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“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
a) Posicionamento de que o artigo 196 da CR/88 tem eficácia plena e aplicabilidade imediata,
sendo ilegais ou inconstitucionais qualquer limitação - Estado deve fornecer qualquer medicamento
a quem pedir, pouco importando a previsão em protocolos clínicos; se o interessado é hipossuficiente,
ou se a dispensação ocorreu em unidade do SUS (posicionamento adotado nas 1 e 2 Varas Cíveis de
Campo Mourão, dentre outras);
Ressalva para o não fornecimento de medicamento sem registro na ANVISA, conforme entendeu o
STF (em 17/03/2010 durante o julgamento dos agravos regimentais na STA 175, STA 178, SS2944, SL
47, dentre outros)
Limitações decorrem:
Prevê a Lei 12.401/2011, no artigo 19-P. “Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a
dispensação será realizada: I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal
do SUS, observadas as competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento
será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite; II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal,
de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do
SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Bipartite; III - no
âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas
pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho
Municipal de Saúde.”
Teses de defesa:
O mencionado Decreto n.º .508/2011, visa disciplinar quais os requisitos necessários para que haja o
fornecimento de medicamentos, dentre eles o usuário deverá estar assistido por serviços de saúde do
SUS, bem como o medicamento ser prescrito por profissional de saúde, sendo este devidamente
inscrito no Sistema Único de Saúde – SUS. Confira-se o artigo 28 do Decreto Federal, in verbis:
Proposta:
Quais as alternativas recursais? Inteposição de REsp (artigo 19-M da Lei 12401/2011 e 12 da Lei
6360/76) e RE (artigo 196 da CR/88).
Proposta. Para ressarcimento, utilizar o artigo 50, parágrafo 3º, da Portaria 2981/2009:
Art. 50. Os medicamentos a seguir identificados serão adquiridos por meio de processo
centralizado no Ministério da Saúde.
§ 1º A distribuição dos medicamentos cuja aquisição é de responsabilidade do Ministério da Saúde
ocorrerá a partir da finalização dos procedimentos administrativos indispensáveis para o processo de
aquisição.
§ 2º O valor desses medicamentos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses
e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde corresponderá a zero a partir da primeira distribuição
realizada pelo Ministério da Saúde.
§ 3º Após a primeira distribuição dos medicamentos de aquisição centralizada, o Ministério da
Saúde realizará o ressarcimento correspondente ao estoque estadual com base nas APAC faturadas no
prazo de 180 dias, considerando os valores definidos anteriormente ao zeramento da Tabela de
Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde.
A assistência judiciária municipal do município de Engenheiro Beltrão se tornou a maior litigante naquela
Comarca, no tocante ao fornecimento de medicamentos. Exige em Juízo toda espécie de fármacos,
sempre contra o Estado do Paraná. Não há qualquer critério. Medicamentos para câncer - de
competência dos CACONS-; fora de protocolos clínicos; enfim, toda espécie de fármacos são objetos
de pleito. Os documentos que acompanham as iniciais são produzidos por eles, como laudo de
Assistente Social (do município) afirmando a miserabilidade do autor; e receituário médico emitido por
médico do SUS, que é contratado do próprio município.
As tentativas de remessa dos autos para a Justiça Federal,e bem como da integração do município no
pólo passivo do feito restaram, até o momento, infrutíferas.
Efeito multiplicador: a) rompimento das responsabilidades comuns do SUS, por ausência de estipulação
de critérios objetivos para os pleitos, b) ausência de esgotamento das tratativas administrativas entre as
secretarias de saúde; c) do efeito danoso do excesso de judicialização na saúde.
Proposta: