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https://arteesubjetividade.wordpress.com/2007/12/16/o-objeto-estetico-na-arte/
“Interessante o texto, e suas reflexões sobre arte e beleza. Sim, muito se pode pensar e dizer
sobre o tema, e extrair a partir de análises sobre as diferenças culturais ou temporais. Contudo,
fiquei pensando, também, após a leitura, sobre a beleza “invisível”, que ultrapassa a física…
talvez, aquela que tem a ver com a virtuosidade, com os valores íntimos, com os vôos da alma…
Pois, no mundo contemporâneo, e sempre, se pode observar que, nem sempre, um belo corpo
contém, uma alma bela: muitas pessoas, apesar de serem donas de um corpo considerado
bonito pelos padrões da cultura e tempo onde vivem, não revelam o que pode se considerar uma
“bela alma”, e parecem mais cascas ocas, desprovidas de seiva… Isto também dá o que pensar!
Abraços, e um ano novo feliz e poético!”
VÊNUS DE WILLENDOF
VÊNUS DE MILO
Vênus de Milo
A Vênus de Milo é uma famosa estátua grega. Ela representa a deusa grega Afrodite, do amor
sexual e beleza física, tendo ficado no entanto mais conhecida pelo seu nome romano, Vénus.
É uma escultura em mármore com 203 cm de altura, que data de cerca de 130 a.C., e que se
pensa ser obra de Alexandros de Antióquia.
Em 1820 a escultura foi encontrada na ilha de Milo, no Mar Egeu, por um camponês chamado
Yorgos Kentrotas. Poucos dias depois o camponês encontrou-se com oficiais franceses, Jules
Dumont d'Urville e Matterer, que estavam explorando a ilha, e ofereceu a escultura por baixo
preço. A Vênus estava quebrada ao meio, mas ainda possuía os braços. As mãos, danificadas,
também estavam separadas do corpo. Fazia parte da obra ainda um plinto com inscrições.
Identificando a escultura como a Vênus vencedora do concurso de beleza julgado por Páris, e
reconhecendo sua importância como obra-prima, d'Urville desejou levá-la imediatamente para
seu navio, mas seu capitão, alegando falta de espaço a bordo, recusou-se a atendê-lo.
A obra havia sido anunciada na França como sendo de Praxiteles, um dos grandes criadores
do classicismo grego, e o plinto com as inscrições de início foi considerado parte integral do
conjunto. Mas depois de ser traduzido e datado, revelou a autoria de Alexandros de Antióquia,
causando embaraço aos peritos que a haviam atribuído a Praxiteles, os quais imediatamente
passaram a considerá-lo também um acréscimo posterior. O plinto misteriosamente
desapareceu pouco antes de a estátua ser oferecida ao rei Luís XVIII da França, em 1821,
sobrevivendo apenas em uma descrição e em dois desenhos da época, que permitiram a
atribuição correta atual. O rei eventualmente presenteou-a ao museu do Louvre em Paris, onde
está agora.
Vênus de Willendorf
Por Ana Lucia Santana
Em uma era como a nossa, na qual a magreza é praticamente um requisito máximo, é estranho
imaginar que um padrão feminino completamente oposto tenha sido cultivado na Era
Paleolítica. A Vênus de Willendorf simboliza este modelo alternativo. Atualmente ela é
igualmente denominada Mulher de Willendorf, pois vários pesquisadores modernos se sentem
desconfortáveis com a associação desta imagem ao tradicional ícone da Vênus.
Com certeza por conta de seu excesso de peso. Este ideal ancestral apresenta a parte externa dos
órgãos genitais, as mamas e o ventre copiosos. Talvez porque esta mulher represente a
fecundidade e a abastança. Em contraste seus braços são delicados e praticamente
despercebidos; eles se curvam sobre as mamas.
A estátua, que mede 11,1 cm de altura, não apresenta um rosto aparente. O couro cabeludo está
recoberto por algo semelhante a tranças ou disposto em um penteado da época. Na verdade,
pode até ser que sua cabeça esteja pontuada por diversos olhos. Ela jamais foi planejada para ter
pés. Daí se deduz que ela foi criada para ser transportada de forma portátil, nas mãos,
possivelmente por ser considerada um talismã.
Um sinal de que esta tese pode estar correta é a estatueta ter sido elaborada com calcário
constituído de oólitos, um material próprio do Período Jurássico francês. Esta rocha
avermelhada não era típica da área onde foi encontrada, próxima de Willendorf, na Áustria.
Tudo indica que criaturas errantes, praticantes da caça e da coleta, levavam a estátua onde quer
que fossem.
Este artefato foi um achado do século XX, localizado a cerca de 30 metros do rio Danúbio. Ele
foi resgatado das profundezas da terra pelo arqueólogo Josef Szombathy, no dia 8 de agosto de
1908. Calcula-se, desde os anos 90, que a Vênus foi criada há vinte e dois mil ou vinte e quatro
mil anos. Quase nada se conhece sobre sua procedência, como foi esculpida e qual é o seu
sentido no interior da vida cultural daquela época. Hoje a imagem autêntica está preservada no
Museu de História Natural de Viena.
Diversos estudiosos hesitam diante da possibilidade de vincular este ícone com a divindade
Mãe-Terra, também conhecida como Grande Mãe, cultuada pelos europeus daquele período.
Outros insinuam que sua obesidade traduz um status social superior em uma comunidade de
caçadores e coletores.
Afirmam igualmente que a estátua pode representar, além disso, a estabilidade, o êxito e o
conforto, um grupo que vive de forma comedida, alicerçado na Terra, despojado de confrontos e
com surpreendente engenhosidade.
Fontes:http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9nus_de_Willendorf
http://www.maistato.com.br/2012/03/28/deusas-venus-de-willendorf/
Período Paleolítico – Características
Características do período Paleolítico (ou da pedra lascada), os costumes, religião e cultura dos homens
da pré-história, além de imagens para trabalhos e pesquisas
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada faz referência ao primeiro período da pré-história, que aconteceu
há aproximadamente 2,5 milhões de anos a.C., em que o homem utilizava pedra lascada como principal
arma de caça. Naquele período os homens eram nômades e caçadores-coletores, por isso precisavam estar
sempre se deslocando para conseguir alimentos. Como eles não tinham ainda desenvolvido habilidade de
criar suas próprias armas de caça, eles pegavam pedras pontudas e esfregavam-na no chão até que a ponta
ficasse ainda mais fina e pudesse perfurar algum animal para matar e eles comerem. Eles utilizavam esta
mesma técnica para transformar não só pedra mas também madeira e osso em armas de caça.
Os historiadores costumam dividir este período da pré-história em três partes, para assim facilitar a
aprendizagem sobre os costumes daquela época. São eles:
Paleolítico inferior
Paleolítico médio
Paleolítico superior
Paleolítico inferior
Foi neste período que provavelmente as primeiras espécies de hominídeos surgiram, no continente
Africano. Entre eles estava o Autralopithecus, Homo habilis e Homo erectus. A temperatura da terra nesta
época era extremamente baixa, o que obrigava os homens e animais a viverem dentro de cavernas para
não morrerem de frio. Eles costumavam utilizar machados de pedras para cortar e esmagar os alimentos,
se defender dos predadores e furar coisas. Foi nesta época que os homens dominaram o fogo, e já existia
uma ideia primitiva de comunidade ou sociedade, pois havia grupos nômades onde existiam espécies de
famílias primitivas, que no conceito deles eram muito importantes.
Paleolítico médio
Neste período que surgiu o homem de neanderthal, que era um pouco mais inteligente que seus
antecessores. Eles começaram a explorar mais a distribuição geográfica e passaram a ocupar a Europa
enquanto desenvolviam um pouco mais as suas técnicas de talhe, também chamadas de indústria
musteriense. Nesta época também que surgiram os sambaquis, que foram os primeiros hominídeos
encontrados na América do Sul, situados principalmente em áreas litorâneas.
No paleolítico médio que os homens começaram com a tradição cultural de reservar um lugar para
depositar os restos mortais de seus entes queridos e todos os pertences deles: vestes, colares, cerâmicas e
ferramentas – além de também depositarem no mesmo local conchas e restos mortais de animais. Era um
conceito primitivo de religião formando-se.
Paleolítico superior
Neste período ocorreu a quarta glaciação – principalmente no norte da Europa – e com isso os homens
foram forçados a recuarem ainda mais para a vida nas cavernas. Foi aí que se desenvolveu o homem de
Cro-Magnon, que já era uma espécie do homem moderno propriamente dito. Por não poderem sair da
caverna todos os dias para caçar, eles começaram a sentir a necessidade de capturar animais maiores e
que a carne pudesse durar mais tempo, como por exemplo os mamutes. Para conseguir este grande feito
eles começaram a desenvolver alguns tipos de armadilhas que eram montadas no chão para capturar
animais de grande porte, e depois os matavam, cozinhavam sua carne em fogueiras e comiam.