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Diretrizes Workshop medicamentos

Medicamentos: a) análise das diretrizes e posicionamentos que vem


sendo adotadas pelo Poder Judiciário de forma reiterada;
O artigo 196, da Constituição da República, dispõe:

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

a) Posicionamento de que o artigo 196 da CR/88 tem eficácia plena e aplicabilidade imediata,
sendo ilegais ou inconstitucionais qualquer limitação - Estado deve fornecer qualquer medicamento
a quem pedir, pouco importando a previsão em protocolos clínicos; se o interessado é hipossuficiente,
ou se a dispensação ocorreu em unidade do SUS (posicionamento adotado nas 1 e 2 Varas Cíveis de
Campo Mourão, dentre outras);
Ressalva para o não fornecimento de medicamento sem registro na ANVISA, conforme entendeu o
STF (em 17/03/2010 durante o julgamento dos agravos regimentais na STA 175, STA 178, SS2944, SL
47, dentre outros)

b)Entendimento de que o artigo 196 da CR/88, admite limitações - decorre do entendimento de


que o direito à saúde é garantido mediante políticas públicas. Lei 12401/2011 (Art. 19-M. A assistência
terapêutica integral a que se refere a alínea d do inciso I do art. 6o consiste em: I - dispensação de
medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as
diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado
ou, na falta do protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P;)

Limitações decorrem:

b.1) Patologias previstas em protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas


Protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece critérios para o diagnóstico da
doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos
apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do
SUS. (artigo 19-P, inciso II da Lei 8080/90 com redação dada pela 12.401/2011).

Se previsto medicamento em protocolo clínico e foi negado a paciente do SUS, necessário


esclarecimentos do CEMEPAR no tocante ao critério de exclusão.

b.2) Patologias não previstas em protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas

Prevê a Lei 12.401/2011, no artigo 19-P. “Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a
dispensação será realizada: I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal
do SUS, observadas as competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento
será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite; II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal,
de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do
SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Bipartite; III - no
âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas
pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho
Municipal de Saúde.”

Teses de defesa:

1) aplicação da Teoria da Reserva do Possível:

- Esgotamento do Princípio da Reserva do Possível: 'Embora venha o STF adotando a 'Teoria da


Reserva do Possível' em algumas hipóteses, em matéria de preservação dos direitos à vida e à saúde,
aquela Corte não aplica tal entendimento, por considerar que ambos são bens máximos e impossíveis
de ter sua proteção postergada' (STJ, RESP 200600989949, RESP - RECURSO ESPECIAL - 835687,
Relatora ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, DJ: 17/12/2007, PG:00160, LEXSTJ VOL.:00223,
PG:00171).
Proposta: Informação trimestral pela SESA dos valores dispendidos em medicamentos, e o percentual
de comprometimento gastos com demandas judiciais. Manejo de suspensão de liminar/segurança
unificado.

2) Aplicabilidade de novas teses;

2.a) Aplicabilidade da Lei 12401/2011 e do Decreto Federal n.º 7.508/2011.

O mencionado Decreto n.º .508/2011, visa disciplinar quais os requisitos necessários para que haja o
fornecimento de medicamentos, dentre eles o usuário deverá estar assistido por serviços de saúde do
SUS, bem como o medicamento ser prescrito por profissional de saúde, sendo este devidamente
inscrito no Sistema Único de Saúde – SUS. Confira-se o artigo 28 do Decreto Federal, in verbis:

Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pressupõe,


cumulativamente:
I - estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS;
II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular de suas
funções no SUS;
III - estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas ou com a relação específica complementar estadual, distrital ou municipal de
medicamentos; e
IV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do SUS.

Proposta: consultar se o prescritor está vinculado ao SUS e se a dispensação ocorreu em unidade


vinculada ao SUS. Consulta junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde no site da
Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (cnes.datasus.gov.br),

2.b)Condições financeiras como limitador de benefício:


APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. CRIANÇA. MEDICAMENTO (LEITE ESPECIAL
NEOCATE). PRETENSÃO DE FORNECIMENTO GRATUITO PELO ESTADO E MUNICÍPIO.
NECESSIDADE DO ALIMENTO ESPECIAL DEMONSTRADA PELOS RELATÓRIOS MÉDICOS.
TODAVIA, NÃO DEMONSTRAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA DOS GENITORES (PAI MÉDICO E MÃE
NUTRICIONISTA). PONDERAÇÃO DOS VALORES ENVOLVIDOS NA DEMANDA. "PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE". SENTENÇA DENEGATÓRIA DA SEGURANÇA MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO. Para se postular fornecimento gratuito de medicamento pelo Estado (gênero), é
indispensável a demonstração da gravidade da doença, da necessidade daquele medicamento
específico, e da hipossuficiência econômica da parte postulante, pois, em se tratando de verbas
públicas, não se pode destinar valores altos a quem possa pagar pelo tratamento às próprias expensas,
sob pena de causar prejuízo a muitos outros cidadãos carentes, em situação de flagrante injustiça
social. (TJPR - 5ª C.Cível - AC 0727166-1 - Santo Antônio da Platina - Rel.: Juiz Subst. 2º G. Rogério
Ribas - Unânime - J. 18.01.2011)

Proposta:

Consultar DETRAN e e-ofício, para localização de bens em nome do interessado (ou da


família), para verificação das condições econômicas.

Consultar se a dispensação de medicamento deu-se no âmbito do SUS

Quais as alternativas recursais? Inteposição de REsp (artigo 19-M da Lei 12401/2011 e 12 da Lei
6360/76) e RE (artigo 196 da CR/88).

b) reembolso, pela União, dos valores despendidos pelo Estado em


casos de fornecimento de medicamentos cuja responsabilidade pelo
custeio seja de ente federal
b.1) Estados e Municípios são a principal fonte do SUS; os gastos de Estados e Municípios
passaram de 40% do total em 2000 para 55% em 2008.
Verificação do ente da federação responsável pelos medicamentos solicitados, Portaria 2981/09 e
2982/09 do Ministério da Saúde. Consultar:
http://portal2.saude.gov.br/saudelegis/LEG_NORMA_PESQ_CONSULTA.CFM

TRF4ª – INEXISTÊNCIA DE DECISÃO ULTRA PETITA – REEMBOLSO PELA UNIÃO DE


MEDICAMENTOS (AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2008.04.00.010945-8/PR e
APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 5010708-75.2010.404.7000/PR)

Proposta. Para ressarcimento, utilizar o artigo 50, parágrafo 3º, da Portaria 2981/2009:
Art. 50. Os medicamentos a seguir identificados serão adquiridos por meio de processo
centralizado no Ministério da Saúde.
§ 1º A distribuição dos medicamentos cuja aquisição é de responsabilidade do Ministério da Saúde
ocorrerá a partir da finalização dos procedimentos administrativos indispensáveis para o processo de
aquisição.
§ 2º O valor desses medicamentos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses
e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde corresponderá a zero a partir da primeira distribuição
realizada pelo Ministério da Saúde.
§ 3º Após a primeira distribuição dos medicamentos de aquisição centralizada, o Ministério da
Saúde realizará o ressarcimento correspondente ao estoque estadual com base nas APAC faturadas no
prazo de 180 dias, considerando os valores definidos anteriormente ao zeramento da Tabela de
Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde.

b.2) Criação de “Assistência Judiciária Gratuita” Municipal. Rompimento do federalismo


cooperativo

O caso de Engenheiro Beltrão

A assistência judiciária municipal do município de Engenheiro Beltrão se tornou a maior litigante naquela
Comarca, no tocante ao fornecimento de medicamentos. Exige em Juízo toda espécie de fármacos,
sempre contra o Estado do Paraná. Não há qualquer critério. Medicamentos para câncer - de
competência dos CACONS-; fora de protocolos clínicos; enfim, toda espécie de fármacos são objetos
de pleito. Os documentos que acompanham as iniciais são produzidos por eles, como laudo de
Assistente Social (do município) afirmando a miserabilidade do autor; e receituário médico emitido por
médico do SUS, que é contratado do próprio município.

As tentativas de remessa dos autos para a Justiça Federal,e bem como da integração do município no
pólo passivo do feito restaram, até o momento, infrutíferas.

Efeito multiplicador: a) rompimento das responsabilidades comuns do SUS, por ausência de estipulação
de critérios objetivos para os pleitos, b) ausência de esgotamento das tratativas administrativas entre as
secretarias de saúde; c) do efeito danoso do excesso de judicialização na saúde.

Proposta:

Ajuizar ação contra o Município, exigindo o co-financiamento de todos os remédios disponibilizados e


pagos pelo CEMEPAR.
O resultado mais efetivo não seria compensar essas despesas com as transferências voluntárias do
Fundo Estadual de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde?

Propostas inovadoras:- Adoção no TJPR de Núcleo de Assessoria


Técnica (NAT) nos moldes do Estado do Rio de Janeiro.

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