Sie sind auf Seite 1von 33

Aciaria Elétrica

Curso ABM
São Paulo – 06 a 10 de novembro, 2006

Fernando Sabetta – Eng. Tecnologia Aplicada UCAR


fernando.sabetta@graftech.com

Eletricidade para
Fornos Elétricos à Arco

Conteúdo

• Introdução
• Conceitos
• Geração e transmissão
• Sistema elétrico do FEA
• Distúrbios causados pelo FEA
• Operação

1
O que é eletricidade?

• Sete séculos antes do nascimento de Cristo, o físico e filósofo grego


Tales de Mileto observou um fenômeno curioso. Ao esfregar um
pedaço de âmbar (um tipo de resina vegetal) em um pedaço de lã, ele
notou que o âmbar passava a atrair objetos leves.
• ELEKTRON era o nome que os gregos davam ao âmbar.
• A palavra ELETRICIDADE deriva da palavra grega ELEKTRON e foi
introduzida no século XVI por William Gilbert, médico da rainha Isabel
I da Inglaterra.

Eletricidade
• A eletricidade é um fenômeno natural resultante da existência de
cargas elétricas nos átomos que constituem a matéria. No núcleo dos
átomos há cargas elétricas positivas fixas (prótons) e em torno do
núcleo há cargas elétricas negativas móveis (elétrons).
• O átomo está em equilíbrio elétrico, ou seja, o balanço da sua carga
elétrica total é zero, pois há igual número de cargas positivas e
negativas. Se forem extraídos elétrons de um átomo, este equilíbrio é
quebrado e o átomo fica ionizado.

Fenômenos Elétricos na Natureza

• Raio – relâmpago? Trovão?

2
Cargas Elétricas

• Entre cargas da mesma espécie ocorre uma repulsão e entre espécies


diferentes, uma atração.
• Charles Coulomb verificou experimentalmente em 1785 que a força de
atração ou repulsão entre dois corpos eletricamente carregados é
diretamente proporcional às cargas de cada um e inversamente
proporcional ao quadrado da distância entre os mesmos. É a
conhecida Lei de Coulomb : F = [ 1/(4 π ε0) ] . (q1 q2 ⁄ r2).

Campo Elétrico

• Um corpo de massa m, próximo da Terra, é submetido a uma


aceleração g tal que a força é P = m g. De outra forma, pode-se
escrever: g = P / m. E a aceleração da gravidade g poderia ser
considerada como um vetor representativo do campo gravitacional da
Terra.
• Analogamente, podemos considerar um vetor E que represente a
intensidade do campo elétrico da carga q1 na carga q2, sendo E = F /
q2. A unidade de E no Sistema Internacional é N/C (Newton por
Coulomb).

Linhas de Força
• São linhas imaginárias que mostram a atuação do campo elétrico, com as
seguintes propriedades:
– Uma tangente à linha de força em um determinado ponto indica a direção do vetor E
neste ponto.
– O número de linhas por unidade de área é proporcional ao módulo do vetor E. Isto
significa que as linhas são mais próximas entre si onde E é maior e mais afastadas
onde E é menor.
– Com cargas opostas, a indicação do vetor do campo elétrico para uma carga positiva
no ponto P: E é igual à soma vetorial de E1 (campo da carga positiva) com E2 (campo
da carga negativa).

3
Movimento de uma carga em um campo uniforme
• Conforme leis da mecânica clássica, a força atuante em um corpo é igual ao produto da
massa pela aceleração e, como já visto, o campo elétrico é igual à razão entre força e
carga elétrica, podemos escrever:

m a = q E ou a = (q/m) E
• Exemplo: Tubos de raios catódicos (TV)

Potencial elétrico
• Considerando um campo elétrico uniforme de intensidade E, sejam os pontos o e a da figura.
Define-se diferença de potencial elétrico entre estes dois pontos como a razão entre o
trabalho necessário para deslocar uma carga q de o até a e essa carga.
• Assim: Va - Vo = W oa / q. A unidade de V, que no Sistema Internacional seria Joule por
Coulomb, é chamada Volt (V).
• Como trabalho é o produto da força pelo deslocamento e F = q E, onde E é o campo elétrico,
temos:
W oa = F Xa = q E Xa e substituindo: Va - Vo = - E Xa.
– A unidade do campo elétrico pode ser dada em Volts por metro, que é mais comum do que o N/C
(Newton por Coulomb)

Corrente Elétrica

• Na figura abaixo, duas placas têm entre si uma diferença de potencial V


e, portanto, um campo E entre as mesmas. Se um meio condutor (metal
ou outros) for posto entre as placas, as cargas se moverão sob ação do
campo elétrico, formando assim uma corrente elétrica.

• É usual representar a corrente elétrica i como uma seta no sentido do


campo. É o chamado sentido convencional. Notar que, no meio
condutor mais comum (metais), ele é contrário ao movimento das cargas.

4
Corrente Elétrica
• Define-se a intensidade de corrente elétrica como a carga elétrica que passa por
unidade de tempo em uma seção do condutor. Assim, de forma genérica:
i = dq / dt.

• A unidade no Sistema Internacional, que seria C/s, é chamada Ampère (A).

• Para que uma corrente elétrica seja mantida, é necessário fornecer energia, pois ela
se deve à aceleração das cargas pelo campo elétrico. Considerando a definição de
potencial elétrico, pode-se concluir que em cada unidade de tempo deve ser fornecida
uma energia qV para manter esse potencial.
Portanto, a potência necessária para manter uma corrente i sob uma diferença de
potencial constante V é:

P = d(qV)/dt = V dq/dt = V i.

• Existem dispositivos, chamados geradores elétricos, que mantêm uma diferença de


potencial entre dois pontos pelos quais circula uma corrente elétrica. Essa diferença
de potencial é muitas vezes denominada força eletromotriz (fem). A unidade é a
mesma do potencial elétrico (Volt).

Tensão Elétrica

• Tensão elétrica V (ou diferença de potencial elétrico) entre dois


pontos é a relação entre a energia (W) gasta para movimentar uma
determinada carga elétrica (Q) entre os pontos e essa carga elétrica: V
= W / Q. Unidade no Sistema Internacional é o Volt (V).
• Pilha de Volta: A pilha de Volta, ou pilha voltaica, de Alessandro
Volta, foi a primeira fonte de tensão elétrica capaz de garantir uma
corrente elétrica permanente num circuito.

Analogia Hidráulica

• Considerando a diferença de nível entre a caixa d’água e o chão, a água flui devido
à diferença de níveis, ou seja, do maior para o menor potencial.
• Observa-se, também, que o fluxo de água é maior quando a altura é maior, ou seja,
maior energia potencial.

5
Corrente Contínua

• Uma corrente elétrica é dita contínua se o sentido do movimento das cargas


elétricas é sempre o mesmo. Na fórmula I = dQ / dt, isso significa que I tem
sempre o mesmo sinal, embora não precise ser necessariamente constante.
Mas, na maioria dos casos práticos de correntes contínuas, o valor de I é
constante ou pouco varia. Exemplos: pilhas, acumuladores, circuitos eletrônicos
e outros

Lei de Ohm
• Georg Simon Ohm verificou que, entre dois pontos de um material percorrido por
uma corrente elétrica, existe uma proporcionalidade entre a corrente que circula
e a diferença de potencial:
V=RI
R é o fator de proporcionalidade ou resistência elétrica entre os dois pontos e a
unidade no Sistema Internacional é o Ohm (Ω). Pela importância da descoberta,
é denominada Lei de Ohm.

Resistor
• A resistividade elétrica ρ é um parâmetro dependente apenas do material (um
condutor perfeito teria resistividade nula e um isolante perfeito, infinita). Uma
barra de seção constante S, de comprimento L e de um material com
resistividade elétrica ρ apresenta, entre as extremidades, uma resistência
elétrica dada por R = ρ L / S. Unidade de resistividade no Sistema Internacional
é o ohm metro (Ω m).
• Um resistor de valor R é um componente que apresenta uma resistência
elétrica R entre seus terminais.
Além da resistência, um outro parâmetro importante do resistor prático é a
máxima potência elétrica que ele pode dissipar sem ser danificado.

6
Corrente Alternada

• É uma corrente elétrica cuja magnitude e direção da corrente varia ciclicamente.


A forma de onda usual em um circuito de potência CA é senoidal por ser a forma
de transmissão de energia mais eficiente. Entretanto, em certas aplicações,
diferentes formas de ondas são utilizadas tais como triangular ou ondas
quadradas. (Exemplos:motores, geradores, transformadores, retificadores,
instalações elétricas industriais e prediais.)
• Tesla x Edison

Corrente Alternada
Corrente i = Ip sen(ωt)
Tensão v = Vp sen(ωt + φ)
Legenda Unidade usual
v Tensão instantânea Volt (V)
i Corrente instantânea Ampère (A)
Vp Tensão de pico Volt (V)
Ip Corrente de pico Ampère (A)
ω Velocidade angular rad/s
t Tempo segundo (s)
φ Ângulo de fase radiano (rad)

Freqüência
• ω é a velocidade angular de rotação do vetor na representação vetorial do
movimento periódico. A relação com a freqüência f (número de ciclos por unidade
de tempo) é dada por
ω=2πf

• Uma grandeza (tensão, corrente, potência, etc.) que se repete no tempo


(periódica) tem uma freqüência (de repetição). A freqüência é o número de vezes
que a grandeza se repete em cada unidade de tempo, por exemplo ciclos por
segundo, ou Hertz (unidade de freqüência no S I). A freqüência é o inverso do
período.

7
Valor Eficaz
• Observando-se a figura abaixo podemos deduzir que, em termos de potência
dissipada no resistor, uma corrente contínua de valor Ip resulta em uma potência
maior porque a corrente alternada só atinge esse valor em dois pontos de cada ciclo.
Nos demais pontos do ciclo, ela é sempre menor.
• Especifica-se corrente ou tensão alternada em termos de valores eficazes, isto é,
valores de corrente ou tensão contínuas que produzem a mesma dissipação de
potência. Sendo Ie = Ip / √ 2 e Ve = Vp / √ 2
• Esses valores são também denominados rms (root mean square). A maioria dos
voltímetros e amperímetros para CA indicam valores em rms. Entretanto, lembrar que
instrumentos comuns só indicam rms correto para tensões ou correntes senoidais.

Capacitância / Reatância capacitiva

• Capacitores são elementos basicamente formados por 2 superfícies condutoras separadas


por uma camada isolante. Uma tensão elétrica aplicada entre as mesmas carrega as placas
com cargas elétricas opostas, que teoricamente permanecem mesmo depois de retirada a
tensão.
• Em um capacitor a carga elétrica armazenada é proporcional à tensão aplicada: q = C v
• O fator de proporcionalidade C é denominado capacitância (unidade Farad).
• Como a corrente é dada por dq/dt, temos: i = dq/dt = C dv/dt = C d( Vp sen ωt )/dt = ω C Vp
cos ωt.
Considerando a relação trigonométrica cos a = sen (a + π/2) temos
i = ω C Vp sen (ωt + π/2)
Notar que o termo Vp sen (ωt + π/2) é a tensão v do circuito com φ = π/2 (ou 90º). Portanto,
podemos afirmar que, num capacitor alimentado com CA, a corrente é adiantada de 90º (ou
π/2 radianos) em relação à tensão.

Capacitância / Reatância capacitiva

• Podemos escrever a equação anterior na forma v = (1/ωC) i .


• Comparando-se com a lei de Ohm dos circuitos de corrente contínua, v =
R i, concluímos que o termo (1/ωC) deve ter a mesma unidade de
resistência (Ohm). Ele é denominado reatância capacitiva (XC) do
circuito. Pode ser considerado como a resistência equivalente do capacitor
para a corrente alternada, com a propriedade de variar com a freqüência.
• Pela definição dada e considerando as fórmulas anteriores, temos:
XC = 1/(ωC) = 1/(2 π f C).
• E temos a relação entre tensão e corrente para o capacitor v = XC i.

8
Indutância / Reatância indutiva
• Indutores são condutores dispostos em forma de espiral nos quais os campos
eletromagnéticos formados geram correntes que tendem a se opor às variações
das correntes aplicada nos mesmos. E a relação entre tensão e corrente é dada
por:
v = L di/dt
• Onde o fator L é denominado indutância (unidade Henry).
• Se o indutor é percorrido por uma corrente alternada, i = Ip sen (ωt). Substituindo
na equação anterior
v = L d[ Ip sen (ωt) ] / dt = ω L Ip cos (ωt).

Indutância / Reatância indutiva

• Igualmente ao tópico anterior, consideramos a igualdade trigonométrica cos a =


sen (a + π/2):
v = ω L Ip sen (ωt + π/2)
• Mas o termo Ip sen (ωt + π/2) é a corrente i de um circuito CA com φ = - 90º (ou
- π/2 radianos). Dizemos, portanto, que, num indutor percorrido por uma
corrente alternada, a tensão é adiantada de 90º em relação à corrente ou a
corrente é atrasada de 90º em relação à tensão.

• Podemos então escrever v = ω L i

• Usando raciocínio similar ao do tópico anterior, o termo ω L equivale a uma


resistência e é denominado reatância indutiva XL. Portanto:

XL = ω L = 2 π f L

• E, para o indutor, temos a relação entre tensão e corrente v = XL i

Impedância
• Utilizando um circuito RL e após um tratamento matemático, temos:
V = (R + j ω L) I (notação complexa)
• Denomina-se (R + j ω L) a impedância complexa (Z) desse circuito. E assim: V = Z I
• Tomando-se um circuito RC, com o mesmo tratamento, chegamos a:
V = (R - j/ωC) I = Z I
Obs.: O sinal negativo para parte complexa indica que, ao contrário do indutor, a
corrente no capacitor é adiantada de 90º em relação à tensão.
• Assim temos que: Z = R + j (XL – XC)

9
Impedância
• A impedância é uma grandeza complexa formada pela parte real (resistência R) e
uma parte imaginária (reatâncias indutiva e capacitiva). A parte imaginária apenas
indica o fato de que a corrente não está em fase com a tensão aplicada no indutor e
no capacitor.

Potência Elétrica
• A potência relaciona o trabalho realizado por uma força, com o tempo gasto para
realizar esse trabalho. Por definição, potência é a derivada da energia em relação
ao tempo, isto é, P = dW / dt. Como dW = V dQ (lembrar de Tensão Elétrica) temos:
P = V dQ/dt, ou seja: P = V I
• A unidade do Sistema Internacional é o Watt (W).
• Em CC só existe a potência P = V I.
• Se substituímos os fatores conforme lei de Ohm, temos: P = I2 R = V2 / R, que é a
potência dissipada em um resistor.

Potência Elétrica
• Seja uma carga qualquer alimentada por uma tensão V(t) = Vp sen (ωt + φ) com uma
corrente I(t) = Ip sen ωt. Isto é, há uma diferença de fase φ entre tensão e corrente. A
potência instantânea demandada pela carga é, segundo conceito básico de potência
elétrica, o produto dessas grandezas:
P(t) = V(t) I(t) = Vp sen (ωt + φ) Ip sen ωt.
• Após tratamento matemático e utilizando o conceito de valor eficaz, temos:
P(t) = Ief2 R (1 - cos 2ωt) + Ief2 X sen 2ωt
• Pensando em termos de valores médios para obtermos algum significado físico, temos:
• Na primeira parcela, Ief2 R (1 - cos 2ωt), vemos que o valor médio de cos 2ωt é nulo e,
assim, há apenas o valor Ief2 R a considerar. Mas isso é justamente a potência dissipada
pela parte resistiva da carga, usualmente chamada de potência ativa.
• Para segunda parcela, Ief2 X sen 2ωt, embora o valor médio seja nulo em razão do
termo sen 2ωt, devemos levar em conta que ela se refere à reatância X. Esta, por sua
vez, é formada por indutores e/ou capacitores, dispositivos que teoricamente não
dissipam energia, mas a armazenam e a fornecem.
• Assim, apesar do valor médio nulo, a parte Ief2 X corresponde a uma troca de energia
entre fonte e carga, que denominamos potência reativa.

10
Potência Elétrica
• As duas parcelas mencionadas podem ser relacionadas por meio de uma grandeza fictícia,
denominada potência complexa S. Após tratamento matemático, temos:
S = Vef Ief cos φ + j Vef Ief sen φ = Ief2 R + j Ief2 X = Ief2 Z
• Usando P = Ief2 R (potência ativa) e Q = Ief2 X (potência reativa) de acordo com definições
anteriores, temos S = P + j Q.
• Em valores absolutos temos |S| = √ (P2 + Q2) = Vef Ief . Na linguagem prática, essa grandeza é
denominada potência aparente porque pode ser facilmente calculada a partir dos valores
medidos de tensão e corrente eficazes, sem influência do ângulo de defasagem.
• O co-seno do ângulo de defasagem cos φ = P / |S| é dito fator de potência do circuito.
• As unidades são:
Potência aparente S: VA (Volt Ampère)
Potência reativa Q: VAr (Volt Ampère reativo) - Q = S sen φ
Potência ativa P: W (Watt) - P = S cos φ

Analogia com o Chopp

Potência
Reativa

Potência
Aparente

Potência
Ativa

Fator de Potência

• Quando as cargas são puramente resistivas, não há defasagem entre corrente e


tensão. E a potência dissipada pela carga pode ser dada pelo produto da corrente
e tensão eficazes: P = Ve Ie.
• Entretanto, se a carga contém elementos indutivos e/ou capacitivos, corrente e
tensão podem estar defasadas de um ângulo φ diferente de zero. Calculando a
potência média P e após um tratamento matemático, temos:
Potência Ativa: P = Ve Ie cos φ (W)
Potência Reativa: Q = Ve Ie sen φ (VAr)
• O resultado significa que, num circuito de corrente alternada, a potência real
dissipada pela carga depende do ângulo de defasagem (φ) entre corrente e
tensão. O co-seno desse ângulo, cos φ, é denominado fator de potência do
circuito.

11
Capacitor para correção do fator de potência
• O fator de potência é uma característica da carga e varia entre 0 e 1. Um baixo fator de
potência é indesejável nas instalações elétricas. Porquê?
• Vamos analisar dois sistemas A e B mostrados na Figura abaixo, para verificar a influência
do fator de potência nas grandezas elétricas de um sistema elétrico.
• Observando a tabela abaixo, com os cálculos para os 2 sistemas, concluímos que um baixo
fator de potência traz algumas conseqüências negativas, tais como:
– Solicitação de uma corrente maior para alimentar uma carga com a mesma potência ativa;
– Aumento das perdas por efeito Joule;
– Aumento das quedas de tensão.

Capacitor para correção do fator de potência


• Sabe-se que a transferência de potência ativa é prejudicada pela ação de cargas reativas, isto
é, indutores e/ou capacitores. O fator de potência é um parâmetro conveniente para avaliar
essa transferência porque é dado pela razão entre a potência ativa e a potência aparente.
Equivale ao co-seno do ângulo de defasagem entre tensão e corrente. Assim, o seu valor
absoluto é sempre menor ou igual a 1. Fator de potência unitário significa potência reativa nula
e, portanto, máxima transferência entre fonte e carga.
Nas instalações práticas, a maioria das cargas reativas são indutivas (motores,
transformadores). Cargas capacitivas podem ocorrer em casos especiais. Portanto, o que se
procura normalmente é um capacitor para contrabalançar a reatância indutiva da carga e, com
isso, elevar o fator de potência para 1 ou valor próximo.
• A figura abaixo mostra uma situação típica de duas cargas reativas. É comum a especificação
das mesmas pela potência ativa e fator de potência (além da tensão, é claro). Supomos que
sejam dados:
Vef = 500 V. Velocidade angular ω = 377 rad/s ou f ≈ 60 Hz.
P1 = 48 kW, cos φ1 = 0,60 (indutivo).
P2 = 24 kW, cos φ2 = - 0,96 (capacitivo).

Capacitor para correção do fator de potência


• Com esses dados, desejamos determinar o capacitor C para que o fator de potência resultante
seja unitário. Inicialmente consideramos que não há o capacitor C no circuito. Nessa condição,
a potência complexa do conjunto das duas cargas, S12, é igual à soma das potências. Como
se tratam de números complexos, devemos somar as partes reais (P) e imaginárias (Q).
|S1| = P1 / |cos φ1| = 48 / 0,60 = 80 kVA.
Q1 = √ (|S1|2 - P12) = √ (802 - 482) = 64 kVAr.
|S2| = P2 / |cos φ2| = 24 / 0,96 = 25 kVA.
Q2 = √ (|S2|2 - P22) = √ (252 - 242) = - 7 kVAr (capacitivo).
P12 = P1 + P2 = 48 + 24 = 72 kW. Q12 = Q1 + Q2 = 64 - 7 = 57 kVAr. |S12| = √ (P122 + Q122) ≈
91,8 kVA.
• Portanto, o fator de potência do conjunto é dado por cos φ12 = P12 / |S12| = 72 / 91,8 ≈ 0,784.
Para tornar unitário o fator de potência do conjunto, a potência reativa QC do capacitor C deve
ser o negativo da potência reativa Q12 do conjunto das duas cargas: QC = - Q12 = - 57 kVAr.
Temos, portanto, o capacitor dimensionado em termos de potência reativa, o que é
comercialmente usual para esses casos.
• A corrente do capacitor IC pode ser determinada: (com φ = -90º porque se trata de
capacitância).
IC ef = - QC / Vef = 57000 / 500 = 114 A. Do conceito de impedância temos V = Z I. Para o
capacitor, Z = XC = 1 / ωC. Portanto, 500 = (1 / 377 C) 114. Ou C ≈ 605 µF.

12
Transformadores
• Para estudar os transformadores precisamos de alguns conceitos básicos de
eletromagnetismo. Seja, conforme figura (a) abaixo, uma bobina percorrida por
uma corrente Ia.
Conforme lei de Ampère, o fluxo de campo magnético (ou simplesmente fluxo
magnético) produzido por uma espira φa é proporcional à corrente.
• Portanto, se Ia é uma corrente variável com o tempo, o fluxo magnético varia
proporcionalmente. Nessa condição, de acordo com a lei de Faraday, haverá uma
tensão induzida (força eletromotriz auto-induzida, que deve ser igual à tensão
aplicada no caso do indutor ideal) dada por:

Va = - N dΦa/dt (N é o número de espiras)

Transformadores

• Considerando a proporcionalidade mencionada, temos Φa = k Ia. Onde k é o fator de


proporcionalidade. Substituindo na anterior: Va = - k N dIa/dt.
O termo k N é denominado indutância (símbolo L, unidade SI: Henry - H) da bobina. É
uma característica da bobina, que não depende da corrente circulante, mas apenas
da sua forma construtiva. Podemos então dizer que, para uma bobina ideal genérica,
vale V = - L di/dt.
• Em (b) da mesma figura temos a situação inversa, isto é, em vez de uma corrente,
aplicamos um fluxo magnético variável com o tempo (um ímã que se desloca no
interior da bobina). E a força eletromotriz induzida na bobina é dada pela aplicação da
lei de Faraday:
Vb = - N dΦb/dt

Transformadores
• Um transformador ideal pode ser esquematizado conforme arranjo da figura abaixo. Duas
bobinas compartilham o mesmo núcleo. O material deste é altamente magnético (em geral
o ferro), de forma que todo o fluxo magnético gerado é conduzido pelo núcleo.
• A aplicação de uma corrente variável com o tempo em uma das bobinas gera um fluxo
magnético que, por sua vez, induz uma tensão na outra conforme lei de Faraday.
A bobina que recebe a corrente é denominada bobina ou enrolamento primário. Na bobina
ou enrolamento secundário, está presente a tensão induzida. Transformadores práticos
costumam ter apenas um enrolamento primário, mas podem ter mais de um secundário.

13
Transformadores

• Conforme visto, temos a relação entre tensão e fluxo magnético no primário (sem
considerar sinais):
Vp = Np dΦp/dt
• Para o secundário, vale relação similar: Vs = Ns dΦs/dt. Na situação ideal, o fluxo
magnético gerado no primário é totalmente dirigido ao secundário, de forma que
Φs = Φs = Φ. Podemos então dividir as igualdades e chegamos à relação básica
do transformador
Vp / Vs = Np / Ns
• Na condição ideal também temos a mesma potência em cada bobina: P = Vp Ip =
Vs Is para o caso de duas bobinas. Combinando com a anterior:
Is / Ip = Np / Ns
• Daí vem a relação conhecida: V1/ V2 = I2 / I1

Transformadores
• A tensão de saída de um transformador pode variar manipulando-se o número de bobinas do
lado primário. Essa manipulação é feita através dos tap’s.
• A posição do tap indica quantas bobinas estão sendo consideradas na relação: Vp / Vs = Np /
Ns.
• Nos transformadores atuais a comutação dos tap’s é feita sobre carga, ou seja, não é preciso
desligar o equipamento para alterar a configuração de saída de tensão.
• Como exemplo na figura abaixo considere uma tensão de entrada de 1000 V. Considerando
todas as bobinas temos: 1000 / VS = 1000 /100, obtendo VS = 100.
• Considerando agora apenas metade das bobinas temos: 1000 / VS = 500 /100, obtendo VS =
200.

Circuito Trifásico

• Os sistemas trifásicos são constituídos por três fontes de tensão defasadas no tempo de
120°.
Vantagens:
• A quantidade de material condutor é menor para a mesma potência transmitida por uma
corrente monofásica;
• Melhor performance de motores elétricos;
• Em sistemas equilibrados a potência instantânea entregue pelas três fases é constante.
• Considerando a tensão V1 como referência (fase zero), podemos escrever:
V1 = Vm sen (ωt + 0) V2 = Vm sen (ωt - 120) V3 = Vm sen (ωt + 120)

14
Circuito Trifásico - Ligação estrela ou Y

• No circuito em estrela (ou Y) as fontes de cada fase (e impedâncias da carga) são conectadas
a um nó comum denominado neutro
• As tensões Van, Vbn e Vcn são as tensões geradas para cada fase e são denominadas
tensões de fase. Em notação fasorial, temos: Van_ef = (Vef, 0), Vbn_ef = (Vef, -120), Vcn_ef = (Vef,
120)
• As linhas são os condutores de ligação entre fontes e cargas (aa', bb' e cc'). Tensões de
linha são as tensões entre duas linhas quaisquer: Vab, Vbc e Vca. Onde Vab_ef = Van_ef - Vbn_ef =
(Vef, 0) - (Vef, -120) = (√ 3 Vef, 30).
• Assim temos: Vab_ef = (√ 3 Vef, 30) Vbc_ef = (√ 3 Vef, -90) Vca_ef = (√ 3 Vef, 150)

Circuito Trifásico - Ligação estrela ou Y

• O arranjo físico do circuito permite concluir que as correntes que circulam pelas linhas são as
mesmas que circulam pelas cargas ou fontes, isto é, as correntes de linha são iguais às
correntes de fase. Sendo:
Ia_ef = (Vef, 0) / Z Ib_ef = (Vef, -120) / Z Ic_ef = (Vef, 120) / Z
• Para o cálculo da potência, temos, após um tratamento matemático que a potência
instantânea total é P(t) = 3 Ief R ou P(t) = 3 Vef2 / R, considerando as cargas equilibradas.
2

• Da mesma forma para a potência complexa temos que a potência total é dada por:
Stotal = 3 Vef Ief cos φ + j 3 Vef Ief sen φ
• Assim para um circuito Y temos as seguintes relações:
VL = √ 3 VF e IL = IF
|Stotal| = 3 Vef Ief (valores de fase)

Circuito Trifásico - Ligação delta ou ∆


• Nota-se facilmente que as tensões de fase são idênticas às tensões de linha.
• Pela lei de Kirchhoff, as correntes no nó a' são: Ia = Iab - Ica. Após tratamento matemático
obtemos as as correntes de linha, para cargas equilibradas:
Ia_ef = (√ 3 Vef, -30) / Z Ib_ef = (√ 3 Vef, -150) / Z Ic_ef = (√ 3 Vef, 90) / Z
• As correntes de fase são dadas pela simples relação entre tensões e impedâncias:
• Iab_ef = (Vef, 0) / Z Ibc_ef = (Vef, -120) / Z Ica_ef = (Vef, 120) / Z
• A potência total pode ser calculada de forma similar à do circuito em Y, com resultado
semelhante.
• Assim, para o circuito ∆ temos as seguintes relações:
IL = √ 3 IF e VL = VF
|Stotal| = 3 Vef Ief (valores de fase)

15
Geração de Corrente Alternada
• Michael Faraday descobriu que é possível produzir uma tensão elétrica toda vez
que um condutor - ou muitas voltas dele, constituindo uma bobina - corta um campo
magnético. Este é o princípio de funcionamento dos geradores eletromecânicos.

Geração de Energia Elétrica


• A energia elétrica pode ser gerada de várias formas: hidrelétrica, termoelétrica,
nuclear, eólica (ventos), etc.

Geração de Energia Elétrica - Hidrelétrica

• Itaipu

16
Geração de Energia Elétrica - Hidrelétrica

Transmissão de Energia Elétrica

Demanda

• Demanda é a média das potências solicitadas num determinado intervalo


de tempo.
• A cada 5 minutos o medidor realiza a medida da demanda por meio do
cálculo da integral das medições realizadas neste período. A cada 15
minutos é registrado a maior valor de integral entre os 3 intervalos de 5
minutos.
• A demanda faturável será o valor máximo de demanda dentre todos estes
valores registrados nestes intervalos de 15 minutos durante o período
existente entre as coletas de medição.
Ratificando, a demanda faturável ou seja o valor de demanda que será
utilizado para o faturamento mensal de sua conta e aparecerá no corpo de
sua conta será o valor máximo obtido nas demandas registradas neste
período entre as medições.

17
Sistema Elétrico de um FEA

AC Transmission
Generator Line 300 to
13,200 V 132,000 V 34,500 V 800 V

Sistema de Potência Simplificado

Dados de Placa de um transformador


Furnace Transformer Data
ABB
Rated Primary Voltage: 46000 Volts
Rated MVA: 120 / 134.4 / 144 MVA
O
@ Temp Rise C: 55 / 65 / 65(30 min)
% Impedance: 2.63% @ 1270 V & 120 MVA
3.08% @ 950 V &120 MVA
Reactance (milliohms): 0.35 Tap 15 (1269 V)
0.23 Tap 8 (953 V)

Current Capacity
Nominal 12% Above Nominal 20% Above (30 min.)
O O O
Sec. @ 55 C (120 MVA) @ 65 C (134.4 MVA) @ 65 C (134.4 MVA)
Tap Volts Pri. Sec. Pri. Sec. Pri. Sec.
15 1269.0 1506 54.6 1687 61.1 1807 65.5
14 1266.7 1506 54.7 1687 61.3 1807 65.6
13 1179.5 1506 58.7 1687 65.8 1807 70.5
12 1135.8 1506 61.0 1687 68.3 1807 73.2
11 1088.8 1506 63.6 1687 71.3 1807 76.4
10 1045.5 1506 66.3 1687 74.2 1807 79.5
9 1000.0 1506 69.3 1687 77.6 1807 83.1
8 953.4 1504 72.6 1684 81.3 1805 87.1
7 906.4 1429 72.5 1600 81.2 1715 87.0
6 863.8 1362 72.5 1525 81.2 1634 87.0
5 821.4 1295 72.5 1450 81.2 1554 87.0
4 779.7 1230 72.6 1378 81.3 1476 87.1
3 739.0 1165 72.5 1305 81.2 1398 87.0
2 694.3 1095 72.5 1226 81.3 1314 87.1
1 650.2 1025 72.5 1148 81.2 1230 87.0

Circuito Secundário do Trafo


• Fechamento em Delta e triangularização.

18
Conexão em Delta

Conexão em "Delta"

3 i

3 i
i i
Bobinas
secundárias
i

3 i

Circuito Secundário do Trafo


• Cabos Refrigerados.

Circuito Secundário do Trafo


• Braços e garras.

Diâmetro Primitivo – PCD (Pitch Circle


Diameter)

19
Medições no FEA

Regulador

• O sistema de regulação atua no controle da posição vertical dos eletrodos para


manter a distância entre a ponta do eletrodo e o metal (sucata, banho), buscando
os parâmetros elétricos desejados (V, I, FP).
• A idéia principal é a busca do controle da intensidade de corrente e da tensão de
arco para cada coluna de eletrodo durante a operação do forno.

Regulador – Princípio de funcionamento


Set point Regulador
PID

Servo-válvula
Interrupção externa

Medição Dados
Z, Va, Ra,
... V

20
Regulação – Fatores que influenciam

• Projeto mecânico e sistema secundário:


– Diâmetro do círculo primitivo (PCD)
– Estrutura mecânica (rigidez, sistema de cilindros e roletes)
– Sistema hidráulico
• Projeto elétrico
– Reatância do sistema
– Balanceamento de fases (impedância e potência)
– Aterramento
– Confiabilidade do sistema de medição
• Qualidade do carregamento
– Tamanho das peças (pacotes, retornos, etc.)
– Sucata fria ou molhada
– Disposição da carga no FEA (estratificação)
– Escória (ácida, básica, espumante)

Possíveis Problemas em um regulador


• Quebra de Eletrodos durante a Perfuração (Bore-in)
• Falha no aterramento
• Sucata isolando (material não condutor)
• Velocidade de descida (valor de “set” muito alto)
• Movimento desordenada dos braços dos eletrodos
• Presença de ar no sistema hidráulico
• Ajuste muito “sensível” para o tipo de sucata
• Quebras durante a Fusão (Melt)
• Resposta lenta
• Sucata (qualidade, tipo, etc.)

Arco Elétrico
• Quando dois eletrodos (dois materiais condutores apropriados) estão em contato e estão
submetidos a uma tensão elétrica, passa corrente através deles, como acontece com
qualquer condutor nestas condições.

• Se afastarmos um pouco um dos eletrodos do outro, surge a resistência do ar (que é


muito grande) entre eles .

• Se a tensão elétrica entre os eletrodos for suficiente (30 000 Volt por cm) para vencer a
resistência do ar, o ar ioniza-se (as moléculas de ar tornam-se condutoras elétricas) e
salta um arco elétrico (o que se costuma chamar uma faísca) entre os dois eletrodos,
passando a corrente de um eletrodo para o outro através do ar.

21
Arco Elétrico
• Considerando próximo ao Catodo uma queda de 10 V e no Anodo 30 V; além de
sabermos que a distribuição de energia no arco é de 12 V/cm, temos:
• ER = 10 + 12 x La + 30 = 12 x La + 40
• La = (ER – 40) / 12 (cm)
• La = (V cos φ / 12 √ 3) – 3,33 (cm)

ELETRODO
-
-

10 V

La
12V/cm
30 V
+
+ Carga / banho
líquido

Arco Elétrico
• Característica do arco
• Resistência do arco é negativa

E2 I
E
Rarc
E1 A
E3 Rac
I2 I1 I3 I

Arco Elétrico
• Adição de uma reatância para estabilizar o arco

E X E

X1

X2
r
E X3

X4
Rarco
Ix Ir I I1 I2 I3 I4 I

22
Arco Elétrico

E Z = Xarc + R

Rarco

Instável Estável

Reatâncias em um FEA - exemplo

Reactance for 130 Ton EAF

Furnace Transformer

Delta Closure

Secondary Cables

Mast Arms

Electrodes

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8
Secondary Reactance (milliohms)

Flicker

• Descrição – Tensão de Flicker é um fenômeno que afeta a iluminação fora da


usina (clientes residenciais ou comerciais) devido a grande variação das
correntes (de curto-circuito até próximo de zero) que ocorrem no FEA.
• Mais perceptível entre 6 e 10 Hz.

23
Flicker – cálculo

Flicker

Amostra de
5% de flicker
a 10 Hz

Flicker
• Tipos:
– Cíclico (periódico)
• Dificuldade na perfuração da carga
• Vibração mecânica das colunas de eletrodos
• Má qualidade da sucata, em tamanho e tipo (pacotes, sujeira)
– Não cíclico
• Buracos na carga (má estratificação)
• Controle
– Regra geral: A potência de curto-circuito, em MVA, na barra de acoplamento deve ser
maior que a nominal do transformador do forno. Em média 80 vezes maior em fornos AC
• Redução
– FEA AC de alta reatância (20 a 25% menor que nos FEA’s normais)
– SVC – compensador estático de reativos (de 30 a 35% de redução)
– Controles tiristorizados
– Filtros de Harmônicos
– Compensadores síncronos

24
Harmônicas

• Definição 1 – Correntes e tensões com freqüências correspondentes a múltiplos


inteiros da freqüência fundamental.
• Definição 2 – é uma componente senoidal de uma curva de onda, CA por
exemplo, que é múltipla de uma freqüência da curva fundamental. Também pode
ser considerada uma corrente ou tensão indesejada em alta freqüência.
• Fourier

G ra p h 0

10 0 .0

80 .0

60 .0

40 .0

20 .0

0.0

-2 0 . 0

-4 0 . 0

-6 0 . 0

-8 0 . 0

-1 0 0 . 0
0.0 0 .0 0 1 0.0 0 2 0.0 0 3 0 .00 4 0 .00 5 0 .0 06 0.007 0.008 0 .0 09 0 .0 1 0.011 0 .0 12 0 .0 13 0.0 1 4 0 .01 5 0 .01 6 0 .0 17
t(s)

Harmônicas
• Distorção Individual de Tensão e de Corrente.
• Onde
– Vn = valor eficaz da tensão de ordem n
– In = valor eficaz da corrente de ordem n
– V1 = valor eficaz da tensão fundamental
– I1 = valor eficaz da corrente fundamental
– n = ordem da componente harmônica
• Distorção Total de Tensão e de Corrente.

V In
DHVI = n x100 (%) DHII = x 100 (%)
V1 I1

nmáx n m áx
∑ V2 ∑ I n2
n >1 n × 100(%) n>1
DHVT = D H IT = × 1 0 0 (% )
V12 I 12

Harmônicas
• Efeitos das harmônicas:
– Sobrecargas e sobreaquecimentos em equipamentos e redução da vida útil;
– Sobretensões harmônicas e solicitações do isolamento dos dispositivos;
– Operação indevida de equipamentos elétricos;
– Aumento do consumo de energia elétrica

• Filtros de Harmônicas
– Evita a passagem de harmônicas para o sistema elétrico
– Consiste de capacitores e reatores em série

25
Fe

Arco Longo

Atraso na Ignição

Oscilogramas Arco Médio


da Tensão e
Corrente de Arco

Arco Curto

Corrente

Harmônicas
• Fundamental mais Terceira Harmônica

Harmônicas
• Forno Elétrico CA:
– Atua como um redutor de tensão
– Forma de onda rica em harmônicas ímpares, tais como: 3ª, 5ª e 7ª
– Níveis típicos de 5ª harmônica:
– Perfuração ................... 8%
– Fusão Estável……........ 6%
– Refino........................... 3%
– Aumentam com o forno desbalanceado
30%
AC Melting Furnace
25%

20%
% Fundamental

15%

10%

5%

0%
2nd 3rd 4th 5th 6th 7th 8th 9th 11th 13th
Harmonic Number

26
Fornos AC com alta reatância
• Porque alta reatância?
– Para obter estabilidade com o uso de baixa corrente / arcos longos.
– Baixa perda elétrica
– Diminuição do consumo de eletrodos
– Diminuição de Flicker e Harmônicas
• Qual é esse valor “alto”?
– Normalmente a reatância está em torno de 3 mΩ
– Um valor alto está entre 4 e 8 mΩ
• Como obter alta reatância?
– Adicionando um reator em série no lado primário

Valores de reator

Reactor Rated MW Secondary Power Factor Arc Electrode


Setting Tap Current Consumption
(ohms) Voltage Refine (kA) 1 2 voltage (kg/t)

3.8 958.6 57.0 49.0 .74 .89 370 2.3

3.0 884.6 57.0 54.0 .74 .84 333 2.5

2.4 828.0 57.4 57.0 .74 .82 313 2.6

1) Power Factor as seen at the substation - in between Substation transformer and series reactor.
2) Power Factor as seen at the primary metering point - in between series reactor and the furnace transformer.
3) Estimated consumption based on the increase in phase currents.

Reator em Série – dados de placa

Series Reactor Data


ABB
Rated Primary Voltage: 46000 Volts
Rated MVARs: 30 / 37.5 / 43.2(30 min)
Ratel Current (A): 1506 / 1686 / 1811(30 min)

Per Specs. @1506A @ 1686 A


Reactance Nominal Rated 12% Above Nominal
% Inductance (ohms) Reactance Reactance
Tap Reactor (mH) @60Hz Voltage MVARs Voltage MVARs
1 0 0.000 0.00 0 0.00 0 0.00
2 25 2.838 1.07 1660 7.50 1858 9.40
3 39 4.456 1.68 2594 11.73 2907 14.70
4 58 6.658 2.51 3735 16.89 4185 21.17
5 77 8.860 3.34 5084 22.98 5694 28.80
6 100 11.645 4.39 6640 30.00 7433 37.60

Classificado em
Ohms

27
Impacto do Reator nas correntes secundárias
Reator Tap 1 – 0%

Excessive
120 Peaks MELTING FURNACE - NO REACTOR

Without Reactor
Massive Current Swings
100 (Rough Melting - Unstable Arc)
SECONDARY CURRENTS

80

60

40

20

0
1st Charge 2nd Charge

Impacto do Reator nas correntes secundárias


Reator Tap 5 – 77%

120 MELTING FURNACE - WITH REACTOR

100
With Reactor
SECONDARY CURRENTS

Miminal Current Swings


(Stable Arc)
80

60

40

20

0
1st Charge 2nd Charge

Sem Reator x Com Reator

MELTING FURNACE - WITH AND WITHOUT REACTOR

EAF TRANSFORMER METERING POINT AT YARD TRANSFORMER METERING POINT


CAL AVERAGE PRIMARY OPERATING ON LOAD OPERATING
RATED ARC SECONDARY ON LOAD REACTANCE VOLTAGE REACTANCE
MODE OF TAP SECONDARY LENGTH CURRENT VOLTAGE POWER (MILLI- YARD POWER (MILLI-
OPERATION NO. VOLTAGE (IN) (KA) (KV) MWATTS MVARS MVA FACTOR OHMS) (KV) FACTOR OHMS)

No Reactor
Melt 8 953.4 15.8 61.8 44.74 82.3 48.6 96 0.86 4.56 44.74 0.86 4.56
S. Melt 8 953.4 15.9 62.6 44.68 85.9 49.1 99 0.87 4.28 44.68 0.87 4.28

3.34 ohm Reactor


Melt 13 1179.5 17.9 57.9 39.01 84.9 43.8 96 0.89 4.79 43.96 0.79 7.25
S. Melt 13 1179.5 18.4 57.1 39.24 88.8 41.7 98 0.91 4.38 44.13 0.82 6.81

28
Sistema Elétrico de um FEA

Diagrama Linear Simplificado


Medição versus Fator de Potência

PF PF PF PF PF
TRANSFORMADOR
.70 .73 .80 .85 .95
REATOR

MW = 55 MW = 55 MW = 55 MW = 55 MW = 55
MVAR = 55 MVAR = 50 MVAR = 45 MVAR = 34 MVAR = 18

PF
1.00

MW = 55
MVAR = 0

High Reactance Furnace


On Load Tap Changer
80 80

70 70

60 60

50 50
Power (kW)
Amp,Taps

40 40

30 30

20 20

10 10

0 0
-5.00 0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00 45.00
Time (Minutes)
Flr Ctr Pit MW Tap Rctr

High Reactance Furnace


Reactor (On - Off)

140 Reactor Reactor Reactor Reactor 90


126 On Off On Off 81
112 72
98 63
84 54
Power (kW)
Amp,Taps

70 45
56 36
42 27
28 18
14 9
0 0

-3.00 2.00 7.00 12.00 17.00 22.00 27.00 32.00 37.00 42.00
Time (Minutes)

Flr Ctr Pit MW Tap

29
Estabilidade de Arco

High Current Low Current

Low Arc Voltage High Arc Voltage

Short Arc Length Long Arc Length

Unstability Increase

Curvas de Potência de um FEA

Entrada
Regulação

Saída
Regulação

30
80 MELTING FURNACE

Actual Power Curve


70

Dados 60
Reais
50
MEGAWATTS

40

30

20

10

0
0 20 40 60 80 100
KA

Há uma curva de Potência para cada Tap do Transformador


Potência Ativa (MW)

Corrente (kA)

Há uma curva de Potência para cada fase de Eletrodo


Potência Ativa (MW)

Corrente (kA)

31
Padrão de Fusão

FEA CA

Ponto Quente

Típico Programa de Potência

MW = U.I. cos ϕ MVar = U.I. sin ϕ


100 2000
90 1800
80 1600
Voltage tap (Volts)

70 1400
MW / MVAR

60 1200
50 1000
40 800
30 600
20 400
10 200
0 0
0 10 20 30 40 50
Minutes

Vantagens de uma boa Escória Espumante

• Aumento da Potência Média Injetada


• Melhora a Transferência de Calor para o Banho
• Proteje o Refratário
• Melhora a Estabilidade do Arco no uso de Arcos Longos
• Menor Distúrbio Elétrico (Flicker)
• Diminui o nível de Ruído
• Menor Nível de Nitrogênio
• Diminui o Consumo de Eletrodos

32
OBRIGADO!!!

33

Das könnte Ihnen auch gefallen