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São Paulo
2005
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL
São Paulo
2005
MARIA DO ROSÁRIO SILVA RESENDE
(Orientador)
EU, ETIQUETA1
[...] É doce estar na moda, ainda que a moda seja negar minha identidade
trocá-la por mil, açambarcando todas as marcas registradas todos os logotipos de
mercado.
Com que inocência demito-me de ser eu que antes era e me sabia tão
diverso de outros, tão mim mesmo, ser pensante, sentinte e solitário com outros
seres diversos e conscientes de sua humana invencível condição.
Onde terei jogado fora meu gosto e capacidade de escolher, minhas próprias
indiossicrasias tão pessoais, tão minhas que no rosto se espelhavam e cada gesto,
cada olhar, cada vinco de roupa resumia uma estética?
[...] Por me ostentar assim, tão orgulhoso de ser não eu, mas artigo industrial
peço que meu nome retifiquem.
À minha amiga de longa data, Profa. Dra. Kátia Macedo Barbosa (UCG),
pelo incentivo constante e apoio nos momentos críticos, tanto os de cunho
pessoal como os relacionados com o trabalho.
CAPÍTULO I
A crítica da razão como exigência para a formação do
indivíduo autônomo ............................................................................................ 31
1 Dificuldade de constituição do indivíduo autônomo: um obstáculo à
verdadeira moral ............................................................................................. 34
2 Formação cultural, educação e autonomia ................................................. 43
2.1 Experiências formativas: base de uma educação emancipatória .......... 48
2.2 Função do professor: educar para a contradição e para
a resistência ............................................................................................... 50
CAPÍTULO II
A Universidade e a formação do indivíduo ......................................................... 54
1 A universidade pública brasileira: crise e busca de identidade. .................. 59
1.1 A universidade federal brasileira: instituição pública em busca de
alternativas ................................................................................................. 63
1.1.1 A origem do ensino superior no estado de Goiás ........................ 72
1.1.2 Universidade Federal de Goiás: conflitos e contradições
em sua criação ....................................................................................... 74
1.1.3 A Universidade Federal: sua realidade no contexto da
educação superior no estado de Goiás .................................................. 76
2 O professor universitário e a questão da autoridade ................................... 85
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 9
CAPÍTULO III
A investigação das condições para a formação e autonomia dos
professores na Universidade Federal de Goiás ................................................... 91
1 A pesquisa: formação e autonomia dos professores da UFG ...................... 91
1.1 A população e a amostra da pesquisa .................................................. 95
1.2 A elaboração e aplicação dos questionários ......................................... 99
1.3 Descrição dos dados.......................................................................... 103
1.4 Discussão dos resultados .................................................................... 104
1.4.1 Expectativas econômico-financeiras dos professores
ao ingressarem nauniversidade e a condição atual .............................. 105
1.4.2 A formação acadêmica dos professores ..................................... 109
1.4.2.1 A Graduação ...................................................................... 109
1.4.2.2 A Pós-graduação ................................................................. 111
1.4.3 A formação acadêmica e o exercício da função
de professor ......................................................................................... 115
1.4.4 A função e o significado de ser um professor universitário ........ 121
1.4.5 A indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a
extensão no contexto universitário ..................................................... 125
1.4.6 A relação entre as condições de trabalho e o exercício
das atividades acadêmicas ................................................................... 129
1.4.6.1 A avaliação dos professores das atividades realizadas
e da carga horária contratada (40 horas semanais DE) ................. 134
1.4.6.2 As condições para o estudo na universidade ...................... 137
1.4.6.3 Os recursos humanos de apoio às atividades
acadêmicas ..................................................................................... 140
1.4.6.4 A prestação de serviços remunerados e as atividades
acadêmicas no interior da universidade ......................................... 143
1.4.7 A política e a legislação educacional e a rotina acadêmica
do professor ........................................................................................ 146
1.4.8 A relação dos docentes com a comunidade universitária, o
MEC e os sindicatos (regional Adufg e nacional Andes/SN) .......... 151
1.4.9 A produtividade na universidade ................................................ 155
1.4.10 As possibilidades de auto-reflexão crítica no dia-a-dia da
universidade ....................................................................................... 158
1.4.11 A autonomia do professor universitário ................................... 163
1.4.12 Comentários finais dos professores .......................................... 166
2 A relação entre as condições de trabalho e a formação de
professores autônomos na UFG ................................................................... 170
Considerações finais .......................................................................................... 173
Referências ........................................................................................................ 180
Anexos .............................................................................................................. 186
Lista de ilustrações
FIGURAS
TABELAS
Tabela 52 Mediana calculada com base na opinião dos professores sobre sua
formação acadêmica, sobre a interferência das condições de
trabalho nesta formação e sobre a autonomia de decisão na
universidade
ANEXOS
EA Escola de Agronomia
EM Escola de Música
EV Escola de Veterinária
FD Faculdade de Direito
FE Faculdade de Educação
FF Faculdade de Farmácia
FL Faculdade de Letras
FM Faculdade de Medicina
FO Faculdade de Odontologia
2 As siglas não referidas no texto foram incluídas nesta lista com o objetivo de auxiliar o entendimento
do organograma (Anexo A) e da própria UFG.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 16
IF Instituto de Física
IQ Instituto de Química
CA Centro Acadêmico
CS Centro de Seleção
CC Conselho de Curadores
CD Conselho Diretor
ADJ Adjunto
ASS Assistente
AUX Auxiliar
Dr. Doutor
ESP Especialista
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 18
MS Mestre
TT Titular
BC Biblioteca Central
DT Divisão de Transporte
RU Restaurante Universitário
3 A partir desse momento, sempre que se referir ao desenvolvimento, à formação do indivíduo é sobre
o indivíduo autônomo que se estará falando, pois indivíduo supõe autonomia, sendo esse um
aspecto da própria lógica e reivindicação do pensamento liberal e burguês.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 29
pensamento. Horkheimer (2000, p. 86) afirma que [...] o pensamento não poderá
nunca se abrigar à sombra de algum poder. O pensamento necessita de
independência. Os frankfurtianos buscam compreender as transformações do
mundo contemporâneo por meio da dialética do movimento do processo
histórico e analisam o capitalismo e o socialismo e suas degradações totalitárias.
Para esses autores, a crítica da razão e do conhecimento é a crítica da sociedade.
Para tanto, conforme Horkheimer e Adorno apontam na Dialética do
Esclarecimento (1985), partem da compreensão de que a sociedade burguesa
caracteriza-se pela dominação e que, historicamente, tem se estruturado uma
concepção puramente racional da razão, na qual a capacidade de pensar, de
raciocinar, não tem um fim em si mesma, mas representa um modo de atuar
sobre a realidade para controlá-la. O pensamento burguês que dá sustentação à
sociedade contemporânea fundamenta-se na racionalidade científica, calcada
sobretudo na filosofia positivista, segundo a qual o método científico é universal
e unitário. Criticar o pensamento burguês é criticar a própria sociedade burguesa,
que é marcada pela contradição na medida em que traz em seu seio a
possibilidade de libertação e de dominação da natureza e do próprio homem.
5 Termo empregado por alguns escritores marxistas para designar o fenômeno, ressaltado por Marx,
de que, na economia capitalista, o trabalho humano torna-se simples atributo de uma coisa: a magia
consiste simplesmente em que, na forma de mercadoria, devolvem-se aos homens, como espelho,
as características sociais de seu próprio trabalho, transformadas em características objetivas dos
produtos desse trabalho, na forma de propriedades sociais, naturais das coisas produzidas; portanto
a mercadoria espelha também a relação social entre produtores e trabalho global, como relação
social de coisas existentes fora dos próprios produtos [...] os produtos do trabalho tornam-se
mercadorias, coisas sensivelmente supra-sensível, isto é, sociais. [...] o termo reificação para indicar
esse processo foi usado e difundido por G. Lukács (Abbagnano, 2000, p.841). Portanto, a reificação
radicaliza o fenômeno do caráter fetichista das mercadorias, invertendo-se as relações entre o
homem e os produtos de seu trabalho. O seu universo impossibilita que o homem, que transforma
a natureza e cria produtos, se reconheça em seus objetos, em suas criações.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 34
A reflexão sobre a moral, nos termos da base teórica adotada, pode ser
delineada, por exemplo, pela análise do texto Excurso II: Juliette ou Esclarecimento
Moral (Horkheimer; Adorno, 1985, p.81-112). Além disso, ela está presente em
outros textos que, embora tratem de temas aparentemente distintos da questão
moral (indivíduo, cultura, preconceito, sociedade, civilização, formação), estão
interligados, formando uma totalidade que é a própria teoria crítica da sociedade.
6 As traduções dos textos escritos em espanhol, citados neste trabalho, são de minha responsabilidade.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 36
com base no medo e na ameaça. O medo, em uma sociedade justa, deveria ser
elaborado. Na sociedade atual, porém, é mantido e renovado com a incor-
poração da ameaça sentida diante da natureza desde o princípio e, hoje, em
razão da forma de organização social.
Portanto, enquanto a moral tiver ainda razão de existir, essas idéias vão
se fazer presentes como ideal, como meta a ser conquistada. Somente quando o
indivíduo sentir que seus objetivos podem ser resguardados na comunidade e
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 41
sob condições que lhe permitam constituir-se como um ser autônomo, dono de
seu destino, é que essas idéias não farão mais sentido como ideal, porque foram
realizadas. Reafirmando a importância da história no desenvolvimento das idéias
ditas morais, Marcuse diz que [...] através de toda a história foram sacrificadas a
felicidade e a liberdade, e até mesmo a vida dos indivíduos [...] mas, de fato
distinguimos entre os sacrifícios que são legítimos e os que não são. Essa distinção
é histórica (1998, p. 148). Logo, fundamentando-se nessa distinção que ocorre
no processo de desenvolvimento da humanidade, os valores vão sendo
universalizados.
7 Entre os estudiosos, existe uma parcela que utiliza o termo semicultura/semiformação e outros
pseudocultura/ pseudoformação; apesar de sua relevância, as distintas traduções não são aqui
discutidas para efeito deste trabalho; os termos semicultura / semiformação só aparecerão em
citações, quando utilizados pelos autores citados.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 46
8 Indústria Cultural é um termo cunhado por Adorno e Horkheimer, que ilumina as diversas faces da
relação entre economia e cultura no mundo contemporâneo. São seus meios característicos: rádio,
televisão, cinema, revistas etc. O cinema e o rádio não precisam mais se apresentar como arte. A
verdade é que não passam de um negócio [...] utilizam como ideologia destinada a legitimar o lixo
que propositalmente produzem [...]. Eles mesmos se definem como indústrias (Adorno; Horkheimer,
1985, p. 114).
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 47
o momento em que ela ocorre, sua finalidade, segundo esse autor, está compro-
metida por seus meios; portanto, em sua origem está incluída teleologicamente
sua ruína (Adorno, 1972, p. 154-155).
Adorno (1995) afirma que sua concepção inicial de educação não estaria
ligada nem à modelagem de pessoas, visto que ninguém tem o direito de modelar
outra pessoa com base em algo externo a ela, e nem à simples transmissão de
conhecimento. A educação teria como responsabilidade [...] a produção de
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 49
10 Os textos A filosofia e os professores e Tabus acerca do magistério são um bom começo para essa
discussão (Adorno, 1995, p. 51-75 e 97-118). Neste sentido, a Psicologia profunda (psicanálise)
também possui elementos fundamentais.
11 A identificação do aluno com o professor não significa, necessariamente, identificação do aluno
com o conhecimento, pois outros tipos de identificação podem ocorrer. Porém, a identificação do
professor com o conhecimento facilita, ou mesmo amplia, as possibilidades de identificação também
do aluno com o conhecimento.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 52
Pode-se dizer, então, que o papel dos professores é, pelo menos, tentar
barrar o processo de barbarização presente em nossa cultura. Embora a busca
de elementos concretos que possam subsidiar a luta contra a barbarização seja
complexa, é importante para a conquista de uma real formação cultural dos
professores e, conseqüentemente, para a constituição de indivíduos autônomos,
sujeitos de uma sociedade realmente humana, direcionada para a dignidade e
para a liberdade do homem. Com base nesse pressuposto, deve-se desenvolver
mecanismos objetivos e subjetivos para tentar resistir à dominação que desfigura
a humanidade. Desse modo, pode-se possibilitar aos alunos o desenvolvimento
de experiências que gerem capacidades intelectuais de compreensão das
contradições e de resistência às condições desumanas impostas pela sociedade,
ou seja, a produção de uma consciência verdadeira. Mas, para que isso ocorra,
o professor deverá desenvolver experiências formativas em seu próprio processo
de formação.
13 A participação nos Congressos da ANDES-SN foi de extrema importância, pois me permitiu desvendar,
com maior clareza, o contexto universitário brasileiro, sua estrutura, seus problemas, suas buscas,
suas glórias, suas perdas, seus embates internos e externos. Também por meio destes congressos,
percebi que os problemas enfrentados pelas universidades brasileiras, especialmente as públicas e,
em particular, as federais, são os mesmos, independentemente de localização e diferenças regionais,
pois são decorrentes da política instituída para o ensino superior pelo governo, respaldada pelos
princípios neoliberais.
14 A Revista Brasileira de Educação, número especial dos 500 anos do Brasil, 500 anos de Educação
Escolar (Mai/Jun/Ago 2000, n. 14), produzida pela Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação
e Pesquisa em Educação) e publicada por Autores Associados traz um artigo intitulado A universidade
no Brasil, de Ana Walesca P. C. Mendonça, que apresenta um histórico da universidade brasileira.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 56
15 Uma boa referência sobre a criação da USP é a obra A Universidade da Comunhão Paulista, de Irene
de Arruda Ribeiro Cardoso (1982).
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 57
brasileira nos anos 60, só para citar alguns exemplos mais recentes! (1996,
p. 53, grifos nossos).
Está em curso entre nós uma reforma da Universidade que é parte da grande
reorganização da vida mundial sob a mundialização do capital [...] Esta
reforma universitária visa à formação de um mercado da educação superior,
definindo a relação entre o poder público e a Universidade e constituindo o
que tem sido chamado de Estado Avaliador. A avaliação institucional
proposta no Brasil pelo governo federal é estratégica para este projeto. [...]
Submetendo os modos de operação e de gestão das universidades, do ensino
e da pesquisa à lógica mercantil, não mais se reconhece a educação como
um direito de cidadania, mas como um mercado em que se transaciona a
mercadoria conhecimento e a mercadoria ensino. Sendo assim, o trabalho
na Universidade deve ser regido por critérios de mercado, como
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 60
entre outros. Características dessa forma de pensar vêm sendo inseridas nas
universidades públicas federais. Essa realidade pode ser exemplificada pela
implantação, em 1998, da Gratificação de Estímulo à Docência (GED) e da
avaliação institucional elaborada pelo Ministério da Educação.
Afirma Crochik:
poucas pessoas a que estão ligados por interesses tangíveis, Auschwitz não
teria sido possível, os homens não teriam aceito [...]. A incapacidade de
identificação foi indubitavelmente a mais importante condição psicológica
do fato que uma coisa como Auschwitz pudesse ter acontecido em meio a
homens em certo modo moralmente civis inofensivos. O Nazismo como
emblema do mundo administrado consagrou o pensamento e a ação
protocolar. Condenava-se, burocraticamente, à morte massas inteiras por
carimbos e despachos de escritórios. O mal tornou-se banal. [...] De onde o
apelo à comiseração, ao compadecimento, à compaixão. Identificar-se com
o sofrimento de um outro nós é a priori de uma sociedade que se constitui
pelos laços da confiança, da amizade, da reciprocidade entre iguais. Por
uma tristeza mimética, o homem aprenderá a ver um mesmo de si no
outro exposto, vulnerável, mortal. (2001, p. 145-146).
Deixar amputar o espírito dos homens talvez seja tão horrível quanto
Auschwitz. Por isso é importante pensar a formação dos professores no contexto
das universidades como possibilidade de desenvolver experiências formativas
para eles próprios e, como conseqüência, para seus alunos. Assim, todos terão
oportunidade de compreender as contradições e de resistir à dominação que
embota os espíritos e leva à barbárie em nossa sociedade. A autonomia dos
professores mantém o espírito aberto e lhes possibilita descobrir espaços para o
desenvolvimento de uma verdadeira consciência, tanto deles próprios como de
seus alunos. Isso provavelmente abrirá espaços para a realização de experiências
formativas e, assim, serão criadas condições para a concretização de uma
formação direcionada à emancipação do homem.
Hoje em dia, isso se inverteu, a maioria dos alunos (cerca de 80%) estuda em
faculdades particulares. No entanto, os estudos científicos e as pesquisas têm
sido realizados, predominantemente, nas universidades públicas. Isso também
ocorre em relação à formação de aproximadamente 90%16 dos doutores e à
publicação de trabalhos em revistas nacionais e internacionais. Apesar de haver
uma concentração das pesquisas nas estaduais paulistas, as universidades federais
já possuem uma produção significativa e são pontos de referência em suas
regiões. Portanto, as universidades públicas, sejam estaduais ou federais, são
extremamente importantes tanto na produção de conhecimento como na
formação de novos pesquisadores.
Malnic alerta:
[...] se quisermos manter neste país universidades que mereçam esse nome,
temos que apoiar as universidades públicas em geral, tanto estaduais como
federais. Mesmo que elas sejam caras de manter e responsáveis por só
20% a 30% da formação de profissionais de nível superior no país?
Certamente, mesmo nessas condições, pois elas concentram setores
exponenciais nas áreas de ciência e cultura e servirão como modelo de
universidades reais e exemplos a serem seguidos. [...] No mundo das
universidades e demais instituições de ensino superior, pelo menos as
estaduais e federais devem continuar sendo instituições onde a pesquisa
necessita sobreviver ao lado do ensino. Em muitos estados só há uma dessas
universidades, e conheço pessoalmente núcleos que trabalham muito bem
em várias universidades. (Malnic, 2004).
18 Alves (2000) em sua dissertação de mestrado (FE/UDFG), Faculdade de Direito: das origens à criação
da Universidade Federal de Goiás 1898-1960, revela os nexos entre a situação político-econômica
e sociocultural do estado de Goiás e a realidade da Faculdade de Direito, seu processo histórico
versus o contexto histórico do estado, ou seja, da sua origem em 1898 (instalada em 1903) até os
anos de 1960, com a criação da UFG e a sua incorporação a essa instituição universitária. É um
estudo interessante para quem se interessa pela história de Goiás e mais especificamente pelo
ensino superior no Brasil e, em especial, no estado de Goiás.
19 Para aprofundar a compreensão do processo histórico das primeiras décadas do ensino superior
em Goiás e sua relação com os grupos dominantes, famílias tradicionais e o coronelismo, recomenda-
se consultar Alves (2000).
20 O curso de Direito tinha a função ideológica de qualificar os filhos dos coronéis goianos (os
Bulhões, os Caiados, os Póvoa, os Fleury, os Jardim, os Xavier de Almeida etc.) para o exercício de
funções políticas oficiais, especialmente os cargos de senador e deputado federal. (Alves, 2000, p.
38). A expressão coronel, usada para designar os líderes políticos, ainda hoje, em época de campanha
eleitoral, vem à tona nos discursos políticos.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 73
Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, pólos mais importantes naquele
momento da economia brasileira.
federal. Esta instituição não se concretizou, mas serviu de base para a fundação
da Universidade Federal de Goiás.
21 Para aprofundar o conhecimento desse processo de disputa para a criação da UCG e da UFG, vale
consultar Baldino (1991) e Silva (1992).
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 75
Este painel revela que aquela unidade acadêmica que deveria funcionar
como centro irradiador de produção de saber (a Faculdade de Filosofia) e
por isso deveria ser a primeira a ser criada como condição fundamental
para o desenvolvimento do verdadeiro espírito universitário, dentro dos
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 76
22 Segundo Pietro (2002), pode-se conceituar autarquia como pessoa jurídica de direito público,
criada por lei, com capacidade de auto-administração, para o desempenho de serviço público
descentralizado, mediante controle da lei (p.368). Suas características são: criação por lei;
personalidade jurídica pública; capacidade de auto-administração; especialização dos fins ou
atividades e sujeição a controle ou tutela. Medauar (2003, p.80-81) afirma que a partir da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional 1961 Lei 4.024 se conferiu autonomia didática,
financeira, disciplinar para as universidades, mas foi na Lei 5.540 de 1968 que se atribuiu pela
primeira vez às universidades e estabelecimentos isolados de ensino a condição de autarquias de
regimes especial, reiterando a atribuição de autonomia às universidades. Atualmente a autonomia
universitária é assegurada pelo art. 207 da Constituição Federal. A LDB em vigor não menciona a
questão da autonomia universitária, mas há nela preceitos que a garantem. Ela aponta que as
universidades mantidas pelo poder público gozarão de estatuto jurídico especial, portanto, não se
pode aplicar às universidades oficiais o mesmo tratamento conferido às demais autarquias. Alguns
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 77
Além dos dois campi situados na capital, a UFG atua em mais três cidades
no interior do estado24 (Catalão, Jataí e Firminópolis). No campus de Firminópolis,
são desenvolvidas apenas atividades de estágio na área de saúde. A UFG oferece
também cursos de graduação isolados nas cidades de Goiás (Direito) e Rialma
(Licenciatura em Matemática).
Além do espaço físico dos campi avançados, a UFG possui mais dois
terrenos nas cidades de Mossâmedes e Uruaçu, perfazendo uma área física de
545.039 m2. A área total dos terrenos da UFG (capital e interior) corresponde a
5.420.200 m2 (aproximadamente 112 alqueires goianos).
aspectos que ressaltam o caráter especial das autarquias universitárias são: a) nomeação do Reitor
pelo chefe do Executivo, mediante lista elaborada pela própria universidade; b) o Reitor detém
mandato insuscetível de cessação pelo chefe do Executivo; c) a organização e as principais normas
de funcionamento estão contidas no Estatuto e no Regimento, elaborados pela própria universidade;
d) existência de órgãos colegiados centrais na administração superior, com funções deliberativas e
normativas, dos quais participam docentes, representantes do corpo discente e da comunidade; e)
carreira específica para o pessoal (a progressão dos docentes deve ocorrer ligada à obtenção de
graus acadêmicos e concursos). A questão da autonomia universitária é um tema que vem levantando
grandes discussões, a comunidade acadêmica solicita uma autonomia plena e isto tem levado a
debates e embates no seio da sociedade civil e política brasileira. A maioria das universidades
federais é constituída de autarquias, porém existem algumas que foram instituídas como fundações
de direito público.
23 A localização privilegiada do Campus I, em relação ao centro da cidade, favorece não só uma maior
participação da população em geral nos eventos acadêmicos e artístico-culturais, mas também seu
acesso aos serviços oferecidos pela universidade, especialmente na área de saúde.
24 Catalão fica a 260 km de Goiânia, Jataí a 310 km, Goiás a 132 km, Firminópolis a 120 km e Rialma
a 190 km.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 78
Além dos 1.169 professores efetivos, a UFG contava com mais 205
professores com contratos provisórios, denominados professores substitutos,
totalizando, então, 1.374 professores em atividade. Os professores substitutos,
contratados geralmente por um ano, podem ter seus contratos renovados por
mais um ano. Embora suas condições de trabalho e salariais sejam piores do
que a dos professores efetivos, correspondem a 15% do total de professores que
atuam na UFG. Esse tipo de contratação se faz necessário pela defasagem do
número de docentes nas universidades públicas federais em razão de mortes,
aposentadorias, falta de concursos, pedidos de demissão, transferências, liberação
de professores para assumir outros cargos públicos eletivos ou não, etc. No ano
de 2004, segundo o Manual do candidato ao vestibular/2005, a universidade
contou com 1.139 professores efetivos e 190 professores substitutos. Com relação
à titulação 80% dos professores da UFG possuem mestrado e doutorado, o que
indica um bom nível de qualificação do seu quadro.
Nos campi avançados (no interior do estado), os professores, em sua
maioria, não fazem parte do quadro da UFG. Apesar dos concursos e a orientação
educacional serem realizados por essa universidade, os docentes são contratados
pelas prefeituras locais em decorrência de convênios firmados entre essas
instituições. Pertencem ao quadro da UFG somente 60 professores dos campi
de Catalão e Jataí, tendo em vista a autorização dessas vagas no ano de 2003
pelo MEC. Dentro das atividades acadêmicas dos campi, além do ensino, a
pesquisa e a extensão vêm se ampliando. O campus de Catalão possui oito
cursos em atividade e o de Jataí, dez.
Segundo a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da UFG,
cerca de 1.590 projetos encontram-se cadastrados e sendo acompanhados nas
diversas áreas de atuação da universidade, havendo ainda 163 grupos de
pesquisas em diferentes áreas cadastrados no Diretório de Grupo de Pesquisa
do CNPQ (até 10 de agosto de 2004). Além dos projetos, a PRPPG coordena os
23 programas de Pós-Graduação stricto sensu (Anexo F) da UFG, nos quais se
desenvolvem sete cursos de doutorado e 23 mestrados acadêmicos e um
mestrado profissionalizante (Odontologia). Além desses, a UFG, a UNB e a UFMS
desenvolvem dois programas multiinstitucionais de Pós-Graduação stricto sensu
com dois cursos de mestrado e um de doutorado. No ano de 2003, os mestrados
em Cultura Visual, Enfermagem e Agronegócios e o doutorado em Letras e
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 81
Lingüística ofereceram vagas pela primeira vez (Anexo F,G). No ano de 2004,
ocorreu na UFG um processo de ampliação do número de cursos de mestrado
para 26 e de doutorado para nove. Os cursos de doutorado são ministrados nas
seguintes áreas: Agronomia, Biologia, Ciências Ambientais, Ciências da Saúde,
Educação, História, Letras e Lingüística e Medicina Tropical. A Figura 1 revela
que, nos últimos anos, tem ocorrido um aumento significativo da oferta de vagas
nos programas de pós-graduação stricto sensu.
2500
1107 1146
2000
934
852
Quantidade
1500 total
99 doutorado
126
1000 30 35 1020
1008 mestrado
822 899
500
0
2000 2001 2002 2003
Ano
Foram criadas, portanto, de 2000 a 2003, mais 198 vagas nos cursos
de mestrado e 96 para doutorado. No ano de 2003, a UFG titulou 302 alunos
como mestres e 15 como doutores. No que diz respeito ao número de alunos
matriculados nos programas de pós-graduação, neste mesmo ano foi de 956
alunos, sendo 809 nos cursos de mestrado e 147 nos cursos de doutorado.
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação também coordena os 91
cursos de pós-graduação lato sensu da UFG, distribuídos pelas oito áreas de
conhecimento em que se dividem as unidades da universidade. Segundo dados
da PRPPG (Figura 2), houve uma relevante evolução de cursos de pós-graduação
na UFG (1998 a 2003).
O controle dos professores e servidores técnico-administrativos
licenciados para aperfeiçoamento também fica a cargo da PRPPG. Como
demonstra a Tabela 2, em 2003 vinte servidores técnico-administrativos e 139
docentes se afastaram para a realização de cursos de pós-graduação stricto sensu.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 82
100
100
91
80
75
75
quantidade
66
Quantidade
59
50
50 47
25
25 27
00
1997
1997 1998
1998 1999
1999 2000
2000 2001
2001 2002
2002 2003
2003 2004
2004
Ano
ano
Fonte: Relatório de Gestão - PRPPG/UFG, 2003.
T a b e la 2 - D o c e n te s e té c n ic o s d a U F G q u e s e e n c o n tr a m a fa s ta d o s p a r a a r e a liz a ç ã o
d e c u r s o d e p ó s -g r a d u a ç ã o , e m 2 0 0 3 , c la s s ific a d o s p o r á r e a d o c o n h e c im e n to
D o c e n te s /T é c n ic o s
Á re a d o c o n h e c im e n to
M e s tra d o D o u to ra d o P ó s -d o u to ra d o T o ta l
E n g e n h a ria s 0 7 2 9
C iê n c ia s A g rá ria s 0 10 2 12
C iê n c ia s B io ló g ic a s 2 10 1 13
C iê n c ia s d a S a ú d e 6 24 0 30
C iê n c ia s E x a ta s e d a T e rra 0 12 6 18
C i ê n c i a s Hu m a n a s 5 48 1 54
C iê n c ia s S o c ia is A p lic a d a s 1 6 0 7
L e tra s , L in g ü ís tic a e A rte s 1 15 0 16
T o ta l 15 132 12 159
F o n t e : R e l a t ó r i o d e Ge s t ã o - P R P P G/ UF G, 2 0 0 3 .
522
425
128
66
Para Marcuse (1967, p. 34), [...] a adesão quanto mais completa possível
do sujeito a autoridade reificada da economia é, portanto, a forma da razão na
realidade burguesa. Em decorrência de tudo isso, ocorrem a formalização e a
coisificação da autoridade. As relações de autoridade nas instituições sociais
(família, escola, universidades), reconhecidas como lócus de formação dos
indivíduos, visam autodiscipliná-los conforme a noção de dever e gerar subser-
viência a quem os provê. Porém, um professor que tem como meta a educação
para a emancipação questiona esse tipo de autoridade.
qualidade de seu trabalho, embora isso não ocorra sem resistência no contexto
da universidade.
relações cotidianas no interior da instituição, que, por sua vez, são adversas. As
condições objetivas interferem nos aspectos de sua existência e no modo como
assumem e desenvolvem sua vida acadêmica. Os aspectos objetivos presentes
na sociedade exercem, na instituição universitária, influência sobre a formação
do professor. Na sociedade, segundo Adorno, predomina:
25 Após o termino deste trabalho de doutoramento, espero estender esta pesquisa, ou outras dentro da
mesma temática, a outras categorias de professores da UFG.
26 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 66 do Título VI - Dos Profissionais da
Educação - afirma que a preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de
pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado. A determinação legal
não assegura que no meio universitário, especialmente nos programas de pós-graduação, haja um
consenso com relação a essa posição, pois depende da concepção de formação dos professores
que constituem cada programa. A defesa da formação do pesquisador por meio da pós-graduação
é forte, pois o processo de pesquisa é básico na formação do professor.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 97
T a b e la 3 - P o p u la ç ã o e a m o s tra d a p e s q u is a (p ro fe s s o re s d o u to re s D E /U F G )
P o p u la ç ã o A m o s tra
Á re a s G ê n e ro T o ta l G ê n e ro T o ta l
M a sc . Fem. Nº % M a sc . Fem. Nº %
I - C iê n . E x a ta s e d a
52 15 67 16 7 1 8 14
T e rra
II - E n g e n h a ria s 28 6 34 8 4 - 4 7
III - C iê n c ia s B io ló g ic a s 20 17 37 9 1 3 4 7
IV - C iê n c ia s d a S a ú d e 31 51 82 20 6 4 10 18
V - C iê n c ia s A g rá ria s 54 14 68 16 5 3 8 14
V I - C iê n c ia s Hu ma n a s 34 33 67 16 5 6 11 20
V II - C iê n c ia s S o c ia is
4 3 7 2 1 1 2 4
A p lic a d a s
V III - L in g ü ís tic a , L e tra s
15 23 38 9 2 5 7 12
e A rte s
C a mp u s d e C a ta lã o 3 6 9 2 2 - 2 4
C a mp u s d e Ja ta í 9 1 10 2 - - - -
C EPA E * * * * * * * *
A d min is tra ç ã o * * * * * * * *
N o
250 169 419 - 33 23 56 -
T o ta l
% 60 40 100 100 59 41 100 100
F o n te : P R O DHIR .
- S ig n ific a q u e n ã o h á n e n h u m p ro fe s s o r q u e re p re s e n te o g ê n e ro n a q u e la á re a .
* Os p ro fesso res lo ta d o s em 2 0 0 3 , n o C EP A E e em ó rgã o s a d min istra tivo s, n ã o fizera m p a rte d a
p e s q u is a .
apresentar sua negativa. Houve outro professor com quem não foi possível fazer
contato pessoal, visto que ficaram sem resposta os recados deixados tanto em
sua residência quanto em sua unidade de trabalho. Pode-se dizer, portanto, que,
inicialmente, somente dois professores declinaram do convite para participar da
pesquisa.
27 A rigor, como porcentagem significa por cento, não é recomendável calculá-la com N < 100
(amostra = 56 professores), calculou-se, portanto, a proporção.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 104
28 As proporções, tabelas, gráficos e medianas serão apresentadas quando se julgar necessário durante
a discussão dos dados.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 105
Padrão de vida dos professores vem caindo ano a ano, basta observar
os vencimentos, o patrimônio e as condições de vida dos professores
aposentados.
O salário não dá para dar uma boa educação pra meus filhos, nem
para a aquisição de uma casa própria e, muito menos, para uma estabilidade
financeira.
Grande parte dos professores (40) afirmou que o salário que recebem
não é suficiente para a manutenção de suas famílias, como revela a Tabela 5.
Esses dados devem ser associados à frustração com relação às expectativas
econômico-financeiras tratadas no item anterior.
T a b e la 6 - F o n te s d e re n d a d o p ro fe s s o r, a lé m d o s a lá rio
O u tra s fo n te s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
Nã o te m 30 0 ,5 4
S im, d e re n d a s 17 0 ,3 0
S im, d e o u tra a tiv id a d e p ro fis s io n a l 9 0 ,1 6
T o ta l 56 1 ,0 0
Dos 26 professores que admitiram ter outras fontes de renda além dos
seus salários, a maioria (17) mencionou o salário do cônjuge ou aluguéis; além
disso, dois professores declararam possuir propriedades rurais que lhes dão
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 108
este item entre os três que mais pesam no orçamento. Destes professores, somente
dois o colocaram em primeiro lugar. Talvez, ao responderem a questão que
originou a Tabela 7, tenham considerado o salário líquido; dessa forma, pode-
se compreender a razão pela qual a saúde não apareceu de forma mais relevante,
pois a maioria dos professores da UFG tem convênio de saúde (UNIMED) por
intermédio da ADUFG e o valor referente a essa despesa já vem debitado no
holerite mensalmente.
1.4.2.1 A GRADUAÇÃO
[...] Embora não se possa atribuir realidade objetiva (existência) aos ideais,
nem por isso devem ser considerados quimeras; ao contrário, oferecem
um critério à razão, que precisa do conceito do que é perfeito em seu gênero
para, tornando-o como medida, avaliar e estimar o grau e a falta de perfeição.
(Abbagnano, 2000, p. 522, grifo nosso).
Com base na teoria crítica não é possível afirmar que o ideal dos
professores é reduzido à racionalidade predominante na sociedade, à sobrevi-
vência e à adaptação ao existente? Os ideais podem oferecer elementos tanto
para a adaptação quanto para a emancipação, estão ligados à constituição do
ser, aos embates do ser e do dever ser, à constituição do indivíduo. Não deixa
de ser uma busca idealista, pois, de certa forma, procura-se a perfeição em um
mundo que se estrutura pelas e nas relações de dominação e que é marcado
por contradições. Daí a importância de se compreender os critérios dados à
razão.
T a b e la 8 - Ite n s q u e m a is p e s a ra m n a e s c o lh a d o c u rs o d e g ra d u a ç ã o
P eso
Ite n s 1 lu g a r
o
2 lu g a r
o
3 lu g a r
o
4 o lu g a r 5 o lu g a r
P ro f. P P ro f. P P ro f. P P ro f. P P ro f. P
P o r id e a l 40 0 ,7 1 5 0 ,0 9 1 0 ,0 2 4 0 ,0 7 1 0 ,0 2
E m b ra n c o 7 0 ,1 2 21 0 ,3 8 23 0 ,0 4 24 0 ,4 3 19 0 ,3 4
F a milia r 3 0 ,0 5 9 0 ,1 6 11 0 ,2 0 10 0 ,1 8 3 0 ,0 5
Ou tr o s 3 0 ,0 5 1 0 ,0 2 1 0 ,0 2 0 0 ,0 0 31 0 ,5 5
F in a n c e iro 2 0 ,0 4 13 0 ,2 3 13 0 ,2 3 6 0 ,1 1 0 0 ,0 0
S o c ia l/S ta tu s 1 0 ,0 2 7 0 ,1 2 7 0 ,1 2 12 0 ,2 1 2 0 ,0 4
T o ta l 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0 53 1 ,0 0
1.4.2.2 A PÓS-GRADUAÇÃO
T a b e la 9 - P r o p o r ç ã o d o s q u e c o n s id e r a m q u e o fa to d e s e r p r o fe s s o r , o u d e q u e r e r
v ir a s e r u m , in flu e n c io u n a d e c is ã o d e c u r s a r a p ó s - g r a d u a ç ã o
Mo tiv o s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
S im, p e la e x ig ê n c ia d e c a r r e ir a 16 0 ,2 8
S im, o u tr o s mo tiv o s 28 0 ,5 0
Nã o , d e s e j o d e t e r c o n h e c i m e n t o 2 0 ,0 4
Nã o , o u t r o s m o t i v o s 10 0 ,1 8
T o ta l 56 1 ,0 0
T a b e la 1 0 - C o n d iç õ e s e m q u e o s p ro fe s s o re s c u rs a ra m a p ó s -g ra d u a ç ã o
N ív e is
C o n d iç õ e s M e s tra d o D o u to ra d o P ó s -D o u to ra d o
P ro f. P P ro f. P P ro f. P
B o ls a 28 0 ,5 0 14 0 ,2 5 2 0 ,0 4
L ic e n ç a e b o ls a 16 0 ,2 8 30 0 ,5 4 2 0 ,0 4
E m b ra n c o 6 0 ,1 1 2 0 ,0 4 50 0 ,8 8
S e m lic e n ç a /s e m b o ls a 5 0 ,0 9 9 0 ,1 6 1 0 ,0 2
L ic e n ç a 1 0 ,0 2 1 0 ,0 2 1 0 ,0 2
T o ta l 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0
No t a : P r o f . - R e p r e s e n t a o n ú m e r o d e p r o f e s s o r e s p o r a l t e r n a t i v a s e s c o l h i d a s .
P - R e p r e s e n ta a p r o p o r ç ã o d e r e s p o s ta s a o ite m.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 113
T a b e la 1 1 - R a z õ e s p a ra n ã o c u rs a r o p ó s -d o u to ra d o
R e s p o s ta s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
E m b ra n c o 44 0 ,7 8
Nã o , o u t r o s m o t i v o s 11 0 ,2 0
Nã o , p o r q u e j á p o s s u i e s s a t i t u l a ç ã o 1 0 ,0 2
T o ta l 56 1 ,0 0
T a b e la 1 2 - R a z õ e s a p o n ta d a s p e lo p ro fe s s o r p a ra c u rs a r o p ó s -d o u to ra d o
Razões P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
E x ig ê n c ia s d a c a r r e ir a a c a d ê mic a 30 0 ,5 3
S a tis fa ç ã o p e s s o a l 11 0 ,2 0
E m b ra n c o 15 0 ,2 7
T o ta l 56 1 ,0 0
Merece destaque o fato de que a maioria dos professores disse não haver
percebido preocupação com a formação do professor nos cursos de pós-gradua-
ção (Tabela 13), sendo mínima, neste aspecto, a diferença entre o mestrado e o
doutorado.
T a b e la 1 3 - A tiv id a d e s d ir e c io n a d a s à fo r m a ç ã o d o p r o fe s s o r s e g u n d o o n ív e l d e p ó s -
g ra d u a ç ã o c u rs a d a
N ív e is
R e s p o s ta s M e s tra d o D o u to ra d o
P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
S im 23 0 ,4 1 24 0 ,4 2
Nã o 27 0 ,4 8 26 0 ,4 6
E m b ra n c o 6 0 ,1 1 6 0 ,1 1
T o ta l 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0
Grande parte dos docentes disse que sua formação acadêmica foi
adequada (Tabela 14) e lhe deu suporte para cumprir todas as exigências e
obrigações da função de professor impostas pela universidade.
T a b e la 1 4 - P ro p o rç ã o d o s q u e a v a lia m a fo rm a ç ã o a c a d ê m ic a c o m o a d e q u a d a p a ra
a fu n ç ã o d e p ro fe s s o r
O p in iã o P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
Di s c o r d o 20 0 ,3 6
C o n c o rd o 18 0 ,3 2
C o n c o r d o p le n a me n te 11 0 ,2 0
Di s c o r d o p l e n a m e n t e 4 0 ,0 7
E m b ra n c o 2 0 ,0 4
S e m o p in iã o fo r ma d a 1 0 ,0 2
T o ta l 56 1 ,0 0
T a b e la 1 5 - C a u s a s d a a d e q u a ç ã o d a fo rm a ç ã o a c a d ê m ic a p a ra a fu n ç ã o d e p ro fe s s o r
in d ic a d a s p e lo s q u e c o n c o r d a m e c o n c o r d a m p le n a m e n te
R e s p o s ta s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
E m b ra n c o 25 0 ,4 5
B o a fo r ma ç ã o n a e s c o la 16 0 ,2 9
B u s c a p e s s o a l d e c o n h e c ime n to s 9 0 ,1 6
Ou tr a s 6 0 ,1 1
T o ta l 56 1 ,0 0
Tive uma ótima formação acadêmica, mas isso não é suficiente para
o desenvolvimento do trabalho na universidade, que vai além da sala de aula. É
preciso aprender muito mais do que isso.
T a b e la 1 6 - C a u sa s d a in a d e q u a ç ã o d a fo rm a ç ã o a c a d ê m ic a p a ra a fu n ç ã o d e
p r o fe s s o r in d ic a d a s p e lo s q u e d is c o r d a m e d is c o r d a m p le n a m e n te
R e s p o s ta s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
E m b ra n c o 27 0 ,4 8
F o r ma ç ã o p e d a g ó g ic a d e fic itá r ia 10 0 ,1 8
Ou tr o s mo tiv o s 10 0 ,1 8
F o r ma ç ã o e s c o la r /a c a d ê mic a d e fic itá r ia 8 0 ,1 4
F o r ma ç ã o te ó r ic a e p e d a g ó g ic a d e fic itá r ia 1 0 ,0 2
T o ta l 56 1 ,0 0
Acredito que um dos fatores que mais contribuiu para minha formação
foi a convivência com setores produtivos da sociedade onde o processo de
tomada de decisão dá-se de forma incrivelmente rápida e objetiva. Essa exposição
constante me obrigou a capacitar, capacitar e capacitar. Por isso, vejo muitos
setores da universidade na clausura. Na minha óptica eles precisam despertar
para a sociedade.
a) transmissão de conhecimento;
b) produção de conhecimento;
d) formação humana/cidadania;
f) formação de competências/habilidades;
g) outros.
T a b e la 1 7 - F u n ç ã o d o p ro fe s s o r u n iv e rs itá rio
R e s p o s ta s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
F o r ma ç ã o h u ma n a /c id a d a n ia 13 0 ,2 3
P r o d u ç ã o d e c o n h e c ime n to e fo r ma ç ã o d o c id a d ã o 13 0 ,2 3
F o r ma ç ã o d e c o mp e tê n c ia /h a b ilid a d e s 13 0 ,2 3
T r a n s mis s ã o d e c o n h e c ime n to 6 0 ,1 1
T r a n s mis s ã o e p r o d u ç ã o d e c o n h e c ime n to 4 0 ,0 7
Ou tr o s 4 0 ,0 7
P r o d u ç ã o d e c o n h e c ime n to 2 0 ,0 4
E m b ra n c o 1 0 ,0 2
T o ta l 56 1 ,0 0
UNIVERSITÁRIO33
T a b e la 1 8 - A in d is s o c ia b ilid a d e e n tr e e n s in o , p e s q u is a e e x te n s ã o n a u n iv e r s id a d e
O p in iã o d o s p ro fe s s o re s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
C o n c o r d o p le n a me n te 27 0 ,4 8
C o n c o rd o 17 0 ,3 0
Di s c o r d o 7 0 ,1 3
Di s c o r d o p l e n a m e n t e 3 0 ,0 5
S e m o p in iã o fo r ma d a 1 0 ,0 2
E m b ra n c o 1 0 ,0 2
T o ta l 56 1 ,0 0
T a b e la 1 9 - A tu a ç ã o c o n c o m ita n te d o d o c e n te n o e n s in o , n a p e s q u is a e n a e x te n s ã o
R e s p o s ta s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
C o n c o r d o p le n a me n te 18 0 ,3 2
C o n c o rd o 13 0 ,2 3
Di s c o r d o 12 0 ,2 1
Di s c o r d o p l e n a m e n t e 6 0 ,1 1
E m b ra n c o 4 0 ,0 7
S e m o p in iã o fo r ma d a 2 0 ,0 4
R e c e n te n a in s titu iç ã o , te mp o in s u fic ie n te p a r a c o mp a r a ç ã o 1 0 ,0 2
T o ta l 56 1 ,0 0
Pessoalmente faço isso. Mas não acho que o professor deva ser
obrigado a fazer as três coisas. De repente um professor não gosta de trabalhar
em desses aspectos (pesquisa ou extensão),não deixando por isso de ser um
bom professor. A universidade em sua globalidade é que tem cumprir isso, cobrir
esses três aspectos, não cada professor individualmente.
Desde que a universidade e a unidade de ensino reconheçam e dê
condições para o professor atuar nas três áreas. Há carência de professores na
sala de aula, logo fica difícil atuar nas três áreas ao mesmo tempo.
Se for possível dedicar-se exclusivamente a essas atividades,
entendendo que sempre haverá prioridade para uma delas, que creio ser
necessário deixar para a escolha do profissional.
Acho que todo professor universitário deveria estar trabalhando com
essas três áreas ao mesmo tempo, nas condições que temos, acho que é bastante
difícil [...] Uma saída para aqueles que têm interesse de realmente atuar nas três
áreas eu vi na Europa, quando muitos professores universitários concentram
suas aulas num semestre e no outro eles tem liberdade para escrever e orientar,
dar palestras ou participar de cursos num outro país vizinho.
O ideal seria combinar as três áreas. Mas nem o tempo é disponível
nem a situação atual das universidades o permitem. E nem todos os professores
têm perfil de pesquisador.
Não creio que as pessoas tenham formação, interesse e capacidade
para tudo isso. Cada um deve fazer o que faz melhor.
Pode ser possível essa atuação concomitante, mas discordo da
obrigatoriedade. Há que se pensar, também, sobre qual ensino, pesquisa e
extensão estamos falando.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 127
T a b e la 2 0 - M e d ia n a c a lc u la d a c o m b a se n a o p in iã o d o s p ro fe sso re s so b re a
in d is s o c ia b ilid a d e e n tre e n s in o , p e s q u is a e e x te n s ã o n a u n iv e rs id a d e e a a tu a ç ã o
c o n c o m ita n te d o p r o fe s s o r n e s ta s á r e a s
R e s p o s ta s d o s p ro fe s s o re s e m re la ç ã o à M E D
M e d ia n a A c im a Ig u a l A b a ix o T o ta l
Un i v e r s i d a d e 1 ,5 44 - 10 54
A tu a ç ã o d o s p ro fe s s o re s 2 18 13 18 49
No t a : C o n c o r d o p l e n a m e n t e ( 1 ) ; c o n c o r d o ( 2 ) ; d i s c o r d o ( 3 ) e d i s c o r d o p l e n a m e n t e ( 4 ) .
ACADÊMICAS34
T a b e la 2 1 - P ro p o rç ã o d o s q u e c o n s id e ra m q u e a s c o n d iç õ e s d e tra b a lh o e ra m
m e lh o r e s d u r a n te o p e r ío d o p r o b a tó r io c o m p a r a d a s a o s ú ltim o s tr ê s a n o s
C o n d iç õ e s d e tra b a lh o m e lh o re s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
Di s c o r d o 14 0 ,2 5
Di s c o r d o p l e n a m e n t e 8 0 ,1 4
C o n c o r d o p le n a me n te 8 0 ,1 4
C o n c o rd o 8 0 ,1 4
S e m o p in iã o fo r ma d a s o b r e o a s s u n to * 6 0 ,1 1
E m b ra n c o * 9 0 ,1 6
T e mp o in s u fic ie n te n a in s titu iç ã o p a r a c o mp a r a ç õ e s * 3 0 ,0 6
T o ta l 56 1 ,0 0
No t a : P = P r o p o r ç ã o .
* Ite n s e x c lu íd o s d o c á lc u lo d a me d ia n a [c o n c o rd o p le n a me n te (1 ); c o n c o rd o (2 ); d isc o rd o (3 ) e
d is c o r d o p le n a me n te (4 ).
T a b e la 2 2 - P r o p o r ç ã o d o s q u e c o n s id e r a m q u e a fo r m a ç ã o d o p r o fe s s o r u n iv e r s itá r io
é a fe ta d a p e la s c o n d iç õ e s d e tr a b a lh o e x is te n te s n a u n iv e r s id a d e
R e s p o s ta s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
C o n c o r d o p le n a me n te 21 0 ,3 7
C o n c o rd o 19 0 ,3 4
Di s c o r d o 7 0 ,1 3
Di s c o r d o p l e n a m e n t e 1 0 ,0 2
S e m o p in iã o fo r ma d a s o b r e o a s s u n to * 3 0 ,0 5
E m b ra n c o * 5 0 ,0 9
T o ta l 56 1 ,0 0
No t a : * I t e n s e x c l u í d o s d o c á l c u l o d a m e d i a n a [ c o n c o r d o p l e n a m e n t e ( 1 ) ; c o n c o r d o ( 2 ) ; d i s c o r d o ( 3 )
e d is c o r d o p le n a me n te (4 ).
T a b e la 2 3 - C o n d iç õ e s d e tra b a lh o fa v o rá v e is à fo rm a ç ã o d o s p ro fe s s o re s
R e s p o s ta s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
E m b ra n c o 13 0 ,2 2
Ou tr o s 11 0 ,2 0
A u to n o mia d e a tu a ç ã o 11 0 ,2 0
C o rp o d o c e n te q u a lific a d o 7 0 ,1 3
In c e n tiv o à q u a lific a ç ã o p ro fis s io n a l 6 0 ,1 1
L a b o r a tó r io s / e q u ip a me n to s a d e q u a d o s 3 0 ,0 5
A mb ie n te fís ic o a d e q u a d o 3 0 ,0 5
R e la ç ã o p ro fe s s o r-a lu n o 2 0 ,0 4
T o ta l 56 1 ,0 0
T a b e la 2 4 - C o n d iç õ e s d e tra b a lh o d e s fa v o rá v e is à fo rm a ç ã o d o s p ro fe s s o re s
C o n d iç õ e s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
E m b ra n c o 11 0 ,1 9
F a lta d e p o lític a p a ra a tu a ç ã o 9 0 ,1 6
Ou tr o s 8 0 ,1 4
S a lá rio 6 0 ,1 1
In fra -e s tru tu ra 6 0 ,1 1
F a lta d e p e s s o a l d e a p o io 6 0 ,1 1
B u ro c ra c ia 5 0 ,0 9
B ib lio te c a 3 0 ,0 5
E q u ip a me n to s 2 0 ,0 4
T o ta l 56 1 ,0 0
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 134
T a b e la 2 5 - R e la ç ã o e n tr e a s a tiv id a d e s r e a liz a d a s e a c a r g a h o r á r ia c o n tr a ta d a - 4 0
h o ra s (D E )
A v a lia ç ã o d o s p ro fe s s o re s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
A dequa da 31 0 ,5 6
In a d e q u a d a 22 0 ,3 9
E m b ra n c o 3 0 ,0 5
T o ta l 56 1 ,0 0
partir das 18 horas ou nos finais de semana. E todas essas horas não podem ser
computadas no RADOC.36
Trabalhamos muito mais do que isso. Não temos tempo de parar para
pensar no que estamos fazendo. As horas de leitura têm sido cada vez menores.
Sentimos cada dia mais defasados e cheios de compromissos para cumprir. A
complementação da carga horária nos fins de semana, com tarefas para realizar
deixa-nos com uma baixa estima muito grande.
Muita sobrecarga. Falta, muito séria, de apoio técnico para orientar
alunos/desenvolvimento de pesquisas, apoio da secretaria administração e
coordenação de aulas.
Trabalho muito mais do que deveria considerando o que é solicitado.
Em geral, o que os professores pensam é que DE é apenas dar aula, nada mais é
necessário. Acho que temos que ter uma GED produtivista sim. Pois, só assim
poderíamos ter uma visão de quem faz mais e quem faz menos. A gratificação
deve ser maior para quem produz mais. Entenda-se por produção aquilo que
fará com que cada área cresça. Para isso temos que ter uma avaliação verdadeira
e não mentirosa e oportunista como vemos não só na UFG, mas também em
outras Universidades.
Analisados os dados objetivos e as explicações dos professores, verifica-
se que a maioria dos professores avalia a relação como inadequada, mesmo
quando alguns afirmam que é legalmente adequada. As respostas indicam que
boa parte dos professores considera que há sobrecarga de atividades.
A razão da escolha do regime de DE (Tabela 26) pela maioria dos
professores da amostra está relacionada com o compromisso com a universidade
e com a atividade docente, pois a tríade formada por ensino, pesquisa e extensão
é muito absorvente. Também, esse regime possibilita, segundo eles, um trabalho
de maior qualidade.
Outro ponto considerado foi o incentivo financeiro que o professor com
dedicação exclusiva recebe. Verificou-se neste item duas respostas diferenciadas.
Um professor afirmou:
Eu não optei. Ninguém nunca me perguntou sobre este assunto. Nem
a UFG, nem o MEC sabe a minha preferência.
Porém, aqui cabe destacar que, quando um profissional decide participar
de um concurso com DE e depois não pede para sair desse regime, de certa
forma ele fez uma opção.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 137
T a b e la 2 6 - M o tiv o d a o p ç ã o p e lo re g im e d e tra b a lh o c o m d e d ic a ç ã o e x c lu s iv a
M o tiv o s d a o p ç ã o p e lo D E P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
C o mp r o mis s o c o m a a tu a ç ã o p r o fis s io n a l 31 0 ,5 5
In c e n tiv o e c o n ô mic o 14 0 ,2 5
Ou tr o s mo tiv o s 10 0 ,1 8
E m b ra n c o 1 0 ,0 2
T o ta l 56 1 ,0 0
T a b e la 2 7 - P r o p o r ç ã o d o s q u e c o n s id e r a m q u e a s c o n d iç õ e s o b je tiv a d a u n iv e r s id a d e
p r o p ic ia m a p r o fu n d a m e n to
R e s p o s ta s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
Di s c o r d o 24 0 ,4 3
C o n c o rd o 17 0 ,3 0
Di s c o r d o p l e n a m e n t e 7 0 ,1 3
C o n c o r d o p le n a me n te 4 0 ,0 7
E m b ra n c o * 3 0 ,0 5
S e m o p in iã o fo r ma d a s o b r e o a s s u n to * 1 0 ,0 2
T o ta l 56 1 ,0 0
No t a : * I t e n s e x c l u í d o s d o c á l c u l o d a m e d i a n a [ c o n c o r d o p l e n a m e n t e ( 1 ) ; c o n c o r d o ( 2 ) ; d i s c o r d o ( 3 )
e d is c o r d o p le n a me n te (4 ).
T a b e la 2 8 - T e m p o d e d e d ic a ç ã o a e s tu d o s e a p ro fu n d a m e n to te ó ric o
Tempo P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
De 0 a t é 5 h o r a s s e m a n a i s 12 0 ,2 1
De 6 a t é 1 0 h o r a s s e m a n a i s 15 0 ,2 7
De 1 1 a t é 1 5 h o r a s s e m a n a i s 13 0 ,2 3
Ma is d e 1 5 h o r a s s e ma n a is 14 0 ,2 5
E m b ra n c o 2 0 ,0 4
T o ta l 56 1 ,0 0
T a b e la 3 0 - Im p e d im e n to s a o s e s tu d o s e a o a p ro fu n d a m e n to
Im p e d im e n to s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
A tiv id a d e s a d min is tr a tiv a s / b u r o c r á tic a s 22 0 ,3 9
E x c e s s o d e a tiv id a d e s a c a d ê mic a s 21 0 ,3 8
E m b ra n c o 11 0 ,2 0
Ou tr o s 2 0 ,0 3
T o ta l 56 1 ,0 0
T a b e la 3 1 - P r o p o r ç ã o d o s q u e c o n s id e r a m q u e o n ú m e r o d e fu n c io n á r io é s u fic ie n te
p a r a d a r s u p o r te à s a tiv id a d e s a c a d ê m ic a s
R e s p o s ta s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
Nã o 45 0 ,8 0
S im 9 0 ,1 6
E m b ra n c o 2 0 ,0 4
T o ta l 56 1 ,0 0
T a b e la 3 2 - P r o p o r ç ã o d o s q u e c o n s id e r a m q u e o s fu n c io n á r io s r e a liz a m s u a s a tiv id a d e s c o m
c o m p e tê n c ia e b o a v o n ta d e
C o m p e tê n c ia B o a v o n ta d e
N ív e is
P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
1 (p o s itiv o ) 4 0 ,0 7 7 0 ,1 3
2 3 0 ,0 5 5 0 ,0 9
3 8 0 ,1 4 9 0 ,1 6
4 4 0 ,0 7 3 0 ,0 5
5 8 0 ,1 4 3 0 ,0 5
6 8 0 ,1 4 9 0 ,1 6
7 (n e g a tiv o ) 6 0 ,1 1 6 0 ,1 1
E m b ra n c o 15 0 ,2 7 14 0 ,2 5
T o ta l 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0
T a b e la 3 3 - M e d ia n a c a lc u la d a c o m b a s e n a o p in iã o d o s p ro fe s s o re s s o b re o n ív e l d e
c o m p e tê n c ia e b o a v o n ta d e d o s fu n c io n á rio s e s o b re a re la ç ã o e n tre e s te s e o s
d o c e n te s
R e s p o s ta s d o s p ro fe s s o re s e m re la ç ã o à M E D
O p in iõ e s M e d ia n a A c im a Ig u a l A b a ix o T o ta l
C o mp e tê n c ia 5 19 8 14 41
B o a v o n ta d e 3 ,5 21 - 21 42
R e la ç ã o c o m d o c e n te s 3 20 8 18 46
No t a : - A c i m a : e m d i r e ç ã o à a v a l i a ç ã o m a i s p o s i t i v a ( 1 ) .
- A b a ix o : e m d ir e ç ã o à a v a lia ç ã o ma is n e g a tiv a (7 ).
T a b e la 3 4 - A v a lia ç ã o d a in flu ê n c ia d a p r e s ta ç ã o d e s e r v iç o s r e m u n e r a d o s n o d e s e m p e n h o d o s
d o c e n te s n a U F G
P re s ta ç ã o d e s e rv iç o s re m u n e ra d o s
N ív e is A v a lia ç ã o d o s p ro fe s s o re s C o m p ro m e tim e n to d o d e s e m p e n h o
P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
1 (p o s itiv o ) 13 0 ,2 3 4 0 ,0 7
2 6 0 ,1 1 5 0 ,0 9
3 5 0 ,0 9 4 0 ,0 7
4 5 0 ,0 9 9 0 ,1 5
5 4 0 ,0 7 7 0 ,1 3
6 0 0 ,0 0 2 0 ,0 4
7 (n e g a tiv o ) 8 0 ,1 4 6 0 ,1 1
E m b ra n c o 15 0 ,2 7 19 0 ,3 4
T o ta l 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0
Seria melhor que não existissem, mas, dada as condições atuais, acho
inevitável que existam.
Não conheço toda mais, as que conheço, acho que são negativas,
porque elas dão uma mensagem negativa da universidade pública. Mostram
como nossa classe é contraditória. Por uma parte defendem a universidade
pública e gratuita, mantendo uma entrada elitizada. É a menor universidade
em números de estudantes e por outra, seus professores não aceitam trabalhar
mais de 12 horas, mas quando é remunerado sim. Aliás, quando essas prestações
são remuneradas os professores universitários acumulam uma quantidade de
cargos que para um avalista internacional seria quase impossível de
compreender.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 145
T a b e la 3 5 - M e d ia n a c a lc u la d a c o m b a s e n a o p in iã o d o s p r o fe s s o r e s s o b r e a p r e s ta ç ã o
d e s e rv iç o s re m u n e ra d o s (P S )
R e s p o s ta s d o s p ro fe s s o re s e m re la ç ã o à M E D
O p in iõ e s M e d ia n a A c im a Ig u a l A b a ix o T o ta l
A v a lia ç ã o d a e x is tê n c ia
3 19 5 17 41
d a P S n a u n iv e rs id a d e
C o mp r o me time n to d o
4 13 9 15 37
d e s e mp e n h o d o s P r o fs .
No t a : - A c i m a : e m d i r e ç ã o à a v a l i a ç ã o m a i s p o s i t i v a ( 1 ) .
- A b a ix o : e m d ir e ç ã o à a v a lia ç ã o ma is n e g a tiv a (7 ).
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 146
T a b e la 3 6 - C o n h e c im e n to d o s p ro fe sso re s so b re a le g isla ç ã o q u e re g e a s
u n iv e rs id a d e s
C o n h e c im e n to P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
P a r c ia lme n te 30 0 ,5 3
S im 16 0 ,2 9
S u p e r fic ia lme n te 5 0 ,0 9
Nã o 4 0 ,0 7
E m b ra n c o 1 0 ,0 2
T o ta l 56 1 ,0 0
T a b e la 3 7 - P ro p o rç ã o d o s p ro fe s s o re s q u e já a v a lia ra m c o m o a s le is , d e c re to s e
r e s o lu ç õ e s in flu e n c ia m n a s a tiv id a d e s a c a d ê m ic a s
R e s p o s ta s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
S im 39 0 ,6 9
Nã o 15 0 ,2 7
E m b ra n c o 2 0 ,0 4
T o ta l 56 1 ,0 0
A avaliação que faço é que cada vez mais as legislações estão levando
a um excesso de burocracia.
T a b e la 3 8 - P r o p o r ç ã o d o s q u e c o n s id e r a m q u e a s p o lític a s e d u c a c io n a is in flu e n c ia m
e m s u a r o tin a d e p r o fe s s o r
R e s p o s ta s P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
S im 39 0 ,7 0
Nã o 13 0 ,2 3
E m b ra n c o 4 0 ,0 7
T o ta l 56 1 ,0 0
dos resultados e das avaliações que foram realizadas. Não é possível também
ignorar que se você não publicar o curso será prejudicado tendo uma avaliação
menor, o que acaba levando à publicação de resultados parciais de pesquisa,
coisas que não gosto, mas que acabo sendo levado a fazer em razão de
mecanismos de avaliação.
Um professor realizou uma avaliação mais ampla sobre essa questão,
apontando, de forma crítica, a interferência das políticas educacionais no interior
da universidade. Segundo ele:
Em parte estas políticas puderam fornecer algum tipo de parâmetro
para avaliar a Instituição em si caso da avaliação dos cursos de graduação. Já
em outros, estas políticas foram negativas, como no caso da GED e dos critérios de
avaliação dos cursos de pós-graduação. A GED propõe-se a premiar o docente
que cumpre suas obrigações o que é algo absurdo. Com respeito a esta política,
associada a avaliação dos cursos de pós graduação e produção científica, muitos
docentes se dispensam do cumprimento de parte de suas atribuições por ser
altamente produtivo. Aqui os pesos se invertem dedicação a graduação de
forma claramente diferenciada ou com altas cargas didáticas é motivo para a
depreciação do docente. A produção científica é meramente quantitativa, nunca
qualitativa. Não é considerada a especificidade das linhas de pesquisa, o que
torna a avaliação algo tendenciosa e injusta. Os cursos de pós-graduação tornaram-
se micro sistemas de controle. Somam-se números n cursos... mas a qualidade,
a satisfação dos pós-graduandos, as garantias para quem ingressa nos ditos cursos
estão longe de aceitáveis. Os critérios de credenciamento é artefato. Os critérios
novamente baseados em quantidade versus brevidade número de trabalhos
produzidos e o menor tempo gasto para defesa de dissertações resulta numa
superficialidade inevitável, que tende a uma queda contínua da qualidade. Além
disto, o sistema bem montado exclui profissionais qualificados do quadro de
docentes credenciados, a despeito do investimento para sua qualificação.
Os professores que afirmaram que as políticas educacionais não
interferem em sua rotina justificam dizendo que sempre trabalharam bastante e
que o problema se encontra só na burocratização introduzida por tais políticas,
como o preenchimento de papeladas. Apesar da GED ou da avaliação de
cursos, continuam a realizar suas atividades normalmente, conforme acham que
um professor universitário deve fazer.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 150
T a b e la 3 9 - R e la c io n a m e n to d o s d o c e n te s c o m a c o m u n id a d e u n iv e rs itá ria
A d m . U n iv . A d m . U n id . F u n c io n á rio s A lu n o s
G ra u s
P ro fs . P P ro fs . P P ro fs . P P ro fs . P
1 (b o a ) 6 0 ,1 1 15 0 ,2 7 10 0 ,1 8 13 0 ,2 3
2 8 0 ,1 4 10 0 ,1 8 10 0 ,1 8 13 0 ,2 3
3 8 0 ,1 4 7 0 ,1 2 8 0 ,1 4 8 0 ,1 4
4 10 0 ,1 8 8 0 ,1 4 7 0 ,1 2 6 0 ,1 1
5 3 0 ,0 5 2 0 ,0 4 3 0 ,0 5 2 0 ,0 4
6 6 0 ,1 1 1 0 ,0 2 6 0 ,1 1 2 0 ,0 4
7 (r u im) 5 0 ,0 9 3 0 ,0 5 2 0 ,0 4 1 0 ,0 2
b ra n c o 10 0 ,1 8 10 0 ,1 8 10 0 ,1 8 11 0 ,2 0
T o ta l 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0
No t a : P r o f s . : R e p r e s e n t a o n ú m e r o d e p r o f e s s o r e s p o r a l t e r n a t i v a s e s c o l h i d a s .
P : R e p r e s e n ta a p r o p o r ç ã o d e r e s p o s ta s a o ite m.
T a b e la 4 0 - R e la c io n a m e n to d o s d o c e n te s c o m o s s in d ic a to s e c o m o M E C
A DUFG A N D E S /S N MEC
G ra u s
P ro fs . P P ro fs . P P ro fs . P
1 (b o a ) 9 0 ,1 6 7 0 ,1 2 2 0 ,0 4
2 13 0 ,2 3 3 0 ,0 5 5 0 ,0 9
3 8 0 ,1 4 5 0 ,0 9 2 0 ,0 4
4 5 0 ,0 9 3 0 ,0 5 7 0 ,1 2
5 2 0 ,0 4 4 0 ,0 7 6 0 ,1 1
6 5 0 ,0 9 12 0 ,2 1 6 0 ,1 1
7 (r u im) 12 0 ,2 1 14 0 ,2 5 13 0 ,2 3
b ra n c o 2 0 ,0 4 8 0 ,1 4 15 0 ,2 7
T o ta l 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0 56 1 ,0 0
T a b e la 4 1 - M e d ia n a c a lc u la d a c o m b a se n a o p in iã o d o s p ro fe sso re s so b re o s
s in d ic a to s e o M E C
R e s p o s ta s d o s p ro fe s s o re s e m re la ç ã o à M E D
In s titu iç õ e s M e d ia n a A c im a Ig u a l A b a ix o T o ta l
A DUF G 2 ,5 22 - 22 44
A NDE S / S N 5 18 4 20 42
ME C 5 16 6 21 43
No t a : - A c i m a : e m d i r e ç ã o à a v a l i a ç ã o m a i s p o s i t i v a ( 1 ) .
- A b a ix o : e m d ir e ç ã o à a v a lia ç ã o ma is n e g a tiv a (7 ).
T a b e la 4 2 - M e d ia n a c a lc u la d a c o m b a s e n a o p in iã o d o s p ro fe s s o re s s o b re s u a re la ç ã o
c o m o s m e m b r o s d a c o m u n id a d e u n iv e r s itá r ia
C o m u n id a d e R e s p o s ta s d o s p ro fe s s o re s e m re la ç ã o à M E D
U n iv e rs itá ria M e d ia n a A c im a Ig u a l A b a ix o T o ta l
A d m . d a Un i v e r s i d a d e 4 22 10 6 38
A d m . d a Un i d a d e 2 15 10 21 46
F u n c io n á rio s 3 20 8 18 46
A lu n o s 2 13 13 19 45
No t a : - A c i m a : e m d i r e ç ã o à a v a l i a ç ã o m a i s p o s i t i v a ( 1 ) .
- A b a ix o : e m d ir e ç ã o à a v a lia ç ã o ma is n e g a tiv a (7 ).
T a b e la 4 3 - M e d ia n a c a lc u la d a c o m b a s e n a o p in iã o d o s p ro fe s s o re s s o b re s u a re la ç ã o
c o m o s v á r io s n ív e is d e a d m in is tr a ç ã o d a u n iv e r s id a d e
R e s p o s ta s d o s p ro fe s s o re s e m re la ç ã o à M E D
Ó rg ã o s M e d ia n a A c im a Ig u a l A b a ix o T o ta l
A d m . d a Un i v e r s i d a d e 04 22 10 06 38
A d m . d a Un i d a d e 02 15 10 21 46
ME C 05 16 06 21 43
No t a : - A c i m a : e m d i r e ç ã o à a v a l i a ç ã o m a i s p o s i t i v a ( 1 ) .
- A b a ix o : e m d ir e ç ã o à a v a lia ç ã o ma is n e g a tiv a (7 ).
T a b e la 4 9 - R e la ç ã o e n tr e a e x p e c ta tiv a d o p r o fe s s o r e a r e a liz a ç ã o d e u m tr a b a lh o
g r a tific a n te n a in s titu iç ã o
E x p e c ta tiv a / tra b a lh o g ra tific a n te P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
S im 46 0 ,8 2
Nã o 3 0 ,0 5
B ra n c o 7 0 ,1 3
T o ta l 56 1 ,0 0
Creio que sim, na maior parte do tempo os alunos têm interesse naquilo
que podemos oferecer a eles e acabam sendo gratificantes os resultados na parte
de ensino. Creio que as maiores limitações estão na área de pesquisa onde a
falta de recursos é mais sentida e tem um impacto maior nos resultados.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 162
T a b e la 5 1 - D e fin iç ã o d a a u to n o m ia e x is te n te n o in te rio r d a u n iv e rs id a d e
D e fin iç ã o P ro fe s s o re s P ro p o rç ã o
A u to n o mia d id á tic a , d e p e s q u is a e e x te n s ã o 15 0 ,2 7
A u to n o mia (n ã o e s p e c ific a d a ) 14 0 ,2 5
A u to n o mia r e la tiv a 14 0 ,2 5
A tiv id a d e d e e n s in o (c o n te ú d o /me to d o lo g ia e tc .) 5 0 ,0 9
Ou tr a s 4 0 ,0 7
A tiv id a d e s d e p e s q u is a s 2 0 ,0 4
E m b ra n c o 2 0 ,0 4
T o ta l 56 1 ,0 0
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 165
A autonomia é relativa.
Ótima e estimulante.
a) gestão/administração da universidade;
A relação com os alunos é difícil: cada vez mais querem ler menos e
vivemos situações de desrespeito a sala de aula.
T a b e la 5 2 - M e d ia n a c a lc u la d a c o m b a se n a o p in iã o d o s p ro fe sso re s so b re su a
fo r m a ç ã o a c a d ê m ic a , s o b r e a in te r fe r ê n c ia d a s c o n d iç õ e s d e tr a b a lh o n e s ta fo r m a ç ã o
e s o b r e a a u to n o m ia d e d e c is ã o n a u n iv e r s id a d e
R e s p o s ta s d o s p ro fe s s o re s e m re la ç ã o à M E D
O p in iã o d o s p ro fe s s o re s M e d ia n a A c im a Ig u a l A b a ix o T o ta l
F o r ma ç ã o a c a d ê mic a
2 11 18 24 53
a dequa da
A fo r ma ç ã o é a fe ta d a p e la s
2 21 19 8 48
c o n d iç õ e s d e tra b a lh o
A u to n o mia d e d e c is ã o 2 12 23 17 52
No t a : I t e n s d o c á l c u l o d a m e d i a n a : c o n c o r d o p l e n a m e n t e ( 1 ) , c o n c o r d o ( 2 ) , d i s c o r d o ( 3 ) e d i s c o r d o
p le n a me n te (4 ).
que torna essencial a sua crítica. Ela acaba por conformar a objetividade e a
subjetividade do homem. A crítica é necessária para visualizar possibilidades
de escape dessa situação.
Não podemos deixar morrer a crítica, pois só com o seu exercício é que
se pode perceber que a teia do todo é tecida, cada vez mais, pelos meios de
produção e pelas relações de produção presentes na sociedade. Esta, por sua
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 179
ANEXO A
Estrutura organizacional da UFG
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 188
ANEXO B
Estrutura acadêmica da UFG
* Un i d a d e s d e s m e m b r a d a s e m 1 9 9 6 . * * A F C HF s o l i c i t o u , e m 1 9 9 7 , o s e u
d e s me mb r a me n to e m tr ê s u n id a d e s :
F a c u ld a d e d e F ilo s o fia , F a c u ld a d e d e
Hi s t ó r i a e F a c u l d a d e d e C i ê n c i a s S o c i a i s . O
p e d id o fo i n e g a d o p o r fa lta d e re c u rs o s .
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 189
ANEXO C
Cursos de Graduação reconhecidos
pela UFG (2003)
C u rso s M o d a lid a d e /C u rs o R e c o n h e c im e n to
Di r e i t o B a c h a re la d o 1936
F a r má c ia B a c h a re la d o 1951
Od o n to lo g ia B a c h a re la d o 1951
E n g e n h a ria C iv il B a c h a re la d o 1958
C iê n c ia s S o c ia is B a c h a re la d o /L ic e n c ia tu ra 1968
Ge o g r a f i a B a c h a re la d o /L ic e n c ia tu ra 1968
Hi s t ó r i a B a c h a re la d o /L ic e n c ia tu ra 1968
L e tra s B a c h a re la d o /L ic e n c ia tu ra 1968
L e tra s L ic e n c ia tu ra e m P o rtu g u ê s 1968
L e tra s L ic e n c ia tu ra e m P o rt./In g lê s 1968
Me d ic in a B a c h a re la d o 1968
A g r o n o mia B a c h a re la d o 1969
F ís ic a B a c h a re la d o /L ic e n c ia tu ra 1969
Ma te má tic a B a c h a re la d o /L ic e n c ia tu ra 1969
Me d ic in a V e te rin á ria B a c h a re la d o 1969
P e d a g o g ia L ic e n c ia tu ra 1969
E n g e n h a ria E lé tric a B a c h a re la d o 1970
C o mu n ic a ç ã o S o c ia l B a c h a r e la d o e m Jo r n a lis mo 1975
C o mu n ic a ç ã o S o c ia l B a c h a re la d o e m R e l. P ú b lic a s 1975
C iê n c ia s B io ló g ic a s B a c h a re la d o /L ic . E m B io lo g ia 1979
C iê n c ia s B io ló g ic a s B a c h a r e la d o e m B io me d ic in a 1979
E n fe r ma g e m B a c h a re la d o /L ic e n c ia tu ra 1979
Nu t r i ç ã o B a c h a re la d o 1980
Qu ímic a B a c h a re la d o /L ic e n c ia tu ra 1983
B ib lio te c o n o mia B a c h a re la d o 1985
C iê n c ia d a C o mp u ta ç ã o B a c h a re la d o 1988
C o mu n ic a ç ã o S o c ia l B a c h . e m R a d ia lis mo - R á d io /T V 1988
F ilo s o fia B a c h a re la d o /L ic e n c ia tu ra 1989
E d u c a ç ã o F ís ic a L ic e n c ia tu ra 1994
F o n t e : P r ó - R e i t o r i a d e Gr a d u a ç ã o
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 190
ANEXO D
Cursos de graduação autorizados e com
processo de reconhecimento em andamento
C u rso s M o d a lid a d e /C u rs o R e c o n h e c im e n to
E n g . d a C o mp u ta ç ã o B a c h a re la d o Em a n d a me n to
E n g . d e A lime n to s B a c h a re la d o Em a n d a me n to
C o mu n ic a ç ã o S o c ia l B a c h . e m P u b lic id a d e /P ro p a g a n d a Em a n d a me n to
Mú s ic a * B a c h a re la d o Em a n d a me n to
A rte s C ê n ic a s * B a c h a re la d o / L ic e n c ia tu ra Em a n d a me n to
Mu s ic o te ra p ia * B a c h a re la d o Em a n d a me n to
E d u c a ç ã o Mu s ic a l* L ic e n c ia tu ra Em a n d a me n to
A rte s V is u a is * B a c h a re la d o / L ic e n c ia tu ra Em a n d a me n to
* E s te s c u r s o s , a tu a lme n te p e r te n c e n te s a E s c o la d e Mú s ic a e F a c u ld a d e d e A r te s V is u a is ,
e s tã o e m p r o c e s s o d e r e c o n h e c ime n to e m d e c o r r ê n c ia d o d e s me mb r a me n to d e s s a s d u a s
u n id a d e s o q u e a s le v o u a e la b o r a ç ã o d e n o v o s c u r r íc u lo s e n o v a s n o me n c la tu r a s p a r a
o s s e u s c u rs o s , c o m e x c e ç ã o d o s c u rs o s d e A rte s C ê n ic a s e Mu s ic o te ra p ia q u e s ã o c u rs o s
t o t a l m e n t e n o v o s n o c o n t e x t o d a UF G. L e m b r a m o s q u e o I n s t i t u t o d e A r t e s e M ú s i c a
( c o n s e r v a t ó r i o ) e s t ã o n a o r i g e m d a UF G.
No t a : P a r a o a n o l e t i v o d e 2 0 0 5 f o i a u t o r i z a d o o f u n c i o n a m e n t o d o c u r s o d e C i ê n c i a s
E c o n ô mic a s , v in c u la d o a E s c o la d e A g r o n o mia .
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 191
ANEXO E
Alunos matriculados na UFG
em 31/12/2003 (Graduação)
ANEXO F
Programas de pós-graduação strictu sensu
da Universidade Federal de Goiás
(Dezembro/2003)
C o n c e ito
P ro g ra m a U n id a d e A c a d ê m ic a N ív e l
C apes
1 . A g r o n o mi a E s c o l a d e A g r o n o mi a M /D 4
2. Bio lo gia In s t i t u t o d e C i ê n c i a s B i o l ó g i c a s M 4
3 . C i ê n c i a s A mb i e n t a i s PRPPG D 4
4 . C i ê n c i a A n i ma l Es c o la de V e te riná ria M /D 4
5. C u ltu ra V is u a l Fa c u lda de de A rte s V is u a is M 3
6 . Di r e i t o F a c u l d a d e d e Di r e i t o M 3
7. Ec o lo gia e Evo lu ç ã o In s t i t u t o d e C i ê n c i a s B i o l ó g i c a s M 3
8. Edu c a ç ã o Fa c u lda de de Edu c a ç ã o M /D 4
9 . E n fe r ma g e m F a c u l d a d e d e E n fe r ma g e m M 3
10. Enge nha ria C ivil Es c o la de Enge nha ria C ivil M 4
11. Eng. Elétric a /
Es c o la de Enge nha ria Elétric a M 4
C o mp u t a ç ã o
1 2 . F i l o s o fi a FC H F M 3
13. Fís ic a In s t i t u t o d e F í s i c a M 3
1 4 . Ge o g r a f i a IE S A M 4
15. H is tória FC H F M 3
16. Le tra s e Lingüís tic a Fa c u lda de de Le tra s M /D 3
1 7 . M a t e má t i c a In s t i t u t o d e M a t e má t i c a e E s t a t í s t i c a M 3
18. M e dic ina T ro pic a l IP T S P M /D 4
19. M ús ic a Es c o la de M ús ic a e A rte s C ênic a s M 3
2 0 . Od o n t o l o g i a F a c u l d a d e d e Od o n t o l o g i a M 3
2 1 . Od o n t o l o g i a F a c u l d a d e d e Od o n t o l o g i a F 3
2 2 . Qu í mi c a In s t i t u t o d e Qu í mi c a M 3
23. So c io lo gia FC H F M 3
M = M e s t r a d o ; D = Do u t o r a d o ; F = M e s t r a d o P r o f i s s i o n a l i z a n t e .
F o n t e : R e l a t ó r i o d e Ge s t ã o - P R P P G/ UF G - 2 0 0 3 .
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 194
ANEXO G
Programas de pós-graduação strictu sensu
da Universidade Federal de Goiás por ano
de início
N o d e c u rso s N o d e p ro g ra m a s
Ano P ro g ra m a s N ív e l
a c u m u la d o s a c u m u la d o s
Hi s t ó r i a M
1972
L e tra s e lin g ü ís tic a M 2 2
1973 Ma te má tic a M 3 3
1976 Me d ic in a T ro p ic a l M 4 4
1980 B io lo g ia M 5 5
A g r o n o mia M
1985
Di r e i t o M 7 7
1986 Educ a ç ã o M 8 8
1992 F ís ic a M 9 9
1993 F ilo s o fia M 10 10
C iê n c ia A n ima l M
1995 Ge o g r a f i a M
Mú s ic a M 13 13
1997 E n g e n h a ria C iv il M 14 14
1998 E n g . E lé tr ic a / C o mp u ta ç ã o M 15 15
Qu ímic a M
1999
S o c io lo g ia M 17 17
Od o n to lo g ia F
2001
A g r o n o mia D 19 18
C iê n c ia s d a S a ú d e M
C iê n c ia s d a S a ú d e D
C iê n c ia s A mb ie n ta is D
2002
C iê n c ia A n ima l D
Educ a ç ã o D
Me d ic in a T ro p ic a l D 25 20
C u ltu ra V is u a l M
E n fe r ma g e m M
2003 Od o n to lo g ia M
A g ro n e g ó c io s M
L e tra s e lin g ü ís tic a D 30 24
2004 E c o lo g ia e E v o lu ç ã o M 31 25
F o n t e : R e l a t ó r i o d e Ge s t ã o - P R P P G/ UF G - 2 0 0 3 .
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 196
ANEXO H
Número de docentes e técnicos da UFG, por
localidade, que se encontram afastados para a
realização de curso de pós-graduação (2003)
ANEXO I
Questionário da pesquisa
mrsresende@uol.com.br
Questionário
01. Sua expectativa econômico-financeira ao ingressar na UFG se concretizou?
[ ] Não
[ ] Sim
Explique sua resposta.
06. Enumere de acordo com o grau de importância os motivos que o(a) levou a
escolher seu curso de graduação? O no 1 é o de maior importância e o no 5 o
de menor.
[ ] Social (status)
[ ] Financeira
[ ] Familiar
[ ] Por ideal
[ ] Outras. Especifique.
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 199
07. O fato de ser professor, ou de querer a vir a ser um, influenciou sua decisão
na busca da pós-graduação?
[ ] Sim.
[ ] Não.
Explique.
a) Mestrado
[ ] licença e bolsa
[ ] licença
[ ] bolsa
[ ] sem licença e sem bolsa
b) Doutorado
[ ] licença e bolsa
[ ] licença
[ ] bolsa
[ ] sem licença e sem bolsa
11. Avaliando retrospectivamente você diria que a sua formação acadêmica foi
adequada; deu suporte para você cumprir com todas as exigências e obrigações
da função de professor imposta pela universidade?
[ ] Concordo plenamente
[ ] Concordo
[ ] Sem opinião formada sobre o assunto
[ ] Discordo
[ ] Discordo plenamente
Explique sua resposta.
15. Levando em conta as atividades que você realiza, como avaliaria a relação
entre essas e a sua carga horária contratada na UFG (40h DE)?
[ ] adequada
[ ] inadequada.
Explique sua resposta.
18. Você já avaliou como essas leis, decretos, resoluções, regimentos no cotidiano
da universidade, influenciam a realização de suas atividades acadêmicas como
docente?
[ ] Sim
[ ] Não
20. Nos cursos de Pós-Graduação cursados por você, além dos conteúdos
direcionados a pesquisa, ao projeto de dissertação e tese, foi possível identificar
atividades voltadas para a sua formação como professor universitário (como
sugere a LDB).
a) Mestrado
[ ] Sim
[ ] Não
Quais?
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 202
b) Doutorado
[ ] Sim
[ ] Não
Quais?
Positivas
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Negativas
25. Além de sua formação acadêmica, que outros aspectos interferiram na sua
formação e na sua prática como docente? Enumere por grau de importância. O
no 1 é o mais importante e o no 6 o menos representativo.
[ ] família
[ ] religião
[ ] classe social
[ ] militância política e sindical
[ ] atividades artísticas
[ ] outras. Especificar.
26. Como professor (a) da UFG você tem autonomia de decisão no cotidiano de
seu trabalho?
[ ] Concordo plenamente
[ ] Concordo
[ ] Sem opinião formada sobre o assunto
[ ] Discordo
[ ] Discordo plenamente
Explique sua resposta.
28. Você dedica, atualmente, quantas horas semanais para estudos e aprofun-
damentos teóricos?
[ ] de zero até 5 horas semanais
[ ] de 06 até 10 horas semanais
[ ] de 11 até 15 horas semanais
[ ] mais de 15 horas semanais
29. Você considera que o seu tempo gasto com estudo e aprofundamento é
suficiente para o bom desempenho de suas atividades docentes?
[ ] Sim
[ ] Não
[ ] Em parte
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 204
30. No caso de você ter respondido não ou em parte, o que o impede de dedicar
mais a isso?
a) com competência:
Positivamente Negativamente
33. Marque com um X, nas escalas abaixo, como você definiria a relação entre
o corpo docente e...
a) o Ministério da Educação:
Positivamente Negativamente
b) a administração da UFG:
Positivamente Negativamente
d) os funcionários:
Positivamente Negativamente
e) o corpo discente:
Positivamente Negativamente
f) a Adufg:
Positivamente Negativamente
e) o Andes/SN:
Positivamente Negativamente
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 205
35. Há condições no seu dia-a-dia como docente de se fazer uma análise reflexiva
de sua prática em relação a sua postura teórica?
[ ] Não
[ ] Sim
Exemplifique:
39. Essa questão está aberta para você, prezado(a) colega, fazer suas críticas,
sugestões, elogios e desabafos que ache importantes com relação a sua formação,
a sua experiência, a sua prática, a suas condições de trabalho na função de
professor(a) da Universidade Federal de Goiás.
Observações:
Tempo gasto para responder o questionário:
Número de interrupções (se houver):
Outras:
FORMAÇÃO E AUTONOMIA DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 206
ANEXO J
Quadro-síntese dos questionamentos,
objetivos, hipóteses e indicadores da pesquisa