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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

Perícia = Originário do latim peritia significa habilidade, conhecimento, experiência, saber. Na


linguagem jurídica significa a pesquisa, o exame, à verificação acerca da verdade ou da realidade
de certos fatos.
A perícia tem como espécies de procedimentos: os exames, as vistorias e as avaliações. Todas se
dizem genericamente, Exames Periciais.
É a forma de se demonstrar, por meio de laudo pericial, a verdade de conflitos e ou fatos ocorridos
contestados por interessados, examinados por especialista do assunto, e a qual servirá como meio
de prova em que se baseiam as partes e o juiz para resolução de determinado processo.

Em direito, perícia é um meio de prova em que pessoas qualificadas tecnicamente (os peritos),
nomeadas pelo juiz, analisam fatos juridicamente relevantes à causa examinada, elaborando laudo.
É um exame que exige conhecimentos técnicos, científicos ou artísticos a fim de comprovar
(provar) a veracidade de certo fato ou circunstância. Para auxiliar as partes nas questões técnicas,
poderá haver o profissional denominado "assistente técnico", também profissional, que
acompanhará, avaliará e discutirá tecnicamente os trabalhos periciais.

Dentre os vários meios produtores de prova no direito, a perícia se destaca como um meio
especial, na qual o concurso de um profissional especialista na área em questão faz-se necessário
para o esclarecimento de fatos técnicos. A crescente e continuada complexificação de nossa
sociedade tecnológica exige cada vez mais a tradução do que é técnico de forma a ser entendido
por todos. A análise técnica do caso irá trazer à luz a veracidade de fatos ou circunstâncias,
modificando até procedimentos sociais EX. Recall.

A perícia pode ser realizada em todas as áreas do conhecimento humano, tem várias naturezas, a
depender de seu objeto de estudo: pode ser criminal, de engenharia, ambiental, de medicina, de
tecnologia, enfim, dos mais variados ramos em que o concurso do conhecimento técnico se faça
necessário.

PERICIA CONTABIL: É a verificação de fatos e ou divergências ligadas ao Patrimônio


individualizado das pessoas físicas e jurídicas, visando oferecer opinião (conclusão),
mediante questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames, vistorias, Indagações,
investigações, avaliações, em suma todo e qualquer procedimento necessário para se ter
a opinião.

A perícia tem em suas entranhas o status de conhecimento notório, tratado na lei 9.457 de 5 de
maio de 1997, que alterou a lei 6.404-76 no seu art. 163 parágrafo 8, que trata o profissional com o
status de conhecimento notório

O status do perito, também é elevado para categoria de cientista, por força do CPC art. art. 145
que trata do perito como sendo um cientista para assistir o juízo em matérias de ciência e
tecnologia

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

O campo de atuação da pericia contábil é o patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas.

1. exame (perícia realizada em pessoas, móveis ou semoventes):


2. vistoria (perícia realizada em imóveis);
3. avaliação (estimativa do valor equivalente em dinheiro de determinados objetos);
4. arbitramento (caso de direitos autorais, dano moral).

As conclusões do perito são lançadas em uma peça denominada laudo pericial. Distingue-se o
laudo do mero parecer porque o laudo é feito para prova de fato que depende de conhecimento
especial. Nele pode o perito proceder livremente, ouvir testemunhas, colher dados e informações,
juntar pesquisas científicas etc. Enquanto o parecer é uma mera resposta à consulta e aplicação
de tecnicas de uma das partes sobre dados pré-existentes, um trabalho elaborado por
amostragem, aonde se conclue-se através de procedimentos normalmente aceitos pela
contabilidade

Podemos observar que desde os tempos primórdios a figura do Contabilista esteve presente em
diversos momentos da história. Esta situação apenas vem demonstrar a sua importância, tanto
para a sociedade física quanto para a jurídica.

Semelhantemente a "perícia contábil", demonstrou sua necessidade e importância, vindo a ser


legalizada, através das Normas Brasileiras de Contabilidade e pelo Código de Processo Civil.

Os quesitos são as perguntas técnicas que as partes querem ver respondidas pelo profissional
perito, que, além de auxiliar o trabalho deste, ainda deixam bem clara a objetividade pretendida.
Uma boa elaboração de quesitos é parte fundamental na boa produção da prova pericial e eles
serão mais ricos quando elaborados conjuntamente por advogados e profissionais especialistas.

O ordenamento jurídico brasileiro sobre Contabilidade é amplo e muito variado.

Esse ordenamento divide a Contabilidade geralmente em Empresarial e Pública.

A legislação principal que trata de Contabilidade Pública Brasileira é a Lei nº 4.320, de 17 de


março de 1964, que estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. A Secretaria
do Tesouro Nacional tenta disciplinar padrões de contabilidade para uniformização e consolidação
de balanços públicos, por intermédio de inúmeras portarias.

A Contabilidade Empresarial é normatizada pela:

 Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, atualizada pela lei 11.638/07, que dispõe sobre as
sociedades por ações;
 Código Civil, sobre outros tipos de sociedades;
 Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade
(CFC);
 normas sobre Contabilidade tributária, geralmente de responsabilidade da Secretaria da
Receita Federal;
 normas para o mercado de capitais, de responsabilidade da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM);
 legislações esparsas geralmente classificadas como Direito Empresarial (sentido amplo).
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Perito, é a pessoa capacitada, em decorrência de conhecimentos especiais (técnicos ou científicos)


que possui nomeada pelo juiz (de ofício ou a pedido das partes), para a realização de uma perícia.
Saliente-se que, por técnico, entende-se aquele que possui um conhecimento "especial", como o
agricultor, que entende da terra mais que o juiz, o mecânico, que pode trazer detalhes preciosos de
seu mister com motores; o contador, etc. Já por conhecimento científico entende-se o sujeito que
possui estudo, qualificação no ramo científico, tal como o farmacêutico, o engenheiro, o médico, o
químico, etc.

EXERCICIO 1
A sociedade Boroquogema do Sul Ltda., constituída em jan/2007, tendo em sua formação societária o senhor Mario dos
Enganos com 90% das quotas e a senhora Irandir Aparecida dos Enganos sua esposa com o restante das quotas, no dia
15/07/07 contraiu junto ao Banco do Jardim S/A uma linha de crédito no valor de R$ 150.000,00 com vencimento
previsto para 15/01/08, em função do bom relacionamento que existia entre o Banco e a empresa, o Banco concedeu
também em dez/07 um empréstimo no valor de R$ 300.000,00, com aval da Sra. Irandir, sendo que em 31/jul/08, no
vencimento da operação, a empresa apresentando algumas dificuldades financeiras, não honrou o pagamento do limite de
crédito, o qual já tinha absorvido a linha de crédito inicial.

Em jan/2009 o Sr. Mario e da Dna Irandir, acumulando vários déficit junto a fornecedores, instituições financeiras, e
débitos fiscais, inclusive resultando em restrições cadastrais no CNPJ da empresa atingindo o CPF dos sócios, decidiram
adotar a seguinte estratégia, com o objetivo de dar continuidade ao negocio que sustenta a família.

1) Transformar a empresa Boroquogema do Sul Ltda., em uma empresa UNIPESSOAL, com saída do Sr. Mario
dos Enganos, deixando que a sócia remanescente assumisse a responsabilidade pelo passivo da empresa

2) Na sua estratégia, o casal entendia que com saída do Sr. Mario, e com a Dna Irandir assumindo todo o passivo
da empresa (legalmente), ele estaria livre para possivelmente abrir outro negocio, e dar continuidade aos
negócios da família, pois se tratava de uma operação legal, a qual tinha caracterizava nenhuma ilicitude.

a. Parta do pressuposto que a sociedade esta com seus ativos todos comprometidos e são insuficientes para
saldar as obrigações da empresa.

b. Parta do pressuposto que o casal encontrou um novo sócio, que entrou na sociedade, se isentando de todos
os passivos contraídos até 31/01/09

Sendo assim, o Sr. Mario em fev/09, foi constitui a empresa individual Mario dos Enganos – ME, a qual já superando
os erros da empresa anterior, conseguiu prosperar, e quitar todas as obrigações da empresa anterior, exceto ao do Banco,
que por uma questão pessoal, resolveu que não iria pagar, pois o Banco tinha lhe recusado uma operação em um
momento difícil da sua vida, como a empresa anterior não tinha ativo, a sócia também não tinha patrimônio nenhum,
ele imaginou que poderia deixar de pagar a instituição financeira.

Nesta data (31/08/10) através, do laudo do perito Eugenio de Lima, o juiz da 14 vara cível do Fórum da Vila
Madalena, esta condenando ao Sr. Mario dos Enganos a pagar o limite concedido e não pago, pergunta-se:

a. Quais foram os argumentos utilizados pelo perito.

b. Qual metodologia utilizada pelo perito.

c. Qual o valor da condenação (a divida foi atualizada multa de 5% e mais atualização monetária de
1,75% a.m.)
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RISCOS NO TRABALHO DE PERICIA

Na perícia o risco tem muito mais significação, pois pode levar a uma opinião errônea, produzindo
uma falsa prova, com lesão ao direito de terceiros.

• O perito não pode errar; tem para isto precaver-se de todos os meios a seu alcance.

Atentando aos seguintes fatores:

• TEMPO ATRIBUÍDO (tempo hábil)


• PLANO DE TRABALHO (escolher os melhores critérios de desempenho do mesmo)
• DESEMPENHO EXIGENTE (usar sua autoridade para receber a tempo e completamente
os elementos materiais de exame)
• APOIO EXIGENTE (Exigir rigoroso apoio de programação de verificação)
• RESGUARDO DE INFORMES (Todo informe fornecido que seja relevante deve ser
colhidos com depoimentos escritos e assinados pelos depoentes)
• PROVAS EMPRESTADAS (Onde couber, deve o perito apelar para informação de pessoas
alheias ao processo, mas ligadas por transações à instituição)
• DECLARAÇÕES (solicitar da empresa uma carta da administração que declare que os
elementos exibidos são os exclusivos que existiam.
• PREÇO (compatível com a qualidade e quantidade do trabalho existente.

A DIFERENÇA ENTRE PERICIA E AUDITORIA CONTABIL

A perícia é a prova elucidativa dos fatos, já a auditoria é mais revisão, verificação, tende a ser
necessidade constante repetindo-se de tempo em tempo, com menos rigores metodológicos, pois
se utiliza da amostragem. A perícia repudia a amostragem como critério e tem caráter de
eventualidade e só trabalha com o universo completo, onde a opinião é expressa com rigores de
cem por cento de análise. Para melhor visualização, apresentamos as principais características de
auditoria e perícia:

A perícia tem em suas entranhas o status de conhecimento notório, tratado na lei 9.457 de 5 de
maio de 1997, que alterou a lei 6.404-76 no seu art. 163 parágrafo 8, que trata o profissional com o
status de conhecimento notório e necessário para apurar fatos. No mesmo ordenamento,
parágrafo 4 tem a figura contemporânea dos auditores independentes, para esclarecimentos ou
apuração de fatos específicos, que acreditamos ser o relatório ou parecer de auditoria submetida à
apreciação do conselho fiscal. Por isto, entendemos que a lógica do conhecimento, experiência e
carreira ou educação continuada, no sentido holístico, segue a lógica da formação acadêmica de:
primeiro contador, segundo auditor e a terceira e maior especialização, perito, pois só é possível
ser perito o profissional contador que domina as técnicas de auditorias, de perícia e tem algum
domínio do direito tributário, bancário, comercial, financeiro, penal, administrativo, constitucional,
previdenciário, ambiental, trabalhista e processual, condição desejada para se navegar no meio
jurídico como auxiliar do juízo. Naturalmente que este conhecimento também é bom para o auditor,
mas se exige com mais propriedade do perito, por ser este junto com o juiz o provedor do equilíbrio
da Justiça.

O status do perito, também é elevado para categoria de cientista, por força do CPC art. art. 145
que trata do perito como sendo um cientista para assistir o juízo em matérias de ciência e
tecnologia.

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A auditoria, também ramo da mesma árvore, contabilidade, tem como seu destaque, as revisões de
procedimentos relativos às atividades de interesse da CVM, pois a lei 6.385-76, art.. 26 e 27 tratam
do assunto, enfatizando o registro do profissional na CVM que está normalizando as condições que
consideram ideais para conceder o registro. Naturalmente é importante frisarmos que este registro
da CVM só é obrigatório quando a empresa auditada está entre aquelas relacionadas na lei,
ficando fora as auditorias de empresas que não estejam negociando ações na bolsa e que não
estejam operando com valores mobiliários, como exemplo uma montadora de veículos
automotores, de capital fechado.

São duas atividades ótimas. Recomendamos estágios nas duas áreas antes de decidir à carreira.
Acreditamos que seguir as duas simultaneamente é muito difícil, não impossível, pois ambas
requerem estudos continuados e pesquisas cientificam. As duas bradam por constantes e eternas
reciclagens.

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Para uma melhor visualização, apresentamos as principais características de auditoria e perícia na


tabela abaixo.

QUADRO COMPARATIVO ENTRE AUDITORIA E PERÍCIA CONTÁBIL

Itens PERÍCIA AUDITORIA


1 Executada somente por pessoa física, Pode ser executada tanto por pessoa
profissional de nível universitário (CPC, art. física quanto por jurídica.
145).
2 A perícia serve a uma época, questionamento Tende à necessidade constante, como
específico, por exemplo, apuração de haveres exemplo: auditoria de balanço,
na dissolução de sociedade. repetindo-se anualmente.
3 A perícia se prende ao caráter científico de Auditoria se prende à continuidade de
uma prova com o objetivo de esclarecer uma gestão; parecer sobre atos e fatos
controvérsias. contábeis.
4 É específica, restrita aos quesitos e pontos Pode ser específica ou não; exemplo:
controvertidos, especificados pelo condutor auditoria de Recursos Humanos, ou em
judicial. toda empresa.
5 Sua análise é irrestrita e abrangente. Feita por amostragem.
6 As normas técnicas são: As normas técnicas são:

 Resoluções CFC n.º 857/99, trata das  Resoluções CFC n.º 820/97, trata
normas profissionais do perito; das normas de Auditoria Independente;

 Resoluções CFC n.º 858-99, trata da perícia  Resoluções CFC n.º 821/97, trata
contábil. das normas Profissionais do Auditor
Independente.
7 Usuários do serviço Usuários do serviço

 As partes e principalmente a justiça  Sócios, investidores, administradores


8 As normas técnicas são: As normas técnicas são:

 Resoluções CFC n.º 857/99, trata das  Resoluções CFC n.º 820/97, trata
normas profissionais do perito; das normas de Auditoria Independente;

 Resoluções CFC n.º 858-99, trata da perícia  Resolução CFC n.º 821/97, trata das
contábil. normas Profissionais do Auditor
Independente.

 Resolução CFC n.º 915/01, trata das


normas profissionais e sigilos

 Resolução CFC n.º 923-02, trata da


revisão externa pelos pares.

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Normas estabelecidas pelo CFC


As Normas Brasileiras de Contabilidade estabelecem regras de conduta profissional e
procedimentos técnicos a serem observados quando da realização dos trabalhos previstos na
Resolução CFC n° 560/83, de 28 de outubro de 1983, em consonância com os Princípios
Fundamentais de Contabilidade.

A Contabilidade, na sua condição de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio, busca, por meio da
apreensão, da quantificação, da classificação, do registro, da eventual sumarização, da
demonstração, da análise e relato das mutações sofridas pelo patrimônio da Entidade
particularizada, a geração de informações quantitativas e qualitativas sobre ela, expressas tanto
em termos físicos, quanto monetários.

As normas classificam-se em "profissionais" e "técnicas", sendo enumeradas seqüencialmente.

As normas profissionais estabelecem regras de exercício profissional, caracterizando-se pelo


prefixo "NBC P".

As normas técnicas estabelecem conceitos doutrinários, regras e procedimentos aplicados de


Contabilidade, caracterizando-se pelo prefixo "NBC T".

NBC e NBC-T

As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) podem ser detalhadas através de Interpretações


Técnicas que, se, necessário, incluirão exemplos.

As interpretações técnicas são identificadas pelo código da NBC a que se referem seguido de
hífen, sigla IT e numeração seqüencial.

O Conselho Federal de Contabilidade poderá emitir comunicados técnicos quando ocorrerem


situações decorrentes de atos governamentais que afetam, transitoriamente, as Normas Brasileiras
de Contabilidade (NBC).

Os comunicados técnicos são identificados pela sigla CT, seguida de hífen e numeração
seqüencial.

A inobservância das Normas Brasileiras de Contabilidade constitui infração disciplinar, sujeita às


penalidades previstas nas alíneas c, "d" e "e" do art. 27 do Decreto-lei n° 9295 de 27 de maio de
1946, e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista

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EXERCICIO 2
COM BASE NO BALANCETE APRESENTADO E NOS FATOS A SEGUIR ELABORAR UM LAUDO PERICIAL, RESPONDENDO
OS QUESITOS DO ITEM 14 e 15 ABAIXO:

Contas 19X3

Fornecedores 410.500,00

Caixa 4.500,00

Duplicatas Descontadas 388.900,00

Salários a Pagar 36.850,00

Móveis e Utensílios 5.280,00

Desp.c/Seguros Paga Antecipados 700,00

Lucro/Prejuízo Acumulado 158.482,50

Duplicatas a Receber 625.000,00

Depreciações Acumuladas 10.868,00

Veículos 29.040,00

Títulos a Pagar (LP) 47.600,00

Títulos a Receber (LP) 72.000,00

Estoques 45.780,00

Impostos a Recolher 69.850,00

Bancos 256.800,00

Reserva Legal 8.475,00

Desp. Pré Operacional 79.850,00

Reserva para Contingências 4.721,13

Amortização Acumulada 7.188,00

Capital 201.408,00

Participação Societária 225.892,63

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A empresa Camafeu S/A, compra e vende aparelhos de GPS automotivo. Em 31/12/19X3, possuía em 300
unidades em seu estoque. Durante o mês de jan-x4 ocorreram os seguintes fatos:
1) Em 1/1/x4 pagamento de R$ 248.720,00 de duplicatas descontadas.
2) Em 5/1/x4, aquisição de mesas e cadeiras para administração da empresa a prazo no valor de R$ 52.000
3) Em 6/1/x4, recebimentos de alugueis antecipado do período de jan/x4 a ago/x4 – R$ 40.000, conforme recibo de
deposito bancário.
4) Em 7/1/x4, Receita de prestação de serviço, conforme NF 10 a favor de Mirella dos Santos, no valor de R$
160.000,00, sendo 50% avista em banco e o saldo a prazo
5) Em 7/1/x4, pagamento dos salários do mês de anterior- banco
6) Em 8/1/x4, adiantamento ao vendedor da comissão sobre as vendas de 7/1/x4, 20%- banco.
7) Em 11/1/x4, pagamento dos impostos relativo ao mês de dez/x3 - banco
8) Em 11/1/x4, recebimento da duplicata 10 no valor de R$ 68.000,00 com desconto de 2% - banco.
9) Em 12/1/x4, pagamentos de despesas operacionais relativos ao mês em curso no valor de R$ 27.000.

10) Vendas de 200 aparelhos de GPS pelo valor de R$ 250,00 cada, com ICMS incidente no total de RR$ 10.000.
Considerar que, desse montante R$ 40.000,00 foram efetuados a prazo.
11) Das vendas a vista realizada durante no período, foram oferecidos abatimentos em decorrência de avarias no
transporte, no valor de R$ 100, ICMS correspondente de R$. 20
12) Foram recebidas, em devolução, mercadorias vendidas à vista no total de R$ 200, ICMS correspondente de R$ 40.
13) A empresa conseguiu no exercício atual uma certificação de utilidade publica federal a qual lhe isenta dos
impostos e encargos federais
14) A atual administração quer apurar a economia conquistada no final de jan-x4 com a certificação, sabendo que a
mesma faz a apuração de resultado com base no Lucro Real.
15) Preparar um laudo, respondendo os seguintes quesitos:
1. Qual seria o valor do IRPJ?
2. Qual seria o valor do CSLL?
3. Qual seria o valor do PIS?
4. Qual seria o valor do COFINS?
5. Qual seria o valor do INSS- parte patronal
6. Qual seria o valor da economia total?
7. Qual o objetivo da Pericia?
8. Como você elaborou o planejamento para responder os quesitos acima?
9. Identifique uma evidência inequívoca.
10. Favor emitir a sua conclusão nos trabalhos apresentados.

Informações adicionais:
(ICMS 18%, PIS 1,65%, COFINS 7,6%, IRPJ 15% e 10% se houver adicional, CSLL 9%).
Considerar que esta empresa não tem funcionários regime CLT, todos fazem um trabalho voluntário, exceto o
vendedor.

CARATER E OBJETOS DA TECNOLOGIA CONTÁBIL DA PERICIA


Carater fundamental da tecnologia é a especificidade, ou seja, possuir um objeto determinado,
requerido, para que possa gerar uma opinião abalizada em matéria contábil

Se desejamos saber se uma pessoa teve em sua conta bancaria somas de dinheiro que
ultrapassarm a sua renda uo pe não possuem origem comprovada e sadia, só uma pericia especifica
da conta vai permitir-nos a opinião.

Se desejamos saber se um funcionário utilizou corretamente o dinheiro que lhe foi entregue em
determinado periodo para realizar determinados gastos – só uma pericia pode determinar.

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Classificação da Perícia Contábil

I – Por vontade ou consentimento do proprietário - Voluntária

II – Por ordem judiciária - Perícia Judicial

As Espécies de Perícia contábil, identificáveis e definíveis segundo os ambientes em que


são instaladas a atuar são:
1 – Perícia Judicial – a perícia judicial é aquela realizada dentro dos procedimentos
processuais do poder judiciário, por determinação, requerimento ou necessidade de seus agentes
ativos, e se processa segundo regras legais específicas (Justiça do Trabalho e Justiça Civil, Poder
Judiciário).

2- Perícia Semijudicial - a perícia semijudicial é aquela realizada dentro do aparato


institucional do Estado, porém fora do poder judiciário (Em âmbito Policial e na área de
Administração Tributária, Tribunal de Contas).

3 – Perícias Extrajudiciais ou Administrativas – a perícia extrajudicial é aquela realizada


entre pessoas físicas e privadas, fora do Estado e fora do poder judiciário.

4 – Perícia Arbitral – é aquela realizada no juízo arbrital, instancia decisória criada pela
vontade das partes, tem características especialíssimas de atuar parcialmente como se judicial e
extrajudicial fosse.

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APOSTILA
PRÉ-REQUISITOS PARAPERICIA CONTÁBIL
EXCERCER A FUNÇÃO DE PERITO:

1- Legal – Bacharel em Contabilidade

2- Profissional Conhecimento teórico de contabilidade

Conhecimento pratico de contabilidade

Experiências em perícias

Perspicácia – perseverança – sagacidade

Conhecimento geral de ciências afins.

Índole criativa e intuitiva.

Bom nível cultural.

3- Ético

4- Moral

5- Independência (?)

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QUALIDADE DO TRABALHO DO PERITO:

1- OBJETIVIDADE – caracteriza-se pela ação do perito em não desviar-se da matéria que


motivou a questão – exames laterais

2- PRECISÃO – consiste em oferecer respostas pertinentes e adequadas as questões


formuladas ou finalidades propostas

3- CLAREZA - esta em usar em sua opinião de uma linguagem acessível a quem vai
utilizar-se de seu trabalho, embora possa conservar a terminologia tecnológica e cientifica.

4- FIDELIDADE – caracteriza-se por não deixar-se influenciar-se por terceiros, nem por
informes que não tenham materialidade e consistência competente.

5- CONCISÃO – evitar ser prolixo e emitir opinião de forma clara para que possa facilitar a
decisão.

6- CONFIABILIADE Inequívoca baseada em materialidade – consiste em estar à perícia


apoiada em elementos inequívocos e validos legal e tecnologicamente.

7- PLENA Satisfação da finalidade – É exatamente, o resultado de o trabalho estar


coerente com os motivos que motivaram.

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COMPORTAMENTO DO PERITO:
 Postura discreta

A postura discreta do profissional de pericia no exercício da sua atividade, sem duvida poderá
ajudá-lo na dissolução dos vários conflitos, existentes na pericia.

 Alguns processos correm em segredo de justiça

A atividade de pericia o sigilo e confidencialidade, pois o profissional tem acessos a informações


restritas, não devendo ele divulgar informações em seu próprio beneficio ou de terceiro.
Informações somente poderão ser dadas a terceiros se houver determinação legal ou
formalmente expressa pelas partes.

 Existem laudos com interesses de serem divulgados.

 A quebra de sigilo(ética) só acontece quando prejudica uma parte.

 Elogios, criticas e acusações desvalorizam o laudo pericial.

 Respeito profissional é uma principio fundamental da ética.

 É possível contestar sem ofender.

 É possível elogiar sem bajular.

O trabalho do perito deve se ater exclusivamente ao ato a ser analisado, nunca


devendo atingir as pessoas, por exemplo, na analise dos procedimentos contábeis da
empresa XY Ltda. Não foi observada a lei xxxxx/zz, não é necessário neste caso a
referência a capacidade técnica do contador(ofensa), o contrário também é
verdadeiro(bajular)

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O COMPORTAMENTO INDEVIDO DO PROFISSIONAL CONTABILISTA


Uns poucos profissionais contabilistas, contrariando o Código de Ética Profissional e violan-
do o comportamento pessoal normal de um indivíduo, se propõem a executar fraudes na
elaboração dos serviços contábeis com o intuito de prejudicar alguém.
As constatações da existência de erros contábeis devem ser analisadas por duas situações.
Erro: Não há a intenção de o autor cometer o erro, podendo ser ocasionado por falta de
atenção ou de conhecimento sobre o fato.
Fraude: Há a intenção de o autor provocar lesões patrimoniais a alguém. Essa intenção é
denominada juridicamente de dolo.
Essas fraudes, muitas vezes, apresentam-se de forma refinada, pois são bem elaboradas.
Só o olhar atento do profissional perito-contador, associado ao seu conhecimento técnico-científico,
que é também apoiado no conhecimento das matérias afins à contabilidade, poderá fornecer meios
para a sua identificação.
No entanto, deve ser ressalvado que o perito-contador deve se ater ao objeto da questão, e
se deparando com irregularidades que não estão relacionadas com o objeto motivo do exame, não
deve relatá-los no seu laudo pericial.
Pela experiência profissional obtida no decorrer da execução de trabalhos periciais, algumas
fraudes bem elaboradas e identificadas pelo autor serão apresentadas.

Fraudes Corporativas "Como Prevenir Perdas Por Fraudes e Desfalques na


Empresa"

"Não Existem Empresas Seguras". (Revista Exame - Edição nº 913 - 12/03/2008 -


pág.122 - Agenda do Líder)

Os mais perigosos adversários de sua empresa podem estar no próprio


organograma...

A perda por fraudes é um dos principais flagelos que atacam todo tipo de
organização. A nível internacional, estima-se que as empresas perdem por esta
causa 5% do faturamento anual. É por isso que as companhias têm destinado
consideráveis recursos à prevenção e à detecção deste tipo de situações.

Neste novo cenário, a prevenção desempenha um papel-chave, já que uma vez que
a fraude é praticada a possibilidade de recuperação é muito baixa. Isto fica
claramente evidenciado em que em 42,1% dos casos de fraude não existe
recuperação.

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

No Brasil, o prejuízo médio por fraudes chega a 2% do faturamento bruto das


empresas conforme pesquisa realizada no final de 2006 por peritos e empresas
especializadas em prevenção de riscos com fraudes em 1200 empresas nacionais de
grande porte.
O fato que mais preocupa é que 76% das empresas pesquisadas foram vítimas de

Fraude.
Várias foram também as razões que motivaram a prática de atos fraudulentos
conforme a pesquisa, dentre elas: Perda de valores morais e sociais, Insuficiência
nos sistemas de controles, Impunidade, Problemas econômicos, Alterações na
organização da empresa etc.

Além desses fatores, desvios, roubos e fraudes provocam danos que vão muito além
do prejuízo estritamente financeiro. Geram desgates no ambiente corporativo,
desestabilizam relações operacionais, lesam a auto-imagem da empresa, abalam sua
imagem externa e concorrem às vezes, irremediavelmente, para frustrar resultados.

Neste novo cenário, a prevenção desempenha um papel-chave, ainda bem que


existem meios de prevenção ao trambique, à alquimia dos números e à deslealdade
de certos personagens.

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL
QUESTÕES DE FIXAÇÃO

1) Qual é diferença entre erro e fraude?

2) Comente sobre pelo menos 5 informações básicas que devem constar em laudo pericial.

3) O que é objetividade na qualidade do trabalho de um Perito?

4) O que é plena satisfação da finalidade no trabalho do perito?

5) O que é fidelidade no trabalho de um perito?

6) O que você entende por Perícia?

7) Comente sobre 3 das características da capacidade profissional que o perito deve ter para
exercer a sua atividade.

8) O que você entende por capacidade moral e independência profissional na atividade


profissional do perito?

9) Como se classificam as Perícias?

10) Quem pode requer uma Perícia?

11) Qual é o campo de atuação da pericia contábil?

12) Como posso classificar uma pericia contábil?

13) Com o objetivo de facilitar a compreensão da pericia contábil, devo subdividi-la em três
formas distintas, quais?

14) Qual a diferença entre uma pericia parcial e integral?

15) Qual a diferença entre a pericia administrativa e judicial?

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

Ano 2007 Movimento 2008 Ano 2008


Descrição Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual
ATIVO 367.266,83 819.834,58 (586.688,81) 600.412,60
Caixa 3.013,80 57.796,22 (57.201,73) 3.608,29
Bancos 44.472,56 356.850,50 (374.273,06) 27.050,00
Clientes 4.788,80 55.291,56 (47.403,77) 12.676,59
ICMS a Recuperar 2.880,00 16.155,00 (14.800,00) 4.235,00
Estoque de Peças 13.120,00 63.791,00 (60.060,00) 16.851,00
Clientes a Receber Longo Prazo 800,00 7.250,30 (6.830,25) 1.220,05
Escultura de Moisés - 150.000,00 - 150.000,00
Terreno 45.000,00 - - 45.000,00
Edificações 80.000,00 - - 80.000,00
Máquinas e Equipamentos 150.000,00 16.000,00 - 166.000,00
Móveis e Utensílios 15.000,00 13.200,00 - 28.200,00
Equipamentos de Informática 10.000,00 20.000,00 - 30.000,00
Veículo - 56.000,00 56.000,00
(-) Edificações (266,67) - (3.200,00) (3.466,67)
(-) Máquinas e Equipamentos (1.250,00) - (16.600,00) (17.850,00)
(-) Móveis e Utensílios (125,00) - (2.820,00) (2.945,00)
(-) Equipamentos de Informática (166,67) - (3.000,00) (3.166,67)
Software - 7.500,00 - 7.500,00
(-) Software - - (500,00) (500,00)
PASSIVO 367.266,83 (339.591,30) 572.737,07 600.412,60
Banco XY - - 15.000,00 15.000,00
Juros Financeiros - - 7.530,00 7.530,00
Fornecedores Nacionais 7.694,03 (100.185,87) 102.150,22 9.658,38
Salários a Pagar 4.735,21 (56.822,52) 59.190,06 7.102,75
Contas a Pagar - (20.550,00) 25.197,50 4.647,50
IR Retido a Recolher 46,40 (250,34) 360,32 156,38
INSS Retido a Recolher 1.800,63 (17.950,32) 18.732,50 2.582,81
PIS a Recolher 1.080,25 (12.963,00) 13.751,32 1.868,57
Contribuição Sindical a Recolher 532,20 (1.207,31) 1.527,30 852,19
ICMS a Recolher 5.850,00 (27.800,08) 32.851,77 10.901,69
INSS Patronal a Recolher 6.750,32 (72.273,31) 74.003,84 8.480,85
FGTS a Recolher 1.280,37 (13.150,46) 14.781,22 2.911,13
Provisão para Férias 4.114,46 (5.516,60) 8.228,92 6.826,78
Provisão para INSS sobre Férias 1.049,16 (2.813,47) 2.098,32 334,01
Provisão para FGTS sobre Férias 329,14 (882,66) 658,28 104,76
Provisão para PIS sobre Férias 41,16 (110,33) 82,32 13,15
Provisão para o 13º Salários - (5.289,96) 5.289,96 -
Provisão para INSS sobre 13º Salários - (1.348,92) 1.348,92 -
Provisão para FGTS sobre 13º Salários - (423,24) 423,24 -
Provisão para PIS sobre 13º Salários - (52,92) 52,92 -
Banco XY - - 7.500,00 7.500,00
PATRIMÔNIO SOCIAL 331.963,50 - 181.978,14 513.941,64
Fundo Institucional 335.500,00 - - 335.500,00
Doações Patrimoniais - - 163.200,00 163.200,00
Reserva de Superávit - - - -
Déficit Acumulado (3.536,50) - - (3.536,50)
Superávit ou (Déficit) - - 18.778,14 18.778,14

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Movimentação do mês de janeiro-2009


1 Em 03/01/2009 recebeu doação para custeio no valor de: 15,350.00
2 Em 05/01/2009 consumiu material para limpeza, pagamento em cheque no valor de: 3,820.00
3 Em 07/01/2009 pagou 50% das contas a pagar, pagamento efetuado com cheque: 2,323.75
4 Em 10/01/2009 é obrigado a pagar 60% do valor do ICMS a recolher (banco): 6,541.01
5 Em 10/01/2009 pagou parcela do financiamento (banco): 750.00
6 Em 11/01/2009 pagou a contribuição sindical: 852.19
7 pagou INSS 2,582.81
8 pagou IRPF 156.38
9 pagou o INSS patronal 8,480.85
10 pagou o PIS 1,868.57
11 Em 15/01/2009 doação patrimonial (um computador) no valor de: 2,120.00
12 Em 18/01/2009 recebeu 30% dos Clientes (Caixa): 3,802.98

Não esqueça de compensar o ICMS a recuperar.

Demonstração do Superávit ou Déficit do Exercício

2009 2008

RENDAS BRUTAS 15.350,00 550.025,00

Receitas de Doações 15.350,00 222.525,00

Receita de Vendas de Produtos 327.500,00

(-) Impostos sobre Vendas (32.851,77)

Renda Líquida 15.350,00 517.173,23

(-) Custo Mercadorias Vendidas (60.060,00)

Superávit ou Déficit Bruto 15.350,00 457.113,23

(-) Despesas Gerais e Administrativas (3.820,00) (402.504,89)

(-) Despesas Financeiras (9.710,20)

(-) Outras Despesas (26.120,00)

Superávit (Déficit) do Exercício 11.530,00 18.778,14

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Caixa 7,411.27 3,608.29 Financiamentos 21,780.00 22,530.00


Banco 15,024.44 27,050.00 Obrigações Trabalhista e Sociais 12,463.31 39,503.87
Provisões p/Obrigações e Encargos
Créditos 8,873.61 16,911.59
Trabalhista 7,278.71 7,278.71
Clientes 8,873.61 12,676.59
ICMS a Recuperar - 4,235.00 Passivo Não Circulante 7,500.00 7,500.00
Estoques 16,851.00 16,851.00 Financiamentos 7,500.00 7,500.00
Estoque de Peças 16,851.00 16,851.00
Ativo Não Circulante 538,111.72 535,991.72 PATRIMÔNIO SOCIAL 527,591.64 513,941.64
Realizável a Longo Prazo 1,220.05 1,220.05 Fundo Institucional 335,500.00 335,500.00
Investimentos 150,000.00 150,000.00 Doações Patrimoniais 165,320.00 163,200.00
Imobilizado 379,891.67 377,771.67 Déficit Acumulado
Intangível 7,000.00 7,000.00 Superávit (Déficit) do Exercício 26,771.64 15,241.64

Total Ativo 586,272.03 600,412.60 Total Passivo 586,272.03 600,412.60

O contador do Lar dos Velhinhos de Pirituba, não cumpriu as obrigações acessórias do ano 2008, e de jan-2009, com base na não
observância da lei, a SRF autuou a entidade a desclassificando dos benefícios fiscais que possuía (IRPJ, CSLL, PIS e COFINS),
elabore um laudo pericial contábil respondendo os quesitos abaixo:

1) Determine o valor dos tributos federais de forma analítica, determinando o valor do prejuízo que causou a falta de entrega
pelo contador das obrigações acessórias, considerando que o pagamento ocorreu em 15/02/2009, com multa de 10% e
juros de mora de 2% a.m.
2) Com base na metodologia em pericia, identifique com clareza o objetivo da Pericia.
3) Faça um planejamento para atingir o objetivo proposto.

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PLANO DE TRABALHO EM PERICIA CONTABIL:


1. Pleno conhecimento da questão ( se for judicial, pleno conhecimento do processo)

Toda perícia é proveniente de duvidas entre partes com interesses conflitantes sobre a
riqueza de alguém, o autor reclama seus direitos e o réu defende-se com seus argumentos.

O perito para participar do litígio deve saber com riquezas de detalhes dos argumentos tanto
do autor como do réu.

Se for perito do juiz sua responsabilidade ainda é maior, pois tendência é que seu laudo
seja de muito maior responsabilidade, seu conhecimento no processo tem ser total.

Se a perícia não é judicial, mas administrativa, necessário se faz conhecer tudo o que a
motivou e por que se deseja a opinião, ou ainda, o que se deseja fazer com ela.

2. Pleno conhecimento de todos os fatos que motivam a tarefa.

Os fatos que envolvem a tarefa pericial são muitos e não se confundem com o
conhecimento da questão, a questão da razão a metodologia e os fatos nos informam o que
já aconteceu ou o que estar para se suceder.

A questão que motivou a perícia pode ter contra ela fatos que estão ocorrendo ou ainda não
se anexaram ao processo e que o perito deve procurar conhecer.

3. Levantamento prévio dos recursos disponíveis para exame.

Para se planejar é preciso conhecer os recursos disponíveis, quer humano, que materiais, é
necessários componentes para se produzir um laudo de qualidade.

Nem sempre os elementos que se encontram a disposição do profissional são suficientes


para realizar a tarefa tal mo os quesitos ou as questões requerem.

Os levantamentos devem estar centralizados dentro dos objetivos da perícia, mas não é
demasiado procurar saber tudo o que existe ´porque, muitas vezes, é possível através de
controle, obter outras informações.

Só sabendo o que se pode dispor para examinar é possível fazer um plano de trabalho
pericial.

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4. Prazo ou tempo para execução das tarefas e entrega do laudo ou parecer.

É comum, nas perícias, os juízes, os administradores, os interessados fixarem prazos para


a realização das tarefas.

A lei 8455 de 24.08.92, fixa prazo, ou seja, no caso judicial a perícia precisa ser entregue
pelo menos vinte dias antes da audiência de instrução e julgamento.

A melhor forma de se calcular os prazos para execução das tarefas e elaboração de


cronograma, trabalhando sempre como uma margem de segurança, para cobrir imprevistos
que são normais.

TAREFAS TEMPO/HORA QUESITOS Nº

Exame de livros - legalidade 1

Exame pag... A pag....Diário 92

Exame conta Sr. 6

Exame Razão conta 19

Exame contrato 2

Exame pagamentos do Sr. 450

HORAS DO CRONOGRAMA 570

PRAZO ACORDADO NO PROCESSO 627

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5. Acessibilidade ao dados( se depende de muitos locais, com deslocamentos, burocracia etc.

Nem sempre os dados necessários se acham no mesmo local de atuação da perícia, e por
diversas vezes se espalham em regiões até longínquas.

As vezes em mau estado de funcionamento, dificultando o manuseio e até a leitura


precisando lançar mão de outros recursos.

Outras vezes de informe de terceiros, não implicados no processos, ou as vezes até de


implicados.

Para planejar o trabalho pericial é necessário conhecer a facilidade ou dificuldade que se


pode ter para chegar até os dados que são objeto de exames, assim como a qualidade para
a leitura e manuseio dos elementos.

6. Pleno conhecimento dos sistemas contábeis adotados e confiabilidade de documentação.

Como existem muitos sistemas de registros contábeis e de arquivos, também, o perito precisa
conhecer com se processam.

Não é comum encontrarmos dois sistemas absolutamente iguais, existem sim sistemas
semelhantes

O perito precisa testar a confiabilidade dos sistemas e dos arquivos de documentos, fitas, discos
etc.., para isto o perito deve ter um conhecimento razoável de sistemas

Para planejar é preciso saber como se chega aos dados e até que ponto é possível ter confiança
neles.

Um plano pericial precisa conhecer como chegar aos dados e como poder comprová-los para
poder-se saber que recursos tecnológicos vão ser empregados.

7. Natureza de apoio, se necessários.

Se o perito as com que apoios contar ( e precisa saber ), planejará de acordo com as
circunstancias.

Em havendo necessidades de pessoal, a empresa examinada pode dispor-se a oferecer tal


pessoal, mas também o perito deve estar preparado para utilizar seus auxiliares.

O perito deve fazer um elenco dos apoios de que necessita e onde poderá encontrá-los, para
depois fazer o plano.

Nem sempre uma perícia pode ser feitos sem ajuda de pessoas que auxiliam ou de especialistas
que resolvam problemas específicos.

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INFORMAÇÃO DA PERICIA NO LAUDO PERICIAL:

1- Identificação completa do caso( Processo nº, data, partes envolvidas)

2- Identificações do Perito

3-Identificação da autoridade a que se destina

4-Se for caso qual a metodologia adotada.

5-Identificação de quesitos por quesitos ou do caso pelo qual se opina.

6- respostas a cada um dos quesitos

7- conclusões precisas sobre os quesitos

8- anexos que comprovem os casos que merecem analises.

9- data e assinatura do perito.

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Requisitos Fundamentais Jurídicos Formais –

o Código do Processo Civil art. 145 determina:

1 – Que tenham grau de nível universitário na matéria que deverão opinar.

2 – Que estejam registrados, no órgão de classe regulador da profissão a que se refere à


especialidade da matéria submetida à apreciação pericial.
Pessoalidade – a perícia possui caráter de pessoalidade do exercício, na forma judicial, é
permitido somente como pessoa física, conforme o Código do Processo Civil preceitua.

O Conselho Federal de Contabilidade incumbe privativamente ao Contador, ou seja, a


Bacharel em Ciências Contábeis, devidamente registrado como tal no Conselho Regional de
Contabilidade a execução de perícias judiciais, extrajudiciais ou arbitrais.

Saber Técnico Científico – Para que se aprofunde cientificamente ma interpretação do


fato em sua especialidade.

Conhecimentos Jurídicos – Para que conheça em profundidade o roteiro legal,


notadamente o processual, como também a legislação que recai sobre a matéria examinada.

Português Instrumental - deve o profissional dominar com segurança o instrumento


básico de transmissão e percepção de idéias, a língua portuguesa segundo a norma

Uma pericia pode ser integral ou parcial dos fatos patrimoniais quer para detectar realidades ou
existências, valores, forças de provas ou configurações de situações da riqueza.

Uma pericia pode ensejar outra pericia se o interessante de opinião abrange um objetivo que
requer amplo conhecimento de uma questão postulada.

A especificidade exige do trabalho pericial a perseguição plena, pelo exame contábil, do objetivo
para o qual se deseja a opinião.

Tudo o que for pertinente a opinião a ser emitida deve ser objeto de exame da pericia.

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BALANCETES DE VERIFICAÇÃO 31/01/2010

CONTAS SALDO

Aplicações Financeiras de Liquidação Imediata 48,000,00

Bancos 350,000,00

Caixa 2,500,00

Capital 370,000,00

Contas a Pagar 31,250,00

Depreciação Acumulada 1,825,00

Duplicatas a Pagar 85,000,00

Duplicatas a Receber 94,100,00

Estoque 115,000,00

Financiamentos LP 280,000,00

Imóveis 85,000,00

Imóveis não de uso 18,000,00

Impostos a Recolher 30,000,00

Ajustes Patrimoniais 45,000,00

Maquinas e Equipamentos 65,000,00

Marcas Patentes 45,000,00

Moveis e Utensílios 10,000,00

Obrigações Trabalhistas de LP 134,000,00

Salários a Pagar 19,615,58

Terrenos 77,675,00

Títulos a Receber LP 41,800,00

Veículos 50,000,00

INSS a pagar 1,242,22

Ir a pagar 4142,20

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1) Em 1/2/10 resgate de 50% da aplicação financeira.

2) Em 5/2/10, aquisição de moveis e utensílios a prazo no valor de R$ 25.000

3) Em 6/2/10, Empréstimo bancário de curto prazo no valor de – R$ 45.000, conforme recibo de deposito bancário.

4) Em 7/2/10, Prestação de serviço, conforme NF 12 a favor de Maria Luiza dos Santos, no valor de R$ 60.000,00 a prazo

5) Em 7/2/10, pagamento dos salários e encargos referente ao mês de mar/10, conforme ch 12 R$ 25.000,00

6) Em 8/2/10, compra de mat. de escritório, conforme NF 34 do Lapapel, liquidada com ch. 14, no valor de R$ 14.000,00.

7) Em 11/2/10, pagamento dos impostos relativo ao mês de janeiro/10, conforme ch 11 R$ 13.000

8) Em 11/2/10, prestação de serviço a vista, conforme NF 10 R$ 18.000

9) Em 12/2/10, pagamentos de despesas operacionais relativos ao mês em curso no valor de R$ 27.000.

10) Em 13/2/10, Pagamento da aquisição de material de limpeza no valor de R$ 14.400, conforme cheque 18

11) No final do período calcular e provisionar o imposto sobre as vendas e o consumo de 50% do material de escritório.

12) No final do período calcular e provisionar com base na legislação a contribuição social sobre o lucro liquido CSLL e IRPJ

13) No final do período no caso da existência de lucros constituírem com base na legislação a Reserva Legal, e destinar 10%
aos Lucro Liquido aos administradores, 5% aos funcionários e 20% aos acionistas.

14) Com base nos dados acima elaborar no final do inicio do mês de fev/10 o Balanço Patrimonial, e a Demonstração de

Resultado do Período.

Com base nos dados acima, o departamento de contabilidade da empresa MILEMALU S/A, realizou a escrituração do mês de
fevereiro/2010, conforme as movimentações das fichas razões e das Demonstrações Contábeis seguir.

APLIC. FINANCEIRAS BANCOS CAIXA CONTAS APAGAR


48,000,00 24,000,00 350,000,00 25,000,00 2,500,00 31,250,00
24,000,00 14,000,00
45,000,00 13,000,00
18,000,00 27,000,00
14,400,00
48,000,00 24,000,00 0,00 2,500,00 0,00 0,00 31,250,00
24,000,00 0,00 2,500,00 31,250,00
437,000,00 93,400,00
343,600,00

DEPREC. ACUMULADA DUPLICATAS A PAGAR DUPLICATAS A RECEBER

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CAPITAL

370,000,00 1,825,00 85,000,00 94,100,00

25,000,00 60,000,00

0,00 370,000,00 0,00 1,825,00 0,00 110,000,00 154,100,00 0,0

370,000,00 1,825,00 110,000,00 154,100,00

ESTOQUES FINANCIAMENTOS LP IMOVEIS IMOVEIS NÃO DE USO

115,000,00 280,000,00 85,000,00 18,000,00

115,000,00 0,00 0,00 280,000,00 85,000,00 0,00 18,000,00 0,0

115,000,00 280,000,00 85,000,00 18,000,00

IMPOSTOS A RECOLHER AJUSTES PATRIMONIAL MAQ. E EQUIPAMENTOS MARCAS E PATENTES

13,000,00 30,000,00 6,495,00 45,000,00 65,000,00 45,000,00

3,900,00 3,897,00 40,100,00

3,290,80

1,480,86

5,627,27

1,645,40

13,000,00 33,900,00 22,436,33 85,100,00 65,000,00 0,00 45,000,00 0,0

20,900,00 62,663,67 65,000,00 45,000,00

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MOVEIS E UTENSILIOS OBRIG. TRABALHISTAS LP SALARIOS A PAGAR TERRENOS

10,000,00 134,000,00 19,615,58 19,615,58 77,675,00

25,000,00

35,000,00 0,00 0,00 134,000,00 19,615,58 19,615,58 77,675,00 0,0

35,000,00 134,000,00 0,00 77,675,00

TITULOD A RECEBER LP VEICULOS EMPREST. BANCARIOS

41,800,00 50,000,00 0,00 45,000,0

41,800,00 0,00 50,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 45,000,0

41,800,00 50,000,00 0,00 45,000,0

RECEITAS DE SERVIÇOS EST. DE MATL ESCRTORIO DESPESAS OPERACIONAIS DESPESAS JORNAL

60,000,00 14,000,00 7,000,00 27,000,00 0,00

18,000,00

0,00 78,000,00 14,000,00 7,000,00 27,000,00 0,00 0,00 0,0

78,000,00 7,000,00 27,000,00 0,00

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

ESTOQUES DE MATL DE LIMPEZA DESPS ISS DESPS MATL ESCRIT. INSS A PAGAR

14,400,00 3,900,00 7,000,00 1,242,22 1,242,2

14,400,00 0,00 3,900,00 0,00 7,000,00 0,00

14,400,00 3,900,00 7,000,00

IR A PAGAR

4,142,20 4,142,20

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

BALANÇO PATRIMONIAL

CONTAS ATIVAS CONTAS PASSIVAS

CIRCULANTE 660,600,00 CIRCULANTE 217,542,00

Caixa 2,500,00 Contas a Pagar 31,250,00

Bancos 343,600,00 Duplicatas a Pagar 110,000,00

Aplic. Financeiras LI 24,000,00 Impostos a Recolher 20,900,00

Duplicatas a Receber 154,100,00 Empréstimos Bancário 45,000,00

Estoques 115,000,00 IRPJ A RECOLHER 6,495,00

Estoques de Matl de Escritório 7,000,00 CSLL A RECOLHER 3,897,00

Despesas Antecipadas 14,400,00

NÃO CIRCULANTE 415,650,00

REALIZAVEL A LP 41,800,00

Títulos a Receber de LP 41,800,00

INVESTIMENTOS 18,000,00

Imóveis não de Uso 18,000,00 NÃO CIRCULANTE 858,708,00

EXIGIVEL A LP 414,000,00

IMOBILIZADO 310,850,00 Financiamento de LP 280,000,00

Imóveis 85,000,00 Obrigações Trabalhistas LP 134,000,00

Maquinas e Equipamentos 65,000,00

Moveis e Utensílios 35,000,00 PATRIMONIO LIQUIDO 444,708,00

Terrenos 77,675,00 CAPITAL 370,000,00

Veículos 50,000,00 Ajuste Patrimonial 62,663,67

(-) Depreciação acumulada (1,825,00) RESERVAS LEGAL 1,645,40

RESERVAS AOS ADMINISTRADORES 3,290,80

INTANGIVEL 45,000,00 RESERVAS AOS FUNCIONÁRIOS 1,480,86

Marcas e patentes 45,000,00 RESERVAS AOS ACIONISTAS 5,627,27

TOTAL DO ATIVO 1,076,250,00 TOTAL DO PASSIVO 1,076,250,00

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

DEMONSTRAÇÃO RESULTADO

VENDAS 78,000,00

IMPOSTOS S/ VENDAS (3,900,00)

RECEITA LIQUIDA 74,100,00

CMV 0,00

RECEITA OPERACIONAL 74,100,00

DESPESAS OPERACIONAL (27,000,00)

DESPESAS COM JORNAL 0,00

DESPESAS DE MATERIAL ESCRITORIO (7,000,00)

RECEITA NÃO OPERACINAL-ALUGUEL 0,00

LUCRO LIQUIDO ANTES DO IR 40,100,00

IRPJ (6,495,00)

CSLL (3,897,00)

LUCRO LIQUIDO APÓS IR 29,708,00

RESERVAS AOS ADMINISTRADORES (3,290,80)

RESERVAS AOS FUNCIONÁRIOS (1,480,86)

RESERVAS AOS ACIONISTAS (5,627,27)

RESERVA LEGAL (1,645,40)

RESULTADO LIQUIDO 17,663,67

Como os senhores podem observar a RIR/94 no seu art. 279( provisões sobre a folha de pagamento) e na IN-SRF 162/1998
(depreciação do bens do ativo imobilizado ) não foi observado pela contabilidade da empresa.

Os seus acionistas em uma atitude de descontentamento com a atual administração solicitam ao senhor (perito contábil) que
com a observância destas duas legislações definam com clareza qual o valor do imposto de renda e da contribuição social a ser
pago nesta data ( 23-08-2010) , considerando que o vencimento dos mesmos ocorreram em 15/03/2010, e que sobre cada um
incide uma multa de 10%, mais juros de mora 2% a.m. respondendo os seguintes quesitos:

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

1- Qual a (s) metodologia usada para atingir os argumentos em pauta?


2- Exemplifique no exercício o que podemos classificar como conceito de fidelidade.
3- Exemplifique no exercício o que podemos classificar como conceito de objetividade.
4- Qual o valor do IR ao momento do vencimento?
5- Qual o valor do IR ao em 23-08-2010?
6- Qual o valor do CSLL no momento do vencimento?
7- Qual o valor do CSLL em 23-08-2010?
8- Qual o valor do patrimônio da empresa Milemalu Ltda. em 28/02/10
9- Justifique em sua opinião se houve um erro ou fraude, e por quê?
10- Considerando que o perito contábil, esta sendo contratado para determinar o valor correto do IR e do CSLL, o que
eventualmente poderemos considerar como uma pericia parcial, neste caso?
FUNCIONÁRIO SALARIO

Leonardo Cruzelles 15840

Maria Luiza dos Santos 2850

Gabriel Azevedo 1310

Miguel Lemos 600

João Sanches 4400

Tempo para depreciação Taxa ( a.a.)

Edificações 25 anos 4,00%

Máquina e Equipamentos 10 anos 10,00%

Veículos 20,00%

Móveis e Utensílios 10 anos 10,00%

Equipamentos de Informática 5 anos 20,00%

Segurados empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

TABELA VIGENTE
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração
a partir de 1º de janeiro de 2010
* 1º competência jan/2010 - pagamento fev/2010

Alíquota para fins de recolhimento


Salário-de-contribuição (R$)
ao INSS (%)

até R$ 1.040,22 8,00

de R$ 1.040,23 a R$ 1.733,70 9,00

de R$ 1.733,71 até R$ 3.467,40 11,00

FGTS: 8% sobre a remuneração do empregado.


=INSS: a contribuição ao INSS é calculada sobre a parte patronal e a parte do empregado
Contribuição previdenciária patronal, em regra, é de:
- 20% referente à contribuição previdenciária patronal sobre o total da folha de pagamento, inclusive pró-labore;
- 5,8% (Sal. Educação + INCRA + SENAI + SESI + SEBRAE) Obs. Essa é a regra geral, mas as alíquotas variam
conforme o código FPAS da empresa;
- de 1% a 3% sobre o total das remunerações pagas a título de salário, referente ao Seguro de Acidente de trabalho
(SAT) (o percentual varia em função do grau de risco da atividade exercida pela empresa, trabalharemos com o
percentual de 1%.

NOVA TABELA PROGRESSIVA-IR

ALÍQUOTA DE A PARCELA DEDUÇÃO

ISENTA - 1.434,00 -

7,50% 1.434,01 2.150,00 107,55

15,00% 2.150,01 2.866,00 268,80

22,50% 2.866,01 3.582,00 483,75

27,50% 3.582,01 - 662,85

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

O LAUDO PERICIAL

O perito sempre informa pelo laudo que produz.

O laudo pericial contábil é a peça escrita na qual o perito-contador expressa, de forma


circunstanciada, clara e objetiva, as sínteses do objeto da perícia, os estudos e as observações
que realizou as diligências realizadas, os critérios adotados e os resultados fundamentados, e as
suas conclusões.

O Perito Contador é o único responsável pela preparação e redação do laudo, que deve ser
produzido de maneira clara e objetiva, expondo a síntese do objeto da perícia, os critérios adotados
e as conclusões.

O laudo poderá ser com quesitos, que serão transcritos e terão as respostas circunstanciadas na
pesquisa efetuada, respondidos primeiros os quesitos oficiais e, posteriormente, os formulados
pelas partes;

As respostas aos quesitos serão circunstanciadas, não sendo aceitas aquelas como "sim" ou "não",
ressalvando-se os que contemplam especificamente este tipo de resposta.

Não havendo quesitos, a perícia será orientada pelo objeto da matéria, se assim decidir quem a
determinou.

Sendo necessária a juntada de documentos, quadros demonstrativos e outros anexos, estes


devem ser identificados e numerados, bem como mencionada a sua existência no corpo do laudo
pericial contábil.

A preparação e a redação do laudo pericial contábil são de exclusiva responsabilidade do perito-


contador.

O laudo pericial contábil será datado, rubricado e assinado pelo peritocontador, que nele fará
constar a sua categoria profissional de Contador e o seu número de registro em Conselho Regional
de Contabilidade.

O laudo pericial contábil deve sempre ser encaminhado por petição protocolada, quando judicial
ou arbitral. Quando extrajudicial, por qualquer meio que comprove sua entrega.

Os laudos podem ser isolados, de um só perito, ou de uma junta ou colegiado de peritos.

O laudo pode obedecer a critérios diferentes, de acordo com cada caso, preferivelmente, deve
expor a metodologia seguida e a justificativa da escolha da mesma.

O laudo deverá ser datado e assinado pelo perito-contador, cumprindo toda a formalidade, e
encaminhando mediante petição, quando judicial ou arbitral e por carta protocolada ou por qualquer
outro meio que comprove a entrega, quando extrajudicial.

Não existe normatização quanto à estrutura do laudo, mas existem formalidades que compõem a
estrutura dos mesmos.

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

Em geral, no mínimo, um laudo deve obedecer em sua estrutura os elementos seguintes:

a) abertura:

 Nome(qualificação completa) da pessoa a quem se dirige a perícia;


 Nº do processo se houver;
 Nome(qualificação completa) das partes envolvidas – autor e réu; e
 Parágrafo introdutório.
No parágrafo introdutório consta:

 Declaração formal de realização do trabalho pericial;


 Identificação legal do perito;
 Nº do órgão de classe;
 Declaração de observância da legislação processual aplicável e
 E das Normas Brasileiras de Perícia e do perito-contador;
 E a declaração da espécie de laudo que se apresenta.
b) Considerações iniciais

 Data e nome do solicitador da perícia;


 Referência de técnicas adotadas para exame dos autos;
 Se há necessidade ou não de diligências.
c) Exposição sobre o desenvolvimento do trabalho:

 Introdução ao tópico do trabalho a ser desenvolvido, referência a normas profissionais e


ordenamento lógico;
 Identificação do objeto da prova pericial (questão);
 Identificação do objeto da prova pericial (sua finalidade);
 Se não houver diligência, descrição dos elementos que foram objeto de exame, análise
ou verificação;
 Se houver diligência, descrição dos elementos pesquisados e vistoriados;
 Descrição de técnicas, análises, métodos e raciocínios utilizado para conclusão pericial.
d) Considerações finais

 Síntese da conclusão;
 Opinião técnica do perito sobre a matéria;
 Síntese de apuração de valor e seu montante (se for o caso);
 Síntese da finalidade do laudo;
 Indicação de quesitos (se houver).
e) Quesitos - Respostas

 Transcritos na ordem do laudo;


 Respondidos seqüencialmente à transcrição dos quesitos formulados;
 Respondidos circunstanciadamente de forma clara e objetiva.

f) Encerramento do laudo:

 Exposição formal do encerramento do trabalho pericial, de maneira simples e objetiva;


 Descrição da quantidade de páginas que compõem o laudo, se rubricadas ou não;
 Local e data da conclusão do laudo;
 Assinatura e identificação do perito.
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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

g) Anexos

 Os anexos que integram o laudo devem ser numerados seqüencialmente e rubricados pelo
perito;
 Dos anexos fazem parte: demonstrativo de análise e dos documentos indispensável à
ilustração e bom esclarecimento do trabalho técnico realizado.
Exemplificando o relatado acima, apresentamos um modelo que contempla uma das formas
de apresentação do Laudo Pericial.

Não existe um modelo padrão para o Laudo Pericial, porém, todos devem conter os
elementos básicos relatados anteriormente.

Anexos a “folha de rosto” que estamos apresentando, devem figurar os quesitos e outros
documentos complementares, necessários à confecção do Laudo Pericial.

A DEFICIÊNCIA DE ALGUNS PROFISSIONAIS


Algumas vezes, profissionais com deficiências de conhecimentos técnicos e experiência
profissional ou não habilitados legalmente são indicados ou nomeados para a realização de
trabalho pericial contábil, executando o trabalho de forma inadequada, apresentando laudos
classificados como omissos ou insuficientes e que quase sempre não servem de base para o
julgador decidir sobre o litígio.

Os laudos omissos, como a própria denominação qualifica, omitem dados importantes ao


esclarecimento do fato.

Os laudos insuficientes, apesar de apresentarem elementos que servirão de base para a


decisão, não os apresentam de forma completa, deixando de ser citados outros elementos que
corroborariam de forma incontestável a opinião profissional.

Esses profissionais, na execução do trabalho pericial, demonstram a falta de conhecimento


profissional de como devem ser executados o trabalho pericial e a forma técnica e de como deve
ser apresentado o laudo pericial.

Esses laudos provocam solicitações de esclarecimentos sobre o seu conteúdo e, muitas


vezes, representações aos órgãos de classe que punem o profissional que executou o trabalho
pericial, baseado no Código de Ética Profissional do Contabilista.

Outras vezes, de forma inadvertida, ocasionada pelo acúmulo de processos, os magistrados


nomeiam profissionais de outras ciências para a execução do trabalho pericial contábil.
O profissional nomeado, nesse caso, não tendo conhecimento das normas jurídicas e
profissionais relativas à execução do trabalho pericial contábil, não comunica o seu impedimento
ao juiz que o nomeou, procedendo à execução do trabalho pericial de forma contrária às normas
legais.
Quando era obrigatória a assinatura do Termo de Compromisso, todos tinham conhecimento
da especialidade profissional do perito nomeado, por meio do Termo de Compromisso, pois ali era
encontrada a qualificação do profissional. Na atualidade, não há mais a obrigatoriedade da
assinatura do Termo de Compromisso, podendo o magistrado dispensá-Ia.
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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

Por suas vezes, as partes, no intuito de economia processual, não contratam profissionais
contabilistas para a função de perito-contador assistente, ou quando o fazem utilizam-se de
profissionais sem experiências profissional e pericial, que não comunicam ao magistrado o
impedimento do perito nomeado em razão de ser a perícia contábil exclusividade de contadores.
Essa é uma das razões pelas quais alguns trabalhos periciais contábeis são apresentados
de forma bizarra e manchando a imagem da contabilidade. Além disso, erros e fraudes contábeis
desfilam a frente do profissional nomeado e não são identificados por falta de experiência ou por
incompetência profissional.

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

EXEMPLO DE UM LAUDO PERICIAL CONTABIL

NOME DO PERITO

Perito Contador

CPF 111.111.111-11

CRC-PR CO 033333/O-3

LAUDO PERICIAL

NOME DO PERITO

CRC/PR CO – 033333/0-3

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

JUSTIÇA FEDERAL
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO
4ª VARA FEDERAL DE SÃO PAULO

PROCESSO: 22.08.19656565

AÇÃO: MONITÓRIA

EXEQÜENTE: NOME DO EXEQUENTE EXECUTADO: NOME DO EXECUTADO

DATA DE ENTREGA DO LAUDO: 22.08.2010

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

SUMÁRIO

I – OBJETIVO .................... p. 3

II – RESPOSTAS AOS QUESITOS

DO EXECUTADO .................... p. 4

DA EXEQÜENTE .................... p. 6

III – CONCLUSÃO .................... p. 7

IV – ENCERRAMENTO .................... p. 7

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

I - OBJETIVO
O presente trabalho tem por objetivo responder aos quesitos, para dirimir os conflitos e dúvidas que
possam haver entre as partes e auxiliar a tomada da decisão da lide, constituindo-se do conjunto de
procedimentos técnicos necessários destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários
à solução do litígio, na forma de Laudo Pericial, em conformidade com as normas aplicáveis e a legislação
específica pertinente.

Na realização do trabalho, o planejamento envolveu o estudo prévio do processo, tomada de ciência


do conteúdo e das abordagens dadas pelos quesitos das partes, permitindo e facilitando o exame dos
documentos necessários. Foi realizada diligência para solicitação de documentos e informações em 14 de
maio de 2009, dirigida a NOME DA EXEQUENTE, solicitando planilhas com a indicação das taxas praticadas
no contrato com o executado, contrato original assinado pelo cliente, documentos internos contendo
informações discriminadas sobre inadimplência, custos de captação em CDB incorridos pela INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA e as taxas de rentabilidade aplicáveis às operações, especificamente para o contrato citado, em
conformidade com a disponibilidade prevista no parágrafo quinto da cláusula quinta do mesmo contrato,
além das normatizações e outras determinações legais adotadas pela exeqüente no enquadramento do
referido contrato. Em resposta ao ato diligencial, atendido pela GIPRO/CT, setor encarregado do
atendimento junto à INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, obteve-se a resposta que consta como anexo I –
Informações da INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, onde constam as taxas de juros praticadas, índices mensais de
captação em CDB e rentabilidade. Adicionalmente também foi recebido o documento constante do anexo II
– Demonstrativo de débito e evolução da dívida, também fornecido pela INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. No
entanto, os documentos supostamente disponíveis, previstos no parágrafo quinto da cláusula quinta do
contrato, constante das folhas 6 (seis) a 8 (oito) dos autos, não estão dispostos de outra forma que não
eletronicamente, dentro dos sistemas da exeqüente. Assim, há prejuízo na informação, o que não permite,
portanto, perfeita avaliação dos objetos estudados em particular, mas que contribuíram com as conclusões
apresentadas nas respostas de cada quesito. Os quesitos transcritos foram apresentados pela exeqüente às
folhas 126 e 127 dos autos, em requerimento que apresenta a Sr(a) NOME DA ASSISTENTE TÉCNICA como
assistente técnica para este processo, a qual informou que o atendimento ao procedimento diligencial seria
realizado pelo setor GGG/CC da INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. Os quesitos apresentados pelo executado foram
apresentados às folhas 124 e 125 dos autos.

É necessário esclarecer que, desde a assinatura do contrato de financiamento, o Padrão Monetário


Nacional sofreu as seguintes alterações:

 01/08/93 – Cr$ 1.000,00 (mil cruzeiros) = CR$ 1,00 (um cruzeiro real) – Medida provisória 336 de
28/07/93, convertida na Lei 8.697 de 27.08.93.

 01/07/94 – CR$ 2.750,00 (dois mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros reais) = R$ 1,00 (um real) – Lei
8.880/94.

Este Laudo Pericial será parte integrante e probante nos autos de ação ordinária número 2008.00.00.01111-1,
em trâmite na 42ª Vara Federal de Curitiba.

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL
II - RESPOSTAS DOS QUESITOS

QUESITOS DO EXECUTADO

Páginas 124 e 125 dos autos

1) Qual a origem dos recursos nos contratos de abertura de crédito rotativo em conta corrente –
Cheque Azul em questão?
Resposta: Não há no contrato informação da origem dos recursos. Os recursos utilizados para operações
de crédito rotativo são recursos oriundos da captação de depósitos efetuados na instituição financeira, que
é a exeqüente neste processo.

2) Qual a taxa de juros para a captação de recursos no contrato?


Resposta: Está previsto no contrato apresentado às folhas 6 a 8 dos autos, no parágrafo segundo da
cláusula quinta, que “os juros remuneratórios serão calculados com base nas taxas de juros vigentes para
as operações da espécie, até o percentual máximo correspondente à composição dos custos de captação em
CDB para 30 (trinta) dias, incorridos pela INSTITUIÇÃO FINANCEIRA na última semana de cada mês,
acrescidos da taxa de rentabilidade de até 10% (dez por cento) ao mês”.

3) Comparando a taxa de juros aplicada pela Instituição Financeira com custo de captação da
Caderneta de Poupança, qual é o Spread que o Banco mensalmente ganha?
Resposta: O valor está evidenciado na planilha 1 do anexo III – Taxa de juros e poupança. No entanto, os
recursos de captação da caderneta de poupança são destinados a financiamentos habitacionais
especificamente.

4) Qual a taxa de juros anual empregada no contrato? Esta taxa consta do contrato, assim como seu
crescimento?
Resposta: Os valores anuais estão evidenciados em planilha no anexo IV – Demonstração da taxa anual de
juros. Estes valores, assim como seu crescimento, não estão evidenciados de forma expressa no contrato.

5) Em função da aplicação das taxas de juros sobre os valores contratados, no momento da


assinatura deste, qual o valor do débito e qual o percentual de aumento em relação ao percentual ao
que se pensava estar contratando?
Resposta: O contrato de Crédito Rotativo/Cheque Azul foi assinado pelo executado em 29 de janeiro de
1993, com limite expresso de Cr$ 20.000.000,00 (vinte milhões de cruzeiros). O executado assina, no
verso do termo de contratação, afirmação de ter recebido as cláusulas gerais do contrato em questão. Na
abertura do crédito, apresentada pelo extrato na folha 10 dos autos, o valor do saldo devedor era de Cr$
2.697.059,70 (dois milhões, seiscentos e noventa e sete mil e cinqüenta e nove cruzeiros e setenta
centavos). No entanto, não há como o Perito determinar o que pensava o autor no ato do contrato.

6) Qual o valor da taxa cobrada do Correntista com recálculo de 1% ao mês mais INPC?
Resposta: Como não foi indicada de qual período a indicação da taxa, foi elaborada uma relação, a partir
de janeiro de 1993, utilizando o solicitado (INPC + 1%). Estes valores estão evidenciados na planilha
constante do anexo V – INPC + 1%.

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL
7) Houve cobrança de juros capitalizados junto ao contrato de conta corrente celebrado pelo
correntista e a Instituição Financeira?
Resposta: A metodologia de cálculo utilizada na operação contempla os juros de forma capitalizada.

8) Qual a diferença obtida quando comparada a taxa de juros simples e a taxa de juros capitalizados
pela instituição financeira em face da utilização do limite de crédito no contrato?
Resposta: A diferença está evidenciada na planilha no anexo IV – Demonstração da taxa anual de juros,
onde apresenta-se a taxa nominal e efetiva (juros capitalizados).

9) Existem ou não juros aplicados e não especificado no contrato, capitalização de juros, correção
monetária excessiva e outras diferenças em desfavor do correntista?
Resposta: Existem juros capitalizados no contrato. Existem diferenças de cálculo no entendimento do
Perito, conforme apresentado nos anexos VI – Extrato de movimentação do contrato e VII – Extrato
recalculado. O Perito não pode, no entanto, manifestar-se a respeito de julgamentos de valor (correção
monetária excessiva e outras diferenças em desfavor do correntista).

10) Apurados os juros não especificados no contrato, a capitalização de juros a correção monetária
excessiva e compensando-se os depósitos efetuados pelo correntista para a amortização de juros,
qual é o valor real devido pelo mesmo a Instituição Financeira?
Resposta: A afirmativa de cobrança excessiva é dada pelo executado. Não pode o Perito manifestar-se a
respeito de julgamentos de valor ou de mérito na questão, o que compete ao Magistrado.

11) Está correto o saldo devedor reclamado pela Instituição Financeira, nos Autos de Ação
Monitória?
Resposta: O quesito apresenta julgamento de valor. O Perito não pode afirmar se o saldo devedor está
certo ou é irrepreensível. No entanto, conforme transcrição do extrato no anexo VI – Extrato de
movimentação do contrato, os valores cobrados a título de juros não conferem com os juros informados
pela exeqüente.

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

QUESITOS DA EXEQÜENTE

Páginas 126 a 127 dos autos

a) Os valores cobrados pela embargada estão de acordo com o estabelecido no contrato firmado
entre as partes?
Resposta: No anexo I – Informações da INSTITUIÇÃO FINANCEIRA apresenta-se o histórico das taxas
de juros praticadas no contrato, bem como os percentuais aplicados a título de comissão de permanência.
No contrato estão estabelecidos os juros remuneratórios, conforme já transcrito no quesito 2 do executado.
No entanto, conforme transcrição do extrato no anexo VI – Extrato de movimentação do contrato, os
valores cobrados a título de juros não conferem com os juros informados pela INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA. Após o recálculo do extrato com as taxas descritas no anexo I – Informações da
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, o valor do saldo correspondente a 27 de abril de 1998, utilizado como
base na cobrança, deixa de ser devedor. O extrato recalculado está transcrito no anexo VII – Extrato
recalculado.

b) O referido contrato trata de que tipo de operação?


Resposta: Crédito Rotativo em Conta Corrente – Cheque Azul, conforme evidenciado no contrato
constante das folhas 6 a 8 dos autos.

c) O contrato firmado entre as partes está enquadrado dentro dos parâmetros autorizados pelo
Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil?
Resposta: O contrato firmado entre as partes foi enquadrado à legislação pela Matriz da Nome da
Exeqüente. O Banco Central do Brasil, através de seus diretores, emite atos normativos, através de
Circulares e Resoluções, estabelecendo normas complementares para a regulamentação dos contratos sob
a forma de crédito rotativo e outras. No entanto, a interpretação do enquadramento legal não é parte da
Perícia Contábil, não podendo o Perito manifestar-se a respeito de julgamentos legais.

d) As taxas praticadas pela embargada correspondem às taxas de mercado, à época da assinatura do


contrato?
Resposta: As taxas praticadas pela embargada mantém relação com as taxas de mercado. Para efeito de
comparação e julgamento, apresenta-se no anexo VIII – Taxas de mercado, a relação de percentuais de
outros dois indicadores, TR e IPCA. Comparativamente, os percentuais aplicados a título de juros mantém
correspondência com tais valores, muito utilizados na economia, em termos de evolução histórica,
apresentando-se, no entanto, sempre acima de tais valores, com exceção do mês de junho de 1994.

e) Por fim, forneça o Sr. Perito esclarecimentos complementares que julgar pertinentes.
Resposta: Não há esclarecimentos complementares, salvo os já dispostos no item I – Objetivo deste
Laudo.

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III – CONCLUSÃO
Dado o estudo do processo e das diligências realizadas, este Perito conclui que houve ou não
houve equívoco por parte da exeqüente e que o correto valor a ser exigido do executado corresponde,
nesta data, ao montante exato de R$ 1,00 (um Real), devidamente atualizado em conformidade com os
parâmetros expostos nos quesitos apresentados.
Ainda informa o Perito que não são necessários esclarecimentos adicionais, uma vez que ficou
claro e desvelado o erro encontrado e que não mais existem controvérsias a serem dirimidas no processo
em tela.

IV – ENCERRAMENTO

Tendo encerrado os trabalhos periciais, lavro o presente Laudo Pericial que contém 7 (sete)
páginas, numeradas seqüencialmente, impressas e rubricadas no anverso, com 8 (oito) anexos abaixo
relacionados, também devidamente rubricados em todas as páginas.
São anexos deste Laudo:
Anexo I – Informações da INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, com 4 (quatro) páginas;
Anexo II – Demonstrativo de débito e evolução da dívida, com 8 (oito) páginas;
Anexo III – Taxa de juros e poupança, com 3 (três) páginas;
Anexo IV – Demonstração da taxa anual de juros, com 1 (uma) página;
Anexo V – INPC + 1%, com 3 (três) páginas;
Anexo VI – Extrato de movimentação do contrato, com 50 (cinqüenta) páginas;
Anexo VII – Extrato recalculado, com 51 (cinqüenta e uma) páginas e
Anexo VIII – Taxas de mercado, com 1 (uma) página.

Firmo o presente,

São Paulo, 22 de agosto de 2010

_________________________________
NOME DO PERITO ASSISTENTE

Perito Contador

CPF 111.111.111-11

CRC-SP 00000/O-1

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CASO REAL DE FRAUDE NA ELABO-RAÇÃO DO LALUR


Na realização de um trabalho pericial, foi examinado um LALUR onde foi constatado o seguinte:

Ao examinar o LALUR, foi constatado algo atípico na sua elaboração, contrariando o determinado
nas normas e nos procedimentos contábeis utilizados pelos profissionais em contabilidade.

TABELA 1 - Empresa: Serra Cega Artigos Diversos Ltda.

Livro de Apuração do Lucro Real - Ano 1999

Data Decrição

31.12.1999 Lucro antes do IRPJ 650.235,48

Adições:

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 58.521,19

Brindes 12.450,29

Multas de Trânsito 2.168,42

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Lucros Distribuídos 240.000,00 313.139,90

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31.12.1999 Lucro do Exercício 963.375,38

31.12.1999 Compensações

Compensação de Prejuízo do Exercício anterior 289.012,58

Lucro Real antes do IRPJ 674.362,70

IRPJ (674.362,70 x 15%) 101.154,40

Obs.: O nome da empresa é fictício, preservando o sigilo profissional.

Exame com mais profundidade, executado pelo perito-contador, constatou o seguinte:

1. A sociedade empresária contabilizou no exercício anterior (1998), no grupo de Despesas, a


conta Lucros Distribuídos, no valor de R$ 210.000,00 (duzentos e dez mil reais) sem realizar qualquer
reajuste no LALUR, apresentando a sua contabilidade um prejuízo de R$ 118.420,73 (cento e dezoito
mil quatrocentos e vinte reais e setenta e três centavos), ocasionando, com isso, um prejuízo fiscal de
R$ 118.420,73 (cento e dezoito mil quatrocentos e vinte reais e setenta e três centavos).

Nesse caso, se houvesse procedido às adições conforme determina a legislação, haveria um lucro
no exercício anterior (1998) de R$ 91.579,27 (noventa e um mil quinhentos e setenta e nove reais e
vinte e sete centavos).

2. No exercício em exame (1999), na escrituração do LALUR, foi adicionado ao Lucro Líquido antes
do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica o valor dos Lucros Distribuídos que houvera sido conta-
bilizado no grupo das Contas de Resultado (Despesas) no ano de 1999, ocasionando um Lucro Fiscal
de R$ 963.375,38 (novecentos e sessenta e três mil trezentos e setenta e cinco reais e trinta e oito
centavos).

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3. Utilizando-se do determinado pelo Decreto nº 3.000/99 (RIR), em seu art. 250, III, o contabilista
compensou o correspondente a 30% (trinta por cento) do lucro fiscal do exercício em questão,
utilizando-se do prejuízo fiscal do exercício anterior, prejuízo esse provocado pela contabilização
indevida dos Lucros Distribuídos e sem a devida correção quando da apuração do lucro fiscal pelo

LALUR, no montante de R$ 289.012,58 (duzentos e oitenta e nove mil doze reais e cinqüenta e oito
centavos).

No caso citado, houve a sonegação por duas vezes, sendo a primeira em 1998, quando da
contabilização indevida dos Lucros Distribuídos no grupo de contas de Resultado, sem qualquer
ajuste efetuado quando do preenchimento do LALUR.
A segunda, em 1999, mesmo sendo adicionado ao Lucro Líquido antes do Imposto de Renda
houve a sonegação quando da compensação do prejuízo fiscal do exercício anterior, repetindo que
esse prejuízo fiscal não existiria se houvesse o profissional agido de acordo com as normas
profissionais de contabilidade.
Há ainda um fato importante a ser citado: A sociedade empresária houvera sofrido fiscalização por
parte do Auditor Fiscal da Receita Federal e o mesmo não constatou a irregularidade citada no
exercício de 1999, dando por encerrada a fiscalização e considerando as Demonstrações Contábeis e
Financeiras como corretas, não sendo encontrada nenhuma irregularidade.
Quanto ao fato praticado pelo contabilista, surge a indagação: Houve erro profissional ou fraude?
Embora qualquer resposta ao fato acima possa ser considerada como subjetiva, alguns
procedimentos e análises podem ser utilizados para a apresentação de uma probabilidade de
resposta.
Primeiramente, podem-se comparar os procedimentos adotados pelo mesmo profissional em dois
exercícios distintos. Em 1998, o contabilista não adicionou ao Lucro Líquido Contábil o valor
contabilizado como Despesas referentes ao Lucro Distribuído. Já em 1999, houve o adicionamento ao
Lucro Líquido contábil dessa mesma conta. Fica a indagação: Havendo o profissional procedido de
uma forma no preenchimento do LALUR de 1999, porque o profissional não adotou esse mesmo
procedimento em relação ao exercício anterior, corrigindo o erro contábil apresentado?
No caso de erro profissional, o correto é que o profissional, ao tomar conhecimento de que
cometera um erro, proceda imediatamente a sua correção, sendo a contabilidade generosa nesse
sentido, permitindo a correção de Demonstrações Contábeis de exercícios anteriores.
No caso citado, o profissional se omitiu, e pior, utilizou-se do “erro” anterior para que a sociedade
empresária fosse tributada em relação ao IRPJ e a CSLL em valor menor ao que deveria ter sido
tributada. Admite-se, nesse caso, a fraude.
É admissível que, ao ser fiscalizado pelo Auditor Fiscal da Receita Federal, o mesmo deparando-se
no LALUR com uma situação atípica e interpretando que, se os valores contabilizados nas contas
Brindes e Multas de Trânsito pertencentes ao grupo de Contas de Resultado foram adicionados ao
Lucro Contábil para se encontrar o Lucro Fiscal, o procedimento adotado pelo profissional que
classificou a conta Lucros Distribuídos no grupo de Contas de Resultado e, posteriormente, também a
adicionou ao Lucro Contábil para encontrar o Lucro Fiscal se encontrava de forma correta.

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Porém, o agente do fisco não percebeu que o objetivo da redução do Lucro Fiscal foi concatenado no
exercício anterior, que já houvera, de forma indevida, apresentado prejuízo fiscal e, em conseqüência,
a utilização da compensação de 30% do Lucro Fiscal apurado no exercício de 1999 foi de forma
indevida, configurando aí a redução da tributação referente ao IRPJ e a CSLL.
Essa fraude pode ser considerada como de boa qualidade, pois a habilidade do profissional em
preparar a apuração do lucro fiscal de forma atípica, porém de modo similar às Contas de Resultado
Brindes e Multas de Trânsito, provavelmente induziu ao agente do fisco a considerar como corretos os
procedimentos adotados, estando eles dentro das normas profissionais e legais.
No entanto, a preparação para essa simulação fora feita já no exercício anterior, na qual, por
motivos desconhecidos, não foram examinados pelo agente do fisco que houvera procedido à
fiscalização do exercício correspondente a 1999.
CASO REAL DE FRAUDE COM O AUXÍ-LIO DA INFORMÁTICA
Na execução de um exame pericial com a finalidade de apresentar elementos comprobatórios em
uma ação judicial motivada para apuração de haveres, o perito-contador constatou uma fraude na
qual o profissional utilizou-se de elementos de informática para conseguir o seu objetivo.
Na página seguinte, temos o que foi constatado pelo perito-contador.
Foi destacado um dos saldos do dia 14.01.2001, para que possa ser esclarecido o tipo de fraude
ocorrida.
O valor do saldo do dia 14, em destaque, está acrescido de R$ 1.000,00 (mil reais), sem qualquer
tipo de lançamento contábil que justificasse o aumento desse saldo. Não foi encontrada a explicação
legal para esse fato.
O exame pericial realizado constatou que nesse dia o saldo foi adulterado de forma dolosa, ocasio-
nando, com isso, um saldo maior de uma Conta de Resultado (Despesa).
Em razão da constatação dessa irregularidade, foram feitos, de forma individual e utilizando-se de
máquinas calculadoras, o somatório dos saldos das contas constantes no livro razão da sociedade, de
todas as contas de Despesas e de Receitas, juntamente com as contas Caixa e Bancos C/Movimento.
A sociedade efetuava muitas operações de vendas à vista, sendo a movimentação da Conta Caixa
muito intensa, ocasionando cerca de 500 (quinhentos) lançamentos em um período de um mês.
No exame detalhado das demais Contas de Despesas, constatou-se a mesma irregularidade em
grande parte das contas examinadas, chegando a um percentual aproximado de 85% (oitenta e cinco
por cento).
Nas contas de despesas, o saldo era aumentado sempre com o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) em
determinado momento do período de competência. E as Contas de Receitas tinham os seus saldos
diminuídos, sendo utilizado o mesmo procedimento.

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A conta que movimentava os numerários (Caixa) apresentava uma diminuição correspondente à


soma do aumento do saldo da conta de despesa e a redução do saldo da conta de receita, na mesma
data, para que fosse mantido o equilíbrio contábil.

O MEIO UTILIZADO PARA A PRÁTICA DA FRAUDE

O perito contábil procurou então aprimorar os exames e conseguiu constatar que foi utilizado um
software (programa de computador) que permitia a alteração da variável que continha o saldo
acumulado da Conta de Resultado, embora a mesma estivesse compilada, sem haver a necessidade
de efetuar qualquer lançamento contábil.

A finalidade da fraude não era só lesar o fisco, mas também lesar os demais sócios da empresa
que não acompanhavam a contabilidade da empresa, confiando no só cio que apresentava em
determinados períodos os Balancetes de Verificação, nos quais eram apresentados os lucros do
período.

Em relação ao fisco, não havia sonegação em relação ao IRPJ e à CSLL, contudo, em relação ao
PIS e à COFINS, a sonegação estava presente, pois havia uma redução da base de cálculo das
receitas da empresa, pois era considerado como base de cálculo o saldo final das Contas de Receitas
do mês, existentes na razão da sociedade empresarial.

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TABELA 1 - Empresa: Corre Devagar Comércio de Produtos Naturais Ltda. Razão de 1º.01.2001 a 31.12.2001

Razão da Conta: 3.1.1.01.037 - Serviços Prestados por PJ

Data Descrição Débito Crédito Saldo

1º.01.2001 Saldo anterior -

03.05.2001 Pgto. PJ NF 00458 2.458,26 2.458,26

05.01.2001 Pgto. PJ NF 1265 3.450,24 5.908,50

07.01.2001 Pgto. PJ NF 006598 4.678,94 10.587,44

09.01.2001 Pgto. PJ NF 66598 265,87 10.853,31

10.01.2001 Pgto. PJ NF 0123 1.497,35 12.350,66

11.01.2001 Pgto. PJ NF 889456 A 3.457,43 15.808,09

12.01.2001 Pgto. PJ NF 00598 687,21 16.495,30

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13.01.2001 Pgto. PJ NF 24570 1.843,29 18.339,59

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14.01.2001 Pgto. PJ NF 012 1.113,20 19.451,79

14.01.2001 Pgto. PJ NF 0001547 2.380,90 22.832,69

14.01.2001 Pgto. PJ NF 56874 1.444,36 24.227,05

15.01.2001 Pgto. PJ NF 3259 825,15 25.102,20

19.01.2001 Pgto. PJ NF 333658 4.654,80 29.757,00

21.01.2001 Pgto. PJ NF 5687 1.444,80 31.201,80

22.01.2001 Pgto. PJ NF 135 2.560,00 33.761,80

24.01.2001 Pgto. PJ NF 2569 1.478,59 35.240,39

25.01.2001 Pgto. PJ NF 88561 2.497,80 37.738,19

26.01.2001 Pgto. PJ NF 3561 1.458,00 39.196,19

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26.01.2001 APOSTILA PERICIA
Pgto. PJ NF 12480 CONTÁBIL
1.690,58 40,886,77

26.01.2001 Estorno por lançamento 265,87 40.620,90


indevido em 09.01.2001

28.01.2001 Pgto. PJ NF 3254 2.498,22 43.119,12

29.01.2001 Pgto. PJ NF 6571 1.888,60 45.007,72

30.01.2001 Pgto. PJ NF 56874 4.483,97 49.491,69

31.01.2001 Pgto. PJ NF 256 654,20 50.145,89

31.01.2001 Pgto. PJ NF 869456 3.421,00 53.566,89

1º.02.2001 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxx xxxxxxxxxx

Obs.: O nome da empresa é fictício, preservando o sigilo profissional.

O faturamento bruto da empresa chegava a cerca de R$ 2.000.000,00 (dois milhões)


mensais e as contas de despesas eram em número de 68 (sessenta e oito). A empresa
emitia cerca de 300 (trezentas) notas fiscais durante o mês, que eram lançadas na
contabilidade individualmente, ocasionando, com isso, um grande número de lançamentos
contábeis, com o intuito de evitar a descoberta da fraude, pois um grande número de
profissionais que analisam documentação contábil confia inteiramente nos relatórios
emitidos pelos sistemas de informática.

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

A constatação da fraude em relação à conta CAIXA, cujos saldos eram apresentados


sempre a menor, chegou a um montante médio mensal de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais),
chegando ao final do exercício social em torno de R$ 960.000,00 (novecentos e sessenta
mil reais).
Essa situação já vinha ocorrendo por um período superior a três anos.

CONCLUSÃO
Os fatos apresentados demonstram que os profissionais que exercem a função pericial devem
estar bem preparados cada vez mais, tanto em conhecimentos técnicos como em conhecimentos
de ciências afins à Contabilidade.
O avanço tecnológico, a idéia de levar vantagem em tudo, a instituição danosa da sonegação e
outros fatores, a falta de profissionais qualificados para exercer a função de fiscalização, todos eles
contribuem para que novas técnicas de fraudes sejam criadas com o intuito de burlar o fisco ou
outras pessoas.
Cabe aos profissionais que exercem a função pericial adquirirem a qualidade da percepção,
examinando com “olhos de águia” os trabalhos executados por outros profissionais, trabalhos
esses motivos de exames periciais.
A situação apresentada não é usual, pois a grande maioria dos profissionais contabilistas exerce a
profissão com galhardia, honestidade, profissionalismo, competência, procurando sempre estar
atualizado com as normas legais e profissionais. Mas existem as exceções, infelizmente.
Os procedimentos corretos citados no parágrafo anterior só elevam e dignificam a nossa profissão,
pois toda a sociedade, de um modo ou de outro, sempre tem presente a contabilidade, não
havendo nenhum segmento social que possa “viver” sem a sua presença.

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CONTROLES E PLANO PERICIAL

Conforme a perícia é necessário que se observe o regime de controles que a empresa


tem.

Não são todos os casos que merecem indagações sobre o controle interno.

Aplicam-se no caso técnicas de sondagem especial para que se levantem as contas que
não dependem de controles ( não se movimentam com documentos, mas diretamente por
processos eletrônicos ou por autorizações direta da administração) .

Quanto mais deficiente forem os controles internos mais riscos tendem a gravar a
opinião dos peritos, exigindo cautelas especiais.

LAUDO PERICIAIS:

CONCEITO = É a manifestação literal do profissional de contabilidade (perito contábil) sobre


fatos patrimoniais devidamente circunstanciados gerando a peça tecnológica denominada
LAUDO PERICIAL CONTABIL

É o julgamento ou pronunciamento, baseado nos conhecimentos que em o profissional da


contabilidade, em face de eventos ou fatos que são submetidos a sua apreciação.

No processo, é usual, formulam-se Quesitos

O perito do juiz examina a questão e dá sua opinião através do seu laudo.

ESTRUTURAS DOS LAUDOS

Não existe um padrão de laudo, mas existem formalidades que compõem a estrutura dos
mesmos.

Em geral, no mínimo, um laudo deve ter em sua estrutura os seguintes elementos:

1. Prólogo de encaminhamento.

2. Quesitos

3. Respostas

4. Local, Data, Assinatura do perito

5. Anexos

Parecer ( se for caso )

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REQUISITOS DE UM LAUDO PERICIAL

Para que um laudo possa classificar-se como de boa qualidade, precisa atender aos
seguintes requisitos:

1. OBJETIVIDADE – É o princípios que se estriba no preceito acolhido pelas ciências, ou seja,


a exclusão dos julgamentos em bases pessoais, ou subjetivas.

2. RIGOR TECNOLOGICO = O rigor tecnológico por si exime o subjetivo.

3. CONSISÃO = Exige que as respostas evitem o prolixo

4. ARGUMENTAÇÃO = O perito deve alegar o que concluiu ou em que se baseia para


apresentar a sua opinião.

5. EXATIDÃO = O laudo pericial, não pode ser baseado em opinião de terceiros. Deve basear-
se também em materialidades de natureza contábil.

6. CLAREZA = Um laudo exige respostas que esgotem os assuntos dos quesitos e que não
necessitam mais de esclarecimentos.

EXEMPLO DE LAUDO:

Exmo. Sr. Doutor

Juiz de Direito da ....Vara ....da Comarca de .....

WANDERLEY DOS SAMTOS,perito nomeado e compromissado nos autos do Processo


de nº .. Em que são partes, como autores,..... E como réus......., requer a juntada de seu
laudo pericial contábil, concluído tempestivamente, cujo teor é seguinte:

QUESTÕES DOS AUTORES:

QUESTÕES DOS RÉUS:

Em razão disto, conforme demonstra o anexo 2 ..................e para reforço da opinião


deste perito em anexo de nº 3 , relaciono a opinião de mestres da atualidade sobre
assunto.

São Paulo, ...........................................

Wanderley dos Samtos

CRC – 1061-SP

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

1) 1)Em que consiste o plano de trabalho da perícia contábil?

2) Em caso de uma perícia judicial qual é em sua opinião o requisito básico para que o
perito, possa desenvolver o seu trabalho?

3) Por que o perito tem que ter pleno conhecimentos dos fatos que envolve a perícia?

4) O que você entende po acessibilidades ao dados?

5) Qual a importância de manter os prazos de execução das tarefas?

6) Por que é importante se ter previamente os recursos disponíveis para exame?

7) O trabalho do perito, pode ser terceirizado, e em que caso

8) O que você entende por um Laudo Pericial?

9) O que você entende por Prólogo no laudo pericial?

10)Qual a importância dos anexos na Perícia Contábil?

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

TIPOS DE LAUDOS:

Os laudos variam de acordo com suas finalidades, que são muitas:

 No campo administrativo, podem ser:

 Desfalques ( fraudes ) – São comuns, nas organizações e dependendo do desfalque


existe uma forma de investigação.

 Corrupção – Quando se envolve corruptos e corruptores.

 Desempenho ou gestão- Mal uso do patrimônio pelos gestores

 Aumento salariais ou Pro –labore – Verificação se empresa tem condições de arcar com
compromissos trabalhistas e societários.

 Decisões Administrativas- Para que o administrador tenha plena consciência sobre o que
vai decidir.

 No campo judicial podem ser:

 Apuração de haveres

A apuração de haveres tem, normalmente, como objetivo operar a transmutação do direito patrimonial
abstrato do sócio convertendo-o em prestação pecuniária exigível, A pericia, como modo privado de solução
de conflitos, mostra-se útil para dissolução dos conflitos em que se verifica a necessidade de apuração de
haveres em casos de dissolução parcial ou total de sociedades empresariais e outros.

 Concordatas

Concordata preventiva (ação judicial autônoma; o devedor é o autor; elide a falência): se o devedor
comerciante não deixou de pagar obrigação líquida no vencimento, mas está na iminência de assim proceder,
em face de crise na empresa (art. 140, II); e, por outro lado, tem os seus livros e atos constitutivos
devidamente registrados (art. 140, I) e nenhum crime há a desabonar-lhe a conduta (art. 140, III); e exercer
regularmente o comércio há mais de 2 anos (art. 158, I); e possuir ativo correspondente a 50% do passivo (art.
158, II); e não for falido (art. 158, III); e não tiver título protestado por falta de pagamento, tem o comerciante
a pretensão a obter do Estado a prestação jurisdicional no sentido de serem pagos os credores com
abatimento ou em condições razoáveis. Concordata suspensiva (suspende a falência; é ação incidente do
processo de falência): se já houver falência e não tiver sido denunciado ou condenado por crime falimentar,
ocorre fato de que decorre a pretensão à concordata. RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

 Dissolução de sociedade

 Extratos de contas

 Falências

Falência- é o processo através do qual se apreende o patrimônio do executado, para extrair-lhe valor com que
atender à execução coletiva universal, a que concorrem todos os credores. Falência é execução. Se nem toda
execução é falência, toda falência é execução: execução coletiva universal, abrangente de todos os bens e de
todos os credores

 Inquérito judicial

 Prestação de contas

 Reintegração de posse

A ação de reintegração de posse, é uma ação possessória. A ação de reintegração de posse é fundada na
posse, de uma ação reivindicatória no domínio de um bem, Quando a posse é perdida em virtude de ato de
agressão – chamado de esbulho –, surge, àquele que o sofreu a perda, a ação de reintegração de posse, pela
qual o autor objetiva recuperar a posse de que foi privado pelo esbulho.

 Rescisórias

 Busca e apreensão

É o interesse de reaver a pessoa ou a coisa que encontra-se em poder de outra pessoa; sua finalidade, que é a
de obter a apreensão judicial de determinada coisa ou pessoa, a fim de que a mesma seja guardada até que o
juiz decida a quem deva ser entregue definitivamente; o objeto, que pode ser tanto coisas como pessoas; seu
histórico, desenvolvimento através dos tempos

 Desapropriação
Desapropriação é o procedimento através do qual o Poder Público, fundado em necessidade pública, utilidade pública ou
interesse social, compulsoriamente despoja alguém de um bem certo, normalmente adquirindo-o para si, em caráter
originário, mediante indenização prévia, justa e pagável em dinheiro, salvo no caso de certos imóveis urbanos ou rurais, em
que, por estarem em desacordo com a função social legalmente caracterizada para eles, a indenização far-se-á em títulos
da dívida pública.,

 Exclusão de sócio

 Exibição de Livros

 Inventários

 Liquidação de empresas

 Reclamações trabalhistas

 Tributárias

 Etc.....

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O Laudo Coletivo é aquele que é realizado por uma junta de peritos, ou seja por mais de um
profissional e pode provocar concordância ou discordância entre eles.

O Laudo Pericial em separado - É aquele em que um ou mais dos peritos tem fazer suas
argumentações em separados.

O Laudo Insuficiente – É aquele que não esclarece tudo o que dele se espera, pode necessitar de
outra pericia.

• Pode ocorrer que seja questionável e omisso

• As verificações podem ser incompletas.

O Laudo será insuficiente quando suas opiniões não forem satisfatoriamente esclarecedoras para
quem o requereu ou dele vai necessitar como prova

Só deve considerar um laudo insuficiente quando os dados omissos no mesmo ou que estiverem
expostos de forma incompleta forem capazes de alterar a decisão do juiz.

O Laudo Coletivo é aquele que é realizado por uma junta de peritos, ou seja por mais de um
profissional e pode provocar concordância ou discordância entre eles.

Nos casos de discordância, o perito que não concorda produz um laudo à parte no qual manifesta
o seu ponto de vista.

È o caso da apresentação de laudos em separados.

Nesse caso, o perito, em seu laudo, diz que concorda com os demais em tais ou quais respostas,
mas discorda em tal ou qual questionamento.

No caso de discordância, é preciso que o perito não só apresente seu ponto de vista, como
também o justifique e argumente o porquê da discórdia.

Se todos estão de acordo todos assinam em conjunto.

Os que discordam apresentam Laudo em separado

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

MODELO DE LAUDO EM SEPARADO

Exmo Sr. Dr.Juiz de Direito da......Vara.....de.......


Meritíssimo Juiz

Wanderley dos Samtos, contador, CRC 28687-SP, CPF 607622364-78, perito


assistente dos réus ......... No processo de nº ...... Ação ................, em que são
autores ..................... E réus .............................., divergindo do laudo do ilustre
Perito de V,Exa, vem apresentar Laudo Pericial Contábil, em separado,
relativamente as repostas dos quesitos nº ..... e nº... Dos autores e os de nº .... e
nº .... dos réus.

Requer juntada, pois, de se laudo nos autos.

São Paulo, de de 2007

Assinatura .................................................

Esclarecimento de LAUDO

Um laudo pode não estar devidamente claro, embora não seja insuficiente.

Há uma diferença de conceitos, o laudo insuficiente é geralmente o que omite ou


distorce, o laudo que enseja esclarecimento é o que não omite, não distorce, mas permite
interpretações duvidosas.

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

Muitos são os casos de ações judiciais para os quais se requer a pericia contábil.

Como força de prova, alicerçada em outros elementos que provam, como a escrita contábil, os
documentos, tudo aliado a um acervo cientifico e tecnológica, a pericia é algo de especial e
especifico.

São elas as vezes decisivas no julgamento.

Onde se envolvem fatos patrimoniais de pessoas, empresas, está a pericia como auxiliar de
primeira linha nos julgamentos.

Logo , grande é o campo de ação do perito, os casos que apresentamos a seguir são alguns
deles:

ANEXOS DOS LAUDOS- Os anexos em geral são as provas que vão dar sustentabilidade ao
LAUDO PERICIAL, e podem ser:

• Extratos de contas Demonstração de Contas

• Razões de cálculos Documentos diversos

• Inventários Balancetes

• Fluxos de Caixa Listagens

• Publicações Certidões

• Declarações Comprovantes

• Atestados Analises contábeis

• Analises Tecnológicas Escrituras

• Formais de Partilhas Depoimentos

• Fotografias Fichas de lançamentos

• Contratos Prestação de Contas

• Avaliações de Bens Analises de Custos

• Controles internos Regulamentos

• Pedidos de Compras Pedidos de Vendas

• Estatísticas de dados econômicos Fichas Cadastrais

• Cópias de Atas Cópias de cartas

• Cópias de DIRRF etc..

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

Os exemplos anteriores visam esclarecer como podem ser as diversas naturezas dos anexos.

O perito, todas as vezes que necessitar “esclarecer”, “dar mais força” a seus argumentos, deve
apelar para os anexos.

Os anexos devem ser numerados, e a referencia aos mesmos, no texto dos quesitos, será
sempre por seu numero

Pode-se, também listar os anexos:

• Anexo nº 1 – Cópia de Contrato

• Anexo nº 2 – Inventário de mercadorias

• Anexo nº 3 - Demonstração Contábil – DRE

Os anexos devem ser pertinentes ao assunto de cada quesito, ou seja, devem referir-se a
matéria objetivamente.

Na resposta deve constar: conforme anexo nº .......

Os anexos devem ser numerados seguidamente e no texto das respostas dos quesitos deve-se
fazer referencia a tais números como referencia

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL
EXERCICIO COMPLEMENTO DA AV1
1-Conforme os saldos dos razões abaixo apresentados em 31/12/20x0 da empresas Milemalu S/A, favor elaborar o Balancete de
Verificação e o Balanço Patrimonial

Alugueis a Pagar 1.000


Amortização Acumulada de Marcas e Patentes 2.200
Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata 210.000
Bancos Conta Movimento 65.310
Caixa 23.470
Capital 450.000
COFINS a Recolher 11.500
Computadores 5.000
Contribuições Previdenciárias a Recolher 3.780
Depreciação Acumulada de Moveis e Utensílios 1.000
Depreciação Acumulada de Computadores 1.000
Depreciação Acumulada de Imóveis 4.000
Depreciação Acumulada de Veículos 4.000
Dividendos a Pagar 94.974
Duplicatas a Pagar 200.000
Duplicatas a Receber 300.000
Estoque de Mercadorias 50.000
FGTS a Recolher 800
ICMS a Recolher 36.000
Imóveis 100.000
Marcas e Patentes 22.000
Moveis e Utensílios 10.000
Participação na Controlada A ( Maria Luiza dos Santos ) 60.000
Participações de Empregados a Pagar 11.107
PIS a Recolher 4.200
Propaganda de Publicidade a Vencer 6.000
Prov. Contr. Prev. s/13º salário 200
Prov. FGTS s/ Prov. p/ Férias 1.380
Prov. p/ FGTS s/ prov. p/ 13º salário 50
Provisão Contribuição Previdenciária s/ Férias 4.540
Provisão para Férias 17.200
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 6.000
Provisão para CSLL 15.393
Provisão para IR 27.458
Reserva Legal 4.998
Salários a Pagar 9.000
Veículos 60.000

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FATOS OCORRIDOS
APOSTILA DURANTE
PERICIA OCONTÁBIL
EXERCICIO DE X1:
1) Em 30 de setembro, a empresa vendeu a vista, os computadores e periféricos que estavam em uso R$ 2.000.
2) Compra a prazo, de computadores e periféricos, no valor de R$ 30.000. Desse montante, R$ 5.000 correspondem a softwares
de aplicação. O pagamento será feito em seis parcelas mensais iguais, no valor de R$ 5.000 cada uma, a partir de 5 de
novembro de x1. A compra foi efetuada no dia 5 de outubro de x1, data em que o equipamento entrou em operação.
3) Pagamento de duas duplicatas no valor de R$ 10.000, com 10% de desconto
4) Do saldo da conta Duplicata a Receber existente no Balanço de 31/12/x0, a importância de R$ 4.000 foi considerada
incobrável e o restante recebido em dinheiro com juros de R$ 30.000
5) Apropriar a importância de R$ 6.000 correspondente a despesas com propaganda e publicidade pagas no exercício anterior.
6) Pagamento por meio de cheques, das seguintes obrigações:
 Duplicatas a Pagar 200.000
 ICMS a Recolher 36.000
 COFINS a Recolher 11.500
 PIS a Recolher 4.200
 Provisão p/ IR 27.458
 Provisão p/ CS 15.393
 Salários a Pagar 9.000
 Contribuição de Previdência a Recolher 3.780
 FGTS a Recolher 800
 Férias ( provisionadas) 34.400
 Contribuição de Prev. s/ Férias (provisionada) 8.080
 FGTS s/ férias ( proviosanado ) 2.760
 Contrib. De Previd. S/ 13º salário 200
 FGTS s/ Prov. p/ 13º salário 50
 Alugueis a Pagar 1.000
 Participações de empregado a pagar 11.107
 Dividendos a pagar 94.974
7) Compras de mercadorias no valor de R$ 4.000000, com ICMS incidente no valor de R$ 800.000. Considerar que R$ 400.000
foram pagos em dinheiro, R$ 3.000.000 foram pagos em cheque e o saldo a prazo.
8) Vendas de mercadorias no total de R$ 5.000.000, com ICMS incidente no total de RR$ 1.000.000. Considerar que, desse
montante R$ 800.000 foram efetuados a prazo.
9) Das vendas a vista realizadas durante o exercício, foram oferecidos abatimentos em decorrência de avarias no transporte, no
valor de R$ 10.000, ICMS correspondente de R$. 2.000
10) Foram recebidas, em devolução, mercadorias vendidas à vista no total de R$ 20.000, ICMS correspondente de R$ 4.000.
11) A empresa descontou. No Banco do Brasil S/A, duplicatas de sua emissão, no valor de R$ 200.000, tendo pago juros no valor
de R$ 10.000 e comissão no valor de R$ 1.000.
12) A empresa prestou serviços a clientes, tendo recebido em dinheiro a importância de R$ 100.000
Para realização desses serviços, a empresa utilizou mão de obra de seus empregados, tendo, portanto, elaborado folha de
pagamento em separado, somente referente a esses serviços, como segue:
 Valor Bruto da Folha 90.000
 Contribuição de Previdência Retida 9.000
 Previdência parte patronal 24.300
 FGTS 7.500
 .Férias proporcional 12.000
 13º salário 7.500
 Prov. Para Contr. Prev. Sobre Férias 3.000
 Prov. Para Contr. Prev. s/ 13 salário 600
 Prov. FGTS s/ Prov. p/ Férias 240
 Prov. FGTS s/ Prov. p/ 13º salário 30
 OBS: Considerar ainda que, sobre o serviço supra, a empresa recolheu aos cofres municipais a importância em
dinheiro de R$ 5.000, referente ISS. Considerar também que, exceção das férias e respectivos encargos, todos os
demais encargos envolvendo essa folha de pagamento foram quitados em cheque, e finalmente considerar, que
não houve aplicação de materais na execução dos serviços.

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL

13) Alugueis pagos durante o ano, referente ao meses de janeiro a novembro, no valor de R$ 11.000. Os pagamento foram
efetuados por meio de cheques.
14) Pagamento em cheques das seguintes despesas:
 Telefone 20.000
 Energia Elétrica 40.000
 Água e Esgoto 8.000
 Impostos e Taxas 10.000
 Combustíveis 15.000
15) Contabilizar as apropriações referentes às folhas de pagamentos de salários de janeiro a dezembro:
 Valor Bruto da Folha 400.000
 Previdência Social Retida dos Empregados 40.000
 IRRF dos empregados 10.000
 Previdência Social Parte Patronal 108.000
 FGTS 34.000
 Férias provisionada 48.000
 13º salário provisionado 36.000
 Prov. p/ Contrib. Prev. s/ férias 13.000
 Prov. p/Contrib. Prev. 13º salário 9.000
 Prov. p/FGTS s/ Prov. p/ Férias 4.000
 Prov. p/FGTS s/ Provisão p/ 13º salário 3.000
16) Considerar que 80% dos salários e respectivos encargos com a Previdência e o FGTS foram pagos por meio de cheque.
Considerar, também que todos os encargos com 13º salário foram quitados por meio de cheque e os encargos sobre
férias não foram quitados.
17) Das férias provisionadas, bem como dos respectivos encargos, 40% foram pagas durante o exercício, por meio de cheque.
18) Multas de transito pagas por meio de cheque, no valor de R$ 1.500
19) Recolhimento por meio de cheque, referente ao ICMS, no valor de R$ 60.000
20) Aplicações Financeiras de liquidez imediata, feita no Banco do Brasil, durante o ano, no valor de R$ 400.000
21) Resgate de aplicações financeiras efetuadas durante o ano, no montante de R$ 550.000, sendo R$ 450.000, referente ao
principal e R$ 100.000 referente a rendimentos. Houve retenção de IR na fonte no valor de R$ 10.000 e pagamento de
IOF no valor de R$ 1.000
22) Pagas despesas com propaganda e publicidade no valor de R$ 30.000, em cheque para veiculação nos meses dez/x0 e
jan/x1.
23) Compra de ações, da Cia Camafeu S/A, no valor de R$ 30.000, em cheque, considerar participação não relevante.
24) Dividendos recebidos da Cia Camafeu S/A, no valor de R$ 5.000, conforme credito em conta corrente bancaria, no Bco do
Brasil.
25) Foi recebida em dinheiro a importância de R$ 10.000pelo aluguel do caminhão da empresa
26) Pagas duplicatas a fornecedores no valor de R$ 30.000, sendo 1/3 desse valor foi pago com juros de 10% e o restante com
desconto de 20%, em cheque.
27) Recebida duplicatas de clientes, no valor de R$ 20.000, sendo que R$ 10.000 foram recebidos com desconto de 20% e R$
10.000 com juros de 10%
28) Seguro do veiculo firmado no dia 1º de julho com a Cia X, pelo período de uma ano. O valor do premio pago em cheque,
foi igual a R$ 2.400, para segurar o caminhão de propriedade da empresa, avaliado em R$ 60.000.
29) Os acionistas decidiram aumentar o capital da companhia, tendo emitido 120.000 ações preferenciais, no valor de R$ 1,00
cada. Essas ações foram negociadas com ágio de 20% e recebidas em dinheiro.
30) Contabilizar as apropriações, referentes às folhas de pagamentos de pró-labore de janeiro a dezembro:
 Valor Bruto das retiradas pro – labore 40.000
 Imposto de Renda Retido 9.000
 Contribuição de Previdência a cargo da empresa 8.000
 FGTS a cargo da empresa 3.400

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APOSTILA PERICIA CONTÁBIL
31) Considerar que 90% de todas as obrigações relativas ao pró-labore (item anterior) exceto àquelas relativas ao imposto de
renda retido na fonte, foram pagas por meio de cheque, durante o exercício x1.

32) Visando a captar recursos financeiros no mercado, a companhia decidiu emitir 100 debêntures para serem vendidas pelo
valor nominal de R$ 1.000 cada. O prazo de amortização (resgate) foi fixado em cinco anos. Depois de cumpridas as
exigências de praxe, inclusive da CVM, os títulos foram negociados com ágio de 10%.
Considerar que foram recebidos mediante deposito em conta corrente bancaria e que a companhia pagou para a
empresa especializada comissões no valor de R$ 6.000. Considerar que os títulos foram negociados, todos no dia 1º de
junho. Contabilizar o prêmio (ágio) auferido como Receita Financeira.
33) Apropriar, em 31/12/x1, os encargos referentes à comissão pela emissão e colocação das debêntures.
34) Considerando que o Patrimônio Liquido da sociedade controlada por Maria Luiza dos Santos, em 31/12/x1, era de R$
300.000, proceder à avaliação pelo método da Equivalência Patrimonial.
35) A empresa recebeu por doação da Prefeitura do Município de Pinheirinho um terreno sem benfeitoria medindo 30.000
metros quadrados, onde pretende iniciar no exercício de x2 a sua operação. O imóvel foi avaliado em R$ 100.000.
Contabilizar essa doação diretamente em Receitas não Operacional.
36) Apropriar as despesas com COFINS como segue:
 Faturamento de Mercadorias 377.720
 Faturamento de Serviços 7.600
 Receitas Financeiras 11.096
 Outras Receitas Operacionais 760
 Receitas não operacionais 7.600
37) Apropriar as despesas com PIS, como segue:
 Faturamento de Mercadorias 82.005
 Faturamento de Serviços 1.650
 Receitas Financeiras 2.409
 Outras Receitas Operacionais 165
 Receitas não operacionais 1.650
Assumimos, que a empresa esta enquadrada no regime acumulativo para recolhimento do COFINS(7,6%) e do PIS (
1,65%).
38) Recolhimento em dinheiro, referente à COFINS, no valor de R$ 250.000 e PIS no valor de R$ 50.000
39) Empréstimo efetuado no Banco do Brasil no valor de R$ 50.000. O banco cobrou juros no valor de R$ 4.800, tendo
liberado na conta corrente da empresa a importância de R$ 45.200. O empréstimo foi realizado no dia 1º de outubro x1,
com vencimento fixado para o dia 30/09/x3
40) Em 20/12, um incêndio destruiu parte do setor de estoques, tendo consumido mercadorias no montante de R$ 70.000.
Considerar que as mercadorias destruídas não estavam cobertas por seguro. Para reparar os danos causados no imóvel, a
empresa utilizou pessoal próprio e aplicou materiais, no valor de R$ 10.000, retirados do próprio estoque. Proceder à
baixa( estorno do crédito) do ICMS incidente nas mercadorias sinistradas, bem como nas utilizadas para conservação, no
montante de R$ 20.000
41) Depósitos efetuados na conta corrente bancaria no total de R$ 4.050.000, transferência da conta caixa.
42) Recolhimento em cheque da importância de R$ 19.000, referente à Imposto de Renda Retido na Fonte.

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CONSIDERANDO QUE NO EXERCICIO X1 OCORRERAM SOMENTE OS FATOS ACIMA PEDE-SE


1. Com base nos saldos das contas em x0, elaborar o Balancete de Verificação e Balanço Patrimonial
2. Contabilizar os fato supra no Diário Geral e no Livro Razão.
3. Elaborar o Balancete de verificação em XI
4. Apurar os seguintes resultados operacionais brutos:
4.1. Resultado da conta Mercadorias, sabendo-se que o estoque final corresponde a R$ 600.000.
4.2. Resultado da Prestação de Serviços
4.3. Ajustar os dados das contas ICMS a Recuperar e ICMS a Recolher
5. Depreciar:
5.1. Moveis e Utensílios pela taxa de 10% a.a
5.2. Computadores pela taxa de 20% a.a
5.3. Veículos pela taxa de 20% a.a
5.4. Imóveis pela taxa de 4% a.a
6. Amortizar Gastos de Organização e Sistemas aplicativos ( Software ) pela taxa de 20% a.a em X1, Considerar que os softwares
entraram em uso em dezembro do exercício findo.
7. Criar provisão para créditos de liquidação duvidosa, pela taxa de 2% sobre duplicatas a receber, considerar a existência de
saldo remanescente igual a R$ 2.000.
8. Das Despesas com propaganda e publicidade pagas, R$ 15.000 referem-se a despesas do presente exercício. Ajustar
9. O premio de seguro, no valor de R$ 2.400 foi pago em 1º de junho, com vencimento de um ano. ajustar
10. Apropriar o aluguel de dezembro a ser pago em janeiro do exercício seguinte, no valor de R$ 1.000
11. Ajustar o valor presente o montante do empréstimo realizado a Longo Prazo, no valor de R$ 50.000
12. Apurar o resultado do exercício antes das deduções
13. Calcular e contabilizar juros sobre o capital próprio, pela TJLP de 10%, com IR a ser retido na fone pela alíquota de 15%.
14. Calcular e contabilizar:
14.1. Contribuição Social sobre o lucro pela alíquota de 10%
14.2. Imposto de Renda pela alíquota de 15%
Ajuste para fins de calculo da provisão para Contribuição Social:
Exclusões do resultado do exercício:
Receitas de Participações Societária ( MEP) 120.000
Dividendos recebidos ( MC ) 5.000
15. Calcular e contabilizar, ainda as seguintes participações , pela taxa de 10%:
15.1. Debêntures
15.2. Empregados
15.3. Administradores
16. Apurar o resultado liquido do exercício.
17. Destinação do Lucro liquido do exercício:
17.1. Reserva Legal
17.2. 10% para Reserva para Investimento ( a empresa iniciará uma nova atividade no exercício seguinte)
17.3. O restante para os acionistas
18. Elaborar o segundo Balancete de Verificação.

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19. Elaborar as seguintes Demonstrações Contábeis
1.1.1. Balanço Patrimonial
1.1.2. DRE – Para calculo do lucro liquido por ação do capital, considerar a existência de 450.000 ações ordinárias e
120.000 ações preferenciais, sendo que estas ultimas recebem 25% a mais que as ordinárias.
1.1.3. DLPA
1.1.4. DMPL
1.1.5. DFC pelo método indireto
1.1.6. DFC pelo método direto
1.1.7. DVA
1.1.8. LAUDO PERICIAL CONTABIL COLETIVO, RESPONDENDO OS SEGUINTES QUESITOS
1.1.8.1. A empresa Milemalu S/A, tem como habito distribuir o integralmente o lucro do período, excluindo as
Reservas, caso a empresa não tivesse o plano de investimento, qual seria o valor destinado aos acionistas.
1.1.8.2. Qual o valor das ações ordinárias?
1.1.8.3. Qual o valor das ações preferências?
1.1.8.4. Determine o Capital de Giro da empresa em 20x1.
1.1.8.5. Determine a variação percentual do Capital de Giro da empresas de x0 para x1
1.1.8.6. Determine o valor dos investimentos em intangíveis no exercício 20x1
1.1.8.7. Determine percentualmente qual foi o acréscimo das disponibilidade no inicio para o final do exercício 20x1
1.1.8.8. Qual o valor do impostos federais pagos pela empresa em x1?
1.1.8.9. Qual o valor do imposto municipal em x1?
1.1.8.10. Qual o total dos impostos indiretos pagos pela empresa em x1?

Meus caros a data de entrega do trabalho é uma aula após a


avaliação (AV3).
O trabalho deve ser elaborado de forma manuscrita,
Estamos a disposição nas salas de aulas e através do
email, para eventuais esclarecimentos.
GRATO
WANDERLEY DOS SAMTOS

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