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Aula 02 - Tributos Incidentes sobre o Comércio Exterior (parte 2)

Sumário
4.4. Base de Cálculo 1
4.5. Alíquotas 4
4.10. Pagamento, Restituição e Compensação do Imposto de Importação 11
4.6. Tributação de Mercadorias não Identificadas 19
4.7. Regime de Tributação Simplificada 21
4.8. Regime de Tributação Especial 26
4.9. Regime de Tributação Unificada 27
4.11. Isenções e Reduções do Imposto de Importação 34
4.14. Similaridade 42
4.12. Imunidades do Imposto de Importação e Controle exercido pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil 50
RESUMINHO 54
QUESTÕES ANALISADAS NESTA AULA 55

Olá, pessoal.
Na aula anterior, vimos as disposições constitucionais acerca dos tributos
incidentes no comércio exterior brasileiro e começamos a entrar nos detalhes
do imposto de importação. Acerca dele, vimos incidência, fato gerador e
sujeitos ativo e passivo.
Na aula de hoje, concluímos o estudo do imposto de importação, com os
demais itens listados no tópico 4 do edital e apresentados no sumário logo
acima.

4.4. Base de Cálculo

A base de cálculo do imposto de importação é tratada nos artigos 75 a 89


do RA. O artigo central é o seguinte:
Art. 75. A base de cálculo do imposto é:
I - quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado
segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e
Comércio - GATT 1994; e
II - quando a alíquota for específica, a quantidade de
mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida.
Como vemos, existem dois tipos de alíquotas: ad valorem e específicas.
As alíquotas ad valorem são percentuais que vão incidir sobre o valor aduaneiro
do bem. As alíquotas especificas vão ser cobradas não em cima do valor do
bem importado, mas em cima da quantidade importada. Por exemplo, se a
alíquota for US$ 10,00/sapato, o montante do imposto será apurado com a
contagem do número de sapatos importados, sendo desnecessário saber o valor
de cada um deles.
Em suma, se a alíquota aplicável a um produto importado for do tipo ad
valorem, a base de cálculo será o valor aduaneiro. Se a alíquota for
específica, a base de cálculo será a quantidade de mercadoria.
Antes de prosseguir, tenho certeza de que você está com a língua
coçando:
"Para, professor! Que que é valor aduaneiro?"
É um valor cuja fórmula de apuração foi definida internacionalmente para
que os países não ficassem utilizando bases de cálculo arbitrárias ou fictícias.
Em 1947, foi assinado um compromisso entre vários países criando limites para
a apuração da base de cálculo do imposto, evitando-se as arbitrariedades
estatais. Em 1979, foi aperfeiçoado tal compromisso, criando-se o Acordo de
Valoração Aduaneira, a ser explicado pelo Missagia na aula 05, que aborda o
tópico 26 do edital da RFB.
Haverá duas aulas para entendermos como se calcula o valor aduaneiro, o
que inclui o estudo dos artigos 76 a 89 do Regulamento Aduaneiro. Então, sob
este tópico do edital, o que precisamos estudar agora? Apenas o artigo 75.
Fechamos o tópico 4.4. rs

QUESTÕES

01 - (AFTN/1989) Na aplicação da alíquota ad valorem do imposto de


importação, o contribuinte deve recolher o tributo calculado sobre o
valor:
a) constante da fatura emitida pelo exportador, quando não inferior ao preço
normal da mercadoria no mercado internacional;
b) aduaneiro, apurado segundo as normas do artigo VII do GATT;
c) FOB da mercadoria, acrescido das despesas de despacho aduaneiro;
d) CIF da mercadoria;
e) FOB da mercadoria.

Comentários
Nem precisa de comentário, né?
Gabarito: letra B.
02 - (TRF/2000) Constitui base de cálculo do imposto de importação,
quando a alíquota for ad valorem, o valor:
a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido
objeto de pena de perdimento;
b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente
oferecida à venda no mercado atacadista do país exportador, somado às
despesas para colocação a bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete;
c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre
concorrência, entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil;
d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração
Aduaneira;
e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente
registrada no Siscomex, incluído o frete interno no país de importação.

Comentários
Resposta direta: a base de cálculo do imposto de importação é o valor
aduaneiro, quando a alíquota for ad valorem.
Gabarito: d.

03 - (Ajudante de Despachante Aduaneiro / 2012 - ESAF) A respeito da


base de cálculo do imposto de importação, analise as proposições
abaixo e assinale a opção correta.
I. A base de cálculo do imposto de importação é o preço pago pela importador,
excluindo-se o frete e o seguro.
II. A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro apurado
segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio -
Gatt 1994, independentemente do tipo de alíquota.
III. A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro apurado
segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio -
Gatt 1994, quando a alíquota for ad valorem.
IV. A base de cálculo do imposto de importação é a quantidade de mercadoria
expressa na unidade de medida estabelecida, quando a alíquota for específica.
a) Apenas a proposição I está correta.
b) Apenas a proposição II está correta.
c) As proposições III e IV estão corretas.
d) As proposições I e III estão corretas.
e) Todas as proposições estão corretas.
Comentários
Vimos que a base de cálculo do imposto de importação é o valor
aduaneiro se a alíquota for ad valorem; é a quantidade de mercadoria, se
específica. Com isso, já vemos que os itens III e IV estão corretos e o item II,
incorreto. Logo, o gabarito só pode ser a letra C.
Item I: a composição do valor aduaneiro será estudada na aula 05,
específica sobre valoração aduaneira. Porém, só para deixar registrado,
antecipo que o valor aduaneiro, no caso do Brasil, inclui os valores de frete e
seguro. Cada país tem a opção de incluir tais parcelas no valor aduaneiro, como
será estudado, e o Brasil o fez. Logo, o item I está correto.

4.5, Alíquotas

As normas sobre alíquotas estão nos arts. 90 a 96 do RA.


Como podemos ler no artigo 90, as alíquotas do imposto de importação
estão fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC), que é uma tabela
monstruosamente grande em que constam as alíquotas decididas em comum
acordo pelos cinco países-membros do Mercosul.
Art. 90. O imposto será calculado pela aplicação das alíquotas
fixadas na Tarifa Externa Comum sobre a base de cálculo de que
trata o Capítulo III deste Título.
Parágrafo único - O disposto no caput não se aplica:
I - às remessas postais internacionais e encomendas aéreas
internacionais, quando aplicado o regime de tributação simplificada
de que tratam os arts. 99 e 100;
II - aos bens conceituados como bagagem de viajante procedente
do exterior, ou adquiridos em lojas francas de chegada, quando
aplicado o regime de tributação especial de que tratam os arts. 101
e 102; e
III - às mercadorias procedentes da República do Paraguai
importadas por via terrestre, quando aplicado o regime de
trib utação un i fica da de que trata o art. 102-A. (NR dada pelo
Decreto 8.010/2013)

A TEC surgiu em 1994, tendo sido incorporada ao nosso ordenamento


jurídico pelo Decreto 1.343/1994. Depois disso, já foi modificada um milhão de
vezes. Na TEC constam as alíquotas de imposto para todas as mercadorias
possíveis e imagináveis, mercadorias representadas por códigos de 8 (oito)
dígitos. Na matéria de classificação fiscal, estudamos as regras para se
encontrar o código da mercadoria dentro da "tabela-monstro" - classificação
fiscal agora só cai para AFRFB, na matéria de Comércio Internacional.
Quando o importador preenche sua Declaração de Importação, ele
informa o código de classificação de sua mercadoria. O Siscomex vai então
recuperar da TEC, inserida em sua base de dados, a alíquota de imposto de
importação relativa àquele código. Como vimos, tais alíquotas podem ser ad
valorem ou específicas.

A sistemática de se pegar a alíquota na TEC para o cálculo do imposto de


importação não vale nos três regimes citados no parágrafo único e que serão
estudados adiante: regime de tributação simplificada, regime de tributação
especial e regime de tributação unificada (tópicos 4.7, 4.8 e 4.9 do edital da
RFB). Por que não vale?
Na aula anterior, vimos, por alto, que os dois primeiros regimes possuem
alíquotas próprias. O regime de tributação simplificada (aplicado às
importações pelos correios e por empresas de courier) se caracteriza pela
cobrança de imposto de 60% do valor aduaneiro do bem importado. O regime
de tributação especial (aplicado aos bens trazidos por viajantes ou adquiridos
em lojas francas) consiste na cobrança de imposto à alíquota de 50% do que
exceder a quota de isenção. Já o regime de tributação unificada é aplicável
nas importações de bens procedentes do Paraguai, sobre as quais se cobra uma
alíquota única de 25%, que engloba o imposto de importação, o IPI, o
PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação.
Veja, então, que as alíquotas da TEC não serão utilizadas nos três casos.

"Professor, hoje as alíquotas da TEC são preponderantemente ad valorem


ou específicas?"
Ad valorem. Para falar a verdade, não há hoje na TEC alíquotas
específicas.

"Ah, mas a lei pode criar alíquota específica, né?"


Pode, mas nem precisa de lei. A alíquota do imposto de importação pode
ser fixada pelo Poder Executivo. Para ser exato, tal fixação está delegada à
Camex - Câmara de Comércio Exterior -, conforme Decreto 4.732/2003:
Art. 2- Compete à CAMEX, dentre outros atos necessários à
consecução dos objetivos da política de comércio exterior:
XIV - fixar as alíquotas do imposto de importação, atendidas as
condições e os limites estabelecidos na Lei n° 3.244, de 14 de
agosto de 1957, no Decreto-Lei n° 63, de 21 de novembro de 1966,
e no Decreto-Lei n° 2.162, de 19 de setembro de 1984;

"Tá bem, mas a Camex pode criar alíquotas específicas?"


Claro que sim, mas ela vai fazer isso se os países-membros do Mercosul
tomarem tal decisão por consenso.

"Pode um produto ser tributado com a aplicação das duas alíquotas: ad


valorem e específicas?"
Pode, mas você não se cansa de perguntar, não? rs
Se forem criadas as duas alíquotas, o Regulamento dispõe que cabe à
legislação a definição acerca da aplicação: se esta será cumulativa ou não.

Outra informação acerca das alíquotas é sobre os acordos internacionais.


Caso o Brasil (ou o Mercosul) celebre um acordo com os EUA, por exemplo,
reduzindo-se as alíquotas reciprocamente, então, obviamente, as alíquotas
aplicáveis em função do acordo serão menores do que as alíquotas gerais.
Pode, no entanto, depois do acordo celebrado, ocorrer de as alíquotas gerais
baixarem e ficarem mais favoráveis ao importador do que as normas previstas
no acordo. Neste caso, aplica-se a parte final do art. 95 do RA:
Art. 95. Quando se tratar de mercadoria importada ao amparo de
acordo internacional firmado pelo Brasil, prevalecerá o tratamento
nele previsto, salvo se da aplicação das normas gerais resultar
tributação mais favorável.

Em suma, havendo um acordo internacional, será aplicada a


menor das alíquotas, seja a geral, seja a convencional (fruto da
convenção, do acordo).
Por fim, o RA também trata das alíquotas negociadas no âmbito do
Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT, na sigla em inglês) - acordo
internacional administrado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que
atualmente possui 160 membros -, e no âmbito da Associação Latino
Americana de Integração (Aladi). Dispõe o artigo 96:
Art. 96. As alíquotas negociadas no Acordo Geral sobre Tarifas e
Comércio são extensivas às importações de mercadorias originárias
de países da Associação Latino-Americana de Integração, a menos
que nesta tenham sido negociadas em nível mais favorável.

O que o Brasil der de vantagens para os signatários do GATT deverá


estender para os membros da Aladi (13 países latino americanos,
encaminhando-se para 14 com a Nicarágua). Veja, porém, que existe a mesma
ressalva: nas importações de bens da Aladi, sempre prevalecerá a alíquota
menor.

Jurisprudência do STF sobre as alíquotas do imposto

1) Quem altera as alíquotas do imposto de importação? Quais são os


limites para eventual aumento?

Vimos que a Camex recebeu, por meio do Decreto 4.732/2003, a


delegação de competência para alterar as alíquotas do imposto de importação:
Art. 2- Compete à CAMEX, dentre outros atos necessários à
consecução dos objetivos da política de comércio exterior:
XIV - fixar as alíquotas do imposto de importação, atendidas as
condições e os limites estabelecidos na Lei n° 3.244, de 14 de
agosto de 1957, no Decreto-Lei n° 63, de 21 de novembro de 1966,
e no Decreto-Lei n° 2.162, de 19 de setembro de 1984;

Não há inconstitucionalidade em tal delegação. Afinal, a competência não


é privativa do Presidente da República, como vemos na jurisprudência do STF
sobre o imposto de exportação (jurisprudência plenamente aplicável para o
imposto de importação, pois possui a mesma base normativa):
"O art. 153, § Io, da Constituição estabelece expressamente que o
Poder Executivo pode definir as alíquotas do II e do IPI, observados
os limites estabelecidos em lei/' (RE 429.306, Rei. Min. Joaquim
Barbosa, julgamento em l°-2-2011)

"É compatível com a Carta Magna a norma infraconstitucional que


atribui a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade
de estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação.
Competência que não é privativa do Presidente da República.
Inocorrência de ofensa aos arts. 84, caput, IV, e parágrafo único, e
153, § Io, da CF ou ao princípio de reserva legal. Precedentes.
Faculdade discricionária atribuída à Câmara de Comércio Exterior -
CAMEX, que se circunscreve ao disposto no Decreto-Lei 1.578/1977
e às demais normas regulamentares." (RE 570.680, Rei. Min.
Ricardo Lewandowski, julgamento em 28-10-2009)

Veja, porém, que o inciso XIV menciona limites que devem ser
respeitados pela CAMEX. Com efeito, a majoração do imposto de importação
não pode passar de 60% do valor do bem (Lei 2.162/1984). A forma de cálculo
deste limite foi apresentada pelo STJ (Recurso Especial 174.836), dispondo que
a conta deve ser feita considerando-se o valor do bem com a alíquota antiga e
comparando-o com o valor do bem com a nova alíquota. A diferença entre os
dois valores não pode ser superior a 60% do valor antigo. No caso julgado,
houve alteração de alíquota de 32% para 70%. Fazendo-se as contas, o preço
do bem com a cobrança de 32% ficava em 132% do valor aduaneiro. Com a
nova alíquota, o preço ficava em 170%. De 132% para 170%, o aumento foi de
cerca de 29%, tendo sido respeitado o limite de 60%.

2) A partir de que limite o aumento da alíquota do imposto de importação


pode configurar um confisco?

Para se configurar o confisco, não basta a análise do aumento da alíquota.


É necessário olhar as peculiaridades de cada operação, tomando-se em conta
custos, carga tributária global, margens de lucro, condições do mercado e
conjuntura econômica e social.
"Imposto de Importação - II. Aumento de alíquota de 4% para
14%. Deficiência do quadro probatório. (...) A caracterização do
efeito confiscatório pressupõe a análise de dados concretos e
de peculiaridades de cada operação ou situação, tomando-se
em conta custos, carga tributária globalmargens de lucro e
condições pontuais do mercado e de conjuntura social e econômica
(...). O isolado aumento da alíquota do tributo é insuficiente
para comprovar a absorção total ou demasiada do produto
econômico da atividade privada, de modo a torná-la inviável
ou excessivamente onerosa." (RE 448.432-AgR, Rei. Min.
Joaquim Barbosa, julgamento em 20-4-2010)

QUESTÕES

04 - (AFRFB/2012) Sobre o Imposto de Importação, e sobre valoração


aduaneira, é correto afirmar que:
a) considera-se estrangeira, para fins de incidência do Imposto de Importação,
toda mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País.
b) o Imposto de Importação incide sobre mercadoria estrangeira que tenha sido
objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada,
tenha sido consumida ou revendida.
c) o fato gerador do Imposto de Importação é a entrada de mercadoria
estrangeira no território nacional. Este é o conceito que a doutrina chama de
elemento geográfico ou espacial do fato gerador. Para efeito de cálculo, entre
outras situações, considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto de
Importação no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando
se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou
desacompanhada.
d) a base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for
específica, é o valor aduaneiro apurado segundo as normas do artigo VII do
Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT 1994).
(...)

Comentários
As letras A, B e C se referem à matéria da aula passada.
Letra A: incorreta. Existem exceções à regra, previstas nos incisos do
artigo 70 do RA. Por exemplo, se a mercadoria voltar por motivo de guerra, ela
não será considerada estrangeira.
Letra B: incorreta. O imposto de importação NÃO incide sobre mercadoria
objeto de pena de perdimento, salvo se não for localizada, tiver sido consumida
ou revendida. (RA, art. 71, III)
Letra C: correta, pois literal dos arts. 72 e 73, II, b, do RA.
Letra D: incorreta, conforme art. 75, II, do RA. Quando a alíquota é
específica, a base de cálculo é a quantidade de mercadoria.
A letra E será analisada na aula 5, específica sobre Valoração Aduaneira.

05 - (AFTN/1994) A alíquota ad valorem geral (aplicável a todos os


produtos da NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul): (adaptada)
a) prevalecerá sobre a alíquota convencional (aplicável às mercadorias objeto
de acordo internacional) sempre que se estabeleça uma política de proteção à
produção interna do produto similar importado;
b) prevalecerá sobre a alíquota convencional na hipótese em que, da aplicação
das normas gerais, resultar tributação mais favorável ao contribuinte;
c) nunca prevalecerá sobre a alíquota convencional tendo em vista que os
tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação
tributária interna e serão observados pela que lhes sobrevenha;
d) não prevalecerá sobre a alíquota convencional apenas em se tratando de
negociações no âmbito do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio
(GATT), da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) e do Mercado
Comum do Sul (MERCOSUL);
e) prevalecerá sobre a alíquota convencional apenas na hipótese de não haver
reciprocidade de tratamento por parte do país signatário do acordo
internacional com o Brasil.

Comentários
A alíquota geral da TEC prevalece sobre a alíquota prevista em acordos
internacionais, caso seja mais favorável ao importador.
Só um detalhe: a Esaf chamou a alíquota dos acordos internacionais de
"alíquota convencional", pois acordo e convenção são sinônimos no Direito
Internacional Público.
Gabarito: letra B.

06 - (TRF/2002-1) A base de cálculo do imposto de importação é:


a) em se tratando de alíquota específica, a quantidade de mercadoria expressa
na unidade de medida indicada na Tarifa baixada pelo Ministro da Fazenda;
b) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço pelo qual a mercadoria ou
similar é normalmente oferecida à venda no mercado atacadista do país
exportador, somado às despesas efetivamente pagas para sua colocação a
bordo no porto de embarque para o Brasil, ao seguro e ao frete (CIF),
deduzidos, quando for o caso, os impostos exigíveis para consumo interno e
recuperáveis pela exportação;
c) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço do produto adquirido numa
venda internacional em condições de livre concorrência, e relativo ao custo da
exportação acrescido das despesas incorridas para colocação no porto de
embarque;
d) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço do produto adquirido em
licitação pública, deduzidos os impostos internos exigíveis no mercado interno e
acrescido do frete e seguro internacionais;
e) quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro definido no Artigo VII do
Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), no qual o Brasil é parte.

Comentários
Ô coisa repetitiva, rsrs Gabarito: letra e.
A letra A está errada, pois a tarifa é baixada pela Camex.

07 - (ACE/2002) No Brasil, a definição da alíquota do Imposto de


Importação, quando da incidência deste, é feita com base no(a):
a) Tarifa Aduaneira Brasileira;
b) Preferência Tarifária Regional;
c) Sistema Geral de Preferências (SGP);
d) Tarifa Externa Comum do Mercosul;
e) Sistema Geral de Preferências Globais (SGPG).

Comentários
Gabarito: letra d.

4,10. Pagamento, Restituição e Compensação do Imposto de


Importação

Em relação ao pagamento do imposto de importação, assim dispõem


os arts. 107 e 108 do RA:
Art. 107. O imposto será pago na data do registro da declaração
de importação.
Parágrafo único. O Ministro de Estado da Fazenda poderá fixar, em
casos especiais, outros momentos para o pagamento do imposto.
Art. 108. A importância a pagar será a resultante da apuração do
total do imposto, na declaração de importação ou em documento de
efeito equivalente.

Quando o importador está em seu escritório utilizando o Siscomex (que


ainda estudaremos em detalhes) e preenchendo a declaração de importação
(DI), uma das coisas solicitadas pelo sistema é o número da conta, da agência
e do banco de onde serão debitados os tributos incidentes na importação. É
assim que o importador faz o pagamento. Ele não vai ao caixa do banco nem
paga um boleto nem passa o cartão de crédito (rs).
Ele paga os tributos federais incidentes na importação por meio de débito
em conta e, depois de levar os documentos à Receita Federal, aguarda a
conferência por parte desta. O lançamento é, portanto, por homologação.

Os tópicos Restituição e Compensação do Imposto de Importação


são abrangidos por apenas quatro artigos do Regulamento Aduaneiro (RA)
(arts. 110 a 113). O artigo 110 menciona os cinco casos em que a restituição é
cabível:
I) quando há excesso de pagamento em relação ao imposto
devido.

Tal excesso pode decorrer do uso de alíquota errada, de base de cálculo


errada ("quanto ao valor aduaneiro ou à quantidade de mercadoria") ou de
cálculo errado.
O erro de alíquota é o mais fácil de explicar. O importador, ao preencher
sua Declaração de Importação (DI) e informar a classificação aduaneira, tem a
possibilidade de alterar a alíquota recuperada pelo Siscomex. É dada tal
possibilidade já que pode haver alguma norma específica que dê a ele o direito
à redução da tarifa. Porém, caso o importador altere a alíquota a ser aplicada
ao valor aduaneiro, o Siscomex, posteriormente, irá dar um alerta para o
Auditor-Fiscal (AFRFB) escolhido para fazer a conferência aduaneira. Desta
forma, as alterações não passam despercebidas para a aduana. Se a alíquota
for modificada e houver pagamento maior que o devido, caberá a restituição
(nunca vi alguém errar desse jeito, rs)
O erro pode ter ocorrido também em relação à base de cálculo (BC).
Sabendo-se que esta é o valor aduaneiro ou a quantidade de mercadoria, se as
alíquotas forem, respectivamente, ad valorem ou específicas, qualquer erro a
maior naquela permite a restituição do imposto.
Por fim, o erro pode ter ocorrido em função de erro de cálculo. Na
verdade, este erro é raro, haja vista que o cálculo (BC vezes alíquota) é feito
pelo próprio sistema e ele não erra multiplicação. Tal erro, na prática, só ocorre
nas situações em que o cálculo é feito pelo próprio importador, ou seja, quando
o Siscomex não é utilizado. É o caso, por exemplo, de este ficar fora do ar por
mais de quatro horas seguidas. Nesta situação, é autorizado o registro manual
da DI. Aí, se ocorrer erro de cálculo para maior, é cabível a restituição.

II) quando ocorre extravio ou avaria de mercadoria

Ora, já sabemos que o importador é dispensado do pagamento de


imposto, caso seus bens sejam avariados ou extraviados. Vimos também que o
responsável será cobrado em relação aos tributos incidentes na importação (II,
IPI, PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação), mas exclusivamente no
caso de extravio de bens. Não há mais cobrança de tributos no caso de avaria.
O importador é restituído, mas ninguém irá pagar pelos tributos relativos à
mercadoria avariada.
Em regra, no caso de avaria ou de extravio, a alegação do importador
será tomada em conta somente se apresentada antes da saída do recinto
alfandegado. A exceção prevista se refere àqueles casos em que, a critério da
autoridade aduaneira, houver "inequívoca demonstração do alegado", ou seja, a
alegação do importador acerca de avaria ou extravio é de uma verdade
cristalina.
No caso de extravio, a restituição ao importador não está condicionada ao
pagamento dos tributos exigidos do responsável, (art. 110, § I o )

III) verificação de que o contribuinte, à época do fato gerador, era


beneficiário de isenção ou de redução concedida em caráter geral, ou já
havia preenchido as condições e os requisitos exigíveis para concessão
de isenção ou de redução de caráter especial (Lei no 5.172, de 1966, art.
144, caput).

IV) reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão


condenatória (Lei n° 5.172, de 1966, art. 165, inciso III).

Estes dois casos inseridos no Regulamento Aduaneiro são copiados do


Código Tributário Nacional. Se o sujeito tinha, por exemplo, direito à isenção,
mas pagou os tributos (maluco!), ele terá direito à restituição. Esta também
cabe no caso de ele ter pagado os tributos após condenado na esfera
administrativa, e referida condenação ser, por exemplo, revogada. Aí, o ex-
condenado terá direito à restituição.

V) no caso de admissão temporária para utilização econômica,


caso o bem seja devolvido ao exterior antes do fim do prazo concedido
para o regime.
Como foi visto na aula anterior, acerca do regime aduaneiro especial de
admissão temporária para utilização econômica, o imposto de importação é
cobrado proporcionalmente ao tempo de concessão do regime, ou seja, cobra-
se 1% por mês de permanência do bem no país. Se o sujeito ganha o prazo de
dois anos para usufruir o regime, ele paga 24% do II, do IPI, do PIS/PASEP-
Imp. e da COFINS-Imp. Caso reexporte o bem antes dos dois anos, pode ser
obtida a restituição proporcional ao tempo não gozado.

Vistos os cinco casos, vêm as regras gerais:


1) a restituição do imposto implica a restituição das penalidades
proporcionais, caso calculadas com base no imposto ora restituído (art. 111).
Se, originalmente, o sujeito pagou R$ 100,00 de imposto e R$ 50,00 de
penalidades (calculadas à alíquota de 50% do imposto exigido), é certo que a
restituição, por exemplo, de 40% do imposto levará à restituição de 40% das
penalidades.
2) A restituição pode ser feita de ofício ou a requerimento do
importador, (art. 112)
3) Reconhecido o direito à restituição, pode o importador também optar
por fazer uso de compensação, observadas as regras gerais de compensação
editadas pela RFB. Por exemplo, tem que ser utilizado um sistema baixado da
página da RFB chamado PER/DCOMP - Pedido Eletrônico de Restituição ou
Ressarcimento e da Declaração de Compensação.
4) Só podem ser compensados créditos com débitos do próprio
importador, podendo ser compensados os débitos relativos a quaisquer
tributos e contribuições federais administrados pela RFB. Por exemplo, o
imposto de importação pago a maior pode ser usado para compensar IRPJ ou
IOF devido. Há, porém, algumas restrições. O imposto de importação pago a
maior não pode ser usado para compensar:
a. débito devido no momento do registro da DI. Isso porque o
sujeito usaria a compensação, não pagaria o imposto no registro da
DI e obrigaria a RFB a fiscalizar a importação, checando o direito à
compensação. Isso oneraria o trabalho fiscal (pela lógica, deve ser a
RFB a escolher quem fiscalizar, não o contrário);
b. débito já encaminhado para a Procuradoria da Fazenda Nacional,
para inscrição em Dívida Ativa. Se já foi encaminhado para cobrança
na Justiça, já era (rs);
c. débito que esteja embutido em programa de parcelamento. Já
está no bolo e as parcelas calculadas já levaram em conta aquele
débito. Vai querer compensar prá quê? Só para dar trabalho para a
RFB calcular tudo de novo?
d. débito já objeto de outra compensação, ainda que não
homologada. Tá maluco em querer compensar aquilo que já está
sendo compensado?

QUESTÕES

08 - (Inédita) Avalie as afirmações abaixo. Atribua V para a verdadeira


e F para a falsa. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência
correta.
( ) Pode a Secretaria da Receita Federal do Brasil alterar as alíquotas do
imposto de importação, desde que observados os limites impostos pela Camex.
( ) Em relação aos tributos que devam ser pagos no ato do registro da
Declaração de Importação, pode ser realizada a compensação tributária, caso o
importador possua créditos anteriores.
( ) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto é a correspondente ao
posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa Comum, vigente na data da
entrada no território aduaneiro.
a) V, V, F b) F, V, V c) V, F, V d) F, F, F e) V, F, F

Comentários
Primeiro item: incorreto. A lei permitiu ao Presidente da República a
delegação unicamente à Camex (Medida Provisória 2.158/2001, art. 52). Como
vimos, a delegação aconteceu pelo Decreto 4.732/2003. A RFB não tem referida
competência.
Segundo item: incorreto, como vimos acima, no item 4.a. Débitos devidos
no momento do registro da DI não podem ser liquidados mediante
compensação de créditos anteriores.
Terceiro item: incorreto. Para fins de cálculo do imposto, considera-se o
elemento temporal do fato gerador (incisos do art. 73, RA), não o elemento
material (entrada).
Gabarito: d

09 - (AFRFB/2014) Sobre o Imposto de Importação, é incorreto


afirmar:
a) não se considera estrangeira, para fins de incidência do imposto, a
mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País por motivo
de modificações na sistemática de importação por parte do país importador.
b) o imposto não incide sobre mercadoria estrangeira destruída, sob controle
aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada.
c) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador no dia
do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens
compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.
d) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na
data do registro da declaração de importação de mercadoria constante de
manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou
avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira.
e) caberá restituição total ou parcial do imposto pago indevidamente, a qual
poderá ser processada de ofício, nos casos de verificação de extravio ou de
avaria.

Comentários
As letras A a D tratam da matéria da aula passada. Somente a letra E se
refere à matéria desta aula.
Gabarito: letra D.
Letra A: (Correta). Vimos o artigo 70 do RA:
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do
imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que
retorne ao País, salvo se:
I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado;
II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para
substituição;
III - por motivo de modificações na sistemática de importação
por parte do país importador;
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou
V - por outros fatores alheios à vontade do exportador.

Letra B: (Correta). Vimos o artigo 71, VI, do RA:


Art. 71. O imposto não incide sobre:
I - mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos
documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou
comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o
exterior;
II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e
que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se
tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou
imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a
regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda;
III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de
perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha
sido consumida ou revendida;
IV - mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do
registro da declaração de importação, observada a regulamentação
editada pelo Ministério da Fazenda;
V - embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de
empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no
exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da
mesma empresa nacional de origem;
VI - mercadoria estrangeira destruída, sob controle
aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de
desembaraçada;
VII - mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem,
acidentalmente destruída.

Letra C: (Correta). Vimos o artigo 73, II, b do RA.


Art. 73. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o
fato gerador:
I - na data do registro da declaração de importação de mercadoria
submetida a despacho para consumo;
II - no dia do lançamento do correspondente crédito
tributário, quando se tratar de:
a) bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao
regime de importação comum;
b) bens compreendidos no conceito de bagagem,
acompanhada ou desacompanhada;
c) mercadoria constante de manifesto ou de outras
declarações de efeito equivalente, cujo extravio tenha sido
verificado pela autoridade aduaneira; ou
d) mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração
de importação, na hipótese em que tenha sido consumida ou
revendida, ou não seja localizada;
III - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria
em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho
aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria,
na hipótese a que se refere o inciso XXI do art. 689; ou
IV - na data do registro da declaração de admissão temporária para
utilização econômica.

Letra D: (Errada). Dois erros: i) não há mais fato gerador no caso de


avaria; e ii) no caso de extravio, o FG se considera ocorrido no dia do
lançamento, conforme art. 73, II, c.

Letra E: (Correta) Vimos os artigos 110 e 112 do RA:


Art. 110. Caberá restituição total ou parcial do imposto pago
indevidamente, nos seguintes casos:
(...)
II - verificação de extravio ou de avaria;
(...)
Art. 112. A restituição do imposto pago indevidamente poderá ser
feita de ofício, a requerimento, ou mediante utilização do crédito na
compensação de débitos do importador (...)
10 - (AFRF/2002-2) O imposto de importação tem como elementos que
o caracterizam, na essência:
a) o lançamento por declaração; o valor da fatura como base de cálculo; tem
por finalidade o incremento da arrecadação federal;
b) alíquota ad valorem; lançamento misto; o preço normal da mercadoria no
comércio internacional como base de cálculo;
c) incidência inclusive sobre as mercadorias objeto de contrabando; a base de
cálculo, para as mercadorias vendidas em leilão, é o valor da arrematação;
lançamento de ofício;
d) as alíquotas previstas em acordos internacionais sempre prevalecem sobre
as alíquotas da Tarifa Externa Comum; é contribuinte, além do importador, o
adquirente, em licitação de mercadoria estrangeira; o depositário de mercadoria
sob sua custódia é contribuinte relativamente à mercadoria cuja falta for
apurada pela autoridade aduaneira;
e) lançamento por homologação; decai após 5 (cinco) anos da data do registro
da declaração de Importação no Siscomex; o valor de transação previsto no
Acordo de Valoração Aduaneira não é aplicável quando a alíquota for específica.

Comentários
O imposto de importação se caracteriza pelo lançamento por
homologação.
A base de cálculo é o valor aduaneiro, se a alíquota for ad valorem. É a
quantidade de mercadoria, se a alíquota for específica.
A finalidade é extrafiscal, não arrecadatória.
Não incide sobre bens sujeitos a perdimento.
Não há cobrança de imposto na arrematação em leilão.
Nem sempre as alíquotas previstas em acordos internacionais prevalecem
sobre as alíquotas gerais.
Adquirente em licitação não é contribuinte.
O depositário, assim como o transportador, é responsável pelo pagamento
do imposto.
O valor de transação só é aplicável se a alíquota for ad valorem. Se a
alíquota for específica, aplica-se, para fins de cálculo, a quantidade de
mercadoria.
Por tudo isso, o gabarito é a letra E.
4.6. Tributação de Mercadorias não Identificadas

A tributação de mercadorias não identificadas é tratada no artigo 98 do


Regulamento Aduaneiro (RA), que tem por base legal a Lei 10.833/2003, art.
67, que foi modificado em novembro de 2014, pela Lei n° 13.043. Mas
note que o RA continua com a redação antiga. Logo, desconsideremos o RA
e peguemos a nova regra diretamente na Lei:
Art. 67. Na impossibilidade de identificação da mercadoria
importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição
genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis/
será aplicada, para fins de determinação dos impostos e dos direitos
incidentes na importação, alíquota única de 80% (oitenta por
cento) em regime de tributação simplificada relativa ao Imposto de
Importação - II, ao Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, à
Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação
do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep, à Contribuição Social
para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS e ao Adicional
ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM. (NR dada
pela Lei n° 13.043/2014)
§ Io A base de cálculo da tributação simplificada prevista neste
artigo será arbitrada em valor equivalente á mediana dos valores
por quilograma de todas as mercadorias importadas a título
definitivo, pela mesma via de transporte internacional, constantes
de declarações registradas no semestre anterior, incluídas as
despesas de frete e seguro internacionais. (NR dada pela Lei n°
13.043/2014)
§ 2o Na falta de informação sobre o peso da mercadoria, adotar-se-
á o peso líquido admitido na unidade de carga utilizada no seu
transporte.

Esse artigo parte do pressuposto de que a mercadoria não pôde ser


identificada. Sabemos apenas que foi importada uma mercadoria, mas não
sabemos exatamente o que foi.
É certo que você já assistiu a reportagens falando sobre as operações
conjuntas da RFB e da Polícia Federal nas fronteiras do Brasil. Imagine, por
exemplo, que um bandido fure a blitz e consiga, sabe-se lá como, fugir das
garras da lei (uau!). Você já estudou Direito Tributário. Logo, sabe que a
definição do fato gerador dos tributos independe da licitude dos fatos praticados
pelos contribuintes (CTN, art. 118, I). É o princípio do non olet.
No caso do fujão, a aduana, em primeiro lugar, tenta apreender as
mercadorias importadas (RA, art. 689, X). Caso não consiga, haverá duas
consequências: cobrança dos tributos (art. 73, II, d) e multa no valor aduaneiro
da mercadoria (art. 689, § I o ) .
No caso de não se conhecer a mercadoria, a base de cálculo do imposto é
arbitrada pela mediana dos valores por quilo de mercadoria (incluindo seguro e
frete internacionais), considerando-se todas as importações realizadas pela
mesma via de transporte. Veja: é a mediana dos valores por quilo de todas as
importações realizadas no semestre anterior, não somente das importações
daquele sujeito fujão (se é que ele fez alguma importação legal).
"Professor, mas essa aí é só a mediana do kg importado. Vai tributar
apenas um quilo?"
"(rsrsrsrs) Não, claro que não."
O parágrafo 2o manda multiplicar a mediana pela quantidade de quilos da
mercadoria não identificada. Caso isto não seja conhecido, pega-se o total de
quilos que caberiam na unidade de carga utilizada no transporte. Em tese, pode
até ser tomada a capacidade total de um carro, de um container, de um avião
ou de um navio.
Observação: você lembra o que é mediana, né?
Faça uma lista em ordem crescente dos valores por quilo usados em
cada uma das Declarações de Importação registradas no semestre
anterior. Se a quantidade de valores for ímpar, basta pegar o valor
que aparecer bem no meio da lista. Se for par, pegam-se os dois
valores centrais e divide-se sua soma por 2.
Quer exemplos mais concretos? Vá ao link
http://educacao.uol.com.br/matematica/estatistica-moda-mediana.ihtm

Em relação à base de cálculo, ela já está definida, mas e as alíquotas


serão de quanto se não temos a mínima ideia de que mercadorias eram?
Bem, é para responder a esta pergunta que veio escrito o caput do artigo
67. Será aplicada a alíquota de 80% para o conjunto dos tributos federais
incidentes nas importações. E assim a tributação poderá ser realizada, ainda
que as mercadorias não tenham sido identificadas.
Observação 1: por falta de rigor, acabaram escrevendo regime de
tributação simplificada no artigo 67, mas o "verdadeiro" regime de
tributação simplificada, assim expressamente nomeado, será visto
na página seguinte e se aplica às importações por via postal e às
encomendas aéreas internacionais.
Observação 2: novamente por falta de atenção, acabaram
escrevendo PIS/PASEP e COFINS, quando deveriam ter escrito
PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. É claro que estão
falando destes tributos e não daqueles, já que anteriormente
mencionaram "direitos incidentes na importação".

Uma outra situação em que este regime de tributação poderia ser


aplicado é na revisão aduaneira de uma declaração de importação (DI). Toda DI
é suscetível de ser revisada em até cinco anos do seu registro (RA, art. 638).
Pode ocorrer que, em processo de revisão, seja detectada
incompatibilidade entre o peso líquido e a quantidade de mercadorias
declaradas na DI. Percebe-se que aquela DI tinha que ter muito mais
mercadoria declarada do que realmente o foi. Foi, por exemplo, feita uma
declaração genérica de "partes e peças" no valor de US$ 100,00, sendo o peso
da carga de 10 toneladas. Numa situação dessas, não se conseguindo detectar
a carga realmente importada, pode-se fazer o cálculo do artigo 67.

4.7. Regime de Tributação Simplificada

O regime de tributação simplificada se aplica às importações de remessas


postais e encomendas aéreas internacionais e é definido no artigo 99 do
Regulamento Aduaneiro:
Art. 99. O regime de tributação simplificada é o que permite a
classificação genérica, para fins de despacho de importação, de
bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a
aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação, e
isenção do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição
para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.
Parágrafo único. Compete ao Ministério da Fazenda:
I - estabelecer os requisitos e as condições a serem observados na
aplicação do regime de tributação simplificada; e
II - definir a classificação genérica dos bens e as alíquotas
correspondentes.

O art. 99 tem como base o Decreto-Lei no 1.804/1980. Este abriu a


possibilidade para que o Ministro da Fazenda (MF) criasse uma classificação
genérica de bens e imputasse alíquotas diferenciadas para as importações pelos
Correios. Também permitiu que o MF estendesse tal tratamento para as
encomendas aéreas internacionais. Além disso tudo, as alíquotas fixadas pelo
MF não poderiam ultrapassar 400% e o limite de isenção não poderia ser fixado
em mais de US$ 100.00 (cem dólares).
Bem, atualmente está em vigor a Portaria MF (PMF) n° 156/1999 que:
i) definiu o limite de US$ 3.000,00 FOB para que os bens possam ser
inseridos neste regime, vedando seu uso para produtos de tabacaria e bebidas
alcoólicas.
ii) fixou a alíquota de imposto de importação em 60%
"independentemente da classificação tarifária dos bens que compõem a
remessa ou encomenda".
iii) definiu que a base de cálculo do imposto é o valor aduaneiro, incluindo
o seguro e o frete internacionais (o frete tem regras próprias como veremos
adiante).
iv) definiu o limite de isenção de US$ 50,00 para as remessas postais
internacionais, com a condição de que o remetente e o destinatário sejam
pessoas físicas.

Não confunda!
0 valor limite para uso do RTS é US$ A base de cálculo do imposto de
3.000,00 FOB, ou seja, sem inclusão importação é o valor aduaneiro, ou
do seguro e do frete. seja, aí inclui o seguro e o frete.

Na mesma portaria, o ministro dispôs que o RTS se aplica também às


encomendas aéreas internacionais transportadas com emissão de conhecimento
de carga. É o caso das importações realizadas por meio de empresas de
transporte internacional expresso, porta a porta (empresas de courier, como a
Federal Express - Fedex, UPS, TNT e DHL), ou por meio de companhia aérea
(ex. Gollog):
Art. Io. O regime de tributação simplificada - RTS poderá ser
utilizado no despacho aduaneiro de importação de bens integrantes
de remessa postal ou de encomenda aérea internacional no
valor de até US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da
América) ou o equivalente em outra moeda, destinada a pessoa
física ou jurídica, mediante o pagamento do imposto de importação
calculado com a aplicação da alíquota de 60% (sessenta por cento),
independentemente da classificação tarifária dos bens que
compõem a remessa ou encomenda.

Guarde isso! 0 RTS pode ser usado em três sistemáticas:


- "remessa postal internacional": importação pela ECT.
- "encomendas aéreas internacionais": importações por
companhia aérea ou por empresa de transporte internacional
expresso, porta a porta (empresas de courier).
A Portaria MF 156/1999 cuida do tratamento tributário das remessas
postais internacionais e das encomendas aéreas internacionais. Entre os casos,
há importantes diferenças:

Remessa Postal Encomenda Encomenda


Internacional trazida por trazida por
(ECT) companhia empresa de
aérea transporte porta
a porta (courier)
Isenção de US$ SIM, desde que o NAO NAO
50,00? remetente e o
destinatário sejam
pessoas físicas.
Alíquota 0% na SIM, desde que SIM, desde que NAO
importação de destinados a destinados a
medicamentos? pessoa física. pessoa física.

Qual é a diferença na operacionalização entre os três casos?


No caso da importação pelos Correios (remessa postal internacional), o
destinatário da carga é chamado à agência postal para retirar a mercadoria e,
se for o caso, fazer o pagamento do imposto de importação.
Na importação via courier, a carga é apresentada à Receita Federal pela
própria empresa de courier, que paga o imposto de importação, se devido, e faz
a entrega no endereço indicado pelo remetente. Por isso, esta operação é
conhecida como transporte porta a porta. O valor eventualmente pago como
imposto de importação é embutido no valor cobrado pela empresa de courier.
Já na encomenda transportada por companhia aérea, a entrega da
encomenda é feita no aeroporto.

Diante das diferenças de operacionalização, o frete e o seguro variam de


cobertura. Apesar de o valor aduaneiro ser a base de cálculo do imposto de
importação nos bens submetidos ao regime de tributação simplificada, o frete e
o seguro vão entrar com valores diferentes, conforme dispõe a Portaria MF
156/1999:
Art. 2o A tributação simplificada de que trata esta Portaria terá por
base o valor aduaneiro da totalidade dos bens que integrem a
remessa postal ou a encomenda aérea internacional.
§ Io O valor aduaneiro será o preço de aquisição dos bens,
acrescido:
I - da importância a ser paga pelo destinatário da remessa postal
ou encomenda aérea internacionalconforme o caso:
a) á Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT pelo
transporte da remessa postal internacional até o local de destino
no País;
= > no caso das remessas postais internacionais, o frete até a
sede da ECT entra no valor aduaneiro.

b) á companhia aérea responsável pelo transporte da encomenda


até o aeroporto alfandegado de descarga, onde são cumpridas
as formalidades aduaneiras de entrada dos bens no País; ou
= > no caso de encomenda por companhia aérea, entra no
valor aduaneiro o frete até o aeroporto de descarga.

c) ã empresa prestadora de serviço de transporte expresso


internacional e de entrega no local de destino no País, quando
se tratar de encomenda expressa; e
= > no caso de empresa de courier, entra no valor aduaneiro o
frete até o endereco do destinatário.

II - do valor do seguro a ser pago pelo destinatário, relativo ao


transporte e entrega da remessa postal ou da encomenda
internacionalnos termos do inciso anterior.
= >0 seguro acompanha o frete.

Vimos o tratamento do imposto de importação, mas o que ocorre com os


demais tributos no Regime de Tributação Simplificada?
Apenas o ICMS é cobrado, pois o Decreto-Lei n° 1.804, de 3 de setembro
de 1980, dispôs que há isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI) sobre as mercadorias no Regime de Tributação Simplificada. E a Lei n°
10.865, de 30 de abril de 2004, apesar de ter instituído a cobrança do
PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação, isentou algumas situações, como
dispõe o art. 9 o :
Art. 9o. São isentas das contribuições de que trata o art. Io desta
Lei:
II - as hipóteses de:
c) bagagem de viajantes procedentes do exterior e bens importados
a que se apliquem os regimes de tributação simplificada ou especial.

Guarde isso! No RTS, só há cobrança de imposto de importação e de


ICMS. Para os demais tributos há isenção.

QUESTÕES

11 - (AFTN/1989) Os bens contidos em remessas postais


internacionais: ( a d a p t a d a )
a) são isentos do imposto de importação, quando seu valor não exceder a US$
500.00;
b) são tributados pelas alíquotas constantes da Tarifa Externa Comum, em
qualquer hipótese, dispensada, entretanto, a apresentação da licença de
importação;
c) estão sujeitos ao regime de tributação simplificada quando seu valor não
exceder US$ 50.00;
d) são sujeitos ao regime de desembaraço simplificado quando seu valor não
exceder US$ 50.00;
e) são isentos do imposto de importação quando seu valor não exceder US$
50.00.

Comentários
No RTS, a isenção para remessas postais é de US$ 50,00, desde que o
destinatário e o remetente sejam pessoas físicas. Gabarito: letra E.

12 - (INÉDITA) Quanto ao Regime de Tributação Simplificada - RTS, é


correto afirmar:
a) O regime de tributação simplificada permite a classificação genérica, para
fins de despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal
internacional, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas de imposto de
importação e de imposto sobre produtos industrializados.
b) Nas remessas postais internacionais com aplicação do RTS incide a alíquota
0% para o imposto sobre produtos industrializados e para as contribuições para
o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação.
c) Nas encomendas transportadas por empresas de transporte internacional
expresso, porta a porta, a base de cálculo do imposto de importação inclui o
seguro e o frete até o aeroporto de descarga.
d) Compete ao Ministro da Fazenda definir a classificação genérica dos bens
para fins de imposição das alíquotas diferenciadas.
e) Aplica-se o RTS ao despacho aduaneiro de importação de bens integrantes
de remessa postal ou de encomenda aérea internacional cujo valor aduaneiro
não supere US$3,000.00.

Comentários
Letra A: incorreta. Não há alíquota de IPI. Há isenção deste imposto.
Letra B: incorreta. Não é caso de alíquota 0%, mas de isenção.
Letra C: incorreta. No caso de remessas transportadas por courier, o frete
é contado até o endereço do destinatário.
Letra D: correta, como vimos.
Letra E: incorreta. O limite é de US$ 3.000,00 FOB (valor sem seguro e
frete), não US$ 3.000,00 de valor aduaneiro (valor com seguro e frete).
Pegadinha.

4,8. Regime de Tributação Especial

O regime de tributação especial se aplica aos bens trazidos como


bagagem (ou adquiridos em loja franca) e que excedam a quota de isenção.
Como teremos uma aula específica (aula 14) para o estudo da legislação sobre
bagagem (Instrução Normativa RFB 1.059/2010), lá analisaremos este regime
de forma bem detalhada. Cabe nesta aula apenas o direcionamento geral do
assunto, que também não foi aprofundado no Regulamento Aduaneiro, que
tratou dele em apenas dois artigos:
Art. 101. O regime de tributação especial é o que permite o
despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão
somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da
alíquota de cinquenta por cento sobre o valor do bem, apurado em
conformidade com o disposto no art. 87
Art. 102. Aplica-se o regime de tributação especial aos bens:
I - compreendidos no conceito de bagagem, no montante que
exceder o limite de valor global a que se refere o inciso III do art.
157; e
II - adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que
exceder o limite de isenção a que se refere o art. 169.

Caso um viajante chegue do exterior trazendo na bagagem bens que


excedam a quota de isenção nas viagens aéreas e marítimas (US$ 500,00), ele
será tributado em 50% do excesso a título de imposto de importação. Nenhum
outro tributo federal ou estadual será cobrado do viajante.
No caso de transporte rodoviário, fluvial ou lacustre, a quota de isenção é
de apenas US$ 300,00.
Observação: Em 21/07/2014, foi publicada a Portaria MF 307, que
baixou a quota de isenção de US$ 300,00 para US$ 150,00, com
vigência a partir da sua publicação. Contudo, no dia seguinte foi
editada a Portaria MF 320, publicada em 23/07/2014, postergando a
redução da quota para 01/07/2015! A quota reduzida só vigorou
por dois dias. Afinal, pelo que saiu nos jornais, tal redução e o
consequente aumento na cobrança de imposto de importação
poderiam gerar efeitos eleitorais negativos...

O regime de tributação especial se aplica também nas aquisições em lojas


francas, mais conhecidas como free shops, a serem estudadas na aula 13. Se o
viajante chegando do exterior "estourar" sua quota de isenção de US$ 500,00
no free shop de chegada, ele será tributado com a mesma fórmula: 50%
calculados sobre o excesso.

4.9. Regime de Tributação Unificada

Na região da fronteira Brasil-Paraguai (Foz do Iguaçu-Ciudad Del Este), o


descaminho e o contrabando são frequentes. Sabe-se que muitas pessoas
compram bens no Paraguai para revenda no Brasil (os chamados "sacoleiros").
O problema é que, nessa condição, tais bens não se enquadram no conceito de
bagagem e deveriam, portanto, receber o tratamento aduaneiro dado às
importações em geral, inclusive no que se refere ao registro da Declaração de
Importação.
Porém, conscientes de que as fronteiras brasileiras têm um controle
estatal aquém do ideal, muitos dos sacoleiros não se submetem à fiscalização,
seja passando por estradas vicinais, por rios ou até mesmo pelas estradas
principais, com ocultação dos bens em automóveis e ônibus.
Para diminuir o descaminho, o governo brasileiro criou, pela Lei n°
11.898/2009, o Regime de Tributação Unificada (RTU), que simplifica as
importações de bens procedentes do Paraguai por parte de microempresas
previamente habilitadas e optantes pelo Simples Nacional (Lei
Complementar 123/2006). A adesão ao regime é opcional, mas o chamariz é a
simplificação do despacho aduaneiro e da sistemática de pagamento dos
tributos.
RA, art 102-A. O regime de tributação unificada é o que permite a
importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do
Paraguai', mediante o pagamento unificado do imposto de
importação, do imposto sobre produtos industrializados, da
contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
Importação, observado o limite máximo de valor por habilitado,
conforme estabelecido em ato normativo específico.
§ 12 Poderão ser importadas ao amparo do regime de que trata
o caput somente as mercadorias relacionadas em ato normativo
específico.
§ 2a É vedada a inclusão no regime de que trata o caput de
quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao
consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de
artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos
automotores em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas
partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com
importação suspensa ou proibida no Brasil.

O RTU permite aos habilitados a importação dos bens listados no


Decreto no 6.956/2009 ("relacionados em ato normativo específico", conforme
consta no § I o ) , pagando alíquota única federal de 25% sobre o valor das
aquisições (não é sobre o valor aduaneiro). Além de mencionar que o RTU só
pode ser usado para os bens listados no ato normativo específico, o art. 102-A
lista mercadorias que não podem entrar no RTU de jeito nenhum (bens que não
sejam para consumidor final, armas, munições, etc.). Em suma, só podem ser
importados bens que se destinem a revenda ao consumidor final.

O pagamento do valor unificado se dá por débito automático e o ICMS


pode ser incluído no regime, se houver convênio da União com o estado,
conforme a Lei 11.898/2009:
Art. 9* O Regime de que trata o art Ia desta Lei implica o
pagamento dos seguintes impostos e contribuições federais
incidentes na importação:
I - Imposto de Importação;
II - Imposto sobre Produtos Industrializados;
III - Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social
devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do
Exterior - COFINS-Importação; e
IV - Contribuição para o PIS/Pasep-Importação.
§ 1º Os impostos e contribuições de que trata o caput deste artigo
serão pagos na data do registro da Declaração de Importação.
§2º0 optante pelo Regime não fará jus a qualquer benefício fiscal
de isenção ou de redução dos impostos e contribuições referidos no
caput deste artigo, bem como de redução de suas alíquotas ou
bases de cálculo.
§3º0 Regime poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas á
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS
devido pelo optante; desde que o Estado ou o Distrito Federal venha
a aderir ao Regime mediante convênio.

O limite anual de importações foi definido em R$ 110.000,00 (cento e


dez mil reais). Os tributos são pagos no registro da DI, sendo que o importador
não faz jus a benefícios de isenção ou de redução do II, IPI, PIS/PASEP-
Importação e COFINS-Importação. Significa que, se o governo conceder isenção
de IPI na importação de determinado bem, isto não afetará em nada a alíquota
de 25% devida pelo importador. É uma alíquota fechada, que não leva em
conta os tributos separadamente.
Estimulando os sacoleiros a se formalizarem, instituindo microempresas, e
trazendo grande parte deles para a legalidade, o governo pode concentrar seus
esforços em cima dos bandidos que preferiram continuar bandidos.
O RTU é regulamentado pela IN RFB n° 1.245/2012.
QUESTÕES

13 - (ATRFB/2012) A Lei n. 11.898, de 8 de janeiro de 2009, instituiu o


Regime de Tributação Unificada - RTU, na importação de mercadorias
procedentes da República do Paraguai. Sobre o RTU, é correto afirmar,
exceto:
a) é vedada a inclusão no Regime de quaisquer mercadorias que não sejam
destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de
artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos
automotores em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e
peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou
proibida no Brasil.
b) o Poder Executivo poderá fixar limites quantitativos, por tipo de mercadoria,
para as importações.
c) não poderá optar pelo RTU a microempresa optante pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES NACIONAL, de que
trata a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006.
d) a operação de importação e o despacho aduaneiro poderão ser realizados
pelo empresário ou pelo sócio da sociedade empresária, por pessoa física
nomeada pelo optante pelo Regime ou por despachante aduaneiro.
e) decorrido o prazo de trinta dias da entrada no recinto alfandegado onde será
realizado o despacho aduaneiro de importação ao amparo do Regime, sem que
tenha sido iniciado ou retomado o respectivo despacho aduaneiro, por ação ou
por omissão do optante pelo Regime, a mercadoria será declarada abandonada
pela autoridade aduaneira e destinada na forma da legislação específica.

Comentários
A questão poderia ser ridiculamente fácil ou absurdamente difícil. Só
dependia de o candidato lembrar que a premissa BÁSICA para uso do RTU é de
que a empresa seja optante pelo Simples Nacional. Lembrando-se disso, a
questão estaria resolvida, com a alternativa C evidentemente errada. Se o
candidato não se lembrasse da premissa básica, aí sim a questão poderia se
tornar muitíssimo complicada, pois entraram no detalhe do funcionamento do
RTU.
Na aula anterior, eu havia escrito que não devemos perder tempo com as
questões ou assertivas impossíveis. Nem durante a prova nem no estudo para o
próximo concurso. A Esaf é mestre em colocar alternativas absurdamente
difíceis, que não medem conhecimento, combinadas com alternativas
ridiculamente fáceis. Nesta prova de 2012 (e também na de 2014), fizeram
bastante disso na prova de Legislação Aduaneira.
Depois que montaram a assertiva facílima (letra C), eles foram passear
nas centenas de normas existentes na nossa matéria para montar as demais
alternativas. Claro que as assertivas que pegaram para completar a montagem
da questão não devem direcionar o seu estudo para a próxima prova. Foram
apenas artigos escolhidos a esmo para encher a questão. Por esse motivo,
recomendo que você não perca tempo em tentar decorar as assertivas
ultradetalhadas, como, por exemplo, as presentes nas alternativas D e E. Eu até
indico a fonte, mas não é para você decorar.
Letra A: correta. Vimos o parágrafo único do artigo 2 o do Decreto
6.956/2009, que dispõe exatamente sobre o constante na assertiva.
Letra B: correta, conforme artigo 4 o , III, da Lei 11.898/2009. Podem ser
limitadas as quantidades importadas.
Letra C: incorreta, como comentei.
Letra D: correta, conforme artigo 7 o , § 2 o da Lei.
Letra E: correta, conforme artigo 8 o , § 3 o da Lei.

14 - (AFRFB/2012) Sobre o Regime de Tributação Simplificada, o


Regime de Tributação Especial e o Regime de Tributação Unificada,
analise os itens a seguir, classificando-os como corretos (C) ou errados
(E). Em seguida, escolha a opção adequada às suas respostas.
I. O Regime de Tributação Especial permite a classificação genérica, para fins
de despacho de importação, dos bens por ele abarcados, mediante a aplicação
de alíquotas diferenciadas do Imposto de Importação, e isenção do Imposto
sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação
e da COFINS-Importação.
II. O Regime de Tributação Simplificada permite o despacho de bens
integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do Imposto de
Importação, calculado pela aplicação da alíquota de cinquenta por cento sobre o
valor do bem.
III. O Regime de Tributação Unificada é o que permite a importação, por via
terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento
unificado dos seguintes impostos e contribuições federais incidentes na
importação: Imposto de Importação; Imposto sobre Produtos Industrializados;
Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação.
IV. Apesar de ser tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal, o
Regime de Tributação Unificada poderá incluir o Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação devido pelo
optante.
a) Estão corretos somente os itens II e III.
b) Estão corretos somente os itens I, II e IIII.
c) Estão corretos somente os itens I e II.
d) Estão corretos somente os itens III e IV.
e) Todos os itens estão corretos.

Comentários
Primeiro item: incorreto. O conceito dado é do Regime de Tributação
Simplificada (RA, art. 99). O Ministro da Fazenda pode criar alíquotas diferentes
para os vários tipos de bens importados pelos correios.
Segundo item: incorreto. O Regime de Tributação Simplificada não se
refere à bagagem, mas às remessas postais internacionais.
Terceiro item: correto, conforme artigo 102-A do RA, visto nesta aula.
Quarto item: correto, conforme vimos na Lei 11.898, art. 9 o , § 3 o .
Gabarito: letra D.

15 - (AFRFB/2014) Acerca da base de cálculo do Imposto de


Importação, Valoração Aduaneira e Regime de Tributação Unificada,
analise os itens a seguir e, em seguida, assinale a opção correta.
(adaptada)
I. (...)
II. (...)
III. (...)
IV. No Regime de Tributação Unificada, é vedada a inclusão de quaisquer
mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final.
a) Estão corretos somente os itens I, II e III.
b) Estão corretos somente os itens I, II e IV.
c) Estão corretos somente os itens I e IV.
d) Estão corretos somente os itens II e IV.
e) Todos os itens estão corretos.

Comentários
Os itens I a III tratam de valoração aduaneira e, por isso, serão
analisados na aula específica.
IV - (Item correto) Baseado no artigo 102-A, § 2 o , do Regulamento
Aduaneiro, que vimos:
§ 2- É vedada a inclusão no regime de que trata o caput de
quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao
consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de
artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos
automotores em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas
partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com
importação suspensa ou proibida no Brasil.

16 - (INÉDITA) Assinale a alternativa correta.


a) Só entram no Regime de Tributação Unificada (RTU) bens originários do
Paraguai.
b) O RTU permite a importação de bens do Paraguai por via aérea.
c) Há uma lista positiva de bens permitidos para importação pelo RTU.
d) A importação de insumos para indústrias é permitida no RTU.
e) O limite anual de importações foi fixado em R$ 100.000,00.

Comentários
Letra A: errada. Vale para mercadorias que procedem do Paraguai, não
necessariamente produzidos ("originários") no Paraguai. Pegadinha.
Letra B: errada. Só vale por via terrestre.
Letra C: correta. A lista está no Decreto 6.956/2009.
Letra D: errada. Só podem ser importados bens para venda a consumidor
final.
Letra E: errada. O limite anual é de R$ 110.000,00.

17 - (INÉDITA) Assinale a alternativa incorreta acerca do RTU:


a) Somente podem usar o regime as microempresas optantes pelo Simples
Nacional.
b) A alíquota fixada no RTU é 25%.
c) O ICMS é cobrado à parte.
d) A importação de armas pelo regime está proibida.
e) Caso o bem importado tenha a alíquota na TEC reduzida, haverá redução
proporcional na alíquota do RTU.

Comentários
Como vimos nesta aula, a única opção errada é a letra E.
4,11, Isenções e Reduções do Imposto de Importação

Meu caro, você sabe quantas hipóteses de isenção/redução existem na


legislação do imposto de importação? Não? Dá um chute.
(pausa)
Caramba, você acertou na mosca: vinte e cinco (escrevi por extenso só
para você não colar, mas eu sabia que você não ia fazer isso).
Com esse número enorme, você acha razoável a Esaf pedir as hipóteses
informadas nos artigos 136 e 137 do RA e as condições para que cada uma seja
usufruída? Talvez até peça, mas exatamente daquele jeito já manjado: pede
algum detalhe sobre uma ou outra isenção, mas coloca também uma assertiva
facílima. Tem que fazer assim, a não ser que queira que todo mundo erre a
questão. Já escrevi antes: se a questão é impossível, relaxa. Você e todo
mundo vai errar. Não pode é perder as questões fáceis e médias. As difíceis são
colocadas na prova para medir não o seu conhecimento, mas o seu sangue frio
e o seu planejamento de prova.
Mas, enfim, cobraram as hipóteses de isenção em prova? Sim, e de um
jeito que nem precisamos nos debruçar sobre as assertivas, pois o gabarito era
facílimo e relativo à matéria de bagagem. Por envolver dois assuntos (isenção
do imposto de importação e bagagem), deixo para resolver a questão 56 da
prova de AFRFB/2012 na aula de bagagem.
Então, conscientes de que é impossível decorar as várias hipóteses de
isenção e os seus regramentos específicos, devemos nos esforçar sim naquilo
que é mais razoável e que já foi mais pedido em prova: as disposições gerais
sobre os benefícios fiscais, sua classificação e as condições para fruição.

"Mas, professor, você realmente acha desnecessário estudar os detalhes


das várias hipóteses de isenção?"
Acho, pois nem mesmo os AFRFB que já estão na RFB há uma dúzia de
anos decoraram todas as regras. Isso porque são muitos detalhes. Então, foca
no essencial. Porém, se você realmente quiser estudar os detalhes das várias
hipóteses de isenção, você consegue rapidamente guardar os artigos 136 a 189
do RA. São só 14 páginas para decorar, rsrsrs

4.11.1. Disposições Gerais

É interessante ver que o artigo 114 do RA tem por base legal o artigo 111
do CTN, mas não o copia exatamente igual. Veja:
Art. 114. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que
dispuser sobre a outorga de isenção ou de redução do imposto de
importação.

Outra coisa que destoa um pouco da literalidade do Direito Tributário é o


artigo 115 do RA, agora em comparação com a CF, art. 150, § 6 o :
Art. 115. A isenção ou a redução do imposto somente será
reconhecida quando decorrente de lei ou de ato internacional.

É fato que o ato internacional incorporado ao ordenamento jurídico


interno tem paridade normativa com a lei. Estudamos isso em Direito
Constitucional, mas, ao mesmo tempo, vemos que há exceções, tais como os
acordos internacionais relativos a direitos humanos, que podem possuir status
de emenda constitucional ou status de supralegalidade.
Com esses dois primeiros artigos, quero apenas acentuar a distinção do
RA com o CTN e com a CF/1988, pois isso poderá cair na sua prova. Estudando
somente o Direito Tributário ou o Constitucional, a literalidade poderia te
derrubar na prova de Legislação Aduaneira. Mas isso não vai mais acontecer...

Em relação às isenções e reduções do imposto de importação, elas


somente beneficiam mercadorias originárias do país com o qual se celebrou o
acordo. Não vão beneficiar mercadorias procedentes. Se assim o fosse, todos
os terceiros países iriam tentar aproveitar o acordo celebrado entre os países A
e B. Para ganhar o benefício em A, não basta vir do país B, mas tem que ser
originário deste país.
Mas quando se pode dizer que um produto é originário de determinado
país?
O próprio RA responde no § I o do art. 117:
Respeitados os critérios decorrentes de ato internacional de que o
Brasil seja parte, tem-se por país de origem da mercadoria
aquele onde houver sido produzida ou, no caso de mercadoria
resultante de material ou de mão-de-obra de mais de um país,
aquele onde houver recebido transformação substancial.

País de origem é aquele que produzir integralmente


Guarde isso! o bem ou, quando produzido por mais de um país,
aquele que realizar uma transformação substancial.
Portanto, uma redução recíproca de imposto acordada entre os países A e
B só irá beneficiar as mercadorias produzidas integralmente neste ou naquele
país ou que tenham aí recebido uma transformação substancial.
A transformação substancial sofrida por uma mercadoria é aquela que faz
surgir uma nova individualidade. Era madeira e se transformou em armário. Era
borracha e se transformou em pneu. Era tecido e se transformou em uma calça.
Caso o país A importe madeira, borracha ou tecido e produza armário, pneu ou
calça, ele será considerado o país de origem destes bens.
Por outro lado, se o país A importa o tecido e apenas o corta para
exportar para B, não terá havido transformação substancial. Afinal, o produto
continuou com a mesma identidade: tecido. Neste caso, o produto fabricado
não será considerado originário do país A.
Só mais uma coisa: o § I o transcrito acima menciona "respeitados os
critérios decorrentes de ato internacional de que o Brasil seja parte". Em outras
palavras, está dizendo "salvo disposições em contrário". Significa que os atos
internacionais podem prever novos critérios, como, por exemplo, o previsto nas
normas do Mercosul.
Como vemos na matéria de Comércio Internacional, no Mercosul, em
regra, um produto ganha a circulação entre os cinco países-membros (a
Venezuela entrou em 2012) se cumprir um dos critérios gerais:
i) for totalmente produzido ou colhido, caçado, pescado ou extraído;
ii) ganhar uma nova individualidade;
iii) pelo menos 60% de seu valor tenham sido agregados no âmbito
do Mercosul.

4.11.2. Condições para fruição do benefício fiscal

Para que um produto importado ganhe o benefício fiscal, os arts. 118 e


119 do Regulamento Aduaneiro (RA) impõem três condições: não pode haver
similar nacional, o produto tem que ser transportado em navio de bandeira
brasileira e o contribuinte tem que comprovar a quitação de tributos e
contribuições federais.
Porém, o RA admite exceções para as três condições, como vemos:
Art. 118. Observadas as exceções previstas em lei ou neste
Decreto, a isenção ou a redução do imposto somente beneficiará
mercadoria sem similar nacional e transportada em navio de
bandeira brasileira.
Art. 119. A concessão e o reconhecimento de qualquer incentivo
ou benefício fiscal relativo ao imposto ficam condicionados à
comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da
quitação de tributos e contribuições federais.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - às importações efetuadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal, pelos Territórios e pelos Municípios; e
II - às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo poder
público, relativamente às importações vinculadas a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes.

Por exemplo, a isenção criada para a bagagem do turista tem limite de


US$ 500.00, se vier por via aérea ou marítima. A bagagem que o turista
trouxer dentro deste valor está isenta de imposto, estando dispensada a
verificação de similaridade do produto. Celulares, notebooks, perfumes, tudo
isso possui similar nacional, mas, mesmo assim, o turista ganha a isenção.
"Rodrigo, quando um produto é considerado similar?"
Calma, rapaz, isso já é assunto mais para a frente, rs

Há uma confusão muito comum em relação ao navio de bandeira


brasileira. A obrigatoriedade de navio de bandeira brasileira deve ser lida da
seguinte forma: "se vier em navio, tem que ser em navio de bandeira
brasileira". Alguns interpretam de forma equivocada: "tem que vir de navio e
este tem que ser de bandeira brasileira." Cuidado com isso. Está errado. O
transporte por navio não é obrigatório, mas se assim vier, aí tem que ser em
navio de bandeira brasileira.

4.11.3. Modalidades de Isenção

No Regulamento Aduaneiro, vemos a classificação de isenções e reduções


do imposto em duas modalidades:
i) "isenções/reduções vinculadas à qualidade do importador" ou
isenções/reduções subjetivas; e
ii) "isenções/reduções vinculadas à destinação dos bens" ou
isenções/reduções objetivas.
Isenções/Reduções Subjetivas

Neste caso, a isenção é dada em função não do objeto em si, mas em


função da pessoa. É o caso, por exemplo, dos benefícios previstos no art. 136,
I:
Art 136. São concedidas isenções ou reduções do imposto de
importação:
I - às importações realizadas:
a) pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territórios,
pelos Municípios e pelas respectivas autarquias;
b) pelos partidos políticos e pelas instituições de educação ou de
assistência social;
c) pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter
permanente e pelos respectivos integrantes;
d) pelas representações de organismos internacionais de caráter
permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja
membro, e pelos respectivos integrantes;
e) pelas instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e
pesquisadores.

Veja que a isenção é dada para essas pessoas e não se faz menção aos
produtos. Logo, qualquer produto pode ganhar a isenção, desde que, é claro,
não haja similar nacional, seja transportado em navio de bandeira brasileira e
haja a quitação dos tributos federais por parte da pessoa.
Ei, você está pegando o marcador de texto para passar no artigo que
acabei de escrever? Você tem certeza de que vai fazer isso? Vai ficar
decorando? Se eu fosse você, eu não perderia meu tempo com isso não. Dê
uma lida só por alto. Afinal, cada uma das cinco hipóteses do artigo 136 possui
regras próprias, que vão do artigo 139 ao 148 do Regulamento Aduaneiro.
Isso, você tomou uma ótima atitude. Agora, deixa que eu te pergunte: se
uma instituição científica importa um bem com isenção, este será controlado
pela RFB por quanto tempo? Claro. Cinco anos. É o prazo decadencial. E o que
acontece se a instituição científica transferir o bem para um laboratório ou uma
empresa comercial, a RFB vai deixar barato? Óbvio que não. Faca nos dentes.
Se a instituição científica quiser transferir um bem para alguém que não
tem o mesmo direito de isenção que aquela, então o imposto tem que ser
previamente recolhido. Aliás, nós já vimos isso quando tratamos dos sujeitos
passivos. Vimos que, realizada a transferência do bem e não feito o pagamento
dos tributos, a RFB poderá cobrar o imposto e as penalidades tanto do
importador quanto do adquirente ou cessionário do bem importado com
isenção/redução. Este é sujeito passivo na qualidade de responsável solidário.
Veja o artigo 124 do RA:
Art. 124. Quando a isenção ou redução for vinculada à qualidade
do importador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso
dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos bens
transferidos ou cedidos:
I - a pessoa ou entidade que goze de igual tratamento tributário,
mediante prévia decisão da autoridade aduaneira;
II - após o decurso do prazo de três anos, contado da data do
registro da declaração de importação, no caso de bens objeto da
isenção a que se referem as alíneas c e d do inciso I do art. 136; e
III - após o decurso do prazo de cinco anos, contado da data do
registro da declaração de importação, nos demais casos.

Este artigo traz algumas coisinhas muito interessantes. Em primeiro


lugar, está escrito que o pagamento deve ocorrer previamente à transferência
de propriedade ou à cessão de uso A QUALQUER TÍTULO.
Imagine que você esteja fiscalizando uma pessoa jurídica e queira ver
onde está o bem para o qual ela obteve uma super isenção.
"Senhor fulano, boa tarde. Meu nome é (preencha seu
nome) e eu sou Auditor(a)-Fiscal da Receita Federal. Vim fazer uma auditoria
em seu estabelecimento. Para ser direto, traga, por favor, seus livros contábeis
e fiscais e me apresente a máquina XYZ importada pela DI tal."
"Doutor, senhor, vossa majestade, sabe o que aconteceu? O meu sócio
emprestou a máquina para que seu irmão testasse para ver se interessava a ele
comprar uma igual. Por isso, eu só vou poder apresentar para o senhor na
semana que vem. Tudo bem?"
"Tudo bem. Só que eu já te dou o auto de infração hoje. Tudo bem?"
"Mas, mas..."
"Mas o quê, rapaz? Está escrito aqui na minha testa que eu sou trouxa?
Você importa e depois fica alugando, emprestando, doando as coisas que você
recebe em isenção e vem cheio de historinha prá cima de mim? Se a máquina
não está contigo, você já está errado. Aproveita e assina aqui o termo de
ciência do auto de infração (claro que você, um AFRFB cheio de experiência, já
sai da repartição preparado para não encontrar o bem e, por isso, sua mala já
está com um monte de autos de infração a ponto de bala rsrs)."
Bom, está escrito no inciso III acima que, depois de cinco anos, não
haverá mais problema em transferir os bens importados com isenção/redução.
Isto por causa não só da decadência, mas porque se considera que o bem foi
totalmente depreciado. Existe uma escala de depreciação aplicada aos bens. Se
a transferência ou a cessão de uso for pretendida dentro do primeiro ano da
importação, não há nenhuma redução dos tributos. No segundo ano, 25% de
redução. No terceiro, 50%. No quarto, 75%. No quinto, 90%. Se a
transferência for realizada após completados cinco anos, nada haverá a pagar.
No caso especial de embaixadas e assemelhados (art. 124, II), o prazo de
depreciação é mais acelerado: três anos.
Só resta dizer duas coisas:
Ia) se a transferência for a uma outra pessoa que tem a mesma
qualidade do importador, não haverá qualquer cobrança. Exemplo: instituição
científica transfere o bem a outra instituição científica. Nenhuma cobrança
haverá, mas antes tem que pedir a anuência da RFB, pois a recebedora talvez
não cumpra, por exemplo, o critério de quitação dos tributos federais. Para
evitar o "comércio" de isenções/reduções, as transferências pedem a prévia
anuência da RFB, como consta no art. 124, I.
2 a ) Se houver descumprimento das condições de fruição da isenção ou
redução, os tributos serão cobrados retroagindo ao dia do registro da DI, que é
o dia em que os tributos tinham que ter sido recolhidos e não o foram, por
conta da isenção, (art. 120)

Isenções/Reduções Objetivas

Estas são tratadas nos artigos 132 a 135.


Em espécie, elas são encontradas, por exemplo, no art. 136, II. Como
ilustração, pode-se mencionar a isenção para "amostras e remessas postais
internacionais, sem valor comercial", "bens adquiridos em loja franca, no País"
e "bens destinados a coletores eletrônicos de votos".
Se a isenção tiver sido usufruída para a montagem das chamadas urnas
eletrônicas, é claro que o importador depois vai ter que comprovar que usou
nas urnas e não em máquinas de bingo (até que se parecem na forma e na
essência, né? rs)
No caso de bens importados com isenção/redução objetiva, a
transferência dos bens pode ocorrer para qualquer pessoa. Afinal, o bem é que
é o objeto da isenção, não a pessoa importadora. Mas também não é bagunça,
senão a RFB perderia o controle das coisas. Para transferir para outra pessoa,
as únicas condições exigidas no art. 135 do RA são:
i) deve ser mantida a finalidade do bem: se foi importado para urna
eletrônica, o compromisso do recebedor é usar na mesma finalidade; e
ii) deve ser obtida a prévia anuência da RFB.

E se descumprir a finalidade? Aí, você já deduz a resposta: os tributos


serão cobrados retroagindo-se ao registro da DI. (art. 134)

4.11.4. Bens Importados com Isenção/Redução Objeto de Sinistro

Tanto no caso de isenção subjetiva quanto no de isenção objetiva, se o


bem for danificado em virtude incêndio ou outro sinistro, "o imposto será
reduzido proporcionalmente ao valor do prejuízo." (RA, arts. 127 e 134, par.
único)
Há, porém, uma trava bem razoável: se o sinistro "ocorreu por culpa ou
dolo do proprietário ou usuário dos bens" ou se tiver sofrido o sinistro quando
estava usando de forma diversa da que havia sido permitida. Nestes casos, o
imposto não sofrerá nenhuma redução, sendo cobrado integralmente.

4.11.5 Ex-tarifário

O mecanismo do ex-tarifário surgiu com o Decreto no 1.343, de 23 de


dezembro de 1994. Desde 2001, os ex-tarifários são criados pela Câmara de
Comércio Exterior (CAMEX), órgão presente no Conselho de Governo, de
assessoria direta à Presidência da República.
A redução do imposto de importação a título de ex-tarifário tem a
finalidade de estimular a modernização das nossas empresas ou, como está
escrito na Resolução Camex 66 (de 14 de agosto de 2014), estimular o
"investimento produtivo".
Para promover tal estímulo, a Camex reduz o imposto de importação para
bens de capital (BK) e bens de informática e de telecomunicações (BIT) que não
tenham similar nacional.
As regras para a criação do ex-tarifário são definidas na Resolução Camex
citada e podem ser assim resumidas:
- a instituição do ex-tarifário se dá a pedido das empresas brasileiras ou
associações de classe;
- para resguardar as indústrias nacionais produtoras de BK e de BIT, a
criação do ex-tarifário é condicionada à inexistência de produção
nacional equivalente;
- para "proporcionar maior previsibilidade aos investimentos", o ex-
tarifário é criado com prazo de vigência;
- para resguardar as indústrias brasileiras que, posteriormente à criação
do ex-tarifário, podem vir a produzir BK e BIT similares, o prazo de
vigência do ex-tarifário não pode ser superior a dois anos, podendo,
entretanto, ser prorrogado enquanto forem mantidas as condições que
permitiram a criação.

Como o ex-tarifário tem duração de até dois anos, isto significa que,
mesmo que, no dia seguinte à sua criação, seja iniciada a produção de um
similar nacional, não se pode negar a fruição daquele. Em outras palavras, a
similaridade somente é verificada no ato de criação do ex-tarifário, não o sendo
nas importações para as quais se requerer a redução tarifária.
O ex-tarifário é tratado na doutrina e na jurisprudência como um
instrumento de política aduaneira, não um benefício fiscal. Na prática, o
que isso significa? Significa que, para usar um ex-tarifário, o importador não
precisa cumprir as condições necessárias para os benefícios fiscais: não
existência de similar nacional e transporte em navio de bandeira brasileira.
Nenhuma dessas condições é investigada no curso do despacho aduaneiro de
bens passíveis de enquadramento no ex-tarifário.
Não sendo considerado um benefício fiscal, não se sujeitará a controle da
RFB posteriormente ao desembaraço. A mercadoria pode ser transferida a
outrem sem necessidade de se consultar a RFB, ao contrário do que deveria
ocorrer se fosse o caso de um benefício fiscal. Adiante veremos numa questão
de prova sobre isso.

4.14. Similaridade

O Regulamento Aduaneiro trata de similaridade no artigo 190:


Art. 190. Considera-se similar ao estrangeiro o produto nacional
em condições de substituir o importado, observadas as seguintes
normas básicas:
I - qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que
se destine;
II - preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional,
da mercadoria estrangeira, calculado o custo com base no preço
Cost, Insurance and Freight - CIFacrescido dos tributos que
incidem sobre a importação e de outros encargos de efeito
equivalente; e
III - prazo de entrega normal ou corrente para o mesmo tipo de
mercadoria.
Parágrafo único. Não será aplicável o conceito de similaridade
conforme o disposto no caput, quando importar em fracionamento
da peça ou máquina, com prejuízo da garantia de seu bom
funcionamento ou com retardamento substancial no prazo de
entrega ou montagem.

Em suma, o produto nacional será considerado similar ao estrangeiro se


possuir preço, prazo e qualidade iguais ou mais favoráveis.
Em regra, quando uma empresa deseja um benefício fiscal, ela deve,
previamente ao embarque do bem no exterior, solicitar o licenciamento de sua
importação (a matéria de licenciamento é cobrada sob o título "Sistema
Administrativo" no edital de Comércio Internacional). Por que tem que ser
pedido o licenciamento? Para que o Departamento de Comércio Exterior
(Decex), da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) (ufa!), realize a
investigação acerca da existência de similar nacional.
Para investigar a existência do similar, o Decex publica os pedidos de
importação e faz consultas públicas: "alô, alguém aí no mercado produz algo
semelhante a isso aqui ó?"
Onde ele publica isso? A Portaria Secex 23/2011 aponta que é no site do
www.mdic.qov.br. Como nós somos curiosos, vamos fuçar o site e encontrar o
seguinte link:
www.mdic.gov. br/sitio/interna/interna .php?area = 5&menu = 3430&refr=3398

Nesse link, estão as consultas públicas vigentes.


Se ninguém se manifestar no prazo de 30 (trinta) dias, o Decex considera
que não há produção de bens similares e concede a licença de importação. Com
isso, o importador irá conseguir da Receita Federal a concessão do benefício
fiscal quando do despacho aduaneiro.
QUESTÕES

18 - (AFRF/2000) A empresa Alfa Bética Indústria de Componentes


Automotivos Ltda. pleiteou junto ao DECEX redução de alíquota do
imposto de importação para uma fresadora especial, sem similar
nacional, para emprego no seu processo produtivo de engrenagens
cónicas para automóveis, cujo processo, após exaustiva análise,
culminou com o deferimento do pedido, passando a figurar na TEC
como "ex-tarifário". Passados 2 (dois) anos, a empresa encerrou suas
atividades e a referida máquina foi vendida a outra empresa para ser
utilizada na produção de engrenagens helicoidais para equipamentos
navais, sem autorização prévia da Secretaria da Receita Federal para
manutenção da referida redução de imposto.
Ato contínuo, em fiscalização na empresa, a Secretaria da Receita
Federal:
a) exigirá a totalidade dos tributos dispensados na importação, com os
acréscimos legais alegando que a redução tributária foi vinculada à qualidade
do importador, tanto que tal redução foi deferida à empresa mediante processo
específico, além do que não foi solicitada prévia autorização da autoridade
fiscal;
b) exigirá totalidade dos tributos dispensados na importação, com os
acréscimos legais, alegando que a redução tributária foi vinculada à destinação
do bem e no caso houve transferência de propriedade para empresa que o
utilizou para outra finalidade, além do que não houve prévia autorização do
órgão fiscal;
c) Considerou regulares as operações, deixando de instaurar qualquer
procedimento fiscal contra a empresa importadora e a adquirente do bem,
levando em consideração a natureza objetiva da redução tributária;
d) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25%
em função de tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido
vinculada à destinação do bem e a transferência de propriedade ter sido feita
sem prévia autorização da fiscalização;
e) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25%
em função do tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido
vinculada à qualidade do importador e a transferência sem autorização prévia
da autoridade fiscal.
Comentários
Como o ex-tarifário é considerado um instrumento de política aduaneira e
não um benefício fiscal, não há necessidade de consulta prévia à RFB. Gabarito:
C.

19 - (AFRF/2002-1) É concedida isenção do imposto de importação


incidente sobre objetos de arte, constantes das posições nos 9.701,
9.702, 9.703 e 9.706 do Capítulo 97 da Nomenclatura Brasileira de
Mercadorias (NBM/SH) - atualmente a Nomenclatura Comum do
Mercosul - e recebidos, em doação, por museus instituídos e mantidos
pelo poder público e outras entidades culturais, reconhecidas como de
utilidade pública (Lei no 8.961/1994, art.l°). Em face do enunciado,
assinale a opção correta.
a) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente objetivo já que
direcionada aos objetos de arte citados na norma.
b) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente subjetivo já que
direcionada aos museus mantidos pelo poder público e outras entidades
culturais de utilidade pública.
c) A isenção concedida tem, cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo,
condicionada, ainda, à não cobertura cambial.
d) A isenção concedida pode ser, por interpretação extensiva, estendida a
outros objetos de arte.

e) A isenção concedida suspende a exigência de crédito tributário.

Comentários
A isenção está voltada a determinadas pessoas (caráter subjetivo) e a
determinados bens (caráter objetivo). Logo, a isenção tem caráter misto.
Gabarito: C.
20- (Ajudante de Despachante Aduaneiro / 2012 - ESAF) Sobre a
isenção do imposto de importação, é incorreto afirmar que:
a) a concessão e o reconhecimento da isenção do imposto de importação ficam
condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da
quitação de tributos e contribuições federais.
b) a isenção do imposto de importação somente será reconhecida quando
decorrente de lei ou ato internacional.
c) são concedidas isenções do imposto de importação às importações realizadas
pelas missões diplomáticas.
d) interpreta-se literalmente a legislação tributária que dispuser sobre outorga
de isenção do imposto de importação.
e) é concedida isenção do imposto de importação incidente sobre objetos de
arte comprados por museus ou entidades culturais.

Comentários
Vamos começar pelas fáceis: A, B e D.
Letra A: correta. Vimos a exigência da quitação de tributos e
contribuições federais.
Letra B: correta. Vimos isso no artigo 115 do Regulamento Aduaneiro
(RA).
Letra D: correta. Vimos o artigo 114 do RA.

As letras C e E tratam de hipóteses de isenção. Nunca pediram esse tipo


de detalhe nas provas para AFRFB e ATRFB, mas vamos analisá-las.
Letra C: correta. Consta no artigo 136, I, c, do RA.
Letra E: incorreta. É o gabarito, pois a isenção para museus é, como
consta no enunciado da questão anterior, reconhecida somente no caso de
doações. Compras não são beneficiadas com a isenção. Repito, porém, que essa
decoreba não cai (ou, pelo menos, jamais caiu) em prova para a RFB.

21 - (AFRF/2000) De uma maneira geral, com as exceções previstas na


legislação específica, pode-se afirmar que os requisitos de inexistência
de similar nacional e de transporte obrigatório em navio de bandeira
brasileira devem ser observados nas importações:
a) às quais se aplicam os regimes aduaneiros especiais excluídos os de trânsito
aduaneiro e exportação temporária;
b) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação vinculadas
à qualidade do importador, à destinação dos bens e as decorrentes de Acordos
Internacionais (preferências tarifárias);
c) beneficiadas com alíquota zero ou redução de alíquota do imposto de
importação, constantes da Tarifa Externa Comum (TEC);
d) beneficiadas com isenção ou suspensão do imposto de importação;
e) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação.

Comentários
Questão literal. Gabarito: e.
22 - (Inédita) Avalie as afirmações abaixo. Atribua V para a verdadeira
e F para a falsa. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência
correta.
( ) Quando a isenção for vinculada à qualidade do importador, a transferência
onerosa de propriedade obriga ao prévio pagamento do imposto. Isso não se
aplica à cessão ou à transferência a pessoa ou a entidade que goze de igual
tratamento tributário, dispensada neste caso a manifestação da autoridade
aduaneira.
( ) Quando a redução for vinculada à qualidade do importador, a cessão
temporária de uso dos bens obriga ao prévio pagamento do imposto. Isso não
se aplica se a cessão for realizada após o decurso do prazo de três anos,
contados da data do registro da declaração de importação, no caso de
importação realizada por instituição científica.
( ) Quando a isenção for vinculada à qualidade do importador, a transferência
gratuita de propriedade dos bens obriga ao prévio pagamento do imposto. Isso
não se aplica se a transferência for realizada após um ano, contado da data do
registro da declaração de importação, no caso de bens importados pelas
missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e pelos
respectivos integrantes.

a) V, V, F b) F, V, V c) V, F, V d) F, F, F e) V, F, F

Comentários
Primeiro item: incorreto. Mesmo que a transferência (a qualquer título)
seja para pessoa que possua a mesma qualidade do importador, a anuência da
aduana é necessária até para checar se o sujeito tem certidão negativa de
tributos e contribuições federais.
Segundo e terceiro itens: incorretos. Os bens importados com isenção
podem ser transferidos após 5 (cinco) anos sem exigência do imposto de
importação. Para as importações das missões diplomáticas, repartições
consulares, representações de organismos internacionais de caráter
permanente e seus respectivos integrantes, o prazo de transferência liberada é
3 (três) anos.
Gabarito: letra D.

23 - (Inédita) Marque a alternativa incorreta:


a) A autoridade aduaneira poderá, a qualquer tempo, promover as diligências
necessárias para assegurar o controle da transferência dos bens objeto de
isenção.
b) Na transferência de propriedade ou na cessão de uso de bens objeto de
isenção ou de redução, o imposto será reduzido proporcionalmente à
depreciação do valor dos bens em função do tempo decorrido, contado da data
do registro da declaração de importação.
c) Se os bens objeto de redução do imposto de importação forem danificados
por incêndio, o imposto será reduzido proporcionalmente ao valor do prejuízo.
d) Se as mercadorias beneficiadas com isenção forem destruídas pelo
proprietário por incêndio culposo, não doloso, haverá redução do imposto
cobrado.

e) As isenções do imposto se classificam em subjetivas ou objetivas.

Comentários
Letra A: correta. Evita-se o "comércio de benefícios fiscais'7 (artigo 125 do
RA).
Letra B: correta. As escalas de depreciação estão previstas no artigo 126.
Tal conta de depreciação só serve para as isenções e reduções de caráter
subjetivo, não existindo para as isenções e reduções de caráter objetivo, pois o
bem "carrega" o benefício consigo.
Letra C: correta, como vimos. Lembre, no entanto, que a redução do
imposto não ocorre, por exemplo, se o sinistro tiver ocorrido por culpa ou dolo
do proprietário ou usuário do bem. (RA, art. 128)
Letra D: incorreta. Destruição por culpa ou dolo não dá direito à redução
do imposto, (art. 128 do RA)
Letra E: correta.
Gabarito: letra D.

24 - (Ajudante de Despachante Aduaneiro / 2012 - ESAF) Quando a


isenção ou a redução do imposto de importação for vinculada à
qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a cessão de
uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do
imposto, exceto no caso de bens transferidos ou cedidos:
a) a pessoa que goze de igual tratamento tributário, independentemente de
prévia decisão da autoridade aduaneira.
b) após o decurso do prazo de três anos, contados da data do registro da
declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de
missões diplomáticas.
c) após o decurso do prazo de três anos, contados da data da entrada da
mercadoria no território aduaneiro, no caso de bens importados por integrantes
de repartições consulares.
d) após o decurso do prazo de dois anos, contados da data do desembaraço
aduaneiro, no caso de bens importados por representações de organismos
internacionais.
e) após o decurso do prazo de um ano, contado da data do registro da
declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de
repartições consulares.

Comentários
Gabarito: letra B.
Letra A: errada, pois depende de prévia decisão da aduana.
As letras C, D e E estão erradas, pois mencionam termo inicial diferente
do dia do registro da DI ou prazo diferente de três anos.

25- (Ajudante de Despachante Aduaneiro / 2012 - ESAF) Sobre o


Imposto de Importação (II), julgue as proposições seguintes e assinale
a opção correta.
I. Não incide sobre a mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos
documentos de transporte, chegue ao País por erro inequívoco ou comprovado
de expedição, e que seja redestinada ou devolvida para o exterior.
II. No caso de Declaração de Importação (DI) registrada no Siscomex, é
calculado pelo sistema, de acordo com a alíquota vigente na data do fato
gerador do imposto, ou seja, na data da entrada da mercadoria no país.
III. Caso a alíquota incidente seja "ad valorem", o imposto de importação será
calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC)
sobre a quantidade ou o peso da mercadoria importada.
IV. Em caso de isenção do Imposto de Importação (II), é obrigatório que o
transporte da mercadoria seja em navio de bandeira brasileira, na via
aquaviária, em todos os casos.
a) Apenas a proposição I está correta.
b) As proposições I e III estão corretas.
c) Apenas a proposição II está correta.
d) As proposições I, II e IV estão corretas.
e) Todas as proposições estão corretas.

Comentários
Item I: correto, como vimos no artigo 71, I.
Item II: incorreto, pois o fato gerador, para fins de cálculo do imposto de
importação, considera-se ocorrido no dia do registro da DI.
Item III: incorreto, pois a base de cálculo é o valor aduaneiro.
Item IV: incorreto. Os artigos 118 e 119 do RA trazem as três condições
exigidas para o reconhecimento da isenção: inexistência de similar nacional,
transporte em navio de bandeira brasileira e comprovação de quitação de
tributos e contribuições federais. Contudo, os artigos excepcionalmente
dispensam o cumprimento de tais condições, sendo, portanto, errado indicar
que alguma dessas condições seja obrigatória "em todos os casos".
Gabarito: letra A.

4,12, Imunidades do Imposto de Importação e Controle exercido pela


Secretaria da Receita Federal do Brasil

Se pegarmos a CF/1988, veremos que as imunidades relativas ao imposto


de importação referem-se exclusivamente às importações de livros, jornais,
periódicos e o papel destinado a sua impressão (CF/1988, art. 150, VI, alínea
d). Os demais casos de imunidade de impostos prevista no art. 150, VI, não se
aplicariam ao imposto de importação, mas apenas aos tributos sobre
patrimônio, renda e serviços dos entes ali indicados. No entanto, na
jurisprudência do STF, há julgados no sentido de que as imunidades subjetivas
previstas no art. 150, VI, a, b, c, englobam não só os tributos sobre a renda e o
patrimônio propriamente ditos dos entes listados. As imunidades servem
também para o imposto de importação, como vemos a seguir. Portanto,
quando a Esaf pede "imunidades", está se referindo certamente à imunidade
objetiva da alínea "d" citada, mas poderia estar se referindo também às
imunidades reconhecidas na jurisprudência.

Jurisprudência do STF sobre a expressão "patrimônio, renda ou


serviços"

Não se pode usar a classificação dos impostos prevista no Código


Tributário Nacional ("impostos sobre comércio exterior", "sobre produção e
circulação" e "sobre patrimônio e renda") para querer dizer que a imunidade só
abrange os impostos sobre patrimônio e renda, haja vista a literalidade do art.
150, VI, c, da CF/1988 ("Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União> aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios ... instituir impostos sobre ... patrimônio, renda ou serviços dos
partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei")
Logo, é cabível a imunidade em relação ao imposto de importação (e
também ao IPI e ao ICMS). Veja os dois acórdãos:

"JCMS. Imunidade tributária. Instituição de educação sem fins lucrativos.


CF', art. 150, VI, c. Não há invocar> para o fim de ser restringida a
aplicação da imunidade> critérios de classificação dos impostos
adotados por normas infraconstitucionais, mesmo porque não é
adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui
do conjunto daqueles. O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem
adquirido, no mercado interno ou externo, integra o patrimônio da
entidade abrangida pela imunidade(RE 203.755, Rei. Min. Carlos
Velloso, julgamento em 17-9-1996)

"A imunidade prevista no art. 150, VI, c, da CF, em favor das


instituições de assistência social\ abrange o Imposto de
Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados, que
incidem sobre bens a serem utilizados na prestação de seus serviços
específicos." (RE 243.807, Rei. Min. limar Galvão, julgamento em 15-2-
2000)

Jurisprudência do STF sobre a possibilidade de se afastar a imunidade


fiscal recíproca aplicável às importações

A partir da interpretação do acórdão a seguir, é possível, em tese, afastar


a imunidade fiscal recíproca (art. 150, VI, a), desde que se comprove que as
importações imunes estão colocando em risco a livre iniciativa e a concorrência:
"CF/1988 - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;"

"A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a da Constituição aplica-


se às operações de importação de bens realizadas por Municípios, quando
o ente público for o importador do bem (identidade entre o 1contribuinte
de direito' e o 'contribuinte de fato'). Compete ao ente tributante
provar que as operações de importação desoneradas estão
influindo negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170
da Constituição. Impossibilidade de presumir risco à livre-iniciativa e à
concorrência." (AI 518.405-AgR, Rei. Min. Joaquim Barbosa, julgamento

em 6-4-2010)

Controle exercido pela RFB

Qual é o controle exercido pela RFB sobre as imunidades?


Bem, o Regulamento Aduaneiro, no artigo 211-B, trata exclusivamente do
controle exercido no caso da imunidade sobre o papel destinado à impressão de
livros, jornais e periódicos. Ele dispõe que os importadores, os vendedores e os
adquirentes devem manter registro especial na Receita Federal. Isso é
regulamentado pela IN RFB 976/2009:
Art. Io Os fabricantes, os distribuidores, os importadores, as
empresas jornalísticas ou editoras e as gráficas que realizarem
operações com papel destinado à impressão de livros, jornais e
periódicos estarão obrigados à inscrição no Registro Especial
o
instituído pelo art. I da Lei n° 11.945, de 4 de junho de 2009, não
podendo promover o despacho aduaneiro, a aquisição, a utilização
ou a comercialização do referido papel sem prévia satisfação dessa
exigência.
Consta na IN que as pessoas referidas no artigo I o devem apresentar
semestralmente a Declaração Especial de Informações Relativas ao Controle
de Papel Imune (DIF-Papel Imune). É assim que a RFB exerce o controle
sobre tais bens. Periodicamente, a RFB seleciona empresas para sofrerem
auditoria de estoque, checando-se se o papel imune não foi desviado, por
exemplo, para a produção de cadernos ou calendários.

A venda do papel a outra pessoa faz com que o vendedor comprove a


destinação do bem. A partir da venda, a RFB passa a controlar o adquirente. É
o que dispõe o Regulamento Aduaneiro:
Art 211-B. Deve manter registro especial na Secretaria da Receita
Federal do Brasil a pessoa jurídica que:
I - exercer as atividades de comercialização e importação de papel
destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, a que se
refere o art. 211-A; e
II - adquirir o papel a que se refere o art. 211-A para a utilização na
impressão de livros, jornais e periódicos.
§ Io A transferência do papel a detentores do registro especial de
que trata o caput faz prova da regularidade da sua destinação, sem
prejuízo da responsabilidade, pelos tributos devidos, da pessoa
jurídica que, tendo adquirido o papel beneficiado com imunidade,
desviar sua finalidade constitucional.

QUESTÃO

26 - (Inédita) Considerando a imunidade do imposto de importação


concedida às importações de livros, jornais e periódicos e do papel
destinado a sua impressão, avalie as afirmações abaixo. Atribua V para
a verdadeira e F para a falsa. Em seguida, marque a opção que
contenha a sequência correta.
( ) Deve manter registro especial na Secretaria da Receita Federal do Brasil a
pessoa jurídica que exercer as atividades de comercialização e importação de
jornais, livros, periódicos ou o papel destinado à sua impressão, beneficiados
com imunidade.
( ) A pessoa jurídica que simplesmente adquirir o papel importado com
imunidade para a utilização na impressão de livros, jornais e periódicos está
dispensada do registro especial na Secretaria da Receita Federal do Brasil.
( ) Caso o papel importado com imunidade seja transferido a pessoa detentora
do registro especial na RFB, o vendedor prova a regularidade da sua
destinação.

a) V, V, F b) F, V, V c) V, F, V d) F, F, V e) V, F, F

Comentários
Primeiro item: falso. Apenas sofrem o controle da Receita Federal as
pessoas que comercializarem ou importarem o papel imune. Quem negocia
livros, jornais e periódicos não precisa ter registro (IN RFB 976/2009, art. I o ) .
Segundo item: falso. A pessoa jurídica que adquirir o papel imune
também deve manter registro especial na Secretaria da Receita Federal do
Brasil. A RFB quer acompanhar todo o caminho percorrido pelo papel (artigo
211-B, II, do RA).
Terceiro item: correto. O vendedor cumpriu sua obrigação. A RFB agora
passa a monitorar o adquirente (art. 211-B, § I o do RA).
Gabarito: Letra D.

Um abraço,
Rodrigo Luz
RESUMINHO

a) Se alíquota ad valorem, base de cálculo = valor aduaneiro.


b) Se alíquota específica, base de cálculo = quantidade de mercadoria
c) As alíquotas são fixadas pela Camex e constam na Tarifa Externa Comum
(TEC). Exceções: alíquotas aplicáveis no regime de tributação simplificada,
regime de tributação especial e regime de tributação unificada.
d) O imposto de importação (e o IPI, o PIS/PASEP-Imp. e a COFINS-Imp.) são
pagos no momento do registro da DI, por débito automático.
e) O imposto pago a maior pode ser restituído ou usado para compensar
débitos do próprio importador.
f) O imposto de importação não pode ser usado para compensação em algumas
situações. Por exemplo, não pode ser realizada a compensação sobre os
tributos que devem ser debitados no registro da DI.
g) No caso de mercadorias não identificadas, elas são tributadas com alíquota
de 80%, englobando o imposto de importação, o IPI, o PIS/PASEP, a COFINS e
o AFRMM. A base de cálculo é a mediana dos valores por quilo (incluindo frete e
seguro) de todas as importações realizadas a título definitivo no semestre
anterior, pela mesma via de transporte, multiplicado pelo número de quilos da
importação.
h) O regime de tributação simplificada se aplica para remessas postais
internacionais e encomendas aéreas internacionais. Cobram-se 60% sobre o
valor aduaneiro. Só pode ser usado para bens de até US$ 3.000,00 FOB.
i) O regime de tributação especial é aplicado para os bens trazidos por viajante
(ou adquiridos em loja franca) que excederem a quota de isenção. Cobram-se
50% sobre o valor que exceder.
j) O regime de tributação unificada serve apenas para as importações
procedentes do Paraguai. Paga-se uma alíquota única de 25% sobre o valor da
aquisição. Serve apenas para os bens listados na normativa. Só pode ser usado
por empresas optantes pelo Simples Nacional.
k) As isenções podem ser objetivas ou subjetivas. No caso de subjetivas, em
regra, tem que pagar o imposto antes de se transferir a propriedade ou a
cessão de uso. No caso de objetivas, tem que se manter o bem na mesma
finalidade.
I) Para usufruir uma isenção ou redução do imposto, três coisas são, em regra,
necessárias: quitação de tributos e contribuições federais, transporte em navio
de bandeira brasileira e inexistência de similar nacional.
m) No caso de papel imune, a RFB exerce controle permanente até que ele seja
efetivamente aplicado na produção de livros, jornais e periódicos. Evita-se o
desvio de finalidade.
QUESTÕES ANALISADAS NESTA AULA

01 - (AFTN/1989) Na aplicação da alíquota ad valorem do imposto de


importação, o contribuinte deve recolher o tributo calculado sobre o
valor:
a) constante da fatura emitida pelo exportador, quando não inferior ao preço
normal da mercadoria no mercado internacional;
b) aduaneiro, apurado segundo as normas do artigo VII do GATT;
c) FOB da mercadoria, acrescido das despesas de despacho aduaneiro;
d) CIF da mercadoria;
e) FOB da mercadoria.

02 - (TRF/2000) Constitui base de cálculo do imposto de importação,


quando a alíquota for ad valorem, o valor:
a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido
objeto de pena de perdimento;
b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente
oferecida à venda no mercado atacadista do país exportador, somado às
despesas para colocação a bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete;
c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre
concorrência, entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil;
d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração
Aduaneira;
e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente
registrada no Siscomex, incluído o frete interno no país de importação.

03 - (Ajudante de Despachante Aduaneiro / 2012 - ESAF) A respeito da


base de cálculo do imposto de importação, analise as proposições
abaixo e assinale a opção correta.
I. A base de cálculo do imposto de importação é o preço pago pela importador,
excluindo-se o frete e o seguro.
II. A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro apurado
segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio -
Gatt 1994, independentemente do tipo de alíquota.
III. A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro apurado
segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio -
Gatt 1994, quando a alíquota for ad valorem.
IV. A base de cálculo do imposto de importação é a quantidade de mercadoria
expressa na unidade de medida estabelecida, quando a alíquota for específica,
a) Apenas a proposição I está correta.
b) Apenas a proposição II está correta.
c) As proposições III e IV estão corretas.
d) As proposições I e III estão corretas.
e) Todas as proposições estão corretas.

04 - (AFRFB/2012) Sobre o Imposto de Importação, e sobre valoração


aduaneira, é correto afirmar que:
a) considera-se estrangeira, para fins de incidência do Imposto de Importação,
toda mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País.
b) o Imposto de Importação incide sobre mercadoria estrangeira que tenha sido
objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada,
tenha sido consumida ou revendida.
c) o fato gerador do Imposto de Importação é a entrada de mercadoria
estrangeira no território nacional. Este é o conceito que a doutrina chama de
elemento geográfico ou espacial do fato gerador. Para efeito de cálculo, entre
outras situações, considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto de
Importação no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando
se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou
desacompanhada.
d) a base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for
específica, é o valor aduaneiro apurado segundo as normas do artigo VII do
Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT 1994).
(...)

05 - (AFTN/1994) A alíquota ad valorem geral (aplicável a todos os


produtos da NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul): (adaptada)
a) prevalecerá sobre a alíquota convencional (aplicável às mercadorias objeto
de acordo internacional) sempre que se estabeleça uma política de proteção à
produção interna do produto similar importado;
b) prevalecerá sobre a alíquota convencional na hipótese em que, da aplicação
das normas gerais, resultar tributação mais favorável ao contribuinte;
c) nunca prevalecerá sobre a alíquota convencional tendo em vista que os
tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação
tributária interna e serão observados pela que lhes sobrevenha;
d) não prevalecerá sobre a alíquota convencional apenas em se tratando de
negociações no âmbito do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio
(GATT), da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) e do Mercado
Comum do Sul (MERCOSUL);
e) prevalecerá sobre a alíquota convencional apenas na hipótese de não haver
reciprocidade de tratamento por parte do país signatário do acordo
internacional com o Brasil.

06 - (TRF/2002-1) A base de cálculo do imposto de importação é:


a) em se tratando de alíquota específica, a quantidade de mercadoria expressa
na unidade de medida indicada na Tarifa baixada pelo Ministro da Fazenda;
b) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço pelo qual a mercadoria ou
similar é normalmente oferecida à venda no mercado atacadista do país
exportador, somado às despesas efetivamente pagas para sua colocação a
bordo no porto de embarque para o Brasil, ao seguro e ao frete (CIF),
deduzidos, quando for o caso, os impostos exigíveis para consumo interno e
recuperáveis pela exportação;
c) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço do produto adquirido numa
venda internacional em condições de livre concorrência, e relativo ao custo da
exportação acrescido das despesas incorridas para colocação no porto de
embarque;
d) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço do produto adquirido em
licitação pública, deduzidos os impostos internos exigíveis no mercado interno e
acrescido do frete e seguro internacionais;
e) quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro definido no Artigo VII do
Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), no qual o Brasil é parte.

07 - (ACE/2002) No Brasil, a definição da alíquota do Imposto de


Importação, quando da incidência deste, é feita com base no(a):
a) Tarifa Aduaneira Brasileira;
b) Preferência Tarifária Regional;
c) Sistema Geral de Preferências (SGP);
d) Tarifa Externa Comum do Mercosul;
e) Sistema Geral de Preferências Globais (SGPG).

08 - (Inédita) Avalie as afirmações abaixo. Atribua V para a verdadeira


e F para a falsa. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência
correta.
( ) Pode a Secretaria da Receita Federal do Brasil alterar as alíquotas do
imposto de importação, desde que observados os limites impostos pela Camex.
( ) Em relação aos tributos que devam ser pagos no ato do registro da
Declaração de Importação, pode ser realizada a compensação tributária, caso o
importador possua créditos anteriores.
( ) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto é a correspondente ao
posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa Comum, vigente na data da
entrada no território aduaneiro.
a) V, V, F b) F, V, V c) V, F, V d) F, F, F e) V, F, F

09 - (AFRFB/2014) Sobre o Imposto de Importação, é incorreto


afirmar:
a) não se considera estrangeira, para fins de incidência do imposto, a
mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País por motivo
de modificações na sistemática de importação por parte do país importador.
b) o imposto não incide sobre mercadoria estrangeira destruída, sob controle
aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada.
c) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador no dia
do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens
compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.
d) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na
data do registro da declaração de importação de mercadoria constante de
manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou
avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira.
e) caberá restituição total ou parcial do imposto pago indevidamente, a qual
poderá ser processada de ofício, nos casos de verificação de extravio ou de
avaria.

10 - (AFRF/2002-2) O imposto de importação tem como elementos que


o caracterizam, na essência:
a) o lançamento por declaração; o valor da fatura como base de cálculo; tem
por finalidade o incremento da arrecadação federal;
b) alíquota ad valorem; lançamento misto; o preço normal da mercadoria no
comércio internacional como base de cálculo;
c) incidência inclusive sobre as mercadorias objeto de contrabando; a base de
cálculo, para as mercadorias vendidas em leilão, é o valor da arrematação;
lançamento de ofício;
d) as alíquotas previstas em acordos internacionais sempre prevalecem sobre
as alíquotas da Tarifa Externa Comum; é contribuinte, além do importador, o
adquirente, em licitação de mercadoria estrangeira; o depositário de mercadoria
sob sua custódia é contribuinte relativamente à mercadoria cuja falta for
apurada pela autoridade aduaneira;
e) lançamento por homologação; decai após 5 (cinco) anos da data do registro
da declaração de Importação no Siscomex; o valor de transação previsto no
Acordo de Valoração Aduaneira não é aplicável quando a alíquota for específica.
11 - (AFTN/1989) Os bens contidos em remessas postais
internacionais: ( a d a p t a d a )
a) são isentos do imposto de importação, quando seu valor não exceder a US$
500.00;
b) são tributados pelas alíquotas constantes da Tarifa Externa Comum, em
qualquer hipótese, dispensada, entretanto, a apresentação da licença de
importação;
c) estão sujeitos ao regime de tributação simplificada quando seu valor não
exceder US$ 50.00;
d) são sujeitos ao regime de desembaraço simplificado quando seu valor não
exceder US$ 50.00;
e) são isentos do imposto de importação quando seu valor não exceder US$
50.00.

12 - (INÉDITA) Quanto ao Regime de Tributação Simplificada - RTS, é


correto afirmar:
a) O regime de tributação simplificada permite a classificação genérica, para
fins de despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal
internacional, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas de imposto de
importação e de imposto sobre produtos industrializados.
b) Nas remessas postais internacionais com aplicação do RTS incide a alíquota
0% para o imposto sobre produtos industrializados e para as contribuições para
o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação.
c) Nas encomendas transportadas por empresas de transporte internacional
expresso, porta a porta, a base de cálculo do imposto de importação inclui o
seguro e o frete até o aeroporto de descarga.
d) Compete ao Ministro da Fazenda definir a classificação genérica dos bens
para fins de imposição das alíquotas diferenciadas.
e) Aplica-se o RTS ao despacho aduaneiro de importação de bens integrantes
de remessa postal ou de encomenda aérea internacional cujo valor aduaneiro
não supere US$3,000.00.

13 - (ATRFB/2012) A Lei n. 11.898, de 8 de janeiro de 2009, instituiu o


Regime de Tributação Unificada - RTU, na importação de mercadorias
procedentes da República do Paraguai. Sobre o RTU, é correto afirmar,
exceto:
a) é vedada a inclusão no Regime de quaisquer mercadorias que não sejam
destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de
artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos
automotores em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e
peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou
proibida no Brasil.
b) o Poder Executivo poderá fixar limites quantitativos, por tipo de mercadoria,
para as importações.
c) não poderá optar pelo RTU a microempresa optante pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES NACIONAL, de que
trata a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006.
d) a operação de importação e o despacho aduaneiro poderão ser realizados
pelo empresário ou pelo sócio da sociedade empresária, por pessoa física
nomeada pelo optante pelo Regime ou por despachante aduaneiro.
e) decorrido o prazo de trinta dias da entrada no recinto alfandegado onde será
realizado o despacho aduaneiro de importação ao amparo do Regime, sem que
tenha sido iniciado ou retomado o respectivo despacho aduaneiro, por ação ou
por omissão do optante pelo Regime, a mercadoria será declarada abandonada
pela autoridade aduaneira e destinada na forma da legislação específica.

14 - (AFRFB/2012) Sobre o Regime de Tributação Simplificada, o


Regime de Tributação Especial e o Regime de Tributação Unificada,
analise os itens a seguir, classificando-os como corretos (C) ou errados
(E). Em seguida, escolha a opção adequada às suas respostas.
I. O Regime de Tributação Especial permite a classificação genérica, para fins
de despacho de importação, dos bens por ele abarcados, mediante a aplicação
de alíquotas diferenciadas do Imposto de Importação, e isenção do Imposto
sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação
e da COFINS-Importação.
II. O Regime de Tributação Simplificada permite o despacho de bens
integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do Imposto de
Importação, calculado pela aplicação da alíquota de cinquenta por cento sobre o
valor do bem.
III. O Regime de Tributação Unificada é o que permite a importação, por via
terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento
unificado dos seguintes impostos e contribuições federais incidentes na
importação: Imposto de Importação; Imposto sobre Produtos Industrializados;
Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação.
IV. Apesar de ser tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal, o
Regime de Tributação Unificada poderá incluir o Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação devido pelo
optante.
a) Estão corretos somente os itens II e III.
b) Estão corretos somente os itens I, II e IIII.
c) Estão corretos somente os itens I e II.
d) Estão corretos somente os itens III e IV.
e) Todos os itens estão corretos.

15 - (AFRFB/2014) Acerca da base de cálculo do Imposto de


Importação, Valoração Aduaneira e Regime de Tributação Unificada,
analise os itens a seguir e, em seguida, assinale a opção correta.
(adaptada)
I. (...)
II. (...)
III. (...)
IV. No Regime de Tributação Unificada, é vedada a inclusão de quaisquer
mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final.
a) Estão corretos somente os itens I, II e III.
b) Estão corretos somente os itens I, II e IV.
c) Estão corretos somente os itens I e IV.
d) Estão corretos somente os itens II e IV.
e) Todos os itens estão corretos.

16 - (INÉDITA) Assinale a alternativa correta.


a) Só entram no Regime de Tributação Unificada (RTU) bens originários do
Paraguai.
b) O RTU permite a importação de bens do Paraguai por via aérea.
c) Há uma lista positiva de bens permitidos para importação pelo RTU.
d) A importação de insumos para indústrias é permitida no RTU.
e) O limite anual de importações foi fixado em R$ 100.000,00.

17 - (INÉDITA) Assinale a alternativa incorreta acerca do RTU:


a) Somente podem usar o regime as microempresas optantes pelo Simples
Nacional.
b) A alíquota fixada no RTU é 25%.
c) O ICMS é cobrado à parte.
d) A importação de armas pelo regime está proibida.
e) Caso o bem importado tenha a alíquota na TEC reduzida, haverá redução
proporcional na alíquota do RTU.
18 - (AFRF/2000) A empresa Alfa Bética Indústria de Componentes
Automotivos Ltda. pleiteou junto ao DECEX redução de alíquota do
imposto de importação para uma fresadora especial, sem similar
nacional, para emprego no seu processo produtivo de engrenagens
cónicas para automóveis, cujo processo, após exaustiva análise,
culminou com o deferimento do pedido, passando a figurar na TEC
como "ex-tarifário". Passados 2 (dois) anos, a empresa encerrou suas
atividades e a referida máquina foi vendida a outra empresa para ser
utilizada na produção de engrenagens helicoidais para equipamentos
navais, sem autorização prévia da Secretaria da Receita Federal para
manutenção da referida redução de imposto.
Ato contínuo, em fiscalização na empresa, a Secretaria da Receita
Federal:
a) exigirá a totalidade dos tributos dispensados na importação, com os
acréscimos legais alegando que a redução tributária foi vinculada à qualidade
do importador, tanto que tal redução foi deferida à empresa mediante processo
específico, além do que não foi solicitada prévia autorização da autoridade
fiscal;
b) exigirá totalidade dos tributos dispensados na importação, com os
acréscimos legais, alegando que a redução tributária foi vinculada à destinação
do bem e no caso houve transferência de propriedade para empresa que o
utilizou para outra finalidade, além do que não houve prévia autorização do
órgão fiscal;
c) Considerou regulares as operações, deixando de instaurar qualquer
procedimento fiscal contra a empresa importadora e a adquirente do bem,
levando em consideração a natureza objetiva da redução tributária;
d) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25%
em função de tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido
vinculada à destinação do bem e a transferência de propriedade ter sido feita
sem prévia autorização da fiscalização;
e) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25%
em função do tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido
vinculada à qualidade do importador e a transferência sem autorização prévia
da autoridade fiscal.

19 - (AFRF/2002-1) É concedida isenção do imposto de importação


incidente sobre objetos de arte, constantes das posições nos 9.701,
9.702, 9.703 e 9.706 do Capítulo 97 da Nomenclatura Brasileira de
Mercadorias (NBM/SH) - atualmente a Nomenclatura Comum do
Mercosul - e recebidos, em doação, por museus instituídos e mantidos
pelo poder público e outras entidades culturais, reconhecidas como de
utilidade pública (Lei no 8.961/1994, art.l°). Em face do enunciado,
assinale a opção correta.
a) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente objetivo já que
direcionada aos objetos de arte citados na norma.
b) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente subjetivo já que
direcionada aos museus mantidos pelo poder público e outras entidades
culturais de utilidade pública.
c) A isenção concedida tem, cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo,
condicionada, ainda, à não cobertura cambial.
d) A isenção concedida pode ser, por interpretação extensiva, estendida a
outros objetos de arte.
e) A isenção concedida suspende a exigência de crédito tributário.

20- (Ajudante de Despachante Aduaneiro / 2012 - ESAF) Sobre a


isenção do imposto de importação, é incorreto afirmar que:
a) a concessão e o reconhecimento da isenção do imposto de importação ficam
condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da
quitação de tributos e contribuições federais.
b) a isenção do imposto de importação somente será reconhecida quando
decorrente de lei ou ato internacional.
c) são concedidas isenções do imposto de importação às importações realizadas
pelas missões diplomáticas.
d) interpreta-se literalmente a legislação tributária que dispuser sobre outorga
de isenção do imposto de importação.
e) é concedida isenção do imposto de importação incidente sobre objetos de
arte comprados por museus ou entidades culturais.

21 - (AFRF/2000) De uma maneira geral, com as exceções previstas na


legislação específica, pode-se afirmar que os requisitos de inexistência
de similar nacional e de transporte obrigatório em navio de bandeira
brasileira devem ser observados nas importações:
a) às quais se aplicam os regimes aduaneiros especiais excluídos os de trânsito
aduaneiro e exportação temporária;
b) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação vinculadas
à qualidade do importador, à destinação dos bens e as decorrentes de Acordos
Internacionais (preferências tarifárias);
c) beneficiadas com alíquota zero ou redução de alíquota do imposto de
importação, constantes da Tarifa Externa Comum (TEC);
d) beneficiadas com isenção ou suspensão do imposto de importação;
e) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação.

22 - (Inédita) Avalie as afirmações abaixo. Atribua V para a verdadeira


e F para a falsa. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência
correta.
( ) Quando a isenção for vinculada à qualidade do importador, a transferência
onerosa de propriedade obriga ao prévio pagamento do imposto. Isso não se
aplica à cessão ou à transferência a pessoa ou a entidade que goze de igual
tratamento tributário, dispensada neste caso a manifestação da autoridade
aduaneira.
( ) Quando a redução for vinculada à qualidade do importador, a cessão
temporária de uso dos bens obriga ao prévio pagamento do imposto. Isso não
se aplica se a cessão for realizada após o decurso do prazo de três anos,
contados da data do registro da declaração de importação, no caso de
importação realizada por instituição científica.
( ) Quando a isenção for vinculada à qualidade do importador, a transferência
gratuita de propriedade dos bens obriga ao prévio pagamento do imposto. Isso
não se aplica se a transferência for realizada após um ano, contado da data do
registro da declaração de importação, no caso de bens importados pelas
missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e pelos
respectivos integrantes.

a) V, V, F b) F, V, V c) V, F, V d) F, F, F e) V, F, F

23 - (Inédita) Marque a alternativa incorreta:


a) A autoridade aduaneira poderá, a qualquer tempo, promover as diligências
necessárias para assegurar o controle da transferência dos bens objeto de
isenção.
b) Na transferência de propriedade ou na cessão de uso de bens objeto de
isenção ou de redução, o imposto será reduzido proporcionalmente à
depreciação do valor dos bens em função do tempo decorrido, contado da data
do registro da declaração de importação.
c) Se os bens objeto de redução do imposto de importação forem danificados
por incêndio, o imposto será reduzido proporcionalmente ao valor do prejuízo.
d) Se as mercadorias beneficiadas com isenção forem destruídas pelo
proprietário por incêndio culposo, não doloso, haverá redução do imposto
cobrado.
e) As isenções do imposto se classificam em subjetivas ou objetivas.
24 - (Ajudante de Despachante Aduaneiro / 2012 - ESAF) Quando a
isenção ou a redução do imposto de importação for vinculada à
qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a cessão de
uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do
imposto, exceto no caso de bens transferidos ou cedidos:
a) a pessoa que goze de igual tratamento tributário, independentemente de
prévia decisão da autoridade aduaneira.
b) após o decurso do prazo de três anos, contados da data do registro da
declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de
missões diplomáticas.
c) após o decurso do prazo de três anos, contados da data da entrada da
mercadoria no território aduaneiro, no caso de bens importados por integrantes
de repartições consulares.
d) após o decurso do prazo de dois anos, contados da data do desembaraço
aduaneiro, no caso de bens importados por representações de organismos
internacionais.
e) após o decurso do prazo de um ano, contado da data do registro da
declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de
repartições consulares.

25- (Ajudante de Despachante Aduaneiro / 2012 - ESAF) Sobre o


Imposto de Importação (II), julgue as proposições seguintes e assinale
a opção correta.
I. Não incide sobre a mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos
documentos de transporte, chegue ao País por erro inequívoco ou comprovado
de expedição, e que seja redestinada ou devolvida para o exterior.
II. No caso de Declaração de Importação (DI) registrada no Siscomex, é
calculado pelo sistema, de acordo com a alíquota vigente na data do fato
gerador do imposto, ou seja, na data da entrada da mercadoria no país.
III. Caso a alíquota incidente seja "ad valorem", o imposto de importação será
calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC)
sobre a quantidade ou o peso da mercadoria importada.
IV. Em caso de isenção do Imposto de Importação (II), é obrigatório que o
transporte da mercadoria seja em navio de bandeira brasileira, na via
aquaviária, em todos os casos.
a) Apenas a proposição I está correta.
b) As proposições I e III estão corretas.
c) Apenas a proposição II está correta.
d) As proposições I, II e IV estão corretas.
e) Todas as proposições estão corretas.
26 - (Inédita) Considerando a imunidade do imposto de importação
concedida às importações de livros, jornais e periódicos e do papel
destinado a sua impressão, avalie as afirmações abaixo. Atribua V para
a verdadeira e F para a falsa. Em seguida, marque a opção que
contenha a sequência correta.
( ) Deve manter registro especial na Secretaria da Receita Federal do Brasil a
pessoa jurídica que exercer as atividades de comercialização e importação de
jornais, livros, periódicos ou o papel destinado à sua impressão, beneficiados
com imunidade.
( ) A pessoa jurídica que simplesmente adquirir o papel importado com
imunidade para a utilização na impressão de livros, jornais e periódicos está
dispensada do registro especial na Secretaria da Receita Federal do Brasil.
( ) Caso o papel importado com imunidade seja transferido a pessoa detentora
do registro especial na RFB, o vendedor prova a regularidade da sua
destinação.

a) V, V, F b) F, V, V c) V, F, V d) F, F, V e) V, F, F

GABARITOS

1 - B 14 - D
2 - D 15 - IV correto
3 - C 16 - C
4 - C 17 - E
5 - B 18 - C
6 - E 19 - C
7 - D 20 - E
8 - D 21 - E
9 - D 22 - D
10 - E 23 - D
11 - E 24 - B
12 - D 25 - A
13 - C 26 - D

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