Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Curso ABM
São Paulo – 06 a 10 de novembro, 2006
Eletricidade para
Fornos Elétricos à Arco
Conteúdo
• Introdução
• Conceitos
• Geração e transmissão
• Sistema elétrico do FEA
• Distúrbios causados pelo FEA
• Operação
1
O que é eletricidade?
Eletricidade
• A eletricidade é um fenômeno natural resultante da existência de
cargas elétricas nos átomos que constituem a matéria. No núcleo dos
átomos há cargas elétricas positivas fixas (prótons) e em torno do
núcleo há cargas elétricas negativas móveis (elétrons).
• O átomo está em equilíbrio elétrico, ou seja, o balanço da sua carga
elétrica total é zero, pois há igual número de cargas positivas e
negativas. Se forem extraídos elétrons de um átomo, este equilíbrio é
quebrado e o átomo fica ionizado.
2
Cargas Elétricas
Campo Elétrico
Linhas de Força
• São linhas imaginárias que mostram a atuação do campo elétrico, com as
seguintes propriedades:
– Uma tangente à linha de força em um determinado ponto indica a direção do vetor E
neste ponto.
– O número de linhas por unidade de área é proporcional ao módulo do vetor E. Isto
significa que as linhas são mais próximas entre si onde E é maior e mais afastadas
onde E é menor.
– Com cargas opostas, a indicação do vetor do campo elétrico para uma carga positiva
no ponto P: E é igual à soma vetorial de E1 (campo da carga positiva) com E2 (campo
da carga negativa).
3
Movimento de uma carga em um campo uniforme
• Conforme leis da mecânica clássica, a força atuante em um corpo é igual ao produto da
massa pela aceleração e, como já visto, o campo elétrico é igual à razão entre força e
carga elétrica, podemos escrever:
m a = q E ou a = (q/m) E
• Exemplo: Tubos de raios catódicos (TV)
Potencial elétrico
• Considerando um campo elétrico uniforme de intensidade E, sejam os pontos o e a da figura.
Define-se diferença de potencial elétrico entre estes dois pontos como a razão entre o
trabalho necessário para deslocar uma carga q de o até a e essa carga.
• Assim: Va - Vo = W oa / q. A unidade de V, que no Sistema Internacional seria Joule por
Coulomb, é chamada Volt (V).
• Como trabalho é o produto da força pelo deslocamento e F = q E, onde E é o campo elétrico,
temos:
W oa = F Xa = q E Xa e substituindo: Va - Vo = - E Xa.
– A unidade do campo elétrico pode ser dada em Volts por metro, que é mais comum do que o N/C
(Newton por Coulomb)
Corrente Elétrica
4
Corrente Elétrica
• Define-se a intensidade de corrente elétrica como a carga elétrica que passa por
unidade de tempo em uma seção do condutor. Assim, de forma genérica:
i = dq / dt.
• Para que uma corrente elétrica seja mantida, é necessário fornecer energia, pois ela
se deve à aceleração das cargas pelo campo elétrico. Considerando a definição de
potencial elétrico, pode-se concluir que em cada unidade de tempo deve ser fornecida
uma energia qV para manter esse potencial.
Portanto, a potência necessária para manter uma corrente i sob uma diferença de
potencial constante V é:
P = d(qV)/dt = V dq/dt = V i.
Tensão Elétrica
Analogia Hidráulica
• Considerando a diferença de nível entre a caixa d’água e o chão, a água flui devido
à diferença de níveis, ou seja, do maior para o menor potencial.
• Observa-se, também, que o fluxo de água é maior quando a altura é maior, ou seja,
maior energia potencial.
5
Corrente Contínua
Lei de Ohm
• Georg Simon Ohm verificou que, entre dois pontos de um material percorrido por
uma corrente elétrica, existe uma proporcionalidade entre a corrente que circula
e a diferença de potencial:
V=RI
R é o fator de proporcionalidade ou resistência elétrica entre os dois pontos e a
unidade no Sistema Internacional é o Ohm (Ω). Pela importância da descoberta,
é denominada Lei de Ohm.
Resistor
• A resistividade elétrica ρ é um parâmetro dependente apenas do material (um
condutor perfeito teria resistividade nula e um isolante perfeito, infinita). Uma
barra de seção constante S, de comprimento L e de um material com
resistividade elétrica ρ apresenta, entre as extremidades, uma resistência
elétrica dada por R = ρ L / S. Unidade de resistividade no Sistema Internacional
é o ohm metro (Ω m).
• Um resistor de valor R é um componente que apresenta uma resistência
elétrica R entre seus terminais.
Além da resistência, um outro parâmetro importante do resistor prático é a
máxima potência elétrica que ele pode dissipar sem ser danificado.
6
Corrente Alternada
Corrente Alternada
Corrente i = Ip sen(ωt)
Tensão v = Vp sen(ωt + φ)
Legenda Unidade usual
v Tensão instantânea Volt (V)
i Corrente instantânea Ampère (A)
Vp Tensão de pico Volt (V)
Ip Corrente de pico Ampère (A)
ω Velocidade angular rad/s
t Tempo segundo (s)
φ Ângulo de fase radiano (rad)
Freqüência
• ω é a velocidade angular de rotação do vetor na representação vetorial do
movimento periódico. A relação com a freqüência f (número de ciclos por unidade
de tempo) é dada por
ω=2πf
7
Valor Eficaz
• Observando-se a figura abaixo podemos deduzir que, em termos de potência
dissipada no resistor, uma corrente contínua de valor Ip resulta em uma potência
maior porque a corrente alternada só atinge esse valor em dois pontos de cada ciclo.
Nos demais pontos do ciclo, ela é sempre menor.
• Especifica-se corrente ou tensão alternada em termos de valores eficazes, isto é,
valores de corrente ou tensão contínuas que produzem a mesma dissipação de
potência. Sendo Ie = Ip / √ 2 e Ve = Vp / √ 2
• Esses valores são também denominados rms (root mean square). A maioria dos
voltímetros e amperímetros para CA indicam valores em rms. Entretanto, lembrar que
instrumentos comuns só indicam rms correto para tensões ou correntes senoidais.
8
Indutância / Reatância indutiva
• Indutores são condutores dispostos em forma de espiral nos quais os campos
eletromagnéticos formados geram correntes que tendem a se opor às variações
das correntes aplicada nos mesmos. E a relação entre tensão e corrente é dada
por:
v = L di/dt
• Onde o fator L é denominado indutância (unidade Henry).
• Se o indutor é percorrido por uma corrente alternada, i = Ip sen (ωt). Substituindo
na equação anterior
v = L d[ Ip sen (ωt) ] / dt = ω L Ip cos (ωt).
XL = ω L = 2 π f L
Impedância
• Utilizando um circuito RL e após um tratamento matemático, temos:
V = (R + j ω L) I (notação complexa)
• Denomina-se (R + j ω L) a impedância complexa (Z) desse circuito. E assim: V = Z I
• Tomando-se um circuito RC, com o mesmo tratamento, chegamos a:
V = (R - j/ωC) I = Z I
Obs.: O sinal negativo para parte complexa indica que, ao contrário do indutor, a
corrente no capacitor é adiantada de 90º em relação à tensão.
• Assim temos que: Z = R + j (XL – XC)
9
Impedância
• A impedância é uma grandeza complexa formada pela parte real (resistência R) e
uma parte imaginária (reatâncias indutiva e capacitiva). A parte imaginária apenas
indica o fato de que a corrente não está em fase com a tensão aplicada no indutor e
no capacitor.
Potência Elétrica
• A potência relaciona o trabalho realizado por uma força, com o tempo gasto para
realizar esse trabalho. Por definição, potência é a derivada da energia em relação
ao tempo, isto é, P = dW / dt. Como dW = V dQ (lembrar de Tensão Elétrica) temos:
P = V dQ/dt, ou seja: P = V I
• A unidade do Sistema Internacional é o Watt (W).
• Em CC só existe a potência P = V I.
• Se substituímos os fatores conforme lei de Ohm, temos: P = I2 R = V2 / R, que é a
potência dissipada em um resistor.
Potência Elétrica
• Seja uma carga qualquer alimentada por uma tensão V(t) = Vp sen (ωt + φ) com uma
corrente I(t) = Ip sen ωt. Isto é, há uma diferença de fase φ entre tensão e corrente. A
potência instantânea demandada pela carga é, segundo conceito básico de potência
elétrica, o produto dessas grandezas:
P(t) = V(t) I(t) = Vp sen (ωt + φ) Ip sen ωt.
• Após tratamento matemático e utilizando o conceito de valor eficaz, temos:
P(t) = Ief2 R (1 - cos 2ωt) + Ief2 X sen 2ωt
• Pensando em termos de valores médios para obtermos algum significado físico, temos:
• Na primeira parcela, Ief2 R (1 - cos 2ωt), vemos que o valor médio de cos 2ωt é nulo e,
assim, há apenas o valor Ief2 R a considerar. Mas isso é justamente a potência dissipada
pela parte resistiva da carga, usualmente chamada de potência ativa.
• Para segunda parcela, Ief2 X sen 2ωt, embora o valor médio seja nulo em razão do
termo sen 2ωt, devemos levar em conta que ela se refere à reatância X. Esta, por sua
vez, é formada por indutores e/ou capacitores, dispositivos que teoricamente não
dissipam energia, mas a armazenam e a fornecem.
• Assim, apesar do valor médio nulo, a parte Ief2 X corresponde a uma troca de energia
entre fonte e carga, que denominamos potência reativa.
10
Potência Elétrica
• As duas parcelas mencionadas podem ser relacionadas por meio de uma grandeza fictícia,
denominada potência complexa S. Após tratamento matemático, temos:
S = Vef Ief cos φ + j Vef Ief sen φ = Ief2 R + j Ief2 X = Ief2 Z
• Usando P = Ief2 R (potência ativa) e Q = Ief2 X (potência reativa) de acordo com definições
anteriores, temos S = P + j Q.
• Em valores absolutos temos |S| = √ (P2 + Q2) = Vef Ief . Na linguagem prática, essa grandeza é
denominada potência aparente porque pode ser facilmente calculada a partir dos valores
medidos de tensão e corrente eficazes, sem influência do ângulo de defasagem.
• O co-seno do ângulo de defasagem cos φ = P / |S| é dito fator de potência do circuito.
• As unidades são:
Potência aparente S: VA (Volt Ampère)
Potência reativa Q: VAr (Volt Ampère reativo) - Q = S sen φ
Potência ativa P: W (Watt) - P = S cos φ
Potência
Reativa
Potência
Aparente
Potência
Ativa
Fator de Potência
11
Capacitor para correção do fator de potência
• O fator de potência é uma característica da carga e varia entre 0 e 1. Um baixo fator de
potência é indesejável nas instalações elétricas. Porquê?
• Vamos analisar dois sistemas A e B mostrados na Figura abaixo, para verificar a influência
do fator de potência nas grandezas elétricas de um sistema elétrico.
• Observando a tabela abaixo, com os cálculos para os 2 sistemas, concluímos que um baixo
fator de potência traz algumas conseqüências negativas, tais como:
– Solicitação de uma corrente maior para alimentar uma carga com a mesma potência ativa;
– Aumento das perdas por efeito Joule;
– Aumento das quedas de tensão.
12
Transformadores
• Para estudar os transformadores precisamos de alguns conceitos básicos de
eletromagnetismo. Seja, conforme figura (a) abaixo, uma bobina percorrida por
uma corrente Ia.
Conforme lei de Ampère, o fluxo de campo magnético (ou simplesmente fluxo
magnético) produzido por uma espira φa é proporcional à corrente.
• Portanto, se Ia é uma corrente variável com o tempo, o fluxo magnético varia
proporcionalmente. Nessa condição, de acordo com a lei de Faraday, haverá uma
tensão induzida (força eletromotriz auto-induzida, que deve ser igual à tensão
aplicada no caso do indutor ideal) dada por:
Transformadores
Transformadores
• Um transformador ideal pode ser esquematizado conforme arranjo da figura abaixo. Duas
bobinas compartilham o mesmo núcleo. O material deste é altamente magnético (em geral
o ferro), de forma que todo o fluxo magnético gerado é conduzido pelo núcleo.
• A aplicação de uma corrente variável com o tempo em uma das bobinas gera um fluxo
magnético que, por sua vez, induz uma tensão na outra conforme lei de Faraday.
A bobina que recebe a corrente é denominada bobina ou enrolamento primário. Na bobina
ou enrolamento secundário, está presente a tensão induzida. Transformadores práticos
costumam ter apenas um enrolamento primário, mas podem ter mais de um secundário.
13
Transformadores
• Conforme visto, temos a relação entre tensão e fluxo magnético no primário (sem
considerar sinais):
Vp = Np dΦp/dt
• Para o secundário, vale relação similar: Vs = Ns dΦs/dt. Na situação ideal, o fluxo
magnético gerado no primário é totalmente dirigido ao secundário, de forma que
Φs = Φs = Φ. Podemos então dividir as igualdades e chegamos à relação básica
do transformador
Vp / Vs = Np / Ns
• Na condição ideal também temos a mesma potência em cada bobina: P = Vp Ip =
Vs Is para o caso de duas bobinas. Combinando com a anterior:
Is / Ip = Np / Ns
• Daí vem a relação conhecida: V1/ V2 = I2 / I1
Transformadores
• A tensão de saída de um transformador pode variar manipulando-se o número de bobinas do
lado primário. Essa manipulação é feita através dos tap’s.
• A posição do tap indica quantas bobinas estão sendo consideradas na relação: Vp / Vs = Np /
Ns.
• Nos transformadores atuais a comutação dos tap’s é feita sobre carga, ou seja, não é preciso
desligar o equipamento para alterar a configuração de saída de tensão.
• Como exemplo na figura abaixo considere uma tensão de entrada de 1000 V. Considerando
todas as bobinas temos: 1000 / VS = 1000 /100, obtendo VS = 100.
• Considerando agora apenas metade das bobinas temos: 1000 / VS = 500 /100, obtendo VS =
200.
Circuito Trifásico
• Os sistemas trifásicos são constituídos por três fontes de tensão defasadas no tempo de
120°.
Vantagens:
• A quantidade de material condutor é menor para a mesma potência transmitida por uma
corrente monofásica;
• Melhor performance de motores elétricos;
• Em sistemas equilibrados a potência instantânea entregue pelas três fases é constante.
• Considerando a tensão V1 como referência (fase zero), podemos escrever:
V1 = Vm sen (ωt + 0) V2 = Vm sen (ωt - 120) V3 = Vm sen (ωt + 120)
14
Circuito Trifásico - Ligação estrela ou Y
• No circuito em estrela (ou Y) as fontes de cada fase (e impedâncias da carga) são conectadas
a um nó comum denominado neutro
• As tensões Van, Vbn e Vcn são as tensões geradas para cada fase e são denominadas
tensões de fase. Em notação fasorial, temos: Van_ef = (Vef, 0), Vbn_ef = (Vef, -120), Vcn_ef = (Vef,
120)
• As linhas são os condutores de ligação entre fontes e cargas (aa', bb' e cc'). Tensões de
linha são as tensões entre duas linhas quaisquer: Vab, Vbc e Vca. Onde Vab_ef = Van_ef - Vbn_ef =
(Vef, 0) - (Vef, -120) = (√ 3 Vef, 30).
• Assim temos: Vab_ef = (√ 3 Vef, 30) Vbc_ef = (√ 3 Vef, -90) Vca_ef = (√ 3 Vef, 150)
• O arranjo físico do circuito permite concluir que as correntes que circulam pelas linhas são as
mesmas que circulam pelas cargas ou fontes, isto é, as correntes de linha são iguais às
correntes de fase. Sendo:
Ia_ef = (Vef, 0) / Z Ib_ef = (Vef, -120) / Z Ic_ef = (Vef, 120) / Z
• Para o cálculo da potência, temos, após um tratamento matemático que a potência
instantânea total é P(t) = 3 Ief R ou P(t) = 3 Vef2 / R, considerando as cargas equilibradas.
2
• Da mesma forma para a potência complexa temos que a potência total é dada por:
Stotal = 3 Vef Ief cos φ + j 3 Vef Ief sen φ
• Assim para um circuito Y temos as seguintes relações:
VL = √ 3 VF e IL = IF
|Stotal| = 3 Vef Ief (valores de fase)
15
Geração de Corrente Alternada
• Michael Faraday descobriu que é possível produzir uma tensão elétrica toda vez
que um condutor - ou muitas voltas dele, constituindo uma bobina - corta um campo
magnético. Este é o princípio de funcionamento dos geradores eletromecânicos.
• Itaipu
16
Geração de Energia Elétrica - Hidrelétrica
Demanda
17
Sistema Elétrico de um FEA
AC Transmission
Generator Line 300 to
13,200 V 132,000 V 34,500 V 800 V
Current Capacity
Nominal 12% Above Nominal 20% Above (30 min.)
O O O
Sec. @ 55 C (120 MVA) @ 65 C (134.4 MVA) @ 65 C (134.4 MVA)
Tap Volts Pri. Sec. Pri. Sec. Pri. Sec.
15 1269.0 1506 54.6 1687 61.1 1807 65.5
14 1266.7 1506 54.7 1687 61.3 1807 65.6
13 1179.5 1506 58.7 1687 65.8 1807 70.5
12 1135.8 1506 61.0 1687 68.3 1807 73.2
11 1088.8 1506 63.6 1687 71.3 1807 76.4
10 1045.5 1506 66.3 1687 74.2 1807 79.5
9 1000.0 1506 69.3 1687 77.6 1807 83.1
8 953.4 1504 72.6 1684 81.3 1805 87.1
7 906.4 1429 72.5 1600 81.2 1715 87.0
6 863.8 1362 72.5 1525 81.2 1634 87.0
5 821.4 1295 72.5 1450 81.2 1554 87.0
4 779.7 1230 72.6 1378 81.3 1476 87.1
3 739.0 1165 72.5 1305 81.2 1398 87.0
2 694.3 1095 72.5 1226 81.3 1314 87.1
1 650.2 1025 72.5 1148 81.2 1230 87.0
18
Conexão em Delta
Conexão em "Delta"
3 i
3 i
i i
Bobinas
secundárias
i
3 i
19
Medições no FEA
Regulador
Servo-válvula
Interrupção externa
Medição Dados
Z, Va, Ra,
... V
20
Regulação – Fatores que influenciam
Arco Elétrico
• Quando dois eletrodos (dois materiais condutores apropriados) estão em contato e estão
submetidos a uma tensão elétrica, passa corrente através deles, como acontece com
qualquer condutor nestas condições.
• Se a tensão elétrica entre os eletrodos for suficiente (30 000 Volt por cm) para vencer a
resistência do ar, o ar ioniza-se (as moléculas de ar tornam-se condutoras elétricas) e
salta um arco elétrico (o que se costuma chamar uma faísca) entre os dois eletrodos,
passando a corrente de um eletrodo para o outro através do ar.
21
Arco Elétrico
• Considerando próximo ao Catodo uma queda de 10 V e no Anodo 30 V; além de
sabermos que a distribuição de energia no arco é de 12 V/cm, temos:
• ER = 10 + 12 x La + 30 = 12 x La + 40
• La = (ER – 40) / 12 (cm)
• La = (V cos φ / 12 √ 3) – 3,33 (cm)
ELETRODO
-
-
10 V
La
12V/cm
30 V
+
+ Carga / banho
líquido
Arco Elétrico
• Característica do arco
• Resistência do arco é negativa
E2 I
E
Rarc
E1 A
E3 Rac
I2 I1 I3 I
Arco Elétrico
• Adição de uma reatância para estabilizar o arco
E X E
X1
X2
r
E X3
X4
Rarco
Ix Ir I I1 I2 I3 I4 I
22
Arco Elétrico
E Z = Xarc + R
Rarco
Instável Estável
Furnace Transformer
Delta Closure
Secondary Cables
Mast Arms
Electrodes
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8
Secondary Reactance (milliohms)
Flicker
23
Flicker – cálculo
Flicker
Amostra de
5% de flicker
a 10 Hz
Flicker
• Tipos:
– Cíclico (periódico)
• Dificuldade na perfuração da carga
• Vibração mecânica das colunas de eletrodos
• Má qualidade da sucata, em tamanho e tipo (pacotes, sujeira)
– Não cíclico
• Buracos na carga (má estratificação)
• Controle
– Regra geral: A potência de curto-circuito, em MVA, na barra de acoplamento deve ser
maior que a nominal do transformador do forno. Em média 80 vezes maior em fornos AC
• Redução
– FEA AC de alta reatância (20 a 25% menor que nos FEA’s normais)
– SVC – compensador estático de reativos (de 30 a 35% de redução)
– Controles tiristorizados
– Filtros de Harmônicos
– Compensadores síncronos
24
Harmônicas
G ra p h 0
10 0 .0
80 .0
60 .0
40 .0
20 .0
0.0
-2 0 . 0
-4 0 . 0
-6 0 . 0
-8 0 . 0
-1 0 0 . 0
0.0 0 .0 0 1 0.0 0 2 0.0 0 3 0 .00 4 0 .00 5 0 .0 06 0.007 0.008 0 .0 09 0 .0 1 0.011 0 .0 12 0 .0 13 0.0 1 4 0 .01 5 0 .01 6 0 .0 17
t(s)
Harmônicas
• Distorção Individual de Tensão e de Corrente.
• Onde
– Vn = valor eficaz da tensão de ordem n
– In = valor eficaz da corrente de ordem n
– V1 = valor eficaz da tensão fundamental
– I1 = valor eficaz da corrente fundamental
– n = ordem da componente harmônica
• Distorção Total de Tensão e de Corrente.
V In
DHVI = n x100 (%) DHII = x 100 (%)
V1 I1
nmáx n m áx
∑ V2 ∑ I n2
n >1 n × 100(%) n>1
DHVT = D H IT = × 1 0 0 (% )
V12 I 12
Harmônicas
• Efeitos das harmônicas:
– Sobrecargas e sobreaquecimentos em equipamentos e redução da vida útil;
– Sobretensões harmônicas e solicitações do isolamento dos dispositivos;
– Operação indevida de equipamentos elétricos;
– Aumento do consumo de energia elétrica
• Filtros de Harmônicas
– Evita a passagem de harmônicas para o sistema elétrico
– Consiste de capacitores e reatores em série
25
Fe
Arco Longo
Atraso na Ignição
Arco Curto
Corrente
Harmônicas
• Fundamental mais Terceira Harmônica
Harmônicas
• Forno Elétrico CA:
– Atua como um redutor de tensão
– Forma de onda rica em harmônicas ímpares, tais como: 3ª, 5ª e 7ª
– Níveis típicos de 5ª harmônica:
– Perfuração ................... 8%
– Fusão Estável……........ 6%
– Refino........................... 3%
– Aumentam com o forno desbalanceado
30%
AC Melting Furnace
25%
20%
% Fundamental
15%
10%
5%
0%
2nd 3rd 4th 5th 6th 7th 8th 9th 11th 13th
Harmonic Number
26
Fornos AC com alta reatância
• Porque alta reatância?
– Para obter estabilidade com o uso de baixa corrente / arcos longos.
– Baixa perda elétrica
– Diminuição do consumo de eletrodos
– Diminuição de Flicker e Harmônicas
• Qual é esse valor “alto”?
– Normalmente a reatância está em torno de 3 mΩ
– Um valor alto está entre 4 e 8 mΩ
• Como obter alta reatância?
– Adicionando um reator em série no lado primário
Valores de reator
1) Power Factor as seen at the substation - in between Substation transformer and series reactor.
2) Power Factor as seen at the primary metering point - in between series reactor and the furnace transformer.
3) Estimated consumption based on the increase in phase currents.
Classificado em
Ohms
27
Impacto do Reator nas correntes secundárias
Reator Tap 1 – 0%
Excessive
120 Peaks MELTING FURNACE - NO REACTOR
Without Reactor
Massive Current Swings
100 (Rough Melting - Unstable Arc)
SECONDARY CURRENTS
80
60
40
20
0
1st Charge 2nd Charge
100
With Reactor
SECONDARY CURRENTS
60
40
20
0
1st Charge 2nd Charge
No Reactor
Melt 8 953.4 15.8 61.8 44.74 82.3 48.6 96 0.86 4.56 44.74 0.86 4.56
S. Melt 8 953.4 15.9 62.6 44.68 85.9 49.1 99 0.87 4.28 44.68 0.87 4.28
28
Sistema Elétrico de um FEA
PF PF PF PF PF
TRANSFORMADOR
.70 .73 .80 .85 .95
REATOR
MW = 55 MW = 55 MW = 55 MW = 55 MW = 55
MVAR = 55 MVAR = 50 MVAR = 45 MVAR = 34 MVAR = 18
PF
1.00
MW = 55
MVAR = 0
70 70
60 60
50 50
Power (kW)
Amp,Taps
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
-5.00 0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00 45.00
Time (Minutes)
Flr Ctr Pit MW Tap Rctr
70 45
56 36
42 27
28 18
14 9
0 0
-3.00 2.00 7.00 12.00 17.00 22.00 27.00 32.00 37.00 42.00
Time (Minutes)
29
Estabilidade de Arco
Unstability Increase
Entrada
Regulação
Saída
Regulação
30
80 MELTING FURNACE
Dados 60
Reais
50
MEGAWATTS
40
30
20
10
0
0 20 40 60 80 100
KA
Corrente (kA)
Corrente (kA)
31
Padrão de Fusão
FEA CA
Ponto Quente
70 1400
MW / MVAR
60 1200
50 1000
40 800
30 600
20 400
10 200
0 0
0 10 20 30 40 50
Minutes
32
OBRIGADO!!!
33