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Defesa de Lula recorrerá para usar mensagens do Telegram na defesa do ex-presidente

As mensagens trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da República da “Lava


Jato” sobre atos processuais relacionados ao ex-Presidente Lula, que estão na posse do
Estado, seja no Supremo Tribunal Federal, seja na 10ª. Vara Federal da Seção Judiciária do
Distrito Federal, reforçam a suspeição de tais autoridades, tal como demonstramos desde 2016
em diversas manifestações processuais.

Reforçam, ainda, que Lula foi vítima de uma conspiração promovida por meio de processos
corrompidos por grosseiras violações às suas garantias fundamentais. Como tais mensagens,
já parcialmente divulgadas pelo The Intercept e por outros veículos de imprensa, destinam-se
a comprovar relevantes teses defensivas no âmbito de processo penal, é indiscutível que elas
podem e devem ser utilizadas para essa finalidade, conforme entendimento já firmado pelo
Supremo Tribunal Federal (RE 402.717/PR), independentemente da forma como o material
foi obtido.

Não se pode confundir a situação jurídica daquele que está sendo indevidamente acusado pelo
Estado e que pode comprovar sua inocência e a nulidade do processo por meio de material
que está na posse de órgãos oficiais com aquele que, eventualmente, tenha obtido esse
material sem a observância do rito legal.

Por isso, recorremos da decisão proferida na data de hoje (03/09) pelo Desembargador
Federal João Pedro Gebran Netto, do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF4), que,
nos autos da Apelação Criminal nº 5021365-32.2017.4.04.700/PR (caso sítio de Atibaia),
negou a requisição dos arquivos com tais mensagens que poderão reforçar as teses defensivas.

Cristiano Zanin Martins

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