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1 INTRODUÇÃO
A Revolução Inglesa do século XVII constitui o marco inicial da Era das Revoluções
Burguesas, na medida em que criou condições para o desenvolvimento acelerado do
capitalismo. As máquinas surgiram primeiramente na Inglaterra, posteriormente espalharam-
se pelo mundo todo, acelerando o desenvolvimento da produção capitalista,
consequentemente surgiram novas ideias e concepções revolucionárias, as quais penetraram
cada vez mais no espírito das massas.
A burguesia era mais rica e instruída que as classes privilegiadas. Era composta de
diversas camadas as quais apresentavam diferenças. A grande burguesia (constituída de
grandes fortunas) era composta de milionários, banqueiros, financistas opulentos que
conseguiam enormes lucros com empréstimos feitos a corte e aos nobres. Em todas as suas
atividades sofria o controle e a intervenção estatal. A burguesia comerciante e industrial (a
mais numerosa) sofria diariamente em sua atividade econômica os entraves do regime
absolutista e feudal.
Apesar do seu egoísmo e hostilidade, a burguesia como classe, era uma força
revolucionária. Aspirava chegar ao poder, visava reorganizar a sociedade segundo novos
princípios e de acordo com os seus interesses.
As terras cultivadas pelos camponeses eram dos senhores feudais, sendo assim
aqueles deveriam remeter ao senhor, a igreja e ao rei a maior parte do lucro da produção,
dessa forma reduzia-se a miséria.
2.1 A monarquia
Luís XVI dizia que era monarca por possuir poder divino. O rei era considerado a
representação de Deus, quando ele falava o povo obedecia.
Apesar da diferença de condições e interesses das classes e dos grupos de classes que
constituíram o terceiro estado essas classes e grupos sofriam com o absolutismo feudal e
tinham interesse na supressão do regime, ainda que por meios diversos.
O regime feudal impedia o progresso das forças produtivas e das novas relações
sociais, que no seio da sociedade feudal, já haviam assumido formas capitalistas mais ou
menos definidas. Nessas condições, a direção de todas as forças de classe que compunham o
terceiro estado coube à burguesia, a qual soube se colocar a frente do terceiro estado e do
povo na luta contra o absolutismo feudal, chefiando a revolução.
3 A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789 – 1799)
A revolução Francesa não deve ser considerada apenas como uma revolução
burguesa. Embora, esta tenha sido a ideologia e forma dominante, ela foi o produto de
quatro movimentos distintos: uma revolução aristocrática (1787-1789), uma revolução
burguesa (1789-1793), uma convenção nacional (1792-1794) e a República Termidoriana e o
Golpe de 18 Brumário: 1795-1799.
A partir de 1787 a indústria sofreu uma séria crise. Um tratado permitia que produtos
agrícolas franceses entrassem livremente na Inglaterra em troca da entrada de produtos
ingleses na França. A indústria francesa não aguentou a concorrência. A seca de 1788 diminui
a produção de alimentos. Os preços subiram e os camponeses passavam fome.
Havia miséria nas cidades, novos empréstimos não bastavam para resolver a crise. A
reforma do sistema fiscal era inadiável, mas, a dificuldade estava em conseguir a aprovação
da aristocracia, a classe que estava no poder em plena ofensiva política contra o absolutismo
e recusava-se a alienar seus privilégios fiscais sem obter em troca direitos políticos, sobre a
conduta da monarquia. Pouco a pouco a aristocracia foi se apoderando do controle de todos
os órgãos intermediários de poder. Nenhuma decisão política poderia ser executada sem a
aprovação dos Parlamentos. Esta foi à razão do fracasso de todas as tentativas de reforma
empreendidas pela monarquia e seus ministros no século XVIII.
O temor de algo pior fez a Assembleia Constituinte realizar uma reunião para tênar
conter o movimento. Os deputados aprovaram a abolição dos direitos feudais, as obrigações
devidas pelos camponeses ao rei e à Igreja foram suprimidas e as obrigações devidas aos
nobres deveriam ser pagas em dinheiro.
Ainda que o rei Luís XVI tenha se negado no princípio acatar a Constituição e tentado
fugir da França, foi preso em Varennes e reconduzido a Paris onde foi obrigado a assinar a
magna carta em julho de 1791.
Sendo assim, a nobreza passou a buscar apoio no exterior para restaurar o Estado
absolutista, ao mesmo tempo em que as dificuldades econômicas permaneciam no governo
revolucionário.
No instante em o exército absolutista formado em parte por nobres emigrados
passaram a marchar sobre o território francês, os jacobinos forneceram armas à população
constituindo um exército popular conhecido “a comuna insurrecional de Paris”, enfrentando
o exército dos emigrados e prussianos na Batalha de Valmy, onde o exército popular
conquistou a vitória sob o comando de Robespierre, Marat e Danton, sendo o rei acusado de
traição por colaborar com os inimigos e finalmente à noite em Paris foi proclamada a
República.
3.3 Convenção Nacional (1792-1794)
Pouco antes da sua queda, em julho de 1794, justamente quando colhiam os frutos
de seu êxito, os líderes jacobinos, sobretudo Robespierre, tinham eliminado primeiro a
extrema-esquerda, na figura de Hebért e outros, depois à direita, na figura dos indulgentes
(Danton, Camille Desmoulins, etc.). Com isso alienaram-se do apoio dos sans-culottes e dos
deputados da Convenção. Começava o refluxo revolucionário. A apatia das massas,
provocadas tanto pela exaustão e dizimação de seus quadros (mortes em combate ou
guilhotinados) quanto pela burocratização e esvaziamento dos seus organismos de
participação política (as sessões) e pelo controle e centralização impostos pelo Comitê de
Salvação Pública, congelou a revolução, como o havia previsto Sain-Just. Em 27 de julho, 9
Termidor, a Convenção, numa rápida manobra, derrubou Robespierre e seus seguidores. No
dia seguinte foram executados.
Por três vezes consecutivas março, abril, maio de 1795, os sans-culottes se revoltaram
em novas jornadas populares contra a política da Convenção Termidoriana e numa delas
chegaram a invadir a Convenção. Mas nas três vezes foram facilmente derrotados. Sem
liderança e sem apoio do campo, o movimento popular e democrático estava
definitivamente isolado e derrotado. Entretanto, alguns jacobinos sobreviventes tentaram
em 1796 organizar uma conspiração, a chamada Conspiração dos Iguais, liderada por Graco
Babeuf, um ex-jacobino. A importância histórica de Graco Babeuf e sua Conspiração dos
Iguais devem-se não ao perigo que representava para a Convenção, mas aos métodos de
ação e ao conteúdo de seu programa, que eram novos. Rompia com o jacobismo e o
superava. Representava a primeira tentativa de criação de um partido de vanguarda e de
uma sociedade comunista (concebida em bases rurais, camponesa).
No plano interno, toda vez que a esquerda se manifestava e era reprimida, à direita
(os realistas) ganhava alento e conspirava. Quando o diretório reprimia os partidários da
monarquia, a esquerda novamente levantava a cabeça, sempre alimentada pela penúria. O
ziguezigue político à direita e à esquerda refletia tanto a falta de sustentação social do
regime – apenas a burguesia o apoiava – quanto sua incapacidade em resolver a crise
econômica e financeira. No plano externo, o exército francês passou a obter seguidas vitórias
sob o comando do general Napoleão Bonaparte que ao ver a situação em que a França se
encontrava através de um golpe de Estado assumiu o poder em 1799 com o apoio de boa
parte da burguesia no 18 de Brumário que marcou o fim da Revolução Francesa.
4 CONCLUSÃO