certas
condições, o som direto e o som refletido são igualmente intensos e, quando a banda de frequências
considerada é suficientemente larga, a reflexão duplica a energia do campo sonoro direto e aumenta
em 3 dB o nível de pressão sonora.
A fachada deve ser plana a menos de ± 0,3 m, e o microfone não deve ser colocado em posições em que
o campo sonoro seja influenciado por reflexões múltiplas do som entre superfícies protuberantes do
edifício.
As janelas devem ser consideradas como parte da fachada. As janelas devem estar fechadas durante a
medição, sendo permitida uma pequena abertura para a passagem do cabo do microfone.
Os critérios B.1 a B.3 descritos asseguram que o nível global equivalente tem desvios inferiores a 1 dB
relativamente ao nível do som incidente adicionado de 3 dB. Distinguem-se dois casos; ver Figura B.2:
a) fonte em extensão, isto é, o ângulo de vista da fonte, α , é de 60° ou mais;
b) fonte pontual, isto é, α é inferior a 60°.

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Para fontes que emitem ruído de banda estreita ou para medições em bandas de frequências, são
recomendadas posições em campo livre ou posições que originem incrementos de + 6 dB.
A distância do microfone colocado no ponto M em relação ao ponto O, medida na perpendicular à
superfície refletora, é d; ver Figura B.2. O ponto O é considerado representativo da posição do
microfone quando se determina o ângulo de vista, α. As distâncias a’ e d’ são medidas ao longo da
bissetriz do ângulo α.
As distâncias do ponto O às arestas mais próximas da superfície refletora são b (medida na horizontal)
e c (medida na vertical). Para evitar efeitos de difração na gama de frequências que inclui as bandas de
oitava de 125 Hz a 4 kHz, deve ser verificado o Critério B.1:
Critério B.1: b  4d e c  2d
O Critério B.2 assegura que os sons incidentes e refletidos são igualmente intensos.
Critério B2:
Fonte em extensão: d’ ≤ 0,1a’

8
Fonte pontual: d’ ≤ 0,05a’
O Critério B.3 assegura que o microfone é colocado a uma distância suficiente da região + 6 dB
T2
próximo da fachada.
Critério B3:
Fonte em extensão:
Níveis de pressão sonora globais, ponderados A: d’  0,5 m
Níveis de pressão sonora em bandas de oitava: d’  1,6 m
C

Fonte pontual:
Níveis de pressão sonora globais, ponderados A: d’  1,0 m
Níveis de pressão sonora em bandas de oitava: d’  5,4 m

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8
T2
Legenda:
0 ponto na superfície refletora, em frente ao qual o microfone é colocado
1 fachada do edifício ou outra superfície refletora;
2 fonte em extensão;
M posição do microfone;
R ponto onde o raio de 0 encontra a linha central da estrada
C

RO bissetriz do ângulo α.
α ângulo de visão da estrada/carril de um lado da normal visto de 0
M' posição equivalente do microfone na linha R0
d distância na perpendicular entre a posição do microfone e a superfície refletora, 0;
d' distância 0M’
a' distância 0R
b, c distâncias até as bordas das superfícies refletoras
Figura B.2 – Microfone colocado na proximidade de uma superfície refletora
Na Figura B.2 a fonte em extensão representada corresponde a uma estrada com linha central a
tracejado. No modelo nórdico para ruido de trafego rodoviário, versão de 1996 (ver L.1) é utilizada
uma distância de cálculo para atenuação sonora excessiva, correspondente a metade do ângulo do
segmento entre o ponto perpendicular, R, e os extremos da estrada em cada direção. Se a estrada for
simétrica, então α é repartido de forma simétrica. Deste modo, se a vista da estrada é de 180° e
simétrica, então deverá utilizar-se 45° a partir da perpendicular. Se a vista da estrada é assimétrica em
relação à normal, então utilizar α/2 em cada lado da perpendicular, separadamente. Por exemplo se a
vista da estrada é de 90º numa direção e de 50° na outra (isto é 140° total), deverá utilizar-se 45° para
α/2 numa direção e 25° para α/2 na outra direção.
Se a vista da estrada é maior do que 180°, então deverá subdividir-se a estrada em pequenos
segmentos para realizar este cálculo.

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Anexo C
(informativo)

Seleção dos locais de medição/monitorização

C.1 Generalidades
A localização das estações de medição é crucial na obtenção de dados rigorosos e úteis. Uma vez que os
requisitos referentes aos dados acústicos em determinadas localizações poderão variar
consideravelmente, as diretrizes de engenharia para posicionar as estações de medição poderão
também diferir consideravelmente. A seleção dos locais de medição deverá ser considerada numa fase
inicial do desenvolvimento do plano de medição, logo que tenham sido claramente identificados os
objetivos para o sistema de medição. De forma a avaliar em que medida o local proposto influencia a
incerteza dos resultados obtidos nesse local, é necessário examinar a relação entre o ruído residual e

negligenciável.

C.2 Processo de seleção do local


8
os níveis sonoros medidos. Se a diferença for superior a 15 dB, a influência do ruído residual é
T2
A seleção dos locais de medição é um processo constituído por duas etapas. A primeira etapa envolve a
localização geral das estações de medição. Esta é baseada nos objetivos de medição que podem incluir
o seguinte:

 obtenção de informação sonora rigorosa em zonas comunitárias sensíveis;


 obtenção de informação rigorosa referente aos níveis de pressão sonora produzidos por diferentes
C

fontes de ruído em determinadas localizações, etc.;


 obtenção de informação sonora para monitorização de eventos ruidosos;
 para cumprir considerações técnicas, em particular a necessidade de obter informação sonora
proveniente de mais do que uma estação em eventos ruidosos importantes;
 para monitorizar a conformidade com requisitos periódicos de nível de exposição sonora.
A segunda etapa do processo de seleção do local consiste na seleção de locais de monitorização
específicos, dentro da área geral. Esta é baseada em considerações práticas ou outras, tais como:

 interferência de outras fontes sonoras (outro tipo de tráfego, indústria, vida animal, atividades de
lazer, etc.);
 fácil acesso a infraestruturas (telefone e corrente elétrica);
 obstruções referentes a edifícios ou ao terreno;
 facilidade e custos associados ao acesso ao local e respetivas licenças (localização em propriedade
privada poderá envolver custos associados ao pagamento de rendas; localização em território
público poderá ser menos oneroso para entidades publicas, mas a obtenção de licenças poderá
tornar-se mais difícil e morosa);
 aspetos relacionados com a segurança da estação de monitorização (vandalismo e roubos);
 incerteza provável das medições.

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C.3 Método para determinar acusticamente locais adequados para a


medição dos níveis sonoros
Para uma medição acústica fiável, o acontecimento acústico em análise deve ser claramente distinto do
ruído ambiental (residual), isto é o intervalo entre o ruído residual médio e o início de uma medição
deve ser de pelo menos 3 dB e preferencialmente mais de 5dB. Deste modo, o equipamento de
medição deverá somente ser instalado em locais em que o nível máximo de pressão sonora, Lp,AS,max,
dos acontecimentos acústicos em análise, seja de pelo menos 15 dB mais elevado que o nível sonoro
residual médio. O único método fiável pra determinar níveis de ruído residual aceitáveis consiste em
estimar o seu efeito na incerteza de medição (ver Secção 4, F.2 e Anexo I para orientação).
Para orientação adicional sobre a seleção do local, em particular para o ruído de tráfego aéreo,
consultar a norma ISO 20906.

8
T2
C

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Anexo D
(informativo)

Correção para a condição de referência

D.1 Atenuação do som na atmosfera


D.1.1 Cálculo da correção para a condição de referência
Os dados recolhidos são estratificados em diferentes janelas. Cada janela incluirá dados com uma
temperatura média, t (°C) e uma humidade relativa média, h (%). As medições também estão
associadas a uma certa distância de medição d (m). Usando a norma ISO 9613-1 e o espectro da fonte
sonora, pode-se calcular a atenuação do som na atmosfera ΔLa (t, h, d). No entanto, para determinar
Lden, esta atenuação do som na atmosfera deve representar o valor médio anual característico da

8
temperatura tref e da humidade relativa média anual característica href. Assim, os dados recolhidos
devem ser corrigidos pelo valor ΔLa dado pela Fórmula (D.1):
La = La (tref , href , d )  La (t , h, d ) (D.1)
T2
NOTA: A fórmula (D.1) pode ser aplicada em cada amostra de dados ou na média de todas as amostras dentro de uma janela.

Para uma fonte pontual, a distância d é a distância entre a fonte e o microfone. No entanto, para uma
estrada ou ferrovia, onde há uma integração de muitas distâncias, a distância d é a distância média da
fonte sonora móvel que pode ser determinada de forma aproximada pela Fórmula (D.2):
d0
d= (D.2)
cos( /2)
C

onde d0 é a distância na perpendicular e α, o ângulo de visão do maior segmento visível de ambos os


lados dessa perpendicular.
EXEMPLO: Se um segmento tiver um ângulo de visão de 90°, com 60° de um lado da perpendicular ao segmento e 30° do
outro, o ângulo α corresponderá aos 60°.

O valor medido, L’eq, corrigido para a atenuação de referência do som na atmosfera é dado pela
Fórmula (D.3):
Leq,ref = L'eq  La (D.3)

D.1.2 Cálculo da incerteza


A partir da Fórmula (D.3), considerando que ambos os coeficientes de sensibilidade são 1, a incerteza
padrão pode ser estimada a partir da Fórmula (D.4):

uLeq,ref = u2  u2 (D.4)
L'eq La

é avaliado a partir da(s) medição(ões), de acordo com as orientações fornecidas neste documento.
Quanto à incerteza da atenuação atmosférica, esta é bastante sensível a erros na humidade relativa, em
particular quando a humidade relativa é reduzida (< 30 %) e ao espectro da fonte sonora. É, também,
proporcional à distância. Recomenda-se que a incerteza seja determinada caso a caso, mas como
primeira aproximação, pode-se considerar = 1 dB/km.

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D.2 Tráfego rodoviário


D.2.1 Cálculo da correção para a condição de referência
Os modelos de previsão mais recentes [12] baseiam-se nos níveis de potência sonora para as
diferentes categorias de veículos. O ruído do motor (propulsão) e o ruído de rolamento são separados.
Para o ruído de rolamento, o nível de potência sonora é função da velocidade e da temperatura e, para
o ruído do motor (propulsão), depende da velocidade e aceleração. Dada a complexidade deste cálculo,
devido ao número de variáveis e fórmulas envolvidas, recomenda-se a utilização de um método de
previsão completo para determinar a correção para a condição de referência, conforme demostrado no
exemplo seguinte, encontrando-se as notações relevantes no Quadro D.1.
Quadro D.1 – Notações e parâmetros usados nos cálculos
Número Velocidade Temperatura Medido Calculado
Medido Categoria 1 N1 v1

Calculado
8
Categoria 2
Categoria 3
Categoria 1
N2
N3
N1,ref
v2
v3
v1,ref
t ,(calc)
T2
Categoria 2 N2,ref v2,ref tref – (calc)
Categoria 3 N3,ref v3,ref

Uma alternativa para evitar a consideração de distintas categorias de veículos, cada veículo de uma
dada categoria pode ser convertido num número equivalente de veículos de outra categoria, por
exemplo, um veículo pesado médio é igual a y veículos ligeiros e um veículo pesado é igual a x veículos
leves. Os números x e y devem ser consultados em bases de dados existentes e variarão com a
C

velocidade e outras condições de operação.


O valor medido corrigido para as condições de referência é dado pela Fórmula (D.5):
Leq,ref = L'eq  Leq,ref (calc)  L'eq(calc) (D.5)

NOTA: Dependendo do programa usado para os cálculos, a correção para atenuação atmosférica, de acordo com D.1, pode ser
incluída no resultado dado pela Fórmula (D.5).

D.2.2 Cálculo da incerteza


A fórmula básica do Leq para uma dada categoria de veículo é a Fórmula (D.6):
N (D.6)
Leq = LE  10 lg (T )dB  10 lg (N )dB  LW (v ,t )  Ltf  10 lg(v )dB  10 lg   dB
T 
onde
LW é o nível de potência sonora total, expresso em decibéis (dB);
ΔLtf é a função de transferência total entre o LW e o nível de exposição sonora, expresso em
decibéis (dB);
v é a velocidade;
T é o período de tempo;
N é o número de veículos durante o período de tempo, T.

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Segundo o método de previsão Harmonoise [12], a dependência da velocidade de LW, foca-se no ruído
da interação pneu/pavimento e assume que o nível de ruído é dominado por veículos ligeiros, e
corresponde, aproximadamente, a 30 lg (v). Nesta norma será assumido que Lw = 35 lg (v) (ver
Referência [13]). A relação com a temperatura é dada por -K (t - 20). A Fórmula (D.6) pode, assim, ser
escrita como está na Fórmula (D.7):
 v  N
Leq = LW (v  v0 , t  t0 )  Ltf  25 lg   dB  10 lg   dB  10 lg (v0 ) dB  K (t  t 0 ) (D.7)
 v0  T 

ou, para a condição de referência


v   Nref 
Leq,ref = L'eq  25 lg  ref  dB  K (t ref  t )  10 lg   dB (D.8)
 v0   N 
Assim, o coeficiente de sensibilidade, cv, para a velocidade é dado por:
Leq 1 10 ,9

e
cv =
v
  25 lg(e )  
v v
8 (D.9)
T2
Leq 1 10,9
cv =  25 lg(e)   (D.10)
ref v vref vref
ref
e para o fluxo de tráfego
Leq 10 4,3
cN =   lg(e)   (D.11)
v N N
ref
C

Leq 10 4,3
cN =  lg(e)   (D.12)
ref  N Nref Nref
ref
e para a temperatura
Leq
ct =  K (D.13)
t

Leq
ct =  K (D.14)
ref t
ref
A incerteza padrão combinada total da Fórmula (D.8) é, então, dada pela Fórmula (D.15):
2 2 2 2 2 2 2
u = (cL' uL' )  (cv u )  (cv uv )  (cN uN )  (cN uN )  (ct ut )  (ct u ) dB (D.15)
Leq,ref ref vref ref ref ref t ref

Assumindo que a incerteza das condições de medição é igual à incerteza das condições de referência,
obtém-se a Fórmula (D.16):
2 2
2  10,9  2  4,3  2 2 2 (D.16)
uLeq,ref = uL  2  uv  2  N  uN  2K ut dB
'  v   

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Se ainda se assumir que a incerteza padrão da velocidade média e do fluxo de tráfego médio
corresponde a 5 %, que K = 0,1 (valor usual de acordo com o método de previsão Harmonoise [12] e
que ut = 1, obtém-se a Fórmula (D.17):
2 (D.17)
uLeq,ref = uL  0,60  0,09  0,02 dB
'
Os valores da Fórmula (D.17) são apenas exemplos. Estes valores devem ser estimados em cada
situação.

D.3 Tráfego ferroviário


D.3.1 Cálculo da correção para a condição de referência
A forma mais precisa de lidar com as medições de tráfego ferroviário consiste em medir o nível de
exposição sonora, LE,i, para cada categoria relevante de comboio e para as condições de referência, e,
posteriormente, realizar o respetivo cálculo usando a Fórmula (D.18):
 n

8
 i 1
0 ,1 L
LLeq,ref = 10lg   Nref ,i 10 E,i

 dB  10 lg (Tref )dB


(D.18)
T2
onde
̅̅̅̅̅, é o nível médio de exposição sonora medido dos comboios da categoria i, expresso em
decibéis (dB);
n é o número de categorias de comboio usadas;
Nref,i , é o número de comboios da categoria i que passam durante o período de referência, Tref.
C

NOTA: Nalguns casos, pode ser conveniente introduzir o comprimento do comboio como um parâmetro adicional, por
exemplo, no caso em que apenas se medem alguns comboios de mercadorias.

D.3.2 Cálculo da incerteza


Seguindo os princípios descritos em F.1, obtém-se a Fórmula (D.19):

(D.19)

onde é avaliado a partir de medição(ões), de acordo com as orientações dada no corpo principal
deste documento.

D.4 Tráfego aéreo


O princípio é o mesmo do tráfego ferroviário, a principal diferença é que são necessárias mais
categorias de aeronaves e que se devem incluir as configurações do aeroporto durante as diferentes
janelas (de emissão) consideradas.

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D.5 Ruído industrial


D.5.1 Cálculo da correção para a condição de referência
A maneira mais precisa de lidar com as medições de ruído industrial consiste em determinar o Leq,i,
para cada condição operacional relevante e, em seguida, determinar:

(D.20)

onde
Tref é igual ao ΣTref,i
sendo

8
Tref,i o tempo de operação da condição de operação i durante o intervalo de referência Tref.

NOTA: Na prática, a situação pode ser tão complicada que é difícil de utilizar o procedimento acima descrito.
T2
D.5.2 Cálculo da incerteza
Seguindo os princípios descritos em F.1, é obtida a Fórmula (D.21):

(D.21)
C

onde é avaliado a partir de medição(ões), de acordo com as orientações dadas no corpo principal
deste documento.

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Anexo E
(informativo)
Eliminação de som não desejado

E.1 Generalidades
Não existe um método geral e único a aplicar quando se pretende eliminar som indesejável durante a
realização de medições. Dependendo das circunstâncias em causa, alguns exemplos de métodos
possíveis são:
 utilização de microfones direcionais para eliminar som proveniente de direções indesejadas;
 atenuar o som proveniente de trás, montando o microfone numa fachada ou barreira;
 excluir os intervalos de medição contendo o som indesejável (ver E.2 para acontecimentos
discretos);

8
 selecionar, se relevante e possível, intervalos de medição durante períodos do dia sossegados (no
que respeita ao som indesejável);
 gravar a história temporal do ruído a medir e usar métodos estatísticos ou outros que excluam o
T2
som indesejável;
 selecionar localizações alternativas mais adequadas.

E.2 Informação sonora de acontecimentos acústicos discretos (tipicamente


ruído de trafego aéreo e ferroviário)
Um acontecimento discreto ocorre quando:
C

 o nível de pressão sonora, ponderado, A, excede um limite durante um período contínuo, e


 ensaios discriminatórios ou um operador humano indica a existência de uma fonte de um
acontecimento discreto, que pode ser caracterizada por diversos parâmetros, especificados pelo
fabricante ou fornecedor.
No mínimo, um sistema automático deve providenciar o processamento necessário para apresentar o
nível de pressão sonora ponderado em frequência do acontecimento i, Lmax,i, e o respetivo máximo
tempo de ocorrência; a hora local à qual este nível de pressão sonora ocorreu; o nível de exposição
sonora do evento i, LE,i; e a duração do evento i, ΔTi. Adicionalmente, o sistema deve determinar o
intervalo de tempo entre a primeira ultrapassagem do limite e a chegada ao nível de pressão sonora
máximo; a última ultrapassagem do limite a história temporal completa e outra informação
potencialmente útil.
Nem todos os acontecimentos registados pelas estações de monitorização estão relacionados com o
funcionamento da fonte. Antes de se realizar qualquer processamento adicional, os acontecimentos
acústicos devem ser verificados e os acontecimentos não relevantes eliminados. A verificação de um
acontecimento desconhecido pode ser feita por correlação com um acontecimento conhecido,
utilizando experiência prévia ou medições realizadas anteriormente.
Quando é utilizada a deteção automática de acontecimentos, os algoritmos e os valores de critérios
associados a este processamento, realizado em qualquer momento, devem ser devidamente descritos e
gravados. Da mesma forma, os procedimentos usados para operadores humanos, se existentes, devem
ser descritos e gravados.

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Anexo F
(informativo)

Incerteza de medição

F.1 Determinação da incerteza padrão e dos coeficientes de sensibilidade


para uma mistura de condições
Li é Leq para a condição i, durante o período de tempo pi do tempo total. L é valor total de Leq para o
intervalo de tempo total. Assim a Fórmula (F.1) é dada por:

( ) (F.1)

Se L1 e Ln são independentes, o coeficiente de sensibilidade é dado pela Fórmula (F.2):

8 ∑
(F.2)
T2
Uma vez que ∑ , estes coeficientes não são independentes. Para deduzir , a Fórmula (F.1)
pode ser escrita da seguinte forma:

( ( ∑ ) ) (F.3)

é dado pela Fórmula (F.4):


C

(F.4)

Li é determinado com uma incerteza padrão, , e pi com uma incerteza padrão, . Para evitar
subestimar o erro, pn é o período com a média mais alta de nível sonoro (isto é, normalmente M4). A
incerteza-padrão de L é dada pela Fórmula (F.5):

√∑ | | ∑ | | (F.5)

F.2 Determinação da incerteza padrão e dos coeficientes de sensibilidade


para uma mistura de condições
Para o som residual, o coeficiente de sensibilidade já não será 1. A Fórmula mais simples é a
Fórmula 6:
( ( ) ) dB (F.6)
onde
L é o som residual corrigido do nível de pressão sonora, expressa em decibel (dB);
L’ é o nível de pressão sonora medida, expressa em decibel (dB);
Lres é o nível de pressão sonora residual, expressa em decibel (dB).

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Assim, o coeficiente de sensibilidade é apresentado na Fórmula (F.7) e obtém-se a Fórmula (F.8):


(F.7)

(F.8)

A incerteza total é dada pela Fórmula (F.9):

√ (F.9)

NOTA: Para determinação do ruído residual, ver Anexo I.

F.3 Determinação da incerteza das correções decorrentes das condições de


funcionamento
Ver Anexo D.

8
T2
C

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Anexo G
(Informativo)

Exemplos de cálculo de incertezas


NOTA: Alguns dos cálculos, de acordo com os exemplos em G.1 e G.2, podem ser observados em folha Excel e obtidos
gratuitamente em: http://standards.iso.org/iso/1996/-2/. A fonte é o ruído do tráfego rodoviário em todos os exemplos.

G.1 Uma medida de longo prazo estratificada em classes meteorológicas


Quadro G.1 – Cálculo de incertezas para uma única medição de longo prazo

Equações usadas M1 M2 M3 M4 Resultado do cálculo


Dia Ocorrênciaa) 0,2 0,4 0,4 0
Amostras 15 30 30
Lk′
uk′
Lres
8
Fórmula (15) 48,8 55,3 58,1
Fórmula (16), (17), (18) 0,8
43
0,5
39
0,5
43
T2
ures 1,0 0,5 0,7
Lk Fórmula (19), (F.6) 47,4 55,2 57,9
uk Fórmula (F.9) 1,1 0,5 0,5
Ldia Fórmula (9) 55,92
uponderação Fórmula (F.5) com 0,60
upi =0,05
Ldiarefb) Ldia +1 56,92
udiarefc) Fórmula (6) com 0,63
C

upi =0,2
Entardecer Ocorrênciaa) 0,1 0,3 0,3 0,3
Amostras 15 20 20 20
Lk′ Fórmula (15) 46,5 52,2 55,5 56,7
uk′ Fórmula (16), (17), (18) 0,8 0,6 0,5 0,5
Lres 42 39 43 43
ures 1,0 0,7 0,9 0,9
Lk Fórmula (19),(F.6) 44,7 52,0 55,3 56,5
uk Fórmula (F.9) 1,2 0,6 0,5 0,5
Lentardecer Fórmula (9) 54,54
uponderação Fórmula (F.5) com 0,42
upi =0,05
Lentardecerrefb) Lentardecer +0,8 55,34
Uentardecerrefc) Fórmula (6) com 0,47
upi =0,2
a) Fração do tempo total.
b) Ver definição no Anexo D.
c) Ver Anexo D.

(continua)

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Quadro G.1 – Cálculo de incertezas para uma única medição de longo prazo (conclusão)

Equaçõos usadas M1 M2 M3 M4 Resultado do


cálculo
Noite Ocorrênciaa) 0,1 0,2 0,3 0,5
Amostras 15 20 20 20
Lk′ Fórmula (15) 44,9 50,4 53,7 54,9
uk′ Fórmula (16), (17), 0,7 0,5 0,5 0,4
(18)
Lres 40 39 43 43
ures 1,0 0,7 0,9 0,9
Lk Fórmula (19), (F.6) 43,2 50,1 53,4 54,6
uk
Lnoite
8
Fórmula (F.9)
Fórmula (9)
1,1 0,6 0,5 0,5
53,21
T2
Uponderação Fórmula (F.5) com 0,43
upi=0,05
Lnoiterefb) Lnoite +0,6 53,81
unoiterefc) Fórmula (6) com 0,47
upi =0,2
DEN Lden Fórmula (1) 60,6
C

uden Fórmula (F.5) com 0,34


upi =0
a) Fração do tempo total.
b) Ver definição no Anexo D.
c) Ver Anexo D.

No Quadro G.1 e na Fórmula (G.1), é dado um exemplo de um cálculo de incerteza de uma medição de
longa duração. Foram realizadas 75 medições eficientes de 24 h , cada uma estratificada entre o dia, o
entardecer e a noite, e entre quatro diferentes classes meteorológicas. Assume-se que as amostras não
são enviesadas, considerando-se que incluem todas as variações representativas da fonte, podem ser
consideradas. No Quadro G.1, os valores medidos (indicados) são usados para estimar a incerteza
padrão para cada classe meteorológica. As correções são feitas para som residual (valores corrigidos
sem′), separadamente para dia, entardecer e noite. As frequências de ocorrência foram tiradas das
estatísticas meteorológicas e a incerteza padrão desta estatística é estimada de forma a ser 0,05. O
Quadro G.1 exclui incertezas devido ao sonómetro e localização do microfone. Estas são assumidas
como iguais em todas as medições e são tratadas na Fórmula (G.1).
Incluindo a incerteza devido ao sonómetro e à localização do microfone, a incerteza padrão combinada
(multiplicar por 2 para obter a incerteza expandida) é então dada pela Fórmula (G.1):

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(G.1)

G.2 Medição única sob condições favoráveis


No Quadro G.2, é dado um possível cálculo de incerteza de uma única medição junto de uma rodovia
durante 1 h, sob condições favoráveis de propagação. A informação de base necessária para
compreender o Quadro G.2 é dada em B.1, F.2, Fórmula (12) e Fórmula (14).
Quadro G.2 – Orçamento de incerteza para uma única medição sob condições favoráveis de
propagação
Contribuição
Incerteza Coeficiente de para a
padrão, ui sensibilidade, incerteza
Quantidade Estimativa
dB ci ciui

8 dB
T2
Leq,1h L′ = 58 dB 0,5 0,59
Fórmula (F.7)
δslm 0 dB 0,5 (padrão) ver L_′

1 000
δsou 1 0,3
veículos
Fórmula (8)
C

2,0
δmet favorável 1 2,0
Fórmula (12)
δloc
+5,7 dB 0,40 1 0,4
Anexo B

δres Lres = 50 dB 2 0,38


Fórmula (F.8)

2,18

Incerteza expandida
4,36
(intervalo de 95 %)

G.3 Valores de longo prazo calculados a partir de medições de curto prazo


NOTA: Este exemplo negligencia a incerteza da frequência de ocorrência (ver F.1) e usa outras classes meteorológicas além
das referidas na Secção 8.

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Para cada medição de curta duração, a incerteza pode ser determinada conforme descrito no
Quadro G.2. O valor da medição deve ser corrigido para a condição de referência para a qual o nível de
longa duração deve ser estimado. Esse procedimento está descrito no Anexo D.
A próxima correção a ter em conta é a das condições meteorológicas. É necessário ter resultados para
um número suficiente de condições meteorológicas, para tornar possível a combinação dos resultados,
de forma a corresponder à mistura real de condições. Para fazer isso, é necessário repetir a medição
em condições meteorológicas adicionais, ou ajustar os níveis medidos usando um método de previsão
reconhecido. Não é improvável supor que seja pelo menos, tão exato utilizar um método de previsão
do que realizar medições únicas, pois as medições únicas sob todas as condições, exceto as que
ocorrem em condições favoráveis, são muito imprecisas.
Supõe-se que seja calculada a média anual. O acesso a estatísticas meteorológicas completas está
disponível, e as condições de propagação estão divididas em quatro (exemplos) janelas diferentes:
[desfavorável (ufa) (M1), neutra [neu] (M2), favorável [fav] (M3) e muito favorável [vfa] (M4). Estas
classes estão ilustradas na Figura G.1, que mostra o nível de pressão sonora calculado a 200 m de uma

8
rodovia usando o Nord 2000 (ver Anexo L). Pode observar-se que o nível de pressão sonora varia em
torno de 20 dB devido às diferentes condições meteorológicas.
T2
C

Legenda:
X componente a favor do vento, em m/s
Y níveis sonoros, em dB
M1 janela meteorológica para condições desfavoráveis
M2 janela meteorológica para condições neutras
M3 janela meteorológica para condições favoráveis
M4 janela meteorológica para condições muito favoráveis

Figura G.1 – Níveis de pressão sonora calculados utilizando o Nord 2000 (ver Anexo L) a 200 m
de uma rodovia

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Assume-se que cada condição meteorológica existe durante a relação pi do tempo ou no exemplo
abaixo de 40 %, 30 %, 20 % e 10 % do tempo, respetivamente. Uma medição durante condições
favoráveis, Lfav, está disponível. As outras condições são calculadas como uma diferença entre ΔLi e Lfav.
A média anual é então dada pela Fórmula (G.2):

Lanual = Lfav +10lg (G.2)

ΔLi deve ser calculado por um método de previsão capaz de ter condições meteorológicas como
variáveis de entrada. Exemplos de tais métodos são Harmonoise [18] e Nord 2000 (ver Anexo L). Neste
caso, utilizando os dados acima e na coluna 2 do Quadro G.3, obtém-se:
Lanual = Lfav −1,3 dB (G.3)

No Quadro G.3, é apresentado um exemplo de um possível cálculo de incerteza. Os coeficientes de


sensibilidade são dados pela Fórmula (F.4) substituindo Li por ΔLi. O denominador da Fórmula (F.4)

8
torna-se igual a 0,75. As incertezas-padrão das correções calculadas ΔLi são apenas exemplos retirados
da Figura G.1. Na Figura G.1, os valores durante as condições desfavoráveis, provavelmente não são
muito exatos e a experiência indica que a variação nos dados é maior. No entanto, os dados da figura
serão usados aqui como exemplo e, como pode ser visto, não é muito crítico quais dados são usados
T2
para condições desfavoráveis, uma vez que os coeficientes de sensibilidade tornam-se muito
pequenos. Para a frequência de ocorrência, assume-se que a incerteza na estatística é de 25 %, o que
corresponde a 1 dB. Pode observar-se que, para os valores escolhidos, a influência dos termos
calculados sobre a incerteza é moderada.

Quadro G.3 – Balanço de incerteza para os valores de longa duração, calculados a partir de
medições de curta duração
C

Coeficiente de Contribuição para a


Incerteza padrão, ui
Quantidade Estimativa sensibilidade, incerteza ciui
dB
ci dB
Lfav (medido) Lfav (ver G.2) 2,18 1 2,18
ΔLfav (M3, medido) 0 0 0

ΔLvfa (M4, calculado) +2 2 1,27

ΔLneu (M2, calculado) -6 3 0,20

ΔLufa (M1, calculado) -12 5 0,13

p1 0,3 0,1 8,9 0,09


p2 0,2 0,1 7,8 0,08
p3 0,2 0,1 3,4 0,03
p4 0,3 0,1 0 0

u(Lanual)= 2,8

Incerteza expandida
5,6
(intervalo 95 %)

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Anexo H
(informativo)

Níveis máximos de pressão sonora

H.1 Definição
O Lmax utilizado em regulamentos pode ser definido de várias maneiras. Alguns exemplos são: o nível
máximo de pressão sonora máximo mais elevado durante o intervalo de tempo de referência, a média
aritmética, a média energética, o nível máximo de pressão sonora excedido n vezes e o nível máximo
de pressão sonora excedido x % de todos os eventos. A ponderação de tempo é geralmente F, mas S
também é usado, em particular para aeronaves.

H.1 Cálculo do Lmax solicitado

8
Para uma distribuição gaussiana com o desvio-padrão, s, a relação entre o valor médio de energia Lem e
o valor médio aritmético L é dado pela Fórmula (H.1):
T2
(H.1)

A Fórmula (H.1) é ilustrada na Figura H.1.


C

Legenda:
X desvio-padrão, s, em dB
Y diferença, em dB
Figura H.1 – Diferença entre o valor médio energético e o valor médio aritmético para uma
distribuição normal
Em alguns regulamentos de ruído, o requisito é que um certo LAmax não exceda mais do que um certo
número de vezes, por exemplo, cinco vezes. Para calcular este nível, a distribuição estatística deve ser
conhecida. Assumindo uma distribuição normal, o LAFmax pode então ser determinado usando a
Fórmula (H.1) e a Figura H.2. Em caso de dúvida, é recomendável verificar se a distribuição real é
gaussiana.

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Legenda:
8
T2
X Veículos com L > ( Lmédio + y), em %
Y Número y do desvio-padrão
exato
polinomial
Figura H.2 – Função y = P(x)
NOTA: A função P(x) indica a percentagem de eventos únicos com um nível máximo de pressão sonora excedendo, por um
C

certo número y de desvios padrão, a média (aritmética) de uma distribuição normal dos níveis máximos de pressão sonora.

A Figura H.2 pode ser aproximada pelo polinómio P(x) indicado no Quadro H.1.

Quadro H.1 – Polinómio P(x) aproximando-se da Figura H.2

Coeficiente

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O n-ésimo nível mais alto relativo à passagem de N veículos (ou acontecimentos) num período de
tempo especificado é dado pela Fórmula (H.2):

(H.2)

Os percentis da distribuição dos níveis máximos de pressão sonora são dados pela Fórmula (H.3):

(H.3)

onde
é o nível máximo excedido por p % dos eventos, expresso em decibéis (dB);

s
8
é a média aritmética de Lmax de todos os eventos, expressa em decibéis (dB);

é o desvio-padrão dos níveis máximos dos eventos (uma estimativa do desvio-padrão da


distribuição gaussiana), expresso em decibéis (dB);
T2
y é o número de desvios-padrão dados pela Figura H.2 ou o polinómio no Quadro H.1.
C

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Anexo I
(informativo)

Medição do ruído residual

I.1 Generalidades
O som residual é muitas vezes difícil de medir diretamente e a única possibilidade de determiná-lo é
fazer estimativas aproximadas. Alguns métodos são descritos nas secções seguintes. Em cada caso, a
incerteza de medição deve ser medida ou estimada. Para todas as medições, certificar-se de que o
ruído de fundo do sistema de medição seja suficientemente baixo, de preferência pelo menos 5 dB
abaixo do som a ser medido.
A incerteza devido ao som residual é tratada em F.2. Isso significa que a incerteza padrão deve ser
estimada nos casos em que a incerteza padrão total é afetada significativamente.

8
I.2 Percentagem do nível de excedência
T2
I.2.1 Por medição direta
Se a fonte a ser ensaiada não contribuir significativamente para o nível total de pressão sonora
durante 5 % ou mais do tempo total de medição, medir o nível de pressão sonora excedido durante
95 % do tempo e assumir que esse nível é representativo do som residual nível de pressão.

I.2.2 Cálculo a partir de medições de L50 e L90 ou L95


Caso o som residual possa ser descrito por uma distribuição gaussiana, levando a uma distribuição
C

bimodal do som total, o nível de pressão sonora equivalente do som residual pode ser estimado a
partir da distribuição usando as Fórmulas (I.1) e (I.2):

(I.1)

ou

(I.2)

NOTA: As fórmulas foram tiradas da Norma Francesa NF S 31-010[14].

Lres pode ser estimado por cálculo.


Se o som residual for determinado por ruído de tráfego bem definido ou outras fontes que podem ser
calculadas por métodos de previsão confiáveis, calcular este ruído e assumir que ele é representativo
do som residual.

I.3 Estimativa da incerteza padrão de ures


Muitas vezes é difícil medir o ruído residual com exatidão e, consequentemente, também é difícil medir
a incerteza padrão com exatidão. Essa medida ou estimativa pode ser feita repetindo o procedimento
usado para determinar Lres de três a cinco vezes e depois calcular o desvio-padrão.

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No entanto, em muitos casos, a margem para o nível medido é grande, o que significa que o coeficiente
de sensibilidade se torna pequeno e, portanto, pode ser satisfatório apenas fazer uma estimativa muito
aproximada.

8
T2
C

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Anexo J
(informativo)

Método objetivo para a avaliação da audibilidade de tons no ruído –


Método de engenharia

J.1 Generalidades
O objetivo da avaliação do tom proeminente requer uma análise do ruído em questão que esteja
adaptada ao funcionamento do sistema auditivo. Com esta finalidade, são determinados o nível do tom
e o nível do ruído de mascaramento, numa banda crítica, em torno da frequência desse tom. Se uma
banda crítica contém mais do que um tom, deve-se fazer a soma energética dos níveis desses tons. Os
tons que estão fora da banda crítica contribuem apenas de forma insignificante para a audibilidade
dentro da banda crítica.

8
Um tom é sempre mascarado se, adicionalmente ao tom, existir um ruído aparentemente audível, sem
esse tom, e que reduz a intensidade auditiva apercebida desse tom, em vários graus
T2
A diferença entre o nível do tom e o nível do ruído de mascaramento é comparada com um índice
(negativo) de mascaramento, . Se essa diferença for menor ou igual a , considera-se que o tom
será mascarado, mas se a diferença for maior que , esse tom será audível.
As componentes de ruído, em bandas críticas adjacentes às baixas frequências, também podem levar
ao mascaramento de tons. No entanto, uma vez que este efeito é de importância reduzida na maioria
das aplicações práticas (especialmente para ruídos de banda larga), é negligenciado neste anexo para
se manter a simplicidade desta abordagem.
C

O critério de tom proeminente deste anexo só se aplica ao ruído que pode ser percebido no local de
receção (imissão) em questão. A audibilidade é calculada somente pela soma do nível global do ruído
em avaliação e não, apenas, para uma banda de frequência individual, por exemplo, uma banda de
oitava. Se este método for aplicado a emissões provenientes de uma unidade industrial ou partes de
uma unidade industrial, este anexo não fornecerá qualquer informação sobre a tonalidade do ruído
global, se, em situações normais de funcionamento, várias unidades ou parcelas influenciam o nível
global no ponto de medição.

J.2 Método
Ver a ISO/PAS 20065 que inclui um método objetivo para avaliação da audibilidade de tons num dado
ruído.

J.3 Aplicação
A ISO/PAS 20065 pode ser utilizada para determinar a audibilidade de tons presentes num espectro.
Pode-se usar o valor da audibilidade tonal para determinar se um tom é ou não proeminente e se se
deve aplicar uma correção tonal a uma determinada fonte. No Anexo A da ISO 1996-1:2016, refere-se
que os tons proeminentes implicam uma correção tonal, ao nível de pressão sonora medido, de 3 dB a
6 dB, que deve ser adicionada ao nível medido para se obter o nível de avaliação correspondente.
NOTA: Nem a ISO/PAS 20065 nem a ISO 1996-1 especificam, atualmente, como determinar o valor da correção tonal, KT. Por
essa razão, de momento, pode-se determinar o KT a partir da audibilidade média, ΔL, através do Quadro J.1. A audibilidade
média, ΔL, é definida na ISO/PAS 20065.

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Quadro J.1
Audibilidade média Correção tonal
KT
ΔL
em dB
em dB
ΔL ≤0 0
0< ΔL ≤2 1
2< ΔL ≤4 2
4< ΔL ≤6 3
6< ΔL ≤9 4
9< ΔL ≤ 12 5
12 < ΔL 6

Devido à precisão da avaliação subjetiva do ruído, muitas vezes é mais apropriado usar intervalos

2 dB < ΔL ≤ 9 dB:
8
maiores do que 1 dB, por exemplo, 3 dB, ou seja:
ΔL ≤ 2 dB: KT = 0 dB
KT = 3 dB
T2
ΔL > 9 dB: KT = 6 dB
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Anexo K
(informativo)

Método objetivo para a avaliação da audibilidade de tons no ruído –


Método expedito
Para se detetar a presença de uma componente espectral de frequência discreta (tom) proeminente,
normalmente compara-se a média temporal do nível de pressão sonora numa banda de um terço de
oitava com a média temporal dos níveis de pressão sonora, nas bandas de um terço de oitava
adjacentes. Para que um tom distinto proeminente seja identificado, a média temporal do nível de
pressão sonora na banda de um terço de oitava de interesse deve exceder a média temporal dos níveis
de pressão sonora das duas bandas de um terço de oitavas adjacentes, com uma diferença de nível
constante.

8
A constante da diferença de nível poderá variar com a frequência. As escolhas possíveis para as
diferenças de nível são: 15 dB em bandas de um terço de oitava nas baixas frequências (25 Hz a
125 Hz), 8 dB em bandas de um terço de oitava nas médias frequências (160 Hz a 400 Hz) e 5 dB em
bandas de um terço de oitava nas altas frequências (500 Hz a 10 000 Hz).
T2
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Anexo L
(informativo)

Métodos de cálculo nacionais e europeus para fontes sonoras específicas

L.1 Tráfego rodoviário


Austria: Austrian standard RVS 3.02 Lärmschutz, December 1997.
Dinamarca, Filândia; Islândia, Suécia:
– Road Traffic Noise – Nordic Prediction Method, TemaNord 1996:525, ISBN 92 9120 836 1,
ISSN 0908-6692 (Já não é utilizado na Dinamarca, método oficial nos outros países).
– Nord2000 Road. New Nordic Prediction Method for Road Traffic Noise (Este documento pode ser
descarregado a partir de www.delta.dk mas ainda não foi oficialmente adotado pelos outros
países)
8
União Europeia: Modelo CNOSSOS -EU [12]:
França: French noise prediction method for road, rail and industry NF S 31-133:2011
T2
Acoustics — Outdoor noise — Calculation of sound levels, AFNOR, February 2011.
Soiftware de referência esta disponível em http:// www .setra .developpement -
durable .gouv .fr/ les -bibliotheques -logicielles -de -a5604 .html
Alemanha: RLS-90. Richtlinien für den Lärmschutz an Straßen
Japão: Road traffic noise prediction model ASJ RTN-Model 2013. The technical report,
published in Acoust. Sci. and Tech. Vol. 36 (2015), can be downloaded from
C

http:// www .asj.gr.jp/eng/


Holanda: Reken- en Meetvoorschrift Wegverkeerslawaai 2012, especifica um método básico
(Standaard Rekenmethode I) e um método avançado (Standaard Rekenmethode II)
Suiça: StL-86
Reino Unido: CRTN-88. É calculado o nível L10, para um período diurno de 18 h.
EUA: TNM 1998: Geometrical ray theory and diffraction theory – one-third-octave-band
spectra

L.2 Tráfego ferroviário


Austria: Berechnung der Schallimmission durch Schienenverkehr, Zugverkehr, Verschub-
und Umschlagbetrieb
Dinamarca, Filândia; Islândia, Suêcia:
– Railway Traffic Noise – Nordic Prediction Method, TemaNord 1996:524,
ISBN 92 9120 837 X, ISSN 0908-6692, (Já não é utilizado na Dinamarca, método oficial nos outros
países)
– Nord 2000 Road. New Nordic Prediction Method for Rail Traffic Noise. (Este documento pode ser
descarregado a partir de www.delta.dk mas ainda não foi oficialmente adotado pelos outros
países)

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União Europeia: Modelo CNOSSOS -EU [12]:


France: French noise prediction method for road, rail and industry NF S 31-133:2011
Acoustics – Outdoor noise – Calculation of sound levels, AFNOR, February 2011.
Software de referência disponível em http://www.setra.developpement-
durable.gouv.fr/les-bibliotheques-logicielles-de-a5604.html
Os dados relativos às emissões ferroviárias francesas são fornecidos na SNCF.
Description des donnes ferroviaires relatives à la cartographie stratégique du bruit
pour l’échéance 2012. Technical report, SNCF/RFF/DGITM, 12 2011. http:// www
.bruit .fr/ images/ stories/ pdf/ donnees _emission _ferroviaire _2012 .pdf
Software de referência disponível em : http://www.setra .equipement .gouv .fr/
Les -bibliotheques -logicielles -de .html
Alemanha: Berechnung des Beurteilungspegels für Schienenwege (Schall 03), BGBl. I 2014, p.
2271-2313
Japão:

Holanda:
8
K.Nagakura & Y. Zenda, Prediction model of wayside noise level of Shinkansen,
Wave 2002, 237-244, BALKEMA PUBLISHERS
Reken- en Meetvoorschrift Railverkeerslawaai 2012, especifica um método básico
T2
(Standaard Rekenmethode I) e um método avançado (Standaard Rekenmethode
II)
Suíça: Schweizerisches Emissions- und Immissionsmodell für die Berechnung von
Eisenbahnlärm (SEMIBEL)
Reino Unido: Calculation of Railway Noise (CRN)
C

L.3 Tráfego aéreo


Canada: Transport Canada NEF
União Europeia: ECAC doc 29: Standard Method of Computing Noise Contours around Civil
Airports
Suíça: FLULA2
EUA: FAA INM 7.0d for Fixed Wing Civilian Aircraft; FAA HNM 2.2 for Civilian
Helicopters; USAF – NOISEMAP for Military Aircraft
Alemanha Bekanntmachung der Anleitung zur Datenerfassung über den Flugbetrieb (AzD)
und der Anleitung zur Berechnung von Lärmschutzbereichen (AzB) vom
19.11.2008 [Instructions on the Acquisition of Data on Flight Operations and the
Calculation of Noise Protection Areas], Bundesanzeiger Nr. 195a, 2008

L.4 Ruído industrial


União Europeia Modelo CNOSSOS -EU [12
Austria: ÖAL-Richtlinie 28 Schallabstrahlung und Schallausbreitung, 1987

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Dinamarca, Filândia; Islândia, Suéia


– Environmental noise from industrial plants. General Prediction method. Industrial Noise –
Nordic Prediction Method, similar a ISO 9613-2[9].
– Nord 2000. New Nordic Prediction Method (Este documento pode ser descarregado a partir de
www.delta.dk mas ainda não foi oficialmente adotado)
Alemanha: DIN ISO 9613-2, Akustik – Dämpfung des Schalls bei der Ausbreitung im Freien – Teil 2:
Allgemeines Berechnungsverfahren (ISO 9613-2:1996) (Acoustics – Attenuation of
sound during propagation outdoors – Part 2: General method of calculation
(ISO 9613-2:1996)
Japão: Construction noise prediction model of ASJ CN-Model 2002, Acoustical Society of Japan,
2002
Holanda: Handleiding Meten en rekenen industrielawaai 2012, specifying a basic method
(Methode I) and an advanced method (Methode II).
França:
8
French noise prediction method for road, rail and industry NF S 31-133:2011 Acoustics —
Outdoor noise — Calculation of sound levels, AFNOR, February 2011. Software de
referência está disponível em http://www.setra .developpement -durable .gouv .fr/ les -
T2
bibliotheques -logicielles -de -a5604 .html
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Bibliografia

[1] ISO 21748 Guidance for the use of repeatability, reproducibility and trueness estimates in
measurement uncertainty estimation
[2] ISO 3745 Acoustics – Determination of sound power levels and sound energy levels of
noise sources using sound pressure – Precision methods for anechoic rooms and
hemi-anechoic rooms
[3] Jonasson H., Carlsson C.-A. Windscreens and directional microphones (in Swedish), SP Report
1989:06
[4] IEC 61672-3 Electroacoustics – Sound level meters – Part 3: Periodic tests
[5] IMAGINE. Technical Report IMA09TR-040830-dBA01 on Measurements of Road, Rail and Air

[6]
[7]
Traffic Noise
8
ICAO Annex 16 Volume 1, Environmental Protection – Aircraft Noise
Nordtest Method NT ACOU 112 Acoustics: Prominence of impulsive sounds and for adjustments
T2
of LAeq
[8] BS 4142 Methods for rating and assessing industrial and commercial sound
[9] ISO 9613-2 Acoustics – Attenuation of sound during propagation outdoors – Part 2: General
method of calculation
[10] ISO 13474 Acoustics – Framework for calculating a distribution of sound exposure levels
for impulsive sound events for the purposes of environmental noise assessment
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[11] Salomons E.M. Computational Atmospheric Acoustics. Springer, 2001, pp. 279.
[12] Kepalopoulos S., Paviotti M., Anfosso‐Lédée F. Common Noise Assessment Methods in Europe
(CNOSSOS‐EU). EUR 25379 EN. Publications Office of the European Union, Luxembourg, 2012,
p.
[13] Jonasson H.G. Source modelling of road vehicles. Acta Acustica (Les Ulis). 2007, 93 pp. 173–184
[14] NF S 31-010 Caractérisation et mesurage des bruits de l’environnement
[15] DIN 45680 Measurement and assessment of low-frequency noise immissions in the
neighbourhood
[16] ISO 7196 Acoustics — Frequency-weighting characteristics for infrasound measurement
[17] Ribeiro C., Ecotière D., Cellard P., Rosin Ch. Uncertainties of the frequency response of wet
microphone windscreens. Applied Acoustics, Volume 78, April 2014, Pages 11-18,
ISSN 0003-682X
[18] Salomons E., van Maercke D., Defrance J., de Roo F. The Harmonoise Sound Propagation Model.
Acta Acustica united with Acustica, Volume 97, Number 1, January/February 2011, pp.
62-74(13)
[19] ISO 9613-1 Acoustics – Attenuation of sound during propagation outdoors – Part 1:
Calculation of the absorption of sound by the atmosphere

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NP ISO 1996-2
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[20] ISO/PAS 20065 Acoustics – Objective method for assessing the audibility of tones in noise –
Engineering method
[21] ISO 20906 Acoustics – Unattended monitoring of aircraft sound in the vicinity of
airports

8
T2
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